potencial geoturÍstico do cabo de santo agostinho

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POTENCIAL GEOTURÍSTICO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO-PE INTRODUÇÃO A atividade turística tende a estender seu campo de atuação, na busca de inovar suas explorações, podendo ser motivada inicialmente, por uma das suas principais características que diz respeito a sua interdisciplinaridade, onde através dela pode-se interagir com diversas disciplinas, possibilitando o uso de inúmeras ferramentas que dinamizam a atividade. Além disso, conta-se com o fato de que existem pessoas que se comportam de maneiras diferentes, possuem anseios e razões de viagem distintas, objetivando fins que se divergem dos de lazer e de recreação. O turismo, contudo, passou agregar na sua premissa de lazer, uma noção maior do espaço visitado, incorporando novas formas e formulas para satisfazer o turista cada vez mais exigente e experiente, favorecendo o surgimento de novas modalidades, na busca de atender a necessidade de uma demanda que tem intenção de vivenciar o ambiente sob diversos aspectos, tais como o cultural, geográfico, histórico entre outros. O Geoturismo surge, como uma nova modalidade do turismo, vertente que vem crescendo no mundo e despertando interesses. Esse novo segmento oferece ao visitante uma maior interação e vivência com o ambiente, proporcionando uma interpretação através de seus atrativos geológicos e geográficos, fenômenos e processos geradores de paisagens, rochas, minerais, fosséis e solos, além de apreciar sua beleza cênica. Esse tipo de atividade possui aspectos singulares no que se diz respeito ao meio físico que define as características geográficas e geológicas, havendo apenas em alguns casos similaridades quanto a caracterização. Este trabalho faz uma abordagem sobre a avaliação do potencial geoturístico, do Município do Cabo de Santo Agostinho, litoral Sul de Pernambuco. Identificando-o como uma área que possui estruturas geológicas e geográficas passíveis de serem trabalhadas turisticamente, com o interesse de propor a fomentação da atividade geoturística na localidade em questão. Congregando com o desejo de difundir atrativos geológicos, distante dos outros atrativos já

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POTENCIAL GEOTURÍSTICO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO-PE

INTRODUÇÃO

A atividade turística tende a estender seu campo de atuação, na busca de inovar suas explorações, podendo ser motivada inicialmente, por uma das suas principais características que diz respeito a sua interdisciplinaridade, onde através dela pode-se interagir com diversas disciplinas, possibilitando o uso de inúmeras ferramentas que dinamizam a atividade. Além disso, conta-se com o fato de que existem pessoas que se comportam de maneiras diferentes, possuem anseios e razões de viagem distintas, objetivando fins que se divergem dos de lazer e de recreação. O turismo, contudo, passou agregar na sua premissa de lazer, uma noção maior do espaço visitado, incorporando novas formas e formulas para satisfazer o turista cada vez mais exigente e experiente, favorecendo o surgimento de novas modalidades, na busca de atender a necessidade de uma demanda que tem intenção de vivenciar o ambiente sob diversos aspectos, tais como o cultural, geográfico, histórico entre outros. O Geoturismo surge, como uma nova modalidade do turismo, vertente que vem crescendo no mundo e despertando interesses. Esse novo segmento oferece ao visitante uma maior interação e vivência com o ambiente, proporcionando uma interpretação através de seus atrativos geológicos e geográficos, fenômenos e processos geradores de paisagens, rochas, minerais, fosséis e solos, além de apreciar sua beleza cênica. Esse tipo de atividade possui aspectos singulares no que se diz respeito ao meio físico que define as características geográficas e geológicas, havendo apenas em alguns casos similaridades quanto a caracterização.

Este trabalho faz uma abordagem sobre a avaliação do potencial geoturístico, do Município do Cabo de Santo Agostinho, litoral Sul de Pernambuco. Identificando-o como uma área que possui estruturas geológicas e geográficas passíveis de serem trabalhadas turisticamente, com o interesse de propor a fomentação da atividade geoturística na localidade em questão. Congregando com o desejo de difundir atrativos geológicos, distante dos outros atrativos já explorados no istmo Cabo do Santo Agostinho. Atrativos que emergem em profusão do patrimônio geológico, revelando os meios necessários para atingir o objetivo proposto no intuito de mostrar esse novo segmento como uma atividade que poderá aumentar o crescimento turístico da região, juntamente com uma maior oferta de opções. Para tanto tornou-se imprescindível um levantamento das fundamentais estruturas geológicas passíveis de serem trabalhadas dentro da ótica turística, tão quanto um delineamento do perfil do turista. Por outro lado buscou-se identificar a percepção e o interesse do poder público e o trade local para uma possível fomentação do segmento. Por fim foi elencado proposta de um roteiro geoturistico e uso de painéis interpretativos, evidenciando a conservação e desenvolvimento sustentável de todo meio abiótico, propiciando a divulgação da geociência.

1.1 Contextualização do Problema

1.1.1 Caracterização do Objeto Pesquisado

Município litorâneo, pertencente a região metropolitana do Recife, o Cabo de Santo Agostinho foi criado em 27 de julho de 1811.Envolvendo uma de suas particularidades, o

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nome advém de um acidente geográfico (consistente na formação granítica do terreno nesta região) e em homenagem ao santo padroeiro da cidade. Esta localizado no extremo norte do setor sul, integra a região metropolitana do recife (RMR) e a microrregião geográfica de Suape, limitando-se ao norte com os municípios Jaboatão dos Guararapes e Moreno; ao sul com os municípios de Ipojuca e Escada; e leste com o Oceano Atlântico; e a oeste com o município de Vitoria de Santo Antão. Dista cerca de 33 km da capital do estado e tem como principal livre acesso a BR 101. A sua economia é baseada na indústria comercio e turismo, em face de sua beleza cênica, contendo 24 praias, a região alcança níveis de desenvolvimento diante da atividade turística consolidada. Com um leque de diversidade, fomentado pela historia, geografia, cultura e geologia, o Cabo de Santo Agostinho assume destaque no litoral sul de Pernambuco. A pesquisa foi desenvolvida pelo Núcleo de Planejamento Turístico (NPTUR) uma entidade de caráter acadêmico e cientifico, vinculada ao curso de Turismo da Faculdade Metropolitana da Grande Recife (FMGR), onde são desenvolvidos trabalhos técnicos e pesquisas por docentes e discentes referentes à área de turismo. As atividades realizadas pelo NPTUR servem para a formação de um banco de temas, iniciando um processo de modelo em consultoria acadêmica, abrangendo todas as interfaces integrantes do setor turístico. Seu objetivo é oferecer aos alunos um espaço onde eles possam, com supervisão acadêmica, pesquisar e desenvolver atividades ligadas a todas as áreas de turismo, além de desenvolver trabalhos concernentes aos conteúdos das disciplinas aprendidas com o ajustamento do conhecimento teórico à prática operacional.

Figura 1 – Mapa de Localização do Cabo de Santo Agostinho

Fonte: www.litoralverde.com.br 8

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Figura 2 – Litoral do Cabo de Santo Agostinho Fonte: www.cabo.pe.gov.br

1.1.2 Definição do Problema As estruturas geológicas e geográficas do Cabo de Santo Agostinho são passíveis de serem organizadas turisticamente?

1.1.3 Objetivo Geral Identificar as potencialidades geoturísticas da área selecionada.

1.1.4 Objetivo Específico

Sublevar as estruturas geológicas sugerindo a sua fomentação. Identificar o perfil do turista da área de estudo. Avaliar a possibilidade de interesse do poder público no âmbito municipal em

desenvolver a nova turística. Propor roteiros geoturísticos e instalações de placas interpretativa com fins de

conservação e preservação da geodiversidade.

1.1.5 Justificativa

O turismo vem crescendo nos últimos anos e com isso possibilitando aos profissionais um estudo apurado e minucioso das potencialidades que seus espaços oferecem frente as necessidades da demanda. Sendo assim, de certo, tornar-se compreensível entender o fenômeno turístico através de uma abordagem multidisciplinar, devido seu campo de estudo estar voltado para diversas áreas significativas, que possivelmente fazem do turismo um segmento capaz de mover os mais variados setores que estejam ligados aos seus propósitos. Embasados nesta abordagem multidisciplinar, tomou-se como referencial as questões geográficas e geológicas, devido o turismo pertencer a um vasto campo de estudo onde as discussões apontam para certa amplitude das potencialidades que possuem determinadas cidades ou localidades. O tema proposto tem como interesse avaliar e identificar as potencialidades geológicas e geográficas, no município do Cabo de Santo Agostinho passiveis de serem trabalhadas turisticamente, uma vez que corresponde aos principais elementos que constituem um novo segmento do turismo, denominado de Geoturismo. Como é possível perceber, o litoral sul de Pernambuco é recortado por praias e um conjunto paisagístico natural, das mais isoladas até aquelas dotadas de uma moderna infra-estrutura, com características comuns entre elas tais como águas claras,

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areias finas e temperaturas amenas, facilidades de acesso e boas condições climáticas. Outro ponto em comum entre elas é o fato de agrupar serviços turísticos que convergem para um único fim, turismo de sol e praia.

Entretanto, observa-se que a potencialidade do município vai muito além do que hoje é explorado, pois quando destacamos os aspectos geológicos e geográficos criam-se condições para a fomentação do Geoturismo. Através da segmentação, é possível entender a importância em avaliar suas potencialidades partindo do pressuposto de que o turismo pode dimensionar ações sistêmicas e coerentes que tratem da importância dos aspectos geográficos e geológicos de um espaço de provável inexistência exploratória. Sendo assim, refletindo as práticas do turismo oferecidas a um dado espaço, convencionou-se estudar o determinado local para que, dentro das possibilidades a que se dispõe a pesquisa, introduzirem conceitos aos quais convergem para uma prática racional dos recursos disponíveis, fornecendo subsídios de maneira que possam vir a serem mais bem trabalhados na referida localidade.

2. BASE TEÓRICA

2.1. Turismo e a segmentação do mercado

Entende-se o turismo como sendo uma atividade empreendedora compreendida por uma prática social que implica no deslocamento de pessoas na busca de finalidades que se divergem, não se limitando assim, apenas a finalidades de lazer ou recreativas.

Na visão de Beni (2003, p.37):

Tenho conceituado turismo como elaborado e complexo processo de decisão sobre o que visitar, onde, como e a que preço. Nesse processo intervêm inúmeros fatores de realização pessoal e social, de natureza motivacional, econômica, cultural, ecológica e científica que ditam a escolha dos destinos, a permanência, os meios de transporte e o alojamento, bem como o objetivo da viagem em si para fruição tanto material como subjetiva dos conteúdos dos sonhos, desejos, de imaginação projetiva, de enriquecimento da existência histórica, profissional, e de expansão de negócios. Esse consumo é feito por meios de roteiros interativos espontâneos ou dirigidos, compreendendo a compra de bens e serviços da oferta original e diferencial das atrações e dos equipamentos a ela agregados em mercado globais com produtos de qualidade e competitivos.

Para expressar ainda mais a razão desse desenvolvimento destaca Lockwoord (2003, p.251):

Atualmente, as viagens de lazer tornaram-se uma necessidade básica e uma mercadoria. O desejo e a necessidade de viagem, de “ir a algum lugar”, são hoje vistos como parte do cotidiano. Podemos dizer de forma geral que, não importa quais as circunstâncias, as pessoas farão de tudo para ter tempo e capital disponível para viajar. Podem fazer uma viagem curta ou tirar férias curtas ou mais longas em algum outro momento, variar o padrão etc. elas vão viajar de qualquer jeito.

O turismo é um caminho eficiente para promover uma localidade, através da demanda que vem atraída pela atividade e seus valores naturais, proporcionado a uma localidade desenvolvimento e integração entre povos distintos.

Trigueiro complementa (2001, p.6):

A atividade turística também tem um papel importante no impacto sociocultural, quer sobre os visitantes quer no nível das populações dos destinos turísticos. Tal atividade tem estimulado uma maior integração entre os povos de nacionalidade e culturas diferentes.

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Este fenômeno vem otimizando níveis de desenvolvimento satisfatório.

Para Ignarra (1999, p.35):

Um fator explicativo do desenvolvimento turístico intenso, relaciona-se com processo de urbanização pelo qual passa a humanidade. O surgimento das grandes conturbações, criando metrópoles com mais de um milhão de habitantes, acarretou um modo de via mais estafante. O tempo despendido nos transportes urbanos, a poluição, a violência urbana, levam seus habitantes a buscarem outros ambientes para recuperação de suas energias. Os habitantes das grandes cidades nos finais de semana e nos feriados prolongados fogem para as praias, para as montanhas, para o verde.

As pessoas passaram a ir de encontro com ambientes que as desprendem da rotina, um lugar com cenário diferente do habitual, onde pudesse reunir um bem estar, um ambiente natural, ambiente este que se distancia do seu dia a dia (outro fator para a construção do desenvolvimento turístico). Com isso o turismo passa a ser uma fonte rentável e oportunista quando se refere a otimização do espaço, bem como a valorização das potencialidades disponíveis na região.

Conforme Braum (2005, p.8):

À medida que o homem moderno evolui tecnologicamente, ele foi paralelamente perdendo contato com a sua essência natural, vivendo mais e mais nos grandes centros urbanos e longe da natureza, longe de onde tudo se originou, de sua base, de seu ponto de equilíbrio.

Além desse fator que impulsiona o desenvolvimento, destaca-se a vertente econômica da atividade, razão de interesse para diversos setores. Para Barros (2002,p.15): o turismo constitui uma das atividades econômicas mais importantes da atualidade. Ocupa milhões de pessoas, injetando, assim, uma massa expressiva de recursos na economia mundial, revalorizando e requalificando espaços.

È consenso que o turismo aquece a economia, visto como uma força econômica das mais importantes no mundo, nele ocorrem fenômenos de consumo, origina-se rendas, criam-se mercados onde a oferta e a procura integram-se. O dinheiro que entra através da atividade multiplica-se na economia traduzindo-se em:

Aumento da urbanização; Incremento das indústrias associadas à atividade; Incremento da demanda de mão-de-obra para serviços; Incremento da indústria de construção; Aumento da demanda dos produtos locais desde hortifrutigranjeiros até

artesanato; Incremento da entrada de divisas para equilibrar a balança comercial; Maior arrecadação de impostos e taxas.

O efeito multiplicador é produzido pela sucessão de despesas que tem origem no gasto do turista e que beneficia os setores. A atividade como ferramenta de desenvolvimento econômico acaba tendo efeito direto e indireto na economia de uma localidade ou região.

O turismo ocorre em distintos campos de estudo, sendo multidisciplinar, agindo diante de uma confluência de diversas áreas. É tido como uma cadeia produtiva, envolvendo uma diversidade de insumos e serviços.

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Afirma Cooper (2007, p. 40):

O turismo é uma atividade multidimensional, multifacetada que influência muitas vidas e muitas atividades econômicas diferentes. Essa influência age diretamente, traduzindo experiência através de uma nova vivência de um turista e de uma comunidade.

Além disso, segundo Beni (1998, p. 212):

A atividade turística, por sua própria natureza, é coadjuvante no deslocamento de pessoas de seus lugares habituais de residência a outras destinações e áreas geográficas, criando, portanto, uma espécie de tensão entre ambos os espaços: o cotidiano, perfeitamente conhecido e o correspondente a área visitada, possuidora de novas atrações e capaz de provocar sensações inéditas ou menos não-rotineiras. Nesse sentido, pode-se dizer que o turismo responde a necessidade do homem de buscar novos espaços, de ampliar seu campo de ação e de alguma maneira conquistar lugares desconhecidos.

Diante da ampliação desse campo de ação citado por Beni, circundam necessidades variáveis onde o turismo polariza suas áreas e ações na busca de suprir tais necessidades. Para uma maior compreensão, a segmentação pode ser uma premissa importante neste processo, decompondo e organizando o turismo para fim de planejamento, gestão e mercado em relação a demanda, reunindo condições especificas para atingir diversos públicos. 15

Ainda segundo Beni (1998, p. 149):

O motivo da viagem é o principal meio disponível para se segmentar o mercado. Os maiores segmentos desse mercado por afluência de turistas são: de descanso ou férias, de negócios e compras, desportivo, ecológico rural, de aventura, religioso, cultural, científico, gastronômico, estudantil, de congresso, convenções. A segmentação traz enormes vantagens, como economia de escala para as empresas turísticas, aumento da concorrência no mercado, criação de políticas de preços e de propagandas especializadas, e promoção de maior número de pesquisas científicas.

Aliado a essas vantagens, a segmentação também funciona como uma arma de combate contra a sazonalidade. Como comenta Milio Balanzá (2003 p 59): “... Se a oferta e a demanda forem segmentadas, pode-se conseguir um turismo muito especializado... o que permite muitas coisas, mas uma das mais importantes é a possibilidade de lutar melhor contra a sazonalidade.”

2.2. Motivação X atração turística

Dentro da atividade turística, a demanda surge na busca de uma oferta que pode ser colocada a sua disposição e essa atividade é caracterizada por um crescimento constante, que se deve a uma série de diversas necessidades do ser humano, que vem buscando, e não é de agora, lazer, movimento, repouso, bem-estar, longe das tarefas vivenciadas no seu cotidiano.

Conforme a OMT-Organização Mundial do Turismo (apud Castro 2001, p. 63): “Normalmente quando as pessoas viajam é por algum motivo que implica na existência de uma causa, o que pressupõe alcançar um fim determinado. Toda ação voluntária envolve motivação e finalidade”.

A motivação em grande maioria, responde o porque da viagem? O motivo que induz a pessoa a prática da viagem. Swabrooke (2002, p. 88) reconheceu que: “É muito provável que nenhum turista vá se influenciar por uma única motivação. É mais provável que ele seja afetado sempre por um conjunto de motivações em um dado momento.”

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Contudo a motivação depende de uma série de fatores diretos e indiretos desde a personalidade e estilo de vida, transpondo até as características e a imagem de um destino junto a seus atrativos.

Para Cooper (2007, p. 88):

Essa imagem tem uma importância crucial para a preferência, a motivação e o comportamento do individuo em relação aos produtos e os destinos turísticos, pois ira proporcionar um efeito de atração cujo resultado será diferentes prognósticos de demanda.

Trabalhar bem a imagem de um destino é um meio relevante e otimizador para atrair uma demanda turística considerável. Somado a esse contexto surge à atração que pode resultar características geográficas e culturais do lugar de destino ou de alguma função permanente ou temporária exercida por algum lugar. Inúmeros são os atrativos turísticos, que muitas vezes, são o potencial de um destino: eventos e festas, praias, conjuntos arquitetônicos, arquitetura religiosa, setores históricos, cachoeiras, reservas ecológicas, mirantes, acidentes geográfico e arqueológicos, gastronomia típica entre outros.

A imagem bem trabalhada e difundida, junto com a atração, direciona o visitante para a localidade, induz o seu desejo de visualizar, concretizar e usufruir daquilo que lhe atraiu e o fez decidir, diante de um leque de opções.

O turismo litorâneo, fenômeno que envolve o deslocamento provisório de pessoas para áreas costeiras, tende a assumir relevância quando se menciona motivos para a realização de uma viagem. Assume destaque e apresenta-se com um suscetível fluxo turístico, que surge com uma significativa valorização social de recursos naturais existentes, principalmente praias, estes acabam influenciando o turista.

São tipos de localidades e atrativos que estão intimamente ligados a satisfação e prazer de boa parte dos turistas. Essa inclinação e desejo já se manifestavam a longínquos anos.

Comenta Swabrooke (2002, p. 66):

O desejo de observar um cenário natural e espetacular tem estimulado os turistas desde tempos remotos. Contudo talvez ele tenha realmente marcado época, no século XIX com a influência do movimento romântico nas artes. Artistas e escritores inspiravam-se no meio ambiente natural e fizeram nascer um interesse popular por paisagens.

Os turistas passaram a viajar para observar aquelas mesmas paisagens ao vivo, seguindo passos dos artistas.

Nessas áreas naturais majoritariamente existe um turismo de massa, onde este sai em busca desse chamado prazer ao sol. Esse tipo de prazer segundo Pearse (apud Gray 2003, p. 64) é uma necessidade de atributos especiais, naturais (particularmente climáticos).

No Brasil há uma incidência de desenvolvimento do turismo em regiões contempladas por belas praias, de águas transparentes e paisagens singulares, onde o sol é o termômetro constante de lazer, para um grande fluxo turístico nacional e internacional. É inegável o número de turistas em regiões brasileiras em busca dessa imensa variedade de cenários naturais.

Evidencia Lockwood (2003, p. 198):

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O Brasil foi um dos primeiros países sub-americanos a competir no mercado inter-regional com seu produto “sol e praia”. No início dos anos 1970 séries de complexo turístico de praia foi desenvolvido para o turismo doméstico e internacional.

Na faixa litorânea do nordeste existe um destaque e vocação ainda maior por apresentar um litoral bastante recortado, ecossistemas, clima favorável, entre outros, o que contribui e motiva a busca incessante por essa prática.

2.3. Potencialidades turísticas do município

Na faixa costeira do estado de Pernambuco, percebe-se amplamente o desenvolvimento do turismo tendo como um dos destaques o litoral sul, região onde a atividade já é consolidada. Nesta extremidade fica localizado o município do Cabo de Santo Agostinho. Dados obtidos no CPRH- Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (2006, p.11) informa que: “A região possui 21,83km de litoral bastante recortado, guarnecido de arrecifes, promontório e pontões rochosos intercalados com planícies e manguezais”. Dentre seus principais atrativos turísticos destaca-se suas praias e ecossistemas litorâneos construído por matas e manguezais, acidentes geográfico e mirantes naturais. Somado aos sítios histórico, eventuais festas, gastronomia típica e o artesanato local. Dentre as praias vale destacar Calhetas, Paraíso, Gaibu e Suape.

Todas essas paisagens estimulam o interesse turístico dos fluxos, não só pela beleza cênica, mas também pela facilidade de acesso, infra-estrutura constituíndo-se de um numero expressivo de hotéis, pousadas, restaurantes e lares alem de locadoras de veículos e meios de comunicação como reconhece o CPRH, tudo em meio a boas condições climáticas, que incitam turistas de todo o mundo tornando efetiva a pratica da atividade turística.

O pólo da região é distribuído, conforme CPRH (2006, p.13): “Em ordem crescente de importância no município: Gaibu - Enseada dos corais – Nazaré – Calhetas – Itapuama – Paiva – Suape - Paraíso. Em particular, o litoral integra um aspecto do turismo em sua essência, é o que condiz com a sua interdisciplinaridade, abrangendo campos de geografia, geologia e historia. Ela é privilegiada por feições geológicas e geográficas, delimitadas por falhas ao longo dos quais ocorrem deslocamentos laterais e ou vertical que podem oferecer aos seus visitantes uma vivência e acepções do ambiente visitado, além de uma beleza singular”.

Em relação a essas feições geológicas, afirma Alves e Nascimento (1994, p.7): “Feições geológicas contam a história do meio físico, possibilitando a análise dinâmica do meio ambiente, a qual reflete a complexa interação atmosfera – hidrosfera – litosfera – biosfera – homem”.

Na verdade, todo esse conjunto apresenta um interesse para diversos tipos de turistas na segmentação de mercado. Muitos deles desejam bem mais de uma localidade do que um bonito visual uso de praia, condições de puro lazer. Comentam sobre esse novo turista Inácio e Patuléia (2008, p.92): “O turista está cada vez, mas experiente, informado e culto, designando as suas escolhas não pela quantidade, mas pela qualidade, originalidade e diferença.” Turistas passam a ter um olhar mais crítico em relação ao entorno, são movidos pelo desejo de vivenciar, conhecer, aprender, evoluir e participar, definindo-se

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como turismo moderno com anseios e focos diversos em contrapartida com o que podemos chamar de turismo clássico.

Conforme Liccardo (2007, p.3):

Até a década de 80 o turismo clássico era de visitas a destinos, com planejamento todo voltado para hotelaria e pacotes para lazer litorâneo. O turismo moderno não é mais somente o turismo de destino, mas também o turismo de experiência ou experimentação. Novas variantes como o turismo gastronômico, turismo de aventura ou o turismo cultural vem ao encontro do novo turista, mais exigente e mais informado.

Desejam uma noção do espaço visitado. Ainda conforme Alves e Assis (1994, p.7) “Seja por uma mera curiosidade natural do homem em desvendar os mistérios da natureza ou por vontade de aprimorar os conhecimentos científicos (...)”. Completa Dencker (2004, p.14): O turismo está mudando. Percebe-se a formação de um novo perfil de turista mais interessado em vivenciar outras realidades, em participar e conhecer em profundidade pessoas e localidades. Trata-se de “uma mudança positiva...”

Frente a essa mudança positiva o Cabo de Santo Agostinho, responde ao turista positivamente, com um potencial revelado na historia, cultura e infra-estrutura. Concatinados a esse potencial e maximizando as novas variantes e o desejo de maior vivência do turista, a área selecionada, oferta um grande potencial geológico e geográfico, podendo traduzir para os visitantes uma vasta experiência, diversas acepções, traduzindo desta forma a geodiversidade do local visitado, muitas delas até então, limitadas ao mundo científico.

A CPRH constata que as características geológicas, sobre saem na paisagem do espaço em que se localizam, revestindo de um particular interesse para o turismo, o que significaria mais um apelo turístico para a região. Dados da SIGEP – Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil revelam (2005, p.5): “Que o Cabo de Santo Agostinho representa a única região onde afloram rochas graníticas de idade cretácea em todo Brasil”. Onde ocorreu um importante vulcanismo, formando a denominada província magmática do Cabo, ou seja, a região que compõe a bacia sedimentar de Pernambuco era palco de intensa atividade.

Um fato que precisa ser enaltecido, no qual originou muita das feições geológicas do município, diz respeito a ruptura dos continentes americano e africano a mais de 100 milhões de anos atrás, no período cretáceo inferior, que deu origem a varias rochas como basaltos, riolitos e o próprio granito do Cabo, essas rochas são objetos de varias pesquisas geocientificos. Informações do FIDEM- Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife (2004, p. 14) atesta que fato mencionado assegura: O “Cabo de Santo Agostinho a condição de mais notável acidente geográfico litorâneo da América do Sul.

Para exemplificar uma das feições geológicas que veio decorrente da separação dos continentes explica Nascimento (apud Seal 2005, p.4) “O granito do Cabo de Santo Agostinho estaria relacionado aos últimos estagio da separação continental entre América do Sul e África”.

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Esse granito forma um verdadeiro promontório, que é definido por Guerra (1997, p.504) “Uma denominação dada aos cabos quando terminados por afloramento rochoso escarpado”.

O granito de acordo com o Nascimento (2004, p.2) “Faz parte das rochas ígneas da província magmática do Cabo que se distribuem ao longo da bacia segmentar de Pernambuco”. Esse granito constitui-se como sendo o principal atrativo geológico da localidade, representa em profundidade uma intrusão de uma rocha cristalizada.

Praticamente todo processo tectônico de alçamento desse corpo granítico foi responsável pela erosão de metros e metros de sedimentos que recobriam o granito. É formada por rocha que tem a mesma composição das rochas da Nigéria, sendo a única intrusão granítica que atinge a idade de 100 milhões de anos no Brasil, comprovados por estudos através dos testemunhos geológicos. Em seus arredores ficam localizado as praias mas visitadas deste litoral: Paraíso, Suape, Calheitas e Gaibu.

Na região podem ser visto evidencias de um cataclismo associado ao um vulcanismo. Ainda de acordo com Guerra (1997, p.129) “Podemos entender o cataclismo como sendo as diferentes formas de relevo que aparecem na superfície do globo devido as transformações súbitas”. Esses por vez são alguns dos destaques das enumeras feições geológicas que existem na região. Sobre o aspecto geológico histórico tem-se a Vila de Nazaré atualmente o Parque Metropolitano de Holanda Cavalcante, muitos dos monumentos revelando a historia e cultura do parque foram edificados sobre o granito.

Sobre o parque comenta Nascimento (2005, p.5)

Este parque criado em 1979, tombado como sitio histórico em 1993, é formado pela igreja de Nazaré, sendo um dos monumentos mais importantes da região... Neste parque, encontra-se ainda as ruínas do forte castelo do mar ou forte Nazaré, uma edificação Portuguesa, erguida em pedra e cal em 1631 pelo Conde Bagnoli”. Dentre todos estes pode-se perceber as riquezas histórica do Cabo de Santo Agostinho.

Quanto aos aspectos geográficos o litoral do Cabo de Santo Agostinho apresenta-se muito bem recortado, contendo uma rica geomorfologia, envolvendo arrecifes, pontos rochosos com planícies costeiras, a exemplo temos a praia de Gaibu que é protegida por um afloramento de rochas. Traços e testemunhos que caracterizam a ciência geológica.

Desta forma ficam evidentes as potencialidades turísticas que podem vir a serem trabalhadas na região. Por vez o litoral sul do estado, reúne dentre vários aspectos geologia, geografia, historia. Onde através da geologia (característica relevante seguida a geografia) formam atrativos estratégicos para o surgimento de uma nova categoria do turismo denominada de Geoturismo.

2.4. Geoturismo

Na verdade essa modalidade já vem sendo desenvolvida timidamente, há bastante tempo em países como Estados Unidos, no Atlântico e se estendeu a algumas regiões européias. Mas o que vem a ser Geoturismo? A etimologia da palavra provém da junção dos termos “geo” e “turismo”. O termo “geo” se refere diretamente a “terra” ou ao planeta terra. “turismo” implica no gosto ou vontade pela realização de viagem.

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Portanto o geoturismo ressaltar a visualização e a compreensão do meio físico do planeta através de visitas de um público especifica, leigo ou especializado. Esse segmento é a oferta de informações sobre processos de formação e ambientes decorridos em pontos de visitação paisagística, ostentado em base geocientificas e sustentáveis.

Para esclarecer define Nascimento (apud Hose 2005, p.2):

Tal atividade utiliza feições geológicas e geográficas como atrativo turístico, tendo um potencial como ferramenta para assegurar a conservação e o desenvolvimento sustentável do local visitado. Nesta atividade utiliza-se como recurso e/ ou produto toda geodiversidade da região, buscando-se sempre a sua geoconservação. A provisão de serviços e facilidades interpretativas que permitam aos turistas adquirirem conhecimentos e entendimentos da geologia e geomorfologia de um sitio (incluindo sua contribuição para o desenvolvimento das ciências da terra), além de mera apreciação estética.

Diante dessa definição nota-se nitidamente, que a prioridade desta atividade são os recursos geológicos e geográficos.

Ainda sobre geoturismo Azevedo (2005, p.83)

Um segmento da atividade turística que tem o patrimônio geológico como seu principal atrativo e busca sua proteção por meio da conservação de seus recursos e da sensibilização do turista, utilizando para isto, a interpretação deste patrimônio tornando-o acessível ao publico leigo, alem de promover a sua divulgação e o desenvolvimento das ciências da Terra.

Sendo a geologia uma ciência da observação e da interpretação que estuda a terra e os processos de evolução, o geoturismo forma uma proposta de um novo olhar turístico sobre aquilo que nos rodeia. Esta atividade lança um consumo do espaço, no momento em que o espaço é interpretado através do entendimento geológico. Oferecendo um espaço de significações e aprendizagem. Salienta Inácio e Patuléia (2008, p. 97): “O geoturismo origina interação turista /meio envolvente, propõe ao mesmo tempo uma novidade e um novo olhar, promove a identidade dos lugares, aquilo que os torna realmente únicos”.

Quando categorizamos fatores de desenvolvimentos, conscientização, educação e divulgação países desenvolvidos tem a atividade geoturistica bem mais difundida, colocando em relevo a sua conservação. Salienta Ruchkys (2007, p. 46): A promoção da conservação do patrimônio geológico (a geoconservação) é um dos maiores desafios da comunidade de geociências neste século XXI. Pode-se menciona como exemplo cabal de desenvolvimento e geoconservação, tem-se os geoparques na rede européia.

Para esclarecer geoparques Liccardo (2007,p.4): “São territórios que compreendem um ou mais sítios de importância cientifica, não somente pelo valor geológico, mas também pelo arqueológico, ecológico ou cultural”.

De acordo com a UNESCO, um geoparque deve preservar o patrimônio geológico para futuras gerações (conservação); assegurar o desenvolvimento sustentável (turismo); educar e ensinar o grande publico sobre temas relativos a paisagens geológicas e matérias ambientais (educação); relacionar as pessoas com seu ambiente geologico e providenciar meios de pesquisa para a geociência.

A rede européia de geoparques tem interesse em dinamizar e desenvolver o geoturismo na Europa. Alem disso Liccardo (2007 p.6): “O parque abrange um certo numero de locais de importância geológica, raridade, apelo estético ou valor educacional”. A rede Européia

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foi criada em junho 2002, a partir da sessão dedicada ao patrimônio geológico no congresso internacional de geologia em 1996.

Como exemplos têm a França, com a reserva geológica da província de Haute, onde pode se conhecer a historia da evolução a milhões de anos, a Grécia com o museu da floresta petrificada, com características paleontologicas e geologicas e Alemanha, possuindo um geoparque com 67 crateras vulcânicas de 400 milhões de anos atrás.

No Brasil essa atividade começou a surgir recentemente, por volta do ano 2000, assumindo posturas tímidas e sem muita dimensão,porem alguns territórios já foram selecionados pela UNESCO, onde serão designados como geoparques. Logo a província magmática do Cabo de Santo Agostinho apresenta para UNESCO um potencial para possivelmente no futuro torna-se um geoparque. No país diversas atrações já são identificadas como geoturística.

Sob os aspectos de locais geoturisticos no Brasil afirma Nascimento (2005, p.4):

Tem-se sem duvida muitos exemplos clássicos e evidentes de locais de interesse geoturisticos a rigor, muitas atrações já são, sem que tenham consciência disso, atrações geoturísticas como Cataratas de Iguaçu, Pão de Açúcar, Chapada dos Guimarães, Pico Vulcânico do Cabuge, Granito do Cabo de Santo Agostinho.

Esses atrativos precisam ser desenvolvidos sob a ótica do geoturismo, podendo oferecer maiores acepções, uma divulgação, educação e valorização do ambiente relacionando as pessoas com o espaço geológico desenvolvendo como conseqüência, maiores condições de preservação, uma vez que o geoturismo aborda em sua gênese e aplicação, interesses de conservação e preservação de todo o patrimônio que é utilizado na sua pratica. Isso advém do fato de ser o turismo uma atividade que oferece impactos.

Segundo Cooper et al (1998, p. 184):

Não é possível desenvolver o turismo sem que ocorram impactos, mas é possível, com planejamento correto gerenciar o desenvolvimento turístico com o objetivo de minimizar os impactos negativos ao mesmo tempo em que se estimulam os impactos positivos.

O objetivo de minimizar os impactos na busca de uma geoconservação tem-se como sendo a premissa maior do geoturismo. Do contrario esses impactos, afirma Lage (2000, p.130): “Podem desenvolver mudanças adicionais sobre o meio, que alteram o caráter básico, a integridade e imparcialidade de uma área”.

Esses impactos levam a uma degradação do ambiente, destruindo assim a atração turística. O segmento tenta sensibilizar o turista, mostrado-o a importância dos atrativos geoturísticos, revelados na diversidade de ambientes, processos e fenômenos naturais, relevos, rochas, sedimentos entre outros, em uma associação com os meios bióticos ( fauna e flora). Outrossim, acaba evidenciando a divulgação da geociência, e demonstrando para a comunidade e visitante que a geodiversidade e tão importante quanto a biodiversidade.

Diante de tudo o que foi exposto, turistas visitam e usufruem de toda área sem imaginar o potencial geoturístico contido no município, esse tipo de questão chega a ser estendido

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até mesmo, a população e o trade turístico local. Logo destacar essa região costeira com esse diferencial, tende a um estabelecimento de estratégias, oferecimento de produtos, alem do “sol e mar” ao visitante, induzindo a pratica do novo segmento ou concretizando o seu desejo de experimentar outras correntes, traduzindo também, como mais um importante apelo turístico para a região. Dinamizando a atividade turística, podendo abrir espaços para um novo mercado turístico e aumentando os números de atrações.

As atrações turísticas tem papel importante a ser desempenhado no turismo, a medida que, geralmente, são o elemento que mais motiva o viajante ativando, portanto os vários componentes da industria do turismo.

Contudo o atrativo pode ser visto como uma premissa relevante no processo de decisão de compra de um turista, neste caso os atrativos geoturísticos podem levantar interesse de públicos diversos e serem decisivos no processo de escolha de uma localidade turística a ser visitada. Além de que estes atrativos podem funcionar na área costeira do estado, como um verdadeiro diferencial dentro do mercado competitivo ligado principalmente ao fator de qualidade e diversidade, se diferenciando e se impondo no mercado. Maximizando o incentivo as novas tendências e perspectivas para o turismo deste novo milênio.

No entanto para que isso ocorra se faz necessário o surgimento de estratégias inteligentes mediante a elaboração de um plano de marketing destacando a diversidade do local quanto aos seus atrativos e ações de gestão desenvolvidas no âmbito do patrimônio geológico (reunião de aspectos e exemplos concretos da geodiversidade).

Para Lickorish (2000, p. 180): O plano de ação de marketing engloba os recursos disponíveis para influenciar e estimular os consumidores do mercado alvo e seus componentes em relação a bens e serviços específicos, além de outros objetivos desejados.Onde o governo local, trade turístico e comunidade se interajam de forma a favorecer uma fomentação desse turismo.

O desenvolvimento de roteiros geoturisticos pode funcionar como proposta de divulgação, onde o visitante possam a ter uma melhor utilização do espaço, proporcionando uma verdadeira viagem no tempo, podendo dar ênfase a educação ambiental que favorece a preservação do meio abiótico. Os roteiros desenvolvidos na área se voltam apenas para as praias, com contemplação através de mirantes e visitação ao Parque Metropolitano de Holanda Cavalcante entre outros, mas não focam as características geológicas, mesmo que de uma forma parcial.

Como afirma Assis e Alves (1994, p.6):

Roteiros turísticos de tal natureza que posiciona o individuo no espaço e proporciona uma viagem no tempo, levando ao passado longínquo, há milhões de anos onde ocorreram transformações na terra que o homem não acompanhou, pois só apareceu muito recentemente, dentro da historia geológica.

Esse roteiro se utiliza de feições geológicas bem preservadas na área, permitindo que o turista contemple uma geodiversidade impar, com vários tipos de rochas, diferentes formas de relevos que contam a historia da evolução da terra entre outros.

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2.5. Roteiro Geoturistico

Reconhecendo os testemunhos geológicos, a geodiversidade impar do Cabo de Santo Agostinho, o CECINE-Coordenadoria de Ensino de Ciências e Tecnologias do Nordeste coordenado pelo professor Claudio de Castro da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) desde 2001, elaborou um roteiro geocientifico, colocando em relevo a região como sendo vulcano-sedimentar. O roteiro oferece uma leitura da paisagem, com interpretação critica dos diferentes aspectos das paisagens, análise de determinados registros geológicos que se encontram bem preservados na região, compreensão dos cataclimas e demais eventos provenientes da separação dos continentes Americano e Africano, juntamente com uma analise das principais ações antrópicas (interferência do homem sobre o meio ambiente). Os pontos de parada iniciam-se na BR-101, próximo a fabrica da AmBev, onde estão rochas vulcânicas, provenientes do vulcanismo do Cabo há 100 milhões de anos, onde pode ser visto uma ocupação da paisagem com rodovia, indústria e monocultura de cana-de-açúcar (uma ação antrópica). Seguindo para área do conglomerado polimítico do Cabo, com sua historia geológica, partindo até os pontos de cataclimas associados ao vulcanismo e sua relação com a separação dos continentes Sul-Americano e Africano, (aspecto atual da paisagem e sua ocupação pelo homem), observação dos solos vermelhos formados pela alteração de lavas vulcânicas de natureza basáltica (a importância desse solo para a atividade agrícola local). A diante próximo a praia de Itapuama verificação da atividade extrativa mineral para a obtenção da argila caolínica (seu impacto sobre a paisagem). Na praia de Itapoama ver a elevação formada por rochas vulcânicas de natureza traquitica bastante alterada (aspecto do ambiente marinho local, seu uso e ocupação) mar x rochas vulcânicas. A última parada o é na praia de Gaibu, com uma paisagem natural formada pelo mar e elevações de rochas graníticas que constituem na fisiografia local um Cabo (a relação da gênese desse granito com a separação dos continentes). Esse tipo de roteiro poderia vir a ser aplicado na região eou associado a roteiros já desenvolvidos.

2.6. Painéis Interpretativos

Outra forma para explorar e difundir a geodiversidade como atrativo é a utilização de painéis interpretativos ou explicativos, nos pontos de interesse geológico, sintetizando numa explicação de fácil entendimento, os aspectos e fenômenos, principalmente sobre a ruptura dos continentes, isto tudo podendo ser combinado com um material escrito ou ilustrativo como folders, folhetos, para serem utilizados durante o percurso. Esses painéis oferecem ao público uma idéia de onde estão, qual a relevância do ponto de vista geológico da localidade.

Esse tipo de ação já versa como incentivo geoturistico no Brasil, um dos exemplos cabais mais recentes, promovido em 2006. Segundo a Global Tourism (2008) o projeto Caminhos Geológicos do estado do Rio de janeiro, por meio do Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ - Serviço Geológico Estadual), pioneiro nesta temática e iniciada em 2001, representa o programa mais desenvolvido e evoluído. O objetivo principal do projeto é divulgar o conhecimento geológico do referido estado, com base na conservação de seus monumentos naturais, através da implantação de painéis explicativos sobre a evolução

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geológica do local. Assim a sociedade tem acesso a esse conhecimento, fazendo com que, através da percepção da complexidade e do tempo que a natureza leva para construir a paisagem que hoje é habitada, o planeta seja mais respeitado. Até setembro de 2007 já haviam implantados 63 painéis com informações geológicas em 22 municípios do Rio de Janeiro.

Todo o patrimônio geológico visto no município torna-se um eixo norteador para que o turismo ramifique suas ações, podendo contribuir consideravelmente para um maior progresso da pratica geoturística na região, associando a uma exploração racional da atividade.

2.7 Aspectos geológicos

Conhecer a estrutura geológica de uma região implica inicialmente classificar o terreno, de acordo com a sua composição rochosa, idade e transformação sofridas ao longo das eras e períodos geológicos. Muitas das feições presentes no município em lide foram provenientes da fragmentação de uma imensa massa continente denominada, pelo cientista alemão Wegner em 1912, de Gondwana. Iniciando no período jurássico superior até cretáceo inferior a aproximadamente 100 milhões de anos, este período contou com o desaparecimento dos dinossauros. Dessa fragmentação surgiu, o que hoje forma, os continentes do Sul Americano e Africano onde o último ponto de ligação final entre eles, foi no município do Cabo de Santo Agostinho. Os aspectos geológicos encontrados no local surgiram diante do vulcanismo, falhamentos e terremotos que com o decorrer do tempo foram modelados por ações do mar, ventos, rios e variações do clima e hoje por ações antrópicas (ações do homem).

Na região encontram-se rifts, que são denominadas de feições geológicas delimitadas por falhas, estas surgem de processos geológicos. É de interesse destacar que um rift por pouco não modificou o modelado da parte do nordeste brasileiro, se acaso tivesse totalmente evoluído, hoje entre Salvador e Recife, incluindo Sergipe e Alagoas, constituiria uma ilha que estaria para a América do Sul assim como Madagascar esta para a África.

Diversas rochas são encontradas na Região Metropolitana do Recife e em maior número no município do Cabo de Santo Agostinho, que surgiram da ruptura dos continentes, tais como traquitos (formado por fidelpasto-alcalino e minerais), vários rioliotos (rochas vulcânicas com pequenos cristais de quartzo e fraturas em forma de conchas e juntas colunares), ignimbrito (rocha formada por vulcanismo explosivo), basaltos (rochas vulcânica com desenvolvimento de juntas colunares) com destaque para a rocha ígnea intrusiva definida por Jatoba e Caldas (2003, p.53): “Aquelas que se formaram pela solidificação produzida pelo resfriamento de soluções quentes conhecidas por magma.” Este seria o granito, representando a cicatriz do momento final da divisão dos continentes. Ainda conforme Jatobá e Caldas (2003, p.54): “É a mais comum das rochas intrusivas (plutônicas) encontradas em formas de batólitos, stocks e outras massas muito grande de rochas.” Mostrando-se como um corpo semi-circular de 4km de área aflorante entre Gaibu e Suape. Nascimento (2004): “A sua borda oeste é parcialmente coberta por rochas sedimentares das formações algodais e Barreiras, enquanto que as margens norte, leste e sul limitam-se com Oceano Atlântico.” O granito contém em suas fáceis cristais de quartzo

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e turmalina preta sendo formado por uma principal rocha chamada de álcali-feldspato-granito, de mesma composição das rochas da Nigéria, na África. Este promontório é reconhecido com sendo à única intrusão granítica com essa idade no Brasil. Do granito pode se observar uma das mais belas paisagens do litoral sul. Ao seu redor ficam as principais praias da região, entre elas temos: Gaibu, correspondendo a um trecho arqueado, com um dos extremos côncavos e protegido pelo afloramento de rochas graníticas (o granito), no seu trecho mediano a orla é vulnerável a ação de ondas fortes, que se confrontam com o granito.

A Praia de Calhetas equivale a uma pequena baia se estendendo apenas cerca de 700m, formada de afloramentos rochosos do granito, com um pequeno segmento de areias de 100m. Considerada como um dos mais belos cartões postais do Brasil, alvo de mergulhos e pesca submarina.

A praia de Santo Agostinho é tida como uma costão rochoso diante do afloramento graníticos destaca-se a pratica da pesca. A praia do Paraíso tem um quilometro de extensão, completa de afloramento rochoso, com trecho numa enseada com proteção externa da linha de arrecifes. Por fim a praia de Suape, última praia que se associa com o granito. É abrigada por arrecifes existentes é sofre a influência do rio Massangana.

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Figura 3 – Modelo simplificado da quebra do continente

Fonte: www.projetoscaminhogeologicos.com.br

Colocar figura Godwana/Laurasia

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Há 180 milhões de anos Há 135 milhões de anos

Há 135 milhões de anos Final do Jurássico

o

Há 65 milhões de anos Final do Cretáceo

Hoje

Figura 4 - Evolução dos Continentes

Fonte: ASSIS, Hortência Barbosa; ALVES, Marinho. Turismo Geocientifico: uma viagem no tempo. Recife: CPRM, 1994. 36

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3. METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho foi necessário um delineamento metodológico do turismo, pertinente a segmentação e aos atrativos existentes na área de estudo. Foi desenvolvida uma avaliação, embasada em um estudo exploratório, visando como objetivo a compreensão do problema enfrentado. A esta primeira fase fez-se o uso de uma pesquisa bibliográfica existente que traduzisse os principais conceitos sobre uma demanda com inclinação para o turismo litorâneo, geoturismo e seus aspectos geológicos e geográficos, reunindo fontes primarias e secundarias para construção racional e sistemática da pesquisa. Desenvolveu-se uma pesquisa quantitativa para uma maior apuração das opiniões dos entrevistados, utilizando instrumentos padronizados com uma observação informal. Para tanto foi realizada duas visitas técnicas a região, para uma maior compreensão do espaço, onde verificou-se as estruturas necessárias para fomentação de um roteiro geológico, a participação da comunidade e a dinâmica da atividade turística.

Na obtenção de informações no próprio local, onde geradas, a pesquisa de campo foi uma premissa relevante, com a coleta de dados através de questionário, estruturado com perguntas fechadas e objetivas aplicados a turistas, conduzindo assim as variáveis para identificação do publico alvo, sua possível satisfação e necessidade juntamente ao nível de conhecimento sob outros aspectos da localidade.

Com os dados dessa observação direta (extensiva) foi elaborada uma analise dando uma visão geral dos resultados, onde pode-se perceber as relações dos dados obtidos e constatar os fatos. O projeto contar com fotos ilustrativas para maiorveracidade das informações. Foram usados gráficos para a ilustração dos resultados alcançados. 38

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para nível de análise foram aplicados 220 questionários a turistas e a comunidade receptora, esta por vez se fez necessário diante do pressuposto de avaliar o nível de conhecimento, a satisfação e aspectos que poderiam ser explorados na região, tudo isso através de interpretações fundamentadas. Buscou-se congregar subsídios que pudessem identificar o perfil do turista, os seus interesses por aspectos, além do natural, tão quanto sua satisfação diante dos atrativos e opções turísticas e nível de conhecimento sob um dos aspectos geológicos cientificamente atestado, tanto dos visitantes quanto de moradores.

Desta forma pode se evidenciar através da pesquisa o nível de insatisfação da comunidade, que no curso das entrevistas, deixou claro a preocupação quanto à localidade e sua estrutura turística. Muitos destacaram saber, mesmo que de uma maneira parcial ou sem explorar o lugar de origem, a riqueza do istmo Cabo de Santo Agostinho, que não tem tido uma devida atenção e sofre de uma carência financeira, política e de uma divulgação promocional rudemente planejada, que pudesse direcionar a um aumento do fluxo turístico. Hoje de acordo com a ótica apresentada pelos moradores, o local esta sendo mal explorado e ficando sempre atrás da “Menina dos Olhos”: Porto de Galinhas, o próprio poder público do município não edificou meios mais eficazes e ostensivos para voltar a atenção que é dada a Porto de Galinha.

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Diante das discussões a cerca do interesse do poder publico quanto a uma melhor exploração do turismo no Cabo de Santo Agostinho, os entrevistados, principalmente, a comunidade receptora, lançaram afirmações nas quais concluiu-se que a mesma sabe do real retorno da atividade, mais no entanto, não se manifesta com ações mais eficazes e produtivas que venham a aumentar consideravelmente o fluxo do destino, sendo assim também não demonstram um real interesse ou uma atenção merecedora a novas modalidades turísticas, como o geoturismo, além das já vistas como o turismo náutico e ecoturismo.

Um grande percentual aponta a má administração política do município convergindo para as conseqüências mencionadas. O cerne da maior parte desses entrevistados é não aceitarem que muito dos holofotes volta-se para Porto de Galinha, onde o Cabo em meio a uma profusão de atrativos se resume quase a estereótipos citados, em função da carência configurada.

Na verificação dos dados deste trabalho, turistas e moradores manifestaram real interesse na pratica turística e exploração de outros aspectos, como a exemplo o geográfico e histórico, ambos puderam levar a conclusão de que é relevante trabalhar e colocar em maior destaque os aspectos culturais, geográficos e históricos. É importante destacar que ante a esses aspectos, foram observados, que as características históricas são mais aparentes na região, o que não implica dizer que são mais exploradas turisticamente. O Cabo de Santo Agostinho se enaltece com o titulo, no qual se julga, de que o Brasil nascera na localidade por mérito dado ao descobridor Vicente de Yañes de Pinzon, em 26 de Janeiro de 1500, três meses antes de Pedro Álvares Cabral haver chegado à Bahia. È visível na cidade muitas menções ao descobridor.

Em face aos aspectos vistos no município, as caracteristicas geológicas, são colocadas em relevo diante da sua grande geodiversidade. Este aspecto vai ao encontro do desejo de maior exploração do turista, ele vem a diversificar a oferta do produto, respondendo assim a expectativas e oferecendo um maior leque de atrativos. Para a veracidade de uma das hipóteses deste trabalho, foi questionado o conhecimento dos entrevistados, quanto a um fator geológico da região, o resultado constatou que a hipótese edificada tem fundamento, sendo alarmante o numero de turistas que se referem ao maior testemunho geológico da área, o promontório, como um conjunto de pedras, sem nenhum tipo de importância.

O perfil do turista visto, respondeu ao desejo de novos segmentos e anseios, diferente daquele que se limitava ao puro turismo de sol e mar. Este se revelou com acepções diferenciadas, desejam uma maior noção do espaço visitado. Os visitantes afirmaram que a área em estudo poderia ser bem mais trabalhada e apresentada turisticamente, oferecendo maior conhecimento e informações de diversas características da localidade, no que podemos considerar em termos culturais, históricos e geográficos e geológicos, já que a área tem riquezas neste conteúdo. Alguns dos turistas disseram ter tido maiores informações do lugar, no período que se despertaram a conhecer, por intermédio de meios como a Internet e chegando ao destino não confrontaram as suas informações, simplesmente porque não lhe foram apresentadas, neste caso os turistas tiveram expectativas, que não foram respondidas.

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Mas apesar de tudo estes não declaram alto nível de insatisfação, concordando que o entorno precisa de, mas saídas e formas turísticas diferenciadas. Por fim é importante ressaltar que o período de aplicação destes questionários foi o de alta estação, no entanto os turistas não apresentaram - se em números elevados bem menos foram os turistas estrangeiros, o que julga-se, não ser tão normal já que neste período revelam-se em maior número, boa parte da totalidade de visitantes eram da capital pernambucana e regiões circunvizinhas, região sul e Europa.

Outro fato observado na visitação para estudo foram pequenos grupos explorando pontos turísticos, guiados pelas placas sinalizadoras de pontos de visitação, tais como : mirantes, o forte castelo mar, casa do faroleiro. No entanto estes grupos não tinham nenhum tipo de assistência, para uma maior explanação e significado, estes permaneciam pouco tempo no local, uma vez que revelava insegurança, podendo ficarem vulneráveis a assaltos.

4.1 Perfil do entrevistado da área litorânea

SEXO

39% 61%

Masculino

Feminino

Gráfico 1

Faixa Etária 10% 35% 13% 5% 37% 15 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 49 anos 50 a 59 anos Acima de 60 anos.

Gráfico 2

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Os dados acima expressam que dos 220 entrevistados para analise da pesquisa 61% são do sexo masculino. O que condiz claramente com o maior percentual, seguido de 39% do sexo feminino. Denota-se no item de faixa etária que 37% dos questionados tem idade entre 30 a 49 anos, ou seja, os que mais viajam estão dentro dessa faixa. Seguido de 35% de idade jovem, destaque para a concentração de entrevistados com 50 a 59 anos, que manifestaram enorme satisfação considerando itens de sol e praia, razões de lazer prazeroso, apesar de ser bem mais regrado o seu uso. Em contrapartida tem com 15 a 19 anos adolescente com 10% dos resultados, por ultimo que configura-se 5% os idosos que demonstraram não se identificar o tanto diante da limitação de idade.

Gráfico 3 Grau de Instrunção 28%15% 22% 35% 1º Grau completo 2º Grau completo Superior Completo Superior imcompleto

Esclarecendo a escolaridade pode-se afirmar que 35% têm ensino completo ou esta cursando, dentre este destaque para um tendencioso numero que atua no comercio e tem alguns com uma boa renda sem almejar um curso superior. Já o superior completo foi constatado com 28% um quantitativo considerado até interessante, com muitos pós-graduados ou com mestrado. Por outro lado o gráfico mostra 22% dos que não conseguiram obter um diploma ou os que estão ainda cursando. Os que não tem uma boa instrução ficam com 10%.

4.2 Locais de origem dos entrevistados Localidade 8% 17% 9% 3% 53% 10% Norte Nordeste Sul Sudeste Centro- oeste Estrangeiro

Gráfico 4 44

Este resultado indica que há uma grande incidência de turistas da própria região nordeste, o que apresenta duas faces: a primeira é que o turista da região nordeste passa a conhecer mais o seu próprio produto e em contraposto outras regiões brasileiras estão comprando menos esse destino, onde por vez o próprio destino acaba se promovendo de uma maneira limitada.

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Os visitantes em numero são da capital pernambucana e regiões circunvizinhas que vêem a localidade como opção de lazer cômoda. Sobressaem turistas de Alagoas, João Pessoa e Natal. A grande maioria dos moradores partiu de outras cidades pernambucanas, do território sul e sudeste atraídos por oportunidade do pólo turístico e industrial. O sudeste segue após com 17% e o sul com o correspondente a 8%, ambos quando indagados responderam com certo grau de positividade aos itens de satisfação. As outras áreas brasileiras alcançaram um percentual pequeno como é identificado no gráfico. O período da pesquisa não foi o de baixa estação, mas para tanto quando avaliamos o percentual de estrangeiros que é tendencioso neste período, verificou-se um quantitativo irrisório.

4.3 Motivações pelo destino

O que influenciou a busca pelo destino? 43% 6% 5% 4% 5% 37% Televisão Jornal Internet Amigos Agencia de Viagem Outros

Gráfico 5 45

Tentando levantar o item que motivou os entrevistados a escolher o destino as respostas são expressas pelo gráfico acima. Pode-se afirmar que a opção outros assume liderança, este quesito parte principalmente da oportunidade de trabalho. A influência de amigos que já visitaram ou residem no município litorâneo, pela propaganda boca a boca assume relevância. Os meios de comunicação, fatores que propagam o destino turístico, demonstraram um número bastante inferior seguido das agencias de viagem, poucos foram os grupos trazidos por estas, o que revela que agências estão vendendo bem menos o destino.

4.4 Aspectos a serem explorados

Além do aspecto natural, qual outro lhe seria interessante? 14% 20% 24% 18%24% Gastronomia Cultura Historia Geografia Curiosidade Local

Gráfico 6

Os percentuais acima divulgam o interesse dos entrevistados por uma maior exploração da localidade, visto diante da profusão de atrativos. Este desejo alcançou saliência com os turistas, que almejam voltarem para seus lugares de origem com uma maior bagagem de informações e vivência. Este perfil identificado na área de estudo vem cada vez mais aumentando, eles querem acepções diferentes do ambiente visitado, não se limitando apenas ao uso da paisagem como de costume.

O desejo dos entrevistados vem a gerar importância para a localidade turística, onde o este representa um meio de atrair o público para outros aspectos turísticos, outros segmentos, a exemplo o Geoturismo, maior dinamismo da atividade atrelada a um diferencial no mercado, maior divulgação do entorno e um apelo turístico diferenciado.

4.5 Aspecto explorado na visitação

Em sua visitação teve contato com algum dos aspectos anteriores? 60% 40% Sim Não

Gráfico 7

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Perguntado ao público do contato estabelecido com aspectos que se divergem do natural, 40% afirmaram que não tiveram, simplesmente pelo fato de não ter sido os apresentado ou no maximo foi observado algum indicativo de um fato histórico ou cultural. Já os 60% tiveram contato, entretanto destaque para a historia, muitos mencionaram sobre o descobrimento do Brasil, com Vicente Pinzon antes de Pedro Álvares Cabral um fator histórico com relevância em todo município, mas que não chega a ser utilizado fortemente, como um atrativo turístico. A gastronomia é bastante expressa, a base de pescados e frutas típicas, destaque para aratuzada, ouriçadae moqueca de polvo. Outros aspectos geográficos, geológicos e culturais foram expressos pelos entrevistados como tímidos e mal explorados.

4.6 Nível de satisfação

Satisfação quanto aos atrativos e opções da localidade turistica. 28% 6% 45%21% Otimo Bom Regular Ruim

Gráfico 8

Como pode ser visto a satisfação alcançou um índice favorável com 45% isso tudo no que condiz principalmente quanto a beleza cênica junto ao uso dos atrativos naturais, mesmo assim eles não deixaram de apontar a necessidade de diversificar os atrativos e opções da localidade. Outrora esta mesma localidade tem condições para chegar a índices otimizadores mais expressivos. O percentual dito como regular e ruim congregaram para uma insatisfação, aqui foi também mencionado a falta de segurança e saneamento.

4.7 Conhecimento dos entrevistados sob a ruptura dos continentes

Você sabia que a região foi palco da divisão dos continentes americano e africano? 46% 24% 30% Nunca ouvi falar Soube na propria região Escutei comentarios a respeito

Gráfico 9

Testando o conhecimento sob um dos aspetos geológicos de grande importância e veracidade no istmo do Cabo de Santo para verificação mais fundamentada da pesquisa, de que a região não explorar todo o seu potencial e possivelmente não trabalha apresentando características que a façam partirem com diferencial a rigor, os resultados foram os que seguem acima.

Nota-se que foi alarmante o numero de 46% dos que disseram nunca ter ouvido falar do fator geológico e geográfico, não deixando de lembrar que aqui incluem moradores. Os 30% afirmaram ter conhecido a respeito através da internet, televisão, jornais e revistas. O restante tomou conhecimento na região, através de vagas informações, nada muito elucidadas.

4.8. Optaria mais vezes pelo destino

Voltaria mais vezes ao Cabo de Santo Agostinho? 7% 93% Sim Não

Gráfico 10

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Foi unânime com uma representação de 93% os que disseram voltar mais vezes ao Cabo de Santo Agostinho, mesmo os que se manifestaram com níveis de insatisfação, estes acreditam em mudanças benéficas. Os bons números só oferecem condições para que a localidade entre num processo de expansão turísticas por intermédio de novas variantes do turismo.

5. CONCLUSÃO

O turismo interpretado como alicerce de oportunidades, agente multiplicador de divisas, entre outros feitos, surge diante das conurbações urbanas que vêem na pratica da atividade uma válvula para se desprender do cotidiano, do ambiente de estresse, renovar através de um novo espaço, suas forças, seu espírito e seu bem-estar.

O Brasil apresenta um grande potencial e permeia sonhos de muitos turistas, no entanto em meio a uma profusão de atrativos apenas uma minoria e cincuncrista parte é explorada. Onde para muitos o produto que aqui se encontra é apenas o turismo de “sol e mar” até internamente essa visão vem a ser enaltecida. O que em relevo no desenvolvimento deste trabalho, pode ser identificado através da falta de consolidação de outros segmentos turísticos. Onde por vez, pelo que foi exposto, estes novos atrativos motivam um representativo número no mercado, mas, que mesmo assim não conseguem ter uma otimização. Seja por razões que traduzem a falta de incentivo, por desconhecimento das potencialidades, ausência de planejamento por parte poder publico entre outras, fundamentados no decorrer de todo trabalho. Onde passam como conseqüência, a facultar limitações para o desenvolvimento de outras atrações turísticas.

A difusão de que o Brasil explora de uma maneira limitada os seus recursos precisam em caráter emergencial se modificado, se bem alguns passos são tomados, mas não de uma maneira satisfatória. Isto precisa ser bem mais arraigada, quando a segmentação responde a diversas formas de turismo, anseios e acepções que vão bem mais além do uso de praias ou apreciação de um belo cenário. Turistas querem uma maior bagagem, maiores experiências e se inquietam com indagações que não são respondidas, são mais instruídos. Já não se deslocam apenas em busca de belas fotos ou uma deliciosa gastronomia ou outros interesses comumente apontados. A demanda torna-se hoje cada vez mais exigente, almejam espaços que abriguem aspectos e atrativos diversificados.

O município do Cabo de Santo Agostinho é privilegiado por responde estes requisitos. Litoral Pernambucano, a região selecionada tem o turismo como uma fonte rentável e oportunista, possui um conjunto de belos sítios e paisagens naturais, onde além de ícones de sol e mar, reúne em opulência uma vasta geologia, que congrega para definição de um recente segmento que alcança destaque considerável: O geoturismo. Contudo esta modalidade ainda não é explorada na região (o que foi elucido na construção da analise de dados).

No tocante verificou-se que não são condensados meios para a implementação e propagação da pratica. Deste modo, pelo exposto, fica evidente a ausência de estratégia e reconhecimento de uma modalidade que viria a aumentar o dinamismo da atividade turística no Cabo de Santo Agostinho. Atividade esta, que faz uso de feições geológicas

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evidência a geodiversidade e o registro da evolução do planeta terra ao longo dos anos, podendo influenciar tantos estudiosos, quanto o publico leigo, onde além de uma contemplação, podem interpretar os cenários, tão quanto medidas de preservação e conservação do patrimônio geoturístico, que uma vez deteriorado, torna-se irrecuperável. Sintetizando este patrimônio com a mesma importância que o patrimônio biológico, suscitando ações de desenvolvimento para o geoturismo.

Em contrapartida ao que foi expresso, quando menciona-se a ausência de uma fomentação da atividade alguns países e localidades brasileiras já começaram a enveredar ações que passam a promover o geoturismo, a exemplo cabal, temos evidências geológicas através painéis interpretativos em pontos onde ocorreram feições geológicas, na cidade do Rio de Janeiro (projetos e modelos elucidados em anexo).

Diante de todo o panorama elencado, ressalta-se a necessidade de um planejamento estratégico para a fomentação do geoturismo no referido município. É preciso também, em caráter emergencial, medidas legais de proteção para o patrimônio geológico que se encontra ameaçado, do contrario gerações vindouras não poderão usufruir de tal riqueza. É necessário que se perceba que este patrimônio não é menos importante que o patrimônio biológico, onde através dele se tem uma tradução e ensinamento sobre o modo que se processaram o dinamismo do planeta. Logo torna-se primordial, que a bio e a geodiversidade adquiram uma importância intrínseca. Se bem empregado, o geoturismo irá possibilitar ao visitante, novas opções turísticas, diferencial revitalizado no mercado competitivo.

REFERÊNCIAS

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ANEXOS 57

GEOPOESIA

Meu nome é Riolito

Sei que parece esquisito

Mas é assim que me chamam

Desde que chegou o homem

Nas terras onde eu vivia

Em plena e quente alegria

Sou uma rocha, é verdade

E digo com sinceridade

Das mais novas do Brasil.

Nasci quase de repente

Quando um enorme continente

Com um nome muito bacana

Era um tal de Gondwana

Decidiu fragmentar

Dando origem ao mar

Pois afirmo e não me engano

Nasci junto com um oceano

Page 29: POTENCIAL GEOTURÍSTICO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

Nesta época singular

Entre Brasil e África

Ainda não havia mar

Eu conto sem embaraço

A minha idade não engano

Confusão eu nunca faço

Este fato aconteceu

Há 102 milhões de anos

Na praia de Gaibú

Que é bonita ao céu azul

Tenho um primo plutônico 58

Formado em profundidade

É o Granito do Cabo

Que empresta sua beleza

Suas areias grossas e pretas

Pra Gaibú e Calhetas

A família tem mais membros

Com alguns nomes esquisitos

Dentre estes quero ressaltar

Os Basaltos e Traquitos

Mas, de longe, em beleza

Estou eu, o Riolito

Pode vir me visitar

Conhecer mais minha história

Se não tiver tempo agora

Não me incomoda esperar

Estou as margens do rio

Sou rocha não sinto frio

Page 30: POTENCIAL GEOTURÍSTICO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

E adoro este lugar.

Gorki Mariano 59

Figura 1: Cabo de Santo Agostinho

Fonte: www.asantosfilho.blog.uol.com.br

Figura 2: Vista frontal da vegetação da Vila de Nazaré

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008 60

Figura 3: Vista da vegetação da Vila de Nazaré

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008

Figura 4: Vista lateral do Granito

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008 61

Figura 5: Escalada ao Granito

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008

Figura 6: Vista da praia de Gaibu alcançada através do Granito

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008 62

Figura 7: Acesso a formações rochosas

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008

Figura 8: Trilha de acesso a formações rochosas

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008 63

Figura 9: Trilha em meio à vegetação

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008

Figura 10: Casa do Faroleiro

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008 64

Figura 11: Forte Castelo Mar

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008

Figura 12: Praia de Calhetas composta por afloramentos rochosos do Granito

Fonte: www.banco.agenciaoglobo.com.br/imagens 65

Figura 13: Praia de Suape última praia associada ao granito

Cabo de Santo Agostinho/PE - 2008 66

Page 31: POTENCIAL GEOTURÍSTICO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

QUESTIONARIO PARA ANALISE DE NOVOS ATRATIVOS TURISTICOS NO CABO DE SANTO AGOSTINHO-PE

Com interesse de explorar novos atrativos turísticos na região, solicitamos a sua fundamental colaboração, para o desenvolvimento deste projeto.

1. SEXO:

( ) FEMININO

( ) MASCULINO

2. FAIXA ETARIA:

( ) 15 A 19 ANOS

( ) 20 A 29 ANOS

( ) 30 A 49 ANOS

( ) 50 A 59 ANOS

( ) ACIMA DE 60 ANOS

3. GRAU DE INSTRUÇÃO:

( ) 1º GRAU COMPLETO

( ) 2º GRAU COMLETO

( ) SUPERIOR COMPLETO

( ) SUPERIOR IMCOMPLETO

4. QUAL É A SUA LOCALIDADE?

...............................................................................................................

5. O QUE INFLUENCIOU A BUSCA PELO DESTINO?

( ) TELEVIÃO ( ) AMIGOS

( ) JORNAL ( ) AGENCIA DE VIAGEM

( ) INTERNET ( ) OUTROS

6. ALÉM DO ASPECTO NATURAL, QUAL OUTRO LHE SERIA INTERESSANTE?

Page 32: POTENCIAL GEOTURÍSTICO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

( ) GASTRONOMIA ( ) GEOGRAFIA

( ) CULTURA ( ) CURIOSIDADE LOCAL

( ) HISTORIA 67

7. EM SUA VISITAÇAO TEVE CONTATO COM ALGUNS DOS ASPECTOS ANTERIORES?

( ) NÃO

( ) SIM

QUAL? ................................................................................................

8. QUAL O GRAU DE SUA SATISFAÇÃO QUANTOS AOS ATRATIVOS E OPÇÕES DA LOCALIDADE TURISTICA?

( ) OTIMA

( ) BOA

( ) REGULAR

( ) RUIM

9. VOCÊ SABIA QUE A REGIÃO FOI PALCO DA DIVISÃO DOS CONTINENTES AMERICANO E AFRICANO?

( ) NUNCA OUVI FALAR

( ) SOUBE NA PROPRIA REGIÃO

( ) JÁ ESCUTEI COMENTARIOS A RESPEITO

10. VOCÊ VOLTARIA MAIS VEZES AO CABO DE SANTO AGOSTINHO?

( ) NÃO

( ) SIM