prÁticas de educaÇÃo ambiental e a inclusÃo da pessoa portadora de deficiÊncia

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAC-DF ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU A DISTÂNCIA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL MARCUS ALBERTO MOURA MACIEL PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INCLUSÃO DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA: uma abordagem transdisciplinar Brasília DF Março/ 2006

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Minha Monografia apresentada ao Curso de Especialização Lato Sensu a Distância em Educação Ambiental do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial Senac-DF, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Educação Ambiental. Orientadora: Francys Mara Ferreira VilellaEm março de 2006

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

SENAC-DF ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU A DISTÂNCIA

EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

MARCUS ALBERTO MOURA MACIEL

PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INCLUSÃO DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA:

uma abordagem transdisciplinar

Brasília – DF Março/ 2006

MARCUS ALBERTO MOURA MACIEL

PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INCLUSÃO DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA:

uma abordagem transdisciplinar

Monografia apresentada ao Curso de Especialização Lato Sensu a Distância em Educação Ambiental do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial Senac-DF, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Educação Ambiental. Orientadora: Francys Mara Ferreira Vilella

Brasília – DF Março/ 2006

“O ofício de Ensinar não é para aventureiros é para profissionais, homens e mulheres que, além dos conhecimentos nas áreas dos conteúdos específicos e da educação, assumem a construção da liberdade e da cidadania do outro como condição mesma da realização da própria liberdade e cidadania”.

Ildeu Moreira Coelho

Marcus Alberto Moura Maciel

Brasília, DF, 11 março de 2006.

Nome: Professora Maria Luiza Marcico Publio de Castro Área de Concentração: Coordenação do EA

Instituição: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC-DF

------------------------------------------------------- Assinatura

Nome: Professora Francys Mara Ferreira Vilella Área de Concentração: Tutoria de EA

Instituição: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC-DF

------------------------------------------------------- Assinatura

Nome: Fernanda Ramos Martins Técnica em Formação Profissional Senac-DF

Instituição: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC-DF

------------------------------------------------------- Assinatura

DEDICATÓRIA

Dedico a realização deste trabalho a minha sobrinha Rhayanne Christina Moura Maciel Holanda Evangelista, possuidora de tetraplegia neonatal, inspiração e motivo maior do presente estudo, e as professoras Jussara Medeiros de Araújo e Iara Maria Ferreira Ribeiro, pois fiz aqui refletir seus exemplos, de empenho, dinamismo, autenticidade, e paciência dedicados ao trabalho com suas turmas de PNE no Centro de Ensino Fundamental 115 do Recanto das Emas e a todos que se dedicam a elaborar Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), Monografia ou Projeto, servindo como instrumento fundamental à pesquisa e o apoio para amenizar as barreiras dos Portadores de Necessidades Especiais.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a realização desta pesquisa em especial a Deus, ao meu pai Jandy e minha mãe Nena, e aos meus irmãos Walberto, Wanda, Waléria e Wellingtom que são pessoas importantes em minhas jornadas.

Às minhas Tutoras do ambiente virtual: Marília Teresinha de Sousa Machado, Magda Pereira Pinto e Francys Mara Ferreira Vilella; bem como a Professora Regina Andréa Fernandes Bomfim do Curso de Especialização em Educação a Distância, Elidiani Domingues Bassan de Lima, Sub-Gerente da Unidade Especializada de Educação a Distância do SENAC-DF, e à equipe de Suporte Técnico: Cícero Rafael Lobo Alves da Silva e José Wilson Costa.

Ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC-DF por dar a oportunidade de vivenciar de forma tão rica as teorias ministradas na plataforma virtual e nos encontros presenciais na pessoa de sua Coordenadora, Maria Luiza Marcico Publio de Castro, por intermediar o processo e contribuir com o andamento deste trabalho.

Aos meus amigos e aos colegas que conquistei e aos já existentes pela força na idealização deste importante processo.

Em Especial ao Amigo, Geógrafo, Turismólogo, parceiro no Livro “Distrito Federal Artístico, Cultural, Histórico e Natural” e grande incentivador Domingos José da Costa Lopes.

RESUMO Este estudo tem como objetivo identificar as alternativas e as oportunidades de práticas de Educação Ambiental (EA), por meio de uma abordagem transdisciplinar, visando promover a inclusão da pessoa portadora de deficiência congênita ou adquirida, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), nos temas transversais. Nessa abordagem, fazemos uma breve revisão bibliográfica de práticas de Educação Ambiental na atualidade em escolas da Rede Pública e Privada, pois tais procedimentos se tornaram explícitos nos currículos e passaram a ser incorporados, porém, quando promovemos a associação e integração de EA e a inclusão da pessoa portadora de deficiência, estaremos, ainda, difundindo uma consciência no indivíduo, da sua condição de ser equilibrado com o mundo e com o outro, para que ocorram as mudanças de atitudes.

Palavras-chave: Educação Ambiental – Pessoa portadora de deficiência – Acessibilidade – inclusão social

ABSTRACT

This study aimed to identify alternatives and opportunities of practicing Environment Education through a transdisciplinar approaching, intending to promote access of People with special needs to Environment Education, according by National Curricula Parameters in Brazilian schools, incorporated as transversal theme. In this research, it was build up a short review about practices of Environment Education nowadays in Public and Private schools, because such procedures became explicit in the curricula and overcoming to be incorporated, however when it is promoted association and integration of Environment Education and access of People with special needs, it is still spreading an individual’s conscience of his/her balance human being condition with world and other to occur changes of attitudes.

Key words: Environment Education – People with special needs – Access – social inclusion

]

TERMO DE CESSÃO

É concedida ao SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAC-DF permissão para reproduzir cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação nos termos da Lei nº 5.988 (14 de dezembro de 1973) que resguarda os direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de apostilas a partir desta monografia, de qualquer forma ou por quaisquer meios eletrônicos -inclusive através de processos xerográficos, de fotocópia e gravação - sem permissão, por escrito, do autor ([email protected]).

__________________________________ Marcus Alberto Moura Maciel

Brasília, DF, 11 março de 2006.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................. 11

2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INCLUSÃO DE PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS ....................... 13

3 PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NUMA ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR...................................................................... 15

4 METODOLOGIA ........................................................................... 21

5 RELATO DE UMA VISITA TECNICA COM ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR INCLUSIVA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ......................................................................................................... 23

6 PROPOSTA DE UMA VISITA TECNICA COM ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR INCLUSIVA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ......................................................................................................... 25

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................ 26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 28

11

1 INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é identificar as alternativas e as oportunidades

de práticas de Educação Ambiental (EA) por meio de uma abordagem

transdisciplinar, visando promover a inclusão da pessoa portadora de

deficiência congênita ou adquirida.

O enfoque deste estudo inclui os Portadores de Necessidade Especiais

(PNE), das mais diferentes patologias, procurando apresentar formas de inseri-

los através da EA, dentro da atividade do dia-a-dia, amenizando as dificuldades

encontradas em EA, como uma abordagem transdisciplinar.

Existem poucas referências acadêmicas sobre a inclusão social do

Portador de Necessidades Especiais, tendo como enfoque a EA, por ser um

tema relativamente novo. Entretanto há uma necessidade premente de

resgatar uma convivência sem preconceitos, como apregoada na Constituição

Federal de 1988. Nessa perspectiva, a difusão da EA viria auxiliar na

transformação desse quadro.

A Educação Ambiental como eixo norteador básico para construção de

um mundo cidadão torna-se o pilar das diversas relações de proteção e

conservação que a humanidade pretende estabelecer com seu próprio habitat.

O maior objetivo é tentar criar uma nova mentalidade com relação a

como usufruir os recursos oferecidos pela natureza, criando, assim, um novo

modelo de comportamento, tendo na abordagem transdisciplinar um exercício

para a participação comunitária e não individualista, na qual todos participam,

inclusive os indivíduos com necessidades especiais.

Aprender sobre a natureza, mantendo um contato próximo com seus

elementos, pode ser uma das maneiras de despertar nos indivíduos a

necessidade de buscar equilíbrio dinâmico e fazer desaparecer o desequilíbrio

entre a humanidade e o meio ambiente. O indivíduo precisa estar consciente

da sua condição de ser equilibrado com o mundo e com o outro, para que

ocorram as mudanças de atitudes.

Ações, planos, programas e projetos, nas mais diversas áreas do saber

humano, estão sendo desenvolvidos, visando o desenvolvimento de atividades

ocupacionais para as Pessoas Portadoras de Deficiência, resgatando-lhes a

12

dignidade, no sentido de possibilitar o acesso de todos aos recursos oferecidos

na vida em sociedade.

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2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A INCLUSÃO DE PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS

O uso da EA como estratégia transdisciplinar de ensino a Portadores de

Necessidades Especiais (PNE) se justifica pelo fato de favorecer a criação de

nova ferramenta, que de forma dinâmica, lúdica e prazerosa, promovendo a

união dos conhecimentos escolares aos dos próprios alunos vinculando-os ao

processo “do aprender fazendo” por meio do contato com ambiente alheio a

sala de aula, onde as saídas para explorar o meio ambiente terão grande peso,

pois o “novo” irá se sobrepor às mesmices do ambiente escolar:

Os projetos aparecem como distintivo de uma escola que opta pela adequação do ensino às necessidades dos alunos e dos diversos setores da sociedade. Têm por finalidade recriar o papel da escola, levando em conta as mudanças sociais e culturais que acontecem em cada época. Nos últimos vinte anos, têm-se evidenciado transformações, sobretudo fora da escola, no universo da socialização dos alunos que seguem a educação obrigatória (desde a escola infantil à média) e que afetam não só o que têm de saber para compreender o mundo, mas também o que têm que saber para compreender a si próprio. (CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO BÁSICA DAS ESCOLAS DO DISTRITO FEDERAL, 2002 p. 33).

Ao participar de um projeto como esse, o aluno PNE estará envolvido

com a oportunidade de exercitar e intensificar uma relação renovada consigo

mesmo, com a cultura, com outros seres humanos e com a natureza, em um

ambiente apropriado por meio de práticas de Educação Ambiental, tais como:

participar de trilhas auto-interpretativa, compostas por várias espécies de

árvores do bioma visitado, identificadas e catalogadas com a inscrição da

nomenclatura científica e popular; conhecer o circuito das águas; participar do

replantio de espécies regionais, objetivando o reflorestamento de áreas

degradadas.

Para os PNEs, tais práticas significarão uma nova forma de existência,

uma forma de trabalhar suas deficiências, aproveitando as suas

potencialidades, sem deixar de levar em consideração suas dificuldades e

barreiras. No caso dos Portadores de Deficiência Física, que necessitam de

cadeiras de rodas, muletas, andador, etc, serão feitas adaptações sempre que

necessário nas trilhas (rampas, corrimãos, etc), para melhor atender os

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Portadores de Deficiência Visual serão feitas inscrições em Braile nas árvores

já identificadas e catalogadas que estejam no percurso, e para os Portadores

de Deficiência Auditiva, a trilha será acompanhada por um intérprete de Língua

Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Assim, o presente estudo traz a EA como um instrumento a mais no

processo de aprendizagem dos alunos PNEs, visto que esses necessitam de

formas mais amplas e diferenciadas de ensino, que ultrapassem a simples

concepção de atendimento especializado tal como vinha sendo a sua marca

nos últimos tempos, promovendo uma real inclusão de alunos de PNE com a

educação reforçando a interação desses alunos no ambiente escolar e fora

dele.

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3 PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NUMA ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR

Não há dúvidas de que vivemos uma nova ordem e transformações

irreversíveis ocorreram na feição atual do planeta, fortemente visíveis no

campo da ciência e da tecnologia. Nesse ritmo, estão embutidas questões

subjetivas como valores, costumes, ética, etc., construindo novos paradigmas e

uma pluralidade de idéias, concepções que muitas vezes se contrapõem,

configurando-se na era da Globalização, propondo, assim, a diversidade do

pensamento humano em relação a si mesmo, à sociedade, à natureza e ao

mundo.

Nesse processo, a escola, como instituição sistematizadora do saber,

tem relevante função, pois não pode se desligar de um contexto social mais

amplo e tem a missão de elaborar práticas urgentes de reestruturação e o

repensar de uma proposta pedagógica voltada para formação de um cidadão

crítico, criativo, solidário e conectado com essa nova ordem.

Um caminho inevitável e um fator educacional consistente e rico é a

Educação Ambiental que leva em consideração a universalidade, a concretude,

a contextualização, a totalidade e a interdependência dos seres. Entretanto, é

preciso estudos e práticas nessa perspectiva, pois vemos freqüentes distorções

e equívocos em relação à proposta.

Para Freire (1991, p. 38): “a práxis é a reflexão e ação dos homens

sobre o mundo para transformá-lo”. Desse modo, os conceitos e valores

construídos na escola devem estar direcionados para as necessidades básicas

de cada comunidade.

A prática educativa não pode ser neutra, mas deve contribuir para a

construção do sujeito social consciente de si e do meio em que vive, por isso é,

essencialmente, uma ação política (FREIRE,1999, p. 78). Nesse ponto, a

Educação Ambiental deve propor um direcionamento que considere a

transformação individual decorrente do engajamento do sujeito na construção

de um projeto coletivo de formação de cidadania e práticas humanas que se

harmonizem com o meio ambiente.

16

A escola, nesse processo deve proporcionar condições para a produção

e a aquisição de conhecimentos e habilidades para o desenvolvimento de

atitudes que objetivem não só a participação individual e coletiva na

preservação dos recursos ambientais, mas crie condições para que todos

participem de modo efetivo, proporcionando a inclusão da pessoa com

deficiência física em atividades de Educação Ambiental.

Quando se trata da inclusão da pessoa portadora de deficiência se faz

estabelecer a evolução da proteção legal desta e das atribuições que foram

confiadas ao Estado, acarretando mecanismos para agir na defesa dos seus

interesses, visando proporcionar a cidadania que lhe é garantia pela

Constituição.

Há várias leis que buscam regulamentar os direitos da pessoa portadora

de deficiência. Como atesta Ferreira (2005):

Tais leis não se apresentam como um todo harmonioso, dificultando a sua aplicação, uma vez que regulamentam a matéria leis esparsas, na esfera federal, estadual e municipal, além de decretos regulamentares, portarias e resoluções específicas para cada tipo de deficiência. O certo é que, dentro deste complexo de proteção legal, merece análise o contido nas Constituições, bem como nas leis n.º 7.853 de 24 de outubro de 1989, Decreto n.º 3.298 de 20 de dezembro de 1999 e a Lei n.º 10.098 de 19 de dezembro de 2000, que de forma mais efetiva tratam dos direitos dos portadores de deficiência e sua inclusão.

Posteriormente, com a Emenda n.º 12, de 17 de outubro de 1978 à

Constituição de 1967, novo avanço ocorreu para os portadores de deficiência,

uma vez que foi estabelecido que:

Artigo único: É assegurado aos deficientes a melhoria de sua condição social e econômica especialmente mediante: I – educação especial e gratuita; II – assistência, reabilitação e reinserção na vida econômica e social do País; III – proibição de discriminação, inclusive quanto à admissão ao trabalho ou ao serviço público e a salários; IV – possibilidade de acesso a edifícios e logradouros públicos.

Inovação mais significativa ocorreu com a atual Constituição de 1988,

estabelecendo à pessoa com deficiência não somente a regra geral relativa ao

princípio da igualdade (art. 5º, “caput”), mas também:

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a) a competência comum da União, Estado, Distrito Federal e Município para cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência (art. 23, II).

b) a competência concorrente para legislar visando a proteção e integração do portador de deficiência (art. 24, XIV).

c) a proteção ao trabalho, proibindo qualquer discriminação no tocante ao salário e admissão do portador de deficiência (art. 7º, XXXI) e a reserva de vagas para cargos públicos (art. 37, VIII);

d) a assistência social – habilitação, reabilitação e benefício previdenciário (art. 203, IV e V),

e) a educação – atendimento especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208, III),

f) a eliminação das barreiras arquitetônicas, adaptação de logradouros públicos, edifícios, veículos de transportes coletivos. (art. 227, II, parágrafo 2º).

g) preocupação com a criança e adolescente portadores de deficiência, com criação de programas de prevenção e atendimento especializado, além de treinamento para o trabalho (art. 227, II).

A Lei n.º 7.853 de 24 de outubro de 1989 estabeleceu o apoio à pessoa

portadora de deficiência, sua integração social, a tutela jurisdicional de

interesses coletivos e difusos dessas pessoas, assegurar-lhes o pleno

exercício de seus direitos básicos, principalmente no que diz respeito à saúde,

educação, ao trabalho, lazer, à previdência social, ao amparo à infância e

maternidade.

Outro aspecto de que se dispõe para analisar a dinâmica da evolução da

espécie humana é a cultura, pois nela está registrada, como afirma Sudo

(1997, p.12): “a maneira pela qual os humanos se humanizam por meio de

práticas que criam a existência social, econômica, política, religiosa, intelectual

e artística”. Porém, da mesma forma que a cultura humaniza, ela também

desumaniza, originando o preconceito, a marginalização, a segregação e a

discriminação.

A questão das deficiências está intimamente ligada à simbologia cultural,

pois esta define, segundo Sudo (1997 p.12): “o normal e o anormal, o capaz e

o incapaz, o deficiente e o não-deficiente”.

Assim, a discussão da Educação Ambiental como fator cultural só se

justifica quando entendido que:

criar uma nova cultura não significa apenas fazer individualmente descobertas ‘originais’; significa também, e sobretudo, difundir criticamente verdades já descobertas, ‘socializá-las’ por assim dizer; transformá-las, portanto, em base de ações vitais, em elemento de coordenação e de ordem intelectual e moral (SUDO, 1997, p.12).

18

Cardoso (1997, p. 17) contribui de forma objetiva e nos traz um

entendimento muito em voga sobre o educando, permitindo uma inserção do

mesmo em Educação Ambiental, na abordagem que aqui buscamos delinear:

Entendemos que o educando é um ser dinâmico, complexo, em desenvolvimento, com características únicas. Está inserido num intricado contexto que engloba a família, o meio social, os valores pessoais, familiares e da comunidade a que pertence, a cultura familiar própria e a de sua comunidade maior, bem como o ambiente físico, geográfico e histórico desta e daquela. O educando vive em constante interação com seu meio, contribuindo para mudanças substanciais no mesmo, e dele recebendo importantes influências.

Assim, a pretensão de uma proposta de Educação Ambiental para

portadores de deficiência física encontra desafios tanto no desenrolar do

ensino fundamental, médio e superior, quanto na educação especial, embora

se reconheça a existência de alguns esforços na realização da Educação

Ambiental, o que já corresponde a um grande avanço. Entretanto, ainda temos

de evoluir, pois:

[...] recomendada por todas as conferências internacionais, exigida pela Constituição e declarada como prioritária por todas as instâncias de poder, a Educação Ambiental está longe de ser uma atividade tranqüilamente aceita e desenvolvida, porque ela implica mudanças profundas e nada inócuas. Quando bem realizada, [...] ela leva a mudanças de comportamento pessoal e atitudes e valores de cidadania que podem ter fortes conseqüências sociais. (PCN, 1998, p. 23).

Nessa perspectiva, pensar e estabelecer categorias para uma Educação

Ambiental nas atividades com pessoas portadoras de deficiência projeta-nos a

indicadores que possam ajudar na construção e justificativa desta proposta

pedagógica.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (1996), art. 32,

II, destaca-se entre os objetivos do ensino fundamental o que pretende iniciar

no indivíduo “a compreensão de ambiente natural e social, de sistema político,

da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade”.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino

fundamental (1998), podem-se extrair três de seus objetivos, que são:

compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e

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repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;[...] perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente; desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania. (PCN: terceiro e quarto ciclos :introdução, 1998, p. 55).

Ainda nessa perspectiva, torna-se necessária uma adaptação do

currículo e uma prática de Educação Ambiental coerente com a

contemporaneidade, bem como uma adequação de uma proposta de inclusão

da pessoa com deficiência física.

Para Cardoso (1997), uma abordagem ecológica pressupõe que cada

educando é único e que não existe um ambiente ou conteúdos únicos e

universais para o ensino de todos os educandos. Desse ponto de vista, cada

educando pode ser percebido a partir de um conjunto de círculos concêntricos,

fazendo parte de sistemas mais complexos:

(a) um microssistema composto por sua família e pessoas altamente significativas, e todo o ambiente físico, social e emocional onde as interações ocorrem; (b) um sistema intermediário, onde encontramos as relações menos freqüentes ou com influência menos direta na vida do aluno, e todo ambiente físico, social e emocional onde as interações ocorrem; (c) um macrossistema, onde encontramos os valores, cultura, história, economia, política e geografia da comunidade e do povo a que o aluno pertence que influenciam direta ou indiretamente e permeiam os sistemas anteriores; e (d) o que chamamos de sistema abrangente, que se compõe das filosofias, tendências e influências de quaisquer natureza que ultrapassam fronteiras e fazem com que tomemos consciência da realidade de que em todo o mundo as comunidades estão interligadas em relações recíprocas (CARDOSO, 1997, p. 19).

De acordo com Santos (2002, p. 282), a Educação Ambiental é um

componente essencial e permanente da educação em todos os âmbitos, em

nível municipal, estadual e nacional, devendo estar presente, de forma

articulada no poder público, instituições educativas, meios de comunicação de

massa, empresas, órgãos públicos, sindicatos, organizações não-

governamentais e movimentos sociais, mantendo, assim, uma atenção

permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem

20

atuação do indivíduo e da coletividade para a preservação, a identificação e a

solução dos problemas ambientais.

Em 1989, a Educação Ambiental expandiu-se para outros segmentos da

sociedade, inserida de forma interdisciplinar no currículo das escolas

municipais. Dessa perspectiva, a Educação Ambiental não se constitui numa

disciplina, mas em princípios que orientam a abordagem de todos os conteúdos

numa visão holística. A Lei nº 9.795/99 instituiu a Política Nacional de

Educação Ambiental, na qual a Educação Ambiental é uma obrigação nacional

e deve ser incluída como eixo transversal em todos os níveis e modalidades de

ensino.

A aprendizagem para ser significativa deve estar imbuída de uma

reflexão sobre suas práticas, num processo constante. Assim, a inserção de

eixos da Educação Ambiental na escola deverá partir do levantamento de

alguns questionamentos pelos educadores.

Na contemporaneidade, não restam dúvidas de que a Educação

Ambiental se faz presente nas mais diversas formas de expressar nossa

preocupação com o ser humano e com a sua sobrevivência. Daí o nosso

interesse em trabalhar as questões ecológicas com alunos PNEs, remetendo-

nos para uma reflexão sobre sensibilização e o sentido mais íntimo de

Educação Ambiental, pois faz parte de um processo de mudanças de novas

práticas e, constantemente somos responsáveis por parcelas de degradação,

voluntária ou involuntariamente do planeta Terra.

21

4 METODOLOGIA

Para o alcance dos objetivos propostos, utilizamos a revisão da

literatura, buscando o enfoque delineado que inclui os Portadores de

Necessidade Especiais, das mais diferentes patologias, e sua inserção por

meio da Educação Ambiental, reativando e desenvolvendo uma prática

transdisciplinar na escola.

Segundo Barros; Lehfeld (2003) só conheceremos realmente o objeto da

pesquisa, se envolvermos todos os aspectos, justificando a importância da

inclusão social do Portador de Necessidades Especiais, em atividades de

incluam a EA:

Para conhecermos realmente o objeto de pesquisa temos que abarcar e estudar todos os seus aspectos, todas as suas ligações, mediações e contradições. Deve-se considerar o objeto no seu desenvolvimento, no movimento próprio, na sua transformação. Não há verdades abstratas, pois elas são sempre realidades concretas (BARROS; LEHFELD, 2003, p. 52).

Demo (2000, p. 10) relata que “[...] precisamos admitir que não se pode

fazer ciência sem polêmica [...]“. Este aprimoramento do saber se processa por

meio de argumentação, podendo levar as teorias a serem confirmadas ou

refutadas.

Nesse sentido, também observa Konder: “Uma das características

essenciais da dialética é o espírito crítico e autocrítico. Assim como examinam

constantemente o mundo em que atuam, os dialéticos devem estar sempre

dispostos a rever a interpretação em que se baseiam para atuar” (KONDER,

2003, p. 83).

A abordagem transdisciplinar é um exercício para a participação

comunitária e não individualista, inclusive dos indivíduos com necessidades

especiais. Desse modo, pretende-se ainda realizar um diagnóstico com base

na bibliografia estudada, na perspectiva da Educação Ambiental como forma

de despertar nos indivíduos a necessidade de buscar equilíbrio, não só em

competência social, mas das pessoas com o meio no qual interagem,

resgatando valores e a relação harmoniosa dos seres humanos com a

natureza.

22

Segundo Medeiros (2004, p. 41), a ciência é um campo de

conhecimentos com técnicas especiais de verificação, interpretação e

interferência da realidade. Dessa ótica, compreendendo a teoria e realizando

as análises, buscaremos realizar intervenções práticas, por meio da releitura

das propostas dos documentos oficiais, tais como: Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, Parâmetros Curriculares Nacionais, Currículo de Educação

Básica das Escolas do Distrito Federal, ao tratarem da inclusão de pessoas

com necessidades especiais em procedimentos didáticos, na perspectiva

multidisciplinar, promovendo a integração e associação das áreas do

conhecimento dentro da escola.

23

5 RELATO DE UMA VISITA TECNICA COM ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR INCLUSIVA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Relata-se aqui a Visita Técnica realizada em meados de novembro de

2004, com duas turmas de 5ª série do Ensino Fundamental e com 15 (quinze)

alunos de Ensino Especial das Séries Iniciais (4 com o diagnóstico de

Síndrome de Down, 5 com o diagnóstico de Deficiência Mental nos diversos

níveis e 6 com o diagnóstico de Deficiência Múltipla, juntamente com as

professoras Iara e Jussara, do Centro de Ensino Fundamental 115 (CEF 115)

do Recanto das Emas - Distrito Federal, a um Shopping local que apresentava

a Exposição “Tubarões e o Eco Sistema Marinho”

Apesar dos alunos PNEs estarem cursando diferentes series, e

possuírem variação etária (entre 8 e 19 anos), pode-se afirmar que os sujeitos

são adolescentes em período de escolaridade, convivendo no mesmo ambiente

institucional.

Para os PNEs, sair do cotidiano fazendo o uso da imagem, sons,

exploração tátil e cheiros despertando o interesse, foi um recurso para tornar a

Visita Técnica um ato prazeroso capaz de levá-los a busca de informações e

construção de conhecimento.

Nossa Visita Técnica durou cerca de 45 minutos, os recepcionistas do

Shopping bem como os monitores da exposição, estavam avisados que o

grupo possuía alguns PNEs o que facilitou em muito o deslocamento bem

como o as explicações no decorrer da visita.

Observou-se que a maioria dos sujeitos possui grande interesse no

processo de busca da informação. Percebeu-se a importância do processo

pedagógico em promover o compartilhamento de experiências inclusiva e a

abordagem transdisciplinar para transmitir idéias e conhecimentos entre os

alunos e professores e entre os alunos, em uma concepção interacionista de

aprendizagem, onde o professor é o mediador do processo, o aluno o

interagente e o conhecimento o resultado da ação e das interações entre os

sujeitos. Segundo Santarosa (1997), a aprendizagem, em qualquer ambiente, é

um processo ativo, cujo desenvolvimento não pode ser ensinado, só aprendido.

24

Os alunos PNEs, ficaram satisfeitos com a realização da Visita Técnica,

no entanto, alguns dos alunos entrevistados comentaram que o assunto,

quando não é de seu interesse, gera uma insatisfação, o que não é o caso aqui

relatado, acharam extremamente salutar participarem de tal atividade na

companhia de colegas do ensino regular e chamaram a atenção para o fato de

terem sido tratados como pessoas “normais”

Com relação aos alunos do ensino regular foi possível analisar uma

aparente ausência do preconceito, mesmo porque, o convite para as turmas de

ensino especial nos acompanhar, foi procedido de uma consulta e com

algumas visitas as salas de aula destes, além do esclarecimento sobre os

diversos diagnósticos que seus colegas possuíam.

Notou-se, inclusive a preocupação de alguns alunos do ensino regular,

no decorrer da visita com a locomoção dos colegas PNEs e até certa atitude de

proteção com os mesmos. O que pode ser verificado com as entrevistas e

avaliações em sala de aula após a Visita.

Constata-se assim os ensinamentos de Piaget (1996), quando expõe

suas idéias da assimilação e da acomodação, no entanto, deixa claro que da

mesma forma como não há assimilação sem acomodações (anteriores ou

atuais), também não existem acomodações sem assimilação.

Esta declaração de Piaget, significa que o meio não provoca

simplesmente o registro de impressões ou a formação de cópias, mas

desencadeia ajustamentos ativos.

25

6 PROPOSTA DE UMA VISITA TECNICA COM ABORDAGEM TRANSDISCIPLINAR INCLUSIVA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Os alunos PNEs possuem grande interesse no processo de busca da

informação. Percebe-se a importância do processo pedagógico em promover o

compartilhamento de experiências inclusivas e a abordagem transdisciplinar

para transmitir idéias e conhecimentos entre os alunos e professores e entre os

alunos, (PNEs e não PNEs) exercitando uma concepção interacionista de

aprendizagem, onde o professor é o mediador do processo, o aluno o

interagente e o conhecimento o resultado da ação e das interações entre os

sujeitos, segundo os ensinamentos de Santarosa (1997), a aprendizagem, em

qualquer ambiente, é um processo ativo, cujo desenvolvimento não pode ser

ensinado, só aprendido.

Para os PNEs, sair da mesmice da sala de aula é uma experiência

extremamente agradável, pois propiciará o uso da imagem, sons, exploração

tátil e cheiros despertando o interesse, na busca de informações e construção

de conhecimento.

Aqui apresentamos a proposta do aluno PNE participar de uma Visita

Técnica ao Jardim Botânico ou a algum Parque local, acompanhando alunos

do ensino regular, pois assim o aluno PNE terá a oportunidade de exercitar e

intensificar uma relação renovada consigo mesmo, com outros seres humanos,

com a cultura e com a natureza, em um ambiente apropriado por meio de

práticas de Educação Ambiental, participando de trilhas auto-interpretativa,

compostas por várias espécies de árvores do bioma visitado, identificadas e

catalogadas com a inscrição da nomenclatura científica e popular; conhecer o

circuito das águas; participar do replantio de espécies regionais, objetivando o

reflorestamento de áreas degradadas.

26

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (INEP)1 atestam que existem 110 mil alunos com alguma

deficiência, estudando em escolas regulares e, esse número tem crescido,

mostrando que a inclusão vem ganhando espaço desde 1998. Do ponto de

vista pedagógico, a prática da Educação Ambiental oferecerá um ensino

estimulante, facilitando aos Portadores de Necessidades Especiais a

aprendizagem, junto aos colegas considerados “normais”, pois, assim, podem

aguçar sua sensibilidade, superando suas deficiências e, desse modo, poderão

demonstrar aos seus pares uma outra percepção da realidade.

A utilização da Educação Ambiental como estratégia transdisciplinar de

ensino favorece a Portadores de Necessidades Especiais, sem dúvida, a

criação de nova ferramenta, que pode promover a aquisição do conhecimento,

de forma dinâmica e prazerosa, explorando o meio ambiente de modo a se

sobrepor a técnicas pouco inovadoras, muitas vezes, utilizadas em sala de

aula.

Desse ponto de vista, os procedimentos, as ações, os planos, os

programas e os projetos devem ser desenvolvidos, visando o desenvolvimento

de atividades para as Pessoas Portadoras de Deficiência, proporcionando-lhes

a elevação da auto-estima, possibilitando-lhes o acesso aos recursos

disponíveis em sociedade.

Na visão adotada percebe-se, ainda existem poucos referenciais

teóricos sobre a inclusão social do Portador de Necessidades Especiais

através da EA, por ser um tema relativamente recente. Entretanto o maior

objetivo desse trabalho, nessa etapa, foi tentar criar uma nova mentalidade

com relação a como usufruir os recursos oferecidos pela natureza,

desenvolvendo assim um novo modelo de comportamento, em uma abordagem

transdisciplinar, como um exercício para a participação de todos os envolvidos

no processo educacional. Aprender com a natureza, mantendo um contato

próximo com seus elementos, pode ser uma das maneiras de despertar nos

1 Dados extraídos da Revista Nova Escola. n.165, ano XXIII., São Paulo: Editora Abril,

set.2003. p.46.

27

indivíduos a necessidade de buscar as mudanças de atitudes em um ambiente

equilibrado.

A escola, como instituição sistematizadora do saber, assume importante

papel, pois não pode se desconectar de um contexto social mais amplo. Assim,

deverá buscar práticas urgentes de reestruturação, delineando uma proposta

pedagógica voltada para formação de um cidadão na sua integridade, e ainda

proporcionando condições para a produção e a aquisição de conhecimentos,

desenvolvimento atitudes que objetivem a participação coletiva na preservação

dos recursos ambientais, criando condições para que todos participem,

incluindo de modo íntegro e justo a Pessoa com Deficiência Física em práticas

de Educação Ambiental.

Nesse estudo, pretendeu-se reunir elementos e construir idéias sobre a

inclusão Alunos Portadores de Deficiência nas escolas, por meio de uma

perspectiva transdisciplinar, remetendo-nos a uma reflexão sobre

sensibilização e uma prática inventiva de se fazer EA. No entanto, preferiu-se

desenvolver a parte posterior desse estudo em outra oportunidade, em função

da necessidade de tempo para implementar as práticas elaboradas

coletivamente pelos educadores de uma Escola, que sem dúvida, poderão

construir uma abordagem inclusiva, tendo a Educação Ambiental como

elemento norteador da integração e associação dos saberes e de seus

profissionais.

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