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i PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PLHIS - MARINGÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ PRODUTO 8 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO Revisão 1 janeiro/2011

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PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE

SOCIAL – PLHIS - MARINGÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

PRODUTO 8

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Revisão 1

janeiro/2011

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ

PREFEITO

Sílvio Magalhães Barros II

VICE-PREFEITO

Carlos Roberto Pupin

SECRETÁRIO EXTRAORDINÁRIO DE HABITAÇÃO

Gilberto Donizetti Delgado

SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO

Jurandir Guatassara Boeira

SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL E CIDADANIA - SASC

Rosa Maria Marques de Sousa

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CONSELHO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO - CMPGT

REPRESENTANTES DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ

TITULAR SUPLENTE ÓRGÃO REPRESENTADO

Jurandir Guatassara Boeira

(Presidente)

José Vicente A. do Socorro (Vice-Presidente) SEPLAN

Walter José Progiante Claudinei José Vecchi SEURB

Mika Yada Noguchi Maria Isabel Cordeiro Calvo Machado SEURB /SEPLAN

Inako Kubota Jocelei Terezinha Tozeto Menon SEURB

José Gilberto Purpur Vera Maria de Oliveira SETRAN

Antonio Mário M. Filho

(Marinho)

Márcia Midori Fukuyama Parra SEURB

Diniz Afonso Lídia Maria da Fonseca Maróstica SEMAA

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL

TITULAR SUPLENTE ÓRGÃO REPRESENTADO

Pedro Granado Martines Sílvio Saiti Iwata CODEM

Hélio Moreira Júnior Fernando Farinazo AEAM

Rúbia Irma Sales Lilianny Ripker Gaspar COMDEMA

Adolfo Cochia Junior Marcos Mauro Pena de Araújo Moreira Filho SINDUSCON

Ana Lúcia Rodrigues Carla C. Rodrigues de Almeida UEM

Carlos Antonio Trentine Dionilson da Silva FEABRAM

Fernando Alves dos Santos Wandré Fernando Faeti Alvarenga FEABAM

Anicéia Savi Claudecir da Silva AMUSEP

Letícia Weiller Samuel Antonio Claret P. de Miranda CESUMAR

REPRESENTANTES DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL

TITULAR SUPLENTE ÓRGÃO REPRESENTADO

Humberto José Henrique Aparecido D. Regini CMM

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EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL

SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Gilberto Donizete Delgado -

SECRETÁRIO

SEPLAN - SECRETARIA DE PLANEJAMENTO Jurandir Guatassara Boeira -

SECRETÁRIO

SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Márcia Midori Fukuyama Parra

SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Márcia Tamie Matsumato Amaro

SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Sergio Bertoni

SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO Valério Odorizzi

SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E CIDADANIA Maria Célia de Rezende Zanata

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO Marleidy Araujo de Oliveira

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO Rosa Maria Loureiro

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EQUIPE RZS - CONSULTORIA E PLANEJAMENTO LTDA

COORDENAÇÃO GERAL

ARQUITETA/URBANISTA

Zulma Schussel

COORDENAÇÃO DO PROCESSO PARTICIPATIVO

ARQUITETO/ URBANISTA

Tomás Moreira

ENGENHEIRO CIVIL Ricardo Schussel

ADVOGADA Jusselma Tosin Maia

ASSISTENTE SOCIAL Rúbia Stein do Nascimento

ARQUITETO/URBANISTA Paulo Nascimento Neto

ARQUITETA/URBANISTA Sílvia Lucena Schussel

ESTAGIÁRIA DE ARQUITETURA E URBANISMO Juliana Helena Bordini Tomaz

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APRESENTAÇÃO

Esse documento está estruturado em seis capítulos que apresentam os resultados dos

trabalhos realizados para a elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS

de Maringá.

O Capítulo 1, de introdução, traz a contextualização do PLHIS.

O Capítulo 2 apresenta uma síntese das Necessidades Habitacionais de Maringá que

foram detalhadas no Produto 5 - Caderno do Diagnóstico do PLHIS Maringá.

O Capítulo 3 apresenta a identificação da quantidade e localização das terras passíveis

de serem destinadas para habitação de interesse social, a partir de metodologia de cálculo ali

detalhada.

O Capítulo 4 apresenta os Princípios, Diretrizes e Objetivos do PLHIS Maringá,

estabelecidos em consonância com a PNH, Estatuto da Cidade e Plano Diretor Municipal.

No Capítulo 5, são apresentadas as Estratégias de Ação, e detalhadas as Linhas

Programáticas e Programas.

No Capítulo 6 são detalhadas as Metas normativas, recursos e fontes de

financiamento. E, no Capítulo 7, as Metas físico-financeiras e o cenário de implementação do

PLHIS.

Por último é apresentado um quadro síntese de todos os programas propostos e suas

vinculações com os objetivos e diretrizes do PLHIS.

Maringá, janeiro 2011.

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LISTA DE SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CadÚnico – Cadastro Único

CEBRAP – Centro Brasileiro de Análise e Planejamento

CAIXA – Caixa Econômica Federal

CEM – Centro de Estudos da Metrópole

COHAPAR – Companhia de Habitação do Paraná

CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

DATASUS – Banco de dados do Sistema Único de Saúde

FDS – Fundo de Desenvolvimento Social

FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

FJP – Fundação João Pinheiro

FNHIS – Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social

FPM – Fundo de Participação dos Municípios

FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização

do Magistério

HIS – Habitação de Interesse Social

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano

IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis

ITR – Imposto Territorial Rural

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA – Lei de Orçamentária Anual

MCidades – Ministério das Cidades

OGU – Orçamento Geral da União

ONU – Organização das Nações Unidas

PAR – Programa de Arrendamento Residencial

PPA – Plano Plurianual de Investimentos

PDM – Plano Diretor Municipal

PlanHab – Plano Nacional de Habitação

PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse Social

PSH – Programa de Subsídio À Habitação de Interesse Social

RMM – Região Metropolitana de Maringá

s.m. – salário mínimo

SNHIS – Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social

SUS – Sistema Único de Saúde

UEM – Universidade Estadual de Maringá

ZEIS – Zona Especial de Interesse Social

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO vi

SUMÁRIO DE FIGURAS .................................................................................................................. x

SUMÁRIO DE TABELAS .................................................................................................................. x

SUMÁRIO MAPAS ........................................................................................................................ xiii

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 2

2. NECESSIDADES HABITACIONAIS DE MARINGÁ ......................................................................... 5

2.1. Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo .......................................................................... 6

2.2. Inadequação Habitacional e Déficit Habitacional Qualitativo ............................................... 9

2.3. Demanda de Domicílios ....................................................................................................... 11

2.4. Situação do Déficit Quantitativo dos Distritos de Floriano e Iguatemi Maringá ................. 12

2.4. Síntese das Necessidades Habitacionais de Maringá ........................................................... 12

2.5. Oferta Habitacional Privada de Maringá .............................................................................. 14

2.6. Oferta Habitacional Pública de Maringá .............................................................................. 18

3. IDENTIFICAÇÃO DA QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS DE SEREM

DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL. ............................................................. 22

4. PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DO PLHIS MARINGÁ ................................................... 26

4.1. Princípios .............................................................................................................................. 26

4.2. Objetivos Gerais ................................................................................................................... 27

4.2.1. Objetivos Específicos referentes à Urbanização e Produção da Habitação de Interesse

Social ........................................................................................................................................... 27

4.2.2. Objetivos Específicos referentes à Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional28

4.2.3. Objetivos Específicos referentes ao Desenvolvimento Sócio Ambiental das Áreas

destinadas à Habitação de Interesse Social ................................................................................ 28

4.2.4. Objetivos Específicos referentes ao Desenvolvimento Institucional ................................ 29

4.3. Diretrizes .............................................................................................................................. 29

4.3.1. Diretrizes para a Urbanização e Produção da Habitação de Interesse Social ................... 29

4.3.2. Diretrizes para a Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional .......................... 30

4.3.3. Diretrizes para o Desenvolvimento Sócio Ambiental das Áreas destinadas à Habitação de

Interesse Social ............................................................................................................................ 30

4.3.4. Diretrizes para o Desenvolvimento Institucional .............................................................. 31

5. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO ........................................................................................................... 34

5.1. LINHAS PROGRAMÁTICAS E PROGRAMAS ........................................................................... 35

5.1. Linhas Programáticas e Programas ...................................................................................... 37

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5.1.1. LINHA PROGRAMÁTICA 1 .................................................................................................. 37

5.1.1.1. Programas referentes à LP1 ........................................................................................... 37

I. P1A- Integração Urbana de Assentamentos Precários ............................................................ 37

II. P1B - Programa para Implantação de Núcleos Comunitários Rurais ...................................... 40

III. P1C – Programa para Promoção Pública e Privada de Loteamentos Urbanos ...................... 45

IV. P1D – Programa para Promoção Pública ou Privada ou Por Autogestão de Novas Unidades

Habitacionais ............................................................................................................................... 52

V. P1E – Programa para Aquisição de Lotes e Unidades Habitacionais Existentes ..................... 54

5.1.2. LINHA PROGRAMÁTICA 2 ................................................................................................. 55

5.1.2.1. Programas referentes à LP2 ........................................................................................... 55

I. P2A- Programa de pesquisa voltada para a qualidade e produtividade da produção

habitacional ................................................................................................................................. 55

II. P2B- Programa de Ampliação e Reforma da Habitação, por meio de Assistência Individual e

Assistência Coletiva ..................................................................................................................... 56

III. P2C- Programa de Construção de Sanitários.......................................................................... 58

5.1.3. LINHA PROGRAMÁTICA 3 ................................................................................................. 60

5.1.3.1. Programas referentes à LP3 ........................................................................................... 60

III. P3A- PROMOÇÃO PÚBLICA DE CONJUNTOS HABITACIONAIS DIRIGIDOS AO ENFOQUE DO

GÊNERO, DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS E DOS IDOSOS .................................... 60

III. P3B- PROMOÇÃO PÚBLICA DE LOCAÇÃO SOCIAL PARA O ATENDIMENTO DE FAMÍLIAS EM

SITUAÇÃO EMERGENCIAL ........................................................................................................... 64

5.1.4. LINHA PROGRAMÁTICA 4 ................................................................................................. 65

5.1.4.1. Programas referentes à LP4 ........................................................................................... 65

I. P4A- Programa de Desenvolvimento Institucional .................................................................. 65

II. P4B- Programa de capacitação profissional de técnicos dirigentes para gestão do PLHIS ..... 67

III. P4C Programa para elaboração de outros planos com os quais o PLHIS deve se articular a

exemplo do plano de regularização urbanística fundiária, plano de prevenção de risco, plano

de drenagem e plano de preservação do patrimônio histórico .................................................. 68

6. Metas, recursos e fontes de financiamento............................................................................ 69

6. Metas, recursos e fontes de financiamento............................................................................ 70

6.1. Questões normativas e institucionais .................................................................................. 70

6.2. Metas normativas e institucionais ....................................................................................... 71

7. Metas físico-financeira e Cenário ............................................................................................ 72

7.1. Metas físico-financeiras ....................................................................................................... 72

7.2.Cenário .................................................................................................................................. 74

8. IDENTIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES ........................................................................... 76

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8.1. Relação dos programas habitacionais financiados ou executados diretamente pela

Prefeitura Municipal, e pelos demais entes federativos ou por agências bilaterais .................. 76

9. IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTO ........................................... 78

9.1. Linhas de atendimento e programas habitacionais no nível federal ................................... 78

9.2. Plano Plurianual de Investimentos - PPA ............................................................................. 79

10. Monitoramento do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá .................... 80

10.1. Sistema de informação ....................................................................................................... 80

10.2 - Sistema de monitoramento .............................................................................................. 81

11. Síntese dos objetivos, diretrizes, linhas de ação, programas e intervenções estratégicas .. 83

12. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 87

SUMÁRIO DE FIGURAS Figura 1 – ESTRUTURAÇÃO DO PLHIS MARINGÁ ........................................................................ 34

Figura 2 – PROPOSTA DE LOCALIZAÇÃO DO NÚCLEO COMUNITÁRIO RURAL ............................ 42

Figura 3 – ÁREAS APTAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE LOTEAMENTOS DE HIS ............................. 51

SUMÁRIO DE TABELAS

Tabela 1 - PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES– 2000 A 2021 ............... 5

Tabela 2- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR .. 6

Tabela 3- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS ALUGADOS EM MARINGÁ, POR FAMÍLIAS

COM RENDA ATÉ 3 SALÁRIOS-MÍNIMOS ...................................................................................... 7

Tabela 4- PROJEÇÃO DA ESTIMATIVA DOS COMPONENTES DO DÉFICIT HABITACIONAL

QUANTITATIVO POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO ........................................................................... 8

Tabela 5 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE MARINGÁ PELA SANEPAR SEGUNDO

CATEGORIAS - 2009 ..................................................................................................................... 10

Tabela 6 – SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO PELA SANEPAR SEGUNDO CATEGORIAS -

2009 ............................................................................................................................................. 10

Tabela 7- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA DE 0 ATÉ 5 SALÁRIOS MÍNIMOS

A PARTIR DOS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA ................................... 10

Tabela 8 - PROJEÇÃO DA INADEQUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS QUANTO AO

ADENSAMENTO EXCESSIVO E À CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA ............................................. 11

Tabela 9. PROJEÇÃO DA DEMANDA DE DOMICÍLIOS, MARINGÁ, 2010-2021............................. 12

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Tabela 10 - SITUAÇÃO DO DÉFICIT QUANTITATIVO DOS DISTRITOS DE FLORIANO E IGUATEMI

MARINGÁ .................................................................................................................................... 12

Tabela 11 - SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS PARA A FAIXA DE RENDA ATÉ 5

SALÁRIOS MÍNIMOS, MARINGÁ – 2010/2021............................................................................. 13

Tabela 12- ALVARÁS EXPEDIDOS EM MARINGÁ – 2000/2010 .................................................... 14

Tabela 13 - VALOR MÉDIO DO METRO QUADRADO DE CONSTRUÇÃO, POR ZONA – MARINGÁ,

2010 ............................................................................................................................................. 15

Tabela 14 – VALOR MÉDIO DO METRO QUADRADO DE TERRA, POR ZONA – MARINGÁ, 2010. 16

Tabela 15 – VALORES DOS ALUGUÉIS EM DIVERSAS ÁREAS DE MARINGÁ, 2010 ...................... 17

Tabela 16 - RELAÇÃO DE OBRAS EM EXECUÇÃO E EM ANDAMENTO – PROCESSOS LICITATÓRIO

OU APROVAÇÃO - SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO ........................................... 18

Tabela 17 – VAZIOS URBANOS APTOS A RECEBEREM EMPREENDIMENTOS DE HIS .................. 23

Tabela 18 – VAZIOS URBANOS FLORIANO .................................................................................. 24

Tabela 19 - – VAZIOS URBANOS IGUATEMI ................................................................................ 24

Tabela 20 – CUSTOS MÉDIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

SEGUNDO CATEGORIAS............................................................................................................... 35

Tabela 21 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O ATENDIMENTO DO DÉFICIT QUALITATIVO –

CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA ................................................................................................. 38

Tabela 22 – RELAÇÃO ENTRE RENDA MÉDIA E DENSIDADE POR SETOR CENSITÁRIO NOS

SETORES CENSITÁRIOS COM RENDA ENTRE 0 E 5 S.M. .............................................................. 39

Tabela 23 - P1A - PROGRAMA PARA INTEGRAÇÃO URBANÍSTICA DE ASSENTAMENTOS

PRECÁRIOS. ................................................................................................................................. 40

Tabela 24 – POPULAÇÃO URBANA E RURAL DOS DISTRITOS FLORIANO E IGUATEMI, 2000. ..... 42

Tabela 25 - P1B - PROGRAMA PARA IMPLANTAÇÃO DE NÚCLEOS COMUNITÁRIOS RURAIS. .... 44

Tabela 26 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA IMPLANTAÇÃO DE LOTES URBANIZADOS .............. 50

Tabela 27 - P1C –SP2– PROGRAMA DE ATENDIMENTO PARA PROMOÇÃO PÚBLICA E PRIVADA

DE LOTEAMENTOS URBANOS ..................................................................................................... 51

Tabela 28 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS UNIDADES

HABITACIONAIS ........................................................................................................................... 52

Tabela 29 - PID – PROGRAMA PARA PROMOÇÃO PÚBLICA OU PRIVADA OU POR AUTOGESTÃO

DE NOVAS UNIDADES HABITACIONAIS ....................................................................................... 53

Tabela 30 – P1E – PROGRAMA PARA AQUISIÇÃO DE LOTES E UNIDADES HABITACIONAIS

EXISTENTES .................................................................................................................................. 54

Tabela 31 – P2A – PROGRAMA DE PESQUISA VOLTADA PARA A QUALIDADE E PRODUTIVIDADE

DA PRODUÇÃO HABITACIONAL ................................................................................................... 56

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Tabela 32 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA AMPLIAÇÃO E REFORMA DA HABITAÇÃO, POR MEIO

DE ASSISTÊNCIA INDIVIDUAL E ASSISTÊNCIA COLETIVA ............................................................. 57

Tabela 33 – P2B – PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO E REFORMA DA HABITAÇÃO, POR MEIO DE

ASSISTÊNCIA INDIVIDUAL E ASSISTÊNCIA COLETIVA. .................................................................. 58

Tabela 34 – P2C – PROGRAMA DE CONSTRUÇÃO DE SANITÁRIOS ............................................. 59

Tabela 35 – P3A –PROMOÇÃO PÚBLICA DE CONJUNTOS HABITACIONAIS DIRIGIDOS O

ENFOQUE DO GÊNERO, DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS E DOS IDOSOS ............. 63

Tabela 36 – P3A – PROMOÇÃO PÚBLICA DE LOCAÇÃO SOCIAL PARA O ATENDIMENTO DE

FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL ..................................................................................... 64

Tabela 37- P4A – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL .................................... 66

Tabela 38 – P4B – PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DE TÉCNICOS DIRIGENTES

PARA GESTÃO DO PHIS................................................................................................................ 67

Tabela 39- P4C– PROGRAMA PARA ELABORAÇÃO DE OUTROS PLANOS COM OS QUAIS O PLHIS

DEVE SE ARTICULAR A EXEMPLO DO PLANO DE REGULARIZAÇÃO URBANÍSTICA FUNDIÁRIA,

PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCO, PLANO DE DRENAGEM E PLANO DE PRESERVAÇÃO DO

PATRIMÔNIO HISTÓRICO ............................................................................................................ 68

Tabela 40 – P2C – PROGRAMA DE ATENDIMENTO PARA ARTICULAÇÃO REGIONAL ................. 68

Tabela 41 - CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA1, Maringá, 2010- 2021 ... 73

Tabela 42. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA2, Maringá, 2010- 2021 .... 73

Tabela 43. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA3, Maringá,2010- 2021 ..... 73

Tabela 44. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA4, Maringá, 2010- 2021 .... 74

Tabela 45. CUSTO TOTAL POR LINHA PROGRAMÁTICA - PLHIS, Maringá, 2010- 2021.............. 74

Tabela 46 – Síntese dos objetivos, diretrizes, linhas de ação e programas ................................ 83

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xiii

SUMÁRIO MAPAS

MAPA 03 – DECLIVIDADE URBANA

MAPA 07 – RENDA MÉDIA SEGUNDO SETORES CENSITÁRIOS

MAPA 13 – ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

MAPA 16 – VALOR DA TERRA SEGUNDO ZONAS URBANAS

MAPA 19 – VAZIOS URBANOS

MAPA 20 – APTIDÕES E RESTRIÇÕES

MAPA 21 – VAZIOS URBANOS CLASSIFICADOS SEGUNDO A APTIDÃO

MAPA 22 – VAZIOS URBANOS APTOS POR RENDA MÉDIA SEGUNDO SETORES CENSITÁRIOS

MAPA 23 – VAZIOS URBANOS APTOS POR VALOR DA TERRA

MAPA 24 – COMBINAÇÕES ENTRE DENSIDADE DEMOGRÁFICA E RENDA MÉDIA DA FAMÍLIA

POR SETORES CENSITÁRIOS - 2000

MAPA 25 – ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA

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1

1. INTRODUÇÃO

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2

1. INTRODUÇÃO

Este documento representa a síntese do planejamento habitacional no âmbito local.

Ele aborda o planejamento e a definição de estratégias de ação de curto, médio e longo prazo,

explicitando as ações necessárias para que seus objetivos e suas diretrizes sejam alcançados.

Corresponde ao Produto 8 da Etapa 3 de acordo com o contrato nº 053/2010, entre a

Prefeitura Municipal de Maringá e a empresa RZS – Consultoria e Planejamento Ltda., para

elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Maringá.

O PLHIS-Maringá se constitui num dos mais importantes instrumentos de gestão da nova

Política Habitacional do Município, juntamente com o Plano Diretor municipal, bem como com

a Política Nacional de Habitação, o Sistema Nacional de Habitação e o Plano Nacional de

Habitação, estruturando e dando corpo à uma nova política local voltada para a Habitação de

Interesse Social.

O PLHIS-Maringá foi formulado a partir das especificidades da demanda e das carências

identificadas no município. Ele é, portanto, um documento que apresenta a atualização do

diagnóstico sobre a situação habitacional, a inserção regional e características do município, a

oferta habitacional, o desenho da política habitacional, a elaboração de estratégias de ação, as

fontes de financiamento existentes e a serem mobilizadas para as ações propostas, a indicação

de um sistema de monitoramento e avaliação da política habitacional de interesse social.

As ações e os programas em andamento, do governo municipal, nortearam sua

elaboração, seja por intermédio da consolidação do que vem sendo realizado, seja por meio da

proposição de seu aprimoramento, bem como introdução de novas estratégias.

A estrutura do Plano considera diferentes modalidades de atendimento habitacional,

com a finalidade de assegurar a atuação sistêmica e contínua do poder público municipal, por

meio de ações planejadas e integradas, bem como da articulação entre os órgãos públicos e

destes com os demais agentes intervenientes na provisão habitacional, em especial de

interesse social.

Levando em consideração as diretrizes de prazos do Plano Nacional de Habitação, o

Plano estipulou sua articulação ao Plano Plurianual de Investimentos – PPA, instrumento de

planejamento orçamentário-financeiro do governo municipal. Desta maneira, as metas de

produção física e de avanços institucionais estarão atreladas ao planejamento dos recursos

necessários. Neste sentido, o horizonte temporal para o PLHIS-Maringá é definido a partir da

sincronia com os três próximos Planos Plurianuais (PPAs), tendo o ano de 2024 como horizonte

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final para a concretização das propostas, e os anos de 2013, 2017 e 2021 como balizas

intermediárias.

O PLHIS-Maringá, simultaneamente à elaboração dos PPAs pelo governo, prevê revisões

no primeiro ano de cada ciclo governamental (2013, 2017 e 2021), de modo a permitir

avaliações periódicas e ajustes nos cenários propostos. Ele deve ser avaliado constantemente,

tanto na etapa de elaboração e revisão das estratégias de ação como no processo de sua

execução.

O processo de elaboração do Plano contou com atividades que envolveram a

participação de técnicos municipais e de representantes da sociedade civil. A participação da

sociedade na elaboração do PLHIS-Maringá, enquanto diretriz geral de uma gestão pública

democrática tem como principal virtude a democratização das ações do governo municipal em

razão de maior proximidade do poder público com os cidadãos, possibilitando a participação

efetiva da sociedade nas ações de governo.

A participação da sociedade na elaboração deste Plano procurou fortalecer as práticas

participativas já desenvolvidas na elaboração do Plano Diretor de Maringá, bem como atender

as recomendações do Estatuto das Cidades, em 2001, e do Plano Nacional de Habitação, em

2008. O Estatuto da Cidade define, em seu capítulo sobre a gestão democrática (inciso II artigo

2º) que a política urbana municipal deve ser exercida com “gestão democrática por meio da

população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na

formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de

desenvolvimento urbano”. O Plano Nacional de Habitação ratifica, em 2008, a importância da

participação e controle social na elaboração, implementação e execução das políticas públicas.

Por meio do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá se pretende

implementar um conjunto de ações capazes de construir um caminho que permita avançar no

sentido de universalizar o acesso à moradia digna para todo cidadão e toda cidadã

maringaense. Ele é, portanto, o ponto de convergência de um processo de planejamento

habitacional para o município de Maringá.

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2. NECESSIDADES HABITACIONAIS DE MARINGÁ

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2. NECESSIDADES HABITACIONAIS DE MARINGÁ

Nesse item estão apresentados sinteticamente os resultados do diagnóstico

habitacional de Maringá, que se encontram detalhados no Produto 5 - Caderno do Diagnóstico

Habitacional, parte integrante deste PLHIS, no que se refere às necessidades habitacionais de

Maringá.

Com referência às projeções do déficit habitacional, foram selecionados os anos de

2010, 2013, 2017 e 2021, quando será necessária essa informação para elaboração das

propostas de investimentos na área de habitação para a elaboração dos Planos Anuais de

Investimentos – PPAs.

A projeção dos domicílios particulares permanentes para 2010 é de 113.090

domicílios, sendo 111.320 na área urbana e 1.318 na área rural. De acordo com as projeções

fornecidas pelo Ministério das Cidades, Maringá contará em 2021 com 138.381 domicílios

permanentes na área urbana e 2.200 na área rural, totalizando 140.581 domicílios.

Tabela 1 - PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES– 2000 A 2021 Município DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES (1)

Maringá TOTAL ZONA URBANA ZONA RURAL

2.000 84.208 82.890 1.318

2.010 113.090 111.320 1.770

2.013 120.137 118.257 1.880

2.017 129.606 127.577 2.029

2.021 140.581 138.381 2.200

Fonte: OLIVEIRA E. L.; GIVISIEZ, G. H. N. e RIOS-NETO, E. L. G. Demanda futura por moradias no Brasil 2008-2023: uma abordagem demográfica. Brasília: Ministério das Cidades, 2009. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

A distribuição dos domicílios permanentes entre os três distritos (Sede, Floriano e Iguatemi),

mostra uma concentração muito forte no distrito Sede que conta com 81.048 domicílios,

enquanto Floriano e Iguatemi apresentam respectivamente: 121 e 1.609 domicílios.

No que se refere à projeção das faixas de renda da população, foi feita uma estimativa

de que o crescimento populacional até 2021 mantenha a mesma distribuição percentual das

faixas de renda do Censo de 2000 do IBGE. A faixa com renda inferior a três salários mínimos

representava 24,30% dos domicílios urbanos naquele ano, enquanto a faixa de 3 a 5 salários

mínimos representava 20,61% dos domicílios. A soma das duas faixas, de 0 a 5 s.m. era igual

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44,91% do total dos domicílios do município, (32.662 habitações) o que é bastante

representativo, tendo em vista que esse é o público prioritário para o atendimento pelo PLHIS.

Tabela 2- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS, POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR

ANO

FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

ATÉ 3 > 3 A 5 > 5 A 10 > 10 TOTAL

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

2010 27.051 24,3 22.944 20,6 30.755 27,7 30.570 27,5 111.320 100

2013 28.716 24,3 24.375 20,6 32.712 27,7 32.454 27,5 118.257 100

2017 30.981 24,3 26.280 20,6 35.291 27,7 35.025 27,5 127.577 100

2021 33.607 24,3 28.520 20,6 38.282 27,7 37.972 27,5 138.381 100

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

2.1. Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo

O Déficit Habitacional ou Déficit Quantitativo refere-se à quantificação de

necessidade de reposição de unidades habitacionais precárias e o atendimento às

famílias que não dispõem de moradia em condições adequadas. Pelos dados de 2000,

em Maringá esse déficit corresponde a 5.113 unidades, sendo 5.056 unidades na área urbana.

De acordo com os conceitos da FJP, considera-se na composição do déficit habitacional

a necessidade de produção de novas habitações devido à parte do estoque de domicílios não

oferecer as condições básicas de uma moradia, ou à existência de famílias que comprometem

excessivamente sua renda com aluguel. A esses conceitos, soma-se também a existência de

domicílios em assentamentos precários que necessitam ser removidos. As situações nas quais

os domicílios não oferecem as condições básicas de moradia são os chamados domicílios

“rústicos”, “improvisados”, “cômodos alugados ou cedidos” e “famílias conviventes”.

Os “domicílios rústicos” são aqueles predominantemente “construídos” com material

improvisado e devem ser repostos (reconstruídos), seja por que não apresentam paredes de

alvenaria ou madeira aparelhada, seja porque representam desconforto e riscos de

contaminação por doenças e insalubridade.

Os “domicílios improvisados” são locais utilizados como moradia tendo sido

construídos com outra finalidade, denotando necessidade de novas habitações. Exemplos:

caixas de papelão, vãos de pontes, carcaças de veículos. O Censo Demográfico de 2000

identificou 141 domicílios improvisados em Maringá, sendo aproximadamente 117 na área

urbana.

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É usada a expressão “famílias conviventes” para mais de uma família composta por

pelo menos duas pessoas (famílias conviventes secundárias) residindo no mesmo domicílio da

família considerada “principal”. O Censo Demográfico de 2000 identificou 4.636 famílias nesta

condição, sendo que apenas 33 estão situadas na área rural. Assim, em Maringá, 99,28% das

famílias conviventes estão situadas na área urbana e 70,67% delas estão na condição de renda

familiar até 3 salários mínimos.

Os chamados “cômodos alugados ou cedidos” são as famílias que moram em

quartos ou cômodos alugados ou cedidos usando de forma comum áreas de acesso e

equipamentos sanitários, com ausência de privacidade. Foram identificados em 2000, 336

cômodos em Maringá, todos na área urbana do município sendo que 63,98% dessas famílias

estão inseridas na faixa de rendas de 0 e 3 s.m.

Quanto ao “ônus excessivo com aluguel”, a Fundação João Pinheiro classifica as

famílias com renda familiar até três salários mínimos, que comprometem 30% ou mais de sua

renda com pagamento de aluguel. Como não foi possível identificar o comprometimento da

renda das famílias com aluguel, adotou-se o total de famílias em imóveis alugados com renda

até 3 salários mínimos. A Tabela 3 abaixo apresenta os domicílios alugados por faixas de renda.

Tabela 3- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS ALUGADOS EM MARINGÁ, POR FAMÍLIAS COM RENDA ATÉ 3 SALÁRIOS-MÍNIMOS

ANO

DOMICÍLIOS ALUGADOS POR FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM SALÁRIOS-MÍNIMOS)

Sem rendimentos Até 1 s.m. Mais de 1 a 2

s.m. Mais de 2 a 3

s.m. Total

2010 592 765 2.815 3.593 7.765

2013 629 813 2.991 3.817 8.250

2017 678 877 3.227 4.118 8.900

2021 736 951 3.500 4.466 9.653

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

Observa-se que o maior número de domicílios urbanos alugados encontram-se na faixa

de 2 a 3 s.m., uma vez que as famílias com renda inferior a essa, têm dificuldades para pagar o

aluguel.

Nas oficinas do PLHIS realizadas com a população dos bairros, a maior reclamação dos

participantes foi quanto ao valor do aluguel, que por ser muito alto, comprometia o

orçamento da família, não permitindo a compra de um imóvel próprio. Em pesquisa na

Internet e em jornal local, verificou-se que o valor médio do aluguel em bairros onde se

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localizam os conjuntos habitacionais, para casas de 1 dormitório é de R$ 352,00; para as casas

de 2 dormitórios - R$ 485,00; e para as casas de 3 dormitórios - R$562,00. Quanto aos

apartamentos, o valor médio varia de R$340,00 à R$496,00. Considerando-se que em 44,91%

dos domicílios a renda varia de 0 à 1 s.m., e que o valor do salário mínimo atual é R$ 510,00, o

menor valor médio de aluguel encontrado (R$ 352,00) comprometeria 69% da renda da

família, caracterizando ônus excessivo com aluguel para as faixas de renda mais baixas.

Em Maringá, em 2000, 9.724 domicílios se encontravam vagos, sendo que desses,

9.434 se localizavam na área urbana e 290 na área rural. Não foi realizada projeção desses

valores, porque não se dispõe de informações sobre as suas características, devendo muitos

deles estarem vagos por circunstâncias momentâneas, tais como reforma, mudança de

inquilino, inventário, entre outros. Por outro lado, a tendência é a diminuição dessa situação

frente à pressão por mais moradias que tende a ocorrer no município.

Obedecendo a composição do déficit quantitativo adotada pela FJP, foi realizada a

projeção de cada um dos itens, sendo que não consta a ocorrência de domicílios rústicos no

município.

Tabela 4- PROJEÇÃO DA ESTIMATIVA DOS COMPONENTES DO DÉFICIT HABITACIONAL QUANTITATIVO POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO

ANO DOMICÍLIOS

IMPROVISADOS FAMÍLIAS CONVIVENTES CÔMODOS TOTAL

FAMÍLIAS COM

RENDA ATÉ 3 SM QUE PAGAM

ALUGUEL

TOTAL COM

FAMÍLIAS COM

RENDA ATÉ 3 SM QUE PAGAM

ALUGUEL

Total Urb Rural Total Urb. Rural Total Urb. Rural Total

2010 190 158 32 6.255 6.210 45 453 453 0 6.898 7.765 14.663

2013 202 168 34 6.645 6.597 47 482 482 0 7.328 8.250 15.579

2017 218 181 37 7.168 7.117 51 520 520 0 7.906 8.900 16.806

2021 236 196 40 7.775 7.720 55 564 564 0 8.575 9.653 18.228

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda.

A tabela 4 demonstra que, se nada for produzido na área habitacional no município,

em 2021, o déficit habitacional quantitativo chegará à 8.575 unidades, sendo que 8.480 na

área urbana e 95 na área rural. Se forem acrescidas a esse total, as famílias com renda até 3

SM que pagam aluguel, o déficit será de 18.228 unidades.

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2.2. Inadequação Habitacional e Déficit Habitacional Qualitativo

Além do déficit quantitativo, é necessário também analisar as características dos

domicílios que representam o déficit qualitativo. Para isso, analisam-se determinados

critérios, como a inadequação habitacional, a densidade, a infraestrutura e outros.

Correspondem à “inadequação habitacional” os domicílios nas seguintes situações:

“densidade excessiva”, “inadequação fundiária urbana”, “carência de serviços de

infraestrutura” e “inexistência de unidade sanitária domiciliar interna”.

A “densidade excessiva” corresponde a domicílios com mais de dois moradores por

cômodo servindo de dormitório (o que inclui quartos e sala), excluindo-se as famílias

conviventes, já consideradas para cálculo do déficit. Cerca de 2.046 domicílios de Maringá

apresentavam densidade excessiva em 2000, sendo que 42,5% desses encontram-se na faixa

de renda mensal familiar até 3 salários mínimos, considerada prioritária com relação ao PLHIS.

A “inadequação fundiária urbana” corresponde às famílias que declaram ser

proprietárias da edificação, mas não do terreno em que residem, correspondendo a situações

irregulares de ocupação de terras. Em Maringá, o censo de 2000 detectou 1,95% dos

domicílios urbanos nesta situação, correspondendo a 1.620 unidades em números absolutos.

No entanto, a Secretaria Extraordinária de Habitação informou que esse número não condiz

com a realidade atual, que não apresenta a ocorrência de ocupações irregulares no município,

portanto não foi considerado nas projeções realizadas.

A chamada “carência de serviços de infra-estrutura básica” refere-se a domicílios

sem acesso a um ou mais dos seguintes serviços: energia elétrica; abastecimento de água por

rede com canalização interna; esgotamento sanitário por fossa séptica ou por rede; coleta de

lixo direta ou indireta. No caso de Maringá, com relação ao saneamento básico, 94% da

população é atendida por rede de esgotos, e segundo informações da Prefeitura, estão

previstos investimentos da Sanepar contemplando alguns bairros que ainda não dispõem do

serviço, quais sejam: Jardim São Francisco, Jardim Bertioga, Jardim Aeroporto, Sanenge III,

Jardim Europa, Jardim Céu Azul, Jardim Porto Seguro, Jardim Del Plata, Jardim Madrid, Jardim

Cidade Canção, Jardim Catedral, parte do Jardim Universo e Gleba Ribeirão Pingüim, elevando

para 96% da população o atendimento. Considerando-se a média nacional de 49,6 % da

população urbana atendida por saneamento básico, Maringá apresenta uma ótima situação

em relação ao saneamento básico. Os dados das Tabelas 5 e 6 abaixo apresentam as

informações de 2009 da Sanepar. Verifica-se que nesse espaço de tempo, a situação evoluiu,

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sendo que no município hoje a carência de infraestrutura atinge 4% do total de domicílios, o

que representa aproximadamente 4.453 unidades habitacionais, com uma perspectiva de

atender toda a população nos próximos anos.

Tabela 5 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE MARINGÁ PELA SANEPAR SEGUNDO CATEGORIAS

- 2009

Categorias Unidades Atendidas LIGAÇÕES

Residenciais 112.973 90.845

Comerciais 14.909 10.678

Industriais 816 797

Utilidade pública 655 650

Poder público 434 433

TOTAL 129.787 103.403

FONTE: SANEPAR.

Tabela 6 – SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO PELA SANEPAR SEGUNDO CATEGORIAS - 2009 Categorias Unidades Atendidas LIGAÇÕES

Residenciais 93.500 63.519

Comerciais 13.381 8.857

Industriais 461 448

Utilidade pública 429 421

Poder público 268 268

TOTAL 108.039 73.513

FONTE: SANEPAR. Nota: unidades (economias) atendidas é todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc) ou subdivisão independente do imóvel, dotado de pelo menos um ponto de água, perfeitamente identificável, como unidade autônoma, para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa.

Tabela 7- PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS COM RENDA DE 0 ATÉ 5 SALÁRIOS MÍNIMOS A PARTIR DOS CRITÉRIOS DE CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA URBANA

ANO

Iluminação Abastec. de água¹

Esgoto Sanitário¹

Coleta de lixo

Total1

2010 12 904 4.453 12 4.4772

2013 13 0 0 13 26

2017 14 0 0 14 28

2021 15 0 0 15 30

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Considerados as casas e apartamentos urbanos carentes de um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo (2) Somou-se apenas os valores de iluminação, coleta de lixo e esgotamento sanitário, visto que o último se sobrepõe ao abastecimento de água.

A “Inexistência de unidade sanitária domiciliar interna” compreende as famílias

que não dispõem de acesso a sanitários ou banheiros no interior de suas moradias,

correspondendo a 109 domicílios em Maringá.

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Levando em conta essas características peculiares ao município, a Tabela 8 apresenta

a projeção dos domicílios com adensamento excessivo e com carência de infraestrutura na

faixa de renda de 0 a 5 SM, que acrescidos dos 109 domicílios sem banheiro, representam o

total do Déficit Qualitativo de Maringá, lembrando que não é possível somar esses itens

num único total tendo em vista as diferenças entre eles ). É importante ressaltar ainda que,

segundo informações da Prefeitura Municipal de Maringá, a previsão é que em 2013 o

município se encontre sem carência de infra-estrutura de Abastecimento de Água e Esgoto

Sanitário, uma vez que existem projetos e recursos para tal

Tabela 8 - PROJEÇÃO DA INADEQUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS QUANTO AO ADENSAMENTO EXCESSIVO E À CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA

ANO

PROJEÇÃO DO ADENSAMENTO URBANO EXCESSIVO POR FAIXAS DE RENDA PROJEÇÃO DA CARÊNCIA

DE INFRAESTRUTURA URBANA FAIXAS DE RENDA MENSAL FAMILIAR (EM

SALÁRIOS-MÍNIMOS)

ATÉ 3 MAIS DE 3 A 5 TOTAL TOTAL

Abs. % Abs. % Abs. Abs.

2010 1.313 42,5 990 32,1 2.303 4.477

2013 1.395 42,5 1.052 32,1 2.447 26

2017 1.505 42,5 1.135 32,1 2.640 28

2021 1.633 42,5 1.231 32,1 2.864 30

FONTE: Projeções a partir de Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI). Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas, 2000. Dados trabalhados por RZS Consultoria e Planejamento Ltda. (1) Optou-se por considerar o valor integral e não sua divisão em faixas de renda devido à indisponibilidade de informações atualizadas para tal..

2.3. Demanda de Domicílios

A demanda demográfica corresponde à quantidade de moradias que deve ser

acrescida ao estoque para acomodar o crescimento populacional projetado.

A Tabela 9 apresenta as projeções referentes à demanda de domicílios referente ao

período de 2010 até 2021 para Maringá e, considerando os objetivos do PLHIS, foram

destacadas: a demanda por faixas de renda entre 0 e 3 salários mínimos e maiores que 3 até 5

salários mínimos.

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Tabela 9. PROJEÇÃO DA DEMANDA DE DOMICÍLIOS, MARINGÁ, 2010-2021

DEMANDA 2.010 2.013 2.017 2.021

N° Total de Domicílios 113.090 120.137 129.606 140.581

Demanda Total de Domicílios período 9.516 7.047 9.469 10.975

Demanda de Domicílios na Faixa de 0 a 3 SM (24,3%) 2.312 1.712 2.301 2.667

Demanda de Domicílios na Faixa de 3 a 5 SM (20,6%) 1.960 1.452 1.951 2.261

Demanda de Domicílios na Faixa de 0 a 5 SM (44,9%) 4.273 3.164 4.252 4.928

Fonte: OLIVEIRA E. L.; GIVISIEZ, G. H. N. e RIOS-NETO, E. L. G. Demanda futura por moradias no Brasil 2008-2023: uma abordagem demográfica. Brasília: Ministério das Cidades, 2009.

2.4. Situação do Déficit Quantitativo dos Distritos de Floriano e Iguatemi Maringá

Com relação aos distritos de Floriano e Iguatemi, cujo déficit já está computado no

valor do déficit total de Maringá, a tabela 8 abaixo, apresenta no caso de Floriano, uma renda

média de 2,5 salários mínimos, enquanto a renda média das famílias de Iguatemi é de 3,4

salários mínimos, superior à de Floriano. No entanto, em Iguatemi, uma parcela significativa da

população reside em imóvel alugado, enquanto que em Floriano esse número é bem menor.

Tabela 10 - SITUAÇÃO DO DÉFICIT QUANTITATIVO DOS DISTRITOS DE FLORIANO E IGUATEMI MARINGÁ Distrito Área do setor

censitário(ha) População

(2000) Renda média (s.m.)

Domicílios Permanentes

Domicílios improvisados

Domicílios sem

banheiro

Domicílios alugados

Floriano 18,7 429 2,5 s.m. 121 0 2 11

Iguatemi 307,2 5.766 3,4 s.m. 1.609 1 4 266

Fonte: Dados agregados segundo setores censitários | Censo Demográfico do IBGE 2000

2.4. Síntese das Necessidades Habitacionais de Maringá

A Tabela 9 apresenta a síntese das necessidades habitacionais para 2010, 2013,

2017 e 2021 em Maringá. Observa-se que no caso do déficit quantitativo foram considerados

os domicílios rústicos, improvisados, famílias conviventes e famílias com renda até 3 s.m. que

moram em domicílios alugados.

No caso do déficit qualitativo, foram considerados: o adensamento excessivo,

domicílios sem banheiro e carência de infraestrutura, sendo que a inadequação fundiária

não foi adicionada, tendo em vista as informações da Secretaria Extraordinária de Habitação,

da sua inexistência no município. Quanto à demanda demográfica, foi considerada a

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projeção dos domicílios até 2021. O Déficit Habitacional Quantitativo e a Demanda

Demográfica representam a necessidade de construção de novas unidades habitacionais ou

para reposição das existentes ou para atender a demanda demográfica.

Por sua vez, o Déficit Qualitativo por Adensamento Excessivo no interior da

moradia pode ser solucionado com a melhoria ou ampliação da moradia, enquanto que para a

extinção do Déficit Qualitativo por Carência de Infraestrutura são necessários

investimentos nas redes de infraestrutura pública dos assentamentos (rede de abastecimento

público, rede de coleta e tratamento de esgotos, pavimentação, iluminação pública e

drenagem urbana) de forma a garantir uma melhor qualidade de vida à população.

Tabela 11 - SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS PARA A FAIXA DE RENDA ATÉ 5 SALÁRIOS MÍNIMOS, MARINGÁ – 2010/2021

NECESSIDADES HABITACIONAIS 2.010 2.013 2.017 2.021

DÉFICIT HABITACIONAL QUANTITATIVO

14.663 15.579 16.806 18.228

DÉFICIT QUALITATIVO – CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA

4.477 26 28 30

DÉFICIT QUALITATIVO – ADENSAMENTO EXCESSIVO E DOMICÍLIOS SEM BANHEIRO*

2.931 2.447 2.640 2.864

DEMANDA DEMOGRÁFICA DE 0 À 5 SM

4.273 3.164 4.252 4.928

* No caso dos domicílios sem banheiro, não foi feita a projeção para 2021, uma vez que deverá ser atendida a

demanda nesse 1º quatriênio (109U.H.).

2.4.1. Comparação entre os resultados produzidos, o CadÚnico e a pesquisa do CEM e o Cadastro da Secretaria Extraordinária da Habitação

Como justificativa para os resultados apresentados, foi realizado um comparativo

entre os dados da Fundação João Pinheiro e os do CADÚNICO, cadastro sócio-econômico de

famílias de baixa renda gerido pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), que objetiva

subsidiar os programas sociais desenvolvidos pelas três esferas governamentais.

Essa comparação permite verificar que, enquanto o CADÚNICO apresenta um total de

4.322 domicílios cedidos/alugados, a projeção para 2010 da FJP apresenta um total de 7.765

domicílios alugados na faixa de renda familiar até 3 salários mínimos.

Se for considerado no Déficit Habitacional Quantitativo o número de domicílios da

estatística apresentada pela FJP, (14.663 unidades) verifica-se que o total encontra-se bastante

próximo do cadastro de famílias junto à Secretaria Extraordinária de Habitação (16.600

unidades). Se considerar-se a projeção para 2010 que totaliza o déficit de 18.228 unidades

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(sem contar com a Demanda Demográfica que acrescenta mais 4.922 unidades, conforme a

Tabela nº 9 deste documento).

Optou-se pela utilização das projeções baseadas nas informações da FJP, que mais se

aproximam do cadastro de famílias junto à Secretaria Extraordinária de Habitação.

2.5. Oferta Habitacional Privada de Maringá

A oferta de moradias está condicionada à dinâmica de mercado, ao desempenho da

indústria de construção e à ação do setor público quanto à provisão de infra-estrutura e o

estabelecimento do sistema regulatório.

Neste contexto, as questões de disponibilidade de terra e informalidade das

construções são reflexos da oferta de crédito e de terra, condicionados pelo sistema de

financiamento, para garantir prazos maiores e juros subsidiados, que devem ser substanciados

por uma política federal.

A produção de terra urbanizada decorre da ação do poder público na provisão de infra-

estrutura, dos equipamentos e dos serviços urbanos, tais como energia, transportes, sistema

viário, saneamento, entre outros, que repercute na disponibilidade de oferta de espaços

destinados à moradia, condicionando os aspectos da questão fundiária e da política

habitacional, articuladas com a política urbana.

Com relação à produção de habitações populares por empreendedores privados e

particulares, foram selecionados no cadastro técnico da prefeitura, os alvarás do período de

2000 até junho de 2010, de construções residenciais com área inferior a 70,00m². O número

de construções por ano varia entre 2000 e 3000 unidades, numa média que tem abaixado nos

últimos anos. Mesmo sabendo-se que podem ocorrer distorções nessa informação, uma vez

que nem todas as habitações com área inferior a 70,00 m² são dirigidas às faixas de renda

entre zero e três salários mínimos, considerou-se que essas faixas de renda são o cliente

preferencial dessas habitações

Tabela 12- ALVARÁS EXPEDIDOS EM MARINGÁ – 2000/2010

ANO RESIDÊNCIAS COM MENOS DE 70,00m²

PROJETO RESIDENCIAL APROVADO

% DE RESIDÊNCIAS COM MENOS DE 70m²

SOBRE O TOTAL

2000 381 3.181 12,0

2001 277 3.156 8,8

2002 279 2.939 9,5

2003 131 3.005 4,4

2004 132 2.876 4,6

2005 64 3.051 2,1

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15

2006 122 2.670 4,6

2007 93 2.823 3,3

2008 22 3.465 0,6

2009 10 3.252 0,3

2010 – até Junho

61 2.203 2,8

FONTE: Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação Municipal - 2010

Foi realizada também uma pesquisa de anúncio em jornal e internet sobre imóveis nas

Zonas onde ocorre mais a produção de empreendimentos populares, de acordo com o Mapa

16 –Valor da Terra segundo Zonas, onde verificou-se o elevado valor do metro quadrado

(média de 1.300,00/m²), não possibilitando às famílias de renda até 3 s.m., acesso à moradia

própria sem apoio de políticas públicas de habitação.

Tabela 13 - VALOR MÉDIO DO METRO QUADRADO DE CONSTRUÇÃO, POR ZONA – MARINGÁ, 2010

TIPO DO IMÓVEL LOCALIZAÇÃO ÁREA VALOR R$/M2

CASA Z 45 50,00 R$ 60.000,00 R$ 1.200,00

CASA Z 30 43,00 R$ 55.000,00 R$ 1.279,07

CASA Z 18 48,00 R$ 70.000,00 R$ 1.458,33

CASA Z 18 53,20 R$ 70.000,00 R$ 1.315,79

APTO Z 17 90,00 R$ 150.000,00 R$ 1.666,67

APTO Z 17 79,00 R$ 175.000,00 R$ 2.215,19

CASA Z 39 136,80 R$ 150.000,00 R$ 1.096,49

CASA Z 37 100,00 R$ 150.000,00 R$ 1.500,00

CASA Z 37 103,00 R$ 105.000,00 R$ 1.019,42

CASA Z 37 80,00 R$ 98.000,00 R$ 1.225,00

CASA Z 37 70,00 R$ 95.000,00 R$ 1.357,14

CASA Z 37 70,00 R$ 90.000,00 R$ 1.285,71

Fonte: anúncios imobiliários na Internet acessados em 23/11/2010.

Quanto ao valor da terra, foi feita uma pesquisa em todas as zonas de Maringá, que

resultou no Mapa 16 –Valor da Terra segundo Zonas e na Tabela 14 abaixo, que exprime a

problemática do município em relação ao preço do metro quadrado de terreno, que inviabiliza

a implantação de HIS em muitas regiões da cidade. Com relação aos distritos de Iguatemi e

Floriano, não foram encontradas informações disponíveis para o mapeamento.

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16

Tabela 14 – VALOR MÉDIO DO METRO QUADRADO DE TERRA, POR ZONA – MARINGÁ, 2010 Nome Preço 1 Preço 2 Preço 3 Média

Zona 1 2.241,37 0,00 0,00 2.241,37

Zona 2 1.773,39 842,45 490,88 1.035,57

Zona 3 312,01 431,03 396,55 379,86

Zona 4 485,19 466,67 288,13 413,33

Zona 5 414,20 342,71 358,26 371,72

Zona 6 497,32 508,13 498,01 501,15

Zona 7 1.147,85 458,29 583,91 730,02

Zona 8 466,67 343,21 409,83 406,57

Zona 9 0,00 0,00 0,00 0,00

Zona 10 0,00 0,00 0,00 0,00

Zona 11 497,33 0,00 0,00 497,33

Zona 12 0,00 0,00 0,00 0,00

Zona 13 0,00 0,00 0,00 0,00

Zona 14 525,39 0,00 0,00 525,39

Zona 15 317,00 0,00 0,00 317,00

Zona 17 354,73 347,59 407,08 369,80

Zona 18 909,09 242,79 0,00 575,94

Zona 19 216,66 339,48 208,33 254,82

Zona 20 202,89 375,45 250,00 276,11

Zona 21 388,89 333,35 303,03 341,76

Zona 22 166,66 190,96 0,00 178,81

Zona 23 321,42 296,29 283,33 300,35

Zona 24 225,64 281,08 264,56 257,09

Zona 25 61,73 393,51 0,00 227,62

Zona 26 296,73 0,00 0,00 296,73

Zona 27 358,00 372,00 320,00 350,00

Zona 28 387,09 430,46 134,64 317,40

Zona 29 354,16 778,86 535,50 556,17

Zona 30 207,31 0,00 0,00 207,31

Zona 31 385,51 269,84 200,00 285,12

Zona 35 0,00 0,00 0,00 0,00

Zona 36 277,77 398,40 482,31 386,16

Zona 37 458,95 383,33 405,45 415,91

Zona 38 0,00 0,00 0,00 0,00

Zona 39 0,00 0,00 0,00 0,00

Zona 40 166,66 369,45 471,46 335,86

Zona 41 0,00 0,00 0,00 0,00

Zona 42 0,00 0,00 0,00 0,00

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17

Zona 43 416,66 0,00 0,00 416,66

Zona 44 316,95 440,86 434,40 397,40

Zona 45 100,67 0,00 0,00 100,67

Zona 46 96,53 180,00 0,00 138,27

Zona 47 250,00 310,00 0,00 280,00

Zona 48 140,75 395,60 162,03 232,79

Zona Central 0,00 0,00 0,00 0,00

FONTE: INTERNET E JORNAIS LOCAIS (ACESSADO EM AGOSTO/2010)

No que se refere aos imóveis alugados, nas oficinas do PLHIS realizadas com a

população dos bairros, a maior reclamação dos participantes foi quanto ao valor do aluguel,

que por ser muito alto, comprometia o orçamento da família não permitindo a compra de um

imóvel próprio. Em pesquisa na Internet e em jornal local, verificou-se que o valor médio do

aluguel em bairros onde se localizam os conjuntos habitacionais, para casas de 1 dormitório é

de R$ 352,00; para as casas de 2 dormitórios o valor médio é de R$485,00; e para as casas de 3

quartos o valor médio é de R$ 562,00. Quanto aos apartamentos, o valor médio varia de R$

340,00 à R$ 496,00. Considerando-se que em 44,91% dos domicílios a renda varia de 0 a 1

s.m., e que o valor do salário mínimo atual é R$ 510,00, o menor valor médio de aluguel

encontrado (R$ 352,00) comprometeria 69% da renda da família, caracterizando ônus

excessivo com aluguel para as faixas de renda mais baixas.

Tabela 15 – VALORES DOS ALUGUÉIS EM DIVERSAS ÁREAS DE MARINGÁ, 2010 QUARTOS TIPO LOCALIZAÇÃO ÁREA VALOR

LOCAÇÃO R$ 1,00

1 CASA JARDIM ALVORADA S.I 350

1 CASA CONJUNTO PARIGOT DE SOUZA S.I 450

1 CASA JARDIM TABAETÉ 29 360

1 CASA VILA MORANGUEIRA 55 280

1 CASA PARQUE DAS GREVÍLEAS 37 300

1 CASA JARDIM UNIVERSO S.I 350

1 CASA JARDIM NOVO OÁSIS 50 500

1 FUNDOS VILA SANTA IZABEL S.I 300

2 CASA JARDIM PARIS III S.I 550

2 CASA JARDIM DIAMANTE S.I 560

2 CASA JARDIM DIAMANTE S.I 620

2 CASA JARDIM ITAIPU 85 650

2 CASA CONJUNTO REQUIÃO S.I 400

2 CASA CONJUNTO NEY BRAGA S.I 425

2 CASA VILA SANTO ANTONIO 60 450

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18

2 CASA VILA SANTO ANTONIO 60 450

2 CASA VILA BOSQUE S.I 400

2 CASA CONJUNTO RES. BRANCA VIEIRA S.I 350

3 CASA CONJUNTO PATRÍCIA 59 600

3 CASA JARDIM BRASILIA S.I 600

3 CASA CONJUNTO ITATIAIA S.I 400

3 CASA CONJUNTO KARINA S.I 650

1 APTO JARDIM SÃO SILVESTRE S.I 300

1 APTO JARDIM NOVO HORIZONTE S.I 380

2 APTO JARDIM ALVORADA 70 550

3 APTO JARDIM NOVO HORIZONTE 90 520

3 APTO JARDIM NOVO HORIZONTE 90 480

3 APTO PARQUE RES, CIDADE NOVA 60 490

FONTE: INTERNET E JORNAIS LOCAIS (ACESSADO EM AGOSTO/2010)

2.6. Oferta Habitacional Pública de Maringá

Na Tabela 17 abaixo, estão relacionadas todas as obras em execução ou em

andamento direcionadas a HIS, sob a responsabilidade da Secretaria Extraordinária de

Habitação, cujo valor total em reais, tomando como base o valor médio de R$ 60.000,00 a UR.

é de R$ 177.660.000,00.

Tabela 16 - RELAÇÃO DE OBRAS EM EXECUÇÃO E EM ANDAMENTO – PROCESSOS LICITATÓRIO OU APROVAÇÃO - SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA:

OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DOS EMPREENDEDORES:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR

PRAZO DE ENTREGA

Cristina Helena Barros Jardim Sumaré 160 aptos. 03-06 salários

Abril/2011

Conjunto Habitacional Irajá

Distrito de Iguatemi 108 aptos. 00-03 salários

Abril/2011

Conjunto Atenas II Bairro Atenas 74 casas 03-06 salários

Março/2011

342

OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR

PRAZO DE ENTREGA

Conjunto Albino Meneguetti

Distrito de Iguatemi 172 casas 00-03 salários

Maio/2011

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19

Conjunto Pioneiro Gonçalo Vieira Santos

Distrito de Floriano 136 casas 00-03 salários

Maio/2011

308

PROJETOS EM ANDAMENTOS – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR

SITUAÇÃO CEF/PMM

Condomínio Santa Rosa Lote 58-6 112 aptos. 00-03 salários

aprovado

Condomínio Santa Júlia Lote 58-7 144 aptos. 00-03 salários

aprovado

Lotes 117/118

Distrito de Floriano 300 casas 00-03 salários

regularização

556

PROJETOS EM ANDAMENTOS – TERRENOS DE PROPRIEDADE DOS EMPREENDEDORES:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR

SITUAÇÃO CEF/PMM

Cristina Helena Barros II

Jardim Sumaré 160 aptos. 03-06 salários

aprovado

Nome a ser definido Rua P. Antonio Tait 288 aptos. 03-06 salários

em análise

Nome a ser definido Av. Pintassilgo 48 aptos. 03-06 salários

aprovado

Conjunto Dolores Duran I

Cidade Alta 72 casas 03-06 salários

aprovado

Conjunto Dolores Duran II

Cidade Alta 76 casas 03-06 salários

aprovado

Conjunto Dalva de Oliveira

Cidade Alta 176 aptos. 00-06 salários

aprovado

Conjunto Ataulfo Alves Cidade Alta 192 aptos. 00-06 salários

aprovado

Nome a ser definido Jardim Madrid 99 aptos. 00-06 salários

em análise

Nome a ser definido Jardim Alvorada 72 aptos. 03-06 salários

em análise

1183

PROGRAMA OGU 1 E OGU-2:

OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR

PRAZO DE ENTREGA

Lote 58/1

Atenas 42 casas 00-03 salários

Março/2011

Lote 58/2

Atenas 28 casas 00-03 salários

Março/2011

Conjunto Village Blue Village Blue 06 casas 00-03 salários

Dezembro/2010

76

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20

PAC-PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR

PRAZO DE ENTREGA

Residencial Pioneiro Odwaldo B. Neto

Cidade Alta 271 casas 00-03 salários

Outubro/2011

Residencial Pioneiro Honorato Vechi

Cidade Alta 41 casas 00-03 salários

Outubro/2011

312

OBRAS A LICITAR – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

Jardim Santa Rosa Quadra 109 9 casas 00-03 salários

A licitar

Jardim Licce Jardim Lice 1 casa 00-03 salários

A licitar

Jardim dos Pássaros Quadra 80 20 casas 00-03 salários

A licitar

Jardim Botanico

Quadra 214 5 casas 00-03 salários

A licitar

Jardim Atlanta

Quadras 369/377 20 casas 00-03 salários

A licitar

Jardim Diamante Quadras 20/30 57 casas 00-03 salários

A licitar

Parque Residencial Patrícia

Jd. Patrícia 2 casas 00-03 salários

A licitar

Jardim Copacabana Gl. Rib.Morangueiro 5 casas 00-03 salários

A licitar

Jardim Douradaos Quadra 93 13 casas 00-03 salários

A licitar

Jardim Pinheiros III Quadra 425 5 casas 00-03 salários

A licitar

Conjunto Lea Leal Quadra 93 7 casas 00-03 salários

A licitar

Jardim Kakogawa Quadra 176 3 casas 00-03 salários

A licitar

Jardim Madrid

Quadras 82/139 9 casas 00-03 salários

A licitar

Atenas II

Quadras 112/150 18 Casas 00-03 salários

A licitar

Paris VI

Quadras 110-A/111-A 10 Casas 00-03 salários

A licitar

184

TOTAL DE UNIDADES RESIDENCIAIS - SEHAB 2961

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21

3. IDENTIFICAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS DE SEREM

DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE

SOCIAL.

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22

3. IDENTIFICAÇÃO DA QUANTIDADE E LOCALIZAÇÃO DAS TERRAS PASSÍVEIS DE SEREM DESTINADAS PARA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.

Apesar do número expressivo de loteamentos aprovados, o município ainda possui

áreas com uma ocupação dispersa que poderão ser adensadas. Para efeito do PLHIS,

considerou- se a existência de lotes vagos nos loteamentos aprovados, apesar de que, em

muitos casos, o valor da terra não permita a sua utilização para habitação de interesse social.

Para identificar as áreas passíveis de serem destinadas à habitação de interesse social,

foi utilizada a seguinte metodologia, baseada nas informações do Plano Diretor:

1. Identificou-se na lei de uso do solo quais seriam as zonas aptas para receberem

habitação de interesse social (HIS). Foram selecionadas a ZR2 e a ZR3, tendo em vista os

parâmetros urbanísticos dessas zonas. Cabe explicar que as ZEIS poderiam ser criadas em

qualquer região da cidade. Mas buscou-se compatibilizar esse critério com o valor do metro

quadrado do solo de cada região, evitando-se áreas passíveis de verticalização, onde o custo

da terra é mais alto. (Mapa nº13 – Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo).

2. Foram sobrepostas as informações sobre as declividades da Área Urbana (Mapa nº

3); a identificação das Áreas de Preservação Permanente – APPs; e a Zona de Proteção

Ambiental, gerando as restrições ambientais apresentadas no Mapa nº 20 - Aptidões e

Restrições. O cruzamento dessas restrições com as zonas selecionadas no item 1 permitiu

identificar as áreas aptas para implementação de ZEIS.

3. Na sequência, as informações do Mapa nº 20 foram sobrepostas às do Mapa nº19 –

Vazios Urbanos, resultando no Mapa nº 21 – Vazios Urbanos Classificados, que destaca as

áreas passíveis tanto do ponto de vista do zoneamento quanto das aptidões ambientais, para a

implantação de HIS.

4. Por último, o Mapa nº 21 – Vazios Urbanos Classificados foi sobreposto ao Mapa nº

07 – Renda Média segundo Setores Censitários, que identifica as áreas onde se concentram as

famílias nas faixas de renda até 5 s.m., resultando no Mapa nº 22 onde estão indicados os

vazios urbanos que têm potencial para receber HIS. O Mapa nº 23 apresenta o cruzamento do

Mapa nº 21 com o Mapa nº 16 – Valor da terra (esse valor foi calculado a partir do preço

médio de imóveis em anúncios de venda na internet) segundo zonas urbanas.

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5. Foram calculadas as áreas dos vazios urbanos aptos a receberem HIS, conforme

tabela abaixo:

Tabela 17 – VAZIOS URBANOS APTOS A RECEBEREM EMPREENDIMENTOS DE HIS

Vazios Urbanos - Maringá

Classe Área (m²) Área (ha) % da Área Total dos Vazios Urbanos

Áreas com restrição ambiental e quanto ao Zoneamento

4.263.546 426,35 6,3%

Áreas com restrição ambiental 6.187.358 618,74 9,2%

Áreas com restrição quanto ao Zoneamento

11.827.811 1.182,78 17,6%

Áreas aptas - ZR2 43.605.717 4.360,57 64,8%

Áreas aptas - ZR3 1.388.116 138,81 2,1%

Total 67.272.548 6.727,25 100,0%

As áreas aptas (ZR2 e ZR3) somam 44.993.833,00 m². Levando-se em conta a

necessidade de abertura de ruas, doação à prefeitura, no caso de novos loteamentos,

considerou-se como área líquida passível de ser loteada, 65% do total, que resultou em

29.245.991,22 m².

Considerando ainda, o lote mínimo de 300,00 m², nesses vazios urbanos será

possível a produção de aproximadamente 97.487 lotes.

Do ponto de vista da demanda, segundo o Cadastro da Secretaria Extraordinária da

Habitação, em 2010 seria necessária a construção de 16.600 unidades para a população com

renda mensal entre 0 a 5 s.m., quantidade esta passível de ser absorvida dentro do perímetro

urbano, nos vazios urbanos existentes, através do número de lotes possíveis de serem criados

Nesse total já estão incluídos os distritos de Floriano e Iguatemi, mas as tabelas 19 e

20, abaixo apresentam a situação dos dois em detalhe, onde se percebe que Iguatemi dispõe

de áreas aptas para a consolidação de sua urbanização em maior volume que Floriano:

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24

Tabela 18 – VAZIOS URBANOS FLORIANO

Vazios Urbanos - Floriano

Classe Área (m²) Área (ha) %

Áreas com restrição ambiental e quanto ao Zoneamento 0 0,00 0,0%

Áreas com restrição ambiental 179.900 17,97 56,3%

Áreas com restrição quanto ao Zoneamento 0 0,00 0,0%

Áreas aptas - ZR2 139.476 13,95 43,7%

Áreas aptas - ZR3 0 0,00 0,0%

Total 319.376 31,92 100,0%

Tabela 19 - – VAZIOS URBANOS IGUATEMI Vazios Urbanos - Iguatemi

Classe Área (m²) Área (ha) %

Áreas com restrição ambiental e quanto ao Zoneamento

0 0,00 0,0%

Áreas com restrição ambiental 622.492 62,26 25,9%

Áreas com restrição quanto ao Zoneamento

16.831 1,69 0,7%

Áreas aptas - ZR2 1.763.139 176,29 73,4%

Áreas aptas - ZR3 0 0,00 0,0%

Total 2.402.462 240,24 100,0%

FONTE: TABULAÇÃO RZS A PARTIR DE DADOS DO GEOPROCESSAMENTO DA PMM

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25

4. PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DO PLHIS

MARINGÁ.

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26

4. PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DO PLHIS MARINGÁ

O Plano Municipal de Habitação de Interesse Social de Maringá objetiva constituir um

marco de referência para a política habitacional do município, estabelecendo princípios,

objetivos e diretrizes.

4.1. Princípios

O Plano Municipal de Habitação de Interesse Social de Maringá tem como

fundamentos os seguintes princípios:

1. Da função social da cidade e propriedade, conforme Art. 182 da Constituição Federal

de 1988, regulamentado pelo Estatuto da Cidade Lei 10.257/2001 e pela Lei Federal

11.124/05, bem como pelo Plano Diretor de Maringá. A função social da cidade é

entendida como o direito à terra urbanizada, à moradia, ao saneamento ambiental, à

infra-estrutura e serviços públicos, à mobilidade urbana e acessibilidade, ao trabalho, à

cultura e ao lazer, à preservação e conservação do meio ambiente - assegurando a

recuperação e proteção dos ecossistemas e recursos ambientais existentes e

garantindo a todos os habitantes um meio ambiente ecologicamente equilibrado, ao

respeito, à proteção e preservação dos principais marcos da paisagem urbana, da

cultura e da memória social, bem como à promoção da justiça social - mediante ações

que visem a erradicação da pobreza e da exclusão social, da redução das desigualdades

sociais e da segregação sócio-espacial.

2. Da moradia digna, como direito universal e fator de inclusão social, afirmado no

Tratado dos Direitos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas, ratificado

pelo Brasil em 1992 e incluído na Constituição Federal em 2000, compreendida como

aquela localizada em terra urbanizada, com acesso a todos os serviços públicos

essenciais por parte da população que deve estar abrangida em programas geradores

de trabalho e renda, bem como aquela que garante ao morador a segurança na posse e

como tal deve ser reconhecida, protegida e efetivada por meio de políticas públicas

específicas;

3. Da sustentabilidade, entendida como aquela que contempla de forma integrada,

harmoniosa e equilibrada, a economia, o meio ambiente, a justiça social, a diversidade

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cultural e a democracia política e institucional, visando garantir a qualidade de vida

para as presentes e futuras gerações.

4. Da defesa da dignidade da pessoa humana, com valorização e respeito à vida e à

cidadania, reconhecendo e assegurando atendimento humanizado a todas as pessoas,

com respeito às diversas identidades religiosas, culturais, étnico-raciais, geracionais, de

gênero, de orientação sexual e as das pessoas com deficiência;

5. Da gestão democrática e participativa da política habitacional, incorporando a

participação dos diferentes segmentos da sociedade em sua formulação,

implementação, execução, acompanhamento e monitoramento, bem como garantindo

a descentralização, o controle social e a transparência dos procedimentos decisórios;

6. Da compatibilidade e integração com as políticas habitacionais no nível federal e

estadual e seus planos – Plano Nacional de Habitação e Plano Estadual de Habitação,

estruturadores de uma nova concepção de política habitacional integrando as

diferentes esferas de governo;

7. Da intersetorialidade, transversalidade e integração sistêmica com as políticas

setoriais do município, em particular: da Promoção Social, da Promoção Econômica, da

Qualificação do Ambiente Natural, da Qualificação do Ambiente Construído, da

Estruturação e Ordenamento Territorial, bem como da Mobilidade e Acessibilidade;

8. Da co-responsabilidade pelo atendimento às demandas habitacionais entre as esferas

de governo municipal, estadual e federal, bem como demais segmentos e atores

sociais intervenientes no setor.

4.2. Objetivos Gerais

O Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá tem como objetivo garantir

o atendimento às necessidades habitacionais do conjunto da população, considerando as

características diferenciadas da demanda e atuando de forma diferenciada segundo

segmentos de renda da população, tendo como prioridade o atendimento à população de

menor renda.

4.2.1. Objetivos Específicos referentes à Urbanização e Produção da Habitação de Interesse Social

I. Reverter o processo de segregação sócio-espacial, por intermédio da oferta de

áreas, do incentivo e indução à produção habitacional dirigida aos segmentos

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sociais de menor renda, inclusive em áreas centrais, bem como pela urbanização e

regularização dos assentamentos precários ocupados por população de baixa

renda.

II. Incentivar o aproveitamento de áreas dotadas de infra-estrutura não utilizadas ou

subutilizadas, inseridas na malha urbana.

III. Priorizar a utilização de terrenos de propriedade do Poder Público para a

implantação de projetos habitacionais de interesse social.

IV. Promover a melhoria de condições de habitabilidade das famílias que residentes

em locais inadequados para a moradia.

4.2.2. Objetivos Específicos referentes à Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional

I. Garantir a diversidade de soluções e a adequação tecnológica dos projetos,

construção e manutenção dos empreendimentos habitacionais aos

condicionantes do meio físico, visando melhoria da qualidade ambiental e

paisagística dos empreendimentos habitacionais de interesse social.

II. Estimular a produção de habitação de interesse social por demais agentes da

produção habitacional, tais como a iniciativa privada, as associações e

cooperativas populares de produção de moradias.

III. Ampliar a produtividade e melhorar a qualidade na produção habitacional.

4.2.3. Objetivos Específicos referentes ao Desenvolvimento Sócio Ambiental das

Áreas destinadas à Habitação de Interesse Social

I. Garantir a participação dos agentes sociais nas diversas instâncias de participação,

como as Conferências Municipais de Habitação: população moradora,

movimentos que lutam por moradia, universidades, organizações não

governamentais, setores imobiliários e empresariais entre outros, na elaboração e

definição das ações e prioridades da política habitacional.

II. Estimular a assessoria jurídica e técnica de engenharia, de arquitetura e social

para indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos na área de

habitação de interesse social.

III. Priorizar o atendimento a grupos, famílias e pessoas com maior fragilidade social,

obedecendo aos mecanismos de cotas a deficientes físicos e idosos.

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IV. Priorizar demandas apresentadas por movimentos sociais, associações e grupos

representativos dos segmentos da população.

4.2.4. Objetivos Específicos referentes ao Desenvolvimento Institucional

Estimular a cooperação com os municípios lindeiros na formulação de programas

habitacionais e de desenvolvimento de ações integradas em áreas de interesse regional.

Priorizar programas e projetos habitacionais para famílias de baixa renda,

articulados no âmbito federal, estadual e municipal.

Definir e adotar mecanismos de subsídios financeiros para famílias de baixa

renda, concedidos com a finalidade de complementar sua capacidade de pagamento

para o acesso à moradia.

Utilizar a PLHIS como principal instrumento de tomada de decisão nas

questões

Adotar mecanismos de acompanhamento e avaliação e indicadores de impacto

social das políticas, planos e programas.

Incentivar a implementação de mecanismos permanentes de assistência técnica, jurídica e

social aos programas e ações de habitação de interesse social.

4.3. Diretrizes

Para o pleno atendimento dos objetivos, o Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá estabelece como diretrizes:

4.3.1. Diretrizes para a Urbanização e Produção da Habitação de Interesse Social

1. Articular a política habitacional com as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor do

Município de Maringá e com a legislação urbanística dele decorrente.

2. Utilizar os instrumentos urbanísticos do Estatuto da Cidade que viabilizem a obtenção

de imóveis em área urbanizadas e bem localizadas para a produção de habitação de

interesse social pelos setores público, privado e associativo.

3. Consolidar a política fundiária por meio dos instrumentos urbanísticos previstos no

Estatuto da Cidade, de Habitação de Interesse Social e demarcação de Zonas Especiais

de Interesse Social.

4. Integrar as ações em habitação com as demais ações de políticas urbanas, sociais e

ambientais, incluindo o acesso à equipamentos sociais e de infraestrutura urbana,

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condições adequadas de mobilidade urbana e a proteção dos recursos naturais e da

paisagem.

5. Implementar programas habitacionais alternativas como o aluguel social, o leasing, a

auto-gestão e o consórcio, incrementando o comércio e o aproveitamento de imóveis

usados ou vazios.

4.3.2. Diretrizes para a Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional

1. Estimular a modernização e a criação de um ambiente tecnológico e de gestão que

oriente as ações dos agentes da cadeia produtiva do setor habitacional.

2. Estimular a assessoria jurídica e técnica de engenharia, de arquitetura e social para

indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos na área de habitação de

interesse social e o intercâmbio entre as experiências.

3. Estimular a autogestão na produção de moradias, articulando esforços na direção da

aplicação de padrões mínimos de conforto ambiental, na redução do desperdício e da

capacitação profissional para a execução e gestão de obras.

4.3.3. Diretrizes para o Desenvolvimento Sócio Ambiental das Áreas destinadas

à Habitação de Interesse Social

1. Viabilizar o melhor aproveitamento da infraestrutura instalada e das edificações

existentes bem como a produção de novas unidades habitacionais, particularmente

em terrenos vazios ou subutilizados, de forma a reverter a tendência de expulsão da

população de baixa renda para áreas da cidade menos dotadas de infra-estrutura e de

proteção ambiental.

2. Atuar na contenção de ocupações por assentamentos habitacionais nas áreas

inadequadas para essa finalidade, em especial as áreas de preservação ambiental,

áreas de risco, áreas contaminadas e áreas de bens de uso comum do povo.

3. Promover programas de ação social pós-ocupação, visando a melhor inserção da

população de baixa renda nos conjuntos habitacionais e no espaço urbano

consolidado.

4. Garantir o enfoque do gênero, das pessoas com necessidades especiais e dos idosos na

elaboração dos programas habitacionais.

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31

4.3.4. Diretrizes para o Desenvolvimento Institucional

1. Implementar sistema de monitoramento e avaliação dos programas e ações da Política

Municipal de Habitação, de forma sistemática e participativa, democratizando as

informações sobre as ações públicas desde a sua concepção até os resultados de sua

implantação e garantindo o seu controle social.

2. Aprimorar e ampliar a captação de recursos junto a outras esferas de governo, agentes

financeiros e instituições internacionais para os programas de habitação de interesse

social.

3. Aprimorar os mecanismos e práticas de planejamento e gestão, de modernização

organizacional, de capacitação técnica de agentes públicos e privados e da atualização

dos marcos legais.

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Diretrizes quanto à a Urbanização e Produção da

Habitação de Interesse Social

1. Articular a política habitacional com as diretrizes estabelecidas no Plano

Diretor do Município de Maringá e com a legislação urbanística dele decorrente

2. Utilizar os instrumentos urbanísticos do Estatuto da Cidade que viabilizem a

obtenção de imóveis em área urbanizadas e bem localizadas para a produção de habitação de interesse

social pelos setores público, privado e associativo.

3. Consolidar a política fundiária por meio dos instrumentos urbanísticos previstos no Estatuto da Cidade, de

Habitação de Interesse Social e demarcação de Zonas Especiais de

Interesse Social

4. Integrar as ações em habitação com as demais ações de políticas urbanas,

sociais e ambientais, incluindo o acesso à equipamentos sociais e de infra-

estrutura urbana, condições adequadas de mobilidade urbana e a proteção dos

recursos naturais e da paisagem

Diretrizes quanto à Qualidade e Produtividade da Produção Habitacional

1. Estimular a modernização e a criação de um ambiente tecnológico e de gestão que oriente as ações dos agentes da cadeia produtiva do

setor habitacional;

2. Estimular a assessoria jurídica e técnica de engenharia, de arquitetura e

social para indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos na área de habitação de interesse social e

o intercâmbio entre as experiências

3. Estimular a autogestão na produção de moradias, articulando esforços na

direção da aplicação de padrões mínimos de conforto ambiental, na

redução do desperdício e da capacitação profissional para a

execução e gestão de obras

Diretrizes quanto ao Desenvolvimento Sócio Ambiental

das Áreas Destinadas à Habitação de Interess e Social

1. Viabilizar o melhor aproveitamento da infraestrutura instalada e das

edificações existentes bem como a produção de novas unidades

habitacionais, particularmente em terrenos vazios ou subutilizados, de

forma a reverter a tendência de expulsão da população de baixa renda para áreas da cidade menos dotadas de infra-estrutura, áreas de risco e de

proteção ambiental

2. Garantir o enfoque do gênero, das pessoas com necessidades especiais e

dos idosos na elaboração dos programas habitacionais

3. Promover programas de ação social pós-ocupação, visando a melhor

inserção da população de baixa renda nos conjuntos habitacionais e no espaço

urbano consolidado

4. Atuar na contenção de ocupações por assentamentos habitacionais nas áreas inadequadas para essa finalidade, em

especial as áreas de preservação ambiental, áreas de risco, áreas contaminadas e áreas

de bens de uso comum do povo

Diretrizes quanto ao Desenvolvimento

Institucional

1. Aprimorar e ampliar a captação de recursos junto a outras esferas de

governo, agentes financeiros e instituições internacionais para os

programas de habitação de interesse social

2. Implementar sistema de monitoramento e avaliação dos programas e ações da Política

Municipal de Habitação, de forma sistemática e participativa,

democratizando as informações sobre as ações públicas desde a sua concepção até os resultados de sua

implantação e garantindo o seu controle social

3. Aprimorar os mecanismos e práticas de planejamento e gestão, de modernização

organizacional, de capacitação técnica de agentes públicos e privados e da atualização dos

marcos legais

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5. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO.

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5. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Na perspectiva de alcançar até 2021 os objetivos estabelecidos neste Plano, é

fundamental a definição e execução de estratégias de ação que se baseiem nas diretrizes

definidas como estruturadoras do PLHIS Maringá. É importante ainda considerar que:

não é possível equacionar o problema de moradia atual e futura se forem

mantidos os atuais níveis de investimentos;

que o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social aportará recursos

financeiros importantes para o Fundo Municipal de habitação;

que as ações na busca da erradicação do déficit serão regidas conjuntamente

pelas três esferas de governo, passando a implementar políticas, programa e

projetos habitacionais de maneira articulada.

Nesse sentido, as estratégias da política habitacional são o resultado da articulação das

diretrizes estabelecidas, transformado em linhas programáticas, que derivam nos programas e

projetos.

Figura 1 – ESTRUTURAÇÃO DO PLHIS MARINGÁ

PRINCÍPIOS DA PLHIS MARINGÁ

OBJETIVOS

DIRETRIZES

LINHAS PROGRAMÁTICAS

PROGRAMAS E AÇÕES

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5.1. LINHAS PROGRAMÁTICAS E PROGRAMAS

Para fazer frente às necessidades habitacionais foram estabelecidos objetivos,

diretrizes, que resultaram em estratégias que estão apresentadas na forma de linhas

programáticas que deverão ser desenvolvidas pela Prefeitura Municipal para garantir a

implementação do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá. Estas linhas estão

referenciadas nas diretrizes para que o plano cumpra seus objetivos e, portanto, possa ser

instituído, por meio de regras específicas junto ao Fundo Municipal de Habitação.

Diante deste desenho, é possível vincular as linhas de financiamento municipais com

os programas e linhas das esferas estaduais e federais. As orientações para a utilização dos

recursos passam pela combinação de regras tanto municipais, no âmbito da regulamentação

do Fundo Municipal de Habitação, como também pela verificação e aplicação das regras destes

programas estruturados nas demais esferas.

Para estimar os custos das linhas programáticas foram utilizados como referência os

custos médios das obras fornecidos pela Secretaria Extraordinária da Habitação, conforme a

Tabela nº 18.

Tabela 20 – CUSTOS MÉDIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL SEGUNDO CATEGORIAS

Discriminação Custo (R$ 1,00)/U.H.

URBANIZAÇÃO SIMPLES

Topografia 54,35

Pavimentação Primária 1.440,00

Rede de Esgoto 1.442,31

Rede de Água 801,28

Rede de Energia Elétrica 380,00

Iluminação Pública 95,35

Arborização 48,00

Total Urbanização Simples 4.261,29

URBANIZAÇÃO COMPLEXA

Topografia 54,35

Pavimentação Primária 11.081,00

Rede de Esgoto 1.442,31

Rede de Água 801,28

Rede de Energia Elétrica 308,00

Iluminação Pública 95,35

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Arborização 48,00

Galeria de Águas Pluviais 3.521,62

Passeios e Calçadas 512,00

Recuperação de Área Degradada 600,00

Total Urbanização Complexa 18.535,91

REMANEJAMENTO

Desfavelamento

(remoção de casa, cerca e muros) 3100,00

Residência Alvenaria

(Projeto Padrão COHAPAR CF 40) 32.236,52

Recuperação de Área Degradada 600,00

Total Remanejamento 35.516,52

REASSENTAMENTO

Desfavelamento

(remoção de casa, cerca e muros) 3.100,00

Lote Urbanizado (PMCMV) 43.535,91

Residência Alvenaria

(Projeto Padrão COHAPAR CF 40) 32.236,56

Recuperação de Área Degradada 600,00

Total Reassentamento 79.472,43

REGULARIZAÇÃO

Regularização Fundiária 451,13

Total Regularização 451,13

MELHORIA HABITACIONAL

Melhoria Habitacional 7.000,00

Total Melhoria Habitacional 7.000,00

PRODUÇÃO DE NOVAS MORADIAS

Lote Urbanizado 43.535,91

Residência Alvenaria

(Projeto Padrão COHAPAR CF 40) 32.236,52

Total Produção de Novas Moradias 75.772,43

LOTES

Lote Padrão 12 x 25m – 300m² 25.000,00

Custo de Urbanização Simples 4.261,29

Total Lotes Urbanizados 29.261,29

FONTE: SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO, 2010.

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5.1. Linhas Programáticas e Programas

Abaixo estão apresentadas as linhas programáticas e os programas de atendimento

com as estimativas de custo por programa:

5.1.1. LINHA PROGRAMÁTICA 1

LP 1 – URBANIZAÇÃO E PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Esta linha programática tem como objetivo a elaboração de programas voltados para a

produção de novas unidades habitacionais e de lotes urbanizados, assim como dotar de

infraestrutura as áreas caracterizadas como assentamentos precários, onde apesar da

regularidade fundiária, não apresentam condições urbanísticas adequadas. As ações

decorrentes desta linha terão como eixos condutores os instrumentos urbanísticos do Estatuto

da Cidade e do Plano Diretor Municipal.

5.1.1.1. Programas referentes à LP1

I. P1A- Integração Urbana de Assentamentos Precários

Tem como objetivo o atendimento das necessidades existentes no universo dos

assentamentos precários que apesar de possuírem a regularidade fundiária de suas áreas, não

apresentam condições urbanísticas adequadas, com carência de infraestrutura e

equipamentos urbanos, compreendendo a pavimentação do sistema viário, implantação de

infra-estrutura de saneamento básico, execução de obras de consolidação geotécnica,

construção (quando necessária) de equipamentos sociais.

Devido ao panorama previamente apresentado no documento, observa-se que a

prefeitura municipal já possui projetos concretos para a implantação de infraestrutura de

abastecimento de água e esgotamento sanitário na área urbana, tendo como previsão a

supressão do respectivo déficit até 2012. Assim, a priorização se deu pela compatibilização à

meta do poder público municipal, identificando-se a manutenção de inexpressivo déficit

remanescente nos anos subseqüentes a 2012, para os quais também é previsto o

atendimento.

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Tabela 21 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA O ATENDIMENTO DO DÉFICIT QUALITATIVO – CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA

PRIORIDADE Nº DE

DOMICÍLIOS CUSTO

UNITÁRIO CUSTO TOTAL

2010/2013 4.471 16.604,93 74.240.642,03

2013/2017 26 16.604,93 431.728,18

2017/2021 28 16.604,93 464.938,04

2021/2024 30 16.604,93 498.147,90

TOTAL 4.561 - 75.635.456,15 FONTE: RZS Consultoria e Planejamento.

CUSTO ESTIMADO: R$ 75.635.456,15. (Foram considerados os custos utilizados pela

Secretaria Extraordinária de Habitação para Urbanização Complexa, constantes na Tabela

nº10. desconsiderando-se os valores relativos à rede de água, rede de energia elétrica,

iluminação pública e recuperação de área degradada. Vale considerar que esses número são

estimativos uma vez que quando forem executadas as obras, serão detalhados todos os

itens

Paralelamente ao atendimento do déficit qualitativo mencionado, o Plano de

Habitação de Interesse Social de Maringá buscou analisar as áreas urbanas do município, com

vistas ao estabelecimento de critérios de priorização para futuros investimentos, sobretudo de

equipamentos urbanos.

Para a priorização dos investimentos, foi utilizada a metodologia de pontuação das

áreas em função das suas características. As variáveis adotadas foram a densidade

populacional por Setor Censitário do IBGE e a renda média da população por Setor

Censitário. Foi criado um coeficiente de correlação entre as duas variáveis, de forma que,

quanto maior a densidade e menor a renda, maior a necessidade de intervenção pelo poder

público municipal.

O resultado pode variar entre 0 e 5, sendo que as regiões prioritárias correspondem às

áreas de alta densidade e população de baixa renda, onde a pontuação se aproxima de 5. O

recorte territorial adotado desconsiderou os Setores Censitários com renda média acima de 5

s.m, tendo em vista o objeto do PLHIS.

Observou-se que o indicador variou de 1 a 4 pontos, não atingindo os valores extremos

de pontuação. Deste modo, adotou-se para construção do critério de priorização de

implantação de infraestrutura, a pontuação entre 0 a 4, onde:

1 a 2 – Prioridade baixa;

2 a 3 – Prioridade média;

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3 a 4 – Prioridade elevada.

Tabela 22 – RELAÇÃO ENTRE RENDA MÉDIA E DENSIDADE POR SETOR CENSITÁRIO NOS SETORES CENSITÁRIOS COM RENDA ENTRE 0 E 5 S.M.

Renda Densidade Prioridade Classificação

0 a 1 s.m. 0 a 50 hab/ha +4 Prioridade elevada.

0 a 1 s.m. 50 a 100 hab/ha +5 Não registrado para o caso de Maringá

0 a 1 s.m. 100 a 150 hab/ha +5 Não registrado para o caso de Maringá

1 a 3 s.m. 0 a 50 hab/ha +3 Prioridade média.

1 a 3 s.m. 50 a 100 hab/ha +3 Prioridade média.

1 a 3 s.m. 100 a 150 hab/ha +4 Prioridade elevada.

3 a 5 s.m. 0 a 50 hab/ha +1 Prioridade baixa.

3 a 5 s.m. 50 a 100 hab/ha +2 Prioridade média.

3 a 5 s.m. 100 a 150 hab/ha +2 Prioridade média.

O Mapa nº 24 apresenta as correlações existentes conforme os dados por setores

censitários. A aplicação da classificação de prioridade nesta correlação resulta no Mapa nº 25,

organizado por Setores Censitários. A análise dos resultados dentro do recorte territorial das

Zonas urbanas permite concluir que nenhuma zona apresenta percentual representativo de

sua área com grau de prioridade elevado. Contudo, são observadas áreas de alta prioridade

inseridas nas Zonas 25, 36 e 43. As Zonas 21, 22, 25, 30, 31, 37, 38, 39, 46 e 47 apresentam

predominantemente um panorama de nível mediano de prioridade e as demais se apresentam

com nível baixo de prioridade em relação aos futuros investimentos em infraestrutura e

equipamentos urbanos.

Reiterando o exposto anteriormente, a aplicação desta metodologia procurou

desenvolver uma metodologia de priorização nas áreas urbanas de Maringá, dotando o poder

público de instrumentos de orientação para a elaboração de políticas públicas e projetos

envolvendo investimentos em infraestrutura e equipamentos públicos. Sua atualização a partir

da disponibilização dos dados completos por setores censitários do Censo Demográfico de

2010 permite ainda a atualização dos dados, estabelecendo assim um mecanismo de consulta

e apoio ao planejamento urbano e de política habitacional.

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Tabela 23 - P1A - PROGRAMA PARA INTEGRAÇÃO URBANÍSTICA DE ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS.

Objetivos Específicos Promover a integração urbanística de assentamentos

precários.

Participantes

Agente Promotor Município

Agente Financeiro FNHIS, Caixa Econômica Federal, Fundo Municipal de

Habitação

Demais Participantes Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Assistência Social.

Modalidade de atendimento Urbanização Complexa nos assentamentos precários.

Beneficiário

Final

Renda De zero a cinco salários mínimos.

Situação Locacional 4.561 assentamentos em área urbana.

Requisitos Características do

Empreendimento Assentamentos precários em área urbana.

Fontes de Recurso / Subsídios Fundo Municipal / Fundo Estadual / FNHIS

Indicadores de avaliação Percentual de melhoria das condições urbanas.

Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 75.635.456,15

II. P1B - Programa para Implantação de Núcleos Comunitários Rurais

A área rural de Maringá sofreu um esvaziamento a partir da década de sessenta, como

mostra o Gráfico nº 1 e a sua população representa 1,62% da população total do município.

Muitos dos moradores da zona rural trabalham em parceria com os proprietários da terra e

não dispõem de moradia própria, ficando dependentes do emprego e na aposentadoria, têm

dificuldades financeiras para a aquisição de uma moradia. Também os trabalhadores rurais

volantes são outro público demandante de habitação, que normalmente não aparece nas

estatísticas oficiais do déficit habitacional. Porém, a necessária manutenção da população na

área rural depende das condições de vida que ela consegue ter ali.

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GRÁFICO 1– EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MARINGÁ 1960/2007

*2009(estimativa IBGE)

FONTE: PMM/ IBGE 2000

A proposta consiste em criar um núcleo rural piloto de 100 unidades, que passará à

categoria de urbanização especial, para efeito de registro de imóveis. Com lotes variando

entre 5 e 10 ha, destina-se à população rural, que com o apoio da Emater poderá produzir de

forma cooperada, comercializando a produção excedente e gerando uma renda alternativa

para a família. Considerando que a população rural é pequena no município, esse projeto

piloto pode ser implantado próximo ao perímetro urbano de Floriano, que concentra 27,9%

da população rural de Maringá, permitindo manter uma proximidade da área urbana do

distrito para o atendimento das necessidades da população quanto aos serviços públicos de

saúde, educação e assistência social.

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

Po

pu

laçã

o

Anos

População Total

População Urbana

População Rural

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Figura 2 – PROPOSTA DE LOCALIZAÇÃO DO NÚCLEO COMUNITÁRIO RURAL

Fonte: Plano Diretor de Maringá. Disponível em www.maringa.pr.gov.br/ Acessado em 23/11/2010.

Tabela 24 – POPULAÇÃO URBANA E RURAL DOS DISTRITOS FLORIANO E IGUATEMI, 2000.

DISTRITO POPULAÇÃO

TOTAL POPULAÇÃO

URBANA POPULAÇÃO

RURAL % POP. URB/ POP.TOTAL

Floriano. 1.732 429 1.303 24,8

Zona 34. 429 429 -

Iguatemi. 5.955 5.767 188 96,8

Zona 33. 5.767 5.767

FONTE: CENSO 2000, IBGE.

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A proposta representa a garantia da permanência da população nesses locais. A Lei

Federal nº 11.977/2009, na Seção 3 do Capítulo I, apresenta a regulamentação dos possíveis

recursos para financiamento da habitação rural.

Seção III Do Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR

Art. 11. O Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR tem como finalidade subsidiar a produção de moradia aos agricultores familiares, definidos nos termos do art. 3º da Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, e trabalhadores rurais. (Redação dada pela Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010) (Vide Lei nº 12.249/2010, art. 139, inc I, d)

Parágrafo único. A assistência técnica deve fazer parte da composição de custos do PNHR.

Art.12. Fica a União autorizada a conceder subvenção econômica no âmbito do PNHR até o montante de R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais).

Parágrafo único. Enquanto não efetivado o aporte de recursos de que trata o caput, caso o agente operador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS tenha suportado ou venha a suportar, com recursos das disponibilidades atuais do referido fundo, a parcela da subvenção econômica de que trata o caput, terá direito ao ressarcimento das quantias desembolsadas, devidamente atualizadas pela taxa Selic.

Art. 13. A subvenção econômica de que trata o art. 12 será concedida somente no ato da contratação da operação de financiamento, com o objetivo de:

I - facilitar a produção do imóvel residencial; (Redação dada pela Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010) (Vide Lei nº 12.249/2010, art. 139, inc I, d)

II – complementar o valor necessário a assegurar o equilíbrio econômico-financeiro das operações de financiamento realizadas pelos agentes financeiros; ou

III – complementar a remuneração do agente financeiro, nos casos em que o subsídio não esteja vinculado a financiamento

CUSTO ESTIMADO: R$ 7.577.243,00. Construção de 100 unidades (Produção de novas

moradias = R$ 75.772,43/ U.H). Ressalta-se que foi considerado como referência o valor da

moradia em área urbana da Tabela nº 10, apesar da dimensão do lote ser maior, uma vez que

valor da terra por m² na área rural é bem menor, compensando dessa forma a diferença.

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Tabela 25 - P1B - PROGRAMA PARA IMPLANTAÇÃO DE NÚCLEOS COMUNITÁRIOS RURAIS.

Objetivos Específicos Atender a demanda por moradia gerada nas áreas rurais,

com vistas à manutenção da população na área rural.

Participantes

Agente Promotor Secretaria Extraordinária de Habitação

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Fundo Municipal de Habitação

Demais Participantes

Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, Secretaria de Assistência Social e Cidadania, Secretaria do Estado da Agricultura e Abastecimento - SEAB e Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater

Modalidade de atendimento Urbanização Complexa nos assentamentos precários.

Beneficiário

Final

Renda De zero a três salários mínimos.

Situação Locacional Zona Rural do Município.

Requisitos Características do

Empreendimento

Implantação do Núcleo Comunitário Rural composto de 100

lotes com área variando entre 5.000 e 10.000 m², limítrofe ao

perímetro urbano do Distrito de Floriano. Esses lotes passam a

categoria de urbanização especial. As atividades serão

desenvolvidas com o apoio da Emater e da Secretaria de Meio

Ambiente e Agricultura.

Fontes de Recurso / Subsídios FNHIS, Fundo Municipal

Indicadores de avaliação

Percentual de manutenção das famílias na área rural, de forma

produtiva.

Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 7.577.243,00

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III. P1C – Programa para Promoção Pública e Privada de Loteamentos Urbanos

Este programa tem por objetivo promover a implantação de loteamentos públicos e

privados de forma a atender a demanda demográfica futura. Até 2021, é necessária a

construção de 16.617 unidades habitacionais até 2021, conforme mostra a Tabela 8 deste

documento.

Poderão ser utilizados para isso os diversos vazios urbanos existentes na cidade, (Ver

mapa nº 23) favorecendo a densificação urbana e garantindo uma infraestrutura mínima para

os novos moradores.

Desse modo, o programa se divide em dois subprogramas:

SUBPROGRAMA 1 - ATUALIZAÇÃO DOS MARCOS REGULATÓRIOS MUNICIPAIS DE FORMA A POSSIBILITAR A

IMPLEMENTAÇÃO FÍSICA DO PROGRAMA.

SP1A. REGULAMENTAR A CRIAÇÃO DE ZEIS NO MUNICÍPIO

As ZEIS são áreas destinadas predominantemente à moradia de população de baixa

renda, independentemente de tratar-se de áreas previamente ocupadas por assentamentos

populares ou de áreas vazias e subutilizadas.

Para atender a essa destinação, nas áreas vazias, a legislação da ZEIS deve prever a

aplicação articulada dos instrumentos de indução do desenvolvimento urbano e cumprimento

da função social da propriedade. São áreas sujeitas a regras específicas de parcelamento, uso

e ocupação do solo. Considerando essas características das ZEIS, elas podem ser classificadas

em dois tipos básicos:

• ZEIS 1: Áreas públicas ou privadas ocupadas por assentamentos precários tais como:

favelas e assemelhados, cortiços, loteamentos e conjuntos habitacionais irregulares,

habitados por famílias de baixa renda.

• ZEIS 2: Áreas, terrenos e imóveis vazios, sub-utilizados ou não utilizados, adequados

para a produção de habitação de interesse social (HIS).

As normas e parâmetros de parcelamento do solo e edificação para empreendimentos

habitacionais de HIS devem contemplar, entre outros:

• as tipologias de empreendimentos, tais como: loteamentos de interesse social

associados ou não à produção de habitação unifamiliar (uma unidade por lote); habitação

unifamiliar; conjuntos habitacionais horizontais; conjuntos habitacionais verticais;

• as zonas ou áreas da cidade onde os empreendimentos são permitidos;

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• as condições previstas na definição de HIS (área mínima e máxima das unidades,

número máximo de banheiros e de vagas para estacionamento);

• as dimensões mínima e máxima dos lotes individuais, bem como a frente (testada)

mínima admissível;

• a dimensão máxima (área do terreno) e o número máximo de unidades, no caso de

conjuntos habitacionais;

• a área mínima e máxima da cota parte de terreno vinculada a cada unidade no caso

de conjuntos;

• as características do sistema viário que será admitido como via de acesso aos

conjuntos (largura mínima, via de pedestre ou necessariamente via que permita o tráfego de

veículos), associadas à tipologia e escala dos empreendimentos;

• a infra-estrutura mínima a ser exigida no caso de parcelamento do solo,

compreendendo (de acordo com a legislação federal): drenagem de águas pluviais;

características geométricas do sistema viário e tratamento do pavimento; rede de eletricidade

e iluminação pública; rede de abastecimento de água potável e de coleta de esgotos; sistema

de coleta de lixo, arborização, etc.

• porcentagem e características de áreas públicas (para áreas verdes e usos

institucionais) a serem doadas no caso de parcelamento do solo;

• áreas não edificáveis, áreas de preservação permanente e outros parâmetros da

legislação ambiental a serem observados;

• condições de insolação, iluminação, ventilação e salubridade das habitações,

incluindo recuos, aberturas, pé direito mínimo (que pode ser variável segundo o tipo de

compartimento) e captação de águas pluviais;

• gabarito das edificações e número máximo de pavimentos no caso de conjuntos

verticais sem elevador;

• vagas para estacionamento e espaços de uso coletivo nos conjuntos;

• condições para os usos não habitacionais nos conjuntos;

• condições de aprovação dos empreendimentos.

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SP1B. REGULAMENTAR OS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS DEFINIDOS NO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE

MARINGÁ, EM CONSONÂNCIA COM O ESTATUTO DA CIDADE

I. Desapropriação com Títulos da Dívida Pública

A Desapropriação com Títulos da Dívida Pública permite ao poder público municipal,

após haver declarado um imóvel como subutilizado (Parcelamento e Utilização

Compulsória) e aplicado o IPTU Progressivo no Tempo, desapropriá-lo com títulos da

dívida pública ou dar o adequado aproveitamento ao imóvel, no prazo de cinco anos.

A proposta é regulamentar esse instrumento em lei específica, prevendo que tanto no

caso de desapropriação ou aproveitamento do imóvel, o destino das multas impostas será o

Fundo Municipal de Habitação.

A lei do Plano Diretor Municipal – PDM nos artigos 121 e 122, trata da questão.

Art. 121. O instrumento da Desapropriação com Títulos da Dívida Pública tem como objetivos: I - promover a reforma urbana; II - fazer cumprir a função social da propriedade urbana e da cidade, a que o imóvel se destina; III - combater o processo de periferização; IV - inibir o processo de retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; Art. 122. A Desapropriação com Títulos da Dívida Pública poderá ser aplicada nas seguintes macrozonas: I - Macrozona de Consolidação; II - Macrozona de Qualificação; III - Macrozona Urbana Industrial, restritos à Área Industrial 1; IV - Setores Especiais. § 1º O valor real da indenização: I - corresponde ao valor venal estabelecido na planta genérica de valores na data da primeira notificação, conforme previsto no Art. 115. desta Lei. II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios. § 2º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos. § 3º O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo

máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público. § 4º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público Municipal ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nestes casos, o devido procedimento licitatório. § 5º Ficam mantidas para o novo adquirente de imóvel as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no Artigo 112 desta Lei.

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II. Direito de Preempção

O Direito de Preempção é um importante instrumento urbanístico para a PMHIS,

garantindo ao poder público municipal a possibilidade de reserva e compra de áreas a preços

de mercado, tanto para garantir espaços para equipamentos públicos como também para a

implantação de conjuntos habitacionais para população de baixa renda. Para isso é importante

a regulamentação do tema, que consta nos arts. 130 a 132 da lei do PDM.

Art. 130. O Direito de Preempção confere ao Poder Público Municipal a preferência para a aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, no caso deste necessitar de áreas para realização de programas e projetos municipais. Art. 131. O Direito de Preempção será exercido nos termos das disposições contidas nos artigos 25, 26 e 27 da Lei federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade. Art. 132. O órgão de pesquisa, planejamento e gestão territorial por meio de Lei Municipal específica, com base no Sistema Integrado de Planejamento e no Plano de Sistema Viário e Transportes, poderá delimitar as áreas em que incidirá o Direito de Preempção, definir procedimentos e fixar prazos de vigência. Parágrafo único. A Lei Municipal descrita no caput deste artigo deverá enquadrar cada área em uma ou mais das finalidades enumeradas no Artigo 26 da Lei federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade

A proposta é regulamentar esse instrumento em lei específica, para a delimitação das

áreas em que incidirá o direito de preempção do ponto de vista do interesse da PLHIS e

acrescentando ao artigo 132 do PDM, os incisos que constam do artigo 26 do Estatuto da

Cidade: I – regularização fundiária; II – execução de programas e projetos habitacionais de

interesse social; III – constituição de reserva fundiária; IV – ordenamento e direcionamento da

expansão urbana; V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários.

III. Transferência de Potencial Construtivo

A lei do Plano Diretor Municipal – PDM nos artigos 140 e 141, trata da Transferência

de Potencial Construtivo, como forma de compensação ao proprietário de imóvel sobre o qual

incida o interesse público, como o interesse social.

Do ponto de vista da PMHIS, sua utilização pode ser prevista para a indenização de

áreas para implantação de HIS, o que vem ao encontro das dificuldades normalmente

encontradas para aquisição de áreas para HIS.

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Art. 140. Entende-se como Transferência de Potencial Construtivo o instrumento de política urbana, utilizado como forma de compensação ao proprietário de imóvel sobre o qual incide um interesse público, de preservação de bens de interesse sócio ambiental ou de interesse social, de transferir para outro local o potencial construtivo que foi impedido de utilizar. Parágrafo único. Para efeito de aplicação da Transferência de Potencial Construtivo, o enquadramento dos imóveis conforme o caput deste artigo será definido por órgão municipal competente e aprovado pelo Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial. Art. 141. A transferência total ou parcial de potencial construtivo também poderá ser autorizada pelo Poder Público Municipal, após a aprovação do Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial, como forma de indenização e/ou ressarcimento, mediante prévio acordo com o proprietário nas desapropriações destinadas a melhoramentos viários, equipamentos públicos, programas habitacionais de interesse social e programas de recuperação de bens de interesse sócio ambiental.

IV. Operação Urbana Consorciada

A utilização do instrumento urbanístico Operações Urbanas Consorciadas é

interessante tanto para auxiliar o município na eliminação da carência de infraestrutura

quando poderá ser atrelado à Transferência de Potencial Construtivo, permitindo que o

município possa executar as obras com menos desembolso financeiro ao mesmo tempo em

que adensa áreas que o Plano Diretor indicou para tal; como também para a implementação

de conjuntos habitacionais, quando o poder público poderá promover a revitalização de áreas

degradadas em associação com a iniciativa privada em troca da Transferência de Potencial

Construtivo. Outra proposta é acrescentar ao artigo 149 do PDM, um inciso que inclua

programas e projetos habitacionais de interesse social, como sendo também prioritários para

a utilização do referido instrumento.

Art. 146. Compreende-se como Operação Urbana Consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental. Art. 147. Mediante leis específicas o Poder Público Municipal utilizará Operações Urbanas Consorciadas e estabelecerá as condições a serem observadas em cada operação com as seguintes finalidades: I - ampliação e melhoria da Rede Viária Estrutural e outras infra-estruturas; II - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Público Coletivo; III - implantação e melhoria de espaços públicos; IV - implantação de programas de habitação de interesse social;

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V - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano. Art. 149. Este instrumento deverá ser utilizado prioritariamente nos seguintes projetos: I - Anel Viário Municipal; II - Requalificação do Eixo Ferroviário; III - Recuperação e Conservação dos Corredores de Biodiversidade.

SUBPROGRAMA 2 - PROMOÇÃO PÚBLICA E PRIVADA DE LOTEAMENTOS URBANOS.

Esse subprograma objetiva a produção pública ou privada de lotes urbanos, com a

possibilidade de financiamento de materiais de construção e assistência técnica no caso de

autogestão. Visa principalmente o atendimento à demanda do crescimento demográfico, que

em Maringá e a utilização dos vazios urbanos a partir da implementação dos instrumentos

urbanísticos arrolados acima.

A proposta é a implantação de 4.273 unidades em 2010; 3.164 unidades entre 2010 e

2013; 4252 unidades entre 2013 e 2017 e 4928 unidades entre 2017 e 2021, conforme

demonstrado na Tabela 28, abaixo:o item 2 deste documento.

Tabela 26 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA IMPLANTAÇÃO DE LOTES URBANIZADOS 2010-2013 2013-2017 2017-2021 2021-2024

N° de lotes urb.

Custo (R$) N° de lotes urb.

Custo (R$) N° de lotes urb.

Custo (R$) N° de lotes urb.

Custo (R$)

4.273 125.033.492 3.164 92.582.721 4.252 124.419.005 4.928 144.199.637

Total 486.234.855,93

FONTE: Dados Tabulados por RZS Consultoria Ltda. a partir de informações da Sec. Extraordinária de Habitação, 2010.

Os empreendimentos serão localizados nos vazios urbanos e preferencialmente serão

de tamanho médio, em torno de 100 lotes cada, com a intenção de integrá-los ao espaço

urbanizado e impedir a criação de áreas segregadas no espaço urbano.

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Figura 3 – ÁREAS APTAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE LOTEAMENTOS DE HIS

FONTE:Rzs Consultoria Ltda. a partir de pesquisa de anúncios na internet

Tabela 27 - P1C –SP2– PROGRAMA DE ATENDIMENTO PARA PROMOÇÃO PÚBLICA E PRIVADA DE LOTEAMENTOS URBANOS

Objetivos Específicos Viabilizar a promoção pública e privada de lotes

urbanizados.

Participantes

Agente Promotor Secretaria Extraordinária de Habitação, Ministério das Cidades, Cooperativas Habitacionais, Sociedades Habitacionais.

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, FMH.

Demais Participantes Instituições Financeiras Privadas.

Beneficiário

Final

Renda De zero a três salários mínimos – subsídio total. De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou total.

Situação Locacional Vazios Urbanos.

Fontes de Recurso / Subsídios

Fundo Municipal / Fundo Estadual / Fundo Nacional de

Habitação de Interesse Social / Recursos orçamentários dos

Governos Federal (OGU), Estadual e Municipal.

Indicadores de avaliação Número de lotes implantados;

Grau de satisfação das famílias.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 486.234.855,93

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IV. P1D – Programa para Promoção Pública ou Privada ou Por Autogestão de Novas Unidades Habitacionais

O déficit habitacional quantitativo de Maringá em 2010 é de 14.663 unidades, sendo

que em 2021 alcançará o número de 18.228 unidades, segundo as projeções para o período

2010/2021, se não houver investimentos no setor habitacional.

A proposta é distribuir entre os períodos 2010/2013; 2013/2017; 2017/2021; e

2021/2024, a construção de unidades residenciais que poderão ocorrer a partir de diversas

modalidades de empreendimentos. A estimativa de custos baseou-se nos valores calculados

para unidades unifamiliares em lotes individualizados, mas não se exclui a possibilidade de

verticalização em algumas áreas, cujo custo do metro quadrado de solo seja maior. Foi

utilizado o valor fornecido pela Secretaria Extraordinária de Habitação para produção de

novas moradias, constante deste documento

As novas unidades habitacionais, assim como os lotes urbanizados, terão como

prioridade de implantação, os vazios urbanos.

Tabela 28 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS UNIDADES HABITACIONAIS

2010-2013 2013-2017 2017-2021 2021-2024

N° de dom.

Custo (R$) N° de dom.

Custo (R$) N° de dom.

Custo (R$) N° de dom.

Custo (R$)

4.557 345.294.964 4.557 345.294.964 4.557 345.294.964 4.557 345.294.964

Total R$ 1.381.179.854,00

FONTE: Dados Tabulados por RZS Consultoria Ltda. a partir de informações da Sec. Extraordinária de Habitação, 2010.

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Tabela 29 - PID – PROGRAMA PARA PROMOÇÃO PÚBLICA OU PRIVADA OU POR AUTOGESTÃO

DE NOVAS UNIDADES HABITACIONAIS

Objetivos Específicos

Produção de unidades habitacionais;

Diminuição dos custos unitários dos financiamentos;

Integrar o programa a recursos de fontes de financiamento

existentes.

Participantes

Agente Promotor

Secretaria Extraordinária de Habitação, Ministério das

Cidades, Cooperativas Habitacionais, Sociedades

Habitacionais.

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Fundo Estadual de Habitação, e

Fundo Municipal de Habitação

Demais Participantes Secretaria de Assistência Social, Secretária de Controle

Urbano, Secretaria de Planejamento.

Modalidade de atendimento

Construção de unidades habitacionais completas;

Assessoria jurídica, social e arquitetural aos moradores para

organização da gestão.

Beneficiário

Final

Renda

De zero a três salários mínimos – subsídio total.

De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou

total.

Situação Locacional Vazios urbanos e glebas não parceladas

Fontes de Recurso / Subsídios Fundo Municipal / Fundo Estadual / Ministério das Cidades /

Caixa Econômica Federal (PAR/PSH).

Indicadores de avaliação Número de unidades habitacionais.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 1.381.179.854,00

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V. P1E – Programa para Aquisição de Lotes e Unidades Habitacionais Existentes

Esse programa tem por objetivo orientar a população na compra de imóveis usados e

facilitar seu acesso aos agentes financeiros.

Tabela 30 – P1E – PROGRAMA PARA AQUISIÇÃO DE LOTES E UNIDADES HABITACIONAIS EXISTENTES

Objetivos Específicos Viabilizar a aquisição de unidades habitacionais existentes,

movimentando o mercado imobiliário.

Participantes

Agente Promotor Município, Ministério das Cidades, Instituições Financeiras

Públicas e Privadas.

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Instituições Financeiras Públicas e

Privadas.

Demais Participantes Assistência Técnica.

Modalidade de atendimento

Aquisição de unidades habitacionais;

Assessoria jurídica, social aos moradores para organização da

gestão.

Beneficiário

Final

Renda

De zero a três salários mínimos.

De quatro a cinco salários mínimos – financiamento parcial

ou total.

Situação Locacional Edificações em área urbana.

Fontes de Recurso / Subsídios

Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social / Fundo

Municipal / Caixa Econômica Federal / Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço / Sistema Brasileiro de Poupança e

Empréstimo.

Indicadores de avaliação Número de unidades habitacionais que tiverem apoio;

Grau de satisfação das famílias.

Horizonte Temporal 2.011 a 2021

Orçamento Global

Obs.: Nesse caso, o montante de recursos fica definido pela demanda da população de obtenção de financiamento individual.

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5.1.2. LINHA PROGRAMÁTICA 2

LP 2 – QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DA PRODUÇÃO HABITACIONAL

Tem como objetivo viabilizar o acesso a materiais de construção e serviços de assistência

técnica para execução, conclusão, reforma e ampliação de unidades habitacionais promovidas

pela população, de modo a garantir boas condições de habitabilidade e salubridade, uso

adequado de materiais e técnicas construtivas, valorização arquitetônica e inserção urbana

adequada.

Objetiva ainda, ofertar serviços de assistência técnica em arquitetura, engenharia, assuntos

jurídicos, serviço social e contabilidade, a qual pode ser oferecida pelos governos municipais e

estaduais, seja por meio de seus quadros técnicos ou por meio de convênios ou contratos com

Organizações Não Governamentais, universidades e escritórios de arquitetura e engenharia.

5.1.2.1. Programas referentes à LP2

I. P2A- Programa de pesquisa voltada para a qualidade e produtividade da produção habitacional

Esse programa refere-se ao desenvolvimento de pesquisas voltadas ao

desenvolvimento tecnológico da habitação. Propõe a parceria do poder público municipal com

as universidades para a estruturação de um pólo tecnológico da construção civil, buscando

novas soluções e o barateamento da construção de HIS.

Deverá buscar recursos junto às entidades federais para a implementação do pólo,

desenvolvendo pesquisas que envolvam o arranjo produtivo local da construção civil, de forma

a otimizar as potencialidades da região, ao mesmo tempo em que minimiza as deficiências

locais.

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Tabela 31 – P2A – PROGRAMA DE PESQUISA VOLTADA PARA A QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DA

PRODUÇÃO HABITACIONAL

Objetivos Específicos

Desenvolve um pólo tecnológico da construção civil,

voltado para a HIS, e direcionado para pesquisas de

construção sustentável.

Participantes

Agente Promotor Município

Agente Financeiro Caixa

Demais Participantes Ministério das Cidades, Secretaria de Planejamento e

Governo do Estado do Paraná através das Universidades.

Modalidade de atendimento

Beneficiário

Final

Renda

Situação Locacional

Fontes de Recurso / Subsídios OGU – Tesouro da União

Indicadores de avaliação Resultados das pesquisas

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 600.000,00

II. P2B- Programa de Ampliação e Reforma da Habitação, por meio de Assistência Individual e Assistência Coletiva

Este programa tem por objetivo atender as famílias que, apesar de serem donas de

seus imóveis, possuem adensamento excessivo na moradia e que enfrentam dificuldades para

conseguir ampliá-la ou reformá-la. Dirige-se às famílias com renda entre 0 e 5 s.m. e dá apoio a

elas a partir da assistência individual e coletiva. Do ponto de vista espacial, como é dirigido a

pessoas individualmente ou a associações de moradores, estará disperso na área municipal,

tanto na área urbana como rural.

A lei nª 11.888/08 regulamenta a assistência técnica e nos artigos 1 e 2 da Lei do Plano

Diretor, explica suas funções

Art. 1o Esta Lei assegura o direito das famílias de baixa renda à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social, como parte integrante do direito social à moradia previsto no art. 6

o da Constituição Federal,

e consoante o especificado na alínea r do inciso V do caput do art. 4o da Lei n

o 10.257,

de 10 de julho de 2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Art. 2º As famílias com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos, residentes em áreas urbanas ou rurais, têm o direito à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social para sua própria moradia.

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§ 1o O direito à assistência técnica previsto no caput deste artigo abrange todos os trabalhos de projeto, acompanhamento e execução da obra a cargo dos profissionais das áreas de arquitetura, urbanismo e engenharia necessários para a edificação, reforma, ampliação ou regularização fundiária da habitação. § 2o Além de assegurar o direito à moradia, a assistência técnica de que trata este artigo objetiva: I - otimizar e qualificar o uso e o aproveitamento racional do espaço edificado e de seu entorno, bem como dos recursos humanos, técnicos e econômicos empregados no projeto e na construção da habitação; II - formalizar o processo de edificação, reforma ou ampliação da habitação perante o poder público municipal e outros órgãos públicos; III - evitar a ocupação de áreas de risco e de interesse ambiental; IV - propiciar e qualificar a ocupação do sítio urbano em consonância com a legislação urbanística e ambiental.

Foi registrado um crescimento negativo no número de ocorrências de adensamento

excessivo entre 2010 e 2021 e a proposta de intervenção se refere à criação de um grupo de

análise dentro da Prefeitura, para fornecer assistência técnica às famílias que necessitarem

dessa ação, assim como o financiamento da ampliação ou reforma.

Tabela 32 – ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA AMPLIAÇÃO E REFORMA DA HABITAÇÃO, POR MEIO DE

ASSISTÊNCIA INDIVIDUAL E ASSISTÊNCIA COLETIVA 2010-2013 2013-2017 2017-2021 2021-2024

N° de dom.

Custo (R$) N° de dom.

Custo (R$) N° de dom.

Custo (R$) N° de dom.

Custo (R$)

2.303 16.121.000 2.447 17.129.000 2.640 18.480.000 2.864 20.048.000

Total 71.778.000

FONTE: Dados Tabulados por RZS Consultoria Ltda. a partir de informações do MCIdades, 2010.

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Tabela 33 – P2B – PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO E REFORMA DA HABITAÇÃO, POR MEIO DE ASSISTÊNCIA

INDIVIDUAL E ASSISTÊNCIA COLETIVA.

Objetivos Específicos

Viabilizar o acesso a aquisição de materiais de construção

associados a serviços de e assistência técnica para a

execução, conclusão, reforma e ampliação de unidades

habitacionais por autopromoção individual;

Viabilização da execução de melhoria no estoque

habitacional;

Diminuição do adensamento excessivo;

Melhoria das condições de habitabilidade.

Participantes

Agente Promotor Município, Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal.

Agente Financeiro Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Fundo

Municipal de Habitação, Instituições Financeiras Privadas.

Demais Participantes Assistência Técnica, Cooperativas Habitacionais, Sociedades

Habitacionais.

Modalidade de atendimento

Ampliação ou reforma da unidade habitacional;

Execução de adaptações para moradores com necessidades

especiais.

Beneficiário

Final

Renda De zero a três salários mínimos

Situação Locacional Área urbana e rural.

Fontes de Recurso / Subsídios

Subsídios integrais com recursos não-onerosos do Fundo

Nacional de Habitação de Interesse Social / Fundo Municipal

/ Fundo Estadual, Créditos com recursos onerosos do FGTS.

Indicadores de avaliação

Número de unidades habitacionais que tiveram apoio na

execução, conclusão, reforma e ampliação;

Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 71.778.000

III. P2C- Programa de Construção de Sanitários

Quanto aos domicílios sem banheiro, o maior número de ocorrências é nas Zonas 24 e

25, com 10 e 9 domicílios nesta situação respectivamente. As Zonas 36, 37,38 e 39 juntas

contam 23 domicílios sem bwc.

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Se considerarmos o total da população residente nos bairros de Maringá, o número de

ocorrências não ultrapassa duas unidades habitacionais por bairro, o que mostra que trata-se

de uma situação dispersa e de fácil solução.

Tabela 34 – P2C – PROGRAMA DE CONSTRUÇÃO DE SANITÁRIOS

Objetivos Específicos

Viabilizar o acesso à aquisição de materiais de construção

associados a serviços de assistência técnica para construção

de sanitário por autopromoção;

Viabilização da execução de melhoria no estoque

habitacional;

Melhoria das condições de habitabilidade.

Participantes

Agente Promotor Município.

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, FUNASA.

Demais Participantes Assistência Técnica, Cooperativas Habitacionais, Sociedades

Habitacionais.

Modalidade de atendimento

Construção banheiros;

Execução de adaptações para moradores com necessidades

especiais.

Beneficiário

Final

Renda

De zero a três salários mínimos – subsídio total.

De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou

total.

Situação Locacional Área urbana e rural.

Fontes de Recurso / Subsídios

Subsídios integrais com recursos não-onerosos do Fundo

Nacional de Habitação de Interesse Social / Fundo Nacional de

Saúde.

Indicadores de avaliação

Número de unidades habitacionais que tiveram apoio na

instalação de sanitários.

Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas.

Orçamento Global R$ 706.000,00

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5.1.3. LINHA PROGRAMÁTICA 3

LP 3 – DESENVOLVIMENTO SÓCIOAMBIENTAL DAS ÁREAS DESTINADAS À HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Essa linha programática visa estabelecer condições para o desenvolvimento

sustentável dos bairros populares de Maringá, a partir da implementação de um urbanismo

sustentável, que implica que todas as pessoas que residem no município tenham acesso aos

equipamentos públicos e que a população em geral se sinta pertencente a essa região.

5.1.3.1. Programas referentes à LP3

III. P3A- PROMOÇÃO PÚBLICA DE CONJUNTOS HABITACIONAIS DIRIGIDOS AO ENFOQUE DO GÊNERO, DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS E DOS IDOSOS

Quanto às pessoas idosas, a Lei Federal 10.741, de 1º de outubro de 2003 instituiu o

Estatuto do Idoso, que dedicou especial atenção quanto ao direito de moradia, como é

possível verificar nos art. 37 e 38 daquele Estatuto.

“Art. 37º O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares quando assim o desejar, ou, ainda em instituição pública ou privada” “Art. 38º Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte: I- reserva de 3% (três por cento) das unidades residenciais para atendimento aos idosos; II- implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso; III- eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade do idoso; IV- critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e pensão.”

O Município de Maringá se evidencia no cumprimento da legislação com a implantação

do Condomínio do Idoso, projeto pioneiro que oferece moradia com total acessibilidade e

infraestrutura aos idosos. O projeto arquitetônico conta com 40 (quarenta) unidades, foi

idealizado pela Prefeitura Municipal e desenvolvido pelos alunos de arquitetura da UEM em

parceria com o Governo. Propõe-se a sua continuidade e ampliação, uma vez que o município

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apresenta um índice de longevidade alto e o IDH-M numa situação privilegiada em relação aos

demais municípios paranaenses (6º lugar no ranking do Estado).

Quanto às pessoas com necessidades especiais, o art. 213 da Constituição Federal

no inciso III garante que é dever do Estado assegurar às pessoas portadoras de qualquer

deficiência a plena inserção na vida econômica e social e o total desenvolvimento de suas

potencialidades:

III - garantir às pessoas portadoras de deficiência o direito à habitação e reabilitação com todos os equipamentos necessários.

Conforme o Decreto Federal Nº. 914, de 6 de setembro de 1993, art. 5º, são diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:

III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas à educação, saúde, trabalho, à edificação pública, seguridade social, transporte, habitação, cultura, esporte e lazer;

IV - viabilizar a participação das pessoas portadoras de deficiência em todas as fases de implementação desta Política, por intermédio de suas entidades representativas.

Em todo o Brasil, o poder público tem discutido o acesso das pessoas portadoras de

deficiência a moradia, através de projetos de leis estaduais e municipais, que têm apontado a

destinação e reserva de um percentual entre 3% a 5% de todas as novas habitações ou

empreendimentos dos Programas de Habitação para estas pessoas, tendo como referência o

percentual de 3% contemplado no Estatuto do Idoso.

A proposta é a criação de lei municipal dispondo sobre a destinação preferencial aos

deficientes físicos das unidades habitacionais localizadas em andar ou pavimento com

melhores condições de acesso desde que regularmente inscritos no Cadastro da Secretaria

Extraordinária de Habitação, garantindo às pessoas portadoras de deficiências, o atendimento

por construções diferenciadas, adaptadas às suas necessidades especiais, atendendo as

especificações sobre acessibilidade constantes das Normas da ABNT NBR-9050.

Também propõe-se a criação de conjuntos específicos para pessoas que necessitem

de cuidados especiais (idosos e portadores de necessidades especiais) que poderão ser

conjugados com unidades básicas de saúde, com tratamento especial para essa população

entre outros, de maneira a permitir sua integração na sociedade sem a dependência de

familiares que muitas vezes não existem. Esses conjuntos deverão ser implantados em áreas

urbanas consolidadas facilitando a interação dos moradores com a comunidade vizinha.

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No que se refere ao gênero, embora não exista legislação especifica a análise social

referente à condição das mulheres, nas áreas de intervenção, parte de uma concepção mais

ampla de vulnerabilidade.

Entende-se que mulheres que assumem sozinhas a responsabilidade doméstica

(prover recursos, manutenção da casa e cuidado com os filhos) são vulneráveis, podendo ou

não ter sofrido episódios de violência na relação com ex-companheiros. Nesse sentido, a

facilitação da documentação para aquisição da casa própria, entre outros.

Em ocasiões de separação do casal, para o cadastramento e assinatura de contratos,

poderá ser priorizada a titularidade do responsável pela guarda dos filhos, entendendo que o

responsável pela guarda terá maiores necessidades.

CUSTO ESTIMADO: R$ 7.577.243,00. Construção de 100 unidades (Produção de novas moradias = R$ 75.772,43/ U.H). Foi considerado como referência o valor da moradia em área urbana da Tabela nº 10.

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Tabela 35 – P3A –PROMOÇÃO PÚBLICA DE CONJUNTOS HABITACIONAIS DIRIGIDOS O ENFOQUE

DO GÊNERO, DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS E DOS IDOSOS

Objetivos Específicos Viabilizar a promoção pública e privada de conjuntos

habitacionais cujos projetos explorem o conceito de

desenho sustentável, permitindo condições de moradia

para idosos, pessoas com dificuldades especiais e gênero,

sendo que quanto a este último, estabelecer facilidades de

financiamento para as mulheres chefes de família.

Participantes Agente Promotor Município, Cooperativas Habitacionais, Sociedades

Habitacionais, Instituições Financeiras Privadas.

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual.

Demais Participantes Assistência Técnica.

Beneficiário

Final

Renda De zero a três salários mínimos – subsídio total.

De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou

total.

Situação Locacional Loteamentos em área urbana consolidada

Fontes de Recurso / Subsídios Fundo Municipal / Fundo Estadual / Fundo Nacional de

Habitação de Interesse Social / Caixa Econômica Federal,

Recursos orçamentários do governo federal e municipal.

Indicadores de avaliação Número de unidades habitacionais que tiveram apoio;

Grau de satisfação das famílias.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 7.577.243,00

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III. P3B- PROMOÇÃO PÚBLICA DE LOCAÇÃO SOCIAL PARA O ATENDIMENTO DE FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL

Esse programa prevê a construção de um conjunto habitacional voltado à locação

social, que terá como função abrigar famílias em situação emergencial. As famílias terão um

abrigo temporário, a custos subsidiados, durante o período em que necessitarem de apoio do

poder público para a moradia, cujo prazo máximo não poderá passar de um ano.

CUSTO ESTIMADO: R$ 7.577.243,00. Construção de 100 unidades (Produção de novas moradias = R$ 75.772,43/ U.H). Foi considerado como referência o valor da moradia em área urbana da Tabela nº 10. Tabela 36 – P3A – PROMOÇÃO PÚBLICA DE LOCAÇÃO SOCIAL PARA O ATENDIMENTO DE FAMÍLIAS

EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL

Objetivos Específicos viabilizar a promoção pública de locação social para o

atendimento de famílias em situação emergencial

Participantes Agente Promotor SEHABIS, Cooperativas Habitacionais, Sociedades

Habitacionais, Instituições Financeiras Privadas.

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual.

Demais Participantes SASC, Defesa Civil.

Beneficiário

Final

Renda De zero a três salários mínimos – subsídio total.

De quatro a seis salários mínimos – financiamento parcial ou

total.

Situação Locacional Loteamentos em área urbana consolidada

Fontes de Recurso / Subsídios Fundo Municipal / Fundo Estadual / Fundo Nacional de

Habitação de Interesse Social / Caixa Econômica Federal,

Recursos orçamentários do governo federal e municipal.

Indicadores de avaliação Número de unidades habitacionais que tiveram apoio;

Grau de satisfação das famílias.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 7.577.243,00

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5.1.4. LINHA PROGRAMÁTICA 4

LP 4 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Esse programa visa o desenvolvimento da estrutura técnica da prefeitura de maneira a

propiciar um melhor envolvimento com o PLHIS.

5.1.4.1. Programas referentes à LP4

I. P4A- Programa de Desenvolvimento Institucional

Este programa tem por objetivo aparelhar a máquina administrativa municipal para

dar conta das novas tarefas resultantes da implementação do PLHIS. Questões como a

transformação da Secretaria Extraordinária de Habitação em Secretaria Municipal de

Habitação deverão ser analisadas com atenção tendo em vista o volume de recursos e tarefas

que serão de responsabilidade desse quadro de servidores, que deverão estar capacitados e

estruturados para tal.

Outro assunto relevante é a constituição de um Conselho específico para habitação de

interesse social, distinguindo as atividades de competência específica desse conselho, tais

como a gestão do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social que não se encontra

detalhada, sobre questões tais como: quem fará o orçamento anual do fundo; quem será o

responsável pela normatização e concessão de financiamento e subsídios com os recursos do

fundo aos beneficiários da política municipal de habitação.

Também a gestão das informações geradas pelo cadastro da Secretaria é outro tema

que merece atenção, visto que sua atualização sistemática é imprescindível à avaliação dos

resultados da implementação do PLHIS, a partir do Sistema de Monitoramento.

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Tabela 37- P4A – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Objetivos Específicos Promover ações estratégicas para o desenvolvimento

institucional visando a organização institucional e o

fortalecimento da cultura de gestão administrativa, de

modo gradual para otimizar os recursos operacionais e

financeiros existentes, por intermédio de ações e estudos

que contribuam para aumentar a eficiência, efetividade e

eficácia dos investimentos e ações habitacionais.

Participantes Agente Promotor Ministério das Cidades, Governo do Estado do Paraná,

Município.

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual e Municipal.

Fontes de Recurso / Subsídios Recursos do Orçamento Geral da União / Recursos

orçamentários do governo estadual e municipal / Recursos

Internacionais.

Indicadores de avaliação Percentual de ações para melhoria da organização

institucional;

Percentual de oficinas de capacitação para execução.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 500.000,00 nos dois primeiros anos de execução do PLHIS

para compra de equipamentos e softwares para a Secretaria

Extraordinária de Habitação.

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67

II. P4B- Programa de capacitação profissional de técnicos dirigentes para gestão do PLHIS

Tabela 38 – P4B – PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DE TÉCNICOS DIRIGENTES PARA GESTÃO

DO PHIS

Objetivos Específicos

Promover ações estratégicas para o desenvolvimento

institucional para capacitação profissional de técnicos;

Desenvolvimento de ações de capacitação do poder público

municipal, inclusive mediante articulações regionais, para

ampliação e melhor aproveitamento da capacidade técnica e

das estruturas de operacionalização pública.

Participantes Agente Promotor

Ministério das Cidades, Governo do Estado do Paraná,

Município.

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual e Municipal.

Fontes de Recurso / Subsídios

Recursos do Orçamento Geral da União / Recursos

orçamentários do governo estadual e municipal / Recursos

Internacionais.

Indicadores de avaliação Percentual de ações de capacitação.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global R$ 800.000,00 (sendo R$ 50.000,00 por ano)

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III. P4C Programa para elaboração de outros planos com os quais o PLHIS deve se articular a exemplo do plano de regularização urbanística fundiária, plano de prevenção de risco, plano de drenagem e plano de preservação do patrimônio histórico

Tabela 39- P4C– PROGRAMA PARA ELABORAÇÃO DE OUTROS PLANOS COM OS QUAIS O PLHIS DEVE SE

ARTICULAR A EXEMPLO DO PLANO DE REGULARIZAÇÃO URBANÍSTICA FUNDIÁRIA, PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCO, PLANO DE DRENAGEM E PLANO DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Objetivos Específicos

Promover ações estratégicas para o desenvolvimento

institucional de elaboração de planos complementares e de

interface AP plano habitacional.

Participantes Agente Promotor

Ministério das Cidades, Governo do Estado do Paraná,

Município.

Agente Financeiro Caixa Econômica Federal, Governo Estadual e Municipal.

Fontes de Recurso / Subsídios

Recursos do Orçamento Geral da União / Recursos

orçamentários do governo estadual e municipal / Recursos

Internacionais.

Indicadores de avaliação Percentual de planos desenvolvidos, diretamente atrelados

ao PHIS.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global -

Tabela 40 – P2C – PROGRAMA DE ATENDIMENTO PARA ARTICULAÇÃO REGIONAL

Objetivos Específicos Promover ações estratégicas para o desenvolvimento

institucional de articulação regional.

Participantes Agente Promotor Governo do Estado do Paraná, Município.

Agente Financeiro Governo Estadual e Municipal.

Fontes de Recurso / Subsídios Recursos orçamentários do governo estadual e municipal.

Indicadores de avaliação Percentual de articulações regionais no âmbito habitacional.

Horizonte Temporal 2021

Orçamento Global -

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6. Metas, recursos e fontes de financiamento.

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70

6. Metas, recursos e fontes de financiamento

6.1. Questões normativas e institucionais

A base normativa do Município de Maringá referente ao setor urbanístico e

habitacional foi elencada no Produto Diagnostico Habitacional, no qual foram analisadas as

legislações mais relevantes ao tema. Destacamos algumas questões que devem ser destacadas

como importantes para o encaminhamento deste Plano Municipal de Habitação de Interesse

Social:

1. O Plano Diretor, estabelece como instrumentos para a implementação da política de

desenvolvimento: diretrizes, planos de ação integrada, estando o plano de

atendimento a demanda habitacional, inserido entre os planos de ação. As próximas

revisões do Plano Diretor poderão oportunamente endossar as demandas deste PLHIS-

Maringá, incorporando, no que couberem, as questões por ele apresentada. São

questões pertinentes e cabíveis enquanto matéria do Plano Diretor, sendo importante

para consolidação deste Plano, as diretrizes referentes ao setor habitacional estarem

em consonância com as diretrizes apresentadas por neste Plano.

2. As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS definem destinação e normas próprias de

uso e ocupação do solo, específicos para regularização fundiária e urbanística,

produção e manutenção de habitação de interesse social, sendo uma das principais

ações no sentido de criar condições para o incremento da produção habitacional.

3. O Plano Diretor regulamenta a aplicação dos instrumentos de política urbana —

preconizados pelo Estatuto das Cidades. A lei pode ser considerada como auto-

aplicável, pois oferece parâmetros, regulamenta e delimita as áreas onde os

instrumentos de política urbana poderão e deverão ser aplicados, inclusive com

indicação de prioridades de áreas. No entanto, ha alguns instrumentos importantes

para encaminhamento da política de habitação proposta neste Plano que necessitam

ter ampliada a sua utilização, garantindo a efetiva aplicação do instrumento,

prioritariamente o Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios - PEUC, bem

como o IPTU Progressivo no Tempo e o Direito de Preempção.

O município de Maringá já oficializou sua adesão ao Sistema Nacional de Habitação de

Interesse Social – SNHIS, de acordo com as exigências da Lei Federal no 11.124/0522. O Fundo

e o Conselho Municipal, bem como o desenvolvimento institucional são questões

fundamentais para o PLHIS-Maringá.

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71

O desenvolvimento institucional deve ser considerado como estratégico para a

consolidação e fortalecimento da Política Municipal de Habitação de Interesse Social

de Maringá, proposto, inclusive. A Política Municipal de Habitação deve contemplar

mecanismos de gestão, que possibilitem integrar diferentes atores, distintas esferas e

níveis de atuação, de forma transparente e eficiente. Nesse sentido, devem-se

privilegiar os mecanismos e praticas de planejamento que resultem em modernização

organizacional e capacitação técnica dos agentes públicos e privados, buscando

propiciar uma maior capacidade de gerenciamento das questões habitacionais. No

arranjo institucional do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá, são

considerados agentes promotores de programas habitacionais os órgãos, instituições e

empresas públicas – estatais ou não – e privadas que promovam empreendimentos

habitacionais dirigidos para grupos de famílias de baixa renda. Assim, são importantes

agentes promotores do PLHIS-Maringá: Governo Federal, Governo Estadual, Governo

Municipal, Cooperativas e Associações Habitacionais, bem como Empresas do Setor da

Construção Civil.

6.2. Metas normativas e institucionais

Considerando os objetivos e diretrizes propostos, bem como os programas a serem

implementados, e as questões normativas e institucionais, definem-se metas de natureza

normativa e institucional, a serem cumpridas pela Política Local de Habitação de Interesse

Social de Maringá, no período previsto para sua efetivação.

Metas Normativas

Do ponto de vista normativo, o Plano Local de Habitação de Interesse Social de

Maringá adotará as seguintes metas:

Considerar na revisão do Plano Diretor as diretrizes para habitação de interesse social;

Elaborar a lei de ZEIS de maneira a incorporar as questões indicadas neste Plano;

Elaborar e regulamentar lei de Assistência Técnica, respeitando as características do

Programa proposto neste Plano e das linhas de atuação do PlanHab;

Criar regulamentação básica de atuação e participação das associações e cooperativas

municipais, correspondendo às exigências do SNHIS;

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72

Promover a revisão da Política Municipal de Habitação e do Plano Local de Habitação

de Interesse Social de Maringá, após a publicação dos resultados dos Censos

Demográficos do IBGE, em prazo a ser estabelecido, com eventual redefinição dos

programas, ações, estratégias e metas.

Metas Institucionais

Do ponto de vista institucional, o Plano Local de Habitação de Interesse Social de

Maringá adotara as seguintes metas:

Integrar estrutural e institucionalmente o Monitoramento e Avaliação do PLHIS ao

Sistema de Informações Geográficas de Maringá, promovendo a unificação de

informações referentes à política de habitação e setores afins produzidas pelas

Secretarias Municipais, disponibilizando-as publicamente;

Estruturar o Cadastro Universal e Unificado da Demanda Habitacional do Município, de

forma vinculada ao Sistema de Informações Geográficas;

Promover Audiências Públicas e Conferências, para debater, avaliar e estabelecer

critérios de priorização das linhas de ação, alocação de recursos e atendimento dos

beneficiários dos Programas Habitacionais, subsidiando e auxiliando a atuação dos

Conselhos ligados a questão habitacional;

Dar publicidade periódica, conforme previsto neste Plano, dos indicadores aferidos

pelo Monitoramento e Avaliação, como instrumento de controle social das ações;

Estruturação do Programa de Assistência Técnica.

7. Metas físico-financeira e Cenário

7.1. Metas físico-financeiras

Para a elaboração das metas físico-financeiras partiu-se do quadro síntese das

necessidades habitacionais abaixo, já citada anteriormente neste documento (tabela 10).

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SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS PARA A FAIXA DE RENDA ATÉ 5 SALÁRIOS MÍNIMOS, MARINGÁ – 2010/2021

NECESSIDADES HABITACIONAIS 2.010 2.013 2.017 2.021

DÉFICIT HABITACIONAL QUANTITATIVO

14.663 15.579 16.806 18.228

DÉFICIT QUALITATIVO – CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA

4.447 26 28 30

DÉFICIT QUALITATIVO – ADENSAMENTO EXCESSIVO E DOMICÍLIOS SEM BANHEIRO*

2.931 2.447 2.640 2.864

DEMANDA DEMOGRÁFICA DE 0 À 5 SM

4.273 3.164 4.252 4.928

Tabela 41 - CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA1, Maringá, 2010- 2021 ANO LPA 1 – URBANIZAÇÃO E PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL TOTAL

P1A P1B P1C P1D P1E LPA1

2010-2013

74.240.642,03 1.894.310,75 125.033.492,00 345.294.964,00 - 546.463.408,78

2013-2017

431.728,18 1.894.310,75 92.582.721,00 345.294.964,00 - 440.203.723,93

2017-2021

464.938,04 1.894.310,75 124.419.005,00 345.294.964,00 - 472.073.217,79

2021-2024

498.147,90 1.894.310,75 144.199.637,00 345.294.964,00 - 491.887.059,65

TOTAL 75.635.456,15 7.577.243,00 486.234.855,00 1.381.179.854,00 - 1.950.627.408,15

Tabela 42. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA2, Maringá, 2010- 2021

ANO

LPA 2- LINHA PROGRAMÁTICA DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DA PRODUÇÃO HABITACIONAL

TOTAL

P2A P2B P2C LPA2

2010-2013 600.000,00 16.121.000 706.000,00 17.427.000,00

2013-2017 - 17.129.000 - 17.129.000

2017-2021 - 18.480.000 - 18.480.000

2021-2024 - 20.048.000 - 20.048.000

TOTAL 600.000,00 71.778.000 706.000,00 73.084.000

Tabela 43. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA3, Maringá,2010- 2021 ANO LPA 3 – DESENVOLVIMENTO SÓCIOAMBIENTAL DAS ÁREAS DESTINADAS À

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL TOTAL

P3A P3B LPA3

2010-2013 1.894.310,75 1.894.310,75 3.788.622,00

2013-2017 1.894.310,75 1.894.310,75 3.788.622,00

2017-2021 1.894.310,75 1.894.310,75 3.788.622,00

2021-2024 1.894.310,75 1.894.310,75 3.788.622,00

TOTAL 7.577.243,00 7.577.243,00 15.154.486,00

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74

Tabela 44. CUSTOS POR PROGRAMA E LINHA PROGRAMÁTICA LPA4, Maringá, 2010- 2021

ANO LPA 4 – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL TOTAL

P4A P4B P4C LPA4

2010-2013 500.000,00 200.000,00 - 700.000,00

2013-2017 - 200.000,00 - 200.000,00

2017-2021 - 200.000,00 - 200.000,00

2021-2024 - 200.000,00 - 200.000,00

TOTAL 500.000,00 800.000,00 - 1.300.000,00

Tabela 45. CUSTO TOTAL POR LINHA PROGRAMÁTICA - PLHIS, Maringá, 2010- 2021 ANO TOTAL POR LINHAS PROGRAMÁTICAS (R$ 1,00) TOTAL POR PPA

LPA1 LPA2 LPA3 LPA4

2010-2013 546.463.408,78 17.427.000,00 3.788.622,00 700.000,00 568.379.030,78

2013-2017 440.203.723,93 17.129.000,00 3.788.622,00 200.000,00 461.321.345,93

2017-2021 472.073.217,79 18.480.000,00 3.788.622,00 200.000,00 494.541.839,79

2021-2024 491.887.059,65 20.048.000,00 3.788.622,00 200.000,00 515.923.681,65

TOTAL 1.950.627.410,15 73.084.000,00 15.154.488,00 1.300.000,00 2.040.165.898,15

7.2.Cenário

O cenário, estabelecido de modo realista de acordo com as condições com que o

município deverá trabalhar no período de implementação deste Plano, depende da efetiva

implementação do Sistema Nacional de Habitação bem como da adesão do Estado do Paraná a

este Sistema, da adoção de critérios obtidos e técnicos na distribuição dos recursos da União,

do Estado e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para os municípios e da capacidade

de investimento de recursos próprios do município.

Os indicadores de efetividade quantitativa são:

Número de núcleos, domicílios e famílias em assentamentos precários e

informais atendidas por programas e subprogramas;

Número de domicílios e famílias não residentes em assentamentos precários e

informais atendidas em assentamento;

Quantidade de terra destinada a programas e subprogramas de habitação de

interesse social, por desapropriação;

Quantidade de terra destinada a programas e subprogramas de habitação de

interesse social por meio da ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social;

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75

Custo médio de urbanização, regularização fundiária, melhorias habitacionais,

aquisição de terras;

Os indicadores de efetividade qualitativa são:

Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas, medido por meio

de pesquisa de opinião;

Grau de participação da população na elaboração, definição e implementação

da política habitacional.

Os indicadores institucionais são:

Alterações na legislação municipal;

Evolução dos recursos investidos em habitação pelos diversos agentes da

política habitacional, em especial do Fundo Municipal de Habitação e demais

formas de captação de recursos.

Os indicadores de impacto são:

Alteração na distribuição dos rendimentos domiciliares por faixa de renda;

Comportamento dos preços fundiários e imobiliários;

Dinâmica de lançamento s imobiliários para a população alvo do Plano;

Movimento de licenciamento e habite-se residencial e de loteamentos.

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76

8. IDENTIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES

8.1. Relação dos programas habitacionais financiados ou executados diretamente pela Prefeitura Municipal, e pelos demais entes federativos ou por agências bilaterais

RELAÇÃO DE OBRAS EM EXECUÇÃO E EM ANDAMENTO – PROCESSOS LICITATÓRIO OU APROVAÇÃO - SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE HABITAÇÃO

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA:

OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DOS EMPREENDEDORES:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)

PRAZO DE ENTREGA

Cristina Helena Barros Jardim Sumaré 160 aptos. 3 à 6 Abril/2011

Conjunto Habitacional Irajá

Distrito de Iguatemi 108 aptos. 0 à 3 Abril/2011

Conjunto Atenas II Bairro Atenas 74 casas 3 à 6 Março/2011

342

OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)

PRAZO DE ENTREGA

Conjunto Albino Meneguetti

Distrito de Iguatemi 172 casas 0 à 3 Maio/2011

Conjunto Pioneiro Gonçalo Vieira Santos

Distrito de Floriano 136 casas 0 à 3 Maio/2011

308

PROJETOS EM ANDAMENTOS – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)

SITUAÇÃO CEF/PMM

Condomínio Santa Rosa Lote 58-6 112 aptos. 0 à 3 aprovado

Condomínio Santa Júlia Lote 58-7 144 aptos. 0 à 3 aprovado

Lotes 117/118

Distrito de Floriano 300 casas 0 à 3 regularização

556

PROJETOS EM ANDAMENTOS – TERRENOS DE PROPRIEDADE DOS EMPREENDEDORES:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)

SITUAÇÃO CEF/PMM

Cristina Helena Barros II

Jardim Sumaré 160 aptos. 3 à 6 aprovado

Nome a ser definido Rua P. Antonio Tait 288 aptos. 3 à 6 em análise

Nome a ser definido Av. Pintassilgo 48 aptos. 3 à 6 aprovado

Conjunto Dolores Duran I

Cidade Alta 72 casas 3 à 6 aprovado

Conjunto Dolores Cidade Alta 76 casas 3 à 6 aprovado

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77

Duran II

Conjunto Dalva de Oliveira

Cidade Alta 176 aptos. 0 à 6 aprovado

Conjunto Ataulfo Alves Cidade Alta 192 aptos. 0 à 6 aprovado

Nome a ser definido Jardim Madrid 99 aptos. 0 à 6 em análise

Nome a ser definido Jardim Alvorada 72 aptos. 3 à 6 em análise

1183

PROGRAMA OGU 1 E OGU-2:

OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)

PRAZO DE ENTREGA

Lote 58/1

Atenas 42 casas 0 à 3 Março/2011

Lote 58/2

Atenas 28 casas 0 à 3 Março/2011

Conjunto Village Blue Village Blue 06 casas 0 à 3 Dezembro/2010

76

PAC-PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

OBRAS EM EXECUÇÃO – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

NOME DO CONJUNTO HABITACIONAL

LOCALIZAÇÃO Nº. UNIDADES RENDA FAMILIAR (em S.M.)

PRAZO DE ENTREGA

Residencial Pioneiro Odwaldo B. Neto

Cidade Alta 271 casas 0 à 3 Outubro/2011

Residencial Pioneiro Honorato Vechi

Cidade Alta 41 casas 0 à 3 Outubro/2011

312

OBRAS A LICITAR – TERRENOS DE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO:

Jardim Santa Rosa Quadra 109 9 casas 0 à 3 A licitar

Jardim Licce Jardim Lice 1 casa 0 à 3 A licitar

Jardim dos Pássaros Quadra 80 20 casas 0 à 3 A licitar

Jardim Botanico

Quadra 214 5 casas 0 à 3 A licitar

Jardim Atlanta

Quadras 369/377 20 casas 0 à 3 A licitar

Jardim Diamante Quadras 20/30 57 casas 0 à 3 A licitar

Parque Residencial Patrícia

Jd. Patrícia 2 casas 0 à 3 A licitar

Jardim Copacabana Gl. Rib.Morangueiro 5 casas 0 à 3 A licitar

Jardim Douradaos Quadra 93 13 casas 0 à 3 A licitar

Jardim Pinheiros III Quadra 425 5 casas 0 à 3 A licitar

Conjunto Lea Leal Quadra 93 7 casas 0 à 3 A licitar

Jardim Kakogawa Quadra 176 3 casas 0 à 3 A licitar

Jardim Madrid Quadras 82/139 9 casas 0 à 3 A licitar

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78

Atenas II

Quadras 112/150 18 Casas 0 à 3 A licitar

Paris VI

Quadras 110-A/111-A 10 Casas 0 à 3 A licitar

184

TOTAL DE UNIDADES RESIDENCIAIS - SEHAB 2961

9. IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTO

Este capítulo trata da identificação dos diferentes programas habitacionais e

fontes de financiamento disponíveis para a solução do déficit habitacional. As linhas de

atendimento e programas habitacionais citados no texto a seguir foram extraídas do Plano

Nacional de Habitação de Interesse Social, principal fonte de referência sobre a matéria hoje

no país.

O Sistema Nacional de Habitação visa reunir os esforços dos governos (União,

Estados e Municípios) e do mercado privado, além de cooperativas e associações populares,

para atender o déficit habitacional. O Sistema Nacional de Habitação está dividido em dois

subsistemas:

(1) Subsistema de Mercado e,

(2) Subsistema de Habitação de Interesse Social. A tese que sustenta a Política

Nacional de Habitação é que é preciso combinar ações que ampliem o mercado privado em

direção às classes médias que atualmente não encontram alternativas para moradia e ações de

promoção pública que dêem conta da população de rendas mais baixas, especialmente

aquelas situadas no intervalo de 0 a 5 s. m.

A Caixa Econômica Federal, principal agente financeiro das operações para o setor

imobiliário e braço do governo na implantação da política habitacional, implementou

mudanças nos procedimentos de aprovação de projetos, no sentido de torná-los menos

complexos e burocráticos, não apenas para dar conta do aumento dos recursos destinados à

habitação e ao saneamento como também devido à reorientação da aplicação de parte deles

para as faixas de renda situadas abaixo de 5 salários mínimos.

9.1. Linhas de atendimento e programas habitacionais no nível federal

Programas do governo federal Programas do governo Programas de assessoria

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79

que respondem ao déficit

habitacional

federal que respondem à

inadequação habitacional

técnica.

Carta de Crédito Individual (CCI)

na maior parte de suas

modalidades;

Apoio à Melhoria das

Condições de Habitabilidade

de Assentamentos Precários;

Programa Nacional de Apoio

à Regularização Fundiária

Sustentável - Papel Passado

Carta de Crédito Associativo

(CCA);

Assistência Técnica

Apoio à Produção;

Ação de Apoio à Provisão

Habitacional de Interesse Social

Programa Crédito Solidário;

Ação de Apoio à Provisão

Habitacional de Interesse Social

*Os programas citados na tabela acima se encontram detalhados no Caderno do Diagnóstico deste Plano.

9.2. Plano Plurianual de Investimentos - PPA

O Plano Plurianual de Investimentos do município do quadriênio 2010/2013 prevê

investimentos na área de habitação conforme demonstra a tabela abaixo:

AÇÕES GOVERNAMENTAIS

AÇÃO PROPOSTA VALORES EM R$

Manutenção das atividades habitacionais 1.838.769,00

Reforma de Unidades Habitacionais 1.946.000,00

Construção de Unidades Habitacionais 22.833.940,00

Infraestrutura em áreas habitacionais 17.919.602,00

Adequação de áreas destinadas a habitação 6.000.000,00

Total 50.538.311,00

Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá. Disponível em

http://venus.maringa.pr.gov.br/arquivos/orcamento/PPA/2010_2013/index_ppa_2010_2013.htm acessado em

out./2010.

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10. Monitoramento do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maringá

Para que os canais de participação e controle social na política e as instâncias de

governo responsáveis por sua implementação possam ter disponibilizados dados, informações

e análises que permitam avaliar o cumprimento dos objetivos, diretrizes e metas delineadas,

bem como indicar as correções de rumo, a Prefeitura Municipal de Maringá deve dispor de

instrumentos de gestão, de sistema de informações e de mecanismos de monitoramento e

avaliação da política habitacional.

10.1. Sistema de informação

Para que os canais de participação e controle social na política e as instâncias de

governo responsáveis por sua implementação possam ter em mãos dados, informações e

análises que permitam avaliar o cumprimento dos objetivos, diretrizes e metas delineadas,

bem como indicar as correções de rumo, a Prefeitura Municipal de Maringá deve dispor de

instrumentos de gestão, de sistema de informações e de mecanismos de monitoramento e

avaliação da política habitacional.

A Prefeitura Municipal de Maringá deverá estruturar como sistema de informação e

monitoramento o Acompanhamento da Política Habitacional de Interesse Social, junto à

Secretaria Municipal de Habitação, de modo a desenvolver mecanismos próprios para o

monitoramento, avaliação de seus programas, subprogramas e projetos e acompanhamento

da evolução dos indicadores do município. O Executivo manterá atualizado,

permanentemente, as informações geo-referenciadas em meio digital.

O Sistema tem como diretrizes:

Adotar unidade territorial básica;

Atender aos princípios da simplificação, economicidade, eficácia, clareza,

precisão e segurança, evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para

fins idênticos;

Disponibilização das informações: deve ser assegurada ampla e periódica

divulgação dos dados na página eletrônica da Prefeitura Municipal, bem como

seu acesso aos munícipes, por todos os meios possíveis;

Executivo Municipal deve dar ampla publicidade a todos os documentos e

informações produzidos no processo de elaboração, revisão, aperfeiçoamento

do Plano Local de Habitação, de planos, programas, subprogramas e projetos,

bem como no controle e fiscalização de sua implementação, a fim de assegurar

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81

o conhecimento dos respectivos conteúdos à população, devendo ainda

disponibilizá-las a qualquer munícipe que requisitá-la por petição simples,

ressalvadas as situações em que o sigilo seja imprescindível à segurança da

sociedade e do Estado,

Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial – CMPGT.

10.2 - Sistema de monitoramento

O Plano Local de Habitação estabelece um conjunto de indicadores para a avaliação e

o monitoramento, propiciando o acompanhamento das metas estabelecidas. Demais

indicadores podem ser acrescidos, na medida em que se tronem necessários.

O Sistema de monitoramento tem como objetivos:

Acompanhar os resultados e o cumprimento das metas;

Acompanhamento temporal do impacto da política habitacional;

Monitoramento de mudanças conjunturais que possam recomendar a revisão

e reestruturação dos programas e subprogramas, das estratégias e metas, bem

como das práticas.

Monitorar o impacto na diminuição do déficit e da inadequação habitacional;

Monitorar os programas e subprogramas;

Monitorar as alterações e adequações necessárias na gestão da política

habitacional;

Monitorar a evolução, disponibilização e o uso do banco de terras para

habitação;

Acompanhar o comportamento do mercado imobiliário para as faixas de renda

prioritárias para o Plano.

Os indicadores de efetividade quantitativa são:

Número de núcleos, domicílios e famílias em assentamentos precários e

informais atendidas por programas e subprogramas;

Número de domicílios e famílias não residentes em assentamentos precários e

informais atendidas em assentamento;

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82

Quantidade de terra destinada a programas e subprogramas de habitação de

interesse social, por desapropriação;

Quantidade de terra destinada a programas e subprogramas de habitação de

interesse social por meio da ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social;

Custo médio de urbanização, regularização fundiária, melhorias habitacionais,

aquisição de terras;

Os indicadores de efetividade qualitativa são:

Grau de satisfação das famílias com as mudanças ocorridas, medido por meio

de pesquisa de opinião;

Grau de participação da população na elaboração, definição e implementação

da política habitacional.

Os indicadores institucionais são:

Alterações na legislação municipal;

Evolução dos recursos investidos em habitação pelos diversos agentes da

política habitacional, em especial do Fundo Municipal de Habitação e demais

formas de captação de recursos.

Os indicadores de impacto são:

Alteração na distribuição dos rendimentos domiciliares por faixa de renda;

Comportamento dos preços fundiários e imobiliários;

Dinâmica de lançamentos imobiliários para a população alvo do Plano;

Movimento de licenciamento e habite-se residencial e de loteamentos.

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83

11. Síntese dos objetivos, diretrizes, linhas de ação, programas e intervenções estratégicas

Tabela 46 – Síntese dos objetivos, diretrizes, linhas de ação e programas

OBJETIVOS DIRETRIZES LINHAS DE AÇÃO PROGRAMAS

01. Objetivos, Diretrizes, Linhas de Ação e Programas Específicos referentes à Urbanização e Produção da Habitação de Interesse Social

Reverter o processo de

segregação sócio-espacial, por

intermédio da oferta de áreas,

do incentivo e indução à

produção habitacional dirigida

aos segmentos sociais de

menor renda, inclusive em

áreas centrais, bem como pela

urbanização e regularização

dos assentamentos precários

ocupados por população de

baixa renda.

Articular a política habitacional

com as diretrizes estabelecidas

no Plano Diretor do Município

de Maringá e com a legislação

urbanística dele decorrente

LP 1 – URBANIZAÇÃO

E PRODUÇÃO DE

HABITAÇÃO DE

INTERESSE SOCIAL

PA 1A – Programa de

integração urbana de

assentamentos precários.

PA 1B – Programa para

implantação de núcleos

comunitários rurais.

Incentivar o aproveitamento

de áreas dotadas de infra-

estrutura não utilizadas ou

subutilizadas, inseridas na

malha urbana.

Utilizar os instrumentos

urbanísticos do Estatuto da

Cidade que viabilizem a

obtenção de imóveis em área

urbanizadas e bem localizadas

para a produção de habitação

de interesse social pelos setores

público, privado e associativo.

PA 1C – Programa para

promoção pública e

privada de loteamentos

urbanos com oferta de

materiais de construção e

assistência técnica.

Priorizar a utilização de

terrenos de propriedade do

Poder Público para a

implantação de projetos

habitacionais de interesse

social.

Consolidar a política fundiária

por meio dos instrumentos

urbanísticos previstos no

Estatuto da Cidade, de

Habitação de Interesse Social e

demarcação de Zonas Especiais

de Interesse Social

PA 1D – Programa para

promoção pública ou

privada ou por autogestão

de novas unidades

habitacionais.

Promover a melhoria de

condições de habitabilidade

das famílias que residentes em

locais inadequados para a

moradia.

Integrar as ações em habitação

com as demais ações de

políticas urbanas, sociais e

ambientais, incluindo o acesso à

equipamentos sociais e de

infraestrutura urbana,

condições adequadas de

mobilidade urbana e a proteção

dos recursos naturais e da

paisagem

PA 1E – Programa para

Aquisição de Lotes e

Unidades Habitacionais

Existentes.

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84

02. Objetivos, Diretrizes, Linhas de Ação e Programas Específicos referentes à Qualidade e Produtividade da

Produção Habitacional

Garantir a diversidade de

soluções e a adequação

tecnológica dos projetos,

construção e manutenção dos

empreendimentos

habitacionais aos

condicionantes do meio físico,

visando melhoria da qualidade

ambiental e paisagística dos

empreendimentos

habitacionais de interesse

social.

Estimular a modernização e a

criação de um ambiente

tecnológico e de gestão que

oriente as ações dos agentes da

cadeia produtiva do setor

habitacional;

LPA 2 – LINHA

PROGRAMÁTICA

QUALIDADE E

PRODUTIVIDADE DA

PRODUÇÃO

HABITACIONAL

PA 2A - Programa de

pesquisa voltada para a

qualidade e produtividade

da produção habitacional

Estimular a produção de

habitação de interesse social

por demais agentes da

produção habitacional, tais

como a iniciativa privada, as

associações e cooperativas

populares de produção de

moradias.

Estimular a assessoria jurídica e

técnica de engenharia, de

arquitetura e social para

indivíduos, entidades, grupos

comunitários e movimentos na

área de habitação de interesse

social e o intercâmbio entre as

experiências;

PA 2A - Programa de

Ampliação e Reforma da

Habitação, por meio de

Assistência Individual e

Assistência Coletiva

Ampliar a produtividade e

melhorar a qualidade na

produção habitacional.

Estimular a autogestão na

produção de moradias,

articulando esforços na direção

da aplicação de padrões

mínimos de conforto ambiental,

na redução do desperdício e da

capacitação profissional para a

execução e gestão de obras.

PA 2C - Programa de

Construção de Sanitários

O3. Objetivos, Diretrizes, Linhas de Ação e Programas Específicos referentes ao Desenvolvimento Sócio

Ambiental das Áreas destinadas à Habitação de Interesse Social

Garantir a participação dos

agentes sociais nas diversas

instâncias de participação,

como as Conferências

Municipais de Habitação:

população moradora,

movimentos que lutam por

moradia, universidades,

organizações não

governamentais, setores

imobiliários e empresariais

entre outros, na elaboração e

definição das ações e

prioridades da política

habitacional.

Viabilizar o melhor

aproveitamento da

infraestrutura instalada e das

edificações existentes bem

como a produção de novas

unidades habitacionais,

particularmente em terrenos

vazios ou subutilizados, de

forma a reverter a tendência de

expulsão da população de baixa

renda para áreas da cidade

menos dotadas de

infraestrutura, áreas de risco e

de proteção ambiental

LPA 3 – LINHA

PROGRAMÁTICA DE

DESENVOLVIMENTO

SÓCIO-AMBIENTAL

DAS ÁREAS

DESTINADAS À

HABITAÇÃO DE

INTERESSE SOCIAL

PA 3A - Promoção pública

de conjuntos habitacionais

dirigidos ao enfoque do

gênero, das pessoas com

necessidades especiais e

dos idosos.

Estimular a assessoria jurídica Garantir o enfoque do gênero,

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85

e técnica de engenharia, de

arquitetura e social para

indivíduos, entidades, grupos

comunitários e movimentos na

área de habitação de interesse

social.

das pessoas com necessidades

especiais e dos idosos na

elaboração dos programas

habitacionais;

Priorizar o atendimento a

grupos, famílias e pessoas com

maior fragilidade social,

obedecendo aos mecanismos

de cotas a deficientes físicos e

idosos.

Promover programas de ação

social pós-ocupação, visando a

melhor inserção da população

de baixa renda nos conjuntos

habitacionais e no espaço

urbano consolidado;

Priorizar demandas

apresentadas por movimentos

sociais, associações e grupos

representativos dos segmentos

da população.

Atuar na contenção de

ocupações por assentamentos

habitacionais nas áreas

inadequadas para essa

finalidade, em especial as áreas

de preservação ambiental, áreas

de risco, áreas contaminadas e

áreas de bens de uso comum do

povo.

04. Objetivos, Diretrizes, Linhas de Ação e Programas Específicos referentes ao Desenvolvimento Institucional

Estimular a cooperação com os

municípios lindeiros na

formulação de programas

habitacionais e de

desenvolvimento de ações

integradas em áreas de

interesse regional.

Aprimorar e ampliar a captação

de recursos junto a outras

esferas de governo, agentes

financeiros e instituições

internacionais para os

programas de habitação de

interesse social

LPA 4 – LINHA

PROGRAMÁTICA DE

DESENVOLVIMENTO

INSTITUCIONAL

PA 4A - Programa de

desenvolvimento

institucional

Priorizar programas e projetos

habitacionais para famílias de

baixa renda, articulados no

âmbito federal, estadual e

municipal.

Implementar sistema de

monitoramento e avaliação dos

programas e ações da Política

Municipal de Habitação, de

forma sistemática e

participativa, democratizando as

informações sobre as ações

públicas desde a sua concepção

até os resultados de sua

implantação e garantindo o seu

controle social

PA 4B - Programa de

capacitação profissional de

técnicos dirigentes para

gestão do PLHIS

Definir e adotar mecanismos

de subsídios financeiros para

famílias de baixa renda,

concedidos com a finalidade de

complementar sua capacidade

de pagamento para o acesso à

moradia.

Aprimorar os mecanismos e

práticas de planejamento e

gestão, de modernização

organizacional, de capacitação

técnica de agentes públicos e

privados e da atualização dos

marcos legais

PA 4C - Programa de

capacitação profissional de

técnicos dirigentes para

gestão do PLHIS

Utilizar a PLHIS como principal

instrumento de tomada de

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decisão nas questões

habitacionais.

Adotar mecanismos de

acompanhamento e avaliação

e indicadores de impacto social

das políticas, planos e

programas.

Incentivar a implementação de

mecanismos permanentes de

assistência técnica, jurídica e

social aos programas e ações

de habitação de interesse

social.

Page 101: Pré-propostas de Estratégias de Ação do PLHIS de Joinville · Rosa Maria Marques de Sousa . iii CONSELHO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO - CMPGT REPRESENTANTES DA PREFEITURA

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12. REFERÊNCIAS

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IBGE. Censo Demográfico, 2000

IBGE. Contagem Populacional 2007

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano Nacional de Habitação. Disponível em: http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/politica-nacional-de-habitacao/4PoliticaNacionalHabitacao.pdf (consultado em 21/06/2010)

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CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ Disponível em: http://www.cmm.pr.gov.br/ (consultado em 21/06/2010)

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CODEM - Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá http://www.codem.org.br/

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AEN – Agência Estadual de Notícias Disponível em http://www.aen.pr.gov.br/ (consultado em 21/06/2010)

ANTONIO, Daliana C. de Lima. A ocupação do espaço e o cumprimento das leis ambientais na cidade de Maringá. Artigo. Curso de Ciências Sociais – Departamento de Ciências Sociais. Curso de Ciências Sociais – Departamento de Ciências Sociais. Universidade Estadual de Maringá. Arq. Apadec, 8 (supl.): Mai, 2004.

RODRIGUES, Ana Lúcia. A ocupação urbana da região metropolitana de Maringá: uma história de segregação. Revista paranaense de desenvolvimento, Curitiba, n.108, p.61-86, jan./jun. 2005.

IPARDES. (2004). Atlas das Necessidades Habitacionais do Paraná: Regiões Metropolitanas.

Curitiba: Instituto Paranaense de desenvovimento Econômico e Social.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. (2009). Curso à Distância: Planos Locais de Habitação de Interesse

Social . Brasília: Ministério das Cidades.

OLIVEIRA, E. G.-N. (2009). Demanda futura por moradias no Brasi, 2008-2023: uma abordagem demográfical. Brasília: MCidades

REGO, Renato Leão. O desenho urbano de Maringá e a idéia de cidade-jardim. Acta Scientiarum. Maringá, v. 23, n. 6, p. 1569-1577, 2001.