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COLÉGIO SALESIANO DO SALVADOR
TRABALHO INTERDISCIPLINAR
EFEITOS DA RADIOATIVIDADE NOS SERES VIVOS
SALVADOR
2013
2º ANO D
SÍNTESE
EFEITOS DA RADIOATIVIDADE NOS SERES VIVOS
SALVADOR
2013
SUMÁRIO
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Trabalho apresentado ao Colégio Salesiano do Salvador, como requisito de avaliação parcial interdisciplinar sobre orientação da professora Kattia Nabuco.
INTRODUÇÃO PÁGINA 04
TIPOS DE RADIAÇÃO PÁGINA 05
EFEITOS DAS RADIAÇÕES PÁGINA 06
EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIOATIVIDADE PÁGINA 08
EFEITOS NOS ANIMAIS PÁGINA 10
CONCLUSÃO PÁGINA 12
CURIOSIDADES PÁGINA 13
ANEXOS PÁGINA 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PÁGINA 17
INTRODUÇÃO
3
O trabalho a ser apresentado tem como objetivo explicar os efeitos da
radioatividade nos seres vivos. Constantemente somos expostos a radiações,
como por exemplo, quando realizamos radiografias e alguns outros exames
médicos que envolvem radioisótopos. O corpo humano também é uma fonte de
radiação, devido à existência de radioisótopos no organismo, como carbono-
14.
A rad ioa t i v idade é um processo na tu ra l que ocorre quando
elementos liberaram energia sob forma de partículas ou radiação
eletromagnética. Isso acontece quando seus átomos encontram-se
instáveis, ou seja, quando eles possuem menos de oito elétrons em
sua camada de valência.
Geralmente a radiação provém de isótopos como urânio-235, césio-137,
cobalto-60, tório-232, que são fisicamente instáveis e radioativos, possuindo
uma constante e lenta desintegração. Tais isótopos liberam energia através de
ondas eletromagnéticas (raio gama) ou partículas subatômicas em alta
velocidade; é o que chamamos de radiação.
A radioatividade foi descoberta no século XIX. Até esse momento
predominava a ideia de que os átomos eram as menores partículas da matéria.
Através de pesquisas, os cientistas constataram a existência de partículas
ainda menores que o átomo, tais como: próton, nêutron, elétron.
Além d isso perceberam que à proporção que a radiação penetra nos
tecidos, vai perdendo energia através de uma série de colisões e interações
com os átomos e moléculas que lhe atravessam o caminho. No caso dos
tecidos vivos, os danos biológicos começam em consequência das interações
ionizantes com os átomos formadores das células.
TIPOS DE RADIAÇÃO
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Existem três radiações: alfa (α), beta (β) e gama (γ). A menos prejudicial aos
seres vivos é a radiação alfa, pois ela tem baixa capacidade de penetração. As
radiações, beta e gama, podem interagir com as células do organismo, devido
às altas energias que apresentam. Essas emissões nucleares podem fazer
com que as moléculas do corpo percam elétrons, formando íons, ou, podem
fazer com que tenham as suas ligações rompidas.
Quando a radiação interage somente com os átomos (não interage com as
moléculas) presentes nas células é chamada de radiação ionizante. Essas são
as perigosas ao homem. Os fenômenos físicos que intervêm são provenientes
da ionização e excitação dos átomos, responsáveis pelo compartilhamento da
energia da radiação entre as células, podendo espalhar para todo o corpo e
levar à morte.
As radiações que não só atuam nos átomos, mas nas moléculas podem
trazer benefícios, são chamadas de radiações não ionizantes. A interação com
o UVB e UVA, por exemplo, agem, como a síntese da provitamina D e a
prevenção de distúrbios no metabolismo do cálcio e fósforo.
EFEITOS DAS RADIAÇÕES
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As consequências relacionadas às radiações nos seres humanos variam de
acordo com uma série de fatores. Entre tais, temos quatro principais: O tipo de
radiação, o tecido vivo atingido, o tempo de exposição e a intensidade da fonte
radioativa.
O contato com baixos níveis de radiação pode causar ligeira variação na
contagem do sangue, sintomas de náusea, vômito, perda de apetite e fadiga.
Perda de cabelo é similar aos efeitos na pele e ocorre depois de doses agudas
de radiação (cerca de 500 rad). Esterilidade pode ser temporária ou
permanente em homens, dependendo da dose. Em mulheres, é geralmente
permanente, mas para isso é necessário doses altas de radiação (400 rad) nas
células reprodutivas. Doses massivas de radiação podem causar diarreia,
vômito, sangramento interno, anemia, exaustão, esterilização permanente e
morte.
Algumas regiões do corpo são mais sensíveis que outras. As mais afetadas
são as células com alta taxa de proliferação, como as reprodutivas e as da
medula. Os glóbulos brancos, por exemplo, do sangue são as primeiras células
a serem destruídas pela exposição, provocando leucopenia e reduzindo a
imunidade do organismo. Uma semana após uma irradiação as plaquetas
começam a desaparecer, e o sangue não coagula. Sete semanas depois
começa a perda de células vermelhas, gerando anemia e enfraquecimento do
organismo. O sistema nervoso é o último a ser afetado, apenas doses
altíssimas podem afetá-lo instantaneamente.
Efeitos das radiações não ionizantes :
Os efeitos dessas radiações nos organismos não são menos perigosos pelo
fato de não provocarem ionizações, pois elas não atuam só em nível atômico
mas também em nível molecular.
As radiações que não causam ionização na molécula de DNA também
produzem danos. A radiação ultravioleta, por exemplo, pode excitar a molécula
de DNA criando um meio altamente reativo, podendo ocasionar a quebra de
cadeias da molécula de DNA por ação de outras moléculas ativadas pela
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radiação. Os raios UV interagem diretamente com o DNA, podendo provocar
sérias alterações nos seres vivos, como: eritemas, bronzeamento, indução do
câncer de pele, dentre outros.
Efeitos das radiações ionizantes :
A absorção de radiações ionizantes pela matéria é um fenômeno atômico,
portanto a energia destas pode modificar a estrutura do DNA quando interagem
com as células.
EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIOATIVIDADE
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As consequências das radiações para os seres vivos podem ser divididas
em somáticos ou hereditários:
Efeitos somáticos:
Os efeitos somáticos surgem a partir de danos nas células do corpo,
ocorrendo apenas nas pessoas que tiveram contato com a radiação. Os
efeitos que surgem pouco tempo depois de uma exposição em dose elevada
são chamados de imediatos. Os efeitos que aparecem depois de anos são
chamados de tardios.
Alguns exemplos de efeitos somáticos imediatos produzidos por alta
exposição radioativa em diferentes regiões do corpo são:
Sistema hematopoiético: leucopenia, anemia, trombocitopenia etc.
Sistema vascular: obstrução dos vasos, fragilidade vascular etc.
Sistema gastrointestinal: secreções alteradas, lesões na mucosa etc.
Não é sabido ao certo se os efeitos somáticos tardios são provenientes da
radiação ou ao processo de envelhecimento natural do ser humano. Os efeitos
ainda estão em estudos, mas pode-se dizer, ainda com incerteza, que os
efeitos tardios causados pela radioatividade são: radiocarcinogênese,
modificação na duração da vida média e alterações no crescimento e no
desenvolvimento.
Efeitos hereditários:
Os efeitos hereditários surgem somente no descendente da pessoa
irradiada, como resultado de danos causados por radiações em células dos
órgãos reprodutores. Os efeitos no embrião podem ser: morte intrauterina,
retardamento do crescimento, desenvolvimento de anormalidades e cânceres
na infância.
Nas mulheres grávidas que foram expostas às radiações no Japão durante
o episódio em que duas bombas atômicas foram lançadas sobre o país, houve
um aumento significativo de partos retardados e mortes prematuras.
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Os efeitos da radioatividade causados nos animais, ainda estão em estudos.
Pesquisadores japoneses estão testando os animais, que vivem na região onde
ocorreu o terremoto, com exames de radioatividade. Os animais domésticos
que vivem próximos à usina nuclear de Fukushima também passam por
exames, juntamente com seus donos.
Os efeitos obtidos em ratos são os que foram mais estudados, uma vez que
os ratos eram utilizados em muitos experimentos com radiação. Algumas das
mesmas propriedades que fazem da radiação um perigo aos seres humanos
são proveitosas na medicina veterinária. Os raios X podem auxiliar os
veterinários a encontrarem fraturas nos ossos, pedras nos rins e a diagnosticar
outras desordens.
O nível utilizado nos raios-X para diagnóstico é baixo para que não existam
riscos. A radioterapia também é utilizada com frequência para tratar câncer em
cães e gatos. Os efeitos colaterais geralmente são problemas de pele que
podem fazer com que o animal se arranhe. Embora o cansaço e a náusea
sejam efeitos colaterais da radioterapia nos seres humanos, eles não são
comuns em animais.
O meio ambiente sofre com as consequências das radiações, pois esta
pode afetar uma área muito grande. A contaminação nuclear se deposita no
solo e no mar e se incorpora às plantas, consequentemente à cadeia alimentar
de muitos animais e depois à cadeia dos seres humanos.
A radiação nuclear afeta a saúde de muitos seres vivos, liberando
substâncias tóxicas no ar e no solo que afetam a saúde de seres humanos,
animais, plantas e todo o meio ambiente. O acidente nuclear em Chernobyl
afetou o gado de uma fazenda na Ucrânia e posteriormente as pessoas que
consumiam o leite ou a carne dos animais contaminados. As vacas
contaminavam-se através das plantas que consumiam repassando para o leite
e a carne.
Assim como nos seres humanos, a radiação nos animais pode provocar
mutações genéticas e causar câncer os altos níveis de radiação lesam os
vasos sanguíneos provocando paradas cardíacas. Recentemente o governo
10
japonês descobriu que a ração de alguns animais, principalmente das vacas
estava contaminado com o césio 137, material altamente perigoso.
Elementos radioativos no solo não deixaram o solo infértil, porém
contaminará qualquer tipo de vegetação que nele esteja e dependendo da
planta, poderá impedir a germinação das sementes. Plantas medicinais em
contato com a radiação perderá suas propriedades curativas e logicamente
afetará outro ser vivo que se aproxime da mesma.
Esse elemento na água seja no mar, rios e lagos. Contamina os peixes
prejudicando aos outros seres que se alimentam dos peixes contaminados. A
radiação nuclear é constituída de átomos pesados, portanto ficam em maior
quantidade no solo, porém existem alguns leves que ficam no ar penetrando
nos seres vivos através da respiração que é o caso do iodo radioativo. Esse
elemento pode causar queimaduras na pele e na laringe, dificultando a
respiração ainda mais para as pessoas que tem problemas respiratórios como
asma e bronquite por exemplo. Em alguns animais como alguns cães que tem
os narizes achatados podem levar à morte.
CONCLUSÃO
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A radioatividade quando em pequenas doses, não oferece riscos à saúde: o
corpo tem tempo suficiente para substituir as células que tenham sido alteradas
ou destruídas. Em quantidades extremas, é fatal: o desastre nuclear de
Chernobyl, na Ucrânia, em 1986 matou 30 pessoas em apenas um mês e foi
associado a 1800 casos de câncer na tireoide.
O meio ambiente quando infectado pela radiação, compromete a vida dos
animais e vegetais causando-lhes mutações genéticas, danos letais e até a
morte. A alimentação ou ingestão desses seres transmite radioatividade para o
ser consumidor, infectando o mesmo.
Os raios que afetam os átomos presentes nas células, provocando
alterações em sua estrutura podem gerar graves problemas de saúde como a
perda das propriedades características dos músculos e da capacidade de
efetuar as sínteses necessárias à sobrevivência podem ser consequências
destes.
A radioatividade também pode ser benéfica. Na medicina, por exemplo, ela
é empregada no tratamento de tumores cancerígenos e diagnóstico de
doenças. Quando o tumor é exposto à radiação, a camada externa de células
que estão se dividindo é destruída fazendo com que o tumor diminua de
tamanho. Se o tumor receber uma dose alta para destruí-lo completamente, o
paciente também poderá morrer. Assim, é aplicada uma dose baixa no tumor a
cada dia, diminuindo gradualmente o mesmo.
Nenhuma atividade que envolva exposições à radiação deve ser
realizada a não ser que esta gere benefícios às pessoas, uma vez
que os danos causados pelos seus efeitos são irreparáveis. Existem
indivíduos que trabalham diariamente expostas a radiações. Estes
devem seguir o cont ro le de r i sco , pa ra assegurar a p ro teção , de
fo rma que não ocor ram consequênc ias na saúde fu tu ramente .
CURIOSIDADES
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CÉSIO-137:
“O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente
com o Césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade
ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987,
quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma
clínica abandonada, no Setor Central de Goiânia, no estado de Goiás . O
instrumento foi encontrado por catadores de um ferro velho do local, que
entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros,
gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de
centenas de pessoas. Foi considerado o maior acidente radioativo do Brasil e o
maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares3 .”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radiol%C3%B3gico_de_Goi%C3%A2nia#Outros_indiv.C3.ADduos
O ACIDENTE NUCLEAR DE CHERNOBIL:
“Ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil na Ucrânia
(então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da
história, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União
Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de
400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima.
Grandes áreas Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e
reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas.”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobil
ANEXOS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/os-efeitos-da-radioatividade-no-
corpo-humano
http://www.conter.gov.br/uploads/trabalhos/dr_ronaldo_radiologia.pdf
http://eletrowman.wordpress.com/2010/10/20/efeitos-da-radiacao-em-
seres-vivos/
http://planetadobem.blogspot.com.br/2011/03/efeitos-da-radioatividade-
sobre-os.html
http://pt.scribd.com/doc/45878482/Efeitos-Provocados-por-Radiacoes-
nos-Seres-Humanos-Artigo
http://www.brasilescola.com/quimica/radioatividade
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA_NYAD/efeitos-radiacao-seres-
vivos
http://www.ehow.com.br/efeitos-radiacao-animais-sobre_32215/
http://www.fsc.ufsc.br/~canzian/intrort/efeitos.html
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