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PPP - APRESENTAÇÃO
Este documento contém o Projeto Político Pedagógico do Colégio
Estadual Paraíso do Norte – Ensino Fundamental e Médio e visa ajudar a
enfrentar os desafios do cotidiano da escola de uma forma sistematizada,
consciente, científica e participativa.
Representa construção coletiva. Denomina-se Projeto porque faz uma
projeção da intencionalidade educativa. Denomina-se Político porque
define uma proposta do grupo e expressa um conhecimento próprio,
contextualizado, consciente e partilhado, com vistas à formação do cidadão.
Denomina-se Pedagógico porque define a intencionalidade formativa,
refletida e fundamentada, ou seja, a efetivação da finalidade da escola na
formação para a cidadania.
A reflexão à cerca do projeto político-pedagógico do Colégio Estadual
Paraíso do Norte tem fundamental importância, pois:
Estabelece uma direção, uma intencionalidade.
Exige uma reflexão acerca da concepção de escola e sua relação com a
sociedade.
Contempla a qualidade do ensino nas dimensões: formal, técnica e política.
Implica em esforço coletivo e participativo.
Define ações educativas e as características necessárias às escolas de
cumprir seus propósitos e sua intencionalidade.
O projeto é elaborado com vistas ao aproveitamento da aprendizagem
tendo como princípios a liberdade, autonomia, flexibilidade e
democracia, adotando como referencial teórico a Constituição Federal e a
LDB, salientando que a ação educativa deve constituir-se como ato
intencional e diversificado.
O Projeto Político Pedagógico leva em conta a Lei e Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – LDB nº. 9394/96, a Constituição Brasileira, o
Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, e a Deliberação 014/99, do
Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná.
No art. 3º da LDB nº 9.394/96 estão implícitos os princípios norteadores
do projeto pedagógico:
Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;
V Respeito a liberdade e apreço a tolerância;
V Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
V Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V Valorização do profissional da educação escolar;
V Gestão democrática do ensino público, na forma da lei e da legislação do
X sistema de ensino;
X Garantia do padrão de qualidade;
X Valorização da experiência extra-curricular;
X Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
É importante ressaltar que este Projeto Político-Pedagógico não é um
documento definitivo, ao contrário, tem caráter dinâmico que possibilita
mudanças que estejam sempre de acordo com os interesses e necessidades
de uma sociedade justa e igualitária.
Organização do Tempo e do Espaço Físico
O Colégio Estadual Paraíso do Norte - EFM, dispõe de uma estrutura
física para atender uma população de aproximadamente 1.300 alunos.
Organização do Tempo: Horário de Funcionamento
Período Matutino: 7h130min. às 11h55min.
Período Vespertino: 13h00min. às 17h15min.
Período Noturno: 19h10min. às 22h55min.
Oferta de Cursos/Modalidades
O Colégio Estadual Paraíso do Norte, atende hoje 1292 alunos no
Ensino Fundamental (2ª fase) e Ensino Médio, nos períodos matutino
, vespertino e noturno e atualmente mantém as seguintes turmas:
Ensino Fundamental - 5ª a 8ª séries Ensino MédioSéries Total de alunos Séries Total de alunos
5ª série 202 1º ano 2126ª série 225 2º ano 1517ª série 194 3º ano 1068ª série 202 Total 469TOTAL 823
Para corrigir as deficiências do processo de alfabetização, a escola
atende alunos em SALA DE APOIO, nas disciplinas de Português e
Matemática, em duas turmas , num total de 08 aulas cada turma, e duas
SALAS DE RECURSOS, que atende alunos com deficiência e ou distúrbio de
aprendizagem.
A organização curricular para os cursos de Ensino Fundamental e
Médio está estruturada em séries anuais e os conteúdos são distribuídos
por disciplinas.
Recursos Humanos
Devido ao número de alunos matriculados a escola encontra-se no
PORTE 7. Conta atualmente o seguinte quadro de pessoal:
•01 (um) Diretor - formação, Educação Física com especialização
•01 (um) Diretor Auxiliar – Período Noturno – formação Geografia com
especialização
•01 (um) Diretor Auxiliar – Período vespertino – formação, Educação
Física com especialização
•06 (seis) Professoras Pedagogas – formação, Pedagogia com
especialização
•01 Documentador Escolar – formação, Ciências/Biologia com
especialização
•01 (uma) Secretária – formação, Pedagogia com especialização
•01 (um) Assistente de Execução - formação, Pedagogia com
especialização
•09 (nove) auxiliares administrativos
•12 (doze) Auxiliares de Serviços Gerais
•52 (cinqüenta e dois) professores, sendo:
38 (trinta e oito) QPM
14 (quatorze) PSS
MARCO CONCEITUAL
Uma sociedade humana
Onde o amor se faça presente.
Sem violência
Discriminação
Exploração
Vantagens.
Que as desigualdades sejam
minimizadas
E as oportunidades
aumentadas.
Que o “ser” seja valorizado
e que o “ter” não prevaleça.
Que o ser humano saiba avaliar
Ponderar
Compreender
Decidir
Intervir no mundo
Tendo como o grande
desafio a
FRATERNIDADE
( Rosana Mulbarac de Lara/Equipe
Amizade Capacitação 2005)
Concepção de Sociedade
Queremos que a sociedade, em cada contexto, com suas
especificidades, esteja alicerçada nos direitos humanos individuais e
coletivos, na superação de qualquer tipo de exclusão e/ou preconceitos,
na valorização das diferenças, no exercício consciente da cidadania, na
busca de caminhos pacíficos para a superação de conflitos e controvérsias
nacionais e internacionais, e todos possam ter suas necessidades básicas
devidamente atendidas, sentirem-se incluídos no uso dos benefícios
propiciados pelos avanços científicos, tecnológicos, culturais e espirituais
do mundo atual, onde o ser humano, enquanto parte integrante da
natureza, possa ser o parâmetro de vida. Queremos uma sociedade mais
justa, fraterna e democrática, com homens críticos, politizados, de ampla
visão de mundo, capazes de superar os preconceitos sociais, uma
sociedade em que todos usufruam dos direitos e pratiquem os deveres
presentes na Constituição Brasileira, enfim, uma sociedade capaz de
adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as
capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos, o bem-estar
comunitário e um desenvolvimento humano, eqüitativo e sustentável
Concepção de homem:
“O homem, ou, ser humano, para não usarmos uma linguagem
sexista – é um ser inacabado, que se constitui ao longo de sua existência
social,” (Pinto, 1994 ), sendo portanto “ um sujeito histórico, que se
diferencia dos outros animais pelo trabalho”. (Saviani,1992. p.19)
Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção de
desenvolver no aluno a consciência e o sentimento de pertencer à Terra,
de modo que possa compreender a interdependência entre os fenômenos
e seja capaz de interagir de maneira crítica, criativa e consciente com seu
meio natural e social.
Queremos ser e formar (homens) pessoas livres, críticas, altruístas,
sonhadoras, criativas, espirituais, sábias, comprometidas consigo mesma,
com a natureza e com a formação de uma humanidade livre e consciente,
desejando atuar como agentes ativos na criação de outro mundo possível.
Queremos ser e formar (homens) pessoas que dialogam, partilham,
convivem com o diferente, se colocam no lugar do outro, com seu jeito
próprio, seu estado de vida, seus dons e aptidões, e que se sintam ligadas
e re-ligadas umas às outras, comprometendo-se entre si e com os demais
seres do universo.
Concepção de Educação
A educação é o processo de construção da capacidade cognitiva de
um indivíduo. Deve estar comprometida com a sua formação plena,
promovendo o despertar de sua criatividade e sensibilidade, o acesso à
cultura e tecnologia, como também, a conservação do meio ambiente,
para sua própria sobrevivência.
Não podemos conceber a educação sem que consideremos a família,
a rua, a vila e demais espaço sociais onde a pessoa vivencia experiências
além de construir e adquirir competências diferentes daquelas que são
propiciadas pela escola e, nesse sentido, seria muito oportuno que os
laços entre esses espaços fossem estreitados através de momentos de
integração objetivando maior qualidade na formação do aluno.
Portanto, queremos uma educação em que as pessoas, como
sujeitos de seu crescimento humano busquem sua identidade individual,
social e global, situando-se criticamente no momento histórico, em que
lhes compete viver e conviver; se apropriem de instrumentos de
participação, que lhes oportunizem analisar criticamente a realidade e
usufruir dos avanços científicos, tecnológicos, humanos , espirituais e os
estritamente acadêmicos do mundo atual; assumam um compromisso de
participação ética e democrática na sociedade, como agentes ativos na
construção de um mundo, em que todos possam estar dignamente
incluídos.
Concepção de Escola.
Ao concebermos o Colégio Estadual Paraíso do Norte como escola
pública, gratuita e de qualidade, desejamos que, assumindo sua função
social, seja uma instituição voltada à socialização de saberes teóricos,
práticos e comportamentais, visando ao desenvolvimento das
potencialidades dos indivíduos para constituírem-se cidadãos
participativos, co-responsáveis nos processos de transformação da
sociedade.
Aos educadores incumbe a tarefa mais importante de conhecer as
esperanças, lutas, trajetórias e especificidades culturais que caracterizam
os alunos e levar em consideração os saberes e fazeres populares, bom
senso presente no senso comum a fim de estabelecer diálogos
pedagógicos mais interculturais, mais reflexivos e menos excludentes.
Portanto, “a escola que queremos é pública, popular e de qualidade;
democrática e participativa no seu gerenciamento; com um currículo
organizado no sentido da reconstrução da cidadania e promotor do saber;
preservando a identidade sócio-histórica dos educandos e de sua
comunidade; emancipatória em suas propostas de avaliação e integradora
na inter-relação entre os sujeitos." Deve ser fruto de um Projeto Político
Pedagógico construído coletivamente a partir de reflexões realizadas por
pais, professores, equipe pedagógica, funcionários, enfim, com a
participação da comunidade escolar.
Concepção de Conhecimento
O conhecimento é resultado de um complexo e intrincado processo
de modificação, reorganização e construção, utilizado pelos alunos para
assimilar e interpretar os conteúdos escolares. Segundo Vigostski existe
uma zona de desenvolvimento próximo, dada pela diferença existente
entre o que um aluno pode fazer sozinho e o que pode fazer ou aprender
com a ajuda dos outros. O conhecimento não pode advir de um ato de
"doação" que o educador faz ao educando, mas sim, de um processo que
se realiza no contato com o mundo vivenciado, o qual não é estático, mas
dinâmico e em transformação contínua.
De acordo com esta concepção, falar dos mecanismos de
intervenção educativa equivale a falar dos mecanismos interativos, por
meio, dos quais professores e alunos conseguem ajustar sua ajuda aos
processos de construção de significativos realizados no decorrer das
atividades escolares de ensino e aprendizagem Desse processo, advém
um conhecimento que é crítico, porque foi obtido de uma forma
autenticamente reflexiva, e implica em ato constante de desvelar a
realidade, posicionando-se nela. O saber construído, dessa forma precede
a necessidade de transformar o mundo, porque assim os homens se
descobrem como seres históricos.
Concepção de Ensino/Aprendizagem
É importante ter clara a distinção entre ensino e aprendizagem.
Aquele que ensina, planeja, faz escolhas, prepara propostas de ação,
enquanto que aquele que aprende deve estabelecer relações criativas
com os conteúdos tratados, envolver-se com o trabalho, questionando-se,
construindo novos significados e representações, pois as rápidas e
intensas mudanças sociais e tecnológicas verificadas no mundo atual nos
obrigam a contemplar em nossa proposta de trabalho a construção de
conhecimento ao longo da escolaridade, que permitam ao aluno saber
resolver problemas, e desenvolver estratégias para continuar aprendendo
ao longo da vida, o que vai muito além da mera transmissão de
conhecimentos. A concepção de ensino/ aprendizagem reflete na forma
como se conduzem as atividades escolares e nas intervenções no convívio
diário.
A concepção de aprendizagem que embasa este projeto, pressupõe
que o conhecimento não é concebido como uma cópia do real e
incorporado diretamente pelo sujeito, mas uma atividade por parte de
quem aprende, que organiza e integra os novos conhecimentos já
existentes, e, o modelo de ensino relacionado a essa concepção de
aprendizagem é o da resolução de problemas. Compreende intervenções
pedagógicas de natureza própria, reconhece o papel da ação do aprendiz,
a especificidade da aprendizagem de cada conteúdo e pressupõe
situações didáticas em que o aluno precisa pôr em jogo tudo o que sabe
no esforço de realizar a tarefa proposta, para aprender o que não sabe.
5.7. Concepção de Avaliação
“A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação essa que nos
impulsiona a novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre
sua realidade e acompanhamento, passo a passo, do educador, na sua
trajetória de construção do conhecimento”. (Hoffmann, 1991, p.18)
A avaliação da aprendizagem desta Unidade Escolar fundamenta-se
na Deliberação Nº007/99, do CEE, que no Art. 1º diz: a avaliação deve ser
entendida como um dos aspectos pelo qual o professor estuda e interpreta
os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades
de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor; deve ainda,
proporcionar dados que permitam, não só ao estabelecimento de ensino
como também à rede estadual promover a reformulação do currículo, com
adequação dos conteúdos e metodologias.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem, responsabilidade da
escola, é realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática, tendo
como um de seus objetivos o diagnóstico da situação de aprendizagem de
cada aluno, em relação à programação curricular prevista e desenvolvida
em cada nível da escolaridade. A avaliação do processo de ensino e de
aprendizagem tem por objetivos:
I - diagnosticar e registrar os progressos do aluno e suas
dificuldades;
II - possibilitar que os alunos auto-avaliem sua aprendizagem;
III - orientar o aluno quanto aos esforços para superar as
dificuldades;
IV - fundamentar as decisões do conselho de classe quanto à
necessidade de procedimentos paralelos ou intensivos de reforço e
recuperação da aprendizagem, de classificação e reclassificação de
alunos;
V - orientar as atividades de planejamento dos conteúdos
curriculares.
As novas concepções que cercam o sistema de avaliação escolar,
remete-nos para dimensionar e olhar a ação pedagógica numa visão
otimista e otimizadora. Não se pode mais conceber Educação que não
busque a autonomia, o exercício da cidadania e a vivência de grandes
projetos de responsabilidade individual e coletiva.
O baixo nível de aprendizagem dos alunos exige uma mudança
profunda e radical na prática docente, no sentido de oferecer uma força
adequada aos professores que, além de levá-los a descobrir novas formas
de extremo cuidado com a aprendizagem, leve-os a valorizar, em
particular, o desempenho desses alunos, instigando o esforço do aluno
para aprender. Portanto, é indispensável acompanhar de perto todo aluno
em risco, porque a apropriação do conhecimento deve propiciar o
desenvolvimento de sujeitos que se transformem em cidadãos autônomos,
participativos, responsáveis e comprometidos com o processo educativo
de caráter individual e coletivo, colocando sempre a avaliação como um
ato dinâmico que qualifica e oferece subsídios ao projeto político pedagógico
e que imprime uma direção às ações dos educadores e dos educandos, e que
é resultante de um processo coletivo de avaliação diagnóstica.
Concepção de Currículo
Estabelecer o currículo implica, necessariamente, uma interação
entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial
teórico que o sustente. Implica em:
produção, transmissão e assimilação são processos que compõem
uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar,
ou seja, o currículo propriamente dito.
Relações entre conteúdo, método, contexto sócio-cultural e fins da
educação.
Respeito à identidade cultural do aluno, na perspectiva da
diversidade cultural
Articulação desses saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do
contexto histórico-social e a função de mediação; Relação professor
– aluno
Desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule conteúdos
e a dinâmica de um processo educativo que empregue recursos
didático-pedagógicos facilitadores da aprendizagem
Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de
sua prática em sala de aula.
Aprofundando e articulando o conjunto de intenções acima
elencados, a reflexão é: para que serve uma escola? Que sentido existe
em nos organizarmos socialmente para convivermos horas, dias, meses e
anos em um ambiente escolar? Qual a relação entre o vivido na escola e o
cotidiano das pessoas? O que faz da escola um "espaço-tempo" polêmico
entre os que crêem e os que descrêem da sua relevância social? O
currículo escolar põe em foco amplas questões, entre elas: O que e como
se aprende na escola? A quem interessa e a serviço de quem está o que é
aprendido? Como podemos fazer para democratizar o que é discutido nas
escolas de forma a não excluir os conhecimentos dos diferentes
segmentos sociais, sem anular identidades ou segregar saberes? Como
romper com a "indiferença" que a escola vive em relação à dinâmica social
de nossos dias? Ainda não há consenso sobre um caminho que garanta
certeza ou segurança para responder a esses questionamentos. Longe de
se representar um beco sem saída, o não consenso, neste caso, expressa
a existência de diferentes caminhos, de caminhos plurais. O que pode
significar um bom sinal se considerarmos o conhecimento sensível dos
poetas de que "o caminho se faz ao caminhar". Parafraseando este saber,
podemos dizer que o currículo de nossas escolas expressa os conflitos e
alternativas que se constroem a partir dos dilemas demandados em nosso
tempo.
Organização Curricular
A Organização Curricular é composta de uma matriz definida por
uma Base Nacional Comum para todo território nacional, de modo a
legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade
nacional, a partir das áreas do conhecimento: Língua Portuguesa,
Matemática, Ciências, Geografia, História, Língua Estrangeira,
Arte, Educação Física, Educação Religiosa e uma Parte Diversificada
onde encontra-se a disciplina de Língua Estrangeira.
Na Matriz para o Ensino Médio encontra-se definido uma Base
Nacional Comum para todo território nacional, onde o conhecimento,
como saber escolar, se explicita nas disciplinas de tradição curricular:
Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Biologia,
Física, Química, Filosofia, Sociologia, Arte, Educação Física,
Língua Estrangeira Moderna.
As diretrizes curriculares de cada disciplina indicam os CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES das mesmas e cabe ao projeto político pedagógico e
ao planejamento anual, construídos na escola, explicitar os conteúdos
específicos a serem trabalhados, contextualizando-os a partir da realidade
onde a escola está inserida. Dessa forma, não é necessário, portanto, criar
novas disciplinas para atender as especificidades regionais.
Gestão Democrática - Função dos segmentos e Instâncias Colegiadas
O art.4 da Deliberação 16/99, CEE/PR, diz que a comunidade escolar
é o conjunto constituído pelos corpos docente e discente, pais de alunos,
funcionários e especialistas, todos protagonistas da ação educativa em
cada estabelecimento de ensino; a organização institucional de cada um
desses segmentos terá seu espaço de atuação reconhecido pelo
regimento escolar; a Direção Escolar tem como principal atribuição
coordenar a elaboração e a execução da proposta pedagógica, eixo de
toda e qualquer ação a ser desenvolvida pelo estabelecimento; a gestão
escolar da escola pública, como decorrência do princípio constitucional da
democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção um
colegiado e que o órgão colegiado de direção será deliberativo, consultivo
e fiscal, tendo como principal atribuição estabelecer a proposta
pedagógica da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida
no estabelecimento de ensino, ainda que o órgão colegiado de direção
será constituído de acordo com o princípio da representatividade, devendo
abranger toda a comunidade escolar, cujos representantes nele terão,
necessariamente, voz e voto, podendo participar do órgão colegiado de
direção representantes dos movimentos sociais organizados,
comprometidos com a escola pública, assegurando-se que sua
representação não ultrapasse 1/5 (um quinto) do colegiado.
Os princípios educacionais como: direito do cidadão; universalização
do ensino; defesa da escola pública gratuita e de qualidade; respeito à
diversidade cultural, organizações coletivas do trabalho e gestão
democrática são a base do trabalho educacional. A organização escolar é,
evidentemente, complexa.
Realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos
têm mais chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da
sociedade a respeito da atuação da escola. Ampliando o número de
pessoas que participam da vida escolar, é possível estabelecer relações
mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e comunidade
escolar. É preciso que a escola estatal seja compreendida como serviço
público, no sentido de que a educação é uma ação de interesse público e
neste sentido “a lei e o funcionário público são, respectivamente, o meio e
o agente daquele interesse público”.
Quando pais e professores estão presentes nas discussões dos
aspectos educacionais, estabelecem-se situações de aprendizagem de
mão dupla: ora a escola estende sua função pedagógica para fora, ora a
comunidade influencia os destinos da escola. As famílias começam a
perceber melhor o que seria um bom atendimento escolar, a escola
aprende a ouvir sugestões e aceitar influências. É importante que as
pessoas participem da discussão, em igualdade de condições, sem ter
receio de expor posições contrárias. A manipulação de reuniões, na
condução de decisões que privilegiam grupos ou mesmo interesses
pessoais, pode gerar situações em que o autoritarismo surge, com
máscaras de gestão democrática.
Para compreender o sentido da DEMOCRACIA, essa autora diz que:
“A democracia, modelada sobre o mercado e sobre a desigualdade sócio-
econômico, é uma farsa bem sucedida, visto que os mecanismos por ela
acionados destinam-se apenas a conservar a impossibilidade efetiva da
democracia. Se na tradição do pensamento democrático, democracia
significa: a) igualdade, b) soberania popular, c) preenchimento das
exigências constitucionais, d) reconhecimento da maioria e dos direitos da
minoria, e) liberdade; torna-se óbvia a fragilidade democrática no
capitalismo”.(Chauí, 1997, p. 141)
A proposta de gestão da escola fundamenta-se na democratização
das relações no interior da mesma a partir da sua autonomia, tomada de
decisões que valorizem as normas deliberadas e de ações políticas
pedagógicas que valorizem o conjunto dos trabalhadores da educação,
portanto a gestão democrática só se faz através da ação compartilhada
das instâncias colegiadas como:
CONSELHO DE CLASSE - É um órgão colegiado, presente na
organização da escola, em que os professores das diversas disciplinas,
juntamente com a direção, equipe pedagógica, alunos e pais de alunos,
reúnem-se para refletir, avaliar e propor ações no acompanhamento do
processo pedagógico da escola.
CONSELHO ESCOLAR - É a instituição que cotidianamente coordena
a gestão escolar. É o órgão responsável pelo estudo e planejamento,
debate e deliberação, acompanhamento, controle e avaliação das
principais ações do dia-a-dia da escola tanto no campo pedagógico, como
administrativo e financeiro. É formado por um grupo de representantes de
pais, professores, alunos, funcionários, direção, equipe pedagógica e
comunidade organizada, eleitos por dois anos, que reúnem-se para sugerir
medidas e soluções ou para tomar decisões.
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS - APMF. É um
órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários que buscam a
integração dos segmentos escolares, para discutirem as políticas
educacionais e o Projeto Político-Pedagógico da escola Pública,
contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino. São escolhidos
através de eleição, a cada dois anos.
GRÊMIO ESTUDANTIL - É o órgão máximo de representação dos
estudantes a serviço da ampliação da democracia na escola, através das
suas funções de representação e organização dos alunos, contribui para a
efetivação de uma educação emancipatória e transformadora. Será
implantado e escolhido os membros através de eleições.
Para assegurar esse direito, propõe-se a definição de uma ação
transformadora, com decisões de caráter político, econômico e cultural.
Em que pese dificuldades encontradas, as iniciativas de efetivação do
caráter de gestão democrática, sinalizam um compromisso com a
educação pública.
Pode-se destacar, dentre essas o processo democrático de eleição
para ocupação do cargo de dirigente escolar, processo que se emana das
orientações da Secretaria de Estado e que requer participação,
envolvimento e co-responsabilidade que vão além das formalidades, pois
a gestão democrática deve estar presente no cotidiano da gestão pública
e do fazer educacional.
A autonomia somente existe na proporção em que ela acontece nas
relações sociais e por este caminho ela é construída. Tanto no plano
individual, como no plano coletivo ou institucional. A liberdade de ambos
somente existe quando ambos são livres ao mesmo tempo, senão não há
sentido para a liberdade, nem para a autonomia.
MARCO OPERACIONAL
Grandes Linhas de Ações
Diante da realidade apresentada e dos conceitos explicitados no
decorrer do Projeto Político Pedagógico, faz-se necessário definir o
conjunto de ações necessárias à realização do mesmo, e, para tanto adota
um modo de agir que fundamenta-se na concepção sócio interacionista
(progressista). É a própria interação que fundamenta esse agir e, por isso
requer:
• Que haja pleno desenvolvimento das pessoas como sujeito;
• Que haja compromisso com a defesa dos direitos humanos, com a
não-discriminação e com a preservação e recuperação do meio-
ambiente;
• Que seja garantia de liberdade de expressão como requisito
fundamental para o exercício da democracia na escola pública;
• Que o diálogo permanente revele e ajude a superar a posição de
confronto entre os que sabem e os que ainda não sabem;
• Que a ação democrática e cidadã possibilite o acesso de todos à
educação, como garantia de permanência e sucesso dos alunos;
• Que a recuperação de estudos dos alunos seja clara, com ações
bem definidas.
• Que haja proposição das diretrizes para avaliação geral de
desempenho dos docentes, dos pedagogos e dos funcionários.
• Que haja organização do trabalho pedagógico e da prática
docente, a partir do currículo enquanto Núcleo do Projeto Político
Pedagógico.
• Que haja definição clara do papel de cada um na organização do
trabalho da escola.
• Avaliação contínua de suas ações através de gráficos
demonstrativos do nível de aprendizagem dos alunos, e
respectivamente, o resultado final das disciplinas, no que tange a
aquisição da aprendizagem;
• Desenvolver nos bimestres conselhos de classe, que permitam
participação dos pais e alunos
• Adoção de uma prática reflexiva no que se refere aos
planejamentos e avaliação entre os diferentes períodos
(matutino, vespertino e noturno)
• Utilização da hora-atividade para discussões, diagnósticos e
possíveis soluções para problemas de sala e/ou individuais, assim
como de estudos e discussões de textos.
• Prática constante de ações que melhorem a auto-estima e
motivação de professores e alunos.
• Implantação efetiva do projeto FICA.
• Divulgar os projetos executados pela instituição (coral, fanfarra,
quem canta encanta, entre outros) promovendo a interação e
socialização da comunidade educativa.
• Redimensionar a gestão democrática: Conselho Escolar, Conselho
de Classe, Grêmio estudantil, Eleição do Aluno representante de
Turma, APMF e outros;
• Definir as ações relativas à formação continuada de professores,
funcionários, alunos representantes de turma, conselheiros e
pais, em termos de atendimento às especificidades dos níveis e
modalidades de ensino;
• Qualificar os equipamentos e espaços pedagógicos como: salas,
bibliotecas, laboratórios, pátios, etc.
Queremos ainda uma escola que:
• Esteja atenta às mudanças com base nos princípios, valores,
prioridades e compromissos democráticos, onde, em função da
Gestão Democrática a Equipe de Direção, Equipe Pedagógica,
Professores, Alunos, Funcionários e Pais adotem como
fundamentos norteadores, os princípios éticos, de autonomia,
responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum;
• Priorize pelos princípios estéticos, da sensibilidade, da ludicidade
e da diversidade, e que garantam aos profissionais da educação,
a formação continuada, fundamentando-os para a diversidade
metodológica.
• Os princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do
exercício da criatividade e respeito à ordem democrática que
serão explícitos e executados através de projetos
interdisciplinares pontuais e comemorativos.
A partir disso, a escola define o que quer ser e aponta quais são
seus princípios de ação e de organização. Quer ser:
• Instância crítica na realidade educacional vigente
• Presença interativa
Para isso escolhe:
• O processo participativo;
• A defesa da causa dos excluídos;
• A dinâmica da ação-reflexão-ação;
• A defesa e valorização do professor e do magistério;
• A luta pela democratização e pela universalização do ensino
público gratuito e de qualidade;
• A gestão democrática e a efetiva participação da APMF, dos
Conselhos de Classe, do Conselho Escolar;
• O trabalho em equipe, pois entendemos que o processo de
aprendizagem é constituído de interação e das relações entre as
distintas identidades dos vários participantes do contexto
escolarizado, essa interação deverá contribuir para a constituição
de identidades capazes de protagonizar ações solidárias e
autônomas, de conhecimentos e valores indispensáveis à vida
cidadã;
• Outras grandes ações como: o Plano de Ação da escola, a Agenda
21 Escolar onde estas idéias estão explicitadas e faz parte do
referencial teórico de cada plano, planos estes que são
complementados por diagnóstico que indica a distância existente
entre a prática e estas idéias e por uma programação que para o
período, indica as ações a serem desencadeadas e as orientações
de como fazê-las.
O projeto pedagógico contempla o compromisso institucional, a
previsão dos recursos necessários e as relações de trabalho de forma que:
• o dimensionamento e a qualificação do quadro de professores
deve levar em conta as diversas responsabilidades docentes: aula,
orientação, pesquisa, extensão, gestão acadêmica, formação
continuada;
• o corpo técnico-administrativo deve ser definido e capacitado na
perspectiva das dimensões propostas;
• programas de apoio ao estudante devem ser implementados
visando ao melhor aproveitamento;
• a infra-estrutura institucional deve incluir salas de aula,
bibliotecas, laboratórios, equipamentos, secretaria, sistemas e
redes de informação etc.
Como eixo articulador da escola, o projeto político-pedagógico, se
materializa num produto, que é um texto. Contudo, não deixa de se
constituir como um processo que orientará todas as ações internas e
externas da escola. Este produto permite dar publicidade à identidade
assumida pela escola. Além disso, cumpre mais que uma finalidade
burocrática, ao ser um documento que se constitui na processualidade das
práticas, indicando direções e indicadores para averiguar o resultado das
ações desenvolvidas pela escola. É, portanto um documento que facilita e
organiza as atividades, sendo mediador entre as decisões, a condução das
ações e a análise dos seus resultados e impactos. E ainda, se constitui
num retrato da memória histórica construída, num registro que permite a
escola rever a sua intencionalidade e sua historia
AVALIAÇÃO DO PPP
A avaliação no contexto do processo de construção do projeto
pedagógico é concebida como acompanhamento da qualidade das
decisões. Essas decisões são basicamente de dois tipos:
1) em nível dos atos situacional e conceitual (momento da concepção
do projeto pedagógico) - são decisões pedagógicas, epistemológicas
e metodológicas, implicando levantar questões para um profundo
conhecimento da situação a fim de possibilitar a identificação de
quais finalidades precisam ser reforçadas e priorizadas;
2) em nível do ato operacional (momento de execução do projeto
pedagógico) – são decisões que visam acompanhar a
operacionalização do projeto pedagógico.
Como produto, a avaliação pressupõe a coleta, a análise e a
apresentação de informações, sendo da maior importância utilizar
instrumentos que possam entender as causas dos problemas e
descobrir oportunidades para aperfeiçoar os processos, conduzindo-
os a patamares cada vez mais elaborados. Portanto, o
acompanhamento sistemático das ações propostas pelo Colégio
Estadual Paraíso do Norte – EFM, são de fundamental importância
para garantir um ensino de qualidade. Assim, a avaliação do PPP será
feita no decorrer do processo, utilizando planilhas especificas para
anotações e observações no decorrer do ano letivo, e que serão
apresentadas para a análise do coletivo da escola, ao final de cada
semestre.