powerpoint presentationstg.aese.pt/content/files/caese_597_19_2_13.pdf · cereales: lora brill’s...

34
PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 19.FEV2013 N.597 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Debate francês sobre a legalização da marijuana Um governador que impõe as suas convicções Patentes, para inovar ou para bloquear? AGENDA IPSS sustentáveis A importância de conhecer a “Digital Body language” Início do Programa de Direção de Empresas, em Lisboa e no Porto Regresso à AESE: 5 anos depois NAVES SCR tem novo responsável Que sabemos de Deus? Lisboa, 25 de fevereiro Gestão de projetos: uma abordagem prática Lisboa, 12 e 13 de março Gerir sem despedir: o caso Vitorinox Lisboa, 14 de março PGL Gestão eficaz do tempo Lisboa, 7 de março Investigação AESE Porto, 25 de fevereiro Lisboa, 18 de outubro Da Ebro Puleva à Ebro Foods “Comercio y Pobreza” World MBA Tour As melhores escolas de negócios do mundo chegam a Lisboa MEDIA “Prognóstico” entre outros… Leis contra a pirataria Lisboa, 12 de março Que sabemos de Deus?

Upload: others

Post on 23-Jun-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

NOTÍCIAS

19.FEV2013 N.597

www.aese.pt

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Debate francês sobre a legalização da marijuana

Um governador que impõe as suas convicções

Patentes, para inovar ou para bloquear?

AGENDA

IPSS sustentáveis

A importância de conhecer a “Digital Body language”

Início do Programa de Direção de Empresas, em Lisboa e no Porto

Regresso à AESE: 5 anos depois

NAVES SCR tem novo responsável

Que sabemos de Deus? Lisboa, 25 de fevereiro

Gestão de projetos: uma abordagem prática Lisboa, 12 e 13 de março

Gerir sem despedir: o caso Vitorinox Lisboa, 14 de março

PGL

Gestão eficaz do tempo Lisboa, 7 de março

Investigação

AESE

Porto, 25 de fevereiro Lisboa, 18 de outubro

Da Ebro Puleva à Ebro Foods

“Comercio y Pobreza”

World MBA Tour

As melhores escolas de negócios do mundo chegam a Lisboa

MEDIA

“Prognóstico” entre outros…

Leis contra a pirataria

Lisboa, 12 de março

Que sabemos de Deus?

"Os Alumni da AESE que terminaram os seus programas há 5 anos - 32º PADE, 33º PDE, 34º PDE, 6º PADIS, 7º PADIS e 5º Executive MBA AESE/IESE -, reu-niram-se na AESE, no passado dia 31 de janeiro, com o objetivo de se reencontrarem na Escola e recor-darem a discussão de um Caso. A sessão contou com a participa-ção de 48 Alumni dos vários Pro-gramas, os quais discutiram em grupos num plenário o caso “United Cereales: Lora Brill’s Eurobrand Challenge”, sob a orientação do Professor Adrian Caldart. Foi uma jornada de aprofunda-mento da amizade, entre Alumni de diferentes programas que fortaleceram a rede. Para destacar a participação dos Alumni, após a discussão do caso,

três Alumni apresentaram as suas mais recentes experiências: Isabel Jonet (32º PADE) falou dos desafios atuais do Banco Alimentar; Cristina Almeida (6º PADIS) abordou os desafios de inovação no Centro Hospitalar Lisboa Centro; e Luís Vasconcelos (34º PDE) apresentou o Projecto MIMO, uma iniciativa de um grupo de empresas destinada a angariar alimentação para casas que recolhem jovens desfavorecidos, no Porto e em todo o país. A sessão terminou com um jantar muito animado em cujo encerra-mento o Director Geral da AESE, José Ramalho Fontes, enumerou as diversas frentes de trabalho da AESE a nível nacional e interna-cional, destacando algumas das atividades do Agrupamento de Alumni. "

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

Regresso à AESE: 5 anos depois

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

2 CAESE fevereiro 2013

Agrupamento de Alumni organizam um 31 de janeiro de 2013

Patou Nuytemans, EAME Chief Digital Officer at Ogilvy Group, foi a oradora convidada para falar ao 38º PADE, no dia 6 de fevereiro de 2013, sobre as oportunidades que o “digital” oferece às marcas. Numa conversa informal, Patou Nuytemans explicou a forma como as empresas devem encarar os social media: Quais são as alterações mais significativas no comportamento dos consumidores? Estas alterações têm vindo a acon-tecer há já algum tempo, mas a razão de voltar a falar nelas pren-de-se com o facto de considerar que as marcas ainda não sou-beram desenvolver todas as suas potencialidades. Em primeiro lugar, há que ressaltar a importância tremenda que os media sociais têm: é evidente que as pessoas vivem as suas vidas digitalmente

de formas nunca antes imaginadas. Usam os social media para tomar o pulso sobre o que está a acontecer na vida dos amigos, na das pessoas que seguem e o que acontece no mundo lá fora. E utilizam-nos também para interagir, contribuir, trocar, partilhar e, num nível superior, serem incrivelmente pessoas e humanas. E esta é uma realidade que as marcas deveriam cuidar. O poder das pessoas se expressarem de várias maneiras nos social media - desde clicar num “Like” para demonstrar aprovação ou reencaminhando uma página para um amigo-, tudo isso permite- -nos conhecer o que os consu-midores realmente gostam e amam para que possam apreciar mais as nossas marcas e recomendá-las.

Hoje, as pessoas esperam também mais imediatismo. Têm menos paciência. Graças ao digital, os consumidores têm tudo à dispo-

3 CAESE fevereiro 2013

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

A importância de conhecer a “Digital Body language”

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

Chief Digital Officer at Ogilvy Group explica ao PADE

»»

6 de fevereiro de 2013

sição das pontas dos seus dedos. Com um telemóvel, podem ter acesso a informação, saber onde ir e o que comer. Quando procuram uma resposta, esperam-na ins-tantaneamente. E no fim de contas, eles querem mais e que as marcas lhes proporcionem mais expe-riências, mais satisfação e melhor conteúdo. Por isso, as marcas têm de prestar atenção a essas novas necessidades e expectativas. 2. O que devem as empresas fazer para se adaptarem e responderem às necessidades e tendências atuais? As mensagens de marketing devem considerar quatro fatores fun-damentais, para o marketing do séc. XXI. O mundo digital permite às marcas fornecer aos consumi-dores informação sobre o que fazem e o que têm para oferecer, mas também comprometê-los, com conteúdo verdadeiramente relevan-te, com uma demonstração de como se comportam como marca e as potencialidades dos seus pro-dutos.

Por isso, as marcas terão a ganhar se se virem não como anunciantes mas como produtores de conteú-dos. Essa é uma das novas competências a aprender. É uma transformação entusiasmante mas também dramática. A segunda ideia chave é abandonar a ideia do plano de marketing baseado em campa-nhas. Imagine-se a vantagem de criar programas de conquistar audiências e não apenas “alugá- -las”. Em terceiro lugar, consiste em ganhar na “prateleira digital”. É perceber que as pessoas indicam- -nos quando estão prontas para “comprar”, pelo que pesquisam na Internet. Sabendo que as opiniões dos amigos são fundamentais para formar um perfil da marca, como influenciar isso e gerar volume de conversação positiva? Escutar é a quarta característica para saber o que os consumidores pensam, fa-lam, e como reagem às campa-nhas, sobre o que comentam. Chamamos-lhe “Digital Body lan-guage”: compreendê-la e geri-la é muito positivo para as marcas, sobretudo se souberem demonstrar

que as suas opiniões são bem acolhidas, de forma pública.

3. Que sugestões devem os CEO ter em conta para fazerem das suas marcas casos de sucesso na era digital? O CEO precisa de ser o Chief Digital Officer, apesar de ser um cargo que – espero - tenderá a desaparecer. O digital não poderá ficar restringido a um depar-tamento, não é um trabalho de apenas uma pessoa. Estamos a tentar resolver os problemas de sempre, mas numa nova era, interiorizar a Internet e pensar digitalmente em tudo aquilo que fazemos. Portanto, o CEO deve ser o Chief Digital Officer, o líder do social ou o novo líder do conteúdo. Ele tem de ser responsável e encabeçar esta transformação, sem delegar apenas em pessoas mais novas e apaixonadas por este mundo.

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

4 CAESE fevereiro 2013

No dia 1 de fevereiro, a NAVES, Sociedade de Capital de Risco foi apresentada formalmente aos participantes do 11º Executive MBA AESE/IESE. Durante o programa do Executive MBA AESE/IESE, os alunos são chamados a apresentar um projeto de negócios com viabilidade para ser executado que pode candi-datar-se ao financiamento de NAVES SCR. Atualmente, NAVES SCR conta já com um investimento de 800 mil euros. O investimento máximo estipulado por empresa é de 250.000€, sendo a participação máxima por projeto de 30% do seu capital social.

A sessão foi dirigida pelo novo responsável Francisco Carvalho (2º Executive MBA AESE/IESE, na fotografia), que sucede a Manuel Rodrigues, atual Secretário de

Estado das Finanças.

Alguns projetos financiados por

Francisco Carvalho sucede a Manuel Rodrigues na Capital de Risco dos Alumni da AESE

5 CAESE fevereiro 2013

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

NAVES SCR tem novo responsável

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

1 de fevereiro de 2013

Francisco Carvalho, Responsável de NAVES SCR

A edição 2013 da feira internacional QS World MBA Tour acontecerá em Lisboa no próximo dia 12 de março, no Sana Lisboa Hotel, na Av. Fontes Pereira de Melo 8. O evento oferece aos candidatos a MBA’s a oportunidade de estar frente a frente com os diretores de admissão das escolas de negócios de maior prestígio do mundo e receber assessoria para escolher o programa mais adequado, realizar o processo de admissão com êxito e financiar os seus estudos. O evento está desenhado para proporcionar aos candidatos as melhores informações na hora de eleger um programa e planear a carreira profissional.

Os interessados poderão garantir a sua participação registando-se em www.topmba.com/qs-world-mba-tour/europe/lisbon. A entrada é gratuita para todos os candidatos previamente inscritos neste website e os 100 primeiros visitantes serão contemplados com o QS Top MBA Career Guide, um guia indis-pensável ao futuro estudante, contendo artigos de interesse e um diretório completo das escolas de negócios.

Em 2013, a QS World MBA Tour irá percorrer mais de 60 cidades em 40 países diferentes e há 17 anos que proporciona assessoria gratuita a milhões de profissionais e estu-dantes de todo o mundo.

Conheça o Executive MBA AESE/IESE no World MBA Tour

6 CAESE fevereiro 2013

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

As melhores escolas de negócios do mundo chegam a Lisboa

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

LISBOA, 12 de março de 2013

Decorreu num ambiente caloroso, fortemente interessado e partici-pativo a Sessão de Continuidade para os antigos do GOS, orientada por Sónia Sousa. O tema da sustentabilidade é crítico nas orga-nizações sociais, num período marcado pela diminuição crescente de fundos públicos, em simultâneo com a necessidade de dar resposta a carências maiores e mais alar-gadas. Sónia Sousa, principal autora do relatório publicado em 2012 sobre “As Instituições Particulares de Solidariedade Social portuguesas num Contexto de Crise Económi-ca”, foi expondo os três pilares da sustentabilidade: viabilidade, sub-sistência e complementaridade. Partindo do diagnóstico feito, foi analisando os passos seguintes para resolver a situação: o que fazer, como fazer, com propostas concretas para a implementação

das medidas oportunas num universo de mais de 2800 IPSS existentes em Portugal. Muitos dos presentes responderam afirma-tivamente ao convite de partici-parem, com as suas Instituições na implementação do Programa, a exectar de janeiro de 2013 até abril de 2014. Como mobilizar as vontades dos cidadãos para conseguir que a iniciativa das pessoas individuais, na sociedade civil, dê resposta às múltiplas carências que se avolu-mam todos os dias; elaborar um manual prático de comunicação e marketing social para as IPSS, propostas de correção aos cons-trangimentos regulatórios, centra-lizar compras, ter uma bolsa online de bens e serviços partilhados ou contratação conjunta de recursos humanos especializados, foram algumas das muitas hipóteses de trabalho orientadas para a ação. O

interesse da sessão foi tanto maior quanto profundo o conhecimento do tema e corresponder a todos a

7 CAESE fevereiro 2013

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

IPSS sustentáveis

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

Sessão de continuidade do GOS fomenta o debate sobre

21 de janeiro de 2013

»»

eliminação da pobreza, agudizada agora, pelo desemprego de pessoas ativas. Sónia Sousa é doutorada em Políticas Públicas com ênfase para o Empreendedorismo e Compe-titividade Regional pela George Mason University (EUA) e trabalha atualmente em Londres, The Work Foundation, Reino Unido, um think tank, na chefia de um grupo de investigação no “Big Innovation Center”. Nos Estados Unidos, estudou o apro-veitamento dos fundos federais nos programas de erradicação da po-breza.

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

8 CAESE fevereiro 2013

Cerca de sessenta dirigentes deram início ao PDE – Programa de Direção de Empresas, na AESE. Trinta e um responsáveis em Lisboa e vinte oito no Porto deci-diram desenvolver as suas competências e otimizá-las num ano especialmente exigente em matéria de resultados, gestão de tempo e de recursos, e de relações interpessoais. Nas edições de 2013, o PDE inclui numa semana sessões intensivas envolvendo os grupos de Lisboa e Porto. Seguindo os bons resultados alcançados com uma inovação introduzida há dois anos, merece um especial destaque a análise e elaboração de um Plano de Negócios a desenvolver no PDE. Reunidos em equipas, que

competem entre si, os participantes deverão assumir o papel de investidores, podendo aferir e aperfeiçoar as suas competências como empreendedores.

A avaliação das diferentes respos-tas pelo Prof. Vasco Bordado conduz à atribuição de um prémio simbólico. Nestas edições parti-cipam três quadros da Adminis-tração Publica do tema, sendo dois deles Presidente e Vice-Presidente de duas Câmaras diferentes no âmbito do Propocolo APEX, que oferece nestes programas algumas vagas condições excecionais.

9 CAESE fevereiro 2013

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

Início do Programa de Direção de Empresas, em Lisboa e no Porto

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

AESE lançou as 52ª e 53ª edições

No final de janeiro de 2013

Monsenhor Hugo de Azevedo conduziu a primeira sessão do Curso do Credo na AESE. Neste encontro, em sala de aula, o capelão referiu que “um cristão tem de acreditar na inteligência, na razão. Assim é capaz de encontrar a verdade. A razão usa a própria experiência pessoal e a informação que vai recebendo das outras pessoas. O Homem conhecerá muito e cada vez mais, mas nunca saberá tudo. Toparemos sempre com o mistério. Nunca esgotaremos a verdade.” Segundo o Padre Hugo de Azevedo, “a primeira verdade de fé consiste em acreditar na razão. No entanto, a crença tem relação com a vontade. Acreditamos numas coisas mais facilmente do que nou-tras. E existe mais propensão para acreditar naquilo que nos agrada.

Também faz parte da natureza humana conhecer Deus. E o Homem deve conhecê-LO.” O homem deve conhecer Deus através da criação. O recurso à linguagem humana é necessário para falar de Deus: as analogias, metáforas, servem esse propósito. “Deus é simplicíssimo, ainda que ilimitado. Deus é o causador de tudo e não tem causa. É o motor imóvel. Deus é incriado. É possível falar com verdade embora não O conheçamos completamente. Deus revela-se através da natureza mas também se revela pessoal-mente. Criou-nos à Sua imagem e semelhança. Porque andamos inquietos com o ilimitado se não o conhecemos? Nada nos satisfaz. A ambição é uma ânsia de infinito

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

Que sabemos de Deus?

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

10 CAESE fevereiro 2013

1ª sessão do Curso do Credo na AESE 28 de janeiro de 2013

»»

negativo. Deus criou-nos já com essa sede de infinito para Se enxertar em nós, criar espaço em nós para entrar e atuar em nós . Criou-nos conscientes, terreno fértil para o amor. Só sendo livre sou eu. O vínculo estabelecido com o outro é único e irrepetível. Ao dar-nos o Seu Nome, permite-nos dialogar com Ele. "Sou aquele que sou“: é o nome perfeito. A revelação permite estabelecer uma relação de amizade. “ Depois da primeira abordagem centrada no “creio em um só Deus”, seguir-se-ão novas aulas. Embora o curso seja gratuito, a inscrição é recomendada, sem prejuízo de participar apenas nalgumas das aulas.

Agenda das próximas sessões:

25 de fevereiro de 2013 Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. 25 de março de 2013 Por Ele todas as coisas foram feitas e por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus e encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem. 22 de abril de 2013 Por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, e subiu aos Céus, e há de vir julgar os vivos e os mortos. E o seu Reino não terá fim.

27 de maio de 2013 Creio no Espírito Santo, que dá a vida e procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Ele, que falou pelos profetas. 24 de junho de 2013 Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só Batismo para a remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir.

Inscreva-se aqui

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

11 CAESE fevereiro 2013

Neste caso do Prof. Adrián Caldart é relatado “um processo de mudança estratégica que ocorreu na empresa Ebro Puleva, posteriormente rebatizada de Ebro Foods, durante a primera década do séc XXI. Durante esse período, a Ebro vendeu dois dos seus três negócios principais: açúcar e lácteos, reforçou o seu negócio de arroz e ingressou no de pasta fresca e seca em vários países europeus, EUA e Canadá.

O caso explica a lógica estratégica que levou a empresa a introduzir uma alteração radical no seu portafolio de negócios, enquanto descreve também aspetos ligados à organização da empresa e à evolução do seu governo cor-porativo. O caso refere ainda dados económicos relacionados com as

operações de compra e venda, o que permite avaliar a atratividade relativa, do ponto de vista finan-ceiro de cada compra ou venda de empresas.

12 CAESE fevereiro 2013

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

Da Ebro Puleva à Ebro Foods

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

Investigação AESE

Seminário Gestão Eficaz do Tempo Lisboa, 7 de março Saiba mais >

Seminário Gestão de projetos: uma abordagem prática Lisboa, 12 e 13 de março Saiba mais >

Seminário Gerir sem despedir: O caso Vitorinox Lisboa, 14 de março Saiba mais >

Curso Que sabemos de Deus? Lisboa, 25 de fevereiro Saiba mais >

Programa PGL Porto, 25 de fevereiro Lisboa, 18 de outubro Saiba mais >

Participação da AESE no World MBA Tour Lisboa, 12 de março Saiba mais >

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

AGENDA

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

13 CAESE fevereiro 2013

Sessões de Continuidade

Programas

Evento

Seminários

Prodigalidade Prof. José Miguel Pinto dos Santos 15-2-2013, in Público Iniciativa, um bem valioso a fomentar Prof. Eugénio Viassa Monteiro 14-02-2013 in Diário Económico-Principal Reunião do Ecofin e a quebra do turismo no Carnaval no Algarve Prof. Jorge Ribeirinho Machado 12-2-2013, in Conselho Consultivo do Etv Conclusões do Relatório de Competitividade da AIP Prof. Jorge Ribeirinho Machado 6-2-2013, in Conselho Consultivo do Etv Mino-odori Prof. José Miguel Pinto dos Santos 06-2-2013, in Público A resposta é sim Prof. José Miguel Pinto dos Santos 01-2-2013, in Vida Económica

AESE nos Media

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

De 30 de janeiro a 15 de fevereiro de 2013

14 CAESE fevereiro 2013

Investimento estrangeiro em Portugal Prof. Jorge Ribeirinho Machado 30-1-2013, in Conselho Consultivo do Etv Diagnóstico Prof. José Miguel Pinto dos Santos 30-1-2013, in Público

PANORAMA

Debate francês sobre a legalização da marijuana Como noutros países, ainda no final do governo de Nicolas Sarkozy, voltou a ser examinada em França a eventual legalização da cannabis, por proposta de verdes e socialistas. Stéphane Gatignon, presidente do município de Sevran (região de Paris), pela Europe Écologie-Les Verts, está farto da violência que sofre o seu município, com as contínuas batalhas entre gangues, que representam os diversos car-téis da droga. Na sua opinião, a legalização da cannabis permitiria que os cidadãos superassem o medo: “A guerra contra as drogas, tanto no nosso país como a nível

internacional, é um fracasso. E este fracasso global tem reper-cussões locais imediatas. Instala- -se o medo”. Por isso, apelou a um debate nacional e europeu sobre o levantamento da proibi-ção, em nome da paz civil e do Estado de direito. A esta tese juntaram-se vários deputados socialistas, encabeça-dos por Daniel Vaillant, antigo ministro do Interior, que preconiza-vam “sar da hipocrisia” em matéria de drogas. Partiam da base de que, em França, uma legislação repressiva e proibicionista não evitou um dos níveis de consumo mais altos da Europa. Daí a sua

proposta de uma “legalização controlada da cannabis”. Todos os anos, 90.000 pessoas são detidas por consumo de cannabis, quando há vinte anos eram 12.000. Esta escalada levou a ensaiar alterna-tivas, especialmente no plano sanitário, que não diminuem a percentagem de pessoas acusa-das criminalmente. Além disso, em 2003, foi criado um novo delito contra os condutores que tives-sem resultado positivo nos contro-los de tráfego. O Código de Saúde Pública proí-be o uso de estupefacientes, com penas que podem ir até 3.750 euros de multa e um ano de pri- »»

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

15 CAESE fevereiro 2013

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

são. Mas, na prática, os juízes têm uma grande margem de apre-ciação, e o consumidor de droga pode evitar a sanção penal acei-tando uma ajuda médica, psicoló-gica e social de desintoxicação. Apesar dos esforços dos poderes públicos e da polícia, os super-mercados da droga florescem quase à luz do dia nos núcleos urbanos. Para estes deputados socialistas, a despenalização do consumo não é suficiente: seria preciso regular a produção e a distribuição de haxixe, para parar os narcotraficantes. Mas não parece fácil conseguir um consenso neste delicado as-sunto. Opuseram-se claramente o ex-ministro do Interior, Claude Guéant, e a ex-secretária de

Estado da Saúde, Nora Berra. À esquerda, também o rejeitaram François Hollande e Ségolène Royal, que foram os candidatos às primárias socialistas, embora re-conhecendo que o "assunto mere-ce reflexão, por se saber que a penalização não consegue resol-ver o problema". Na opinião do ex-ministro do Interior, Claude Guéant, trata-se de um debate inclinado: “a luta contra as drogas não deve ser abandonada por ser difícil”. Partir--se-ia de pressupostos errados, que levam a falsas boas soluções que se voltarão, se não se toma-rem precauções, contra toda a sociedade. Antes de tudo, Guéant recorda que a cannabis é uma droga

nociva para a saúde, algo cada vez mais reconhecido e documen-tado pela literatura científica. Re-centes estudos demonstram os riscos do consumo deste produto para a saúde mental, especial-mente entre os jovens. “À luz destas descobertas, será razoável promover o consumo militando pe-la sua despenalização e, portanto, a sua banalização? Não nos en-ganemos: se o consumo for des-penalizado, aumentará, visto que o acesso será mais fácil”. Por outro lado, diz que a política implementada não se tem limita-do à repressão. Promove tam-bém a prevenção e a redução de danos: dos 1.500 milhões de eu-ros investidos na luta contra a dro-ga e toxicodependência, 40% des-tina-se à batalha contra o narco-

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

16 CAESE fevereiro 2013 »»

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

tráfico. A investigação, o atendi-mento de toxicodependentes e as tarefas de prevenção representam mais de 800 milhões de euros por ano. Na prática, houve uma dimi-nuição do consumo de cannabis entre os jovens de 17 anos desde 2003, o qual, em 2011, estava ao nível do ano 2000. Além disso, é previsível que qual-quer movimento para uma flexibili-zação da legislação sobre a can-nabis dê lugar a estratégias de adaptação por parte dos trafican-tes: por exemplo, a difusão de cannabis geneticamente modifica-do e em doses fortes conduzirá à cocaína, à heroína ou às drogas sintéticas. Não se pode esquecer tão-pouco que mais de metade dos jovens

não consumidores renunciam à cannabis pelos riscos que implica a proibição: “também devemos pensar neles quando se propõe a despenalização”. Guéant recorda ainda o recuo que deram ultima-mente outros países, como o ex- -governo trabalhista britânico, ou a até há pouco permissiva Holanda. Além de intensificar a repressão contra os traficantes, Guéant re-corda “o bom senso e a lucidez dos nossos concidadãos que, nu-ma sondagem feita em 2010 pelo Observatório Francês de Drogas e Toxicodependências (OFDT), se declaravam em 70% – o número mais alto de sempre – contra qual-quer despenalização das drogas”. Para Michel Kokoreff, professor de sociologia na Universidade de

Nancy II, a proibição das drogas leves é um fator de insegurança. Os seus argumentos, claramente pragmáticos, incidem na vanta-gem económica que constituiriam os impostos sobre a marijuana e, sobretudo, a esperança em que desaparecessem os narcotrafican-tes, se evitassem os congestiona-mentos nos tribunais e a exces-siva população prisional. Surpre-endentemente, afirma que o risco de dependência é baixo, se se comparar com o álcool e o tabaco. Muitos mais matizes e argumen-tos válidos proporciona o extenso debate havido com Jean-Pierre Couteron, presidente da Federa-ção Dependência, que refere a edição digital do “Le Monde” (de 15.6.2011). Entre outros, salienta que mais importante do que discu-

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

17 CAESE fevereiro 2013 »»

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

tir a proibição, é melhorar o modo de tratar o consumo e as conse-quências das possíveis respostas. Em qualquer caso, a despenaliza-ção por si só não seria suficiente: “Só terá sentido se acompanhada de uma série de medidas educa-tivas, uma série de medidas em contacto com os consumidores e as famílias, para não cair no maniqueísmo das viragens de 180º, com todos os perigos que comportam”. Uma precisão importante refere- -se ao risco de comparar a perigo-sidade dos diversos produtos. Ca-da um tem o seu perigo especí-fico. A LSD não é perigosa em termos de dependência, mas é-o muito em termos de riscos psi-quiátricos. Fumar é pouco perigo-

so em termos de risco psiquiá-trico, mas provoca milhões de mortes no plano somático. Mais à frente reitera que a pergunta a respeito da perigosidade é capcio-sa: “Um jovem de 14 anos que fuma marijuana altera no mesmo instante o funcionamento do seu cérebro, o seu sentido da atenção, da concentração, da memória. E isto pode implicar consequências escolares quase instantâneas”. Por outro lado, esse mesmo jo-vem, se fumar tabaco, “inicia um ciclo que pode levá-lo, por exem-plo, ao cancro, mas decorrerão anos até que a doença se mani-feste”. As reformas políticas deveriam fugir de maniqueísmos que não afastam os jovens do consumo, e

concentrar-se nos motivos que levam a consumir, nos benefícios que conseguem, nos riscos que assumem, tendo por objetivo aju-dá-los melhor a eles e às suas famílias, para não se instalarem nesses comportamentos. Por ou-tro lado, reconhece heroicamente a dificuldade de proibir aquilo que a própria sociedade incita fazer: “vivemos numa sociedade que, no essencial, encoraja a dependên-cia. Numa sociedade que leva a consumir, a procurar sensações fortes, a ir para o topo; é uma sociedade que ridiculariza as respostas educativas. Neste senti-do, uma mudança da política ganharia em coerência”. Por último, Couteron rejeita o que considera caricatura de debate,

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

18 CAESE fevereiro 2013 »»

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

como se apenas se tratasse de opor laxismo a excesso de autoritarismo. “Quando se é pai e se tem um filho que consome drogas, é preciso falar com ele do prazer que encontra nesse con-sumo. No debate político exclui-se o prazer que oferecem as drogas. Evita-se metade do problema: fala-se do perigo, mas não da atração”. Em resumo, um dos maiores pro-blemas sociais do nosso tempo não pode ser resolvido unila-teralmente. É preciso abordá-lo no contexto de outros temas decisi-

vos, como o sentido profundo da vida, a crise da cultura ou dos valores, e o papel prioritário da família na educação dos filhos. Refira-se por último que, em outubro passado, o governo francês de Jean-Marc Ayrault, já na presidência de François Hollande, anunciou que manterá a proibição da venda e uso da marijuana. Isto apesar do seu ministro da Educação, Vincent Peillon, ter defendido essa despenalização, apoiado também, por exemplo,

pelo grupo Europa-Ecologia Os Verdes, que integra o governo. O secretário-geral da UMP (oposição de direita), Jean- -François Copé, pedira a François Hollande que se pronunciasse. Tanto Hollande, como Ayrault, se manifestaram contra a possi-bilidade da despenalização, seja na campanha para a presidência, seja após a vitória socialista de maio do ano passado.

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

19 CAESE fevereiro 2013 »»

PANORAMA

Um governador que impõe as suas convicções O movimento gay alcançou um grande triunfo político com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo no Estado de Nova Iorque, por uma margem de 33 contra 29 votos no Senado, em junho de 2011. Não parecia a melhor altura para abordar o assunto. O Senado do Estado tem maioria republicana, que poderia ter-se oposto ao debate. Nos distritos rurais fora da capital, que são cruciais para o apoio ao partido republicano, não havia apoio para esta redefinição do casamento. E, com uma popu-lação preocupada sobretudo com um desemprego de 9%, o tema do casamento gay estava muito por

baixo na lista de prioridades. De facto, a medida havia sido rejeita-da pela câmara legislativa em 2009. Mas aqui entra em jogo o governador, democrata, Andrew Cuomo, à frente do governo do Estado desde janeiro de 2011. Embora tenha esperado até 2006 para abraçar a causa do casa-mento gay, talvez para calcular onde podia encontrar mais apoios políticos para a sua carreira, ado-tou-a como sua, com a entusiasta convicção do convertido. Andrew Cuomo, 55 anos, é o filho mais velho de Mario Cuomo, que

também foi governador de Nova Iorque entre 1983 e 1994. Mario Cuomo (1932) foi o típico caso de católico “progressista” que, na vida política, quando se debateu a legalização do aborto era dos que diziam: “Sou pessoalmente contra, mas não posso impor as minhas convicções pessoais”, “nem tudo o que é idealmente desejável é sempre possível”, etc., com o que se considerava justificado para deixar que se abrissem portas ao direito ao aborto. O seu filho mais velho, Andrew, também se declara católico, ao mesmo te mpo que apoia o financiamento público do aborto e »»

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

20 CAESE fevereiro 2013

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Aquilo que mudou é que já nem é sequer necessário recorrer ao “pessoalmente sou contra, mas...”, pois é pessoal-mente a favor. E não só pessoalmente, como assumiu o assunto por inteiro, de modo a forçar a máquina política do Estado a apoiar a mudança de conceito do casamento. A alcovitice da manobra política é contada pelo “The New York Times” (25.6.2011), com a sinceri-dade de quem se felicita pela mudança e pela objetividade de um diário prestigioso. A abrir, Cuomo, com uma meticu-losa coordenação, unificou os cin-

co grupos que fizeram campanha favorável ao casamento gay, e reprimiu qualquer ação indiscipli-nada. Depois, identificou os sena-dores que podiam vacilar entre o sim e o não, e dedicou-se a pres-sioná-los. Os homens de Cuomo reuniram um grupo de ricos doa-dores do partido republicano, os quais podiam ser muito convin-centes para ganhar o voto dos senadores republicanos que se situavam no fio da navalha. Os doadores foram convencidos e, poucos dias depois, cada um deles contribuiu com um cheque de seis números para o lobby que implementou a campanha, estima-da num milhão de dólares. Estes doadores, afirma o “NYT”, “têm a influência e o dinheiro para prote-

ger os nervosos senadores da reação conservadora a que pode dar lugar o seu apoio ao casa-mento gay”. Assim, senadores que na sua campanha eleitoral se tinham manifestado contra o casa-mento gay, acabaram por mudar o seu voto. A um deles, o republicano James S. Alesi, “os doadores republica-nos convidaram para uma reunião em Park Avenue, e disseram-lhe que o apoiariam com entusiasmo se apoiasse o casamento entre pessoas do mesmo sexo”. Não cheira isto a compra de votos? Juntamente com o poder do di-nheiro, a reportagem mostra tam-bém como os laços familiares condicionam uma decisão que

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

21 CAESE fevereiro 2013 »»

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

deveria basear-se naquilo que é melhor para a sociedade. Sandra Lee, a mulher com quem vive Cuomo depois de se divorciar da mulher com quem casara em 2003, “tem um irmão abertamente gay” – diz o “NYT” – “e muitas vezes recordava ao governador quanto desejaria que a lei fosse mudada”. Imaginemos o que se diria no caso de um político cató-lico cuja mulher tivesse um irmão sacerdote, e que recordasse ao seu marido quanto gostaria que fosse respeitado o modelo de casamento de sempre.

Um senador democrata, Carl Kruger, que dois anos antes vota-ra contra o casamento gay, mu-dou de voto – sempre segundo o diário de Nova Iorque – porque um sobrinho gay da mulher com quem vive tinha deixado de falar- -lhes, o que estava a criar tensões na sua casa. Este senador tinha tido de sofrer a ação de piquetes gays que gritavam à porta de sua casa, pois parece que os piquetes só estão proibidos diante das clínicas abortistas. Aquilo que se depreende da reportagem é que o resultado final

é o fruto do dinheiro, de pressões, de simpatias familiares, da ação – tenaz e eficaz – de um lobby, coordenado pelo governador Cuomo. Que isto tenha algo a ver com as prioridades e a vontade do eleitorado é muito menos claro. Não vamos ficar surpreendidos com as manobras, tão habituais, do jogo político. Mas não há dúvida de que Andrew Cuomo é um homem com convicções, que não tem dúvidas em lutar para as impor.

I. A.

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

22 CAESE fevereiro 2013 »»

PANORAMA

“Comercio y Pobreza” “Trade and Poverty: When the Third World Fell Behind” Autor: Jeffrey G. Williamson Crítica. Barcelona (2012). 368 págs. Tradução: (castelhano) Tomás Fernández Auz e Beatriz Eguibar. Com “Comercio y pobreza”, o professor Williamson, catedrático emérito de Economia da Universi-dade de Harvard e reputado especialista no estudo e análise dos processos de globalização, dá um contributo de grande enver-gadura ao debate sobre a origem e as consequências deste fenó-

meno. Se o título pode ser des-concertante, o subtítulo não deixa dúvidas sobre o assunto que o autor aborda: “Quando e como começou o atraso do Terceiro Mundo”. O primeiro aspeto a destacar des-te livro é conter o resultado de quase cinquenta anos de investi-gação, com um impressionante trabalho de compilação e análise de dados empíricos. Neste senti-do, embora o livro apresente qua-dros e gráficos, juntamente com teorias e modelos económicos, o autor fez um considerável esforço para que a sua apresentação e conclusões sejam acessíveis a um

público mais alargado do que o estritamente académico. A análise e as reflexões permitem a seguinte conclusão: a globaliza-ção e a explosão do comércio mundial registados ao longo do século XIX tiveram um efeito posi-tivo em termos gerais, mas um im-pacto assimétrico nas taxas de crescimento dos diferentes paí-ses. O resultado foi mais favorá-vel para o núcleo industrial rico do que para a periferia pobre agríco-la. É nesse momento histórico que se origina a “grande divergência”. Relativamente a como se proces-sou o atraso do Terceiro Mundo, »»

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

23 CAESE fevereiro 2013

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

Williamson diz que foi a conse-quência de um processo com duas fases. Num primeiro momen-to, os países que acabariam por constituir o Terceiro Mundo benefi-ciaram de uma vantagem comer-cial provocada pela especialização na produção e exportação de re-cursos naturais. Mas, se à maior volatilidade dos preços dos produ-tos primários em relação aos pro-dutos industrializados, se juntar não poderem contar com o vetor de crescimento que gera a indús-tria, esses países inicialmente fa-vorecidos, foram condenados a uma desindustrialização e a um forte incremento da desigualdade. Tal foi o incremento do comércio mundial entre 1800 e 1913, crian-do uma nova ordem económica.

Caraterística fundamental: Tercei-ro Mundo especializado na expor-tação de matérias-primas e Pri-meiro Mundo especializado nos produtos industriais. Consequên-cia: fosso entre ambos os mundos nos rendimentos per capita, nível de vida e grau de desenvolvimen-to, fosso que permaneceu no sé-culo XX e primeiros anos do XXI. Para registar a envergadura e transcendência deste trabalho do professor Williamson, nada melhor do que as palavras do seu colega em Harvard, o professor James Robinson: “Esta é, sem dúvida, a história definitiva do aparecimento da desigualdade do mundo mo-derno. Impossível de ignorar”.

L. B. M.

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

24 CAESE fevereiro 2013

DOCUMENTAÇÃO

Patentes, para inovar ou para bloquear? O debate sobre o abuso do sistema de patentes voltou a ficar muito vivo desde que a Samsung foi condenada na Califórnia a indemnizar a Apple em mais de um milhão de dólares por violação de patentes. Mas a guerra na defesa da propriedade industrial não terminou. A Samsung é, des-de 2012, o maior vendedor mun-dial de telemóveis, com 21,6% do mercado (a Nokia, antes o primeiro, passou a segundo, com 20%, e a Apple a terceiro, com 7%), e é evidente – como mostrou a Apple com uma campanha publicitária a coincidir com o lançamento do iPhone 5 – que se mantém o ímpeto competitivo. Além disso, a sentença motivou

críticas ao atual sistema de paten-tes, acusado de distorcer a con-corrência e obstaculizar a inova-ção. O júri da Califórnia declarou que a Samsung tinha copiado seis in-ventos patenteados pela Apple. Se isso é certo, o sistema está a defender o inventor e a penalizar a “cópia”. Pelo contrário, muitos pensam que algumas dessas pa-tentes não deveriam ser concedi-das, pois protegem aspetos de desenho (como a forma arre-dondada das extremidades do iPhone) que não envolvem uma autêntica inovação; nesse caso, o sistema está a limitar a concor-rência injustamente. Contudo, pa-

rece inegável que ninguém antes da Apple havia fabricado um tele-fone com o aspeto do iPhone e foi depois que começaram a surgir outros similares para aproveitar o êxito alheio ou até confundir o consumidor. Obviamente, o sistema de paten-tes não é a panaceia. Houve uma tendência para copiar os inventos valiosos apesar de estarem paten-teados e não raramente foram concedidas patentes a produtos ou processos não inovadores. Ambos os problemas são de certa forma inevitáveis, como haver de-litos ou erros administrativos em qualquer âmbito. O problema colo-ca-se quando o sistema adminis-

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

25 CAESE fevereiro 2013 »»

trativo ou o judicial não funcionam adequadamente pois, então, os abusos podem multiplicar-se. Acumular patentes A rápida evolução de setores co-mo o das telecomunicações exi-ge, por parte das empresas, uma constante inovação e adaptação da sua estratégia competitiva, que inclui a gestão da propriedade in-dustrial. Segundo alguns, devido à sua lenta adaptação às altera-ções do mercado, os escritórios de patentes e os juízes favorecem mais as estratégias de bloqueio da concorrência, ou de busca de rendimentos, do que a inovação. Assim, a facilidade de patentear aspetos de desenho, como a for-

ma do iPhone, seria um incentivo para registar muitas “inovações” deste estilo, tanto para bloquear como para não ser bloqueado pe-la concorrência. Isto deve-se a que, dispor de uma ampla carteira de patentes, dá às empresas maior poder negociador perante a concorrência ou, no caso daque-las serem objeto de um processo judicial, mais probabilidades de convencerem o juiz de que a tecnologia é própria. Também po-de ser uma arma para travar por via judicial um concorrente. Estes motivos estratégicos explicam jo-gadas como a compra, em 2011, da Motorola Mobility (uma empre-sa em má situação, mas com uma carteira de mais de 17.000 paten-tes) pela Google.

Por outro lado, também parecem estar a proliferar os chamados “trolls de patentes”, organizações cuja finalidade é acumular paten-tes. não com vontade de as pôr em prática, mas de conseguir que aqueles que queiram fazê-lo, se vejam obrigados a negociar com elas. Os abusos são minoritários As críticas ao sistema de patentes devem-se, portanto, ao facto de que parece estar a favorecer este tipo de comportamentos “irregula-res”. Não há dúvida de que tais comportamentos estão a aconte-cer, mas a polémica que suscita-ram terá criado a impressão de que o sistema está dominado por práticas deste estilo, e a introduzir,

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

26 CAESE fevereiro 2013 »»

por exemplo, a suspeita de que a Apple se aproveitou de inovações irrelevantes para travar a Sam-sung. Mas, penso que a maior parte das patentes se regista para proteger autênticas inovações e que a Apple é a empresa mais valorizada do mundo devido ao seu assombroso espírito inovador. Não esquecer que, além dessas práticas irregulares, abundam as cópias fraudulentas de produtos inovadores. Nestes casos, as pa-tentes dão segurança jurídica ao inventor, facilitando que possa re-cuperar os prejuízos causados pe-la fraude. As patentes não só ofe-recem segurança em caso de lití-gio, como são um meio dissuasor contra as cópias fraudulentas, reduzindo a sua probabilidade e incentivando assim quem inova.

Por último, é lógico que em épo-cas de rápida mudança tecnoló-gica se multipliquem as inovações e patentes valiosas mas, também, os comportamentos oportunistas que procuram aproveitar-se do trabalho dos outros e da lenta reação das instituições. Mas a solução para este problema não é suprimir as patentes, antes intro-duzir melhorias no sistema admi-nistrativo e judicial para limitar as práticas abusivas e potenciar a inovação. Não obstante, por muito que o caso Apple vs Samsung tenha colocado no centro das atenções o sistema de patentes, e por muito que tenha sido utilizado estrate-gicamente, não é esta a chave do sucesso empresarial. Aspetos co-mo a vantagem de ser o primeiro,

a estratégia comercial ou uma boa organização demonstraram ser na prática – com a exceção, de al-gum modo, do setor farmacêutico – muito mais decisivos do que as patentes para alcançar vantagens competitivas. Se se deixa de ino-var e de atender a outros aspetos cruciais do negócio, as patentes não deixam de ser um valor efémero. A “cópia de imitação” tem os dias contados, enquanto que o inovador tem muitas mais garantias de perdurar, embora haja quem procure imitá-lo, por vezes com certo êxito, ou mesmo que, alguma vez, também ele se possa “inspirar” no que faz a concorrência.

J. M. O.-V.

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

27 CAESE fevereiro 2013 »»

DOCUMENTAÇÃO

Leis contra a pirataria Sob o lema “Web goes on strike” (“A web faz greve”), a versão inglesa da Wikipédia liderou um apagão de várias webs durante 24 horas, em 18 de janeiro de 2012. O tema pelo qual protestavam era o projeto de lei contra a pirataria SOPA (Stop Online Piracy Act), na versão da Câmara de Represen-tantes, e PIPA (PROTECT IP Act), na versão do Senado. O represen-tante Lamar Smith acabou por suspender este seu projeto em 20 de janeiro de 2012. Nunca uma lei havia sido tão restritiva em relação à distribuição ilegal de conteúdos com copyright: por isso, a sua eventual aprova-

ção fez reagir os grandes titãs do mundo online, como Wordpress, Mozilla, Google, Yahoo, Face-book, Foursquare, Twitter, Ama-zon… Estas empresas enviaram uma carta ao Congresso norte- -americano para enfatizar que, mesmo dispostas a contribuir para a luta contra a pirataria e contra as páginas localizadas no estran-geiro que violam os direitos de autor, o projeto iria “expor a Inter-net e as empresas a novas e incertas ameaças, privá-las do di-reito de ação e obrigar a controlar as webs”. Segundo a Motion Picture Asso-ciation of America (MPAA), em

2005, só no setor audiovisual nos EUA, o prejuízo económico cau-sado pela pirataria ascendeu a 18 milhões de dólares. Por isso, a MPAA apoiou publicamente a lei SOPA/PIPA, juntamente com as grandes editoras e empresas de comunicação de menor escala. A verdade é que, excetuando o se-tor da música, que já encontrou o seu “colchão”, o cinema, os video-jogos, os livros e outros produtos de entretenimento continuam a sofrer grandes perdas de rendi-mentos. Segundo a MPAA, os efeitos comerciais negativos da lei seriam mínimos comparados com os benefícios. Por isso também, foram muitos os congressistas e

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

28 CAESE fevereiro 2013 »»

senadores, tanto democratas co-mo republicanos, que apoiaram a SOPA/PIPA. Parece claro que é necessária uma lei para combater o tráfico ilegal de conteúdos; o problema é definir “até onde” pode regular o governo de um país. Os opo-nentes à expansão de poderes defendem que basta a regulação atual. De facto, o FBI não ne-cessitou de uma nova lei mais dura para bloquear o Megaupload e deter três dos seus dirigentes no dia seguinte ao apagão. O Departamento de Justiça declarou ter sido a maior operação contra a pirataria, e estimou em 500 milhões de dólares os danos que esta web causou à indústria do entretenimento. Houve logo mui-tas críticas nas redes sociais,

especialmente no Twitter, contra o fecho do Megaupload e a lei SOPA. Uma lei que teria efeitos mundiais Em que consistia a temida SOPA/PIPA? Agora, os direitos de reprodução na Internet estão protegidos pela Digital Millennium Copyright Act, de 1998. Esta lei obriga a retirar qualquer material publicado ilegalmente nos EUA, mas não tem competência sobre o que se publique no estrangeiro. A nova lei teria efeito em praticamente qualquer página web

do mundo, devido às exigências impostas aos serviços radicados nos EUA, indispensáveis ao fun-cionamento da rede (motores de

busca, servidores de nome, meios de pagamento on line...). A SOPA permitiria que as autoridades atuassem contra qualquer página

web que violasse os direitos de autor, independentemente de lu-crar com isso ou não. Por exemplo, poderia acabar com a Wikileaks. Para bloquear as páginas infra-toras é necessário que os motores de busca deixem de as indexar, que as agências de publicidade deixem de anunciar nelas, que se suspendam os serviços de paga-mento associados a elas, etc. Uma possibilidade na SOPA era bloquear os registos dos DNS, para impedir encontrar as webs

acusadas, algo que poderia pro-vocar caos na rede. Outro pro-blema seria a pesada carga que a

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

29 CAESE fevereiro 2013 »»

lei imporia aos portais construídos com conteúdos dos utentes, como YouTube, Flickr ou Vimeo. Dois senadores fizeram marcha atrás O apagão teve grandes efeitos. Marco Rubio, senador republicano pela Florida, retirou o seu apoio à lei, tal como outro senador, John Cornyn, do Texas. Também a Casa Branca se opôs, manifestando preocupação com uma lei que poderia “danificar a atividade legal das pessoas na Internet e com a liberdade de expressão”. Depois da operação do FBI contra o Megaupload, empreenderam-se em diversos países ações mais

decididas contra webs que pira-teiam os direitos de autor de pro-dutos culturais. Em Inglaterra, o sítio de música RnBXclusive.com foi fechado pela agência contra o crime organizado (SOCA). As autoridades adverti-ram que as descargas ilegais en-frentam penas de até 10 anos de prisão e uma multa. O aviso mostra a direção IP do cibernauta, o navegador utilizado, o sistema operativo e a hora da ligação. A página foi fechada, porque a música estava submetida a copy-

right e "as descargas ilegais po-dem prejudicar as carreiras de artistas jovens emergentes". O fecho do RnBXclusive.com juntou-se aos já fechados Megau-pload (com todas as suas filiais) e

Pirate Bay, de origem sueca. O Supremo Tribunal britânico deter-minou que o Pirate Bay era uma página web de descarga ilegal de música que infringia as leis de propriedade intelectual. Tentando erguer o ACTA Entretanto, houve a tentativa do tratado comercial ACTA (Anti- -Counterfeiting Trade Agreement, ou Acordo comercial anti-falsi-ficação), para combater as falsifi-cações e a distr ibuição sem licença de material sob copyright, seja de música, filmes, artigos de moda, fármacos ou outros produ-tos protegidos. Também visava combater a pirataria física feita por meio de DVDs, CDs e compu-tadores. Pretendia obrigar os pro-vedores a informar os governos

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

30 CAESE fevereiro 2013 »»

sobre os logs de acesso dos seus clientes, além de autorizar a busca de arquivos piratas em notebooks e iPods em zonas de fronteiras. Foi subscrito pela UE, EUA, Canadá, Austrália, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Nova Zelândia, Marrocos. Previa indemnizações por prejuí-zos e danos aos titulares de direitos, obrigava os fornecedores de Internet a vigiar para não se utilizarem os seus serviços em atividades ilegais e autorizava os titulares do copyright a obter informação sobre infratores na Rede. A favor e contra O tratado ACTA tinha o apoio da Comissão Europeia. Mas perante

os protestos que referiam estar em perigo a liberdade de expres-são e informação, o comissário Karel de Gutch remeteu-o ao Tribunal de Justiça Europeu. Aca-bou por ser rejeitado pelo Parla-mento Europeu em 4 de julho de 2012, por 478 contra 39 votos e 165 abstenções, sendo assim inviabilizado. A Comissão dizia que não se iria “vigiar a Internet”, mas “harmoni-zar” as normas, que aquilo que era legal antes do tratado o continuaria a ser e o que era ilegal continuaria a sê-lo, mas mais fácil de perseguir. Os socialistas euro-peus opuseram-se ao ACTA. Num tema conexo, o Tribunal de Justiça da União Europeia deter-minou que não se pode obrigar as

redes sociais a filtrar conteúdos, a propósito da polémica entre a rede social Netlog e o autor belga Sabam. A gestora dos direitos de autor do artista denunciou que a rede social permitia aos seus assinantes usar através do seu perfil obras musicais e audiovi-suais do seu repertório. Sabam exigiu o fecho de toda essa ativi-dade. Os responsáveis da Netlog argumentaram que um sistema de filtragem é proibido pela diretiva sobre comércio eletrónico. O Tribunal de Justiça rejeitou a filtragem porque vulneraria direitos fundamentais, como a proteção de dados de caráter pessoal e a liberdade de receber ou comu-nicar informações.

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

31 CAESE fevereiro 2013 »»

Em França está a funcionar Nos países que adotaram leis contra a pirataria na Internet, notaram-se mudanças no compor-tamento dos adeptos das descar-gas ilegais. A França conta desde setembro de 2009 com a lei Hadopi, que prevê uma “resposta graduada” em três tempos contra as infrações. Detetada uma descarga ilegal, primero envia-se um mail de advertência ao cibernauta. Se insistir, envia-se um segundo avi-so e, à terceira, o caso é remetido à autoridade judicial que pode impor uma multa e suspender a ligação da Internet durante algum tempo.

Éric Walter, secretário-geral da Hadopi, considera que a lei está a cumprir uma função educativa e dissuasória e que o intercâmbio de arquivos ilegais baixou muito. Terá havido maior eficiência na venda de conteúdos legais? As vendas de música de iTunes cresceram, em França, bastante mais do que noutros países euro-peus. Um estudo do Wellesley College do Massachusetts, citado pelo “The New York Times”, estima que o efeito da Hadopi levou a um aumento de 13,8 milhões de euros só para iTunes. Noutros países com leis similares à francesa, também se notou aumento das vendas legais de música. Na Coreia do Sul, com uma lei de 2009, as vendas de

música cresceram 12% em 2010 e 6% em 2011. Na Suécia, a subida foi de 10% em 2009. A Espanha começou a fechar páginas Em Espanha, a Lei Sinde-Wert entrou em vigor a 1 de março do ano passado, permitindo o fecho de webs cujos conteúdos violem os direitos de autor. Atua contra os que alojam e distribuem na Inter-net conteúdo pirateado (fornece-dores, gestores de páginas web

privadas ou comerciais). Os parti-culares não serão responsáveis pela descarga de material e muito menos por “enviar” conteúdos pa-ra a rede. As queixas podem ser levantadas por qualquer titular de direitos de

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

32 CAESE fevereiro 2013 »»

autor ou seus representantes, junto da segunda secção da Comissão de Propriedade Inte-lectual. É solicitada a retirada voluntária dos conteúdos ilegais no prazo de 48 horas. Se o forne-cedor do serviço não for suficien-temente identificado, é solicitada autorização judicial para exigir os dados que permitam identificar o responsável. Uma vez obtida a autorização, o serviço tem 48 horas para fornecer os dados pertinentes.

Para iniciar o processo, a secção deve provar “que esse respon-sável, direta ou indiretamente, atua com fins lucrativos, causou ou é suscetível de causar um dano patrimonial ao titular de tais direitos”. Refira-se a terminar, que está agora em preparação um Acordo económico e comercial global de comércio livre entre o Canadá e a União Europeia, cujas disposições sobre os direitos de autor são idênticas ao rejeitado tratado

ACTA. Este novo tratado (CETA – Comprehensive Economic and Trade Agreement) está ainda em elaboração e só será submetido ao Parlamento Europeu no início de 2014. Os críticos apontam para que se trata de uma tentativa de impor o ACTA pela porta das traseiras.

C. G. H. e “Aceprensa”

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR

33 CAESE fevereiro 2013

Partilhe com a AESE as suas questões, Notícias e Passaporte ([email protected])

AESE Lisboa Júlia Côrte-Real Telemóvel (+351) 939 871 256 Telefone (+351) 217 221 530 Fax (+351) 217 221 550 [email protected] Edifício Sede, Calçada de Palma de Baixo, n.º 12 1600-177 Lisboa

AESE Porto Carlos Fonseca Telefone (+351) 226 108 025 Fax (+351) 226 108 026 [email protected] Rua do Pinheiro Manso, 662-esc. 1.12 4100-411 Porto

Seminários Alumni www.aese.pt Filomena Gonçalves Abdel Gama Telemóvel (+351) 939 939 639 Telefone (+351) 217 221 530 Telefone (+351) 217 221 530 [email protected] [email protected]

Esta comunicação é de natureza geral e meramente informativa, não se destinando a qualquer entidade ou situação particular. © 2012 AESE - Escola de Direcção e Negócios. Todos os direitos reservados.

Formulário de cancelamento: www.aese.com.pt/cancelamento Formulário de novas adesões: www.aese.com.pt/adesao

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR