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Preconceito- Conhecimento vence opressão Planos de Aula Autor Grace Luciana Pereira SAO PAULO - SP Universidade de São Paulo Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema Ensino Fundamental Final Pluralidade Cultural Direitos humanos, direitos de cidadania e pluralidade Dados da Aula O que o aluno poderá aprender com esta aula Discutir sobre o preconceito e suas raízes na cultura brasileira partindo da abolição no Brasil; Aprender sobre o que o Código penal diz sobre racismo. Discutir o artigo 5º da Constituição Brasileira. Duração das atividades Uma seqüência de atividades de 6 aulas Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno Descobrir o que os alunos sabem sobre a abolição da escravatura. Discussão sobre histórias de preconceito que os alunos conhecem. Verificar qual o conhecimento dos alunos sobre a lei em relação à discriminação. Estratégias e recursos da aula

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Page 1: Preconceito Plano de Aula Gilda

Preconceito- Conhecimento vence opressão

Planos de Aula

Autor Grace Luciana Pereira

SAO PAULO - SP

Universidade de São Paulo

 

Modalidade / Nível de

Ensino

Componente

CurricularTema

Ensino Fundamental Final Pluralidade CulturalDireitos humanos, direitos de cidadania e

pluralidade

 

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Discutir sobre o preconceito e suas raízes na cultura brasileira partindo da abolição no Brasil;

Aprender sobre o que o Código penal diz sobre racismo. Discutir o artigo 5º da Constituição

Brasileira.

Duração das atividades

Uma seqüência de atividades de 6 aulas

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Descobrir o que os alunos sabem sobre a abolição da escravatura. Discussão sobre histórias de

preconceito que os alunos conhecem. Verificar qual o conhecimento dos alunos sobre a lei em

relação à discriminação.

Estratégias e recursos da aula

Page 2: Preconceito Plano de Aula Gilda

Diálogos contra o Racismo

Orientações ao professor

 

É fundamental que o professor estabeleça combinados com a classe para discutir o tema, para

que não haja constrangimento entre eles.

Converse com os alunos que o disparador para a discussão do tema em pauta serão alguns

vídeos de uma campanha chamada: Onde você guarda o seu racismo, que demonstra vários

depoimentos sobre racismo.

A cada depoimento debata com os alunos suas opiniões, reflexões, o momento de

debate:compartilha, suscita, desafia o aluno a pensar sobre as questões propostas. Estabeleça

combinados para que cada um possa se expressar e todos possam ouvir.

Levante com os alunos filmes, músicas e livros que conhecem que abordam o tema, estimule

que as fontes de pesquisa sejam utilizadas. Para tal, professor, tenha uma lista para repertoriar

os alunos. Seguem algumas sugestões.

Estimule os alunos a lerem as histórias sobre o tema, jornais e trocarem suas impressões sobre

os mesmos.

Caso seja possível, utilize os recursos de internet para enriquecer as pesquisas, troca de e-mail

Page 3: Preconceito Plano de Aula Gilda

para uma entrevista com algum pesquisador sobre discriminação racial, um advogado que

pode esclarecer dúvidas legais, etc.

É fundamental que o professor assista novamente cada um dos filmes elencados pelos alunos

para análise. Faça um registro de suas impressões e reflexões para se necessário fortalecer o

debate entre os alunos.

 

Seqüência didática:

 

1. Discutir sobre a abolição, a escravidão e as conseqüências históricas desta fase para a

população brasileira afro-descendente como recurso utilize

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10014/me003992.wmv

 

A abolição: parte I

2. Lançar questões para pesquisa tais como:

- O que é Intolerância?

- O que é Xenofobia?

- O que é Preconceito?

- O que é Estereótipos?

- O que é Apartheid?

- O que é Discriminação?

- O que é Racismo Aberto e Oculto?

3. Faça uma seleção de filmes e peça para em casa o aluno assistir e relatar por escrito, como o

racismo e o preconceito se manifestam no filme. Como os alunos poderão escolher filmes

diferentes, isso pode estimular uns aos outros a também assistirem o filme relatado pelo colega.

Depois na sala de aula, peça para os alunos que assistiram aos mesmos filmes se reunirem e

debaterem no pequeno grupo, seus registros e relacionar com os termos estudados na pesquisa.

Os alunos devem posteriormente socializar a opinião do grupo e suas reflexões com a classe toda.

4. Peça para os alunos fazerem uma pesquisa de quantos empregados domésticos há nas novelas

e quantos destes são negros e produzam uma tabela e um gráfico; Debata sobre a situação do

negro no mercado de trabalho. Os alunos podem pesquisar artigos sobre o assunto na Internet e

socializar as descobertas.

5. Discutir sobre a relação pobreza e discriminação racial.

6. Apresente o 5º Artigo da Constituição Brasileira e discuta seu significado para nossa sociedade.

http://www.culturabrasil.org/artigo5.htm

7. Discutir as punições para a discriminação no Código Penal.

Page 4: Preconceito Plano de Aula Gilda

8. Tocar a música- Dias Melhores do grupo Jota Quest e conversar com os alunos sobre medidas

efetivas que eles podem adotar para combater o racismo na escola e na comunidade.

9. Lançar uma campanha contra o preconceito na escola e na comunidade.

10. Divida a classe em grupos e peça que cada equipe prepare uma forma de denunciar o

preconceito, podem ser elaboração músicas ou paródias, representação de trechos de filmes, peça

teatral, uma poesia, etc.enfim um Festival contra o preconceito. Convide a comunidade e faça

uma ciclo de debates entre a comunidade escolar e do entorno.

Dica: Caso o professor queira pode publicar um blog sobre o tema no qual os alunos podem ser

responsáv eis por alimentar as informações.

 

Sugestão de filmes que abordam a t em ática estudada:

1. Homens de Honra

2. O xadrez das cores- disponível no site http://portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=2932

3. A Incrível História da Mulher que Mudou de Cor

http://portacurtas.uol.com.br/pop_160.asp?cod=1934&exib=324

4. Quase Deuses

5. La Amistad

6. Crash no limite

7. Quanto vale ou é por quilo?

8. Cronicamente inviável

9. Malcolm X

10. Tempo de matar

11. Duelo de Titãs

12. A outra história americana

13. Cidade de Deus

14. Diamante de sangue

15. Escritores da Liberdade

Page 5: Preconceito Plano de Aula Gilda

16. Ao mestre com carinho

 

Músicas

Racismo é burrice- Gabriel Pensador http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/137000/

Dias melhores Jota quest- http://vagalume.uol.com.br/jota-quest/dias-melhores.html

É imprescindível que o professor assista ao filme antes de indicá-lo para verificar se ele

é apropriado para seus alunos.

Fazer uma pesquisa prévia sobre quantos alunos conheciam sobre: Os termos estudados; Os

artigos do Código Penal e da Constituição Brasileira Realizar um debate sobre o tema e perceber o

quanto os argumentos dos alunos apresentam conteúdos mais concisos.

Fonte: Portgal do Professor

Planos de Aula

Plano de aula: DIVERSIDADE CULTURAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA

Avaliação do Usuário:  / 1

Pior Melhor 

Planos de Aula

Autor Vânia Lúcia Lima Vieira de Mello -

Co-autor: Sulamita Nagem Dias Lima -

BELO HORIZONTE - MG -

ESC FUND DO C PEDAG DA UFMG -

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Exprimir, por meio de exemplo, o conceito de cultura como algo dinâmico e plural.

Reconhecer o caráter multiétnico e a diversidade cultural da sociedade brasileira, adotando

perante tal pluralidade atitudes isentas de preconceitos.

Observar mudanças ocorridas em aspectos da cultura no passado e no presente.

Identificar traços culturais característicos de diferentes regiões do Brasil

Duração das atividades

Aproximadamente, 03 aulas

Avaliar vote com_content 3949

http://www .geled

Page 6: Preconceito Plano de Aula Gilda

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Habilidades de codificação e decodificação

Gênero textual propaganda: forma composicional, linguagem e função.

Estratégias e recursos da aula

Estratégias e recursos da aula:

-Vídeos

-Aula dialogada

-Áudio

-Leitura de Texto

-Interpretação de texto

- Produção de texto

- Revistas, papel manilha, tesoura, cola...

Desenvolvimento

1º passo:

a) O professor prepara a turma para assistir o vídeo sobre a diversidade da cultura brasileira,

disponível nos recursos educacionais.

b) Solicitar que assistam ao vídeo, procurando identificar a mensagem desse documentário.

c) O professor propõe a socialização da mensagem percebida pelos alunos.

2º passo:

a) O professor retoma o vídeo a partir de alguns depoimentos e propõe a discussão:

- O Sr.Antônio Grassi faz um comentário sobre a cultura brasileira: "A primeira impressão é que

nós não conhecemos o nosso país". O que ele quis dizer com este comentário?

-O jovem Calebe Pimentel ,de Porto de Galinhas, faz uma denuncia séria sobre os hábitos dos

brasileiros afirmando que passamos a maior parte do nosso tempo de lazer em frente à TV. Você

concorda com ele? Por que?

- O que, na sua opinião, Rubens Alves, escritor brasileiro, quis dizer quando afirmou "Isto aqui é

uma Arca de Noé".

b) O professor coloca no quadro as afirmativas abaixo, propondo que a turma faça uma análise

das mesmas, argumentando contra ou a favor.

- Tornamos escravos dos meios de comunicação.

-Deixamos de valorizar o que é nosso para nos reverenciarmos aos valores de outros povos.

-Perdemos a oportunidade de conhecer melhor a nossa gente.

Page 7: Preconceito Plano de Aula Gilda

3º passo

a) O professor coloca no quadro a frase: O Brasil é conhecido internacionalmente por .....

b) Como cada um de vocês completaria essa frase? Ouvir as ideias dos alunos e o professor faz os

comentários necessários que enriquecerão os conhecimentos da turma.

c) O professor prepara a turma para ouvir um o áudio, disponível nos recursos educacionais, sobre

a história do Boi Bumbá e das festas juninas.

d) Após ouvir o áudio, o professor reforça com a turma as informações, valorizando a participação

do branco, índio e do africano na construção da nossa identidade cultural.

e) A partir do áudio, identificar qual foi, na história do Boi Bumba, a influência do:

- Branco - ( no enredo)

- Negro - ( no ritmo)

- Índio - ( na dança)

f) Discutir com a turma as atribuições de cada um dos personagens do folguedo e as

particularidades dessa festa nas diferentes regiões: no nordeste, o folguedo é apresentado na rua

e tem um significado; no Pará e Amazônia já é apresentado no curral e tem uma maior influência

dos índios.

4º passo:

a) Discutir com a turma a origem das festas juninas: origem, características...

b) Apresentar, a título de enriquecimento do trabalho, a festa de Parintins, disponível nos recursos

educacionais.

5º passo

a) O professor distribui uma cópia do texto "A diversidade cultural no Brasil" e faz uma leitura

oral, procurando comentar, coletivamente, parte a parte do texto.

b) Após a leitura, o professor propõe a leitura das imagens que acompanham o texto.

A diversidade cultural no Brasil

Apesar do processo de globalização, que busca a mundialização do espaço geográfico, tentando

através dos meios de comunicação criar uma sociedade homogênea, aspectos locais continuam

fortemente presentes. A cultura é um desses aspectos, várias comunidades continuam mantendo

seus costumes e tradições.

O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, configura uma vasta diversidade

cultural no seu povo. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos

foram os primeiros responsáveis pela disseminação cultural no Brasil. Em seguida, os imigrantes

italianos, japoneses, alemães, árabes, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do

Brasil .

Page 8: Preconceito Plano de Aula Gilda

Aspectos como a culinária, danças, religião, são elementos que integram a cultura de um povo.

As regiões brasileiras apresentam diferentes peculiaridades culturais.

No Nordeste, a cultura é representada através de danças e festas como o bumba meu boi,

maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. A culinária

típica é representada pelo sarapatel, buchada de bode, peixes e frutos do mar, arroz doce, bolo

de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé

de moleque, entre tantos outros. A cultura nordestina também está presente no artesanato de

rendas.

O Centro-oeste brasileiro tem sua cultura representada pelas Cavalhadas e Procissão do Fogaréu,

no Estado de Goiás, o Cururu em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culinária é de origem

indígena, e recebe forte influência da culinária mineira e paulista. Os pratos principais são:

galinhada com pequi e guariroba, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal -

como o Pintado, Pacu e Dourado.

As representações culturais no Norte do Brasil estão nas festas populares como o Círio de Nazaré,

Festival de Parintins a maior festa do boi-bumbá do país. A culinária apresenta uma grande

herança indígena, baseada na mandioca e em peixes. Pratos como otacacá, pirarucu de casaca,

pato no tucupi, picadinho de jacaré, mussarela de búfala. As frutas típicas são: cupuaçu, bacuri,

açaí, taperebá, graviola, buriti

Page 9: Preconceito Plano de Aula Gilda

No Sudeste, várias festas populares de cunho religioso são celebradas no interior da região. Festa

do Divino, festejos da Páscoa e dos santos padroeiros, com destaque para a peregrinação a

Aparecida (SP), congada, cavalhadas em Minas Gerais, bumba meu boi, carnaval, peão de

boiadeiro. A culinária é muito diversificada, os principais pratos são: queijo minas, pão de queijo,

feijão tropeiro, tutu de feijão, moqueca capixaba, feijoada, farofa, pirão, etc.

O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente,

alemães e italianos. Algumas cidades ainda celebram as tradições dos antepassados em festas

típicas, como a Festa da Uva (cultura italiana) e a Oktoberfest (cultura alemã), o fandango de

influência portuguesa e espanhola, pau de fita e congada. Na culinária estão presentes:

churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em

uma panela de barro), vinho.

Page 10: Preconceito Plano de Aula Gilda

Churrasco Gaúcho

 

7º passo

a) Dividir a turma em grupos para que, a partir das informações do texto trabalhado no item

anterior, os alunos completem a tabela abaixo.

OBSERVAÇÃO: Como são inúmeras as contribuições de cada região, o grupo preencherá a tabela

com sugestões de sua preferência.

REGIÕES MANIFESTAÇÕES CULTURAIS ARTESANATO CULINÁRIA

NORTE

SUL

CENTRO OESTE

NORDESTE

SUDESTE

 

b) Socialização e comentários sobre os dados colocados na tabela.

c ) A partir das discussões dessa aula, propor que o grupo crie uma propaganda sobre a

diversidade cultural brasileira, para ser colocada em uma revista especializada em turismo.

d) Socialização e comentários da propaganda.

Recursos Educacionais

Vídeo sobre a diversidade cultural do Brasil:

http://www.youtube.com/watch?v=0yv6Dw1L8d0

Áudio do portal do professor mostrando as festas tradicionais de nossa cultura.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/18074/

prof_gente_brasileira_p05_folguedos_dancas_e_musicas_bumba-meu-

boi_e_festa_de_sao_joao.mp3

Texto informativo sobre a cultura brasileira

http://www.brasilescola.com/brasil/a-diversidade-cultural-no-brasil.htm

Vídeo de Parintins

http://www.youtube.com/watch?v=8CXDhC8B5Q8&NR=1

http://www.youtube.com/watch?v=tSymFN8Yd5s

Recursos Complementares

Page 11: Preconceito Plano de Aula Gilda

Série de vídeos sobre diversidade da cultura brasileira.

http://video.google.com.br/videosearch?q=diversidade+cultural+do+brasil&hl=pt-

BR&emb=0&aq=f#q=diversidade+cultural+do+brasil&hl=pt-BR&emb=0&aq=f&start=40

Historia do boi bumbá

http://www.youtube.com/watch?v=ZZQqMfdIJHA

Vídeo da cidade de Salvador

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=571

Vídeos sobre diversidade cultural

http://video.google.com.br/videosearch?q=diversidade+cultural+no+brasil&hl=pt-

BR&emb=0&aq=f#q=diversidade+cultural+no+brasil&hl=pt-BR&emb=0&aq=f&start=30

Avaliação

A participação e aprendizagem dos alunos serão avaliadas durante o desenrolar das atividades

propostas.As idéias desenvolvidas durante as aulas serão avaliadas nas atitudes dos alunos nos

trabalhos de grupos, nas discussões e na participação das interações em sala de aula. A produção

da propaganda será um instrumento com o qual o professor poderá avaliar a aprendizagem dos

alunos

Fonte: Portal do Professor

 

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Plano de aula - Consciência Negra

Planos de Aula

Fonte: Portifolio da Aprendizagem -

A professora usará um telefone de lata para chamar a atenção dos alunos para a comunicação

entre Luci personagem brasileira e Xhosa menino africano que mora na Namíbia . Após os alunos

perceberem que escutamos o que o outro diz no telefone de lata, a professora contará a história e

mostrará cartazes com as ilustrações do livro. A menina Luci atira um telefone de lata no telhado,

um tempo depois começa a se comunicar com Xhosa um menino africano que conta a ela como

vivem os africanos, seus hábitos,costumes, suas histórias... Luci passa então, a se interessar pelo

continente africano e começa juntamente com seus pais(Ilda e Luiz) a pesquisar sobre a sagrada

mãe África.

2) Produção textual: Os alunos produziram uma história coletiva para o menino Xhosa como é

Page 12: Preconceito Plano de Aula Gilda

viver no Brasil, o que as crianças gostam de brincar, o que fazem nas horas de folga, como

estudam nas escolas, o que aprendem, que animais temos aqui...

2.1) objetivos: Produzir um texto coletivo para comunicar-se com o menino africano;

Ler o texto para os colegas para que cada grupo compreenda o que contou e corrija

coletivamente as ideias;

2.2) organização da turma:Em grupos de cinco alunos;

2.3) organização dos materiais:Folhas pautadas,lápis, borracha...

2.4) desenvolvimento:Cada grupo escreverá para o menino africano como é viver no Brasil e após

apresentarão para os colegas seu texto para que os grupos entendam o que cada grupo escreveu;

3) Jogo: Jogo de provérbios folclóricos ( brasileiros e africanos)

3.1) objetivos:Compreender que as frases são cadeias linguísticas, compostas por sequencias de

palavras, através das quais transmitimos nosso pensamentos

3.2) organização da turma: Em grupos cada grupo receberá um provérbio em um cartão;

3.3)desenvolvimento: O professor lê um provérbio africano"Quem brinca com cão levanta-se com

pulgas"(provérbio da Ilha de São Tomé), separando oralmente cada palavra da frase. Após os

alunos lerão seus provérbios contando o número de palavras que compõe cada cartão.

4) Sistematização:

4.1) objetivos: Identificar os adjetivos no grupo de palavras;

Conceituar adjetivos juntamente com os colegas e a professora;

4.2) organização da turma: Em grupos de cinco alunos;

4.3) organização dos materiais:Cada grupo receberá fichas com um grupo de palavras;

4.4) desenvolvimento: Cada grupo receberá uma ficha com um conjunto de palavras e deverá

descobrir qual é a palavra intrometida:

mesa,velho,livro,cadeira

africano,ferro,sofá,porta maravilhoso

escova,caneta,porta,brasileira

óculos,africano,pente,escova

Perguntas realizadas pela professora:

a)O que as palavras intrometidas de cada grupo africano, brasileira, velho e maravilhoso têm em

comum?

b) Estas palavras dão qualidade a que? A quem?

c) Como podemos construir juntos uma regra para estas palavras?

Page 13: Preconceito Plano de Aula Gilda

 

Veja também

Consciência Negra

Consciência Negra, Ainda que Tardia

A vida me ensinou a ser negra

Dia da Consciência Negra – ainda precisamos disso?

Oliveira Silveira - O inventor do Dia Nacional Consciência Negra

Um dia de Luta na Morada Eterna dos Ancestrais

"Dia da Consciência Negra" retrata disputa pela memória histórica

Dia da Consciência Negra - Indicativo para professores

Matéria original

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Plano de aula - POR QUE OS HERÓIS NUNCA SÃO NEGROS?

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Planos de Aula

Fonte: Nova Escola -

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Page 14: Preconceito Plano de Aula Gilda

Tema

Preconceito racial

Objetivo

Mostrar que existe um racismo velado no Brasil e que a imagem dos negros nos livros ainda é

inferiorizada perante o branco. Aumentar a auto-estima dos alunos afro-descendentes, despertar

a turma para a diversidade da raça humana e promover o respeito pelas diversas etnias.

Como chegar lá

Faça um levantamento dos heróis e heroínas conhecidos pelo grupo. Provavelmente os de cor

branca serão maioria. Em seguida apresente personagens negras de livros e filmes (como o

desenho animado Kiriku e a Feiticeira, disponível em fita VHS) e pessoas notórias que sejam

representadas de maneira positiva. Discuta os motivos dessa diferença, peça pesquisas em

jornais e revistas que comprovem a discriminação

Dica

Não chegue com discurso pronto sobre o racismo. Deixe os alunos concluírem que o preconceito e

a discriminação existem, sim, no Brasil e que precisam ser combatidos. Ao falar da cultura

Page 15: Preconceito Plano de Aula Gilda

africana e dos rituais, prepare-se para enfrentar o preconceito religioso

O povo negro é discriminado em todos os cantos do planeta onde os brancos são maioria. E a sua

sala de aula, professor, será território neutro? Por mais que você se preocupe em tratar todos da

mesma maneira, os negros continuam sendo discriminados. Quer ver como? Pense nos livros que

a turma lê. Eles mostram famílias negras de classe média, felizes e bem-sucedidas? Têm

príncipes, reis e rainhas que não sejam brancos? Você não acha isso um problema? Então imagine

o que significa ser despertado para o prazer da leitura sem ver sua raça representada de forma

positiva nas páginas dos livros.

"Lendas, contos da carochinha e mitologias ajudam as crianças a construir sua identidade. Num

processo de transferência, os pequenos se colocam no lugar dos heróis e vivenciam as sensações

dos personagens", explica Taicy de Ávila Figueiredo, pedagoga e professora de Educação Infantil

em Brasília. Sentimento de inferioridade e auto-rejeição são as conseqüências mais comuns na

auto-estima de quem não se reconhece nas histórias contadas na escola. "Todos querem ser

aceitos por seu grupo, pela sociedade. Muitos alunos passam a se enxergar como brancos",

explica Ana Célia Silva, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia

(UFBA).

Você deve estar se perguntando como fugir dessa questão, já que as histórias consagradas do

mundo de faz-de-conta são européias. A sugestão é entrar no universo de lendas e histórias da

África, do Oriente, dos índios... Veja como a professora Maria Cecília Pinto Silva, da Escola

Municipal de Educação Fundamental General Esperidião Rosas, em São Paulo, conseguiu plantar

uma semente contra o racismo em uma atividade interdisciplinar para as turmas da 4a série. O

projeto ganhou o prêmio Educar para a Igualdade Racial, do Centro de Estudo das Relações de

Trabalho e Desigualdades (Ceert).

 

Experiência prática

Diagnóstico/Objetivos

Após presenciar diversas atitudes racistas, a professora elaborou um projeto para despertar o

respeito às diferenças. Pediu à classe que desenhasse os heróis preferidos, já prevendo o

resultado. A maioria citou personagens brancas. Ela aproveitou os dados e ensinou, nas aulas de

Matemática, como elaborar gráficos. Veja o resultado: 94% de personagens brancas, 4% de

orientais e 2% de negras.

 

Problematização

Maria Cecília apresentou o herói Kiriku, do filme Kiriku e a Feiticeira. O desenho animado se passa

na África e todas as personagens são negras. A turma assistiu ao filme, reescreveu a história e a

sinopse e fez resenhas. Em seguida a professora pediu um exercício de comparação com os

contos de fadas tradicionais e o levantamento das características desse gênero literário. Para

Page 16: Preconceito Plano de Aula Gilda

começar, lançou a pergunta: por que não vemos personagens negras em outras histórias? Os

alunos conseguiram se lembrar de algumas, como o Negrinho do Pastoreio, o Zumbi e Tia

Nastácia. Qual a diferença entre eles e Kiriku? "Ele é um herói, professora", responderam. Bingo!

A próxima atividade foi de leitura de livros cujas personagens principais são negras, como Luana,

de Aroldo Macedo. Em seguida as crianças pesquisaram em jornais e revistas reportagens sobre

racismo, enquanto Maria Cecília mostrava fotos e histórias de grandes ícones brasileiros negros,

como o professor Milton Santos.

Desdobramentos

Em Ciências, foram estudadas diversas versões para a criação do mundo e a professora

apresentou lendas africanas e indígenas. Nesse momento, um aluno muçulmano trouxe sua

experiência e enriqueceu a discussão sobre pluralidade cultural (leia mais no quadro abaixo).

 

"Não quero desenhar nem ouvir falar em orixás", reclamaram alguns evangélicos na aula de

Ciências de Maria Cecília. O preconceito religioso é outro desafio a ser enfrentado na escola.

Algumas crianças não queriam participar dessa etapa do projeto. Durante essa difícil tarefa, o

aluno Kaled Abidu El Carim Abou Nassif, libanês e muçulmano, pediu espaço para contar a versão

da religião de Maomé para a criação do mundo. Como a cultura islâmica está em evidência, os

colegas estavam cheios de perguntas. Depois dos orixás, anjos e Alá, os alunos conheceram

histórias de Tupã e tiveram contato com as lendas indígenas. "Estão vendo? Não somos e não

precisamos ser todos iguais", disse a professora, explicando que conhecer é muito diferente de

convencer.

Veja nosso Heróis em Afrobrasileiros

Outra plano de aula

Plano de aula - Respeitar as diferenças

 

Matéria original: Diversidade em sala de aula

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2009-11-22 23:51:26   Plano de aula

2009-11-13 00:05:00   preconceitos

2009-11-03 19:18:37   naruto

2009-09-23 20:30:55   adorei

2009-09-02 14:45:44   adorei o plano sobre super heroi

 

Plano de aula - Respeitar as

Page 17: Preconceito Plano de Aula Gilda

diferenças

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Pior Melhor 

Planos de Aula

Fonte: Nova Escola -

Só assim se consegue afastar o fantasma do preconceito e formar jovens mais

tolerantes

 

Muitos professores que trabalham em

escolas públicas de periferia comentam que as turmas, com o passar dos anos, vão "clareando".

Grosseira, a expressão indica que há menos alunos negros na 7ª e 8ª séries do que na 1ª. A cruel

constatação, no entanto, não significa o reconhecimento de que existe preconceito na escola.

Pesquisa realizada pela professora Irene Sales de Souza, da Universidade Estadual Paulista, em

Franca, mostrou que 83% dos 200 entrevistados negaram já ter presenciado situações de

discriminação no ambiente escolar, apesar de todos serem unânimes em afirmar que existe

racismo no Brasil! Por isso, está mais do que na hora de abordar essa difícil questão em sala de

aula e evitar que mais crianças (sobretudo da raça negra) desistam de estudar. "A discriminação

afeta a auto-estima do estudante. Isso se reflete no aprendizado e é uma das causas da evasão",

confirma a pesquisadora Ana Maria de Niemeyer, professora do Departamento de Antropologia da

Universidade Estadual de Campinas.

Lutar contra o preconceito é uma decisão que precisa ser encampada pela coletividade, não é

uma responsabilidade só de quem é discriminado. "Se a construção da auto-imagem do jovem em

nosso país prevê que o negro se sinta submisso e o branco, superior, sempre haverá problemas

para a sociedade como um todo", analisa a consultora educacional Isabel Santos, do Centro de

Avaliar vote com_content 1607

http://www .geled

Page 18: Preconceito Plano de Aula Gilda

Estudo das Relações de Trabalho e Desigualdades, o Ceert. Para combater essa triste realidade, a

instituição está promovendo o prêmio Educar para a Igualdade Racial, que valoriza iniciativas

criativas, desenvolvidas dentro da escola, com o objetivo de promover a pluralidade cultural e

acabar com o racismo (confira o regulamento no site www.ceert.org.br).

Pluralidade Cultural

Tema: Aceitação da diversidade

Objetivo: Conhecer as várias etnias e culturas, valorizá-las e respeitá-las. Repudiar a

discriminação baseada em diferenças de raça, religião,classe social, nacionalidade e sexo.

Reconhecer as qualidades da própria cultura, exigir respeito para si e para os outros

 

Como chegar lá: Procure em sua disciplina elementos que propiciem o desenvolvimento de

atividades ligadas ao tema. Fique atento ao que acontece na sala de aula, na escola e na

comunidade e que se caracterize como estereótipo, discriminação ou preconceito. Identifique

outros elementos na mídia. Os dois caminhos facilitam a discussão em classe

 

Dica: Todos nós temos uma históriade vida, com características pessoais e crenças arraigadas.

Analise-se e verifique se suas posições têm por base a justiça e a ética. Não tenha medo de trocar

idéias com os colegas, pois o tema é delicado mesmo

 

Ações que valorizem as diferentes etnias e culturas devem, sim, fazer parte do dia-a-dia de todos

os colégios. Mas isso não é tudo. É preciso que os alunos aprendam a repudiar todo e qualquer

tipo de discriminação, seja ela baseada em diferenças de cultura, raça, classe social,

nacionalidade, idade ou preferência sexual, entre outras tantas. "A Pluralidade Cultural é uma

área do conhecimento", lembra Conceição Aparecida de Jesus, uma das autoras dos Parâmetros

Curriculares Nacionais de 5ª a 8ª série, que têm um capítulo inteiro dedicado ao tema. Pedagoga

e consultora, ela ensina a incluir o tema no planejamento. "Cultive o hábito de ouvir as pessoas e

desenvolva projetos pedagógicos com propostas que tenham por base questões presentes no

cotidiano das relações sociais." Quem adota essa prática com estudantes que sofrem com o

preconceito garante: a agitação da turma diminui, todos se aproximam do professor e os

mecanismos de ensino e aprendizagem são facilitados.

 

Nesta reportagem, você vai conhecer o que quatro escolas vêm fazendo para valorizar a

Pluralidade Cultural: na periferia de São Paulo, jovens de 5ª a 8ª série de dois colégios localizados

bem perto um do outro estão aprendendo a se conhecer melhor e descobrindo que o preconceito

faz parte da vida de todos; numa escola comunitária de Salvador, cujos alunos são em sua

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maioria negros, a questão racial perpassa todo o currículo, da pré-escola à 4ª série; em Campo

Grande, uma instituição particular leva as crianças de Educação Infantil e da 1ª série a conhecer a

realidade de índios e estrangeiros, como os muitos paraguaios que moram na cidade.

 

Conhecer a si mesmo

 

Para estudar as facetas da discriminação racial na escola, a antropóloga Ana Maria de Niemeyer

tocou, de novembro 1997 a dezembro de 2001, um projeto de pesquisa que envolveu dez

educadores de duas escolas paulistanas, separadas por poucos quarteirões, em que negros e

mestiços são a maioria da clientela. Orientados por Ana, os professores aplicaram diversas

técnicas em sala de aula. Uma delas, oferecida como atividade extra-curricular, era a oficina de

vídeo. "Os jovens escreviam o roteiro e trabalhavam como atores, produtores e câmeras", conta

Maria José Santos Silva, coordenadora do trabalho. Um dos vídeos produzidos mostra a história de

um menino branco que não deixa o colega negro participar de uma partida de futebol. Exibida

para toda a comunidade, a fita serviu de mote para discussões.

 

No decorrer do projeto foram surgindo pistas sobre como o problema da discriminação era visto.

"É consenso, na comunidade, que o negro só é aceito por seu esforço individual, nunca por ação

do grupo", enfatiza Ana. Redações escritas por estudantes de 6ª série indicaram problemas com a

auto-imagem. "Um deles terminou uma história dizendo que o personagem, negro como o próprio

aluno, fez uma plástica para ficar branco."

 

Márcia Lucas leciona Língua Portuguesa na Escola Estadual Doutor Francisco Brasiliense Fusco,

que fica no pedaço mais pobre da rua, bem perto de uma favela. Disposta a provocar uma

reflexão sobre a condição de vida da garotada e melhorar a auto-estima ela propôs a produção de

auto-retratos. "No começo, eu só recebia desenhos com tons bens claros", recorda a professora.

Questionados, os meninos e meninas diziam que não gostavam da própria cor. "Eu os elogiava e

destacava a ação de personalidades negras no cenário mundial."

 

No ano passado, além do auto-retrato, ela pediu que os estudantes de 8a série escrevessem uma

auto-descrição, com características físicas e psicológicas. Os textos foram embaralhados e

redistribuídos. "Na dinâmica, cada jovem tinha de ler a redação em voz alta e descobrir a quem

ela se referia", explica Márcia. Nem sempre a aparência descrita era fiel à realidade. "Alguns

negros se definiam como morenos, o que rendia uma repreensão dos colegas." Márcia, que se

definiu como negra para a turma, mediava os debates. "Dias depois, ao refazer a tarefa, vários

alunos assumiram sua cor", comemora.

 

Na vizinha Escola Municipal de Ensino Fundamental Ministro Synésio Rocha, que fica mais longe

da favela e, por isso, é considerada melhor que a Francisco Brasiliense Fusco, o professor de

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Geografia André Semensato ampliou o espectro original do projeto. "Depois de estudar com a

turma de 6ª série a formação do povo brasileiro, resolvi discutir outros tipos de segregação, além

da racial", relata. No ano seguinte, o livro 12 Faces do Preconceito, de Jaime Pinsky, serviu de

inspiração para o trabalho com a garotada, já na 7ª série. "Após observar a charge que abria cada

capítulo da publicação, eles pesquisaram, na biblioteca e na internet, os temas que mais lhes

interessavam", afirma Semensato, que fez tudo em dupla com a responsável pela sala de

informática, Ana Pens. "No final, a garotada transformou a pesquisa em um arquivo de

PowerPoint, para apresentar ao resto da escola", relata a professora. A discriminação contra

judeus, mulheres, idosos, jovens e homossexuais foi discutida em classe. "Todos passaram a se

policiar e a toda hora questionavam se determinada atitude era preconceituosa ou não", festeja

Semensato. "Foi importante eles perceberem que, apesar de ser vítimas de racismo, muitos

discriminavam os homossexuais", completa a coordenadora Maria José.

 

Os povos da cidade

 

A Pluralidade Cultural é conteúdo importante do currículo da Escola Gappe, em Campo Grande.

"Ao entrar em contato com a diversidade, os estudantes aprendem a respeitá-la", justifica Stael

Gutierrez, coordenadora de Educação Infantil e 1a série. Por isso, um dos objetivos é fazer com

que os alunos conheçam índios e imigrantes que habitam a cidade. Dentro desse espírito, a

professora Élida Souza desenvolveu com a classe de 4 anos o projeto Crianças de Todo o Mundo.

"Trouxemos vários estrangeiros para mostrar um pouco da cultura de seus países."

 

Gente que nasceu na Escócia, na França, no Japão e no Paraguai foi até a sala de aula. Elina

Souza, assessora de Língua Portuguesa da Gappe, integra a grande colônia paraguaia na capital

sul-matogrossense. "Esse povo exerce enorme influência na nossa cultura", enfatiza Stael. Como

todos os outros visitantes, ela levou roupas e objetos típicos para mostrar às crianças, fotos de

locais turísticos e a receita de um prato, que foi preparado e saboreado e ensinou uma música e

uma dança.

 

Na 1ª série, a professora Adriana Godoy estabeleceu um paralelo entre a vida das crianças de

antigamente e de hoje e entre as que residem em Campo Grande e em outras localidades.

"Perguntei aos pequenos se os índios que moram aqui na cidade têm os mesmos costumes que

eles." A resposta devia vir na forma de desenhos que mostrassem as hipóteses da turma sobre

como é a casa, a alimentação, os brinquedos. A maioria acreditava que os índios viviam de tanga,

tomavam banho no rio e se alimentavam de peixes. O próximo passo foi ir até uma aldeia terena.

"Quando viram que eles vão à escola, onde têm acesso a computador, e gostam dos mesmos

desenhos animados e dos mesmos doces, meus aluninhos ficaram muito surpresos", lembra

Adriana.

 

Ela teve o cuidado de explicar que nem todos os índios são como esses terena, que deixaram a

zona rural em busca de trabalho na cidade. Os mais velhos permanecem no campo. Foi fácil

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compreender a lição já que todos estão acostumadas a vê-los no mercado e na feira vendendo

produtos agrícolas e artesanato. De volta à sala de aula, hora de revisar as hipóteses iniciais e

chegar a novas conclusões. "Eles compreenderam as condições de vida daquele povo e, como

resultado, passaram a respeitar as diferenças", afirma Adriana. Para a consultora Conceição, a

experiência é positiva, pois "ajuda a diminuir o preconceito contra os índios, muitas vezes vistos

como preguiçosos."

 

Comunidade envolvida

 

O objetivo da Escola Comunitária Luiza Mahin, que oferece classes da pré-escola até a 4ª série em

Salvador, é levar as crianças a construir uma boa imagem de si mesmas e a resgatar a influência

da cultura africana na construção da identidade brasileira uma proposta pedagógica condizente

com a realidade da clientela, majoritariamente negra. "Alguns chegam aqui se dizendo brancos,

mas logo percebem que, na verdade, não o são", afirma a coordenadora pedagógica Jamira Munir.

Essa descoberta se dá, por exemplo, durante a produção da árvore genealógica de cada aluno.

"No início dessa tarefa, pergunto quem é negro e poucos alunos levantam a mão", afirma Diva de

Souza, professora da 4ª série.

 

Durante o trabalho, ela mostra que é preciso levar em consideração outras características além

da cor da pele. "Falo do cabelo crespo, dos lábios grossos e do nariz achatado e eles começam a

se enxergar como negros." Paralelamente à conscientização, Diva eleva a auto-estima da turma,

citando artistas, políticos e líderes comunitários afro-descendentes. "No final, quando pergunto

quem é negro quase todos erguem o braço."

 

Os conteúdos das diversas disciplinas estão sempre relacionados à questão da negritude. Em

Matemática, Sônia Dias, da 1a série, e Aucélia da Cruz, da 2ª, criaram uma pesquisa de campo.

Os estudantes perguntam a cinqüenta moradores vizinhos da escola se eles se consideram

negros. Em classe, a garotada monta gráficos com as respostas separadas homens, mulheres,

adolescentes. Segundo Aucélia, a pesquisa mostra que a maioria das pessoas do bairro assume

sua cor. As professoras incluem também aspectos socioeconômicos no trabalho. "Chamamos a

atenção para o fato de que, mesmo durante o dia, havia muitos adultos em casa. Isso significa

que eles não têm emprego", conclui Sônia.

 

A consultora Conceição garante que atividades como essas, cada vez mais comuns em escolas de

todo o país, logo estarão fazendo toda a diferença. "Os alunos vão passar a cobrar de todos os

professores uma posição firme contra os preconceitos e a favor do respeito às diferenças. Isso

ainda vai se transformar numa boa epidemia."

Matéria original: Respeitar as diferenças