ppp usp licenciatura qumica 2013

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA RIBEIRÃO PRETO/SP 2013

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  • UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    FACULDADE DE FILOSOFIA, CINCIAS E LETRAS

    DE RIBEIRO PRETO

    DEPARTAMENTO DE QUMICA

    PROJETO POLTICO PEDAGGICO

    CURSO DE LICENCIATURA EM QUMICA

    RIBEIRO PRETO/SP

    2013

  • 2

    ndice

    1. Introduo ...................................................................................................... 3

    1.1. Histrico da Instituio ............................................................................. 4

    1.2. Histrico do Curso de Licenciatura em Qumica ...................................... 6

    1.2.1 O ingresso no curso de Licenciatura em Qumica..7

    1.2.2 CoC Comisso de Coordenao de Cursos........8

    2. Relevncia social...9

    3. Diretrizes e processos pedaggicos ............................................................. 11

    4. Caracterizao ............................................................................................. 13

    4.1. Campo de atuao ................................................................................ 14

    4.2 Misso .................................................................................................... 14

    4.3 Objetivos ................................................................................................. 14

    4.4. Perfil do Profissional Pretendido e Proposto .......................................... 15

    4.5. Matriz Curricular .................................................................................... 18

    5. Diretrizes para pesquisa e trabalhos de concluso de cursos como

    instrumento de ensino e aprendizagem ........................................................... 28

    6. Diretrizes para extenso como instrumento de ensino e aprendizagem ...... 29

    7. Diretrizes para estgios ................................................................................ 30

    8. Bolsas de ensino e pesquisa ........................................................................ 32

    9. Avaliao do curso 33

    10. Outras atividades organizadas pela ou com apoio da CoC ........................ 33

    10.1. Encontro de Formadores e Aes Decorrentes ................................... 34

    10.2 Mostra das Atividades de Estgio e de Prtica como Componente

    Curricular ...................................................................................................... 35

    Anexos ............................................................................................................. 37

    1. Corpo docente e as Comisses................................................................ 38

    2. Ordenamento de estgio .......................................................................... 39

    3. Infra-estrutura do DQ ................................................................................41

  • 3

    1. Introduo

    O curso de Licenciatura em Qumica (LQ) encontra-se sob a

    responsabilidade do Departamento de Qumica (DQ), com a participao do

    Departamento Educao, Informao e Documentao (DEDIC), do

    Departamento de Fsica (DF) e do Departamento de Computao e Matemtica

    (DCM) da Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de Ribeiro Preto

    (FFCLRP) da Universidade de So Paulo (USP).

    O primeiro curso de Licenciatura em Qumica coincide com o incio das

    atividades da FFCLRP na dcada de 1960. At 2003, este curso era oferecido

    no perodo diurno. Depois dessa data, passou a ser oferecido no perodo

    noturno, com 40 vagas e cinco anos de durao. Essa mudana foi feita

    considerando-se aspectos como a necessidade da melhor utilizao do espao

    pblico no que se refere infra-estrutura disponvel na Universidade e que no

    oferecia, at ento, cursos em perodo noturno e o atendimento ao Conselho

    Nacional de Educao em sua Lei 9.131, de 25/11/95 e respectivas resolues.

    A partir da promulgao da Lei de Diretrizes e Bases da Educao

    Nacional (LDB 1994/1996), intensificaram-se as necessidades de

    reorganizao/reformulao dos cursos de formao de professores, de um

    modo geral. Acompanhando essas e outras tendncias educacionais e

    legislativas do pas, iniciou-se um processo de reformulao do curso a partir

    do incio do ano 2000.

    Enfatizando-se a melhoria das atividades da universidade pblica e o

    reconhecimento da especificidade do campo de Ensino de Cincias, a estrutura

    e o funcionamento do curso vm sendo re-analisados, pois sua adequao

    passa pela considerao da histria da educao no que se refere ao ensino

    de qumica, bem como, pelas responsabilidades atuais relativas formao do

    profissional docente por parte das Instituies de Ensino Superior.

    Dentre as definies da resoluo CNE/CP 1 de 18 de fevereiro de

    2002, que dispem sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formao

    de Professores da Educao Bsica, em nvel superior, curso de licenciatura,

    de graduao plena, destaca-se em seu Art. 7 que: A organizao

  • 4

    institucional da formao dos professores, a servio do desenvolvimento de

    competncias, levar em conta que:

    I - a formao dever ser realizada em processo autnomo, em curso de

    licenciatura plena, numa estrutura com identidade prpria ;

    II - ser mantida, quando couber, estreita articulao com institutos ,

    departamentos e cursos de reas especficas;

    III - as instituies constituiro direo e colegiados prprios, que formulem

    seus prprios projetos pedaggicos, articulem as unidades acadmicas

    envolvidas e, a partir do projeto, tomem as decises sobre organizao

    institucional e sobre as questes administrativas no mbito de suas

    competncias.

    Nesse sentido, formulamos nosso prprio Projeto Poltico Pedaggico,

    reconhecendo a importncia do trabalho conjunto com outros departamentos,

    como o DEDIC, o DF e o DCM e, num processo de reflexo da prpria prtica,

    buscamos a construo da identidade prpria do curso de Licenciatura desta

    instituio.

    1.1. Histrico da Instituio

    A FFCLRP foi criada por lei estadual em 1959, como Instituto Isolado de

    Ensino Superior, mantendo quatro Departamentos: Biologia, Psicologia e

    Educao, Fsica, Matemtica e Geologia, e Qumica. Suas atividades tiveram

    incio em 1964, com a instalao dos cursos de Graduao em Cincias

    Biolgicas, Psicologia e Qumica. No perodo de 1967 a 1976, a FFCLRP era

    responsvel pelo funcionamento do curso de Licenciatura em Cincias. Em

    1975, foi incorporada Universidade de So Paulo, integrando-se ao Campus

    de Ribeiro Preto.

    Recentemente, a FFCLRP sofreu uma mudana estrutural, na qual os

    departamentos que havia anteriormente (Departamento de Biologia - DB,

    Departamento de Qumica - DQ, Departamento de Fsica e Matemtica DFM,

    Departamento de Psicologia e Educao - DPE) foram alterados. Hoje em dia,

    h seis Departamentos: Biologia (DB), Computao e Matemtica (DCM),

    Fsica (DF), Msica (DM), Psicologia (DP), alm do de Qumica (DQ).

  • 5

    inegvel, entretanto, que houve um amadurecimento e fortalecimento

    dos mesmos. Em decorrncia disto, existe hoje um movimento para a

    reorganizao da FFCLRP em Institutos, com espectros de atuao mais

    especficos. Acredita-se que estes possam trazer vantagens para todos os

    atuais Departamentos, assim como para uma melhor insero de suas reas

    de atuao no Campus de Ribeiro Preto e na regio.

    Na dcada de 1970, o DQ possua apenas 7 docentes. O aumento do

    nmero de docentes at a metade da dcada de 1980 foi feito, em sua maioria,

    por admisso de jovens recm-formados, oriundos de diferentes Instituies de

    Ensino. O DQ adotou ento uma poltica de formao e qualificao do seu

    corpo docente, a fim de poder atingir os seus objetivos. Esta poltica consistiu

    em enviar os seus docentes para realizao de cursos de ps-graduao nos

    melhores centros de ensino e pesquisa no Pas. Desde ento, a poltica de

    contratao de docentes tem sido pautada no sentido de trazer para o

    Departamento pessoas formadas nos melhores Centros com o objetivo de

    contemplar disciplinas com elevada carga didtica e, sobretudo, buscando

    fortalecer o DQ com docentes formados em reas consideradas prioritrias.

    Esta poltica conseqente de contratao, valorizao do RDIDP

    (Regime de Dedicao Integral Docncia e Pesquisa) e apoio ao

    aperfeioamento docente, por meio do incentivo dado realizao de estgios

    de ps-doutoramento, levou substancial melhoria do corpo docente do

    Departamento. Atualmente, o DQ possui 51 docentes com o ttulo mnimo de

    doutorado, a maioria (48) trabalhando em Regime de Dedicao Integral

    Docncia e Pesquisa (RDIDP), dos quais uma grande porcentagem possui

    experincia internacional e na formao de grupos de pesquisa, sendo que

    mais de 85% possuem pelo menos um ps-doutoramento no exterior.

    Com o crescimento da qualificao do corpo docente foram implantados

    programas de ps-graduao. Em 1985 foi implantado o curso de Ps-

    Graduao em Qumica Orgnica e, em 1989 os cursos de Ps-Graduao em

    Qumica Inorgnica e em Fsico-Qumica, todos em nvel de Mestrado. Em

    1990 foi autorizado o funcionamento do curso de Ps-Graduao em Qumica

    Orgnica em nvel de Doutorado. Com o objetivo de melhor aproveitar todas as

    potencialidades do Departamento, aumentar a interdisciplinaridade nas vrias

    reas de pesquisa e melhorar a formao dos alunos, um novo programa de

  • 6

    Ps-Graduao foi institudo a partir de 1995, unificando os trs programas

    existentes e incorporando novas reas (Bioqumica e Qumica Analtica),

    constituindo-se no atual Programa de Ps-Graduao em Qumica, tanto em

    nvel de Mestrado como de Doutorado. Este programa possui atualmente 36

    docentes credenciados como orientadores, entre docentes do DQ e de outras

    Instituies. Esto matriculados aproximadamente 130 alunos em nveis de

    Mestrado e Doutorado. Um indicativo do estgio atingido pelos Programas de

    Ps-Graduao do DQ o nmero de Mestres e Doutores formados, 309 e 202

    respectivamente, e o seu conceito junto a CAPES na ltima avaliao (5).

    1.2. Histrico do Curso de Licenciatura em Qumica

    At o ano 2002, o DQ oferecia os seguintes cursos: Bacharelado em

    Qumica, Bacharelado com Habilitao em Qumica Tecnolgica e Licenciatura

    em Qumica. Esses cursos apresentavam um ncleo bsico e comum a todas

    as modalidades. A diferenciao se dava pelo ncleo especfico para cada

    modalidade. Para o curso de Licenciatura, o ncleo bsico era ministrado

    inteiramente no perodo diurno, bem como a complementao pedaggica.

    Como conseqncia dessa estrutura, um estudante que desejasse abraar

    como carreira profissional o Ensino Mdio, tinha um aprofundamento nas

    disciplinas bsicas em igual proporo quele exigido para um profissional que

    seguia a carreira acadmica e que ia dedicar-se pesquisa cientfica ou

    indstria. Em decorrncia desse fato, faltava espao para a incluso de

    disciplinas e/ou atividades que permitissem um melhor preparo do futuro

    professor, como, por exemplo, aquelas ligadas ao acompanhamento de

    problemas sociais envolvendo a Qumica; o exerccio de produzir e

    problematizar modos de ensinar o conhecimento da universidade para os

    alunos do Ensino Mdio.

    Em 2001, a partir da discusso a respeito das novas orientaes do

    Conselho Nacional de Educao (de acordo com o parecer CNE/CP 009/2001),

    foi constituda na USP a Comisso Permanente dos Cursos de Licenciatura,

    formada por representantes das diversas Unidades que ofereciam cursos de

    Licenciatura. Aps a realizao de um extenso trabalho de anlise dos cursos

    de Licenciatura da USP, bem como das bases legais e filosficas que devem

  • 7

    nortear os cursos de formao de professores, esta Comisso divulgou em

    Dezembro/2001 uma verso preliminar do Projeto de Formao de

    Professores na USP, no qual se baseou o projeto pedaggico inicial para a

    criao do curso de Licenciatura em Qumica noturno em 2003.

    A verso final do Programa de Formao de Professores - USP foi

    aprovada no mrito pelo Conselho de Graduao da USP em Sesso de

    19/02/2004. Esse apresenta a preocupao de propor mecanismos

    permanentes de dilogo, experimentao e renovao de prticas e formas de

    organizao das licenciaturas. A Comisso Coordenadora de Curso fez uma

    re-anlise do Projeto Pedaggico inicial e props adequaes em 2005 de

    acordo com esse Programa.

    1.2.1. O ingresso no curso de Licenciatura em Qumi ca

    Em 2003, o DQ deu incio ao novo curso de Licenciatura em Qumica

    noturno, com 40 vagas (adicionais). Entretanto, apesar dos cursos de

    Licenciatura em Qumica Noturno e Bacharelado em Qumica - diurno serem

    distintos, houve um equvoco e o ingresso pelo exame vestibular se deu por

    meio de carreira nica.

    O fato do curso de Licenciatura em Qumica ser a segunda opo para

    boa parte dos ingressantes fez com que alguns destes (oito alunos) se

    transferissem para o curso de Bacharelado. O ingresso passou a ser por meio

    de carreiras distintas a partir de 20041, isso foi importante para o

    estabelecimento de uma identidade para o curso, pois, a escolha do curso de

    Licenciatura em Qumica como carreira no ato da inscrio para o vestibular

    garantiu, de certo modo, que a inteno do aluno era a formao docente.

    Antes da separao das carreiras, era recorrente a troca de cursos (da

    licenciatura para o bacharelado) nos casos em que o aluno prestava vestibular

    1 Conforme especificado no stio http://www.fuvest.br/vest2004 /informes/ii042004.stm, os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Qumica, ministrados pela Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de Ribeiro Preto, foram separados em duas carreiras distintas.

    - Carreira 652 Qumica (Bacharelado e Bacharelado com Atribuies Tecnolgicas), no campus de Ribeiro Preto, com 40 vagas, 8 semestres de durao, em perodo integral. - Carreira 654 Qumica (Licenciatura), no campus de Ribeiro Preto, com 40 vagas, 10 semestres de durao, em perodo noturno.

    Atualmente, o ingresso no curso de Licenciatura em Qumica definido pela Fuvest como sendo: Carreira 629 (Qumica Licenciatura) Ribeiro Preto, curso 69 Licenciatura em Qumica.

  • 8

    para licenciatura, mas tinha como segunda opo o bacharelado. Depois disso,

    a escolha passou a ser deliberada e no apenas uma conseqncia da no

    aprovao em outro curso.

    Sendo que a primeira turma ingressou no curso em 2003, temos at o

    momento cinco turmas formadas. Devido a no separao de carreiras no

    vestibular, na primeira turma formaram-se apenas 9 alunos. No ano de 2008,

    14 alunos concluram o curso, em 2009 formaram-se 23 alunos, em 2010 se

    formaram 14 alunos e em 2011 foram formados 22 alunos.

    1.2.2. CoC Comisso de Coordenao de Curso

    No primeiro ano do curso, foi instituda a Comisso Coordenadora de

    Curso (CoC). Esta comisso tem por incumbncia realizar aes relativas

    organizao, funcionamento e avaliao interna de setores especficos dos

    cursos de graduao. De acordo com a resoluo CoG N 5500, de 13 de

    janeiro de 2009 (D.O.E. - 29.01.2009), suas atribuies envolvem, dentre

    outras atividades:

    - coordenar a implementao e a avaliao do projeto poltico pedaggico do

    curso considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, as

    Diretrizes Curriculares vigentes e, no caso de cursos de licenciatura, o

    Programa de Formao de Professores da Universidade.

    - encaminhar propostas de reestruturao do projeto poltico pedaggico;

    - planejar, executar e avaliar os programas de ensino/aprendizagem das

    disciplinas;

    - analisar a pertinncia do contedo programtico e carga horria das

    disciplinas;

    A equipe da CoC conta com a participao de professores do DQ e do

    DEDIC, de um representante da classe discente e da assessoria da educadora.

    Tem havido um grande empenho da CoC no processo de implementao do

    projeto com uma formao diferenciada dos licenciados.

    Desde o incio do curso tem sido estimulado o envolvimento dos alunos

    em atividades voltadas para a Educao Bsica, desenvolvidas pelo Centro de

    Ensino Integrado de Qumica (CEIQ) e tambm em eventos cientficos voltados

    para a Educao em Qumica, tais como: os Eventos de Educao em Qumica

  • 9

    (EVEQ), Encontros Nacionais de Ensino de Qumica (ENEQ) e os Encontros

    Paulistas de Pesquisa em Ensino de Qumica (EPPEQ). Inclusive, alguns

    professores do curso, bem como a educadora, fizeram parte da Comisso

    Organizadora e da Comisso Cientfica do V Encontro Paulista de Pesquisa em

    Ensino de Qumica (V EPPEQ) que foi realizado no DQ entre os dias 09 e 11

    de setembro de 2009.

    2. Relevncia social

    Reconhece-se que hoje existe uma carncia em termos nacionais de

    professores de Qumica para o Ensino Mdio. De acordo com o relatrio

    produzido pela comisso especial instituda para estudar medidas que visem

    superar o dficit docente no Ensino Mdio (CNE/CNB) Escassez de

    Professores no Ensino Mdio: Solues Estruturais e Emergenciais, as

    escolas pblicas brasileiras sofrem um dficit de 246 mil professores, levadas

    em conta as necessidades do segundo ciclo do Ensino Fundamental (5 a 8

    sries) e do Ensino Mdio. Faltam docentes graduados em Licenciaturas,

    principalmente, de Fsica, Qumica e Matemtica. Segundo o relatrio, a

    situao mais difcil nas disciplinas de Fsica e Qumica. Para atender

    demanda existente, deveriam ter sido formados 55.231 professores de fsica na

    dcada de 1990. Mas s foram licenciados 7.216. Em qumica, a demanda era

    a mesma, mas a formao foi melhor: 13.559 graduados no perodo. Nesta

    dcada, a expectativa de que 25 mil terminem o curso superior nesta rea.

    Outro problema apontado por este relatrio, e que demanda ainda mais

    a responsabilidade dos cursos de Licenciatura nestas reas, que mais de

    70% dos formados em Licenciatura no Pas no trabalham como professores

    nas escolas brasileiras. Ou seja, o aumento no nmero de formados no curso

    de licenciatura no se reflete necessariamente na resoluo do problema de

    falta de professores na educao bsica. Alm disso, cerca de 90% de quem

    ensina as disciplinas de Qumica e Fsica no tem a formao adequada em

    sua rea de atuao.

    Em termos mais especficos importante destacar que existe um

    trabalho de pesquisa e historicizao do curso de qumica que vem sendo

  • 10

    realizado por uma docente do Departamento. O trabalho Identidade do curso

    de licenciatura em qumica do DQ da FFCLRP-USP, (Silva, 2009), destaca

    que 50 % dos alunos egressos dos anos 2003 e 2004 entrevistados tinham o

    curso de licenciatura em qumica como preferncia, ou seja, era 1 opo e

    66,6% confirmaram afinidade pelo curso. Um dado de extrema importncia

    refere-se ao alto ndice de egressos continuarem seus estudos na ps-

    graduao (cerca de 61,8%), revelando uma necessidade de formao

    continuada, sobretudo de profissionais com uma postura crtica, uma viso

    abrangente da qumica, envolvendo a sociedade, para que possa enfrentar os

    desafios colocados pela complexidade da contemporaneidade.

    Nesse sentido, o presente projeto poltico pedaggico alia-se ao

    compromisso da USP em elaborar uma proposta efetiva para a formao do

    professor para a escola bsica de maneira a atender a legislao e as novas

    exigncias colocadas pela sociedade, colaborando num projeto de uma

    sociedade mais justa e democrtica. Assim destacamos os princpios

    estabelecidos no PFP-USP, 2004.

    Dentre as exigncias sociais destaca-se a necessidade de os cursos

    de formao de professores prepararem profissionais capazes e

    politicamente motivados a lidar com a diversidade da populao

    atendida hoje pela escola bsica brasileira. A concretizao desse

    ideal requer a formao de um professor no apenas dotado de

    competncia em sua rea de saber, mas tambm capaz de

    compreender essa diversidade, de modo a corresponder s

    expectativas daqueles que hoje freqentam a escola. Tal

    compreenso pressupe o entendimento de que as respostas mais

    adequadas para cada comunidade escolar emergiro de um trabalho

    compartilhado e que deve ser objeto de discusso nos cursos de

    formao de professores.

    O curso de Licenciatura em Qumica exerce um papel importante de

    incluso social, j que pelo menos 50% dos ingressantes so oriundos de

    escolas pblicas, de famlias com baixa renda e escolaridade. Alm disso,

  • 11

    como o curso ministrado em perodo noturno, este oferece a possibilidade

    dos estudantes exercerem atividades remuneradas durante o dia.

    3. Diretrizes e processos pedaggicos

    A elaborao do presente PPP para o Curso de Licenciatura em Qumica

    est fundamentada na Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educao

    Nacional LDB) e nas seguintes resolues e Pareceres do Conselho Nacional

    de Educao, em vigor na data de sua elaborao:

    Parecer CNE/CES 1.303/2001 de 6/11/2001 Trata das Diretrizes

    Curriculares Nacionais para os Cursos de Qumica.

    Resoluo CNE/CES 08/2002 de 11/03/2002 Estabelece as Diretrizes

    Curriculares para os Cursos de Bacharelado e Licenciatura em Qumica.

    Resoluo CNE/CP 01/2002 de 18/02/2002 Institui as diretrizes

    curriculares para a formao da educao bsica, nvel superior,

    licenciatura e graduao plena.

    Resoluo CNE/CP 02/2002 de 19/02/2002 Estabelece a durao e a

    carga horria dos cursos de licenciatura de graduao plena e de

    formao dos professores da educao bsica em nvel superior.

    Os eixos norteadores para o desenvolvimento do presente PPP se

    baseiam nas seguintes diretrizes do PFP-USP:

    1. Empenho permanente na formao de professores em todas as

    instncias da USP nas suas Comisses de maneira a inspirar projetos

    integrados que visem preparar docentes para a educao bsica, em seus

    nveis fundamental e mdio.

    Isso significa um esforo permanente de reformulao, avaliao e

    acompanhamento. Essa mobilizao requer medidas explcitas de valorizao

    das atividades voltadas para a formao de professores.

    2. A docncia, a vida escolar e as instituies a ela ligadas, na

    peculiaridade de seus saberes, valores, metas e prticas cotidianas, devem ser

    os objetos privilegiados de qualquer projeto que vise preparao para o

    exerccio profissional na escola contempornea.

  • 12

    Uma poltica de formao de professores comprometida com os

    problemas escolares contemporneos deve centrar-se num esforo de

    compreenso das teorias, das prticas, dos valores e da histria das

    instituies escolares e seus agentes institucionais, tendo em vista que as

    escolas so as entidades concretas em que os futuros professores exercero

    suas atividades.

    3. A formao de professores deve ter na escola pblica seu principal

    foco de interesse de estudo, investigao, acompanhamento, interveno e

    melhoria da ao docente.

    Dado o carter pblico da educao, o estabelecimento de vnculos

    entre os cursos de Licenciatura desta Universidade e as escolas das redes

    municipais e estadual importante para a formao de professores e para as

    atividades de extenso. Tais vnculos constituem ainda uma oportunidade para

    o cultivo de compromissos de nossos licenciandos para com as instituies

    pblicas de ensino.

    4. O projeto de formao prev a indissociabilidade entre ensino,

    pesquisa e extenso, de modo a garantir a qualidade da formao inicial,

    introduzindo os licenciandos nos processos investigativos na rea da Qumica

    e na prtica docente, tornando-os profissionais capazes de promover sua

    formao continuada.

    O curso de Licenciatura constituir uma etapa da formao profissional,

    base do permanente e necessrio processo de formao continuada, em que o

    professor prosseguir diagnosticando e propondo alternativas adequadas aos

    desafios de sua ao profissional.

    5. A formao do professor dar-se- ao longo de todo o processo de

    formao no curso de graduao.

    A preocupao com a formao do professor est presente e integrada

    s disciplinas, e atividades, no se circunscrevendo s disciplinas pedaggicas

    do curso. Dessa forma, os contedos ligados formao do qumico e os

    ligados formao profissional do professor devem enriquecer-se mutuamente.

    6. A estrutura curricular do curso ser flexvel, de modo a preservar os

    objetivos e respeitar perspectivas gerais da Universidade, oferecendo uma

    pluralidade de caminhos aos licenciandos.

  • 13

    Ela dever ser concretizada pela ampliao de ofertas de disciplinas a

    serem compartilhadas por mais de um programa, alm de projetos de formao

    e de interveno potencialmente multidisciplinar. O curso dever oferecer aos

    alunos alternativas para escolhas e aprofundamentos segundo seus interesses

    e aptides. Nesse sentido, os estgios, as prticas e as atividades culturais

    devero ser objetos de propostas de trabalho institucional, obedecendo s

    diretrizes gerais da Universidade.

    7. A instituio escolar e sua proposta pedaggica, concomitantemente

    com as caractersticas da rea de qumica, devem ser o eixo norteador das

    diferentes modalidades de estgio supervisionado, que podero tambm

    estender suas aes investigativas e propositivas a rgos centrais e espaos

    scio-institucionais relevantes para a educao pblica.

    Os estgios supervisionados, simultaneamente com a iniciao do

    licenciando no ensino de qumica, devero apresentar a instituio escolar ao

    futuro professor. No exerccio cotidiano de sua profisso, o professor dever

    enfrentar uma srie de tarefas que transcendem a sala de aula2. O professor

    no dever ser concebido como um preceptor em ao isolada, mas como

    integrante de uma instituio educacional complexa, na qual cada uma de suas

    decises ou atitudes sempre potencialmente educativa ou deseducativa.

    Assim, ainda que comporte uma srie diversa de projetos e atividades, a

    iniciao do licenciando na vida escolar deve ser feita por meio de projetos que

    focalizem as instituies escolares ou demais instituies de relevncia para a

    educao pblica.

    4. Caracterizao

    O curso de Licenciatura em Qumica organizado de forma a dar aos

    profissionais egressos condies de exercer a profisso conforme as

    exigncias dos Conselhos Nacional e Estadual de Educao, procurando

    atender s mudanas sociais ocorridas nos ltimos anos.

    3 Estes princpios esto em consonncia com a Deliberao CEE n. 12/97 que afirma em seu Artigo 3: a programao de estgios atender a diretrizes fixadas pelo conjunto de seus docentes dos cursos de Licenciatura e levar em conta a amplitude da funo docente do futuro licenciado em termos da eficincia do ensino no quadro das propostas pedaggicas das escolas.

  • 14

    4.1. Campo de atuao

    Os Licenciados em Qumica esto legalmente habilitados ao exerccio

    do magistrio no Ensino Mdio. Este profissional poder desenvolver

    pesquisas tanto na rea de Ensino de Qumica, como em reas especficas da

    Qumica. Alm disso, conforme as resolues do Conselho Federal de Qumica

    o referido curso tambm habilita: para atuao na rea de anlises qumicas,

    na elaborao de pareceres e laudos tcnicos e a realizar pesquisa visando o

    desenvolvimento de tecnologias para o setor produtivo. Esse profissional ainda

    pode dedicar-se pesquisa acadmica, ingressando em cursos de Ps-

    Graduao, lato e stricto sensu, e como ps-graduado poder atuar como

    docente no Ensino Superior.

    4.2 Misso

    A misso fundamental do Curso de Licenciatura formar professores de

    Qumica como sujeitos de transformao da realidade brasileira,

    comprometidos com a busca de respostas aos desafios e problemas existentes

    em nossas escolas, especialmente nas da rede pblica.

    4.3 Objetivos

    Baseando-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de

    Qumica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formao de Professores, a

    CoC estabeleceu os seguintes objetivos:

    Garantir uma formao geral ao licenciando, mas aprofundada e

    abrangente em contedos dos diversos campos da Qumica e reas

    afins, como instrumento de compreenso e utilizao da Qumica.

    Proporcionar uma formao humanstica e uma preparao adequada

    aplicao pedaggica do conhecimento e experincias de Qumica e de

    reas afins para atuao do profissional como educador.

    Possibilitar ao licenciando a compreenso do contexto da realidade

    social da escola brasileira (seus valores, representaes, histria e

  • 15

    prticas institucionais), os processos de ensino e de aprendizagem, de

    forma a reelaborar os saberes e as atividades de ensino.

    Proporcionar ao licenciando o conhecimento e adequao de

    metodologias e materiais instrucionais de acordo com o nvel de

    desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

    Estimular no licenciando uma postura crtica, tica e responsvel,

    dando-lhe condies de exercer plenamente sua cidadania e, enquanto

    profissional, respeitar o direito vida e ao bem-estar dos cidados que

    direta ou indiretamente possam vir a ser atingidos pelos resultados de

    suas atividades.

    Desafiar o licenciando a exercitar sua criatividade na resoluo de

    problemas e a trabalhar com independncia e em equipe.

    Incentivar o licenciando a se atualizar e aprofundar constantemente seus

    conhecimentos para poder acompanhar as rpidas mudanas da rea

    em termos de tecnologia e do mundo globalizado.

    Estimular o licenciando a criar, implementar, avaliar e aperfeioar

    projetos de ensino e de aprendizagem, articulando-os com outras reas

    do conhecimento e estimulando aes coletivas na escola, de modo a

    caracterizar uma nova concepo de trabalho educacional.

    Estimular o licenciando a investigar o contexto educativo na sua

    complexidade e analisar sua prtica profissional, bem como as prticas

    escolares, tomando-as como objeto de reflexo, de modo a poder criar

    solues mais apropriadas aos desafios especficos que enfrenta e dar

    prosseguimento ao processo de sua formao continuada.

    Criar condies para que o licenciando possa superar preconceitos pela

    aceitao da diversidade dos alunos, partindo do princpio de que todo

    aluno capaz de aprender.

    Contribuir para a melhoria do ensino nas escolas pblicas.

    4.4. Perfil do Profissional Pretendido e Proposto

    Com a inteno de formar professores como sujeitos de transformao

    da realidade brasileira, comprometidos com a busca de respostas aos desafios

    e problemas existentes em nossas escolas, especialmente nas da rede pblica

  • 16

    (PFP-USP, 2004), o curso de Licenciatura em Qumica visa preparar

    profissionais capacitados a atuar nas atividades de docncia, na disciplina de

    Qumica do Ensino Mdio. Para tanto, a organizao e o funcionamento do

    curso so voltados a proporcionar uma consistente formao tcnica, prtica e

    metodolgica, fundamentadas nos diversos campos de conhecimento da

    Qumica e da Educao, privilegiando o conhecimento pedaggico e a vivncia

    de experincias relativas ao ensino, imprescindveis formao inicial do

    educador.

    Tal finalidade sustentada pela demanda social e cultural da/na

    contemporaneidade que visa a formao inicial e a atuao profissional como

    instncias articuladas e interdependentes do processo de formao pessoal e

    cidad. No caso da formao do futuro professor o enfoque tem sido, cada vez

    mais, a de que esses profissionais possam atuar de forma consciente e

    comprometida com a sua funo social mais ampla. Para tanto h que se

    considerar que:

    A concretizao desse ideal requer a formao de um professor no

    apenas dotado de competncia em sua rea de saber, mas tambm

    capaz de compreender essa diversidade, de modo a corresponder s

    expectativas daqueles que hoje freqentam a escola. Tal

    compreenso pressupe o entendimento de que as respostas mais

    adequadas para cada comunidade escolar emergiro de um trabalho

    compartilhado e que deve ser objeto de discusso nos cursos de

    formao de professores (PFP-USP, 2004, p. 03).

    Atentos a tais pressupostos que decorrem, como j mencionado, de um

    movimento de transformao caracterstico da sociedade contempornea,

    que o curso de Licenciatura em Qumica, propem em suas atividades a busca

    de superao das dicotomias que vem j h dcadas fragmentando o

    conhecimento, as instituies de ensino, as prticas sociais e os sujeitos.

    Com o objetivo de que os processos interpessoais sejam sempre

    dialgicos e que o ensino privilegie a interdisciplinaridade comum a todo o

    conhecimento que sustentamos que dentre as diversas atividades oferecidas

    pelo curso, haja a preocupao, acima de tudo, com a formao do futuro

  • 17

    professor de qumica. Pois acreditamos que a poltica de formao de

    professores comprometida com os problemas escolares contemporneos deve

    centrar-se num esforo de compreenso das teorias, das prticas, dos valores

    e da histria das instituies escolares e seus agentes institucionais, tendo em

    vista que as escolas so as entidades concretas em que os futuros professores

    exercero suas atividades (PFP-USP, 2004).

    Espera-se, portanto, concordando com as Diretrizes Curriculares Nacionais

    para os cursos de Qumica, que ao final do curso o profissional formado:

    Adquira uma formao generalista e slida em qumica, bem como

    humanstica e pedaggica;

    Seja comprometido com a transformao da realidade das escolas;

    Tenha uma postura crtica, tica e responsvel em suas atividades;

    Tenha iniciativa para propor alternativas para a resoluo de problemas;

    Adquira habilidade para desenvolver projetos de ensino e de

    aprendizagem interdisciplinares;

    Adquira habilidade para comunicar idias, argumentar, alm de redigir

    textos de projetos, relatrios, entre outros;

    Adquira habilidade para trabalhar com independncia na busca do

    conhecimento e para trabalhar em equipe;

    Procure atualizar seus conhecimentos por meio de formao continuada;

    Tenha uma postura reflexiva com relao a sua prtica docente;

    Adquira habilidade para trabalhar com a diversidade, bem como

    estimular aes coletivas na escola.

    Possua capacidade para analisar de maneira crtica e conveniente os

    seus prprios conhecimentos, assimilando os novos conhecimentos

    cientficos e/ou educacionais.

    Reflita sobre a conduta tica que a sociedade espera de sua atuao

    enquanto profissional da educao e cidado responsvel pelos efeitos

    de suas aes em contexto cultural, social, econmico e poltico.

    Identifique o processo de ensino/aprendizagem como processo humano

    em constante reconstruo.

  • 18

    Tenha postura crtica com relao ao papel da Cincia e a sua natureza

    epistemolgica, compreendendo e responsabilizando-se pelo processo

    histrico-social de sua construo.

    Adquira habilidades para reflexo, preparao e desenvolvimento de

    recursos didticos e instrucionais relativos sua prtica docente, bem

    como a avaliao da qualidade do material disponvel no mercado.

    Reconhea a Qumica como produto da construo humana,

    compreendendo as condies histricas de sua produo e suas

    relaes com contexto cultural, socioeconmico e poltico.

    Saiba trabalhar em laboratrio usando a experimentao em Qumica

    como recurso didtico.

    Conhecer as teorias da Psicologia e da Pedagogia que fundamentam as

    relaes de ensino.

    Conhea os princpios, a natureza e as principais pesquisas na rea de

    ensino de Qumica.

    Procure atualizar seus conhecimentos na rea de qumica e da

    educao tendo atitude de incorporao dos resultados das pesquisas

    atuais.

    4.5. Matriz Curricular

    As disciplinas do curso foram organizadas conforme as orientaes do

    "Programa de Formao de Professores - USP" e as recomendaes do

    Conselho Nacional da Educao, visando o perfil pretendido e proposto.

    Inicialmente, a estrutura curricular foi agrupada em quatro blocos de

    disciplinas e atividades, contemplando vrios aspectos da formao docente,

    conforme especificado na Tabela 1.

    O primeiro bloco Formao Especfica engloba trinta disciplinas que

    visam aquisio de conhecimentos slidos e abrangentes em Qumica e em

    reas afins como Fsica e Matemtica.

    Integram o segundo bloco Iniciao Licenciatura quatro disciplinas de

    carter amplo, trs delas oferecidas pelo DQ e uma pelo DEDIC, planejadas no

    intuito de sensibilizar e introduzir o aluno no estudo sistemtico de alguns

  • 19

    conceitos, na problemtica da educao e do ensino de cincias e no

    desenvolvimento de atividades culturais ou cientficas.

    O terceiro bloco Fundamentos Tericos e Prticos da Educao

    formado por quatro disciplinas especficas de Educao, todas oferecidas pelo

    DEDIC, associadas aos estgios e a projetos de atividades voltados ao na

    realidade escolar e por trs disciplinas que contemplam a superviso integrada

    dos estgios.

    O ltimo bloco Fundamentos Metodolgicos do Ensino refere-se

    interface entre o saber pedaggico e o contedo especfico visando reflexo

    e a prtica das questes de ensino, sendo constitudo por oito disciplinas,

    quatro oferecidas pelo DEDIC, e quatro oferecidas pelo DQ, todas associadas

    a estgios supervisionados e a projetos incluindo o de monografia a serem

    realizados no DQ e junto s escolas.

  • 20

    Tabela 1. Distribuio em blocos das disciplinas do curso de Licenciatura em

    Qumica oferecido no perodo noturno pelo DQ da FFCLRP-USP.

    BLOCO DISCIPLINAS

    Bloco I (1860 h)

    Formao Especfica

    (Disciplinas e atividades

    diretamente relacionadas aos conhecimentos das reas de

    Qumica, Fsica e Matemtica)

    1. Qumica Geral Experimental - 8a - DQ 2. Iniciao Qumica 8a - DQ 3. Noes de Segurana em Laboratrios de Qumica 2a - DQ 4. Clculo Diferencial e Integral I 4a - DCM 5. Clculo Diferencial e Integral II 4a - DCM 6. Geometria Analtica 2a - DCM 7. Fsica I para Licenciatura 6a - DF 8. Qumica Analtica Qualitativa 6a -DQ 9. Complementos de Matemtica para a Qumica 2a -DCM 10. Fsica II para a Licenciatura 4a DF 11. Mineralogia 2a - DQ 12. Qumica Analtica Quantitativa 6a -DQ 13. Fsico-Qumica I: Fsico Qumica de Equilbrio 4a-DQ 14. Fsica III 4a -DF 15. Qumica Inorgnica I 4a - DQ 16. Fsico-Qumica II: Fsico-Qumica Dinmica 4a - DQ 17. Introduo Qumica Quntica 4a -DQ 18. Qumica Orgnica I 4a - DQ 19. Qumica Orgnica II 4a - DQ 20. Qumica Inorgnica II 4a -DQ 21. Bioqumica Terica I 2a - DQ 22. Qumica Orgnica III 4a - DQ 23. Fsico-Qumica Experimental 6a - DQ 24. Qumica Inorgnica Experimental 4a - DQ 25. Bioqumica Terica II 2a - DQ 26. Qumica Orgnica Experimental 6a - DQ 27. Mtodos Instrumentais 6a - DQ 28. Qumica do Meio Ambiente 2a - DQ 29. Bioqumica Experimental 4a - DQ 30. Introduo ao Curso de Licenciatura em Qumica 2a - DQ

    Bloco II (240 h)

    Iniciao Licenciatura

    (Disciplinas e atividades

    introdutrias formao do professor da Educao

    Bsica)

    1. Histria da Qumica 2a/1t DQ 2. Atividades Cientfico Culturais 2a/2t -DQ 3. Introduo aos Estudos da Educao em Cincias - 2a/1t - DQ 4. Introduo aos Estudos Sobre Educao - 2a - DEDIC

    Bloco III (510 h)

    Fundamentos Tericos e Prticos da Educao

    1. Poltica e Gesto Educacional no Brasil 4a/1t - DEDIC 2. Psicologia Educacional - 4a/2t - DEDIC 3. Didtica Geral I - 4a/2t - DEDIC 4. Superviso Integrada de Estgio I - 2a - DEDIC

  • 21

    (Disciplinas e atividades

    relacionadas formao

    pedaggica em geral)

    5. Superviso Integrada de Estgio II - 2a - DEDIC 6. Superviso Integrada de Estgio III - 2a DEDIC 7. Introduo Lngua Brasileira de Sinais 2a DEDIC 8. Metodologia Cientfica da Pesquisa em Ensino de Qumica e de Cincias 2a/1t - DQ

    Bloco IV (630 h)

    Fundamentos Metodolgicos

    do Ensino (Disciplinas e

    atividades relacionadas ao

    ensino de Qumica e Cincias)

    1. Metodologia do Ensino em Qumica I 2a/1t - DEDIC 2. Metodologia de Ensino em Qumica II 2a/1t - DEDIC 3. Didtica das Cincias 2a/1t - DEDIC 4. Qumica para o Ensino Mdio I 2a/1t - DQ 5. Qumica para o Ensino Mdio II 2a/2t DQ 6. Monografia em Ensino de Qumica e de Cincias I 2a/2t - DQ 7. Monografia em Ensino de Qumica e de Cincias II 2a/2t - DQ 8. Atividades Integradas de Estgio 2a/2t DEDIC 9. Monografia Supervisionada em Ensino de Qumica e de Cincias 2a - DQ

    Alm do agrupamento em blocos, a estrutura curricular tambm foi

    reorganizada em funo da distribuio de carga horria proposta para os

    cursos de formao de professores da Educao Bsica em nvel superior nos

    incisos I, II, III e IV da Resoluo CNE/CP 2/2002:

    I - 400 (quatrocentas) horas de Prtica como Componente Curricular,

    vivenciadas ao longo do curso;

    II - 400 (quatrocentas) horas de Estgio Curricular Supervisionado a

    partir do incio da segunda metade do curso;

    III - 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os Contedos

    Curriculares de Natureza Cientfico-Cultural;

    IV - 200 (duzentas) horas para outras formas de Atividades

    Acadmico-Cientfico-Culturais.

    Essa distribuio da carga horria na matriz curricular do curso de

    Licenciatura em Qumica foi feita de acordo com a Tabela 2, levando-se em

    conta que os componentes comuns explicitados na Resoluo CNE/CP 2/2002

    no devem ser um acrscimo formao especfica, por exemplo, por meio de

    sua identificao imediata com as chamadas disciplinas pedaggicas ou

    implicar necessariamente a criao de novas disciplinas, mas constituir-se em

    princpios que se integram nas diversas etapas formativas dos licenciandos.

    Observa-se na Tabela a seguir que as horas de Prtica como

    Componente Curricular foram alocadas entre as disciplinas especficas de

  • 22

    Qumica e as disciplinas com caractersticas pedaggicas, permitindo assim o

    compartilhamento da carga de 400h desse componente entre o DQ e o DEDIC

    (departamento responsvel pela oferta da maioria das disciplinas

    pedaggicas). Essa distribuio foi feita com o intuito de propiciar a desejvel

    articulao entre os contedos especficos e sua relevncia na formao de

    professores, isto , de facilitar a compreenso do contedo especfico a partir

    de uma perspectiva pedaggica.

    Na mesma Tabela pode-se tambm observar que parte da carga horria

    da maioria das disciplinas com caractersticas pedaggicas foram consideradas

    como Contedos Curriculares de Natureza Cientfico-Cultural que, segundo

    as normas legais, se refere ao ensino presencial exigido pelas diretrizes

    curriculares correspondendo, portanto, aos contedos desenvolvidos por meio

    de aulas, seminrios e demais atividades acadmicas. A carga horria total

    neste componente no curso de Licenciatura em Qumica foi de 2120 h.

  • 23

    Tabela 2. Distribuio da carga horria no curso de Licenciatura em Qumica

    oferecido no perodo noturno pelo DQ da FFCLRP-USP.

    Disciplina PCC ES

    CCNCC

    AACC

    Qumica Geral Experimental 9 111 Iniciao Qumica 9 111

    Noes de Segurana em Laboratrios de Qumica 30 Introduo ao Curso de Licenciatura em Qumica 21 9

    Clculo Diferencial e Integral I 60 Clculo Diferencial e Integral II 60

    Fsica I para a Licenciatura 90 Geometria Analtica 30

    Qumica Analtica Qualitativa 5 85 Complementos de Matemtica para a Qumica 30

    Fsica II para a Licenciatura 60 Mineralogia 3 27

    Qumica Analtica Quantitativa 4 86 Fsico-Qumica I: Fsico Qumica de Equilbrio 5 55

    Fsica III para Licenciatura 60 Qumica Inorgnica I 5 55

    Fsico-Qumica II: Fsico-Qumica Dinmica 3 57 Introduo Qumica Quntica 3 57

    Qumica Orgnica I 4 56 Fsico-Qumica Experimental 5 85

    Qumica Orgnica II 4 56 Qumica Inorgnica II 3 57 Bioqumica Terica I 2 28 Qumica Orgnica III 4 56

    Qumica Inorgnica Experimental 4 56 Mtodos Instrumentais 4 86 Bioqumica Terica II 2 28

    Qumica Orgnica Experimental 5 85 Qumica do Meio Ambiente 6 24 Bioqumica Experimental 5 55

    Atividades Cientfico Culturais 40 50 Histria da Qumica 30 30

    Introduo aos Estudos da Educao em Cincias 30 30 Introduo aos Estudos sobre Educao 30 Poltica e Gesto Educacional no Brasil 30 60

    Psicologia Educacional 60 60 Didtica Geral I 60 60

    Metodologia do Ensino em Qumica I 30 30 Metodologia do Ensino em Qumica II 30 30

    Didtica das Cincias 30 30 Qumica para o Ensino Mdio I 20 40 Qumica para o Ensino Mdio II 30 60

    Metodologia Cientfica da Pesquisa em Ensino de Qumica e de Cincias

    15 15 30

    Atividades Integradas de Estgio 60 30

  • 24

    Monografia em Ensino de Qumica e de Cincias I 15 75 Monografia em Ensino de Qumica e de Cincias II 15 75

    Monografia Supervisionada em Ensino de Qumica e de Cincias

    30

    Superviso Integrada de Estgio I 30 Superviso Integrada de Estgio II 30 Superviso Integrada de Estgio III 30

    Introduo Lngua Brasileira de Sinais 30 Total: 400 400 2120 h 320 h

    PCC: prtica como componente curricular

    ES: estgio supervisionado

    CCNCC: contedos curriculares de natureza cientfico cultural

    AACC : atividades acadmico-cientfico-culturais

  • 25

    As disciplinas especficas de formao de professores so introduzidas desde

    os primeiros semestres a fim de inserir o aluno num contexto mais prximo ao de

    seu campo de atuao e permeiam toda a extenso dos 10 semestres de durao

    do curso.

    Essas disciplinas integram conhecimentos no campo da Educao, na rea

    da Qumica, e em outras reas, de forma a dar uma formao tcnica e humanstica

    ao profissional formado, capacitando-o a exercer a tarefa educativa e contribuindo

    para preparar os jovens para o exerccio de sua cidadania. Tem incio com a

    disciplina Histria da Qumica que visa propiciar o envolvimento do aluno com o

    processo de construo do conhecimento qumico, alm de uma melhor

    compreenso dos problemas cientficos atuais decorrentes do desenvolvimento da

    Qumica e de suas conseqncias ambientais, tecnolgicas, econmicas e sociais.

    A disciplina seguinte Atividades cientfico-culturais valoriza a formao humanstica

    e visa ampliar o universo cultural do estudante. Essas disciplinas so seguidas por

    outras que oferecem a instrumentao ou metodologias didticas necessrias boa

    formao do professor de qumica. Disciplinas que prevem a pesquisa, preparao

    de material didtico e experimentos de qumica para o ensino mdio so ministradas

    na seqncia ou concomitantemente.

    As 400h horas de Estgio Curricular Supervisionado foram distribudas entre

    disciplinas, oferecidas a partir do quinto semestre, de responsabilidade tanto do

    DEDIC como do DQ.

    Houve a preocupao de que disciplinas como Poltica e Gesto Educacional

    no Brasil fossem oferecidas no mesmo semestre que disciplinas pedaggicas que

    possuem uma interface com as questes especficas do Ensino de Qumica como,

    por exemplo, Metodologia do Ensino em Qumica I, no intuito de facilitar a

    elaborao de projetos integrados e alternativos, capazes de integrar as disciplinas

    entre si e com as propostas de estgio supervisionado.

    Como prope o PFP-USP, as atividades acadmico-cientfico-culturais, deve

    ter a durao mnima de 200 horas e contemplar a ampliao do universo cultural, o

    trabalho integrado entre diferentes profissionais de reas e disciplinas, a produo

    coletiva de projetos de estudos, elaborao de pesquisas, as oficinas, os seminrios,

    monitorias, tutorias, eventos, atividades de extenso (...). Dessa forma alm das

    atividades referentes s disciplinas dos primeiros anos: Atividades cientfico-

    culturais, Histria da Qumica e Introduo aos Estudos da Educao em Cincias,

  • 26

    foram aumentadas as horas de atividades referentes ao projeto de monografia a ser

    desenvolvido no mbito de duas disciplinas oferecidas no ltimo ano.

    Alm das disciplinas elencadas na Tabela 1, os alunos podero se matricular

    em disciplinas optativas do DQ ou em disciplinas de outras unidades desta ou de

    outra Universidade Paulista, reconhecidas pela CG, a partir do primeiro semestre de

    matrcula no Curso. O conjunto de disciplinas optativas (com carga horria mnima

    de 150h) complementa a carga horria do curso, totalizando 3390h.

    No intuito de propiciar uma melhor visualizao do seqenciamento das

    disciplinas nos semestres, das relaes com disciplinas requisitos, da diviso por

    blocos e da flexibilidade do currculo, a estrutura curricular tambm se encontra

    organizada na forma de um fluxograma apresentado a seguir.

  • 5. Diretrizes para pesquisa e trabalhos de conclus o de cursos como

    instrumento de ensino e aprendizagem

    Nas disciplinas Monografia em Ensino de Qumica e de Cincias I e

    Monografia em Ensino de Qumica e de Cincias II so desenvolvidos trabalhos

    relacionados aos projetos de pesquisa em Ensino de Qumica e de Cincias.

    Em comum acordo entre os professores da rea de ensino do DQ e contando

    com os argumentos da configurao do corpo docente do curso foi definido que o

    momento da escrita da monografia pode/deve ser um espao/tempo privilegiado

    para o exerccio das prticas de ensino e de pesquisa, baseados na integrao de

    saberes, requisito importante formao do profissional da educao do sculo

    XXI.

    As atividades de escrita e apresentao da monografia visam, portanto,

    aprofundar as teorias e os mtodos de investigao cientfica na rea de ensino de

    cincias, bem como desenvolver habilidades de investigao e defesa de

    argumentos a partir de conhecimentos tericos e prticos concernentes com a

    problemtica a ser estudada.

    Justificativa

    Por ser o ltimo trabalho a ser apresentado pelos alunos (mesmo sendo um

    requisito parcial para a concluso do curso), a monografia acaba por condensar e

    agregar muitos elementos importantes no que se refere formao inicial do

    profissional do ensino de Cincias/Qumica. Um deles que na monografia o aluno

    poder apresentar muitos dos conhecimentos apreendidos durante o curso (o que a

    configura como um importante instrumento de avaliao longitudinal de

    desempenho do aluno e do curso como um todo); outra caracterstica que, a partir

    desse trabalho de reviso/retorno/reelaborao dos conhecimentos apreendidos

    ser possvel lanar as premissas dos prximos investimentos, sejam eles

    relacionados ao exerccio da profisso docente ou continuidade de sua formao

    acadmica.

    As disciplinas tm como objetivos propiciar o envolvimento do aluno no

    processo de elaborao de pesquisa no campo do Ensino de Qumica e/ou de

    Cincias, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades crtico-reflexivas e

    criativas na escrita de textos acadmicos, especificamente no trabalho monogrfico.

    A abordagem direcionada investigao dos diferentes modos de se fazer

  • 29

    pesquisa na rea de ensino de cincias, considerando a atuao do aluno em sua

    futura funo profissional.

    Alm da disciplina de Monografia, a disciplina Metodologia de Pesquisa em

    Ensino de Cincias, oferecida no stimo semestre, momento que precede a escrita

    da monografia que tem como objetivo ampliar o referencial terico e orientar o

    trabalho de escrita do projeto da monografia.

    Em 2012 foi inserida mais uma disciplina relacionada com a atividade de

    monografia, chamada de Monografia Supervisionada em Ensino de Qumica e de

    Cincias. Essa disciplina visa dar crdito ao docente orientador, bem como ao

    aluno, pelas horas despendidas no encontro semanal para o desenvolvimento da

    monografia. Os encontros de orientao objetivam a ampliao dos conhecimentos

    do aluno, bem como o desenvolvimento de suas habilidades para melhor

    qualificao profissional. Dessa forma o trabalho de orientao e desenvolvimento

    da monografia so valorizados no contexto das disciplinas Monografia I e II.

    Alm disso, o orientador, preferencialmente em consonncia com o docente

    ministrante da disciplina de Monografia II, dever avaliar se o aluno est apto para

    apresentar o trabalho monogrfico Comisso Julgadora.

    6. Diretrizes para extenso como instrumento de ens ino e aprendizagem

    O curso de Licenciatura em Qumica possui as seguintes diretrizes de

    extenso:

    - considerao do potencial didtico das atividades de extenso, uma vez que a

    realizao exige planejamento, adequao de linguagem, seleo e escolha de

    estratgias metodolgicas para o pblico da escola bsica;

    - incentivo participao dos licenciandos na organizao de eventos de divulgao

    cientfica como feiras de cincias, oficinas, entre outros;

    - discutio com os licenciandos em qumica o planejamento de atividades de

    extenso em algumas disciplinas do Curso de Licenciatura, conjuntamente com

    membros do Centro de Ensino Integrado de Qumica (CEIQ);

    - resgate de elementos obtidos a partir da vivncia dos alunos em tais experincias e

    problematizao da teoria;

    - apoio realizao de oficinas pelo CEIQ para os licenciandos interessados em

    atuar como monitores nos projetos do Centro.

  • 30

    O CEIQ existe no DQ desde 1991. Esse centro tem tradio no

    desenvolvimento de atividades de extenso universitria, especialmente voltadas

    para alunos e professores da escola bsica. No seu regimento, Portaria FFCLRP-16,

    de 29-9-2006, consta como objetivos: contribuir para a melhoria do ensino de

    Qumica e Cincias nas escolas de Educao Bsica e no Ensino Superior;

    contribuir para a formao inicial e continuada de professores de Cincias e de

    Qumica das escolas de Ribeiro Preto e regio; contribuir para o desenvolvimento

    de pesquisas em educao em Qumica e reas afins e apoiar o desenvolvimento de

    programas de estgio e atividades pedaggicas previstas no projeto pedaggico do

    Curso de Licenciatura do Departamento de Qumica. Entre as atividades

    desenvolvidas pelo CEIQ pode-se citar: a) a organizao de visitas de alunos e

    professores da escola bsica ao DQ; b) o oferecimento de mini-cursos sobre temas

    relacionados cincia, tecnologia e sociedade para alunos de ensino mdio; c)

    apoio realizao de feiras de cincias em escolas; d) prestao de apoio cientfico

    e pedaggico a projetos educacionais que visam melhoria do ensino de qumica

    nas escolas; e) disponibilizao de seu acervo, constitudo por livros didticos e

    paradidticos, reagentes e vidrarias, a professores de qumica da escola bsica e

    tambm aos alunos de licenciatura em qumica para realizao de atividades nas

    escolas e f) realizao de exposies de divulgao cientfica com a participao

    dos alunos da Licenciatura em Qumica.

    Vale destacar que todas as atividades do CEIQ so divulgadas nas escolas,

    por meio dos estagirios e representam uma via de mo dupla, uma vez que por

    meio das atividades de extenso a universidade oferece apoio a quem recebe seus

    estagirios. Esforos constantes tm sido feitos no sentido de articular estas

    atividades com as disciplinas da graduao, por entender que estas possibilitam

    terreno frtil para problematizar objetos estudados teoricamente ao longo do Curso

    de Licenciatura e oferecer um grande potencial pedaggico.

    7. Diretrizes para realizao de estgios

    O Estgio Curricular Supervisionado (ECS) est de acordo com a resoluo

    CNE/CP 2/2002 e o programa de formao de Professores da Universidade de So

    Paulo, que define o ECS como sendo:

  • 31

    uma relao pedaggica entre algum que j um profissional

    reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno

    estagirio (...). um momento de formao profissional do formando seja

    pelo exerccio direto in loco, seja pela presena participativa em ambientes

    prprios de atividades daquela rea profissional sob a responsabilidade de

    um profissional mais habilitado. Ele no uma atividade facultativa sendo

    uma das condies para a obteno da respectiva licena.

    Assim, o ECS uma atividade formativa necessariamente ligada a uma

    atividade ou trabalho de campo que deve ser executado prioritariamente em contato

    direto com as unidades escolares dos sistemas de ensino (resoluo CNE/CP

    2/2002). Ele pode, contudo, recorrer a outras instituies consideradas diretamente

    relevantes para a formao docente, desde que regulamentado pela CoC.

    No curso de Licenciatura em Qumica, o estudante tem a oportunidade de

    atuar diretamente junto s escolas pblicas ao longo de todo o curso durante o ECS

    que permeia disciplinas oferecidas a partir do quinto semestre do curso. As

    atividades de ECS so desenvolvidas em escolas previamente cadastradas pela

    Comisso de Estgio Curricular Supervisionado (implementada em 2007) ligada

    CoC de forma a estabelecer um plano contnuo de atividades que contribua com a

    escola e, sobretudo, com a formao do futuro professor, possibilitando tambm a

    otimizao de todas as atividades de estgio previstas.

    A proposta de ECS apresentada est baseada num Projeto de Estgio

    Integrado (PEI) em que a responsabilidade pela organizao do ECS

    compartilhada entre o DQ e o DEDIC da FFCLRP expressa pela superviso conjunta

    entre as disciplinas pedaggicas com disciplinas de interface (como, por exemplo, as

    disciplinas de Metodologias de Ensino) desenvolvidas paralelamente no mesmo

    semestre, possibilitando a re-significao das discusses e conceitos pedaggicos

    dentro do ensino de Qumica.

    So realizadas 400 horas de ECS, desenvolvidas a partir da metade do Curso

    de Licenciatura em Qumica (5o semestre), atendendo o nmero de horas exigido

    pelo Conselho Nacional de Educao (CNE). Dessas 400 horas, 300 horas esto

    alocadas em disciplinas sob a responsabilidade do DEDIC e 100 horas em

    disciplinas sob a responsabilidade do DQ. Alm disso, o DQ conta com uma

    educadora que responsvel pela articulao com as escolas da rede pblica de

  • 32

    ensino de Ribeiro Preto, consolidando assim a proposta de co-responsabilidade

    dos Departamentos em relao aos ECS desenvolvidos.

    O PEI desenvolvido com uma proposta de integrao baseada numa maior

    inter-relao das disciplinas pedaggicas buscando desenvolver, de forma efetiva,

    articulaes entre diferentes contedos pedaggicos e a descentralizao das

    atividades de estgio, tradicionalmente concentradas em disciplinas de prtica de

    ensino. As propostas de integrao so expressas em trs diferentes nveis:

    nas disciplinas de Superviso Integrada de Estgio I, II e III;

    entre os estgios desenvolvidos pelos alunos do curso de Licenciatura em

    Qumica do DQ e os desenvolvidos pelos alunos de outras Licenciaturas da

    FFCLRP;

    entre escola e universidade.

    Em 2009 foi firmado um convnio com a Secretaria Estadual de Educao, no

    qual 14 escolas de Ensino Mdio de Ribeiro Preto assinaram um acordo que visa

    aproximar ainda mais os licenciando ao ambiente escolar.

    Devido preocupao da CoC com a formao do licenciando que atuar em

    escolas onde estudam alunos com necessidades especiais, vm sendo

    implementados no curso projetos voltados para Educao Especial e Inclusiva,

    realizados em 2006-2007, no qual os alunos estagiam em escolas que possuam

    alunos includos e em espaos de educao no-formais. Alm disso, est sendo

    includa no curso uma disciplina obrigatria que contempla o contedo de LIBRAS

    (Lngua Brasileira de Sinais), que visa atender tambm a determinaes legais do

    MEC (Lei 10435/02 e Decreto 5626/05).

    8. Bolsas de ensino e pesquisa

    Os alunos dos cursos de graduao e de ps-graduao da FFCLRP, bem

    como seus pesquisadores, contam com apoio de bolsas de estudo, tanto da USP,

    como de vrios rgos de fomento, sejam elas, ou para o apoio estudantil ou para o

    financiamento de pesquisas.

    Ao ingressar na USP, o aluno de graduao pode enfrentar dificuldades

    financeiras em decorrncia da renda familiar, o que pode ser, em parte, suprido pelo

    oferecimento do vasto programa de bolsas da Universidade para apoiar sua

    permanncia e favorecer o desenvolvimento de seus estudos com qualidade

    acadmica. As principais bolsas so:

  • 33

    - Bolsa FUVEST;

    - Bolsa Ensinar com Pesquisa;

    - Bolsa Aprender com Extenso;

    - Bolsa Alimentao;

    - Bolsa Moradia e Auxlio Moradia;

    - Bolsa Transporte;

    - Bolsa Santander de Apoio Socioeconmico;

    - Bolsa Santander USP de Mobilidade Internacional;

    - Bolsa PIBIC;

    - Bolsa PIBIT;

    As bolsas so da USP oferecidas e gerenciadas pelos rgos Centrais e Pr-

    Reitorias da prpria Universidade, e, no caso de intercmbios, pela CCInt USP. A

    estes rgos institucionais competem a seleo, a concesso e o acompanhamento

    dos bolsistas. As agncias financiadoras de pesquisa e de formao de recursos

    humanos que oferecem bolsas de estudos so: CAPES, CNPq, FAPESP, FINEP. As

    bolsas so concedidas diretamente para o aluno, mediante solicitao do orientador

    atravs de projetos e programas especficos.

    9. Avaliao do curso

    Com o apoio da CoC, foi iniciado em 2007 o processo de avaliao de

    disciplinas e docentes do curso de Licenciatura em Qumica. Esse realizado, por

    meio de questionrios aplicados a todos os alunos do curso, especficos para cada

    disciplina, elaborados pela Comisso Assessora de Avaliao do DQ, processados

    pela FUVEST.

    A Comisso tem feito revises dos questionrios e essa avaliao continua

    sendo aplicada. A CoC est num processo de discusso sobre a articulao dos

    resultados obtidos nas avaliaes de 2007 a 2011 com o Processo de

    Acompanhamento de Cursos conforme a proposta da Cmara de Avaliao da Pr-

    Reitoria de Graduao.

    10. Outras atividades organizadas pela ou com apoio da CoC

  • 34

    Para propiciar a implementao do Projeto Pedaggico e incentivar o

    comprometimento dos corpos docente e discente com os objetivos, diretrizes e

    princpios do curso, a CoC organiza algumas atividades periodicamente. Essas

    atividades esto descritas nos tpicos a seguir.

    10.1. Encontro de Formadores e Aes Decorrentes

    A CoC organiza anualmente encontros entre os formadores do Curso de

    Licenciatura em Qumica do DQ/FFCLRP-USP, no incio do primeiro semestre de

    cada ano. At o presente foram realizados seis encontros, e nesses foram definidas

    aes que contribuem de diversas formas no processo de consolidao do curso.

    Nesses encontros, foi realizado um levantamento das principais questes a

    serem consideradas quanto ao intuito de melhorar o ensino. Constatou-se que:

    - a maioria dos alunos ingressantes possui uma formao prvia insuficiente

    para o acompanhamento do curso, principalmente em relao aos contedos

    elementares de matemtica, o que faz com que muitos sejam reprovados nas

    disciplinas bsicas do primeiro ano;

    - existe um grande desafio da construo da indissociabilidade Ensino-

    Pesquisa-Extenso, de maneira efetiva, no ensino de graduao;

    - a maioria dos alunos no tem conscincia da importncia social da profisso

    e nem tem adquirido uma postura crtica para analisar os seus prprios

    conhecimentos e refletir sobre o comportamento tico que a sociedade espera de

    sua atuao e de suas relaes com o contexto cultural, scio-econmico e poltico.

    Frente s essas inquietaes, a CoC props algumas aes:

    - criao do Programa de Apoio aos alunos ingressantes no curso de

    Licenciatura em Qumica, que tem como objetivo auxiliar na aprendizagem dos

    conceitos fundamentais de Matemtica e Cincias da Natureza;

    - organizao de cursos e palestras relacionados carreira do Licenciado em

    Qumica;

    - participao na organizao de eventos, dirigidos principalmente aos

    professores do Ensino Superior, por meio do Grupo de Apoio Pedaggico do

    campus da USP Ribeiro Preto.

    - incentivo participao dos alunos em eventos na rea de Ensino de

    Qumica e de Cincias.

  • 35

    O V Encontro dos Formadores do Curso de Licenciatura em Qumica foi

    realizado em 18 de maro de 2008. Nesse evento um dos membros da CoC

    apresentou uma anlise do perfil dos alunos do curso. Os formadores presentes

    sugeriram algumas aes no sentido de complementar a formao cultural e

    propuseram saraus literrios bem como a incluso de disciplinas optativas que

    viessem suprir eventuais necessidades dos alunos em lngua portuguesa. Nesse

    sentido j est sendo proposto o oferecimento de uma disciplina optativa, por uma

    docente do curso, pertencente ao Departamento de Educao, Informao e

    Documentao, Estudos Textuais e Produo Lingstica para a estrutura

    curricular de 2009.

    Em 11 de fevereiro de 2009 foi realizado o VI Encontro de Formadores do

    Curso de Licenciatura em Qumica e neste o tema discutido foi: propostas de

    viabilizao/implementao de uma ou mais das aes do plano de metas. Neste

    evento foi realizada uma oficina, na qual foram constitudos 4 grupos de trabalho.

    Foram elaboradas snteses com sugestes muito interessantes para efetivar o

    processo de acompanhamento do curso.

    Nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2012 foi realizado o VII Encontro de

    Formadores do Curso de Licenciatura em Qumica e neste foram discutidos os

    problemas relacionados evaso do curso, bem como a ideia de se criar um curso

    de Bacharelado em Qumica Ambiental noturno que seja oferecido paralelamente ao

    curso de Licenciatura em Qumica. No segundo dia do encontro, foram apresentadas

    pelos docentes algumas atividades realizadas no curso em sala de aula,

    especialmente, relacionadas novas prticas pedaggicas.

    10.2 Mostra das Atividades de Estgio e de Prtica como Componente

    Curricular

    Em 2007 foi organizada e realizada com o apoio da CoC a Mostra 2007 das

    atividades de estgio e de prtica como componente curricular do curso de

    Licenciatura em Qumica no dia 13 de dezembro de 2007, sendo esta a primeira

    exposio das atividades de Estgio Curricular Supervisionado e de Prtica como

    Componente Curricular que vm sendo desenvolvidas no mbito do curso de

    Licenciatura em Qumica.

    No dia 10 de dezembro de 2008 foi realizada a segunda edio desse evento

    que contou com a presena do curso de Licenciatura em Qumica da UNESP do

  • 36

    Campus de Bauru. As atividades desse evento incluram a apresentao de 18

    painis, 6 apresentaes orais e 7 exposies de materiais didtico-pedaggicos.

    No dia 14 de dezembro de 2009 aconteceu na UNESP/Bauru o terceiro ano

    do evento. No referido evento foram apresentados quatro trabalhos do DQ, sendo

    trs deles de alunas do quinto ano do curso de Licenciatura em Qumica e um quarto

    trabalho do Grupo de Pesquisa EPSEC (Epistemologia e Psicologia no Ensino de

    Cincias).

    Os trabalhos trataram de questes relativas ao trabalho docente no ensino de

    qumica como educao inclusiva, modelos conceituais, educao qumica em

    diferentes espaos de educao, alm de reflexes sobre o ensino de qumica em

    diferentes contextos culturais e sociais na contemporaneidade.

    De modo geral este evento, tem representado um espao/tempo fundamental

    para a produo do conhecimento acadmico e para a formao inicial e continuada

    de nossos alunos. Este foi o segundo evento organizado pelas duas Universidades

    (UNESP/Bauru e FFCLRP/RP-USP) e, assim como no ano de 2008, contou com

    participao efetiva de alunos e docentes dos cursos de Licenciatura em Qumica

    dessas universidades. Ao final do evento de 2009 ficou acordado que a III Mostra

    acontecer na cidade de Ribeiro Preto nos dias 09 e 10 de dezembro de 2010 e

    ficou sob a organizao da equipe de professores da rea de ensino do DQ.

    No dia 08 de dezembro de 2011 foi realizada a Mostra 2011 das atividades

    do curso de Licenciatura em Qumica, durante os perodos da tarde e da noite. Em

    sua programao estava uma Cerimnia de abertura, apresentaes orais, relatos

    de experincias sobre as atividades do CEIQ e do grupo PET (feito por alunos que j

    participaram dos projetos, que se formaram e que contaram como esses os

    ajudaram na sua formao profissional) e uma apresentao teatral.

  • 37

    Anexos

    1. Corpo Docente e as Comisses

    Docentes do DQ:

    Arthur Henrique Cavalcante de Oliveira

    Carmen Lcia Cardoso

    Daniela Gonalves de Abreu

    Fritz Cavalcante Huguenin

    Glucia Maria da Silva

    Grgoire Jean-Franois Demets

    Joana de Jesus de Andrade

    Joo Barros Valim

    Lo Degrve

    Luis Gustavo Dias

    Luiz Alberto Beraldo de Moraes

    Marcia Andria Mesquita Silva da Veiga

    Maria Elisabete Darbello Zaniquelli

    Maria Eugnia Queiroz Nassur

    Maria Lcia Arruda de Moura Campos

    Paulo Marcos Donate

    Rogria Rocha Gonalves

    Yassuko Iamamoto

    Docentes do DEDIC:

    Ana Claudia Balieiro Lodi

    Ana Lcia Horta Nogueira

    Elmir de Almeida

    Filomena Elaine Paiva Assolini

    Maurcio dos Santos Matos

    Srgio Csar da Fonseca

  • 38

    Docentes do DF:

    Alessandro Martins da Costa

    Carlos Ernesto Garrido Salmon

    Eder Rezende Moraes

    Iouri Borissevitch

    Luciano Bachmann

    Osame Kinouchi Filho

    Patrcia Nicolucci

    Jos Enrique Rodas Duran

    Martin Eduardo Poletti

    Ubiraci Pereira da Costa Neves

    Docentes do DCM

    Alexandre Casassola Gonalves

    Amrico Lpez Glvez

    Benito Frazo Pires

    Geraldine Ges Bosco

    Jos Enrique Rodas Duran

    Ktia Andria Gonalves de Azevedo

    Marcelo Rempel Ebert

    Martin Eduardo Poletti

    Renato Tins

    Ubiraci Pereira da Costa Neves

    Chefia do DQ:

    Prof. Dr. Wagner Ferraresi De Giovani (titular)

    Prof. Dr. Francisco de Assis Leone (suplente)

  • 39

    CoC Licenciatura em Qumica:

    Coordenador - Prof. Dr Yassuko Iamamoto,

    Suplente de Coordenao: Prof. Dr. Mrcia Andria Mesquita Silva da Veiga;

    Secretrio: Andr Luis Pereira Barnab

    Membros:

    Prof. Dr. Mrcia Andria Mesquita Silva da Veiga (Titular),

    Prof. Dr. Arthur Henrique Cavalcante de Oliveira (Suplente);

    Prof. Dr. Daniela Gonalves de Abreu (Titular);

    Profa. Dra. Carmen Lcia Cardoso (Suplente);

    Prof. Dr. Yassuko Iamamoto (Titular);

    Profa. Dra. Joana de Jesus de Andrade (Suplente);

    Prof. Dr. Elmir de Almeida (Titular para Pedaggicas);

    Prof. Dr. Maurcio dos Santos Matos (Suplente para Pedaggicas)

    Prof. Dr. Osame Kinouchi Filho (Titular representante do DFM);

    Prof. Dr. Ktia Andria Gonalves de Azevedo (Suplente representante do DFM);

    Representantes Discentes:

    Cintya Mendes Moraes (Titular),

    Membros do CEIQ:

    Profa. Dra. Maria Lcia Arruda de Moura Campos, Profa. Dra. Daniela Gonalves de

    Abreu, Profa. Dra. Rogria Rocha Gonalves, Mrcia Andria Mesquita Silva da

    Veiga

    Membros do Grupo PET:

    Tutora Glucia Maria da Silva.

    Comisso Assessora no processo de avaliao das disciplinas dos cursos de

    graduao:

    Prof. Dr. Fritz Cavalcante Huguenin (Licenciatura), Profa. Dra. Yassuko Iamamoto

    (Licenciatura), Profa. Dra. Marilda das Dores Assis (Bacharelado), Profa. Dra.

    Rogria Rocha Gonalves (Bacharelado), Prof. Dr. Gil Valdo Jos da Silva, Carolina

    Godinho Retondo (Educadora), Isabela Ferreira Sodr dos Santos (Representante

    discente Bacharelado), Roberta Karen Chrisstomo (representante discente

    Licenciatura).

  • 40

    2. Ordenamento do estgio

    O estgio supervisionado ocorre conforme a seguinte descrio:

    1. No incio do semestre a dupla de alunos deve escolher uma escola, dentre as

    cadastradas pelo Departamento de Qumica, que melhor se adapte s suas

    necessidades e verificar com a educadora os horrios disponveis (manh, tarde ou

    noite) para a realizao do estgio, bem como retirar a documentao necessria

    para a realizao do mesmo.

    2. Os professores e a educadora disponibilizam para os alunos um cronograma de

    estgio, contendo o nmero de horas de estgio, as atividades que devem ser

    realizadas e em quais semanas os alunos devero ir para as escolas.

    3. Ao longo do estgio cada um dos os alunos so responsveis pela entrega dos

    seguintes documentos:

    Carta de recomendao - deve ser entregue no primeiro dia de estgio para a

    direo/coordenao da escola.

    Termo de aceite - deve ser preenchido e assinado no primeiro dia de estgio na

    escola e devolvido educadora at o dia 23/08.

    Fichas de estgio - devem ser preenchidas, assinadas pelo professor e

    carimbadas pela educadora responsvel a cada ida escola. Devem ser entregues

    educadora para controle durante as supervises. No so aceitas fichas de

    estgio preenchidas a lpis, com espaos em branco, sem assinatura do professor

    ou do responsvel pela escola e sem o carimbo da escola.

    Autorizao da Secretaria Municipal de Educao - caso os alunos escolham

    uma escola municipal, antes de iniciar o estgio dever preencher esta autorizao

    e entreg-la na Secretaria Municipal de Educao.

    Questionrios de opinio sobre a escola e a organiz ao das atividades de

    estgio supervisionado so entregues pela educadora, devem ser preenchidos e

    devolvidos a mesma.

    4. A no entrega destes documentos implica na suspenso do estgio e eventual

    reprovao na disciplina.

    5. No final do estgio, os alunos devem entregar a verso final do relatrio de

    estgio e do caderno de campo ao professor e a verso digital educadora.

    6. Em hiptese alguma, o estagirio dever retirar qualquer material da escola (como

    livros, reagentes, vidrarias e outros).

  • 41

    7. Apresentando quaisquer tipos de problemas como dificuldade de entrega da carta

    de recomendao, ausncia do dirigente da escola, recusa do professor em aceitar

    o estagirio, dificuldades de relacionamento com o professor, mudana de escola ou

    de horrio, dentre outros, os alunos so orientados a procurar imediatamente a

    educadora. As mudanas de escola somente sero autorizadas mediante anlise

    das justificativas pela Comisso de Estgio.

    Escolas que assinaram o convnio entre a Secretaria Estadual de Educao e

    a USP em 2009:

    1) E. E. Dom Alberto Jos Gonalves

    2) E. E. Profa. Amlia dos Santos Musa

    3) E. E. Cnego Barros

    4) E. E. Prof. Cid de Oliveira Leite

    5) E. E. Profa. Djanira Velho

    6) E. E. Profa. Eugnia Vilhena de Moraes

    7) E. E. Prof. Walter Ferreira

    8) E. E. Prof. Tomas Alberto Wathely

    9) E. E. Dr. Guimares Jr.

    10) E. E. Prof. Alcides Corra

    11) E. E. Alberto dos Santos Dumont

    12) E. E. Otoniel Mota

    Escolas que no assinaram o convnio entre a Secretaria Estadual de

    Educao, mas que so cadastradas pelo DQ e so locais de realizao de

    atividades de estgios:

    1) E. E. Joo Augusto de Mello

    2) Virgilio Salata (Municipal)

    3) E. E. Prof. Rafael Leme Franco

    4) E. E. Prof. Jos Lima Pedreira de Freitas

    5) Dom Luis do Amaral Mousinho (Municipal)

    6)E. E. Profa. Jenny de Toledo Piza Schroeder

  • 42

    Alm dessas escolas, j foram realizados estgios em escolas particulares

    como o Anglo, o Colgio Marista de Ribeiro Preto e o Colgio Viktor Franklin, bem

    como em instituies de Educao Especial como a ADEVIRP e a AMA.

  • 43

    3. Infra-estrutura do DQ

    O Departamento de Qumica (DQ) e os Departamento de Fsica (DF) e

    Computao e Matemtica (DCM) ocupam uma rea de aproximadamente 5.000 m2,

    fruto de uma reorganizao fsica ocorrida em 1996, estando situados a cerca de 1,5

    km dos Departamentos de Biologia e Psicologia e da Administrao da FFLCRP. Na

    rea atual (usualmente chamada de Blocos das Exatas) existem instalaes para

    laboratrios de pesquisa e ensino, oficina mecnica (DF/DCM) e eletrnica (DF,

    DCM e DQ), 2 salas de aula e mais um Bloco Didtico com 8 salas, com

    capacidades para 40 a 80 alunos e um anfiteatro com 90 lugares. Neste espao

    atende-se aos cursos de graduao de Qumica e Fsica Mdica e aos Programas

    de Ps-Graduao mantidos pelos dois Departamentos.

    O DQ ainda conta com quatro laboratrios didticos (sendo dois desses

    inaugurados no final de 2008) para atender a todas as disciplinas experimentais,

    incluindo disciplinas ministradas para Biologia, Fsica Mdica e a modalidade

    Qumica Tecnolgica. Alm disso, foi solicitada a construo de uma Central de

    Anlises Qumicas e salas e laboratrios para os novos docentes contratados.

    No final de 2006, o curso de Licenciatura em Qumica recebeu uma verba da

    Pr-reitoria de Graduao para a aquisio de materiais permanentes (aparelho de

    DVD, televiso e computadores), de materiais didticos (fitas VHS, livros

    paradidticos, CDs, DVDs e kits de laboratrios) e de materiais de consumo.

    Para organizar e disponibilizar esses materiais, o Departamento de Qumica

    providenciou duas pequenas salas. Mas, tratam-se de espaos provisrios, uma vez

    que a Pr-Reitoria de Graduao concedeu verba para a construo de um

    Laboratrio Pedaggico que j est sendo finalizado, sendo prevista a inaugurao

    ainda em 2012. Esse novo espao ser adequado ao desenvolvimento das

    atividades de ensino das disciplinas da Licenciatura em Qumica, principalmente as

    atividades relacionadas aos ECS e PCC, para a pesquisa na rea de ensino e

    para a alocao dos materiais que j temos e que estamos adquirindo por meio de

    verbas do departamento e de projetos de pesquisa desenvolvidos pelos docentes.