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PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 03.JUL.2012 N.582 www.aese.pt OPINIÃO Países de alto potencial podem aprender da Índia? NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Trabalhar mais anos e esperar menos pensão Contra a barreira socioeconómica, mais tempo na aula Leadership lessons from the European crises Lisboa, 12 de julho Os fatores que baixam a mortalidade materna O que queremos da investigação em gestão? AGENDA Os anticoncecionais não orais têm mais riscos Em busca de soluções Lisboa,11 e 12 de julho Sustentabilidade e a “ecologia humana” Apresentação do livro “A Política, o justo e o bem” Lisboa, 18 de setembro Como tornar Portugal num player competitivo na área da Saúde? Internacionalização de PME´s: uma missão desejável Passaporte “A família que funciona, poupa dinheiro ao Estado” Homens de negócios O aborto, segredo oficial Indemnizado por estar vivo Finanças para Não- -Financeiros Lisboa, 17 e 24 de setembro, 1 e 8 de outubro Início do 12º Executive MBA AESE/IESE Lisboa, 4 de outubro Como desenvolver a minha capacidade relacional ? Lisboa, 22 a 24 de outubro Boletim da Capelania Corporate Governance e Internacionalização na agenda dos dirigentes

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Page 1: PowerPoint Presentation · domínio da “ética ambiental dos negócios”, ... da cimenteira. ... A auditoria do ambiente competitivo

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NOTÍCIAS

03.JUL.2012 N.582

www.aese.pt

OPINIÃO

Países de alto potencial podem aprender da Índia?

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Trabalhar mais anos e esperar menos pensão

Contra a barreira socioeconómica, mais tempo na aula

Leadership lessons from the European crises Lisboa, 12 de julho

Os fatores que baixam a mortalidade materna

O que queremos da investigação em gestão?

AGENDA

Os anticoncecionais não orais têm mais riscos

Em busca de soluções Lisboa,11 e 12 de julho

Sustentabilidade e a “ecologia humana”

Apresentação do livro “A Política, o justo e o bem” Lisboa, 18 de setembro

Como tornar Portugal num player competitivo na área da Saúde?

Internacionalização de PME´s: uma missão desejável

Passaporte

“A família que funciona, poupa dinheiro ao Estado”

Homens de negócios

O aborto, segredo oficial

Indemnizado por estar vivo

Finanças para Não- -Financeiros Lisboa, 17 e 24 de setembro, 1 e 8 de outubro

Início do 12º Executive MBA AESE/IESE Lisboa, 4 de outubro

Como desenvolver a minha capacidade relacional ? Lisboa, 22 a 24 de outubro

Boletim da Capelania

Corporate Governance e Internacionalização na agenda dos dirigentes

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Os desafios que se têm colocado ao setor da Saúde em Portugal levaram algumas empresas a repensar a forma de atuar nesse mercado. Luís Portela, Chairman da Bial, explicou no encontro de Alumni do PADE, realizado a 21 de junho, que a grande motivação do Health Cluster consiste na inter-nacionalização do saber acumulado em Portugal. O investimento em I&D foi apon-tado como condição necessária à criação de novos produtos e à manutenção da quota de mercado. “O número de medicamentos que chegam ao mercado [europeu] têm vindo a baixar para metade do que acontecia há quinze ou vinte anos atrás.” As empresas norte- -americanas têm conseguido man-ter a mesma performance, apesar

da realidade na Europa e no Japão ser bastante diferente. Por essa razão, “quando se fala em fusões, há um claro domínio das empresas norte-americanas” e isso muito se deve às restrições duras que o setor enfrenta [na Europa] e que influenciam o bom serviço e a apresentação de novos medica-mentos, que acabam por ser pena-lizados pelo decréscimo de investi-mento na inovação. Segundo Luís Portela, “em Portu-gal, o desenvolvimento científico tem corrido muito bem. Existem 2500 doutorados, um número li-geiramente superior à média euro-peia.” O aumento das publicações, em número, diversidade e quali-dade são também fator de regozijo e estímulo à projeção internacional do bom trabalho que se tem feito.

Há 20 anos atrás, quando decidiu lançar o que viria a ser o Zebinix, estava consciente que ou tinha su-cesso ou levava à falência o negócio que recebera do seu pai e seu avô. Apostando na inves-tigação com know-how e infra-estruturas tornou possível que a Inovação acontecesse e a Bial se diferenciasse no mercado.

Luís Portela, da Bial, explica o que motivou a criação de um Health Cluster

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9 CAESE julho 2012

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Como tornar Portugal num player competitivo na área da Saúde?

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21 de junho de 2012

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As empresas e os investigadores viviam “de costas voltadas” e os próprios “ investigadores não se conheciam”. Foi com base no manancial de conhecimento exis-tente em Portugal que se concebeu este polo de competitividade no setor. “Tornar Portugal num player competitivo, na investigação, con-ceção, desenvolvimento, fabrico e comercialização de produtos e serviços associados à saúde, em nichos de mercado e de tecnologia selecionados”. O objetivo final é ter “como alvo os mais exigentes e mais relevantes mercados interna-cionais, num quadro de reconhe-cimento da excelência, do seu nível tecnológico, e das suas compe-tências e capacidades no domínio da inovação” é o objetivo capital. As propostas estratégicas do cluster consistem em aproveitar as competências na área do bem estar e envelhecimento, do tratamento de algumas doenças – como por exemplo, neurodegenerativas, can-cro, cardiovasculares, entre ou-tras…- e do e-health.

Perspetivando o futuro a curto prazo, este grupo de trabalho pre-tende provocar a mudança de para-digma com a valorização do “alfo-bre de conhecimentos que promo-vem a inovação.” Luís Portela acre-dita que os produtos verdadeira-mente competitivos à escala global virão por acréscimo. Em dez anos, o Health Cluster aposta na criação de cinco novos fármacos, cinquenta novos dispositivos e serviços para uma exportação que se estima ser de 4 mil milhões de euros, ou seja, mais de 70% da atual. As condições críticas de sucesso para este projeto assentam no reforço da aposta no conhecimento e na inovação como fatores de competitividade, na implementação de políticas públicas ativas de promoção do esforço de I&D e investigação nacional em saúde e na promoção internacional do que se faz nesta área em Portugal. O Turismo de saúde pode ser um dos caminhos a percorrer. Há que dotar o país de estruturas hoteleiras capazes de corresponder a esta oportunidade de negócio.

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10 CAESE julho 2012

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“Um dos rostos contemporâneos do bem comum, num mundo globaliza-do, é o desafio da sustentabilidade, que abarca um campo muito mais amplo que o meramente ambien-tal.” O Prof. Raul Diniz enquadrou o tema da sessão “Projetos alavanca do desenvolvimento sustentável” do Modelo/Continente e da SECIL no domínio da “ética ambiental dos negócios”, como promoção de uma “conduta ética da empresa com respeito pelo ambiente natural, sus-tentabilidade e conservação.” A sessão realizou-se no dia 21 de junho, ao abrigo da Cátedra "Ética na Empresa e na Sociedade", promovida pela AESE e pela EDP. “Muitas vezes há uma ecologia natural em detrimento da ecologia humana.” Neste sentido, o Professor referiu que “ devemos caminhar para uma ecologia

integral que harmoniza o cuidado da pessoa e do meio ambiente simultaneamente: um humanismo ecológico. Uma compreensão holís-tica da saúde da sociedade.” “Na medida em que um comporta-mento é mais contaminante, a pe-gada ecológica é maior. Em sentido oposto e positivo, quanto mais se contribua para cuidar, humanizar, a pegada civilizadora será maior.” A Missão Sorriso, uma campa-nha de sucesso As empresas vistas como tecido orgânico das sociedades devem garantir as necessidades atuais e assegurar a sustentabilidade das gerações futuras, com o uso racio-nal de recursos naturais. Quem o diz é o consultor Miguel Serrão, que vê nas práticas de susten-tabilidade e de responsabilidade social, cada vez mais generaliza-

das nas organizações, “um eixo” de atuação.

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Sustentabilidade e a “ecologia humana”

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7 CAESE julho 2012

Cátedra "Ética na Empresa e na Sociedade", promovida pela AESE e pela EDP 21 de junho de 2012

Miguel Osório, do Modelo/Continente

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A fim de se conhecerem as boas práticas assumidas pela Sonae e pela Secil, a AESE e a EDP desa-fiaram os responsáveis destas em-presas, a contar de que forma cada organização vive estes temas quotidianamente. A Missão Sorriso, personificada pela Leopoldina, a mascote da insígnia, é um caso de sucesso do Modelo/Continente. O Administra-dor Miguel Osório traduziu em números o alcance das campanhas que segundo comenta “tem-nos marcado muito a nível do marketing e na própria empresa”. O objetivo das ações concebidas para criar uma relação próxima com as crianças e ajudar as que se encon-travam em contexto hospitalar, desenvolveu-se no sentido de a partir de 2011, estender o seu apoio também aos mais seniores. A concretização dos projetos de sustentabilidade e de responsabili-dade social passou pelo estabe-lecimento de parcerias institucio-nais. Em nove anos de implemen-tação, o sucesso foi quantificado

em 10 milhões de euros de retorno, tendo só em 2011 angariado um total de 5.500.000 euros e ofereci-do cerca de 1500 equipamentos. Quando a indústria ajuda a natu-reza a trabalhar sozinha Carlos Medeiros Abreu, Adminis-trador da SECIL, defendeu a posi-ção da indústria, que é geralmente tida como a “má da fita” em matéria de sustentabilidade. A SECIL presente em Portugal desde 2000, tem negócios a mon-tante e a jusante do cimento. O conferencista apresentou os vários perigos que atentam contra a biodiversidade na área de atuação da cimenteira. O trabalho de investigação e moni-torização desenvolvido tem permi-tido assegurar o equilíbrio da fauna e flora locais. A recuperação da florestação que naturalmente se

estima que demore cerca de 50 anos, tem sido abreviada para metade através do esforço empre-endido pela SECIL. Ainda assim, Carlos Medeiros Abreu admite que “podia ser melhor”.

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8 CAESE julho 2012

Carlos Medeiros, da SECIL

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Com o Prof. Alfonso Chiner, do IESE

Num ambiente macroeconómico, caraterizado por um nível de incer-teza e risco de dimensão categó-rica, aliado à consolidação do fenó-meno da globalização, as barreiras culturais, sociais, legais, políticas e geográficas omitem-se e abraçam a agenda estratégica das organiza-ções de um modo global nunca na-tes vislumbrado. O Prof. Alfonso Chiner, Docente do IESE, convidado pela AESE para abordar o tema “Internacionaliza-ção de PME’s”, iniciou a sessão de continuidade, realizada a 6 de junho, de forma incisiva, debruçan-do-se sobre a problemática estraté-gica inerente aos desafios da internacionalização e alertando pa-ra a necessidade de um olhar analí-tico e estruturado, próprio da “arte do general”. Acendendo o pavio, convidou a

audiência à reflexão acerca das escolhas estratégicas, pesando os prós e contras do cruzamento entre abordagens mono/multissetoriais e mono/multi-país. Em alternativa a uma concentração no mercado local, o Prof. Alfonso Chiner alerta para o menor risco inerente à otimi-zação de um modelo de negócios, inserido num dado setor de ativi-dade, que seja posteriormente adaptável a outros países e permita assim o crescimento da organiza-ção, bem como a sua rentabilidade a médio/longo prazo. Dada a evolução do PIB nacional, assistimos a uma forte recessão, pelo que a internacionalização será a única forma passível de alcançar o crescimento necessário e ambi-cionado por algumas das organi-zações nacionais, que não deverão adormecer lentamente no mercado nacional, depositando todo o seu

11 CAESE julho 2012

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Internacionalização de PME´s: uma missão desejável

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06 de junho de 2012, no Porto

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sucesso na sua recuperação céle-re. No entanto, o processo de internacionalização não poderá ser levado a cabo de ânimo leve, de modo algum, aliás como qualquer disciplina organizacional, que deve-rá sempre ser devidamente planea-da, para que a consequente execu-ção levante o menor número de surpresas possíveis, reduzindo de forma drástica o risco de insu-cesso das iniciativas estratégicas organizacionais e potenciando a geração de resultados favoráveis, previamente definidos sob a forma de objetivos. Neste contexto, para o convidado da AESE, a internacionalização deverá fazer parte da visão estra-tégica da organização, dada a lógi-ca global a que assistimos a nível mundial, que não poderemos com-bater, mas cujas oportunidades po-deremos alavancar e é aí que nos devemos focar. É ainda crucial compreender que existem diferen-tes fases de internacionalização e que exportar uma parte do Volume

de Negócios não é sinónimo de ser uma empresa internacional. A auditoria do ambiente competitivo internacional, a formulação da es-tratégia de negócio, bem como o planeamento da mesma, já para não abordar a sua execução, pro-vam que é necessário que este pro-cesso seja liderado de corpo e alma pela gestão de topo, com muita paciência, esforço e sacrifí-cio. “É um tema de atitude. São processos que podem demorar entre 20 a 25 anos a consolidarem--se”, refere o Docente do IESE. O Prof. Alfonso Chiner referiu a necessidade de serem estudadas as melhores formas de abordagem de entrada nos mercados interna-cionais, bem como “não assumir. Comprovar e testar.” Abarcando o tema da Gestão de Pessoas em contexto internacional, a participação da liderança no processo de internacionalização é obrigatória para se ter sucesso, bem como o recrutamento das pessoas certas. “Encontrar gente

qualificada no mercado local é difícil. A nível internacional, ainda é mais difícil”, refere o convidado. Por fim, o Prof. Alfonso Chiner refe-riu que “os problemas atuais das empresas familiares não se vão resolver externamente, pelos governos, pelas leis, etc., mas que as soluções terão sim que vir de dentro das próprias empresas.”São estes os atuais desafios da Gestão, que se colocam diariamente a todas as organizações nacionais, e que devem ser analisados como oportunidades e não como desculpas/ameaças para a inércia organizacional, não esquecendo que a relação pessoal é vital no processo de internacionalização e poderá fazer toda a diferença: “a linguagem dos negócios é comum em qualquer parte do mundo para homens de negócios inteligentes."

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12 CAESE julho 2012

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Nos dias 14 e 15 de junho, o IESE em Barcelona foi ponto de encontro de professores de Política de Empresa da rede de escolas associadas. Além de vários professores do IESE, estiveram presentes representantes da Lagos Business School (Nigéria), do IAE (Argentina), do IPADE (México), do INALDE (Colômbia), do IEEM (Uruguai), do IDE (Chile), do ISE (Brasil) e do PAD (Peru). A AESE esteve representada pelo Professor Adrián Caldart, que conta como foi “partilhar as novidades em matéria de docência, investigação e produção de material docente que estão a ser desenvolvidas nas diversas escolas irmãs.” “Além dis-so”, o Professor encarou este en-contro como “uma boa oportuni-dade para voltar a ver velhos cole-gas e conhecer alguns mais novos, convidando todos a participar no

novo concurso de casos da AESE!” Quais as ideias chave que resultaram da troca de ideias e partilha de experiências? Algumas ideias-chave foram: a importância crescente das simula-ções como ferramenta na formação de Política de Empresa; a necessi-dade de especializar cada vez mais os nossos conteúdos e adaptá-los às necessidades de executivos que cada vez chegam às aulas com mais experiência e expetativas mais elevadas em relação ao que as nossas escolas lhes podem dar; a necessidade de reforçar os laços entre as escolas para desse modo aproveitar os esforços comuns para atingir esse fim; e a importância crescente que todas as escolas dão à investigação em sentido amplo como uma atividade chave para cumprir a nossa função

Participação da AESE no encontro das Escolas de Negócios associadas no IESE em Barcelona

13 CAESE julho 2012

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Corporate Governance e Internacionalização na agenda dos dirigentes

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De 14 a 15 de junho de 2012

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na sociedade. Quais os projetos aos quais a área de Política de Empresa da AESE se tem dedicado? A área de Política de Empresa da AESE está a desenvolver tarefas de investigação em duas áreas principais: Corporate Governance (incluindo Responsabilidade Social da Empresa) e Internacionalização de empresas. A nível de produção de material docente sob a forma de casos novos, temo-nos estado a centrar nas indústrias da energia, dos videojogos e dos automóveis. Também produzimos recentemente um caso sobre o famoso investidor Warren Buffet, escrito pelo Eng. Luís Lynce de Faria, que substitui um velho e querido caso de San Telmo utilizado na AESE. Um tema que começaremos a desenvolver este ano é o dos Modelos de Negócio, seguindo o trabalho que Harvard, o IESE e várias escolas irmãs têm vindo a desenvolver com entusiasmo nos seus programas.

Adrián Caldart acrescentou que no evento, “vários professores das escolas associadas mostraram interesse pelos nossos casos. De facto, dois professores do IESE vão começar a utilizar o da Martifer e o da Galp nas suas aulas, em Barcelona.” O trabalho sobre “A Agenda do Número 1 da Empresa”, realizado em parceria entre o IAE e a AESE, também chamou a atenção do IESE, do PAD (Peru) e do ISE (Brasil) “que irão seguramente participar no estudo nos próximos meses.” Clipping AESE relacionado: Jornal Oje | A Internacionalização é uma necessidade para muitas empresas 28 de junho de 2012

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14 CAESE julho 2012

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Os tempos atuais são mais propí-cios do que os passados à divisão interior do homem em diferentes mundos ou em segundas e tercei-ras «vidas»: é mais fácil do que nunca a criação de diversas perso-nalidades através da Internet, nos ambientes turísticos e inclusive em «bolhas» profissionais pretensa-mente «familiares». O maior peri-go está em que nos habituemos a essa divisão, como se fosse normal e saudável: por um lado, com a impressão de maior «inten-sidade» de vida ou de «autor-realização»; por outro, como descanso recíproco – dos afazeres domésticos, da fadiga laboral, ou de ambos os «cansaços», na obsessão comunicativa do compu-tador ou incomunicável da televi-são. A banal «filosofia» desta atitude reside no conceito de descanso como «distração», cujo resultado

não é mais do que um círculo vicioso de cansaços intermináveis, quando deveria ser um tempo de reunião ou reordenação interior que reintegrasse numa só vida todos os aspetos da nossa existência. É natural que nos sintamos «divididos» por tantas facetas e tarefas da nossa existência; mas não é «natural» que nos conforme-mos com isso, como se fosse nosso destino a dispersão interior e a multiplicidade de objetivos. Os períodos de descanso – diário, semanal, anual – devem ser justamente a ocasião de revermos o principal objetivo que nos move e como se estão subordinando a ele os restantes. Ou para reconhe-cer… que não sabemos realmente o que pretendemos da vida. E tentar descobri-lo ou criá-lo. Fazer o que todos fazem não é

critério razoável, tanto mais que nem toda a gente se repete. Aliás, poderia acontecer o que diz o Evangelho: «Se um cego guia outro cego, ambos caem na fossa».

Pe Hugo de Azevedo Edição anterior: Uma utopia prática Junho de 2012

Boletim da Capelania

Férias

Julho de 2012

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Sessão de Continuidade Apresentação do livro “A Política, o justo e o bem” Lisboa, 18 de setembro Saiba mais >

Sessão de Continuidade Leadership lessons from the European crises Lisboa, 12 de julho Saiba mais >

Sessões de Continuidade

Programa 12º Executive MBA AESE/IESE Lisboa, 4 de outubro Saiba mais >

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AGENDA

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16 CAESE julho 2012

Seminário Finanças para Não- -Financeiros Lisboa, 17 e 24 de setembro, 1 e 8 de outubro Saiba mais >

Seminário Em busca de soluções - Empreendedorismo, Inovação e Economias Emergentes Lisboa, 11 e 12 de julho Saiba mais >

Seminários

Programas

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Eugénio Viassa Monteiro, Professor da AESE, Presidente da AAPI e autor do livro “O Despertar da Índia”

André Vilares Morgado, Professor e Diretor de Admissões da AESE

O que queremos da investigação em gestão? “Publicado recentemente no Financial Times o artigo “Research that measures up” debate, novamente, o paradoxo “rigor-relevância”, no que respeita à investigação científica das escolas de gestão. (…)“ Leia mais e comente Publicado no Diário Económico , a 18 de junho de 2012

Países de alto potencial podem aprender da Índia? “O presidente do grupo de Hospitais Narayana Hrudayalaya, Dr. Devi Shetty, cirurgião do coração, surpreende-nos com medidas de grande alcance, uma após outra, facilmente repli-cáveis. Quando dirigia um hospital de cirurgia cardíaca em Calcutá (..)” Leia mais Publicado na revista Expansão, a 15 de junho de 2012.

BLOG

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Siga-nos em Blog AESE 17 CAESE julho 2012

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Nesta secção, pretendemos dar notícias sobre algumas trajetórias profissionais e iniciativas empresariais dos nossos Alumni. Dê-nos a conhecer ([email protected]) o seu último carimbo no passaporte.

PASSAPORTE

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18 CAESE julho 2012

Margarida Monteiro (35º PDE), foi nomeada Communication Manager na Dia Portugal Supermercados.

Carlos Simões (33º PADE) foi nomeado “practice leader” na Logica Hugo Gomes (4º Executive MBA AESE/IESE), é o novo Commercial Manager na Huawei Portugal.

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PANORAMA

Trabalhar mais anos e esperar menos pensão Atrasar a idade de reforma e es-tender os planos de pensões privados é fundamental para ga-rantir que os trabalhadores do futuro possam ter uma pensão digna, diz a OCDE no seu rela-tório recém-publicado “Pensions Outlook 2012”. Tendo em conta o aumento da esperança de vida, os governos deverão aumentar gradualmente a idade de reforma para que os seus sistemas de pensões sejam financeiramente viáveis. O relató-rio da OCDE observa que as reformas introduzidas na última década farão reduzir entre 20% e 25% as prestações que, no futuro,

os sistemas públicos de pensões proporcionarão. As gerações que começam agora a trabalhar, po-dem esperar, depois de uma car-reira laboral completa, uma pen-são pública equivalente a 50% dos seus rendimentos líquidos. O primeiro tipo de reformas que a OCDE apoia nos sistemas de pensões é o aumento da idade de reforma, mudança que já está em curso em diversos países. Atual-mente, a idade legal mais comum para a reforma são os 65 anos, embora a idade efetiva seja infe-rior. No futuro, o normal será 67 anos ou mais. 13 países estão a aumentar a idade de reforma para

esse nível. Em Espanha, segundo a alteração do anterior governo socialista, a idade de reforma su-biu para os 67 anos, mas aplicar- -se-á de um modo gradual durante 14 anos. Todavia, segundo a OCDE, isso não bastará para assegurar as pensões. Outra medida comple-mentar é estabelecer vínculos au-tomáticos entre o nível da pensão, a esperança de vida e a evolução económica. A Dinamarca e a Itália estabeleceram mecanismos deste tipo. O segundo tipo de reformas que a OCDE sugere, é estender os pla- »»

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19 CAESE julho 2012

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nos de pensões privados, como complemento de uma pensão pú-blica que está destinada a ser reduzida. Alguns países (Austrália, Chile) tornaram já obrigatória a contra-tação de algum destes planos pri-vados. Noutros (Holanda, Dina-marca) são quase obrigatórios, através de acordos obtidos atra-vés da negociação coletiva. Na Nova Zelândia há uma inscrição automática nestes planos, embora seja dada a possibilidade de a pessoa se retirar do sistema. Noutros países com pensões pú-blicas relativamente baixas, os

planos de pensões privados con-tinuam a ser voluntários, e a taxa de cobertura da população não ultrapassa os 50%. Em Espanha, por exemplo, 22% das pessoas em idade de trabalhar têm um plano deste tipo. Embora a OCDE recomende que as pensões públicas se comple-mentem com planos privados, a rentabilidade que estes fundos têm vindo a obter deixa muito a desejar. A queda da Bolsa e dos mercados de dívida fez com que os fundos tenham baixado imenso os seus rendimentos. Concreta-mente, no período 2007-2011, a rentabilidade média em 21 países

da OCDE foi de –1,6%; se se tiver em conta um período mais amplo, de 2001 a 2010, a rentabilidade foi de apenas +0,1%. Na primeira década deste século, o país onde os fundos privados obtiveram maior rentabilidade foi o Chile (6%). Em Espanha, houve perdas de cerca de 1,5%. Tam-bém tiveram rendimentos nega-tivos nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha.

(com autorização de www.aceprensa.pt)

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20 CAESE julho 2012 »»

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PANORAMA

Contra a barreira socioeconómica, mais tempo na aula O periódico “Magisterio”, uma pu-blicação especializada em temas educativos, incluiu um relatório elaborado pela OCDE onde se destaca que o tempo dedicado a cada cadeira na escola, seja de estudo pessoal ou de aula, é um elemento determinante. Não pre-tende ser uma receita infalível, mas sim recordar algumas ideias chave entre a profusão de teorias educativas, às vezes mais preocu-padas com confrontos dialéticos do que em melhorar a educação. O relatório “Against the Odds: Disadvantaged Students Who Succeed in School”, baseado nos

resultados das últimas edições da prova PISA, destaca que uma si-gnificativa percentagem de alunos de meios socioeconómicos baixos obtém bons resultados, pelo que se realça a importância deste fa-tor. Concretamente, uma média de quase 31% dos alunos desfavore-cidos no seio da OCDE, situa-se pelo menos no quarto nível mais elevado de resultados no exame. São aqueles a que o relatório chama resilient students: estudan-tes com a força suficiente para ultrapassar uma situação desfavo-rável.

A percentagem aumenta até 56% no caso da Coreia do Sul ou 45,6% no da Finlândia. Por exem-plo, a Espanha situa-se acima da média com 36,16%. De acordo com a investigação da OCDE, a receita em quase todos os casos é muito parecida: mais tempo na aula e de estudo. Quanto ao tempo na aula, o rela-tório recomenda que se imple-mentem “diferentes formas de as-segurar que os alunos desfavore-cidos passem tempo suficiente a estudar na aula, por exemplo, através de aulas obrigatórias”. É o caso dos Estados Unidos, onde a

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21 CAESE julho 2012

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obrigatoriedade das aulas de Ciências levou a uma melhoria geral de 15 pontos nesta parte da prova PISA. Entre os mais desfa-vorecidos, o aumento é de quase 40 pontos.

Os resilient students estudam mais, mas também estão mais motivados e confiam mais nas suas capacidades. Por isso, a OCDE preconiza métodos de en-sino “que fomentem a motivação e a autoconfiança dos alunos”. Uma terminologia psicologicista que muitas vezes desfoca ou substitui

a educação do caráter. Como se pode ler no “Magisterio”, os pro-gramas de tutoria “demonstraram ser especialmente benéficos” nes-te aspeto.

(Fonte: “Magisterio”)

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PANORAMA

“A família que funciona, poupa dinheiro ao Estado” Benigno Blanco – presidente do Foro Español de la Familia – faz notar numa entrevista com Laura Peraita no suplemento “ABC Familia”, os modos como o Estado pode contribuir para o fortaleci-mento familiar.

Apesar do aumento das taxas de divórcio em Espanha, Benigno Blanco defende que a aspiração da imensa maioria da população a formar uma família continua atual. “Para lá dos debates ideológicos, em geral, toda a gente quer ter uma família. Fá-lo-ão melhor ou

pior, mas faz parte do horizonte mais próximo de todos. O grande problema é que o número dos que fracassam na tentativa é elevado e preocupante”. Muitos fatores influíram em propi-ciar este fracasso. Entre outros, 22 CAESE julho 2012

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Blanco destaca a banalização da instituição matrimonial – que le-vou, na prática, a que quase não haja diferenciação entre o casa-mento e as uniões de facto –, da sexualidade ou da educação. Por isso, Blanco considera que o fortalecimento da família exige um trabalho pedagógico de fundo, que esteja acima das questiúncu-las políticas: “Preocupa-me, não tanto o número de cidadãos que vive em família nem o que tenta fazê-lo bem, mas como recuperar os fundamentos morais e inte-lectuais, que, no fundo, é onde encontramos a convicção de que fazer uma família é possível e fonte de uma grande felicidade”. Benigno Blanco combina esta visão de fundo sobre a família

com outra mais pragmática: “Co-mo a economia é constituída pelas pessoas, todo aquele que constitui uma família, está a contribuir para fazer crescer a economia ao mesmo tempo. Hoje, as políticas de dependência, por exemplo, são o reconhecimento de que há pessoas idosas e doentes que não têm quem trate delas. Antes fazia-o a família espontaneamente; hoje, ou por-que temos menos filhos, se rompem os casamentos ou não se teve filhos, de repente surgem pessoas na sociedade que não têm quem trate delas, sendo aí que intervém o Estado. Isto é, a família que funciona, está a retirar gastos ao Estado”. “Deste ponto de vista, compensa investir na família para não se ter

de investir nela depois, quando fracassou. O fracasso da família é muito caro em termos de felici-dade pessoal, mas também de políticas públicas. O divórcio é a maior causa de pobreza feminina na UE. Obriga a adotar políticas assistenciais. O mesmo acontece quando uma pessoa não tem quem a acolha. É um grande cus-to. Mas, se a família funciona, está a ajudar a uma poupança de gastos públicos e, por isso, é razoável que os orçamentos pú-blicos ajudem as famílias a redis-tribuir esses custos também eco-nómicos”. Benigno Blanco completa o seu diagnóstico sobre a situação da família em Espanha, propondo quatro medidas urgentes que resumimos aqui. A estas haveria

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que acrescentar as “50 medidas de política familiar” atualizadas pelo Foro. 1. Recuperar o apreço da legis-

lação estatal pela instituição matrimonial, desvirtuada pelas leis que aprovaram o cha-mado “casamento homosse-xual” e o divórcio expresso.

2. Situar em primeiro plano o respeito e a proteção da vida, pois “uma sociedade que não valoriza a vida, não pode valo-rizar a família”.

3. Favorecer a liberdade e a responsabilidade educativas dos pais sobre os seus filhos.

4. Aumentar o gasto público des-tinado ao atendimento da fa-mília pois, embora seja ver-dade que se encontra num momento de crise económica, a Espanha é o país da UE que menos recursos destina a esta matéria.

(Fonte: “ABC Familia”)

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PANORAMA

Homens de Negócios The company men Realizador: John Wells Atores: Bem Affleck, Chris Cooper Música: Aaron Zigman Duração: 104 min. Ano: 2010 Um filme que devia ser obrigatório analisar em todas as escolas de negócios em tempos de crise. Vários executivos de topo de uma empresa são despedidos. Ganha-vam bem, mas… a crise atingiu-os em cheio. Para piorar a questão, comprovam que o presidente está mais preocupado em construir a sumptuosa sede da empresa e manter a sua imagem, do que com os seus colaboradores…

O filme irá seguir o trajeto desses gestores desempregados. Um suicida-se desesperado. Outro tem vergonha de reconhecer o fracasso, depois de toda a vida ter colocado a sua realização pessoal apenas no nível profissional. Outro tenta aguentar-se com os lucros acumulados… No entanto, todos enfrentam um problema comum: como explicar à família e aos amigos o que acontecera e como enfrentar esta nova situa-ção? O principal protagonista começa a dar-se conta que dera demasiada importância a aspetos que não são essenciais. Ouve os conse-lhos da mulher e vence a vergo-

nha da derrota. Reencontra o equilíbrio familiar e emocional. Aceita um emprego de menor reconhecimento social. Dá um novo sentido à sua vida. Continua a lutar pelos seus ideais, embora com uma visão mais realista. Mas, não desiste de tentar retomar as funções para que se sente voca-cionado. Estabelece contacto com as pessoas e fala com colegas, ajudando-os também no que po-de. No final, será em conjunto com os outros que encontrará a solução…

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Tópicos de análise: 1. A realização pessoal é fruto do

equilíbrio emocional a nível laboral e familiar.

2. Aceitar o fracasso liberta do

passado e abre o caminho para a solução.

3. Menos é mais: descobrir o essencial torna a meta mais clara e acessível.

4. Reforçar e promover os con-

tactos abre novos horizontes e decisões.

Paulo Miguel Martins Professor da AESE

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DOCUMENTAÇÃO

Os fatores que baixam a mortalidade materna O quinto dos “objetivos do milénio” que a ONU se propôs conseguir em 2015, é reduzir 75% a mortali-dade materna. Algumas agências da ONU apresentaram as políticas liberalizadoras do aborto como algo necessário para reduzir a mortalidade materna. Mas o caso do Chile demonstra que a mater-nidade segura tem muito mais a ver com outros fatores, como a educação ou a qualidade do sis-tema de saúde. Isso também se viu na Irlanda. O estudo (Koch E, Thorp J, Bravo M, Gatica S, Romero CX, et al.,

2012, “Women's Education Level, Maternal Health Facilities, Abor-tion Legislation and Maternal Deaths: A Natural Experiment in Chile from 1957 to 2007”. PLoS ONE 7(5): e36613. doi:10.1371/journal.pone.0036613), publicado na revista médica digital “PLoS One”, foi realizado por cientistas de várias universi-dades chilenas e da norte- -americana de North Carolina- -Chapel Hill. Segundo os autores, em muitas investigações anterio-res não se consideraram períodos suficientemente longos, ou dei-xou-se de lado determinado fator

que auxilia o ajustar da impor-tância de cada elemento inter-veniente nos números finais da mortalidade materna. Este estudo, pelo contrário, foi acompanhando desde 1957 uma série de fatores como a taxa de fecundidade, a vida escolar média das mulheres, a preparação dos médicos obstetras, a percentagem de mães que dão à luz pela primeira vez, o rendimento per capita, ou o acesso a água corren-te e potável.

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Porque interessa o Chile O Chile é um dos poucos países da América Latina que proíbe o aborto terapêutico em todos os casos, juntamente com a Repú-blica Dominicana, Nicarágua, Honduras e El Salvador. Em todos eles, menos no Chile, a taxa de mortalidade materna (MMR – Maternal Mortality Ratio) supera os 100 pontos (número de mortes por cem mil nascidos vivos), uma taxa muito alta. O Chile – o país latino-americano com menor mortalidade materna (17), e o segundo de toda a América, depois do Canadá (9) e à frente dos Estados Unidos (18) - é um objeto de estudo interessan-te, tanto pela disponibilidade de dados, como pela história da sua

legislação sobre o aborto. O aborto terapêutico foi proibido sem exceções em 1989. Antes era legal nalguns pressupostos. A evolução política, social e econó-mica do Chile desde então – atualmente é o país mais desen-volvido da América Latina – faz com que possa servir de referente para avaliar o possível impacto de políticas restritivas do aborto no primeiro mundo. A principal conclusão do estudo é que a constante descida da MMR no Chile obedece sobretudo ao progresso educativo (que influi decisivamente no comportamento reprodutivo) e à melhoria do sistema de saúde. De passagem, confirma também que a restrição do aborto não provocou um aumento da MMR. De facto, os

autores salientam que não há indícios diretos de que proibir o aborto aumente o risco para as mães, e recordam que os países europeus com leis mais restritivas (Irlanda, Malta e Polónia) têm algumas das taxas mais baixas de mortalidade materna. Baixa contínua O Chile é um exemplo de suces-so. A MMR baixou 95,6% de 1961 (293,7) a 2003 (12,7). Depois su-biu ligeiramente até 2007 (18,2), embora não precisamente devido ao aborto, mas mais porque, co-mo em muitos outros países, au-mentou a idade das mães e, por-tanto, houve mais complicações. Se se observarem os dados da descida anual, percebem-se duas

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fases: de 1965 a 1981, a MMR baixou rapidamente, a um ritmo médio de -13,2 mortes por 100.000 nascidos vivos; desde 1981, a diminuição média anual é de -1,59 mortes. Os dados do estudo vão até 2007 mas, segun-do o Instituto Nacional de Estatís-tica chileno, a taxa baixou em 2009 para 16,9. Nesse ano, só morreu uma mãe devido a aborto. Além disso, a proibição de 1989 não provocou nenhuma modifica-ção significativa na tendência descendente da MMR. O vínculo entre a restrição do aborto e o maior risco para as mães não se cumpriu no Chile. Se se analisarem as diversas cau-sas de mortalidade nas mães, os dados são ainda mais esclarece-

dores. A AMR (Abortion Mortality Ratio: mortes maternas devidas exclusivamente ao aborto por cem mil nascidos vivos) desceu 92,3% desde que foi aprovada a lei pró- -vida até 2007, quando se situou em 0,83. Em parte, esta descida deve-se à maior segurança dos abortos clandestinos relativamen-te às décadas anteriores. Contudo, os autores do estudo também se atrevem a conjeturar que os abortos totais (espontâ-neos e induzidos, documentados e clandestinos) diminuíram até se estabilizarem. Partem da hipótese de que um aumento do número de abortos clandestinos deveria impli-car um maior número de hospitali-zações, mas estas diminuíram desde 1989. Assim, muito menos se cumpre o axioma pró-aborto de

que a proibição só serve para mul-tiplicar os casos de abortos clan-destinos. Os autores do estudo não avali-zam o argumento de que o menor número de hospitalizações se de-ve a que muitas complicações de-rivadas do aborto se fazem passar por outro tipo de problemas (por medo da lei) ou são mal diagnos-ticadas. Por um lado, explicam, os médicos têm o dever de guardar o segredo profissional; por outro, o engano ou a falsificação da causa de uma morte acarreta importan-tes sanções legais para os pro-fissionais de saúde. A importância da educação A explicação mais credível – e mais cientificamente garantida –

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para a descida no número de abortos reside na educação. De facto, o fator educativo é, de todos os examinados no estudo, o mais claramente associado à mortali-dade materna e à incidência dos abortos em geral. Ajustando todas as variáveis (qualidade do sistema de saúde, rendimento per capita, acesso a água potável, etc.), pode-se afirmar que por cada ano adicional que as mulheres inves-tiram na educação, a MMR baixou 29,3 mortes por cada 100.000 nascidos vivos. O alargamento da educação no Chile tem um marco histórico em 1965, quando aumentou para oito anos a escolaridade obrigatória. Na tabela de dados referida no estudo, desde aí foi visível uma baixa mais acentuada da MMR.

A educação importa sobretudo na medida em que modifica o com-portamento reprodutivo da popula-ção, muitas vezes indiretamente, fomentando, por exemplo, o em-prego feminino. Para os autores do estudo, o vínculo da taxa de fecundidade com a mortalidade materna não é direto, sendo me-deado pela educação. O estudo cita outras investigações levadas a cabo no Bangladesh, Índia e Paquistão, nas quais a relação entre fecundidade e MMR se sobredimensionou, por não ter em conta o fator educativo. O paradoxo da fecundidade Pelo contrário, é possível observar uma relação direta entre a mortalidade materna e o aumento da idade média das primíparas

(que dão à luz pela primeira vez). Assim, por cada aumento de 1% das maiores de 29 anos entre todas as primíparas, calcula-se uma subida de 30 pontos na MMR. Isto é o que o estudo denomina “o paradoxo da fecundidade”: o au-mento da idade média da primeira maternidade, se é moderado, as-socia-se, embora não muito clara-mente, a uma descida na MMR; mas se é excessivo, provoca uma subida clara da mortalidade ma-terna. O atrasar a primeira mater-nidade resulta assim numa arma de dois gumes. A percentagem de mães primí-paras com mais de 28 anos aumentou bruscamente no Chile desde 1985 – pelo contrário, a

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baixa na taxa de fecundidade vinha a acontecer desde muitos anos antes. Não é por acaso que a percentagem de mortes mater-nas provocadas por hipertensão ou eclampsia [esta consta de valores elevados da pressão arte-rial, edemas (inchaço) nas pernas e albumina na urina, podendo originar convulsões], ambas asso-

ciadas a uma idade mais elevada da grávida, tenha subido precisa-mente desde meados dos anos 80. Em 1975, só constituía 8,3% de toda a mortalidade materna; em 2007, já significava 20,4% do total, enquanto que as mortes provocadas por aborto só repre-sentavam 6,2%.

Em abril, o Senado chileno rejei-tou três moções que pretendiam legalizar o aborto em determina-dos casos, por risco para a vida da mãe ou malformações do feto.

F. R.-B.

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Os anticoncecionais não orais têm mais riscos Sabe-se que os anticoncecionais orais combinados (AOC: a moder-na “pílula”) aumentam o risco de se sofrer diversas doenças, princi-palmente transtornos vasculares e alguns tipos de cancro. Contudo, dos anticoncecionais que também são hormonais mas não se admi-

nistram por via oral, poucos estu-dos havia até agora. Um muito completo, recém-publicado no “British Medical Journal”, conclui que aumentam o risco de trom-bose venosa, alguns ainda mais do que os AOC.

Com os anticoncecionais não orais procura-se o mesmo efeito que com os AOC, sem o incó-modo da tomada diária. Colocam- -se de diversas formas no orga-nismo e libertam continuamente as mesmas hormonas que os AOC durante uma semana ou

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mais, até vários anos, antes que seja necessário substituí-los. O novo estudo, realizado na Dina-marca, examina quatro anticonce-cionais deste tipo: o adesivo trans-dérmico, o anel vaginal, o implan-te subcutâneo e o dispositivo intrauterino que liberta hormonas (DIU-h). O estudo foi feito com os dados do sistema de saúde dinamar-quês, que, desde 1977, mantém um registo nacional de pacientes onde figura o historial de cada um, incluindo as prescrições de medi-camentos. Para avaliar o risco de trombose venosa relacionado com os anticoncecionais, os autores excluíram as mulheres que tinham tido alguma antes. Obtiveram assim uma amostra de 1,6 mi-lhões de mulheres de 15 a 49

anos, das quais examinaram os dados de dez anos (2001-2010). Na tabela seguinte apresentamos o risco relativo (RR) de trombose venosa nas utentes dos quatro anticoncecionais estudados relati-vamente às mulheres que não usam anticoncecionais hormonais. Para facilitar outra comparação, inclui-se o RR de dois tipos de AOC: os que contêm levonorges-trel e estrogénio (AOC-le) e os que contêm norgestimato (AOC- -n). O RR é o fator de aumento do ris-co em relação ao grupo de refe-rência, cujo RR é 1, por definição. Assim, um RR igual a 7,90, signi-fica que a probabilidade de sofrer trombose venosa é 7,90 vezes su-perior à que têm as não utentes.

Risco Relativo AOC-le 3,21 AOC-n 3,57 Adesivo 7,90 Anel 6,48 Implante 1,40 DIU-h 0,57 Como se vê, todos os anticonce-cionais hormonais aumentam o risco de trombose, menos o DIU-h (o Mirena, da Bayer, que liberta levonorgestrel, é o único existente no mercado). O RR do implante é pequeno, mas o do adesivo e o do anel são elevados e muito supe-riores ao dos AOC. Tendo em conta estes dados, e os já conhecidos sobre os AOC, é estranho que muitas vezes se apresente a dispensa de anticon-cecionais como um serviço de

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saúde básico. Por exemplo, foi com base nesse pressuposto que a Administração Obama justificou o tê-la incluído nas prestações obrigatórias de todos os seguros médicos. Mas serviços de saúde básicos são os que fornecem os tratamentos necessários contra as doenças ou cuidados preventivos

que as evitam (vacinas, explora-ções a mulheres com risco de cancro da mama...). Os anticonce-cionais, que aumentam a taxa de morbilidade na população femini-na, não cumprem essa condição. Haveria que perguntar se a saúde pública não deveria deixar de os pagar, assim como não subsidia

os cigarros aos fumadores. Exce-tuando em terapia hormonal, os anticoncecionais não são usados para aliviar um transtorno e a sua única ligação com a saúde obede-ce aos seus efeitos secundários.

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O aborto, segredo oficial O direito do cidadão a saber vai ter uma exceção no Ontário: as estatísticas do aborto. Permitir que o cidadão tenha acesso a informações disponíveis nas Administrações públicas é considerado um direito nos países democráticos. Em virtude do “di-reito a saber”, vigora o princípio

da publicidade da informação, pelo que o segredo e as recusas de acesso devem ser limitadas e devidamente motivadas. Assim, em contraste com o ocultismo de tempos passados, os avanços na transparência informativa vão co-locando mais dados à disposição do público.

Por isso, chama mais a atenção que no Ontário (Canadá) se tenha dado um passo atrás, num tema muito concreto: as estatísticas e informações sobre o aborto. Des-de este ano, os cidadãos não po-dem solicitar às instituições públi-cas dados sobre este assunto. Todas estas informações são ago-ra secretas, pois foram excluídas

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daquelas que as Administrações irão facultar. A mudança na lei de Liberdade de Informação e Proteção da Privaci-dade foi feita à sucapa, sem nenhum debate parlamentar nem publicidade. Só perante a recusa de um pedido de dados, foi desco-berta a mudança efetuada. A emenda tinha sido introduzida através de outra lei, que trata da responsabilidade financeira das organizações públicas, pelo que passou despercebida. Uma mu-dança oculta introduzida pela porta das traseiras, como se fosse um aborto clandestino (em in-glês, backstreet abortion). Deve ter-se em conta que o Canadá é um dos poucos países em que não existe uma regula-mentação sobre o aborto, sem

nenhuma limitação de prazos nem de pressupostos. Em 1988, o Supremo Tribunal declarou in-constitucionais as leis em vigor sobre o aborto e, desde então, não há um quadro legal sobre este assunto. Vale tudo. Agora vai valer também na província de Ontário a ocultação dos dados. As últimas estatísti-cas conhecidas de 2010, mostra-vam que, no Ontário, se tinham realizado quase 44.000 abortos, o que equivalia a 31 abortos por cada 100 nascidos vivos. Outras estatísticas de 2007 revelavam fenómenos preocupantes: 52% das mulheres que abortavam, ti-nham tido um ou mais abortos antes; um quinto das jovens de 15-19 anos tinha abortado. Talvez fossem dados que “podiam ferir a sensibilidade”.

Acontece que tudo o que se refere às estatísticas do aborto no Canadá está cheio de buracos. Não há nenhuma legislação que obrigue as clínicas privadas a comunicar os dados ao Ministério da Saúde, diversamente do que se passa com os hospitais. A província do Québec não disponi-bilizou nenhum dado sobre abor-tos em 2010, o que permitiu ao movimento pró-vida felicitar ironi-camente o Québec, “por ser a primeira província do Canadá a erradicar o aborto”. Também na Colúmbia Britânica, os legislado-res excluíram o aborto da infor-mação acessível ao público, em-bora com menos limitações do que no Ontário. Em resumo, não há forma de saber com exatidão as tendências sobre o aborto no país.

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O caso do Canadá põe em relevo dois pesos e duas medidas na transparência sobre o fenómeno do aborto. Quando se trata de legalizá-lo, avançam-se hipóteses que estimam em excesso de modo inverosímil o número de abortos clandestinos, e denuncia- -se a hipocrisia de uma sociedade

que não quer saber o que se está a passar. Pelo contrário, num país como o Canadá, onde o aborto é plenamente legal e poderia saber--se com rigor a magnitude do fenómeno, faz-se todo o possível para ocultar essa informação ao público. Assim, este fica privado também dos dados de que neces-

sita para formar uma opinião e expressá-la. Com o aborto parece haver primazia para o consenti-mento desinformado.

I. A.

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Indemnizado por estar vivo O reconhecimento do aborto como um direito, pode levar a conse-quências tão inesperadas como as que se depreendem da senten-ça sobre um aborto falhado, uma novidade em Espanha e que tanto está a dar que falar. A jovem de 22 anos submeteu-se a um aborto quando estava grávida de oito se-manas. O médico não soube fazer

o aborto e, na revisão posterior, não comunicou que o feto conti-nuava no útero. Quando finalmen-te se observou que a gravidez continuava, tinham já passado 22 semanas, o que impedia realizar o aborto dentro dos prazos legais. O bebé nasceu de sete meses, mas são, e hoje é uma criança perfei-tamente normal.

O médico foi condenado por um tribunal de primeira instância de Palma de Maiorca, por negligência médica. Deverá indemnizar a mãe com 150.000 euros por danos morais e a criança com 270.000 euros, que serão destinados à sua manutenção até aos 25 anos.

DOCUMENTAÇÃO

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As reportagens que provocaram a notícia fazem ver que, diversa-mente dos efeitos de outras negli-gências médicas, esta só trouxe felicidade. A mãe não desejou a gravidez, mas hoje está encan-tada com a criança: “Quero-lhe muito e isso é o que interessa”. Quando quis abortar vivia com os seus pais e temia a reação deles, mas também isso foi superado: “Na minha casa de início foi duro mas, rapidamente, deixou de o ser. Agora apoiam-me, adoram o meu filho”. Diz que quando engra-vidou “não tinha outra opção a não ser abortar”, mas o mero facto de hoje estar encantada por ter uma criança entre os braços, revela que outra opção foi possí-vel.

A sua situação confirma que uma gravidez não desejada pode dar lugar a uma criança muito dese-jada, se se lhe der tempo para ser aceite; e que essa mesma mulher, que perante a gravidez imprevista pensa lhe ter caído o mundo em cima e não ter outra saída senão o aborto, pode reorientar a sua vida satisfatoriamente, se encon-trar a ajuda devida. O médico é condenado pela sua negligência, pois não soube ava-liar a ecografia que revelava a continuação da gravidez, nem calcular devidamente a idade de gestação. Já se sabe que nas clínicas abortistas não se encontra a nata da profissão, e talvez este episódio nos diga também algo sobre o modo expedito com que se procede nestas intervenções.

Mas deve reconhecer-se que, neste caso, a negligência do mé-dico beneficiou a saúde da crian-ça. O curioso é que, para conside-rar o aborto como um ato médico, há que alterar o conceito de má praxis. A intervenção abortista cor-responde a uma boa praxis se conduzir à morte do feto; pelo contrário, será má praxis, se lhe permitir continuar a viver. O aborto como direito leva a per-turbar tanto a deontologia mé-dica, como a lógica jurídica. Se o beneficiário de uma indemniza-ção é quem sofreu um dano, é difícil entender que dano se provo-cou à criança pelo facto de nascer sã, em vez de ter sido aspirada para a morte. Será que a vida humana pode ser considerada como um prejuízo reparável?

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Em França, deu lugar a um amplo debate no ano 2000, uma sen-tença do Tribunal de Recurso que outorgou uma indemnização a um jovem deficiente (caso Perruche). O erro médico não tinha sido a causa da sua deficiência, mas o diagnóstico errado levou a sua mãe a não abortar. A sentença foi tão criticada que provocou uma mudança de legislação para evitar que a vida de um deficiente

pudesse ser considerada em si mesma um dano indemnizável. Em Espanha, já houve sentenças que condenaram médicos por não saberem detetar num diagnóstico pré-natal que o feto tinha determi-nada deficiência. Agora verifica-se que, mesmo no caso de uma criança ser perfeitamente sã, a sua vida pode vir a suscitar uma indemnização por não se haver

respeitado o direito da sua mãe a eliminá-la. Resta ver qual será a reação do filho quando for maior e a sua mãe lhe explicar as circunstâncias do seu nascimento. Se tudo correr bem, vai agradecer ao médico negligente.

I. A.

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