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+ PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 17.nov.2015 N.663 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO A imigração volta a subir AGENDA Os cursos em massa online instalam-se O Serviço e a Pessoa no centro de tudo Os fatores de competitividade estratégicos: o caso da Bosch e da Portucel “Ceguera moral” O acolhimento aos filhos com síndrome de Down PDE Porto Palácio Congress Hotel & Spa, 26 de janeiro de 2016 Make in India: Business Development Workshop Lisboa, 23 de novembro de 2015 Making Boards work Lisboa, 19 de novembro de 2015 Fim de semana de trabalho: fazer balanço a pensar no futuro Modelos de negócios inovadores Lisboa, 30 de novembro de 2015 Batas brancas, bem- -vindas Media “Fátima Carioca: «O sucesso na vida é mais importante do que o profissional»” entre outros… Serviço 5 estrelas Lisboa, 28 e 29 de janeiro de 2016 Banca e seguros: novas oportunidades na prestação de serviço Lisboa, 27 de janeiro de 2016 GOS Mira Clube, 2 de fevereiro de 2016 Lisboa, 1 de fevereiro de 2016 A consistência dos valores na tomada de decisões 13.º Executive MBA inaugura tradição Passaporte

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NOTÍCIAS

17.nov.2015N.663

www.aese.pt

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

A imigração volta a subir

AGENDA

Os cursos em massa online instalam-se

O Serviço e a Pessoa no centro de tudo

Os fatores de competitividade estratégicos: o caso da Bosch e da Portucel

“Ceguera moral”

O acolhimento aos filhos com síndrome de Down

PDEPorto Palácio Congress Hotel & Spa, 26 de janeiro de 2016

Make in India: Business Development WorkshopLisboa, 23 de novembro de 2015

Making Boards workLisboa, 19 de novembro de 2015

Fim de semana de trabalho: fazer balanço a pensar no futuro

Modelos de negócios inovadoresLisboa, 30 de novembro de 2015

Batas brancas, bem--vindas

Media

“Fátima Carioca: «O sucesso na vida é mais importante do que o profissional»”entre outros…

Serviço 5 estrelasLisboa, 28 e 29 de janeiro de 2016

Banca e seguros: novas oportunidades na prestação de serviço

Lisboa, 27 de janeiro de 2016

GOS

Mira Clube, 2 de fevereiro de 2016

Lisboa, 1 de fevereiro de 2016 A consistência dos valores na tomada de decisões

13.º Executive MBA inaugura tradição

Passaporte

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A Direção da AESE recebeu, a 6 denovembro, os representantes dasEmpresas Patrocinadoras da esco-la em 2015, para um jantar, quevisou apresentar o balanço dasatividades do ano letivo e a es-tratégia para o seguinte.

O conjunto das Empresas Patroci-nadoras da AESE em 2015/2016 écomposto por: Accenture, BancoPopular, Colt, Credite EGS, CTT,EDP, Galp, Grupo ETE, GrupoLuís Simões, Millenniumbcp, MSD,Pfizer, Soja Portugal e Sovena.

A sessão de trabalho para aDireção da AESE prosseguiu namanhã seguinte, desta feita comos membros do Conselho geral.

Durante o encontro, debateram-setemas variados como a análise dos

resultados do ano anterior, asalterações na sociedade e na vidaeconómica, as oportunidades ecaminhos novos que se abrem, amissão das Business Schools e aestratégia da AESE para o triénio2015-2018.

Participaram nesta sessão: a Prof.

Maria de Fátima Carioca (AESE),Ana Paula Moutela (Inditex),Suzana Toscano (Presidência daRepública), Ana Paula Carvalho(Laboratórios Pfizer), o Prof. JoséRamalho Fontes (AESE), JoséMaria Wanassi (ASM), Jon Velasco(HUF Portuguesa), o Prof. LuísCabral (AESE e Stern School,

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Fim de semana de trabalho: fazer balanço a pensar no futuro

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Lisboa, 6 e 7 de novembro de 2015Reuniões com Empresas Patrocinadoras e Conselho geral

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Empresas patrocinadoras em 2015 com a Direção da AESE

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NYU), o Prof. Francisco Iniesta(IESE), o Prof. Pedro Pimentel(AESE), Adelino Santos (Tru-phone), o Prof. Silva Rodrigues(AESE) e o Prof. Rafael Franco(AESE).

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Conselho geral da AESE

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Carlos Álvares, Presidente do Ban-co Popular, e José Gomes,Presidente da Companhia de Segu-ros Açoreana, estiveram na AESEcomo conferencistas na sessão decontinuidade alusiva ao tema“Banca e Seguros”. Os Alumnireuniram-se em Lisboa, no dia 4 denovembro.

Os desafios da BancaNo setor financeiro, é importante terpresentes os vários atores. Éfunção dos Bancos mediar “o gapentre a necessidade dos credores emutuários, realizando uma funçãode transformação assente em trêspilares: a dimensão, a maturidade eo risco.” Nos últimos anos, os dri-vers evoluiram, influenciando arelação entre as partes, na medidaem que foram afetadas: pelas Tec-nologias de Informação, pela des-regulação, pelo aumento da con-corrência, pela alteração no com-

portamento dos clientes e pela glo-balização económica e financeira,lançando novos desafios aos ban-cos modernos.

Para responder aos comporta-mentos e necessidades da geraçãoMillennial’s (16-34 anos), a bancateve de modernizar-se tecnologi-camente e digitalizar o negócio. Asnovas tendências da banca tendema diferenciar a experiência do con-sumidor, investindo na recolha e nagestão de dados, proporcionandoanálises favoráveis às tomadas dedecisão. O “banco do futuro” estátambém atento à conceção de ummix de produtos por segmento, comuma política de preços adequada.Para Carlos Álvares, o banco deveser visto como um agregador, ca-paz de satisfazer o vasto leque denecessidades do ciclo de vida docliente, aconselhá-lo e assegurar aacessibilidade aos processos.

Os desafios das SeguradorasRelativamente às adaptações domercado das seguradoras, José

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Banca e seguros: novas oportunidades na prestação de serviço

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Lisboa, 4 de novembro de 2015Sessão de Continuidade para os Alumni da AESE

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Gomes apresentou os contornosem que a atividade se desenvolve eavançou com as principais tendên-cias do serviço para se coadunaràs expectativas dos clientes eacrescentar-lhes valor. O oradorrealçou a importância económica esocial da atividade seguradora,designadamente no que se refere àdevolução à sociedade dos valoresrecebidos sob a forma de prémiosde seguro.

A necessidade de inovar é, navisão de José Gomes, o grandedesafio que se coloca às segura-doras. A introdução de novasformas de tarifação e a incorpora-ção dos seguros em conjuntos maisvastos de serviços, são asprincipais áreas nas quais ainovação se deve centrar.

A modernização da distribuição,mediadores e corretores, é tambémuma vertente fundamental do de-senvolvimento da indústria.

Às duas intervenções seguiu-se ocolóquio, oportunidade para osoradores responderem a questõescolocadas pelos Alumni.

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Carlos Álvares (Banco Popular,) e José Gomes (Companhia de Seguros Açoreana)

Participantes

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Protagonista até julho passado deuma trajetória de realce no GrupoBosch como administrador delega-do, com 3187 pessoas a cargo ereceitas a rondar os 788 milhões deeuros, o atual administrador daPortucel, João Paulo Oliveira, foiconvidado para uma sessão decontinuidade sobre “Fatores estra-tégicos de competitividade”. Oencontro realizou-se a 29 deoutubro, na AESE, em Lisboa.

Na apresentação do orador, o Prof.José Ramalho Fontes, disse-se“impressionado por ele ter cons-truído um caminho sempre a cres-cer, sempre a introduzir conheci-mento e competitividade”. “Presi-dente da Câmara de ComércioLuso-Alemã entre 2009 e 2012,também ali introduziu um enormedinamismo e inúmeras realizaçõesque potenciaram a competitivida-

de”, aproveitando a experiência deconsultores e empresários ale-mães.

O recomeço aos 50João Paulo Oliveira conta o que omoveu a tomar esta decisão emudança. “Tenho 49 anos, e aceiteium desafio. Estava há muito tempona Bosch, achei que estava naaltura de fazer uma coisa diferentee esta era provavelmente umaúltima oportunidade. As pessoasnormalmente a partir dos 50 anosacomodam-se. Então coloquei-metotalmente na minha zona dedesconforto e estou a fazer umacoisa completamente diferentedaquela que fazia, mas tambémnão queria deixar a oportunidadede dizer que, de facto, a Portucel épraticamente uma empresa únicaem Portugal e era um conviteirrecusável. Saí da Bosch com

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Os fatores estratégicos de competitividade: o caso da Bosch e da Portucel

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Lisboa, 29 de outubro de 2015Sessão de continuidade com João Paulo Oliveira

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alguma pena, e hoje venho falar--vos essencialmente daquilo que foia minha experiência nessa empre-sa e transmitir-vos a minha expe-riência junto do acionista paraconvencer a Bosch a investir maisem Portugal.

Infelizmente, não temos muitasempresas multinacionais a investirno país, mas ainda hoje, um ex--colaborador meu disse que aBosch já devia ter investido muitomais em Portugal, porque ontemuma das nossas fábricas, a fábricade Aveiro, onde fui administradorexecutivo durante 13 anos, ganhouo prémio da melhor fábrica dogrupo Bosch a nível mundial. É ummotivo de enorme orgulho para aspessoas que trabalham na em-presa. Nunca tive qualquer sen-timento de inferioridade por ser umportuguês na Bosch, antes pelocontrário. A credibilidade dos portu-gueses dentro da Bosch é enorme,por causa das pessoas que traba-lham na empresa."

O Capital humano como FatorEstratégico para a Competitivi-dade

"Os recursos humanos são o ativo

mais importante da empresa. NaPortucel, há uma dinâmica para ofazer e está-me a dar um gozoespecial, pois estou a viver umaexperiência nova, com pessoasnovas, com uma lógica completa-mente diferente, mas onde asbases essenciais são conhecidas.O que é que quer dizer pôr osrecursos humanos em primeirolugar?Em primeiro lugar, diria que é aquestão da comunicação. As pes-soas precisam de ser informadas. Émau comunicar em excesso, mas émuito pior comunicar por defeito.Criámos uma máquina decomunicação dentro do grupoBosch, especialmente no planointerno, onde basicamente todos oscolaboradores sabem o que sepassa dentro da empresa, paraevitar que haja especulações.”“Há uma preocupação grande noposto de trabalho, pois este estáhoje mais modernizado, visto queas pessoas podem trabalhar apartir de casa. Obviamente numcontexto industrial é muito difícilfazer esta gestão. Portanto, épreciso fazer aqui algum balanço,

para que as pessoas não se sintammelindradas.

Na Bosch, há um sistema deretribuição para os colaboradores,variável em função do desempenhoem grupo.É preciso fazer formação, porque aformação fica connosco. Fiz 26anos de formação na Bosch. Saípara a Portucel, e ela ficou comigo.Outro pilar importantíssimo é o pilarda carreira. O que se podealmejar?Qualquer pessoa pode fazer uma

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carreira, independentemente daqui-lo que escolhe fazer.” João PauloOliveira referiu algumas práticasmantidas na empresa de apoio aoscolaboradores, justificando: “Não épossível exigir níveis de performan-ce elevados, se as equipas nãoestiverem motivadas.”

Definição da estratégia“A primeira visão que definimos naBosch, logo em 1993, foi que temosde ter aqui em Portugal uma áreade investigação e desenvolvimento.O grupo Bosch anunciou que tinha250 pessoas em investigação edesenvolvimento e se comprometiavir a ter 500 (era uma previsão) até2018. Neste momento, são 350.Em Aveiro, está a ser concluído umsegundo edifício, e há já um tercei-ro planeado, porque entretanto, amaior parte das áreas de negócioda Bosch percebeu que, em Portu-gal, há condições fantásticas paraatrair jovens nas áreas da investi-gação e do desenvolvimento. Pri-meiro, porque os jovens portugue-ses têm universidades equivalentesao nível de qualidade europeu.Engenheiros com um nível fantás-tico. Saem com um pragmatismoenorme.”

O Foco no Cliente“A Bosch introduziu a metodologiado «user experience» para perce-ber até ao limite as necessidadesdos clientes. Aprendemos muitosobre os clientes, sobre os nossosdelegados, sobre os defeitos queos nossos aparelhos têm no clientefinal.

Da Portucel em diante“Perceber o ouro verde do país écrucial, seja por razões ecológicas,seja por motivos económicos.Valorizar as florestas para protegeré o caminho. Fazer do incêndio aexceção e não a regra é o objetivo.Nesse sentido, muito tem sido feitopor todos os intervenientes, masmuito há ainda por fazer. Respon-sável pela gestão certificada de 120mil hectares de floresta, dos quais73 % são de plantações deeucaliptos e 27% das espéciesdiversificadas, a Portucel tem umaprioridade na intervenção e apoiono combate aos incêndios.

Ciente da importância de envolvera comunidade na estratégia deintervenção, o grupo mantém con-tacto permanente com os proprietá-

rios, a par das ações de sensibiliza-ção que promove."

A seguir à sua exposição, seguiu--se um período de perguntas erespostas entre os Alumni e oconvidado.

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No dia 22 de outubro, teve lugar noPorto, apoiada pela Cátedra deÉtica da AESE/EDP, a sessão decontinuidade sobre a relação entrea ética e a inovação social com oProf. Joan Fontrodona, docente doIESE, que analisou a evolução dopapel das organizações em relaçãoàs temáticas de responsabilidadesocial.

Como respondem as organizaçõesàs necessidades sociais? O am-biente é cada vez mais complexo eimprevisível para as empresas e assolicitações à resolução de pro-blemas sociais são cada vez maisconstantes. O número de organi-zações sem fins lucrativos temvindo a aumentar, o contexto estámais competitivo, o que conduz,por sua vez, à existência de maiscausas do que recursos parafinanciar.O nível de compromisso da empre-

sa verifica-se, nomeadamente, emperíodos de crise mundial, alturaem que a empresa mantém a suaconduta e preocupação socialquando os recursos escasseiam.Por outro lado, é importante ana-lisar se a empresa se empenhaporque gosta de fazer as coisasbem, de forma genuína, ou pormotivos de reputação e de respostaà concorrência. E se escolhe cum-prir os mínimos a que a legislaçãoobriga ou se vai mais além.

O antigo paradigma de que o lucroé o grande objetivo da empresa éhoje colocado em causa numcontexto de economia de partilha esocial. O serviço e a Pessoa estãoagora a emergir como o centro detudo, como podemos verificar, nocaso das "B Corps“ (empresas lu-crativas com outro objetivo de im-pacto positivo na sociedade e noambiente). Da filantropia, evoluí-

mos para a sustentabilidade e,hoje, assistimos à emergência dainovação social, não apenas nosprocessos e produtos, mas funda-mentalmente, nos modelos de ne-gócio.

Por fim, o docente do IESE, referiuque importa definir prioridades eescolher um problema que possa-mos debelar com mais eficácia,tendo sempre como mote e moti-vação principal o verdadeiro espíri-to de serviço. A resposta a um novoparadigma está a nascer!

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O Serviço e a Pessoa no centro de tudo

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Porto, 22 de outubro de 2015Com o apoio da Cátedra de Ética da AESE/EDP

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“Integrar valores nos curricula” foi otema da apresentação que levou aProf. Ana Machado à EBEN Re-search Conference, que decorreuno início de outubro, na Cope-nhagen Business School. Orga-nizado anualmente pela EBEN –European Business Ethics Network,este congresso é um ponto deencontro para debater ideias ecaminhos alternativos de abordar aética na vida empresarial.

Atualmente, verifica-se uma maiorconsciência da necessidade deintegrar os valores nas atividadesacadémicas e nos curricula dasescolas de negócios, como secomprova pela adesão aos PRME– Principles for Responsible Mana-gement Education. Esta plataformaglobal, lançada em 2007 pelas Na-ções Unidas, conta com mais de600 instituições académicas signa-tárias – entre as quais a AESE-, demais de 80 países.

Os PRME compreendem seisprincípios. No segundo – “valores”-,as instituições signatárias compro-metem-se a incorporar nas suasatividades académicas e curricula,os valores da responsabilidade so-cial global, como os que se encon-tram em iniciativas internacionaistipo Global Compact das NaçõesUnidas.

No entanto, a incorporação de valo-res nos curricula não é um fim emsi mesmo, visto que os conteúdosprogramáticos têm por objetivo daruma contribuição relevante para asdecisões que virão a ser tomadaspelos gestores. Ao mesmo tempo,

não basta uma apresentação devalores desligada da realidade em-presarial: é necessário que estaproposta esteja integrada na abor-dagem feita aos processos dedecisão concretos, quer se foquemem questões de índole financeira,de marketing ou de orientaçãoestratégica.

É na consistência entre o pensa-mento bem intencionado e asações realizadas que se joga aimportância de aperfeiçoar acapacidade de gestão dos deciso-res, assente em boas práticas,internacionalmente reconhecidas.

A consistência dos valores na tomada de decisões

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Prof. Ana Machado participa na EBEN Research Conference 2015

Lisboa, 1 a 3 de outubro de 2015

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A fim de fomentar o convívio e aamizade, os participantes da 13.ªedição do Executive MBA organiza-ram um almoço que juntou mais de25 colegas... Talvez um número re-corde para encontros pós--programa!

O encontro realizou-se no dia 5 denovembro, num restaurante emLisboa.

Este momento de reencontro, querevela o espírito de iniciativa, traba-lho e amizade vivido na rede deAlumni da AESE, pretende ter umaregularidade mensal.

Felicitamos o 13.º Executive MBApela iniciativa.

13.º Executive MBA lança desafio

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AESE fora de portas

Lisboa, 5 de novembro de 2015

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Maria de Fátima Carioca é dean daAESE, instituição onde é professo-ra na área de Fator Humano naOrganização e coordena projetosna área da Gestão das Pessoas,Conciliação Família-Trabalho eResponsabilidade Social, entre osquais o Prémio Empresa MaisFamiliarmente Responsável (de2005 a 2010). “Não gosto nada daexpressão work-life balance (equilí-brio entre o trabalho e a vida)porque mal está o trabalho quandotambém não é vida e há essadicotomia”, afirma.

Antes da AESE, durante cerca de20 anos, Fátima Carioca trabalhouna área da engenharia de softwaree como gestora de projetos e deárea de negócios na Edisoft –Empresa de Serviços e Desen-volvimento de Software, onde che-gou a gestora de Recursos Huma-nos, Qualidade e Formação.

Licenciada em Engenharia Eletro-técnica pelo Instituto Superior Téc-nico, em 1981, fez o mestrado emEngenharia de Sistemas e Compu-tadores em 1985, pela mesma Uni-versidade. É mestre em Matrimónioy Família pela Universidade deNavarra e doutorada em Gestãopela Manchester Business School –Universidade de Manchester. Masmantém a alma de engenheira,sempre em busca de soluções prá-ticas para os problemas.

Como se deu a transição daengenharia para a gestão?Foi uma evolução. Sou uma enge-nheira por formação académica,mas acho que sou mais engenhei-ra, até, por vocação.

O que lhe deu a engenharia?Uma maneira de encarar os proble-mas muito própria, como um desa-fio. Nunca se coloca a hipóte-

12 CAESE novembro 2015

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Fátima Carioca: “O sucesso na vida é mais importante do que o profissional”

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In “Executiva”, 9 de novembro de 2015

AESE nos Media

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se de desistir. A engenharia é en-contrar soluções. Isso fica no nossoADN e faz toda a diferença na vida.Também nos dá a aplicação. Des-frutamos muito com a implemen-tação do projeto. Isso também éum valor acrescentado grande paraa gestão. (…)

Como foi essa experiência,lançar uma empresa?Teve todas as virtudes e as doresde uma start-up. Começar umaempresa é uma experiênciafantástica. Foram tempos que nãotrocava por nada. Durante doisanos estivemos a maior parte dotempo na Holanda, na casa-mãe danossa sócia. Foi um início de luxoporque tínhamos uma empresagrande que nos encaminhou nal-gumas decisões, nomeadamenteoperacionais.

O que trouxe dessa experiênciainternacional?Ver Portugal com olhos diferentes.Viver a diversidade cultural. Foi umabrir de mundo e um valor muitogrande.

Como se deu a passagem daárea técnica para a gestão de

recursos humanos?Estivemos neste vai e vem durantetrês anos. Quando ingressei naequipa inicial, eu era engenheira desoftware. Pouco tempo depois deestarmos em Portugal, passei achefe de projeto e depois abusiness area manager, porque onegócio ia crescendo.

Portanto, eu estava profundamenteembebida no negócio. (…)

Há pouco tempo foi nomeadadean (diretora geral) da AESE.Depois de ter assumido a direçãodas pessoas na AESE, houve umpasso seguinte que foi pertencer àdireção da AESE nos últimos anos,liderada pelo Eng. José RamalhoFontes, diretor geral, e Dr. RaulDiniz, presidente. Há um ano, o Dr.Raul Diniz deixou as funçõesoperacionais passando a presi-dente emérito, o Eng. RamalhoFontes passou a presidente e eupassei a diretora geral.

O que é que hoje distingue aAESE de outras escolas?É a mais antiga, foi fundada há 35anos. O que distingue a AESE é osaber muito enraizado no mundo

empresarial. Há várias escolas denegócios, mas esta nasceu comoescola de negócios, as outrasnasceram como universidade. Ofacto de na sua génese ter sidouma escola de negócio faz adiferença neste saber enraizado nomundo empresarial. Faz a diferen-ça também ter, desde a sua origem,pertencido a um grupo de escolasinternacionais. Há escolas que têmuma percentagem de alunos inter-nacionais muito maior do que anossa, mas o facto de termosnascido pertencendo a uma redede escolas do IESE, que é umaescola mundial, deu-nos uma aber-tura ao mundo completamente dife-rente. Acho que há mais duasoutras características distintivas daAESE. A cultura de encontro, que émuito apreciada pelos nossosantigos alunos. A missão da AESEcumpre-se muito sendo umaplataforma para que os executivosse encontrem e reflitam sobretemáticas que são importantes paraa sua vida quotidiana.

Consulte o artigo integral aqui13 CAESE novembro 2015

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"Acordos à esquerda têm muito pouco conteúdo"“COMISSÃO EXECUTIVA”, ECONÓMICO.PT – 11.11.2015Intervenções do Prof. Jorge Ribeirinho Machado00:11:56– 00:14:56

"Há um conflito entre Bloco de Esquerda e Partido Comunista"“COMISSÃO EXECUTIVA”, ECONÓMICO.PT – 4.11.2015Intervenções do Prof. Jorge Ribeirinho Machado00:12:00– 00:14:5600:23:23 – 00:25:36

O carácter antissocial do salário mínimo OBSERVADOR.PT – 9.11.2015

Se não quer engordar, durma bem. Entrevista a Pedro Afonso OBSERVADOR.PT – 8.11.2015

Liderança com altos padrões éticos DIÁRIO ECONÓMICO /UNIVERSIDADES E EMPREGO – 9.11.2015

AS TI NA VIDA DOS TRABALHADORES OJE – 6.11.2015

AESE promove encontro de diretores de RH... HRPORTUGAL.PT – 5.11.2015

DarPÚBLICO – 5.11.2015

AESE nos Media

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De 31 de outubro a 13 de novembro de 2015

14 CAESE novembro 2015

Psiquiatra Pedro Afonso: Há um endeusamento do trabalhoNEGÓCIOS ONLINE – 30.10.2015

PESSOAS EXPRESSO /ECONOMIA – 31.10.2015

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AGENDA

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Sessões de continuidade

EventoNavarra Health TourismLisboa, 24 de novembro de 2015Saiba mais >

ProgramaGOSLisboa, 1 de fevereiro de 2016 Mira Clube, 2 de fevereiro de 2016 Saiba mais >

ProgramasProgramaPDEPorto Palácio Congress Hotel & Spa, 26 de janeiro de 2016Lisboa, 27 de janeiro de 2016 Saiba mais >15 CAESE novembro 2015

Sessão de continuidadeMaking Boards workLisboa, 19 de novembro de 2015Saiba mais >

Sessão de continuidadeMake in India: Business Development WorkshopLisboa, 23 de novembro de 2015Saiba mais >

Evento

SeminárioServiço 5 estrelasLisboa, 28 e 29 de janeiro de 2016Saiba mais >

Seminário

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Nesta secção, pretendemos dar notícias sobre algumas trajetórias profissionais e iniciativas empresariais dos nossos Alumni.Dê-nos a conhecer ([email protected]) o seu último carimbo no passaporte.

PASSAPORTE

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16 CAESE outubro 2015

Ana Martinez Castro (10.ºExecutive MBA AESE), é a atual B2B Sales Strategy Manager na PT.

Luís Martins (1.º GMP), é o Manager F&A na Tata International Limited at AEROSOLES.

Nuno Cardoso Rodrigues (13.ºExecutive MBA AESE), é o Executive Director no departamento de Affinities na AON.

Catarina Barradas (11.º Executive MBA AESE), é a nova Diretora de Marketing da FOX International Channels Portugal.

Retificação:Marta Contente (11.º Executive MBA AESE), é a nova Associate Director, WorldWide Health Economics & Outcomes Research (Oncology) na Bristol-Myers Squibb Pharmaceuticals Ltd.

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PANORAMA

Os cursos em massa online instalam-seA Coursera, uma das três grandesfornecedoras de cursos em massaabertos online (MOOC), anunciourecentemente um acordo com aGoogle, a Instagram e outros gi-gantes da tecnologia, para dese-nharem em conjunto vários “microcursos”: títulos que acreditam apessoa por ter feito alguns cursospela Internet, mais um projetoprático, relacionados com um te-ma muito concreto.

Em comparação com os cursostradicionais, estes “micro cursos”– asseguram os promotores – têmuma ligação muito mais diretacom as necessidades do merca-do. Além disso, a abordagemprática da maioria deles – e aespecificidade do seu conteúdo –

permite a quem os frequenta,especializar-se num tema por umpreço muito inferior ao de ummaster. Também são muito maisflexíveis: o estudante pode fazeros diversos módulos pela ordemque queira – com pequenas restri-ções – e não tem de se deslocarfisicamente para nenhum sítio.

Os três grandes do setor dosMOOC (Coursera, Udacity e EdX)começaram por oferecer apenascursos soltos, mas pouco a poucotambém foram desenvolvendoprogramas parecidos com espe-cializações. Os 28 da Coursera –a plataforma com maior oferta –são ministrados e acreditados poruniversidades norte-americanasou europeias. São compostos por

vários cursos – cinco em média –e um projeto fim de programa. Oscampos predominantes são atecnologia – especialmente a in-formática – e a empresa, emboratambém haja alguns dedicados aoensino, à política internacional ouà biologia. Contudo, a maior parteda oferta continua a ser dos cur-sos soltos, mais de 1100.

A EdX oferece, além dos seus 434cursos, 13 programas de especia-lização – compostos por dois asete cursos cada um – chamadosX Series. São mais baratos – uns200 dólares – do que os da Cour-sera e não exigem que se elaboreum projeto prático, mas só em oitodeles é dado um certificado final.

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17 CAESE novembro 2015

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A Udacity oferece cinco “nanocursos” de momento, emboraesteja a desenvolver mais. Todosestão centrados na tecnologia, eforam desenhados em colabora-ção com empresas do setor comoAT&T, Google ou Facebook. Cadaum dura de seis a doze meses ecusta 200 dólares por mês.

A colaboração de grandes empre-sas é apresentada como um avalde aproximação às necessidadesdo mercado. Num contexto emque se tende a conceber osestudos universitários como umapreparação laboral, estes progra-mas vêm a constituir um atalho. AUdacity é a fornecedora que maisclaramente apostou neste modelo:enquanto a EdX, a de cariz mais

académico, exibe na sua web osnomes das universidades que cer-tificam os seus cursos, os logosque são destacados na da Udacitysão os da Google, Facebook ouAndroid. A Coursera também dápassos nessa direção, como indi-ca o seu recente acordo com aGoogle para desenhar algumasespecializações.

Os três grandes dos MOOC sãoapresentados como “o futuro doensino superior”. No entanto, en-quanto se limitavam a oferecercursos soltos, o mundo académiconão os encarava como verdadei-ros concorrentes. O salto para asespecializações constitui um de-safio muito mais real. Alguns dosnovos programas podem ser uma

alternativa válida aos cursos depós-graduação ou masters, e aum preço muito menor.

Assim, a Udacity, em colaboraçãocom o Georgia Institute of Tech-nology (GIT), oferece um cursoem informática no valor de 7000dólares. Cada crédito custará 135dólares, muito menos do que os472 (1139 para os estrangeiros)que o GIT cobra atualmente namodalidade tradicional. Os exa-mes serão presenciais, embora osestudantes os possam fazer emqualquer dos centros de avaliaçãoacreditados (várias centenas portodos os Estados Unidos).

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Outro exemplo é a nova espe-cialização em Data Science, daCoursera, ministrada por profes-sores da Johns Hopkins Universitye com projeto final desenhado poruma empresa de tecnologia paratelemóveis, que pode ser umexemplo do novo modelo de ensi-no de pós-graduação.

Todavia, fica por avaliar se aqualidade dos MOOC é equipará-vel à de um programa tradicional.Existe um precedente negativo:em 2013, a Udacity chegou a umacordo com a Universidade esta-dual de São José (Estados Uni-dos), pelo qual os alunos podiamfrequentar algumas cadeiras atra-vés da plataforma. A nota média

nos exames finais foi tão baixaque a universidade rescindiu oacordo.

Desde a explosão dos MOOC, astrês principais plataformas tiveramproblemas de financiamento, masisto pode estar a começar a mu-dar. Uma forma de obter receitassão os títulos certificados. A maio-ria dos cursos pode fazer-se gra-tuitamente, mas tem de se pagarse se quiser obter um documentode acreditação.

Por outro lado, tanto a Courseracomo a Udacity receberam impor-tantes investimentos de fundos decapital de risco, enquanto que aEdX se financiou com donativos

das suas duas instituições mãe(Harvard e MIT), mais algumacontribuição da Fundação Gates.

Contudo, o futuro do financia-mento poderia estar nas colabo-rações com as grandes empresas.Estas podem ter interesse emfomentar um tipo de ensino deque necessitam, e as fornece-doras de MOOC encaram bem odinheiro e o prestígio que lhestrazem.

F. R.-B.

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19 CAESE novembro 2015

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PANORAMA

O acolhimento aos filhos com síndrome de DownA notícia de uma mulher quesupostamente abandonou o seumarido e o seu filho depois deeste nascer com síndrome deDown provocou polémica. O casalvivia na Arménia, onde os filhoscom deficiência são encaradoscomo uma desgraça. A esta visãoopõem-se um sociólogo italiano eoutros pais de crianças comsíndrome de Down. Também oPapa Francisco se referiu há pou-co tempo ao modo de acolherqualquer filho, doente ou são.

Na versão do marido, o neozelan-dês Samuel Forrest, a sua mulherpediu o divórcio uma semanadepois de ter nascido Leo. Forrestexplicou à “ABC News” (“DadRefuses to Give Up Newborn Son

With Down Syndrome”, 5.2.2015)que a sua mulher lhe deu umultimato: “Se ficares com o meni-no, vamos divorciar-nos”.

Cinco dias depois, a “ABC News”publicou (“Woman Defends Her-self After Husband Says She Gaveup Newborn With Down Syn-drome”, 7.2.2015) a versão damãe, Ruzan Badalyan, sem tomarpartido por nenhuma das duashistórias. Alega que o seu maridonão a soube apoiar “no momentomais duro” da sua vida e queabandonou o hospital, dizendo-lhehoras depois que levava o meninopara a Nova Zelândia.

Badalyan nega ter dado um ulti-mato ao seu marido, embora efeti-

vamente tenha sido apresentadoum pedido de divórcio e que “elenão queria separar-se”. Posterior-mente, a mãe pensou que Leoteria mais oportunidades se aban-donasse a Arménia com o seu pai.

Da leitura completa das duas nar-rativas, fica clara uma coisa: naArménia, existe uma mentalidadeque considera menos valiosas asvidas das crianças com síndromede Down.

A esta visão opuseram-se no“Daily Mirror” (“Parents of childrenwith Down’s syndrome praise dadwho refused to give up on hisbaby when wife left”, 6.2.2015)vários pais britânicos que têmfilhos com síndrome de Down.

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Catherine Standlick fala do seuquarto filho, Tomas, de 23 anos:“Aceitámo-lo de forma incondicio-nal. Não tem culpa de nada. É ofilho mais carinhoso, descarado,às vezes desafiante, mas tam-bém o mais gratificante que podía-mos ter esperado. Toda a gentegosta dele nesta família”.

Para Vicky e Paul Maulkin-Jones,a notícia de que iam ter um filhocom síndrome de Down caiu-lhescomo um jarro de água fria. Eramedo pelo desconhecido, expli-cam. Agora que o seu filho estáem vias de fazer sete meses,sentem-se uns afortunados. “OEden é uma criança muito alegre.Derrete o coração de qualquerum. Muitas vezes somos paradosna rua e dizem-nos: mas quecriança mais bonita e alegre quevocês têm!”.

Os restantes testemunhos vão namesma linha: “Ensinou-nos tudo”,diz Julie Morrison da filha Rachel.“A nossa filha é uma bênção esempre o será”, diz outro pai demenina com síndrome de Down.

No “Corriere della Sera” (“Comecambia un padre che scopre diavere un figlio down”, 11.2.2015),Alessandro Sala dá notícia do livro“Ti seguirò fuori dall’acqua”, publi-cado recentemente em Itália. Oseu autor é o sociólogo italianoDario Fani, pai de Francesco, ummenino com síndrome de Down.O livro descreve o processo detransformação interior que experi-mentou Fani durante os três pri-meiros meses de vida do seu filho,o qual hoje já tem seis anos.

Desde a rejeição inicial com querecebeu a notícia – Fani compre-

endeu depressa que a vida nãoseria como a havia sonhado –,passando pela emoção do pri-meiro contacto que teve comFrancesco fora da incubadora, atéà aceitação e à alegria: “A partirdeste momento, tu e eu”, escreveao seu filho no livro, “convertemo--nos numa equipa, a equipa maisforte, invencível e indivisível quealguma vez existiu”.

O tom exultante de Fani compre-ende-se melhor à luz do seu pro-cesso de mudança. O homem quetinha consigo todas as certezas eque se via a si mesmo como umtriunfador, teve de começar dozero para vir a valorizar o que ver-dadeiramente interessa na vida.“Consegui recuperar da minhamiopia escura. Ensinaste-me a vero invisível”. Muito menos oculta asdificuldades de enfrentar uma vida

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que é simultaneamente mais difícile mais intensa do que outras.Confessa que na vida diária aindahoje ambos os aspetos convivem.“A transformação a que meconduziu o Francesco é maravi-lhosa, abraço-a, vivo-a. Mas hámomentos em que é inevitávelrecair em pensamentos negati-vos”.

Para Fani, Francesco é um superherói “enviado para cumprir umamissão: a de me salvar a mim etalvez um dia, quem sabe, aoresto do mundo”. Mas também éum peixe indefeso, protegido pelovidro de um aquário chamado

incubadora. Francesco é um me-nino como qualquer outro – comum cromossoma a mais –, masnem toda a gente considera que asua vida valha tanto como a deoutros meninos.

Neste sentido, recorda o que ou-viu dizer a uma enfermeira nohospital: “Pensar que em 2009ainda temos de ver estas coisas”.E estas coisas era o Francesco.“Num mundo que procura aperfeição de modo obsessivo, quenão permite nenhuma falha, épossível que haja pessoas quepensem que meninos como tu nãovalem a pena”. Se escreveu o

livro, é para “abrir caminho à ideiade que um menino com síndromede Down também tem o seu lugarna sociedade”.

A viagem emocional de Fani émuito parecida com a que têmvivido muitos outros pais desdeque lhes comunicam que vão terum filho com síndrome de Downaté o acolherem. “A maioria contaque o diagnóstico foi uma notíciademolidora”, explicam as autorasde um inquérito a pais de filhoscom esta deficiência.

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No entanto, quando os sentimen-tos amainam, os pais descobrema outra face da realidade: a ale-gria que experimentam ao criarum bebé com necessidades es-peciais. A chave dessa viragememocional é “o vínculo que os paisestabelecem com os filhos” (“Ace-prensa”, “Síndrome de Down: loque dicen los médicos condicionala acogida”, 13.9.2010).

As palavras do Papa Francisco nasua audiência geral de 11 defevereiro, apresentam um contex-to mais amplo para refletir sobre oacolhimento aos filhos com sín-

drome de Down. Embora não te-nha abordado diretamente esteassunto, o Papa sublinhou quenão se pode fazer distinções entrefilhos sãos e doentes.

“Na sequência da série de cate-queses sobre a família, hoje gos-taria de lhes falar dos filhos comodom de Deus para os pais e asociedade. Um filho é amado porser filho: não porque seja belo,são, bom; não porque pense damesma maneira que eu, ou en-carne os meus desejos. Todos nósfomos filhos”.

A experiência da filiação “permitedescobrir a dimensão gratuita doamor, de ser amado antes de terfeito alguma coisa para o merecer,antes de saber falar ou pensar e,inclusivamente, antes de vir aomundo”.

Do mesmo modo que “uma so-ciedade que despreza os seusidosos é uma sociedade indigna,que perde as suas raízes e seca,uma sociedade que não se rodeiade filhos, que os considera umproblema, um peso, não tem fu-turo”.

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PANORAMA

“Ceguera moral”“Moral Blindness”

Autores: Leonidas Donskis, Zygmunt Bauman Paidós. Barcelona (2015). 272 págs. Tradução (castelhano): Antonio Francisco Rodríguez Esteban.

Zygmunt Bauman é dos sociólo-gos vivos mais lidos. Nos últimosanos publicou textos breves paraum público amplo, com profundi-dade, rigor e sentido crítico. Tam-bém publicou diálogos com cole-gas, como neste em que LeonidasDonskis, professor de Ciência Po-lítica, dialoga com Bauman sobretemas morais básicos numa pers-petiva sociológica.

O título é eloquente. O livro alertapara os perigos de não estarconsciente do mal que, nas suasdiversas manifestações, nos ro-deia, influencia e transforma. Odiálogo/debate entre Bauman eDonskis desenvolve-se a partir deum diagnóstico partilhado: o mal,em sentido amplo, isto é, o preju-dicial, perigoso, recusável, imoral,etc. teve historicamente expres-sões concretas, assinaláveis, eti-quetáveis como mal: por exemplo,tal comportamento é recusávelmoralmente, ou estes são os peri-gos que temos de enfrentar social-mente, ou aquele é o inimigo deque devemos proteger-nos…

No entanto, numa sociedade comrelações “líquidas” (como Bauman

carateriza a sociedade contempo-rânea), isto é, com relações mu-tantes, parciais, flexíveis em todosos âmbitos, “o mal” também setransforma e se torna menos “só-lido”, manifesta-se de modo me-nos claro, e isso dá-lhe uma apa-rência mais inconsistente… Masparadoxalmente – defendem osautores –, em vez de torná-lo maisvulnerável, torna-o mais poderoso.Porque agora se tornou invisível.Ou, dito de outro modo, conseguiuque não lhe prestemos demasiadaatenção, que, em resumo, tenha-mos uma certa “cegueira moral”.

A partir deste quadro, os autorespropõem um conjunto de estimu-lantes reflexões sobre diversastendências sociais. Ocupam-se do

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“notório crescimento da apatia po-lítica, da perda de interesse e decompromisso político”. Pretende--se que não abordemos critica-mente as mudanças estruturais deque precisa a melhoria social.

Sublinham o paradoxo de, mesmonão nos ocupando das causas ouda origem do mal, “uma experi-ência de vitimização com sucessoe convincente e um relato persua-sivo do sofrimento é caminho parao êxito e o reconhecimento”. Refe-rem-se às utilizações pouco equili-bradas da linguagem para defen-der as posições próprias. Usa-secom certa frivolidade termos quese deveriam reservar para descre-ver males muito graves, mas “afalta de respeito pelos conceitos epela linguagem só mascara tem-porariamente a falta de respeito

pelos outros, e essa falta de res-peito acaba por aflorar”.

Salientam que se estende umfenómeno algo “narcotizante”, por-que concede um tipo de tranquili-dade de consciência em troca demuito pouco esforço e acaba porparalizar a ação eficaz e dura-doura do ativismo social. Trata-seda “nova geração de ‘ativistassoft’, que acham que fazer umclique numa petição do Facebookconta como um ato político”.

Mas, o livro não é sem esperan-ça. Assinala continuamente viaspelas quais podemos descobrir ecombater o mal. Assim, o exemplode Václav Havel é glosado comparticular cuidado e entusiasmo.

J. A. R. S. R.

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25 CAESE novembro 2015

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DOCUMENTAÇÃO

A imigração volta a subirA atenção pública centra-se atual-mente nos refugiados sírios ouafegãos que pedem asilo naEuropa. Mas o fenómeno migra-tório é muito mais amplo e diver-so. A China e a Índia são os paí-ses de onde provêm mais imigran-tes para a zona da OCDE. E aprincipal causa do aumento daimigração não é o asilo nem otrabalho, mas o reagrupamentofamiliar.

É o que se pode comprovar norelatório da OCDE “InternationalMigration Outlook”, que passa emrevista anualmente os fluxos mi-gratórios na zona. O relatório temalgumas limitações. Em primeirolugar, só inclui a imigração chega-da aos países da OCDE, pelo que

ficam de fora outros como o Lí-bano, que acolhe 1,2 milhões desírios (mais do que toda a Euro-pa), e um número também muitonumeroso de iraquianos (“Ace-prensa”, “En Líbano hay más refu-giados sirios que en toda Europa”,17.9.2015).

Os isolados são só uma parte

Por outro lado, os dados da últimaedição referem-se a 2014 ou a2013, pelo que não é possívelapreciar totalmente o efeito dosconflitos na Síria ou na Líbia. Alémdisso, os números referentes àTurquia – provavelmente o país daOCDE que mais refugiados está areceber – não estão atualizadospara lá de 2010.

Segundo a ACNUR – a agênciada ONU para os refugiados –,desde o começo do ano até 9 desetembro, chegaram 380 000 imi-grantes às costas mediterrânicasgregas, italianas e espanholas. Aeles haveria que juntar os quefizeram o caminho por terra, atra-vessando a Turquia. Não há dúvi-da de que a emigração por moti-vos humanitários está a ser, nosdois últimos anos, maior do queem épocas anteriores, mas aindaassim constitui apenas uma partedo fluxo mundial.

Para lá do problema atual, relacio-nado com a conjuntura na Síria,Iraque, Afeganistão e algumas re-giões africanas, o relatório dese-nha o panorama da emigração

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mundial nas últimas décadas, epermite entender os aconteci-mentos presentes numa perspe-tiva mais ampla.

EUA e Alemanha, principaisdestinos

Em 2014, os países da OCDEreceberam um total de 4,3 milhõesde emigrantes permanentes; onúmero subiu pela primeira vezdesde 2007. Nesta categoria, nãoentram os que vêm com umcontrato temporário, os recoloca-dos pela sua empresa, nem osworking holidaymakers (turistascom um visto que lhes permiterealizar pequenos trabalhos, umcostume frequente em paísesanglo-saxónicos, sobretudo a Aus-

trália). Muito menos os universi-tários que prosseguem os seusestudos no estrangeiro.

Dos 4,3 milhões de emigrantespermanentes, um milhão chegouaos Estados Unidos (o primeiro noranking) e outro milhão à UniãoEuropeia, a qual, pela primeiravez, alcança o gigante norte--americano. O principal destinoeuropeu é a Alemanha, que já é osegundo país recetor em termosabsolutos. O aumento notou-setambém na Grã-Bretanha e atéem Espanha, que como outrospaíses especialmente castigadospela crise (Itália, Portugal ouIrlanda) tinha baixado os seusnúmeros desde 2007.

Fora da Europa, Canadá e Aus-trália continuam a ser os que maisimigração recebem, embora aCoreia do Sul seja o país quecresce a um ritmo mais rápido. Asua evolução é oposta à do Ja-pão, ao qual já superou em núme-ro de acolhimentos. Em 2013,quando ainda não havia explodi-do o fluxo para a Europa porcausa do conflito sírio, somente8 % da imigração para a OCDEera constituída por pedidos deasilo, enquanto que 35 % se deviaa reagrupamento familiar e 30 % àlivre circulação entre regiões comeste tipo de acordos.

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(publicado em “Aceprensa”)

Os países mais abertos

Se se medir o número de imi-grantes chegados a cada país (em2013) relativamente à sua popula-ção, os países mais abertos sãoSuíça e Noruega, com 17 e 12 pormil habitantes, muito acima damédia da OCDE, 6 por mil.

Além da imigração permanente,existe um grande número depessoas que mudam de paístemporariamente por motivoslaborais ou para fazer estágios.Embora não seja fácil discernir osque integram esta categoria (mui-tos terminam por se estabelecerem definitivo no país de aco-lhimento), calcula-se que, em2013, foram um pouco menos deum milhão os que chegaram apaíses da OCDE. O principaldestino foi a Alemanha, muitoacima do resto da Europa e dos

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28 CAESE novembro 2015»»

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Estados Unidos. Pelo contrário, aAustrália é o primeiro no ranking

de working holidaymakers, poisatraiu metade do total da OCDE.

Universitários no estrangeiro

Muito mais numerosos do que osimigrantes temporários são osuniversitários que prosseguem osestudos noutros países. Em 2012,eram mais de 4,5 milhões em todoo mundo, e três em cada quatrotinham escolhido um país daOCDE. O número não deixou decrescer, nem nos anos de crise.Os Estados Unidos continuam aser quem mais recebe em termosabsolutos (mas não em relação àsua população universitária), se-guidos pela Grã-Bretanha, cujacapacidade para atrair alunos nãodeixa de crescer. Entre os dois,envolvem um terço de todos os

alunos estrangeiros, e 75 % dosque vêm de países OCDE.

Outros destinos cada vez maisprocurados são a Coreia do Sul ea Nova Zelândia. Os campus bri-tânicos e australianos são os maisinternacionais, em proporção deestrangeiros relativamente aos na-turais do país em causa. Quanto àorigem dos universitários deslo-cados, destaca-se o fluxo prove-niente da China: quase um em ca-da quatro vem de lá. Seguem-seÍndia (6 %) e Coreia do Sul (4 %).

China, a emigração que nãocessa

Enquanto que Síria, Iraque ouAfeganistão se colocaram entre ospaíses com mais emigração pormotivos que poderíamos denomi-nar conjunturais, na última década

é a China de onde saem maispessoas para a zona da OCDE:mais de meio milhão de chinesesanualmente. Em 2013, foram557 000, 10 % do total de imigran-tes, e seriam 20 %, levando emconta os chegados a todos ospaíses do mundo. A Índia iria apa-recer depois nesta classificação(17,6 %), embora se apenas secontasse os que chegaram a umdestino OCDE, ficaria em quartolugar, atrás da Roménia e daPolónia e à frente do México e dasFilipinas.

Se se medir a emigração relati-vamente à população do país deorigem (aquilo que o relatório de-signa por taxa de expatriação), osprimeiros países são todos euro-peus: Roménia (15 000 emigran-tes por cada milhão de habitan-tes), Albânia e Bulgária (ambos

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29 CAESE novembro 2015»»

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com 13 000), e Lituânia (11 000);depois já aparece a Nova Zelân-dia. A Síria estava em 2013 nazona média-alta, com uma taxa de2000, mas se se atualizassem osdados para 2014 e 2015, mesmoque se só contassem os pedidosde asilo e não o número total dedeslocados, já estaria entre osprimeiros lugares.

Em 2014, fizeram-se um poucomais de 800 000 pedidos de asiloa países da OCDE, 46 % mais doque no ano anterior; 600 000 eramdirigidos a algum país europeu. ASíria foi o principal país de origem,com quase 130 000. Seguiram-seIraque, Sérvia e Afeganistão. AAlemanha recebeu quase um emcada cinco pedidos, mas em ter-mos relativos à população, os que

mais isoladamente acolheram,acabaram por ser Suécia, No-ruega e Canadá.

Imigração e demografia

Desde o início do século até 2013,o número de estrangeiros a viverem países da OCDE cresceu em35 milhões, e já constituem 13 %da população, mais três pontos doque em 2000. O aumento foi es-pecialmente pronunciado, tantonalgunos países que já antes ti-nham uma elevada taxa de popu-lação estrangeira (Suíça ou NovaZelândia), como noutros sem essatradição. Neste segundo grupo,destacam-se Espanha, Irlanda eNoruega, que quase duplicaram asua taxa e já se encontram acimada média da OCDE.

Este aumento demográfico vematenuar o baixo ou nulo cresci-mento demográfico “nacional”. Empaíses como Hungria ou Alema-nha, onde este foi de sinal nega-tivo (mais mortes do que nasci-mentos) entre 2008 e 2013, o flu-xo migratório chegado nesse mes-mo período, compensou ou pelomenos camuflou essa perda.

Igualmente no Canadá, Austrália ena maioria dos países europeus, ocrescimento “estrangeiro” excedeuem muito o nacional. Não acon-tece o mesmo nos Estados Uni-dos, onde o nacional representa75 % de todo o aumento demo-gráfico.

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30 CAESE novembro 2015»»

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Os casos da Irlanda e Islândia sãoparalelos: tiveram sempre umcrescimento nacional elevado, queantes da crise foi acompanhado

de uma grande contribuição dosimigrantes. No entanto, a partir de2007, o balanço migratório foi ne-gativo, e o seu crescimento de-

mográfico deve-se inteiramenteaos nascidos dentro das suasfronteiras.

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31 CAESE novembro 2015 (publicado em “Aceprensa”)

F. R.-B.

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DOCUMENTAÇÃO

Batas brancas, bem-vindasO imigrante que vem para um paísda OCDE é visto muitas vezescomo uma fonte de problemas emrelação ao trabalho, à habitação, àeducação… Na saúde, é fácil olamento de que o recém-chegadocontribui para aumentar a despe-sa e, às vezes, a massificaçãodos serviços. No entanto, esque-cemos muitas vezes que entre osmédicos e o pessoal de enferma-gem que cobrem esses serviçoshá bastantes estrangeiros, sem osquais as listas de espera sealongariam.

A amplitude deste fenómeno apa-rece documentada no recenterelatório da OCDE “Perspetivasdas Migrações Internacionais2015”, que dedica um capítulo es-pecial às migrações do pessoal desaúde.

Aí se verifica que a parte dosmédicos e enfermeiras nascidosno estrangeiro entre os profissio-nais de saúde, aumentou na maio-ria dos países da OCDE entre2001 e 2011, passando de19,5 %, para mais de 22 % nocaso dos médicos e de 11 % para

14,5 %, no que diz respeito àsenfermeiras.

Um dado significativo é que noperíodo 2012-2014, nos países daOCDE onde existem dados dis-poníveis (26 países), 17 % dosmédicos e 6 % das enfermeirastinham sido formados no estran-geiro.

Isso é a média da OCDE, mas háalguns países que beneficiam es-pecialmente com esse pessoalque não lhes custou nada formar.Selecionamos alguns:

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32 CAESE novembro 2015»»

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(publicado em “Aceprensa”)

Em Espanha, por exemplo, estãoregistados quase 19 500 médicosformados no estrangeiro (na suamaioria latino-americanos) queconstituem 9,4 % do total.

Todos esses países selecionadostêm uma forte imigração, pelo quemuito menos é estranho queaconteça o mesmo no setor dasaúde. Mas não há dúvida de queas vantagens salariais e de forma-ção que caraterizam esses paísessão também um poderoso ímanpara os profissionais de saúdeestrangeiros. Oportunidades nãolhes vão faltar, pois o envelhe-cimento da população dos paísesricos e as muitas reformas entre opessoal de saúde nos próximosanos, aumentarão o défice de mé-dicos.

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33 CAESE novembro 2015

Pessoal de saúde formado no estrangeiro (2012-2014) (%)

Médicos (%) Enfermagem (%)

Austrália 30,5 16

EUA 25 6

Grã-Bretanha 28,3 12,7

Suíça 27 18,7

Canadá 23,5 7,5

Suécia 24,3 2,7

Média OCDE 17 6,1

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Se o fenómeno se observar naperspetiva dos países de origem,verificamos que os grandes forne-cedores de pessoal de saúde (forada zona da OCDE) são Índia, nocaso dos médicos, e Filipinas,para as enfermeiras. Também hátransferências entre os países daOCDE, pois a Alemanha e a Grã--Bretanha ocupam o terceiro e oquarto lugares como emissores.

Mas o mais habitual é que o fluxovenha do Sul para o Norte. NaÁsia, há um papel preponderantepor parte dos médicos prove-nientes da Índia, China e Paquis-tão, e das Filipinas e Índia quantoàs enfermeiras. Na Europa, a

Roménia distingue-se por umamaior emigração. Em África, aemigração do setor da saúdeprovém sobretudo da África do Sule Nigéria, enquanto que, na Amé-rica Latina, destacam-se a Colôm-bia no caso dos médicos e asilhas das Caraíbas para as enfer-meiras.

Como primeiro país de destino, osEUA dão emprego a cerca de60 % destes médicos expatriadosque nasceram na Índia e Paquis-tão, e entre 70 % e 90 % dosnascidos na China e Filipinas. AGrã-Bretanha é o segundo país dedestino dos médicos paquistane-ses e chineses.

Quer isto dizer que os países ricosestão a “roubar” o pessoal de saú-de aos pobres, que dele maisnecessitariam? A realidade é quea melhor remuneração e a dispo-nibilidade de meios nos paísesricos são já, por si, um poderosoatrativo para tornar tentadora a idapara o estrangeiro. Mas também éverdade que, embora o êxodo demédicos e enfermeiras não seja acausa principal da escassez depessoal de saúde nos países deorigem, contribui para agravá-la.

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O relatório da OCDE que temosvindo a citar, revela com dados daOrganização Mundial de Saúde,que por volta de 2010-2011, 54países, na sua maioria africanos(31 países), sofriam de uma penú-ria crítica de pessoal de saúde,com um défice estimado de 2milhões de profissionais. Nestespaíses, pelo menos 20 % da es-cassez de pessoal deve ser atri-buída à emigração.

Os países em desenvolvimentoqueixam-se de que eles financiama formação do pessoal de saúde,e a seguir são os países ricos quecontratam esse pessoal já for-mado. Por isso, pedem uma com-pensação e uma ajuda para retero seu pessoal.

Em 2010, a OMS adotou um códi-go de boas práticas para que acontratação de pessoal estran-geiro não enfraqueça os sistemas

de saúde dos países de origem.Mas, de momento, a emigraçãocontinua a aumentar.

Pelo menos, na altura de avaliaros problemas migratórios, dever--se-ia ter também em conta oscausados nos países de origempor este êxodo de pessoal for-mado.

I. A.

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35 CAESE novembro 2015

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