cultivo de mamona agroecologica

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Produo Agroecolgica MAMONA

Maro de 2006

Produo AgroecolgicaMAMONA

Maro de 2006

SRIE CULTIVOS AGROECOLGICOS: MAMONA Diaconia Programa de Apoio a Agricultura Familiar Coordenao do Projeto: Joseilton Evangelista Srie Cultivos Agroecolgicos: Mamona Texto: Marcelino Lima e Adilson Viana Reviso e Colaborao: Joseilton Evangelista, Francisco Moesio Trres Projeto Grfico e Editorao: Lusimar Lima Acervo fotografias: Diaconia, ATOS Carabas Impresso: IGRAMOL Indstria Grfica e Editora Montaigne - LTDA Tiragem: 1.000 exemplares Equipe PAAF Marcelino Lima: Coordenador do PAAF Joseilton Evangelista: Coordenador Casa de Apoio Umarizal RN Mario Farias Junior: Coordenador Casa de ApoioAfogados da Ingazeira PE Equipe Tcnica: Adilson Viana, Adriana Connolly, Afonso Fernandes, Ana Paula Pereira, Antonio Carlos da Silva, Brgida Candeia, Cntia Gamarra, Clcio de Lima, Diekues Pereira, Francisco Elson Gurgel, Geneildo da Silva, Genival Filho, Igor Arruda, Jonildo Morais, Manoel Arajo, Maria Djaneide, Maurlio Costa, Vnia Lucia Gomes, Verlndia Morais e Vilma Carvalho e Yazna Bustamante.DIACONIA (2006) Mamona : [srie cultivos agroecolgicos] / texto: Adilson Viana e Marcelino Lima / reviso e colaborao: Afonso Fernandes, Joseilton Evangelista, Mosio Trres coordenao do projeto grfico: Joseilton Evangelista. -- Recife : Diaconia, 2006. 20p.: il. Projeto construdo pela Diaconia em parceria com agricultores e agricultoras do semi-rido brasileiro, a Rede ATER NE e a Secretaria de Agricultura Familiar do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio do Governo Federal. Palavras-chave: 1. mamona; 2. cultivos agroecolgicos; 3. agroecologia; 4. semi-rido; 5. Ricinus communis.

FICHA CATALOG.

Maro de 2006

SumrioApresentao Introduo reas adequadas para o cultivo da mamona Plante sementes de qualidades e garanta uma boa germinao Cuide bem do solo ao fazer o plantio de mamona Organizando o plantio para obter uma produo diversificada Plantando a mamona e cultivando de forma diversificada Prticas para um bom manejo da plantao de mamona Plantio consorciado Manejando Lavoura Buscando uma convivncia harmoniosa com a natureza: Orientaes para ajudar no controle de pragas e doenas Defensivo natural de Nim Defensivo natural com cal e cinza Defensivo natural de calda de fumo Urina de vaca Colheita, secagem, beneficiamento e armazenamento da mamona 5 7 9 10 11 12 13 15 15 16 17 17 17 18 18 19 20

APRESENTAO

Para que as nossas despensas se encham de todo o provimento; para que os nossos gados produzam a milhares e a dezenas de milhares em nossas ruas. (Verso 14); Para que os nossos bois sejam fortes para o trabalho; para que no haja nem assaltos, nem sadas, nem clamores em nossas ruas. (Verso 15). Orao de Davi, Salmo 144.

Com satisfao apresentamos as primeiras cartilhas da srie Criao Animal e Cultivos Agroecolgicos: Produo e Armazenamento de Forragens, Banco de Protenas, Ensilagem e Fenao, Algodo e Mamona agroecolgica. As publicaes numa linguagem de fcil leitura visam orientar agricultores e agricultoras na produo e cultivo agroecolgico de culturas adaptadas s condies de semi-aridez, nas regies do Serto do Paje em Pernambuco e do Mdio Oeste do Rio Grande do Norte, onde desenvolvemos atividades junto com agricultoras e agricultores experimentadores.

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O objetivo ajudar as agricultoras e agricultores a melhorarem os seus trabalhos de acompanhamento e monitoramento das reas de produo e armazenamento de forragens, banco de proteinas, ensilagem e algodo e mamona e auxiliar os tcnicos e tcnicas a desenvolverem suas atividades junto s famlias contribuindo para o processo de multiplicao de experincias. Esta mais uma contribuio de nossa equipe tcnica, com a colaborao de agricultores e agricultoras parceiras, que se somam a outras contribuies de pessoas e instituies da sociedade civil organizada, apoiada pelo governo brasileiro e pela cooperao internacional; construndo, sistematizando e partilhando conhecimentos para a convivncia com o semi-rido em bases sociais justas, ambientalmente e culturalmente sustentveis e economicamente viveis. Assim procedendo professamos nossa confiana e damos nossa pequena contribuio para um outro semi-rido possvel: feliz, com vida digna e paz. Fraternalmente, Rev. Arnulfo Barbosa Diretor Executivo da Diaconia

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INTRODUOA mamona uma planta originria de regies onde ocorrem chuvas tropicais de vero na frica, sendo cultivada atualmente em regies midas mas tambm em regies semi-ridas. No Nordeste do Brasil a mamona adquiriu relativa tolerncia seca. Nos anos 1970 teve grande importncia para a agricultura e a economia do semi-rido brasileiro, num tempo em que era muito comum o seu plantio e numa poca em que o mercado para a mamona era seguro. Ou seja, o que se plantava se vendia. Depois o mercado entrou em decadncia e as famlias foram abandonando o plantio da mamona na maior parte do Nordeste. Atualmente o plantio e o beneficiamento da mamona podem ser fatores importantes para melhorar a vida de centenas de milhares de agricultores familiares do Nordeste brasileiro. A semente da mamona produz um dos leos mais dinmicos que conhecemos. A partir do leo de mamona pode-se fazer vrios produtos como: prteses para ossos humanos, cosmticos, lubrificantes, inclusive para turbinas de avio e biodiesel, um combustvel para usar em

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automveis, na indstria e na gerao de energia. O biodiesel pode ser uma alternativa brasileira para a reduo da importao e do uso de petrleo, bem como para a reduo da emisso de poluentes na atmosfera. A regio Nordeste possui mais de 85% da rea plantada do pas. A produo do Nordeste corresponde a 78% da produo nacional de bagas, sendo que a maior parte proveniente do Estado da Bahia. Com a poltica de incentivo do Governo Federal em adicionar biodiesel ao leo Diesel convencional, abrem-se grandes possibilidades concretas de gerao de renda para as famlias agricultoras do semi-rido brasileiro, a partir do cultivo da mamona para a venda de bagas, mas tambm para a participao dessas famlias na cadeia da fabricao do biodiesel. Assim, importante considerar que a mamona pode voltar a ter grande importncia econmica para a agricultura familiar do Nordeste, j que um dos grandes fatores para sua diminuio ou quase abandono, enquanto cultivo que gera renda, foi a falta de compradores.

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REAS ADEQUADAS PARA O CULTIVO DA MAMONA A mamona uma planta exigente e s se d bem em solos bons, com boa fertilidade, bem preparados e cuidados. A utilizao ou preparo do solo de forma incorreta e o plantio da mamona ano aps ano, leva o solo perda de sua fertilidade, chegando a estgios de degradao muito avanado. Para que isto no acontea necessrio que os agricultores familiares tenham alguns cuidados na escolha da rea e se preocupem com o manejo correto do solo para o plantio. por isso plante a mamona em reas de baixio que no encharquem, onde o solo seja forte e que tenha maior capacidade de segurar o molhado por mais tempo. importante que o solo no tenha problemas de salinidade. No caso de reas acidentadas ou enladeiradas (com declive at 12%) utilize as seguintes prticas: o plantio em curva de nvel, o enleiramento de garranchos e as muretas de pedras. Todas essas prticas evitam o desgaste e a eroso pelas enxurradas, e retm a gua no solo por mais tempo.

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PLANTE SEMENTES DE QUALIDADE E GARANTA UMA BOA GERMINAO S plante sementes de boa qualidade para aumentar a germinao e facilitar o crescimento das plantas de mamona. Compre as sementes no comrcio de sua regio. Ou compre de agricultores e agricultoras que tm experincia com o cultivo da mamona. Crie o hbito de selecionar e guardar suas prprias sementes. Isso importante porque assim voc passa a conhecer a procedncia das sementes e controlar melhor as caractersticas da planta que voc est plantando. J existem disposio vrias cultivares que variam de porte e tipo de cachos. Existem variedades como a 149 Nordestina que tem o porte mdio de 1 metro e 70 centmetros a 2 metros de altura, lanada pela EMBRAPA. A nordestina, como conhecida, tem boa rusticidade, resistente seca e apresenta as seguintes caractersticas:

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Ciclo produtivo de 250 dias. Isso quer dizer que no incio do oitavo ms aps o plantio voc j comea a colheita; ! A florao da Nordestina comea aos 50 dias depois de plantada; ! Sua produtividade pode ser de at 1.400 quilos de sementes por hectare; ! A semente da mamona Nordestina tem 47% de leo. CUIDE BEM DO SOLO AO FAZER O PLANTIO DE MAMONA A forma correta de preparo do solo aquela que proporciona as melhores condies para a germinao das sementes, o crescimento das plantas e a conservao do prprio solo. Observe bem quais so as prticas a serem adotadas para o preparo do solo: ! Durante a arao deixe os restos das plantas e o mato em cima do solo. Essa cobertura morta serve para proteger a terra da eroso e para guardar a gua por mais tempo; Are a terra com trao animal e faa os sulcos de plantio em curva de nvel, caso a rea seja enladeirada;

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Se preferir plante em covas como fazem os agricultores do Mdio Oeste do Rio Grande do Norte. Adube a terra com esterco de gado, cabras ou ovelhas, de acordo com a disponibilidade em sua propriedade ou comunidade; Faa o consrcio com plantas adubadoras. As plantas adubadoras so aquelas que recuperam a fertilidade dos solos, como exemplo, o feijo, o guandu, a leucena, a jurema-preta, a fava e outras. Essas plantas adubadoras afofam, cobrem e deixam nutrientes no solo; Faa a rotao de culturas. De preferncia no repita o plantio da mamona na mesma rea, aps o segundo ano. Substitua a mamona por plantas como o algodo, o milho, o sorgo, o feijo, o amendoim ou outras plantas, caso no tenha sido usado como consrcio antes. Fazendo a rotao de culturas, voc, agricultor familiar vai conservar , a produtividade de sua terra e prevenir o aparecimento de pragas e doenas nas plantas. ORGANIZANDO O PLANTIO PARA OBTER UMA PRODUO DIVERSIFICADA

O espaamento recomendado para um bom desenvolvimento da planta de mamona aquele que facilite o manejo da plantao e a colheita sem provocar concorrncia entre as plantas. Neste caso importante que o espaamento seja de 1 metro entre plantas e 3 metros entre as fileiras, variando de acordo com a fertilidade do solo. Quanto melhor for a fertilidade do solo, mais adensado pode ser o plantio.

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PLANTANDO A MAMONA E CULTIVANDO DE FORMA DIVERSIFICADA Plante a mamona utilizando as prticas agroecolgicas de adubao com esterco, arao, sulcagem e curva de nvel para segurar por mais tempo a gua no solo. Faa o consrcio com duas ou mais culturas plantadas na mesma rea at porque no semi-rido Brasileiro, e em especial na agricultura familiar, esta prtica bastante comum. Faa o consrcio com plantas leguminosas como o feijo guandu, o feijo de corda e outras plantas produtoras de leo como o gergelim. Essas plantas, alm de serem adubadeiras, melhorando e mantendo a boa fertilidade do solo, podem ser utilizadas como atrativos para insetos como o caso do gergelim. Essa diversificao pode ser aumentada cultivando em volta dos plantios de mamona, nas cercas, voc plantar espcies como a leucena, o nim, o mandacaru, a craibeira, umarizeira, o cedro, a aroeira e outras. Essas plantas vo servir como quebra-vento ajudando a proteger o solo e a conservar a umidade to necessria para as plantas no semi-rido.

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Este conjunto de i n f o r m a e s s o importantes para garantir a prtica da produo agroecolgica, eliminando o uso de venenos nas plantas, prtica que contamina o solo, a gua e o meio ambiente e ainda provoca doenas e intoxica as pessoas podendo matar gente e animais. As experincias de alguns agricultores e agricultoras recomendam que se plantem vrios tipos de plantas juntas. o que chamamos de consrcio. importante lembrar que o plantio consorciado tem que ser feito 15 dias depois da germinao das sementes de mamona para evitar que haja o seu sombreamento. As plantas de mamona crescem lentamente nas duas primeiras semanas e no agentam concorrncia com outras plantas. Se as fileiras dos plantios forem no sentido leste oeste, o plantio consorciado pode ser feito no mesmo momento, dessa forma todas as plantas recebem o sol durante todo o dia.

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PRTICAS PARA UM BOM MANEJO DA PLANTAO DE MAMONA

PLANTIO CONSORCIADO

Como j falado anteriormente, muito importante que o plantio da mamoneira seja consorciado, condio bsica para uma produo agroecolgica. O plantio consorciado deve permitir uma boa cobertura viva do solo, garantindo dessa forma a manuteno da umidade na terra, isto ajuda no desenvolvimento da vida no solo contribuindo para o equilbrio do ambiente. O plantio consorciado uma estratgia da natureza para cobrir o solo e aumentar a vida no ambiente.

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MANEJANDO A LAVOURA No estgio inicial do seu desenvolvimento, a mamoneira muito sensvel e no gosta da presena de muito mato. Se o mato no for controlado desde o incio, pode reduzir a produtividade da mamona. Por isso importante que nos primeiros 70 dias as plantas sejam bem cuidadas. importante cuidar bem de toda a rea de modo que a lavoura cresa bem. O mato capinado deve ser colocado sobre a terra como cobertura morta para segurar a gua e para controlar o nascimento do mato. Plante duas sementes em cada cova. As plantinhas vo nascer e quando elas estiverem com uma altura de 15 a 20 centmetros faa um raleio e deixe apenas uma plantinha por cova. Normalmente a mamoneira tem um ciclo produtivo de dois anos. Por isso, aps o primeiro ano de produo, um pouco antes das chuvas, faa uma poda a uma altura de 60 centmetros do solo. O rebrote vigoroso e no segundo ano vai produzir bem.

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BUSCANDO UMA CONVIVNCIA HARMONIOSA COM A NATUREZA: ORIENTAES PARA AJUDAR NO CONTROLE DE PRAGAS E DOENAS Na regio semi-rida as doenas da mamoneira so poucas e no provocam grandes perdas como em outras regies. A principal doena da mamoneira o mofo cinzento (um tipo de fungo) que derruba todas as flores e frutos da planta. Para o controle do mofo cinzento importante fazer a rotao de cultura. Mas se tiver outras reas para usar no plante mais na rea atacada pelo mofo cinzento. Veja abaixo algumas receitas de defensivos naturais usados para combater doenas e pragas da mamoneira. DEFENSIVO NATURAL DE NIM COMO PREPARAR E APLICAR Coloque 1 quilo de p da folha do Nim ou a folha seca de molho em um balde com 15 litros de gua. Deixe de um dia para outro durante 24 horas. Depois coe, coloque no pulverizador e aplique na lavoura. OBS: O Nim s poder ser utilizado 15 dias depois da germinao das sementes e s podem ser feitas 3 pulverizaes durante o perodo produtivo.

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DEFENSIVO NATURAL COM CAL E CINZA COMO PREPARAR Coloque 1 quilo de cinza em um recipiente (vasilha) de plstico. Junte com 4 litros d'gua e deixe repousar por 24 horas (um dia e uma noite). Em seguida coe e misture a calda de cinza com 1 quilo de cal virgem. OBSERVAES ! ! ! Coloque a calda de cinza e a cal em um tambor com 100 litros d'gua juntamente com um pedao de sabo neutro j dissolvido; Quando colocar no pulverizador coe com pano fino; A calda tambm funciona como adubo lquido foliar, ou seja, um adubo que as plantas absorvem atravs das folhas.

Os PULGES causam a queima das folhas e at do caule. No caso de plantas novas elas chegam at a morrer. Recomendamos que seja feito um defensivo natural a base de Fumo e de Urina de Vaca. DEFENSIVO NATURAL DE CALDA DO FUMO COMO PREPARAR Ferva trs litros de gua com 60 gramas de fumo de corda picado, durante um perodo de meia hora. O fumo deve ser bem forte. Coe em pano fino e junte com 12 litros de gua. Adicione um pedao de sabo dissolvido.

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COMO APLICAR Pulverize por baixo das folhas onde so os locais que esto alojados os pulges. A calda apresentou resultado muito bom no controle de lagarta do cartucho do milho, lagartas da laranjeira e pulgo do feijo de corda URINA DE VACA A coleta da urina, deve ser sempre feita na hora da ordenha (na tirada do leite). Aps a coleta da urina, coloque-a num recipiente fechado (lacrado) e deixe em repouso por trs dias para poder utilizar. COMO PREPARAR Para cada 1 litro de urina, acrescente 100 litros de gua e depois faa as pulverizaes. UTILIDADES DA URINA DE VACA ! ! ! ! ! ! Aumenta o aproveitamento de gua na planta; Aumenta a reteno de gua pela planta; Aumenta a eficincia da adubao nitrogenada, diminundo a atrao para as pragas; Estimula o crescimento da planta; Favorece a formao de razes; Aumenta a quantidade de protenas dos frutos.

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COLHEITA, SECAGEM, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO DA MAMONA A colheita tem que ser feita no perodo que no est chovendo. Quando 2/3 dos frutos dos cachos estiverem maduros, com a colorao marrom, faa a colheita de uma s vez. Se a colheita demorar demais as bagas comeam a se abrir na planta lanando as sementes distncia. Isso vai dificultar a colheita. Dependendo das variedades plantadas pode ser que voc precise fazer vrias colheitas de a c o r d o c o m o amadurecimento dos cachos. Corte os cachos e coloqueos em sacos. Leve para terreiros e deixe secando ao sol durante o perodo de dois a cinco dias. Esse o perodo necessrio para completarem a secagem e as bagas comearem a se abrir e soltar as sementes. O terreiro pode ser de cho batido ou de cimento. A batedura ou beneficiamento pode ser feito em mquinas manuais simples ou em mquinas eltricas.

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Realizao

Esta atividade faz parte do

Apoio

Ministrio do Desenvolvimento Agrrio

Secretaria de Agricultura Familiar Secretaria de Desenvolvimento Territorial