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1 Prática de Leitura e Escrita Buracos 1 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental 2 (Aulas de 90 minutos) Justificativa A formação de um cidadão pleno depende em grande parte do domínio de um número tal de gêneros do discurso que lhe permita interagir e participar de diferentes situações, seja no âmbito familiar, do trabalho, da política, das ciências, seja no âmbito das manifestações culturais. Nesse sentido, aprender a dominar diferentes linguagens, dentre elas a linguagem literária e das artes, é um direito que deve ser garantido a todos. Por isso, a formação de leitores literários também deve ser um dos objetivos da educação básica. A fim de garantir esse direito, a nova Proposta Curricular do Estado de São Paulo aponta como prioridade o desenvolvimento de competências leitoras e escritoras. Para que o desenvolvimento de tais competências possa se dar, várias capacidades são requeridas. No Ciclo II do Ensino Fundamental, esperase que se desenvolvam principalmente as seguintes capacidades: Capacidades de compreensão 3 , que envolvem: ativar conhecimentos prévios sobre o que será lido; levantar hipóteses sobre os conteúdos ou propriedades dos textos; checar hipóteses; localizar e/ou copiar informações; comparar informações; generalizar; produzir inferências. Capacidades de apreciação e réplica 4 , que envolvem: recuperar o contexto de produção do texto; ter claras as finalidades e metas da atividade de leitura; perceber relações de intertextualidade e de interdiscursividade; perceber outras linguagens como elementos constitutivos dos sentidos dos textos; perceber efeitos de sentido decorrentes de escolhas feitas pelo autor em diferentes níveis; elaborar apreciações estéticas e/ou afetivas e apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos. Esta é, portanto, a finalidade maior da proposição do presente projeto de leitura: promover o desenvolvimento de capacidades leitoras para a formação de leitores literários. Objetivos Esperase que os alunos: ampliem sua proficiência para a leitura de textos mais extensos, ou de complexidade maior, atribuindolhes sentidos adequados; respondam a questões previamente formuladas que podem auxiliar na sistematização de suas impressões pessoais e análises literárias da obra; 1 SACHAR, Louis. Buracos. São Paulo, Martins Fontes, 2004. 2 Elaborado por Laura Breda Figueiredo. 3 Adaptado de ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Texto integrante do CD que acompanha o material didático do Programa Ensino Médio em Rede, SEESP/CENP, 2004. 4 Ibidem.

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1

Prática de Leitura e Escrita 

Buracos1 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental2

(Aulas de 90 minutos)

Justificativa

A formação de um cidadão pleno depende em grande parte do domínio de um número tal de gêneros do discurso que  lhe permita  interagir e participar de diferentes situações, seja no âmbito  familiar, do trabalho, da política, das ciências, seja no âmbito das manifestações culturais. Nesse sentido, aprender a dominar diferentes linguagens, dentre elas a linguagem literária e das artes, é um direito que deve ser garantido  a  todos.  Por  isso,  a  formação  de  leitores  literários  também  deve  ser  um  dos  objetivos  da educação básica.  

A  fim  de  garantir  esse  direito,  a  nova  Proposta  Curricular  do  Estado  de  São  Paulo  aponta  como prioridade o desenvolvimento de competências leitoras e escritoras.  

Para que o desenvolvimento de tais competências possa se dar, várias capacidades são requeridas. No Ciclo II do Ensino Fundamental, espera‐se que se desenvolvam principalmente as seguintes capacidades:  

Capacidades  de  compreensão3,  que  envolvem:  ativar  conhecimentos  prévios  sobre  o  que  será  lido; levantar  hipóteses  sobre  os  conteúdos  ou  propriedades  dos  textos;  checar  hipóteses;  localizar  e/ou copiar informações; comparar informações; generalizar; produzir inferências.  

Capacidades de apreciação e réplica4, que envolvem: recuperar o contexto de produção do texto; ter claras  as  finalidades  e  metas  da  atividade  de  leitura;  perceber  relações  de  intertextualidade  e  de interdiscursividade; perceber outras  linguagens como elementos constitutivos dos sentidos dos textos; perceber efeitos de  sentido decorrentes de escolhas  feitas pelo  autor em diferentes níveis; elaborar apreciações estéticas e/ou afetivas e apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos.  

Esta  é,  portanto,  a  finalidade  maior  da  proposição  do  presente  projeto  de  leitura:  promover  o desenvolvimento de capacidades leitoras para a formação de leitores literários.

Objetivos

Espera‐se que os alunos:  

• ampliem  sua  proficiência  para  a  leitura  de  textos  mais  extensos,  ou  de  complexidade  maior, atribuindo‐lhes sentidos adequados;  

• respondam  a  questões  previamente  formuladas  que  podem  auxiliar  na  sistematização  de  suas impressões pessoais e análises literárias da obra; 

1 SACHAR, Louis. Buracos. São Paulo, Martins Fontes, 2004.  2 Elaborado por Laura Breda Figueiredo.  3 Adaptado de ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de  leitura para a cidadania. Texto  integrante do CD que acompanha o material didático do Programa Ensino Médio em Rede, SEE‐SP/CENP, 2004.  4 Ibidem.

2

• coloquem‐se criticamente, reconhecendo posições ideológicas presentes no texto;  

• interessem‐se por trocar impressões e informações com outros leitores; 

• estabeleçam comparações entre duas linguagem diferentes: a escrita e a cinematográfica.

Procedimentos metodológicos

Realmente, para comunicar à criança os comportamentos que são  típicos do leitor,  é  necessário  que  o  professor  os  encarne  em  sala  de  aula,  que proporcione a oportunidade a seus alunos de participar em atos de leitura que ele mesmo  está  realizando, que  trave  com  eles uma  relação de  “leitor para leitor”. 

(LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. São Paulo: Artmed. 2002: 95.)  

 

Trabalhar  com  o  cinema  na  sala  de  aula  é  ajudar  a  escola  a  reencontrar  a cultura ao mesmo tempo cotidiana e elevada, pois o cinema é o campo no qual a estética, o lazer, a ideologia e os valores sociais mais amplos são sintetizados numa mesma obra de arte. Assim, dos mais comerciais e descomprometidos aos mais sofisticados e “difíceis”, os filmes têm sempre uma possibilidade para o trabalho escolar. 

(NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto. 2003: 11.)  

ATIVAÇÃO DE CONHECIMENTOS PRÉVIOS E LEVANTAMENTO DE HIPÓTESES 

Motivar  os  alunos,  despertando  seus  interesses,  desafiando‐os  para  a  leitura,  deve  ser  o  primeiro movimento de aproximação em direção a um livro.  

Nesse, sentido, considerando o desenvolvimento das capacidades  leitoras,  todo  trabalho que envolve texto deve começar com a ativação de conhecimentos prévios dos alunos não só em relação ao tema que será abordado, mas também em relação ao gênero do texto. Além dos conhecimentos prévios, é importante  também  levantar hipóteses  sobre o  texto,  atividade que, de  certa  forma, oferece  a base necessária para que o  leitor vá atribuindo/construindo  sentidos. Uma estratégia para  isso é partir do título do texto, das imagens da capa do livro, das informações constantes na contracapa ou na orelha e ir questionando os alunos sobre que expectativas vão construindo sobre a leitura que se realizará.  

É  fundamental  também que  se  apresentem  informações  sobre o  autor — quem é, quando  viveu, os temas que costuma abordar em suas obras, algumas características de sua escrita — e sobre a época em que  a  obra  foi  produzida,  podendo,  inclusive,  relacioná‐la  com  outras  contemporâneas.  Contar  sua história de leituras também pode ser interessante, sobretudo se o livro for um clássico que sobreviveu ao passar dos  tempos ou  teve um número grande de  leitores. Contar as críticas que  lhe  foram  feitas ajuda a situar o livro e pode motivá‐los para a leitura.  

Ainda com o intuito de desenvolver as variadas capacidades de leitura requerida a um leitor proficiente, as perguntas que você fizer durante a  leitura devem  ir além da  localização de  informações e do mero significado de palavras que ele julga serem desconhecidas dos alunos.  

3

As perguntas feitas durante e depois da leitura devem, principalmente, procurar levar o aluno a checar as hipóteses  construídas,  realizar  inferências, generalizações e  comparações diversas entre partes do texto ou entre o  texto  lido e outros  textos  com os quais o  aluno  já  tenha  tido  contato,  sejam estes escritos ou em linguagens não‐verbais diversas.  

Todo o  tempo, deve‐se permitir e  incentivar que o aluno manifeste  sua opinião  sobre o que  foi  lido, porém, sempre  justificando sua  fala com aspectos presentes no  texto  lido ou em outros  textos. Um passo  importante que todo aluno deve dar é ultrapassar os “achismos” e conseguir expressar opiniões bem fundamentadas.  

 

LEITURA COMPARTILHADA 

Para dar um primeiro estímulo à  leitura, num momento  inicial, propomos que  seja  feita uma  leitura compartilhada,  em  que  partes  do  livro  serão  lidas  em  voz  alta  pelo  professor,  enquanto  os  alunos acompanham a leitura em seus livros.  

Para que a  leitura em voz alta  flua melhor, com menos  tropeços e com uma entonação adequada, é aconselhável  que  o  professor  prepare  a  sua  leitura  antes  de  fazê‐la  para  a  classe,  lendo antecipadamente, para si mesmo, as partes que posteriormente serão apresentadas para todos. 

 

LEITURA SEQUENCIADA (OU LEITURA PROGRAMADA)5 

Espera‐se  que  todas  as  capacidades  leitoras  anteriormente  elencadas  venham  sendo  desenvolvidas desde o início do Ciclo I e continuem a ser desenvolvidas nos níveis subsequentes, pois sabemos que a proficiência leitora é algo que vamos desenvolvendo por toda a vida.  

É comum, no Ciclo  II, os alunos  já se sentirem mais confortáveis para  fazer  leituras  independentes de texto  curtos. Porém, quando  se  trata de  textos mais  longos,  como o que propomos neste projeto, é comum também que os alunos se sintam intimidados e não cheguem ao fim da leitura.  

Nesse caso, mais uma vez, a atuação do professor é fundamental. Uma das estratégias que podem ser utilizadas  para  ajudar  os  alunos  a  vencer  tal  dificuldade  é  a  leitura  sequenciada/programada:  o professor seleciona um  livro para ser  lido por toda a classe e vai determinando prazos  intermediários para que a leitura seja feita aos poucos, parte a parte.  

Nesse primeiro momento de aproximação dos alunos à  leitura de textos mais  longos, outra estratégia fundamental para não desestimulá‐los, e para evitar que desistam do desafio de ler um texto que exija mais  tempo  de  concentração,  é  iniciar  o  trabalho  por  gêneros  que  lhes  sejam mais  familiares  e  por temas  que  sabidamente  despertem  seu  interesse.  Ressalta‐se,  porém,  que  tais  estratégias  não significam  que  não  se  deva  sugerir  leituras  mais  complexas,  contemplando  clássicos  e  textos  de reconhecida  qualidade  literária,  ao  longo  das  etapas  de  Ensino  Fundamental  e Médio.  Em  todos  os casos, a mediação do professor é sempre  fundamental; mais ainda o é quanto maior complexidade a obra possuir, tomando como referência seus leitores.  

Tendo garantidos esses pressupostos, o professor, de acordo com o que conhece dos alunos, marca as datas para que as leituras sejam feitas.  

5 Ver, a respeito: Kátia Bräkling, Leitura e formador de leitores. 2003. Disponível em http://educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=9&id_subtema=2; e também Norma A. S. Ferreira: Dos amores difíceis: uma leitura compartilhada na aula de Língua Portuguesa. Disponível na página  www.fe.unicamp.br/alle/textos/NSAF‐DosAmoresDificeis.pdf.

4

Lembrando  da  importância  do  desenvolvimento  das  capacidades  de  apreciação  e  réplica,  é  bom ressaltar ser  fundamental, durante e depois da  leitura, que haja espaço para que não só o professor, mas também os alunos comentem o texto, coloquem‐se em relação ao enredo e à  forma de contar a história e  levantem dificuldades em relação ao que foi  lido, a fim de ter garantidas a compreensão e a réplica do aluno diante do que leu. 

 

LEITURA COLABORATIVA 

A  essas  duas  formas  de  organização,  associamos  também  a  ideia  da  leitura  colaborativa6:  antes  da leitura de  cada  trecho, o  aluno  fica  conhecendo  algumas questões que  apontam diferentes  focos de observação. Assim, ao  longo dos capítulos, espera‐se que os alunos  façam uma  leitura com objetivos prévios  (por exemplo, observar algum aspecto de estilo do autor, algum encaminhamento do enredo, certas reações de uma personagem etc.). Na data marcada pelo professor como  final do prazo para a leitura  do  trecho  do  livro,  essas  observações  auxiliarão  a  se  organizarem momentos  de  reflexão  e compartilhamento das experiências de leitura e das compreensões dos textos.  

A  ideia, portanto, é que os alunos  façam a  leitura do  trecho programado em  casa,  tendo em mente alguns focos de observação sugeridos por questões postas antecipadamente num roteiro de leitura. Na data marcada, essas questões servirão de mote inicial para as discussões sobre o trecho lido.  

Durante as discussões, é  comum que muitos queiram  falar ao mesmo  tempo.  Falar um de  cada  vez, ouvir o outro e respeitar suas opiniões são procedimentos que precisam ser aprendidos. Combine com os alunos que cada um terá sua vez de falar e vá trabalhando com eles o respeito às opiniões alheias. Dê você mesmo o exemplo: ouça com atenção e considere o que todos quiserem dizer. Questione, mas não despreze opiniões. O importante é que todos se sintam à vontade e que suas falas sejam valorizadas.  

Deixe claro que não haverá nenhuma prova do livro. O que se pretende é verificar como se posicionam em relação ao texto: o que apreciam ou não na história e na forma como é contada e por quê; o que pensam em relação à situação vivida pelas personagens etc.; enfim, desafie‐os a se colocarem frente à história:  “vocês  seriam  capazes de dialogar  com o  livro; de  emitir uma opinião  fundamentada  sobre ele?”. 

 

O LIVRO E O FILME 

Com o  intuito de ajudar os alunos a vencer o desafio de  ler um  livro com muitas páginas, propomos neste projeto que a  leitura programada seja  feita paralelamente à apresentação de partes do  filme O mistério dos escavadores, produzido com base no livro. 

Cabe aqui esclarecer que, apesar de solicitarmos que sejam feitas algumas perguntas que levem o aluno a comparar o  livro e o  filme  (principalmente em  relação ao enredo de ambos), bem como perguntas acerca da determinas  características específicas do  filme, nosso objetivo principal não é a análise do filme  ou  da  linguagem  cinematográfica.  Como  já  dito,  o  objetivo  do  filme,  neste  projeto,  é principalmente incentivar a leitura do livro, servindo como contraponto.

6 Ibidem. 

5

O ENCAMINHAMENTO GERAL DAS AULAS

A proposta que apresentaremos a seguir prevê que os alunos façam a leitura de trechos do livro em casa e,  na  data  marcada,  complementando  as  discussões  sobre  o  que  leram,  eles  também  tenham oportunidade de, na mesma aula, assistir ao trecho correspondente do filme. 

A cada etapa de leitura, o aluno receberá um roteiro com algumas perguntas que o ajudarão a participar das discussões que se seguirão. 

Dessa forma, o projeto todo exigirá cerca de 6 aulas de aproximadamente 90 minutos.  

Este projeto exige, portanto, que  já estejam previstas aulas dobradas de Língua Portuguesa no horário regular da classe. Caso não haja essa condição, preparamos outra proposta, que prevê a utilização de aulas simples (de 45 ou 50 min.) para a discussão dos trechos lidos, na qual o filme deverá ser assistido apenas ao final da leitura do livro. Para isso, procure a proposta sob o título Buracos – Práticas de leitura 7ª e 8ª séries (aulas 45 min.). 

Cronograma das aulas

AULA 1  AULA 2 (90 min.) 

 Data:______ 

 

AULA 3 (90 min.) 

 Data:_____ 

 

AULA 4 (90 min.) 

 Data:_____ 

 

AULA 5 (90 min.) 

 Data:_____ 

 

AULA 6 (90 min.) 

 Data:_____ 

  

Introdução  Leitura compartilhada  (até cap. 4) + filme 

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 10) + filme  

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 34) + filme 

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 50)  + filme 

Produção de comentário coletivo sobre as obras 

Obs.: Caberá ao professor, se assim  julgar necessário, redimensionar o número de aulas estabelecido para a execução do projeto de acordo com suas necessidades e rendimento da classe.  

Recursos necessários

Livro: Buracos, de Louis Sachar, editora Martins Fontes, para todos os alunos da classe. 

Cópias do cronograma, dos roteiros de leitura 1, 2 e 3 (ver Anexos) para todos os alunos e uma cópia da Lista de perguntas aula a aula para o professor. 

DVD: O mistério dos escavadores 

Sugestão de lojas on‐line, onde se pode encontrar o livro e o DVD7: 

 

7 Consulta realizada em 07/08/2009. 

6

www.submarino.com.br:  

LIVRO – Buracos   DVD – O mistério dos escavadores R$ 31,00 + frete  de: R$ 21,90 por: R$ 12,90 + frete  www.americanas.com:  LIVRO – Buracos  DVD – O mistério dos escavadores R$ 27,90 + frete  R$ 17,90 + frete  www.videolar.com:  LIVRO – Buracos  DVD – O mistério dos escavadores Não vende livros  R$ 19.90 + frete  www.extra.com.br:  LIVRO – Buracos  DVD – O mistério dos escavadores Não tem o livro no catálogo  R$ 19,90 + frete  www.livrariacultura.com.br:  LIVRO – Buracos  DVD – O mistério dos escavadores Esgotado  R$ 19,20 + frete                www.livrariasaraiva.com.br:  LIVRO – Buracos  DVD – O mistério dos escavadores R$ 32,50 + frete  R$ 44,90 + frete 

Aula 1 (90 min.)

Material Necessário8 

• TV e aparelho de DVD   

• Cópia do DVD O mistério dos escavadores 

• Livros para todos os alunos

PASSO 1 – MOBILIZAR PARA A LEITURA

O primeiro contato dos alunos com o livro que será lido é fundamental para o sucesso do trabalho. Deve ser um momento de “sedução”, no qual o mais  importante é fazer com que o aluno se  interesse pela leitura do livro. 

Nesse movimento de sedução, é também  importante contextualizar o  livro. Para  isso, sugerimos que, antes  da  distribuição  dos  volumes  aos  alunos,  o  professor  instigue  a  curiosidade  deles  da  seguinte forma: 

8 Para facilitar o trabalho do professor, no final deste material há uma lista com nossas sugestões de perguntas que poderão ser feitas aula a aula. É preciso ficar claro, porém, que é imprescindível que se leiam todas as orientações das atividades. Essa lista deverá servir apenas de apoio para a memória do professor durante as aulas. 

7

• assegure‐se de que os alunos ainda não vejam a capa do  livro, que, sugere‐se, seja distribuído no Passo 3; 

• escreva na  lousa a palavra HOLES  (pronuncia‐se  /rols/, com o “r” espirado,  saindo da garganta) e diga aos alunos que essa é uma palavra da língua inglesa; 

• pergunte‐lhes o que  acham que  essa palavra  significa. Depois de  algumas  respostas,  se ninguém souber a tradução correta, diga que o significado é “buracos” e que esse é o título do livro que todos da sala receberão para ler. Além de instigar a curiosidade dos alunos, saber o título original do livro também será importante para o sucesso do Passo 2; 

• informe‐lhes  que  esse  livro  teve  sua  primeira  publicação  em  1998,  foi  escrito  por  um  autor americano, Louis Sachar, e ficou durante um bom tempo na lista dos livros juvenis mais vendidos nos Estados Unidos. Essas  informações podem dar mais crédito ao  livro, pelos alunos, pois perceberão que se trata de um  livro especialmente escrito para a  faixa etária deles e que tem agradado a um grande número de leitores; 

• pergunte aos alunos que tipo de história eles imaginam que teria um livro com esse título. Deixe‐os falar livremente, sem negar nem confirmar nenhuma das hipóteses levantadas; 

• finalmente,  mostre‐lhes  a  capa  do  livro  e,  com  base  nela,  pergunte‐lhes  qual  das  hipóteses anteriormente  levantadas poderia estar mais próxima da realidade. Ouça todas as opiniões,  insista sempre para que os alunos as justifiquem, mas continue a deixar em suspenso qual seria a resposta mais acertada. Ainda não distribua os livros. 

Além  de  instigar  a  curiosidade  dos  alunos,  outra  forma  (talvez  até mais  importante)  de  o  professor mobilizá‐los para  a  leitura é mostrar entusiasmo em  relação  ao  livro, dizendo o que  sentiu, pensou, lembrou, aprendeu, enquanto lia. Se o professor demonstrar, de forma convincente, que já leu o livro e que achou a leitura instigante e muito interessante, os alunos ficarão mais inclinados a ler também. 

Assim, antes de continuar o trabalho, diga que esse livro é cheio de surpresas e que apresenta de tudo um pouco: romance, amizade, mentira, traição, mistério, aventura, suspense, temperados com doses de humor e, por isso, deve agradar a todos.

PASSO 2 – CONTINUANDO A “SEDUÇÃO”: O DVD

Para complementar esse momento  inicial,  informe aos alunos que esse  livro fez tanto sucesso que até virou filme. Explicite que um dos objetivos do trabalho que farão será comparar o livro e o filme.   

Em seguida, mostre aos alunos os trechos do DVD que trazem os comentários elogiosos sobre o  livro, feitos pelos atores e pelo diretor do filme.  

Para  isso, coloque o DVD no aparelho e, no “Main Menu”  (Menu Principal), escolha a opção “Set up” (Configuração). Ali, selecione “Subtitles” (Legendas) e, em seguida, “Portuguese” (Português). Volte para o Menu  Principal  e  selecione  “Bonus Material”.  Dentre  as  opções  que  se  apresentarão,  selecione “Digging the first hole” (Cavando o primeiro buraco). 

Repare que, mesmo nas legendas em português, o nome do livro aparece sempre como Holes; por isso é importante a atividade com a palavra em língua inglesa no Passo 1. 

No  trecho  selecionado, há  também o depoimento do autor do  livro,  Louis Sachar,  contando o que o inspirou a escrever essa história e qual foi seu processo de criação.  

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Chame a atenção dos alunos para o  fato de o autor dizer que  fez pelo menos  cinco versões do  livro antes de considerar que ele estivesse pronto. Lembre‐os de que é dessa forma que as pessoas em geral procedem: escrevem e  reescrevem seus  textos até que possam ser considerados prontos. Alerte‐os a também proceder sempre dessa forma quando forem escrever seus próprios textos. 

Depois  de  terminarem  de  assistir  a  todos  os  depoimentos  elogiosos  do  DVD  (aproximadamente  10 min.), espera‐se que os alunos estejam mais estimulados a ler o livro. Pergunte a eles quais as hipóteses anteriormente levantadas sobre o livro parecem ser as que melhor combinam com o que viram no DVD e se acreditam que essa  leitura possa ser, de  fato,  interessante e prazerosa. Provavelmente a maioria responderá que sim, uma vez que os depoimentos do DVD são bastante convincentes. 

É importante que todos saiam desta aula bastante curiosos e ansiosos por começar a ler o livro.

PASSO 3 – DISTRIBUIÇÃO DOS LIVROS E LEITURA DA ORELHA

• Finalmente, distribua os exemplares a  cada um dos alunos. Faça dessa  situação um momento de descontração.  Permita‐lhes  que  folheiem  seus  livros,  que  explorem  sua  capa,  a  quantidade  de páginas, que  festejem, mas  lembre a  todos que esses  livros deverão ser devolvidos à biblioteca e, por isso, devem ser tratados com cuidado, para que outros alunos também possam posteriormente se divertir com a leitura. 

• Faça uma leitura em voz alta da orelha do livro. Em seguida, proponha algumas questões:

O que vocês acham que o autor da orelha quer dizer com “Louis Sachar tece uma narrativa que embaraça e desembaraça...”?

Por enquanto, os alunos não terão condições de responder a essa pergunta com firmeza, mas somente de  levantar hipóteses. No decorrer da  leitura, no entanto,  tendo essa questão em mente, os  alunos poderão perceber o movimento de  ida e volta no  tempo que compõe a narrativa. É por meio desses flashbacks que se explicam os encontros e desencontros dos personagens com os quais, afinal, é tecida a curiosa trama da história. Assim sendo, sugerimos que essa questão seja retomada ao final da leitura do livro para que os alunos se deem conta da estrutura desse romance. 

A leitura da orelha ajudou‐os a antecipar melhor sobre o que o livro trata?  Ela ajudou‐os a confirmar ou refutar as hipóteses até agora levantadas?  Para que vocês acham que serve a orelha de um livro? 

Espera‐se que os alunos percebam que as orelhas dos livros trazem informações que ajudam potenciais leitores a se decidir sobre se desejam ou não  ler (ou comprar) o  livro e, ao mesmo tempo, auxiliam os leitores a antecipar em certa medida o conteúdo do livro e a levantar hipóteses acerca do que será lido. 

• Peça‐lhes que tragam seus livros na próxima aula (ou, se preferir, nesse primeiro momento recolha os livros para redistribuí‐los na próxima aula).

ATENÇÃO: é  importante que as atividades da próxima aula  sejam  feitas num dia em que haja aula dobrada (90 min.). 

Aula 2 (90 min.)

Lembre‐se: você vai precisar de uma aula de 90 minutos para as atividades que se seguem.

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Material necessário 

• TV, aparelho de DVD e cópia do DVD O mistério dos escavadores 

• Cronograma impresso (caso queira distribuir aos alunos) 

• Cópias em número suficiente do Roteiro de leitura19

PASSO 1 – CRONOGRAMA DE TRABALHO

• Esclareça aos alunos que vocês farão uma leitura programada, ou seja, a leitura da obra por partes, com um tempo determinado para discussão da parte lida e comparação do livro com o filme, tendo como  base  perguntas  previamente  feitas,  bem  como  discussão  livre  sobre  aspectos  que mais  os tenham impressionado na obra. 

• Disponibilize na lousa ou distribua impressos do cronograma de leitura (os originais para cópia estão no final deste material). Faça uma leitura conjunta do cronograma e peça que os alunos copiem‐no da lousa ou colem‐no no caderno.  

• Também seria importante neste momento que você apresentasse à turma, previamente, o processo de avaliação do projeto. Esclareça que ele será avaliado pela sua participação nas aulas, pelo fato de ter se proposto a pensar nas respostas às perguntas do roteiro e ler o livro. Além disso, também fará parte  da  avaliação  a  produção  de  um  comentário  recomendando  ou  não  o  livro  ou  o  filme  aos alunos de outras classes (afinal, vários exemplares do livro passarão a estar disponíveis para todos os alunos na biblioteca da escola).

PASSO 2 – LEITURA COMPARTILHADA (capítulos 1 e 2)

Anuncie à classe que hoje todos vocês começarão a ler o livro juntos. Sabe‐se que, em geral, conseguir ultrapassar a leitura dos primeiros capítulos de um livro é fator que assegura, em grande parte, que se consiga  lê‐lo  até  o  final.  Assim,  sugerimos  a  leitura  compartilhada,  em  sala  de  aula,  dos  primeiros capítulos do livro.  

Se possível, crie um clima mais confortável na sala, colocando as carteiras em círculo, ou leve os alunos a  um  ambiente mais  calmo  e  acolhedor.  A  ideia  é  que  os  alunos  associem  a  leitura  literária  a  um momento prazeroso. 

Solicite  a  todos  que  abram  o  livro  na  página  de  rosto  e  vão  folheando  as  páginas  subsequentes, observando o título, o nome do autor, quem fez a tradução, qual é a editora. Pergunte a quem o autor dedicou o livro e qual é o título da Parte I (Você está entrando no Acampamento Lago Verde). 

Peça que parem na página 3 e inicie a leitura compartilhada dos capítulos 1 e 2.  

Para que a  leitura não  fique cansativa para os alunos, é  importante que seja  feita de  forma pausada, com poucos tropeços e com as entonações sugeridas pela pontuação do texto; por isso, nesse primeiro momento, sugerimos que o próprio professor a faça. 

Oriente os alunos a levantar a mão caso queiram comentar alguma coisa ou não compreendam alguma palavra ou  trecho. Não  responda às questões de  imediato, vá dando pistas para que o aluno  infira a resposta por si só.  9 No fim deste material há o original do cronograma e de todos os roteiros para que o professor possa copiá‐los. 

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Da mesma forma, não dê de imediato o significado de palavras que eles não conhecem. Tente fazê‐los inferir o sentido da palavra no contexto, se isso for possível.

PASSO 3 – CONVERSA SOBRE A LEITURA

Depois de  lidos os capítulos 1 e 2, em clima de conversa, podem‐se fazer perguntas que estimulem os alunos a elaborar apreciações afetivas e/ou estéticas em relação aos recursos estilísticos utilizados pelo autor, bem como apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos. Por exemplo: 

• Como  lhes  pareceu  a  descrição  do  acampamento?  Até  aqui,  o  autor  conseguiu  descrever  bem  o “clima” do  lugar? Como ele conseguiu passar esse “clima”? Vocês  já formaram uma  imagem desse lugar na sua cabeça?  

• O que mais lhes causaria mais mal‐estar naquele local? 

• O que vocês acharam da  forma com que as palavras “normalmente” e “sempre”  foram usadas no capítulo 1? 

A  forma  como  as  palavras  “normalmente”  foram  postas  em  destaque  contribui  para  que  a  palavra “sempre”  ganhe mais  ênfase  e  transmita  com mais  dramaticidade  para  o  leitor  o  real  perigo  que  a mordida de um lagarto de manchas amarelas representa.  

• O que vocês acharam da escolha de Stanley? 

Mais uma vez, Stanley agiu de forma ingênua, acreditando que o juiz o fosse enviar a um acampamento semelhante aos acampamentos de férias frequentados pelas crianças de famílias ricas. 

• O que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo?

Sempre  estimule os  alunos  a  estabelecer possíveis  relações  entre o que  acabaram de  ler  e outras leituras feitas, filmes assistidos...

Aproveite você também para expressar suas impressões. É importante que os alunos o vejam como um leitor – assim como eles – que faz apreciações pessoais sobre o que lê.

PASSO 4 – LEITURA COMPARTILHADA (capítulo 3) E MAIS CONVERSA

Depois  de  conversar  sobre  os  capítulos  1  e  2,  ler  em  voz  alta  o  capítulo  3.  Em  seguida,  discutir  as questões abaixo sobre o que foi lido.  

1. Como vocês descreveriam Stanley e sua a família? 

Chame a atenção dos alunos para o  fato de que  todos da  família, apesar dos problemas,  são otimistas e até ingênuos. Algumas passagens que comprovam isso: 

“Todos  eles  tinham  mais  uma  coisa  em  comum.  Apesar  de  tremendo  azar,  sempre  permaneciam esperançosos. Como o pai de Stanley gostava de dizer: ‘Aprendo com o fracasso’.” (...) “__ Você não precisa de advogado – dissera a mãe – Basta contar a verdade.” 

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2. Como Stanley é fisicamente? 

Esta pergunta é importante por dois motivos: primeiro porque a transformação física de Stanley no acampamento acompanha a transformação de seu caráter; e segundo porque, mais adiante, os alunos perceberão que, no filme, a personagem de Stanley é vivida por um ator magro. 

 

3. O que Stanley e sua família diziam quando algo dava errado? Qual a origem da frase? 

Eles diziam que era culpa do pilantra‐imundo‐nojento‐do‐ladrão‐de‐porcos do trisavô.  

Esta frase teve origem numa praga rogada por uma cigana que se sentiu enganada pelo trisavô de Stanley. Por ter roubado o porco dessa cigana, ela teria amaldiçoado o trisavô de Stanley e todos os seus descendentes. 

 

4. Vocês acreditam em pragas e maldições? 

Esta pergunta pressupõe  respostas pessoais dos alunos. Considere o que  todos  têm a dizer e tome cuidado para não impor suas próprias crenças, já que a escola é uma instituição laica e os professores não devem privilegiar nenhuma crença. 

Procure garantir também que todos sejam ouvidos e que todas as opiniões sejam respeitadas. 

Procure  fazer os alunos  compreender que, embora muitos possam não acreditar em pragas e maldições, no âmbito da  ficção  tudo é possível. Sendo assim, procure  levantar mais hipóteses com os alunos acerca da continuação da história, perguntando se eles acreditam que a  família vai se livrar ou não da tal praga. 

 Antes de dar continuidade à leitura, faça algumas questões de levantamento de hipótese:  

• Digamos que realmente os Yelnats vivam sob o “domínio” de uma praga. Haveria um  jeito deles se livrar dela? Como? 

• De que forma vocês imaginam que o projeto de reciclar tênis do pai de Stanley poderia ter levado o menino para a prisão?  

PASSO 5 – DANDO CONTINUIDADE À LEITURA

Faça a leitura compartilhada do capítulo 4 e, em seguida, discuta as seguintes questões.

1. Que  tipo  de  garoto  é  Stanley?  Corajoso,  tímido, mau  caráter?  O  autor  cita  claramente  as características  de  Stanley  (usando  adjetivos  qualificativos  diretamente  referentes  a  ele)  ou ficamos sabendo delas pelas ações do garoto? 

O autor declara expressamente que Stanley não é um mau rapaz  (pág. 7), no entanto  isso  fica mais evidente pelas atitudes dele.

2. Quais trechos dos capítulos 3 e 4 demonstram o caráter de Stanley?

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Stanley parece ser um rapaz bom e ingênuo. Sua ingenuidade fica evidente no capítulo 3, quando escolhe  ir para o Acampamento Lago Verde, acreditando que se tratasse de um  lugar como os acampamentos para onde vão as crianças ricas durante as férias. Três passagens do capítulo 4, em especial, também mostram o bom caráter e a ingenuidade de Stanley: quando ele agradece ao motorista do ônibus pela viagem; quando ele por um momento chegou a acreditar que era para ele uma das garrafas de  refrigerante que o chefe ofereceria ao guarda; quando ele  ficou com pena do guarda e do motorista que teriam de fazer a viagem de volta no mesmo dia.

PASSO 6 – ASSISTIR ÀS PRIMEIRAS CENAS DO FILME

Passe os primeiros 10 minutos do filme, até um pouco antes do momento em que Pendanski entra em cena.

• Pergunte aos alunos o que eles acharam desse início do filme e por quê.  

• Em seguida, peça‐lhes que comparem o trecho lido em classe com as cenas assistidas.  

• A seguir sugerimos algumas questões para ajudar na comparação entre o livro e o filme.

1. O filme começa da mesma forma que o livro? 

Não. O  livro começa com uma descrição do Acampamento Lago Verde. O  filme começa com a cena de um dos garotos internos, pisando em uma cascavel.

2. Como o livro descreve Stanley e como ele se parece no filme?

Livro: gordo, sem amigos; 

Filme: magro, sem amigos.

3. Por que vocês imaginam que haja essa diferença?

A explicação para o Stanley do filme ser magro pode ser encontrada em um dos “bônus” do DVD. Na faixa The boys of the D‐Tent há o depoimento da produtora de elenco do filme, no qual ela revela  que  seria  muito  difícil  encontrar  um  adolescente  gordo  que  conseguisse  emagrecer durante as filmagens (pois é isso que acontece com Stanley no filme). Além disso, as cenas eram todas  gravadas  fora  de  ordem,  ou  seja,  num  dia  gravavam  uma  cena  do  fim  do  filme  e  no seguinte poderiam gravar uma do começo do filme.

4. Quais outras diferenças vocês reparam?

Livro: pai quer descobrir como reciclar tênis; 

Filme: pai de Stanley quer encontrar a cura para chulé. 

É  possível  que  os  alunos  apontem  outras  diferenças.  Ouça  o  que  têm  a  dizer  e  peça  que comprovem citando partes do livro ou do filme.

5. O primeiro capítulo do filme é diferente da primeira cena do filme. Como o primeiro capítulo foi aproveitado no filme?

O primeiro capítulo do  livro é dito quase  literalmente pelo Sr. Chefe, quando Stanley chega no acampamento.

Faça  também  perguntas  de  apreciação  estética  em  relação  ao  filme,  abordando aspectos próprios da linguagem cinematográfica. Por exemplo:   

1. O que  vocês acharam da  trilha de abertura? O que a  canção de abertura os  faz lembrar? Ela é adequada às imagens? 

Procure  levar os alunos a perceber que a canção de abertura parece um misto de rap com aquelas canções que ouvimos em filmes de época que retratam escravos cantando  enquanto  trabalham.  Portanto,  a  música  é  bem  adequada,  pois  nos remete  a  esses  dois  universos:  o  dos  trabalhadores  forçados  (escravos)  e  o  da juventude atual (rap).  

 

2. Que  tal  a  primeira  cena  (do  rapaz  que  pisa  em  uma  cascavel)?  Tem  bastante impacto? Por que vocês acham que o diretor e o roteirista escolheram iniciar o filme com essa cena? 

A primeira cena (em que o jovem pisa na cascavel) já antecipa os problemas pelos quais  Stanley passará mais adiante na narrativa. Ela prende o espectador, que  a seguir assistirá a outras cenas – de antes de Stanley ser mandado ao acampamento –,  deixando‐o  num  suspense  sobre  o  que  de  terrível  acontecerá  com  nosso simpático protagonista depois que for condenado.  

 

3. O que vocês acharam da passagem da cena do grito do rapaz para a cena em que os tênis aparecem voando no céu? 

Se possível, passe as cenas iniciais novamente para que os alunos possam revê‐las. Leve‐os a perceber que, no fim da primeira cena, o rapaz grita de dor e olha para o céu, onde aparecem os tênis que caem na cabeça de Stanley. Assim, o corte entre uma cena e outra fica praticamente  imperceptível. Uma passagem surpreendente de uma cena a outra. 

PASSO 7 – PREPARAÇÃO PARA A PRÓXIMA AULA

Para finalizar, faça perguntas de levantamento de hipótese acerca dos próximos capítulos.

• O que vocês acharam do Sr. Chefe? Ele vai facilitar ou dificultar a vida de Stanley? O que há no texto que comprove sua opinião?

Com  sua  forma  extremamente  direta  de  comunicar  as  regras  do  acampamento  a  Stanley,  Sr.  Chefe parece ser um homem insensível e durão. Além disso, ele não deu água para Stanley beber quando este declarou estar com sede. Assim sendo, provavelmente Sr. Chefe dificultará a vida do rapaz.

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• Com base nas características de Stanley vistas até agora, vocês acham que ele vai  se dar bem no acampamento?

Tudo  indica que Stanley vai ter muitos problemas, por causa de sua  ingenuidade e o fato de ele estar “sempre no lugar errado na hora errada”. No entanto, percebe‐se que, em muitas situações futuras, ele agirá de forma bastante esperta para se safar de problemas e, conforme a narrativa vai avançando, ele vai ficando cada vez mais esperto, forte e determinado.

• Que tipo de situação poderá acontecer a ele daqui para frente?

Aqui os alunos poderão  levantar  inúmeras hipóteses. Ouça atentamente o que  todos quiserem dizer. Peça‐lhes que anotem as  suas hipóteses e aquelas dos colegas que acharem mais plausíveis para, ao final da leitura, poderem confrontá‐las com o que de fato aconteceu.

PASSO 8 – LEITURA PARA CASA

Solicite que leiam até o capítulo 10 (da pág. 16 até a 53). 

Distribua o Roteiro de leitura 1 e dê aproximadamente uma semana de prazo para a leitura, durante a qual eles deverão pensar nas questões, que serão discutidas posteriormente em classe. 

Os alunos podem considerar que a leitura de 37 páginas em uma semana seja muito. Se isso acontecer, chame a atenção deles para o  fato de que apenas em alguns minutos da aula de hoje  foram  lidas 15 páginas  e,  se  considerarem  essa  proporção,  em  pouco mais  de  dois  dias  eles  poderão  ler  o  que  foi proposto. Diga‐lhes que certamente a leitura fluirá bem, pois, como já puderam notar, a linguagem do livro não é difícil e há muitos diálogos, o que facilita a leitura. Além disso, há muitos espaços em branco no início e no fim de cada capítulo.

Se você tiver aula com essa classe durante o período em que os alunos estarão lendo em casa, aproveite para estimular a leitura, fazendo algumas perguntas, com o intuito de instigar a curiosidade deles. Peça que os alunos apenas levantem a mão para respondê‐las e que não contem detalhes de nada, para não “estragar” a leitura de quem ainda não leu. Algumas sugestões:  

• Quem  já  chegou  na  parte  em  que  Stanley  cava  o  primeiro  buraco,  coitado?  (O  uso  do  adjetivo “coitado” pode estimular os alunos a ler para saber por que Stanley é “coitado”.)  

• Quem já chegou na parte em que Stanley encontra algo no buraco que cavou?  

Quem já chegou na parte da briga na sala de jogos?

Aula 3 (90 min.)

Material necessário 

• Livro, TV, aparelho de DVD e cópia do DVD O mistério dos escavadores 

• Cópias em número suficiente do Roteiro de leitura 2

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PASSO 1  CONVERSANDO SOBRE OS CAPÍTULOS LIDOS E INCENTIVANDO QUEM AINDA NÃO COMEÇOU A LER

Numa roda de conversa e num clima descontraído, pergunte aos alunos se as hipóteses  levantadas na aula anterior se confirmaram ou não. Em seguida, solicite que digam os títulos que eles pensaram para os  capítulos  lidos,  justificando  as  escolhas.  Escreva  na  lousa  alguns  dos melhores  títulos  para  cada capítulo. 

Além  de  contribuir  para  o  desenvolvimento  da  capacidade  dos  alunos  de  fazer  generalizações, mais adiante, essa atividade com os  títulos vai ajudá‐los na  tarefa de comparar o  livro com o  filme, pois a citação dos títulos os ajudará a lembrar a sequência dos acontecimentos narrados no livro. 

Retome as perguntas que foram escritas no Roteiro de leitura 1 e discuta com eles as respostas.

Para continuar estimulando a  leitura do  livro, é muito  importante que se dê a palavra a  todos que quiserem se manifestar e que o professor demonstre interesse real, valorizando o que cada um deseja dizer.

 Nesse primeiro momento, a  intenção principal da atividade não é verificar quem  leu ou não, mas sim compartilhar informações e incentivar para que todos deem prosseguimento à leitura.

2. Quais passagens narradas num dos capítulos lidos já estavam no início do filme? 

O dia em que os tênis caíram na cabeça de Stanley e seu julgamento. 

 3. No capítulo 7 há duas histórias intercaladas que se passam em tempos diferentes. Sobre o que 

falam essas histórias? Há alguma relação entre elas? Qual? 

(Leia observações abaixo.) 

 4. Que apelido Stanley  recebeu de seus companheiros? Você acha que o apelido combinou com 

ele? 

Troglodita. 

  

5. Qual é o apelido dos companheiros de Stanley? 

Raio X, Bacalhau, Magneto, Sovaco, Ziguezague e Zero. 

6. No capítulo 10, Stanley vai encontrar algo  interessante enquanto cava. Como  isso mudará a situação dele? 

Stanley encontrou um  fóssil, mas  isso não mudou a situação dele, pois o Sr. Pendanski disse que esse tipo de achado não interessava a ninguém. 

Quando os alunos começarem a responder à pergunta 3, sobre as duas histórias ocorridas em tempos diferentes e intercaladas no capítulo, ensine a eles que esse é um recurso bastante usado em literatura e cinema, chamado flashback. Se considerar conveniente, escreva a definição de flashback na lousa.  

Para o prosseguimento da leitura, é importante que os alunos compreendam o mecanismo pelo qual os flashbacks funcionam, já que a estrutura narrativa de Buracos se baseia fortemente nesse recurso. 

O flashback 

Flashback  é  a  interrupção  da  sequência  cronológica  da  narrativa  com  a  introdução  de acontecimentos ocorridos anteriormente. É como se fosse uma volta (back) ao passado.   Em  geral,  os  autores  recorrem  aos  flashbacks  para  ajudar  a  mostrar  aos  leitores acontecimentos ocorridos anteriormente na história, a  fim de que compreendam melhor algum acontecimento atual da narrativa.  

No  cinema,  o  flashback  também  é  um  recurso  típico  de  vários  gêneros,  sendo  mais 

frequente nos filmes policiais. 

PASSO 2 – COMPARANDO LIVRO E FILME 

Passe o filme a partir da última cena assistida na aula anterior até a cena em que Stanley encontra um fóssil. O tempo necessário para isso será de 20 minutos.  

Antes de reiniciar o filme, peça aos alunos para reparar nas diferenças entre o livro e o filme e imaginem por que elas ocorrem. É muito importante que esse pedido seja feito antes da “projeção” do filme, para que os alunos consigam fazer uma comparação melhor. 

Interrompa o  filme no momento em que Stanley  começa a  conversar  com o Sr. Pendanski  sobre o passado do lago.  

 

AS DIFERENÇAS 

Você deverá ter reparado que, até esse trecho, na realidade, não há muitas diferenças entre o romance e o filme. Se observarmos a estrutura do texto, veremos que é composto em grande parte por diálogos, o que deve ter facilitado sua transposição para um roteiro de cinema.  

Algumas das diferenças mais evidentes dizem respeito à tradução, à transposição de algumas falas do narrador do livro (já que no filme não há um narrador) e limitações práticas e materiais da produção do filme. Vejamos: 

 

Alguns apelidos foram trocados.  

Motivo provável: dificuldade/problema de tradução. 

Há  diferença  dos  apelidos  nas  versões  dublada  ou  legendada  do  filme,  portanto  as  respostas dependerão de qual das duas versões o professor escolheu para exibir à classe. 

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Na versão dublada, o Sr. Chefe é chamado de “Meu Senhor”; na versão legendada, ele é chamado de Sr. Sir. 

A personagem Saco de Vômito do livro é chamada de Vomitão na versão dublada e de Saco de Latidos na versão legendada. 

No livro, Stanley é apelidado de Troglodita. Tanto na versão dublada quanto na legendada, é chamado de Homem da Caverna. 

No filme, Bacalhau se chama Lula (Squid). 

 

Uma ação substitui uma fala do narrador. 

Motivo provável: não há a figura do narrador no filme, portanto o que ele fala deve ser posto na boca de uma personagem ou traduzido em ações. 

Isso  ocorreu  com  o  primeiro  capítulo  do  livro,  que  foi  quase  que  literalmente  falado  por  Sr.  Sir  (Sr. Chefe) nas primeiras cenas do filme, quando ele recepciona Stanley ao chegar no acampamento. 

Mais adiante, a cena em que Sr. Sir atira num lagarto não existe no livro. Essa cena provavelmente vem substituir  o  capítulo  8,  no  qual  há  apenas  a  descrição  dos  lagartos  de manchas  amarelas  feita  pelo narrador. Como não há narrador no filme, inseriu‐se uma ação que demonstra o medo de alguém ao se deparar com o terrível réptil. 

 

Os lagartos não são exatamente iguais no livro e no filme. 

Motivo provável: a equipe de produção do filme não conseguiu encontrar lagartos mansos e com olhos vermelhos10. 

Os lagartos não têm olhos vermelhos no filme. Provavelmente a produção do filme teve dificuldade em encontrar lagartos com olhos vermelhos. 

 

É possível que os alunos notem outras diferenças. Nesse caso, peça que comprovem com passagens do livro ou do filme. 

PASSO 3 – PENSEM NISSO! 

Depois  de  observarem  as  diferenças  entre  o  livro  e  o  filme,  proponha  questões  para  o desenvolvimento de capacidades de apreciação e réplica relativas a valores éticos e/ou políticos. Por exemplo: 

1. Foi uma boa  ideia Stanley ter contado ao  júri a verdade sobre o dia em que os tênis caíram em 

sua cabeça? 

10 Em uma das faixas “bônus” do DVD (The boys of the D‐Tent) há um trecho em que o responsável pelos animais na produção do filme explica os critérios de escolha para os lagartos usados. 

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A discussão aqui será em torno da polêmica questão sobre “até que ponto mentir é válido”. 

No caso de Stanley, ele de forma alguma poderia ter mentido para a justiça, mas foi ingenuidade declarar  que  os  tênis  caíram  do  céu.  A  forma  como  se  expressou  fez  com  que  a  verdade parecesse mentira, devido à remota possibilidade de um par de tênis simplesmente cair do céu. 

Talvez ele pudesse dizer, sem mentir, que encontrou os tênis na rua. 

Depois das discussões  seria bom deixar  claro  aos  alunos que, no  caso do  filme,  a declaração absurda de Stanley  tinha como objetivo causar humor, exagerando uma das características de todos da família Yelnats, a ingenuidade. 

 2. O que influenciou na condenação de Stanley: o azar da família ou a ingenuidade dos pais? 

Se considerarmos válido o que foi exposto na resposta à questão acima, é mais provável que a condenação de Stanley tenha sido em grande parte motivada mais pela  ingenuidade da família do que por azar. No entanto, se seguirmos a lógica do romance, é possível considerar que tenha sido uma junção das duas coisas. 

 3. O fato de Stanley ser de uma família pobre pode ter influenciado na sua prisão? De que forma? 

Por quê? 

Sim. Por ser pobre, Stanley não podia pagar um advogado que o orientasse melhor. 

 4. O que vocês acham do tratamento recebido pelos rapazes no Acampamento Lago Verde. Vocês 

acreditam que aquele tipo de tratamento, de fato, pode ajudar a recuperar jovens delinquentes? 

PASSO 4 – CONTINUANDO A LEITURA 

Para as próximas discussões e questões, distribua o Roteiro de  leitura 2 e peça que os alunos continuem lendo o livro até o capítulo 34 (pág. 159) para poder respondê‐las. Determine um prazo de 15 a 20 dias para essa leitura. 

Para  finalizar e  instigar os alunos a continuar a  leitura, conte‐lhes que nos próximos capítulos alguém encontrará algo realmente  interessante num dos buracos e haverá duas  fugas  inesperadas do acampamento que mudarão totalmente o rumo da história.  

Deixe três perguntas no ar: 

• O que será que vai ser encontrado? Quem encontrará? 

• Quem será que vai fugir? 

• Será que os fugitivos sobreviverão ao deserto? 

Mais uma vez, é possível que os alunos considerem que eles deverão  ler muitas páginas num período muito curto. Se isso acontecer, seja firme e chame a atenção deles para o fato de o texto ser composto basicamente  de  diálogos,  o  que  facilita  bastante  a  leitura.  Além  disso,  dificilmente  um  capítulo ultrapassa 4 páginas (o que também agiliza o ritmo da leitura). 

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Em último  caso,  apele para o  argumento de que  todo  capítulo  começa no meio de uma página  e o restante dela  fica em branco. Portanto, o que parece  ser 100 páginas de  texto, na  realidade é muito menos. 

Para verificar se os alunos estão conseguindo ler num ritmo razoável e para incentivar a leitura daqueles que ainda não estão muito animados, destine alguns minutos de uma ou outra aula que vocês tiverem durante o período em que os alunos estarão lendo em casa e aproveite para estimular a leitura, fazendo algumas perguntas, com o intuito de instigar a curiosidade da classe.  

Como sugerimos anteriormente, peça que os alunos apenas  levantem a mão para respondê‐las e que não  contem  detalhes  de  nada,  para  não  “estragar”  a  surpresa  de  quem  ainda  não  leu.  Algumas sugestões:  

• Quem já chegou na parte em que é encontrado algo considerado interessante pela Direção? 

• Quem já chegou na parte da fuga? Engraçado, não é? 

• Quem já chegou na parte em que os meninos estão no deserto? Será que sobreviverão? Como? 

 

Se sobrar tempo na aula, faça uma leitura compartilhada a partir do capítulo 11. 

Aula 4 (90 min.)

Material necessário 

• Livro, TV, aparelho de DVD e cópia do DVD O mistério dos escavadores 

• Cópias em número suficiente do Roteiro de leitura 3 

Peça para aqueles que leram além do capítulo 34 que não revelem o que virá a seguir na história, para não estragar o prazer da descoberta dos outros alunos. 

PASSO 1 – CHECANDO HIPÓTESES 

Retome as perguntas de levantamento de hipóteses feitas ao final da última aula: 

• O que será que vai ser encontrado? Quem encontrará? 

Stanley encontrou um objeto dourado que parecia uma  cápsula de bala de espingarda, mas que, afinal, era a tampa do batom de Katie Barlow. 

• Quem será que vai fugir? 

Primeiro fugiu Zero; depois, Stanley. 

 • Será que os fugitivos sobreviverão ao deserto? 

Ainda não será possível responder a esta pergunta. Assim, o suspense permanecerá. 

 

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Em seguida, pergunte aos alunos se aconteceu o que eles tinham imaginado ou não e o que eles acharam do encaminhamento dado ao enredo pelo autor. 

PASSO 2 – CONVERSANDO SOBRE A LEITURA 

Retome as questões do Roteiro de leitura 2 e discuta as respostas com a turma. 

1. Continue criando títulos para cada capítulo. 

Escreva na lousa os títulos dos capítulos do DVD relativos à parte lida (coluna da esquerda da tabela abaixo) e solicite aos alunos que compare‐os com a ordem dos capítulos do  livro e os títulos que eles criaram. 

Repare  que  há menos  capítulos  no DVD  do  que  no  trecho  lido  pelos  alunos.  Eles  leram  24 capítulos, e o trecho correspondente no DV tem apenas 10. Ou seja, a cada capítulo do DVD é incluído mais de um capítulo do livro.  

Com  base  nos  títulos  criados,  desafie  os  alunos  a  imaginar  quais  capítulos  do  livro correspondem aos do DVD.  

Correspondência aproximada entre os capítulos do livro e do DVD 

CAPÍTULOS DO DVD  

CAPÍTULOS DO LIVRO 

1. Sam da Cebola e Srta. Katherine  Caps. 23, 25, 26  

2. Ninguém se mete com o Homem das Cavernas  

Cap. 9  

3. Encontrando algo especial  Caps. 13, 14, 15  

4. O acordo  Cap. 22  

5. A vingança da Srta. Katherine  Cap. 26   

6. As sementes de girassol do Sr. Senhor 

Cap. 19 

7. A receita da diretora  Caps. 20, 21  

8. Stanley ensina Zero a ler  Caps. 22, 27  

9. Zero foge!  Caps. 30, 31  

10. Stanley vai atrás de zero  Cap. 32  

Não se espera que os alunos acertem as correspondências. Trata‐se apenas de uma atividade para ajudá‐los a recuperar o enredo do livro até este ponto.  

Aproveite também para reparar em quem parece estar lendo o livro e quem parece não estar. 

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2. Faça uma lista dos capítulos em que há flashbacks. 

Capítulos em que há flashbacks: 23, 25, 26, 28.  

Esta questão e a seguinte têm como objetivo verificar se os alunos estão conseguindo perceber o que são os flashbacks e a função que eles exercem na narrativa. 

 

ATENÇÃO: quando algum personagem apenas se refere – seja num diálogo seja em pensamento – a um fato ocorrido no passado, isso não caracteriza um flashback.  

O  flashback deve ser uma clara  interrupção do  fio da narrativa, onde se  introduz uma outra narrativa independente, desenvolvida num tempo anterior ao da narrativa principal. 

3. Dentre os  capítulos  lidos, há o episódio de  Sam e Katherine. O que esse  flashback esclarece sobre a história toda? O que você achou do desfecho do episódio dessas duas personagens? 

Explica por que o lago secou e como Katherine se transformou em Kate Barlow, a Beijoqueira. 

Comentário importante 

É bastante triste o episódio desses dois personagens, não só porque o amor deles não pode se realizar devido à morte de Sam, mas principalmente por que isso aconteceu por causa de racismo. Permita que os  alunos  se manifestem  livremente  sobre  essa  questão. Aproveite  a  situação  e  não  deixe  de  fazer comentários sobre quão condenável é qualquer atitude racista.  

Conte aos alunos que até meados da década de 1960, nos Estados Unidos, os negros eram totalmente segregados: não  tinham direito a voto,  tinham de  frequentar escolas diferentes das dos brancos, não podiam frequentar a mesma  igreja e só podiam se sentar nos bancos dos fundos dos ônibus públicos, entre outras segregações. 

Hoje a situação é bastante diferente, tanto  lá como aqui, mas não se pode negar que todos nós ainda temos de brigar muito para que o fim do preconceito seja uma realidade.  

4. Relacione as partes das quais você mais gostou e das quais menos gostou, justificando. 

• Depois de retomar as questões, discuta as seguintes: 

1. O que vocês acharam da personagem Truta Walker e da reação das pessoas da cidade em relação a Sam e Katherine? 

A  reação  dos  habitantes  de  Vale  Verde,  instigados  por  Truta Walker,  é  claramente  racista, inadmissível nos dias de hoje. Mas Truta não reage apenas por racismo. Na realidade, ele usa do racismo da população, atitude comum naquela época, para se vingar de Kate, que o havia rejeitado. 

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PASSO 3 – NOVA SESSÃO DE CINEMA 

Continue a mostrar o  filme aos alunos.  Inicie na cena em que pararam da última vez  (quando Stanley encontra um fóssil) e avance até a cena em que Stanley vai atrás de Zero e vê um par de pernas debaixo de um barco abandonado. Isso deve durar aproximadamente 50 minutos. 

ATENÇÃO: não vá além da cena em que Stanley observa os pés de Zero e chama o nome do amigo duas vezes. Ir além disso prejudicará o efeito de suspense presente no final do último capítulo lido do livro. 

PASSO 4 – COMPARANDO 

Depois de passar o filme até a cena acima determinada, pergunte aos alunos de que parte do filme eles mais gostaram e se essa combina com a parte do livro que eles tinham escolhido como predileta. Não se esqueça de sempre solicitar que os alunos justifiquem suas opiniões. Dê  também  a  palavra  aos  alunos  que  quiserem  falar  caso  tenham  encontrado  alguma  diferença significativa entre livro e filme. 

PASSO 5 – PREPARANDO AS DISCUSSÕES DA PRÓXIMA AULA 

Distribua o Roteiro de leitura 3 e peça que os alunos leiam em casa da página 160 até o final do livro. Determine um prazo de 10 a 15 dias para essa leitura. 

Levante hipóteses  com os alunos  sobre  “como eles acreditam que  terminará a história”. Se possível, anote algumas na lousa e peça que os alunos as copiem no Roteiro de leitura 3 para que sejam checadas ao término da leitura e na próxima aula sobre o livro.  

Caso não dê tempo de  fazer esta atividade ainda nesta aula, apenas peça que os alunos escrevam no Roteiro suas hipóteses, antes de dar continuidade à leitura. 

Durante  o  tempo  em  que  os  alunos  estarão  terminando  a  leitura  em  casa,  não  deixe  de  destinar alguns minutinhos de uma ou outra aula para verificar como anda a leitura, se a maioria está lendo, se estão com alguma dificuldade etc. 

Aproveite  também para  incentivar  a  leitura daqueles que  lhe parecerem meio desanimados. Destine alguns minutos de uma ou outra aula que vocês  tiverem durante o período para estimular a  leitura, fazendo algumas perguntas, com o intuito de instigar a curiosidade da classe.

Como nas situações anteriores, no período em que os alunos estarão fazendo a leitura em casa, durante uma ou outra aula, faça perguntas sobre o ritmo em que estão conseguindo  ler. Peça que eles apenas levantem a mão para  responder às perguntas a seguir e que não contem detalhes de nada, para não “estragar” a surpresa de quem ainda não  leu. Por outro  lado, não deixe de elogiar alguns trechos que serão lidos. Veja algumas sugestões:  

• Quem já chegou na parte em que Zero faz uma confissão? Não contem nada, mas a confissão é bem surpreendente, não é?  

• Quem  já chegou na parte em que os dois meninos decidem voltar ao acampamento? Será que eles conseguem? Por favor, quem já leu essa parte não conte a ninguém, para não perder a graça. 

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• Quem  já chegou na parte em que Stanley e Zero caem num buraco cheio de  lagartos? Será que os dois sobrevivem? Por favor, quem já leu essa parte não conte a ninguém, para não perder a graça. 

• Quem já terminou de ler o livro? 

Aula 5 (90 min.)

Material necessário 

• Livro, TV, aparelho de DVD e cópia do DVD O mistério dos escavadores. 

PASSO 1 – CHECANDO HIPÓTESES 

Inicie  a  aula  perguntando  aos  alunos  se  o  livro  terminou  como  eles  imaginavam,  se  eles  se surpreenderam ou ficaram frustrados. 

Pergunte também sobre quais partes eles mais gostaram e de quais não gostaram. Não se esqueça de insistir para que sempre justifiquem suas respostas. 

PASSO 2 – MAIS UM POUCO DE CONVERSA 

Depois de assistirem às cenas finais do filme, discutam as seguintes questões: 

1. O que o flashback do capítulo 49 ajuda a explicar?  

Stanley e Zero passaram dias na montanha, alimentando‐se apenas de cebola. Esse flashback, que mostra  o  suco  de  cebola  sendo  usado  para  espantar  lagartos,  explica  por  que  os  dois garotos não foram mordidos pelos répteis quando estavam cercados por eles no buraco. 

 

2. Retome a pergunta feita na primeira aula, quando foi lida a orelha do livro: O que vocês acham que  o  autor  da  orelha  quer  dizer  com  “Louis  Sachar  tece  uma  narrativa  que  embaraça  e desembaraça...”? 

Agora  os  alunos  terão  mais  condições  de  respondê‐la,  pois  devem  ter  percebido  que  os flashbacks, as coincidências e  inter‐relação dos acontecimentos passados e presentes, muito bem  amarrados  pelo  autor,  faz  com  que  o  enredo  do  livro  pareça mesmo  algo muito  bem tramado.  

Desafie‐os a desembaraçar essa trama, apontando as  inter‐relações entre os acontecimentos do romance.  

Leve‐os a reparar que nada do que está escrito no livro fica “solto”. Alguns exemplos:  

• Na página 24, já está escrito que os tênis de Clyde Livingston tinha um forte chulé. No fim do livro, é o próprio Clyde quem faz o comercial do Sploosh. 

• Um erro de tradução, por sinal, faz com que se perca outra coincidência: no original, o doce de  pêssego  que  Zero  encontra  embaixo  do  barco  de  Sam  é  apelidado  de  Sploosh  pelo 

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menino,  ou  seja,  o mesmo  nome  que  depois  é  batizado  o  produto  criado  pelo  pai  de Stanley.  No  entanto,  na  tradução  para  o  português,  o  tradutor  preferiu  usar  a  palavra “tchum” para o doce (ou gororoba, no filme) e Sploosh para o produto antichulé.   

• O cheiro do produto é de pêssegos, a mesma fruta das compotas de Katherine Barlow. 

• Zero era descendente de Madame Zeroni. O fato de ter comido as compotas de pêssegos de Kate Barlow fez com que passasse mal e fosse carregado nas costas por Stanley, como mandava a profecia da cigana.  

• As cebolas de Sam é que salvam Stanley e Zero. 

• Se Stanley não tivesse ensinado Zero a ler, ele não teria provado que a mala com o tesouro pertencia  ao  avô  do  amigo.  O  que  facilitou  a  Zero  a  leitura  do  sobrenome  de  Stanley provavelmente foi o fato de Zero ter tentado ler o nome de Mary Lou que estava de ponta cabeça no barco abandonado. 

• Sr. Sir vivia dizendo que o Acampamento Lago Verde não era para bandeirantes, mas ele se transformou num acampamento de bandeirantes no final. 

PASSO 3 – ASSISTINDO ÀS CENAS FINAIS  

Convide os alunos a assistirem às cenas finais, o que deve levar aproximadamente 33 minutos.  

Peça que assistam ao filme com três objetivos: 

1. Comparar  as  sensações/emoções  que  tiveram  durante  a  leitura  e  enquanto  estão  assistindo  ao filme. 

2. Observar se há diferenças entre o enredo do livro e o do filme. 

3. Prestar atenção na música que acompanha as cenas, procurando reparar de que forma ela reforça a ação que está se passando na tela. 

4. Observar  qual  recurso  de  imagem  o  diretor  usou  para  indicar  que  Hector  Zeroni  era  neto  de Madame Zeroni. 

O objetivo do primeiro item é que percebam que, em certos momentos, a leitura emociona mais do que o filme e, em outros momentos, ocorre o contrário. Isso porque cada uma das linguagens tem recursos próprios que nos tocam de diferentes formas. 

Com relação ao enredo, essa parte  final do  filme ainda se mantém bastante  fiel ao  livro, com poucas diferenças. Uma delas é o corte, no filme, da passagem do  livro em que Stanley volta para pegar a pá. Além  disso,  se  compararmos  a  descrição  do  topo  da montanha  onde  Stanley  e  Zero  se  refugiam, perceberemos que, no filme, há mais água no local do que é descrito no livro. 

Talvez a diferença mais marcante seja a caracterização do estado de saúde de Zero depois que ele bebe o “tchum”. No livro, temos a impressão de que ele pode, de fato, vir a morrer de intoxicação. No filme, seu estado de saúde não parece tão dramático. 

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O  final  também é um pouco diferente. No  filme,  Sr.  Sir, a Direção e Pendanski  vão presos. No  livro, apenas ficamos sabendo que o acampamento foi fechado pela justiça e a Direção acabou vendendo as terras para um acampamento de bandeirantes. Não se fala de prisão nenhuma. 

É possível que os alunos encontrem outras diferenças. Solicite que comprovem  isso citando partes do livro ou do filme. 

Com relação ao  item 2, prestando atenção na música que acompanha algumas cenas, percebe‐se que, enquanto Stanley está  sozinho, com muito calor no deserto, a música é  tocada por violinos, com um tom mais agudo e numa melodia lenta, o que parece acentuar a sensação de calor e cansaço. 

Quando os dois garotos estão  subindo a montanha, a música é  ritmada e animada, demonstrando o vigor esperançoso dos dois na escalada. 

Na  cena em que há mais  suspense, quando Stanley encontra dificuldade para  subir um determinado trecho,  voltam  os  violinos  e,  quando  o menino  escorrega,  a música  sobe  e  entram  instrumentos  de sopro, num tom forte, acentuando o susto que o espectador leva. 

Em cada cena mais dramática, voltam os violinos. 

No flashback que mostra a morte da Kate Barlow, as cenas são acompanhadas pela melodia suave de um piano. Apesar da dramaticidade e violência da cena, a música que toca parece uma melodia de amor e  redenção, que  inicia quando Kate  imagina  reencontrar seu amado Sam e continua por  toda a cena, como se o amor dos dois fosse o pano de fundo de tudo o que acontece ali. 

Quando os meninos voltam ao acampamento, voltam os violinos, mas desta vez numa melodia ritmada e alegre, como o ânimo dos dois. 

Na cena em que começa a chover no acampamento, entra uma música com flautas, violinos, metais e pratos, num tom de triunfo.  

Quanto ao quarto item, para indicar que Hector Zeroni era neto de Madame Zeroni, o diretor do filme escolheu fazer a fusão de duas imagens: da cigana e do menino. 

DISCUSSÃO FINAL 

Coloque para os alunos mais algumas questões: 

• Stanley termina sua aventura do mesmo jeito que a começou? Como ele era no início da narrativa e como ele estava ao final?  

Não, Stanley passa por uma grande  transformação. Perde a sensação de que é azarado,  fica mais forte, corajoso e autoconfiante.  

• O que vocês acharam do livro?  

• Vocês já tinham lido um livro com tantas páginas? Como foi essa experiência?  

• Vocês acham que agora estão um pouco mais preparados para ler outros livros com tantas páginas? 

• Se ainda houver tempo, assistir às cenas que foram cortadas no filme e perguntar:  

Por quais motivos vocês acham que essas partes foram cortadas? 

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Para acessar as cenas cortadas apresentadas no DVD, vá no Menu Principal, selecione “Bonus material” e, depois, “Deleted Scenes”. 

Muitos podem ser os motivos para que as cenas tenham sido cortadas: necessidade de não permitir que o  filme  ultrapassasse  120 minutos,  excesso  de  dramaticidade  das  cenas,  inadequação  das  cenas  ao público etc. 

Aula 6 – (90 min.)

Agora que os alunos finalizaram a leitura e já fizeram diversas discussões sobre o livro e sobre o filme, seria interessante propor a elaboração de comentários sobre o que acharam das obras, com o objetivo de recomendarem (ou não) a leitura do livro ou o filme para outros alunos.  Divida a classe em duplas ou em pequenos grupos: metade deles deverá escrever um comentário sobre o livro e metade, sobre o filme.  Reafirme para os alunos que um comentário só é válido se for baseado em argumentos. Portanto, não basta dizer que gostaram ou não das obras: é preciso justificar suas opiniões. Assim, peça que levantem pelo menos dois argumentos que as justifiquem. 

A fim de estimular os alunos de outras salas a também ler o livro (afinal, vários exemplares dele estarão disponíveis na biblioteca da escola) e assistir ao filme, depois que os comentários estiverem escritos e revisados, providencie um mural em algum corredor da escola, para que todos os alunos possam lê‐los.   

Caso a escola tenha acesso à internet, também seria muito interessante disponibilizar o comentário da turma  em  algum  site.  Por  exemplo,  o  site  da  Livraria  Cultura  tem  um  espaço  para  comentários  dos leitores (acesse www.livrariacultura.com.br, faça uma busca pelo título da obra e será aberta a página com as referências do livro: é só clicar sobre o título que outra página será aberta com acesso à sinopse do livro e aos comentários de leitores). Lá eles poderão saber o que outros leitores acharam da obra e comparar com as suas próprias apreciações. 

Para  publicar  o  comentário  sobre  o  filme,  acesse  www.adorocinema.com.  Em  seguida,  clique  em “Filmes” e depois em “Lista completa”. Faça uma busca pelo nome do filme, O mistério dos escavadores. Quando chegar à página com todas as informações sobre o filme, role‐a até o final e clique em Envie sua própria crítica sobre este ou qualquer outro filme clicando aqui!. 

Chame a atenção dos alunos para o fato de esse site analisar os comentários antes de os publicar e não autorizar  a  publicação  daqueles  cujas  opiniões  não  sejam  bem  justificadas.  Portanto,  a  utilização  de argumentos nos comentários elaborados será fundamental. 

A PARTIR DA PÁGINA SEGUINTE, VEJA MATERIAL ANEXO PARA IMPRESSÃO 

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Lista de perguntas aula a aula

Para facilitar o trabalho do professor, apresentamos aqui nossas sugestões de questões para discussão aula a aula. 

É  preciso  ficar  claro,  porém,  que  é  imprescindível  que  se  leiam  todas  as  orientações  das  atividades, mesmo porque as respostas às questões encontram‐se ali.  

Essa lista deverá servir apenas de apoio para a memória do professor durante as aulas. 

Aula 1

♦ Levantando hipóteses: 

• O que significa HOLES? 

• Que tipo de história vocês imaginam que teria um livro com esse título? 

• Agora, olhando a capa do livro, que tipo de história vocês acham que este livro conta? Justifiquem suas respostas. 

♦ Depois da leitura da resenha do livro: 

• O que vocês acham que o autor da orelha quer dizer com “Louis Sachar tece uma narrativa que embaraça e desembaraça...”? 

• A leitura da orelha ajudou‐os a antecipar melhor sobre o que o livro trata? 

• Ela ajudou‐os a confirmar ou refutar as hipóteses até agora levantadas? 

• Para que vocês acham que serve a orelha de um livro? 

Aula 2

♦ Após a leitura dos capítulos 1 e 2: 

• Como lhes pareceu a descrição do acampamento? Até aqui, o autor conseguiu descrever bem o “clima” do lugar? Como ele conseguiu passar esse “clima”? Vocês já formaram uma imagem desse lugar na sua cabeça?  

• O que mais lhes causaria mais mal‐estar naquele local? 

• O que vocês acharam da forma com que as palavras “normalmente” e “sempre” foram usadas no capítulo 1? 

• O que vocês acharam da escolha de Stanley? 

• O que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo? 

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♦ Depois da leitura do capítulo 3: 

1. Como vocês descreveriam Stanley e sua a família? 

2. Como Stanley é fisicamente? 

3. O que Stanley e sua família diziam quando algo dava errado? Qual a origem da frase? 

4. Vocês acreditam em pragas e maldições? 

5. De que forma vocês imaginam que o projeto de reciclar tênis do pai de Stanley poderia ter levado o menino para a prisão?  

♦ Depois da leitura do capítulo 4: 

1. Que  tipo  de  garoto  é  Stanley?  Corajoso,  tímido,  mau  caráter?  O  autor  cita  claramente  as características de Stanley (usando adjetivos qualificativos diretamente referentes a ele) ou ficamos sabendo delas pelas ações do garoto? 

2. Quais trechos dos capítulos 3 e 4 demonstram o caráter de Stanley? 

♦ Depois de assistir às primeiras cenas do filme: 

1. O filme começa da mesma forma que o livro? 

2. Como o livro descreve Stanley e como ele se parece no filme? 

3. Por que vocês imaginam que haja essa diferença? 

4. Quais outras diferenças vocês reparam? 

5. O primeiro capítulo do filme é diferente da primeira cena do filme. Como o primeiro capítulo foi aproveitado no filme? 

6. O que  vocês acharam da  trilha de abertura? O que a  canção de abertura os  faz  lembrar? Ela é adequada às imagens? 

7. Que  tal a primeira cena  (do  rapaz que pisa em uma cascavel)? Tem bastante  impacto? Por que vocês acham que o diretor e o roteirista escolheram iniciar o filme com essa cena? 

8. O  que  vocês  acharam  da  passagem  da  cena  do  grito  do  rapaz  para  a  cena  em  que  os  tênis aparecem voando no céu? 

♦ Levantamento de hipóteses para a continuação da leitura: 

• O que vocês acharam do Sr. Chefe? Ele vai facilitar ou dificultar a vida de Stanley? O que há no texto que comprove sua opinião? 

• Com base nas características de Stanley vistas até agora, vocês acham que ele vai se dar bem no acampamento?  

• Que tipo de situação poderá acontecer a ele daqui para frente? 

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Aula 3

♦ Perguntas do Roteiro de leitura 1 que deverão ser discutidas nesta aula: 

1. Dê um título para cada capítulo. 

2. Quais  passagens  narradas  num  dos  capítulos  lidos  em  casa  por  você  já  estavam  no  início  do filme? 

3. No capítulo 7 há duas histórias  intercaladas que se passam em tempos diferentes. Sobre o que falam essas histórias? Há alguma relação entre elas? Qual? 

4. Que apelido Stanley recebeu de seus companheiros? Você acha que o apelido combinou com ele? 

5. Qual é o apelido dos companheiros de Stanley? 

6. No capítulo 10, Stanley vai encontrar algo  interessante enquanto cava.  Isso mudará a situação dele? 

♦ Depois  de  retomarem  o  trecho  lido  e  discutirem  as  questões  do  roteiro  de  leitura, proponha  questões  para  o  desenvolvimento  de  capacidades  de  apreciação  e  réplica relativas a valores éticos e/ou políticos. Por exemplo: 

1. Foi uma boa  ideia Stanley ter contado ao  júri a verdade sobre o dia em que os tênis caíram em sua cabeça? 

2. O que influenciou na condenação de Stanley: o azar da família ou a ingenuidade dos pais? 

3. O fato de Stanley ser de uma família pobre pode ter influenciado na sua prisão? De que forma? Por quê? 

4. O que vocês acham do tratamento recebido pelos rapazes no Acampamento Lago Verde. Vocês acreditam que aquele tipo de tratamento, de fato, pode ajudar a recuperar jovens delinquentes? 

♦ Depois  de  assistirem  ao  filme,  retome  as mesmas  questões  para  levantar  diferenças  de 

elaboração entre os capítulos lidos e o filme: 

1. Foi uma boa  ideia Stanley ter contado ao  júri a verdade sobre o dia em que os tênis caíram em sua cabeça? 

2. O que influenciou na condenação de Stanley: o azar da família ou a ingenuidade dos pais? 

3. O fato de Stanley ser de uma família pobre pode ter influenciado na sua prisão? De que forma? Por quê? 

4. O que vocês acham do tratamento recebido pelos rapazes no Acampamento Lago Verde. Vocês acreditam que aquele tipo de tratamento, de fato, pode ajudar a recuperar jovens delinquentes? 

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Para finalizar e  instigar os alunos a continuar a  leitura, conte‐lhes que nos próximos capítulos Stanley encontrará  algo  realmente  interessante  e  haverá  duas  fugas  inesperadas  do  acampamento  que mudarão totalmente o rumo da história.  

 

Deixe três perguntas no ar: 

• O que será que Stanley encontrará? 

• Quem será que vai fugir? 

• Será que os fugitivos sobreviverão ao deserto? 

Aula 4

♦ Questões do Roteiro de leitura 2 que deverão ser discutidas nesta aula: 

1. Continue criando títulos para cada capítulo. 

2. Faça uma lista dos capítulos em que há flashbacks. 

3. Em um desses capítulos, há o episódio de Sam e Katherine. O que esse flashback esclarece sobre a história toda? O que você achou do desfecho do episódio dessas duas personagens? 

4. Relacione as partes das quais você mais gostou e das quais menos gostou, justificando. 

♦ Depois de discutir as perguntas anteriores, retomar as hipóteses levantadas na aula anterior: 

1. O que Stanley encontrou? 

2. Quem fugiu? 

3. Será que os fugitivos sobreviverão ao deserto? 

♦ Para finalizar, faça mais duas perguntas: 

1. O  que  vocês  acharam  da  personagem  Truta Walker  e  da  reação  das  pessoas  da  cidade  em relação a Sam e Katherine? 

2. Como essa história continuará? 

Aula 5

♦ Depois de checar as hipóteses levantadas na aula anterior e de os alunos darem sua opinião acerca do final do livro, perguntar: 

1. O que o flashback do capítulo 49 ajuda a explicar?  

2. Retome a pergunta feita na primeira aula, quando foi lida a orelha do livro:  

31

• O que vocês acham que o autor da orelha quer dizer com “Louis Sachar tece uma narrativa que embaraça e desembaraça...”?

♦ Peça que assistam ao filme com quatro objetivos: 

1. Comparar as sensações/emoções que tiveram durante a  leitura e enquanto estão assistindo ao filme. 

2. Observar se há diferenças entre o enredo do livro e o do filme. 

3. Prestar  atenção  na música  que  acompanha  as  cenas,  procurando  reparar  de  que  forma  ela reforça a ação que está se passando na tela. 

4. Observar  qual  recurso  de  imagem  o  diretor  usou  para  indicar  que Hector  Zeroni  era  neto  de Madame Zeroni. 

♦ Se ainda houver tempo, assistir às cenas que foram cortadas no filme e perguntar:  

• Por quais motivos vocês acham que essas partes foram cortadas? 

 

Discussão Final 

• Stanley termina sua aventura do mesmo jeito que a começou? Como ele era no início da narrativa e como ele estava ao final?  

32

CRONOGRAMA

AULA 1  AULA 2  

Data:______  

AULA 3  

Data:_____  

AULA 4  

Data:_____  

AULA 5  

Data:_____  

AULA 6  

Data:_____   

Introdução  Leitura compartilhada  (até cap. 4) + filme  

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 10)  + filme  

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 34)  + filme  

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 50)  + filme  

Produção de comentário coletivo sobre as obras   

AULA 1  AULA 2  

Data:______  

AULA 3  

Data:_____  

AULA 4  

Data:_____  

AULA 5  

Data:_____  

AULA 6  

Data:_____   

Introdução  Leitura compartilhada  (até cap. 4) + filme  

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 10) + filme   

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 34) + filme   

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 50) + filme   

Produção de comentário coletivo sobre as obras   

AULA 1  AULA 2  

Data:______  

AULA 3  

Data:_____  

AULA 4  

Data:_____  

AULA 5  

Data:_____  

AULA 6  

Data:_____   

Introdução  Leitura compartilhada  (até cap. 4) + filme  

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 10)  + filme  

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 34)  + filme  

Discussão sobre leitura feita em casa  (até cap. 50)  + filme  

Produção de comentário coletivo sobre as obras   

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Livro Buracos, de Louis Sachar

Roteiro de Leitura – 1 Este roteiro tem como objetivo auxiliá‐lo a participar das discussões que serão feitas nas próximas aulas. Para facilitar, sugerimos que você leia as perguntas antes de iniciar a leitura do livro.  

Atenção: as respostas não serão recolhidas nem avaliadas.  

Sua avaliação não será feita com base na sua participação nas discussões em sala de aula. Responder às questões  é  importante,  pois  provavelmente  aqueles  que,  durante  a  leitura,  considerar  as  perguntas deste roteiro conseguirão participar com mais facilidade nas discussões 

1. Dê  um  título  ou  escreva  uma  ou  duas  frases  que  resuma  os  principais  acontecimentos  de  cada capítulo. Observe exemplos com os capítulos lidos em classe. 

CAPÍTULO  TÍTULO 

1  Cobras, escorpiões e lagartos: os perigos do Acampamento Lago Verde 

2  Cavar buracos transforma moços maus em bons? 

3  Os azares da família Yelnats 

4  A chegada ao acampamento 

5   

 

6   

 

7   

 

8   

 

9   

 

10   

 

11   

 

 

34

 

2. Quais passagens narradas num dos capítulos lidos em casa por você já estavam no início do filme? 

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

3. No capítulo 7 há duas histórias intercaladas que se passam em tempos diferentes. Sobre o que falam essas histórias? Há alguma relação entre elas? Qual? 

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____________________________________________________________________________

4. Que apelido Stanley recebeu de seus companheiros? Você acha que o apelido combinou com ele? Por quê? 

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____________________________________________________________________________

5. Qual é o apelido dos companheiros de Stanley? 

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____________________________________________________________________________

6. No capítulo 10, Stanley vai encontrar algo interessante enquanto cava. Isso mudará a situação dele? 

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35

Livro Buracos, de Louis Sachar

Roteiro de Leitura – 2

Este roteiro tem como objetivo auxiliá‐lo a participar das discussões que serão feitas nas próximas aulas. Para facilitar, sugerimos que você leia as perguntas antes de iniciar a leitura do livro.  

Atenção: as respostas não serão recolhidas nem avaliadas.  

Sua avaliação não será feita com base na sua participação nas discussões em sala de aula. Responder às questões  é  importante,  pois  provavelmente  aqueles  que,  durante  a  leitura,  considerar  as  perguntas deste roteiro conseguirão participar com mais facilidade nas discussões. 

1. Continue criando títulos para cada capítulo. 

Capítulo  TÍTULO 

12   

13   

14   

15   

16   

17   

18   

19   

20   

21   

22   

23   

24   

25   

26   

27   

28   

36

29   

30   

31   

32   

33   

34   

2. Faça uma lista dos capítulos em que há flashbacks. 

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

3. Em um desses capítulos, há o episódio de Sam e Katherine. O que esse flashback esclarece sobre a história toda? O que você achou do desfecho do episódio dessas duas personagens? 

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____________________________________________________________________________

4. Relacione as partes das quais você mais gostou e das quais menos gostou, justificando. 

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Livro Buracos, de Louis Sachar

Roteiro de Leitura – 3

1. Escreva aqui como você acha que essa história terminará para cada personagem. Na sua opinião, o que acontecerá com: 

Stanley:

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____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Zero: 

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

 

Outros meninos do acampamento: 

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Os pais de Stanley 

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

A Direção, Sr. Sir (Sr. Chefe) e Sr. Pendanski? 

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

38

 

2. Continue criando títulos para cada capítulo. 

Capítulo  TÍTULO 

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36   

37   

38   

39   

40   

41   

42   

43   

44   

45   

46   

47   

48   

49   

50   

3. Depois de terminada a leitura, prepare‐se para a discussão em sala de aula, comparando as hipóteses que você imaginou com o que aconteceu de fato na história.