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INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO

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INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO

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A expressão industrialização traduz bem este processo de transformação de matérias-primas em mercadorias, desde as suas primeiras fases? Ou essa expressão tem um significado mais amplo?

Neste trabalho, objetiva-se fazer uma discussão a cerca da urbanização a partir do desenvolvimento industrial.

Como procedimentos metodológicos tivemos a consulta bibliográfica, leitura e reflexões de trabalhos científicos que abordam as questões da industrialização e urbanização. Pressuposto teóricos de Industrialização e urbanização; Capitalismo Industrial ; Urbanização via Industrialização; Considerações Finais;

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1- INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO

Industrialização é o processo sócio-econômico que visa transformar uma área da sociedade inicialmente retrógrada em uma fonte de maior riqueza e lucro.

Urbanização é um fenômeno relacionado ao processo de desenvolvimento da esfera urbana em determinadas sociedades, em oposição ao desenvolvimento rural.

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O processo de urbanização no Brasil inicia-se na década de 50 com o aumento da população e o desenvolvimento do espaço urbano. Os moradores do campo mudam-se para as cidades atrás de melhores condições de vida.. Mas, ainda antes, durante o século XVIII, a urbanização começa a se desenvolver, se intensificando, então, durante o século XIX, principalmente após a Segunda Guerra Mundial. A taxa de urbanização que em 1940 era de 26,35%, em 1980 alcança 68,86% (SANTOS, 1998 - p. 35 e 37).

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Segundo Maria Adélia A. de Souza (1999) o espaço urbano não se limita a cidade, esta e o espaço rural se mesclam.

... as expressões sempre estão associadas , como se tratasse de um duplo sentido.

“Quanto mais intensa é a divisão do trabalho numa área, tanto mais cidades surgem e tanto mais diferentes são uma das outras” (SANTOS, 1998, p. 52).

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2- O CAPITALISMO INDUSTRIAL

A constituição dos comerciantes em classe social- a burguesia a partir do fortalecimento da atividade comercial e da acumulação de capital decorrente, reforça sobremaneira as condições necessárias ao próprio desenvolvimento capitalista. (SPOSITO, 2001. p. 43)

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2.1- A Emergência do trabalho Assalariado

A sociedade feudal era estática, com base na relação entre senhor e servo. A ampliação expressiva do comercio, o desenvolvimento de uma economia monetária que transformou o caráter da vinculação das mercadorias e o próprio crescimento das cidades. Com tudo que este crescimento significava, sobretudo o fortalecimento de um espaço fora do domínio feudal- foram acontecimentos históricos que proporcionaram as condições necessárias à corrosão da instituição servil, pois permitiam aos camponeses o rompimento das amarras que os prendiam à economia feudal. (SPOSITO, 2001. p. 44)

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2.2- A revolução industrial

De fato o que denomina como Revolução industrial, ocorrida na segunda metade do século XVII, foi muito mais do que a decorrência da simples descoberta da maquina a vapor (1969), dos teares mecânicos de fiação (1767, 1768 e 1801), da locomotiva e da estrada de ferro (1829), como alguns livros didáticos afirmam. Muito pelo contrário, estas invenções não se constituem a causa da Revolução Industrial, mas decorrem de processos de transformação pelos quais estava passando o próprio processo de produção industrial desde o século XVI. (SPOSITO, 2001. p. 47)

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3- URBANIZAÇÃO VIA INDUSTRIALIZAÇÃO

Fonte: Site: www.google.com.br

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3.1- Industrialização e Crescimento Populacional Urbano

Foi grande o impulso tomado pela urbanização a partir do pleno desenvolvimento da industrialização.A partir da intensificação da produção industrial através do acúmulo de capital e com o desenvolvimento técnico - científico a urbanização ocorreu muito veloz ocasionando problemas relativos ao crescimento urbano.

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Índices de Mortalidade em Alguns Países

Europeus

Fonte: Milton Santos – A urbanização desigual

Período InglaterraPaís de Gales

Alemanha França Holanda Espanha

1871 21,4% 27,2% 23,7% 24,3% 30,8%

1901-1910 15,4% 18,7% 19,5% 15,2% 25,1%

Então apesar de muito intensificada a urbanização não foi maior por causa da mortalidade , mesmo em países que não vivia no processo de industrialização.(Espanha).

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3.2- As Cidades Depois da Revolução IndustrialA expressão da urbanização via industrialização não deve ser tomada apenas pelo elevado número de pessoas que passaram a viver em cidades, mas sobretudo porque o desenvolvimento do capitalismo industrial provocou fortes transformações nos moldes da urbanização, no que se refere ao papel desempenhado pelas cidades, e na estrutura interna das cidades.

Houve uma transformação da cidade tanto em aspecto físico como na estruturação social, quando a cidade passou da produção artesanal para a predominância da produção industrial.

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3.3- As Mudanças Estruturais no Papel das Cidades

• Novo ritmo de produção ;• Fortalecimento das relações entre os lugares ;• Ampliação da capacidade produtiva ;• Divisão social do trabalho;• Aumento das relações econômicas entre as

cidades;• Mudança da paisagem urbana;

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3.4- OS “PROBLEMAS” URBANOS

A cidade recebeu diretamente as conseqüências do rápido crescimento populacional imprimido pela Revolução Industrial, e sofreu, a nível de estruturação de seu espaço interno, muitas transformações.

Fonte: google

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O crescimento das cidades tornou centro a área antes compreendida por todo o núcleo urbano, tornando-se ao seu redor uma faixa nova, considerada periferia.

Fonte: google

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Os problemas urbanos advindos da rápida industrialização incentivaram o comportamento individual e a separação espacial das classes sociais dentro da cidade

Fonte: google

Fonte: google

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OS MAIORES PROBLEMAS URBANOS A falta de condições sanitárias permitiu o

alastramento de surto de cólera pela Europa em 1830.

A poluição atingiu até os bairros ricos, a falta de água limpa era problema para todos.

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4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A urbanização antecede a industrialização, embora esta tenha colaborado decisivamente para o desenvolvimento urbano.

Entender a urbanização a partir do desenvolvimento industrial se faz necessário entender o próprio desenvolvimento do capitalismo.

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No caminho percorrido pelo fenômeno urbano Lefebrev caracteriza e discute 3 tipos de cidades: cidade política, cidade mercantil e cidade industrial.

[...] a implosão-explosão (metáfora emprestada da física nuclear), ou seja, a enorme concentração (de pessoas, de atividades, de riquezas, de coisas e de objetos, de instrumentos, de meios e de pensamento) na realidade urbana, a imensa explosão, a projeção de fragmentos múltiplos e disjuntos (periferias, subúrbios, residências secundárias e etc) (LEFEBVRE, 1999, p. 26).

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A expressão industrialização usada correntemente trata-se, pois de um processo bem mais amplo do que a mera transformação de matérias-primas em mercadorias se referindo a transformação mais radicais tanto de ordem social, quanto econômica e política.

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REFERÊNCIASLEFEBVRE, Henry. O direito à cidade. São Paulo: Moraes, 1991.

______. A revolução urbana. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1993.

SANTOS, Milton. Ensaios sobre a urbanização latino-americana. 1. ed., São Paulo: HUCITEC, 1982.

SOUZA, Maria Adélia A. O II PND e a política urbana brasileira: uma contradição evidente. In: DEÁK, Csaba & SCHIFFER, Sueli Ramos (Orgs.). “O processo de Urbanização no Brasil”. 1. ed., São Paulo: EDUSP, 1999.

SPOSITO, Maria encarnação Beltrão. Capitalismo e Urbanização. São Paulo: texto, 2001. (Representando a Geografia)