ppp cetn 2012.doc
TRANSCRIPT
C.E.T.N
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2012
Direc 23
IDENTIFICAÇÃO:
Projeto Político Pedagógico – 2012
I. Unidade Escolar: Colégio Estadual de Tanque Novo
Endereço: Avenida Prefeito João Neves, s/n. Fone fax: (77) 3695-1247
II. Equipe Dirigente: Diretor: Vanderley Silva Souza
Vice - diretores: Sebastião Silva Costa, Maria Lúcia Magalhães Carneiro Azevedo e Neusa Carneiro Silva Batista
Secretária: Edna Cardoso Pereira
III. Níveis: Tempo Formativo II e III, Ensino Médio no Campo com Intermediação Tecnológica e Ensino Médio
IV. Cursos: Tempo Formativo II e III /Ensino Médio no Campo com Intermediação Tecnológica/Ensino Médio
V. Salas de Aula: 10
RECURSOS HUMANOS
Diretor: 01 (um) Vice - diretoras: 03 (três) Professores efetivos: 28 (vinte e oito)Professores (Reda): 02 (dois)Professores (PST): 07 (sete)
1
Coordenador pedagógico: 00 (zero) Secretário: 01 (um) Auxiliar de Secretaria: 04 (quatro) Agente Administrativo: 02 (dois) Agente de portaria: 06 (quatro) Auxiliar de Direção: 01 (um) Bibliotecárias: 03 (três) Copeiras: 03 (três) Auxiliar de limpeza: 11 (onze) Vigilantes: 05 (cinco)Merendeiras: 02 (duas)
Total: 75
COLEGIADO ESCOLAR
a) Data de Criação: 11/10/96
Nº. de reuniões já realizadas: 102
b) Composição e nome dos componentes:
Presidente: Edilce Magalhães Silva Carneiro
Segmentos dos Pais Ednalva Carneiro FloresIsabel da Silva M. LopesOsvaldo Oliveira Azevedo
Segmentos dos Professores Antonio Junior Barbosa dos Santos Dinalva Malheiro Carneiro Santos Pedro Costas dos Reis
Segmentos dos Funcionários Vanuzia Gomes BonfimLuzia Cardoso de CarvalhoOdimom Gomes Carneiro
Segmentos dos alunos: Kelly Caroline Moreira LopesJoão batista Barbosa AzevedoKaio José Gomes Santos
Segmento Direção: Vanderley Silva SouzaMaria Lúcia Magalhães Carneiro Azevedo
Serão realizadas reuniões ordinárias bimestrais e extraordinárias quando houver
2
necessidade.
SUMÁRIO:
1. Apresentação .........................................................................................................4
2. Justificativa .............................................................................................................6
3. Caracterização da Escola ......................................................................................9
3.1. Contexto da Escola e da Comunidade ...........................................................9
3.2. Histórico da Escola ......................................................................................11
3.3. Situação Física da Escola ............................................................................13
3.4. Recursos humanos, materiais e financeiros ................................................14
3.5. Gestão da Escola .........................................................................................16
3.6. Organização da escola e do ensino .............................................................18
3.7. Relações entre a escola e a comunidade ....................................................19
4. Dados Quantitativos da U.E. ................................................................................20
4.1. Indicadores de desempenho 2011 ...............................................................20
4.2. Análise dos resultados acadêmicos .............................................................21
4.3. Análise situacional da escola .......................................................................22
5. Fundamentação teórica e concepções pedagógicas ...........................................27
5.1. Função social da escola ...............................................................................27
5.2. Expectativas educacionais ...........................................................................31
5.3. Eixos norteadores ........................................................................................33
5.4. Concepções filosóficas.................................................................................40
5.5. Trabalho pedagógico do CETN.....................................................................42
5.6. Concepção de currículo na escola.................................................................48
5.7. Matriz curricular..............................................................................................51
5.8. Avaliação .......................................................................................................53
6. Objetivos ...............................................................................................................57
3
6.1. Objetivo amplo .............................................................................................57
6.2. Objetivos estratégicos ..................................................................................57
7. Visão estratégica e plano de ação .......................................................................57
7.1. Organograma ................................................................................................57
7.2. Plano de ação ...............................................................................................58
8. Avaliação ..............................................................................................................65
9. Bibliografia ............................................................................................................66
Anexos .......................................................................................................................68
1. APRESENTÇÃO
“O projeto representa a oportunidade da direção,
coordenação pedagógica, professores e
comunidade, tomarem sua escola nas mãos,
definir seu papel estratégico na educação das
crianças e jovens, organizar suas ações, visando a
atingir os objetivos que se propõem. É o
coordenador, o norteador da vida escolar”:
José Carlos Libâneo.
Ao pensarmos a educação com seu valor formativo e representativo para a
sociedade contemporânea, na escola e o importante papel de desenvolvimento do
ser humano de caráter formativo para o exercício da cidadania, verifica-se a
necessidade do repensar constante de todos os processos políticos e pedagógicos
presentes no dia-a-dia da escola, por isso a otimização do Projeto Político
Pedagógico na escola. Mesmo sendo de caráter de exigência do ponto de vista
legal, se configura um instrumento ideológico, que pretende definir as ações,
direcionar todo um trabalho pedagógico, mostrar os resultados, os pontos fortes e os
pontos fracos, para direcionar a busca por resultados satisfatórios e ou a retomada,
por outros caminhos, para atingir as metas não alcançadas.
De acordo com Betini, “o projeto político-pedagógico mostra a visão macro do
que a instituição escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e
estratégias permanentes, tanto no que se refere às suas atividades pedagógicas,
como às funções administrativas. Portanto, o projeto político-pedagógico faz parte
4
do planejamento e da gestão escolar. A questão principal do planejamento é então,
expressar a capacidade de se transferir o planejado para a ação. Assim sendo,
compete ao projeto político-pedagógico a operacionalização do planejamento
escolar em um movimento constante de reflexão-ação-reflexão.” (BETINI. Geraldo
Antônio, 2005, p.38).
É necessário destacar a importância da participação de todos na sua
construção e no seu acompanhamento. O caráter coletivo presente no fazer e no
refazer, na busca de soluções, na avaliação dos resultados é que o tornará eficiente.
Ainda, para garantir a eficácia deste instrumento é necessário levar em conta a
realidade de cada um que faz parte da instituição, a realidade social na qual está
inserida esta instituição, a base legal que o norteia, as condições físicas
encontradas, os recursos humanos, os resultados obtidos nos anos anteriores, a
proposta pedagógica, a formação continuada dos profissionais da educação, os
projetos pedagógicos desenvolvidos e todas as demais ações que farão parte no
decorrer do ano letivo.
Por isso, é de extrema necessidade, para a comunidade Colégio Estadual de
Tanque Novo-BA, o constante acompanhamento e o repensar coletivo em todos os
encontros pedagógicos, assembléias e reuniões, para manter a expectativa de um
documento norteador de todas as ações desenvolvidas no âmbito escolar e que
prime pela excelência na educação.
5
2. JUSTIFICATIVA
O Colégio Estadual de Tanque Novo, sendo a única Instituição de Ensino
Médio no município, atende a uma clientela diversificada, heterogênea, o que nos
leva, mesmo atentando para a coletividade e o bem comum, a necessitarmos de
procedimentos pedagógicos diferenciados, principalmente, no turno noturno, pelo
fato de atendermos a uma demanda discente com alta defasagem idade/série e que
trabalham durante o dia, além do que, boa parte é composta por pais e mães de
família. Por outro lado, embora, contamos com um quadro de professores
qualificados, ainda encontramos sérias dificuldades para atendermos ao nosso
alunado, inclusive, não contamos, sequer, com acompanhamento de um
coordenador pedagógico.
Dentre os problemas encontrados nessa instituição de ensino, destacam-se o
alto índice de evasão, nas turmas de EJA e 1ª série no turno noturno, a defasagem
idade/série, a falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos, alunos do
noturno que trabalham durante todo o dia e atribuem a esse fato a dificuldade de
apreensão dos conteúdos e baixa frequência nas aulas, além, do baixo nível de
aprendizagem, principalmente, nas turmas de 1º. ano do Ensino Médio.
O alto índice de evasão é algo de muita preocupação em nossa escola, por
isso algumas medidas e projetos têm sido desenvolvidos na tentativa da
permanência dos alunos nesta Unidade Escolar. Quanto ao fato de boa parte dos
alunos que ingressam na escola apresentarem um nível de aprendizagem abaixo do
esperado, com muita dificuldade na leitura, interpretação, produção de textos e
cálculos, nossa preocupação é, ainda maior, pois mesmo com o empenho na
implementação das atividades e projetos por parte dos professores com o apoio da
equipe de gestão, os resultados não são os esperados e é preciso ressaltar que o
6
problema persiste no ano seguinte com a chegada de novos alunos ao 1º ano co
Ensino Médio.
A falta de participação dos pais na vida escolar de seus filhos é outro
problema enfrentado pala instituição, visto que a ausência dos pais na vida do filho
provoca inúmeras consequências tais como: a falta de motivação e falta de
consciência da importância da educação e escolarização para sua vida profissional e
cotidiana.
Durante esses últimos anos, a escola desenvolveu projetos de ação no
sentido de poder viabilizar o processo de ensino-aprendizagem, e na tentativa de
amenizar os referidos problemas. Com isso, estamos buscando uma atuação mais
significativa entre os professores e demais integrantes da comunidade escolar, na
tentativa de uma participação mais ativa nas atividades da escola e nos projetos
emplementados pela mesma.
É a partir dessa busca constante por um ensino de qualidade que todas as
atividades de âmbito educacional têm se centrado nestes últimos anos. Isso tem
sido motivo de muitas discussões nas reuniões das ACs, jornada pedagógica e
reuniões periódicas. Acreditamos cada vez mais que somente com a participação de
todos os membros desta comunidade e, principalmente, a atuação dos alunos,
professores e equipe gestora, possamos alcançar os objetivos almejados para nossa
instituição de ensino.
É preciso ressaltar que as questões abordadas é uma grande preocupação de
toda comunidade escolar que também está consciente de que o Projeto Político-
Pedagógico não constitui, apenas, uma mera exigência normativa. É, antes de tudo,
um instrumento ideológico, político, que visa, sobretudo, a gestão dos resultados de
aprendizagem, através da projeção, da organização, e acompanhamento de todo o
universo escolar. O projeto político-pedagógico mostra a visão macro do que a
instituição escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias
permanentes, tanto no que se refere às suas atividades pedagógicas, como às
funções administrativas. Portanto, o projeto político-pedagógico faz parte do
planejamento e da gestão escolar.
A questão principal do planejamento é então, expressar a capacidade de se
transferir o planejado para a ação na busca de resolver os problemas encontrados e
promover a aprendizagem dos alunos na busca da construção do conhecimento e
cidadania. Assim sendo, compete ao projeto político-pedagógico a
7
operacionalização do planejamento escolar, em um movimento constante de
reflexão-ação-reflexão.
A articulação entre o projeto político-pedagógico, o acompanhamento das
ações, a avaliação e utilização dos resultados, com a participação e envolvimento
das pessoas, o coletivo da escola, pode levá-la a ser eficiente e eficaz. Daí a notória
ênfase dada pelos mecanismos legais à escola democrática que tanto prezamos em
nossa Instituição Escolar.
Portanto, ao construirmos nosso Projeto Político-Pedagógico levamos em
conta a realidade que circunda a Escola e as famílias de nossos alunos, pois, é
evidente que a realidade social dos alunos afeta a sua vida escolar, e os dados
levantados devem contribuir para orientar todo o organismo escolar para os fins de
tratar tais indícios com a devida relevância, transformando-os em currículo, objeto de
planejamento e potencial de aprendizagem.
Optamos também por salientar a historicidade do Colégio Estadual de Tanque
Novo e o valor histórico-cultural que ele construiu e representa na vida dos cidadãos
da comunidade de tanquenovense. Dentro desta esfera ele é sem dúvida, um forte
elemento da identidade local.
Em um segundo momento, analisamos as condições físicas e os recursos
humanos disponíveis para a efetivação do Projeto, como também as necessárias e
possíveis metas e planejamentos. Analisamos os últimos resultados de todos os
anos de ensino, tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática, quer nas
avaliações internas, quer nas externas, e os índices de frequência, evasão e
repetência de modo a orientar nosso plano de ação visando a melhoria significativa
nos resultados de aprendizagem e a busca pela excelência no ensino.
De acordo com todos os nossos encontros, discussões e pontos em comum,
e ainda pensando na gama de formações acadêmicas, pessoais e sociais de cada
membro que contribuiu para a construção de nosso Projeto, enquanto escola,
buscamos criar um clima escolar que priorize a tolerância, o cotidiano escolar na
cidadania e em prol dela, além da alta expectativa na aprendizagem dos alunos, pois
acreditamos que todos podem aprender e que todos somos iguais nas diferenças,
por isso precisamos de tratamentos pedagógicos específicos, bem planejados e
acompanhados. O resultado dessa perspectiva pode e deve ser acompanhado por
avaliações processuais e de resultado, notadamente transformadas.
Então, nossa equipe elabora este projeto com a finalidade de propor
alternativas para a redução dos problemas diagnosticados, oferecendo
8
possibilidades de transformações, mudanças e comprometendo-se com uma
educação de qualidade, uma escola mais democrática e participativa através do
resgate de valores sociais e culturais, do desenvolvimento do espírito de parceria e
do trabalho de grupo e da elevação da auto-estima do aluno, valorizando-o, assim,
como o alvo principal desse processo de construção da aprendizagem e cidadania.
3. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
3.1. Contexto da Escola e da Comunidade
O Colégio Estadual de Tanque Novo está situado no município de Tanque
Novo, com uma população de 16.128 habitantes, segundo o Censo IBGE 2010.
O município tem predominantemente uma população que reside em zona
rural, observando evidente miscigenação entre brancos e negros. Segundo dados do
IBGE-2010, 54,6% da população do município residem na zona rural. Verifica-se
ainda nos dados observados das populações urbana e rural do município nos anos
de 2000 e 2007 que nesse intervalo de menos de uma década a população urbana
cresceu, enquanto a rural diminuiu. Em 2000 a população rural era de 64.9%, caindo
para 59.5% em 2007, uma diferença de mais de 5 pontos percentuais. Enquanto
isso, a população urbana cresce de 35.1% para 40.5%, o que demonstra uma
migração significativa de pessoas do campo para a cidade no intervalo dos sete (7)
anos em análise.
O crescimento populacional tem mantido níveis estáveis nas últimas décadas.
Com uma população de 15.771 em 2000 e 15.745 em 2007, o município apresentou
um crescimento pouco significativo, sua taxa de crescimento populacional foi de
0,78%fato já recorrente nos dados do censo demográfico dos últimos anos. Isso se
justifica em razão de o município não apresentar nenhum fator marcante em níveis
econômicos que influencie diretamente o crescimento populacional, além de a baixa
taxa de natalidade e a redução da área territorial também contribuírem para que
essa população continue em níveis estáveis.
Quanto ao gênero e faixa etária, a população do município, apresenta uma
estrutura populacional formada principalmente por adultos (25 a 64 anos). Há certo
9
equilíbrio entre os gêneros, pois no total geral são 50.5% para a população do sexo
masculino no município.
O analfabetismo em Tanque Novo é fator preocupante. 36.7% (2000) é um
índice muito alto, considerando que a Bahia era de 23.1% e o Brasil, de 13.6%
nesse mesmo ano. Quanto aos indicadores de educação, Tanque Novo tinha, em
2000, 94,42% de pessoas freqüentando curso de nível fundamental (considerando a
parcela da população entre 7 e 14 anos de idade), o que o coloca em situação
superior à estadual e inferior à nacional. A escolaridade da população de 25 anos ou
mais de idade foi a seguinte: 38,93% “sem instrução ou menos de 01 ano de
estudo”; 49,60% com “1 a 4 anos de estudo”; 5,65% com “5 a 8 anos de estudo”;
3,53% com “9 a 11 anos de estudo”. 0,34% com “12 anos ou mais de estudo” e
1,95% “não determinado”.
No que se refere ao rendimento familiar per capita, Tanque Novo possuía, em
2000, a maior parte de suas famílias concentradas na classe “até meio salário
mínimo” (43,51%), seguida da classe “mais que meio até 01 salário mínimo”
(27,49%) e da “sem rendimento” (16,66%). Cabe ressaltar que a proporção de
famílias sem rendimento ou com rendimento de até 01 salário mínimo situava-se
acima daquela registrada no Estado e acima da do País.
Com referência aos costumes e lazer do município, os tanquenovenses
conservam algumas de suas tradições religiosas e culturais. O município comemora
seis eventos católicos como a festa de São Sebastião, realizada entre os dias 20 a
22 de janeiro, a do Imaculado Coração de Maria, comemorada no segundo domingo
de junho, com novenas que duram 30 dias, cujas mordomas são escolhidas entre as
famílias tradicionais da cidade, com coroação da santa, busca do mastro, e missas
solenes, a festa do Imaculado Coração de Jesus, no mês de setembro e a de Nossa
Senhora Aparecida, padroeira de um bairro do município, comemorada no dia 12 de
outubro, na qual todos os fiéis da cidade prestam devoção à padroeira primaz do
Brasil. Em dezembro é comemorado o Advento Natalino, com distribuição de
presentes para as crianças durante o dia e missa solene à noite. Além de novenas
religiosas, temos no São João, festas com danças juninas e apresentações das
escolas municipais e estadual, além da tradição do dia 23, onde todas as famílias
comemoram ao redor de fogueiras, com assados, bebidas, e muita animação e
alegria.
Quanto ao lazer, os jovens e a população em geral encontram - se em praças
públicas, barzinhos, igrejas, (com participação ativa), durante a noite, além de festas
10
locais, em clubes e particulares. Durante o dia, a população tanquenovense tem
recentemente como opção na prática de esportes e promoção de campeonatos o
ginásio de esportes, a pista de corridas de cavalos, a pista de MotoCross, a quadra
do açude, além do parque infantil. Na assistência a jovens e crianças em geral, a
prefeitura oferece escolinha de futebol, vôlei, basquete e dança. Para a população
carente e moradores de zonas de riscos, temos as ações promovidas pelo
PROJOVEM, através do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), como
cinema, e a prática de capoeira, teatro, cursos de artesanato e pintura em tecido,
corte e costura, manicure, culinária, redação, além de atividades esportivas, como
futebol e caratê.
Conforme indicadores sociais (IBGE – Censo 2000 e IBGE – PNAD 2003),
quanto à cobertura de abastecimento de água (população urbana), 92,20% da
população é atendida por esse serviço. O mesmo acontece com 85,65% dos
tanquenovenses em relação à cobertura de sistemas de coleta de lixo.
Já no que se refere ao sistema de esgotamento sanitário, a população ainda
não é atendida por esse serviço. Sua implantação ainda está em andamento, em
fase de conclusão, com previsão de funcionamento no próximo ano (segundo dados
da CODEVASF).
Além disso, com apenas 03 estabelecimentos de saúde na área urbana e 04
na área rural, o município apresenta um precário sistema de saúde para
atendimento da população. Embora o município tenha obtido conquistas importantes
neste setor, ainda não conseguiu resolver a maior parte dos problemas de saúde da
população, com um número ainda muito baixo de estabelecimentos para
atendimento ao público.
3.2. Histórico da Escola
A educação no município de Tanque Novo não acompanhou o ritmo da
evolução e, por muito tempo, ficou restrita aos filhos daqueles que podiam pagar um
professor leigo para ministrar as aulas, geralmente, na residência de um patriarca.
Mais tarde, em 1933, veio acontecer um fato inusitado, que muito marcou a
história desta terra, a chegada da primeira professora da rede pública, a jovem
recém-formada, Rachel Pereira de Andrade, que viera da cidade de Caetité. A
11
referida professora passou a conviver ativamente com a população e os estudantes,
partilhando e resolvendo, na medida do possível, os problemas educacionais e
sociais que não eram poucos. Sua competência era pública e notória. Gladiadora
inesgotável, tangia diariamente os obstáculos, tornando-os tapetes para o sucesso.
Assim, a profª. Rachel, aos poucos, foi ganhando a simpatia de todos, pois
além de mestra, fez da educação seu próprio viver. Com o passar dos tempos, esta
professora passou a pertencer definitivamente à família daquela vila, vindo a casar-
se com Arlindo Alves Carneiro (Dotô) (neto/sobrinho de Prudenciano Alves
Carneiro), passando a se chamar Raquel Pereira Carneiro.
Só em 1964, o Distrito de Tanque Novo ganha seu primeiro prédio escolar
construído pelo então prefeito Alípio de Queiroz Marques. Mais tarde, o prédio foi
demolido dando lugar ao Grupo Escolar Teotônio Marques.
Em 1966, deu-se início à criação do Ginásio de Tanque Novo, pela“Sociedade
de Tanque Novo”, associação presidida por Juvêncio Carneiro Neto, que
transformou o patrimônio da referida escola em cotas, dividindo-as entre as famílias
associadas, em benefício dos filhos estudantes, os quais não precisariam mais se
deslocar para estudarem em outros municípios. A primeira turma foi criada no ano
de 1970.
Em 1971 a associação do Ginásio de Tanque Novo faz convênio com a
CENEC (Campanha Nacional das Escolas da Comunidade), passando a ser
entidade mantenedora da referida escola, denominada a partir de então de Centro
Educacional Cenecista de Tanque Novo.
A criação do Colégio Estadual de Tanque Novo ocorreu em 05/12/89, quando
as Escolas Reunidas Deputado Hélio Correia, localizadas no município de Tanque
Novo, foram desativadas. As atividades docentes e discentes e o acervo da referida
escola, passaram a integrar a nova Instituição de Ensino, o Colégio Estadual de
Tanque Novo, e este passou a manter os cursos de 1° e 2° Graus (Conforme
Portaria 7.921 publicada no D. O. em 05/12/89). De acordo com o D.O. do estado de
23/11/94 o acervo do Centro Educacional Cenecista de Tanque Novo também passa
a pertencer ao CETN.
A autorização do Colégio Estadual de Tanque Novo com direito a ministrar o
Ensino Fundamental e Ensino Médio (curso de formação de professores para o
Magistério de 1º grau da 1ª a 4ª série) se deu de acordo com o Parecer CEE 188/94
e Resolução do CEE 121/94 publicado D.O. de 23 de fevereiro de 1995 que declara
válidos os estudos realizados anteriormente.
12
Com a criação da referida escola passa a atender um alunado de Educação
Infantil, Ensino Fundamental (1ª a 4ª e 5ª a 8ª) e Ensino Médio. Com a
municipalização do Ensino fundamental o CETN foi gradativamente passando a
atender apenas alunos de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
Atualmente atende apenas a Educação de Jovens e Adultos (Tempo Formativo II e
III – eixos IV, V, VI e VII) no turno noturno e o Ensino Médio distribuídos nos três
turnos.
No ano de sua criação, em 1989, foi nomeado como diretor, o professor
Edílson Santana Carneiro e vices, as professoras Zenaide Magalhães Cardoso e
Izenilda Neves de Oliveira Carneiro que atuaram na gestão até 1991. A partir deste
ano foi nomeada diretora, a professora Elena Neves de Oliveira Mendes que atuou
como diretora da instituição até o ano de 2008. Durante essa gestão atuaram como
vices em períodos distintos os professores: Raquelinda Pereira Carneiro Silva,
Izenilda Neves de Oliveira Carneiro, Neusa Carneiro Silva Batista, Dilza Pereira
Gomes Costa e Sebastião Silva Costa.
Em 2008, por decreto estadual, ocorreram as eleições diretas para dirigentes
escolares sendo eleitos diretor e vice respectivamente os professores Vanderley
Silva Souza e Lucélia Oliveira Carneiro. E para completar as vagas de vice foram
nomeadas as professoras Genúsia Guedes Matos Lopes e Lucimária Regina
Fernandes de Sousa que posteriormente demitiu-se do cargo, ocupando-o a
professora Neusa Carneiro Silva Batista.
Esta é uma escola pública de referência em qualidade de educação, pois
além de promover o conhecimento sistematizado, busca resgatar a cidadania como
forma de transformar a própria vida e a comunidade em que vive. Neste sentido o
trabalho realizado pela escola ao longo dos anos tem revertido em benefícios para a
própria escola, haja vista que as vagas de professores oferecidas em concursos
públicos são ocupadas por mais de 80% por alunos egressos e o quadro de
funcionários é ocupado por quase 100% com ex-alunos.
3.3. Situação Física da Escola
A escola é composta em dois pavilhões com 10 salas de aulas, 01 biblioteca,
02 banheiros para alunos (masc./fem.), 02 banheiros para professores (masc./fem.),
13
1 sala de professores 1 sala de informática, 1sala de AC(atividades
complementares) 1 sala de projeção, 1 sala de direção, 1 sala de secretaria, 1 sala
da vice-direção, 1 cantina, 1 despensa, 1 sala de almoxarifado, 1 sala de técnicos, 1
deposito.
A área externa é composta de 1 pátio coberto e outro não coberto onde
contem um palco para atividades pedagógicas e de lazer. Possui ainda uma quadra
poliesportiva para as atividades físicas e eventos esportivos realizado pela escola.
A biblioteca constitui um espaço que atende os alunos e professores
satisfatoriamente. O seu acervo é composto por livros didáticos e paradidáticos,
DVDs e Fitas VHS que auxiliam nas atividades pedagógicas. Este material encontra-
se em grande parte, em bom estado de conservação.
Instalações hidráulicas: a escola conta com um sistema hidráulico
constantemente revisado para contornar eventuais problemas. O fornecimento de
água nem sempre é constante, uma vez que, a EMBASA fornecedora, trabalha com
um sistema de bombeamento de água da barragem do Zabumbão, à distância de
mais de 40 km.
Com relação ao sistema sanitário, temos instalações satisfatórias, masculino
e feminino, tanto para os alunos quanto para professores. Entretanto, enfrentamos
problemas com esgoto, pois o mesmo e feito através de fossas, todavia, esperamos
soluções em breve para esse fato, por que o sistema de esgoto da cidade, que até
não existia, esta em fase de conclusão.
Quanto aos aspectos ambientais e paisagens sempre houve empenho da
comunidade escolar com projeto e ações de conscientização ambiental e
conservação, inclusive com arborização do ambiente escolar, proporcionando assim,
sombra e um ambiente mais agradável.
Outra preocupação constante é a adequação para proporcionar claridade e
ventilação adequadas inclusive com instalação de cortinas ventiladores e luminares
com baterias automáticas para assegurar luz nas quedas de energias.
3.4. Recursos humanos, materiais e financeiros
A escola é um espaço importante no processo de integração da comunidade
porque vincula conhecimentos. É aquela que promove a aprendizagem de todos os
14
seus alunos e lhes assegura uma trajetória de sucesso. Essa meta pode ser atingida
se contarmos com subsídios que possam ajudá-la a transformar a intenção em
realidade. Sendo assim, faz-se necessário conhecer a realidade e este
conhecimento se dá pelo levantamento de dados da instituição e análise dos dados
no sentido de captar os problemas, os desafios, bem como os pontos de apoio para
o processo de mudança da realidade institucional.
Tendo em vista o exposto, O Colégio Estadual de Tanque Novo encontra-se
inserido nesse contexto educacional e atende uma clientela diversificada e
heterogênea.
Atualmente, a escola conta com trinta e cinco servidores municipais que
prestam serviços de apoio e trinta e dois professores estaduais. A equipe
administrativa é formada por cinco pessoas, sendo elas: um diretor, três vice-
diretoras e uma secretária.
O corpo docente da escola é formado por vinte e oito professores efetivos,
dois REDA e sete PSTs. Destes, trinta e cinco com formação acadêmica inicial e
continuada, uma sem graduação e dois em fase de graduação, sendo que a maioria
ingressou na unidade escolar por concurso público estadual. O acesso à formação
acadêmica se dá através de instituições públicas e privadas nas modalidades,
presencial e à distância.
A equipe auxiliar da ação educativa está distribuída nos cargos de auxiliares
de direção e secretaria, agente de portaria, bibliotecária, faxineiras, merendeiras,
copeiras, vigilantes e porteiros.
A escola funciona em três turnos, pelos quais estão distribuídas as 21 classes
do ensino Médio regular, 03 classes do Tempo Formativo II e 02 classes do Tempo
Formativo III e 02 classes do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica no
Anexo do Distrito de Murici.
Estão matriculados um total de 819 alunos, destes 238 alunos no turno
matutino, 265 alunos no turno vespertino, 316 alunos no noturno e 24 alunos nas
classes do ensino de Intermediação Tecnológica.
Os alunos são provenientes de todo o município: sede e zona rural, sendo
estes de classe social média, média baixa e baixa com uma diversidade familiar
muito grande. Existem pais que são analfabetos, outros com um grau de estudo e
conhecimento elevados. Contudo, pode-se dizer que a maioria está preocupada com
a formação de seus filhos e transmite-lhes sua cultura e formação religiosa,
incentivando os a atuarem de forma mais efetiva na comunidade.
15
Esta unidade escolar disponibiliza de internet para livre acesso de todos os
professores e um laboratório de informática, com 15 computadores, que ficam à
disposição dos alunos, sendo um grande passo, mas ainda insuficiente para suprir
toda a necessidade da escola. A escola ainda conta com o suporte de TVs pendrive
em todas as salas de aula, 2 DVDs, 2 retroprojetores e dois projetores multimídia.
Além dos recursos tecnológicos a escola dispõe de outros recursos materiais,
tais como: acervo bibliotecário, material cartográfico, móveis e livros didáticos
suficientes para dar maior sustentabilidade aos processos pedagógicos inerentes às
ações educativas.
Esta Unidade Escolar tem como entidade mantenedora o Governo Federal e
do Estado da Bahia com os seguintes recursos: FAED (Fundo de Assistência ao
Educando) destinados a manutenção, conservação, pequenos reparos, aquisição de
materiais de consumo e outros; PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola)
direcionados para compra de materiais de consumo e permanentes; PDE (Plano de
Desenvolvimento da Escola) destinados às ações educativas com materiais de
consumo e permanentes, e os recursos do PNAE (Plano Nacional de Alimentação
Escolar) para alimentação escolar. Além destes recursos a escola conta com a
parceria da Prefeitura Municipal que cede todo pessoal de apoio do qual essa
instituição necessita.
3.5. Gestão da Escola
A forma de provimento da direção vigente se fundamentou na lei de maio de
2002, na qual determina processo seletivo interno a ser realizado pela unidade
escolar. Em atendimento a esses requisitos, foi realizada a eleição para diretor e
vices, na qual foi eleito o candidato Vanderley Silva Souza como diretor desta
unidade escolar, também foi eleita a vice-diretora Lucélia Oliveira Carneiro, ficando
duas vagas sem preencher, foram nomeadas após uma eleição interna na escola:
As vice-diretoras Lucimária Regina Fernandes de Souza e Genúsia Guedes Lopes.
A atual gestão se caracteriza por ser democrática, atendendo assim aos anseios da
comunidade escolar. O atual diretor está sempre disposto a atender a solicitação de
professores e alunos.
16
A Unidade Escolar ainda não possui grêmio escolar nem associação de pais e
mestres; porém, conta com um colegiado escolar, que foi criado a partir de uma
assembléia realizada no dia sete de julho de 1997 às 9:00 h no pátio do Colégio
Estadual de Tanque Novo sob a direção da Srª. Elena Neves de Oliveira. Após a
eleição cujo resultado foi homologado e publicado no Diário Oficial dia 24/06/1997,
portaria nº 244/97, tomou posse e assumiu o mandato por dois anos os membros
eleitos.Também foi elaborado por esse conselho o Estatuto do Colegiado Escolar
que rege até os dias atuais. No presente está atuando o Conselho Escolar eleito no
dia 07 de dezembro de 2010, cujo resultado foi homologado e publicado no Diário
Oficial dia 29 e 30 de 2011, Port nº616/2011. No qual tomaram posse e assumiram o
mandato para o período de dois anos os seguintes membros: o diretor da Unidade
Escolar , Vanderley Silva Sousa; seguimento dos professores : Antônio Júnior
Barbosa dos Santos, Edilce Magalhães Silva Carneiro e Dinalva Malheiro Carneiro
Santos; suplentes: Ivanete Aparecida Cardoso, Pedro Costa dos Reis e Arlinda
Lessa da Silva Batista; seguimento dos funcionários, titulares:Vanúsia Gomes
Bonfim, Luzia Cardoso de Carvalho, Maria Lúcia M. Carneiro Azevedo, suplentes:
Odimon Gomes Carneiro, Neuseli Oliveira David, Maria da Glória Prates Fernandes;
seguimento dos pais, titulares: Edinalva Carneiro Flores, Isabel da Silva Moreira
Lopes ; Osvaldo Oliveira Azevedo : Jovino Gomes Carneiro, Edna Gordo Cardoso
Alves, José Silva Moço; seguimento alunos titulares : Jocasta Fernandes Sena,Kelly
Caroline Moreira Lopes, Alyson Mateus Magalhães ; suplentes: João Batista
Barbosa Azevedo, kaio José Gomes Santos e Orlando Cassimiro Rodrigues. Este
Colegiado está consciente do seu papel consultivo, fiscalizador e deliberativo e
sempre disposto a participar das assembleias realizadas pela Escola.
O gerenciamento de recursos materiais e financeiros aplica-se de forma
democrática e transparente pela gestão escolar e com participação fiscalizadora do
Conselho e da Comunidade Escolar a partir da publicação da prestação de contas
em reuniões e murais. Os recursos mantenedores da escola são provenientes de
recursos estaduais, como é o caso do FAED, de recursos federais como: PDE,
PDDE e PNAE e até municipais com financiamento de pessoal de apoio como
secretárias, merendeiras, porteiros, bibliotecários, guardas noturno, faxineiras entre
outros, a Escola também arrecada recursos através de aluguel da cantina e de
campanhas na escola e no comércio local; a aplicação desses recursos é feita de
acordo ás normas vigentes e das necessidades escolares e o demonstrativo da
17
aplicação financeira é feito através de notas fiscais, extratos bancários, contratos de
prestação de serviços, licitações e cotações de preços.
A Unidade Escolar oferece vagas no Ensino Médio na modalidade Formação
Geral (1º, 2º e 3º anos) e no Tempo Formativo: EJA e no Ensino Médio no Campo
com intermediação tecnológica. As vagas ofertadas em ambos foram suficientes
com a demanda, foram matriculados em 2011, 830 alunos no ensino médio e 101 na
Educação de Jovens e Adultos e no Ensino Médio no Campo com intermediação
tecnológica 35 alunos. A escola ainda tem capacidade de oferecer mais vagas em
todas as modalidades acima mencionadas.
A biblioteca, que conta com um acervo bibliográfico de 8.108 livros, 32 CDs,
169 DVDs, 390 Fitas de vídeo, funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno,
com três funcionárias distribuídas uma por turno, realizando a função de orientação
dos alunos visitantes e do controle de livros requisitados por alunos e professores.
A secretaria funciona com seis funcionárias, sendo uma secretária designada pelo
Estado, a professora Maria Lúcia Magalhães C. Azevedo, sendo as demais
funcionárias designadas pelo município. A secretaria conta com arquivos de
prontuários individuais de alunos e professores, livros de atas e registros, entre
outros, servindo de base de dados para matrículas, transferências de alunos,
certificados, históricos, preenchimento de boletins, fichas individuais, diários com
registros de faltas e notas, entre outros.
3.6. Organização da escola e do ensino
A Unidade Escolar é amparada pelo Estatuto da SEC e pelo Regimento Escolar
Unificado e reformulado de acordo com as Diretrizes técnico-pedagógicas
administrativas e disciplinares nos termos dos artigos 2º, 3º, 4º, 10º e 22º da Lei
9394/96 e do Art. 1º da Res. 127/97, e da legislação complementar pertinente,
definindo a estrutura e o funcionamento desta Unidade Escolar. O trabalho docente
pauta-se em planos anuais de trabalho, em propostas pedagógicas e projetos
elaborados na própria escola como também projetos advindos da Secretaria de
Educação, conforme consta em anexos.
A distribuição do espaço é feita de acordo com o número de alunos matriculados e
das necessidades de adequação do espaço existente com as necessidades
18
pedagógicas, contando com 08 turmas no matutino, 10 turmas no vespertino e 10
turmas no noturno. O Ensino Médio é distribuído nos três turnos, a Educação de
Jovens e Adultos (Tempo Formativo II, EIXO IV E V e Tempo Formativo III, EIXO VI),
no turno noturno, oferece ainda em parceria com o município, o Ensino Médio com
intermediação tecnológica com uma turma de primeira série no turno vespertino e
uma de terceira série no turno noturno, no distrito de Murici. O sistema de
recuperação acontece paralelamente a cada unidade e o aluno que não obtiver
aprovação será novamente submetido aos estudos de recuperação após o término
do ano letivo.
3.7. Relações entre a escola e a comunidade
A parceria entre escola e comunidade é indispensável para uma educação de
qualidade e, consequentemente, depende de uma boa relação entre familiares,
gestores, professores, funcionários e estudantes.
A gestão participativa abrange diferentes níveis e áreas da administração
escolar, dentre estes a atuação do Colegiado Escolar, já mencionada anteriormente.
Em relação aos espaços escolares, os mesmos são cedidos à comunidade
estudantil para a realização de torneios esportivos e gincanas. O espaço físico
também é utilizado pelo Pró-Jovem, um projeto do Governo Federal e projetos
esportivos com parceria municipal.
A Escola realiza bimestralmente reuniões de pais e mestres onde são
discutidos após realização de conselho de classe, a realidade educacional dos
alunos, acontecendo assim, uma maior integração entre pais e a escola.
A Unidade Escolar solicita eventualmente a participação de autoridades locais
que atuam como palestrantes em diferentes temáticas referenciadas nos temas
transversais e na necessidade do ambiente escolar, as mesmas são anteriormente
planejadas atendendo assim às propostas do PPP com a finalidade de atingir metas
pré-estabalecidas.
Cumprindo a Proposta da Secretaria da Educação e Cultura do Estado da
Bahia, que tem como objetivo valorizar as raízes da Cultura Baiana,a busca de
novos talentos,bem como,o desenvolvimento das artes no Currículo Escolar,a escola
realiza anualmente os projetos : TAL, FACE e AVE, os quais são distribuídos e
19
trabalhados nas diferentes áreas de ensino, contando com a participação de
representantes da DIREC,professores e alunos.
Na culminância dos projetos a escola se consolida como um ambiente
prazeroso e de entretenimento contribuindo para se tornar um espaço significativo,
contando com a participação de toda comunidade escolar.
Além desses projetos a escola se integra à comunidade em eventos como:
Festa da Padroeira, na qual alguns professores se comprometem pela
ornamentação de carros alegóricos decorados de acordo a temática proposta pela
comissão da festa religiosa; No mês de junho os alunos apresentam quadrilhas
temáticas na praça da cidade durante os festejos juninos que é a principal festa
popular do município; acontece também na escola o Dia da Integração, no qual os
alunos se deslocam do espaço escolar para uma comunidade local, onde acontecem
atividades culturais e torneio esportivo entre os alunos e com participação de atletas
da comunidade visitada.
4. Dados Quantitativos da U.E.
4.1. Indicadores de desempenho 2011
INDICE DE DESEMPENHO ESCOLAR - 2011U.E - Colégio Estadual de Tanque Novo Tel.: (77) 36951247DIRIGENTE - Vanderley Silva Souza Mun: Tanque Novo
TURNO MATUTINOSÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%
1ª 84 1 3 1 79 2 82 96% 2% 1% 81 100%2ª 76 0 0 2 67 7 76 88% 9% 3% 74 100%3ª 55 0 0 0 55 0 55 100% 0% 0% 55 100%
TOTAL 215 1 3 3 201 9 213 94% 4% 1% 210 100%TURNO VESPERTINO
SÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%1ª 108 2 4 8 89 9 106 84% 8% 8% 98 100%2ª 83 3 4 3 78 1 82 95% 1% 4% 79 100%3ª 93 1 0 4 90 0 94 96% 4% 90 100%
TOTAL 284 6 8 15 257 10 282 91% 4% 5% 267 100%TURNO - NOTURNO
SÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%TF II Eixo IV 19 2 1 14 6 0 20 30% 0% 70% 6 100%TF II Eixo V 38 4 3 15 23 1 39 59% 3% 38% 24 100%
TOTAL 57 6 4 29 29 1 59 49% 2% 49% 30 100%TURNO NOTURNO
SÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%1ª 54 0 1 23 26 4 53 49% 8% 43% 30 100%2ª 88 1 1 17 70 1 88 80% 1% 19% 71 100%3ª 68 1 0 10 59 0 69 86% 0% 14% 59 100%
TOTAL 210 2 2 50 155 5 210 74% 2% 24% 160 100%TURNO NOTURNO
20
INT. TECN. MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%1ª 20 0 0 4 16 0 20 80% 0% 20% 16 100%3ª 6 0 0 0 0 0 6 0% 0% 0% 0%
TOTAL 26 0 0 4 16 0 26 62% 0% 15% 16 77%TURNO - NOTURNO
SÉRIE MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%TF III Eixo VI 40 0 2 9 29 0 38 76% 0% 24% 29 100%
TOTAL 40 0 2 9 29 0 38 76% 0% 24% 29 100%TOTAL GERAL
MI ADM TRAN ABAN AP REP B.CALC %APRO %REP %ABAN M.F. TOTAL%T. GERAL 792 15 17 101 664 25 790 84% 3% 13% 689 100%
4.2. Análise dos resultados acadêmicos:
Após análise dos indicadores de desempenho do ano de 2011, no que se
refere ao índice de aprovação dos alunos do Ensino Médio, constatou-se que na 1.ª
série houve uma aprovação de 74%, na 2.ª série 79% e na 3.ª série 93%. Quanto ao
índice de reprovação, verifica-se que este foi maior nas turmas de 1.ª série do turno
vespertino e 1.ª série do turno noturno, ambas com 8%. Vale ressaltar que a
reprovação ocorre, sobretudo, nas disciplinas Matemática, Física e Literatura
Brasileira e Língua Portuguesa, consideradas disciplinas críticas.
No tocante ao índice de evasão, este constitui um grave problema na Unidade
Escolar, com 46% na Educação de Jovens e Adultos; 16% na 1.ª série equivalente
aos três turnos, sendo que 43% deste índice pertence ao 1º ano 19% na 2.ª série e
14% na 3.ª série e TF II Eixo IV 70%, TF II Eixo V 38% e TF III Eixo IV 24%.
Como os dados indicam, os baixos índices de aprovação se devem, em parte,
aos altos índices de reprovação, mas não deixam de ser influenciados também pela
evasão que, na verdade, acha-se associada à reprovação como uma das causas de
sua ocorrência. É, em boa parte por saber que será reprovado ou por já ter passado
por reprovações, que o aluno abandona. Assim, os alunos acabam perdendo a
motivação, devido às sucessivas reprovações e por conseqüência evadem.
Outra causa que se associa a este índice de abandono é que a maioria dos
estudantes jovens e adultos pertence a famílias de baixa renda, por isso procuram
complementar sua educação básica à mercê de muitas dificuldades como, por
exemplo, conciliar estudo e trabalho principalmente com relação aos estudantes do
turno noturno, devido a necessidade de se sustentar e/ou, de sustentar a família.
Somando a isso, as alunas que são mães geralmente não têm com quem deixar
seus filhos enquanto estudam, por isso acabam abandonando a escola.
Quanto ao desempenho dos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio,
apesar de ter um valor superior a média nacional, conforme tabela abaixo, ainda há
21
necessidade de um trabalho especifico por parte dos docentes voltado para este
tipo de avaliação.
Colégio Estadual de Tanque Novo REDE PÚBLICA NACIONAL
MÉDIA MÉDIA
512.41 511.21
4.3. Análise situacional da escola
4.3.1. Problemas detectados na escola:
1 Falta de interação entre pais/escola e escola/comunidade;
2 Alto índice de abandono no turno noturno;
3 Baixo nível de aprendizado nas disciplinas L.P.L.B, Matemática, Inglês, Química,
Biologia e Física;
4 Falta de coordenador pedagógico na U.E.;
5 Professores com dificuldade em trabalhar estratégias diferenciadas de ensino e
em desenvolver avaliação contínua do rendimento dos alunos;
6 Alunos com baixo nível de auto-estima e interesse pelos estudos;
7 Alunos com dificuldades de leitura, interpretação, raciocínio matemático e
cálculos;
8 Biblioteca pequena e ainda com acervo insuficiente para atender á demanda;
9 Ventiladores insuficientes nas salas de aulas;
10 Falta de um laboratório de Química, Física e Biologia, inclusive com espaço físico
apropriado;
11 Espaço e equipamentos adequados para aulas de educação física;
12 Carência de material esportivo;
13 Falta de material e instrumentos para o desempenho das aulas de artes e
projetos culturais da escola;
14 Atraso nas obras de recuperação e cobertura da quadra esportiva e da
construção das salas ambientes e banheiros do pavilhão I;
4.3.2. Problemas que devem ser atacados prioritariamente:
Atraso nas obras de recuperação e cobertura da quadra esportiva e da
22
construção das salas ambientes e banheiros do pavilhão I;
Falta de interação entre pais e comunidade escolar;
Alto índice de abandono nas turmas do noturno;
Baixo nível de aprendizado nas disciplinas LPLB, Matemática, Física e Inglês;
Alunos com dificuldades de leitura, interpretação, raciocínio matemático e
cálculos;
4.3.3. Principais atividades pedagógicas que a escola pretende realizar, com base
na análise efetuada:
Desenvolver projetos e eventos de integração entre comunidade e escola;
Desenvolver campanhas de incentivo ao estudo;
Desenvolver projetos interdisciplinares nas áreas críticas;
Fixar parcerias com empregadores e Órgãos municipais (Secretarias de Ação
Social e Educação)
Implantar oficinas profissionalizantes e cursos técnicos;
Buscar parcerias com a SEC para implantação de cursos técnicos
profissionalizantes;
Incentivar a capacitação dos professoras;
4.3.4. Da Avaliação:
A avaliação merece um destaque a parte, pois diz respeito a um processo mais
amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica,
assim como todos os sujeitos nele envolvidos. Portanto, deve estar claro para
aquele que avalia que ele também é parte integrante do processo avaliativo uma vez
que foi o responsável pela mediação no processo de ensino-aprendizagem. Logo,
quando se lança o olhar sobre si próprio, ao avaliar deve-se ter em mente o
processo como um todo.
Compreendemos que a avaliação deve permear todas as atividades da sala,
principalmente na relação professor/aluno e no tratamento dos conhecimentos
trabalhados neste espaço. Assim, a intervenção do professor ajuda a construir as
mediações necessárias para a construção do conhecimento.
4.3.5. Gestão da escola
23
A forma de provimento da direção vigente se fundamentou na lei de maio de
2002, na qual determina processo seletivo interno a ser realizado pela unidade
escolar. Em atendimento a esses requisitos, foi realizada a eleição para diretor e
vices, na qual foi eleito o candidato Vanderley Silva Souza como diretor desta
unidade escolar, também foi eleita a vice-diretora Lucélia Oliveira Carneiro, ficando
duas vagas sem preencher, foram nomeadas após uma eleição interna na escola:
As vice-diretoras Lucimária Regina Fernandes de Souza e Genúsia Guedes Lopes.
A atual gestão se caracteriza por ser democrática, atendendo assim aos anseios da
comunidade escolar. O atual diretor está sempre disposto a atender a solicitação de
professores e alunos.
A Unidade Escolar ainda não possui grêmio escolar nem associação de pais e
mestres; porém, conta com um colegiado escolar, que foi criado a partir de uma
assembléia realizada no dia sete de julho de 1997 às 9:00 h no pátio do Colégio
Estadual de Tanque Novo sob a direção da SR. Elena Neves de Oliveira. Após a
eleição cujo resultado foi homologado e publicado no Diário Oficial dia 24/06/1997,
portaria nº 244/97,tomou posse e assumiu o mandato por dois anos os membros
eleitos.Também foi elaborado por esse conselho o Estatuto do Colegiado Escolar
que rege até os dias atuais. No presente está atuando o Conselho Escolar eleito no
dia 07 de dezembro de 2010, cujo resultado foi homologado e publicado no Diário
Oficial dia 29 e 30 de 2011, Port nº616/2011. No qual tomaram posse e assumiram o
mandato para o período de dois anos os seguintes membros: o diretor da Unidade
Escolar , Vanderley Silva Sousa; seguimento dos professores : Antônio Júnior
Barbosa dos Santos, Edilce Magalhães Silva Carneiro e Dinalva Malheiro Carneiro
Santos; suplentes: Ivanete Aparecida Cardoso, Pedro Costa dos Reis e Arlinda
Lessa da Silva Batista; seguimento dos funcionários, titulares:Vanúsia Gomes
Bonfim, Luzia Cardoso de Carvalho, Maria Lúcia M. Carneiro Azevedo, suplentes:
Odimon Gomes Carneiro, Neuseli Oliveira David, Maria da Glória Prates Fernandes;
seguimento dos pais, titulares: Edinalva Carneiro Flores, Isabel da Silva Moreira
Lopes ; Osvaldo Oliveira Azevedo : Jovino Gomes Carneiro, Edna Gordo Cardoso
Alves, José Silva Moço; seguimento alunos titulares : Jocasta Fernandes Sena,Kelly
Caroline Moreira Lopes, Alyson Mateus Magalhães ; suplentes: João Batista
Barbosa Azevedo, kaio José Gomes Santos e Orlando Cassimiro Rodrigues. Este
Colegiado está, consciente do seu papel consultivo, fiscalizador e deliberativo e
sempre disposto a participar das assembleias realizadas pela Escola.
24
O gerenciamento de recursos materiais e financeiros aplica-se de forma
democrática e transparente pela gestão escolar e com participação fiscalizadora do
Conselho e da Comunidade Escolar a partir da publicação da prestação de contas
em reuniões e murais. Os recursos mantenedores da escola são provenientes de
recursos estaduais, como é o caso do FAED, de recursos federais como: PDE,
PDDE e PNAE e até municipais com financiamento de pessoal de apoio como
secretárias, merendeiras, porteiros, bibliotecários, guardas noturno, faxineiras entre
outros, a Escola também arrecada recursos através de aluguel da cantina e de
campanhas na escola e no comércio local; a aplicação desses recursos é feita de
acordo ás normas vigentes e das necessidades escolares e o demonstrativo da
aplicação financeira é feito através de notas fiscais, extratos bancários, contratos de
prestação de serviços, licitações e cotações de preços.
A Unidade Escolar oferece vagas no Ensino Médio na modalidade Formação
Geral (1º, 2º e 3º anos) e no Tempo Formativo: EJA e no Ensino Médio no Campo
com intermediação tecnológica. As vagas ofertadas em ambos foram suficientes
com a demanda, matriculando neste ano de 2011, 830 alunos no ensino médio e
101 na Educação de Jovens e Adultos e no Ensino Médio no Campo com
intermediação tecnológica 35 alunos. A escola ainda tem capacidade de oferecer
mais vagas em todas as modalidades acima mencionadas.
A biblioteca, que conta com um acervo bibliográfico de 8.108 livros, 32 CDs,
169 DVDs, 390 Fitas de vídeo, funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno,
com três funcionárias distribuídas uma por turno, realizando a função de orientação
dos alunos visitantes e do controle de livros requisitados por alunos e professores.
A secretaria funciona com seis funcionárias, sendo uma secretária designada
pelo Estado, a professora Maria Lúcia Magalhães C. Azevedo, sendo as demais
funcionárias designadas pelo município. A secretaria conta com arquivos de
prontuários individuais de alunos e professores, livros de atas e registros, entre
outros, servindo de base de dados para matrículas, transferências de alunos,
certificados, históricos, preenchimento de boletins, fichas individuais, diários com
registros de faltas e notas, entre outros.
4.3.6. Organização da Escola e do Ensino
A Unidade Escolar é amparada pelo Estatuto da SEC e pelo Regimento
Escolar Unificado e reformulado de acordo com as Diretrizes técnico-pedagógicas
25
administrativas e disciplinares nos termos dos artigos 2º, 3º, 4º, 10º e 22º da Lei
9394/96 e do Art. 1º da Res. 127/97, e da legislação complementar pertinente,
definindo a estrutura e o funcionamento desta Unidade Escolar. O trabalho docente
pauta-se em planos anuais de trabalho, em propostas pedagógicas e projetos
elaborados na própria escola como também projetos advindos da Secretaria de
Educação, conforme consta em anexos.
A distribuição do espaço é feita de acordo com o número de alunos
matriculados e das necessidades de adequação do espaço existente com as
necessidades pedagógicas, contando com 08 turmas no matutino, 10 turmas no
vespertino e 10 turmas no noturno. O Ensino Médio é distribuído nos três turnos, a
Educação de Jovens e Adultos (Tempo Formativo II, EIXO IV E V e Tempo
Formativo III, EIXO VI), no turno noturno, oferece ainda em parceria com o
município, o Ensino Médio com intermediação tecnológica com uma turma de
primeira série no turno vespertino e uma de terceira série no turno noturno, no
distrito de Murici. O sistema de recuperação acontece paralelamente a cada unidade
e o aluno que não obtiver aprovação será novamente submetido aos estudos de
recuperação após o término do ano letivo.
4.3.7. Relações entre a escola e a comunidade
A parceria entre escola e comunidade é indispensável para uma educação de
qualidade e, consequentemente, depende de uma boa relação entre
familiares,gestores,professores, funcionários e estudantes.
A gestão participativa abrange diferentes níveis e áreas da administração
escolar, dentre estes a atuação do Colegiado Escolar, já mensionado anteriormente.
Em relação aos espaços escolares, os mesmos são cedidos à comunidade
estudantil para a realização de torneios esportivos e gincanas. O espaço físico
também é utilizado pelo Pró-Jovem, um projeto do Governo Federal e projetos
esportivos com parceria municipal.
A Escola realiza bimestralmente reuniões de pais e mestres onde são
discutidos após realização de conselho de classe, a realidade educacional dos
alunos, acontecendo assim, uma maior integração entre pais e a escola.
A Unidade Escolar solicita eventualmente a participação de autoridades locais
que atuam como palestrantes em diferentes temáticas referenciadas nos temas
transversais e na necessidade do ambiente escolar, as mesmas são anteriormente
26
planejadas atendendo assim às propostas do PPP com a finalidade de atingir metas
pré-estabalecidas.
Cumprindo a Proposta da Secretaria da Educação e Cultura do Estado da
Bahia, que tem como objetivo valorizar as raízes da Cultura Baiana,a busca de
novos talentos,bem como,o desenvolvimento das artes no Currículo Escolar,a escola
realiza anualmente os projetos : TAL, FACE e AVE, os quais são distribuídos e
trabalhados nas diferentes áreas de ensino, contando com a participação de
representantes da DIREC,professores e alunos.
Na culminância dos projetos a escola se consolida como um ambiente
prazeroso e de entretenimento contribuindo para se tornar um espaço significativo,
contando com a participação de toda comunidade escolar.
Além desses projetos a escola se integra à comunidade em eventos como:
Festa da Padroeira, na qual alguns professores se comprometem pela
ornamentação de carros alegóricos decorados de acordo a temática proposta pela
comissão da festa religiosa; No mês de junho os alunos apresentam quadrilhas e
peças temáticas na praça da cidade durante os festejos juninos que é o evento
maior da cidade promovido pela Prefeitura e que conta com a participação com
apresentações de muitas escolas e artistas do município, conta com animação de
bandas e forrozeiros famosos e a presença de uma grande multidão local e de
cidades vizinhas. É um grande momento de confraternização e aproximação das
famílias e amigos, pois mesmo os que estão em outros estados não perdem as
festas juninas aqui em sua terra natal.
5. Fundamentação teórica e concepções pedagógicas
5.1. Função social da escola
5.1.1. O papel da educação na escola pública
A escola, enquanto instituição formativa deve decidir-se por seus rumos e
questionar constantemente sua função. Uma escola que não consegue se decidir
por um projeto educacional, caminha sem direção e tem poucas chances de
contribuir para a formação cidadã, atendendo aos anseios contemporâneos e ao
desenvolvimento pleno das atuais e futuras gerações.
27
A instituição escolar deve ofertar um modelo de educação que dê conta de
contribuir para a formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade,
através da construção, disseminação do conhecimento e (re)leitura de mundo, num
processo contínuo de aprendizado e envolvendo professores, alunos, funcionários e
toda a comunidade. Nesse sentido, as Orientações Curriculares do Ensino Médio
enfatiza que os objetivos da nova educação pretendida são certamente mais amplos
do que os do velho projeto pedagógico. Antes se desejava transmitir conhecimentos
disciplinares padronizados, na forma de informações e procedimentos estanques;
agora se deseja promover competências gerais, que articulem conhecimentos,
sejam estes disciplinares ou não. Essas competências dependem da compreensão
de processos e do desenvolvimento de linguagens, a cargo das disciplinas que, por
sua vez, devem ser tratadas como campos dinâmicos de conhecimento e de
interesses, e não como listas de saberes oficiais.
Segundo os PCNs ( 2000) a centralidade do conhecimento nos processos de
produção e organização da vida social rompe com o paradigma segundo o qual a
educação seria um instrumento de “conformação”do futuro profissional ao mundo do
trabalho. Disciplina, obediência, respeito restrito às regras estabelecidas, condições
até então necessárias para a inclusão social, via profissionalização, perdem a
relevância, face às novas exigências colocadas pelo desenvolvimento tecnológico e
social.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais ressalta ainda que a nova sociedade,
decorrente da revolução tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área
da informação, apresenta características possíveis de assegurar à educação uma
autonomia ainda não alcançada. Isto ocorre na medida em que o desenvolvimento
das competências cognitivas e culturais exigidas para o pleno desenvolvimento
humano passa a coincidir com o que se espera na esfera da produção.
Como destaca os PCNs é dever da educação escolar o respeito à
necessidade do desenvolvimento das competências básicas tanto para o exercício
da cidadania quanto para o desempenho de atividades profissionais. A garantia de
que todos desenvolvam e ampliem suas capacidades é indispensável para se
combater a dualização da sociedade, que gera desigualdades cada vez maiores.
São muitas as competências que devem ser desenvolvidas pela escola: a
capacidade de abstração, do desenvolvimento do pensamento sistêmico, da
criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar múltiplas alternativas para a
solução de um problema, ou seja, do desenvolvimento do pensamento divergente,
28
da capacidade de trabalhar em equipe, da disposição para procurar e aceitar
críticas, da disposição para o risco, do desenvolvimento do pensamento crítico, do
saber comunicar-se, da capacidade de buscar conhecimento.
A educação deve possibilitar a construção de uma sociedade justa, igualitária,
vivenciadora de valores e conhecimentos socialmente úteis, almejando o
desenvolvimento integral do ser humano, sujeitos do contexto social e capazes de
transformar o ambiente em que vivem. Tendo em vista a perspectiva é de uma
aprendizagem permanente, de uma formação continuada, considerando como
elemento central dessa formação a construção da cidadania em função dos
processos sociais que se modificam.
Enfim, a escola pública tem por finalidade proporcionar ao aluno a oferta de
uma formação geral de qualidade habilitando-o para uma atuação competente no
mundo do trabalho e o exercício da cidadania, no sentido de contribuir para a
construção de uma sociedade norteada pelos princípios de liberdade e pelos ideais
de solidariedade humana.
5.1.2. O perfil do cidadão a ser formado (nosso aluno)
“É preciso pensar sobre quem é o jovem da Escola
de Ensino Médio e quais são os seus sonhos ...”
O Colégio Estadual de Tanque Novo acredita que a formação do aluno deve
ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação
científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de
atuação.
O que propomos a oferecer ao aluno no nível do Ensino Médio, a formação
geral é buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender,
criar, formular, ao invés do simples exercício de memorização.
Para tudo isso, estamos levando em consideração os princípios gerais que
orientam a reformulação curricular do Ensino Médio e que se expressam na nova Lei
de Diretrizes e Bases da Educação. Não podemos também deixar de levar em conta
as mudanças estruturais que alteram a produção e a própria organização da
29
sociedade que identificamos como fator econômico, não é mesmo importante
conhecer e analisar em que se desenvolve o sistema educacional do país.
Na nossa escola, não diferente do contexto nacional, é possível observar que
parte dos grupos sociais até então excluídos tenha tido oportunidade de continuar os
estudos em função do término do Ensino Fundamental, ou que esse mesmo grupo
esteja retornando à escola, dada a compreensão sobre a importância da
escolaridade, em função das novas exigências do mundo do trabalho.
Tendo em vista essa preocupação, trabalhamos norteados por estes dois
fatores: as mudanças estruturais que decorrem da chamada “revolução do
conhecimento”, alternando o modo de organização do trabalho e as relações sociais;
e a expansão crescente da rede pública, que deverá atender a padrões de qualidade
que se fundem com as exigências desta sociedade.
Todas as referências do novo Ensino Médio instituídas nas legislações atuais
se alicerçam na importância do estudo das ciências, enquanto conhecimentos
estruturantes construídos pela humanidade no decurso da sua história, que,
organizados e sistematizados, se constituem objetos de estudo das gerações. No
entanto, para que esses conhecimentos se transformem em aprendizagens, é
fundamental que se aliem teoria e prática. Significa dizer que não basta a
aprendizagem conceitual, é preciso que as concepções possam ser
contextualizadas de modo a se tornarem compreensivas, tanto em relação às
técnicas operacionais como em relação ao domínio de habilidades requeridas para a
vida.Por essa razão, com o intuito de manter o cidadão inserido no mundo do
trabalho, buscamos estar em consonância com o que a legislação educacional
brasileira quando ela determina que os currículos escolares articulem princípios
pedagógicos capazes de promover a complementaridade entre as necessidades de
prosseguimento dos estudos com a preparação para o trabalho e com o exercício da
cidadania.
O contexto da sociedade tecnológica e o novo ambiente produtivo vêm
exigindo uma formação que inclua flexibilidade educacional, criatividade, autonomia
de decisões, capacidade de trabalhar em equipe, autonomia intelectual e
pensamento crítico, com destaque para valores e para a formação cultural do
estudante, já que acreditamos que a função primordial do processo educativo é
educar as gerações para que se realize, além da escolarização, uma formação em
que os valores humanos e éticos se constituam referências básicas no ato de
ensinar. Portanto, não basta ensinar, é importante que as pessoas sejam ou se
30
tornem partícipes da construção de um mundo melhor – e é esse o perfil do aluno
que queremos formar dia após dia na nossa Escola.
5.2. Expectativas educacionais:
O Projeto Político Pedagógico não se reduz apenas a um encaminhamento
formal da escola, mas, pretende compreender, refletir e atuar na comunidade
considerando a realidade sócio-histórica em sua amplitude como também aquela em
que a escola está inserida, considerando sua localização em um contexto amplo que
a influencia e é influenciada.
Por se tratar de anseios e expectativas educacionais referentes a toda
comunidade, o processo de reelaboração do PPP para 2012/13, aconteceu através
de reuniões coletivas nas quais as discussões giraram em torno do desenvolvimento
humano e da aprendizagem dos educandos, conforme dados analísados
anteriormente.
É imprescindível redefinir com clareza o papel da escola, considerando a
diversidade cultural no que se referem os conteúdos estruturantes, básicos e
específicos de cada disciplina, como também as diferenças sociais presentes no
tecido social, buscando o saber popular ao saber científico, mediados pela
experiência de mundo visando à apreensão do conhecimento sistematizado.
É sabido que buscar qualidade na educação é atender necessidades
presentes e futuras dos alunos. Daí a necessidade em trabalhar por melhorias
contínuas em todas as facetas relacionadas com o ensino, avaliando o que foi
realizado, estabelecendo novos objetivos e enfrentando os desafios com serenidade
e perseverança.
Somos todos agentes transformadores da realidade e, desta forma, a gestão
escolar deve ser participativa, centrada no trabalho coletivo e na dinâmica das
relações entre comunidade escolar interna e externa.
Ideais compartilhados e ações conjuntas levam às realizações que
proporcionam satisfação por constatar que a luta compensa e fortalece.
Portanto, as formas colegiadas de participação devem ser organizadas, pelo
coletivo da escola com representatividade necessária à tomada de decisões
31
democráticas, porém assegurando a direção estabelecida no Projeto Político
Pedagógico construído coletivamente como instrumento condutor da política
educacional proposta pela escola assegurando a qualidade do ensino e da
educação e a formação da cidadania, passaporte indispensável à participação na
ampla sociedade que todos os alunos buscam adquirir na escola.
A educação está inserida em todo processo social que se efetiva e que
envolve o homem. Dessa forma, faz-se necessário que os educadores tenham
consciência de que ensinar já não significa repassar ou transferir saber, é
necessário motivar o processo emancipatório com base no saber crítico, criativo,
atualizado e competente. Por esse motivo, o CETN valoriza e incentiva a realização
de atividades que contribuam para a promoção da aprendizagem através do trabalho
em grupo, que contemplem as diferenças de interesses, de tempos, sanando a
curiosidade e as dúvidas, permitindo que diferentes áreas atuem em um mesmo
projeto, coordenando diversos conhecimentos sobre os mesmos fatos,
acontecimentos, situações, problemas e soluções.
O Colégio Estadual de Tanque Novo – CETN – ao desenvolver seu trabalho
pedagógico – deverá observar alguns princípios norteadores que levem em conta a
dimensão do sujeito em formação. Para tanto, há que considerar os seguintes
valores:
Qualidade – É um dos nossos elementos do processo ensino-aprendizagem.
Buscamos o desenvolvimento, a formação integral do educando e a melhoria da
prática pedagógica pelos diversos meios e métodos de ensino com ações que
efetivem o aprendizado;
Compromisso – Buscamos assegurar as expectativas e anseios da comunidade
quanto à formação educativa, visando assegurar um padrão de qualidade de
ensino/aprendizagem e desenvolvimento pessoal e coletivo de seus membros;
Participação – Trabalhamos em equipe com forte senso de comprometimento e
solidariedade;
Cidadania – Buscamos formar nosso educando como cidadão para se tornar agente
transformador da sociedade;
Ética – Trabalhamos como elevado senso de compromisso, seriedade e respeito em
nossas ações.
Somos uma escola que tem grande orgulho e compromisso pelo trabalho que
desenvolve, cujo objetivo principal é o de oferecer um ensino de qualidade para que
32
o aluno tenha atuação crítica e participativa na sociedade, motivado pelos mais altos
ideais de altruísmo e solidariedade ao próximo.
5.3. Eixos norteadores:
5.3.1. Concepção de aprendizagem
A aprendizagem pode ser entendida como processo de desenvolvimento da
aptidão física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à
sua melhor integração individual e social. Transpor o senso comum à consciência
filosófica denota passar de uma concepção fragmentária, incoerente e desarticulada
a uma concepção unitária, coerente e ativa. Portanto, senso comum e consciência
filosófica foram caracterizados por conceitos mutuamente contrapostos, de modo
que seja capaz de dispor os seguintes pares antinômicos: fragmentário e unitário;
incoerente e coerente; desarticulado e articulado; implícito e explícito; degradado e
original; mecânico e intencional; passivo e ativo; simplista e cultivado. (SAVIANI,
1986, p. 10).
Para que a construção de uma nova proposta pedagógica nas instituições de
ensino seja uma realidade fica claro a necessidade do comprometimento de todos
aqueles que estão ligados ao processo de ensino-aprendizagem, a fim de garantir a
formação do aluno de modo a contribuir para a sua transformação como ser
humano.
A atuação do professor em relação à aprendizagem pode ser resumida em
três competências básicas: planejar a aprendizagem, facilitar a aprendizagem e
avaliar a aprendizagem.
O processo ensino-aprendizagem possui um caráter dinâmico que exige de
todos os profissionais do ensino ações direcionadas ao aprofundamento e a
ampliação dos significados para os alunos, baseadas na visão participativa nas
atividades de ensino-aprendizagem.
Nesse contexto o ensino pode ser entendido como um conjunto de atividades
com característica sistêmica, cuidadosamente planejada, em torno de conteúdos e
formas que se articulam entre si e, nas quais professores e alunos compartilham
33
fragmentos cada vez maiores de significados com relação ao papel exercido pela
escola.
É incontestável a importância da intervenção e mediação do professor no
conjunto dos papéis relativos ao ensino-aprendizagem, agregando um processo de
avaliação que possibilite os alunos realizar e resolver problemas, criando condições
para desenvolverem competências e conhecimentos.
A avaliação deve ser entendida enquanto processo, não devendo ser
baseada em um único instrumento, nem circunscrito a um único momento, pois
somente uma ampla multiplicidade de recursos de avaliação poderá apontar
caminhos adequados para a manifestação de múltiplas inteligências, fornecendo
condições para que o professor possa analisar e tomar as decisões e providências
mais apropriadas a cada um dos alunos.
Desta forma, a investigação, a autocorreção e a metacognição (qual o
objetivo da busca do conhecimento) devem estar presentes no dia a dia do
professor.
Essa nova postura avaliativa passa a não unicamente do professor, mas a
todos os envolvidos no processo, motivando-os a descobrir e a percorrer os
procedimentos do pensar e os caminhos do conhecimento.
A avaliação é um processo que deve ser construído na sala de aula, pois ela
deve ser diagnóstica, formativa, emancipadora, ela deverá necessariamente
contribuir para o desenvolvimento do aluno, não se limitando apenas como
instrumento para formalizar e legitimar uma nota classificatória.
Os eixos que fundamentam nossa proposta, estão centrados no homem que
queremos construir para e na sociedade e na concepção de aprendizagem que este
homem necessita para interagir.
Assim, a Proposta Curricular do Colégio Estadual de Tanque Novo entende o
ser humano como social e histórico. E é somente com a conquista da dialética que o
homem será sujeito de sua própria história. Acreditamos que o conhecimento seja
um bem comum e, portanto, não há razões para não socializá-lo.
Como propomos uma construção entre a relação do homem e aprendizagem
não poderíamos deixar de levar em conta o conhecimento e experiências que
nossos jovens trazem do seu meio social. Devemos sim, interagir com estes
saberes, provocando, para que estes sejam pontos de partida de outras
construções; garantindo a apropriação do conhecimento científico e das artes.
Aprendizagem do conhecimento das ciências e das artes que estabeleçam como
34
uma iniciativa ao entendimento para um pensamento mais complexo que se
elaboram nas sociedades. E que estes pensamentos possibilitem a reestruturação
do poder dominante, onde, em iguais condições possamos participar de uma real
socialização do poder via o conhecimento.
É importante garantir a todas as camadas o igual conhecimento para que
todos tenham a possibilidade de se tornarem autônomos. Para que isto ocorra, é
preciso que a escola promova a riqueza intelectual para que esta sustente e
possibilite uma maior divisão igualitária de riqueza material na sociedade. Para
tanto, é preciso construir cada vez mais pesquisadores. Pesquisadores no sentido
de perguntar, questionar, interagir com o conhecimento e com a forma de pensar
cientificamente, com o propósito de que se compreenda melhor este raciocínio.
Assim, a socialização do conhecimento implica numa visão universal do
mesmo, provocando a cada momento a dialógica do pensar que passa do individual
para o universal do ser humano. Neste sentido a proposta curricular dc Colégio
Estadual de Tanque Novo tem por concepção pedagógica o homem histórico-social,
também chamada de sócio-interacionismo. Tal concepção fundamenta-se nas
relações de alguém que transforma e é transformado na sociedade. Para tanto,
VYGOTSKY concebe o sócio-interacionismo como: inspirado nos princípios do
materialismo dialético considera o desenvolvimento da complexidade da estrutura
humana como um processo de apropriação pelo homem da experiência histórica e
cultural. Segundo ele, organismo e meio exercem influência recíproca, portanto, o
biológico e o social não estão dissociados. Nesta perspectiva, a premissa é de que o
homem constitui-se como tal através de sua interações sociais, sendo visto como
alguém que transforma e é transformado nas relações produzidas em uma
determinada cultura.
É necessário ressaltar que na abordagem Vygotskiana, o que ocorre não é
um somatório entre fatores inatos e adquiridos, e sim uma interação dialética que se
dá desde o nascimento entre o ser humano e o meio social e cultural que se insere.
É possível constatar que o ponto de vista de Vygotsky é que o desenvolvimento
humano é compreendido não como a decorrência de fatores isolados que
amadurecem, nem tampouco de fatores ambientais que agem sobre o organismo
controlando seu comportamento, mas sim através de trocas recíprocas, que se
estabelecem durante toda a vida, indivíduos e meio, cada aspecto influindo sobre o
outro. “Na ausência do outro, o homem não se constrói homem”. (Vygotsky)
35
5.3.2. Parâmetros indispensáveis no processo ensino aprendizagem:
É impossível enumerar todos os tipos de níveis de planejamento
necessários à atividade humana. Sobretudo porque, sendo a pessoa
humana condenada, por sua racionalidade, a realizar algum tipo de
planejamento, está sempre ensaiando processos de transformar
suas idéias em realidade. Embora não o faça de maneira consciente
e eficaz, a pessoa htfmana possui uma estrutura básica que a leva a
divisar o futuro, a analisar a realidade, a propor aç6es e atitudes
para transformá-la. (Gandin, 2001).
Planejamento – o ato de planejar faz parte do ser humano, nas várias
instâncias da vida, seja pessoal ou profissional, pois construímos objetivos em nossa
vida e somos impulsionados a concretizá-los. Assim, sempre estamos enfrentando
desafios e situações que necessitam de planejamento.
O planejamento de ensino, de acordo com Libâneo (2001), consiste na
previsão da ação a ser realizada, partindo das necessidades, estabelecendo
objetivos, procedimentos e recursos a serem empregados, tempo de execução e
formas de avaliação, sempre voltados para uma leitura crítica da realidade. O
processo consiste em uma reflexão, antes de partir para a prática e, segundo
Vasconsellos (2000, p. 79), “planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser
realizada e agir de acordo com o previsto, a fim de prever e programar as ações e os
resultados desejados, que é o caminho fundamental para a tomada de decisões.
O planejamento envolve organização das atividades, que permite o
direcionamento do docente, levando-o a um processo reflexivo de intervenção na
realidade.
Ao planejar, devemos considerar:
A realidade do aluno e o contexto em que está inserido: quem ~ nosso aluno,
de onde vem, como é a sua vida, qual o acesso que tem s determinados
bens culturais (como livros, por exemplo);
As condições maturacionais, faixa etária, desenvolvimento e prérequisitos dos
alunos: planejar para quais alunos?
A escola e suas condições reais: materiais didáticos, quadra esportiva,
recursos didáticos (livros, jornais, revistas, vídeos, dvd, televisor etc.), acesso
à internet, dentre outros;
36
Conforme Menegnolla (2001), o processo de planejamento educacional está
organizado e se desenvolve em vários níveis. Para Bordenave e Pereira (2002, p.
73), o planejamento se traduz em um “documento de execução chamado plano”, que
conforme o grau dê detalhe em relação ao nível, poderá receber diversas
denominações.
De acordo com Libâneo (2004), os planos de ensino devem apresentar
algumas características como: ordem sequencial, objetividade, coerência e
flexibilidade. Os planos não devem ser rígidos, precisam estar sempre em
movimento e em constantes revisões, ofertando modificações frente às condições
reais. Alguns conteúdos necessitam de mais tempo, outros menos; alguns
possibilitam um trabalho interdisciplinar que não havia sido previsto; outros foram
afetados pelas dispensas ou foram comprometidos pelas ações que envolvem
tempo e calendário escolar etc.
A objetividade é a correspondência do plano às condições da realidade a qual
será aplicada. E a adequação do plano ao tempo, aos recursos, aos pré-requisitos e
às necessidades dos alunos. Entendemos que de nada adianta planejar sem
condições para efetivação do plano.
A coerência é a articulação entre os elementos do plano (objetivos,
conteúdos, estratégias, recursos e avaliação) e entre as idéias e a prática. É
importante haver correlação entre os componentes do plano.
A flexibilidade é a reorganização do plano. Um plano precisa possibilitar
ajustes a novas situações ou situações não previstas.
O plano necessita, ainda, de clareza. Precisa ser escrito em linguagem
simples e clara, que permita seu entendimento por todos. Não pode dar margem à
dupla interpretação e não deve ser inócuas.
A elaboração do planejamento é um processo de construção do
conhecimento e de acordo com Vasconcelos (2000), pode ser compreendido em
etapas, sendo que a análise da realidade ocorre em busca de informações sobre a
realidade em que vai acontecer a ação pedagógica, sendo que esta realidade
envolve os conhecimentos dos sujeitos: professor e alunos.
A segunda etapa, que corresponde á definição de objetivos de ensino,
compreende a dimensão relativa aos fins da educação, expressa a intencionalidade
e o desejo do grupo na construção de competências e habilidades que possam
funcionar como ferramentas para o pleno exercício da cidadania. Segundo
Vasconcelos (2000, p. 112):
37
Estabelecer objetivos é ter a habilidade de dialogar, de perscrutar o mundo,
descobrir-lhe o sentido e devolver à comunidade orgânica, como um convite, um
desafio.
Dessa forma, os objetivos de ensino surgem através da análise da realidade,
verificando suas necessidades e possibilidades e podem ser classificados em:
Objetivos gerais: previstos para um determinado grau ou ciclo, para uma
escola ou certa área de estudos;
Objetivos específicos: aqueles definidos especificamente para uma disciplina,
uma unidade de ensino ou uma aula.
Em um próximo momento, ocorre a seleção dos conteúdos a serem desenvolvidos
em função de prioridades postas pelas condições concretas e compatibilização com
os recursos disponíveis.
A metodologia – corresponde ao encaminhamento da intervenção na
realidade, ou seja, a explicitação do caminho que, se pretende seguir no
desenvolvimento do conteúdo, deve ser voltada para a construção e não para a
transmissão de conteúdos problematizados a partir da prática social dos alunos,
tornando a sala de aula um espaço de investigação. Compreende, portanto, o
caminho para atingir um objetivo, que ocorre através de uma sequência de ações
planejadas.
O professor deve prever os recursos de ensino que consistem nos meios
viabilizadores dos métodos e das técnicas de ensino aprendizagem dispondo de
recursos humanos, materiais ou financeiros.
No processo de planejamento, encontramos a avaliação dos processos de
ensino e aprendizagem, tendo em vista a análise crítica e profunda do trabalho
realizado e a reordenação de novos direcionamentos.
Por fim, salientamos que o plano também precisa conter em sua estrutura, os
dados de identificação elementos que possibilitam identificar e caracterizar escola e
a turma: nome da escola, turma, série, professor e ano — e o cronograma, que
consiste na previsão do tempo a ser desenvolvido na ação pedagógica.
Projetos de Ensino – Para Barbosa (2002), o trabalho com projetos é
atualmente muito veiculado no cenário pedagógico, porém sua ideia não é tão nova
assim. O trabalho com projetos surgiu na Escola Nova, a partir dos pressupostos
teóricos de John Dewey e permite aprendizagem significativa, construção da
autonomia e espírito de solidariedade, sendo um caminho ideal para a
interdisciplinaridade.
38
Concordamos com Hernández (1998) e Freire (1998) quando colocam sobre
a participação ativa do aluno no projeto, que aprende tomando atitudes diante dos
fatos, investigando, construindo novos conceitos e selecionando os procedimentos
apropriados quando diante da necessidade de resolver problemas.
O que se pretende com a aplicação dessa metodologia globalizadora, através
da Pedagogia de Projetos, é que os alunos, consigam aprender a organizar seus
próprios conhecimentos e a estabelecer relações entre fatos de diferentes áreas na
organização dos saberes, utilizando, para isso, seus novos conhecimentos, para
poderem enfrentar os novos problemas que surgirem, e assim, atuarem no mundo
com competência.
Por isso, não podemos conceber a idéia de que trabalhar com projetos
significa apenas promover atividades integradoras nas datas comemorativas ou
eventos escolares em que haja uma mobilização da comunidade escola. Ou ainda,
pensarmos os projetos como sendo planejados pelos professores ou direção, para
serem simplesmente praticados pelos alunos. Permanecer nesta concepção, além
de reduzir a real conceito da Pedagogia de Projetos, acaba levando a escola ao
tradicional - os gestores educacionais pensam alunos simplesmente executam, sem
participarem dos momentos de reflexão na elaboração desses projetos, a partir de
situações-problema ou curiosidades, cujo projetos, construídos em conjunto com os
alunos, serviriam para conduzir a um saber crítico e significativo.
Para Kilpatrick (1974), o trabalho com projetos é uma experiência valiosa,
unitária, intencional, intensamente auto-motivada e realizada em situação real, cujo
objetivo determina os rumos das atividades e guia os seus passos até sua completa
realizção. O autor ainda esclarece que só uma atividade aceita e projetada pelos
alunos pode fazer da vida escolar uma vida que eles sintam que vale a pena viver.
O projeto, segundo Vasconcelos (2000), é apresentado em etapas:
Tema: a temática a ser investigada deve partir dos alunos, pautando em dois
critérios básicos: grau de relevância do problema em termos de potencial de
aprendizagem e o nível de significação para os alunos, ou seja, a vinculação
com as necessidades e reapresentações prévias dos alunos.
Metodologia: deve prever a constituição dos grupos de trabalho, embora o
projeto possa ser individual; o planejamento de trabalho pelo grupo, ou seja,
definição do problema a ser estudado e das suas finalidades, previsão do
tempo, distribuição das tarefas no grupo; o trabalho de campo, que é o
momento em que o grupo verifica em campo como se dão as questões
39
teóricas; a pesquisa, que é o núcleo do trabalho e onde ocorre a busca da
fundamentação teórica acerca da temática desenvolvida; produção de
registros do trabalho, com vistas a apresentação; e o momento de
culminância onde ocorre a apresentação do que foi produzido, do saber
construído no decorrer do projeto; e, por último, a globalização que consiste
na busca de uma síntese geral sobre o tema-problema.
Avaliação: reflexão sobre o trabalho no grupo, análise crítica das
apresentações, definição de elementos para continuidade do trabalho.
Recursos: levar em conta os recursos da escola, da comunidade e dos
próprios alunos.
Registro: poderá ser realizado individualmente ou através de uma produção
coletiva de texto. A análise poderá auxiliar na retomada de alguns conteúdos.
5.4. Concepções filosóficas:
5.4.1. De mundo
Ao interagir com diferentes sociedades particulares o indivíduo é "disputado" por diferentes concepções de mundo.
A diversidade de doutrinas compreensivas, religiosas, filosóficas e morais, que encontramos nas sociedades democráticas modernas, não constituem uma mera situação histórica que repentinamente poderá terminar; é uma característica permanente da cultura pública da democracia. (Liberalismo Político, p.57)
Nesse sentido, a escola é um dos espaços capaz de unir diferentes concepções de mundo, possibilitando o diálogo entre distintas percepções.
5.4.2. De sociedade
40
A sociedade pode ser vista como um grupo de pessoas com semelhanças étnicas, culturais, políticas e/ou religiosas ou mesmo pessoas com um objetivo comum por isso precisamos construir uma sociedade libertadora, crítica-reflexiva, igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre as pessoas, caracterizadas pela integração de diversas culturas em que cada cidadão constrói a sua existência e a do coletivo.
Para Calado,
“O elemento “sociedade” desponta em vários dos escritos freirianos como um espaço fortemente condicionante da ação humana, mas nunca determinante, por si só, do destino humano. Nos momentos mais desafiadores da trajetória humana. Sempre irrompe o “inédito viável” como uma luz no fim do túnel, provocando, convocando os humanos, com o sopro da Liberdade, a não sucumbirem à tentação de quaisquer determinismos. (2001)”
Portanto, a escola tem como papel fundamental a conscientização do homem para o exercício perfeito da cidadania e qualificação profissional. Não se pode utilizá-la de maneira particularista, pois a mesma é um objeto de transformação social de extrema importância para o processo de redirecionamento de projetos educativos que se aproximam da nossa realidade.
5.4.3. De homem:
O homem se distingue de todos os outros seres da natureza em virtude do
predicado da racionalidade: ele é um "animal racional", e dotado de uma consciência
moral, que o faz distinguir entre certo ou errado, justo ou injusto, bom ou ruim,com
isso é capaz de avaliar suas ações e torna-las um dever ou uma obrigatoriedade
que rege a conduta humana.
Segundo Michele, ética define-se como um conjunto de regras, princípios ou
maneiras de pensar que guiam ou argumentam sobre como nos devemos agir,
41
buscando uma reflexão que discute, problematiza e interpreta o significado dos
valores morais.
Pensando na visão de homem e seus valores éticos, é possível entender o homem na atualidade como um ser competitivo e individualista, que busca seu bem próprio, acima de tudo. No entanto, é preciso uma visão humana voltada para o social, que o faz refletir sobre as questões que envolvem a busca de alternativas para superação dos problemas da realidade.
5.4.4. De educação:
Educação engloba ensinar e aprender. Consiste em transmitir o conhecimento crítico, bom julgamento e sabedoria. Tendo como objetivos fundamentais a passagem da cultura de geração para geração para que haja produção e apropriação de informações, possibilitando assim, que o cidadão torne-se um agente critico para que exerça a sua cidadania refletindo sobre as questões sociais, buscando alternativas de superação da realidade.
A este respeito, segundo Perrenoud:
A Escola deve oferecer situações escolares que favorecem a formação de esquemas de ações e de interações relativamente estáveis e que, por um lado, possam ser transpostas para outras situações comparáveis, fora da escola ou após a escolaridade (1995, p.32)
Para Isabel Alarcão (2001), o professor reflexivo é aquele que pensa, e a
escola reflexiva é uma instituição que pensa e que é capaz de avaliar a si própria,
interagindo com a comunidade. É aquela que se abre para as mudanças, envolve
com a tecnologia e flexibiliza-se diante das transformações. Não é uma escola
pronta. É uma escola que continuadamente reflete sobre si mesma no presente para
SER no futuro.
5.5. Trabalho pedagógico do CETN:
42
Nossa missão é assegurar um ensino de qualidade, contribuindo na formação
de cidadãos críticos, reflexivos e conscientes de seu papel na sociedade, através da
construção e disseminação do conhecimento, num processo continuo de
aprendizado, envolvendo direção professores, alunos e comunidade.
Nossa visão é ser reconhecido pela comunidade como centro de referencia
em educação, visando a formação de cidadãos participativos, críticos num ambiente
democrático.
Nossos valores podem ser subdivididos da seguinte maneira:
Respeito ao ser humano (atuaremos sempre de forma a respeitar as
diferenças individuais e a diversidade cultural);
Profissionalismo: (buscaremos sempre os recursos necessários para
obtermos o melhor de nós mesmos e assegurar os mais elevados e
inovadores padrões educacionais.)
Espírito de equipe: (reconheceremos sempre a interdependência de todos os
nossos profissionais, valorizando a colaboração e a construção coletiva.)
Ética e responsabilidade: (seremos sempre uma escola honesta,
comprometida em agir de forma digna e coerente com os nossos valores).
O homem atual é constituído sob os aspectos da construção do saber, das
oportunidades de expressão e das normas de convívio social. Cabe encaixar nesse
contexto os aspectos pedagógicos, psicológicos, filosóficos e sociais que se
traduzem em um conjunto.
A visão de mundo, de sociedade e de homem que norteia as concepções
como verdadeiros lemes transcende o próprio discurso, por isso a necessidade da
revisão dos paradigmas educacionais, em consequência da rapidez com que o novo
conhecimento chega ao homem.
Ao observar as profundas transformações sociais por que passa a
humanidade, o Colégio Estadual de Tanque Novo está desenvolvendo uma proposta
político-pedagógica capaz de responder às necessidades educacionais frente aos
problemas contemporâneos. A preocupação é, sobretudo, com um novo homem
mais solidário, critico, emancipado: sujeito da sua própria história.
Para tanto, é preciso modificar nossa consciência ingênua e muitas vezes
acrítica, e passarmos a ter competência técnica e política para redirecionarmos o
processo educativo, na busca do conhecimento do homem, construindo assim, uma
sociedade mais justa e igualitária capaz de proporcionar a todos os seres humanos
as mesmas oportunidades.
43
Partimos então, da concepção do ser humano como sujeito ativo e
participativo no seu processo de formação social, e que se apropria de informações
a partir de sua compreensão, interpretação e organização.
A construção do conhecimento se dá num processo de parceria, onde alunos
e professores trabalham juntos, construindo a educação dos sonhos. A partir de
então, a escola deve preparar o individuo para que se aproprie de instrumentos
básicos para a construção e conquista de espaço de atuação e participação no maio
social. No ato dessa conquista o aluno tem em desenvolvimento a sua capacidade,
onde poderá ser utilizado pelo mesmo como ferramenta na melhoria de suas
condições sociais, resultando no exercício pleno de sua cidadania através de
diferentes papéis e em diversos modos de relação com o saber
5.5.1. Projetos da escola
Os projetos a serem desenvolvidos no Colégio Estadual de Tanque Novo,
durante o ano letivo de 2012/13, visam, além da intervenção pedagógica no
acompanhamento e estímulo aos conteúdos curriculares de aprendizagem, um
processo interdisciplinar nas ações pedagógicas que perpasse as fronteiras físicas
da escola e garanta o envolvimento da comunidade, tornando, assim, mais suave e
significativo nosso percurso ao alcance de nossas prioridades na ressignificação da
aprendizagem, superando os seguintes desafios:
- reduzir a evasão e repetência;
- melhorar a frequência;
- garantir a qualidade de ensino e o nível de aprendizagem dos alunos;
- promover a integração escola e comunidade;
- desenvolver no aluno o espírito de cidadania e talentos artístico e esportivo;
- promover o senso de solidariedade e fraternidade;
- resgatar os valores históricos e culturais do município e estimular o raciocínio
lógico matemático;
- desenvolver as competências textuais necessárias à leitura, interpretação e
produção textual.
O nosso projeto norteador, intitulado EDUCAÇÃO E CIDADANIA envolve os
seguintes projetos interdisciplinares:
Ecologia: Uma ação pela vida;
Leitura e escrita na inclusão do homem na realidade atual;
44
Esporte e saúde;
Teatro e cultura;
Oficinas: A escola na inclusão social
5.5.2. Modalidade de Ensino, organização, estrutura e funcionamento
O Colégio Estadual de Tanque Novo oferece a Educação Básica, nas
modalidades: Ensino Médio, EJA (Tempo Formativo II e III) e Intermediação
Tecnológica.
Essas modalidades estão organizadas em séries e módulos, respectivamente
Sendo que o Ensino Médio funciona nos três turnos e a EJA, apenas no noturno.
A faixa etária dos alunos das séries do Ensino Médio situa-se entre os 14 e 25
anos. As séries que compõem os Eixos (noturno) por alunos a partir de 15 anos.
5.5.3. Gestão da Escola
Em seu Artigo 206, parágrafo VI, a Constituição brasileira de 1988 incorpora
no capitulo sobre Educação a Gestão Democrática como principio do ensino público
na forma da lei. Principio este ratificado na LDB 9.394/96 em seu Artigo 3°,
parágrafo XIII. A gestão democrática do ensino foi reivindicação de entidades
educacionais em defesa da democratização da educação pública, indo além da
escola para todos. Com ela, a educação brasileira conquistou o direito de, efetivar,
refletir a necessidade e a importância da participação consciente dos diretores, pais,
alunos, professores e funcionários com relação às decisões a serem tomadas no
cotidiano escolar, na busca de um compromisso coletivo com resultados
educacionais mais significativos.
Esta educação cuja meta é valorizar o desenvolvimento de uma sociedade
mais justa e igualitária, agregada ao fato de fortalecer cada vez mais a democracia
no processo pedagógico, encontra no projeto de Gestão Democrática da Escola,
uma oportunidade real de transformar a escola em um espaço público, onde
diversas pessoas têm a possibilidade de articular sua idéias, estabelecer diálogo e
considerar diferentes pontos de vista. Desta forma, entendemos que não basta uma
escola para todos, essa escola tem que ser democrática de fato, com uma
administração participativa.
45
Para Anísio Teixeira, segundo LOBO (1999), democracia é liberdade de
pensar, para produzir a unidade de ação consentida e partilhada. A democracia só
vai se realizar pela educação quando essa for compreendida como o processo de
aprender a pensar, tornando-se capaz de partilhar a vida em comum e de dar a si e
a essa vida comum a sua contribuição necessária e única. Concordamos com a
autora quando nos afirma que a democracia não é só uma forma de governo, é
acima de tudo, um modo de vida. Nada deve ser imposto do alto, mas tudo deve ser
resultado do pensamento partilhado de todos os envolvidos.
A reelaboração do Projeto-Política Pedagógica constitui-se numa
demonstração clara do anseio que permeia a gestão do Colégio Estadual de Tanque
Novo em promover uma pratica que subsidie a escola como espaço democrático
pelo debate, pela discussão, pela competência técnica, pelo currículo, pelos
métodos de ensino e de disciplina, nas relações entre alunos, professores e diretos.
A conciliação desse ideário, a cada dia, vem se expressando com maior força
na política educacional adotada por esse Colégio, que, preocupado com as
mudanças educacionais dos últimos tempos, principalmente, no que diz respeito à
questão da participação da comunidade no âmbito escolar, propõe tornar cada vez
mais ativo os órgãos colegiados, como, o Conselho de Classe, Caixa Escolar e o
efetivo funcionamento do Colegiado Escolar.
A normatização quanto à constituição e funcionamento de cada um desses
órgãos colegiados está direcionada pelo Regimento Escolar, que se constitui num
anexo desse documento pedagógico.
...Ser administradora, supervisionada, inspecionada não é a razão da
existência da escola, mas sim ser o espaço-tempo da prática
pedagógica em que a criança e o jovem relacionam-se entre si, com
professores, idéias, valores, ciência, arte e cultura, livros e
equipamentos, problemas e desafios, concretizando a missão da escola
de criar oportunidades para que eles se desenvolvam, construam e
reconstruam o sabre. Veiga (1995)
5.5.4. Organização Escolar
A organização escolar do Colégio Estadual de Tanque Novo está reunida em
seu regimento. Este documento regula a organização técnico-pedagógica,
46
administrativa e disciplinar da unidade escolar e constitui-se num anexo deste
instrumento pedagógico.
Dessa forma, vemos o Regimento Escolar como regulamentação
identificadora que personifica e caracteriza este estabelecimento, em comunhão
com o projeto político-pedagógico, evidenciando nossas peculiaridades, mas,
respeitando a Constituição Federal, a Constituição Estadual, a LDB, os Decretos, as
Resoluções e os Pareceres emanados dos órgãos competentes federais e
estaduais, pertinentes à educação, e que finalmente dão validade aos estudos
oferecidos em nossa escola.
5.6. Concepção de currículo na escola
Na concepção da comunidade escolar o Currículo é conjunto de dados
relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar as atividades
educativas, as formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente, exprime e
busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que
eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. A
concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os
fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e
referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orienta para um
currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e médio. As
disposições sobre currículo estão em três artigos da LDB. Numa primeira referência,
mais geral, quando trata da Organização da Educação Nacional, define-se a
competência da União para "estabelecer em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos
mínimos, de modo a assegurar formação básica comum".
O Currículo Escolar é um elemento importante para o planejamento do
professor, pois pode organizar os conteúdos e as atividades, contudo ele é um
recurso para o educador e não uma lei rígida ou um mandamento a ser seguido
metodologicamente, ele pode ser usado como um norte para a práxis pedagógica,
com flexibilidade de ajustes para melhor atender as necessidades dos educandos.
47
Segundo Samuel Rocha Barros (op. cit., p. 170-1), em sentido amplo o
currículo escolar abrange todas as experiências escolares. Vejamos algumas
definições de currículo que aparecem nessa obra: É a totalidade das experiências de
aprendizagem planejadas e patrocinadas pela escola (Jameson-Hicks).São todas as
experiências dos alunos, que são aceitas pela escola como responsabilidade própria
(Ragan).São todas as atividades através das quais o aluno aprende (Hounston). Em
sentido restrito currículo escolar é o conjunto de matérias a serem ministradas em
determinado curso ou grau de ensino. Neste sentido, o currículo abrange dois outros
conceitos importantes: o de plano de estudos e o de programa de ensino.
Plano de estudos é a lista de matérias que devem ser ensinadas em cada
grau ou ano escolar, com indicação do tempo de cada uma, expressa geralmente
em horas e semanas. Programa de ensino é a "relação dos conteúdos
correspondentes a cada matéria do plano de estudos, em geral, e em cada ano ou
grau, com indicação dos objetivos, dos rendimentos desejados e das atividades
sugeridas ao professor para melhor desenvolvimento do programa e outras
instruções metodológicas" (OEA-UNESCO).
De forma ampla ou restrita, o currículo escolar abrange as atividades
desenvolvidas dentro da escola. E, segundo César Coll, "as atividades educativas
escolares correspondem à idéia de que existem certos aspectos do crescimento
pessoal, considerados importantes no âmbito da cultura do grupo, que não poderão
ser realizados satisfatoriamente ou que não ocorrerão de forma alguma, a menos
que seja fornecida uma ajuda específica, que sejam exercidas atividades de ensino
especialmente pensadas para esse fim. São atividades que correspondem a uma
finalidade e são executadas de acordo com um plano de ação determinado, isto é,
estão a serviço de um projeto educacional.
A primeira função do currículo, sua razão de ser, é a de explicitar o projeto -
as intenções e o plano de ação - que preside as atividades educativas escolares.
Enquanto projeto, o currículo é um guia para os encarregados de seu
desenvolvimento, um instrumento útil para orientar a prática pedagógica, uma ajuda
para o professor. Por esta função, não pode limitar-se a enunciar uma série de
intenções, princípios e orientações gerais que, por excessivamente distantes da
realidade das salas de aula, sejam de escassa ou nula ajuda para os professores.
O currículo deve levar em conta as condições reais nas quais o projeto vai ser
realizado, situando-se justamente entre as intenções, princípios e orientações gerais
e a prática pedagógica. É função do currículo evitar o hiato entre os dois extremos;
48
disso dependem, em grande parte, sua utilidade e eficácia como instrumento para
orientar a ação dos professores. Entretanto, não deve suplantar a iniciativa e a
responsabilidade dos professores, convertendo-os em meros instrumentos de
execução de um plano prévia e minuciosamente estabelecido.
Por ser um projeto, o currículo não pode contemplar os múltiplosfatores
presentes em cada uma das situações particulares nas quais será executado
(...).Em resumo, entendemos o currículo como o projeto que preside as atividades
educativas escolares, define suas intenções e proporciona guias de ações
adequadas e úteis para os professores, que são diretamente responsáveis por sua
execução. Para isso, o currículo proporciona informações concretas sobre que
ensinar, quando ensinar, como ensinar e que, como e quando avaliar" (Psicologia e
currículo, São Paulo, Ática, 1996, p. 43-5).Dentre outras possíveis, podemos extrair
do texto de César Coll seis ideias importantes:
I - O currículo é um projeto. Não se trata de algo pronto e acabado, mas de algo a
ser construído permanentemente no dia-a-dia da escola, com a participação ativa de
todos os interessados na atividade educacional, particularmente daqueles que
atuam diretamente no estabelecimento escolar, como educadores e educandos, mas
também dos membros da comunidade em que se situa a escola;
II - O currículo situa-se entre as intenções, princípios e orientações gerais e a prática
pedagógica. Mais do que apenas evitar a distância e o hiato entre esses dois pólos
do processo educacional - as intenções e as práticas - o currículo deve estabelecer
uma vinculação coerente entre eles, deve constituir um eficaz instrumento que
favoreça a realização das intenções,princípios e orientações numa ação prática
efetiva com vistas ao desenvolvimento dos educandos;
III - O currículo é abrangente, não compreende apenas as matérias ou os conteúdos
do conhecimento, mas também sua organização e seqüência adequadas, bem como
os métodos que permitem um melhor desenvolvimento dos mesmos e o próprio
processo de avaliação,incluindo questões como o que, como e quando avaliar;
IV - O currículo é um guia, um instrumento útil para orientar a prática pedagógica,
uma ajuda para o professor. Por isso mesmo, na medida em que atrapalhar o
processo de ensino-aprendizagem, deverá ser imediatamente modificado. O
professor precisa estar atento, por exemplo, à extensão do conteúdo - se
excessivamente extenso deve ser reduzido para facilitar a efetiva aprendizagem do
mesmo; ao método com que o mesmo é ensinado - um método pode ser eficaz em
alguns casos e ineficaz em outros; à eficácia do processo de avaliação no sentido de
49
não prejudicar mas favorecer o desenvolvimento contínuo dos alunos; e assim por
diante;
V - Para que cumpra tais funções, o currículo deve levar em conta as reais
condições nas quais vai se concretizar: as condições do professor, as condições dos
alunos, as condições do ambiente escolar, as condições da comunidade, as
características dos materiais didáticos disponíveis, etc;
VI - O currículo não substitui o professor, mas é um instrumento a seu serviço. Cabe
ao professor orientar e dirigir o processo de ensino-aprendizagem, inclusive
modificando o próprio currículo de acordo com as aptidões, os interesses e as
características culturais dos educandos.
5.7. Matriz curricular
5.7.1. MATRIZ CURRICULAR - ENSINO MÉDIO: TURNO - DIURNO
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
ÁREAS DO CONHECIMENTO
COMPONENTES CURRICULARES
CARGA HORÁRIA SEMANAL POR SÉRIE
BASE NACIONAL COMUM TOTAL
1.Área de Linguagens , Códigos e suas Tecnologias
1a 2a 3a Língua Portuguesa e Literatura Brasileira 03 03 03 360
Artes 02 - - 80 Educação Física 02 02 01 200
2. Área de Ciências da Natureza, Matemática esuas Tecnologias
Matemática 03 03 03 360 Física 02 02 02 240 Química 02 02 02 240 Biologia 02 02 02 240
3. Área de Ciências Humanas e suas tecnologias
História 02 02 02 240 Geografia 02 02 02 240 Sociologia 01 02 02 200 Filosofia 01 02 02 200
SUB TOTAL 22 21 21 2.600
PA
RT
E
DIV
E Redação Língua Est. Moderna ( Inglês)
01 01 02 16002 02 02 240
SUB TOTAL 03 03 04 400
TOTAL 25 25 25 3000
50
5.7.2. MATRIZ CURRICULAR- ENSINO MÉDIO - TURNO NOTURNO
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
ÁREAS DO CONHECIMENTO
COMPONENTES CURRICULARES
CARGA HORÁRIA SEMANAL POR SÉRIE
BASE NACIONAL COMUM TOTAL
1. Área de Linguagens , Códigos e suas Tecnologias
1a 2a 3a Língua Portuguesa e
Literatura Brasileira04 04 04 480
Artes 02 - - 802. Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias
Matemática 04 04 03 440 Física 02 02 02 240 Química 02 02 02 240 Biologia 02 02 02 240
3. Área de Ciências Humanas e
suas Tecnologias
História 02 02 02 240 Geografia 02 02 02 240 Sociologia 01 02 02 200 Filosofia 01 02 02 200
SUB TOTAL 22 22 21 2.600
PA
RT
E
DIV
E Língua Est. Moderna ( Inglês) 02 02 02 240 Redação 01 01 02 160
SUB TOTAL 03 03 05 400TOTAL 25 25 25 3000
5.7.3. MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL – T. FORMATIVO II
Ano Letivo: 2012
Estágios ENSINO FUNDAMENTAL – T. FORMATIVO II
Componentes Curriculares EIXO 4 EIXO 5 Carga h. Total
Semanal Anual Semanal Anual
Língua Portuguesa 04 160 04 160 320Língua Estrangeira Moderna (Inglês)
01 40 01 40 80
Matemática 04 160 04 160 320Ciências Naturais 03 120 03 120 240Geografia 03 120 03 120 240História 03 120 03 120 240DIVERSIFICADAArtes e Atividades Laborais 02 80 02 80 160CH Total do Curso 20 800 20 800 1600
5.7.4. MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL – 2012
51
TEMPO FORMATIVO III - EIXO TEMÁTICO VI e VII
ÁREAS DISCIPLINAS
3º T. FORMATIVO
EIXO VI EIXO VIISemanal
Anual Semanal
Anual
Língua Portuguesa/Literatura Brasileira 04 160 04 160 320Língua Estrangeira Moderna (Inglês) 02 40 01 40 80Matemática 04 160 04 160 320Ciências Naturais 03 120 03 120 240Geografia 03 120 03 120 240História 03 120 03 120 240DIVERSIFICADAArtes e Atividades Laborais 02 80 02 80 160CH Total do Curso 20 800 20 800 1600
5.8. Avaliação
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, bem como a LDB n0 9.394/96,
primam por conceder uma grande importância à avaliação, reiterando que ela deve
ser contínua, formativa e personalizada, concebendo-a como mais um elemento do
processo de ensino-aprendizagem, o qual nos permite conhecer o resultado de
nossas ações didáticas e, por conseguinte, melhorá-las.
Essas idéias, porém, presentes no papel e no discurso formal de muitos
docentes precisam, concretizar-se e desenvolver-se para modificar as práticas
cotidianas (as quais infelizmente divergem do discurso e dos papéis) para uma
direção inovadora que traga um aumento da qualidade do ensino.
De acordo com Luckesi (1999), a avaliação que se pratica na escola é a
avaliação da culpa. Aponta, ainda, que as notas são usadas para fundamentar
necessidades de classificação de alunos, onde são comparados desempenhos e
não objetivos que se deseja atingir.
Os currículos de nossas escolas têm sido propostos para atender a
massificação do ensino. Não se planeja para cada aluno, mas para muitas turmas de
alunos numa hierarquia de séries, por idades mas esperamos de uma classe com 30
ou mais de 40 alunos, uma única resposta certa.
Segundo Perrenoud (2000), normalmente, define-se o fracasso escolar
como a consequência de dificuldades de aprendizagem e como a expressão de uma
52
«falta objetiva» de conhecimentos e de competências. Esta visão que “naturaliza» o
fracasso, impede a compreensão de que ele resulta de formas e de normas de
excelência que foram instituídas pela escola, cuja execução revela algumas
arbitrariedades, entre as quais a definição do nível de exigência do qual depende o
limiar que separa aqueles que têm êxito daqueles que não o têm. As formas de
excelência que e escola valoriza, se tornam critérios e categorias que incidem sobre
a aprovação ou reprovação do aluno.
Continua Perrenoud (2000):
As classificações escolares refletem às vezes desigualdades
de competências muito efêmeras, logo não se pode acreditar
na avaliação da escola. O fracasso escolar só existe no âmbito
de uma instituição que tem o poder de julgar, classificar e
declarar um aluno em fracasso. E a escola que avalia seus
alunos e conclui que alguns fracassam, O fracasso não é a
simples tradução lógica de desigualdades reais. O fracasso é
sempre relativo a uma cultura escolar definida e, por outro
lado, não é um simples reflexo das desigualdades de
conhecimento e competência, pois a avaliação da escola, põe
as hierarquias de excelência a serviço de suas decisões. O
fracasso é, assim, um julgamento institucional.
Avaliar, porém, exige antes que se defina aonde se quer chegar, que se
estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,
inclusive aqueles referentes à coleta de dados, comparados e postos em cheque
com o contexto e a forma em que foram produzidos.
Para Hadji (2001), a passagem de uma avaliação normativa para a
formativa, implica necessariamente uma modificação das práticas do professor em
compreender que o aluno é, não só o ponto de partida, mas também o de chegada.
Seu progresso só pode ser percebido quando comparado com ele mesmo: Como
estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas questões compõem a
avaliação formativa.
A função nuclear da avaliação é ajudar o aluno a aprender e ao professor,
ensinar (Perrenoud, 1999), determinando também quanto e em que nível os
53
objetivos estão sendo atingidos. Para isso é necessário o uso de instrumentos e
procedimentos de avaliação adequados. (Libâneo, 1994, p.204).
O valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar
conhecimento de seus avanços e dificuldades. Cabe ao professor desafiá-lo a
superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos.
No entender de Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e
conservadora, a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o
instrumento dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos
rumos”. Na página 44, coloca o autor: “A avaliação deverá verificar a aprendizagem
não só a partir dos mínimos possíveis, mas a partir dos mínimos necessários”.
Enfatiza também a importância dos critérios, pois a avaliação não poderá ser
praticada sob dados inventados pelo professor, apesar da definição desses critérios
não serem fixos e imutáveis, modificado-se de acordo com a necessidade de alunos
e professores.
Modificar a forma de avaliar implica na reformulação do processo didático-
pedagógico, deslocando também a ideia da avaliação do ensino para a avaliação da
aprendizagem.
Saviani, (2000, p.41), afirma que o caminho do conhecimento:
É perguntar dentro da cotidianidade do aluno e na sua cultura;
mais que ensinar e aprender um conhecimento, é preciso
concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo, avaliando,
num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que
constroem o seu mundo e o fazem por si mesmos.
Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos
alunos, pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica, em um
elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino. Este é o
sentido definitivo de um processo de avaliação formativa.
Dessa forma, entendemos que o sentido e a finalidade da avaliação deve ser:
Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de
aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. A isso
poderíamos chamar de avaliação inicial.
54
Constatar o que está sendo aprendido: o professor vai recolhendo
informações, de forma contínua e com diversos procedimentos
metodológicos e julgando o grau de aprendizagem, ora em relação á todo
grupo/classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.
Adequar-o processo de ensino aos alunos como grupo e àqueles que
apresentam dificuldades, tendo em vista os objetivos propostos.
Julgar globalmente um processo de ensino-aprendizagem: ao término
de uma determinada unidade, por exemplo, se faz uma análise e reflexão
sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los
de acordo com os resultados apresentados.
A partir destas finalidades, a avaliação terá as seguintes características:
A avaliação deve ser contínua e integrada ao fazer diário do professor, o
que nos coloca que ela deve ser realizada sempre que possível em situações
normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das situações de provas,
na qual o aluno é medido, somente, naquela situação específica,
abandonando-se tudo aquilo que foi realizado em sala de aula antes da
prova. observação, registrada, é de grande ajuda para o professor na
realização de um
processo de avaliação contínua.
A avaliação será global, quando se realiza tendo em vista as várias áreas de
capacidades do aluno: cognitiva, motora, de relações interpessoais, de atuação etc.
e, a situação do aluno nos variados componentes do currículo escolar.
A avaliação será formativa, se concebida como um meio pedagógico para
ajudar o aluno em seu processo educativo.
A avaliação não começa nem termina na sala de aula. A avaliação do
processo pedagógico envolve o planejamento e o desenvolvimento do processo de
ensino. Neste contexto é necessário que a avaliação cubra desde o Projeto
Curricular e a Reprogramação, do ensino em sala de aula e de seus resultados (a
aprendizagem produzida nos alunos).
Tradicionalmente, o que observamos é o processo de avaliação reduzir-se ao
terceiro elemento: a aprendizagem produzida nos alunos. No contexto de um
processo de avaliação formativa isto não tem nenhum sentido. A informação sobre
os resultados obtidas com os alunos deve necessariamente levar a um
replanejamento dos objetivos e conteúdos, das atividades didáticas, dos materiais
55
utilizados e das variáveis envolvidas em sala de aula: relacionamento professor-
aluno, relacionamento entre alunos e entre esses e o professor.
Segundo Hoftmann (2000),
Avaliar nesse novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-
reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este
deve propiciar ao aluno em seu processo de aprendéncia, reflexões
acerca do mundo, formando seres críticos’ libertários e participativos
na construção de verdades formuladas e reformuladas.
6. Objetivos
6.1. Objetivo amplo
Garantir a formação integral do educando, promover o exercício consciente da cidadania, o desenvolvimento das aptidões e potencialidades, valorizando os princípios culturais através da transmissão, produção e descoberta de conhecimentos sistematizados historicamente pela humanidade, utilizando condições metodológicas inovadoras.
6.2. Objetivos estratégicos
Acabar com o abandono escolar nas classes de 1ª série no turno Noturno.
Garantir qualidade na aprendizagem dos alunos em todas as disciplinas,
inclusive nas críticas: Português e Literatura, Matemática, Inglesa e Física;
Integrar pais/escola, escola/comunidade;
Reduzir o índice de reprovação na 1ª série do Ensino Médio;
Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;
Promover a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
56
flexibilidade às novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento
posteriores;
Possibilitar o aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico;
Utilizar os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,
relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
7. Visão estratégica e Plano de ação
7.1. Organograma do CETN
Objetivos Estratégicos
Estratégias Metas
1, Promover o desempenho acadêmico dos alunos
1.1. Reunir esforços nas disciplinas e séries críticas;
1.2.Desenvolver e manter estratégias inovadoras e criativas;
1.1.1 Aumentar de 50% para, pelo menos 60% o índice de aprovação dos alunos da 1° séries – do turno noturno1.1.2. Reduzir de 23,7% para no máximo, 20% o índice de abandonos dos alunos do 1° ano do Ensino Médio noturno;1.2.1. Fixar padrões de desempenho para todas as séries de acordo com os PCN;1.2.2. Executar um sistema continuo de acompanhamento e avaliação dos alunos com baixo desempenho.
2. Solidificar a gestão democrática escolar.
2.1.Gerar medidas formais da eficácia escolar para cada disciplina oferecida pela escola;
2.2. Empreender a atuação do Colegiado Escolar;
2.1.1. Programar um sistema de indicadores e desempenho acadêmico para todas as séries e disciplinas.2.2.1. Realizar uma reunião mensal com os membros do Colegiado escolar.
3. Assegurar a participação dos pais na escola.
3.1.Aumentar a comunicação entre escola e pais de alunos.
3.2.Encorajar a participação dos pais no processo ensino – aprendizagem.
3.1.1. Elaborar um boletim informativo bimestral para divulgar as atividades e desempenho da escola.3.2.1 Promover uma reunião trimestral informativa e de sensibilização com os pais ou responsáveis de alunos.
4. Fortalecer a integração escolar - comunidade
4.1.Estabelecer estratégia de comunicação entre escola e comunidade.
4.2.Estimular a participação da comunidade nos eventos, projetos e atividades escolares.
4.1.1. Produzir texto impresso com definição dos eventos e atividades escolares para divulgação externa.4.2.1. Promover uma reunião semestral com
a comunidade para discutir o andamento da escola.
7.2. Plano de ação
57
Com avaliação do diagnóstico da realidade escoar e considerando os desejos manifestados pela comunidade escolar, traçamos agora o plano que dá sustentação à transformação da visão estratégica do Colégio Estadual de Tanque Novo em ações práticas. Esse Plano Estratégico será composto de objetivos Estratégicos, Estratégias e Metas, sendo que cada meta gerará um Plano de Ação.
Plano de Ação – 1
Objetivo estratégico: 1 - Promover o desempenho acadêmico dos alunos.
Estratégia: 1.1. Reunir esforços nas disciplinas e séries críticas.
Meta: 1.1.1. Aumentar de 50% para, pelo menos, 60% índice de aprovação dos
alunos da 1° série - do ensino Médio noturno.
Indicador de Meta: Documento de registro das disciplinas e séries críticas.
Gerente de Meta: Pedro
Início:Julho de 2012
N° Ações Período de Realização
Responsáveis
Resultado esperado
Início Término
01 Levantar as dificuldades dos alunos nas disciplinas críticas.
Julho Novembro Pedro e direção
Dificuldades dos alunos apresentadas nas disciplinas críticas.
02 Discutir com os educadores métodos a serem aplicador com as disciplinas críticas.
Julho Novembro Pedro e direção
Métodos discutidos pelos educadores.
03 Aplicar a metodologia de ensino de acordo o contexto.
Julho Novembro Pedro e direção
Metodologia aplicada.
04 Avaliar o desempenho dos educadores envolvidos no processo.
Julho Novembro Pedro e direção
Desempenho final avaliado.
05 Elaborar o relatório final dos conteúdos desenvolvidos e acompanhamento dos alunos.
Julho novembro Pedro e direção
Relatório final concluído.
Plano de Ação – 2
58
Objetivo estratégico: 1. Promover o desempenho acadêmico dos alunos.
Estratégia: 1.1. Reunir esforços nas disciplinas e séries críticas.
Meta: 1.1.2. Reduzir de 23,7% para, no máximo, 20% o índice de evasão escolar.
(no turno noturno)
Gerente de Meta: Lucimária
Início: Julho de 2012
N° Ações Período de Realização
Responsáveis: Resultado esperado
Início Término
01 Coletar dados dos alunos evadidos.
Julho dezembro Lucimária, secretária e funcionários
Dados Coletados.
02 Discutir com os educadores métodos a serem aplicador com as disciplinas críticas.
Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários
Diagnóstico apresentado.
03 Discutir com os docentes sobre ambiente escolar
Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários
Ambiente escolar debatido.
04 Aplicar estratégias de permanência do aluno na escola.
Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários
Estratégias aplicadas
05 Avaliar a metodologia de ensino aplicada.
Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários
Metodologia avaliativa.
06 Elaborar um relatório final dos índices de evasão e metodologia aplicada.
Julho Dezembro Lucimária, secretária e funcionários
Relatório final concluído.
Plano de Ação – 3
Objetivo estratégico:
59
1. Promover o desempenho acadêmico dos alunos.
Estratégia: 1.2. Desenvolver e manter estratégias inovadoras e criativas.
Meta: 1.2.1. Fixar padrões de desempenho para todas as séries de acordo com os PCN.
Indicador de Meta: Documento contendo registro das estratégias
Gerente de Meta:Maria de Fátima
Início: Julho de 2012
N° Ações Período de Realização
Responsável
Resultado esperado
Início: Término: 01 Realizar seminário presencial com
foco na interdisciplinaridade e abrangência de todas as séries.
Julho Novembro Maria de Fátima
Seminário presencial.
02 Elaborar um projeto interdisciplinar para todas as séries
Julho Novembro Maria de Fátima
Projeto interdisciplinar.
03 Avaliar os resultados do projeto interdisciplinar.
Julho Novembro Maria de Fátima
Resultado do projeto avaliado.
04 Elaborar um relatório final dos procedimentos adotados
Julho Novembro Maria de Fátima
Relatório final concluído.
Plano de Ação – 4
Objetivo estratégico: 1. Promover o desempenho acadêmico dos alunos.
Estratégia: 1.2. Desenvolver e manter estratégias inovadoras e criativas.
Meta: 1.2.2. Executar um sistema contínuo de acompanhamento e avaliação dos
alunos com baixo desempenho.
Indicador de Meta: Documento de registro de acompanhamento e avaliação dos alunos.
Gerente de Meta: Antônio Júnior
Início: Julho de 2012
N° Ações Período de Realização
Responsáveis:
Resultado esperado
Início: Término: 01 Identificar as dificuldades dos
alunos com baixo desempenoJulho Novembro Antônio
Júnior e Vice-Diretores
Dificuldades identificadas.
02 Realizar estratégias de ensino para os alunos de baixo desempenho.
Julho Novembro Antônio Júnior e Vice-
Diretores
Estratégias executadas.
03 Avaliar paralelamente as ações pedagógicas desenvolvidas.
Julho Novembro Antônio Júnior e Vice-
Diretores
Ações pedagógicas avaliadas.
04 Elaborar um relatório final dos procedimentos dos alunos com baixo desempenho.
Julho Novembro Antônio Júnior e Vice-
Diretores
Relatório final concluído.
Plano de Ação – 5
Objetivo estratégico: Solidificar a gestão democrática escolar.
60
Estratégia: Gerar medidas formais de eficácia escolar para cada disciplina ofertada
pela escola.
Meta:. Programar um sistema de indicadores e desempenho acadêmico para todas
séries e disciplinas.
Indicador de Meta: Documento de registro contendo os indicadores acadêmicos
dos alunos.
Gerente de Meta: Zenilda Nobre
Início: julho de 2012
N° Ações Período de Realização
Responsáveis: Zenilda
Resultado esperado
Início: julho
Término: novembro
01 Realizar uma reunião para explanação dos índices acadêmicos dos alunos para todas as séries e disciplinas.
Reunião realizada.
02 Definir estratégias paralelamente ao ensino-aprendizagem.
Estratégias definidas.
03 Avaliar os procedimentos e a rotina das estratégias.
Procedimento e rotina das estratégias avaliadas.
04 Elaborar relatório de conclusão do desempenho acadêmico dos alunos.
Relatório de conclusão finalizado.
Plano de Ação – 6
Objetivo estratégico: 3. Assegurar a participação dos pais na escola.
Estratégia: 3.1. Aumentar a comunicação entre escola e pais de alunos.
Meta: 3.1.1. Elaborar um boletim informativo bimestral para divulgar as atividades e
desempenho da escola.
Indicador de Meta: Documento de registro da participação dos pais e responsáveis
de alunos.
Gerente de Meta: Secretárias
Início: Setembro 2012
N° Ações Período de Realização
Responsáveis secretária e funcionários
Resultado esperado
Início: Setembro
Término-Dezembro
61
01 Realizar uma reunião com o envolvimento da comunidade escolar.
Reunião realizada
02 Executar as diretrizes do Plano Participativo dos Pais na Escola.
Execução do Plano participativo dos Pais.
03 Avaliar a atuação do Plano Participativo dos Pais na Escola.
Plano participativo avaliado.
04 Elaborar um parecer conclusivo da atuação do plano
Parecer conclusivo finalizado.
Plano de Ação – 7
Objetivo estratégico: 3. Assegurar a participação dos pais na escola.
Estratégia: 3.2. Encorajar a participação dos pais no processo ensino-
aprendizagem.
Meta: 3.2.1. Promover uma reunião bimestral informativa e de sensibilidade com os
pais e responsáveis de alunos.
Indicador de Meta: Documento de registro das reuniões dos pais.
Gerente de Meta: Marleide ( Ana Amélia e Janaína)
Início: Agosto 2012
N° Ações Período de Realização
Responsáveis: Ana Amélia,
Janaína e Direção
Resultado esperado
Início: Agosto
Término: Dezembro
01 Confeccionar convites aos pais e responsáveis de alunos.
Convites confeccionados.
02 Definir temas reflexivos sobre a atuação dos pais na escola.
Temas reflexivos definidos.
03 Realizar uma reunião de mobilização com os pais.
Reunião mobilizada.
04 Avaliar as ações aplicadas na sensibilidade dos pais.
Ações Avaliadas.
05 Elaborara um relatório final das atividades desenvolvidas.
Relatório final concluído.
Plano de Ação – 8
Objetivo estratégico: 4. Fortalecer a integração escola-comunidade.
62
Estratégia: 4.1. Estabelecer estratégias de comunicação entre escola e
comunidade.
Meta: 4.1.1. Produzir texto impresso com definição dos eventos e atividades
escolares para divulgação externa.
Indicador de Meta: Documento de registro dos eventos e atividade escolares.
Gerente de Meta: Direção
Início: Agosto 2012
N° Ações Período de Realização:De agosto a dezembro
Responsáveis:Professores de
humanas e direção
Resultado esperado
01 Reunir toda comunidade escolar no Plano Participativo de Gestão de Recursos Financeiros.
Reunião realizada e plano Participativo de Gestão elaborado.
02 Definir os eventos e atividades escolares do ano letivo.
Definição dos eventos e atividades da escola.
03 Elaborar um calendário de eventos e atividades da escola.
Calendário elaborado.
04 Avaliar o procedimento definido para a produção dos textos.
Produção de textos avaliados.
05 Formalizar um parecer conclusivo dos eventos e atividades definidas pela escola.
Parecer conclusivo formalizado.
Plano de Ação – 9
Objetivo estratégico: 4. Fortalecer a integração escola-comunidade.
63
Estratégia: 4.1. Estimular a participação da comunidade nos eventos, projetos e
atividades escolares.
Meta: 4.1.1. Promover uma reunião semestral com a comunidade para discutir o
andamento da escola.
Indicador de Meta: Documento de registro das reuniões com a comunidade.
Gerente de Meta: Dinalva
Início: Agosto 2012
N° Ações Período de Realização
Responsáveis: Dinalva e direção
Resultado esperado
Início: agosto
Término: Novembro
01 Fomentar um clima atrativo e respectivo dentro da escola.
Clima escolar estimulado.
02 Expor as expectativas da escola em locais públicos.
Exposição das expectativas escolares.
03 Utilizar os diversos canais de comunicação áudios-visuais.
Comunicação efetivada.
04 Avaliar a contribuição das ações para a promoção da reunião.
Ações avaliadas.
05 Construir um resumo das atividades desenvolvidas.
Resumo concluído.
64
8. AVALIAÇÃO
Acompanhar as atividades e avaliá-la leva-nos à reflexão, com base em
dados concretos como a escola se organiza para colocar em ação seu projeto-
político-pedagógico. A avaliação do projeto político pedagógico, numa visão crítica,
parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e
compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas
relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas. Portanto,
acompanhar e avaliar o projeto político pedagógico é avaliar os resultados da própria
organização do trabalho pedagógico.
Dentre todos os momentos vivenciados na operacionalização deste Projeto-
Político-Pedagógico, acreditamos que um dos mais importantes é o da sua
avaliação.
Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos à reflexão, com base em dados concretos sobre como organizá-se para colocar em ação seu projeto político-político-pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade de se conhecer à realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas da existência de problemas bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas. Avaliadores, que conjugam as ideias de uma visão global, analisam o projeto-político-pedagógico, não como sendo algo estanque, desvinculado dos aspectos políticos e sociais. Não rejeitam as contradições e os conflitos. (Veiga, 1995).
Considerando a avaliação dessa forma, é possível salientar dois pontos
importantes. Primeiro, a avaliação é um ato dinâmico que qualifica e oferece
subsídios ao projeto político pedagógico. Segundo, ela imprime uma direção às
ações dos educadores e educandos.
Partindo desse pressuposto, a avaliação do projeto-político-pedagógico do
Colégio Estadual de Tanque Novo, acontecerá em dois momentos anuais: na
jornada pedagógica e no início do 2º semestre do ano letivo com a participação de
toda comunidade escolar. Serão convocados a participar os representantes dos
pais, alunos, funcionários, direção e professores. Já o plano de ação, terá situações
avaliativas próprias de cada meta, que ocorrerão no tempo determinado, ao longo do
ano letivo. Com o intuito de verificar, registrar e analisar as atividades realizadas, a
evolução na prática pedagógica da escola e buscar soluções para as dificuldades
encontradas formulando adaptações necessárias.
65
9. BIBLIOGRAFIA
ARAUJO, C. Concepções do Mundo e o Fato do Pluralismo. Liberalismo Político.
México: Fondo de Cultura, 1995.
Barbosa, M. C. S. por uma pedagogia de projetos. In: Xavier, M. L. M. ET al.
Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação,
2002.
Borde nave, J. Dom: Pereira, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. 23 ed.
Petrópolis: Vozes, 2002.
BRASIL ESCOLA: http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/%20reformulando-
concepcoes-educacao.htm. Acessado em 09 de maio de 2012.
Brasil, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais. Vol. 1. Brasília: MEC/SEF, 1997.
____. Ministério da Educação. Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional:
LDB n° 9.394/96 Brasília MEC, 1996
____. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares Nacionais: Ensino Médio
Brasília; MEC/SEB, 1999.
CALADO, A. J. F. Paulo Freire sua visão de mundo, de homem e sociedade.
Edicões Fafica, Caruaru 2001.
Freire, P. Pedagogia do oprimido. 4. Ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 10977 a.
Hadiki, C, Avaliação desmistificada. Transgressão e mudança na educação: os
projetos de Hoffmann, J. Avaliar para Educação da escola pública: a pedagogia
crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1984.
_____. Organização da gestão escolar: teoria e pratica. Quatro Ed. Goiânia:
alternativa, 2001.
66
LIBÂNEO, J.C. Didática. 15.ed. São Paulo: Cortez, 1999.
LUCKESI. C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed.São Paulo: Cortez, 1999.
Lukesi, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 11 ed.
São Paulo: Cortez, 2001.
Menegnolla, M. Por que planejar? Como planejar? .10 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
Perrenoud, Philippe. 10 novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto
Alegre.
____, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto
Alegre: Artmed, 1999.
Porto Alegre: artmed, 1999.
____. Planejamento; plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo:
Elementos metodológicos para elaboração e realização. 7 ed. São Paulo: Libertad
2000.
SAVIANI, Demerval. Educação: do Senso Comum à Consciência Filosófica. 8ª
edição. São Paulo: Autores Associados, 1986.
Spinoza Baruch de – Ética demonstrada segundo a ordem geométrica - México -
1985
Trabalho. Posto Alegre. Artmed, 1998.
Vygotsky, L. S. Pensamento e linguagem. Tradução: Jefferson Luiz Camargo. São
Paulo: Martins Fontes, 1996.
WIKIPÉDIA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade. Acessado em 09 de maio de
2012.
67
ANEXOS
Diretrizes curriculares das disciplinas
LÍNGUA PORTUGUESA
JUSTIFICATIVA
O Ensino Médio, última etapa da educação básica, assim definido pela LDB, vem ao
longo de sua história, sofrendo algumas mudanças a partir das legislações e das questões
curriculares de cada área. Nesse contexto, o ensino de Língua Portuguesa e Literatura
também deverá acompanhar esse processo de mudanças dentro de uma reflexão crítica
acerca da necessária revisão dos objetivos do ensino da Língua Portuguesa e da Literatura
Brasileira nas salas de aula.
Uma discussão sobre o papel da disciplina Língua Portuguesa e Literatura Brasileira
no contexto do Ensino Médio, fase de estudos que se consolida e aprofunda os
conhecimentos construídos ao longo do ensino fundamental, deve envolver,
necessariamente, a reflexão sobre o projeto educativo que se quer implementar nesse nível
de ensino, garantindo a preparação básica do estudante para o prosseguimento dos
estudos, para a inserção no mundo do trabalho e para o exercício cotidiano da cidadania,
em sintonia com as necessidades político-sociais de seu tempo.
É importante que o educador desenvolva senso crítico para analisar a aplicação da
língua e da linguagem nos PCN’S em cada processo do desenvolvimento, englobando as
contribuições da Lingüística e da Lingüística Aplicada, a fim de discutir as contribuições que
tais domínios científicos acarretaram, nos últimos anos, para as práticas de ensino e de
aprendizagem da Língua Portuguesa como língua materna. Procura-se, dessa maneira,
demonstrar a relevância dos estudos sobre a produção de sentido em práticas orais e
escritas de uso da língua – e, mais amplamente, da linguagem –, em diferentes instâncias
sociais. Vale ressaltar também a importância de se abordarem as situações de interação
68
considerando-se as formas pelas quais se dão a produção, a recepção e a circulação de
sentidos.
O ensino da Literatura, então, deve ser defendido por vários motivos pedagógicos.
Pelo lado informativo, deve-se ensinar literatura para que nosso aluno saiba e consiga
transmitir conhecimento. Além do conteúdo que o texto literário contém, o estudante recebe
outras informações, ou seja, o texto literário é forma de conhecimento; Pelo lado formativo,
Nelly Novaes Coelho, afirma: “literatura é reflexo da vida, é a exteriorização verbal artística
de uma experiência humana, é evidente que usaremos dela para orientar a educação
integral de nossos alunos” (COELHO, Nelly Novaes. O ensino da literatura, 1966, p. 8.). É
comumente aceito que a literatura pode levar o aluno à sua formação humanística e assim à
educação integral.
Nesse cenário, apostam-se em práticas de leitura por meio das quais os alunos
possam ter acesso à produção simbólica do domínio literário, de modo que eles,
interlocutivamente, estabeleçam diálogos (e sentidos) com os textos lidos. Em outros
termos, prevê-se que os eventos de leitura se caracterizem como situações significativas de
interação entre o aluno e os autores lidos, os discursos e as vozes que ali emergirem,
viabilizando, assim, a possibilidade de múltiplas leituras e a construção de vários sentidos.
A literatura, nesse contexto também propicia a formação do leitor e escritor de textos,
pois com aprimoramento da leitura pelo contínuo contato com a literatura o aluno melhorará
também a sua escrita. Com isso, adquire o seu próprio estilo, modo peculiar de escrever e
de comunicar-se pela linguagem. Como a literatura é cultura, o texto literário irá despertar
também esse gosto pelo conhecimento, pelo senso crítico. O aluno, assim, poderá saber
distinguir um bom texto de um texto de menor valor, tornando-se um leitor crítico e um
competente produtor de textos.
Em sala de aula, o texto literário deve ser colocado em seu contexto: época de sua
produção, autor que o produziu, a forma literária em que está escrito e outros
relacionamentos que o próprio texto sugerir.
Em termos das ações do ensino deve incluir diferentes manifestações da linguagem
– como a dança, o teatro, a música, a escultura e a pintura –, bem como valorizar a
diversidade de idéias, culturas e formas de expressão. A ampliação e a consolidação dos
conhecimentos do estudante para agir em práticas letradas de prestígio, inclui o trabalho
sistemático com textos literários, jornalísticos, científicos, técnicos, etc., considerados os
diferentes meios em que circulam: imprensa, rádio, televisão, internet, etc.
Essa coletânea de textos deve ser constituída e trabalhada de modo que contribua
para que os alunos se construam como sujeitos críticos, engajados e comprometidos com a
69
cultura e a memória de seu país. A escola deve estar comprometida em oferecer um espaço
privilegiado a textos que efetivamente sejam
representativos dessa cultura e dessa memória.
É necessário, portanto a busca de práticas que propiciem a formação humanista e
crítica do aluno, que o estimulem à reflexão sobre o mundo, os indivíduos e suas histórias,
sua singularidade e identidade. Criar espaço de vivência e cultivo de emoções e
sentimentos humanos, como experienciar situações em que se reconheça o trabalho
estético da obra literária, identificando as múltiplas formas de expressão e manifestação
da(s)linguagem(ns) para levar a efeito um discurso é objetivo primordial da Prática de
Língua Portuguesa e Literatura no Ensino Médio e princípio norteador das praticas
pedagógicas do meu Estágio Supervisionado.
I – OBJETIVOS
● Adquirir competência social e lingüística para utilização da língua nas diversas
situações sócio-comunicativas levando-se em consideração a multiplicidade de símbolos e
procedimentos da comunicação;
● Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios
de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão,
comunicação e informação;
● Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando
textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização das manifestações,
de acordo com as condições de produção e recepção;
● Comparar recursos expressivos intrínsecos nos diversos tipos de manifestações da
linguagem, percebendo as razões das escolhas e sabendo diferenciá-los e interrelacioná-
los;
● Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas
manifestações específicas;
● Divulgar suas idéias com objetividade e fluência, construindo seu próprio discurso
e adquirindo formação crítica frente à própria produção e à necessidade pessoal de partilhar
sentidos em cada ato interlocutivo;
70
● Respeitar e preservar as diferentes manifestações da linguagem utilizadas por
diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e
internacional, com suas diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação,
apreciação e criação;
● Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação em
situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos
e estatutos de interlocutores; e saber colocar-se como protagonistas no processo de
produção/recepção;
● Compreender e usar a Língua Portuguesa não apenas pautada no domínio da
técnica legitimada pela norma padrão, mas como a língua materna, geradora de significação
e integradora da organização de mundo e da própria identidade;
● Entender o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida
individual e social, associando os princípios desse novo mundo aos conhecimentos
científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõem a
solucionar;
● Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e
em outros contextos relevantes para sua vida.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE
1ª série
I – Gramática:
1. Linguagem/Língua/Fala: seus tipos, aspectos e funções;
2. Fonética e Fonologia:
2.1. fonema;
2.2. sílaba;
2.3. ortofonia;
2.4. ortografia;
71
2.5. acentuação (novo acordo ortográfico);
3. Pontuação;
4. Aspectos de Léxico:
4.1. polissemia;
4.2. sinonímia;
4.3. homonímia;
5. Processo de Formação de palavras:
5.1. composição;
5.2 derivação;
5.3. hibridismo;
5.4. onomatopéia;
5.5. abreviação vocabular;
5.6. prefixos, sufixos e radicais.
II – Literatura:
1. Noções de teoria literária: conceitos, a história, a linguagem literária, a linguagem
poética (recursos formais e expressivos), os gêneros literários;
2. Origens da literatura;
3. Medievalismo (Trovadorismo e Humanismo);
4. O Renascimento (Classicismo Português);
5. Literatura de informação: Quinhentismo;
6. O Barroco;
7. O Arcadismo.
III – Leitura:
1. Compreensão crítica do conteúdo;
72
2. Análise da estrutura do texto;
3. Análise das opções expressivas.
IV – Escrita:
1. Nível do conteúdo:
1.1. clareza
1.2. coerência;
1.3. consistência argumentativa;
1.4. redundância inadequada.
2. Nível da estrutura:
2.1. paragrafação;
2.2. adequação de recursos coesivos.
3. Nível da expressão:
3.1. adequação à norma padrão;
3.2. experimentação e avaliação de alternativas expressivas;
3.3. recursos adequados de pontuação.
V – Oralidade:
● Nível da expressão;
● Adequação à norma padrão;
● Experimentação e avaliação de alternativas expressivas;
● Recursos adequados de pontuação;
73
● Organização de idéias.
2ª série
Gramática:
1. Classes Gramaticais: noções básicas e gerais;
2. Morfossintaxe do nome:
2.1. Artigo;
2.2. Substantivo;
2.3. Pronome;
2.4. Adjetivo;
2.5. Termos Essências da oração:
● Predicado e Predicativo.
2.6. Termos Integrantes:
● Complemento Verbal;
● Agente da Passiva;
● Complemento Nominal.
2.7. Termos Acessórios:
● Adjunto Adnominal;
● Adjunto Adverbial;
● Aposto;
● Vocativo.
3. Morfossintaxe do verbo
74
3.1. verbos defectivos – 1ª e 2ª conjugações;
3.2. verbos regulares e irregulares – conjugações;
3.3. verbos auxiliares;
3.4. estudo do verbo na oração;
3.5. o predicado e suas classificações;
3.6. seus complementos e modificadores.
Literatura:
1. O Romantismo;
2. O Realismo/Naturalismo;
3. O Parnasianismo;
4. O Simbolismo.
Leitura:
1. Compreensão crítica do conteúdo;
2. Análise da estrutura do texto;
3. Análise das opções expressivas.
Escrita:
1. Nível do conteúdo:
1.1. clareza;
1.2. coerência;
1.3. consistência argumentativa;
1.4. redundância inadequada.
75
2. Nível da estrutura:
2.1. paragrafação;
2.2. adequação de recursos coesivos.
3. Nível de expressão:
3.1. adequação à norma padrão;
3.2. superação de marcas inadequadas de oralidade;
3.3. experimentação e avaliação de alternativas expressivas;
3.4. recursos adequados de pontuação.
3ª série
Gramática:
1. Função da palavra na frase;
2. Termos da Oração no período simples (revisão);
3. Período Composto por Coordenação;
4. Período Composto por Subordinação;
5. Regência (verbo nominal, crase);
6. Conjugação de verbos irregulares mais freqüentes;
7. Colocação pronominal;
8. Concordância nominal e verbal.
76
Literatura:
1. Pré-modernismo;
2. Vanguardas Européias;
3. Semana de Arte Moderna;
4. Modernismo: fases, poesia e prosa;
5. Geração de ‘45’ – prosa e poesia;
6. Pós-Modernismo / Produções Contemporâneas.
Leitura:
4. Compreensão crítica do conteúdo;
5. Análise da estrutura do texto;
6. Análise das opções expressivas.
Escrita:
1. Nível de conteúdo:
1.1. clareza;
1.2. coerência;
1.3. consistência argumentativa;
1.4. redundância inadequada.
2. Nível da estrutura:
2.1. paragrafação;
2.2. adequação de recursos coesivos.
77
3. Nível da expressão:
3.1. adequação à norma padrão;
3.2. superação de marcas inadequadas de oralidade;
3.3. experimentação e avaliação de alternativas expressivas;
3.4. recursos adequados de pontuação.
III – CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
No mundo atual, em que a informatividade está sempre presente, é mais do que uma
necessidade a reflexão sobre a linguagem e seu funcionamento articulado por uma
multiplicidade de códigos, e sua presença nos diversos procedimentos e processos
comunicativos. É de suma importância que, para isso, seja assegurado ao aluno uma
participação ativa nesse contexto sócio-educativo para que ele possa exercer a sua
cidadania.
De início, vale ressaltar, que a seleção dos conteúdos definidos anteriormente é
questão de mera organização didática, o que não implicará, de forma alguma no trabalho
interdisciplinar e contextualizado, visto que não é viável, o trabalho isolado com esses
conteúdos.
Sabemos que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outro
conhecimento, ele não é algo estanque, isolado, daí a necessidade de poder está ampliando
sempre as possibilidades de interação não só entre as disciplinas como também entre os
conteúdos de uma mesma disciplina e, por isso, o desenvolvedor desses conteúdos não
atenderá a uma seqüência rígida, mas antes, estes serão associados à necessidade e
situações significativas, numa abordagem interativa onde o aluno possa analisar, comparar
e tirar conclusões e, ao mesmo tempo, se sinta instigado, mobilizado a estabelecer relações
de reciprocidade entre ele e o objeto de conhecimento.
A língua não é apenas um conjunto de regras, um amontoado de normas “mortas”.
Ela é viva em cada um dos falantes e, ao mesmo tempo, é porta de entrada para as outras
áreas de conhecimentos, visto que dela depende a competência e o domínio de outros
saberes e a utilização desses saberes em diferentes situações ou contextos. Daí a
necessidade de um trabalho onde o aluno irá perceber como a língua é utilizada no
78
contexto, considerando a interrelação contextual, semântica e gramatical da própria
natureza e função da linguagem e não apenas um estudo no aspecto formal da língua.
Não é que a gramática não será trabalhada, mas o seu estudo passa a ser uma
estratégia para compreensão, interpretação e produção textuais. Tornando-se visto não
como um fim, mas um meio deste fazer parte da análise e produção de textos.
Sabemos que o trabalho com a produção oral e escrita de aluno é realmente eficaz
quando a palavra é utilizada para dizer algo em contextos sociais e culturais diversos e
efetivos. Portanto, é preciso pensar o estudo da Língua Portuguesa, no Ensino Médio, como
possibilidades de uso e reflexão sobre a língua nas práticas sociais, a partir da análise de
situações concretas de comunicação.
As práticas discursivas, verbais ou extraverbais tornam-se objeto de estudos
enquanto “textos”. Assim, os textos constituem a concretização dos discursos produzidos
nas mais diversas situações. O aluno, como autor de textos no processo comunicativo
constrói uma identidade própria, em um diálogo efetivo com seus interlocutores. Desse
modo, o ensino de Língua Portuguesa “deve basear-se em propostas interativas
língua/linguagem, consideradas em um processo discursivo de construção do pensamento
simbólico constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral.” (BRASIL,
PCNEM, 1999). Sendo assim, os conteúdos de ensino pressupõem a linguagem enquanto
espaço dialógico de constituição do sujeito e das práticas sociais.
O objetivo dessa proposta é a linguagem na sua diversidade de usos e
configurações da Língua Portuguesa, o que possibilita uma interlocução com as demais
disciplinas da área de outras áreas. Dessa forma, o aluno precisa desenvolver competências
e habilidades que lhe permitam analisar e compreender elementos discursivos, os quais
postos “em jogo” em uma enunciação, dão sentido ao dizer.
Em se tratando de produções de textos escritos pelos alunos, (orais e escritos),
devem ser envolvida a reelaboração (revisão/reescrita) com o objetivo de torná-las
adequadas no quadro previsto para seu funcionamento. A ação de reflexão, tomada
individualmente ou em grupo, tem como meta a avaliação de texto, quando for o caso, sua
alteração.
Com relação aos textos produzidos por outros autores, as atividades podem-se
materializar, por meio de comentário, discussões e debates orais sobre livros, peças
publicitárias, peças teatrais, programas de TV, reportagens, piadas, acontecimentos do
cotidiano, letras de músicas, exposições de artes, provas. Este tipo de prática quando
executada em grupo, pode se dar oralmente ou até mesmo por escrito em listas de
discussão pela Internet.
79
Ainda, deve ser valorizado o estudo de diferentes relações intertextuais (por
exemplo), entre textos que mantenham configuração formal e similar, que circulem num
mesmo domínio ou em domínios diferentes que assumam um mesmo ponto de vista no
tratamento do tema ou não.
A oralidade, muitas vezes desprivilegiada no Ensino Médio, consiste em rico
manancial de expressão das culturas dos alunos, revela a organização dos ideais, os
sentimentos, as opiniões, possibilita a socialização imediata, de conhecimentos e fornece
subsídios para a produção escrita. Por outro lado, oralidade, produção de textos falados –
não se confunde com leitura oral, atividade de reprodução de texto escrito, que deve ser
trazida à sala de aula em contextos significativos.
A partir de intenso trabalho de oralidade, o aluno aperfeiçoa sua capacidade de ler
também a intencionalidade do texto, o não-dito e inferir o subentendido, todos esses
aspectos consistentes do discurso. Ler, desse modo, significa, de fato, transformar-se em
leitor/autor capaz de recorrer as escritas com objetivos diversos, tais como: ler por ler, ler
por prazer, para informar-se, para responder a questões, para conversar, fazer comentários,
para compreender algo, para fazer críticas, refazer estruturas, ler e escrever ao mesmo
tempo.
Enfim, o aluno deve “ler” na escola com objetivos semelhantes àqueles com que lê
fora da escola. Nesse sentido, é função do professor de Língua Portuguesa, criar situações
favoráveis para que o aluno desenvolve a sua leitura a partir de práticas significativas e
socialmente relevantes.
Essas práticas de leitura/escrita relacionam-se na escola com a reflexão sobre o ato
da leitura, da escrita e da fala, quando os alunos são provocados para: aprender mais sobre
os diversos gêneros (orais, escritos, artísticos), os estilos e os aspectos formais da língua,
bem como desenvolver estratégias de leitura/produção de textos e hipertextos.
Uma outra questão de suma importância é a de que a leitura – concebida como
produção de sentidos – se concretiza não apenas com o texto verbal (oral ou escrito), mas
com as várias linguagens coexistentes na sociedade, como a corporal (expressões
corporais, jogos, danças, brincadeiras, mímicas, dramatizações, situações vividas no dia-a-
dia), a artística (pinturas, desenhos, músicas, obras de arte de uma maneira geral), a (áudio)
visual (imagens, filmes, vídeos, programas de televisão). Todas essas linguagens fornecem
repertórios de “textos” que podem ser produzidos e/ou lidos, falados, em suma,
incorporados ao trabalho em Língua Portuguesa.
O estudo da gramática, por seu turno, deixa de ser uma atividade isolada e passa a
constituir-se, de forma contextualizada, uma estratégia para compreensão, interpretação,
80
produção e revisão de textos, reforçando a prática de reflexão da língua em uso, uma vez
que deve extrapolar o estudo de conjunto de frases justapostas e isoladas, deslocadas de
um contexto e usadas, comumente, como justificativa para uma abordagem lingüística.
Assim também serão os estudos literários que não se basearão em estudar somente
a história da literatura, seus autores e obras, mas em analisar as diferentes produções,
percebendo época em que esses textos foram escritos, especificados, discurso e visão do
autor. O debate, o diálogo, a pesquisa, entre outros, serão formas de auxiliar o aluno a
buscar e construir seu próprio ponto de vista e possíveis leituras.
A literatura não pode ser considerada algo desvinculado da leitura. Pelo contrário, o
ponto de partida de seu estudo é a leitura, com propósitos de compreensão dos significados
das obras e dos autores dentro das necessidades de análise e avaliação crítica, ou mesmo
por fruição. Deve-se considerar, como trabalho em literatura, a escolha de obras literárias, e
a sua leitura prioritariamente deve contemplar as preferências pessoais dos alunos, pelo
prazer de ler. O que não significa que seja somente esse o escopo do trabalho com textos
literários. Os textos literários podem ser incluídos em projetos de estudo por blocos
temáticos, por determinado interesse de estudo, contextualizados dentro das necessidades
de aprender e conhecer dos alunos.
IV – AVALIAÇÃO
Assim como a proposta metodológica não segue uma linha rígida, a avaliação da
aprendizagem também não o é. Fará parte do próprio processo de aprendizagem e não se
isolará ao conteúdo/disciplina, sendo apenas um meio de classificar os alunos. Antes se
estenderá num ato recíproco e contínuo dentro do desenvolvimento dos projetos
interdisciplinares através do acompanhamento e registro do desempenho dos alunos,
tentando perceber seus avanços e dificuldades, no sentido de poder está fazendo
inferências para superação dessas dificuldades e, ao mesmo tempo, poder está dando
suportes e possibilidades de avanços paralelos e outras atividades.
V – REFERÊNCIAS
CANDIDO, Antonio. Na sala de aula: caderno de análise literária. São Paulo: Ática, 1986.
81
COELHO, Nelly Novaes. O ensino da literatura. São Paulo: FTD, 1966.
DEMO, Pedro. Pesquisa e construção do conhecimento: metodologia científica no
caminho de Habermas. 5. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2002.
EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Trad. Brasileira Waltensir Dutra.
São Paulo: Martins Fontes, s.d.
MOISÉS, Massaud. A criação poética. 16 ed. São Paulo: Melhoramentos; Universidade de
São Paulo, 1977.
Linguagens, códigos e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. – Brasília :
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
(Orientações curriculares para o ensino médio ; volume 1)
REDAÇÃO
I. OBJETIVOS:
Adquirir habilidades para tornar-se um leitor autônomo e um produtor competente de
textos;
Adquirir competência social e lingüística para utilização da língua nas diversas
situações sócio-comunicativas levando-se em consideração a multiplicidade de
símbolos e procedimentos da comunicação;
Compreender e usar os sistemas simbólicos da língua como meios de organização
cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação,
informação e produção textual;
Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos da língua, relacionando textos
com seus contextos, mediante a natureza, função, organização das manifestações,
de acordo com as condições de produção e recepção de textos;
82
Comparar recursos expressivos intrínsecos nos diversos tipos de manifestações
textuais, percebendo as razões das escolhas e sabendo diferenciá-los e
interrelacioná-los;
Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da
linguagem;
Divulgar suas idéias com objetividade e fluência, construindo seu próprio discurso e
adquirindo formação crítica frente à própria produção e à necessidade pessoal de
partilhar sentidos em cada ato interlocutivo;
Colocar-se como protagonista, utilizando a linguagem como meio de expressão,
informação e comunicação no processo de produção/recepção de textos;
II. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE
Linguagem / Língua / Fala
Funções da linguagem
Variações e circunstâncias lingüísticas
A leitura e sua importância para a escrita
Texto x Textualidade
Tipologias textuais
Coerência textual
Coesão
elementos coesivos
tipos de coesão
Fatores estruturais
Fatores pragmáticos
Problemas textuais
Como avaliar a textualidade
A narração, a descrição, a dissertação e suas diferenças
A narração, sua estrutura e o tipo de discurso
As diversas formas de descrever
A dissertação – com vistas ao ENEM e Vestibulares
83
15.1. a diferença entre tema e título
15.2. a estrutura dissertativa
15.3. os tipos de dissertação
15.4. a argumentação
III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
A relação de conteúdos definidos anteriormente é questão de mera organização
didática, visto que o trabalho é de nível pragmático desenvolvido através de análises de
textos de diversos níveis e modalidades, bem como através de leituras e compreensão dos
mesmos.
O trabalho se viabilizará, possibilitando ao aluno a aquisição do conhecimento do
sistema lingüístico, do contexto sócio-histórico em que o texto foi construído e dos
mecanismos de estruturação dos significados e do próprio texto.
Além disso o trabalho se desenvolverá em oficinas de produções textuais em que o
aluno, gradativamente irá construindo seu próprio discurso, desenvolvendo sua criatividade
e avaliando seu processo de construção textual.
IV. AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem fará parte do próprio processo de aprendizagem e não
se isolará ao conteúdo/disciplina, sendo apenas um meio de classificar os alunos. Antes se
estenderá num ato recíproco e contínuo dentro do desenvolvimento dos projetos
interdisciplinares e das oficinas de produções textuais através do acompanhamento e
registro do desempenho dos alunos, tentando perceber seus avanços e dificuldades, no
sentido de poder está fazendo inferências para superação dessas dificuldades e, ao mesmo
tempo, poder está dando suportes e possibilidades de avanços paralelos a outras
atividades.
84
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. FIORIN, José Luiz, SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e redação.
4ª ed. São Paulo: Ática, 2000.
2. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: 24. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
3. GERALDI, João Wanderley (org). O texto na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Ática.
4. GOLDSTEIN, Norma Seltzer. Diálogos intertextuais no ensino de língua
portuguesa. Revista Linha D’Água. Nº 12, dez. 1997.
5. INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. 4.ed. São Paulo:
scipione, 1994.
6. KATO. Mary A. No Mundo da Escrita: uma perspectiva psicolingüística. São Paulo: Ática,
1986.
7. KOCH, Ingedore Villaça. Coesão Textual.14. ed. São Paulo: Contexto, 2001.
8. KOCH, Ingedore Villaça, TRAVAGLIA, Luiz CARLOS. Coerência Textual. 11. ed.
São Paulo: Contexto, 2001
9. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática.
10. ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e leitura. 2. ed. São Paulo: Cortez.
85
11.PERINI, Mário A. Sofrendo a gramática. São Paulo. Ática, 2000.
12. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil, 3v. il. Brasília: MEC/SEF, 1998.
13. Referencial Curricular Nacional para o ensino de Língua portuguesa. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
14. REGO, Lúcia Lins Brawne e BUARQUE, Lair Levi. Algumas fontes de dificuldade na
aprendizagem de regras ortográficas. In: MORAIS, Artur Gomes de. O aprendizado da
ortografia. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica.
15. SILVA, Ezequiel Theodoro da & ZILBERMAN, Regina (orgs). Leitura: perspectiva
interdisciplinares. São Paulo: Ática.
16. SILVA NETO, João Gomes. O ensino da literatura no 2º grau. In: AMARÍLHA, Marly.
A criança e a leitura. Natal: UFRN, 1995.
17. SUASSUNA, Lívia. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática. 2. ed.
São Paulo: Papirus, 1995.
18. ____________________ . Variação lingüística e produção de texto. Revista Linha
D’Agua. Nº 11, jun. 1997.
19. ZILBERMAN, Regina. (org). Leitura em crise na escola: as alternativas do
professor. 9ª ed. Mercado aberto.
86
LÍNGUA INGLESA
87
JUSTIFICATIVA
Um dos grandes desafios que atualmente enfrentamos é descrença, tanto por parte
dos professores como dos alunos, em relação à possibilidade de se aprender inglês na
escola regular. O ensino de língua estrangeira, na maioria das escolas brasileiras é
sinônimo de ensino de inglês, é compulsório, o que indica que ter algum conhecimento
dessa língua é considerado importante pelas autoridades de ensino. No entanto, de modo
geral, a carga horária destinada às aulas de inglês é mínima e muitos professores, apesar
de terem concluído o curso de Letras, possuem pouco domínio da língua inglesa [WALKER,
2003], o que certamente dificulta o desenvolvimento dos alunos nessa área do
conhecimento.
O ensino e aprendizagem em Língua Inglesa no Ensino Médio compreendem, uma
vez que conhecer outras culturas, outra forma de encarar a realidade em termos de
competência para o aluno que abrange não só a reflexão, como a capacidade de analisar o
seu entorno social com maior amplitude, estabelecendo, assim, vínculos, semelhanças e
contrastes entre a sua forma de pensar fazendo as possíveis conjecturas que permitam a
um aprendizado eficaz.
O ensino Médio, última etapa da educação básica, assim definido pela L.D.B., vem
ao longo da sua história, sofrendo algumas mudanças a partir das legislações e das
questões curriculares de cada área.
Em consonância com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº.
9.394/96, foram divulgados, o Parecer da Câmara de Educação Básica nº. 15/98, a
Resolução nº. 3/98 e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNEM), com o objetivo de
difundir os princípios norteadores da reforma deste nível de ensino.
Na perspectiva de atender o que prescrevem esses documentos oficiais, bem como,
a real necessidade das nossas escolas, o Centro Regional de Desenvolvimento da
Educação 4º CREDE, assume o compromisso de discutir e consolidar uma proposta que
sirva de suporte à prática cotidiana dos professores, visando a melhoria da qualidade no
processo ensino-aprendizagem, voltado para a construção de competências que favoreçam
a inserção do homem no tempo e espaço contemporâneos, seja pela eventual continuidade
dos estudos, seja no mundo do trabalho.
I . OBJETIVOS GERAIS
88
1 Retomar a reflexão sobre a função educacional do Ensino de Línguas Estrangeiras no
ensino médio e ressaltar a importância dessas.
2 Reafirmar a relevância da noção de cidadania e discutir a prática dessa noção no Ensino
de Línguas Estrangeiras;
3 Discutir o problema da exclusão no ensino em face de valores “globalizastes” e o
sentimento de inclusão aliado ao conhecimento de línguas Estrangeiras;
4 Introduzir as teorias sobre a linguagem e as novas tecnologias e dar sugestões sobre a
prática do ensino de Línguas Estrangeiras por meio dessas;
5 Focalizar a leitura, a prática escrita e a comunicação oral contextualizada.;
6 Considerar o estudo de língua estrangeira como meio de penetração do pensamento e
da cultura dos países que falam inglês;
7 Aumentar o conhecimento sobre a linguagem que o aluno já constituiu sobre a língua
materna, pôr meio de comparações com a língua estrangeira em vários níveis;
8 Possibilitar que o aluno, ao se envolver nos processos de construir significados nessa
língua, se constituía em um ser discursivo no uso de uma língua estrangeira;
9 Capacitar o aluno a compreender e a produzir significados corretos do novo idioma,
proporcionando ao aprendiz um nível de competência lingüística capaz de permitir-lhe
acesso a informações de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para sua
formação enquanto cidadão.
10 Acompanhar a evolução do conhecimento.
11 Desenvolver e valorizar a cultura de outros povos numa cultura abrangente.
II. CONTEÚDOS
1ª. SÉRIE 2ª. SÉRIE 3ª. SÉRIE
1.Verb to be (Affirmative,
negative and interrogative form)
Verb to be
Simple Future Tense
Possessive Case
Verb to be
89
2. Opposites Regular verbs – Simple past Future perfect tense
3.Numbers
4.Articles: definite / indefinite
Irregular verbs – Simple past Future conditional tense
5.Prepositions Present and past continuous Prepositions
6.Verb there to be (present and
past tense)
Question tags
Immediate future
Adverbs
7.How many, How much, How
old
Reflexive and relative
pronouns
Passive voice
8.Imperative affirmative and
Negative
Adjectives pronouns Direct and indirect speech
9.Simple Present Indefinite pronouns
Demonstratives pronouns
Modal verbs
10.Body Parts Degree of adjectives Conditional Tense
11.Present Continuous Tense Present perfect tense Conditional Perfect
12.Immediate Future Past perfect tense Conditional sentences if-
clauses
13.Countries and Nationalities Possessive pronouns Coordinating conductions
14.Profissions Genitive Case
15.Fruit
16.Dates
17.Clotches and painting
18.Collors
III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
90
A visão do mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e,
consequentemente, a língua também sofre alterações para poder expressar as novas
formas de encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância conceber-se o ensino de
um idioma estrangeiro objetivando a comunicação real, pois, dessa forma, os diferentes
elementos que a compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa
aprendizagem, ao mesmo tempo em que os estereótipos e os preconceitos deixarão de ter
lugar e, portanto, de figurar nas aulas.
É necessário que Língua Estrangeira – Inglês esteja inserida numa área, e não mais
como uma disciplina isolada no currículo. As similitudes e diferenças entre as varias
culturas, a constatação de que os fatos sempre ocorrem dentro de um contexto
determinado, a aproximação das situações de aprendizagem a realidade pessoal e cotidiana
dos alunos, entre outros fatores permitem estabelecer, de maneira clara, vários tipos de
relações entre a Língua Estrangeiras e as demais disciplinas que compõe a área.
Numa perspectiva interdisciplinar e relacionada contextos reais, o processo ensino
aprendizagem de Língua Estrangeira adquire nova configuração ou, antes, requer a efetiva
colocação em prática de alguns princípios fundamentais que não ficarão apenas no papel
por serem considerados utópicos ou de difícil viabilização.
Nesse processo de recontextualização o que fazer com a gramática? Com sistema,
as regras gramáticas estarão sempre presentes em qualquer uso da linguagem, porém, não
necessariamente acompanhadas pelo conceito de gramática como sistema abstrato e
código fixo e descontextualizado. Em vez de partir de uma regra gramatical, pode-se partir
como muitos já fazem, de um trecho de linguagem num contexto de uso.
A questão cultural inglesa será apresentada através de filmes e músicas dando
oportunidade assim do aluno conviver com a segunda língua, bem com, perceber a sua
entonação.
O material base, texto e questões de interpretação que dará ênfase contextualização
será apresentadas em módulos, visto que o aluno não possuem livro didático.
IV. AVALIAÇÃO
Avaliação deverá ser processual e gradativa observando os seguintes pontos:
1 Participação e interesse
91
2 Desenvolvimentos e comprimentos das atividades
3 Cooperação e apresentação das atividades
4 Apresentação de sugestões, questionamentos
5 Assiduidade
6 Exposição de trabalhos
7 Comunicação oral, leitura e conversão
8 Projetos
9 Prática escrita
10 Dramatização
V. REFERÊNCIAS
AUN, Eliana et all. Get to lhe point! (3volumes). São Paulo. Saraiva, 1996.
_________________.New English point. São Paulo: Saraiva, 1996.
CUDER, Ana Maria Cristina. Teens Englishas a foreign langouge. São Paulo: Scipione,
1993.
MARQUES, Amadeu. Pass Word: Special Edition. São Paulo: Ática, 1999.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Ensino Médio. Brasília: Ministério da
Educação, 1999.
PERRI, Edilza e LOBO, Elenízia. Inglês Way oul, Inglês Básico Técnico Comercial
(volume único). São Paulo.
SANTOS, Manuel C. R. dos. English Everywhere. Rio de Janeiro: Ao livro Técnico,
1991.
92
SAMARA, Samira e BIOJONE, Lúcia N. Start Reading. 18ª ed. São Paulo: Saraiva,
1999.
RUBIN, sARAH g. E ferrari, mARIZA. iNGLÊS (3 VOLUMES). São Paulo: Scipione,
2000
93
FILOSOFIA
JUSTIFICATIVA
O compromisso da escola pública é com a maioria da população que hoje, por força
do modelo econômico, político, social, cultural, está fragmentada em vários segmentos-
minorias, organizados ou não na sociedade. Não há como negar, que das mais diversas
formas, todos estes segmentos minorias participam da produção da riqueza, mas
historicamente tem sido expropriados, excluídos, manipulados, discriminados, de muitos
modos em seus direitos fundamentais, desde as suas condições objetivo-materiais de vida
(plano econômico), às formas de organização sócio-política (plano social e político) à
produção e acesso ao saber e a cultura (plano cultural).
Assim pensando, e de acordo com as grandes diretrizes da Proposta Curricular, o
acesso e a permanência na escola, desta maioria, deve significar a oportunidade de
compreender todas as contradições que constituem, determinam, condicionam o mundo
natural, o mundo histórico-social e o mundo da subjetividade individualidade que caracteriza
cada um dos seres humanos. Todo o educando tem o direito de, ao frequentar a escola,
apropriar-se crítica e criativamente do saber universal acumulado e sistematizado, para
compreender que esta forma predominante de estar, ver e fazer o mundo, é apenas uma
das formas possíveis, organizada de um modo que vem dificultando o processo de
humanização. Passar pela escola deve significar então, ter o domínio da cultura, do
instrumental teórico-prático (Ciência, Tecnologia, Filosofia, Arte), que os homens produziram
na caminhada civilizatória, para estabelecer uma nova forma de relacionar-se, entender e
transformar de modo permanente e simultâneo a natureza, a sociedade, a si mesmo e a
história, conforme nos propõe Marx na sua 11ª Tese sobre Feuerbach: “...os filósofos
apenas interpretaram o mundo de formas diferentes, o que importa é transformá-lo”. Dar
conta junto aos nossos educandos, da socialização-apropriação do conhecimento, deve
significar o desafio e o encorajamento de cada um deles para que sejam sujeitos históricos
94
atuando coletivamente no sentido da superação deste estado de coisas, pois este não é
destino dado, pronto e acabado. Postas estas referências básicas, o desafio permanente, é
o de pensar que presença marcará a Filosofia na formação dos adolescentes, dos jovens e
adultos que frenquentam o Ensino Médio.
ALGUNS ELEMENTOS PARA UMA CONCEPÇÃO DE FILOSOFIA E SEU ENSINO
UM POUCO DE HISTÓRIA
A Filosofia é uma das formas de conhecimento e guarda especificidade em relação a
todas às demais, ou seja, em relação à ciência, à arte, à religião, ao senso comum. Ela tem
uma história e uma tradição que é tão ou mais antiga que as ciências, e no entanto, por um
certo período, no Brasil, não foi considerada um saber, como os outros necessários, que
devesse ser socializado, e juntamente com as ciências compor um Currículo que realmente
garantisse a leitura e a compreensão do mundo. Só a história nos ajuda a entender esta
ausência na escola secundária. A filosofia foi eliminada do convívio com a juventude
secundarista nos anos 70, por força da Lei nº 5692/71, que abrigava um projeto pedagógico
de cunho profissionalizante estreito, e que bem ou mal, desinstalava, desadaptava, rebelava
as consciências, e, sendo assim, não era compatível com o poder autoritário, instalado em
1964. Mas a história, apesar de a classe dominante não o desejar e tudo fazer para impedir,
não é feita só por ela, mas por todos os homens e mulheres e, se transforma. Isto foi muito
bem expresso por Chico Buarque, na época, com a letra de sua música “Apesar de você”. E
foi no bojo de um processo social e político riquíssimo, com todas as consequências sobre o
debate pedagógico, que a necessidade da Filosofia foi se mostrando, exatamente pela
contribuição que tem a dar na superação do obscurantismo e finalmente está de volta.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, aprovada em Dezembro de 1996,
mesmo não tendo sido a defendida pela maioria dos educadores que lutavam pela
aprovação de outro projeto, contempla a Filosofia como conhecimento necessário à
formação da cidadania. Mas, é preciso que se diga, que em nosso Estado, já antes disto se
reconheceu a importância e o lugar da Filosofia na formação da consciência crítica dos
nossos educandos, na superação da alienação, e, já vinha compondo a currículo do ensino
médio.
UMA CONCEPÇÃO DE FILOSOFIA
95
Todos sabemos que não há um conceito universalmente válido para a Filosofia, pois
eles são tantos quantos são os filósofos que os grandes períodos de sua história nos
oferecem. Porém, um elemento aponta para uma certa unidade: a tarefa de buscar os
fundamentos, de estabelecer um quadro de mundo, enquanto totalidade. Além disso, é
preciso reconhecer que sendo o filósofo um homem sempre situado, se faz expressão de
determinados valores/interesses, de uma concepção de mundo, de conhecimento, de
homem, de sociedade, e do mesmo modo, sempre em maior ou menor grau, comprometido
com a realização prática de sua representação teórica. Este fato nos indica então, que a
relação teoria-prática é constitutiva da Filosofia. Estes elementos colocam para todos os
homens a exigência da escolha de uma concepção, e para nós ela foi se explicitando e em
seu sentido genérico se apresenta nesta síntese: A FILOSOFIA É UM PROCESSO DE
REFLEXÃO E ELABORAÇÃO CRÍTICA DE UMA CONCEPÇÃO DE MUNDO ENQUANTO
TOTALIDADE E O COMPROMISSO COM A SUA REALIZAÇÃO PRÁTICA.
Por reflexão e elaboração crítica de uma concepção de mundo enquanto totalidade,
entendemos a postura do homem sujeito, que num esforço de compreensão de si mesmo no
mundo, em oposição à fragmentação da “pseudo-concreticidade” do cotidiano,
consubstanciada no senso comum, passa a fazer, como diz Luckesi, o inventário, a crítica e
a reelaboração das concepções e valores que explicam e orientam a sua vida, em todas as
relações que estabelece este mesmo homem consigo mesmo, com os outros homens e com
o mundo, desde seus aspectos mais simples e imediatos aos mais complexos (Luckesi,
1990).
Neste sentido, fazemos nossa a afirmação de Saviani, quando propõe a Filosofia
como reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta
(Saviani, 1996). Enquanto compromisso com a sua realização prática, entendemos a
Filosofia como ação-reflexão-ação, teoria-prática, ver-fazer a realidade, interpretar-
transformar o mundo. E sendo assim, a Filosofia não se separa da Política. Esta, a política,
deve ser a Filosofia em ato, seguindo as trilhas de Platão, Marx, Gramsci. O “ensinar-
aprender-fazer Filosofia”, na expressão de Marilena Chauí, concebemo-lo como tendo seu
ponto de partida na problematização do vivido, do senso comum fragmentário, e o seu ponto
de chegada (nunca definitivo, pronto e acabado, porque vai se resignificando e rearticulando
dialeticamente) num processo de elaboração de uma concepção articulada e coerente,
possibilitado pela apropriação do instrumental próprio que advém do corpo de
conhecimentos da tradição filosófica, ou seja, seu aparato lógico-metodológico e conceitual,
de sua história e de seus clássicos. Na medida em que nosso educando vai dominando este
instrumental vai se constituindo, se enriquecendo e se ampliando a possibilidade da releitura
e da transformação da realidade, ou seja, o exercício da consciência filosófica vai se
consubstanciando, como foi dito antes, numa concepção de mundo articulada e coerente.
96
Nosso educando vai firmando uma escolha e assumindo-a em todas as suas conseqüências
(Chauí, 1995).
A Filosofia propõe ao homem-sujeito a postura da radicalidade teórico-prática. Uma
radicalidade teórico-prática que nos afaste do dogmatismo, porque deverá ir sendo o
exercício atento do rigor, dacriticidade, da dialeticidade. Uma radicalidade teórico-prática
que também no afaste do ceticismo, porque vai exigindo dos sujeitos a escolha, e,
pensamos que esta escolha deverá ir se pautando pela perspectiva de um projeto histórico
comprometido com a transformação, com a superação da exploração, da dominação, da
exclusão, da alienação, tendo em vista a humanização, novas relações do homem com o
mundo, do homem com os outros homens, do homem consigo mesmo.
UMA PROPOSTA METODOLÓGICA
Uma proposta de como encaminhar metodologicamente o “ensinar-aprender-fazer”
Filosofia, deve garantir coerência com a concepção a que chegamos sobre ela, explicitada
anteriormente, ou seja, exercitar a elevação do senso comum à consciência filosófica, no
sentido que nos é indicado por Gramsci e Saviani (Gramsci 1982 e l978) (Saviani, 1996).
Para viabilizar este processo propomos trabalhar com nosso educando a partir de
três grandes momentos, inseparáveis e imbricados um ao outro: o inventário-
reconhecimento da concepção de mundo que pauta sua vida, em todos os seus aspectos
marcadamente fragmentária e incoerente, passando pela sua crítica e como terceiro
momento a ressignificação-reelaboração no sentido de uma nova concepção articulada e
coerente.
O procedimento didático-pedagógico constitui-se:
"Problematização do concebido-vivido pelo educando, quando este é provocado a
fazer uso da palavra (oral ou escrita) para expressar como concebe-vive as situações-
problema que advêm da tematização do objeto-conteúdo da Filosofia. Desta forma, o nosso
educando perceberá que a Filosofia não é um discurso hermético e “abstrato” sobre as
coisas, os fenômenos, os acontecimentos e que só alguns homens a fazem. Ela é o
questionamento, a reflexão que a vida e o mundo exigem, para que possamos entendê-los e
nos situarmos. Faz-se necessário assumi-la e fazê-la.
"Aproximação aos clássicos, quando ao educando é oportunizado um contato inicial
com os textos-autores clássicos, que situados e comprometidos com determinados valores e
interesses de seu tempo, nos diferentes momentos da riquíssima História da Filosofia e das
97
mais diferentes perspectivas, enfrentaram e responderam às mesmas grandes questões que
constituem o seu temário. Este momento deve explicitar ainda mais o horizonte específico
em que se move a Filosofia, bem como a necessidade da apropriação do instrumental
lógico-metodológico e conceitual que a caracterizam e a compreensão da sua mais radical
historicidade.
"Aproximação aos contemporâneos, principalmente aos textos-autores que se
movem na perspectiva histórico-crítica, tendo em vista que este horizonte teórico
possibilitará que nosso educando vá compreendendo mais claramente que é preciso
comprometer-se com a leitura e compreensão do mundo em que está vivendo nas suas
urgências e soluções necessárias.
"Ressignificação teórico-prática, momento em que nossos educandos retomando o
concebido-vivido, já inventariado criticamente com a contribuição dos textos-autores, do
educador e seus pares, vão exercitando o processo de resignificar, rearticular, reelaborar,
recriar o seu modo de ver-fazer as situações-problema, não mais de uma perspectiva
fragmentária, mas de totalidade, não mais pautado pelo enfoque individualista, mas coletivo,
social e histórico.
"Neste momento, nosso educando compreenderá que o exercício da Filosofia vai
compromentendo-o com um processo sempre mais exigente de reflexão-ação,
interpretação-transformação do mundo.
"Um outro elemento do processo pedagógico é a avaliação. Ela deve ser pensada a
partir da proposta de conteúdos e método aqui explicitados. Neste sentido indicamos a
superação da concepção de avaliação autoritária, classificatória, domesticadora e
excludente. Para isso, assume-se a concepção da avaliação como diagnóstico, processo e
instrumento que subsidie nossa ação no sentido da emancipação, da autonomia, da
humanização, ou seja, da inclusão de cada um e todos os nossos educandos num processo
de aprendizagem e desenvolvimento satisfatórios. Portanto, indicamos que a avaliação
tenha um caráter participativo, significando a oportunidade em que o educando e o educador
de posse dos resultados, discutam, reflitam e se autocompreendam no processo de ensino
aprendizagem.
PROPOSTA DE CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1ª Série
98
A experiência filosófica
Como é o pensar do filósofo?
A filosofia de vida
Para que serve a filosofia?
Informação, conhecimento e sabedoria
É possível definir filosofia?
Um filósofo
A consciência mítica
Dois relatos míticos
O que é mito?
Os rituais
Teorias sobre o mito
O mito nas civilizações antigas
O mito hoje
O nascimento da filosofia
Situando no tempo
Uma nova ordem humana
Os primeiros filósofos
Mito e filosofia: continuidade e ruptura
Natureza e cultura
Para começar
O comportamento animal
O agir humano: a cultura
Uma nova sociedade?
A cultura como construção humana
99
Linguagem e pensamento
A linguagem do desenho
O que é uma linguagem?
A linguagem verbal
Funções da linguagem
Linguagem, pensamento e cultura
Trabalho, alienação e consumo
Trabalho como tortura?
A humanização como trabalho
Ócio e negócio
Uma nova concepção de trabalho
O trabalho como mercadoria: a alienação
A era do olhar: a disciplina
De olho no cronômetro
Novos tempos na fábrica
Da fábrica para o escritório
Consumo ou consumismo?
Crítica à sociedade administrativa
Uma “civilização do lazer”?
A sociedade pós-moderna: o hiperconsumo
Para onde vamos?
Em busca da felicidade
O que significa ser feliz?
A “experiência de ser”
100
Os tipos de amor
Platão: Eros e a filosofia
O corpo sob o olhar da ciência
A inovação de Espinosa
As teorias contemporâneas
Individualismo e narcisismo
Felicidade e autonomia
Aprender a morrer...
A morte como enigma
Os filósofos e a morte
O tabu da morte
Aqueles que morrem mais cedo
É legítimo deixar ou fazer morrer?
A negação da morte
As mortes simbólicas
O sofrimento da natureza
Pensar na morte: refletir sobre a vida
2ª Série
O que podemos conhecer?
O ato de conhecer
Os modos de conhecer
A verdade
101
Podemos alcançar a certeza?
Teorias sobre a verdade
A verdade como horizonte
Ideologias
Conceito geral de ideologia
Ideologia: sentido restrito
Conceito marxista de ideologia
A ideologia em ação
O discurso não ideológico
Outras concepções marxistas de ideologia
Questionamento e conscientização
Lógica aristotélica
O que é lógica
Termo e proposição
Princípios da lógica
Quadrado de oposições
Argumentação
Tipos de argumentação
Falácias
A lógica pós-aristotélicas
Lógica simbólica
Uma linguagem artificial
Lógica proposicional
Tabelas de verdade
102
Sinais de pontuação
Forma e enunciado
Consistência dos enunciados
A lógica de predicados
Lógicas complementares e alternativas
A importância da lógica simbólica
A busca da verdade
A filosofia pré-socrática
O sofista: a arte de argumentar
Sócrates e o conceito
Platão: o mundo das idéias
Aristóteles: a metafísica
A filosofia medieval: razão e fé
A metafísica da modernidade
As mudanças na modernidade
A questão do método
O racionalismo cartesiano: a dúvida metódica
O empirismo britânico
A crítica à metafísica
A ilustração: o século das luzes
Kant: o criticismo
Hegel: o idealismo dialético
Comte: o positivismo
103
Marx: materialismo e dialética
A crise da razão
Antecedentes da crise
A crise da subjetividade
Fenomenologia e intencionalidade
A escola de Frankfurt
Habermas: O agir comunicativo
Foucault: verdade e poder
Pragmatismo e neopragmatismo
A filosofia da linguagem
O discurso da pós-modernidade
Entre o bem e o mal
Os valores
Moral e ética
Caráter histórico e social da moral
A liberdade do sujeito moral
Dever e liberdade
A bússola e a balança
Ética aplicada
Aprender a conviver
Ninguém nasce moral
Aprender a autonomia
A teoria de Piaget
104
A teoria de Kohlberg
Pressupostos filosóficos
A construção da personalidade moral
Podemos ser livres
Mito, tragédia e filosofia
Somos livres ou determinados
A liberdade incondicional e o livre-arbítrio
O que é determinismo?
Os teóricos da liberdade
Consciência e liberdade
A fenomenologia: a liberdade situada
Ética e liberdade
Teorias éticas
A diversidade das teorias
A reflexão ética grega
As concepções éticas medievais
O pensamento moderno
A moral iluminista
O utilitarismo ético
As ilusões da consciência
A filosofia da existência
A ética contemporânea: o desafio da linguagem
3ª Série
105
Política: para quê?
A filosofia política
Poder e força
Estado e legitimidade do poder
A institucionalização do poder
Uma reflexão sobre a democracia
O avesso da democracia: totalitarismo e autoritarismo
O equilíbrio instável de forças
Direitos humanos
Direito natural e direito positivo
A tradição grega
Os teóricos da modernidade
Os códigos modernos e os direitos sociais
Liberdade e igualdade
A comunidade internacional
Direitos humanos: direitos de bandidos?
A política normativa
A política como teoria
A democracia grega
Os sofistas e a retórica
A teoria política de Platão
A teoria política de Aristóteles
106
O bom governo
Idade Média: política e religião
Agostinho, bispo de Hipona
A escolástica: Tomás de Aquino
Tempos de ruptura
A autonomia da política
A formação do estado nacional
A Itália dividida: Maquiavel
Soberania e estado moderno
Hobbes e o poder absoluto do Estado
A teoria política de Locke
O liberalismo clássico
O liberalismo do século XVIII
A concepção política da modernidade
Liberalismo e democracia
Liberdade ou igualdade?
O liberalismo inglês
O liberalismo francês
Hegel: a crítica ao contratualismo
As contradições do século XIX
As teorias socialistas
A origem do proletariado
107
O socialismo utópico
O marxismo
O anarquismo: principais idéias
O socialismo do século XX
O fim da utopia socialista
O liberalismo contemporâneo
Liberalismo social
Liberalismo de esquerda
Neoliberalismo
Ciência, tecnologia e valores
Senso comum e ciência
O método científico
A comunidade científica
Ciência e valores
Benefícios da ciência
A responsabilidade social do cientista
Ciência antiga e medieval
Filosofia e ciência
Geometria e medicina
Platão
Aristóteles
108
Alexandria e a escola helenística
A ciência da idade média
A decadência da escolástica
A revolução científica do século XVII
Uma nova mentalidade
Características do pensamento moderno
Galileu e as duas novas ciências
A síntese newtoniana
Novas ciências, novo mundo
O método das ciências da natureza
O desafio do método
A investigação científica
O método experimental
A ciência como construção
O desenvolvimento das ciências da natureza
A crise da ciência
Novas orientações epistemológicas
A ambigüidade do progresso científico
O método das ciências humanas
Explicar e compreender
Dificuldades metodológicas
O nascimento das ciências humanas
109
A psicologia comportamentalista
A psicologia da forma
Freud e o inconsciente
As três instâncias do aparelho psíquico
Estética: introdução conceitual
Conceito e história do termo estética
O Belo e o feio: a questão do gosto
A atitude estética
A recepção estética
A compreensão pelos sentidos
Cultura e arte
Cultura hip-hop
Os sentidos da cultura
As diferenças entre arte e cultura
Arte e cultura
Arte como forma de pensamento
Arte é conhecimento intuitivo do mundo
Funções da arte
O conhecimento pela arte
110
A significação na arte
A especificidade da informação estética
A forma
O conteúdo
A educação em arte
A importância de saber ler uma imagem
Concepções estéticas
A arte grega e o conceito de naturalismo
A estética medieval e a estilização
O naturalismo renascentista
Racionalismo e academicismo
A estética normativa
Os empiristas ingleses
Kant e a crítica do juízo estético
O idealismo de Schiller
A estética romântica
A modernidade e o formalismo
O pós – modernismo
O pensamento estético no Brasil.
BIBLIOGRAFIA
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. São Paulo: Mestre Jou.
AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Abril, 1980.
111
ANDERY, Maria Amália et alii. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 6. ed.
Rio de Janeiro:
Espaço e Tempo – São Paulo: Educ, 1996.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando. Introdução à filosofia. 2. ed. São Paulo:
Moderna, 1993.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
_______. Poética. Porto Alegre: Globo,1966.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: HUCITEC, 1988.
BALLET, René et alii. Estruturalismo e marxismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
BASBAUM, Leôncio. Alienação e humanismo. 5. ed. São Paulo: Global, 1982.
BAUGARTEN, A . G. Estética. Petrópolis: Vozes, 1993.
BENTHAN, J. e MILL, J. Stuart . Textos escolhidos. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, 1974.
BERKELEY, George. Tratado sobre os princípios do conhecimento humano. São Paulo:
Nova Cultural, 1989. (Col.
Os pensadores)
BOBBIO, Norberto. Dicionário de política. 4. ed. Brasília: UNB, 1992.
BOCHENSKI, I. M. Diretrizes do pensamento filosófico. São Paulo: Herder, 1964.
BORNHEIM, Gerd. Dialética. Teoria e Práxis. Porto Alegre/São Paulo: EDUSP, 1977.
_______. Metafísica e finitude. Porto Alegre: Editora Movimento, 1972.
BOTTOMORE, T. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Zahar , 1986.
BOTTIGELLI, E. A gênese do socialismo científico. Lisboa: Estampo, 1971.
BUNGE, M. Epistemologia. São Paulo: Queirós/EDUSP, 1980.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 5. ed. São Paulo: Ática, 1995.
CHÂTELET, F. et alii. História das idéias políticas. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1985.
CHEVALLIER, J.-J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. 3. ed. Rio de
Janeiro: Agir, 1976.
112
COLI, J. O que é arte. São Paulo: Brasiliense, 1984.
COMTE, Augusto. Curso de filosofia positiva. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Col. Os
pensadores)
COPI, I. M. Introdução à lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1974.
CORBISIER, R. Filosofia política e liberdade. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
CUPANI, Alberto. Crítica do positivismo e o futuro da filosofia da ciência. Florianópolis:
Editora da UFSC, 1985.
DESCARTES, René. Discurso do método. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1983. (Col. Os
pensadores)
DEWEY, J. Teoria da vida moral. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
ENGELS, Friederich. Dialética da natureza. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
EPICURO, LUCRÉCIO, SÊNECA, MARCO AURÉLIO. Textos escolhidos. In: Col. Os
pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, 1974.
ESCOREL, L. Introdução ao pensamento político de Maquiavel. Brasília: Ed. Universidade
de Brasília, 1979.
ESPINOZA. Ética. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
FEYERABEND, Paul. Contra o método. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.
FOUCAUT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
_______. A arqueologia do saber. Petrópolis/Vozes – Lisboa/Centro do Livro Brasileiro,
1972.
_______. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1981.
GAARDER, J. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
GARAUDY, R. O pensamento de Hegel. Lisboa: Moraes Ed., 1971.
GOLDMAN, Lucien. Dialética e cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
GOULIANE, C. I. A problemática do homem. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969.
GRAMSCI, Antônio. Introdução à filosofia da práxis. Lisboa: Antídoto, 1978.
113
GRUPPI, L. Tudo começou com Maquiavel. Porto Alegre: L & PM, 1980.
HOBBES. In: Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
HEGENBERG, Leonidas. Dicionário de lógica. São Paulo: EPU, 1995.
HELLER, Agnes. A filosofia radical. São Paulo: Brasiliense, 1983.
HOBSBAWM, E. J. (org.) História do marxismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 6 v.
_______. Revolucionários. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
HUISMAN, D. e VERGEZ, A . História da filosofia ilustrada pelos textos. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 1970.
HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Editora
Nacional/EDUSP, 1972.
JAPIASSU, Hilton. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
_______. e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar,
1991.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural,
1980. (Os Pensadores)
_______. Crítica da razão pura. São Paulo: Abril Cultural, 1980. v. 1. (Col. Os pensadores)
_______. Crítica da faculdade do juizo. Rio de Janeiro: Forense Universitário, 1993.
KONDER, L. Introdução ao fascismo. Rio de Janeiro: Graal, 1977.
_______. Os marxistas e a arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
KOSIK, Karel. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
LEBRUN, Gérard. O que é poder. São Paulo: Brasiliense, 1981. (Col. Primeiros Passos)
LEFORT, Claude. A filosofia política diante da democracia moderna. Revista Filosofia
Política. nº 1, Porto Alegre:
L & MP, 1984.
LEONTIEV, A . Linguagem e razão humana. Lisboa: Editorial Presença, s.d.
LOCKE. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
114
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural,
1978. (Col. Os Pensadores)
LUCKESI, Cipriano et alii. Introdução à filosofia. São Paulo: Cortez, 1995.
LUKÁCS, Georg. Introdução a uma estética marxista. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1970.
LYONS, David. As regras morais e a ética. Campinas: Papirus, 1990.
MACHERSON, C. B. A teoria política do individualismo possessivo: de Hobbes a Locke. Rio
de Janeiro: Paz e
Terra, 1979.
MAQUIAVEL. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
_______. O príncipe (com guia de estudos de Rosemary O’Day). Brasília: UNB, 1979.
MARCUSE, Herbert. A dimensão estética. São Paulo: Martins Fontes, 1981.
MOORE, G. E. Princípios éticos. (Col. Os pensadores)
MARX, K. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã (Feuerbach). São Paulo: Hucitec, 1984.
_______. Teses sobre Feuerbach. In: Textos, n º 1. São Paulo: Edições Sociais, 1977.
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1971.
MOUNIER, E. O personalismo. Lisboa: Morais, 1970.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural,
1974.
OLIVEIRA, Armando M. et alii. Primeira filosofia. Tópicos de filosofia geral. São Paulo:
Brasiliense, 1996.
OLIVEIRA, Manfredo. Ética e práxis histórica. São Paulo: Ática, 1995.
_______. Ética e sociabilidade. São Paulo: Loyola, 1993.
PAIM, Antônio . História das idéias filosóficas no Brasil. São Paulo: Grijalbo/USP, 1974.
PLATÃO. A República. 2. ed. São Paulo: Difel, 1973.
POPPER, K. R. Conjecturas e refutações. Brasília: UNB, s.d.
115
ROUSSEAU. In: Col. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
SARTRE, J. P. O existencialismo é um humanismo. In: Col Os pensadores. São Paulo : Abril
Cultural, 1974.
TEIXEIRA, Francisco José Soares. Pensando com Marx. Uma leitura crítico-comentada de
O Capital. São Paulo:
Ensaio, 1995.
VASQUEZ, Adolfo Sanchez. . As idéias estéticas de Marx. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1968.
VIEIRA PINTO, A. Ciência e existência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. In: Col. Os pensadores. São
Paulo: Abril Cultural, 1974.
WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. In: Col Os pensadores. 2. ed. São Paulo:
Abril, 1979 .
Filosofia da Educação
BRANDÃO, Carlos R. O que é educação. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.
CURY, Carlos R. Jamil. Educação e contradição. 6. ed. São Paulo: Cortez e Autores
Associados, 1995.
DUSSEL, Enrique. Erótica e pedagogia. São Paulo: Loyola, 1983.
DUARTE, Newton. A individualidade para si. Contribuição a uma teoria histórico-social da
formação do
indivíduo. Campinas: SP: Autores Associados, 1993.
_______. Educação escolar, teoria do cotidiano e a escola de Vygotsky. Campinas: Autores
Associados, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
_______. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1997.
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis. São Paulo: Cortez e Instituto Paulo Freire, 1995.
_______. Concepção dialética da educação. São Paulo: Cortez e Autores Associados, 1983.
_______. Educação e poder. 2. ed. São Paulo: Cortez e Autores Associados, 1981.
116
GENTILI, Pablo. (org.) Escola S.A. Quem ganha e quem perde no mercado educacional do
neoliberalismo.
Brasília: CNTE, 1996.
_______. Pedagogia da exclusão. Crítica ao neoliberalismo em educação. Petrópolis:
Vozes, 1995.
GRAMSCI, Antônio. La alternativa pedagógica. Barcelona: Nova Tierra, 1976.
_______. Concepção dialética da História. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
_______. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1982.
LIBÂNIO, José Carlos. Democratização da escola pública. A pedagogia crítica social dos
conteúdos. São Paulo:
Loyola, 1985.
LUCKESI, Cipriano C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1990.
_______. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1996.
JAEGER, Werner. Paidéia. A Formação do homem grego. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes
– Brasília: UNB.
MAKARENKO, Anton. Conferências sobre educação infantil. São Paulo: Moraes, 1981.
_______. Problemas da educação escolar. Moscovo: Editorial Progresso, 1982.
_______. Poema pedagógico. Moscou: Progresso, s.d.
MANACORDA, Mario A . Marx e a pedagogia moderna. Lisboa: Iniciativas, 1975.
_______. História da educação. Da antiguidade aos nossos dias. São Paulo: Cortez/Autores
Associados, 1989.
MARTINS, Joel e Bicudo, Maria A. U. Estudos sobre existencialismo, fenomenologia e
educação. São Paulo: Moraes, 1983.
MARQUES, Mário O. Conhecimento e educação. Ijui: Unijui, 1988.
MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. Crítica da educação e ensino. Introdução e notas de
Roger Dangeville.
Lisboa: Moraes Editores, 1978.
117
_______. Textos sobre a educação e o ensino. São Paulo: Moraes, 1993.
MENDES, Durmeval Trigueiro. (org.) Filosofia da educação brasileira. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1983.
NIELSEN NETO, Henrique. Filosofia da educação. São Paulo: Melhoramentos, 1988.
NOGUEIRA, Maria Alice. Educação, saber, produção em Marx e Engels. São Paulo: Autores
Associados/Cortez, 1992.
PINTO, Alvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo: Autores
Associados/Cortez , 1982.
PONCE, Aníbal. Educação e luta de classes. 4. ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados,
1983.
RIBEIRO, Maria Luiza Santos. Educação escolar e práxis. São Paulo: Igeu, 1991.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio. Apartado: Europa-América, 1990.
SARUP, Madan. Marxismo e educação. Abordagem fenomenológica e marxista da
educação. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica. 4. ed. Campinas: SP. , Autores Associados,
1994.
_______. Escola e democracia. São Paulo: Cortez e Autores Associados, 1983.
_______. Do senso comum à consciência filosófica. 12. ed. São Paulo: Cortez e Autores
Associados, 1996.
SCHMIED-KOWALZIK, W. Pedagogia dialética . De Aristóteles a Paulo Freire. São Paulo:
Brasiliense, 1983.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Educação, ideologia e contra-ideologia. São Paulo: EPU,
1986.
SNYDERS, Georges. Escola, classe e luta de classes. 2. ed. Lisboa: Moraes, 1981.
_______. Pedagogia progressista. Coimbra: Almedina, 1984.
SUCHODOLSKI, Bogdam. Teoria marxista da educação. Lisboa: Editorial Estampa, 1976.
VIGOTSKY, L. S. Obras escogidas. Madrid: Visor, 1990.
WERNEK, Vera Rudge. Ideologia na educação. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1984.
118
ARTE
JUSTIFICATIVA
A disciplina Arte, em Âmbito geral, pretende introduzir aos alunos o conhecimento da
produção artística, estética e cultural de todos os povos do mundo, inseridos nas práticas de
produção e apreciação artísticas, fundamentais para a formação e o desempenho social do
cidadão. Ademais, o fortalecimento da experiência sensível e inventiva dos estudantes e o
exercício da cidadania e da ética construtora de identidades artísticas se farão com o
contato destes com a música, as artes visuais, a dança, o teatro e a arte literária, ampliando
saberes e contextualizando-os, como nas artes audiovisuais. O despertar/desenvolver das
habilidades artísticas também auxiliará o docente na seleção e escolha dos projetos
119
patrocinados pelo governo do Estado, através da SEC, como o FACE (Festival Anual da
Canção Estudantil), o TAL (Tempos de Arte Literária) e AVE (Artes Visuais Estudantis),
entre outros que surgirem nesse âmbito. A principal contribuição que a Arte trará aos
educandos será o conhecimento da Arte como parcela e representação da sociedade,
desde seu surgimento, na época das cavernas, até os tempos atuais.
I. OBJETIVOS
- Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da Arte – em suas
múltiplas linguagens – utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o
patrimônio nacional e internacional, o qual deve ser conhecido e compreendido em sua
dimensão sócio-histórico-econômica.
- Apreciar produtos de Arte, em suas variadas linguagens, desenvolvendo tanto a
fruição quanto a análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e compreendendo
critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter
filosóficos, históricos, sociológicos, antropológicos, psicológicos, semiótico-científicos e
tecnológicos, dentre outros.
-Realizar produções artísticas, individuais ou coletivas, nas diversas linguagens da
Arte (escultura, arquitetura, música, artes visuais plásticas e pintura, dana, teatro, artes
audiovisuais) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos,
com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações
socioculturais e históricas.
- Valorizar o trabalho dos profissionais e técnicos das diversas linguagens artísticas.
- Preparar o alunado para interagir de forma crítica e lógica em questões do novo
ENEM, uma vez que este valorizará a disciplina de uma forma efetiva, contextualizada e
interdisciplinar com ênfase nas disciplinas História e Literatura.
II. CONTEÚDOS
1. História da Arte (Linha do tempo)
2. Importância da Arte no estudo da História e da Literatura.
120
3. Revisão de Arte (e sua influência nos fatos históricos e nas Escolas Literárias
correspondentes)
3.1 Arte na Pré-História
3.2 Arte Egípcia
3.3 Arte Grega
3.4 Arte Romana
3.5 Arte Bizantina
3.6 Arte Gótica
3.7 Arte Renascentista
3.8 Qüinhentismo Brasileiro (Arte Indígena)
3.9 Arte Barroca (Brasileira e Européia)
3.10 Arte do Rococó
3.11 Arte Neoclássica
3.12 Arte do Romantismo
3.13 Arte Realista
3.14 Art Nouveau
3.15 Arte Impressionista
3.16 Arte Pós Impressionista
3.17 Arte Expressionista
3.18 Vanguardas Européias (Cubismo, Surrealismo, Futurismo, Dadaísmo,
Expressionismo).
3.19 Semana de Arte Moderna (comparação e busca da influência das Vanguardas
Européias)
3.20 Tendências das pinturas, arquitetura, escultura modernas, (européia e brasileira).
3.21 Arte da década de 60 (músicas de protesto, Concretismo e Abstracionismo).
3.22 Arte da sociedade industrial: Op Art, Pop Art, Art Nouveau.
121
3.23 A Sétima Arte: O cinema e sua influência na sociedade de consumo
4. Produção Artístico-cultural: paródias, composições musicais, saraus literários, oficinas de
teatro e pintura, concursos de dança, artesanato, reciclagem, e posterior apresentações e
exposições nos pátios.
5. Debates e produção artística: pintura, escultura, poesias, músicas e paródias.
6. Análise de charges, histórias em quadrinhos, poemas concretos.
III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
Partindo dos pressupostos teóricos da disciplina, o docente poderá utilizar-se de
aulas expositivas, exibição de slides, debates, trabalhos em grupo (seminários e produção
de manifestações artísticas materiais ou imateriais).
A disciplina desenvolverá a sensibilidade estética do educando, para analisar os
elementos de composição das obras artísticas, sua finalidade e objetivo, contextualizando-
as no momento histórico a que estas pertençam, identificar influências das obras na História
da sociedade e vice-versa. Perceber as cores, nuances, texturas, temas, personagens,
técnicas e demais elementos estéticos, para perceber qual a Escola Artística tal obra
pertença, diferenciando-a tal obra pertença, diferenciando-as de obras similares concebidas
em outros momentos históricos.
Novas vertentes metodológicas no ensino da Arte surgem no cenário pedagógico,
discutindo a ampliação e mesmo a eliminação das diferenças conceituais entre arte e
cultura. Baseadas no impacto das novas tecnologias, essas abordagens descentralizam os
saberes tradicionais do professor e dos currículos, valorizando as diversas formas de
manifestações artísticas e estéticas ligadas ao cotidiano social e privado dos indivíduos.
Valoriza-se assim, o repertório do aluno, especialmente dos jovens em contato com as
mídias, priorizando a análise dos ritos subjacentes ao modo de vestir, falar, ao s gestos de
cumprimento e às preferências esportivas. A identificação com o hip hop pode ser dada
como exemplo desses ritos na esfera urbana, com suas manifestações como grafite,
tatuagens, preferências musicais, esportivas, danças de rua, etc.
O desenvolvimento da sensibilidade artística permite abordar de forma crítica e
integrada temas atuais como a cidadania, a violência, a juventude, drogas, sexualidade,
programas sociais do governo, as cotas raciais, a quebra de estereótipos, a redefinição de
conceitos, o desemprego, o meio ambiente, as vocações individuais, através de debates,
122
produção de textos, relatórios orais ou escritos, criação de desenhos, objetos artesanais ou
reciclados, apresentações teatrais, paródias, etc.
Enfatizando a influência dos meios de comunicação na criação dos hábitos de
consumo, dos padrões de status social, dos estilos de vida doméstica e familiar, dos papéis
sociais da mulher e de grupos minoritários, regionais, não-padronizados como “Arte da
elite”, busca-se imprimir um caráter transdisciplinar ao ensino de Arte, vinculando-o,
principalmente, às pesquisas da Sociologia, da Antropologia e da Semiótica.
Portanto a unidade da arte, tanto quanto da ciência, se decompõe em formas
específicas e especializadas de conhecimento, mas também se recompõe em formas
híbridas. A ciência converte-se em tecnologia. A arte coloniza/humaniza essas tecnologias,
inscrevendo-as no cotidiano com novas funções artístico-estéticas, utilitárias, comerciais, de
entretenimento, etc.
A revisão histórica apresentada anteriormente relata as múltiplas dimensões da arte
e sua inserção no ensino, imprimindo-lhe diferentes ênfases em cada momento ou
tendência de pensamento: forma de trabalho, de estrita erudição (“educação bancária”), de
conhecimento, de estímulo à criatividade e experiência estética, de intervenção
sociopolítica, de fortalecimento da identidade, entre outras.
Isso significa que a educação – seja na área de ciência, de linguagem ou de arte
especificamente – nunca é neutra. Embora haja um corpus de conhecimento que identifique
cada uma dessas áreas, é nas suas contextualizações que esses conhecimentos adquirem
diferentes sentidos e significados.
IV. ATIVIDADES ESTRATÉGICAS ADOTADAS
Nas Artes Visuais
Discussão de textos críticos (jornal, revistas, catálogos de exposição, livros)
sobre as biografias dos artistas, as poéticas, os objetos, os elementos visuais e
conceituais de seus trabalhos;
Apreciação de imagens mediadas por jogos, tais como: quebra-cabeça das
principais obras, “passa ou repassa” com perguntas referentes aos elementos
que compunham as imagens e os dados biográficos dos artistas;
Produção de trabalhos pelos alunos explorando os materiais, as técnicas e os
suportes utilizados pelos artistas;
123
Refacção de obras artísticas existentes, à luz de novos temas e conteúdos
previamente trabalhados, inserindo essas novas obras ao contexto atual ou
regional.
No Teatro
Oficinas de Expressão Oral e Gestual,
Estudo dos elementos da linguagem teatral em sala de aula;
Estudo de obras de artistas conhecidos do teatro, como Nelson Rodrigues, Dias
Gomes, Ariano Suassuna, Chico Buarque entre outros, com o auxilio do
professor de História;
Sessão de cinema com obras transportadas da linguagem do Teatro para a
linguagem Cinematográfica, enfatizando suas semelhanças e diferenças;
Investigação das diversas visões dos integrantes a respeito do texto, por meio de
leituras coletivas, trabalhos individuais ou experimentos cênicos.
Exercício das funções e papéis sociais específicos da linguagem teatral,
resultando em um trabalho a ser apresentado na escola e em outros espaços
cênicos da cidade (escolas municipais, Câmara de Vereadores, igreja, sindicatos,
etc.)
Na Música
Performance musical popular, pesquisando gêneros musicais diversos, seu
impacto histórico/estético na sociedade que os concebeu, técnica vocal, teoria
musical, além de várias dinâmicas de integração e desinibição do grupo
(contando com o apoio de um profissional da área);
Formação de um coral, além do primeiro festival de música do colégio,
recolhendo material para o projeto FACE (festival anual da canção estudantil)
Composição com o tema “Os 40 anos da ditadura militar” trabalho interdisciplinar
com História, Geografia, Português, Inglês, etc. analisando letras de diversos
compositores (Chico Buarque, Caetano Veloso, Raul Seixas, etc.) e o contexto
histórico em que as músicas foram escritas. Análise da biografia de alguns
compositores brasileiros com repercussão no período da ditadura militar.
Composição com o tema: “A influência da mídia na formação dos alunos do
colégio.” Abordagem acerca da indústria cultural, o consumismo, a história da
música popular brasileira, as interpretação de músicas nacionais ou não,
124
veiculadas pela mídia ou que não são veiculadas pela mesma, percebendo a
intencionalidade por trás de tal atitude.
Na Dança
Sondagem diagnóstica, buscando informação sobre o que os alunos pensam
sobre a dança e quais suas expectativas com relação à disciplina.
Laboratório de Expressão Corporal, tendo como conteúdos:
Reconhecimento do próprio corpo: forma, limites, formas de andar, forma do
corpo do outro;
Alinhamento postural;
Articulação do corpo: pequenas e grandes;
Espaço: interno, pessoal interpessoal, grupal, global, linhas, níveis e zonas;
Conceito de dança;
História da dança: das origens à estruturação do balé clássico.
Tipos de danças entre os povos, seus objetivos e campeonato de dança,
enfocando diversos tipos e gêneros, durante vários momentos do ano, (um no
final de cada unidade)
Na história da Arte como um todo
Leitura de textos teóricos e reconhecimento de características de cada Escola
Artística específica, em obras de arte existentes, sejam monumentos, quadros,
objetos, casas, esculturas, obras da arquitetura, vinculando-as à intencionalidade
e ao momento histórico específico a que pertençam;
Apresentações orais, através de seminários temáticos;
Audição de músicas, análise e reflexão oral das mesmas, vinculando-as ao
conteúdo estudado;
Exibição de filmes relacionados aos conteúdos trabalhados;
Produção de objetos artesanais, faixas, cartazes;
Produção de textos, paródias;
Debates regrados, seguidos de relatórios orais;
Confecção de objetos artesanais, reciclados, reaproveitamento de alimentos
(Economia doméstica);
Produção de textos dissertativo-argumentativos a partir da análise de charges;
Provas escritas, trabalhos, pesquisas;
Oficinas de criação/refacção de quadros e esculturas para participação e escolha
no projeto AVE (Artes Visuais Estudantis)
125
V. AVALIAÇÃO
A avaliação será feita de forma gradual e continua, levando em consideração a
participação, interesse, criatividade, criticidade, envolvimento com as atividades propostas,
apreensão dos conteúdos, temas e conceitos, características e intencionalidade dos autores
das obras analisadas, domínio do conteúdo e da proposta apresentados, a organização e
correta utilização dos recursos (pen drive, TV, DVD, cartazes, fotos, objetos teatrais, figuras,
fotos, som, etc.) e sua adequação ao conteúdo, a utilização racional do tempo e a entrega
dos relatórios escritos e orais.
Além desses aspectos, serão analisados a estética, a estrutura, o acerto real ou
aproximado de temas como os propostos nas charges ou cartuns, o “passa ou repassa”, as
avaliações escritas (abertas), a argumentação, a estética, a organização e adequação ao
tema proposto, correto uso da língua, coesão e coerência, além de propostas de intervenção
coerentes.
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALABRIA, Carla, Paula Brondi & MARTINS, Raquel Valle. Arte, História e produção
2. Arte Ocidental. Editora FTD. São Paulo, 1997.
FEIST. Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da arquitetura. Editora Moderna.
São Paulo, 2006.
FUSARI, Maria F. de Resende & FERRAZ, Maria Heloísa C. de T. Arte na Educação
Escolar. Cortez Editora. São Paulo, 2006.
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender Arte. Editora Artmed S. A. São Paulo,
2003.
JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música. Editora Scipione. São Paulo,
2008.
LEMOS, Carlos A. C. Arquitetura Brasileira. Companhia Melhoramentos de São
Paulo. São Paulo, 1979.
MANGUEL, Alberto. Lendo imagens. Companhia das Letras. São Paulo, 2003.
MATUCK, Nilson Moulin Rubens. Leonardo da Vinci. Cortez Editora. São Paulo,
2007.
NASCIMENTO. Milton Meira do. & NASCIMENTO, Maria das Graças. Iluminismo – A
Revolução das Luzes. Editora Ática. São Paulo, 2008
126
PEREIRA, Avelino Romero Simões (org.), et. Alli. Vários autores. Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Médio. Alô Comunicação. Brasília, 1999.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. Editora Ática. São Paulo, 2008.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática. São Paulo, 2001.
SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Relevos e curvas. O Barroco no Brasil – Séculos
XVII a XIX. Edições Pinakotheke. Rio de Janeiro, 2006.
SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Cidades e florestas. Os artistas viajantes entre os
séculos XVII e XIX. Rio de Janeiro, 2006.
Idem. Luzes e Sombras – Século XIX. Edições Pinakotheke. Rio de Janeiro, 2006.
Idem. Sonhos e realidade. A primeira metade do século XX. Edições Pinakotheke.
Rio de Janeiro, 2006.
Idem. Cores e formas. A segunda metade do século XX. Edições Pinakotheke. Rio
de Janeiro, 2006.
Idem. Raízes e tradições. A arte popular no Brasil. Edições Pinakotheke. Rio de
Janeiro, 2006.
TRAPELI, Percival. Arte Brasileira/Arte indígena – do pré-colonial à
contemporaneidade. Companhia Editora Nacional. São Paulo, 2007.
MELLO, Guiomar Namo de. (org.) et. Alli. Ofício de Professor n° 5 – Biografias:
Escritores, Artistas Plásticos. Editora da Fundação Victor Civita. São Paulo, 2005.
MELLO, Guiomar Namo de. (org.) et. Alli. Ofício de Professor n° 3 – Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias. Editora da Fundação Victor Civita. São Paulo, 2005.
FEITOSA, Charles. Explicando a Filosofia com Arte. Editora Ediouro. Rio de Janeiro,
2004.
AMARAL, Tarsila do. Tarsila por Tarsila (sobrinha-neta). Editora Rideel/Celebris. São
Paulo, 2004.
127
EDUCAÇÃO FÍSICA
JUSTIFICATIVA
Diante da necessidade incansável de melhorar, e da busca infinita de proporcionar ao
educando aulas prazerosas, cooperadoras e inclusivas, estudamos propostas que levem os
alunos a perceberem a educação física como uma disciplina que além de proporcionar
distração e prazer, tem um estudo que perpassa a prática, leva ao entendimento do corpo,
dos limites, e sua proposta tem que ser a inclusão. Por mais que o adolescente encontre
dificuldades, corporal ou de espaço físico, a pratica é um direito dele. E esse direito não pode
ser negado.
Nos últimos anos a procurar por uma prática saudável, a redução do nível de stress e
uma melhora na educação corporal do educando têm crescido no meio da sociedade.
Percebendo que tais problemas de cunho social, estão ultrapassando as barreiras escolares
e se tornando uma preocupação também para os professores, surgiu assim a necessidade
de contribuir com aulas de Educação Física voltada para o lúdico, para a saúde e para a
educação do aluno em todos os níveis de formação.
Diante disso, a missão do professor de educação física é desmistificar a história que
coloca a Educação Física como a disciplina que todos os alunos gostam e defendem como a
mais legal, mas não a titulam como a mais importante para sua educação. Assim
parafraseando o professor Reinaldo Soler, tem-se pela frente um caminho desafiador por ser
longo e difícil, porém ao mesmo tempo é muito sedutor justamente por ser difícil, e essa
dificuldade é o desafio que nos faz continuar.
“Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas”.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo.
Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los
para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros.
Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os
pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso
128
elas não podem fazer, porque o vôo já nasce entro dos pássaros. O vôo não pode ser
ensinado. Só pode ser encorajado.
Na sua infância, o escritor gostava de pegar passarinhos em arapucas e depois o
colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia
as asas, crispava as garras e enfiava o bico entre os vôos. Queria ganhar espaço, mas não
estava livre.
Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel
gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes da periferia? Ou serão as escolas que são
violentas? As escolas serão gaiolas? Será que os alunos precisam ser educados para deixar
de ser violentos! Uma boa educação abre os caminhos de vida melhor. Mas eu pergunto:
Nossas escolas estão dando uma boa educação? O que é uma boa educação?
Será que a boa educação está nos conteúdos dos programas oficias? No aluno saber
o que é “dígrafo”? E os usos partícula “se”? É o nome das enzimas que entram na digestão?
E o sujeito do hino “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado
retumbante”?
O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer
aprender para poder viver. E emite ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja
função é ajuda-lo a viver. “Ferramentas” são conhecimentos que nos permitem resolver os
problemas vitais do dia-a-dia. “Brinquedos” são todas as coisas que, não tendo nenhuma
utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria a alma. Nessas duas palavras, ferramentas
e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos são asas. Ferramentas
me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos
da alma.
Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos estão aprendendo a liberdade, não
fica violento fica alegre vendo as asas crescerem.
Assim, todo professor, ao ensinar, teria de se perguntar:” o que vou ensinar é
ferramenta ou brinquedo”? Se não for, é melhor deixar de lado.
As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos
matriculados.
Esses dados não medem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei
que há professores que amam o vôo dos seus alunos.
Há esperança...
Rubem Alves
129
I. OBJETIVO GERAL
Perceber que a Educação Física pode ser melhor aproveitada, com uma prática
inclusiva, profilática que desperta no educando o prazer de brincar, respeitando suas
limitações e entendendo que o colega é mais importante do lado do que distante.
II. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Promover exercícios físicos que auxiliam numa possível reeducação postural dos
alunos.
Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas
com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si
próprio e dos outros, sem descriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou
sociais;
Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo,
dignidade e solidariedade nas práticas da cultura corporal de movimento;
Reconhecer como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de
higiene, alimentação e atividades corporais relacionando-os com os efeitos sobre a própria
saúde e de melhoria da saúde coletiva;
Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que existe nos
diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são
produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o
consumismo e o preconceito;
Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis
como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em
relação à sua saúde e à saúde coletiva;
130
III. METODOLOGIA
Concordo que o estudo, tanto quanto o trabalho, é coisa séria.
Coisa séria, não sisuda.
João Paulo Subira Medina
As aulas serão divididas entre teórica e praticas, nas aulas praticas utilizaremos à
quadra da escola onde serão realizadas as atividades de arremessos, corridas e saltos. Nas
aulas teóricas iremos abordar questionamento acontecido nas aulas praticas e enfatizar
temas transversais como: sexualidade, meio ambiente, violência urbana e doméstica. A
quadra da escola receberá a iniciação do Handebol, Basquete, Vôlei, Futsal e jogos e
atividades lúdicas.
Faremos uso também de filmes interativos que associa-se com o cotidiano dos
estudantes para que deste modo possamos refletir sobre nossas atitudes com o objetivo de
estar preparado quando toma-las. O xadrez será uma alternativa de prática para alunos que
por algum motivo de doença não possam praticar atividade física, como também as
atividades de seminários, debates em sala, pesquisas farão parte da nossa prática para
pedagógica no corrente ano letivo.
IV. AVALIAÇÃO
Uma educação em que a única preocupação é transformar o professor em depositante de conhecimentos e o
aluno em simples recipiente vazio. Quanto mais depositar, melhor será o professor e quanto mais receber, melhor
será o educando.
PAULO FREIRE
Conforme o P.C.N. a avaliação deve ser de utilidades, tanto para o aluno quanto pra
o professor, para que ambos possam dimensionar avanços e as dificuldades dentro do
processo de ensino aprendizagem e torna-lo cada vez mais produtivo.
131
Assim, pretende-se avaliar o aluno de acordo sua resposta frente às atividades
propostas pelos professores: aceita as limitações impostas pelas situações de jogo; quanto
ás regras se demonstra respeito e responsabilidade; seu entusiasmo quando participa de um
jogo; a não discriminação das produções culturais por quaisquer razões sociais, étnicas ou
de gênero; se produz com serenidade os trabalhos propostos pelos professores; e tudo que
o professor entende como critério avaliativo podendo ser eles: textos, pesquisas,
apresentação teatral, seminário, prova, participação.
V. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Compreender a educação física como pratica integradora, respeitando seus limites e
aprimorando suas habilidades;
Conhecer variadas formas de jogos voltados para a participação, reconhecendo sua
importância;
Perceber que o esporte é democrático e que homens e mulheres podem e devem
jogar juntos;
Adotar hábitos saudáveis entendendo a importância de se alimentar bem;
Discutir o uso das drogas refletido sobre suas ações físicas, psíquicas e sociais;
Resgatar jogos e brincadeiras populares;
Resgatar a importância de cultura local com: danças, dramatizações e cânticos
regionais.
VI. CONTEUDOS DA 1ª SÉRIE
I UNIDADE
História do futsal
Fundamentos do futsal
História da Educação Física
A importância da Atividade Física
II UNIDADE
História do handebol
Fundamentos do handebol
Principio técnico e tático do
handebol
132
Principio técnico e tático no futsal
Futsal misto
História da cultura do município
Cuidados com a higiene corporal
Alimentação saudável
Handebol misto
Higiene mental (projeto)
Expressão corporal
III UNIDADE
História do atletismo
Concepções sociais do atletismo
Iniciação ao basquetebol
Principio técnico e tático do
basquetebol
Iniciação ao xadrez
Hábitos saudáveis (como adotar)
IV UNIDADE
História do voleibol
Iniciação ao voleibol
Malefícios do uso de drogas e
anabolizantes.
O esporte como veiculo de
alienação.
Danças culturais
“Não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem educando tão ignorante que
nada possa ensinar”.
Becker
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Perceber a educação física como disciplina que aprimora a cultura corporal
compreendendo suas ações e reações dentro e fora do contexto escolar;
Conhecer variadas formas de jogos voltados para a participação, conhecendo sua
importância e aprimorando suas habilidades;
Praticar esportes de forma saudável com o colega e não contra.
Adotar atitudes de respeito mútuo dignidade e solidariedade, e romper os problemas
de sexismo;
Adotar hábitos saudáveis entendendo a importância de se alimentar bem;
Discutir o uso das drogas refletindo sobre suas ações físicas, psíquicas e sociais;
Valorizar a autoestima e o raciocínio lógico;
Despertar a importância de cultura regional
Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos
133
CONTEÚDOS DA 2ª SÉRIE
I UNIDADE
Futsal
História do futsal
A importância da atividade Física
II UNIDADE
Handebol misto
História do Handebol
Higiene
Alimentação saudável
Iniciação ao xadrez
III UNIDADE
Futsal misto
Iniciação ao voleibol
História do atletismo
Iniciação ao atletismo
IV UNIDADE
Basquetebol
Iniciação ao basquetebol
História do basquetebol
O esporte como fenômeno
mundial.
“Não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem educando tão ignorante que
nada possa ensinar”.
Becker
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Conhecer variadas formas de jogos voltados para a participação, conhecendo sua
importância e aprimorando suas habilidades;
Compreender os esportes como a prática social, os quais podem ser jogados com
todos sem distinção de sexo ou físico, posicionando-se de maneira crítica, responsável e
construtiva nas diferentes situações de jogo;
134
Refletir sobre cada modalidade esportiva praticada nos campeonatos, comparando-os
com as propostas das unidades;
Adotar hábitos saudáveis entendendo a importância de se alimentar bem;
Discutir o uso das drogas refletindo sobre suas ações físicas, psíquicas e sociais;
Adotar atitudes de respeito mútuo dignidade e solidariedade, e romper os problemas
de sexismo;
CONTEÚDOS DA 3ª SÉRIE
I UNIDADE
Futsal
Principais regras do futsal
Fundamentos básicos
Atividade física e saúde
O esporte associado ao
capitalismo
II UNIDADE
Handebol
Principais regras do handebol
Fundamentos básicos
Higiene e alimentação saudável
Iniciação ao xadrez
III UNIDADE
Voleibol
Principais regras do voleibol
Fundamentos básicos do voleibol
Iniciação ao atletismo
IV UNIDADE
Basquetebol
Principais regras do basquetebol
Fundamentos do uso de drogas e
anabolizantes
“Não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem educando tão ignorante que
nada possa ensinar”. Becker
OBJETIVOS
Participar de atividades práticas e teóricas que mostrem sua condição de
adolescente, estudando, debatendo e refletindo com os demais assuntos característicos de
sua fase;
135
Compreenderm os esportes como práticas sociais, os quais podem ser jogados com
todos sem distinção de sexo ou físico, posicionando-se de maneira crítica, responsável e
construtiva nas diferentes situações de jogo;
Refletir sobre cada modalidade esportiva praticada nos campeonatos, comparando-os
com as propostas das unidades;
Adotar hábitos saudáveis entendendo a importância de se alimentar bem;
Discutir o uso das drogas refletindo sobre suas ações físicas, psíquicas e sociais;
RECURSOS:
Bolas de futsal
Bolas de handebol
Bolas de voleibol
Bolas de basquetebol
Cones
Bastões
Cordas
Redes de voleibol
Apito
Som (DVD) TV
DVDS
Data show
VII. REFERÊNCIAS
BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos Cooperativos: O jogo e o esporte como um Exercício de
Convivência. Santos, S.P.: Projeto Cooperação, 2001
136
CALLADO, Carlos Velásquez. Educação para a paz. Santos, SP: Projeto Cooperação, 2004.
CARRANO, Paulo Cezar R.(org). Futebol: paixão e política, R.J.DP&A, 2000.
FERREIRA, Vanja. Educação Física interdisciplinaridade, aprendizagem e inclusão. Rio de
Janeiro: Sprint, 2006.
P.C.N. Educação Física. Secretaria da Educação Fundamental. 3.ed.-Brasília: A Secretaria,
2002.
SILVA, Elizabete Nascimento. Plano de Aula. Rio de Janeiro: 2ª edição: Sprint 2000.
SOLER, Reinaldo. Educação Física inclusiva. Rio de Janeiro: Sprint 2005.
Educação Física uma abordagem cooperativa. Rio de Janeiro: Sprint 2006.
COLETIVO DE AUTORES – Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
137
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO
O termo matriz refere-se a uma maneira de organizar relações entre duas variáveis
de naturezas distintas, mas intimamente associados quando tratamos dos processos de
aprendizagem. Na sua forma mais usual de compreensão, trata-se de uma lista
hierarquizada dos conteúdos de Matemática a ser aprendidos numa série ou ciclo.
Associada a esses conteúdos são indicadas as competências cognitivas envolvidas, das
quais farão os alunos uso para adequadas construção do conhecimento.
Nesse entendimento, o presente documento tem por finalidade apresentar as linhas
norteadoras da Proposta Curricular de Matemática para o Ensino Médio com foco na
necessidade de se construir uma Referência Curricular que possa ser discutida e traduzida
em realidade para cada instituição e, ao mesmo tempo, possa garantir a todos os alunos
que freqüentam cursos nos períodos diurnos ou noturnos, da zona rural ou urbana, o direito
de ter acesso aos conhecimentos indispensáveis á construção da sua cidadania.
Para tanto, é necessário redefinir o papel da escola na sociedade brasileira. O
modelo da simples memorização de conteúdos escolares se mostra insuficiente para o
enfrentamento da realidade contemporânea, um contexto de contínuas transformações
científicas, culturais, políticas, sociais e econômicas. Os novos tempos exigem um outro
138
modelo educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de
competências e de habilidades essenciais, a fim de que jovens possam efetivamente
compreender e refletir sobre a realidade em sua volta.
Assim, esta Proposta Curricular procurou enfatizar um ensino de Matemática voltado
para o desenvolvimento de habilidades e competências que caracterizam o “pensar
matemático”, levando o aluno a adquirir conhecimentos que possam se constituir em chaves
para a leitura do mundo em que vive, bem como para a compreensão e participação no
progresso científico e tecnológico.
Procurou também, nesta proposta, realizar a organização dos conteúdos sob uma
perspectiva mais ampla, identificando não só os conceitos, mas também os procedimentos
(habilidades) e as atitudes a serem trabalhados em classe. Certamente, esse novo jeito de
selecionar e organizar os conteúdos que estão divididos em três blocos: Números e Álgebra;
Geometria e Medidas e Análise de dados, trará um enriquecimento ao processo de ensino
aprendizagem.
JUSTIFICATIVA
O ensino de Matemática no Ensino Médio, entendido como etapa final da
escolaridade básica, deve está voltado para o desenvolvimento e promoção de alunos, com
diferentes motivações, interesses e capacidades, criando condições para a sua inserção
num mundo em mudanças e contribuindo para desenvolver as capacidades que deles serão
exigidas em sua vida social e profissional.
Assim, nesta etapa da escolaridade, a Matemática vai além de seu caráter
instrumental, colocando-se como ciência com linguagem própria e métodos específicos de
investigação, e com importante papel integrador junto às demais Ciências da Natureza.
O enfrentamento das situações que o jovem terá pela frente na escola e no
prosseguimento de seus estudos requer mais do que informações, exigindo a mobilização
de conhecimentos e habilidades. Por isso, elaboramos uma seqüência de conteúdos a
serem apresentados ao educando que possibilite ao mesmo continuar aprendendo, pois
saber aprender é a condição básica para prosseguir o aperfeiçoamento ao longo da vida.
Também deve auxiliá-lo no desenvolvimento da autonomia e da capacidade de pesquisa,
tornando-o confiante em seu próprio conhecimento e, além disso, deve ajudá-lo na
preparação básica para o trabalho e no seu aprimoramento como pessoa humana critica,
139
com valores éticos e com atitudes de cooperação, formando, assim, um cidadão atuante,
que apresenta as características exigidas pela sociedade de hoje.
Na perspectiva de atender as orientações mais atuais para o ensino de Matemática,
bem como, a real necessidade dos nossos alunos, a escola assume o compromisso de
discutir e consolidar uma proposta que sirva de suporte à prática cotidiana dos professores,
visando a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem de Matemática, voltado para a
construção de competências que favoreçam a inserção do homem no tempo e espaço
contemporâneos, seja pela eventual continuidade dos estudos, seja no mundo do trabalho.
MATRIZ CURRICULAR
NÍVEL: MÉDIO
SÉRIE: 1ª; 2ª e 3ª
ÁREA DO CONHECIMENTO: MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
CONTEÚDOS OBJETIVOS (COMPETÊNCIA)
SÉRIE: 1ª
1 - Conjuntos;
- Noções básicas;
- Operações;
- Problemas que envolvem conjuntos;
- Conjuntos numéricos;
- Intervalos;
2 - Funções;
Ler, reconhecer e interpretar dados de
situações matemáticas, representados nos
diversos tipos de conjuntos;
Elaborar situações problemas que envolvam
aplicações de conceitos matemáticos
referentes aos tipos de conjuntos
resolvendo-as e analisando-as;
Aplicar os procedimentos numéricos
relacionados com conjuntos e os valores
com sua representação simbólica;
Reconhecer e interpretar dados de
situações matemáticas, representações da
140
- A idéia de função;
- O conceito matemático de função;
- Domínio, contradomínio e imagem de
uma função;
- Gráfico de uma função;
- Crescimento e decrescimento de uma
função;
- Função composta;
- Função inversa;
3 - Função Polinomial;
- o que é função polinomial. Função
constante;
- Estudo da função polinomial do 1º grau
- Inequações do 1º grau;
- Estudo da função polinomial do 2º grau;
- Inequações do 2º grau
- Inequação- produto e inequação
quociente;
- Usando as inequações para determinar
para determinar o domínio de uma
função;
4 - Função Modular;
- Modulo ou valor absoluto de um número
real;
- Função modular;
- Equações modulares;
Inequações modulares;
tabelas, gráficos e expressões matemáticas;
Desenvolver a capacidade de investigar
reconhecendo e interpretando as funções
afins construindo significados a partir delas;
Reconhecer e interpretar as funções
polinomiais do 2º grau, fundamento suas
opiniões e adaptando-se com flexibilidade
as mudanças;
Utilizar diferentes linguagens matemáticas
para função exponencial, empregando-as
com flexibilidade da resolução de situações
problemas;
Reconhecer e compreender as aplicações
das funções logarítmicas e modulares e
questões tecnológicas e outras ciências;
141
5- Função Exponencial;
- Revendo a potenciação;
- Equações exponenciais;
- Função exponencial;
- Inequações exponenciais;
6 - Função Logarítmica;
- O que é logaritmo;
- Equações logarítmicas;
- Propriedades dos logaritmos;
- Cologaritmo;
- Mudança de base;
- Função Logarítmica;
- Inequações logarítmicas;
SÉRIE: 2ª
7– Progressões;
- Sucessão ou sequência numérica;
- Progressão aritmética;
- Progressão geométrica;
8 - Matrizes;
- Conceito de matriz;
Perceber o que é uma sequência numérica;
Utilizar os conceitos de PA e PG na
resolução de problemas;
Compreender situações problemas que
envolvam aplicações de conceitos
matemáticos referentes às matrizes
analisando-as e resolvendo-as;
Analisar interpretar, formular e resolver
situações problemas, compreendendo
determinantes;
Refletir sobre procedimentos de cálculo que
leve a resolução de sistemas lineares;
Analisar interpretar, formular e resolver
situações problemas, compreendendo o
significado da análise combinatória e do
binômio de Newton;
Estabelecer conexões entre probabilidades
142
- Matriz quadrada;
- Igualdade de matriz;
- Adição e subtração de matrizes
- Multiplicação de um número real por
uma matriz;
- Multiplicação de matrizes;
- Inversa de uma matriz;
9 – Determinantes;
- Determinante de uma matriz quadrada;
- Determinante de uma matriz de 2ª
ordem;
- Determinante de uma matriz de 3ª
ordem – Regra de Sarrus;
- Determinante de uma matriz de ordem
maior que 3;
- Propriedades e teoremas;
- Determinantes da matriz inversa;
- Simplificado o cálculo de um
determinante;
10 - Sistemas Lineares;
- Equação Linear;
- Sistemas Lineares
- Classificação de um sistema linear
- Matrizes associadas a um sistema linear
- Regra de Cramer;
- Resolução de um sistema linear por
escalonamento;
e diferentes campos do conhecimento;
Desenvolver o conceito de semelhança de
figuras planas e reconhecer polígonos
semelhantes;
Determinar a área das principais figuras
planas: triângulos, quadriláteros, círculos e
regiões circulares;
Observar, identificar e utilizar
conhecimentos trigonométricos como forma
de compreender a realidade e agir sobre
ela;
Perceber semelhança e diferenças entre
objetos no espaço, identificando formas
tridimensionais e calculando suas
dimensões;
Calcular área e volume de prismas,
pirâmides, cilindros, cones e esferas.
143
- Discussão de um sistema linear;
11 - Análise Combinatória;
- Problemas que envolvem contagem;
- Princípio multiplicativo;
- Fatorial;
- Arranjo simples;
- Permutação simples;
- Combinação simples;
- Número binomial;
- Fórmula do binomial de Newton;
- Termo geral de (x+a) n ;
12 - Probabilidade;
- O que é probabilidade;
- Probabilidades de um evento em um
espaço amostral finito;
- Probabilidade condicional;
- eventos independentes;
13 - Geometria Métrica Plana;
- Segmentos proporcionais;
- Semelhança;
- Relações métricas no triângulo
retângulo;
- Circunferência;
- Áreas de figuras geométricas planas;
14 - Trigonometria nos triângulos;
- Razões trigonométricas no triângulo
144
retângulo;
- Relações trigonométricas num triângulo
qualquer;
15 – Trigonometria no Ciclo;
- Conceitos básicos;
- Unidades de medidas de arcos e
ângulos;
- Circunferência trigonométrica ou ciclo
trigonométrico;
- Seno e cosseno de um arco
- Tangente de um arco;
- Equações trigonométricas;
- Outras funções trigonométricas;
- Relação trigonométrica fundamental
- Propriedades dos arcos
complementares;
- Equações trigonométricas que
envolvem artifícios;
- Fórmulas da adição de arcos;
- Fórmulas da multiplicação de arcos;
- Fórmula da divisão de arcos;
- Inequação trigonométrica;
16 - Geometria;
- Poliedros;
- Prismas;
- Pirâmides;
145
- Cilindros;
- Cones;
- Esferas;
SÉRIE: 3ª
17 - Geometria Analítica: Pontos e
retas;
- Reta orientada ou eixo;
- Sistema cartesiano ortogonal;
- Estudo da reta;
- Cálculo da área de um triângulo;
18 - Geometria Analítica:
Circunferência
- A circunferência;
- Posições relativas de um ponto e uma
circunferência;
- Posições relativas de uma reta e uma
circunferência;
Posições relativas entre duas
circunferências;
19 – Geometria Analítica: Cônicas;
Demonstrar interesse para investigar,
explorar e interpretar, em diferentes
situações problemas a idéia de ponto, reta e
circunferência;
Compreender os conceitos de elipse,
hipérbole e parábola;
Ampliar o repertorio básico das operações
reais para números complexos;
Analisar e entender situações problemas
envolvendo polinômios e equações
polinomiais;
Identificar o uso de tabelas e gráficos para
facilitar a leitura de informações e construir
formas adequadas de registro para
comunicar informações coletadas;
Analisar, interpretar, resolver e formular
situações problemas, envolvendo questões
econômicas.
146
- O que são as cônicas;
- Elipse;
- hipérbole;
- Parábola;
20 – Números Complexos;
- O número i;
- Forma algébrica de um número
complexo;
- Operações com complexos na forma
algébrica;
- Forma trigonométrica de um número
complexo;
- Operações com complexos na forma
trigonométrica;
21- Polinômios;
- O que é um polinômio;
- Adição, subtração e multiplicação de
polinômios;
- Polinômio identicamente nulo;
- Identidade de polinômios
- Divisão de polinômios;
- Divisão de um polinômio por um
binômio da forma ax + b;
- Dispositivo de Briot – Ruffini;
- Decomposição de um polinômio do 2º
grau em fatores;
- Decomposição de um polinômio de grau
147
maior ou igual a 3 em fatores;
22 – Equações Polinomiais;
- O que é uma equação polinomial
- Raiz ou zero da equação
- Conjunto solução;
- Teorema fundamental da álgebra
- Teorema da decomposição;
- Multiplicação de uma raiz;
- Raízes nulas;
- Raízes complexas;
- Relações de Girard;
- Relações racionais.
23 - Noções de Estatística;
- Introdução;
- Frequência absoluta;
- Frequência relativa;
- Representação gráfica da distribuição
de freqüências;
- Distribuição de freqüências com dados
agrupados;
- Medidas de tendência central;
- Desvio médio;
- Variância e desvio Padrão;
24 – Noções de Matemática
Financeira;
- Taxa de porcentagem;
148
- problemas que envolvem porcentagens;
- Lucro e prejuízo;
- Acréscimos e descontos sucessivos;
- Juro Simples;
- Juro composto e a fórmula do montante;
- Usando logaritmo no cálculo de juro
composto
- Valor atual e valor futuro;
CONTEÚDOS
CONCEITUAIS
CONTEÚDOS
PROCEDIMENTOS
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
- Saber utilizar o sistema
de numeração, as
operações, suas
propriedades e suas
regularidades nos diversos
conjuntos numéricos;
- Reconhecer e utilizar a
linguagem algébrica como
a linguagem das ciências,
necessária para expressar
as relações entre
grandezas e modelar
situações-problema,
construindo modelos
descritivos de fenômenos
e permitindo várias
conexões dentro e fora da
Matemática;
- Confiar em suas
possibilidades para propor e
resolver problemas;
- Perseverar, esforçar e ter
disciplina na busca de
resultados;
- Desenvolver segurança na
defesa de seus argumentos e
flexibilidade pra modificá-los;
- Desenvolver o respeito pelo
pensamento do outro,
valorizando o trabalho
cooperativo e do intercâmbio
de idéias, como fonte de
aprendizagem;
- Desenvolver confiança na
própria capacidade para
149
TEMA 1 – Números e
Álgebra.
- Ler e interpretar
diferentes linguagens e
representações;
- Identificar regularidades
e estabelecer relações;
- Construir modelos que
correspondem a
fenômenos periódicos;
- Ler, articular e interpretar
símbolos e códigos em
diferentes linguagens e
representações:
sentenças, equações,
esquemas, diagramas,
tabelas, gráficos e
representações
geométricas;
- Identificar em dada
situação-problema as
informações ou variáveis
relevantes e elaborar
possíveis estratégias para
resolvê-las;
- Articular, integrar e
sistematizar fenômenos e
teorias dentro de uma
ciência e entre as várias
ciências e áreas de
conhecimento.
elaborar estratégias pessoais
de cálculo, interesse em
conhecer e utilizar diferentes
estratégias para calcular com
procedimentos de cálculo
que permitem generalizações
e precisão;
- Apresentar interesse na
leitura de tabelas e gráficos
como forma de obter
informações;
- Desenvolver hábitos em
analisar todos os elementos
significativos presentes em
uma representação gráfica,
evitando interpretações
parciais e precipitadas;
- Desenvolver hábitos de
trabalho e persistência para
realizar tarefas;
- Organizar seus registros e
trabalhos, apresentando-os
de forma adequada;
- Desenvolver a
autoconfiança, apresentando
suas opiniões;
- Ter iniciativa na busca de
informações, desenvolvendo
a curiosidade e o gosto de
aprender, interessando-se
pela pesquisa.
- Reconhecer a Matemática
como uma construção
humana, que contribui para a
150
TEMA 2 – Geometria e
Medidas.
- Conhecer as
propriedades geométricas
das figuras planas e
sólidas e suas
representações gráficas e
algébricas, bem como
reconhecer regularidades
nelas;
- Compreender os
conceitos fundamentais de
grandezas e medidas e
saber usá-los na
formulação e resolução de
problemas;
- Utilizar e interpretar
modelos para resolução de
situações-problema que
envolvam medições, em
especial o calculo de
distâncias inacessíveis, de
área e volume;
- Construir uma visão
sistemática das diferentes
linguagens e campos de
estudo da Matemática,
estabelecendo conexões
entre diferentes temas;
- Compreender o
conhecimento tecnológico
como resultado de uma
construção humana em
um processo histórico e
social;
- Selecionar e utilizar
instrumentos de medições
e de cálculo, representar
compreensão e resolução de
problemas do homem no
decorrer do tempo na forma
de análise crítica das idéias;
- Apreciar a Matemática e
reconhecer sua presença na
arte, na natureza, nas
ciências, na tecnologia e no
cotidiano;
- Desenvolver o espírito de
coletividade e de
cooperação, respeitando
opiniões diversas aceitando
as diferenças individuais.
151
dados, utilizar escalas,
elaborar hipóteses e
interpretar resultados;
- Identificar em dada
situação-problema as
informações ou variáveis
relevantes e elaborar
possíveis estratégias para
resolvê-las;
- Articular, integrar e
sistematizar fenômenos e
teorias dentro de uma
ciência e entre as várias
ciências e áreas de
conhecimento;
- Reconhecer e avaliar o
desenvolvimento
tecnológico
contemporâneo, suas
relações com as ciências,
seu papel na vida humana,
sua presença no mundo
cotidiano e seus impactos
na vida social.
- Utilizar os conceitos e
procedimentos da
estatística e da
probabilidade, valendo-se
pra isso da combinatória,
entre outros recursos;
- Identificar formas de
quantificar dados
152
TEMA 3 - Análise de
dados e probabilidade.
numéricos ou informações;
- Ler e interpretar dados e
informações apresentados
em diferentes linguagens e
representações;
- Compreender e emitir
juízos sobre informações;
- Elaborar comunicações
orais ou escritas para
relatar, analisar e
sistematizar eventos,
fenômenos, experimentos,
questões, entrevistas,
visitas e correspondências;
- Analisar, argumentar e
posicionar-se criticamente;
- Articular, integrar e
sistematizar fenômenos e
teorias dentro de uma
ciência e entre as várias
ciências e áreas de
conhecimento;
- Consultar, analisar e
interpretar textos e
comunicações de ciência e
tecnologia veiculados
através de diferentes
meios;
153
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares para o
Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.
BRASIL. Secretaria da Educação e Tecnológica. PCN+: Ensino Médio – orientações
educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2002.
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio.
Brasília: Ministério da Educação, 2008.
BAHIA. Secretaria da Educação B 135o. Orientações Curriculares para o Ensino Médio.
Salvador: A Secretaria, 2005.
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto. Matemática Completa – 2. ed. renov–
São Paulo: FTD, 2005.
SMOLE, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, Maria Ignez de Souza Vieira. Matemática – Ensino
Médio – volume 1 – 5 ed. – São Paulo: Saraiva, 2005.
154
QUÍMICA
INTRODUÇÃO
Um dos grandes desafios no ensino de Química é buscar diferentes estratégias para
que o aluno do ensino médio atinja as competências e habilidades necessárias para a sua
formação como cidadão num contexto social e tecnológico.
Uma das estratégias a serem utilizadas, dentro de uma abordagem contextualizada e
interdisciplinar, é o uso de temas motivadores. Estes, quando estão relacionados com o dia-
a-dia dos alunos permitem um interesse maior por parte deles em aprender Química, uma
vez que compreendem que realmente o conteúdo estudado está presente em suas vidas.
155
Esse procedimento metodológico leva em conta os interesses e os conhecimentos prévios
do aluno e permite que o processo de ensino seja desenvolvido de maneira que o educando
construa e reconstrua o conhecimento. Dessa forma, a execução da proposta de ensino
(constextualizada) e (interdisciplinar) possibilita um trabalho pedagógico diferenciado, com
efetiva troca de idéias e experiências entre professores e alunos proporcionando uma
aprendizagem significativa.
JUSTIFICATIVA
Esta proposta busca abordar conceitos fundamentais, mostrando a sua interrelação e
sua aplicação a problemas sociais e tecnológicos. O currículo está organizado a possibilitar
uma interação entre o discurso científico da Química e o discurso cotidiano. Mas, para que
isso aconteça é preciso que o discurso científico faça sentido para o aluno. Isso poderia ser
alcançado tanto problematizando suas idéias informais quanto criando contextos que sejam
significativos para ele.
Para um currículo contemplar o pensamento do aluno e os contextos de significação, além
de promover o desenvolvimento dos conceitos científicos em si, é necessário que ele seja
bem dimensionado em relação à quantidade de conceitos a serem trabalhados.
A abordagem de conceitos ligados aos contextos de aplicação, como estamos
propondo, não necessariamente precisa seguir uma cadeia linear de pré-requisitos, pois a
realidade não se estrutura dessa maneira.
Deve-se considerar que o conhecimento Química foi sendo construído a partir de
estudos empíricos da transformação química e das propriedades das substâncias. Os
modelos explicativos foram gradualmente se desenvolvendo e, hoje o ensino de Química
requer o uso constante de modelos extremamente elaborados. Assim, a disciplina Química
deve ser estruturada sobre o tripé transformações químicas, materiais e suas propriedades
e modelos explicativos.
Considerando as idéias aqui apresentadas, os conteúdos devem se abordados de
maneira que permitam o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à
comunicação, e expressão, compreensão e investigação e contextualização e ação
(BRASIL,pcn+. P. 89-93), paralelamente ao desenvolvimento do pensamento formal.
No domínio da contextualização e ação, o ensino de Química deve se dar de forma
que o aluno possa compreender a ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura
humana e contemporânea, reconhecer e avaliar seu desenvolvimento e suas relações com
156
as ciências, seu papel na vida humana, sua presença no mundo cotidiano e seus impactos
na vida social; reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico
e utilizar esses conhecimentos no exercício da cidadania.
I. OBJETIVOS:
• Permitir que o aluno compreenda as transformações químicas que ocorrem no mundo
físico de forma abrangente e integrada, possibilitando, assim, que ele possa julgar com
fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola;
• Capacitar os alunos a tomarem suas próprias decisões em situações problemáticas,
contribuindo, assim, para o seu desenvolvimento como pessoa humana e como cidadão;
• Possibilitar ao aluno:
- Compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de um
conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas
implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas;
- Entender que o conhecimento químico não deve ser visto de forma isolada, pronta e
acabada, mas sim como uma construção da mente humana em contínua mudança,
passando por um processo de elaboração com erros, avanços e conflitos;
- perceber que essa ciência como uma criação do intelecto humano e, como qualquer outra
atividade humana, também está submetida a avaliações de natureza ética, cultural e social;
- construir uma visão de mundo mais articulalda e menos fragmentada, contribuindo de
forma participativa e ativa com a constante transformação do mundo moderno;
• É necessário que o aluno desenvolva competências e habilidades básicas para:
157
- identificar e controlar variáveis numa transformação, compreesdendo e percebendo as
relações quantitativas que expressam a repidez de uma reação química;
- reconhecer e saber utilizar a linguagem dos símbolos, fórmulas, convenções e códigos
químicos, sendo capaz de entender e empregar, a partir das informações, a representação
simbólica das transformações químicas;
- identificar fontes de informações relevantes em Química, sabendo interpretá-las não só
nos seus aspectos químicos, mas sabendo considerar também as implicações sócio-
políticas, culturais e econômicas;
- reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, como também as relações entre
desenvolvimento científico e tecnológico e aspectos sociopolíticos-econômicos, bem como
os limites éticos e morais envolvidos no desenvolvimento da Química e da tecnologia;
- reconhecer as fontes de informações disponíveis sobre a temática das interações homem-
atmosfera, as formas de obtê-las, analisá-las e utilizá-las para direcionar posturas e ações;
- desenvolver aspectos cognitivos, tais como controle de variáveis, tradução da informação
de uma forma de informação para outra, como gráficos, tabelas, equações químicas, a
elaboração de estratégias para a resolução de problemas, tomada de decisão baseadas em
análise de dados, respeito às diversidades de idéias no trabalho coletivo.
II. CONTEÚDOS:
1ª série :
1. Primeira visão da Química;
Tema em foco: Lixo, material que se joga fora?
2. A matéria e suas transformações;
Tema: Camada se ozônio, quem a protege?
3. A evolução dos modelos atômicos;
Tema: Química e agricultura.
4. A classificação periódica dos elementos químicos;
158
Temas: O chão que nos alimenta;
Agrotóxico.
5. Ligações químicas;
Tema: Agricultura e desenvolvimento sustentável.
6. Polaridade das moléculas;
7. Geometria molecular;
8. Forças intermoleculares;
Tema: Poluição das águas, rios sem vida.
7. Ácidos, bases, sais e óxidos;
2ª série:
1. As reações químicas;
Tema: Limpeza na medida certa.
2. Balanceamento de equações químicas;
Tema: A química dos sabões e detergentes.
3. Cálculo estequiométrico;
Tema: Obesidade e a imagem no espelho.
4. Massa atômica, massa molecular e massa molar;
Temas: Visibilidade zero;
Efeito estufa e aquecimento global.
5. Estudo dos gases;
Temas: Cuidados com os produtos químicos domésticos;
A química da pele.
159
6. Soluções;
Tema: Planeta Terra ou planeta água?
7. propriedades coligativas;
Tema: Combustíveis e energia.
8. Termoquímica;
Temas: Combustão;
Combustíveis e ambiente;
Energia alternativa.
9. Cinética química;
Tema: saneamento básico.
10. Equilíbrio químico.
3ª série:
Temas: Combustão;
Combustíveis e ambiente;
Energia alternativa.
1. Cinética química;
Tema: saneamento básico.
2. Equilíbrio químico;
Temas: Metais: materiais do nosso dia-a-dia;
Descarte de pilhas e baterias.
3. Eletroquímica;
Temas: O desastre da desinformação;
Radioatividade e energia nuclear.
160
4. Reações nucleares;
5. Química Orgânica (introdução);
Temas: O petróleo como combustível;
Petróleo e suas aplicações.
6. Hidrocarbonetos;
Tema: Alimentos.
7. Funções orgânicas oxigenadas;
8. Funções orgânicas nitrogenadas;
9. Outras funções orgânicas:
- Haletos orgânicos;
- Compostos sulfurados;
- Compostos heterocíclicos;
- Compostos organometálicos;
- Compostos com funções múltiplas;
- Compostos com funções mistas.
10. Estrutura e propriedades físicas dos compostos orgânicos;
11. Isomeria em Química Orgânica;
12. Polímeros sintéticos.
III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS E AVALIAÇÃO:
Não podendo perder de vista que o ensino de Química visa contribuir para a
formação do cidadão, se faz necessário que o professor dessa disciplina organize sua
metodologia de trabalho e os conteúdos químicos no sentido de permitir o desenvolvimento
de conhecimentos e valores que possam servir de instrumentos mediadores da interação do
indivíduo com o mundo. Isso se consegue de forma mais efetiva quando o trabalho com
161
essa disciplina se dá de forma contextualizada e interdisciplinar em que o professor busque
estabelecer relaões com outros campos de conhecimentos.
O aprendizado deve ser conduzido levando-se em consideração as diferenças
individuais dos alunos, seus valores e opiniões no trabalho coletivo, considerando como
estratégia relevante a efetiva participação do estudante no diálogo mediador da construção
do conhecimento. Além disso, o professor de Química deve colocar em pauta, na sala de
aula, conhecimentos socialmente relevantes, que façam sentido e possam integrar à vida do
aluno, levando em conta a vivência individual do aluno e a sua ação coletiva com o mundo
físico.
Os fatos do dia-a-dia, a tradição cultural, a mídia e outras questões ligadas ao
cotifiano do aluno deverão ser utilizados em sala de aula para permitir que o aluno refaça
sua leitura de mundo buscando, enfim, mudanças conceituais.
É preciso que o trabalho com a disciplina perpasse a simples memorização e
descrição, voltando sua atenção para um trabalho que permita o desenvolvimento de
competências e habilidades nos alunos. Num primeiro momento da aprendizagem de
Química, prevalece a construção de conceitos a partir de fatos e, num segundo momento,
prevalece o conhecimento de informações ligadas à sobrevivência do ser humano.
O trabalho com a disciplina deve visar uma aprendizagem significativa e ativa,
realizddo a partir de atividades, como:
• construção e reconstrução de idéias;
• demonstrações;
• experiências e simulações;
• relatos de experimentos;
• levantamento e análise de dados;
• trabalho em grupo;
• Discussões coletivas;
• exibição e análise de VTs;
• trabalho, exploração e análise de textos diversificados;
• pesquisas.
162
Vale ressaltar que as atividades experimentais podem ser realizadas em sala de
aula, por demonstrações, em visitas por outras modalidades, devendo sempre estar claro os
objetivos a atingir e os períodos pré e pós atividade que visam a construção de conceitos,
vinculando, assim, teoria e prática.
Na elaboração das atividades se faz necessário que estas desenvolvam a cognição e
que sejam estimuladas, tais como;
- o controle de variáveis;
- a tradução de informações de uma forma de comunicação para outra, como as
transformações de textos em tabelas, gráficos, etc. e vice-versa;
- resolução de equações químicas;
- a elaboração de estratégias para a resolução de problemas;
- tomada de decisão baseadas em análise de dados e valores;
- respeito às idéias dos colegas e às suas próprias, colaborando de forma ativa no trabalho
coletivo.
É dentro desse contexto que ocorrerá o processo aliativo. Este servirá antes para
diagnosticar os avanços e dificuldades dos alunos, podendo servir como diagnóstico para
que as atividades sejam replanejadas quando necessárias. A avaliação também fará parte
do processo ensino-aprendizagem, ocorrendo no cotidiano da sala de aula através do
acompanhamento das atividades e seu registro diário, levando-se em consideração a
participação e o desempenho dos alunos nas atividades propostas.
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
● SANTOS, W. L. P.; MÓL, G. S. (coord). Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração,
2005.
● MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. química para o Ensino médio. São Paulo: Scipione,
2004.
163
● MEC, Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio.
Brasília, MEC, 2006.
● SARDELLA,Antônio. Química – Série Novo Ensino Médio – Volume único. São Paulo:
Ática, 2003.
● FELTRE, Ricardo. Química. 6ª edição. São Paulo: Moderna, 2004.
● PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite. Química na abordagem do
cotidiano. São Paulo: Moderna, 2003.
● RUSSEL, J. B. Química Geral. 2ª Edição. São Paulo: 1994.
● SILVA, J. L. P. B. Módulos PROLE/UFBA – Artigos de Físico-Química, Salvador, IAT,
2006.
● VIVEIROS, A. M. V. Ensino de Química no Contexto. Salvador. UFBA, 2005.
● MORTIMER, E. F.; Quím. Nova 1997, 20, 200.
● BRASIL. Diretrizes Curriculares para o Ensino médio, resolução CEB nº 3 de 26 de junho
de 1998.
● PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros
Curriculares.
164
FÍSICA
APRESENTAÇÃO
O ensino da Física tem suma importância no desenvolvimento social do cidadão.
Dentre varias etapas envolvendo a teoria e a pratica na sala de aula, um dos grandes
desafios é buscar diferentes estratégias para que o aluno do ensino médio atinja as
competências e habilidades necessárias para a sua formação como cidadão num contexto
social e tecnológico.
Uma das estratégias a serem utilizadas, dentro de uma abordagem contextualizada,
é o uso de temas motivadores. Estes, quando estão relacionados com o dia-a-dia dos
alunos permitem um interesse maior por parte dos mesmos em aprender Física, uma vez
que compreendem que realmente o conteúdo estudado está presente em suas vidas. Esse
165
procedimento metodológico leva em conta os interesses e os conhecimentos prévios do
aluno e permite que o processo de ensino seja desenvolvido de maneira que o educando
construa e reconstrua o conhecimento. Dessa forma, a execução da proposta de ensino
contextualizada possibilita um trabalho pedagógico diferenciado, com efetiva troca de idéias
e experiências entre professores e alunos, proporcionando uma aprendizagem significativa.
JUSTIFICATIVA
Esta proposta busca abordar conceitos fundamentais da Física, mostrando a sua
relação e suas aplicações no cotidiano social com ênfase na compreensão e produção
tecnológicas. O currículo está organizado de forma a possibilitar uma interação entre o
discurso técnico, cientifico e filosófico da Física bem como seu discurso no cotidiano. Mas,
para que isso aconteça é preciso que o discurso científico faça sentido para o aluno. Isso
poderia ser alcançado tanto problematizando suas idéias informais quanto criando contextos
que sejam significativos para ele.
Para um currículo contemplar o pensamento do aluno e os contextos de significação,
além de promover o desenvolvimento dos conceitos científicos em si, é necessário que o
mesmo seja abordado de forma contextualizada e que seja bem dimensionado em relação à
quantidade de conceitos a serem trabalhados.
A abordagem de conceitos ligados aos contextos de aplicação, como estamos
propondo, não necessariamente precisa seguir uma cadeia linear de pré-requisitos, pois a
realidade não se estrutura dessa maneira.
Deve-se considerar que o conhecimento de Física foi sendo construído a partir de
estudos empíricos das experiências Físicas e das suas abordagens teóricas com enfoque
nos modelos matemáticos. Os modelos explicativos foram gradualmente se desenvolvendo
e, hoje o ensino de Física requer o uso constante de modelos extremamente elaborados.
Assim, a disciplina Física deve ser estruturada na evolução da Física, com enfoque nas
aplicações tecnológicas de seus modelos matemáticos.
Considerando as idéias aqui apresentadas, os conteúdos devem se abordados de
maneira que permitam o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à
comunicação e expressão, compreensão e investigação e contextualização e ação (BRASIL,
pcn+. P. 89-93), paralelamente ao desenvolvimento do pensamento formal.
No domínio da comunicação e expressão, o ensino de Física deve propiciar ao aluno
saber reconhecer e utilizar a linguagem Física, analisar e interpretar textos, saber buscar
166
informações, argumentar e posicionar-se criticamente. No domínio da compreensão e
investigação, o aluno deve desenvolver habilidades, como: identificar variáveis relevantes e
regularidades; saber estabelecer relações; reconhecer o papel dos modelos explicativos na
Ciência; saber interpretá-los e propô-los; articular o conhecimento físico com outras áreas
do saber.
No domínio da contextualização e ação, o ensino de Física deve se dar de forma que
o aluno possa compreender a ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura
humana e contemporânea, reconhecer e avaliar seu desenvolvimento e suas relações com
as ciências, seu papel na vida humana, sua presença no mundo cotidiano e seus impactos
na vida social; reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico
e utilizar esses conhecimentos no exercício da cidadania.
I. OBJETIVOS
Caracterizar a atividade cientifica como produção humana;
Utilizar as unidades de medidas das grandezas físicas, enfatizando o sistema
internacional de unidades;
Efetuar transformações de unidades de medidas;
Efetuar operações com números escritos em notação cientifica;
Reconhecer a Física como ramo de estudo muito amplo;
Identificar ponto material e corpo extenso;
Reconhecer que repouso e movimento depende do referencial adotado;
Determinar a trajetória e posição de um corpo em movimento;
Determinar a posição escalar de um corpo em movimento com velocidade variável;
Conceituar e calcular velocidade escalar media instantânea;
Reconhecer que existem movimentos com velocidade variável;
Caracterizar o movimento uniforme;
Determinar a função horária do movimento uniforme;
Identificar e caracterizar os tipos de movimento;
Determinar as funções horárias do MRUV;
Reconhecer que no MRUV a velocidade varia uniformemente no decorrer do tempo;
Determinar a aceleração de um MRUV.
Levantar e levantar dados relativos a movimentos que ocorrem em nossa volta e
caracteriza-lo.
Definir grandezas vetoriais escalares;
Caracterizar vetor como tendo modulo direção e sentido;
167
Efetuar operações com dois ou mais vetores;
Decompor uma grandeza em seus componentes vetoriais segundo os eixos x e y;
Conceituar e calcular velocidade vetorial média;
Identificar vetor posição e vetor deslocamento;
Caracterizar uma grandeza vetorial enfatizando a composição de movimentos;
Identificar ângulo horário;
Determinar velocidade angular média de um corpo;
Caracterizar um movimento periódico;
Definir período e freqüência;
Estabelecer relação entre velocidade, raio e freqüência no MCU;
Caracterizar a aceleração centrípeta;
Determinar a função horária angular do MU;
Estabelecer a diferença entre acoplamento de polia: por correia e por um mesmo
eixo.
Identificar força em varias situações reais;
Descrever diferentes efeitos da aplicação de forças;
Determinar relação entre força massa e aceleração;
Reconhecer unidades de medias de força;
Determinar força resultante de duas ou mais forças que agem sobre um corpo;
Estabelecer as condições de equilíbrio dinâmico de um corpo;
Enunciar o principio da inércia;
Identificar massa como propriedade dinâmica de um corpo e como grandeza física
escalar;
Distinguir massa e peso de um corpo;
Explicar a variação e peso de um corpo dependendo do lugar onde se encontra;
Estabelecer relação entre a intensidade da força e a deformação que este faz sobre
um corpo elástico;
Enunciar e aplicar o principio da ação e reação;
Identificar a resultante de forças no plano inclinado.
Identificar o atrito como responsável pela variação de velocidade de um corpo;
Caracterizar força centrípeta;
Relacionar força centrípeta sobre força de massa m com a velocidade de seu
movimento e o raio de sua órbita;
Calcular a aceleração centrípeta e força centrípeta;
Determinar o raio de uma trajetória em função da força centrípeta.
Distinguir o conceito físico do conceito vulgar de trabalho;
Caracterizar trabalho de uma força como medidas de energia mecânica transferida
entre sistemas;
168
Definir JOULE (J) como unidade de trabalho no SI;
Determinar o trabalho de uma força constante e de uma força variável;
Explicar o significado físico de potencia de uma máquina;
Definir rendimento de uma máquina;
Relacionar o conceito de rendimento de uma máquina com a dissipação de energia;
Caracterizar energia cinética e potencial;
Identificar e conceituar formas de energia cinética potencial;
Expressar algebricamente a energia cinética e a energia potencial;
Analisar as transformações das diversas formas de energia em sistemas
conservativos;
Caracterizar trabalho como variação de energia cinética de um corpo;
Identificar situações onde ocorrem dissipação de energia;
Expressar analiticamente a Lei de conservação de energia mecânica;
Aplicar o principio da conservação da energia mecânica em situações do cotidiano.
Caracterizar fluido;
Definir densidade absoluta de uma substância;
Calcular densidade de corpos sólidos e líquidos em unidades do (SI);
caracterizar a pressão nos sólidos, líquidos e gases;
Definir a pressão e sua unidade nos (SI);
Definir, conhecer e usar unidades de pressão atmosférica;
Verificar que a pressão no interior de um líquido depende da profundidade;
Enunciar e aplicar os teoremas de STEVUN e PASCAL;
Justificar por que pontos à mesma profundidade têm a mesma pressão;
Aplicar o teorema de Pascal em problemas com prensa hidráulica;
Relacionar alturas e densidades de líquidos diferentes em tubo em (U).
Conceituar temperatura como medida de energia cinética média dos átomos do
material
Identificar calor e energia transferida entre corpos a temperaturas diferentes;
Estabelecer diferença entre calor e temperatura;
Relacionar e aplicar os conceitos de temperatura e equilíbrio térmico;
Definir as escalas CELSIUS, FAHRENHEIT e KELVIN;
Converter valores de temperatura entre as escalas celsius, fahrenheit e kelvin;
Definir o zero absoluto
Observar que o aquecimento de um sólido provoca aumento de seu comprimento;
Definir coeficiente de dilatação linear, superficial e volumétrica;
Estabelecer a equação que relaciona a dilatação com a temperatura;
Aplicar as leis que regem as dilatações dos sólidos e líquidos;
Observar que o aquecimento de um líquido provoca aumento de volume;
169
Concluir que coeficiente de dilatação diferente correspondem a materiais ou líquidos
diferentes.
Definir caloria como unidade de medida de calor;
Definir calor específico e calor latente;
Caracterizar a capacidade térmica de um corpo;
Relacionar o calor fornecido a um corpo com a sua massa e com e elevação de
temperatura Q = mc
Reconhecer que, quando dois corpos a temperaturas diferentes estão contatos
isolados do ambiente, o calor cedido por um é igual ao calor recebido pelo outro;
Relacionar troca de calor com variação de temperatura e mudança de fase ou estado
físico;
Caracterizar os tipos de vaporização;
Definir calor latente de fuso e de vaporização
Traçar e interpretar curvas de aquecimento e de resfiamento;
Enunciar e interpretar a primeira e segunda lei da Termodinâmica;
Caracterizar luz como forma de luz;
Verificar que luz se propaga em todas as direções;
Distinguir corpos luminosos de corpos iluminados
Enunciar e caracterizar os princípios da Óptica Geométrica;
Indicar a velocidade da luz no vácuo;
Explicar em que consiste a reflexão da luz
Explicar em que consiste a refração da luz;
Definir movimento periódico e oscilatório;
Caracterizar as propriedades das ondas;
Caracterizar ondas estacionárias;
Caracterizar o som como uma forma de energia que necessita de suporte para sua
propagação;
Explicar situações que envolvem o efeito Doppler, calculando as correspondentes
variações de freqüência.
Reconhecer a importância dos fenômenos eletrostáticos no desenvolvimento da
eletricidade;
Distinguir corpos eletrizados de corpos não eletrizados;
Caracterizar e aplicar a lei de Coulomb para s cargas elétricas puntiformes;
Descrever a influencia de um corpo eletricamente na região vizinha;
Determinar o potencial elétrico num ponto externo, interno e na superfície de um
condutor em equilíbrio eletrostático.
Interpretar a corrente elétrica como fluxo de elétrons no condutor metálico;
Definir resistência elétrica de um condutor;
170
Distinguir os três tipos de iniciação: Série, paralela e mista;
Explicar o funcionamento de um gerador elétrico;
Enunciar e aplicar a lei de Ohm generalizada;
Conceituar campo magnético;
Explicar o significado de linhas de força;
Caracterizar indução magnética;
Descrever a experiência de Oersted;
Identificar as características da forças magnéticas sobre um condutor retilíneo em um
campo magnético uniforme.
II. Conteúdos:
1ª série :
Ramos da Física;
Divisões da Mecânica;
Grandezas Físicas;
Sist. Int. de Unidades;
Cinemática
Dinâmica
2ª série
Dinâmica
Energia
Hidrostática
Termometria
Termodinâmica
171
3ª série
Óptica Geométrica
Ondas
Eletrostática
Eletrodinâmica
Eletromagnetismo;
III. CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS E AVALIAÇÃO
Não podendo perder de vista que o ensino de Física visa contribuir para a formação
do cidadão, se faz necessário que o professor dessa disciplina organize sua metodologia de
trabalho e os conteúdos da Física no sentido de permitir o desenvolvimento de
conhecimentos e valores que possam servir de instrumentos mediadores da interação do
indivíduo com o mundo. Isso se consegue de forma mais efetiva quando o trabalho com
essa disciplina se dá de forma contextualizada e interdisciplinar em que o professor busque
estabelecer relações com outros campos de conhecimentos.
O aprendizado deve ser conduzido levando-se em consideração as diferenças
individuais dos alunos, seus valores e opiniões no trabalho coletivo, considerando como
estratégia relevante a efetiva participação do estudante no diálogo mediador da construção
do conhecimento. Além disso, o professor de Física deve colocar em pauta, na sala de aula,
conhecimentos socialmente relevantes, que faça sentido e possam integrar à vida do aluno,
levando em conta a vivência individual do aluno e a sua ação coletiva com o mundo físico.
Os fatos do dia-a-dia, a tradição cultural, a mídia e outras questões ligadas ao
cotidiano do aluno deverão ser utilizados em sala de aula para permitir que o aluno refaça
sua leitura de mundo buscando, enfim, mudanças conceituais.
É preciso que o trabalho com a disciplina perpasse a simples memorização e
descrição, voltando sua atenção para um trabalho que permita o desenvolvimento de
competências e habilidades nos alunos. Num primeiro momento da aprendizagem da Física,
prevalece à construção de conceitos a partir de fatos e, num segundo momento, prevalece o
conhecimento de informações ligadas ao desenvolvimento do cientifico e tecnológico.
O trabalho com a disciplina deve visar uma aprendizagem significativa e ativa,
realizado a partir de atividades, como:
172
• construção e reconstrução de idéias;
• demonstrações;
• experiências e simulações;
• relatos de experimentos;
• levantamento e análise de dados;
• trabalho em grupo;
• Discussões coletivas;
• trabalho, exploração e análise de textos diversificados;
• pesquisas.
Vale ressaltar que as atividades experimentais podem ser realizadas em sala de
aula, por demonstrações, em visitas por outras modalidades, devendo sempre estar claro os
objetivos a atingir e os períodos pré e pós atividade que visam à construção de conceitos,
vinculando, assim, teoria e prática.
Na elaboração das atividades se faz necessário que estas desenvolvam a cognição e
que sejam estimuladas, tais como;
- o controle de variáveis;
- a tradução de informações de uma forma de comunicação para outra, como as
transformações de textos em tabelas, gráficos, etc. e vice-versa;
- resolução de equações dos modelos matemáticos da Física;
- a elaboração de estratégias para a resolução de problemas;
- tomada de decisão baseadas em análise de dados e valores;
- respeito às idéias dos colegas e às suas próprias, colaborando de forma ativa no trabalho
coletivo.
É dentro desse contexto que ocorrerá o processo avaliativo. Este servirá antes para
diagnosticar os avanços e dificuldades dos alunos, podendo servir como diagnóstico para
que as atividades sejam replanejadas quando necessárias. A avaliação também fará parte
173
do processo ensino-aprendizagem, ocorrendo no cotidiano da sala de aula através do
acompanhamento das atividades e seu registro diário, levando-se em consideração a
participação e o desempenho dos alunos nas atividades propostas.
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONJORNO, Regina Azenha et al, Física Completa: Volume único; Ensino Médio, 2
Ed., São Paulo: FTD, 2001. 631 p.
PENTEADO, Paulo César. Física, Ciência e Tecnologia. Vol. 1. São Paulo: Moderna,
2006
PENTEADO, Paulo César. Física, Ciência e Tecnologia. Vol. 2. São Paulo: Moderna,
2006
PENTEADO, Paulo César. Física, Ciência e Tecnologia. Vol. 3. São Paulo: Moderna,
2006
GONÇALVES, Carlos Toscano, Física: Volume único; Ensino Médio, 1ª Ed., São
Paulo: Ed. scpione, 2008.
MEC, Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio.
Brasília, MEC, 2006.
BRASIL. Diretrizes Curriculares para o Ensino médio, resolução CEB nº 3 de 26 de
junho de 1998.
PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros
Curriculares.
174
BIOLOGIA
JUSTIFICATIVA
Nossa proposta vem apresentar um estudo de Biologia ligada aos temas Ciência,
tecnologia e sociedade. Três grandes competências básica e definida pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. O que vem propor aos nossos educandos uma
postura de ensino difundido nas conquistas tecnológicas e nas suas implicações éticas, bem
como associado à história da ciência e a resignação desses conhecimentos com a realidade
dos mesmos.
Dentro desse enfoque baseamos na capacidade de conduzir os alunos a
desenvolver cada vez mais sua capacidade de interpretação de conceitos científicos,
175
ampliação dos conhecimentos adquiridos, desenvolvimento de competências como leitura,
atividades práticas ou experimentais, além da produção textual.
Haja vista que além dessa curiosidade cientifica, na persistência e na busca de
informações, assumiremos compromisso em preparar o educando no que diz respeito à
valorização da vida e da preservação do meio ambiente, respeito à individualidade, a
cidadania e a solidariedade humana dentro dos princípios étnicos-morais.
Devemos considerar também que uma concepção assim ambiciosa do aprendizado
científico-tecnológico do Ensino Médio não é uma utopia e pode ser posta efetivamente em
prática no ensino de Biologia. Desde que a escola, os educadores e alunados sentem e
sejam motivados e envolvidos para produzir as novas condições de trabalho de modo a
promover a transformação educacional pretendida, que respondem as necessidades de vida
contemporânea e ao desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e correlacionados
com a cultura e uma visão de mundo cada vez mais significante em sua aprendizagem.
Portanto, com esse novo espaço privilegiado para aprendizagem em Biologia,
esperamos que essa proposta sirva de base e apoio pedagógico aos novos rumos do ensino
da ciências biológicas, pois a mesma vem contemplar as inúmeras conquistas importantes
da Biologia para a humanidade e seu grande potencial para as novas descobertas que se
delineia neste século XXI.
Como diz o grande e renomado Wilson Roberto Paulino é preciso “reconhecer a
Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais,
políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos” (PAULINO, 2005, p.05).
Segundo Paulino o campo da Biologia deve primordialmente atender as demandas
sócio-culturais que abrande toda a comunidade humanitária do mundo que vivemos partindo
do pressuposto de que somos frutos da indiferença e da individualidade que nos rodeia.
I - OBJETIVO GERAL:
• Propiciar um aprendizado útil à vida dos educandos, no uso das habilidades e
competências na aquisição de conhecimentos, estabelecendo assim valores e conceitos
científicos e específicos da Biologia.
II – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
176
•Reconhecer e valorizar o papel da ciência e da tecnologia na construção do mundo
contemporâneo.
•Compreender a visão cientifica atual sobre as origens do universo, do sistema solar, da
terra e dos seres vivos, de modo acrescentar opções para a reflexão sobre si mesmo
perante o mundo.
•Reconhecer que conhecimentos específicos como a estrutura e as propriedades das
membranas biológicas podem ser importantes para o avanço da ciência e para o
desenvolvimento de tecnologias úteis à humanidade.
•Valorizar a importância dos estudos aprofundados sobre cromossomos e genes para o
diagnostico e para o tratamento de síndromes cromossômicas, o que permite relacionar
positivamente a ciência com a melhoria das condições de vida da humanidade.
•Conhecer a necessidade da divisão celular na origem, no crescimento e desenvolvimento
de qualquer ser vivo, bem como na perpetuação da espécie.
•Compreender os processos energéticos celulares, relacionando-os entre os seres vivos e a
composição físico-química do ambiente.
•Reconhecer a importância dos seres autotróficos como captadores primários de energia
para o mundo vivo e como produtores de alimento e de gás oxigênio para a quase totalidade
das espécies viventes, entre as quais a espécie humana.
•Conhecer a estrutura da molécula de DNA e compreender a maneira pela qual essa
substância armazena informação genética.
177
•Valorizar os conhecimentos sobre a estrutura e o funcionamento do corpo humano,
reconhecendo-os como necessários tanto para compreender nossas características físicas
como para prevenir eventuais distúrbios que possam comprometer a saúde.
•Conhecer os fundamentos celulares da reprodução e a estrutura dos sistemas genitais
masculino e feminino, de modo a encarar com naturalidade temas como reprodução e
sexualidade humanas.
•Compreender que a sistemática, cujos resultados se expressam pela taxonomia, organiza a
diversidade dos seres vivos e facilita seu estudo, revelando padrões de semelhança que
evidenciam as relações de parentesco evolutivo entre diferentes grupos de organismos.
•Conhecer a estrutura geral dos vírus, reconhecendo sua relativa simplicidade estrutural e
bioquímica.
•Compreender a estrutura geral das bactérias, identificando como célula procarionte, de
nutrição autotrófica e heterotrófica, além da sua importância para a humanidade.
•Conhecer as principais características dos protoctistas, o qual permite reconhecer padrões
de semelhanças e de diferença entre os seres que nos rodeiam.
•Reconhecer a importância ecológica e econômica dos fungos para a humanidade e star
informado sobre doenças causada por fungos e sua formas de tratamento.
•Conhecer os principais grupos de plantas atuais, identificando suas características básicas
e exemplificando com pelo menos um representante de cada grupo.
•Conhecer as necessidades básicas das plantas quanto à nutrição mineral e orgânica,
reconhecendo a importância desses conhecimentos para a preservação dos ambientes
terrestres.
178
•Identificar as principais características dos animais, reconhecendo que os seus estágios de
gástrula e blástula são exclusivos deste grupo.
•Reconhecer os nove tipos de filos dos animais (porífera, cnidária, platelmintos, nematódea,
molusco, anelídeos, artrópodes, equinodermos e cordados).
•Valorizar os conhecimentos sobre a estrutura e o funcionamento dos sistemas de órgãos do
corpo humano, reconhecendo-os como necessárias tanto para a identificação de eventuais
distúrbios orgânicos como para os cuidados para a manutenção da própria saúde.
•Compreender os componentes básicos dos sistemas digestório, urinário, respiratório,
cardiovascular, nervoso e endócrino.
•Conhecer as principais etapas da embriologia, desde a fecundação até a formação do feto
e o continuo desenvolvimento do recém-nascido.
•Identificar os diferentes tipos de reprodução, bem como os hormônios masculinos e
femininos produzidos após e durante a adolescência.
•Compreender que a herança biológica se baseia na transmissão de informações
hereditárias -os genes -de geração a geração, o que possibilita reflexões sobre a
continuidade da vida e sobre a natureza das relações entre os seres vivos ao longo do
tempo.
•Conhecer as principais evidências da evolução biológica e compreender os fundamentos da
teoria evolucionista moderna, principalmente da espécie humana, o que permite relacionar
nossos ancestrais mais remotos até hoje.
•Reconhecer os fundamentos da Ecologia, conceituando os seguintes níveis de organização
ecológica: população, comunidades, ecossistemas e biosfera. Além disso, discutir os
179
conceitos de habitat, nicho ecológico, o principio de Gause e os conceitos de cadeia e teia
alimentar.
III – CONTEÚDOS:
1ª SÉRIE:
1. O que é vida?
– A origem dos seres vivos.
– Características dos seres vivos.
– Níveis de organização.
– A Biologia como ciência .
2. Origem da vida na Terra.
2.1 – A formação da Terra.
2.2 - Teorias modernas sobre a origem da vida.
2.3 – Evolução e diversidade da vida.
3. A base molecular da vida.
3.1 – Os componentes orgânicos da célula.
3.2 – Glicídios e lipídios.
3.3 – Proteínas e vitaminas.
3.4 – Ácidos nucléicos.
4. A descoberta da célula.
4.1 – Teoria celular
180
4.2 – As partes de uma célula.
5. Fronteiras da célula.
5.1 – Membrana plasmática.
5.2 – Permeabilidade seletiva.
6. O Citoplasma
6.1 – Os componentes químicos do citoplasma.
6.2 – O citoplasma nas células eucariontes e procariontes.
7. O Núcleo e cromossomos
7.1 – Componentes do núcleo.
7.2 – Cromossomos humanos.
8. Divisão celular
8.1 – Mitose I e II.
8.2 – Meiose I e II.
9. Metabolismo energético – respiração celular e fermentação
9.1 – ATP, a moeda energética do mundo vivo.
9.2 – Respiração Celular.
10. Fotossíntese e quimiossíntese
10.1 – Etapas da fotossíntese.
10.2 – Quimiossíntese.
181
11. Estrutura molecular do DNA e do RNA
11.1 – Duplicação do DNA.
11.2 – Genes e RNA.
12. Tecidos epiteliais
12.1 – Tecidos epiteliais.
13. Tecidos conjuntivos
13.1 – Características gerais e tipos de tecidos conjuntivos.
14. Tecido sanguíneo
14.1 – Componentes do sangue humano.
13. Tecidos musculares
15.1 – Tecido muscular estriado e esquelético.
15.2 – Tecido muscular não- estriado e liso.
15.3 – Tecido cardíaco.
16 . Tecido nervoso.
16.1 – Células do tecido nervoso.
2ª SÉRIE:
182
1. Sistemática, classificação e biodiversidade.
– A sistemática moderna.
– A classificação biológica.
2 . Vírus
2.1 – Características gerais dos vírus.
2.2 – Doenças viróticas.
3 . Os seres procarióticos
3.1 – Características gerais das bactérias.
3.2 – Reprodução e a importância das bactérias para a humanidade.
4 . Os protoctistas
4.1 – Os protozoários.
4.2 – As algas.
5 .Fungos
5.1 – Características gerais dos fungos.
5.2 – Estrutura e classificação dos fungos.
6 . Reino Plantae I
6.1 – Plantas vasculares e avasculares.
6.2 – Classificação do reino Plantae.
6.3 – As algas pluricelulares.
183
6.4 – As briófitas.
6.5 – As pteridófitas.
7. Reino plantae II
7.1 – Gimnospermas e angiospermas
7.2 – Transporte da seiva bruta e elaborada.
7.3 – Os hormônios vegetais.
8. Reino Animália I
8.1 – Características e fisiologia vegetal.
8.2 – Poríferos e Cnidários.
8.3 – Platelmintos e Nematelmintos.
8.4 – Moluscos e anelídeos.
9. Reino Animália II
9.1 – Os artrópodes
9.2 – Os equinodermos
10. Reino Animália III
10.1 – Características gerais dos vertebrados.
10.2 – As classes dos animais I (peixes - anfíbios – répteis)
10.3 – As classes dos animais II (aves e mamíferos)
11. Anatomia e fisiologia da espécie humana I
11.1 – O sistema digestório.
184
11.2 – O sistema circulatório.
11.3 – O sistema excretor e respiratório.
12. Anatomia e fisiologia da espécie humana II
12.1 – Os músculos.
12.2 – O sistema esquelético.
12.3 – Sistema nervoso.
12.4 – Sistema endócrino.
3ª SÉRIE:
1. Reprodução e ciclos de vida.
1.1 – Tipos de reprodução.
1.2 – Reprodução humana.
2. Embriologia
2.1 – Aspectos gerais da embriologia
2.2 – Formação da blástula e gástrula.
2.3 – Formação dos folhetos germinativos.
3. Genética I
3.1 – A Biografia de Gregor Mendel
3.2 – As origens da genética.
3.3 – As bases da hereditariedade.
185
4. Genética II
4.1 – Leis da segregação independente dos fatores.
4.2 – I Lei de Mendel
4.3 – II Lei de Mendel
5. Genética III
5.1 – Fenótipo e genótipo
5.2 – Polialelia.
5.3 – Interação gênica.
6. Genética IV
6.1 – Herança do sexo.
6.2 – Mapeamento dos genes.
6.3 – Ligação gênica.
7. Genética V
7.1 – Os genes
7.2 – A molécula do DNA e o RNA.
8. Genética VI
8.1 – Aplicações do conhecimento genético.
8.2 – O Projeto genoma humano.
8.3 – Terapia gênica.
8.4 – Os transgênicos e a clonagem.
9. Evolução Biológica.
9.1 – As idéias evolucionistas de Lamarck e Charles Darwin
186
9.2 – As evidências da evolução biológica.
9.3 – Semelhanças anatômicas entre as espécies.
10. Teoria Moderna da Evolução
10.1 – Os fatores evolutivos.
10.2 – Origem das espécies.
11. Evolução humana
11.1 – A classificação da espécie humana.
11.2 – A ancestralidade humana.
12. Ecologia
12.1 – Fundamentos da Ecologia.
12.2 – Energia e matéria nos ecossistemas.
12.3 – Os ciclos biogequímicos.
13. As populações naturais
13.1 – Características das populações.
13.2 – Fatores limitantes do crescimento populacional.
13.3 – Potencial biótico e resistência ambiental.
13.4 – Habitat e Nicho Ecológico.
14. Relações ecológicas
14.1 – Tipos de relação ecológica.
187
14.2 – Relação intra-especifica e interespecífica.
15. Sucessões ecológicas e biomas.
15.1 – As fases de uma sucessão ecológica.
15.2 – Tipos principais de sucessões ecológicas.
15.4 – Fatores que afetam a evolução dos ecossistemas.
15.5 – Os grandes biomas.
15.6 – Principais biomas brasileiros.
15.7 – Ecossistemas aquáticos.
16. Humanidade e ambiente
16.1 – Desequilíbrios ambientais.
16.2 – Poluição ambiental.
16.3 – Interferência do homem em ecossistemas.
16.4 – Alternativas energéticas.
IV – METODOLOGIA
O aprendizado requer participação ativa dos estudantes e para isso é necessário que
o trabalho de professor como o mediador da aprendizagem desafie o alunado a buscar
motivação e ajudá-lo a se apropriar dos novos conhecimentos e habilidades oferecidas no
campo da Biologia.
188
Para tanto é necessário que o professorado tenha em mãos estratégias pedagógicas
como: atividades de pesquisa bibliográfica, seminários, aulas práticas e estudo do meio,
experimentação, desenvolvimento de projetos, jogos, debates, uso de mapas de conceitos,
simulação de hipóteses e cruzamentos genéticos.
Todas essas estratégias e outras quando somadas ou adaptadas às do repertório do
professor, bem como voltada para o cotidiano dos alunos podem motivar os estudantes a
desenvolver sua autonomia intelectual, estimulando a aquisição do conhecimento diante do
espírito investigativo, emergido perante a sua autonomia intelectual e do pensamento critico
- participativo.
V – AVALIAÇÃO
“A avaliação é uma didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve
acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem”.
(Libâneo, 1991, p.195).
Tendo em vista o pressuposto avaliativo como prática indiscutível e inseparável
dentro do processo de aprendizagem, que propomos uma averiguação dos conhecimentos
adquiridos, partindo dos princípios feitos através do acompanhamento de desenvolvimento e
desempenho individual do aluno, observando e registrando os avanços e dificuldades no
decorrer das aulas, no sentido de intervir para que as dificuldades sejam superadas e que
os alunos possam aprimorar-se na construção do seu conhecimento.
Assim, todas as atividades orais e escritas, bem como as atividades e posturas
adotadas pelo o aluno servirão como princípios para análises do desenvolvimento do
educando para avançar com as atividades ou para retomar conforme necessidades
levantadas no desenrolar do processo.
Portanto, a avaliação tem instrumentalizado o ensino de forma que possamos
alcançar os quatros parâmetros fundamentais no processo de avaliação: apropriação dos
conhecimentos, relacionar teoria e a prática, preparação do a aluno para o mundo do
trabalho, desenvolver o exercício da cidadania, formação ética, autônoma e critica dos
educandos.
189
VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 3ª edição. São Paulo: Editora Cortez, 1991.
BRASIL. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, resolução CEB nº. 3 de 26 de
junho de 1998.
DPEM/SEB/MEC. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC/SEC. 2004.
BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola: O que é como se faz. 19º edição. São Paulo:
Loyola, 1998.
AMABIS, Jose Mariano / MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. 2ª edição. São Paulo:
Moderna, 2004.
190
GEOGRAFIA
INTRODUÇÃO
Vive-se no auge da globalização da economia e das comunicações, numa época
marcada pelas contradições, individualismo e mudanças. Dentro desse cenário pós-
moderno, as escolas devem atuar impondo novos desafios para os educadores. Diante
dessa modernidade, torna-se necessário (re) pensar o ensino da Geografia, uma vez que
esta é a "ciência que estuda a produção do espaço e suas transformações pela sociedade".
Nesse contexto, o trabalho da educação geográfica não é mais de memorização,
consiste em levar as pessoas em geral, os cidadãos, a uma consciência crítica e espacial
com raciocínio de localizar e estender determinados fatos. Para Callai (1998, p. 56):
A geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar o espaço produzido pelo homem
e, enquanto matéria de ensino, ela permite que o se perceba como participante do espaço
que estuda, onde os fenômenos que ali ocorrem são resultados da vida e do trabalho dos
homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento. Sendo assim, o objeto de
estudo da geografia na escola, é o espaço geográfico, entendido como o espaço social,
concreto, em movimento dinâmico e possível de sucessivas mudanças, na medida em que a
sociedade também se modifica, porém, cada novo tempo não apaga de todo espaço
anterior, de maneira que o passado deixa marcas no presente. Dessa forma, é fundamental
que cada professor seja comprometido, responsável, consciente do seu papel como
educador, como formador de opinião.
JUSTIFICATIVA
Consideramos cada vez mais envolvidos pelas informações diárias ocorridas em
diferentes partes do planeta, só assim, percebemos o importante papel que exerce a
Geografia na atualidade; definindo e interpretando conceitos geográficos que envolvem
dados, políticos, econômicos, físicos, biológicos, ambientais, históricos, culturais, entre
outros, portanto, conhecer e buscar soluções para os problemas que ocorrem no espaço
local e global, tais como: Degradação ambiental, concentração populacional desordenada,
problemas sociais, desrespeito as diferenças culturais, religiosas entre outras que geram
conflitos é mais uma das atribuições que confere a esta disciplina, a qual vem cada vez
mais contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Neste
191
contexto, justifica-se trabalhar a geografia, de forma que possa envolver os alunos na
relação teoria-prática de maneira coerente, reflexiva, significativa e abrangente, no processo
de construção do saber e da cidadania, em que os mesmos possam questionar a realidade
formulando problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso os pensamentos
lógicos, a criatividade, a intuição e a capacidade de análise crítica, selecionando
procedimentos e verificando sua adequação com a realidade que o cerca.
I – OBJETIVOS
Orientar o olhar do aluno para os fenômenos ligados ao espaço, reconhecendo-os
não apenas a partir da dicotomia sociedade natureza, mas também os tornando
produto das relações que orienta seu cotidiano, definindo assim, outros conjuntos
espaciais;
Buscar compreender as relações econômicas, políticas, sociais e culturais,
reconhecendo as contradições e conflitos que permitem comparar e avaliar a
qualidade de vida, hábitos, formas de utilização e/ou exploração de recursos e
pessoas nas escalas: local, regional, nacional e global, buscando assim, respeitar as
diferenças e formar uma organização social mais equânime;
Tornar-se sujeito autônomo que busca criar sua identidade como cidadão, conferindo
assim, a necessidade de expressar sua responsabilidade com o seu “lugar/mundo”,
através de sua identidade territorial;
Perceber a identidade da Geografia como área do conhecimento e as possibilidades
que oferece para a compreensão crítica do mundo;
Conhecer e entender a construção do espaço geográfico, bem como suas
transformações ao longo do tempo;
Perceber que o espaço é dinâmico, sofrendo sucessivas mudanças no ambiente
natural, na medida em que a sociedade também se modifica;
Analisar historicamente a formação do espaço, estabelecendo relações entre as
atitudes humanas e as transformações que nele ocorrem;
Identificar tanto as relações socioculturais da paisagem como os elementos físicos e
biológicos que dela fazem parte, investigando as múltiplas interações entre eles,
estabelecidas nas construções dos lugares e territórios;
Perceber que a sociedade e a natureza possuem princípios e leis próprias e que o
espaço geográfico resulta das alterações entre elas, historicamente definidas;
192
Reconhecer a importância da cartografia como forma de linguagem para trabalhar
em diferentes escalas espaciais as representações locais, regionais e globais do
espaço geográfico;
Despertar a consciência ecológica, visando criar atitudes responsáveis de cuidados
com o meio em que vivemos evitando o desperdício e percebendo a necessidade da
preservação e conservação da natureza, a fim de garantir a sustentabilidade da
mesma para as futuras gerações;
Identificar a dinâmica demográfica, bem como os fatores que determinam seu
crescimento populacional, sua organização e distribuição espacial;
Reconhecer no cotidiano, as referências espaciais de localização, orientação e
distância, de modo que se desloque com autonomia e represente os lugares onde
vivem;
Valorizar e perceber a diversidade cultural existente nas várias localidades;
Relacionar e definir os aspectos fisiográficos e recursos do planeta, reconhecendo-os
como fatores que interagem e determinam o equilíbrio da vida na terra;
Identificar conceitos e/ou expressões pertinentes ao estudo da Geografia,
compreendendo a linguagem utilizada, interpretando-a e empregando-a
adequadamente;
Compreender as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos e tecnológicos
e as transformações socioculturais como conquistas decorrentes de conflitos e
acordos que ainda não são usufruídas por todos de forma igualitária.
II – CONTEÚDOS
1.ª Série
Cartografia: – Localização e orientação
– Os Mapas
– Representação Gráfica
– Tecnologias modernas aplicadas à Cartografia
Meio Ambiente:
– Estrutura geológica
193
– As estruturas e as formas de Relevo
– Clima
– Solo
– Hidrografia
– Biomas e formações vegetais
População:
– Características e crescimento da população mundial
– Os fluxos migratórios e a estrutura da população
O espaço urbano e o
processo de urbanização:
– O espaço urbano do mundo contemporâneo
– O que consideramos cidades?
– Impactos ambientais urbanos
O espaço rural e a
produção agrícola:
– Atividades econômicas no espaço rural
Atividades industriais, comerciais,
de transportes e de comunicações:
– Fatores locacionais
– Tipos de indústrias
– Tipos de transportes
2.ª Série
194
Brasil: posição geográfica, política e econômica
Brasil: país de terceiro mundo e de contraste
A divisão regional do Brasil
A caracterização regional do Brasil
O relevo brasileiro e seus agentes modeladores
Geologia brasileira
Solos
Climas do Brasil
A vegetação brasileira e suas paisagens naturais
A questão do meio ambiente no Brasil
Rede Hidrográfica Brasileira
População Brasileira: distribuição, crescimento, estrutura etária e densidade
demográfica
Atividades setoriais
Urbanização brasileira
Movimentos migratórios
Agricultura brasileira
Estrutura fundiária
Sistemas agrícolas e de criação
Fontes de energia do Brasil
Indústria no Brasil - tipos e classificação
- Força de trabalho
- Regiões industriais
- A indústria na transformação do espaço
Comércio e transporte
Brasil na Era Global
O Brasil no Mercosul
3.ª Série
Meios de orientação
Convenções cartográficas
Coordenadas geográficas e Projeções cartográficas
Fusos horários no Brasil e no Mundo
Representação, estrutura e movimentos terrestres
195
Geomorfologia
Relevo e seus agentes modeladores
Solos
A dinâmica do clima
Vegetação e hidrografia
Degradação ambiental e sustentabilidade
População Mundial
Teorias demográficas
Distribuição, faixas etárias e crescimento populacional
Movimentos populacionais
Processo de urbanização
Sistemas agrários e estruturas fundiárias
Fontes de energia
Indústria nos países desenvolvidos e emergentes
Regiões industriais
Formas e organização do capital
Os sistemas socioeconômicos
A nova Ordem geopolítica mundial
Conflitos globais
III – CONSIDERAÇÕES METODOLOGICAS
Para que ensinar Geografia?
Parece-nos inútil ensinar Geografia nos dias atuais, uma vez que os meios de
comunicações nos mostra a todo momento paisagens, mapas sofisticados e cenas do
mundo inteiro. A globalização tornou o universo cada vez menor, parecendo que o professor
de Geografia está perdendo a importância.
196
Porém, isso é apenas uma impressão que temos, ao contrário, o papel do professor
de Geografia vem se tornando cada vez mais imprescindível com a difícil missão de
combater as idéias alienantes e camufladas apresentadas pelos meios de comunicação de
massa que tenta nos impor “certas verdades”, consumismo, etc., com o objetivo de atender
os anseios da classe dominante.
O papel do professor de Geografia se torna importante no sentido de levar o aluno a
refletir as relações entre sociedade e poder, levando o mesmo a refletir também sobre seu
papel na formação da sociedade, criando no educando uma visão crítica, contribuindo para
sua formação como cidadão consciente, possibilitando-lhe o entendimento da relação
homem/poder/elementos naturais. Por isso, usaremos as práticas pedagógicas abaixo:
Relacionar os conteúdos com os fatos da convivência própria com suas riquezas e
origem;
Aula expositiva dialogada (exposição do professor e participação ativa dos alunos);
Leitura dirigida (ensinar o aluno a ler e interpretar textos de forma sistemática e
direcionada);
Trabalho com recortes de jornais e revistas;
Utilização de fotografias confeccionando murais e álbuns;
Interpretação de mapas e do globo terrestre;
Leitura de gráficos e tabelas;
Exploração de músicas relacionadas aos conteúdos da disciplina;
Confecção de maquetes e cartazes;
Exploração de mesa-redonda incentivando debates e exposição de opiniões;
Realização de pesquisas, seminários e dramatizações;
Utilização de filmes e obras literárias;
Criação de textos diversos com base no tema apresentado;
Exposição oral de pesquisas realizadas;
Exposição e análise de slides;
IV – RECURSOS
Mapas, globo terrestre, textos, jornais, revistas, fotografias, gráficos, tabelas, papel,
livros, filmes, vídeo, transparências, rádio-gravador, filmadora, data-show, acervo
bibliográfico.
197
V – AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada no decorrer do processo de ensino-aprendizagem de
forma.
A avaliação será no decorrer do processo de ensino-aprendizagem de forma
diagnóstica continuada, e que contemple diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura,
interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas
bibliográficas, entre outros. É importante realizar uma avaliação considerando o
conhecimento prévio, os domínios e atitudes dos educandos, as suas conquistas ao longo
dos estudos A avaliação deve também possibilitar ao educador avaliar o seu próprio
desempenho como docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades
de como atuar no processo de ensino/aprendizagem.
A avaliação se dará através de:
· Atividades em sala de aula – participação ativa nas aulas e nas atividades propostas/tarefas;
· Exposição de trabalhos de pesquisas;
· Trabalho de pesquisa – trabalhos em dupla e/ou grupos em sala de aula;
· Avaliações escritas, orais, individuais e/ou em duplas;
· Produção de textos e/ou cartazes, resumos, sínteses...;
· Trabalhos com mapas;
· Análise de textos, reportagens, mapas, imagens...;
· Aplicação de provas descritivas, conclusivas, e ou orais;
· Propostas de trabalhos e de pesquisas individuais ou coletivas, os quais poderão ser:
produção de textos, de artigos, resenhas, debates, redações, cartazes, confecção de mapas,
maquetes, desenhos, gráficos, bem como sua exposição por meio de seminários e/ou
gincanas.
VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
198
SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo, Hucitec, 1996.
LACOSTE, Yves; A Geografia – isso serve antes de mais nada para fazer a guerra.
Campinas, Papirus, 1998.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio
de Janeiro: Record, 2000.
DIFFER, Osvaldo. Geografia no Ensino médio. São Paulo: Ática.
MARINA, Lúcia e TÉRCIO. Geografia Geral e do Brasil, São Paulo: Ática, 2008.
MOREIRA, Igor . O espaço geográfico: Geografia Geral e do Brasil, São Paulo: Ática.
SENE, de Eustáquio e Moreira, João Carlos, Geografia: Geografia Geral e do Brasil, São Paulo:
Scipione, 2008.
VESENTINE, J.Willian, Geografia Geral e do Brasil, São Paulo: Ática, 2008.
JAMES e MENDES, Geografia geral e do Brasil: Estudos para a compreensão do espaço. –
São Paulo: FTD, 2005.
COELHO, Marcos de Amorim e Terra, Ligia. Geografia do Brasil: Moderna.
MADEIRA, Silva Helena de Camargo,Geografia Caderno de Revisão Ensino Médio. São Paulo:
Moderna, 2010.
199
Guia do Estudante. São Paulo: Abril, 2011.
BRASIL. MEC. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: geografia.
Brasília: MEC/SEF.
BRASIL. MEC. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE: Atlas geográfico Escolar, 4ª
Edição, 2007
200
HISTÓRIA
JUSTIFICATIVA
A história não é só a história do passado ela é também o elemento que nos leva a
compreender como o presente é parte das construções de concepções coletivas ou
individuais. Tudo que o homem constrói, seja concreto ou abstrato, faz parte da sua
concepção de mundo e as mentalidades e conceitos de uma época são frutos de processo
histórico maior pelo qual o homem já passou ou, está passando.
Nesta perspectiva a Proposta Curricular de História deve ser reordenada na
dimensão de uma concepção de História que permita o entendimento da sociedade em suas
diversidades histórico-culturais, cujas singularidades devem estar referenciadas nas
dimensões cotidianas.
Saber história é essencial para compreendermos o mundo em que vivemos. Afinal,
tudo que vemos diariamente nos jornais está vinculados a acontecimentos do passado, não
ter conhecimento de História é ser alienado, é ver a vida passar, sem participar
dela.baseado nessas concepções é que se justifica a inserção da disciplina História no
Ensino Médio.
Pretendemos colaborar com a construção de uma história não somente universal
mais também regional, que procura oferecer novas óticas de análise que fazem aflorar a
relação do individuo e do coletivo, o especifico, o próprio, o particular, ressaltando as
diferenças, a multiplicidade, numa perspectiva histórica plausível, integradora que sobressai
o caráter transformador que o estudo da história aplicado à realidade social, naturalmente
promove. Pretende também, rever de um outro ponto de partida o especifico, para dar conta
da complexidade humana.
Essa dimensão do conhecimento histórico e de sua produção tem propiciado estudos
diversificados, com resultados inovadores a que abrem campo para novas temáticas, até
antão, pouco trabalhados, com relação saúde e história da cultura, das instituições e
201
também temas, com religiosidade, imigração, história política, integração latino americano e
etnohistória. Nessa direção acompanhamos Josef Fontana (1998), que propõe a
substituição da desgastada pratica da partir-se da analise abstrata de dados pontuais, para ‘
parti de um fato concreto, do conhecimento, com tudo que tem de complexo e peculiar, não
para isolá-lo como algo único, mas para colocar a prova o marco interpretativo e enriquecê-
lo ao mesmo tempo’, e com isso poder dar conta da complexidade dar formação humana.
Daí a importância da formação que permita ao aluno avaliar, escolher, refletir e
produzir novos conhecimentos continuamente, habilidades que só se dão no exercício
cotidiano de contatos com fontes e de reflexão sobre esse material.
A história nova começa a andar de mãos dadas com a psicologia, a antropologia, a
sexologia, a literatura etc. A história nova propõe a interdisciplinaridade abertura a diversas
áreas do saber. O encontro entre duas ou mais disciplinas, resultando assim em novas
experiências, não estagnando na historia das elites e reis, ideologias dominantes, ciências
oficiais, democratizando assim a história, pois humildes, o cotidiano dos povos passam a ter
direito a ela.
Na realidade atual percebe-se o entusiasmo e empenho para a prática de uma
história questionadora, sem respostas prontas, tirando assim a história de dentro dos limites
disciplinares, levando-a para fora da escola, retirando-a da rotina, do marasmo, das mesmas
perguntas e suas mesmas respostas, dos preconceitos racistas e religiosos e dos erros de
compreensão.
Considerando essa nova pratica inovadora da história um novo horizonte se abre
para que cada cidadão se sinta sujeito crítico e participativo da sua própria história, existente
se seus direitos e conscientes se seus deveres.
Tendo em vista a preservação dos espaços, no âmbito das vinculações que os
indivíduos têm e mantêm com o seu lugar de vida, tendo como meta a relação com o global,
que contribui para ampliação do local, e que nos remete ao poema de Fernando Pessoa que
diz:
“Da minha aldeia vejo quanto a terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande de como outra terra qualquer.
Porque eu sou do tamanho do que vejo.”
I – OBJETIVOS
202
● Integrar a disciplina de História à áreas das Ciências Humanas e suas tecnologias,
possibilitando a ampliação dos estudos sobre as problemáticas contemporâneas, situando-
as nas diversas temporalidades;
● Entender que o processo histórico é resultado de fatores econômicos, sociais,
políticos e culturais e que se faz necessário possibilitar o resgate de valores de grupos e de
classes sociais antes silenciados, desenvolvendo, assim, a capacidade de percepção de si
mesmo como ser histórico ativo;
● Ampliar conceitos introduzidos nas séries do Ensino Fundamental, contribuindo
substantivamente para a construção dos laços de identidade e consolidação da formação da
cidadania;
● Identificar os principais fatos do processo histórico do Brasil no contexto da História
Mundial.
II – COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA ÁREA A SEREM DESENVOLVIDAS
No decorrer do Ensino Médio visa-se o desenvolvimento de competências e
habilidades voltadas para a crítica, análise e a interpretação de fontes documentais,
produção de textos sobre os processos históricos com a relativização e as diversas
concepções de tempo que promoverão relações entre continuidade/permanência e
ruptura/transformação. Além disso, busca-se a construção da identidade pessoal e social a
nível histórico a partir da tomada de consciência por parte do indivíduo (aluno) como sujeito
histórico. Isso contribuirá para situar as diversas produções culturais nos contextos
históricos, buscando englobá-los nos vários ritmos da duração e comparando as
problemáticas do momento atual com outras de outros momentos históricos.
III – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE
1ª série
1. O Surgimento do Homem;
2. As Sociedades da Antiguidade Oriental;
203
3. As Sociedades Antigas Clássicas e seus legados:
3.1. A Grécia;
3.2 A Roma;
4. A Formação dos Reinos Bárbaros;
5. O Império Bizantino;
6. O Império Árabe;
7. O Sistema Feudal:
7.1 A Crise do Sistema Feudal;
7.2. As Monarquias Medievais.
2ª série
1. Ascensão do Capitalismo;
2. A Expansão Marítima – Comercial Européia;
3. O Renascimento;
4. A Conquista da América pelos Europeus;
5. O Absolutismo e o Mercantilismo;
6. A Reforma e a Contra-Reforma;
7. O Sistema Colonial:
- A Terra conquistada pelos europeus;
- A Economia canavieira;
- A Administração colonial.
8. A Revolução Industrial;
9. O Iluminismo;
10. A Mineração no Brasil;
204
11. A Revolução Norte-Americana;
12. As Rebeliões Nativistas e emancipacionistas;
13. Revolução Francesa;
14. Independência dos E.U.A.
15. Independência do Brasil;
16. O Primeiro Reinado;
17. Período Regencial;
18. Segundo Reinado.
3ª série
1. O Imperialismo Europeu e o Neocolonialismo;
2. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Revolução Russa;
3. O Brasil na República Velha (1889-1930);
4. O Período do entre guerra (1918-1939);
5. O Brasil durante o Governo Vargas (1930-1945);
6. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a criação do Estado de Israel;
7. A Guerra Fria;
8. O Período Democrático no Brasil (1946-1964);
9. Ditadura Militar
10. A América Latina: na segunda metade do século XX;
11. Brasil: da redemocratização até a atualidade;
205
12. Aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais do mundo contemporâneo.
IV – ORIENTAÇÕES E MÉTODOS DIDÁTICOS
Tendo como referência as Novas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio e as
concepções inspiradas na Nova História é que serão definidas e embasadas as orientações
didático-metodológicas para a disciplina de História no Ensino Médio.
Lançaremos mão das diversas fontes documentais (escrita, oral, sonora, pictórica,
etc.) para analisar os aspectos sociais, políticos e econômicos, bem como, os culturais e os
valores do cotidiano de maneira a integrar as multiplicidades temporais e espaciais
presentes em uma dada coletividade.
Será privilegiada, ainda, a importância do desenvolvimento de competências ligadas
a outras áreas do conhecimento (leitura, interpretação, contextualização) que promoverá a
articulação dos conhecimentos históricos com as demais áreas das Ciências Humanas e
outras, buscando a promoção de um trabalho interdisciplinar, voltado para a consolidação
dos laços de identidade e de formação da cidadania.
Nesse sentido, o estudo da disciplina deverá desenvolver-se através de um conjunto
de atividades, entre as quais: exposição oral e participativa, complementada por roteiros de
estudos, esquemas e exercícios, estudo dirigido, estudo de texto e de documentos
históricos, leituras dirigidas com artigos de revistas, trabalhos de grupo ou individual,
aplicação de júri simulado e análise de músicas e filmes relacionados ao conteúdo
trabalhado.
Considerando o que foi exposto se faz necessário ainda o desenvolvimento de
atividades específicas que favoreçam a reavaliação dos valores do mundo contemporâneo
não perdendo de vista a contribuição na construção de identidades deixadas pelas gerações
passadas.
V – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é algo processual e se faz no dia-a-dia de sala de aula. Tem como
objetivo identificar os aspectos que precisam ser retomados no processo ensino-
aprendizagem, devendo-se levar em consideração a participação, o interesse, o aspecto
206
qualitativo do saber ler e interpretar e também a capacidade do aluno em expor seu ponto
de vista de forma consciente, lógica e crítica em relação aos trabalhos didáticos que serão
desenvolvidos ao longo do ano letivo.
Além disso, haverá momentos formais de avaliação tais como: análise de textos
complementares, músicas e filmes, trabalhos extra-classes, individuais ou em grupo,
seminários, debates, relatórios, dramatizações, sem invalidar, contudo, os testes e provas,
que naturalmente serão configurados de uma outra forma a partir da concepção proposta.
Também será levado em consideração a auto-avaliação, o que se pretende uma
maior valorização da pessoa humana com toda sua potencialidade. Uma análise cuidadosa
de todos esses itens, proporcionará condições de se realizar uma avaliação mais justa e
adequada ao modelo educacional.
VI – REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS
● ALENCAR, Francisco – História da Sociedade Brasileira – 2º Grau. Rio de Janeiro, Ao
Livro Técnico;
● AQUINO, Jacques – História das Sociedades – 2º Grau. Rio de Janeiro. Ao Livro Técnico;
● AQUINO, Jesus Oscar, - História das Sociedades Americanas. Rio de Janeiro. Ao Livro
Técnico;
● ARRUDA, José Jobson de A. – História Antiga e Medieval, São Paulo. Ática;
● BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio ET alli – História Geral da Civilização – curso moderno.
São Paulo Nacional;
● BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. História do Brasil – Cursos Modernos. São Paulo,
Nacional, Volume I e II;
207
● FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil – São Paulo. Ática;
● HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem – Rio de Janeiro – ZAHAR Editores;
● KOSHIBA, Luís e Pereira, Denise Manzi Frayse. História da América. São Paulo, Atual
Editora;
● MELLO, Leonel Iaussu e Costa, Luiz César Amad. História Moderna e Contemporânea.
São Paulo, Editora Saraiva;
● NADAI, Elza e Neves Joana. 2º Grau. História do Brasil. São Paulo. Editora Saraiva;
● PAZZINATO, Alceu Luiz e Senize, Maria Helena Valente, História Moderna e
Contemporânea, São Paulo. Editora Ática;
● PILETTI, Nelson. História do Brasil. São Paulo. Editora Ática;
● VICENTINO, Claúdio e Scallizaretto, Reinaldo. Nova Ordem Internacional. Editora
Scipione.
● Revistas: Nova Escola, Mundo Jovem, Caros Amigos, Isto É, etc;
● Livros Paradidáticos.
208
209
SOCIOLOGIA
JUSTIFICATIVA
“... Só é possível tomar esses fenômenos como objeto da sociologia na medida em
que sejam submetidas a um processo de estranhamento.”
A Sociologia é uma disciplina que contribui para a formação do cidadão, no sentido
em que se aproxima de uma linguagem especial (oferecida pela sociologia) e também para
sistematizar os debates em torno de temas de importância dados pela tradição ou pela
contemporaneidade.
O ensino de Sociologia envolve um amplo estudo teórico, centralizado no exercício
de análise e reflexão crítica e do bom senso em relação à vida cotidiana e ao estudo da
sociedade da qual fazemos parte.
O pensamento sociológico torna-se necessário, considerando-se os fenômenos
sociais, trazendo assim modos de pensar ou a reconstrução e desconstrução de modos de
pensar.
No mundo pós moderno, em que presenciamos a globalização nas comunicações,
no desenvolvimento político, econômico e cultural, nos faz necessário uma análise crítica
dos benefícios e malefícios que esse processo nos proporciona na vida cotidiana. E a
sociologia tem seu lugar de valia no desenvolvimento de concepções como: noções de
cidadania, responsabilidade social, direitos humanos, crítica em relação à realidade próxima
com o qual o aluno se identifica e a totalidade mais ampla na qual se insere.
Sendo assim o conhecimento sociológico certamente beneficiará nosso educando na
medida em que lhe permitirá uma análise mais apurada da realidade que o cerca. Mais do
que isto, a sociologia constitui contribuição decisiva para a formação da pessoa humana, já
que nega o individualismo e demonstra claramente nossa dependência em relação ao todo,
isto é, a sociedade à qual pertencemos.
A sociologia contribui, de forma significativa, para o desenvolvimento do senso critico
do educando, a partir de reflexões sobre a complexa realidade social brasileira, marcada por
desigualdades sociais e relações de exploração e opressão.
210
O quadro de conteúdos básicos da disciplina Sociologia apresenta uma proposta de
organização, encaminhamentos para a efetivação dos conteúdos estruturastes em sala de
aula. A seqüência proposta para a organização dos conteúdos estruturastes não deve ser
considerada como uma organização de conteúdos estanques em si, já que uma das
características da disciplina é a constante articulação entre os diferentes conteúdos
específicos, básicos e estruturastes.
As disciplinas humanísticas têm muito a contribuir com a formação do jovem naquilo
que lhe é mais peculiar: o questionamento. Isto nos remete à contribuição que a sociologia
pode dar para o desenvolvimento do pensamento critico, pois promove o contato do aluno
com sua realidade, bem como, o confronto com realidades distantes e culturalmente
diferentes.
A LDB (Brasil, Lei 9394/96) estabelece, como uma das finalidades centrais do ensino
médio, a construção da cidadania do educando, evidenciando, assim, a importância do
ensino de sociologia para a reflexão e a problematização desse conceito.
Portanto, o conhecimento sociológico sistematizado pode proporcionar ao educando
a construção de posturas criticas e reflexivas diante da complexidade do mundo
contemporâneo. Ao compreender melhor a dinâmica da sociedade em que vive, poderá
perceber-se como sujeito social e histórico, lotado de força política e capacidade de
transformar e viabilizar mudanças estruturais que apontem para a construção de uma
sociedade mais justa e solidária.
Considera-se que “desmistificando ideologias e apurando o pensamento crítico das
novas gerações, poderemos continuar sonhando, e construindo um país, não de iguais,
mas justo para mulheres e homens que apenas querem viver.¨
I. OBJETIVO GERAL
Proporcionar ao educando reflexão acerca de situações vivendas no cotidiano e suas
inter-relações com questões conceituais e metodológicas propostas pela Sociologia, que
contribuem para um melhor entendimento dos processos sociais.
II. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
211
Entender o processo histórico de constituição da sociologia como ciência.
Contribuir para a capacidade de análise e crítica da realidade social que os cercam.
Identificar-se como seres eminentemente sociais.
Compreender a organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu
processo de socialização.
Refletir sobre as ações individuais e perceber que as ações em sociedade são
interdependentes.
Identificar e compreender a diversidade cultural étnica, religiosa as diferenças
sexuais e de gênero presentes nas sociedades.
Rever e reconstruir regras de convivência como principio básico de um agir ético.
Investigar ou discutir alguns conceitos sociológicos, suas causas e conseqüências.
Observar e analisar o comportamento social em comunidades e sociedades
diversificadas.
Posicionar-se criticamente frente a sociedade em que vivemos para a prática da
cidadania plena.
Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, partindo do
reconhecimento do papel do individuo nos processos históricos simultaneamente
como sujeito e como produto desses processos.
III. CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
A sociedade humana
Somos todos seres sociais
A sociedade como objeto de estudo
Divisões das ciências sociais
A sociedade como problema
Princípios de Sociologia
Os primeiros sociólogos
212
A contribuição de Max Weber
A objetividade na análise sociológica
Viver em sociedade
O papel da socialização
Contados sociais: onde começa a interação
O ser humano em condições de isolamento
Sem comunicação não há sociedade
Como funciona a sociedade?
1. As relações sociais
Processos sociais
2ª SÉRIE
Organização social e cidadania
Viver em comunidade
Viver em sociedade
Que herança deixaremos?
Direitos humanos e cidadania
Grupos sociais e interação
Como os seres humanos se agrupam?
Agregados sociais
Como se sustentam os grupos sociais?
Os jovens como objeto da sociologia
Sistemas de status e papeis sociais
Estrutura e organização social
Trabalho e sociedade
213
Bens e serviços
O trabalho humano
Matéria – prima
Meios de produção
As forças produtivos
Relações de produção
De que modo a sociedade se transforma?
Sociedades Contemporâneas
O modo capitalista de produção
Das origens aos dias de hoje
Um novo modo de produção?
A globalização e seus dilemas
Estratificação e mobilidade social
Camadas sociais
Sociedades estratificadas
Mobilidade social
3ª SÉRIE
Cultura: nossa herança social
A procura de uma definição
As duas faces da cultura
Componentes da cultura
Cultura e progresso
O fenômeno da aculturação
Cultura e contracultura
Controle social
214
As instituições sociais
Características das instituições sociais
As instituições normatizam os grupos
As instituições são interdependentes
A família
O estado
Mudança social
Permanência e mudança
Como ficam as relações sociais?
Em ritmos desiguais
O que provoca a mudança social?
Ação e reação
Mudanças: superficiais ou radicais?
Pobreza e desenvolvimento
Os países pobres
O número da pobreza
O desenvolvimento econômico
O papel social da educação
A criança como sujeito
Tipos de educação
A nova escola
IV. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Em sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que
215
podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos,
textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos, podem também, sem enriquecidos se lançarmos mão de
recursos audiovisuais que, assim como os textos, também, são possíveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e chagues constitui importante elemento para que os
alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos
novos saberes.
A pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os
dados levantados a teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e
critica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária
a articulação constante entre as teorias sociológicas e as analises , problematizações e
contextualizações propostas. Essa pratica deve permitir que os conteúdos estruturantes
dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico
dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõe a grade
curricular da ensino médio.
V. AVALIAÇÃO
A avaliação é componente do processo ensino aprendizagem e não uma ordem de
pagamento a ser preenchida pelo aluno, de acordo com a noção do educador e escritor
Paulo Freire de ¨educação bancaria.¨ A avaliação é diagnóstica e indica o que pode ser
melhorado, modificado ou mantido no processo ensinar-aprender. As avaliações poderão
constar de: avaliação de textos clareza ao expressar-se, apresentação de razões que
fundamentam idéias apresentadas no texto, pontualidade na entrega apresentação criativa
sobre temas estudados : dramatizações vídeos , dinâmicas, entrevistas, etc.
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARTINS, C.B. O que é sociologia, 16 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987 .98p (coleção
primeiros passos, 57)
216
DIMENSTEIN, Gilberto Dez lições de sociologia para um Brasil cidadão. Volume único –
São Paulo: FTD. 2008
FERNANDES, Florestan A sociologia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1980
OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à sociologia .
PLANO DE AÇÃO
Problema (Indicador crítico): Alto índice de evasão/abandono no turno noturno
Possíveis causas:
- As modalidades de ensino oferecidas pela escola não condizem com as perspectivas profissionais dos alunos do noturno;
- Problemas sócios- econômicos que levam o aluno a optar pelo trabalho e deixar o estudo.
Objetivo: Reduzir a evasão no noturno.
Meta: Reduzir o índice do noturno de evasão do noturno de 23,7% para 20% até o final de 2012.
AÇÃO DETALHAMENTO RESPONSÁVEL
INICIO FIM
- Buscar parcerias com a Secretaria de Assistência Social
- Convocar reunião com os membros da secretaria e professores do turno noturno;
- Realização de palestras por membros da Secretaria de Assistência Social;
- Divulgar as oficinas oferecidas pelo CRAS;
Sebastião/ Adilton
Mara/Milva
Fátima/
Abril
Maio
Abril
Maio
217
- Levantamento de interesse dos alunos por oficinas;
- Realização das inscrições;
- Realização das oficinas;
- Avaliação dos resultados.
Sebastião
Eunice/ Dinalva
Adilton/Elenilda/Ediná
Milva/Marilene e todos professores noturno
Todos os professores do noturno
Maio
Abril
Abril
Maio
Novembro
Maio
Abril
Abril
Novembro
Novembro
PLANO DE AÇÃO
Problema (Indicador crítico): Alto índice de evasão/abandono no turno noturno
Possíveis causas:
- Incompatibilidade entre o horário de trabalho e de estudo.
Objetivo: Reduzir a evasão no noturno.
Meta: Reduzir o índice do noturno de evasão do noturno de 23,7% para 20% até o final de 2012.
AÇÃO DETALHAMENTO RESPONSÁVEL INICIO FIM
- Buscar parcerias com os empregadores
- Levantamento dos alunos que trabalham e empresas empregadoras;
- Reunião com os empregadores para
Marleide e Dinalva Abril Abril
218
adequar o horário de trabalho com horário de aula;
- Propor aos empregadores um programa de incentivo ao funcionário estudante aplicado.
Maio Maio
PLANO DE AÇÃO
Problema: Pouca interação entre escola/comunidade
Possível causa: Falta de eventos que interagem comunidade/escola
Objetivo: Envolver a comunidade nos eventos planejados pela escola.
Meta: Realizar um evento (projeto interdisciplinar) envolvendo comunidade/escola entre maio e novembro de 2012.
AÇÃO DETALHAMENTO RESPON
SÁVEL
INICIO FIM
- Projeto Ecologia: uma ação pela vida.
- Elaboração do projeto;
- Mobilização dos alunos;
- Realização de palestras com especialistas em Educação Ambiental;
- Orientação e distribuição de panfletos na sociedade mostrando meios para uma exploração sustentável;
- Visita e reuniões mensais em comunidades rurais para um trabalho de orientação e conscientização mostrando os riscos do
Professores de todas as áreas
Maio
Junho
Julho
Julho
Maio
Junho
Julho
Outubro
219
desmatamento para a vida do planeta e para desertificação local.
- Exposição dos trabalhos realizados com visitação aberta à comunidade
- Avaliação dos resultados.
Julho
Novembro
Novembro
Julho
Novembro
Novembro
PLANO DE AÇÃO
Problema: Pouca interação entre pais/escola
Possível causa: Falta de eventos que envolvam pais/escola
Objetivo: Melhorar a interação entre pais/escola
Meta: Realizar um evento esportivo em agosto de 2012 com a participação dos pais.
AÇÃO DETALHAMENTO RESPONSÁVEL
INICIO FIM
- Torneio Esportivo. - Divulgação do torneio no meio familiar, pelos alunos, para melhores esclarecimentos;
- Realização de inscrições dos pais na modalidade
Agosto Agosto
220
esportiva preferida;
- Realização do torneio esportivo.
Agosto
Agosto
Agosto
Agosto
PLANO DE AÇÃO
Problema: Pouca interação entre pais/escola
Possível causa: Falta de eventos que envolvam pais/escola
Objetivo: Melhorar a interação entre pais/escola
Meta: Realizar três assembleias com os pais no ano letivo de 2012.
AÇÃO DETALHAMENTO RESPONSÁVEL
INICIO FIM
- Assembleias com os pais
Reunião para escolha de temas a serem discutidos nos encontros;
Realização de reuniões ao final da 1ª, 2ª e 3ª unidades.
Maio
Maio
Outubro
Outubro
221