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Pr. Paulo Cezar Santos

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Pr. Paulo Cezar Santos

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Pr. Paulo Cezar Santos

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Além da luz do sol me espera a vida. Fecho os olhos e extasio-me diante do seu resplendor.

Pastor: Paulo Cezar Santos

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Agradecimentos:

� Em primeiro lugar a Deus, pois, me deu forças quando questionava minha própria perseverança.

� Ao Senhor Jesus Cristo, luz da minha inspiração.

� Ao Espírito Santo, carinhosamente me chamando para debruçar sobre esta obra quando me assaltava o

desânimo.

� As quatro pérolas que Deus me agraciou: Rosa, Vanessa, Patrícia e Sara; as Telles da minha vida.

� Para aqueles que me incentivaram a tirar da gaveta os primeiros rascunhos.

� Dentre estes não poderia esquecer o casal Carlos e Marleide. Obrigado. Deus os abençoe.

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Prefácio

Neste início de século poetizar é um desafio e um sonho. Desafio porque estamos

vivenciando um tempo em que os homens estão cada vez mais dependentes das máquinas. Estas,

por sua vez, roubam-lhes – pela escravidão da urgência - a percepção impagável do existir, do

sentir e do ser. Conseqüentemente, quanto à poesia, muitos estão insensíveis – alguns

remanescentes teimam em sonhar. Assim, a poesia é vista pela grande massa como matéria

descartável, e, mencionada ocasionalmente em alguma data comemorativa, quando, nesta ocasião,

é lembrado algum poeta do passado. Por outro lado, a poética é um sonho daqueles que, a

despeito do ceticismo quanto ao extrair da vida à emoção de representá-la pela cor de sua

sublimidade, insistem em crer que “A Poesia Não Morrerá”, e que, “Além da Luz do Sol”, a vida, no

sentido pleno, nos espera.

Onde mora o amor? Esta tem sido uma pergunta de muitas respostas. Muitos corações

vivem na sequidão da solidão, distantes da paixão, sem aquele sorriso faceiro de quem experimenta

a leveza de abraçar o amor.

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Insistir em olhar para as nuvens, para as flores, ser alguém na multidão, julgar justo que os

poetas - e todos os sonhadores - ainda têm o direito de vindicar a sensibilidade das cores da vida, e,

ter por certo que a poesia não é uma atividade de utópicos, pois, a realidade dos poetas é marcada

por “Momentos” vividos além das palavras, é o despretensioso propósito deste livro.

E, acima de tudo, nestes dias agitados crer que Deus é sobre todos, por todos e em todos

em Cristo Jesus.

Pastor. Paulo Cezar Santos

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ÍNDICE

– A Poesia Não Morrerá ............................................................................... 10

– Luz ............................................................................................................15

– Pensando o Pensar ...................................................................................19

– Teologismo ................................................................................................23

– Além da Luz do Sol ...................................................................................24

– A Multidão ...............................................................................................28

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– Mensagem nas Nuvens ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.......................................33

– Portas Fechadas .....................................................................................35

– A distância ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.,,,..............................................................41

– Obrigado, Senhor .....................................................................................43

– Momentos I ............................................................................................45

– Momentos II ...........................................................................................50

– Quando ..................................................................................................54

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– Anelo ......................................................................................................57

– O Que Se Espera de Um Poeta ..............................................................60

– Onde Mora o Amor .................................................................................70

– Lento Talento .........................................................................................74

– Egolatria ...............................................................................................80

– Fonte de Águas Eternas ............................... ........................................85

– Fé ........................................................................................................90

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– No Princípio ...........................................................................................93

– Medita Nestas Coisas ...........................................................................98

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A POESIA NÃO MORRERÁ

“Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as

palavras da vida eterna” (Jo 6.68).

A poesia não morrerá, porque do amor

ela trata,

e o amor é eterno.

A poesia canta o desabrochar das flores,

harmoniza a melodia dos pássaros,

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capta a felicidade dos peixes que

silentemente deslizam sob rios e mares,

e, graciosamente, traça

o vôo singelo e altaneiro das águias.

A poesia ensina com a dor

suscita o choro,

enxuga lágrimas, sofre a saudade,

sonda o infinito, rompe as raias da alma,

ri com alegria e acha graça do sorriso.

A poesia descobre-se na busca,

preenche vazios, exalta a vida,

fala do homem, excogita o ser,

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moteja da morte e é solitária.

Indulgente, curva-se e abre-se para os

que a amam,

acolhendo, reanimando, aconselhando,

espargindo sabedoria.

Vaticinou o poeta sacro:

“Ora o mundo passa...”

Assim, o futuro olha, e não vê o

passado.

As flores secarão,

os pássaros emudecerão,

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os peixes espraiarão inertes ao sabor das

ondas e as águias alçarão seus últimos vôos.

Entretanto, a poesia permanecerá

exaltando a vida!

Um dia – e que dia! – não haverá mais dor.

Todas as lágrimas serão enxutas.

A tristeza jazerá olvidada na sombra da

peregrinação

humana, e a poesia testemunhará a

vitória da vida.

Quando o Amor se manifestar e a Morte

morrer, e o Valente submergir nas

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profundezas do Abismo,

haverá cânticos de gozo e alegria, e a

poesia terá sua parte

nesta exaltação transcendente.

Deus é amor, Deus é Eterno.

O amor é eterno, a poesia é eterna,

porque o amor é o ar que ela respira.

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LUZ

“Jesus continuou a dizer à multidão: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue

não andará em trevas”. (Jo 8.12)

Luz! Divina! Esplendorosa!

Ato primeiro no cenário da criação:

“HAJA LUZ!...” E houve luz.

A luz eclodiu no caos.

A luz explodiu nas trevas.

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Luz é conhecimento.

Se ausente, as trevas proclamam a ignorância.

Luz é metamorfose.

Na sua ação o disforme

toma forma e sob a sua égide fulgurosa

dar-se a aurora vida.

A luz alvoroça a morte quando dilui

a sombra da sua região e os cativos,

aí assentados, olham e vêem a Vida.

O universo, alegre, abraçou a luz.

A alma do aflito alentou-se, e

brotou na fonte da vida

um bálsamo de esperança.

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Às trevas opõe-se a Luz,

combatendo-a, para que não fique à

descoberto

o mutilamento das vidas que aprisiona.

Que decepção infernal das trevas!

A luz triunfou!

Mais do que nunca brilha gloriosa e

eternamente.

Sobre todos derrama raios de

renovo e liberdade.

Compreendê-la é tarefa árdua e

infindável.

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A dimensão da sua glória é

inimaginável.

Explicá-la, não, a parca mente mortal é

incapaz

de criar adjetivos para o inescrutável.

Vivê-la, sim, vivê-la!

Viver a luz é iluminar o mundo.

É resplandecer o brilho do céu.

É fazer Deus conhecido.

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PENSANDO O PENSAR

“Os sábios conservam o conhecimento, mas a boca do tolo convida à ruína”.

(PV. 10.14).

Nestes dias de superficialidades é

fundamental formular idéias.

Não levianamente, mas refletir com prudência,

para aclarar o raciocínio.

Porque à medida que meditamos a fim de elucidar

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aquilo que tentamos explanar,

é mister que nosso julgamento seja

límpido e nítido.

Acreditar e sempre estar preocupado

em tratar convenientemente qualquer

juízo, com o propósito de desanuviar o que está

sendo cogitado.

Refletindo de tal maneira, que, sendo de tal

ou tal parecer,

consigamos esclarecer nosso

pensamento.

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É necessário concluir convincentemente

pra tornar claro

tudo que seja visível, enumerando de

maneira minuciosa os fatos,

subtraindo destes as inferências e

conseqüentemente afirmando o real.

É primordial, também,

certa criatividade imaginativa para

sopesar

o acontecido e,

nesta análise, fazer uma exposição

pormenorizada

da nossa ponderação.

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Carência

O mundo carece de mais artistas na arte do pensar, a cultura globalizada é fatalmente

homogênea.

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TEOLOGISMO

“O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a

sabedoria e a instrução” (PV. 1:7).

O teólogo teologiza sobre teologia.

Ele é um teologal e também um teológico.

Atualmente há muito teologismo

gerando muitos teomantes adeptos da teomancia,

e, em casos mais extremos, surgem os

teomaníacos que praticam a teomania,

estes, por sua vez crêem na teopsia.

Será que tudo isso não passa de teoria

dos teocráticos que teocratizam a teocracia?

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ALÉM DA LUZ DO SOL

“A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela resplandeçam,

pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Apoc. 21.23).

Além da luz do sol existe um lugar

Impossível de precisar com palavras.

Os dicionários não as guardam,

porque... elas não existem.

Como explicar o inexplicável?

Como transformar em palavras o inefável?

Porém, esta incapacidade humana não

impossibilita o “estar - lá” deste lugar.

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No limiar do universo imensurável,

além do céu azul... muito além!

A certeza de sua existência é fato.

A apologia desta certeza é argumentação

da fé.

Onde fica?

Mais uma vez os dicionários não ajudam

e a razão claudica.

A excelência deste lugar inibe a mente e

o raciocínio falha,

não conseguindo ordenar em imagens

a prova do que não se vê.

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Além da luz do sol existe um lugar

que está dentro de mim.

De lá, a “Luz da Vida” resplandeceu entre

os homens”.

Perdoem-me os sábios em Divindade,

não falo de uma sistematização,

mas de um anelo que eleva e leva os que

têm fé para a inconcebível cidade “Além da Luz do Sol”.

Lugar subjetivo para os que não estão no Caminho.

Pátria Celestial dos Embaixadores

do Supremo Rei.

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Além da luz do sol é o destino dos que

refletem a luz da Graça Divina.

Daqueles que pontilham as trevas com

lampejos da Glória Eterna.

Deste lugar partem harmonias metafísicas,

irradiando para o infinito a doce honra do louvor.

Além da luz do sol, não há dia nem noite,

o tempo não é mensurado, a eternidade é

sempre presente.

Além da luz do sol me espera a vida.

Fecho os olhos e extasio-me diante do seu resplendor.

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A MULTIDÃO

“Estando ele orando, em particular, estavam com ele os discípulos, a quem

perguntou: Quem dizem às multidões que sou seu?” (LUC. 9.18).

Nada mais aterrorizador do que uma multidão.

Seres peculiares, complexos, insondáveis,

comunica-se silenciosamente através

de uma estranha linguagem de movimentos.

Caminham de um lado para o outro como um aglomerado de mundos errantes.

Olhares distraídos recebem informações passivamente

da mídia impassível que os hipnotizam.

É um vaivém frenético de destinos incertos.

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Quem já não fez parte de uma multidão? Que solidão!

É um triturar de emoções.

Alardeiam-se as decepções nas faces sem nome,

nos olhares perdidos e nos gestos pesados,

identificados apenas como mais um em meio de “outros uns”.

A alegria na multidão é hipócrita, sarcástica,

barulhenta, superficial, ocasional e interesseira,

pois, muitos “artistas da multidão” se realizam com sorrisos “irônicos”

daqueles que passam sem ver.

É perceptível o clamor desesperado da

tristeza. Prisioneira, busca uma mão

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estendida que a liberte e aplaque a dor do coração

daquele que a encarcerou.

Na multidão há aqueles que fogem para um mundo particular,

recolhendo-se na opacidade de seus olhos.

Mãe levam seus filhos. Filhos levam seus pais.

Muitos são levados.

O empregado ainda vai,não se sabe por quanto tempo.

O desempregado não sabe se vai ou vem.

Esperançosos e desesperados caminham

lado a lado olhando-se e não se vendo.

Há muitos que transportam sonhos, e

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outros tantos, são atormentados por pesadelos.

Muitos nem sabem por que são filhos da multidão.

O ar, impregnando de reflexões,

de análises, de encontros, de desencontros,

de buscas e perdas, torna a atmosfera da multidão

potencialmente estressada.

Na turba, há uma sensação angustiante

de que o surreal é a realidade das pessoas deste pequeno sistema.

Existe um mundo misterioso por detrás da multidão.

O estudioso e o curioso, alheio às turbulências do itinerário,

mergulham no ufanismo cínico dos periódicos

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que se abrem para exteriorizar lágrimas, pavor, cotações

e um sem números de futilidades

Entretanto, chega o momento de evadir-se.

O ente “necessidade” soltou os seus tentáculos.

Chegou à hora da multidão esgueirar-se

nos estreitos acessos dos coletivos da liberdade.

Expressões cansadas e repetitivas abrem-se

em sorrisos, quando partem para os satélites dormitórios.

Amanhã a multidão estará de volta.

O ciclo do cotidiano habitualmente se repetirá.

Meu Deus, que escravidão!

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A LINGUAGEM DAS NUVENS

“E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, por gerações perpétuas: O meu arco tenho posto nas nuvens. (Gên. 9:12,13)

Quando percebi, estava contemplando as nuvens se moverem no céu.

O sol brilhava. O azul celeste estendia-se como pano de fundo

para as nuvens delinearem formas que, às vezes, pareciam

vivas, para, logo, esvaírem-se como se nunca estivessem existidos.

Lembrei-me de Ti, Senhor! Ali estava eu,

testemunha ocular da manifestação do Teu poder Criador.

Impossível foi deixar de comparar aquelas formas passageiras

desenhadas no céu e a fragilidade da vida humana.

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Assim como as nuvens, parecem eternos, porém, diluem-se diante do

inexorável relógio do tempo. Argumentei com o meu coração: Senhor,

em que ou em quem confiam aqueles que Te despreza? Para onde estes

loucos olham? Isto o que eles praticam pode se chamar de vida?

Como resposta o sol resplandecia gloriosamente.

Então, compreendi, iluminaste-me a mente,

e nessa luz, mostravas-me que Tu estás

acima da frívola vaidade humana.

Foi-me aberta à visão da Tua justiça; esplendidamente

pura e santa diante da dissoluta e corruptível

justiça humana. Aprendi que a Tua misericórdia

transborda no mistério da entrega.

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PORTAS FECHADAS

“Eis que estou à porta, e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta,

entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (APOC. 3.20).

Diante das portas fechadas Ele bate.

Porque será que Ele encontra sempre as portas fechadas?

Não importa.

Ele continua lá, pacientemente batendo,

benignamente esperando e insistentemente amando.

Ele escrutina o interior das portas fechadas,

porém, não invade, apenas bate.

O impressionante, é que ele tem as chaves de todas as portas.

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Ele tem as chaves da Morte.

Esta, subjugada pela Fonte de Vida, que é a essência da Sua Natureza,

entregou-lhe a chave do além túmulo.

Ele tem as chaves do inferno.

Poderoso e Onipotente, decretou o armistício do Iníquo.

Ele tem as chaves do Universo.

Quando abre uma porta, ninguém fecha. E quando fecha, ninguém abre.

Por que, diante dessa porta em particular,

Ele apenas bate?

Ele conhece profundamente os moradores das portas fechadas.

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E, quem está com sua porta fechada também sabe que,

se Ele não entrar, não haverá paz em seu interior.

Ele é a personificação da paz.

Há muito temor quando as portas se fecham.

Ele deu o primeiro passo. Foi dele a iniciativa, agora espera.

Não há luz no interior das portas fechadas.

Porque “a Luz do mundo” não foi convidada a entrar.

As trevas os subjugam, impedindo-os que venham em direção à Luz.

Ele é o caminho e conhece a prisão daqueles que determinam

fechar suas portas.

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A voz dele é tão mansa, tão suave, que

somente um coração obstinado negaria o convite para

abrir a porta do seu coração e permitir a entrada Daquele que oferece um banquete de

vida em uma mesa espiritualmente farta.

Só alguém com o ouvido agravado por um coração impenitente

não é sensível a voz do Sumo Pastor, que, delicada e amorosamente

permanece diante das portas que porfiam abertamente e não se abrem.

Somente uma mente cauterizada pela Incredulidade

não discerne que o acesso

às mansões celestiais é somente por Aquele

que está diante das portas que hoje negam a entrada do doador da vida.

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“Eis que estou à porta e bato, se

alguém abrir eu entrarei...”

Ele continua diante das portas fechadas.

Bate, espera, quer entrar. Ele tem tudo preparado para a grande ceia.

Até quando as portas continuarão

fechadas?

Interessante é que ele tem todo o direito

de entrar, porque estas portas foram feitas por Ele, mas, Ele as fez para que

permanecessem abertas, elas que se fecharam.

Ela não é usurpador, pois, respeita e considera a decisão

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daqueles que fecharam suas portas e aprisionaram

seus corações com as chaves da rejeição.

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de

Deus; aos que crêem no seu nome” (JO 1:12).

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A DISTÂNCIA

“Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e

perante ti” (LUC. 15.18).

Vejo um homem distante de Deus

O caminho que o assalta

A busca que o impulsiona

O prêmio que arremata

Deleita-se no prazer que escraviza

Falsas alegrias disfarçam-se

Por momentos o mundo abraça

Frustrações trazem prenúncios de desgraças

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Não detém o turbilhão que o assola

Das entranhas os desejos extrapolam

Conflitos infernais o imolam

Dissolução constante o controla

Angustiado a si mesmo procura

Ardentemente deseja este encontro

Procura-se do lado de fora

Perdido se vê em abandono

Levante as mãos para o céu

De lá virá sua recompensa

Clame com o coração nos lábios

A distância nunca compensa

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OBRIGADO, SENHOR

“De dia o Senhor dirige o seu amor, e de noite a sua canção está comigo, uma

oração ao Deus da minha vida” (Sal. 42.8)

Senhor, obrigado pela oferta do seu amor:

JESUS CRISTO NA CRUZ.

Obrigado por sua infinita benignidade.

Obrigado pela Salvação, por que ninguém,

além do Unigênito amado,

poderia pagar tão alto preço ela dádiva de sua Graça.

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Senhor, não almejo buscar em Ti

uma hipócrita comiseração, impossível seria,

pois Tu sondas e conheces o que eu não conheço de mim mesmo.

Senhor, hoje quero Te agradecer pela solidão.

Sim, Senhor, pela solidão!

Por quê?!? Porque, quando a tenho por companhia,

deleito-me na honra de Tua presença.

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MOMENTOS

“Muitas são as aflições dos justos, mas o Senhor o livra de todas”.

(SAL. 34.19)

Há momentos de profunda angústia da alma.

A incerteza é como uma avalanche, arrastando sonhos e aspirações.

Pensamentos assombram. Desejos assustam.

Imagens sobressaltam. A dúvida zomba.

Há momentos em que o viver é irracional.

Não há prêmio na linha de chegada.

O caos impera. As feridas afloram,

clamando contra os aguilhões.

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Os olhos, embaçados, impedem a visualização do horizonte.

Há perigo de morte.

Há momentos em que o silêncio é pranto da alma,

emudecendo o canto dos lábios.

Todavia, é nestes momentos que ouvimos a doce voz do Senhor Jesus

no âmago do nosso ser: “A MINHA PAZ VOS DOU...”

Paz! A paz que o Senhor nos dá!

É essa presença de Jesus em nossa vida que arrefece o turbilhão,

refrigerando o espírito no deserto escaldante das aflições.

“TENDE BOM ÂNIMO...”

Ele é o nosso renovo, o restaurador de forças.

Ainda que prostrados, devido ao fulgor das pelejas,

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encontramos nele alento e proteção.

Jesus é vitorioso em todas as batalhas.

Jesus é real, podemos tocá-lo na possibilidade do crer,

e crendo, contemplar sua formosura.

Sim, há momentos de reveses, de intempéries,

de contradições e pasmos, mas em cada um dos

trezentos e sessenta e cinco amanheceres, podemos ouvir o seu dizer:

“NÃO TEMAS...”

Ele é vencedor e nos fez mais do que isso.

Ele é o Senhor que nos alistou em Seu Exército.

Sim, soldados do Céu!

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Não podemos evitar a incompreensão, a ingratidão,

a solidão e até a traição.

Funesta coisa fiar-se na carne.

Porém “...Ele é fiel...” Sempre cumpre o que diz.

Jesus é amigo. Ele é o nosso irmão mais velho.

Jamais caiu uma sequer de suas palavras.

Ele é O CONSELHEIRO eficaz, não deixa-nos confundidos.

Há momentos em que perdemos a bússola

da nossa estrada, Ele acerta o caminho.

Sim, há momentos em que tudo parece desabar,

o chão é um eminente abismo, as esperanças submergem.

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Nestas horas Jesus nos abraça, e, como um pai amoroso nos diz:

“FILHO MEU, DÁ-ME TEU CORAÇÃO...”

Quais são as respostas que Ele tem ouvido?

Como estamos vivenciando a experiência deste momento?

Com a palavra, os corações.

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MOMENTOS II

“Entrega o teu caminho ao Senhor confia nele e tudo mais ele fará”.

(SAL. 37:5)

A vida é feita de momentos.

Há momentos que são inesquecíveis, outros, são para o esquecimento.

Há momentos que desejamos não desejar, não sonhar,

não pensar, não ir e nem ficar.

Há momentos assim,

humanos, desafiadores, confrontadores,

expondo-nos, apesar dos atos encenados no palco da vida.

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Há momentos que desejamos reais desejos, sonhamos

sólidos sonhos e pensamos em realizações possíveis

mesmo diante da impossibilidade.

Queremos avançar e nunca recuar. O ego aflora.

Qual o melhor momento? Quando desejamos o ter?

Quando almejamos ser? Ou quando ambicionamos o poder?

Cada um deve saber qual é o seu melhor momento.

Entretanto, enriquecemos quando refletimos naquele que

sendo o EU SOU,

desceu da Sua Glória para ser um como nós, porém, sem pecar.

Que tendo tudo em Suas mãos, humilhou-se e despojou-se

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De Sua Glória para que pudéssemos ter o maior de todos os

tesouros: a vida eterna.

Como entender alguém que lhe é conferido todo o poder,

submeter-se aos sofrimentos e agruras de um

sacrifício mortal por amor? E, amar “de tal maneira”, a ponto

de tornar o homem incapaz de verbalizá-lo

Concluímos que há momentos em que o

melhor é não se angustiar por nada, para que Ele nos supra com tudo.

Desconfiar da nossa própria força

para que Ele possa demonstrar em nós o Seu poder.

Não tentar nos convencer daquilo que não

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somos, para que Ele seja o nosso tudo.

Há momentos em que o mais sensato é ser

imitador de quem sabe o que diz:

“Que Ele cresça e eu diminua...”

Há momentos assim, de dignidade.

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QUANDO

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados que eu vos

aliviarei” (MAT. 11:28).

Quando a tristeza chegar.

Quando a lágrima rolar.

Quando a esperança findar.

Quando a solução não encontrar.

Quando o caminho se fechar.

Quando o passo vacilar.

Quando não conseguir achar.

Quando a alegria secar.

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Quando o coração apertar.

Quando o grito abafar.

Quando o soluço engasgar.

Quando o impossível desafiar.

Quando a ingratidão fizer chorar.

Quando a traição decepcionar.

Quando o desprezo no chão jogar.

Quando tudo parece se acabar.

É hora de se achegar

a Jesus que vivo está.

Ele pode te ajudar,

Pois, perto sempre está.

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Nunca vai te deixar.

Ele morreu por te amar.

Ele veio para te salvar,

e dos teus pecados libertar.

Não deixe a indecisão te dominar.

O que te impede dele se aproximar?

Para que a decisão adiar se Jesus está sempre a te esperar?

O que dirás diante do altar?

Um dia com Ele hás de estar.

O que terás para Lhe apresentar?

O que esperas encontrar?

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ANELO

“Agora, Senhor, despede em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois os meus

olhos já viram a tua salvação” (LUC. 1.29, 30).

Cristo, Senhor! Meu espírito anela por Ti.

Como me conter, se és um fogo a

Abrasar minha entranhas?

Tua Santa presença inunda-me de paz.

O espelho da minha alma reluz alegria.

Não me detenho, adoro-Te.

Prostrado a Teus pés, conheço-Te.

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Que momento lindo!

O privilégio da Tua presença. O prazer de ouvi-Lo.

Tocá-Lo, sentindo as marcas da Sua

dor; o preço da minha salvação.

Do âmago do meu ser

transborda cálices de esperança.

Antevejo o prazer do porvir,

vendo-me nos átrios do Rei.

Indescritível este encontro;

a criatura diante do Criador.

Anjos entoam cânticos de júbilo

na redenção de uma alma a Jesus.

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Como é bom sentir a presença Santa de Jesus.

Falar das nossas expectativas, abrir o coração e

confessar nossas fraquezas.

Como é bom andar com Jesus nos desertos das aflições.

Ouvir sua voz, meiga, suave e amorosa, refrigerando

nosso espírito, nos enchendo de esperanças

na sequidão das incertezas.

Como é bom olhar para Jesus e ver compaixão,

paciência, paz, serenidade, justiça, misericórdia.

Sim, olhar para Cristo e ver Deus.

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O QUE SE ESPERA DE UM POETA

“Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor”.(SAL. 150.6)

Quando se pensa ou se fala de um poeta, não se fala o que se pensa.

Geralmente ele é tido como um tipo sombrio,

de olhar triste e distante. Em outras palavras,

quer dizer, pensamentos, o poeta é um sujeito meio “bocó”.

Para alguns, o poeta é um aluado que acredita em uma

realidade que não vive, e vive uma realidade

em que não acredita, um alienado.

Normalmente a imagem do poeta é de alguém amante das flores,

dos pássaros, que se inspira ao sabor da brisa à beira

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de uma praia qualquer, fitando o mar até o limite do horizonte.

Alguém incapaz de maquinar um “inseticídio”.

O nome “poeta” designa automaticamente quem o leva, um amante da paz.

Para outros ele é um sentimentalista paranóico, que, masoquistamente

anela pelas lágrimas, saudosista inveterado que proclama

a angústia dos apaixonados como um canto de vitória.

Para ele – pensam e não dizem eles do poeta – as flores

são sempre cheia de espinhos, o céu está sempre cinzento, há

sempre alguém sofrendo. A vitória do amor é sempre

encenada em palco de lamentações.

Ainda há aqueles que ligam à figura do poeta a um frustrado revolucionário.

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Sempre usando a pena sarcasticamente contra o sistema,

Contra tudo e contra todos.

Nada o satisfaz. Nada o conforta.

A grande maioria vê no poeta alguém com uma

sensibilidade espiritual apurada, contemplativo.

O ser que parece ter contato com o mundo além.Um desligado.

O apaixonado das letras e dos versos é

um sujeito meio difícil de se entender realmente.

Mas alguém já questionou o por que do poeta ser tal qual um poeta?

Como não se entristecer com o descaso e a injustiça?

Será que a tristeza do poeta não está

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vinculada à alegria hipócrita do “cidadão normal”?

Sim, às vezes, o poeta passa por “bocó”, mas íntegro,

que não ensaia sentimentos teatrais.

Ninguém pode negar a autenticidade do poeta.

O olhar distante do poeta talvez esteja em busca de um mundo mais justo.

A tristeza do seu olhar é de tanto ver fome, miséria, violência.

O poeta sofre em testemunhar esse jogo corrupto de

relacionamentos interesseiros fomentados por aqueles que

aparentemente estão alegres, porém, não passam de uma casca frágil,

denunciada por seus olhares arredios.

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A diferença é que o poeta tem coragem de dizer que é humano.

Não, o poeta não é um alienado que foge para um mundo particular.

O poeta acredita na realidade,

mas não nessa caricatura que se apresenta sol a sol.

Porque ele sabe que por detrás desta, que é ensaiada,

está à verdadeira, onde os mais ousado tem a coragem de

garimpar e descobrir as riquezas da vida.

Sim, o poeta é um amante da paz.

A paz ausente no mundo e fora do coração do homem.

Há “guerras e rumores de guerra”.

Há guerra nas famílias destruindo e dividindo.

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Há batalhas hediondas no jogo do poder.

Mas o conflito que mais tem vitimado e

ceifado vidas são as guerras silenciosas

no espírito do ser humano.

“O injusto não tem paz”, mas o poeta, ele conhece a paz!

É em meio a este conflito autodestrutivo onde o inimigo do homem

é o próprio homem, que o poeta apregoa paz e proclama a vida.

Porque as vítimas desta guerra estão mortas pensando que estão vivas.

Acreditar e viver o amor se tornou paranóia?

Então é por isso que o mundo está cheio de pessoas normais,

falta-lhes a paranóia do amor.

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Diante desta normalidade do mundo – ou será insensibilidade?

Amar é realmente sofrer.

E o poeta sofre porque ama.

Porque quem ama chora a dor do desamor.

Angustia-se em testemunhar esta sublimidade de sentimento

se transformar em objeto barato de consumo,

a própria negação do seu sentido.

O poeta lamenta-se em testemunhar a

apologia do ódio, e de todos os sentimentos que lhe são derivados

contagiar como um vírus maligno os corações dos desatentos.

Não lhe cabe melhor adjetivo do que amante das flores.

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Porque aquele que têm sua sensibilidade atraída para o

desabrochar das flores são amantes do belo, do singelo e do divino.

O poeta é aquele que em meio de tantos amores profanos,

dirige sua atenção para a manifestação graciosa

do poder criador de Deus.

Sim, o poeta olha para as flores e as ama.

Para onde o mundo tem olhado?

Os pássaros simbolizam liberdade e, ao observá-los,

o poeta é capaz de

acompanhá-los nesta viagem de clara independência.

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O poeta deslumbra-se com tal possibilidade

porque ele sabe que há muitas “viagens” sem volta,

muitos destinos incertos, pessoas que não

conseguem alçar maiores alturas para sua própria

liberdade porque são prisioneiras de si mesmas.

A inspiração do poeta não nasce da meditação

contemplativa à beira da praia, mas com o

descontentamento da superficialidade, com o adejar daqueles

que estão com o “pé no chão”, arvorando da vida,

mentindo para si mesmos.

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Futilidade, soberba, aparatos de desculpas para

não ser o ser que se , ou ser o ser que não se é.

O poeta olha para o horizonte e vê sentido na vida.

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ONDE MORA O AMOR

“E por se multiplicar a iniqüidade, o amor de quase todos esfriará”(MAT.4:12)

Muito se fala da falta de amor,

Mas, de qual amor se reclama?

Este vácuo afetivo é manifesto quando não se

é amado ou quando não se tem o amor para amar?

Amor, o substantivo, banalizou-se,

corrompeu-se tão profundamente que

metamorfoseou–se em jargão e, como tal,

caiu na boca do povo.

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Não há nenhuma emoção quando se ouve frases de efeito,

tais como: “O amor está no ar”.

É perceptível a tênue membrana da hipocrisia.

Amor, o sentimento, traduz sinônimo de

paixão e prazer, e nesta babel, tentam fabricar o amor, confundindo esta ocasião

azada de êxtase com a essência e a sublimidade de amar.

O que “sentimos” no ar, na linguagem, nos objetivos,

nas canções e na falta de esperança que se espalha, contagiado muitos corações é uma

futilidade tal das afeições que, qualquer

relacionamento consistente é tomado por asneira.

Há um melancólico conformismo e um leve adejar no existir.

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E, chamam isto de “filosofia de vida”.

Talvez, a realidade não é a ausência, e sim, onde mora o amor.

O dor daqueles que são feridos pela solidão os posicionam na contramão da

essência do amor.

Sentimento famoso na oratória e desconhecido em muitos corações.

O amor não é feitura humana, e sim, um encontro que nasce no âmago do ser,

floresce no espírito e revela-se na alma.

Não está fora do ser, pelo contrário, o explica.

O amor é luz que refulge para um amanha de certezas.

É “UM NOVONASCIMENTO”.

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É um brotar para Deus, expressão viva do amor.

E quando o amor de Deus embala a vida,

não há lágrimas pela carência de afeto.

A linguagem do amor não é mero eco que

ressoa sem personalidade!

Quando se ama, o êxtase e a paixão deixam de ser mecanismo de

satisfação do corpo para ser ajuntamento idôneo da criação.

Amando desta forma, a vida tem um novo gosto;

Gosto de ser, de estar e de sentir.

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LENTO TALENTO

“A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua

capacidade. Então partiu”. (MAT. 25.15)

A criação do homem foi um ato de inteligência.

O ser humano tem em si mesmo a vida de Deus, por isso,

traz na sua personalidade um talento nato, devido ao sopro do

Criador em suas narinas.

Quem é mais talentoso do que Deus?

Quem O aconselhou na majestosa obra da Criação?

O Senhor é capaz!

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Feito à imagem do seu Criador, o homem é um ser criativo,

destinado a sujeitar, dominar e administrar o que lhe foi entregue.

Nem a tragédia do pecado tirou-lhe a capacidade imaginativa e a inteligência.

Só que, para cumprir a sua missão de conquista o homem

precisa empregar todo o esforço e muito suor.

A vitória, a partir de então, é um desafio que precisa ser aceito

com uma determinação profunda do seu ser.

E assim tem sido, garimpando a terra em busca de tesouros escondidos

o homem tem desenterrado conhecimento, a linguagem e a luz da realidade.

Desta tarefa - isto é fato sobejamente conhecido - tem surgido a arte, as

ciências, a música e a religião.

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Nesta busca o homem tem alcançado o seu próprio progresso.

A terra se tornou um imenso formigueiro, onde todos

Labutam rompendo suas entranhas em busca de si mesmos.

É inconcebível, em tempos hodiernos, alguém não estar aparelhando

para vencer nesta batalha campal pela sobrevivência.

Em toda guerra há aqueles que pelejam na linha de frente.

Outros protegem a retaguarda. E, ainda há os que apóiam na logística.

Em contra partida há também os tímidos, aqueles que

tremem ante o ribombar do fogo inimigo.

São estes que, ouvindo a voz do comando para avançar, optam em ficar na

trincheira, enterrados em um buraco sem saída.

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Diante da possibilidade de vitória, não ousam, não acreditam,

não tentam, negam sua origem divina, negam sua missão,

negam a si mesmos. Desanimados e tomados pelo medo,

jogam areia na possibilidade de serem vitoriosos.

Na “parábola dos talentos” contada por Jesus.

o servo mau perdeu tudo. Esta foi a sua realidade.

Ele não enterrou somente a quantia referida, ele soterrou a si

próprio, por isso, foi lhe tirado tudo, morto não é desafiado.

Desperta, tu que dormes! Levanta-te desta mornidão!

Liberta-te desta lentidão! A vida zomba de ti.

Professores, engenheiros, poetas, atores, físicos, astronautas, mecânicos,

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presidentes, líderes, pastores e missionários jazem enterrados,

aprisionados em corações duvidosos.

Deus não lança em rosto a falta de sabedoria.

O servo abençoado foi aquele que acreditou nas possibilidades.

O talento está inerte no espírito humano, a força propulsora que o movimenta é a

fé, a confiança e certeza da vitória sua consumação.

O Senhor nos capacitou,

“abençoou-nos com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes”,

mas, isto também é uma conquista, é desterrar coisas novas em baú velho.

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Estás disposto a levantar o troféu? Ou melhor: Estás disposto a

entregar o troféu?

“pois como imaginou na sua alma

assim é...” (PV. 23. 7a)

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EGOLATRIA

“E ele morreu por todos, para os que vivem não vivam mais para si, mas para

aquele que por eles morreu e ressurgiu”. (2 Cor. 5:15)

O ególatra não se olha no espelho

por temer a concorrência.

E nesta egolatria mórbida, a única coisa que consegue

conceber sua mente egótica é uma imagem ofuscada,

o coroando rei de si mesmo.

Sua consciência cauterizada delimita os seus domínios

e o aprisiona dentro de si mesmo.

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Exageradamente apaixonado por si mesmo, é um passional.

O próximo é seu inimigo, por isso, despreza-o.

Flutua nas nuvens quando “suas qualidades” são lembradas!

Extasia-se fulgurosamente quando sua “virtude” é criticada,

sente-se uma dignidade.

Não compartilha com o seu igual os momentos de contentamento

- e há essa possibilidade? - prefere festejar consigo mesmo.

Transfigura sua face no amargor de um sorriso irônico, motejando

dos que amam a fraternidade, taxando-os de hipócritas.

Egocêntrico, esmera-se em conjugar somente a primeira pessoa de

qualquer tempo verbal.

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Para o ególatra só o “eu” é fundamental .

O egoístico considera o “tu” uma abominação.

O “ele” é um mal necessário, sua importância se restringe

em ser usado, i.é., ser usado pelo ególatra.

O “nós” para o egoísta é uma aberração, um vírus, que o arrasta

para a convivência de um grupo, e isto, para o egoísta,

é a pior coisa que poderia lhe acontecer.

O “vós” soa como um apelo ao coração do egocêntrico, porém,

seu egotismo o faz empedernido, desdenhando do clamor dos que o cerca.

O “eles” para o comodista, pois, todo egoísta o é, é tratado como ultraje à divindade

erguida no altar do seu coração idólatra e sovino.

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Entretanto, para “infelicidade” geral dos egoístas eles não estão isolados

nesta religião – a que ponto chegamos!

Pois cada vez mais aumenta o número

de adeptos que se dobram diante do deus “eu”.

E nesta adoração, cessa o diálogo, acabam-se as amizades

empobrece a confraternização, o sacrifício subjuga a misericórdia e

a paz é um estado de guerra.

Cultuando a si mesmo o egoísta olvida que é

produto de duas vidas que se fez uma, para que

ele fosse contado entre milhares.

É querer demais que ele se preocupe com estas coisas.

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Quando Deus propôs salvar os homens

Ele se deu a si mesmo no Filho.

Quando o Filho redimiu os homens deu-se a si mesmo na cruz.

Amar e dar, princípios que se entrelaçam, individualizá-los

seria negar a sublimidade e a essência de um e de outro.

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FONTE DE ÁGUAS ETERNAS

“Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”

(JO 7.38).

Dirigir-se a uma fonte de água em pensamento

excita a memória ao momento da concepção, da origem, do começo.

Gerado nas entranhas do mundo o rio nasce criança.

Concebido, salta para a vida.

Deslizando-se no leito da terra até sucumbir

no encontro das grandes águas.

Seus primeiros passos são um turbilhão purificador.

Extirpando da casca da terra todo impudor estéril.

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Porém, paulatino, escorregando suavemente

sobre a infecundidade de seu berço, acrisola sua sujidade, polindo-o.

Sua sinuosidade não implica facilidade do trajeto, antes, ilustra que sempre

há uma saída para os obstáculos do percurso.

A magnitude da sua força é proporcional a abundância da origem.

As quedas que se interpõem ao seu destino não inibem sua marcha,

pois, após a bulha que estas promovem, segue incólume

para o encontro marcado pela natureza.

Rios que nascem e morrem no ciclo das águas.

Entretanto, não subiu ao coração, os olhos não contemplaram e a mente

não consegue criar imagens da fonte de águas eternas.

Águas que saciam a alma seca e fortifica ossos quebrantados.

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Regando o espírito como a um jardim verdejante,

fazendo-o um manancial. Águas constantes.

Águas eternas. Águas que limpam as entranhas do ser,

avalanchando os entulhos do pecado; senhor do homem sem Deus.

Lavando as manchas do erro, embranquecendo-os, inundando

os abismos da alma com as torrentes do amor divino.

Águas de salvação que alegra a vida.

Águas impetuosas, que de rastos levam os obstáculos,

abrindo e fechando portas, erguendo e derrubando reinos,

honrando e desonrando homens.

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Águas que nos conduz para o alvo, que da origem da vida, salta

para a eternidade.

Fonte de vida infinda.

Assim como um rio no Éden regava o jardim de Deus,

como há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus,

o Santuário das moradas do Altíssimo,

como corre um rio do coração daqueles que bebem da água da vida,

verei o rio, claro como o cristal, que procede do trono de Deus e do Cordeiro.

Vinde às águas!

Não com ouro e nem com prata.

Vinde! Para as águas de descanso.

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Estás no deserto da aflição?

Vives a sequidão da rejeição?

Ouça a voz como de muitas águas:

“Se alguém tem sede, venha a mim e beba... do seu interior fluirão rios de água

viva”.

Queres saber o seu nome?

Seu nome é Jesus: Fonte de águas eternas.

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“Ora, a fé é a certeza das coisas que se espera a prova das coisas que não se

vêem” (Heb. 11:1).

A fé é fundamento sólido

A fé prova as coisas inexistentes

A fé dá bom testemunho

Pela fé cremos na Palavra de Deus

Pela fé entregamos a Deus o nosso melhor

Pela fé agradamos a Deus

Pela fé obedecemos à vontade de Deus

Pela fé confiamos em Deus

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Pela fé vemos a Glória de Deus

Pela fé temos esperança de vida eterna

Pela fé esperamos o cumprimento das promessas de Deus

Pela fé nossos descendentes são abençoados

Pela fé somos fiéis até diante da morte

Pela fé enfrentamos os perigos

Pela fé recusamos os prazeres do mundo

Pela fé vemos o invisível

Pela fé Deus faz maravilhas

Pela fé os inimigos são derrotados

Pela fé praticamos a justiça

Pela fé alcançamos as bênçãos de Deus

Pela fé somos perseguidos

Pela fé somos entregues a morte

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Pela fé condenamos o mundo

A fé vence reinos

A fé fecha a boca do leão

A fé fortalece

“Mas o meu justo viverá da fé. E se ele recuar a minha alma não tem prazer nele”

(Heb. 10:38)

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NO PRINCÍPIO

“Ele fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com

sua inteligência estendeu os céus” (Jr. 10:12).

O tempo e o espaço não existem... O silêncio!

Nas trevas... o nada!

No inefável inatingível, o Amor concebe “os céus e a terra”.

Parto da realidade invisível.

De uma esfera não sonhada,

ouviu-se uma voz...

Haja luz!

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“E houve luz”...

Gloriosa, desvendando

a harmonia perfeita que as trevas,

divorciada, deslumbrada, avistava.

Os céus, a terra, à noite, o dia,

à tarde e a manhã do primeiro dia.

O Supremo Poeta, num prazer indizível

de uma imagem aprazível, enaltecido, fala à criação:

Vejo que isso é bom!

As mãos criadoras do Divino Artista,

com gozo profundo, na tela do universo, embeleza o mundo.

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O céu é azul, as nuvens, alvo algodão.

O mar, carinhoso, nina a terra, com doce paixão.

E viu Deus que isso era bom.

A terra, dócil menina, recebendo a semente divina,

de todas as espécies a fora, lança de si a fauna e a flora.

O verdadeiro Agricultor, evocando flores e frutos, ara a terra

com ditosa emoção, dizendo aos anjos: Vejam como isso é bom!

Na sombra do grande luminar, miríades de estrelas pontilham o céu

num límpido cintilar: A Ursa, o Orion, o Sete-estrelos, as

grandes constelações, e viu Deus que isso era bom.

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Palavras criadoras ecoaram, Peixes nadaram e aves voaram.

Estréia na terra do coral da vida. Jubilosa exaltação do Grande Autor.

Super produção em harmônicos sons,

e viu Deus que isso era bom.

Dos céus veio a ordem; obediente, a terra cumpriu.

Das suas entranhas, um mistério, animais diversos foram produzidos.

Répteis, domésticos e selvagens, famílias diversas, riqueza da criação.

E viu Deus que isso era bom.

Chegara o momento do “clímax da criação”,

o Divino Conselho reunido e uma só decisão: “A nossa imagem,

conforme a nossa semelhança, façamos o homem com nossas próprias mãos.

O Pai de Amor, com terna paixão, modelou do barro a “coroa da criação”.

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Quando, ao sopro de Deus, a alma vivente se levantou do chão,

estava consumada a obra de Sua mão.

O universo, então, ouviu em alto e bom som:

Isto é muito bom!

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MEDITA NESTAS COISAS...

“Meditarei nos teus preceitos, e terei respeito aos teus caminhos” (Sl.119:15).

“O sentimentalismo é faca de dois gumes. O uso da razão é necessário, porém, que esta

não seja o único guia, ouvir o coração nos faz racional”.

“A falsa humildade é fonte da bílis do espírito”

“Um exemplo de disciplina é o esforço de ser o ser que se é”.

“A faculdade da inteligência mora no âmago do ser; a divina missão deste é arrancá-la e

mostrá-la ao mundo”.

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“De graça recebemos o dom da vida; nossa dívida é vivê-la”.

“O escravo diz: “Quero, mas não posso”.

O livre diz: “Posso, mas não quero”.

“Quando a fé é acionada os sonhos materializam-se’.

“O conhecimento é o ponto de encontro entre a criatura e o Criador. Este é a glória

daquele e aquele é a imagem deste, e o amor une ambos”.

“Se há desprezo de si mesmo, então, o que resta ao homem?”

“O propósito da tribulação é aflição, entretanto, caminho que aproxima o homem de

Deus”.

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“Entre a vida e a morte, eis a aventura daqueles que não tem esperança em Deus”.

“O cúmulo da contradição é alguém dizer: “Eu amo o meu próximo, porém, ele lá e eu

aqui”.

Alguém já viu um rio voando? Assim como o rio está para o seu leito, o amor aproxima as

pessoas”.

“Um corpo estava caído. Um homem começou a observar se alguém iria socorrê-lo.

Durante duas horas permaneceu no seu posto. Ninguém socorreu o ferido.

Todos passaram ao largo.

Então, o homem decidiu socorrê-lo.

Quando se aproximou percebeu que o homem estava morto.

Conclusão do laudo médico: “...se tivesse sido socorrido duas horas antes teria

sobrevivido”.

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Vi um homem culpado.Somos culpados da morte espiritual do mundo se continuarmos

observando a sua agonia”.

“A situação do mundo é tal qual a de um avião cheio

de passageiros despencando para o sinistro. O co-piloto, desesperado, grita para o

também desesperado comandante: “nossa única salvação é o freio funcionar!?”?”

“Há um novo “Serial Killer” aterrorizando a sociedade, seu nome: violência.

Cuidado, ela pode estar ao seu lado.

Nossa esperança está em Deus, porque os homens...”

“A violência deixa as pessoas estarrecidas, boquiabertas, assustadas, acuadas ... MEU

DEUS... medrosas, desconfiadas, angustiadas, estressadas, acovardadas... DÊ-NOS

FORÇA... assombradas, inseguras, duvidosas, apavoradas... PARA REVERTER...

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desvanecidas, aterradas... ESTA SITUAÇÃO... pasmadas, imbecilizadas, empacadas,

entocadas... AMANDO A TI... revoltadas... AMANDO O PRÓXIMO... odiosas... E A NÓS

MESMOS... violentas... AMÉM”.

“Amar é colher rosas no fundo do mar”.

“O desespero leva ao abismo, a covardia incita ao salto, o medo impede o pulo, a dúvida

não deixa voltar, a solidão impele a continuar, porém, do céu vem o socorro do Senhor,

presente na hora da angústia”.