práticas docentes criativas1 -...
TRANSCRIPT
1
Práticas docentes criativas em diferentes níveis de ensino
Doris Barrinuevo Martins de Lima1 Centro Universitário Adventista de São Paulo, UNASP
Gildene do Ouro Lopes Silva2 Centro Universitário Adventista de São Paulo, UNASP
Resumo
Este estudo tem por objetivo investigar na literatura as práticas docentes criativas, o nível de ensino em que elas acontecem e quais as contribuições que trazem para a formação do professor, para um fazer docente criativo. Esta revisão da produção científica foi indexada nas seguintes bases eletrônicas de dados: Rede de Revistas Científicas da América Latina e do Caribe, Espanha e Portugal (Redalyc); Fundação Dialnet – pertencente à Universidade La Rioja, Espanha; RepositóriUm – pertencente à Universidade do Minho, Portugal; Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Scientific Electronic Library Online (SciELO); Base de dados Multidisciplinas de Periódicos Eletrônicos (ProQuest); Google Academic; Banco de Teses & Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Bibliotecas de Teses das Universidades PUCCampinas-SP e UnB-DF, publicados no período de 2004 a 2017. Nesta revisão, utilizou-se o descritor “práticas criativas” e foram selecionados 3.072 estudos. Entretanto, 3.032 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão como, 10 encontravam-se indexados em outras bases, concomitantemente, 3.109 investigavam as práticas criativas em outra área de atuação e 13 textos estavam incompletos. Dessa forma, totalizou-se uma amostra final de 23 artigos, 7 teses e 10 dissertações. Concluiu-se que existe grande interesse dos pesquisadores pela criatividade na área educacional, principalmente pela criatividade em sala de aula nos diferentes níveis de ensino. Estudos revelam que existem vários fatores que necessitam ser trabalhados, a fim de que as práticas docentes sejam criativas em sala de aula; e ainda consideram essencial a inclusão do ensino de práticas criativas nos cursos de formação docente.
Palavras-chave: práticas docentes criativas, educação, revisão
Creative teaching practices in the various levels of education
Abstract
This study aims to investigate creative teaching practices in the literature, the level of teaching in which they take place, and what contributions they bring to the teacher training for a creative teacher. This review of scientific production was indexed in the following electronic databases: Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LiLACS); Scientific Electronic Library Online (SCieLO); Multidisciplinary Database of Electronic Journals (ProQuest, Google Academic, thesis and dissertation catalog of the Coordination of Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), libraries of theses of the universities PUCCampinas-SP and UnB-DF, as well as in foreign databases
1 Doris Barrinuevo Martins de Lima: Possui graduação em Educação Artística (1984) e Pedagogia (1991), Especialista em Psicopedagogia (1994) e em Gramática e Ensino da Língua Portuguesa (2007); Mestranda em Educação Profissional pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo-EC. Autora de Livros paradidáticos e didáticos pela Casa Publicadora Brasileira.
2 Gildene do Ouro Lopes Silva: Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade Adventista de Educação (1982), mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2005) e doutorado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2011). Atualmente é Coordenadora do Mestrado Profissional em Educação do Centro Universitário Adventista de São Paulo-Engenheiro Coelho e professora da graduação e pós-graduação. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Administração de Unidades Educativas. Pesquisa principalmente nos seguintes temas: aprendizagem e desenvolvimento humano, ensino superior, ensino básico, formação de professores e práticas pedagógicas, estilos de aprender, estilos de pensar e criar e leitura.
2
such as the Network of Scientific Journals of Latin America and the Caribbean, Spain and Portugal (Redalyc), Dialnet Foundation from La Rioja University, Spain, and RepositóriUm from University of Minho, Portugal, published in the period from 2004 to 2017. In this review, the descriptor "creative practices" was selected and 3,072 studies were selected. However, 3,032 were excluded because they did not meet the inclusion criteria, as 10 were indexed in other databases, simultaneously. 3,109 investigated creative teaching practices were related to other areas and 13 texts were incomplete. Thus, a final sample of 23 papers, 7 theses and 10 dissertations were added. It was concluded that there is great interest of the researchers for creativity in the educational area, mainly for creativity in the classroom in the various levels of education. And studies reveal that there are several factors that need to be worked out so that the teaching practices are creative in the classroom; and it’s still considered essential to include the teaching of creative practices in teacher training courses. Keywords: creative teaching practices, education, review
Introdução
A criatividade, hoje mais do que nunca, é a habilidade mais completa e primordial
tanto no cenário acadêmico como entre os profissionais de outras áreas (ESQUIVIAS;
TORRE, 2010).
Para o Comitê Nacional de educação criativa e cultural, todas as pessoas são capazes
de ser criativas em alguma área de atuação, desde que as condições sejam propícias e tenham
adquirido conhecimentos e habilidades relevantes. Além disso, uma sociedade democrática
deve proporcionar oportunidades, de acordo com suas próprias forças e habilidades, para que
todos possam ter sucesso (NACCCE, 1999, p. 273).
A escola traz essa condição essencial para inclusão e democratização das
oportunidades no Brasil, e é tarefa de todas oferecer uma educação básica de qualidade para a
inserção do aluno, o desenvolvimento do país e a consolidação da cidadania (BRASIL, 2006).
Além disso, segundo Picanço (2012), na escola também existe todo um conjunto de
professores capazes de ajudar e possibilitar oportunidades aos alunos.
A contemporaneidade requer professores criativos e que formem alunos criativos. O
interesse pela pesquisa da criatividade na área educacional tem crescido, e um dos aspectos de
estudo tem focado a criatividade em sala de aula (MORAIS et al., 2014; NAKANO;
WECHSLER, 2007; SILVA et al., 2013; ZANELLA; TITON, 2005).
Segundo Libaneo (2013), a característica mais importante da atividade profissional
do professor é a mediação entre o aluno e a sociedade, e sua responsabilidade é preparar os
alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho, na vida
cultural e política. Para isso, precisam prover condições e meios para assegurar o processo de
ensino.
3 All people are capable of creative achievement in some area of activity, provided the conditions are right and they have acquired the relevant knowledge and skills. Moreover, a democratic society should provide opportunities for everyone to succeed according to their own strengths and abilities (National Advisory Committee on Creative and Cultural Education, 1999).
3
A forma como um professor conduz as atividades educativas pode interferir de
maneira positiva, assim como pode tolher a capacidade inovadora do aprendiz: “[...] a
personalidade do professor pode ter um papel significativo na performance criativa dos
alunos” (LUBART, 2009, p. 79).
Ainda, Torrance (1972) acrescenta que se tem dedicado muito tempo em desenvolver
professores criativos, e que esta condição traz resultados, já que o professor trabalha
estimulando. Nessa mesma premissa, Lubart (2009, p. 79) diz que “[...] a personalidade do
professor pode ter um papel significativo na performance criativa dos alunos”. E Martínez
(2008) acrescenta: “[...] A complexidade, diversidade e singularidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento humano demandam ações diversificadas e criativas, se a pretensão é realmente promovê-los de forma efetiva” (MARTÍNEZ, 2008, p. 73).
De acordo com Alencar e Martínez (1998), professores motivados favorecem a
criatividade dos alunos; professores motivados utilizam práticas pedagógicas criativas, e
ainda acrescentam que se eles estão assim motivados, são modelos e verdadeiros estímulos
para os alunos. Afinal, o professor, de acordo com Batista et al. (2015) exerce um papel
fundamental sobre a formação do aluno.
E para que isso aconteça, Martínez (1997, p. 8) destaca a importância do trabalho
pedagógico criativo para o cultivo de novos conhecimentos e novas habilidades, e lembra que
“a prática voltada para a criatividade deve agregar valor à aprendizagem e ao
desenvolvimento dos alunos”; e Zilli et al. (2010) observam que mudanças nas práticas de
ensino poderiam colaborar com melhores resultados no aprendizado da criança, afinal, para
colocar em prática ideias criativas, as pessoas precisam ter iniciativa, independência de
pensamento e ação, e flexibilidade.
Tanto as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (1998), quanto os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (1999) afirmam que: “a prática pedagógica dos sistemas de ensino deverá substituir a repetição e padronização pelo estímulo à criatividade, ao espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, bem como facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o incerto e o imprevisível” (BRASIL, 1998, p. 1); e aponta como condução das atividades didáticas a compreensão, análise, síntese, interpretação, criatividade, inventividade, curiosidade, autonomia intelectual; [...] “capacidade de abstração, do desenvolvimento do pensamento sistêmico”, (BRASIL, 1999, p. 24, 80).
E Borges (2014), referindo-se ao papel do professor criativo, acrescenta que o professor é fundamental na promoção de “um clima de sala de aula favorável ao desenvolvimento do potencial criador”, à medida que pode encorajar os alunos a elaborar produtos originais, implementar atividades que os estimulem a produzir muitas ideias e prover um ambiente psicologicamente seguro, no qual os alunos não tenham medo de se expor (BORGES, 2014, p. 17).
4
Enquanto Amabile (1999) ressalta que a autonomia no trabalho não só estimula a
motivação como proporciona um melhor aproveitamento dos conhecimentos e técnicas,
liberando o raciocínio criativo das pessoas, Csikszentmihalyi (1997) destaca a natureza
sistêmica do processo criativo, enfatizando a influência das condições de natureza pessoal e
de ordem externa, como os recursos tecnológicos e metodológicos adequados à produção
criativa.
Na mesma linda de pensamento de Csikszentmihalyi (1997) e Bruno-Faria e Alencar
(1996) identificaram a importância de equipamentos, recursos financeiros e materiais diversos
no processo de produção e implementação de ideias.
Porém, Wechsler (2002, p. 183), analisando os resultados de “vários estudos
brasileiros sobre a importância do desenvolvimento da criatividade no contexto escolar”,
enfatiza que o grande desafio que a escola enfrenta hoje em dia é “fazer com que os
professores desenvolvam estratégias de ensino mais adequadas”. Nas suas pesquisas,
verificou-se que “tais dificuldades estariam ligadas ao despreparo do professor” – tanto na
falha de sua formação como nas barreiras pessoais internas que o impedem de ousar e utilizar
estratégias criativas em sua prática.
O estudo de Oliveira e Alencar (2010, p. 543), “com professores do curso de Letras”,
acrescentou à lista das dificuldades o “ensino tradicional e conteudista que receberam em sua
formação, o desconhecimento do tema “criatividade”, a ausência de atualização e o ensino
excessivamente teórico praticado nos cursos de formação de professores”. É relevante que o professor se conscientize também de suas próprias habilidades criativas que muitos deles desconhecem, além de ter acesso a informações sobre procedimentos pedagógicos que podem ser utilizados em sala de aula para o desenvolvimento da criatividade do aluno e a respeito dos vários fatores que se associam à expressão criativa (ALENCAR, 2011).
Duas afirmativas fortes sobre a ação pedagógica do professor são registradas por
Libaneo (2009) e Torre (2012). Na primeira, “o professor passa a matéria, os alunos escutam, respondem o interrogatório do professor, para reproduzir o que está no livro didático, praticam o que foi passado em exercícios de classe e decoram tudo para a prova” (LIBÂNEO, 2009, p. 78).
E na segunda, “o professor medíocre simplesmente fala, o bom professor ensina, o excelente professor consegue fazer com que o aluno aprenda; já o professor criativo inspira e deixa registrado impressões e desejos de construção e desenvolvimento” (TORRE, 2012, p. 115).
Ainda, segundo Torre (2012, p. 115), a atitude criativa faz com que o professor abra
novos horizontes para lidar, com facilidade, com a complexidade; objetivando todavia, a
capacidade de entusiasmar, de inovar, de ajudar, de promover a aprendizagem autônoma; de
5
variar suas estratégias de ensino, de cultivar emocionalmente o aluno, bem como, a
transmissão de valores.
Considerando que as evidências têm demonstrado a importância de se ter professores
criativos, e que suas práticas pedagógicas estimulem a criatividade no processo ensino-
aprendizagem, objetivou-se com esta pesquisa revisar na literatura estudos que abordem essa
temática.
Método
Esta revisão foi indexada nas seguintes bases eletrônicas de dados: Rede de Revistas
Científicas da América Latina e do Caribe, Espanha e Portugal (Redalyc); Fundação Dialnet –
pertencente à Universidade La Rioja, Espanha; RepositóriUm – pertencente à Universidade
do Minho, Portugal; Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS); Scientific Electronic Library Online (SciELO); Base de dados Multidisciplinas de
Periódicos Eletrônicos (ProQuest); Google Academic; Banco de Teses & Dissertações da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Bibliotecas de
Teses das Universidades PUCCampinas-SP e UnB-DF, publicados no período de 2004 a
2017. Utilizou-se o descritor “práticas criativas”.
Os estudos foram considerados elegíveis para inclusão quando corresponderam aos
seguintes critérios: artigo ou dissertação/tese disponível com texto completo, estudos
disponíveis nos idiomas português, inglês e espanhol e que abordassem as práticas docentes
criativas em diferentes níveis de ensino.
Como critérios de exclusão, foram desconsiderados os estudos que apresentaram
duplicidade em mais de uma base de dados.
Para coleta de dados, utilizou-se as informações: tipo de estudo, ano e modalidade da
publicação, base de dados, objetivo da pesquisa, instrumento utilizado e o contexto.
Procedimento
Foram encontrados, nas dez bases de dados, 3.072 trabalhos sobre o descritor
“práticas criativas”. Primeiramente, foram lidos os resumos dos estudos, porém, percebeu-se
que 3.022 trabalhos não contemplavam as práticas docentes criativas – foco da pesquisa, por
isso eles foram descartados, ficando apenas com 50 estudos.
Entretanto, ao ler os 50 trabalhos, 10 encontravam-se indexados em outras bases,
concomitantemente, assim, eles foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão.
Dessa forma, restaram para estudo final, 40 produções (1,5%) como demonstra a Figura 1.
6
Figura 1. Fluxograma de identificação e seleção das pesquisas para a revisão sistemática sobre Práticas Criativas
Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
Os textos foram avaliados e as produções que atenderam aos critérios previamente
estabelecidos foram lidos na íntegra, buscando integrar as informações dos estudos científicos
realizados. A análise dos dados foi realizada em duas etapas: análise quantitativa dos
resultados e a sua categorização e análise descritiva dos aspectos relacionados a cada achado.
Resultados e Discussões
Das dez bases de dados que foram escolhidas para busca, verifica-se que, dos 3.072
estudos encontrados, somente 40 foram utilizados, como pode se observar na Tabela 1 e
distribuídos em 23 (58%) artigos publicados, 11 (28%) dissertações de mestrado e apenas 7
(14%) teses doutorais. Percebe-se também que a Redalyc foi a base que mais teve produções
utilizadas, bem como o maior número de artigos entre os 23 encontrados. A UnB-DF, a que
mais teve dissertações publicadas e a Dialnet, a concentração maior de teses doutorais.
Tabela 1. Descrição da Base de Dados
Base de Dados Trabalhos
Encontrados
Trabalhos
Utilizados Artigo Dissertação Tese
Redalyc 372 9 (2,5%) 9 -- --
UnB-DF 581 8 (1,4%) -- 5 3
Dialnet 580 7 (1,2%) 3 -- 4
Google Academic 332 4 (2,0%) 4 -- --
PUCCamp-SP 139 4 (3,0%) -- 4 --
Scielo 24 2 (8,5%) 2 -- --
Lilacs 35 2 (6,0%) 2 -- --
7
RepositóriUM 53 2 (4,0%) 2 -- --
ProQuest 475 1 (0,3%) 1 -- --
Capes 481 1 (0,2%) -- 1 --
Total 3.072 40 23 10 7 Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
Dentre as publicações estudadas, observa-se na Tabela 2 que 11 são produções
estrangeiras, enquanto que 30, são produções nacionais.
Tabela 2. Nacionalidade das pesquisas
Base de Dados Artigos Dissertação Tese
Estrangeiras 6 2 3
Nacionais 17 8 4
Total 23 10 7 Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
E a maior concentração de estudos sobre práticas docentes criativas encontra-se no
Brasil. Já na Tabela 3, percebe-se que as pesquisas estão voltadas mais para o Ensino
Superior, e na sequência, as séries iniciais do Ensino Fundamental.
Tabela 3. Nível de ensino Ed. Infantil Ens. Fund. 1 Ens. Fund. 2 Ens. Médio Ens. Super. Ens. Prof.
2 9 6 1 21 1
Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
As pesquisas, segundo o quadro 3, também apontam que as investigações e produções
sobre as práticas docentes criativas vêm crescendo, apesar de apresentarem algumas
variações, sendo o ano de 2014 o que mais apresentou estudos nessa área, com 7 (18%)
publicações. Apesar de que esta investigação se deu entre os anos 2004-2017, não se pode
determinar o ano de 2017, porém, percebe-se que há indícios de avanços.
Figura 2. Anos das produções
Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
0
2
4
6
8
2000 2005 2010 2015 2020
8
Em 2009, o Parlamento Europeu declarou como sendo o “ano europeu da criatividade
e inovação4” com o lema: Imaginar, criar e inovar. O objetivo foi promover a criatividade em
diversos setores da atividade humana, contribuindo para a União Europeia enfrentar o mundo
globalizado (EUROPA, 2009). Essa pode ter sido uma das razões para que o estudo da
criatividade desse uma alavancada nas publicações.
Em relação à modalidade das publicações, constatou-se que entre as teses e
dissertações defendidas nas Universidades, a PUCCampinas-SP é a que tem mais
publicações, com um total de 8 (20%), seguida pela UnB-DF, com 4 (10%), conforme mostra
a Tabela 4. Pode-se perceber também que entre os periódicos, a Associação Brasileira de
Psicologia Escolar e Educacional tem 4 (10%) de artigos publicados, seguida pela Revista
Iberoamericana de Educação Superior, com 2 (5%), e mais 15 periódicos que publicaram 1
(2%) artigo cada.
Tabela 4. Publicações
Universidades Periódicos Congresso 17 (43%) 22 (55%) 1 (2%) Bras. Esp.
PUCCamp-SP 8 (20%) UFT-TO 1 (2%) UnB-DF 4 (10%) Universidade Autônoma de Madri 1 (2%) Universidade de Barcelona 1 (2%) Universidade de Granada 1 (2%) Universidade de Málaga 1 (2%) Asssoc. Bras. de Psico. Escolar e Educ. 4 (10%) Bol. Acad. Paulista de Psico. 1 (2%) Creative Education 1 (2%) Holos 1 (2%) Paideia 1 (2%) Psicologia e Reflexão Crítica 1 (2%) Revista à Distância e Práticas 1 (2%) Revista Alcance 1 (2%) Revista Capital Científico 1 (2%) Revista Compartilhe Docência 1 (2%) Revista Diálogo Educacional 1 (2%) Rev. Elet. de Investig. y Docencia 1 (2%) Rev. Iberoam. de Diag. y Eval. 1 (2%) Rev. Iberoam. de Educ. Superior 2 (5%) Rev. Nac. e Intern. de Educ. Inclusiva 1 (2%) Revista Psico 1 (2%) Rev. Univ. y Soc. del Conocimiento 1 (2%) Congresso ERAIEC-AECI 1 (2%)
Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
4 Decisão n.º 1350/2008/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de dezembro de 2008.
9
Como não se pode pensar em um trabalho pedagógico que não seja permeado por
ações que envolvam a criatividade (LIBÓRIO, 2009), o desafio para estes pesquisadores é
encontrar formas de medir a criatividade (NAKANO, 2006, p. 15).
Considerando a relevância do tema e a carência de instrumentos para avaliar as
práticas docentes criativas, pesquisas nesta área têm-se desenvolvido, para validar, adaptar ou
aplicar um inventário/escala como demonstra a Figura 3.
Figura 3. Instrumentos nas pesquisas.
VALIDADOS ADAPTADOS APLICADOS
Alencar e Fleith, 2004; 2010 Alencar e Fleith, 2012 Borges, 2014; Castro, 2007 Briceño, 2014 Libório, 2009 Braum et al., 2016 Frossard, 2013 Cassol et al., 2015 Garcês et al., 2015 Cavalcanti, 2009 Milian, 2014 Fadel, 2010; Gontijo, 2007 Suaréz, 2014 Matos e Fleith, 2006 Nakano, 2006 Gutiérrez, 2010
Rezende, 2017; Santos, 2014 Moraes e Pinho, 2016 Ribeiro e Fleith, 2007
Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
Na Figura 4, encontram-se os resultados dos tipos de instrumentos mais utilizados em
cada tipo de publicação. Importante salientar que alguns estudos se apropriaram de outras
maneiras para avaliar suas pesquisas. Porém, os instrumentos como testes, inventários e
escalas ainda são os mais utilizados, tanto como na sua aplicação 15 (37,5%), como na
validação dos mesmos, 9 (23%).
Figura 4. Instrumentos utilizados para investigação.
Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
Na Tabela 5 observa-se os instrumentos que mais vêm sendo utilizados nas pesquisas
sobre práticas docentes criativas.
0 2 4 6 8
10 12 14 16
10
Tabela 5. Instrumentos utilizados nas pesquisas (testes, inventários, escalas, baterias e matrizes).
Instrumento Estudos 1. Bateria Torrance do Pensamento Criativo (Castro, 2007) 2. Creative Educational Game Designer (Frossard, 2013) 3. Escala de Personalidade Criativa (Garcês et al., 2015) 4. Escala de Práticas Docentes para a Criatividade na Educação Superior
(Alencar e Fleith, 2010)
5. Escala del Fluir de la Creatividad (Gutiérrez, 2010) 6. Escala sobre Clima para a Criatividade em Sala de Aula (Matos e Fleith, 2006, Castro, 2007; Libório,
2009; Cavalcanti, 2009; Gonçalves, 2010; Alencar e Fleith, 2012; Borges, 2014; Santos, 2014)
7. Instrumento de Identificação do Desenvolvimento Criativo de Instituições de Ensino – Valdecrie
(Morais e Pinho, 2016)
8. Inventários de Barreiras à Criatividade (Ribeiro e Fleith, 2007; Castro, 2007) 9. Inventário de Práticas Docentes que favorecem a Criatividade no Ensino Superior
(Alencar e Fleith, 2004; Ribeiro e Fleith, 2007; Cassol et al., 2015; Braum et al., 2016; Rezende, 2017)
10. Pensando Criativamente com figuras de Wechsler (Oliveira et al., 2015) 11. Pensando Criativamente com Palavras de Torrance (Fadel, 2010) 12. Teste Bateria de Avaliação da Inteligência Criativa – BAICA
(Suárez, 2014)
13. Teste Bateria de Avaliação da Inteligência Criativa para Jovens – BAICA
(Milian, 2014)
14. Teste Brasileiro de Criatividade Infantil (Nakano, 2006) 15. Teste de Criatividade em Matemática (Gontijo, 2007) 16. Teste do Pensamento Criativo de Torrance (Matos e Fleith, 2006; Gonçalves, 2010; Borges,
2014) Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
Como verifica-se na Tabela 5, foram muitos os instrumentos utilizados, alguns
desses, em mais de uma pesquisa. Assim, como houve pesquisas que utilizaram mais do que
um instrumento. O mais usado nas pesquisas de práticas criativas foi a Escala sobre Clima
para a Criatividade em Sala de Aula, originalmente elaborado e validado por Fleith e Alencar
(2005).
Após a verificação dos objetivos das pesquisas feitas sobre as práticas docentes
criativas entre os anos 2004-2017, identificou-se 8 grupos de estudos, que estão relacionados
a seguir.
1. Analisar as práticas docentes a partir da percepção dos alunos:
a) da Educação Básica (SOUZA, 2016; ARRAZOLA; BOZALONG, 2014; BRAUN
et al. 2017; LIBORIO, 2009; CAVALCANTI, 2009; GONÇALVES, 2010)
b) do Ensino Superior (BRAUM et al., 2016; ALCÂNTARA et al., 2017; OLIVEIRA
et al., 2015; NAKANO, 2011; MATOS; FLEITH, 2006; PAREDES-LABRA, 2011;
RIBEIRO; FLEITH, 2007; CASTRO, 2007).
2. Analisar o potencial criativo de alunos universitários (ESQUIVIA; TORRE, 2010;
CASSOL et al., 2015).
3. Validar um Instrumento (BRICEÑO, 2014; ALENCAR; FLEITH, 2004, 2010,
2012; MILIAN, 2014; FROSSARD, 2013; NAKANO, 2006; GARCÊS et al., 2015).
11
4. Verificar a relevância da criatividade no contexto pedagógico (GARCIAS-
NOBLEJAS, 2014).
5. Aplicar um Instrumento na avaliação (FROSSARD, 2013; FADEL, 2010).
6. Avaliar o “Ser Criativo” em diferentes contextos (TORRE, 2007; GUTIÉRREZ,
2010; GONTIJO, 2007; BORGES, 2014, REZENDE, 2017).
7. Mensurar a contribuição da formação continuada para um fazer criativo
(PALMER, 2015; MORAIS; PINHO, 2016; NUÑEZ; SANTOS, 2012; OLIVEIRA;
ALENCAR, 2010).
8. Comprovar se as práticas criativas são eficazes e motivadoras (LEITE, 2017;
FREIRE, 2009; SANTOS, 2014).
Além dos instrumentos e dos objetivos desses estudos, alguns autores também
apontam elementos-chave que podem facilitar o desenvolvimento desse potencial criativo,
como mostra a Figura 5.
Figura 5. Elementos-chave que facilitam o potencial criativo
Fonte: Dados da pesquisa organizados por autoria própria.
Considerações finais
Como é possível perceber, existe um grande interesse dos pesquisadores pela
criatividade na área educacional, principalmente pela criatividade em sala de aula nos
12
diferentes níveis de ensino, sendo que alguns níveis são mais privilegiados do que outros.
Estudos também revelam que existem vários fatores que necessitam ser trabalhados a
fim de que as práticas docentes sejam criativas em sala de aula, e alguns autores consideram
essencial a inclusão desta temática nos cursos de formação docente.
Ainda, percebe-se que para medir a criatividade, uma série de instrumentos foram
elaborados, adaptados e validados ao longo da história.
Dos vários instrumentos utilizados para medir a criatividade, seja ela pelas práticas
docentes na percepção de alunos, ou mesmo outros métodos usados, pode-se verificar que são
relevantes, como afirma Nakano (2011).
Dentre as pesquisas, os resultados encontrados também assinalaram a necessidade de
incluir na estrutura curricular dos cursos a criatividade como ferramenta de trabalho
necessária para a formação docente.
Rezende (2017) conclui que, qualquer que seja a estratégia pedagógica utilizada para
desenvolver um ambiente criativo na sala de aula ou mesmo na implantação de práticas
criativas, ela deve ser bem planejada e estar de acordo com os objetivos que se quer alcançar;
e Souza (2016) acrescenta que, acima de tudo, deve-se lembrar que o aluno é o protagonista
na construção do conhecimento, e o professor, o incentivador; e que suas práticas docentes
fazem a diferença para o estímulo à criatividade.
Referências ALCÂNTARA, C. M. G.; LINHARES, R. N.; GUIMARÃES, Y. Inovação na educação: perspectiva de estudante do ensino profissionalizante. Universidade Federal de Sergipe, Alagoas: Revista EDaPECI. v.17, n. 1, jan./abr. 2017. p. 56-72.
ALENCAR, E. M. L. de S.; FLEITH, D. Autoconceito e Clima Criativo em Sala de Aula na percepção de alunos do ensino fundamental. Universidade São Francisco, São Paulo: Revista Psico. v. 17, n. 2, 2012.
______, E. M. L. de S.; FLEITH, D. de S. Escala de práticas docentes para a criatividade na educação superior. Porto Alegre: Avaliação Psicológica, v. 9, n. 1, 2010. p. 13-24.
______, E. M. L. de S.; FLEITH, D. de S. Inventário de práticas docentes que favorecem a criatividade no ensino superior. Porto Alegre: Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 17, n. 1, 2004.
______, E. M. L. S. Criatividade na educação superior na perspectiva de estudantes e professores. In: WECHSLER, S. M.; NAKANO, T. C. (Org). Criatividade no ensino superior: uma perspectiva internacional. São Paulo: Vetor, p. 180-201, 2011.
______, E. M. L. S.; MARTÍNEZ, A. M. Barreiras à expressão da criatividade entre profissionais brasileiros, cubanos e portugueses. Psicologia Escolar e Educacional, v. 2, n. 1, 1998. p. 23-32.
AMABILE, T. M. Como não matar a criatividade. São Paulo: HSM Management, 12, 1999. p. 110-115.
ARRAZOLA, B. V.; BOZALONGO, J. S. Prácticas de enseñanza y aprendizaje creativo para una educación inclusiva en la formación inicial del profesorado. Experiências de investigación. Espanha: Revista nacional e internacional de educación inclusiva. v. 7, n. 1, mar. 2014.
BATISTA, E. C.; LUZ, E. N.; BRUM, A. L. de O. Autopercepção sobre as práticas docentes para o desenvolvimento da criatividade em uma instituição de ensino superior da amazônia. Revista Intersaberes. v. 10, n. 21, set./dez., 2015. p. 697.
BORGES, C. N. Uso de tecnologias na prática pedagógica e sua influência na criatividade, clima de sala de aula e motivação para aprender. (Dissertação de Mestrado), Brasília: UnB-DF. 2014.
BRASIL, Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o
13
Ensino Médio. Brasília: MEC/Semtec, 2006.
______, Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média e Tecnológica (Semtec). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/Semtec, 1999.
______, Resolução CEB n. 3, 26 jun. 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb03_98. pdf>. Acesso em: 4 out. 2017.
BRAUM, L. M. S.; CARMO, H. M. O. do; SÁ, E. V. de. Criatividade no ensino superior: uma análise da percepção dos discentes sobre as práticas dos docentes. Universidade Centro-Oeste, Guarapuava, Paraná: Revista Capital Científico. v. 12, n. 4, out./dez. 2016.
BRAUN, J. R. R.; PEREIRA FILHO, F. A.; GOMEZ, L. S. R. Aplicações da criatividade na educação brasileira. Curitiba: Revista Diálogo Educacional. v. 17, n. 52, abr./jun. 2017. p. 575-593.
BRICEÑO, E. D. Desarrollo de competências docentes em el profesorado universitário: la solución creativa de problemas. Granada, Espanha: Universidade de Granada. jun. 2014.
BRUNO-FARIA, M. F. e ALENCAR, E. M. S. L. Estímulos e barreiras à criatividade no ambiente de trabalho. São Paulo: Revista de Administração. v. 31, n. 2, 1996. p. 50-61.
CASSOL, A.; CANELA, R.; RUAS, J. L. O grande desafio das Instituições de Ensino Superior: as práticas pedagógicas criativas são capazes de estimular a inovação nos docentes? Universidade do Vale do Itajaí, Rio Grande do Sul: Revista Alcance. v. 2, n. 3, jul./set., 2015.
CASTRO, J. S. R. de. Criatividade escolar: relação entre tempo de experiência docente e tipo de escola. (Dissertação de Mestrado) Universidade de Brasília, 2007.
CAVALCANTI, M. M. P. A relação entre motivação para aprender, percepção do clima de sala de aula para criatividade e desempenho escolar de alunos do 5o ano do ensino fundamental. (Dissertação de Mestrado) Universidade de Brasília, 2009.
CSIKSZENTMIHALYI, M. Creativity: Flow and the psychology of discovery and invention. New York: Harper Perennial, cap. 5, 1997. p. 107-127.
ESQUIVIAS, M. T.; TORRE, S. de la. Descubriendo la creatividad en estudiantes universitarios: preferencias y tendencias mediante la prueba DTC. OEI: Revista Iberoamericana de Educación. n. 54, ano 2, Nov. 2010.
EUROPA, Decisão n.º 1350/2008/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de dezembro de 2008.
FADEL, S. de J. Avaliação de um programa de criatividade para professores do ensino superior. (Tese Doutoral), PUC-Campinas, SP, 2010.
FLEITH, D. S. e ALENCAR, E. M. L. S. Escala sobre o clima para criatividade em sala de aula. Brasília: Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 21, n.1, 2005.
FREIRE, J. Cultura digital y prácticas creativas en educación. Barcelona, Espanha: Revista de Universidad y Sociedad del Conocimiento, v. 6, n. 1, 2009.
FROSSARD, F. Fostering teachers’ creativity through the creation of GBL scenarios. Barcelona, Espanha: Universitat de Barcelona, 2013.
GARCÊS, S.; POCINHO, M.; JESUS, S. N. de.; VISEU, J.; IMAGINARIO, S.; WECHSLER, S. M. Estudo de validação da Escala de Personalidade Criativa. Espanha: Revista Iberoamericana de Diagnóstico y Evaluación. v. 2, n. 40, 2015.
GARCIA-NOBLEJAS, B. P. La creatividad en la docência universitaria – estudo de caso. Madrid, Espanha: Universidad Autônoma de Madrid. 2014.
GONÇALVES, F. do C. Estudo comparativo entre alunos superdotados e não-superdotados em relação à criatividade, inteligência e percepção de clima de sala de aula para a criatividade. (Dissertação de Mestrado) Universidade de Brasília, 2010.
GONTIJO, C. H. Relações entre criatividade, criatividade em Matemática e motivação em Matemática de alunos do Ensino Médio. (Tese Doutoral) Universidade de Brasília, 2007.
GUTIÉRREZ, S. R. Práctica educativa y creatividad en educación infantil. Málaga, Espanha: Universidade de Málaga, 2010.
LEITE, S. J. da S. Práticas criativas colaborativas. São Paulo: Revista Compartilhe Docência. fev. 2017.
LIBÂNEO, J. C. A pedagogia crítica-social dos conteúdos. In: Democratização da escola pública. 23a ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
______, J. C. Didática. São Paulo: Ed. Cortez, 2a Ed. 2013, p. 47
14
LIBÓRIO, A. C. O. As interações professor-aluno e o clima para a criatividade em sala de aula: Possíveis relações. (Dissertação de Mestrado) Universidade de Brasília, 2009.
LUBART, T. Psicologia da criatividade. Porto Alegre: Artmed Editora, 2009.
MARTÍNEZ, A. M. Criatividade no trabalho pedagógico e criatividade na aprendizagem: uma relação necessária? In TACCA, M. C. V. R. (Org.), Aprendizagem e trabalho pedagógico. Campinas: Alínea, 2008.
______, A. M. Criatividade, Personalidade e Educação. Trad. Mayara Pinto. Campinas: Papirus, 1997.
MATOS, D. R.; FLEITH, D. de S. Criatividade e Clima Criativo entre alunos de escolas abertas, intermediárias e tradicionais. Paraná: Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional. v. 10, n. 1, 2006.
MILIAN, Q. G. Evidências de validade da bateria de avaliação intelectual e criativa – BAICA. (Dissertação de Mestrado), PUC-Campinas, SP, 2014.
MORAIS, M. de F.; ALMEIDA, L. S.; AZEVEDO, I.; ALENCAR, E. M. L. S. de; FLEITH, D de S. Validação portuguesa do Inventário de Práticas Docentes para a Criatividade na Educação Superior. Campinas, São Paulo: Avaliação Psicológica. v. 13, n. 2, 2014.
MORAIS, M. J. Da S.; PINHO, M. J. de. Formação continuada de professores do ensino fundamental: um desafio criativo na contemporaneidade. Universidade de Jaém, Espanha: Revista Eletrónica de Investigación y Docencia (REID), n. 16, julio, 2016.
NACCCE. National Advisory Committee on Creative and Cultural Education. All Our Futures: Creativity, Culture and Education. Secretary of State for Education and Employment, may, 1999.
NAKANO, T. de C. Programas de treinamento em criatividade: conhecendo as práticas e resultados. São Paulo: Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional. v. 15, n. 2, jul./dez., 2011.
______, T. de C. Teste brasileiro de criatividade infantil: normatização de instrumento no ensino fundamental. (Tese Doutoral), PUC-Campinas, SP, 2006.
______, T de C. WECHSLER, S. M. Criatividade: características da produção científica brasileira. Campinas, São Paulo: Avaliação Psicológica. v. 6, n. 2, 2007.
NUÑEZ, I. B.; SANTOS, F. A. A. O professor e a formação docente: a criatividade e as crenças educativas onde estão? Instituto Federal Rio Grande do Norte: Holos, v. 2. ano 28, 2012.
OLIVEIRA, D. P.; SILVA, D. L.; CAVALCANTE, R. L. A. Práticas docentes criativas e histórias de formação: um estudo de caso. Paraná: Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional. v. 19, n. 1, jan./abr., 2015.
OLIVEIRA, E. B. P.; ALENCAR, E. M. L. de S. Características de professores criativos e de Coordenadores que estimulam a criatividade docente. São Paulo: Boletim Acadêmico Paulista de Psicologia. v. 30, n. 79, 2010.
______, E. B. P.; ALENCAR, E. M. L. S. Importância da criatividade na escola e no trabalho docente segundo coordenadores pedagógicos. Campinas: Estudos de Psicologia, v. 29 n. 4, out./dez., 2012.
PICANÇO, A. L. B. A relação entre escola e família – as suas implicações no processo ensino-aprendizagem. (Dissertação de Mestrado), Escola Superior de Educação João de Deus, Lisboa, Portugal, 2012.
PALMER, D. Maintaining the Balance: Creative Practices in University-School Partnerships for Teacher Education. Austrália: Creative Education, n. 6. 2015. p. 1530-1535. Disponível em: <http://dx.doi.org/10. 4236/ce.2015.614153>. Acesso em 8 out. 2017.
PAREDES-LABRA, J. Transformar La enseñanza universitária com la formación mediante la creatividad. Una investigación-acción con apoyo de las TIC. México: Revista Iberoamericana de Educación Superior. v. 2, n. 5, 2011.
REZENDE, D. V. Uso criativo das tecnologias da informação e comunicação na educação superior: atuação de professores e percepção de estudantes. (Tese Doutoral) Universidade de Brasília, 2017.
RIBEIRO, R. A.; FLEITH, D. de S. O estímulo à criatividade em curso de licenciatura. São Paulo: Paideia. v. 17, n. 38, 2007.
SANTOS, F. do C. G. dos. Intervenção em criatividade com professoras e mães: efeitos no rendimento escolar, autoconceito, motivação e criatividade de alunos do 3o ano do ensino fundamental. (Tese Doutoral) Universidade de Brasília, 2014.
SILVA, G. O. L.; FADEL, S. J.; WECHSLER, S.M. Criatividade e educação: análise da produção científica brasileira. São Paulo: EccoS – Revista Científica, n. 30, jan./abr., 2013. p. 165-181.
SOUZA, K. P. Q. Práticas pedagógicas criativas: uma perspectiva transdisciplinar na escola do século XXI. Palmas, TO: UFT, 2016.
SUARÉZ, J. T. Identificação de talentos criativos e intelectuais por testes psicológicos e percepção dos
15
professores. (Dissertação de Mestrado), PUC-Campinas, SP, 2014.
TORRANCE, E. P. Criatividade: Medida, Testes e Avaliações. São Paulo: Ibrapa, 1972.
______, E. P. Predictive validity of the Torrance Tests of Creative Thinking. Journal of Creative Behavior, n. 6, 1972.
TORRE, S. de la. Adversidad creadora – teoría y práctica del rescate de potencialidades latentes. Congresso ERAIEC-AECI, 2007.
______, S. de la. Instituciones educativas creativas. Instrumento para valorar el desarrollo de instituciones creativas – VADECRIE. Barcelona: Circulo Rojo, 2012.
WECHSLER, S. M. Criatividade e desempenho escolar: uma síntese necessária. Brasília: Linhas Críticas, v. 8, n. 15, jul./dez., 2002. p. 179-188.
ZANELLA, A. V. TITON, A. P. Análise da produção científica sobre criatividade em programas brasileiros de pós-graduação em Psicologia (1994-2001). Maringá: Psicologia em Estudos. v. 10, n. 2, 2005.
ZILLI, A. R.; RAMOS, B. M.; RAMOS, M. C. L.; SILVA, M. M. Criatividade como diferencial nas organizações de ensino superior. In: Mar Del Plata, Argentina: Anais do X Colóquio Internacional sobre Gestión Universitaria em América del Sur, 2010.