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Mamona: Matria-prima para o BiodieselMamonaRicinus communis L.Famlia das Euforbiceasa (mandioca, da seringueira e pinho manso)Origem: frica ou da ndiaClima tropical e subtropicalFoi trazida pelos portugueses com a finalidade de utilizar seu leo para iluminao e lubrificao dos eixos das carroas. (EMBRAPA ALGODO)

IndiaChinaBrasil

Produo de mamona nos maiores produtores mundiais, entre 2010 e 2013A mamoneira (Ricinus communis L.) uma planta pertencente famlia das Euforbiceas, a mesma da mandioca, da seringueira e do pinho manso. originria provavelmente da frica ou da ndia, sendo atualmente cultivada em diversos pases do mundo, sendo a ndia, a China e o Brasil, nesta ordem, os maiores produtores mundiais.O maior produtor mundial de mamona a ndia, com mais de 2.300.000toneladas produzidas em 2011, com dados da FAO, bem superior produo chinesa,de 180 mil toneladas, brasileira, que cresceu mais de 25% entre 2010 e 2011 eatingiu mais de 120 mil toneladas, e moambicana, com 57 mil toneladas, comoapresentado no grfico 1.2(EMBRAPA, 2012)rea de cultivo entre 120 a 150 mil hectares; 80% da produo na Bahia; Outros: Cear, So Paulo, Minas Gerais, e Piau; Devido maior seca dos ltimos 60 anos, houve uma queda significativa na produo da mamona no Nordeste50% na regio de Irec na Bahia e 60% no CearAumento no Preo Importao necessria

rea plantada, produtividade e produo

Mamona no BrasilA mamona tem rea de cultivo no Brasil entre 120 a 150 mil hectares, estando cerca de 80% da produo na Bahia. Entre os principais estados produtores tambm figuram Cear, So Paulo, Minas Gerais, e Piau. Devido maior seca dos ltimos 60 anos, houve uma queda significativa na produo da mamona no Nordeste, chegando a 50% na regio de Irec na Bahia e 60% no Cear. Em funo da escassez,subiram os preos, tornando a importao necessria para abastecer as indstriase ainda mais atraente.Com a divulgao do "9 Levantamento de Avaliao da Safra de Gros",pela Conab, percebe-se a rea plantada de mamona em queda nas todas as regiesestudadas.3

Mamona no Brasil

Distribuio da produo de mamona no Brasil em 2009 Fonte: SIDRA/IBGE (EMBRAPA, 2012)Hoje, alm da Petrobrs, h somente trs empresas ativas que compram mamona no Brasil:Bom;Azevedo leos;Bileo.

O Brasil atualmente importa leo de mamona e derivados. Safra 2010/2011, 5,12 mil toneladas de leo de mamona chegaram aos portos brasileiros (MAPA e MDIC)

Mamona no Brasil

(EMBRAPA, 2007)Mesmo produzindo at o momento uma gama de produtos restrita e contando com apenas quatro indstrias esmagadoras, o Brasil atualmente importa leo de mamona e derivados. Na safra 2010/2011, 5,12 mil toneladas de leo de mamona chegaram aos portos brasileiros, de acordo com dados dos ministrios da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) e Desenvolvimento, Indstria e Comrcio (MDIC). O Brasil precisa se organizar para que a mamona seja uma cultura competitiva aumentando a produtividade, a rea plantada e a diversificao dos produtos, conclui Grtz.5leo de rcinoPredominncia de um nico cido graxo:cido ricinoleico (90%)nico leo vegetal naturalmente hidroxilado (OH)

leoAlta viscosidade, estabilidade fsica e qumica e solubilidade em lcool a baixa temperatura.

Propriedades fsico-qumicas de alguns leos vegetaisFonte: NETO E ROSSI (2000)(EMBRAPA ALGODO)O principal produto da mamoneira seu leo, o qual possui propriedades qumicas peculiares que lhe fazem nico na natureza: trata-se do cido graxo ricinoleico que tem larga predominncia na composio do leo (cerca de 90%) e possui uma hidroxila (OH) o que lhe confere propriedades como alta viscosidade, estabilidade fsica e qumica e solubilidade em lcool a baixa temperatura.

6Principais consumidores: Estados Unidos, Frana, Alemanha e ChinaRicinoqumica

leoFabricao de graxas e lubrificantes,Tintas, Vernizes, Materiais plsticos para diversos fins, Cosmticos,Produtos alimentares,Etc.(biodieselbr.com)Os principais consumidores de leo de mamona so os pases desenvolvidos que utilizam este produto como insumo para a indstria qumica, principalmente Estados Unidos, Frana, Alemanha e China. D-se o nome de ricinoqumica ao ramo da qumica que usa leo de mamona como matria prima.

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(R7, 2012)

leo(CSAR, BATALHA, 2009)Programa Nacional de Produo e Uso do Biodiesel (PNPB 2004)Estimular a produo de biodieselMamona (Ricinus communis) foi eleita como prioritria pelo Governo

Capacidade produtiva na regio Nordeste Agricultor familiarBaixo custo de implantao e produo;nica oleaginosa bem adaptada para cultivo na regio semi-rida Desenvolvimento em condies adversas de solo e clima seco;Cultura intensiva em mo de obra Oferta de emprego aos trabalhadores rurais durante dois a trs meses do ano.

Mamona e BiodieselEm 2004, o governo federal lanou o Programa Nacional de Produo e Uso de Biodiesel (PNPB). O Programa do Biodiesel foi parte da poltica governamental brasileira para promover a produo de combustveis alternativos derivados de leos vegetais. Pela sua capacidade produtiva na regio Nordeste do pas, constituindo alternativa para o estabelecimento da agricultura familiar, a mamona foi utilizado com o a cultura inicial no PNPB.As metas de incluso social atribudas mamona, foram em muito superestimadas pelos formuladores do plano;

Entre as vrias espcies de oleaginosas disponveis para a produo de biodiesel, a mamona (Ricinus communis) foi eleita como prioritria pelo governo. O seu baixo custo de implantao e produo, bem como sua relativa resistncia ao estresse hdrico permite que a mamoneira se desenvolva em condies adversas de solo e clima seco, condies caractersticas de grande parte do Nordeste brasileiro. Alm disso, trata-se de cultura intensiva em mo de obra o que elevaria a oferta de emprego aos trabalhadores rurais durante dois a trs meses do ano.

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A Brasil Ecodiesel foi a pioneira no uso da mamona como matria-prima;

Polo Tocantins: Inaugurada em maio de 2007, pelo presidente da Repblica, Luiz Incio Lula da Silva (PT), e pelo governador de Tocantins, Marcelo Miranda. (portalamazonia.com)A fbrica subsidiava o plantio da mamona junto a agricultores familiares e outros interessados, o que promoveu a gerao de emprego e renda. . Cerca de trs mil famlias atuaram no plantio do vegetal em 40 municpios tocantinenses, somando oito mil hectares. - 15 % da matria-prima utilizada pela fbrica, na poca. (PPDLES, 2007)

(biodieselbr.com)A Brasil Ecodiesel pioneira no uso da mamona como matria-prima, e utiliza tambm a soja e o girassol. Sua produo certificada pelo Selo Combustvel Social, do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio (MDA), que prev a integrao regional e insero de agricultores familiares na cadeia produtiva. 10

Mamona e BiodieselContudo, as prticas e tecnologias de manejo dessa cultura foram inadequadas, tornando a produo de biodiesel a partir desta oleaginosa a menos competitivaPossui baixa produtividade em relao a outras culturasRecursos insuficientes;Preos crescentes elevados no mercado internacional. (JUNIOR, 2012; PINOTTI, AMARAL, 2013)

Pela sua capacidade produtiva na regio Nordeste do pas, constituindo alternativa para o estabelecimento da agricultura familiar, a mamona foi utilizado com o a cultura inicial no PNPB. Contudo, embora essa regio tenha aptido agronmica para o cultivo e expanso desta matria prima, as prticas e tecnologias de manejo dessa cultura foram inadequadas, tornando a produo de biodiesel a partir desta oleaginosa a menos competitiva (US$ 1,00/litro - sem impostos). Alm disso, a mamona possui preos crescentes elevados no mercado internacional, nos ltimos anos em mdia cerca de US$ 1650,00/tonelada. Para que seu preo se reduza ao patamar dos demais leos vegetais tambm empregados na produo de biodiesel, deveria haver um incremento significativo na oferta desta matriaprima.

cultura agrcola rstica que exige pouco investimento e possui baixa produtividade em relao a outras culturas, sendo espcie de fcil adaptao presentes em diversas regies do pas.11

Mamona e BiodieselNobre com caractersticas nicas : Preo Mamona x Diesel mineralDificuldade tecnolgica de enquadramento do biodiesel de mamona s normas exigidas pela ANPEmpresas simplesmente abandonaram os projetos com mamona e algumas deslocaram seus projetos para outras regies do Pas(CSAR, BATALHA, 2009)O leo de mamona um produto nobre com caractersticas nicas. A baixa oferta do produto no mercado internacional faz com que alcance valor superior ao de vrios leos vegetais.No cenrio atual, o preo do leo de mamona muito superior ao do diesel mineral, motivo pelo qual seu uso como carburante parece um paradoxo.A dificuldade tecnolgica de enquadramento do biodiesel de mamona s normas exigidas pela ANP (principalmente no que se refere sua elevada viscosidade) outro fator que limita seu emprego como carburante. Esses aspectos ajudam a explicar o motivo do repasse das bagas produzidas a partir de projetos sociais suportados pelo governo e pelos produtores de biodiesel para empresas atuantes no segmento da ricinoqumica3, no processando a mamona adquirida para a produo de biodiesel.Uma anlise mais detalhada da competitividade na cadeia produtiva de biodiesel indica um quadro desfavorvel para a sua fabricao partir de mamona. Os projetos em andamento que utilizam a matria-prima so inviveis economicamente e somente se sustentam pelos subsdios e estmulos governamentais.Algumas empresas simplesmente abandonaram os projetos com mamona e algumas deslocaram seus projetos para outras regies do Pas (muitas vezes com outras matrias-primas), nas quais os riscos e as cotas exigidas de matrias-primas originrias da agricultura familiar eram menores.

12Concomitantemente ao fracasso mamoneiro, a soja conquistou seu espao, sem quaisquer dificuldades ou competio de outras culturas.

Mamona e Biodiesel

A empresa, que at 2008 figurava com um dos principais agentes na comercializao do biodiesel, passou a operar tambm na etapa produtiva da cadeia, atravs da inaugurao de trs plantas de produo localizadas nos estados de Minas Gerais, Bahia e Cear. A partir deste marco, a Petrobras passou a estabelecer contratos de mdio prazo com produtores familiares, estabelecendo preos mnimos para a tonelada de mamona, alm de se concentrar no fornecimento de assistncia tcnica e distribuio de sementes para as unidades de produo familiar. resultou no aumento do valor adquirido junto a agricultura familiar e elevao da participao da mamona na constituio deste valo. a participao da mamona mais que dobrou de tamanho, atingindo 4,4% em 2010.13

Mamona e Biodiesel

Nesse contexto, a mamona, produzida principalmente por agricultores familiares localizados no Nordeste e Semi-rido, voltou a apresentar aumento de produo. Essa expanso vinculada ao biodiesel fez com que o Brasil eliminasse a dependncia externa, parando a imporao de leo de mamona e voltando a ser um exportador do produto. De acordo com o saldo lquido entre importao e exportao do leo, mais de 11 mil metros cbicos foram exportados somente no primeiro semestre de 2011. Segundo dados do MDA, a rea de mamona plantada por agricultores familiares vinculados ao PNPB, em 2008, foi de 13 mil hectares. Passou para 46 mil hectares em 2009 e 72 mil hectares em 2010.14leo 8x mais viscoso impede a fluidez do combustvel na circulao do motor

Biodiesel de mamonaANP: o leo de mamona tem problemas em relao viscosidade e massa especfica, o que impede seu uso comercial em B100; a mistura de 10% do leo com o diesel (B10) e a de 30% com o biodiesel de soja, porm, estariam dentro das especificaes.B100 DE MAMONA no atende s especificaes da ANP

(PERES, 2012)Sob o ponto de vista tcnico, a mamona passou a ser considerada imprpria para a produo de biodiesel pela Agncia Nacional de Petrleo (ANP), que em 2008 constatou seu elevado ndice de viscosidade.

Devido alta viscosidade (14,58 mm/s @ 40c)B100 DE MAMONA no atende s especificaes da ANP

15Usar mamona para essa finalidade um desperdcio.(PERFEITO, 2008)

Biodiesel de mamonaNa mistura do biodiesel, as diferenas de custo so relevantes, logo o biodiesel de mamona possui um custo mais elevado quando comparado a outras oleaginosas.

nA mistura do biodiesel, as diferenas de custo sero relevantes e o biodiesel de mamona possui um custo mais elevado quando comparado a outras oleaginosas.Outros vegetais menos nobres podem gerar biodiesel. Usar mamona para essa finalidade um desperdcio.A dependncia exclusiva da indstria ricinoqumica que utiliza a oleaginosa para produzir cosmticos e lubrificantes (e de seu domnio sobre os preos dascommodities) um dos fantasmas deste meio rural que, h trs anos, sofreu os impactos da drstica reduo de investimentos da Brasil Ecodiesel, criada em 2003 para a ser o principal parceiro privado do PNPB. A companhia, que abandonou a mamona e concentrou sua produo de biodiesel no leo de soja, teve o Selo Combustvel Social suspenso em suas unidades de Itaqui (MA) e Iraquara (BA).

Pela resoluo da ANP, o leo de mamona considerado muito viscoso, no sendo vivel a produo de biodiesel feito apenas com mamona. O produto teria que ser misturado a outros leos. Na opinio do chefe-geral da Embrapa Algodo, Napoleo Beltro, no existe leo que, isoladamente, seja perfeito para a produo do biodiesel. "A melhor sada a mistura", diz.

uma forma de se buscar um adequado balanceamento percentual entre os diversos leos, aumentar as possibilidades de abastecimento regular e permitir que o empreendimento tenha impacto reduzido com as flutuaes de preos de matrias-primas em decorrncia de sazonalidades naturais", afirma Wang.16

No cenrio atual, leo de mamona mais bem valorizado pela indstria de ricinoqumica do que pela de biodiesel. Mas, vale destacar que mesmo a indstria ricinoqumica caracteriza-se por atender a um mercado restrito e com preos muito instveis. Dessa maneira, o excedente de mamona no mercado pode ser direcionado produo de biodiesel. No entanto, isso s acontecer a mdio ou longo prazos, e se houver melhorias significativas no volume e na qualidade da matria-prima produzida.

(CSAR, BATALHA, 2009)Pelos motivos apresentados, a utilizao da mamona para a produo de leo carburante se apresenta impraticvel no curto prazo. No cenrio atual, e at onde se pode vislumbrar, o leo de mamona tender a ser mais bem valorizado pela indstria de ricinoqumica do que pela de biodiesel. Mas, vale destacar que mesmo a indstria ricinoqumica caracteriza-se por atender a um mercado restrito e com preos muito instveis. Dessa maneira, o excedente de mamona no mercado poderia ser direcionado, quando forem superadas as barreiras tecnolgicas atuais, produo de biodiesel. No entanto, isso s acontecer a mdio ou longo prazos, e se houver melhorias significativas no volume e na qualidade da matria-prima produzida.17Ra

Obrigada!ASSIZ, L. Mamona perde ttulo de oleaginosa oficial na produo brasileira de biodiesel. Cincia e Cultura, 2011.CZAR, A. da S.; BATALHA, M.O. Biodiesel de mamona: Produtores, Familiares e empresas. FGV, 2009.EMBRAPA: Consideraes sobre Biodiesel como Biocombustvel Alternativo ao Diesel, 2009.EMBRAPA ALGODO. Disponvel em: Acessado em: 10 Jul. 2013EMBRAPA: Mercado damamonacresce no mundo, 2012. EMBRAPA: MDA e Embrapa debatem produo de mamona no Brasil, 2012.JUNIOR, M.A. Programa Nacional de Produo e Uso de Biodiesel: Uma Anlise Crtica. Monografia de Bacharelado. Instituto de Economia, UFRJ, 2012. RefernciasPERFEITO, G. Produo de biodiesel a partir da mamona possvel com mistura. RTS, 2008.PINOTTI, R.N.; AMARAL, J.G.C. Informaes Econmicas da mamona como Biocombustvel. Pesquisa & Tecnologia, vol. 10, n. 1, Jan.-Jun. 2013.http://www.biodieselbr.com/

Referncias