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PREFEITO DE MACEIÓ RUI SOARES PALMEIRA VICE-PREFEITO MARCELO PALMEIRA CAVALCANTE GABINETE DE GOVERNANÇA (GGOV) JOSE LAGES JUNIOR SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO (SMG) TACIO MELO DA SILVEIRA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO (PGM) DIOGO SILVA COUTINHO SECRETARIA MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO (SMCI) NEANDER TELES ARAÚJO SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (SEMAS) CELIANY ROCHA APPELT SECRETARIA MUNICIPAL DE COMUNICAÇÃO (SECOM) CLAYTON ANTONIO SANTOS DA SILVA SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE (SEDET) MAC MERRHON LIRA PAES SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (SEMED) ANA DAYSE REZENDE DOREA SECRETARIA MUNICIPAL DE ECONOMIA (SEMEC) FELLIPE DE MIRANDA FREITAS MAMEDE SECRETARIA MUNICIPAL DE GESTÃO (SEMGE) REINALDO BRAGA DA SILVA JUNIOR SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA (SEMINFRA) CARLOS IB FALCÃO BRÊDA SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE, LAZER E JUVENTUDE (SEMELJ) DANIEL LUIZ MAIA DE MELLO SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (SEMDS) GUSTAVO ALBERTO ACIOLI DE PAIVA TORRES
SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA COMUNITÁRIA E CONVÍVIO SOCIAL (SEMSCS) IVON BERTO TIBURCIO DE LIMA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE (SMS) JOSE THOMAZ DA SILVA NONO NETTO SECRETARIA MUNICIPAL DE TRABALHO, ABASTECIMENTO E ECONOMIA SOLIDÁRIA (SEMTABES) RICARDO JOSE LESSA SANTOS FILHO SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO (SEMTUR) JAIR GALVAO FREIRE NETO AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DELEGADOS (ARSER) RICARDO ANTONIO DE BARROS WANDERLEY INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ (IPREV) FABIANA TOLEDO VANDERLEI DE AZEVEDO FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE AÇÃO CULTURAL (FMAC) VINICIUS CAVALCANTE PALMEIRA SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANA DE MACEIÓ (SLUM) DAVID MAIA DE VASCONCELOS LIMA SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL DE ILUMINAÇÃO DE MACEIÓ (SIMA) FREDERICO GONCALVES CARNEIRO LINS SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES E TRÂNSITO (SMTT) ANTONIO JOSE GOMES DE MOURA COMPANHIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO, RECURSOS HUMANOS E PATRIMÔNIO (COMARHP) ALAN HELTON DE OMENA BALBINO
SECRETÁRIO ADJUNTO DE ORÇAMENTO MUNICIPAL MARCOS ANTONIO MERO SALES DIRETOR DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO JAILTON PEREIRA NICÁCIO DIRETORA DE CONTROLE DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO ANA FLÁVIA BRITO DA COSTA COORDENADOR GERAL DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO ADELMO MOTA MENDONÇA COORDENADOR GERAL DE CONTROLE DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO JOSÉ LOPES DE LIMA APOIO ADMINISTRATIVO MARIA SIMONE SILVA GALVÃO ASSESSORA TÉCNICA ZILDA KARINE ACCYOLI DOS PASSOS ECONOMISTAS ALÍRIO ISMAEL DOS SANTOS ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO ISIS CORREIA ESTAGIÁRIA MARIA KAROLLYNE ACIOLI SECRETARIA MUNICIPAL DE ECONOMIA – SEMEC
SECRETARIA ADJUNTA DE ORÇAMENTO MUNICIPAL
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO
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FONE: (82) 3315-2559
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SUMÁRIO
1. DIVISÃO DO TERRITÓRIO DE MACEIÓ ............................................................ 8
2. ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO ............... 10
2.1. Definições Estratégicas ............................................................................. 11
3. METODOLOGIA ................................................................................................. 13
3.1. Definições metodológicas ......................................................................... 13
3.2. Sensibilização dos gestores e técnicos ................................................... 14
3.3. Abertura do sistema para os órgãos setoriais ........................................ 15
4. AS DEMANDAS DA SOCIEDADE E AS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS DO PPAM15
5. SITUAÇÃO FINANCEIRA DO MUNICÍPIO ........................................................ 19
1. DIVISÃO DO TERRITÓRIO DE MACEIÓ
O modelo de regionalização adotado para fins de planejamento no município,
advém do trazido pelo Plano Diretor, que agrupa os 50 (cinquenta) bairros em 8
(oito) Regiões Administrativas (RA). Tal modelo permite que as políticas públicas
elaboradas no PPAM sejam regionalizadas.
A tabela 1, abaixo reproduz a divisão territorial por RA.
RA-1
Jaraguá Mangabeiras Pajuçara Ponta Verde
Jatiúca Poço Ponta da Terra
RA-2
Centro Ponta Grossa Prado Vergel do
Lago
Levada Pontal da Barra Trapiche da Barra
RA-3
Canaã Gruta de Lourdes Ouro Preto Pitanguinha
Farol Jardim Petrópolis Pinheiro Santo Amaro
RA-4
Bebedouro Chã da Jaqueira Fernão Velho Petrópolis
Bom Parto Chã de
Bebedouro Mutange Rio Novo
Santa Amélia
RA-5
Barro Duro Jacintinho Serraria
Feitosa São Jorge
RA-6
Antares Benedito Bentes
RA-7
Cidade Universitária
Santa Lúcia Tabuleiro dos
Martins
Clima Bom Santos Dumont
RA-8
Cruz das Almas Guaxuma Riacho Doce Ipioca
Jacarecica Garça Torta Pescaria
Tabela 1 – Fonte: Adaptação do Plano Diretor de Maceió
A Figura 1, abaixo mostra o mapa da Cidade de Maceió com as regiões
administrativas, produzido para a ilustração da divisão contida na Lei Orgânica
Municipal.
Figura 1 – Mapa da Cidade de Maceió com as regiões administrativas destacadas
2. ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO
A elaboração de um plano de médio prazo, que estabeleça as diretrizes, os
objetivos e metas de uma gestão é uma tarefa complexa, dada a multiplicidade de
aspectos a serem considerados, nas mais diferentes áreas de atuação
governamental, segmentada em áreas temáticas, com suas urgências e desafios
específicos.
Assim, para atenuar este impacto, o processo de elaboração do Plano
Plurianual Municipal (PPAM) 2018/2021, de forma mais abrangente, foi condicionado
por duas principais características. A primeira, diz respeito ao fato de que a gestão
em que se dará a implementação do plano expressa relevante caráter de
continuidade político-administrativa. Assim, e considerando a extensão do mandato
oriundo do processo eleitoral de 2016, o conjunto de políticas públicas a ser
desenhado no PPAM 2018/2021, inevitavelmente, guarda uma estreita relação com
os resultados obtidos pela execução das ações que compuseram o Plano Plurianual
Participativo (PPA-P) 2014-2017.
A segunda característica, incorporando traços oriundos da primeira, se refere
à conjuntura econômica e social em que se dará a estruturação das políticas para o
novo período. A continuidade necessária de expressiva quantidade de políticas do
planejamento antecedente ocorre em um ambiente que não reflete os
condicionantes que ensejaram a formulação anterior. Implica dizer que alterações
deverão acontecer nas ações que devem ter continuidade, como também inclusões
acontecerão em face de necessidades decorrentes da nova conjuntura.
O reflexo das características referenciadas remete a um processo de
construção do PPAM em que, para o todo, as macro fases constitutivas do
documento – diagnóstico, visão de futuro e estratégia - terão a necessidade deste
cotejamento entre realidades heterogêneas.
2.1. Definições Estratégicas
O Plano Plurianual Municipal (PPAM) é um instrumento de planejamento e de
gestão municipal de importância inquestionável.
No processo de sua elaboração é observada a disponibilidade de recursos, as
rígidas obediências à Constituição Federal (CF) e à Lei de Responsabilidade Fiscal,
ao Estatuto da Cidade e à Lei Orgânica Municipal, e as demandas dos munícipes e
dos demais interessados na cidade (atores sociais). Contudo, a observância destes
cenários, apenas minimizam com a elaboração e a implementação do PPAM. É
preciso envolver o cidadão, organizar os recursos e as energias do governo e da
sociedade com os seus anseios, para juntos construir um planejamento quadrienal
em direção à visão de futuro.
A visão de futuro de Maceió é ser: uma cidade mais humanizada,
desenvolvida e ambientalmente sustentável por meio da excelência na gestão.
A gestão pública municipal contribui para o alcance desta visão de futuro,
assumindo a seguinte Missão: Desenvolver políticas públicas baseadas na
probidade, transparência e sustentabilidade, buscando proporcionar uma vida
melhor para todos, fortalecendo o orgulho de ser maceioense.
Os objetivos estabelecem onde se quer chegar, os programas e
projetos/atividades descrevem o que fazer, os valores fornecem motivação, e as
diretrizes estratégicas ajudam a traduzir os motivos em ação.
Os valores estabelecidos para o PPAM são: transparência; responsabilidade
social; inovação e responsabilidade fiscal.
Para que o município caminhe rumo à sua Visão de Futuro é preciso ter
diretrizes claras, que orientem os gestores a efetivarem as políticas públicas de
competência do Governo Municipal. As diretrizes que orientam o PPAM 2018/2021,
são:
.
Com base nesse conjunto de diretrizes, os programas do PPAM foram
elaborados. E em harmonia com esse conjunto de diretrizes, a Prefeitura de Maceió
estabeleceu seus objetivos estratégicos, entendidos como as mudanças desejadas
para a sociedade maceioense em médio prazo, com as quais o Governo Municipal
pretende contribuir por meio de seus programas definidos no PPA. Tais objetivos
são:
I. A valorização do ser humano e a melhoria da qualidade de vida, por meio da
inclusão social e implementação de políticas públicas de forma eficiente,
eficaz e com efetividade em todas as áreas e setores;
II. A ampliação da participação social;
III. O estímulo e a valorização da educação, através do programa de inclusão
social e educacional Faculdade para Todos;
IV. A promoção da sustentabilidade ambiental;
V. Garantir o direito à acessibilidade e à mobilidade, através de ações e serviços
adequados e que promovam a integração cidadã aos vários espaços urbanos;
VI. A valorização da diversidade cultural;
VII. A excelência na gestão para garantir o provimento de bens e serviços à
sociedade;
VIII. O aumento da eficiência dos gastos públicos;
IX. O crescimento econômico sustentável;
X. A garantia dos direitos humanos com a redução das desigualdades;
XI. Recuperação do Patrimônio Histórico de Maceió.
Com base nas diretrizes e objetivos estratégicos, as secretarias municipais e
demais entidades, tiveram condições de desenhar seus planejamentos, alinhando-os
a tais princípios e referências.
E para assegurar que a elaboração do plano se desse de forma harmônica e
coerente, considerando sua complexidade e a estrutura governamental do município
de Maceió, a Secretaria Municipal de Economia fez uso de uma metodologia,
estabelecendo cronograma, padronizando os conceitos e procedimentos a serem
adotados na elaboração do plano.
3. METODOLOGIA
3.1. Definições metodológicas
Fase em que se definiu, conceitualmente, a forma de elaboração do
documento, estabelecendo-se a estrutura temática do plano, a contribuição dos
atores do processo, técnicos e população, e as necessidades de recursos materiais
para a execução e o cronograma temporal de elaboração.
O conjunto de atividades que corresponde à esta fase aconteceu em fevereiro
e março de 2017, tendo como síntese de produtos elaborados:
Análise e validação dos eixos estratégicos do PPA;
Análise e validação dos programas articulados aos eixos;
Definição da proposta técnica das audiências públicas;
Elaboração da cartilha de elaboração do PPA;
Estimativa preliminar da receita;
Customização do sistema para lançamento das propostas elaboradas;
Definição do cronograma de atividades.
As atividades de discussão para a elaboração do PPA 2018-2021 ocorreram
tanto entre órgãos governamentais quanto junto à sociedade civil, conforme ilustrado
pela Figura 1.
3.2. Sensibilização dos gestores e técnicos
Concebida a metodologia de elaboração do plano, a etapa subsequente
define a necessidade de sua apresentação para os atores do processo, gestores e
técnicos, com a finalidade de dar conhecimento dos procedimentos de elaboração,
bem como receber o conjunto de sugestões sobre a proposta apresentada. Esta
fase ocorreu nos mês de abril e maio, com duas atividades principais:
Reunião com os gestores;
Reunião com equipes técnicas setoriais.
A Figura 2 ilustra o cronograma de participação na elaboração do Plano
Plurianual Municipal.
Figura 2 – Cronograma de Participação na Elaboração do PPA 2018-2021.
3.3. Abertura do sistema para os órgãos setoriais
Apresentada a metodologia, coletada e processada a sugestão da etapa
anterior, procedeu-se a abertura do sistema para que os órgãos iniciassem o
processo de carga com o conjunto de ações inerentes à cada área. Cabe destacar,
nesta fase, a orientação dada aos órgãos no sentido de estabelecer os critérios para
a seleção das ações, estabelecendo-se como tipologias básicas ações
remanescentes do plano anterior e que demandassem continuidade, ações novas
que representassem resolução de problemas mais recentemente diagnosticados e
ações que derivassem dos compromissos da campanha recém-encerrada.
Esta fase foi iniciada na 1ª quinzena de maio e indicava seu encerramento
para final de julho, acontecendo neste período um intenso trabalho de ajuste de
programação, efetuado pela equipe central e equipes setoriais de planejamento.
4. AS DEMANDAS DA SOCIEDADE E AS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS DO PPAM
Foram inúmeros os avanços alcançados por Maceió nos últimos anos,
notadamente no campo social: a taxa de escolarização das crianças com idade entre
6 e 14 anos alcançou o patamar de 95%, ou seja, praticamente todas as crianças
estão matriculadas; a taxa de mortalidade infantil continua caindo e é de 14,27
Abr Mai
Oficinas e reuniões
com Secretarias.
Jun Ago
Audiências
Públicas.
Set
Envio a Câmara
Municipal.
óbitos por mil nascidos vivos. A expectativa de vida dos maceioenses é de 72,9
anos.
Contudo, há inúmeros desafios ainda por superar. O presente PPAM norteia
as estratégias que o Governo Municipal fará uso para enfrentá-los nos próximos
quatro anos e, para fazê-lo, não basta apenas acompanhar as estatísticas e os
indicadores sociais, é preciso também conhecer as reais demandas da sociedade e
tê-la como coautora das políticas públicas a serem implantadas no município.
Para conhecer as necessidades dos cidadãos, a Prefeitura de Maceió
promoveu audiências públicas presenciais e por via eletrônica, atendendo ao
disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000, Art. 48,
parágrafo único) que colheu as prioridades e as demandas espontâneas da
sociedade maceioense, para subsidiar a formulação deste PPAM.
As audiências e a consulta eletrônica aconteceram entre 17 de junho e 22 de
julho de 2017 e compreenderam reuniões distribuídas por todas as 8 (oito) Regiões
Administrativas (RA), abertas a todos os cidadãos, além do Portal do Cidadão
(www.maceio.al.gov.br/semec/portal-do-cidadao), que permitiu a participação via
web, dos que não puderam comparecer às audiências presenciais.
Nas audiências presenciais, os participantes puderam apresentar demandas
espontâneas e eleger as políticas públicas prioritárias para os próximos quatro anos,
a partir de uma lista de ações, identificadas pelos órgãos municipais.
Por via eletrônica (Portal do Cidadão), os participantes tiveram acesso ao
programa de governo, calendário com locais e datas das audiências, mapa da
cidade por regiões administrativas, cartilha explicativa sobre o plano plurianual e um
campo para cadastro de demandas espontâneas.
Do total de participantes, 61,06% corresponderam a homens e 38,94% de
mulheres, sendo 66,39% representantes da sociedade civil; 22,69% de associações
de bairro; 18% de órgãos públicos e 8% de organizações não governamentais.
Das propostas levantadas, 54% corresponderam ao eixo Infraestrutura e
Ambiente, 40% ao eixo Desenvolvimento Social, 5% ao eixo Desenvolvimento
Econômico Sustentável e 1% ao eixo Gestão e Governança. As Regiões
Administrativas com maior índice de propostas foram: RA-6 (Antares e Benedito
Bentes); RA-8 (Cruz das Almas, Jacarecica, Guaxuma, Garça Torta, Riacho Doce,
Pescaria e Ipioca) e RA-5 (Barro Duro, Feitosa, Jacintinho, São Jorge e Serraria).
Do total de sugestões apresentadas pela população, 63,54% tem simetria
com o Plano de Governo.
O conjunto de 631 sugestões de ações apresentadas pela população foi
analisado em três fases. Na primeira, foi feita uma triagem pela equipe técnica da
Secretaria Municipal de Economia, que excluiu as duplicidades, sendo
encaminhadas 479 propostas a diversos órgãos da Prefeitura para análise de
viabilidade técnica e projeção orçamentária.
Na segunda fase, os órgãos consideraram que das 479 propostas recebidas,
apenas 96 sugestões apresentavam viabilidade técnica e foram orçamentariamente
estimadas.
Na terceira e última fase, os técnicos da Secretaria Municipal de Economia,
analisaram as 96 demandas populares devolvidas pelos órgãos, concluindo que
apenas 58 se enquadravam nos critérios estabelecidos na legislação. Entretanto, os
valores orçamentários destas ações de caráter democrático extrapolavam o limite
estabelecido pelo Art. 12, da Lei nº 6.680, de 11 de julho de 2017.
Para ajustar as demandas apresentadas ao limite estabelecido na lei
supramencionada, foi realizada audiência pública devolutiva, no mês de setembro,
para discutir com os representantes das regiões administrativas, aquelas que
precisavam ser priorizadas, de acordo com a disponibilidade orçamentária. Por fim,
após escolha democrática da sociedade, 37 (trinta e sete) ações comporão o PPAM
2018-2021. A tabela 2, abaixo mostra como ficou as ações priorizadas por órgão.
Órgão Ações
Educação
Construir creche no Rio Novo;
Implantar centro de educação infantil integral no Novo Mundo;
Implantar creche em Ipioca;
Reformar Centro Municipal de Educação Infantil Mestre Mario Izaldino e a Escola Municipal Silvestre Pericles no Pontal;
Reparar o muro da Escola Municipal Radialista Edecio Lopes
Turismo Fidelizar turista com o plantio de árvore
Saúde
Construir centro de referência para exames especializados para a mulher;
Reformar posto de saúde do Barro Duro;
Construir CAPSI e CAPS ad na região do Benedito Bentes;
Reformar unidade de saúde Aliomar Lins;
Construir unidade básica de saúde no Benedito Bentes.
Implantar uma unidade básica de saúde na Jatiúca
Infraestrutura
Construir praça pública na Rua Luiz Ramalho de Castro;
Recuperar Praça Arnon de Melo;
Recuperar Praça Menino Jesus de Praga;
Construir quadra esportiva no Mutange;
Construir quadra poliesportiva no Conjunto Medeiros Neto.
Pavimentar a Rua do Arame/Mutirão na Chã da Jaqueira;
Construir praças nos conjuntos João Sampaio, Alto da Alegria, Mocambo e Mirante da Princesa;
Construir praça poliesportiva na Região 6;
Colocar corrimão nas escadarias já existentes na Vila Emater;
Drenagem, pavimentação, escadarias e pontilhões na Grota do Falcão; e
Pavimentação na Rua São Cristovão.
Iluminação Melhoria da iluminação pública na região 4.
Transporte
Implantar abrigos no Vergel do Lago;
Implantar abrigos no Trapiche da Barra;
Construir abrigo no Medeiros Neto.
Limpeza
Melhoria de limpeza pública no Trapiche da Barra;
Melhoria de limpeza pública no Vergel do Lago;
Melhoria de limpeza pública no Medeiros Neto; e
Implantar coleta seletiva no Bom Parto.
Cultura Apoiar a cultura no Tabuleiro do Martins; e
Apoiar a cultura na RA-4.
Desenvolvimento Sustentável
Manter praças e áreas de lazer nos Conj. João Sampaio, Alto da Alegria, Mocambo, Mirante da Princesa.
Esporte Restaurar espaço de lazer no Bom Parto.
Convívio Social Implantar Projeto Guarda faz escola no Vergel,
Levada, Ponta Grossa, Trapiche e Prado. Fonte: Secretaria Municipal de Economia
5. SITUAÇÃO FINANCEIRA DO MUNICÍPIO
O processo de planejamento, nas suas etapas constitutivas, ganha
materialidade quando incorpora, ao conjunto de estratégias e ações derivadas de
um diagnóstico e uma visão de futuro, a dimensão financeira. A viabilidade na
implementação das políticas públicas guarda forte correlação com o conjunto de
variáveis materiais que a condicionam, e dentre elas, destaca-se a variável
financeira.
O financiamento do PPAM 2018 / 2021, isto é, a exequibilidade de execução
das ações planejadas, se dá em cenários que se repetem por décadas. Maceió,
como diversas capitais, e a maioria dos municípios brasileiros, apresenta um nível
elevado de dependência das transferências no nível federal e estadual para
formação da sua receita. Vale dizer, os cenários econômicos nacional e estadual,
não podem deixar de referenciarem as estimativas das finanças municipais.
O cenário nacional de referência para o período 2018 / 2021, que teve nos
anos de 2014 a 2016 redução do PIB – recessão, pode ser caracterizado como um
período de recuperação da atividade econômica. As projeções, dependendo da
fonte, estimam crescimento do PIB entre 1,4% e 3,0, e IPCA – inflação,
estabilizando-se na faixa dos 4%. Neste cenário, é razoável supor que o crescimento
das transferências federais seja modesto, acontecendo em determinados anos
crescimento zero se consideramos valores em termos reais.
Já no cenário estadual, que de certa forma guarda correlação com o
desempenho do governo federal, trabalha-se também com modestas expectativas
de crescimento. O reflexo da sensível redução dos investimentos públicos no âmbito
do governo federal impacta fortemente o dinamismo de Alagoas. Dados levantados
em estudos de projeção do jornal Valor Econômico estimam queda de 1% do PIB de
Alagoas em 2017, maior queda do nordeste e segunda do Brasil, que tem como
maior taxa de queda o Rio de Janeiro com 1,4%.
É, portanto, num cenário de modesta expectativa de crescimento, e
considerando a vinculação da economia de Maceió com as dimensões nacional e
estadual, que projetou-se o quadro financeiro – receitas / despesas, para o período
2018/2021, quadriênio referencial do PPAM.
A estimativa da receita de Maceió para o quadriênio 2018 / 2021, não
apresenta modificações relevantes no conjunto de rubricas que compõem sua
estrutura. Década a década, o peso das transferências marca posição destacada na
composição da receita total.
Tomando como referência a taxa de inflação estimada para os próximos
quatro anos – IPCA na faixa de 4,0% para a receita tributária e as transferências
correntes, e informações com estimativas oriundas dos órgãos da administração
municipal para convênios e transferências fundo a fundo e operações de crédito,
estima-se para este período, uma receita total da ordem de 10,8 bilhões.
Analisando o valor global previsto sob a ótica da origem dos recursos
estimados, percebe-se a seguinte configuração: 30,2 % é a composição da receita
própria, 65,7% caracterizam-se como transferências correntes, convênios e
transferências fundo a fundo, e apenas 4,1 % correspondem à operações de crédito
– Tabela 01. Como se vê, o nível de dependência de recursos externos é bastante
elevado, razão pela qual, em face dos cenários já descritos, trabalhou-se com um
modesto crescimento da receita municipal. A tabela 3 mostra a evolução da Receita
Municipal no período 2018 a 2021.
EVOLUÇÃO DA RECEITA MUNICIPAL 2018 / 2021
DESCRIÇÃO 2018 2019 / 2021 TOTAL %
Receita própria 765.198.850 2.508.468.077 3.273.666.927 30,2
Transferências correntes 1.063.092.639 3.485.020.853 4.548.113.492 42,0
Convênio e transferências fundo a fundo 648.675.504 1.914.701.700 2.563.377.204
23,7
Operações de crédito 105.573.262 334.405.139 439.978.401 4,1
TOTAL GERAL 2.582.540.255 8.242.595.769 10.825.136.024 100,0 Tabela 3 – Fonte: Secretaria Municipal de Economia
O conjunto de ações estruturadas em programas e condensadas em eixos
estratégicos, configuram a proposta de intervenção da administração municipal para
o período 2018/2021, e denomina-se PPAM – Plano Plurianual Municipal. A
viabilidade da execução deste conjunto de ações deriva do saldo de recursos
decorrente do balanço entre a receita total do município e o conjunto de despesas
sintetizadas na tabela 02.
A tabela 4 mostra a disponibilidades de recursos para o PPAM 2018/2021.
RECURSOS DISPONÍVEIS PARA PPAM 2018/2021
Total da Receita (A) 10.825.136.024
DESPESA
Manutenção 693.494.231
Pessoal e encargos sociais 4.263.789.640
Juros e dívida 80.930.942
Intra orçamentária 939.246.829
Reserva 130.783.361
Outras ações administrativas 462.469.693
Total da Despesa (B) 6.570.714.696
Programas Finalísticos (A-B) 4.254.421.328 Tabela 4 – Fonte: Secretaria Municipal de Economia
Para os quatro anos de vigência do plano, e considerando os valores
estimados em 2017, tem-se uma programação de ações que totaliza
aproximadamente 4,5 bilhões de reais, o que significa a aplicação de 42% dos
recursos financeiros existentes no atendimento direto de demandas da nossa
capital.
Quanto às fontes de financiamento do PPAM 2018/2021 - Tabela 03,
observa-se o alinhamento dos valores aos totais observados na estimativa da
receita. Os recursos ordinários significa dizer o conjunto de receitas geradas pelo
município, contribuem com 30,77 % do total investido, os recursos vinculados –
convênios e transferências fundo a fundo, contribuem com 59,82 % e as operações
de crédito significam 9,41 % na formação da matriz de financiamento do plano.
Na Tabela 5 são demonstradas as fontes de recursos que financiam o plano.
FONTE DE RECURSOS PARA PPAM 2018/2021
Fonte VALOR %
Ordinário 1.309.050.565 30,77
Vinculado 2.545.112.710 59,82
Operação de crédito 400.258.053 9,41
Total 4.254.421.328 100,00
Tabela 5 – Fonte: Secretaria Municipal de Economia
Finalmente, sob a ótica da alocação dos recursos disponíveis – Tabela 04 é
possível distinguir de forma objetiva as prioridades e possibilidades da administração
municipal.
Os eixos e programas que caracterizam PPAM 2018/2021 indicam as opções
adotadas pelo poder público municipal no equacionamento das demandas e
necessidades identificadas pela sociedade, como também o ajuste do diagnóstico e
os compromissos assumidos no período que antecedeu o pleito eleitoral.
A Tabela 6 mostrar a participação dos eixos e dos programas em relação ao
total do plano.
EIXO/PROGRAMA 2018 - 2021 % POR EIXOS E PROGRAMAS
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 69.154.876 1,63
0006 - FORTALECIMENTO DA GESTÃO AMBIENTAL
2.015.298 0,05
0007 - ACELERAÇÃO DE CRESCIMENTO 52.007.600 1,22
0008 - FORTALECIMENTO DO TURISMO 4.412.822 0,10
0021 - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
10.719.156 0,25
DESENVOLVIMENTO SOCIAL 2.834.774.416 66,63
0005 - FORTALECIMENTO DA SEGURANÇA COMUNITÁRIA
7.346.614 0,17
0020 - OPERACIONALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA REDE DE ENSINO
423.948.510 9,96
0022 - SAÚDE COM QUALIDADE, ACESSO E EXPANSÃO DOS SERVIÇOS
2.279.298.336 53,57
0023 - FORTALECIMENTO DO ESPORTE 8.468.969 0,20
0024 - PROTEÇÃO SOCIAL 97.199.988 2,28
0025 - FORTALECIMENTO DA CULTURA 18.511.999 0,44
INFRAESTRUTURA E AMBIENTE 1.350.492.036 31,74
0011 - MACEIÓ BEM CUIDADA 1.350.492.036 31,74
TOTAL GERAL 4.254.421.328 100,00
Tabela 6 – Fonte: Secretaria Municipal de Economia
O Eixo do Desenvolvimento Social representa 66,63 % dos recursos alocados
no plano. Dentre os programas que compõem este eixo, cabe destacar o programa
“saúde com qualidade, acesso e expansão dos serviços” com 54,00 % do volume de
recursos, e o programa “operacionalização e desenvolvimento da rede de ensino”
com 9,96 % dos recursos alocados.
O programa “Maceió bem cuidada”, que caracteriza o Eixo Infraestrutura e
Ambiente representa o conjunto de ações que ordenam e corrigem disfunções na
estrutura física e ambiental do município, recebe neste PPAM um volume de
recursos que corresponde a 31,74 % dos recursos globais disponíveis. Já o eixo
Desenvolvimento Econômico representa 1,63 % e 5,87 %, dos recursos disponíveis.