postscriptum nº48

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Revista da Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis

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Página 2 Julho de 2012

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Página 3Julho de 2012

A A b r i r

Em DestaqueAno Europeu do Envelhecimento Ativo e daSolidariedade entre Gerações 4

Aniversário da escola 8

A Escola que somosInício e fim de ciclo 12Associação de Estudantes 13Baile de Finalistas 14Desporto. 15Dia D 19Concursos 20Escolíadas 26Projecto Comenius 32Visitas de Estudo 38Congressos 44Conferências 46Braço Direito 47Biblioteca 48Educação Especial 49

A fecharCrónica 50

Directoras:Alda Marques e Margarida CastroPreparação/Redacção:Alda Marques, Margarida Castro

Colaboradores: Cátia Rosinha, FláviaMorais, Inês Severino, Francisco Nazaré,Andreia Sousa, Rute Gonçalves, Teresa Sá,Catarina Martins, Daniel Amaral, MarinaGeraldes, Ana Filipa Baltazar, BeatrizGomes, Ana Rita Santos, Ana Beatriz Reis,Ana Raquel Pinheiro, Mafalda Teles,Jorge Branco, Mário Barros, Rui Rola,daniel santos, Bárbara Nogueira, BeatrizCarvalho, André Fonseca, João Pereira,Beatriz Duarte, Ana Patrícia Lopes,Alexandre Oliveira, Ruben Bicho, AndréFonseca, Beatriz Nogueira, AugustoNogueira, Vítor Matos, Dídia Pereira,Jorge Delícias, Sara Barata, CristianaPereira, João Neves, Maria Jorge, ClaraMarques, Daniel Santos, Lurdes Santos,Rosa Canelas, Fernando Sá..

Depósito Legal nº 145144/99Projecto Apoiado pelo RNEPS

Ler neste númeroFicha Técnica

EditorialMais uma vez, um ano letivo chega ao seu

fim. É tempo de balanço – de refletir sobreeste tempo que vivemos, e que é um tempodifícil, complicado, problemático. Mas obalanço que fazemos só pode ser positivo –porque, como se pode ler nestas páginas,apesar de uma crise e de uma economia(de)cadente, impossível é não viver, e porisso vamos, claro, gritar as vozes de maio, porMafra, por Sintra, pela Serra da Estrela, àconquista dos quatro cantos da Europa,através do Desporto, de Conferências,

Congressos ou Concursos, com honestidade,seriedade, clareza, porque queremos umasociedade em que todos se sintam bem!Neste ano em que a escola fez 25 anos,lutámos por nós próprios, construímos algoque tinha a ver com as nossas vidas, vestimosa camisola da mesma grande equipa. E saímosganhadores! Porque passou um ano e nósvivêmo-lo, porque houve festa e nósparticipámos dela, porque houve vida e fomosnós que a fizemos existir!

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A queda da natalidade e oaumento da esperança médiade vida estende-se a toda aEuropa, sendo que com oavanço da medicina, com amelhoria das condições devida e a mudança dementalidades, esseenvelhecimento se tornouativo.

Se a idade premeia comuma reforma bem merecida,isso não será sinónimo daspessoas mais velhas ficareminertes e inoperacionais.Quer no seio familiar (apoioa filhos, netos ou mesmobisnetos), quer na sociedadeem que se inserem (atravésdo serviço de voluntariado,por exemplo), os mais velhostêm ainda muito para dar oque será sempre uma maisvalia, inclusivamente para

eles próprios ao sentirem-seseres úteis e atrasando oumesmo evitando oaparecimento de algumanegatividade que a velhicepoderá trazer. Aquelasvivências desenvolvem,logicamente, as suascapacidades e aumentam, notempo, a sua autonomia.

Já há largos anos quesensibilidades locais, natentativa de evitar oisolamento dos mais velhos epara tornar o seuenvelhecimento mais ativo e,consequentemente, maissaudável, criaram centros deconvívio onde pessoas maisidosas, para além deconversarem, trocaremideias, praticam tambématividades diversas (pintura,costura, ginástica, visitas

guiadas…) e partilhammomentos com gente maisnova. Inserem-se nestamesma linha as faculdadesseniores que foram surgindoaqui e ali. Formas de darVIDA à vida.

Sensível a esta realidade,o Parlamento Europeuescolheu 2012 como o AnoEuropeu do EnvelhecimentoAtivo e da Solidariedadeentre Gerações. Deste modo,pretende-se chamar aatenção, da população emgeral e sobretudo dosgovernantes dos váriospaíses em particular, para aimportância de continuar afacultar às pessoas maisvelhas a oportunidade deserem úteis pela partilha,com outras gerações, dosseus saberes adquiridos aolongo de vários anos deexistência e a reciclagemdesses mesmosconhecimentos, atualizando-os, de acordo com os avançosque as ciências várias forampropiciando. Para que tal sejapossível, a ação política nãopoderá, pois, alhear-se dasua responsabilidade naimplementação de medidassérias de intervenção a nívelsocial e da saúde.

Que cada um seconsciencialize do papel ativoque poderá ter naconstrução de uma sociedadeem que todos se sintam bem eninguém pese a ninguém.

De acordo com o Censos 2011, a população jovemportuguesa tem vindo a reduzir, contrariamenteà população mais idosa que tem aumentado. Em 2011,cerca de 15% da população portuguesa tinha ente 0 e 14anos, enquanto 19% tinha 65 ou mais. No entanto estefenómeno não se circunscreve a Portugal.

Ano Europeu do Envelhecimento Ativoe da Solidariedade entre Gerações

Por uma sociedade em quetodos se sintam bem

que cada umse consciencialize“

Em destaque

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Página 5Julho de 2012

Em destaque

Quando nasci, já tinha sidomuito roubada. Não conheci osmeus avôs. Apenas vi a avó pa-terna uma vez, antes de serroubada, e a avó materna foiroubada tinha eu para aí unsnove anos. Lembro-me delamuito velhinha, muito enru-gada, muito cega, muito surda,muito entrevada. Muito, muitotudo! O nosso contacto resu-miu-se a visitas mensais, penso,pois não havia carro familiar,os transportes públicos eramcaros (na altura já o eram paraas bolsas pobres) e raros.Ainda por cima, a carreia nãoia até ao lugar, que ficava acerca de três quilómetros daestrada principal, e era preci-so calcorreá-los a pé. As minhapernas franzinas reclamavamsempre, e o colo era impossível– havia que transportar oscestos com as lembranças, osmimos, para e de.

Talvez pela falta dos mimosdos avós, sempre nutri, aolongo da minha vida, um carinhomuito especial pelos velhos.Durante a adolescência fuipedindo avós emprestados anetos com menos paciência edesconhecedores da riquezaque tinham. Nunca me saí mal.Passava parte das férias gran-des em casa de amigos noAlentejo, na Aldeia da Mata.Aí havia a avó Teresa, comquem passava as tardes decanícula na loja, parte da casamais fresca, enquanto os ou-tros dormiam a sesta ou ou-viam música estirados na cama.Íamos descascando ervilhas,feijão, ou o que calhava (havia

sempre algo a fazer, os alente-janos não são preguiçosos), ea avó Teresa desfiava as suashistórias de vida: bailaricos,namoricos, dureza de trabalhonos campos, perseguição dossenhores das terras, pobreza,fome. Ficava presa nas suaspalavras. Foi o meu primeirocontacto com uma realidade

que, naquele tempo, me eraquase ou totalmente desco-nhecida. Havia uma grandeempatia e cumplicidade entreas duas. Quando queríamossair à noite para algum baile nazona ou ir até ao clube, pediaà avó Teresa que intercedessepor nós. Raramente falhava. Otempo também ma roubou. A

Os velhos da/na minha vida e eu

casa já não voltou a ser amesma nos verões seguintes.

Outros velhos foram enve-lhecendo na minha vida. A casagrande para os acolher a todosnunca se encheu porque, maisuma vez, fui sendo roubada. Aresidente de mais longa dura-ção nunca foi olhada como“velha” e, diga-se em abono daverdade, nunca o quis ser.Todos a tratavam como ele-mento precioso. A sua sabe-doria de vida, a sua opinião,eram ouvidas e aproveitadaspara não cometermos erros, eo seu sentido de humor explo-rado para ultrapassarmosmomentos menos bons. Mulhervanguardista, sempre defen-sora das “modernices” dos

Durantea adolescênciafui pedindo avósemprestadosa netoscom menospaciênciae desconhecedoresda riquezaque tinham

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Página 6 Julho de 2012

Em d e s t a q u e

Este país não é para velhos(e para novos também não!)

Fico chocada quando ouço e/ou leio na comunicação socialnotícias sobre velhos que sãoencontrados mortos nas suascasas sem ninguém dar pela suafalta. Velhos que estão prisio-neiros nas suas próprias casas,geralmente nos últimos andaresde prédios sem elevador, depen-dentes da ajuda de gruposvoluntários que lhes levam com-pras, medicamentos, tratam depapéis, ou, simplesmente, conver-sam. É meritório o trabalhodestas pessoas. A maior partedos voluntários é de meia-idade(Então também há idade inteira?).

A sociedade atual está de talmaneira obcecada com a cria-ção de riqueza que o ser humanoé passado para último plano, o

netos (cabelos masculinospintados de azul e piercingsnas orelhas), encaixou-se per-feitamente nos tempos, mos-trando uma espantosa capa-cidade de adaptação às novasrealidades. Manteve-se ativaquase até ao final. Já emcadeira de rodas, havia umaplanta para mudar de vaso,meias para dobrar, jornal ourevista para ler, conversar,re-re-recontar as histórias dasua vida, há muito por todosconhecidas. A nível mentalmanteve-se ativíssima, comespírito crítico e respostapronta na ponta da língua. Foiroubada em 17 de abril de2009, aos 91 anos. Este foi omeu último roubo.

Marília LoureiroTexto escrito em homenagem à minha

doce velhinha,“o meu herói”.

que leva à desumanização acele-rada de toda a teia social.Embora, felizmente, já se vejagente mais nova com espírito deintervenção nesta área, aindahá muito a melhorar a nível deposições pessoais, concentradasapenas no conforto materialdas suas vidas, viradas para oseu umbigo. A preocupação coma sobrevivência, ou antes com asubsistência em tempos decrise, é muito forte entre todos,principalmente entre os jovensque nasceram e foram criadosna abundância. Compreende-se.É difícil mudar de vida, voltaratrás. Por outro lado, os velhosacabam também por não fazermuito parte das suas vidas,devido ao afastamento, volun-

tário ou forçado por várias cir-cunstâncias, de muitas famílias,e à concentração em grandescentros urbanos, em que osvizinhos não se conhecem. Tudoisto, numa análise breve, leva aoafastamento geracional. Cadaum está metido na sua concha.Por vezes, nem com os seuspróprios “velhos”, leia-se pais, secontacta, devido a horáriostotalmente desfasados.

Compreendo tudo isto. Mas,desculpem: continua a inco-modar-me ouvir dizer que osvelhos são uns chatos (não oseremos todos nós?) e que chei-ram mal (também nós cheiramosquando não nos lavamos ou nãotemos quem nos ajude a lavar emsituação de limitação física).

Eu gosto muito dos velhos.Eu gosto de mim.

Marília Loureiro, Professora deinglês (uma meia-velha chata)

A sociedade atual está de tal maneiraobcecada com a criação de riqueza que oser humano é passado para último plano,o que leva à desumanização acelerada de

toda a teia social

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Página 7Julho de 2012

2012 is going to be much morethan just 365 days. It has aspecial meaning. This year, weshould pay tribute to ourgrandfathers and grandmoth-ers because active ageing andintergenerational solidarityare important to our worlddevelopment.

Nowadays, the old genera-tion is getting more and moreapart. We always hear on tele-vision that old people, whostay on their own, are victimsof all the types of psychologi-cal and physical attacks bypeople that pretend to besomeone else at their doors.Yes, we keep saying “Poorman” or “Poor woman”, butthat is not enough!

So what can we do? Weshould pass this message be-cause old people have the samerights of other generations, andthey often are more sensiblethan their sons and daughters.

Please, treat all the humanbeings equally with respectand love. Make this planet abetter place to everyone.

Cátia, Flávia, Inês - 11ºB

active

age

ing

As you know 2012 is theEuropean year of ageing andintergeneration solidarity.

In the last few years wehave seen what people, in gen-eral, tend to do to old people.They neglect them to thepoint of leaving them on theirown with no support or secu-rity. Unfortunately, this situ-ation leads to a lot of deaths.But of course, there are a lotof old people that do some-thing about that: they walk,they support themselves, theydo a lot of things to occupytheir free time, unless theyhave serious health problems;in these cases their familiestake care of them or put themin homes for the elderly. Wedon’t agree with this, because

Old people havethe same rights

we have

So,what canwe do?

people need thecaring that in thosehomes they don’treceive, the caringthat only familiescan give them

people need the caring that inthose homes they don’t re-ceive, the caring that onlyfamilies can give them.

Old people have the samerights we have. We must re-spect them. They are the wis-dom of our time!

Francisco, Andreia and Rute – 11º B

Em d e s t a q u e

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Página 8 Julho de 2012

Em destaque

25 anosNo dia 25 de Novembro de 2011,toda a escola D.Dinis, do passado e do presente,foi convidada a participar nas comemoraçõesdos seus 25 anos (1986/2011). A respostafoi pronta e forte. A festividade foi grande,porque muito vivida e partilhada. De manhãaté à noite houve música, dança, testemunhos,sorrisos, abraços de reencontros.A FESTA aconteceu.

Acredito que quando sentimosuma coisa como nossa, damoso litro por ela

• Se houve segredos para acelebração do aniversário daescola, foi este – acrescentarà palavra ‘escola’ uma outra –‘nossa’ - nossa escola. E faztoda a diferença.

• Desde o primeiro momentoem que se pensou realizar coisas

para festejar a data que a ideiafoi lançada: festejar, sim, masCOM as pessoas que SÃO aescola. E não houve obstáculoque parasse a teimosia de quemcrê na ideia e luta por ela e pelasua concretização.

• A ideia: era preciso torná-la num ‘sarampo’ bom, quecontagiasse em escalada efizesse de todos UM corpoativo, dinâmico, criativo, cons-trutivo e construtor, trans-formador dos ‘bons’ indivi-duais num ‘excelente’ coletivo.

• A ação: era preciso ‘fazer’fosse o que fosse mas quecorrespondesse a mais que ummomento de explosão, de fo-guetes, de champanhes e deF.R.A.s. Era preciso uma açãoque durasse no tempo e cujosresultados se fossem obser-vando, a olho mais ou menos nu.E tudo começou, boca a boca,grupo a grupo, turma a turma,equipa a equipa e cresceu, foicrescendo até, ao longo dopercurso, ir mostrando unsfrutos que perduram.

• A partida coletiva foi a 25de novembro de 2011. Ah, pois.Enganou-se quem pensava queesse era o ponto de chegada. Foio dia da largada dos balões quecontinham os milhentos projetospor que lutámos até mais não.Eram projetos ‘nossos’. Era a‘nossa’ equipa. Era a ‘nossa’ escola.

Afinal, lutávamos por nóspróprios, construíamos algoque tinha a ver com as nossasvidas, vestíamos a camisola damesma grande equipa. Não épreciso pedir para dar o litro.Qualquer um de nós está dispo-nível para ser mais um, para seraquele que falta, para ser apedra que é necessária nomomento. Quando sentimosuma coisa como nossa, damoso litro por ela!

Confissões inúteisou Sentir(es) a escola

Teresa Sá, professora do departamento de Línguase Coordenadora do Projeto de Atividades

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Página 9Julho de 2012

25 anosEm destaque

SeriedadeAcredito que quando nos perguntam porque queremouvir a nossa resposta, nós nos empenhamos porresponder com seriedade.

Acredito, pois!Em tudo istoe muito mais…

Aconteceu: perguntaram-nos, ao longo de todo o ano, quecaminho queríamos trilhar. E oque dissemos serviu sempre paraalguma coisa. E mesmo quandoduvidámos sermos capazes, umalguém nos fez sempre retomara fé em nós próprios, individuale coletivamente.

Aconteceu: estivemos emmuitas frentes. De umas saí-mos vencedores, de outrassaímos vencidos. De todassaímos ganhadores: mostrá-mos sempre a dignidade que

carateriza quem sabe estaronde está, quem sabe o queestá a fazer e o porque está afazê-lo; respeitámos sempreos adversários, os que pensa-vam diferente ou eram dife-rentes.

Trabalhámos – que nada sefaz sem trabalho, para termosconseguido prestações e de-sempenhos que nos orgulham.

Sentimos que fazíamos par-te da construção coletiva eque as nossas ideias eramimportantes para o todo.

Acredito que quando clari-ficamos o objetivo da nossaproposta de trabalho,multiplicam-se os braços, ascabeças, os pés, as ideias…Objetivo - festejar pararecordar, para revitalizar,para construir mais e melhora partir da história que nosfez chegar aqui.Foi um ano repleto de festa.Cada setor, cada clube, cadaprojeto, cada equipa, sabiaque caminhava para a mesmadireção ainda que demaneiras diversas.Chegados ao final do anoletivo sentimo-nos vencedoresporque passou um ano e nósvivêmo-lo, porque houve festae nós participámos dela,porque houve vida e fomosnós que a fizemos existir.Se foi tudo só bom? É claroque coisas deve ter havidoque podiam ter sido melhores.Mas não me apetece dar-lhesespaço neste discurso. Ficampara outro…

Clareza

nada se fez sem trabalho,para termos conseguidoprestações e desempenhosque nos orgulham

E o que é que isso atrasa ou adianta? – perguntarão. Não sei.Mas o contrário – não partilhar - não adianta mesmo nada!Grande comunidade, esta! Grande gente, esta!Parabéns Escola !

Em destaque

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Página 10 Julho de 2012

25 anosEm destaque

D.Dinis é uma escola.DINIS o espírito que nela sevive!D. Dinis é um espaço.DINIS é a gente que nelehabita!D. Dinis é bom.DINIS é fantástico!

Quando optamos por estudarna D. Dinis, não escolhemossó uma escola, escolhemosfazer parte de uma grandefamília, escolhemos orgulhar-nos de tudo o que somosjuntos, assumimos defender-nos sem qualquer condição,decidimos honrar todas aspessoas que foram, são ouvirão a ser geração DINIS.Aqui, todos temos o mesmonome do meio: DINIS!

Catarina Martins 12ºA

D. Dinis - DINIS

Quando optamos porestudar na D. Dinis,escolhemos orgulhar--nos de tudo o quesomos juntos

Em destaque

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Página 11Julho de 2012

25 anos

A Escola D. Dinis foi criada há25 anos e desde então asiniciativas em prol da comu-nidade educativa sucederam-se.Apesar de situada numa zonaperiférica (zona industrialde Coimbra) o seu ambienteprotetor revela-se:- na relação pedagógica entreestudantes e professores e nasrelações interpessoais entretodos os agentes educativos;- no olhar holístico e naatenção global à pessoa (adintra e ad extra);- na criação de projetos,sustentação de clubes eimplementação de atividadesque propiciem um estar e serecológico;- num espaço escolar limpo eseguro;- e num espaço exterior

Uma escola protetoraA voz dos adolescentes.O que pensam sobre a escola.

protetor pois não permitefácil acesso a shoppings,fast food ou mesmo lojassmart shop.A nossa escola:- reforça as relações inter-pessoais pois trabalha aautoconfiança e capacita osadolescentes para lidar maisfacilmente com a necessidadeconstante de tomar decisões;- promove o desporto escolare o espírito de grupo;- promove a criatividade coma participação nas Escolíadase com o Clube de Teatro;- incentiva-nos a participarem diversos projetos e nósaceitamos os desafios;- é única e inesquecível.

Em destaque

Daniel Amaral, Marina Geraldes, AnaFilipa Baltazar, Beatriz Gomes, AnaRita Santos, Ana Beatriz Reis e Ana

Raquel Pinheiro, alunos do 12ºB

Em destaque

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Página 12 Julho de 2012

Receção & DespedidaReceção & DespedidaReceção & DespedidaReceção & DespedidaReceção & DespedidaSetembro, mês do princípio e do fim

Já foi quase há um ano,mas não podemos deixar deassinalarna nossa revista oencontro oficial que marcouo início de um novo ano paraalguns (receção aos alunosem setembro) e o fim de umciclo daqueles que nos vãodeixando saudades – aentrega de diplomas e deprémios aos melhores alunos,a qual aconteceu em 30 deSetembro de 2011, numacerimónia singela masternurenta.

A Post Scriptum esperaque o ano findo (2011/2012)não os tenha dececionado.

A Escola que Somos

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Página 13Julho de 2012

Associação de EstudantesAssociação de EstudantesAssociação de EstudantesAssociação de EstudantesAssociação de Estudantes

Apresentou-se, também, nacorrida, a lista T, liderada porMaria Gabriella, com os lemas“Um projecto diferente, umprograma excepcional” e“Temos união, temos ambição”.Os dois grupos defenderam,durante dois dias, os seusprogramas de forma entusiás-tica e esclarecedora, entre-gando desdobráveis com a suaconstituição e ideias queprocurariam implementar.

No dia 28 de outubro de2011, a maior parte dos alunosda D. Dinis elegeram o projecto

Que a escola seja mais do que um espaço...Que seja o NOSSO espaço!

D como seu representante.Faziam parte da DirecçãoGeral da Associação os alunosCatarina Martins, presidente,Tiago Pereira, vice-presidente,David Loureiro, tesoureiro,Paulo Faria, secretário, BeatrizPais, vogal e como suplentesFilipa Baltazar e Maria Santos;do Conselho Fiscal, DanielAmaral, presidente, Ana RitaVaz, secretária, BeatrizCarvalho, secretária e assuplentes Bárbara Nogueira eVanessa Fachada; da Mesa daAssembleia Geral, os alunos

Diogo Carvalho, presidente,Ana Cardoso, secretária, AnaPinheiro, secretária e comosuplentes Vanessa Fernandes eAna Beatriz Reis.

Ao longo do ano foi notóriaa intervenção da Associaçãode Estudante na dinâmica daescola, destacando algunstorneios, a organização de umjantar de natal aberta acomunidade escola, a come-moração do 25 de abril com aentrega simbólica de cravos, aorganização do baile de fina-listas, com convites persona-lizados e generalizados a todaa comunidade, a organizaçãode um concurso literário.

O título deste artigo são palavras de CatarinaMartins aquando da sua apresentação comolíder do PROJECTO D (“Não queremos ser umalista de campanha, mas sim uma associação deprojectos a tempo inteiro!”) à eleição para aAssociação de Estudantes.

Os dois gruposdefenderam, durante

dois dias, os seusprogramas de forma

entusiásticae esclarecedora

A Escola que Somos

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Página 14 Julho de 2012

Não é à toa que me candidatoa este cargo. Não é de ânimoleve e, muito menos, de formainconsciente que o faço. Aminha candidatura surge emconsequência de uma longa eprofunda ponderação conju-gada com a vontade incessantede dar mais de mim aos outrose à escola.

E é com este objectivo queparto em frente. Poder melho-rar o ambiente que frequen-tamos todos os dias, poderdar-vos mais alternativas aosmais variados níveis, poderfazer com que a escola sejamais que um espaço, seja oNOSSO espaço.

Está ao alcance de todosmudar a sociedade, fazer delao melhor que sabemos e contri-buir para que o futuro sejacomposto por cidadãos eru-ditos, responsáveis e comespírito crítico e acredito queé dando pequenos grandespassos que evoluímos nessesentido. Pretendo, portanto,que a Associação de Estu-dantes seja um espaço detodos e para todos, no sentidode consciencializar o todo ecada um para os seus deverese direitos.

Proponho-me estar dispo-nível para todos vocês, ajudar-vos no que puder e avanço nacerteza de que tenho um órgãosuficientemente competente,empenhando-se para que todosos nossos objectivos sejamcumpridos da melhor forma.”

Catarina Martins, Presidente daAssociação de Estudantes

e aluna do 12º A

Baile de FinalistasBaile de FinalistasBaile de FinalistasBaile de FinalistasBaile de Finalistas

Quem parte leva saudades,quem fica saudades tem...

Mas aqueles que passam por nós,não vão sozinhos, nem nos deixam sós:

deixam sempre um pouco de sie levam um pouco de nós.

Até à vista!

Vontade incessantede dar mais de mimaos outros e à escola

A Escola que Somos

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Página 15Julho de 2012

DesportoDesportoDesportoDesportoDesporto

Dias DesportivosNos dias 28 e 29 de Novembrode 2011, a turma do 11º D, doCurso Tecnológico de Desporto,realizou um conjunto de ativi-dades para os Dias Desportivos,com o objetivo de cumprir oprograma da disciplina de PDR(Práticas Desportivas e Recre-ativas) sob a responsabilidadeda professora, Mafalda Teles -Atividade Referente 3. Entre as9h e as 18h20 de ambos os dias,foram várias as competições nasquais os alunos puderam parti-cipar: Gincana (percurso comobstáculos); torneios de Volei-bol, Basquetebol, Salto em Altu-ra, Badminton e Futsal; concur-sos de remates e lances livres.

O trabalho desenvolvidopelos alunos começou no iníciodo ano: desde a realização deAções de Formação de arbi-tragem para complementar aqualidade da arbitragem dostorneios das modalidades deVoleibol, Futsal, Basquetebolle Badminton, tendo sido paraisso convidados três dina-mizadores para as modali-dades de basquetebol e defutsal, respectivamente, Mi-guel Rosário, Luís Silva e JoelBranco, até à venda de rifaspara um Cabaz de Natal e debolos no bar dos professores.Elaborámos cartas, pedidos deautorização, cartazes de di-vulgação, elaboração de fichasde inscrição de participantes,certificados panfletos, qua-dros de competição, regula-mentos, justificações de fal-tas, etc.. Para além de todos

esses materiais indispensáveisàs atividades, criámos aindauma página no facebook paraconvidar os alunos da escola,bem como realizámos umareportagem fotográfica.

Depois de todo o esforçoque tivemos, podemos dizerque a nossa actividade atingiuo sucesso. As inscrições nostorneios superaram todas asexpectativas, de forma quefomos obrigados a limitar onúmero das mesmas. No en-

tanto, como em todos os even-tos desportivos, ocorreramalguns imprevistos, que foramfacilmente ultrapassados gra-ças à capacidade de autonomiae união por parte dos dina-mizadores. A turma mostrouum grande espírito de cola-boração e entreajuda, ten-tando desempenhar funçõesfora do seu grupo de trabalhoe solucionando problemas em

conjunto. Conseguimos pro-porcionar o convívio e a cria-ção de relações interpessoaisentre os elementos das dife-rentes turmas e entre pro-fessores e alunos. Os parti-cipantes revelaram despor-tivismo e respeito pelos cole-gas/adversários e materiais,especificando o torneio defutsal que exclui conflitos erivalidades. Pensamos quetodos os intervenientes te-nham tido uma boa experiência

e dois dias memoráveis.Parabéns rapaziada despor-

tista e empenhada (organi-zadores/dinamizadores), pa-rabéns a todos os partici-pantes e público, não esque-cendo um Obrigada à D. Mer-cês e Sr. Leonel, bem como aoscolegas de Departamento quecolaboraram!!!

A professora responsável:Mafalda Teles

A Escola que Somos

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Página 16 Julho de 2012

DesportoDesportoDesportoDesportoDesporto

Os alunos da turma D do 12.ºAno, ao longo do segundoperíodo e das primeiras sema-nas do terceiro, vivem mais ummomento importante da suaformação (240h) com a reali-zação do estágio, Segue a lista

É com agrado que vejo osnossos desportistas do CursoTecnológico de Desporto adesenvolverem os seus traba-lhos/projectos ao longo do anolectivo (para consolidação/avaliação de matérias) com brio,empenho e responsabilidade.Espero que continuem a traba-lhar e a crescer adquirindo ossaberes específicos em relaçãoàs competências e à formaçãoinerentes a este curso (essen-cialmente, dinamização/organi-zação/gestão/avaliação dasactividades físicas desportivaspara diferentes populações) eque culminam com uma formaçãoem contexto de trabalho – oestágio – e a realização de umaprova pública – PAT. Que sejamcada vez mais autónomos edesembaraçados nas tarefaspropostas pelos professores quevos acompanham!

E por falar nestes últimos, aarticulação (positiva e activa)entre os professores das com-ponentes de formação geral,científica e especialmente atecnológica, de uma formageral, é fundamental para esta-belecer uma formação/coo-peração sólida e progressiva dosalunos, tal como tem acontecidoe, muito concretamente no anotransato. Por isso, quando asequipas funcionam, a conti-nuidade pedagógica será impor-tante para dar coerência aosmétodos e aos processos deensino e a consistência curricu-lar iniciados.

Saudações desportivas!!!A professora Coordenadora do Curso

Tecnológico de Desporto,Mafalda Teles.

Tecnológicode Desporto

Estágiodos alunos com as diferentesentidades de estágio e osmeus agradecimentos a todasas Instituições e Monitoresde Estágio, que uma vez maiscolaboram com a nossa escola:

Nº Aluno Entidade de Estágio

1 David Loureiro Centro Social S. João2 Diogo Fernandes ADC Adémia3 Gonçalo Pereira Clube Desportivo Pedrulhense4 Luís Bernardes Pampigym5 Miguel Diz União de Coimbra6 Paulo Faria Escolas Academia do Sporting9 Sara Fiúza Estúdio StreamDancing

A professora Coordenadorado Curso Tecnológico de Desporto, Mafalda Teles.

A Escola que Somos

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Página 17Julho de 2012

De 15 a 19 de Julho, decorreuem Coimbra o Eurogym 2012,um festival de ginástica noqual participam jovens comdoze ou mais anos.

Trata-se de um festivalorganizado pela União Euro-peia de Ginástica com o paísanfitrião. O primeiro Eurogymocorreu em 1993, em Lisboa.

Em vários pontos da cidadede Coimbra, foi possível admi-rar a performance de váriosatletas que, ao ar livre, pre-sentearam o cidadão comumcom a sua “cor, movimentaçãoe animação”.

Para além destes espetácu-los, destacaram-se as Cerimó-nias de Abertura e Encerra-mento, a Gala UEG, o Fórum,

No âmbito da disciplina deATI, há dois anos atrás, osalunos do 12º D e arespectiva professora,Mafalda Teles, realizaramum Projeto Tecnológico - aconstrução de uma paredede escalada, logo colocada, einício da “construção” de umcircuito de manutenção paratoda a comunidade escolar,aproveitando as ótimascondições do espaçoenvolvente da Escola. Nestesprojectos tiveram a ajudaimprescindível dosprofessores Armando Cruz,Luís Pais e Carlos Coelho e deempresas da região queofereceram todo o materialnecessário, contando-se,para este fim, ainda, com acolaboração do Senhor JoséCarlos, funcionário da nossaescola, que ajudou aestabelecer os contactoscom as ditas empresas.

No corrente ano, os alunosdo 12º D e o respetivo pro-fessor, Nuno Freitas, deramcontinuidade ao projecto,distribuindo os placardsorientadores do circuito nosterrenos da escola e conclu-indo algumas das estações.

No dia 8 de Junho,procedeu-se à inauguraçãodo circuito na presença ecom a participação da Di-reção da Escola, de alunosenvolvidos no projecto e deoutros elementos da comu-nidade escolar.

Mafalda Teles, professora doDepartamento de Expressões

Eurogym...os Workshops e a animadaparada pelas ruas da cidadeque a acordou para o espetá-culo que a iluminou durantecinco dias.

A Escola Secundária com 3ºciclo D. Dinis deu o seu contri-buto para este evento (assimcomo todas as escolas dacidade) acolhendo 250 atletasbelgas.

Por esse facto, no dia 1 deJunho houve o hastear dabandeira oficial do evento nanossa escola, antecedido deuma breve cerimónia em quedois atletas federados seexibiram, bem como uma alunado 9º ano da nossa, ex-atleta,Nádia Margarida FernandesGeraldo.

EUROGYM

Circuito deManutenção

DesportoDesportoDesportoDesportoDesporto

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No dia 28 de maio decorreuna D. Dinis uma actividadedesportiva interinstitucionalpara populações especiais,BOCCIA, dinamizada pelosalunos do 11º D, integrada nadisciplina de PDR, e a APCC.

A referida actividade teveum momento de acção teóricacom a presença de atletasparalímpicos medalhados eoutro prático de convívio salu-tar entre todos os interve-nientes.

O Grupo de Educação Físicaorganizou uma corrida solidá-ria a favor dos Médicos doMundo aberta a toda a comu-nidade escolar. Esta activi-dade decorreu no Parque Ver-de da cidade, no dia 18 de

...Boccia...

...e Médicos do Mundo

Dia D

A mesma turma dinamizouainda como atividade de crédi-to, obrigatória - uma prova deBTT que teve lugar no dia 1 deJunho (dia da bicicleta) nos

espaços exteriores da escola eque envolveu a comunidade es-colar. Esta actividade teve opatrocínio da Decathlon.

Maio, de manhã, e envolveu 65alunos e os professores Mafal-da Teles, Ivo Rego, Júlio Coe-lho, Salomé Quinteiro, Armé-nio Nogueira e Armando Cruz.

Em simultâneo, no pavilhão daescola decorria o torneio de

futsal e um momento de fitnessda responsabilidade de NunoFreitas e Célia Costa, respe-tivamente, integrados nas ati-vidades do Dia D – abertura daescola à comunidade.

Nas disciplinas de Psicologia A e B,os alunos elaboraram trabalhossubordinados ao tema “Problemasda Psicologia”, que estiveram emexposição/apresentação, desde oDia D (dezoito de Maio), até aopresente, em vários espaços doBloco D, especialmente na sala Dcinco.

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Página 19Julho de 2012

Dia DNo dia 18 de maio, a D.Dinis foi invadida por muitos, muitos

colegas de outras escolas que vieram conhecer o que por cá sefaz, e que é muito mais que aulas e mais aulas. Temos a certezaque os alunos do 9º ano da Escola Rainha Santa Isabel, de S.Silvestre e da Escola de Penela gostaram do que viram...

Conhecer a D. Dinis‘tá-se bem

aqui!

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Página 20 Julho de 2012

Tudo começou em Novembro2011 com a redação de umeditorial. Sete grupos dasturmas A e B do 11º anoresponderam ao desafiolançado pelo Diário deNotícias (DN) no concurso“N@escolas”. As temáticasescolhidas pelos alunosforam variadas,interessantes, integrando aseditorias Sociedade eDesporto: “Coimbra é umalição de sonho e tradição”,grupo As F (Filipa Valença,Joana Simões, PatríciaTimóteo), “Corrupção noDesporto (ou não só), grupoOs Fala-Barato (JoãoMatamouros, Marco Soares,Sérgio Melo), “CriseConsumista”, grupo Pradas(Ana Nazaré Rasteiro, Caro-lina, Daniela Silva, SaraBarata) do 11º A; “Ascrianças não são fantochessexuais”, grupo GAFE(Andreia Sousa, FranciscoNazaré, Ana RuteGonçalves), “Verdadeirosatores da vida real”, grupoDICA (Daniela Marques, InêsSeverino, Cátia Rosinha eFlávia Antónia Morais),“Camaleões” grupo WAZZA

DN Escolas: Vamos, claro!

Animados pelo desejode viajar pela Europa

e encorajados poruma claque alegre,

entusiasta

(André Fonseca, CarlosSantos, João Neves, JoãoBranco, Rodrigo Queirós),“Economia (De)Cadente”,grupo Ecosport ( JorgeBranco, Mário Barros, RuiRola) do 11º B.

Foi graças a este últimoque o Dr. Camilo Lourençoveio à nossa Escola no dia 20de março falar sobre odesporto e a economia.Durante cerca de uma hora, oconvidado trazido pelo Diáriode Notícias respondeu aalgumas das muitasperguntas preparadas pelaequipa Ecosport que, deimediato, preparou areportagem “Negócio acimada paixão”. Tiveram, nestafase do concurso, como“adversárias” as colegas dogrupo DICA que redigiram areportagem “Desporto: umnegócio de marca”. Relembre-se que três alunas destegrupo foram, o ano passado,concorrentes presentes naprova final.

O grupo Ecosport foiselecionado para a últimafase do concurso realizadaem Lisboa no Cinema de SãoJorge, no dia 23 de maio,onde dominados pelonervosismo lutaram pelavitória com duas outrasequipas. Animados pelodesejo de viajar pela Europae encorajados por umaclaque alegre, entusiasta, anossa equipa colocouperguntas pertinentes àmesa de convidados para opainel “Desporto - Umaatividade social - NovasTendências”, tendo cativadoo júri com as suas questões oqual lhe deu a vitória daeditoria desportiva.

Assim, temos, o Jorge, oMário, o Rui e a Alda,professora dos referidosalunos, a viajarem porEspanha, França, Suíça,Áustria, Eslováquia, Croáciae Itália, de 28 de Julho a 11de Agosto, com colegas demais sete escolas.

http://nescolas.dn.pt/index.php?a=viagem&action=routingé o site que deverão visitar, ao longo daqueles dias, para osacompanharem e lerem as reportagens que vão construindo.Boa viagem a todos!

ConcursosConcursosConcursosConcursosConcursos

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Página 21Julho de 2012

ConcursosConcursosConcursosConcursosConcursos

DN Escolas: Economia (De)Cadente

A Terra gira à volta do Sol,mas na Terra, por vezes,muitas coisas giram à volta dofutebol.Quando pensamos em fute-bol, vem-nos à ideia a euforiados adeptos, as emoçõespresentes dentro de campo,as ligações estabelecidasentre simpatizantes ejogadores. Mas algo emergedestes acontecimentos: Deonde vem todo o dinheiro quegere o mundo do futebol?A maior parte das competi-ções são sustentadas pelosinvestimentos de diversasentidades, que visam umúnico objectivo, que os lucrossejam superiores aosinvestimentos.Destes destacamos o investi-mento feito por diversasmarcas ao patrocinaremequipas, ligas, estádios.Contudo, muito dessedinheiro privado não tem osucesso pretendido. E até oinvestimento público no

setor, há vários anos, se temsentido como erradamenteaplicado, como por exemplo aconstrução dos estádios Dr.Magalhães Pessoa em Leiria eo Municipal de Aveiro, para oEuro 2004.Neste momento, estandoPortugal com uma economiaextremamente degradada, osgastos com estas obraspúblicas a agravarem aindamais a nossa condiçãoeconómica e os clubes aviveram situações financeirasdesonrosas, terá algum

sentido continuar a apostarem contratações milionárias,caso de jogadores rotuladosde jovens promessas quecustaram milhões aosrespectivos clubes, comoJavier Balboa, do Benfica,Mário Bolatti do FC Porto,Celsinho do Sporting?Deste modo inteligente, oSol, um dia, poder-se-áapagar e dificilmente a nossaeconomia voltará a brilhar.

Jorge Branco, Mário Barros, RuiRola, alunos do 11º B

A Terra giraà volta do Sol,mas na Terra,

por vezes,muitas coisasgiram à volta

do futebol

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Life Symphony

Already the streets cheer with musicWhen snow falls,

Cold, lifeless.

At the bottom of eachThere is something that arouses.

As automated beings,By distance activated,

There is something that turns what is distantIn a vibrant proximity!

The cold whitenessGives rise to a sweet tenderness.

And random words,Glued together with harmony,

Remind us, at Christmas,The joy of our life symphony!

Daniel Santos, nº 12 – 12 ºA

No dia 16 de dezembro, pelas dez horas, teve lugar nabiblioteca da nossa escola a entrega dos prémios do concursode poemas de Natal em língua inglesa. Todos os concorrentesreceberam um certificado de participação.

Os poemas vencedores foram os seguintes:

2.º Prémio

Hi Santa,What’s up with youChristmas is coming

So I got to talk to you

First time I write,Sixteen I am

Childish this might soundBut a few complaints I have

I believe you existBut people say you’re an invention

That Coca-Cola made you upBut we really need your intervention

Christmas is a peaceful timeEverybody helps one anotherBut when Christmas is over

Why is peace over too?

The kids only want presentsThey don’t have Christmas spiritIf you’re the godfather of Xmas

Why won’t you change their spirit?

I only ask for Christmas timeTo be just another day

When peace blows silentAnd people won’t die in vain

This is my wish for ChristmasThat it can be every daySo the only question is,

Can you give me this “toy” to play?

André Fonseca, nº2,João Pereira, nº11 – 11º B

3.º Prémio

Christmas is more than givingAnd receiving

Christmas is more than laughAnd play

Christmas is moreThan listening to bells

Christmas is the timeTo share

Christmas is the timeTo love children even more

Bárbara Nogueira, nº 4,Beatriz Carvalho, nº 5 – 11º C

ConcursosConcursosConcursosConcursosConcursos

Christmas English Poems

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A Poupança, Honestidadee Criatividadeforam os temasa apresentadose discutidos no fórumdestinado aos alunos do3º ciclo (7.º, 8.º e 9.ºanos de escolaridade)promovido pelo Jornalde Notícias no correnteano. Já na sua 8ª edição,este concursoapresentou-se com omesmo objetivo desempre” formar cidadãosmais esclarecidos eexigentes, capazes deler o mundo em quevivem, comconhecimentosaprofundadose com capacidadesde argumentação”.

ConcursosConcursosConcursosConcursosConcursosEntre Palavras

A final do Entre Palavrasdecorreu em Braga, no diadia 6 de junho, a partir das10 horas e contou com “umacomissão de honra, mais umavez apadrinhadapela jornalista FátimaCampos Ferreira e por outraspersonalidades conhecidasda nossa sociedade”.A Escola Secundária com 3ºCiclo D. Dinis esteve pela

segunda vez presentenesta final com uma equipaformada pelos alunos do nonoano, Beatriz Lages Duarte,Ana Patrícia Lopes,Alexandre e Ruben Bicho,associados ao Colégio S.Pedro de Coimbra.O texto construído edefendido pela nossa equipaobedecia ao tema“Honestidade” .

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s. f. Qualidade daqueleque é honesto, decoro,modéstia; pudor; castidade,honradez, probidade ou,então, qualidade do que ageou se comporta de acordocom aquilo que é consideradoo dever ou a verdade.

Desde muito cedo, os res-ponsáveis pela nossa edu-cação, sempre sublinharam aimportância da honestidade;no entanto será que este con-ceito de “ ser honesto, de sermelhor é o ideal? E porque éque as pessoas corruptas apa-rentam ter mais sucesso que aspessoas honestas? E, afinal,ainda existirá alguém hon-esto? Ou será uma “espécie emextinção”?

Bom, começando pelo prin-cípio, a palavra honestidade émencionada em vários campos:política, desporto, economia,justiça, religião, educação…etc.

A honestidade é um valor

Honestidade

moral que sempre foi valori-zado; porém, hoje em dia,parece estar a cair no esque-cimento, com a evolução dasociedade, com acrise financeira,com a mudança dementalidades emque importa mais“parecer” do que“ser”, juntando-sea esta receita umapitadinha de am-bição e consumis-mo desmedidos.

Poderemos com-provar o facto serecuarmos algumasdécadas, pois antigamente umacordo que era selado com ummero aperto de mão, (o quehoje em dia é algo impensável),agora este terá de ser apoiadona assinatura de uma monta-nha de papéis com um mar decláusulas, (repito, para validarum mero acordo!...) e o ser que,porventura se envolve numcontrato e não utilizar estemétodo anterior, é visto como

as escassas notíciasque vêm a público e

que narram situaçõesde protagonistas quese evidenciaram peloseu caráter honesto

são,recorrentemente,alvo de chacota e

risos

alguém pouco esperto!...Ouseja, se nos séculos passados,um homem não quebrava umacordo ou uma promessa, poisestaria a pôr em causa a suahonra; hoje quebrar uma pro-messa pouco importa e nadasignifica. A sociedade, inclu-sive, encoraja as “pequenasmentirinhas”.

Por exemplo, imaginemos umaluno, num dia de exame final

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para a entrada para a Univer-sidade: este estudante levaescondidos no bolso os tãoconhecidos “auxiliares de me-mória”; ele até é bom aluno,sabe a matéria toda, excetouma pequena parte, que nãoconseguiu decorar ou perce-ber por muito que estude.Deverá ele usar as “cábulas”?

Uma jovem mulher com umgrave problema de saúde temde ser operada urgentementemas, no entanto, a operação sópode ser realizada dali a umano. Tem uma amiga que tra-balha na área administrativado hospital e que, por simplesacaso, lhe deve uns favores;se ela lhe pedisse para acolocar no princípio da listade espera com certeza queela não lho negaria… Deveráela pedir o tal favor à talamiga?

Voltamos a apelar à vos-sa imaginação: um juiz temnas mãos um caso mediá-tico, o veredito do mesmoserá decidido em breve: oréu, em questão, propõe umacordo: a declaração dasua inocência, em troca deuma quantia volumosa de di-nheiro. Assim, o juiz poderiacomprar aquela mansão, linda,com piscina, com dez quartos,cinco casas de banho, umjardim invejável ou, então,aquele Mercedes, de pinturametalizada, com uns acentosconfortáveis …Deverá eleaceitar?

Outro exemplo que, prova-velmente, já sucedeu comquase todos nós: dirigimo-nosao supermercado para fazeras compras semanais e a fun-cionária que está a trabalharna caixa de pagamento, enga-na-se e dá mais troco do queaquilo que deveria. Será que

muitos de nós devolveríamos odinheiro em excesso?

Em suma: “a desonestidade”será sempre um ato incorretoou, quando condicionado porrazões de sobrevivência oubem estar pessoal, poderá seraceite e compreendido? E, seassim for, será aceite porqueocorre esporadicamente? E sese tornar sistemático? Passaa ser novamente uma atitude

incorreta?As situações referidas em

cima são apenas exemplos;muitos são os casos subjetivosque vão surgindo ao longo dodia , claro, pois estas situaçõessão bastante comuns; mas,infelizmente, não são as úni-cas, todos os dias os jornaisestão infestados de notíciasde corrupção.

Aliás, as escassas notíciasque vêm a público e que narramsituações de protagonistasque se evidenciaram pelo seucaráter honesto são, recor-rentemente, alvo de chacota erisos

Paralelamente, os casos

vindos a público em que o abusode poder, o branqueamento decapitais, ( como o recém des-coberta Canals) a fraude e acorrupção foram os motoresdas ações praticadas são vis-tos, pela sociedade em geral,como atos que permanecem, nasua maioria, impunes ou semresolução em tempo útil, querpor questões ligadas à trami-tação legal, quer por falta deprovas, quer por tráfico de

influências. A verdade é que asociedade comum anseia porver castigados aqueles queprevaricaram, que enganarame que roubaram, mas raramen-te isso acontece..

Na área desportiva e, emparticular, no que concerne aomeio futebolístico, o jornal«Público» noticia, a 22 demarço de 2012, a opinião dadiretora do Departamento deInvestigação e Ação Penal deLisboa (DIAP), que fez ques-tão de realçar que “a Lei é boa,mas a prática é má”, acusandogovernantes e entidades queregulam o futebol pelo “off-

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shore judicial” e “certeza deimpunidade”. Maria José Mor-gado considerou que se viveem Portugal “a certeza daimpunidade do infrator” ecaracterizou as claques defutebol como “gloriosos GOA(grupos organizados de adep-tos), autênticos viveiros decriminalidade associados aocrime organizado». Nestemomento, e à boa maneiraportuguesa, aguardam-se de-senvolvimentos.

Entretanto, surgiu umaconclusão, enquanto pensá-vamos na resposta às per-guntas que surgiram junta-mente com as situações refe-ridas; demos por nós a divagar,pois o conceito de honestidadeé algo subjetivo, depende doponto de vista, da cultura e daeducação a que os cidadãosestão sujeitos. A corrupçãoaparenta ser o caminho maisfácil. Parece que se envere-darmos por ela, afinal, ficamossempre a ganhar. Ou…não??

Depois de todas estas pen-sativas e maçadoras palavras,encontramo-nos numa encru-zilhada, ser ou não ser hones-tos… O caminho a seguir hámuito que está decidido, etodos nós sabemos qual é, ouseja, o caminho da honestidade.

Porquê, perguntarão? Poisbem, o caminho da hones-tidade é, de longe, o maisacessível; nele vamos encon-trar subidas dolorosas, pedrascorruptas e uma brisa desis-tente. Mas como nada na vidaé fácil, e o que é menos difícilnem sempre é o mais corretopara seguir, este terá de ser ocaminho a trilhar…

Porém, porque é que have-remos de ser honestos se osoutros não o são?

Mais uma questão que pare-

ce capaz de tirar o sono a umsobredotado filósofo, maspara a qual todos já sabemosa resposta; como costumadizer o povo português hávários séculos “ se alguém sequiser atirar para um poço,fazes o mesmo?”, então nósquestionamos “ se alguém sequiser atirar para o poço dadesonestidade, tu fazes omesmo?”

Será que com toda estasituação, haverá a possibili-dade de existência de pessoastotalmente honestas?

Como resposta, atrevemo-nos a afirmar que desde sem-pre existiram e irão existirpessoas honestas, pessoas commoral, pessoas de respeitoAfinal, se um em-presário de Favõesdevolveu o dinheiroque encontrou naestrada, conformenotícia do J N é desupor que existampessoas honestas.

Todavia, nada éperfeito, e a hones-tidade não é exceção, poisninguém consegue provar que é100% honesto, assim como nãopodemos provar que uma pessoaé corrupta.

Temos de reter que a faltade honestidade pode, e vaisempre prejudicar alguém,mesmo que esse alguém nãotenha um rosto, uma identi-dade, um nome….esse alguémexiste e será prejudicado pelosimples ato de desonestidadee ,como é óbvio, nos própriospodemos sair prejudicados..

Um mundo onde toda a po-pulação é honesta, é uma uto-pia, assim como o mundo semfome, sem trabalho infantil eescravatura. Tudo o que pode-mos fazer é reduzir, encon-

trando o equilíbrio, mudandomentalidades e investindo naeducação, pois as pessoasdesonestas parecem vingar navida, mas a “mentira só duraenquanto a verdade não chega”.

E como não poderia deixarde ser mencionado, o futuro énosso, dos jovens, e o nossopaís precisa urgentemente devoltar a sonhar e a reaprendera tomar iniciativa, visto que seestivermos à espera que osoutros tomem a iniciativa detentar no mínimo ser um poucomais honestos, há mais deoitocentos anos um jovemadolescente não teria lutadocontra a própria mãe e fun-dado uma nação, um grupo dehomens não teria embarcado

num “lenho velho” e descober-to a India. Se ninguém tomas-se iniciativa nós não estaría-mos aqui, hoje…Então, nãopercamos mais tempo!...

Para que este Portugal serenove, é necessário traba-lharmos todos como um todo,unidos, deixando de pensartanto em nós e começar apensar que as nossas atitudespoderão ajudar ou prejudicaralguém. Não será fácil, assegu-ramos, mas nunca ninguémperdeu nada por tentar….

Grupo do Entre PalavrasBeatriz Lages Duarte,

Ana Patrícia Ferreira Lopes,Alexandre Manuel Oliveira

e Ruben Gustavo Bicho,alunos do 9º A

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Prof. Vitor Matos - Pintura

Prof. António Sousa - Cultura

Beatriz Nogueira

Bárbara Nogueira

Vanessa Pinto

Inês Severino

Cátia Antunes

Laura Oliveira

Daniel Santos

Estrela Gomes

Beatriz Ferreira

João Neves

Rodrigo Queirós

João Pereira

André Fonseca

Gabriela Ventura

APRESENTADORACatarina Martins, Presid.

Associação de Estudantes 

STAFFProfessoras: ManuelaNogueira e Teresa SáAlunos: Tininha Lopes eMónica VeigaDiretor musical — MárioFerreira CHEFES DE CLAQUEAna Gonçalvese Ana Vaz 

EQUIPA

Eles e Nós.Assumimo-nosexplicitamente do lado dosque não são os poderosos.Esta a realidade que nos épróxima, familiar, vivida.Nós somos os filhos dos quetrabalhando e suando toda avida, chegam a casa debolsos vazios.Nós somos os netos dos queacreditaram que eles, por queeram gente de boa fé, iriam

ClaqueClaqueClaqueClaqueClaque

fazer o melhor para todos enão apenas para eles.Nós somos aqueles que luta-mos por um presente que nosfaça acreditar que é verdadeo futuro justo, solidário,digno para todos.Nós somos o coro dos aflitos,dos enganados, dos desespe-rados, dos que cruzaram osbraços, dos que perderam avoz.

Nós somos a voz de todos osque, calados, às vezes aindatêm forças para tentar, àsvezes desistem porque todas asfrestas lhes foram fechadas.Nós somos as vozes dos quecada vez menos têm voz paraserem livres e dignos.Nós somos as Vozes deMaio.Porque acreditamos que …impossível é não viver!

Manifesto

Vozes de MAIONuma rua compridaEl-rei pastorVende o soro da vidaQue mata a dorVenham ver, Maio nasceuQue a voz não te esmoreçaA turba rompeu

Zeca Afonso, Maio Maduro Maio

Escolíadas 2012Escolíadas 2012Escolíadas 2012Escolíadas 2012Escolíadas 2012De sessão em sessão, sempre aacreditar, a trabalhar mais e melhor...e na Finalíssima, primeiro lugar!

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Página 28 Julho de 2012

Letra e Música:Estrela GomesInterpretação:Estrela Gomes, João Pereira,André Fonseca, RodrigoQueirós , João Neves eBeatriz Nogueira.Direcção musical:Mário Ferreira Tema:Numa linguagem jovem, falarda vida do jovem actual.Afugentar o tom de lamúria eincentivar a procura deformas de sair daquilo a quese tem, desde sempre,chamado crise, seja qual fora geração e / ou época deque se fale

Ai ai aiTemos de ir para a ruaTemos de ir para ruaCantar e dançar

Já estou enrascadaParece a 1ª vez quenão tenho saldo disponívelaté ao final do mês

andei a estudardurante estes anos todosnão sei onde isto vai darmas eu não trabalho com todos

já andei à procurana net e nos classificadosa oferta não é muitasão poucos os anunciados

ai ai aiquero um empregoeu vou ter um empregocuste o que custar

Posso pedir um subsidioganho mais um beneficionão tenho de trabalhare não me mato a tentar

mas depois estive a pensaro que será do país setoda a gente fizesseaquilo que eu quis

MúsicaMúsicaMúsicaMúsicaMúsicaP’rá RUA!

Ó pais, mãestios e avósjuntem-se todos precisamos de vós!

Catarina Ferreira, Apresentadora Prova de Música

não vou desistirnão vou desanimarvou continuar à procuranão posso falhar

ai ai aitenho de ir pra ruatemos de ir pra ruavamos trabalhar já arranjei soluçãopara o meu problemade não conseguir sobrevivereu vou fazer uma revolução

ai ai aitenho de ir pra ruatemos de ir pra ruarevolucionar!

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Projecto de trabalho sobrea condição humana:

O mistério da vida,entre o real e o sonho,a perda e a luta pela vitória,o poder autofágico solitárioe o poder da solidariedade,a nuvem do presentee a fresta de liberdadeque desafia um futuropara construir.

Resultou um exercíciodramático a partirde um guião elaboradode forma colaborativa,a partir da discussão detextos de autores, históriasreais e histórias criadassobre as personagensescolhidas para seremtrabalhadas:

Um apresentadorpretensamente didático.Um qualquer rei de mal com avida.Um povo dividido entre ocansaço da luta pela suadignidade e a secretapossibilidade de continuar asonhar.

TeatroMAIO Um tolo, ou talvez não,

que, sobretudo, descomplicae resolve aquilo que outros,supostamente menos tolos…

Não se pode contar mais.O resto… só vendo mesmo!

Fontes de trabalho:Rifão quotidiano, in Contosdo Gin-Tonic, Mário HenriqueLeiria;Espanto feliz, in A cadeiraque queria ser sofá, ClóvisLevi;

Prova de Cultura Festejos da vitóriaProva de Teatro

Abraço, José Luís Peixoto;Maio Maduro Maio, JoséAfonso;Pedra filosofal, AntónioGedeão;As portas que abril abriu,Ary dos Santos.Jornais e revistas da atualidade.Sites e programas televisivossobre a actualidade político-social.Texto 'rap':André Fonseca.Organização e encenação:Professoras ManuelaNogueira e Teresa Sá.

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esde o início destepercurso na D. Dinisque vivemos as Esco-líadas. Um de nós par-

ticipou este e o ano passado,o outro teve a sua primeiraexperiência. Podemos ambosgarantir que apesar de cadamomento de emoção, de ale-gria, de ansiedade e nervo-sismo valeu a pena e issorevelou-se naquelas noites deencanto e magia em que secantou, atuou, pintou e gritou(apoiando, claro) pela mágicaDinis.

Este ano participámos am-bos na prova de música (comocantora e guitarrista) e so-mente um de nós na prova deteatro representando umanêspera, um rei de mal com avida e uma apresentadora deum qualquer programa. Semsombra de dúvida que é umorgulho enorme fazer partede um concurso como este emque se pretende mostrar quea arte está viva entre osjovens o que é bem visível nosespectáculos que são dadosnas diversas provas. A convi-vência, as amizades novas, aadrenalina de atuar e receberpalmas e de representar anossa escola torna as esco-líadas um projecto aliciante.

Este ano foi o nosso ano!Trabalhámos em equipa numtema que todos nós estamosa experienciar e apesar desermos o que menos temos (sefizermos uma análise somentevisual), fomos quem venceupela simplicidade, dedicação

A minha experiênciano concurso Escolíadas

PinturaCrise?Que crise?

e força de vontade! Foi porisso que tivemos uma evoluçãode sessão para sessão e au-mentámos de 286 pontospara os 301 que nos deram avitória. Foi graças a todosnós, a cada membro que parti-cipou directa ou indirec-tamente nesta edição dasescoliadas, quer tenha sido aatuar, assistir, ou a ajudarcom os recursos que usámosque estamos todos de para-béns! E este ano nós fomos aprova viva disso. Muitos para-béns, D. Dinis!

André Fonseca, aluno do 11º B,e Maria Beatriz Nogueira,

aluna do 11º C

Este ano foio nosso ano!Trabalhámosem equipanum temaque todos nósestamosa experienciare apesar de sermoso que menos temos(se fizermos umaanálise somentevisual), fomosquem venceupela simplicidade,dedicação e forçade vontade!

D

…Ou como corremos o risco denos perdermos de nós própriose dos outros, assustados erepentinamente submersospela dimensão infinita dolabirinto onde construímos asnossas casas, sóaparentemente sólidas eprotetoras, quando a grandenuvem negra cai sobre asnossas cabeças e começam atombar as folhas, que aindamal despontaram e já nadaestá garantido. Então, apenas nos resta arevolta contra um inimigooculto por toda a nossaignorância. Então, é necessário estar vivoe aceder à sabedoriaacumulada pela humanidade nomais simples gesto solidário.

Artistas Vitor Matos e Gabriela Ventura

A Escola que Somos

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Tendo estado presente na“Gala de Entrega de Prémiosdas Escolíadas Glicínias Plaza2012”, no Centro Cultural deÍlhavo, na pretérita quarta,dia 1 de junho, não possodeixar de registar a enormemanifestação de educação ecivismo dos nossos alunos.Fiquei muito orgulhoso! Conta-se:

Na gala são levadas a cenaas provas mais pontuadas emcada um dos pólos, sendoentregues, nos intervalos dasmesmas, os diversos prémios. Anossa prova de Teatro foi asegunda a subir ao palco.Aconteceu que parte da pla-teia, onde se localizava uma daescolas que esteve na Fina-líssima, durante a represen-tação da nossa escola, vaiou eapupou, na parte inicial, anossa atuação. Foi o momentomenos agradável de uma noitede festa e de alegria.

Se nestes momentos é cos-tume dizer-se que “Quem nãose sente não é filho de boagente” ou “Quem com ferros

mata com ferros morre”, nestemomento e nos seguintes osnossos alunos foram únicos ebrilhantes. Não se manifes-taram e nem reagiram às “pro-vocações”. Manifestaram-sesim, quando a dita escola subiuao palco, quer para atuar querpara receber prémios, masfizeram-no para aplaudir.Levantaram-se, nesses mo-mentos, bateram palmas efizeram vénias de reconheci-mento. Assim, da forma maiselegante, nobre e digna vence-ram, pela segunda vez, a ditaescola.

A propósito deste epísódioe após ler no facebook umcomentário, transcrevo o queoutros escreveram:

“Sou professora de músicae de expressão dramática do2º e 3º ciclo do ensino básico...Tive o privilégio de partilharcom todos vós a entrega deprémios que se realizou emÍlhavo. Senti uma forte invejade esta iniciativa ser abertasapenas ao secundário, …

Não gostei de tudo o que vi.

NÃO GOSTEI DE VER JO-VENS DE UMA ESCOLA AVAIAR OS COLEGAS QUEGANHARAM UM PRÉMIO!GOSTEI DE VER OS JOVENSVAIADOS A RESPEITAR AAPRESENTAÇÃO DA ESCO-LA QUE OS VAIOU! deramuma lição de cidadania e desaber estar em grupo - estãode parabéns!...”

Sinto-me lisonjeado e sintouma enorme satisfação por sero diretor de uma escola ondeos alunos se portaram da for-ma descrita. Parabéns paraVós. Fostes enormes. Tenho acerteza que perceberam que éa grandeza e a nobreza dosnossos comportamentos quevence os “adversários” (eneste concurso não há adver-sários…) e as adversidades. Éa lição daquele outro provér-bio: “Os atos ficam com quemos praticam”. Os Vossos atosforam exemplares e, comoviram, elogiados.

Augusto Nogueira

ReconhecimentoAgradecimento do Diretor

os nossos alunos foramúnicos e brilhantes

(...)

Tenho a certeza que perceberamque é a grandeza e a nobreza dos nossoscomportamentos que vence os “adversários”e as adversidades

A Escola que Somos

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Projecto

As experiências deste ano:

De 16 a 21 de Out 2011 - Turquia: Amândio Cruz;Vítor Matos; Dídia Pereire; Catarina Martins

De 15 a 21 de Janeiro – Alemanha: Amândio Cruz,Margarida Castro, Fátima Mesquita, Daniel Santos, DanielAmaral e Sofia Freitas

De 4 a 9 Março – Eslováquia: Amândio Cruz , JuditeArcanjo, Fábio 12º C; Leandro 12º C.

De 13 a 18 de Maio – Polónia: Amândio Cruz, LilianaRuivo, Dídia Pereira , Catarina Martins e Ana Rita 12º C.

Imagina-me um barco eque escrevo na águaenquanto viajo.

Destino Bilecik via Istambul(Turquia)17 a 22 de Outubro.

Partida: 2 horas da madru-gada, 17 de Outubro de 2011 -Amândio, Vítor, Catarina,Dídia - Rodoviária de Coimbra– Aeroporto de Lisboa – aero-porto de Madrid – Aeroportode Istambul – a minha mala nãochegou a Istambul – autocarroIstambul/Bilecik – chegada –cerca das 3 horas da madru-gada do dia 18 - Cerca de 24horas de viagem. O que acon-tece fica registado de umaforma mais intensa quando oesforço é maior – primeirasimpressões – povo turco muitocomunicativo e hospitaleiro –país em grande desenvolvi-mento económico, urbanismoaparentemente sem regras -preços semelhantes a Portugal.Recepção calorosa, excelenteorganização do encontro –trabalho de casa bem feito –os estudantes de cada país(Portugal, Espanha, Alemanha,Inglaterra, Polónia, Bulgária,Roménia, Turquia, Itália eEslováquia) mostram a suaescola, a sua cidade o seu país– trocam lembranças – assisti-

Notas de viagem de dois encontrosmos a aulas - visitamos entreoutros locais Bilecik, Bursa,Iznik (Niceia) – tomamos chájunto ao lago ao cair da tarde.Comemos kebabs até enjoar.Boa representação portuguesamais uma vez. Deixamos ecolhemos por onde passamos,se me é permitida a imodéstia,uma excelente imagem de Por-tugal, reforçando a que jáexiste, dominada pelos heróisdo futebol – Quaresma, Cris-tiano, Mourinho…

Sexta-feita, 21, partimosde madrugada para Istambul.Vamos ficar uma noite – visi-

tamos o centro histórico (Ba-sílica de St.ª Sofia, MesquitaAzul, Grande Bazar…) destahistórica e imensa cidade –com uma população superior àde Portugal (mais de 13 mi-lhões), que foi capital doimpério Romano – Constan-tinopla, depois Bizâncio, capi-tal do império Bizantino, de-pois capital do império Oto-mano – Istambul. Voltamosdiretos para Lisboa e de Com-boio para a cidade do Mondegono final do sábado, como setivéssemos dado a volta aomundo.

Polónia

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E o barco que escreve voltaa partir desta vez emMaio, sábado, 12 - odestino é Rzeszów – pertode Cracóvia (Kraków) naPolónia.

2 horas da manhã, como setornou hábito, na rodoviária,todos os muitos: Amândio,Fátima, Liliana, Vítor, Dídia,Catarina, Ana Rita. A maiorrepresentação portuguesa dosoito encontros realizados. Doisprofessores participam nasdespesas para poderem estarneste encontro final do pro-jeto Comenius, 2009-2012.

Aeroporto de Lisboa, járotina – subimos com a Luft-hansa, escala no grande aero-porto de Strasburg – depoisCracóvia. Táxi para estação decaminho-de-ferro; longa edemorada viagem de comboioa parar em todas as estações- até Rzeszów. Alguns deses-peram – paisagem verdejantede tílias, abetos, troncosesguios, prateados, negros,muita juventude – primeiraprova de resistência superadade estômago quase vazio.

Desta vez os estudantesdos dez países vão apresentaros trajes dos seus países nosanos 60, 90, atuais e tradi-cionais. Como não há nenhumrapaz na representação portu-guesa a Dídia empresta o cor-po e a criatividade para repre-sentar esse género cada vezmais raro (em extinção?). Apassagem dos modelos foifilmada para memória futura.Visitámos a escola, assistimosa aulas, (eu numa aula deFísica, 33 rapazes discipli-nados… um dia escrevo sobreesta aula), a cidade, extensa,muito arborizada, bem urbani-zada. Visitámos Cracóvia e aqui

voltámos no último dia 18,sexta-feira, para ficar umanoite – muita juventude emfesta, mascarados – festejamo fim do ano letivo – à noite aentrada nos museus é livre esão muitos os que o queremfazer. Visitámos também, mo-mento mais forte desta viagem- Auschwitz (nome dado pelosalemães ao campo de exter-mínio situado na cidade polaca

Post Scriptum - é devido, ao professor Amândio Cruz, ummerecido reconhecimento pelo modo como lançou, organizoue liderou de forma profissional, grande eficácia e sucesso, aimplementação do projeto na nossa escola ao longo dos doisanos letivos.

de Oswiecim). Não há espaçoaqui para tamanho horror. EmCracóvia percorremos o queresta do gueto judaico, nomea-damente a fábrica de OskarSchindler, hoje famosa depoisdo filme de Spielberg.

Voltámos no sábado, 19 deMaio e para o ano há mais – umnovo projeto Coménius.

Vítor Matos, professordo Departamento

de Ciências Sociais e Humanas

Eslováquia

“Visitámos a escola,assistimos a aulas,(eu numa aula de

Física, 33 rapazesdisciplinados… um diaescrevo sobre esta

aula), a cidade,extensa, muito

arborizada, bemurbanizada.

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O Projecto Comenius voltou asair à rua, e desta vez Mu-nique, na Alemanha foi odestino. Da nossa escolasaíram 3 alunos e 3 profes-sores, sendo eles: SofiaFreitas, Daniel Santos eDaniel Amaral, e AmândioCruz, Fátima Mesquita eMargarida Castro, respec-tivamente. Recorrendo atodo o engenho e saber,tentaram mostrar um poucoda escola, da cidade e dopaís a toda uma comunidadeeuropeia reunida.

A partida foi no dia 15 deJaneiro de 2012, na Rodo-viária de Coimbra, seguido deum A320-100 da Lufthansa.Após chegar ao AeroportoFranz Josef Strauss, usámoso metro para chegar a Hohen-zollernplatz, onde seria anossa casa na semana queestava a começar.

No dia da chegada, a gastro-nomia tradicional foi o nossojantar: salsichas grelhadasacompanhadas de batatas “es-palmadas” e couve “azeda”.

Na segunda-feira, primeirodia de aulas, o galo cantou bemcedo de modo a acompanhar atão conhecida pontualidadebritânica. O dia de escola come-çou com um discurso do direc-tor da escola, dando as boasvindas a cada um dos países, coma tradicional troca de lembran-ças entre os países presentes e

o país anfitrião. As horas até aoalmoço foram preenchidas comuma visita guiada pelas insta-lações da escola e a habitualtímida conversa entre os alunos,que terminou com risos e come-ços de amizades. De tarde, o me-tro foi o nosso meio de trans-porte até ao coração de Muni-que, Marienplatz. Foi-nos dadaa oportunidade conhecer acidade, que terminou com umasboas-vindas na sala exclusiva daCâmara de Munique, bem comouma visita guiada pela mesma. Nanoite do mesmo dia, os alunospuderam aprofundar os laçosde amizade que nenhuma bar-reira linguística po-de evitar.

No dia de terça-feira fomos pre-senteados com umavisita pelas áreas deatracção do centroda cidade, com umtour a pé com unsgenerosos -7ºC, oque foi bastanteagradável, como po-de ser apreendidopelo leitor.

Vistámos:Frauenkirche,

Marienplatz, AltePinakothek, Asam-kirche, Bayerische StaatsoperOpera House, Michaelskirche,Viktualienmarkt, Siegestor,entre outros. Voltámos para aescola, tendo como almoçoGoulash. De tarde cada paísapresentou os vídeos originais,gravados e editados pelos seusalunos. O humor, inteligência eperspicácia foram dominantesem cada um dos vídeos (comdireito a Óscar!). Após estasessão de trabalho, foi-nosdada a oportunidade de visitara cidade, de modo a enalteceras trocas culturais e conver-

ComeniusMunique,Alemanhafoi o destino

sas entre alunos. Esta visitafoi feita por alunos e paraalunos, pelo que foi bastantedescontraída. Os alunos da D.Dinis recorreram ao engenhopara entrar no comboio demetro certo (apesar de ser asegunda tentiva), e conseguira tão desejada fotografia como Allianz Arena como fundo. Odia terminou com um jantar emgrupo de todos os partici-pantes num restaurante tí-pico, conhecendo mais umpouco a realidade gastro-nómica de Munique.

Na quarta- feira o grupo deforasteiros do Comenius jun-

tou-se aos anfitriões e foramconhecer Linderhof, um doscastelos de Luís II da Baviera.O cenário era magnífico: ro-deados pelos Alpes, com en-costas cheias de neve, um Solde Inverno que se espelhavano branco infinito. Claro queas fotos não foram poucas,bem como as bolas de neveatiradas. O dia continuou, comum almoço volante, já de via-gem para uma visita a umaigreja barroca que merece es-pecial relevo por ser consi-derada Património da huma-

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nidade pela UNESCO, se bemque a paisagem adjacentemereça também uma nota derelevo pela sua beleza. Os cam-pos cheios de um branco longín-quo com um Sol tardio possi-bilitaram fotos de todos ostipos: artísticas, de grupo, comcaretas, de tudo o que se possa

O último dia tinha que che-gar, e chegou. Neste dia osalunos puderam, mais uma vez,acompanhar as aulas, aproveitaras últimas conversas, trocar umpouco do seu país e da suacultura. O almoço foi na escola,pois de tarde tivemos a fan-tástica oportunidade de visitaros estúdios da Bavaria Film Stu-dio (e foi mesmo fantástica!).Estivemos dentro do submarinodo “O Barco”, dentro da jaularomana onde Astérix e Óbelixsaíram como heróis, visitamos oscenários da gravação de “Vicky,o Pequeno Vicking”, bem comoos mais variados cenários deruas. Foi-nos dada a oportu-nidade de experiementar osistema de condução em filme,onde a tela gira, bem como amais recente tecnologia do ecrãazul, onde o cenário é geradopor computador. Após estavisita, todo o grupo Comenius sereuniu na cantina da escola,para a festa da despedida. Apósum jantar com a cozinha típicaalemã, com salsichas e pernil deporco, a entrega de prémios foifavorável aos portugueses, como 1º lugar. A noite tornou-semais animada com música, ondequem quis dançou ao som de mú-

sica variada, muita gente falou,e se despediram com beijos, a-braços e muitos sorrisos.

O balanço, após a viagem, éque foi uma troca de expe-riências e de cultura muitorica, onde nos foi dada aoportunidade de conhecerpessoas, acima de tudo. O povoalemão revelou-se hospita-leiro, apesar de toda a famaque se possa associar. O pro-jecto Comenius tem um sítio naWEB, em (site), onde podemconhecer mais sobre os parti-cipantes, ver os trabalhossobre os mais variados temase visionar os vídeos que vãosendo feitos.

Daniel Amaral, aluno do 12ºB

imaginar. O próximo e últimodestino foi a o Aldeia Olímpicaou Olympia Park, constituídapelo Estádio Olímpico, e umdos outros principais ex-librisdeste parque é a sua TorreOlímpica, com os seus 291,28metros, bem como de um par-que verde, munido do seu lago.Como seria de esperar, osportugueses, destemidos a-ventureiros subiram os 291.28metros e marcaram a sua pre-sença com meia dúzia de foto-grafias nos céus de Munique,com os um turbilhão de luzesatrás de si. De mencionar queo famoso edifício da BMW,com o formato de quatro cilin-dros dos seus motores estavammesmo ali ao lado, para deleitede qualquer turista. O jantarfoi no centro da cidade, o querendeu mais fotografias paramostrar aos pais, amigos, cole-gas e professores.

A Escola que Somos

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Projecto Comenius

A 13 de Maio de 2012,três alunas da EscolaSecundaria D. Dinispartiram para mais umaaventura.Destino: Polónia.

Esta foi a última viagem dasoito proporcionadas peloProjecto Comenius vigorantenos anos lectivos 2009-2012.

1º Dia – Partida de Coimbracom destino a Rzeszów. Estaetapa começou às 02:15h damanhã e só terminou por voltadas 19:30h, depois de termospassado as últimas 5 horas dopercurso no “comboio mais lentoda Polónia”, que, ao longo de umpercurso de sensivelmente 150km, parava em “todas as estaçõese apeadeiros”… Quando final-mente chegámos, fomos, pelaúltima vez, distribuídos pelasnossas famílias de acolhimentoe encaminhados para as respec-tivas casas.

2º Dia – O ponto de encon-tro para todos os alunos eprofessores do projecto foi aEscola de Rzeszów.

Olhamos à nossa volta evemos dezenas de rostos des-conhecidos, rostos esses comuma história e uma culturadiferentes, à espera de seremdescobertas.

Fizemos uma pequena visitapela escola e, em seguida,partimos rumo ao castelo deLancut. Depois de o visitar-mos, regressámos à escola,onde, à tarde, viria a decorrer

À conquista dos 4 cantos da Europaum desfile de moda prota-gonizado por nós, alunos doprojecto. Terminado o desfile,seguiu-se um lanche com váriasiguarias tradicionais de cadapaís participante. O dia acaboucom uma festa no auditório daescola para todos.

3º Dia – Visita ao Campo deConcentração de Auschwitz,local onde morreram milharesde seres humanos. Pudemosvisitar algumas alas que semantiveram intactas até ao diade hoje (sítio onde os prisio-neiros dormiam, onde eram

enclausurados, onde tratavamda pouca higiene que tinham,…)e alas onde, posteriormente,foram expostos alguns per-tences, com vista a seremreaproveitados e fotografiasdos muitos prisioneiros quepassaram por aquele campo deconcentração (cinzas huma-nas, cabelos humanos, roupas,calçado, objetos de higiene

pessoal e, inclusive, as latasque continham o produto tóxi-co com o qual muitos erammortos). Depois de prestado oculto aos milhares de inocen-tes sacrificados, partimospara Cracóvia, onde passámoso resto do dia.

4º Dia – A nossa primeiraatividade foi assistirmos a umaaula naquela escola. Em segui-da, tivemos uma série de ativi-dades que promoviam a inter-ação entre todos os alunos doprojeto. A partir daí, o grupode alunos passou a ser mais

unido, começaram-se a criarlaços e a desenvolver ami-zades. Depois do almoço, fize-mos uma pequena visita pelacidade de Rzeszów. Mais tar-de, nós, alunos, juntámo-nos eseguimos para um pub, onde,num clima mais descontraído,nos fomos conhecendo, socia-lizando, rindo… Enfim, fomo-nos simplesmente divertindo!

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“foram expostos algunspertences,com vista

a serem reaproveitadose fotografias

dos muitos prisioneirosque passaram por aquelecampo de concentração(cinzas humanas,cabelos

humanos, roupas, calçado,objetos de higiene

pessoal e, inclusive,as latas que continham o

produto tóxico com o qualmuitos eram mortos)

5º Dia – Na manhã destedia, tivemos oportunidade deestar num salão de jogos ajogar bowling, bilhar, etc…Depois de almoço, tivemos onosso momento para as tãodesejadas compras. Já no fimdo dia, tivemos um jantar euma festa de despedida. Estafoi a última noite em que todoo grupo de alunos esteve jun-to. Já no fim de tudo, restaramapenas lágrimas, pois aquelaseria a última vez que nosíamos ver. É incrível a amizade,a cumplicidade que se cria aolongo de apenas uma semana.

Últimos minutos juntos…Trocam-se contactos na espe-rança de nunca mais nos dei-xarmos de comunicar.

Aos poucos cada um vaipartindo…

Para muitos aquele foi oúltimo dia da viagem à Polónia,mas para nós, não! No diaseguinte ainda tínhamos maisuma jornada.

6º Dia – Tivemos de noslevantar cedo para, às 7h damanhã, partirmos novamentepara Cracóvia.

Já em Cracóvia, fizemos umpequeno tour pela cidade, emconjunto com o grupo de espa-nhóis e, no fim do dia, apro-veitámos para fazer as últimascompras.

Este, sim, foi o nosso últimodia de viagem à Polónia.

No dia seguinte já esta-ríamos de volta a casa, à vidanormal…

Todas as viagens realizadasforam diferentes (atividadesrealizadas, experiências, mo-mentos caricatos, …). Mas,numa coisa elas foram iguais:as amizades criadas que ja-mais se esquecerão, os momen-

tos partilhados…Será que valeu a pena ser-

mos pioneiros na nossa escolaneste projecto que nos permi-tiu abrir fronteiras?

Sim, sem dúvida alguma!!!Em nome de todos os alunos

do projeto, queria desde jáagradecer a todos os envol-

vidos (elementos da direção,professores e funcionários), aoportunidade que deram acada um de nós.

UM MUITO OBRIGADA!

Dídia Pereira, aluna do 12º A

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Visitas de EstudoMais uma vez os alunosdo 12º ano da disciplinade Geologia foram até àSerra da Estrela paraestudarem as formaçõesrochosas desta regiãobem como os vestígios daúltima glaciação.

Desta forma os alunos pude-ram observar os vários valesglaciares em forma de U, em es-pecial o Vale de Manteigas e asvárias moreias (depósitos dedetritos rochosos que os glacia-res transportaram) ou mesmo osblocos erráticos como o “Poio doJudeu”, que se podem observarna Nave de S. António. É claroque nem tudo foi trabalho, atéporque por volta das 13 horas oestômago começou a “dar horas”e todos participaram num belopic-nic, com alguns alunos mais

...à Serra da Estrela

afoitos a “montarem” a mesa emcima de um enorme bloco de gra-nito. Depois de uma passagempela Torre para comprar lem-branças ou um belo naco depresunto, fomos até à LagoaComprida, um antigo Lago deBarragem que o Homem apro-veitou para edificar um reser-vatório/barragem que alimenta

as aldeias que se situam a ju-sante e mesmo a cidade de Seia.Finalmente foi o regresso aCoimbra com uma avaliaçãomuito positiva de todo o traba-lho desenvolvido apesar do muitofrio que se fazia sentir. Até parao ano.

Jorge Delícias, professordo Departamento de Ciências Exatas

No dia 18 de abril de 2012 osalunos da turma C do 11º ano,acompanhados pelos profes-sores Ana Bela Carvalho e VítorMatos participaram numa visitaorientada por uma guia dispo-nibilizada pela Câmara Municipalde Coimbra aos colégios renas-centistas da Rua da Sofia,criados a quando da trans-ferência definitiva da Univer-sidade para Coimbra, por deci-são de D. João III. Recorde-seque a candidatura da Univer-sidade a Património Mundial,inclui a Rua da Sofia, construídanessa altura e onde se construí-ram inúmeros colégios de diver-

sas ordens religiosas para aco-lherem e prepararem os alunosque pretendiam ingressar naUniversidade. Daí a designação

dessa rua como “Pólo 0 da Uni-versidade”. Os alunos parti-ciparam com interesse, colo-cando questões, tendo a guia

...do 11º C ao “Pólo 0 da Universidade”,à Rua da Sofia e à Torre de Almedina

A Escola que Somos

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No passado dia 5 de Ju-nho, os alunos do 12º A visi-taram, acompanhados pelaprofessora Rosária Figuei-redo e pelo professor JorgeDelícias, a Quinta da Con-raria, nomeadamente a APPC(Associação Paralisia Cere-bral de Coimbra).

Esta é uma Associaçãocriada por pais de criançascom paralisia cerebral, em1975. Começou por se formarum centro de reabilitaçãopara essas crianças, numaperspetiva essencialmentepreventiva. Quando, em 1983,sediaram na Quinta da Con-raria tinham como objetivo apré-profissionalização. Maistarde, em 1989, começou-secom a Formação Profissional,estando hoje a funcionar 18ações formativas para pes-soas com deficiência da Re-gião Centro e jovens e adultosem risco de exclusão social.Em 1992, é criado o Centro deAtividades Ocupacionais quevisa a felicidade destas pes-soas, pretende mantê-las ocu-padas, fazendo algo que gos-tam e que lhes transmite bem-estar.

Tivemos o privilégio deaceder às escavaçõesem curso no Pátio da

Inquisição, onde oarqueólogo responsável

pelas ditas nosexplicou o que estava

a ser feito

elogiado, no final, a sua atitudedurante a visita. Tivemos o privi-légio de aceder às escavações emcurso no Pátio da Inquisição, ondeo arqueólogo responsável pelasditas nos explicou o que estava aser feito – colocar a descobertonovas celas, até agora soterradas,onde eram enclausurados, inter-rogados e torturados os desgra-çados que caiam nas mãos dosInquisidores do Santo Ofício quede santo não tinha nada.

Terminada essa interessantevisita, fomos ainda à Torre daAlmedina onde um erudito e exce-lente comunicador nos recebeu eorientou, levando-nos a fazer umaviagem através da História dacidade de Coimbra, desde os tem-pos romanos até hoje a partir daobservação da evolução do centrohistórico, da sua muralha e portasde acesso. Foi uma excelente aulade Cultura e História que nosocupou a manhã. Coimbra é toda elaum complexo documento da Histó-ria de Portugal que apela à nossacuriosidade e atenção.

Vítor Matos. Professor do Departamentode Ciências Sociais e Humanas

Ao visitarmos uma Asso-ciação como esta, deparamo-nos de perto com a diferença,não uma diferença má, mas simuma diferença que implicavariedade. No fundo, todos nóssomos diferentes, porque unsgostam de rosa, outros deazul, porque uns vestem saiase outros calças, porque háquem prefira sapatos e quemprefira ténis, porque há os quegostam de praia e os quepreferem o campo e tudo istonos confere diferenças rela-tivamente aos que nos rodeiam.Com estas pessoas, nós veri-ficamos isso mesmo. São pes-soas que apesar de terem ainfelicidade de ter nascidocom paralisia cerebral, têmimensos talentos, imensascapacidades. Eu não possodeixar de referir uma dassalas que mais nos marcou navisita. A primeira sala quevisitámos era a sala de traba-lhos manuais. O Marcos, um dosutentes do CAO presente nasala, fez questão de nos mos-trar, à sua maneira, o trabalhoque todos eles desempenha-vam, trabalhos minuciosos, queenvolvem perícia, paciência,

...à APCC

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gosto e jeito. Pinturas, pequenasconstruções de objectos dedecoração, malhas com sacosde plástico; coisas que a maiorparte de nós, alunos, reco-nhecemos que não seríamoscapazes de fazer. Conhecemosoutros espaços. Passámos pelasala de informática do CAO, emque pudemos conhecer, paraalém do trabalho que aí sedesempenha, algum equipa-mento devidamente adaptadoque permite àquelas pessoasrealizarem tarefas impossíveisnum hardware normal. Depois,seguimos para uma outra sala deinformática, mas desta vez daárea de formação profissional,e espantou-nos perceber que osconteúdos cursados aqui sãoiguais aos que seriam lecionadosnuma turma de pessoas ditasnormais e mais, aquando do fi-nal desta formação, qualqueruma destas pessoas está perfei-tamente apta a entrar no mer-

cado de trabalho e a ser compe-tente no que faz. Passámosainda por uma outra sala em quese fazem pequenas tarefaspara empresas que os solicitam.É uma espécie de oficina, asempresas atribuem-lhes tarefascomo separar peças por cate-gorias, por exemplo. No final, omaterial é entregue à empresa.Este serviço cumprido é devida-mente remunerado pela mesma,sendo a remuneração distri-buída pelas pessoas que desem-penharam a tarefa. Por fim,visitámos uma sala onde estãoos utentes com deficiênciasmais profundas. Aqui, o grandeobjectivo é estimulá-los, esti-mular-lhes os sentidos; tem-seuma sala munida de luzes suaves,com música ambiente, materiaisque possam de alguma formacumprir o objectivo, como umcolchão de água.

Demos assim, por terminadaa nossa visita à quinta. Aquilo

Sintra

A viagem a Sintra foi bastanteprodutiva, na medida em quenos permitiu a consolidação deconhecimentos lecionados/adquiridos nas aulas de Portu-guês.

Sentir a ação da obra “OsMaias” mais perto, com a reali-zação do percurso queiro-siano, foi bastante interes-sante principalmente graças aJoão Rocha, nosso guia, bas-tante comunicativo e bem-falante que, para além de nosexplicar de forma sucintatoda a obra, nos permitiuenriquecer o nosso vocabu-lário.

De “Os Maias”à Quinta da Regaleira

que poderia ser apenas umamaneira de conhecer o traba-lho de um psicólogo numa insti-tuição foi um despertar para arealidade destas pessoas que,por vezes, nos é tão distante.Finalizo salientando o papelfundamental de todas as pes-soas que aqui trabalham e que,com tanto amor e carinho,cuidam e defendem os doentescom paralisia cerebral.

Seguimos depois, a pé, atéperto de Castelo de Viegas afim de observar os aconteci-mentos geológicos presentes.Vimos também provas de al-guns estudos realizados, per-furações cilíndricas que visamrecolher pequenos “tubos” derocha para que possam serestudados.

Ficam as memórias de umdia bem passado, perto do fi-nal do nosso tempo nesta casa.

Catarina Martins, aluna do 12º A

Também a visita à Quintada Regaleira, logo de manhã,foi muito interessante por nospermitir o envolvimento nummaravilhoso mundo romântico,bem explorado por Rui Feli-zardo que orientou a nossavisita.

Assim, a descoberta doPalácio Valenças, a caminhadapela ruas de Sintra, à seme-lhança de Carlos da Maia, adescoberta dos enigmas daRegaleira forma uma mais-valia para o nosso enrique-cimento cultural.

Sara Barata,aluna do 11º A

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Visitas de EstudoVisitas de EstudoVisitas de EstudoVisitas de EstudoVisitas de Estudo

A Mafra À UniversidadeNo dia 14 de junho de 2012, as turmas do

10º ano do Curso Profissional de Apoio à GestãoDesportiva dirigiram-se coom as respetivasprofessoras, Teresa Sá e Margarida Castro, àUniversidade de Coimbra, mais concreamenteà Biblioteca Joanina. Esta visita foi no âmbitoda disciplina de Português e teve como objetivodar a conhecer a Biblioteca mais antiga daEuropa, e de um modo geral, conhecer melhortoda a Universidade e alguns dos elementos quea constituem. Começámos pela BibliotecaJoanina,de seguida fomos à Prisão Académica,(onde entre outras coisas vimos as escadas emcaracol que eram o acesso às salas de aula paraos estudantes a cumprirem pena, e umaexposição sobre os irmãos Grimm); depois depassarmos pela Capela de S. Miguel, continuá-mos a nossa visita pela Sala Grande dos Actos(Sala dos Capelos), onde tivemos a honra dever o decorrer de um doutoramento e deperceber como funcionam algumas cerimóniasque ali decorrem; fomos ainda à Sala do ExamePrivado e percorremoa as varandas, ondedesfrutámos de uma belíssima vista sobre acidade de Coimbra. Terminámos a visita na ViaLatina, em pleno Paço das Escolas. Foi umavisita muito agradável, durante a qual ficámosa saber um pouco mais sobre a nossa cidade eos seus monumentos, que pudemos ver de umaforma mais minuciosa.

Cristiana Pereira, aluna do 10ºGD2

Quando? 24 de maioOnde? MafraO quê? Palácio-Convento de MafraQuem? Turmas A,B,C e D do 12º ano

Como? Porquê? Porque toda a gente sabe queno programa de Português do 12º ano se develer “Memorial do Convento” , de José Sara-mago; e dessa leitura se fica a saber que D.João V fez uma promessa: mandar construirum convento para os frades franciscanos,caso a rainha fosse lhe desse um herdeiro.Esta promessa começou a ser cumprida em1711, ano em que nasceu a princesa MariaBárbara, primeira filha deste rei; de notarque Maria Bárbara nunca foi a Mafra e porisso nunca viu este enorme edifício, cujosnúmeros impressionam:

Ocupa uma imensa área de aproxima-damente 40000 m2;+ a sua fachada nobre tem 232 metros decomprimen-to;+ tem29pátios;+ 880 salase quartos;+ 4500portas ejanelas;+ 110 sinos,que pesam217 toneladas...

Entre as suas inúmeras dependências,destaca-se a Casa da Livraria, uma biblio-teca excecional que reúne nos seus doisandares deestantes algunsdos mais notá-veis livros im-pressos - cercade 40 000exemplares -num espaçomarcado peloequilíbrio, pelamonumentalidadee pela clareza .

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No dia 18 de Abril, pelas 11 horas a OficinaMunicipal do Teatro em Coimbra foi ocupadapor alunos da escola D. Dinis, a fim deassistirem à peça Shakespeare pelas Barbas.

A peça em cena na OMT até ao dia 29 deAbril, representada pelo grupo Teatrão, éalgo de inovador e diferente o que vemconfirmar, mais uma vez, a qualidade destegrupo.

Com apenas um elenco de quatro atores,quatro cacifos, um banco, um candeeiro, umamáquina de escrever e folhas de papel,mostram que com pouco se pode fazer muito,e, neste caso, um muito de grande qualidade.

Apresentando várias personagens dediferentes peças de William Shakespeare, quehabilmente se relacionam, e graças a uma ricae imaginativa capacidade de adaptação aostempos atuais, com histórias do presente, osatores mostram à plateia não só quem foiaquele dramaturgo inglês dos séculos XVI/XVII como tecem críticas à sociedade doséculo XXI, aliás como muito bem o faz “OTeatrão”.

No final da peça, o “período de conversa”que os atores travam com a plateia revela apreocupação que a companhia tem em levaras pessoas à OMT e em lhes fazer passarclaramente a mensagem/mensagens, ou(re)descobrir, quem sabe, uma outra leitura.

Divertida, dinâmica e crítica é uma peça anão perder.

João Neves, aluno do 11º B

Com apenas um elenco de quatroatores, quatro cacifos, um banco,um candeeiro, uma máquina deescrever e folhas de papel, mostramque com pouco se pode fazer muito,e, neste caso, um muito de grandequalidade

D. Dinis invade“Teatrão”

Shakespeare Pelas BarbasShakespeare Pelas BarbasShakespeare Pelas BarbasShakespeare Pelas BarbasShakespeare Pelas Barbas

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os dias 16 e 17 deMarço, juntamentecom o agrupamentode Escolas de Casta-

nheira de Pêra, Escola D. Dinis-Coimbra, Paróquia de S. Salva-dor-Miranda do Corvo, emMira, com os seus professores,realizou-se um acantonamento,na disciplina de EMRC. Comoobjetivos principais, para esteano letivo, estiveram presentes,entre outros, promover o con-tacto com diversas realidadesque contribuíssem para umavivência mais rica do presente;aplicar e aprofundar conhe-cimentos; recolher dadospara análise; partilha deexperiências novas; reforçar

o dia dezoito de Maio,a turma A do 12º anodirigiu-se à EscolaSuperior de Enfer-

magem de Coimbra (Pólo B), emS. Martinho do Bispo, no âm-bito do Projeto PESES, parausufruir de uma visita guiadaàs suas instalações e adquirirnovos conhecimentos sobre ocurso de enfermagem.

A primeira parte da visitafoi constituída por uma peque-na palestra sobre o curso,realizada por duas profes-soras e três alunas da escola,seguida de um diálogo sobre aqualidade e o grau de empre-gabilidade deste curso.

Posto isto, iniciou-se a visi-ta ao espaço da escola, tendo-nos sido, primeiramente, mos-tradas as salas de reabilitação

e de relaxamento, a Bibliotecae um apartamento adaptado apessoas portadoras de defi-ciências, que as impossibilitemde se movimentarem normal-mente. Este apartamento,totalmente equipado, surpre-endeu-nos pois descobrimosque há imensos utensílios pró-prios para estes doentes, demodo a possibilitar-lhes umavida mais cómoda e autónoma.

Por último e mais esperado,observámos a simulação de umparto. Foi engraçado comotodos ouvimos atentamente ede “boca aberta” todos osprocedimentos associados àrealização de um parto e atéacompanhámos a Noel, a mane-quim que está permanente-mente grávida, a “dar à luz” oseu bebé. Tivemos também a

EMRC em Movimento!laços de amizade.

Os alunos experienciaramvivências afetivas e pessoais,envolvidas com o sentimentoreligioso que acompanha a disci-plina. No dia 16, procedeu-se aoacolhimento e todos passeamosem Mira, no término do dia. Nodia 17, pela manhã, realizou-seum peddy-paper (que é umaprova pedestre de orientaçãopara equipas, que consiste numpercurso ao qual estão asso-ciadas perguntas ou tarefascorrespondentes). Neste caso,foram, todas elas, respeitantesa Mira e ao seu meio envolvente.Da parte da tarde, os alunosrealizaram atividades de inte-gração e análise pessoal, com a

criação de cartazes, teatros emuitos jogos.

No fim da tarde, já quasefinda, realizou-se a celebra-ção da palavra, com a presençade Rui Sá, na capela da Casada Sagrada Família. Em despe-dida, os alunos, passearam àbeira mar, refletiram sobre oseu contato educativo e reli-gioso. Houve muito convívio eboa disposição. Agradecemos,com todo o reconhecimento ededicação, à Câmara Municipalde Castanheira de Pera, pelaajuda que nos cedeu no trans-porte dos alunos. Bem haja!

Organização do acanto-namento: Conceição Seixas,Rui Sá e Joaquim Falcão

PESESPESESPESESPESESPESESPais por uma tarde

oportunidade de cuidar debebés manequins, a partir doreconhecimento do tipo dechoro por eles emitido para,nessa sequência, correspon-dermos às suas necessidadesou dando-lhes o biberão oumudando-lhes a fralda.

Esta visita correspondeuplenamente às nossas expec-tativas, tendo sido uma expe-riência muito útil para o fu-turo. Por isso, consideramosque todos os alunos deviampoder dela desfrutar. Paraeste balanço muito positivocontribuíram as “nossas” pro-fessoras da escola de enfer-magem sempre afáveis, dispo-níveis e muito claras nas suasexplicações.

Maria Jorge, 12ºA

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No dia 18 de maio de 2012,as alunas Ana Beatriz Reis eAna Raquel Pinheiro do 12.ºB, representaram a nossaEscola no 6.º CongressoNacional de Medicina doAdolescente – ”Estratégiasem Saúde com Adoles-centes”, que decorreu naQuinta das Lágrimas.

As alunas participaram namesa redonda sobre “A vozdos adolescentes – o quepensam sobre... a escola” eapresentaram o trabalhodesenvolvido com os colegasDaniel Amaral, MarinaGeraldes, Ana FilipaBaltazar, Beatriz Gomes,Ana Rita Santos com acoordenação da docenteClara Marques e da psicóloga

Congressos“Medicina do Adolescente”

A nossa escola reforça as relaçõesinterpessoais pois trabalha a autoconfiançae capacita os adolescentes para lidar maisfacilmente com a necessidade constante detomar decisões

Vera Felício. Estiverampresentes também a EscolaSecundária D. Duarte e oColégio da Imaculada Concei-ção que apresentaram traba-lhos sobre os pais e sobre asaúde, respetivamente. Todosos adolescentes presentes,receberam o aplauso dosparticipantes no congresso,que realçaram a qualidadedos trabalhos apresentados.

Do trabalho apresentadopelas alunas salienta-se oresumo enviado para ocongresso e que pode serlido na página 11 destarevista

Clara Marques, professora doDepartamento de Ciências Exatas e

coordenadora do PESES

Como, afinal, Geologia não é sócalhaus, no passado dia 2 deMarço, o 12ºA, acompanhadopelo professor Jorge Delícias,deu a conhecer às escolas parti-cipantes no VII Congresso dosJovens Geocientistas aquilo quenoutros tempos originou o nossopaís, as suas montanhas e as suaspaisagens.

Nesta VII edição do congres-so, subordinado ao tema Geociên-cias e Sociedade, coube ao Polo IIda Universidade de Coimbra, comorganização do Departamento deCiências da Terra, acolher osalunos e professores das diversasescolas participantes, vindas devários pontos de Portugal.

Alguns dos temas abordadosforam Geologia de Portugal,Mudanças Climáticas ou atémesmo A Terra e a Saúde, sendoa mensagem principal a de que sea Terra é para nós como umacasa, cabe a cada um preservá-la para que possa ser herdadapelas gerações vindouras.

Daniel Santos, aluno do 12ºA

JovensGeocientistas

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No dia 18 de Maio, Ana RitaMagro, Bruno Malta CarlaSofia Pinheiro, Ricardo Telese Rute Simões, alunos do 10ºA, estiveram presentes noIII Mini Congresso de Ciên-cia para Jovens que se reali-zou no Exploratório InfanteD. Henrique.

Os referidos alunosapresentaram um trabalhosubordinado ao título “Homo-eolico.Joule”. Apesar de oterem desenvolvido essen-cialmente na aula de Física eQuímica, foi, no entanto,fundamental o estudo minis-trado na aula de Biologia eGeologia para realçarem aimportância da adoção dasenergias renováveis ou “lim-pas” e o impacto positivo quetêm no meio ambiente, o queas tornará o futuro dasenergias. Com ele puseram emprática a aprendizagemreferente ao tema “Terra,um planeta a proteger:intervenção humana nossubsistemas terrestres edesenvolvimento susten-tável”.

Estes estudantes fizeramum breve resumo dos váriosmomentos do seu estudo:estudo da energia gasta naescola, através da leitura decontadores elétricos, compa-ração destes gastos com os

resultantes de consumosenergéticos estimados pelautilização de energias reno-váveis, apoiando-se numaatividade do manual deFísica, mas optando pelaenergia eólica, questionárioslançados à comunidadeescolar…

Após um enquadramentodo seu estudo e identi-ficação das respetivasetapas, os alunos mostram,neste projeto como o uso daenergia deverá ser racional,

privilegiando a conservaçãoem oposição ao desperdício ecomo se controla “a poluição,diminuindo a produção deresíduos que são absorvidospelo ambiente.”

Deste modo os “jovenscientistas” apresentaram apossibilidade de implementaruma pequena eólica na D.Dinis, bem como outrasmedidas que contribuam paraa tornar uma escola ecoló-gica, tais como a pintura dassalas com cores claras parareflexão da luz, a troca daslâmpadas existentes porlâmpadas económicas e oisolamento das salas parareduzir a utilização deaquecedores. Assim, o mundotornar-se-ia mais “limpo” esustentável “capaz de satis-fazer as necessidades dopresente sem comprometer apossibilidade de geraçõesfuturas satisfazerem as suaspróprias necessidades.”

CongressosIII Mini Congressode Ciência para Jovens“Grão a grão enche a galinha o papo”Para uma ECO ESCOLA

os alunos mostram, neste projeto como o usoda energia deverá ser racional, privilegiandoa conservação em oposição ao desperdício

e como se controla “a poluição, diminuindo a produçãode resíduos que são absorvidos pelo ambiente

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ConferênciasConferênciasConferênciasConferênciasConferências

Também os alunos do 12º ano do Curso Profissional deTecnologias de Informática e Gestão participaram numaConferência que decorreu na Faculdade de Economiasobre “Inovação e Diferenciação”, tendo como oradorPaulo Pereira da Silva, “Chef Executif Office” da Renova.O assunto abordado foi de grande interesse para osnossos alunos, pois ficou bem claro como o aparecimentode produtos diferentes e inovadores se podem tornarum “case study”, graças ao seu sucesso, como foi o casodo papel higiénico preto da Renova, e outros produtos alireferenciados, e serem uma mais valia para a economianacional.

Lurdes Santos, professorado Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Lina Coelho doutorou-se em 2010, tratando o tema“Mulheres, Família e Desigualdade em Portugal”.Atualmente, lecciona Economia e Gestão na Faculdadede Economia da Universidade de Coimbra e é investigadorado Centro de Estudos Sociais, integrando o Núcleo deEstudos sobre Ciência, Economia e Sociedade (NECES).

Economia da Família, Economia da Desigualdade eEconomia Feminista são os domínios em que centraliza asua investigação do presente.

“A sobrevivência do estado social” foi o tema daConferência dinamizada pela Dr.ª Lina Coelho, a qual sedeslocou à nossa escola, no dia 27 de Abril do correnteano, a convite dos alunos do 12º ano do Curso Profissionalde Tecnologias de Informática e Gestão, dirigida,também, aos alunos do mesmo curso do 10º e 11º anos.

A satisfação e envolvimento dos alunos foram notóriosatravés das questões que levantaram sobre o tema,sobretudo na tentativa de encontrar uma causa diretapara a crise socioeconómica europeia vivida na actualidade.

De salientar a mensagem-apelo transmitida pelaconferencista sobre a importância do trabalho individualde cada um e a necessidade de formação dos jovens parao encontro de um espaço de trabalho que os satisfaçapessoalmente e que contribua para uma sociedade maisrica, mais digna.

Os referidos alunos divulgaram a referida conferênciaatravés de folhetos construídos para o efeito e decartazes expostos no 1º andar do bloco A.

Lurdes Santos, professorado Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Mulheres,FamíliaeDesigualdadeemPortugal

A satisfação e envolvimentodos alunos foram notóriosatravés das questõesque levantaram sobre o tema,sobretudo na tentativade encontrar uma causa diretapara a crise socioeconómicaeuropeia vivida na actualidade

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mos para o terreno de traba-lho, no qual eu fiz os testes aolongo do dia e o Franciscoconduziu. Fiquei bastanteagradado ao saber por partedo Francisco que já dominavaeste tipo de programas e tam-bém que era Pró-ativo, Flexívele Disponível (as palavras chavede um bom colaborador).

Foi um dia muito interes-sante passado com um colabo-rador bastante trabalhador edisponível a ensinar-me os seussaberes.”

No dia 28 de novembro oDaniel Amaral do 12º B passou

o dia com o voluntário JoséMaleita Engenheiro / Chefiana PT e que lidera uma equipade 84 pessoas na zona centro(Coimbra, Leiria, Caldas daRainha, Torres Novas, CasteloBranco e Covilhã).

Também ele fez uma peque-na análise do dia:

“Foi-me dada a oportu-nidade de acompanhar umprofissional num dia de traba-lho. Nesse dia, acompanhei o

Braço DireitoA Matemática aderiu este

ano a atividades da “JúniorAchievement Portugal” com oobjetivo de articular as ativi-dades do grupo disciplinar aosobjetivos do milénio, temaescolhido para o Plano deAtividades da Escola.

O programa Braço Direitoé um dos programas propostospela JAP, em que os alunosacompanham um profissionaldurante um dia, no seu am-biente de trabalho. Nesseperíodo, os alunos adquiremconhecimentos sobre a cul-tura, ética de trabalho e asvárias opções de carreirasdisponíveis.

Ao longo deste dia, um pro-fissional partilha experiências econhecimentos com um aluno queestará ao seu lado, no seu localde trabalho. O aluno tem contac-to e participa nas atividadesquotidianas desse voluntário,coloca questões, compreende aaplicação prática das matériasque aprende na escola e conhe-ce a estrutura organizacional deuma empresa. Através destaexperiência prática, os jovensdescobrem as exigências e opor-tunidades ligadas a uma áreaprofissional específica.

Dois alunos, o Daniel Albu-querque do 12º A e o DanielAmaral do 12º B fizeram esteprograma com voluntários daJAP e um, o João Saramago do12º B fê-lo com um voluntárioangariado por ele.

No dia 18 de novembro oDaniel Albuquerque do 12ºApassou o dia com o voluntário,Abílio Francisco, Técnico de

Qualidade da PT cuja funçãoconsiste em atividades que serelacionam com a Qualidadede Serviço da Rede Móvel daPT.

O Daniel Albuquerque fezuma análise do dia que passouna PT:

“Fiquei surpreendido pelapositiva com este tipo detrabalho e com o próprio volun-tário que prescindiu do seutempo de trabalho para passaro dia a ensinar-me como sedesenrolava o seu tipo detrabalho.

Fiquei surpreendido com

este trabalho porque estava àespera que fosse mais traba-lho de escritório do que de“campo”, gostei de fazer varia-dos testes de Qualidade deServiço de Rede (QSR) 2G/3Gcom o android, e no portátilcom o speedtest.net e com oqos.sapo. Depois do colabo-rador Abílio Francisco me terexplicado como se funcionavacom o android e como era o seutrabalho de escritório parti-

Júnior Achievement PortugalJúnior Achievement PortugalJúnior Achievement PortugalJúnior Achievement PortugalJúnior Achievement Portugal

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BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca

Só duas palavrinhas acerca da biblioteca. Não para falardo espaço físico, moderno, agradável e convidativo, maspara referir que este ano a biblioteca continuou adesenvolver o seu trabalho tendo em conta os interessesdos seus utentes.

Em ano de cortes orçamentais, a biblioteca não ficouimune e daí resultou que o acervo não foi muito enriquecido,mas não se julgue que nada foi feito. Dentro dos limites, aequipa conseguiu realizar o seu trabalho e atingir as metasa que se propusera. Exposições, concursos, realização demarcadores de livros, participações em eventos exterioresà escola, catalogação, orientação de alunos, funcionáriose professores, nas suas pesquisas, de tudo se fez um pouco.

Chegamos ao final do ano com a noção que se atingiramas metas pretendidas e o que mais apraz à equipa é verificarque este espaço é frequentemente procurado pelos alunos.Verdade que nem sempre o seu objetivo é estudar oupesquisar, mas sendo o espaço agradável, funciona comoponto de encontro e de convívio salutar.

E os que não se sabem comportar em tal espaço são,delicadamente, convidados a abandoná-lo e, se reincidentes,proibidos de nele entrar! Regras são regras, meninos!

Esperamos por vocês em 2012/2013. Entretanto, boasférias!

Para estarem mais “por dentro”das nossas actividades, visitem-nos no sitehttp://bibliotecaesddinis.wordpress.com/

Eng. José Maleita, da empresaPortugal Telecomunicaçõesnum dia de trabalho na sededa empresa em Coimbra.

Começaram por me apre-sentar a equipa onde o eng.Maleita se integra, e mostra-ram-me o seu local de trabalho.De seguida, tivemos uma pe-quena conversa, onde me foidada uma visão geral do seutrabalho, do propósito do quefaziam, das minhas expeta-tivas profissionais, e de outrosdetalhes da minha vida acadé-mica. A manhã foi ainda com-plementada pela visita dasinstalações de maquinaria,painéis, ligações, etc.

Da parte da tarde, pudeverificar o trabalho de escri-tório e de administração queorganiza a empresa desde cadaténico, função, administra-dores e gerência de líderes deequipa. Pude ainda visitar asinstalações que fornecemenergia ao edifício, sistemas,ligações, redes, etc e o res-pectivo processo de arrefe-cimento, essencial ao funcio-namento do edifício.

Foi um dia em que ganheiuma nova perspetiva daquiloque uma pessoa na área dastelecomunicações, redes, sis-temas, eletrotécnica ou infor-mática poderá exercer e ondedespertou em mim um elevadointeresse pelas redes de siste-mas de comunicação.”

No dia 5 de janeiro foi a vezde o João Saramago do 12º Bir passar o dia com um volun-tário (não voluntário da JAP),escolhido por contactos feitospelo aluno e depois de umprotocolo assinado pela escolae pela Associação Académicade Coimbra – OAF.

Da análise que o João fezdo dia podemos retirar:

“Pude, assim, acompanharum profissional da área quemais tarde quero seguir e fazerdela também uma profissão.

No meu caso, era acompa-nhar um enfermeiro e assistira todo o trabalho feito por eleno dia-a-dia.

Posso, no fim desta expe-riência, afirmar que foi umaexperiência espetacular. Nãotendo nada a criticar e sóapenas a elogiar, de entremuitas coisas, a forma aten-ciosa como fui recebido e

Se nos dão licença…

tratado, a forma como meadaptaram àquela realidade etodo o trabalho de volun-tariado que foi feito em meuredor. Uma experiência quevaleu muito a pena, e que medeu cada vez mais certezas deque é essa a profissão por quequero enveredar.”

Mais programas estão emvias de se realizarem comoutras turmas, mas daremosnotícia mais tarde.

Rosa Canelas (Coordenadora dasatividades com a JAP)

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A Unidade de Ensino Estru-turado para a Educação deAlunos com Perturbações doEspetro do Autismo foi criadahá cerca de um ano na EscolaSecundária com 3º Ciclo D. Dinis,tendo-se iniciado em setembrocom três alunos integrados emduas turmas do ensino secundário.

Pretende-se com esta unida-de, para além de outros obje-tivos, “promover a participaçãodos alunos com perturbações doespetro do autismo nas ativi-dades curriculares, entrosandocom os seus pares de turma”;“aplicar e desenvolver meto-dologias de intervenção inter-disciplinares que, com base nomodelo de ensino estruturado,facilitem os processos de apren-dizagem, de autonomia e de adap-tação ao contexto escolar”;“organizar o processo de transi-ção para a vida pós-escolar”.

Assim, se um desses alunos iaa algumas aulas com a turma“mãe” (português, inglês, edu-cação física e formação física),os outros dois só tinham aulascom toda a turma à disciplina deformação cívica e em algumaspráticas de educação física. Numtrabalho individualizado, deacordo com as informaçõesprestadas pelo pro-fessor responsá-vel por esta uni-dade, António Ma-teus, estes doisalunos tiveram umensino estrutu-rado em oficinasde natureza tec-nológica e de ex-pressão plástica,disciplinas de for-mação académicacom currículoadaptado, activi-

Unidade de EnsinoEstruturado

dades utilitárias e de socia-lização.

Privilegiou-se essencialmente,com estes discentes, saberes denatureza prática (plantação emvasos, acompanhamento da germi-nação, feitura de candeeiros ecarros com rolamentos…), açõescom etapas claras, rotineiras quedão alguma tranquilidade a quemtem características autistas, paraalém de atividades utilitárias(separação e arrumação de peçaspor cores e formas) com vista à suapreparação para realização deatividades futuras de autossub-sistência.

De salientar que, no início doano lectivo, o professor de educa-ção especial acima mencionadofalou com as turmas onde osreferidos alunos foram integradosde modo a informá-los sobre oautismo e o modo de conviveremcom os novos colegas. Os alunos fo-ram recetivos e desenvolver umarelação muito salutar com os Nunose o Zé.

Educação EspecialEducação EspecialEducação EspecialEducação EspecialEducação Especial

Educação de Alunoscom Perturbações do Espetrodo Autismo

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A Fechar

Sou psoríaco!Pronto, já ficastes a saberque sou psoríaco. Ou seja:sofro de psoríase! E queraio de coisa é esta?Segundo o DicionárioHouaiss é, e cito, “doençacutânea, com componentehereditário, caracterizadapela erupção de placaseritematosas cobertas deescamas esbranquiçadas,mais frequentes nosmembros, autoimune”. Paradar uma de intelectual,acrescentarei, sempreapoiado no Houaiss, que apalavra tem etimologiagrega, “psóriasís, eós”,øùñßáóç, em grego.Reconhecei agora que souculto, não vos custa nada!

Bom, mas vem este arrazoadotodo com um objetivo muitoclaro. Talvez seja melhor dizer,com objetivos vários: descom-plexar-me quando transporto astais placas erimatosas, dar a co-nhecer a doença – que não setransmite, logo podem estar aopé de mim que nem a doença nemeu mordemos – e explicar quecertas e determinadas circuns-tâncias ativam a doença. Sei istotudo por experiência e não serápor isto que pedirei equivalênciaa dermatologista, descansai!

Um dos factores que mais

contribui para o aparecimentodestas placas erimatosas é… ostress! Imaginai um professorsem stress! Onde haverá um?E esse stress, que nos/meacompanha diariamente sópode ser combatido por umavida calma e tranquila. Estamosperante a esferatura do cubo!

Ano praticamente a finar-se e que balanço fazer? Maisum ano de luta: alunos proble-máticos, pais problemáticos,professores problemáticos(onde me incluo, cela va sansdire), funcionários problemá-ticos, legislação problemática,avaliação problemática. Comodiria o grande Monsieur de laPalisse, vivemos um momentoproblemático, num país proble-mático pois se não houvesseproblemas o país não seriaproblemático. Eça diria, então:“Casa onde não há pão, todosralham e todos têm razão”.

Teclando no computador,começo a sentir ganas de mecoçar, mas não posso. A umpsoríaco o coçar equivale a umapena de morte! Aguenta-te maisum pouco, sussurra-me a minhaconsciência que, sentada ao meulado, vai lendo aquilo com que vou

sujando o écran. Anuo. Mas osfatores de inquietação estãoaqui, mesmo ao alcance da minhamão: penso nos colegas que estãona iminência de deixar a escola,pois umas eminências, em gabine-te olissiponense, assim o decre-taram, troikando-nos a vida!.Deixamos de ser os joões e asmarias, com família e vida, evemo-nos reduzidos a um número!Maldita matemática e estatís-tica e outras linguagens estran-geiras! Penso nos ótimos traba-lhos que ali fizeram e vejo-ospartir. Revolto-me com estasituação e agora já tenho comi-chão em outras partes do corpo.Já me movo na cadeira, já atentação de coçar aumenta.Paro. Releio o que escrevinhei equero acabar. Asinha!

Que lhes posso dizer? Queé injusto? Que voltem depres-sa? Que ficaram nos nossoscorações? Não sei, não seiexprimir o que sinto… Vouacabar. O meu stress aumentae vou ter mesmo de me coçar.Que se lixe a psoríase quecoisas bem mais importantesme atormentam!

Fernando Sá – Professordo Departamento de línguas

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