jornal log logwebweb ediÇÃo€nº48—fevereiro— 2006 … · um cheque list de 53 itens...

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EDIÇÃO Nº48— FEVEREIRO 2006 REFERÊ NCIA EM LOGÍSTICA LogWeb Log Web Logística Supply Chain Transporte Multimodal Comércio Exterior Movimentação Armazenagem Automação Embalagem J O R N A L VEÍCULOS LEVES E PESADOS Mercado aponta forte tendência de crescimento ISTO SERIA CONSEQÜÊNCIA DO CRESCIMENTO DOS CENTROS URBANOS, AUMENTO DAS VENDAS PELA INTERNET, FORTE INDUSTRIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS, NECESSIDADE DE ENTREGAS CADA VEZ MAIS RÁPIDAS E DA AMPLIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. (Página 20) (Página 20) (Página 20) (Página 20) (Página 20) EMPILHADEIRAS Manutenção preventiva é fundamental É DE GRANDE IMPORTÂNCIA EXECUTÁ-LA, SOBRETUDO PARA GARANTIR O USO DO EQUIPAMENTO COM BAIXOS CUSTOS. MAS, VALE A PENA O INVESTIMENTO? QUAL O CUSTO/BENEFÍCIO? (Página 6) (Página 6) (Página 6) (Página 6) (Página 6) MULTIMODAL A IMPLANTAÇÃO DE CABINES PADRÃO NAS LOCOMOTIVAS DA FERROVIA CENTRO-ATLÂNTICA – FCA É O DESTAQUE DESTA SEÇÃO. (Página 4) (Página 4) (Página 4) (Página 4) (Página 4) Bitrens: O que muda com as recentes alterações nas leis? Além desta questão, o presidente da ANFIR e o assessor técnico do NTC&Logística abordam outros assuntos relacionados às características dos bitrens. (Página 14) ACE assume seguro da Transportadora Americana A ACE passou a se responsabilizar pelo seguro de transportes da Transportadora Americana, que mensalmente realiza mais de 22 mil viagens com cargas, alcançando quase 5 milhões de quilômetros. (Página 9) Startrade apresenta nova cola para produtos paletizados A Startrade está anunciando o lançamento do Slip-Stop, uma cola antiderrapante à base de água que pode ser usada em pape- lão, papel cartão, papel normal, PVC e sacarias de plástico. (Página 16) Braskem inaugura Centros Logísticos com a Ballylog e BR Distribuidora A Braskem inaugurou, em janeiro último, um Centro Logístico CELOG em Triunfo, RS, e um outro em Maceió, AL. O tercei- ro, em Camaçari, BA, terá sua construção iniciada nos próximos meses. (Página 19)

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Page 1: JORNAL Log LogWebWeb EDIÇÃO€Nº48—FEVEREIRO— 2006 … · um cheque list de 53 itens in-cluindo checagem de pressões do sistema hidráulico e da transmis-são, que é feito

E D I Ç Ã O   N º 4 8 — F E V E R E I R O — 2 0 0 6 R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

J O R N A L

VEÍCULOS LEVES E PESADOS

Mercado apontaforte tendência decrescimentoISTO SERIA CONSEQÜÊNCIA DO CRESCIMENTO DOSCENTROS URBANOS, AUMENTO DAS VENDAS PELAINTERNET, FORTE INDUSTRIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS,NECESSIDADE DE ENTREGAS CADA VEZ MAIS RÁPIDAS EDA AMPLIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. (Página 20)(Página 20)(Página 20)(Página 20)(Página 20)

EMPILHADEIRAS

Manutençãopreventivaé fundamentalÉ DE GRANDE IMPORTÂNCIA EXECUTÁ-LA, SOBRETUDO PARAGARANTIR O USO DO EQUIPAMENTO COM BAIXOS CUSTOS. MAS,VALE A PENA O INVESTIMENTO? QUAL O CUSTO/BENEFÍCIO?(Página 6)(Página 6)(Página 6)(Página 6)(Página 6)

M U L T I M O D A L

A IMPLANTAÇÃO DE CABINES PADRÃO NASLOCOMOTIVAS DA FERROVIA CENTRO-ATLÂNTICA – FCAÉ O DESTAQUE DESTA SEÇÃO.(Página 4)(Página 4)(Página 4)(Página 4)(Página 4)

Bitrens: O quemuda com asrecentes alteraçõesnas leis?Além desta questão, o presidente da ANFIR eo assessor técnico do NTC&Logísticaabordam outros assuntos relacionados àscaracterísticas dos bitrens. (Página 14)

ACE assumeseguro daTransportadoraAmericanaA ACE passou a se responsabilizar peloseguro de transportes da TransportadoraAmericana, que mensalmente realiza maisde 22 mil viagens com cargas, alcançandoquase 5 milhões de quilômetros. (Página 9)

Startradeapresenta novacola para produtospaletizadosA Startrade está anunciando o lançamentodo Slip-Stop, uma cola antiderrapante àbase de água que pode ser usada em pape-lão, papel cartão, papel normal, PVC esacarias de plástico. (Página 16)

Braskem inauguraCentros Logísticoscom a Ballylog eBR DistribuidoraA Braskem inaugurou, em janeiro último, umCentro Logístico – CELOG em Triunfo,RS, e um outro em Maceió, AL. O tercei-ro, em Camaçari, BA, terá sua construçãoiniciada nos próximos meses. (Página 19)

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2REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

Com relação à matéria“Operador Logístico: Oconceito está ou nãobanalizado?”, publicada àpágina 6 do jornalLogWeb nº 47, janeiro –2006: “Como seria bomse, em vez de criarpolêmicas, os OperadoresLogísticos/Transportado-res e entidades de classepartissem com seriedadepara o objetivo-fim, que édar o melhor atendimentoao cliente, princípio, meioe fim de sua existência!”

Laudizio Jorge MarquesiDiretor da Consulog –Consultoria Logística

“.. gostaria, também, deelogiar a edição Nº 47,do Jornal LogWeb, a qualacabo de receber.Excelente conteúdo.Persistam, persistam, poisfaltava algo assim na mídiaespecializada.”

Engº Carmelo CarvalhoProspect Consultoria Aplicada

“Gostaria de parabenizaro Jornal Logweb pelo seuvasto conteúdo e pelojornalismo técnicodinâmico e explicativo.”Thomy Perroni, Gerente deLogística e Distribuição da

Editora Três – Revista IstoÉ

“Fica meus parabénspelas excelentespublicações e pelodesempenho dasmatérias.”

Ivon S. BulgarelliCEO - Hormino Maia

Logistics

Palavrad o l e i t o r

Mande-nos,você também,

as suasopiniões e

críticas sobreo jornalLogWeb.

e-mail:[email protected]

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 3EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

Editorial

Este jornal e

outras informações

também estão

no portal

www.logweb.com.br

A multimídia

a serviço da

logística

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 234 - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistente de RedaçãoCarol Gonçalves

Direção de ArteFátima Rosa Pereira

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

LogWebJ O R N A L Diretoria Comercial

Deivid Roberto [email protected]

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Representante ComercialRJ: Perfil Corp.

Fone: (21) 2240.0321Cel.: (21) 8862.0504

[email protected]

Wanderley G. GonçalvesEditor

[email protected]

LogWebcompletaquatro anos

om esta edição, o jornal impresso LogWebchega ao seu quarto ano. Nascido a partir doportal LogWeb – este um projeto pessoal de

Valéria Lima lançado dois anos antes -, o jornal éintegrado por uma equipe de profissionais que semantém unida desde o início – 2002 – e tem amploconhecimento do mercado de logística, um dosfatores que justifica o sucesso da publicação.

Aliás, gostaríamos de agradecer aos profissionaisdo segmento que nos deram apoio nestes quatro anos.A colaboração destes foi fundamental, no sentido deindicação de pauta para a realização de matériasdiferenciadas e de nos mostrar os caminhos que nospermitiram conduzir o jornal – e também o portal –de modo a atender ao real interesse dos nossosleitores. Sobretudo com relação ao aspecto“business”, ao lado de matérias de cunho técnico e deimportância tanto para os que já atuam a longo tempono setor, quanto para os que agora estão iniciandosuas atividades na área.

Agradecimento especial aos anunciantes – muitosdeles conosco desde o início, e que acreditaram napublicação ainda no “boneco” – que souberamdistinguir o jornal como uma mídia adequada paradivulgar a sua empresa.

Esperamos poder continuar contando com o apoiodo segmento, lembrando que o nosso objetivo – tantodo jornal impresso (agora com uma nova diagra-mação, que proporciona uma leitura ainda maisagradável, como o amigo leitor pode perceber)

quanto do portal, reunidos sob olema “a multimídia a serviço dalogística” – é divulgar a logísticade e para o Brasil como um todo– de norte a sul, sem se ater aos

grandes centros urbanos – emostrar o que acontece em todo o

mundo no segmento.

C

Os artigos assinados não expressam,necessariamente, a opinião do jornal.

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4REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

M U L T I M O D A L MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL

implantação de cabines padrão em suasmáquinas é a mais nova notícia da Ferrovia Cen-tro-Atlântica – FCA (Fone: 0800 285.7000).

Este novo sistema foi inserido em 30 locomotivasSD40 - adquiridas nos Estados Unidos e Canadá e queoperam na malha de Minas Gerais - e proporciona me-lhores condições de trabalho aos maquinistas, já quefornece conforto e segurança.

Elas contam com ar condicionado digital, frigobar,forno elétrico, revestimento termo-acústico, sanitário,cadeira ergonômica, vidros mais resistentes, portas comcontrole eletrônico, limpadores e lavadores de pára-brisaelétricos mais eficientes e silenciosos e banheiro ecoló-gico com exaustão, além de mesa dobrável para ma-quinistas e auxiliares. Cada cabine padrão custa aproxi-madamente R$ 50 mi e R$ 1,5 milhão é o valor doinvestimento total.

Antes desta modificação, as locomotivas SD40 pas-saram por revitalização total na Oficina de Vitória, ES, eforam adequadas para operar na malha da FCA.

As SD40 possuem grande capacidade de tração, per-mitindo transportar a mesma quantidade de carga quetransportaria as U20, por exemplo, com a metade dasmáquinas, ganhando agilidade e confiabilidade.

Já circulam 11 das 30 locomotivas SD40 com cabi-nes padrão, e tracionam vagões com produtos siderúr-gicos como aço, gusa e granito no trecho entreDivinópolis, MG, e a estação Eldorado, em Betim, MG.Posteriormente, as máquinas também seguirão comvagões de soja e farelo de soja entre as estações BatistaFrazão e Eldorado, no mesmo Estado.

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

CABINE PADRÃO É ANOVIDADE DA FERROVIACENTRO-ATLÂNTICA

A

A MAIOR EXTENSÃO EM FERROVIA DO BRASILA Ferrovia Centro-Atlântica - FCA é considerada a

maior ferrovia do país em extensão, responsável poruma malha com 7 840 km de linhas que abrange osestados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio deJaneiro, Sergipe, Goiás, Bahia, São Paulo e o DistritoFederal, sendo também o principal eixo de conexãoentre as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

A concessionária funciona desde setembro de1996, originada do processo de desestatização daRede Ferroviária Federal - RFFSA. Possui 11 milvagões e 500 locomotivas monitoradas via satélite(GPS). Os principais produtos transportados pela FCAsão álcool e derivados de petróleo, calcário, produ-tos siderúrgicos, soja, farelo de soja, cimento, bauxita,ferro-gusa, clínquer, fosfato, cal e produtos petro-químicos. ●

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 5EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

Notíciasr á p i d a s

Agrale lançacaminhões commotorizaçãomecânica“A Agrale foca atualmente

suas vendas no segmento de

caminhões leves, os quais

trazem como novidade a in-

trodução de modelos com

motorização mecânica que

atende o Euro III, obrigatório

em 100% das unidades ven-

didas a partir deste ano de

2006, em complemento aos

modelos com motorização

eletrônica.” A afirmação é de

Pedro Soares, gerente de

vendas de veículos da Agrale.

Fone: 54 3238-8000)

Iveco temnovidades nalinha de leves ede pesadosA novidade na linha de leves

da Iveco – linha Daily – é que

os produtos estão com moto-

rização totalmente adequada

aos níveis de emissões ga-

sosas e de ruídos exigidos

pelo Conama V – Euro III.

Além disso, a montadora co-

meçou a produzir as primei-

ras unidades do Daily 4X4.

Disponível na configuração

chassi-cabine, especialmen-

te desenvolvido para aplica-

ções mais severas, o Daily

4x4 será uma opção para o

mercado dos veículos de tra-

balho com tração integral.

“Quanto à linha de pesados

que até pouco tempo limita-

va-se a um único modelo, o

Stralis 450S38T, a Iveco am-

pliou a gama e apresentou

na Fenatran 2005 cinco no-

vas versões. Com detalhes

importantes: até o final de

2006, todos os modelos se-

rão produzidos na fábrica de

Sete Lagoas, MG, e equipa-

dos com o motor Iveco Cur-

sor 13. Os modelos são:

Stralis HD570S38T e

HD570S42T (versão 6X2);

Stralis HD740s42TZ (versão

6X4) e Stralis HD450S42T

(versão 4X2). A Iveco tam-

bém apresentou no mesmo

período os caminhões chas-

si Trakker 380T38 e 720T42

6X4”, afirma Vicente Garcia,

da área de marketing de pro-

duto da empresa.

Fone: 0800 553443

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6REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

rucial e, por outro lado,polêmica, a manutençãopreventiva nas empilha-

deiras elétricas ou a combustãoquase nunca é levada a sério porparte das empresas usuárias des-tas máquinas, seja pelo desconhe-cimento de sua importância, sejapela impossibilidade de parar amáquina para submetê-la à ma-nutenção.

Este é o assunto tratado nestamatéria especial de LogWeb, en-volvendo os especialistas nas áre-as – fabricantes, distribuidores erepresentantes de empilhadeiras.

IMPORTÂNCIASobre a importância da ma-

nutenção preventiva das empilha-deiras, o principal fator aponta-do é garantir a constante dispo-nibilidade dos equipamentos combaixos custos.

Segundo Sérgio Luiz Guima-rães, diretor técnico da Retrak(Fone: 11 6431.6464), ela permi-

te reduzir o custo total de manu-tenção do equipamento, aumen-tando a vida econômica. Assim,o investimento para substituiçãodo equipamento é diminuído.

“A manutenção preventiva éfundamental para alta produtivi-dade e disponibilidade mecânicado produto. A Clark investe emtreinamentos para a sua rede dedistribuidores conscientizando-os da importância de transmitiraos usuários finais a sua necessi-dade. A Clark tem como padrãoum cheque list de 53 itens in-cluindo checagem de pressões dosistema hidráulico e da transmis-são, que é feito a cada novo in-tervalo de manutenção. Com es-ses registros identificamos poten-ciais defeitos que são imediata-mente corrigidos.” A análise é doEng. Marco Aurelio Carmacio,gerente nacional de vendas emarketing da Dabo Brasil – Clark(Fone: 19 3881.1599). Realmen-te, a manutenção preventiva temum papel essencial quando se

trabalha de forma a buscar omelhor desempenho e durabili-dade dos equipamentos.

“Ao definir um plano de ma-nutenção preventiva, o clientedeve considerar todas as condi-ções definidas no manual do fa-bricante e, quando necessário,ajustar as condições de sua ope-ração”, avalia, por sua vez, Bru-no Barsanti, supervisor de pós-vendas da Jungheinrich LiftTruck (Fone: 11 4815.8200).

Para Mauro Fernandes dosSantos, diretor da Movelev (Fo-ne: 11 6421.4545), outros fato-res justificam a manutenção pre-ventiva das empilhadeiras: ofere-ce aos equipamentos condiçõesseguras e de eficiência opera-cional; permite programar as pa-radas dos equipamentos nos pe-ríodos de baixa atividade ou de-terminar quais ações paralelaspossam ser tomadas durante es-sas paradas, que serão por tem-pos determinados e previsíveis,não havendo, assim, paradas

corretivas em momentos críticosda movimentação; e preservaçãodo patrimônio.

Já para Jean Robson Baptista,do departamento comercial daEmpicamp (Fone: 19 3289.3712),um dos fatores mais expressivosé ter um profissional qualificadoe treinado para dar assistênciapreventiva e corretiva no equipa-mento, visando minimizar, assim,o tempo de máquina parada.

Segundo Luiz Antonio Gallo,gerente de vendas da Skam Em-pilhadeiras Elétricas (Fone: 114582.6755), pelo trabalho força-do que se exige de uma empilha-deira, ter manutenção preventivaé de fundamental importânciapara se precaver da quebra doequipamento em momentos depico. “Portanto, recomendo sem-pre que as empresas mantenhamum contrato de manutenção pre-ventiva, a fim de evitar transtor-nos em momentos cruciais nosquais uma máquina não pode fi-car parada”, diz ele.

“A manutenção preventivaem empilhadeiras é fundamental.Normalmente trata-se de umamáquina sem substituição imedi-ata; portanto, parada de máquinasignifica prejuízo na operação.Como em um carro, atitudes pre-ventivas simples como verifica-ção do óleo do conjunto de tra-ção, medição da carga da bate-ria, lubrificação dos mancais, etc.impedem que o equipamentopare por um problema de poucarelevância”, destaca AntonioAugusto Pinheiro Zuccolotto,diretor de operações da Paletrans(Fone: 16 3951.9999).

Para João Lourenço Rodri-gues, supervisor de vendas depeças e serviços, e Carlos Eduar-do Rossi Kiss, supervisor de ser-viços técnicos, ambos da Somov(Fone: 11 3718.5090), manuten-ções preventivas são as revisõesrealizadas periodicamente deacordo com as especificações dofabricante da empilhadeira.“Quando bem feita, ou seja, se-guindo-se exatamente as instru-ções da fábrica, o usuário man-tém o equipamento em perfeitoestado para operação e tem con-dições de prever e otimizar oscustos com reformas dos compo-nentes do equipamento. As falhasnão programadas são minimi-zadas”, destacam.

Já na opinião de José RobertoCoelho, gerente de pós-vendas daStill do Brasil (Fone: 11 4066.8100), a manutenção preventivade um equipamento de movimen-tação e armazenagem de materi-ais está diretamente ligada à dis-ponibilidade do equipamentopara a operação.

Segundo Coelho, equipamen-tos que não são submetidos a re-visões programadas pela fábricaficam sujeitos a paralisações im-previstas que reduzem a sua dis-ponibilidade, podendo compro-meter programas de produção oude expedição de uma empresa. “Arevisão tem por objetivo ajustarpeças e componentes, além desubstituir insumos que possuemvida útil determinada pelo fabri-cante e que, quando não efetua-da, pode danificar outros itensque não deveriam ter desgaste”,adverte o gerente da Still. ParaMauro Chiavoloni de Andrade,chefe de serviços da ToyotaIndustries Mercosur (Fone: 113511.0438), as empilhadeirasrotineiramente transportam gran-des valores dentro das empresas.Seja a matéria-prima ou o pro-duto acabado, elas são responsá-veis pela movimentação da pro-dução e faturamento da empre-sa. “Assim, o maior prejuízo queuma empilhadeira quebrada podecausar é o que ela não movimen-tou enquanto esteve parada parareparos. As manutenções preven-tivas proporcionam maior confia-bilidade do equipamento e po-dem ser programadas para o diamais conveniente à empresa, evi-tando os dissabores e os custosdas quebras”, assinala Andrade.

VALE A PENA OINVESTIMENTO?

Sobre se vale a pena investirem manutenção preventiva, Nori-val Geraldo Capassi, gerente deoperações para a América Latinada BT International e BT do Bra-

EMPILHADEIRAS

Manutençãopreventivaé fundamentalÉ DE GRANDE IMPORTÂNCIA EXECUTÁ-LA, SOBRETUDO PARA GARANTIR O USO DO EQUIPAMENTO COM BAIXOSCUSTOS. MAS, VALE A PENA O INVESTIMENTO? QUAL O CUSTO/BENEFÍCIO?

C

Rodrigues e Kiss, da Somov: manutenção preventiva é mais que asimples troca de óleo e filtros

Gallo, da Skam: empresas devemmanter contrato de manutençãopreventiva

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 7EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

sil (Fone: 41 3334.1255) diz quecertamente, pois em atividade e/ou contrato de manutenção pre-ventiva, os ajustes e checagensefetuados proporcionam um au-mento no MTBF (tempo mínimoentre falhas) do equipamento emquestão. “Com os ajustes echecagens de componentes comofiltros, óleos, cartas, cabos, trans-missão, etc. é possível minimizarem muito a possibilidade de ano-malias e falhas que podem acar-retar custos desnecessários que,em alguns casos, são dezenas devezes superiores ao custo da ma-nutenção preventiva.”

Carmacio, da Dabo Brasil/Clark, também considera a ma-nutenção preventiva um excelen-te investimento pois reduzem-sedrasticamente as intervençõescorretivas e com isso o usuáriofinal ganha em produtividade.Segundo o engenheiro, muitosclientes possuem um frota anti-ga em sua logística de materiais,aumentando, assim, o número deintervenções corretivas e, porconseqüência, diminuindo a dis-ponibilidade mecânica da suafrota. Em muitos casos, o núme-ro de equipamentos necessáriospara executar a movimentaçãologística está superdimensionadodevido à baixa disponibilidademecânica. Através da renovaçãode frota e de um plano de manu-tenção preventiva, o aumentodessa disponibilidade é imedia-to, o que em muitos casos pode-rá levar a uma redução do núme-ro de equipamentos necessáriospara executar a mesma operaçãologística, explica o gerente daDabo Brasil/Clark.

Badar Uz Zaman, gerente deassistência técnica da Nacco -Hyster e Yale (Fone: 11 5683.8525), também destaca que, umavez aceito que a manutenção pre-ventiva é responsável pela dispo-

nibilidade dos equipamentos, oinvestimento é valido.

Gallo, da Skam, tem a mes-ma opinião, pois se a máquinaficar parada por quebra, é de res-ponsabilidade do contratado. Eletambém ressalta que um contra-to de manutenção é relativamen-te barato em comparação a cha-mados esporádicos que podemcustar muito caro quando o equi-pamento apresenta alguns defei-tos ou quebras em seqüência.

“Vale a pena o investimento,pois uma manutenção preventi-va eficiente realmente diminui otempo de equipamento paradopara intervenções técnicas e con-seqüentemente torna-o mais pro-dutivo, aumentando seu tempo deoperação e prolongando o ‘lifttime’ do equipamento.” A análi-se é de Baptista, da Empicamp.Barsanti, da Jungheinrich, tam-bém aponta vantagens na manu-tenção preventiva. Afinal, segun-do ele, os serviços compreendi-dos no plano de manutenção pre-ventiva - lubrificação, limpeza,ajustes, regulagens, detecção ediagnóstico de defeitos, entreoutros - têm não só como objeti-vo garantir a utilização das pe-ças até o final de sua vida útil,como também antecipar futurosproblemas, os quais devidamen-te equacionados reduzirão os cus-tos de manutenções corretivas eoperacionais.

“Acompanhando-se os índi-ces mensais veremos que semmanutenção preventiva teremosaumento das horas paradas porquebra e por possíveis acidentesdecorrentes dessas quebras, cau-sando afastamento de pessoaseventualmente acidentadas e da-nos às instalações, produtos, etc.;baixo índice de disponibilidade(independentemente do númerode horas trabalhadas por mês,aliando-se a um bom e adequadoprograma de manutenções pre-ventivas, com disciplina e treina-mento dos operadores visandozelo e manuseio, chega-se a umadisponibilidade acima de 96% e,com isso, se tem um ótimo apro-veitamento do investimento emequipamentos, já que a baixa dis-ponibilidade força o aumento nonúmero de equipamentos na ope-

ração, gerando mais investimen-tos em máquinas, operadores,etc. para suprir as necessidadesde movimentação); e diminuiçãoda tensão entre áreas da opera-ção ocasionada pela falta de equi-pamentos”, avalia, por sua vez,Santos, da Movelev.

Marlon Garighan, gerentecomercial da Requimaq Comér-cio e Representações (Fone: 493323.8797), também é da mes-ma opinião e, como exemplo, dizque um kit de escovas queapresentar desgaste e não forsubstituído na hora certa podedanificar um motor de tração ou

hidráulico, e sua recuperação levaem média 10 dias com um customuito maior.

“Os gastos com a manuten-ção preventiva são investimentoscom retorno garantido. De ma-neira geral, os elementos móveissão preservados quando lubrifi-cados e ajustados a intervalos re-gulares. Nos procedimentos demanutenção preventiva tambémsão detectadas falhas no seu iní-cio, evitando que os danos alcan-cem componentes mais caros”,destaca Guimarães, da Retrak.

Rodrigues e Kiss, da Somov,avaliam que quando se realizamanutenções preventivas é pos-sível saber quando o equipamen-to irá parar e o quanto irá se gas-tar. Caso contrário não se temessa percepção. Além disso – ain-da segundo os representantes daSomov -, “há o que chamamosde custos invisíveis por falta demanutenção preventiva numafrota de empilhadeiras. É o caso,por exemplo, de acidentes emvirtude da não regulagem de frei-os, custo de hora/homem da ma-nutenção devido a retrabalho oua queda na produtividade ou pa-radas de uma fábrica em razão deequipamentos em reparo”.Advertência é o que faz Zucco-lotto, da Paletrans, ao abordareste item. De acordo com ele, oinvestimento deve ser bem feito.“Como existem poucos especia-

Coelho, da Still: revisão tempor objetivo ajustar peças ecomponentes

“O maior prejuízoque uma empilhadeiraquebrada pode causaré o que ela não movi-mentou enquantoesteve parada parareparos. As manuten-ções preventivasproporcionam maiorconfiabilidade doequipamento e podemser programadas parao dia mais convenienteà empresa.”

“Os custos sãodeterminados conformeo modelo de manutençãoque o cliente preferir,pois quando écontratado um serviçoautorizado da fábricapara realizar os atendi-mentos de revisão e demanutenção corretiva, ocliente não precisamanter uma estruturaprópria de manutençãodentro de sua empresa.”

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8REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

listas no assunto, os preços ten-dem a subir. É necessário entre-gar a frota para uma empresa idô-nea, sempre recomendada pelofabricante, porém vale a penacotar com mais de uma para evi-tar grandes diferenças. O inves-timento mensal deve ser inferiora 1% do valor do equipamento”,informa.

Complementando este tópi-co, Coelho, da Still, alerta que amanutenção preventiva não podeser considerada um investimen-to, mas sim uma forma de evitargastos não previstos com manu-tenção corretiva. Segundo ele, aexecução das revisões programa-das pela fábrica, além de garan-tir a disponibilidade do equipa-mento, impede que determinadoscomponentes do equipamentosejam danificados por peças ouinsumos não substituídos nosprazos recomendados, além deque, no momento de revenda doequipamento, o que possui his-tórico de manutenções e de revi-sões é muito mais valorizado queo sem qualquer histórico.

CUSTO X BENEFÍCIOSobre o custo x benefício da

manutenção preventiva, Zaman,da Nacco, diz que a única pala-vra é disponibilidade.

Já Capassi, da BT, informaque o custo x benefício dependede vários fatores, como do tipo,

aplicação e modelo do equipa-mento, além do ambiente opera-cional. Porém, um contrato demanutenção preventiva em umaretrátil, por exemplo, pode com-pensar facilmente a razão de 10vezes o que se emprega em mão-de-obra e peças em manutençõescorretivas quando há queima deuma carta lógica, por exemplo,cujo custo é elevado e a falha forocasionada por outros compo-nentes que poderiam ter sido con-templados em preventiva.

Baptista, da Empicamp, ex-plica que, em geral, existem duasprincipais modalidades de con-tratos de manutenção. Uma cha-mada Full Service, que englobatoda a manutenção preventiva ecorretiva além das taxas de des-locamento, pela qual o clientepaga apenas as peças utilizadas.“O cliente/fornecedor deve estarciente que assumirá riscos, poishaverá períodos em que o equi-pamento terá um índice menor dequebras e, por conseqüência, ofornecedor terá um retornomaior. Em contrapartida, existi-rão períodos em que, com maisintervenções técnicas, o clientesairá no lucro pois terá um custofixo de horas/homem. A grandevantagem é a facilidade de admi-nistração do contrato, pois o va-lor de mão-de-obra é sempre omesmo, o que varia são as peçasou serviços externos.”

A segunda modalidade – ain-

da de acordo com o representan-te da Empicamp – envolve a se-paração de valores de preventiva(com taxa mensal) e corretiva(valor hora/homem). Neste caso ovalor varia de acordo com a utili-zação da mão-de-obra, tendendoa ser mais barata que a anterior.

Barsanti, da Jungheinrich,destaca, por seu lado, que o cus-to é composto essencialmente damão-de-obra necessária para rea-lização do plano, o qual pode ser

levantado através do custo da vi-sita do técnico multiplicado pelaperiodicidade definida. Segundoele, devem ser considerados tam-bém os custos de alguns itens,como óleos lubrificantes, fluidos,filtros em geral, etc., os quais têma vida útil definida pelo fabricante.

“Já os benefícios são enor-mes, muitas vezes não correta-mente calculados, quando se evi-ta: ocorrência de quebra prema-turas (antes do final da vida útildas peças e/ou conjunto), geran-do alto custo de manutenção cor-retiva; maior consumo de peçasde desgaste (rodas, correntes,etc.); baixo desempenho do equi-pamento; e, principalmente, me-nor disponibilidade do equipa-mento”, completa o supervisor daJungheinrich.

Santos, da Movelev, destacaque, grosso modo, podemos es-timar que a manutenção preven-tiva custa em torno de 0,3% dopreço do equipamento novo aomês. De acordo com ele, consi-derando-se como benefício oequipamento estar sempre emcondições de operação, depre-ciação somente por tempo e nãopor mau uso, equipamento nãoparar em momentos críticos, ope-rador não ocioso, etc., o custo de0,3% ao mês é favorável.

Em sua análise, o gerente co-mercial da Requimaq diz que,a princípio, toda manutençãopreventiva é mais barata que a

“A manutençãopreventiva custaem torno de 0,3%do preço do equipa-mento novo ao mês. Considerando-secomo benefício oequipamento estarsempre em condiçõesde operação,depreciação somentepor tempo e não pormau uso, equipamentonão parar emmomentos críticos,operador não ocioso,etc., o custo de 0,3%ao mês é favorável.”

corretiva e realizada em menostempo, portanto o equipamentofica disponível para operação porum período maior e com um cus-to menor.

Para Zuccolotto, da Paletrans,é difícil responder a esta questão.Segundo ele, deve ser levado emconta o investimento realizado(ativo), o custo de locação, a ida-de da máquina, o porte da empre-sa (se possui ou não manutençãointernamente), a vida útil do equi-pamento, etc. “Não acredito emfórmula mágica, o fator que podealterar de forma relevante a rela-ção custo x benefício do equipa-mento é o treinamento correto ea conscientização do operador”,destaca.

Rodrigues e Kiss, da Somov,afirmam que a manutenção pre-ventiva é mais que a simples tro-ca de óleo e filtros. Segundo eles,a tendência de desgastes pode sertraçada, a vida dos componentesprevista e as manutenções ou re-paros, programados. O programade manutenção preventiva man-tém os custos baixos pela redu-ção da probabilidade de falha,mantendo a eficiência da máqui-na e elevando o valor de revendado equipamento usado. O progra-ma pode indicar o melhor mo-mento para reparar, reformar ousubstituir o equipamento.

O chefe de serviços da Toyotatambém considera esta uma ques-tão relativa – mas pode dizer queas peças substituídas nas revisõesperiódicas (filtros, velas lubrifi-cantes, etc.) são as mais baratasda empilhadeira. Segundo Andra-de, o não cumprimento do planode manutenção, por outro lado,compromete a confiabilidade daspeças mais caras, como peças demotor, transmissão, sistema hi-dráulico, etc.

“O principal benefício das re-visões efetuadas dentro dos pra-zos estabelecidos pelo fabrican-te é proporcionar médias acimade 95% de disponibilidade ope-racional, aumentando também otempo de vida útil da empilha-deira. Os custos são determina-dos conforme o modelo de ma-nutenção que o cliente preferir,pois quando é contratado um ser-viço autorizado da fábrica pararealizar os atendimentos de revi-são e de manutenção corretiva, ocliente não precisa manter umaestrutura própria de manutençãodentro de sua empresa com fer-ramentas, peças e insumos de es-toque, pagando somente pelamão-de-obra aplicada na manu-tenção do equipamento, além deter garantia da peça e da mão-de-obra e ainda poder utilizar o fatu-ramento da prestação de serviçoscomo abatimento de impostos”,completa Coelho, da Still. ●

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 9EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

Seguros

ACE (Fone: 11 4504.4306) passou a se res-ponsabilizar pelo seguro

de transportes da Transportado-ra Americana, que mensalmenterealiza mais de 22 mil viagenscom cargas, alcançando quase5 milhões de quilômetros.

“Pela primeira vez, umaseguradora passou a se envolverdiretamente com o gerencia-mento de riscos deste cliente. Ogerenciamento de riscos nestaatividade é importantíssimo, poisprevine sinistros como o roubode cargas. E, ao reduzir a sinis-tralidade, passamos a fazer o se-guro de todas as viagens da trans-portadora, elevando o valor co-berto das apólices para uma basede R$ 2 milhões por veículo e

por viagem. São condições dife-renciadas para este mercado”,diz Ricardo Roda, superinten-dente de seguros de transportesda ACE.

Ainda de acordo com ele, ocontrato com a TransportadoraAmericana oferece seguro con-tra roubo de cargas nos percur-sos terrestres e aéreos, além decoberturas de ResponsabilidadeCivil que abrangem todos os aci-dentes no transporte de carga efe-tuado com a responsabilidade datransportadora. “Cada apólice éfeita sob medida e busca atendero cliente em suas necessidadesespecíficas”, salienta.

Por sua vez, Carlos Zutin, di-retor de suprimentos da Trans-portadora Americana, destaca

que, a partir desta nova parceria,foram modificados todos os sis-temas de rastreamento, reduzidosos custos desta operação e dimi-nuída a sinistralidade.

“Além disso, a transportado-ra passou a fracionar menos assuas mercadorias, melhorando alogística. Já o contato direto coma seguradora tornou as decisõesmais ágeis e melhorou a flexibi-lidade de cada cobertura”, diz ele.

Por outro lado, “para assegu-rar a qualidade do gerenciamentode riscos, montamos uma filialdentro da transportadora, com 18profissionais”, completa Ander-son Feliz Ferreira, diretor comer-cial da Skymark Gerenciadora deRiscos, que há três anos trabalhaneste projeto. ●

A

ACE ASSUME SEGURO DATRANSPORTADORA AMERICANAO contrato envolve seguro contra roubo de cargas nos percursos terrestres e aéreos,além de coberturas de Responsabilidade Civil que abrangem todos os acidentes notransporte de carga efetuado com a responsabilidade da transportadora.

riar um balcão de ofer-tas de cargas e fretes viainternet. Está é a propos-

ta da Central do Transporte paraempresas transportadoras e trans-portadores autônomos de todo opaís. O serviço, que já está dis-ponível no site – www.central-dotransporte.com.br -, permite alocalização e oferta de cargasdiretamente, sem ação de inter-mediários.

Ao acessar o site, o transpor-tador autônomo consegue loca-lizar ofertas de cargas dispo-nibilizadas por empresas trans-portadoras. “Através do sistema,o caminhoneiro evita rodar vazioe o transportador reduz os custoscom fretes”, afirma o administra-dor da Central do Transporte,João Luís Held.

Tanto para ofertar, quantopara acessar as informações so-bre as cargas é preciso realizarum cadastro. As informações sãomantidas em um campo restrito,garantindo a confiabilidade daoperação.

Para facilitar o acesso do ca-minhoneiro em viagem, a Cen-tral está firmando parcerias compostos de combustíveis de estra-da, que viabilizarão o acesso aoscomputadores e com operadorasde celular, para utilização deferramentas como os torpedos.“Nosso objetivo é integrar asduas pontas, oferecendo agilida-de e comodidade na troca de

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Central doTransporte oferececargas e fretes pelainternet

C

informações so-bre fretes ou car-gas excedentes”,diz Held.

A Central doTransporte pos-sui sede emItapira, interiorde São Paulo, efoi criada com oobjetivo de redu-zir custos opera-cionais e prestarserviços via In-ternet. O serviçovai propiciar àsempresas trans-portadoras e aos

transportadores autônomos loca-lizarem e ofertarem cargas sem anecessidade de intermediários. ●

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10REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

Comércio Exterior

PARA A MODALLPORT, INVESTIMENTO EM TIAMENIZA PROBLEMAS ESTRUTURAISSomente investir em tecnologia não resolve os problemas estruturais das empresas, mas fornece um “fôlego”enquanto se aguarda o retorno das aplicações a longo prazo.

ontinua existindo umagrande demanda porautomatização das ativi-

dades voltadas para a logística eo comércio exterior na área deTI.” A afirmativa é de Luiz Car-los Bonetti, diretor comercial daModallport Sistemas (Fone: 473348.0434), empresa que atua nosetor de desenvolvimento desoftwares para comércio exteriordesde 1995.

Para Bonetti, cada vez maisestão sendo realizados investi-mentos pesados na área de tecno-logia para poder otimizar a atua-ção das empresas no mercado e,principalmente, vencer as dificul-dades de infra-estrutura logística(física), cujos investimentos ob-têm retorno em longo prazo, en-quanto o investimento em TI geraresultados em menos tempo.

“Logicamente que somenteinvestir em tecnologia não resol-ve os problemas estruturais dasempresas, porém, fornece um‘fôlego’ necessário enquanto seaguarda o retorno das aplicaçõesa longo prazo”, conclui.

SISTEMAS ECONSULTORIA

O objetivo da Modallport nãose resume somente ao desenvol-vimento de sistemas específicos.A empresa trabalha também comprestação de serviços de consul-toria para implantação de proces-sos integrados de gestão adminis-trativa e operacional às empresasdo setor.

A filosofia de trabalho daModallport é “oferecer ao clien-te uma solução que atenda desde

Bonetti: investimentos pesadosna área de tecnologia

C

as necessidades de controle pon-tual de processos, como movi-mentações de contêineres, emis-são de guias e documentos deimportação e exportação, até a

gestão administrativa do negócio,como fluxo de caixa e estatísti-cas gerenciais”, explicita Bonetti.

A Modallport também ofere-ce soluções que permitem o in-tercâmbio eletrônico de informa-ções entre clientes e fornecedo-res que compõem o universo dasempresas que lidam com a ativi-dade portuária e de comércio ex-terior.

Em relação às novidades, aModallport está desenvolvendoum aplicativo de automaçãoportuária, denominado YardPlanning, que irá interligar osplanejamentos de navios e depátio por meio de coletores dedados. “Este aplicativo será umaevolução do sistema de controlede gestão portuária, já no merca-do, e implantado em muitos denossos clientes”, revela Bonetti.

Os módulos NVOCC e Re-dex, lançados durante uma dasmaiores feiras de transportes eserviços de comércio exterior dopaís, a Intermodal, também sãonovidade e renderam à Modall-port em 2005 a implantação demais de cinco projetos, dandocontinuidade ao crescimento dosnegócios da empresa. “A deman-da por este tipo de serviço estábastante elevada”, declara o di-retor comercial.

E qual seria o principal dife-rencial da Modallport no setor?Bonetti acredita ser “o profundoconhecimento do negócio que,aliado à capacitação técnica dosprofissionais, resulta num grupode aplicativos perfeitamente ajus-tados ao ambiente para o qualforam desenhados”. ●

TRANSPORTE E LOGÍSTICAEM SISTEMASAGROINDUSTRIAISOrganizadores: José Vicente

Caixeta-Filho e Augusto H. Gameiro

Editora: Atlas

Nº Páginas: 224

Informações: 0800 171.944

Foi com base em

pesquisas na área de

Economia de Trans-

portes, desenvolvi-

das no Departamen-

to de Economia, Ad-

ministração e Socio-

logia da Escola Su-

perior de Agricultura Luiz de Queiroz

(ESALQ), da Universidade de São

Paulo, que os organizadores desen-

volveram esta obra, cujos principais

objetivos são apresentar as mais im-

portantes relações existentes na

logística de sistemas agroindustriais

baseadas em aplicações reais e de-

monstrar alguns conceitos teóricos

importantes e os instrumentos para

o gerenciamento desses sistemas.

Livro

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 11EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

Notíciasr á p i d a s

Volvo lançacavalo mecânicoEste ano, a Volvo está comer-

cializando seu novo cavalo

mecânico VM, na configura-

ção de eixos 4x2, com motor

eletrônico de 310 cv. Segun-

do informa Álvaro Menoncin,

gerente de engenharia de

vendas, o novo VM é voltado

para o mercado que neces-

sita de veículos para carretas

com até três eixos e 43 tone-

ladas de PBTC. “Outra novi-

dade é o VM na configuração

6x4, ideal para operações

nos segmentos de constru-

ção, transporte de madeira e

de cana-de-açúcar. Os Volvo

VM 4x2 e VM 6x2 rígidos,

que já eram produzidos pela

Volvo no ano passado, foram

inteiramente aperfeiçoados:

têm agora novo design e no-

vos motores eletrônicos com

opções de 210 cv e 260 cv”,

completa Menoncin.E-mail:

[email protected]

Renault atuano segmento deveículos levesA Renault atua somente no

segmento de veículos leves.

“Neste ano estaremos apre-

sentando versões derivadas

da gama Master, como

o Renault Master Cabine

Dupla, cujo pré-lançamento

ocorreu na Fenatran. Tam-

bém estamos ampliando a

nossa gama de veículos

adaptados, com transforma-

ções direcionadas para os

segmentos de telefonia, ele-

tricitário, hospitalar, transpor-

te de perecíveis e veículos

oficina.” A explicação é de

Alberto Neumann, gerente

de marketing - veículos utili-

tários da Renault.

Fone: 08000 55.5615

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12REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

Agenda

O Motorista Autônomo e oVínculo Empregatício

2 e 3 de marçoLocal: São Paulo – SPRealização: SETCESP

Informações:www.setcesp.org.br

[email protected]: (11) 6632.1088

Fundamentos da LogísticaIntegrada e Supply Chain

Management4 de março

Local: Recife – PERealização: Focus TrigueiroConsultoria e Treinamento

Informações:www.focustrigueiro.com.br

[email protected]: (81) 3432.7308

Especialização em Logística6 de março a 29 de novembro

Local: São Paulo – SPRealização: IMAM

Informações:www.imam.com.br

[email protected]: (11) 5575.1400

Painéis Segmentados Simultâneos emSupply Chain – Setores Automotivo,Bens de Consumo & Varejo, Farma-cêutico, Eletroeletrônico, OperaçãoLogística, Químico & Petroquímico

9 de marçoLocal: São Paulo – SP

Realização: Ciclo Marketing &ComunicaçãoInformações:

[email protected]

Fone: (11) 6941.7072

Gestão de Transporte Aéreo9 e 14 de março

Local: São Paulo – SPRealização: Ceteal

Informações:www.ceteal.com

[email protected]: (11) 5581.7326

Formação em Logística EmpresarialInício 11 de março

Local: Rio de Janeiro – RJRealização: CEL - Coppead/RFRJ

Informações:www.cel.coppead.ufrj.br

[email protected]: (21) 2598.9812

Logistics English in Business13 a 24 de março

Local: São Paulo – SPRealização: Log Intelligence

Informações:www.logintelligence.com.br

[email protected]: (11) 3285.5800

No portal www.logweb.com.br,em “Agenda”, estão informaçõescompletas sobre os diversoseventos do setor a seremrealizados durante o ano de 2006.

Março

2006

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 13EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

CTLI promovea divulgação deconceitosO CTLI - Centro Tecnológico de

Logística Integrada é um centro de

excelência para demonstrações prá-

ticas, divulgação de conceitos e

metodologias, testes, desenvolvi-

mento de equipamentos de movi-

mentação e armazenagem de mate-

riais, softwares, hardwares, embala-

gens relacionados à infra-estrutura

de logística em funcionamento real

e integrado. O Centro reúne empre-

sas das áreas de Tecnologia de In-

formação, armazenagem, embala-

gem e movimentação do segmento

logístico - Águia Sistemas, Datasul,

Scheffer, Knapp, Linde, Unipac e

Hand Held Products - em uma área

de 1.300 metros quadrados, onde

estão disponíveis estruturas e siste-

mas integrados que possibilitam a

demonstração em tempo real e a

interação de diversos equipamentos

e softwares garantindo simulações

de operação de clientes em escala

laboratorial, materialização da ope-

ração e seus gargalos.

Fone: 11 3621.6534

CaminhõesMercedes-Benzsão oferecidos commotores adequadospara a novalegislação deemissõesO caminhão leve 710 e o semipesado

L 1620, da Mercedes-Benz, estão

sendo produzidos com motores ade-

quados para atender aos novos limi-

tes de emissões da legislação Pro-

conve P 5 (Euro III), abrangendo

100% da produção de caminhões.

O caminhão L 1620, com terceiro

eixo de fábrica, conta com o motor

eletrônico Mercedes-Benz OM 906

LA turbocooler de seis cilindros,

gerando 231 cavalos de potência a

2.200 rpm e torque de 83 mkgf entre

1.200 e 1.600 rpm. São vinte cava-

los a mais de potência e 16 mkgf a

mais de torque em relação à versão

anterior. Para atualizar o caminhão

leve 710, a Mercedes-Benz equipou

o modelo com a nova versão do mo-

tor mecânico OM 364 LA. O 710 ga-

nhou torque mais elevado, já que

passa a contar com 47 mkgf a

1400 rpm. Anteriormente, o torque

era de 39 mkgf a 1.400 rpm.

Fone: 11 4173.7324

Notíciasr á p i d a s

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14REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

ecentes alterações, porparte do DNIT - Depar-tamento Nacional de

Infra-Estrutura de Transportes edo Contran - Conselho Nacionalde Trânsito, prometem trazermudanças significativas na parteconstrutiva e no modo operacio-nal dos bitrens.

Veja a seguir a opinião sobreeste e outros assuntos por partede Lauro Pastre Jr, presidente daANFIR - Associação Nacionaldos Fabricantes de ImplementosRodoviários, e Neuto Gonçalvesdos Reis, engenheiro de transpor-tes e assessor técnico do NTC&Logística – Associação Nacio-nal do Transporte de Cargas eLogística.

MUDANÇASLogWeb: O que representa a

revogação, pelo DNIT, da Porta-ria 1096, de 16 de setembro de2005, que mantinha a exigênciade AET - Autorização Especialde Trânsito para bitrens em 17Estados brasileiros, o que confli-tava com a resolução 184 doContran, que vigora desde qua-tro de novembro de 2005, levan-do em conta que essa resoluçãodo Contran considera bitrens veí-culos comuns e, portanto, livresda exigência de autorização es-pecial para circular? Para enten-der: o principal efeito da Reso-lução 184 é a dispensa definitivadas exigências das AETs para osbitrens (Combinações de Veí-culos de Carga - CVC de sete

eixos, com peso bruto total com-binado - PBTC - superior a 45 t eaté 57 t e comprimento entre 17,5e 19,8 m).

Pastre Jr: O DNIT acatou aResolução 184/2005 do DENA-TRAN - Departamento Nacionalde Transito, que isenta o bitremdo uso de AET, o que representaredução de custos e burocraciapara o transportador e obriga opróprio DENIT a sinalizar as ro-dovias, identificando os pontosou trechos onde não é permitidaa circulação de bitrens.

Reis: O DNIT reconhece, fi-nalmente, que a Resolução 184revogou a 164, especialmente odispositivo que condicionava adispensa da AET à sinalizaçãodas pontes. Embora a 164 nãotenha sido expressamente revo-gada, houve revogação tácita.Primeiro porque uma norma maisrecente, que trata do mesmo as-sunto, revoga automaticamente aanterior. Segundo porque a 184revogou toda e qualquer disposi-ção ao contrário. Fica claro queo bitrem deve circular como veí-culo normal, sem necessidade deAET. Acabou a burocracia. Osetor vai economizar milhões enão vai perder mais tempo compapelório desnecessário.

LogWeb: O que muda parao setor – em termos da Resolu-ção 68 do Contran, que trata depesos e dimensões dos veículos -com as mudanças trazidas pelaresolução 184 do mesmo órgão?O que ele vai exigir do fabrican-

te? Para entender: a principal al-teração trazida pela resolução184 é a ampliação do Peso BrutoTotal Combinado (PBTC) dasCombinações de Veículos de Car-ga (CVCs) com duas ou maisunidades de 45 t para 57 t, desdeque sejam tracionadas por cava-lo mecânico e tenham compri-mento mínimo de 17,50 m e má-ximo de 19,80 m.

Pastre Jr: A resolução 184/2005 facilita o transito do bitrem,consagrando esta posição comouma boa opção para o transpor-te, sem prejuízo para a seguran-ça e pavimento.

Reis: Em relação ao bitremnada muda. Em relação aos veí-culos articulados, ao elevar oPBTC de 45 t para 57 t, a 184abre possibilidade de novas con-figurações, como as Vanderléias(carretas com eixos distanciados)que poderão atingir até 53 t, comcavalo 4x2. Há até quem fale em56 t, com cavalo de três eixos,sendo dois distanciados. UmaVanderléia de 53 t pode levar 36t de carga, tornando-se competi-tiva com o bitrem, que leva, emmédia, 38 t e exige uma carreta amais. Claro que os fabricantesterão que adaptar seus projetos esuas linhas de montagem a estasnovas configurações. Daí a resis-tência dos implementadores àsVanderléias acima de 45 t. Semfazer nada, carretas convencio-nais de seis eixos com mais de17,50 m poderão aumentar suacarga de 45 t para 48,5 t. Da mes-

ma forma, a Vanderléia 4x3 comcarreta de três eixos distanciadossobe de 45 para 46 t.

CARACTERÍSTICASPRÓPRIAS

LogWeb: Quais são as carac-terísticas básicas do bitrens?Quais as vantagens do seu uso?

Pastre Jr: Ele é compostopor dois semi-reboques com doiseixos acoplados entre si, por meiode quinta roda e tracionado porcaminhão-trator com três eixos,nas configurações 6x2 ou 6x4. Asvantagens em relação ao semi-re-boque são o aumento da capaci-dade de transporte na ordem de25% e a redução do desgaste depneus, o que, conseqüentemen-te, resulta num volume menor deveículos circulando, otimizandoo transporte.

Reis: O bitrem tem cavalo6x2 (6x4 daqui a cinco anos), umsemi-reboque de dois eixos e umsegundo semi-reboque de doiseixos acoplado por quinta rodaao prolongamento do chassi doprimeiro semi-reboque. Total desete eixos, 57 t e 19,80 m de com-primento. A tração 6x4 aumentao preço, o peso e o consumo decombustível. Mas foi especi-ficada por razões de segurança.Evita, por exemplo, que o veícu-lo patine nas subidas, pois a re-sistência passiva será gerada pe-los dois eixos, e não apenas porum deles. Por dispensar dolly, émuito seguro. Tem boa estabili-

dade e pouca amplificação trasei-ra das acelerações laterais. Dis-tribui bem as cargas por eixo,sendo amigável em relação aospavimentos, por usar conjuntosde eixos e não eixos isolados.Não é crítico em relação a pon-tes. Economiza pneus. Leva de38 a 40 t de carga com um únicocavalo e um único motorista, re-duzindo o custo da toneladatransportada em cerca de 18%.

LogWeb: Quais as suas limi-tações?

Pastre Jr: Por ser uma com-binação de veículos de carga comum caminhão-trator e dois semi-reboques curtos, com caixa decarga máxima de 7,80 metroscada, é limitado ao transporte demercadorias, líquidos, graneis,paletizados, etc., limitado a pro-dutos indivisíveis com compri-mento máximo de 7,70 m, res-tringindo o transporte de merca-dorias longas, como por exemplotubos, chapas e outros.

Reis: Como é relativamentecurto, não se presta ao transportede cargas volumosas. Para tanto,seu comprimento precisaria cres-cer para cerca de 23/24 m. Exigepotência proporcional ao pesobruto, em torno de 400 HP, paraevitar perda de velocidade médiae garantir maior segurança emrampas. Devido à amplificaçãotraseira, exige motoristas maisexperientes e bem treinados. Émais difícil de manobrar. Exigeterminais adequados. Algumaspontes, especialmente as maisantigas (classe 24, por exemplo),não suportam a passagem dobitrem. ●

BITRENS

O que muda com as recentesalterações nas leis?ALÉM DESTA QUESTÃO,O PRESIDENTE DA ANFIRE O ASSESSOR TÉCNICODO NTC&LOGÍSTICAABORDAM OUTROSASSUNTOSRELACIONADOS ÀSCARACTERÍSTICASDOS BITRENS.

R

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 15EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

A

IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS

FINEP libera recursospara internacionalizara marca Guerra

FINEP - Financiadorade Estudos e Projetos,empresa pública vincu-

lada ao Ministério da Ciência eTecnologia, liberou no final doano de 2005 a primeira parcelado montante de R$ 15 milhõesdestinados à implementação doCentro Tecnológico Guerra.

Com a liberação, a Guerra(Fone: 54 3218.3500), conside-rada a segunda maior fabricantede implementos rodoviários daAmérica Latina, dá início ao pro-cesso de construção de novo pré-dio na fábrica de Caxias do Sul,RS, que será destinado ao desen-volvimento de novos produtosdirecionados ao mercado global.O projeto aprovado pela FINEP,de Internacionalização da MarcaGuerra, contempla a produção deequipamentos voltados para osEmirados Árabes, a África e aAmérica do Sul, pelos próximosdois anos.

“Os recursos empregados noCentro Tecnológico Guerra e nodesenvolvimento de produtostotalizam R$ 18 milhões, sendoque a Guerra entra com R$ 3milhões próprios. Os investimen-tos serão aplicados, também, naaquisição de equipamentos paralaboratório e testes, em soft-wares, rastreabilidade e contro-les ligados a P&D (Pesquisa eDesenvolvimento)”, comenta odiretor industrial da Guerra,Valmor Zanandrea.

A entrada em operação doCentro Tecnológico Guerra estáprevista para o final do 1o semes-tre de 2006, quando parte dasequipes da Engenharia de Produ-to e Engenharia de Processo serátransferida para o novo prédio,dando continuidade ao trabalhode P&D em instalações mais ade-quadas. Antes disso, a engenha-ria da Guerra já vem trabalhan-do em projetos e deve finalizarprotótipos no início de 2006,além de consolidar a base de es-trutura da TI (Tecnologia de In-formação), que já está em fase deimplantação.

“Integrarão este centro, asuniversidades, através de seuspesquisadores, bem como par-

Para incrementar asexportações, a Guerrafirmou parceriascomerciais em váriosmercados e uma jointventure com a Excel,dos Emirados Árabes.

cerias com empresas afins”, dizZanandrea.

As exportações da Guerra,que hoje representam cerca de5% do faturamento total, devematingir 20% a médio prazo, coma implementação do P&D.

O projeto de expansão visan-

do ao mercado global começoupelo investimento de recursospróprios superiores a R$ 30 mi-lhões na construção de uma novaunidade industrial em Caxias doSul, RS, inaugurada em agosto de2005, na abertura de uma novafábrica em São Paulo, em setem-bro, e na abertura de outra fábri-ca na Argentina, em outubro.

Com as três novas plantas, aGuerra ampliou a capacidadeprodutiva de 850 unidades/mêspara 1200 unidades/mês. Alémdisso, para incrementar as expor-tações, a empresa firmou parce-rias comerciais em vários merca-dos estratégicos e uma jointventure com a empresa Excel,dos Emirados Árabes, que vairesponder pela montagem de todalinha de produtos Guerra e pelavenda em toda a região do Gol-fo, no Oriente Médio. ●

RASTREAMENTO

Sitrack.comatua em todo oMercosul

Sitrack.com (Fone: 313271.7827), empresa dogrupo Pescarmona, um

dos maiores grupos industriais daArgentina, com filial em BeloHorizonte, MG, rastreia e geren-cia atualmente cerca de 7.000veículos. E conta com uma cen-tral de atendimento atuando 24horas, além de centros de insta-lações e revisões espalhados portodo Mercosul, o que proporcio-na tranqüilidade em viagens decurta e longa distância.

“A Sitrack.com usa tecno-logias avançadas, como GSM/GPRS e Satelital (Inmarsat D+),que oferece cobertura em todaAmérica Latina, sem obter ‘áre-as de sombras’ (falta de cobertu-ra)”, afirma Talita Melo, chefe deoperações da empresa.

Ainda segundo ela, para auxíliono posicionamento, a Sitrack.com

utiliza suporte de mapas de paí-ses do Mercosul - Brasil, Chile,Uruguai, Argentina e Colômbia.

“Uma característica muito im-portante é que a Sitrack.com em-prega como ferramenta para aces-so ao gerenciamento de frotas umsistema com funções diversificadaspara fácil manuseio do cliente. Poroutro lado, os serviços mais utili-zados incluem alarme medianteacionamento de botão de pânico;envio de mensagens ao veículo;alarme de desengate de carreta;posicionamento de veículos deacordo com as necessidades docliente; alarme de abertura deportas de cabine e baú; corte decombustível; registro de paradas;registro de excesso de velocidade;monitoramento com maior evidên-cia em áreas definidas como áreade risco; e evento de desconexãode bateria”, completa Talita. ●

A

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16REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

A

PALETIZAÇÃO

Startrade apresentanova cola paraprodutos paletizados

Startrade Assessoria eComércio Exterior (Fo-ne: 41 3285.8825) está

anunciando o lançamento doSlip-Stop, desenvolvido na Coréiado Sul pela empresa KMG Inc.

Trata-se de uma cola antider-rapante à base de água para apli-cação em produtos paletizados,gerando maior resistência a even-tuais tombamentos, e que podeser usada em diferentes materiais,como papelão, papel cartão,papel normal, PVC e sacarias deplástico.

“O Slip-Stop possui altíssimaresistência lateral (antiderrapan-te) e baixa resistência vertical, ouseja, permite retirar o produtoembalado simplesmente erguen-do o invólucro. Além de não da-nificar as caixas ao serem sepa-radas, a cola não deixa resíduosou marcas e não afeta o produto,pois é atóxica. Dessa forma, mes-mo depois de separados, os pro-

dutos mantêm um elevado coe-ficiente antiderrapante, o queauxilia em casos de entregasmúltiplas”, explica Luís Gardo-linski, diretor da Startrade.

Ele também destaca que asolução já foi testada e aprovadainternacionalmente por empresascomo Coca-Cola, Pepsi-Cola,Carrefour, LG Chemicals eSamsung, inseridas nos mais va-riados segmentos, sejam eles daindústria alimentícia, química oueletroeletrônica, entre outras.

“Outra grandevantagem com ouso do produto é asubstituição doplástico termo-encolhível (shrink)e do poliestireno,bem como das fi-tas em PE usadaspara amarrar ospaletes. Além deser até sete vezes

mais barato que o plástico, o Slip-Stop evita os indesejáveis resí-duos sólidos gerados por estematerial e pelas fitas, pelo fatode não ser derivado do petróleo ede não necessitar de nenhumprocesso para reciclagem”, afir-ma o diretor.

Finalizando, Gardolinski in-forma que a aplicação do Slip-Stop pode ser feita manual ouautomaticamente, com a utiliza-ção de equipamentos simples eportáteis. ●

F

EMPILHADEIRAS

Movicarga atendea nova unidade daKepler Weber

abricante de sistemaspara estocagem de grãos,a Kepler Weber acaba de

entregar à Movicarga toda a mo-vimentação interna de sua novaunidade, em Campo Grande, MS.

Para esta operação, a Movi-carga alocou 35 máquinas novasde 2,5, 3 e 4 toneladas, além deempilhadeiras elétricas de 1,6toneladas que trabalham na linhade produção e na estocagem, emdois turnos.

Na unidade Campo Grandeda Kepler Weber também foi ins-talado um centro técnico paraatender não apenas às máquinaspróprias, como também à frotaprópria da empresa, totalizando50 unidades que terão sua manu-tenção e eventuais reparos feitospela equipe Movicarga.

A Movicarga também acabade restaurar sua parceria de 20anos com a Variglog. As opera-ções no Terminal de Cargas 2 doAeroporto de Cumbica em SãoPaulo incluem paletização/despa-letização e carregamento/descar-regamento das aeronaves, numprocesso ininterrupto.

A gerente de novos negóciosda Movicarga, Cristiane Izzo, re-vela que “a movimentação naVariglog é como na Fórmula 1:não admite falhas. Também nãopode haver atraso, o que acarre-taria em pesadas multas, e nemqualquer avaria ao material”.

Para esta operação, a Movi-carga mantém equipamentos efuncionários próprios no local.

OPERADOR LOGÍSTICONão é só com locações de

empilhadeiras que trabalha aMovicarga. De acordo comMiriam Korn, diretora geral daunidade de São Paulo da empre-sa, “há 15 anos contamos comoperadores especializados, reali-zando um serviço de terceiri-zação in-house”.

Falando sobre as funções dooperador logístico, em voga atual-mente, Miriam diz ser necessá-rio um forte estudo na área. “Omaior problema acontece quan-do os operadores não estão inseri-dos na empresa contratada. Na ver-dade, o operador logístico, antesde atuar, deveria estudar e ana-lisar o cliente por alguns meses afim de realizar um trabalho ade-quado às necessidades deste e umaimplantação sem rupturas e que-da do nível de serviço”, analisa.

A empresa não utiliza o rótu-lo de operador logístico, mas oseu foco é a logística, seja pormeio dos equipamentos ofereci-dos ou pelos serviços especia-lizados na área. ●

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 17EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

Coletores dedados da HandHeld Products emdiversas empresasdo setor

A Hand Held Products, espe-

cializada na produção de sis-

temas de coleta de dados ba-

seados em imagem, continua

conquistando novos clientes.

Entre eles está a mineira Tora

Transportes, especializada

em sistema integrado de

transporte e logística e com

atuação no Brasil e Mercosul.

Argentina, Paraguai e Uruguai

também são mercados regu-

larmente atendidos pela pau-

listana Brazul, transportadora

de veículos zero quilômetro

que incrementou recentemen-

te seus depósitos com mais

unidades de coletores da

família Dolphin 7300. Já a

Metropolitan, atuante na pres-

tação de serviços de terceiri-

zação logística, investiu na

compra de coletores Dolphin

9500 para a sua unidade em

Salvador. No Rio de Janeiro,

o Grupo Libra, especializado

em logística portuária, adquiriu

um lote de coletores Dolphin

7400.

Fone: 11 2178.0500

Notíciasr á p i d a s

Fiat temnovas versõesdo DucatoEm 2005, a Fiat lançou a fa-

mília do novo Ducato, equipa-

da com motorização de ge-

renciamento eletrônico e duas

versões, com entre-eixos

alongado. “Estes veículos se

constituíram nos destaques

do ano, uma vez permitirem 2

m³ a mais na capacidade

volumétrica, com a mesma

dirigibilidade e ainda maior

economia (custo por metro

cúbico), pois permitem mais

volumes com o mesmo con-

sumo”, afirma Leonardo Pas-

coal, gerente de vendas de

Ducato da Fiat.

Fone: 31 2123.2310

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18REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

ortaria do Ministério da Saúde de13 de dezembro último instituinovo procedimento, totalmente

eletrônico, para a Notificação de Produ-tos de Higiene Pessoal, Cosméticos ePerfumes Grau 1 à Agência Nacional deVigilância Sanitária - Anvisa.

A Resolução determina que todos osprodutos incluídos nestas categoriassejam identificados com o SistemaEAN.UCC de código de barras – tambémconhecido como GTIN (Número Globalde Item Comercial) – no ato de sua ins-crição junto ao órgão.

A GS1 Brasil, organização multis-setorial que administra a numeração docódigo de barras no País, informa que aResolução tem a finalidade de auxiliar ocontrole sanitário e a rastreabilidade dasinformações relativas à regularização dosprodutos desse segmento junto a Anvisa.

“Essa portaria é de extrema importân-cia para a cadeia de suprimentos, já quetrata de produtos de uso pessoal. Aobrigatoriedade do código de barras, alémde aumentar a segurança desses itens,

trará mais confiança ao consumidor”,afirma Ana Paula Vendramini Maniero,assessora de soluções de negócios da GS1Brasil.

Ela também destaca que, para facili-tar a adaptação aos novos padrões e astransações comerciais entre os parceirosdesta cadeia, o Grupo de Trabalho Saú-de, da GS1 Brasil, está cuidando da pu-blicação do “Guia de Identificação porCódigo de Barras para Produtos de Higi-ene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos”.O material deverá estar disponível emmarço. Os interessados poderão acessá-lo, gratuitamente, no endereço eletrônicowww.gs1brasil.org.br . ●

P “A obrigatoriedade docódigo de barras, além deaumentar a segurançadesses itens, trará maisconfiança ao consumidor.”

CÓDIGO DE BARRAS

Produtos de higienepessoal deverão seridentificados até abril

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 19EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

P etroquímica brasileira consi-derada líder em resinastermoplásticas na América

Latina, a Braskem inaugurou, em ja-neiro último, um Centro Logístico –CELOG em Triunfo, RS, e um outroem Maceió, AL. O terceiro, emCamaçari, BA, terá sua construçãoiniciada nos próximos meses. Nesseslocais, os motoristas de cargas daBraskem recebem apoio técnico e me-cânico, orientação psicológica e desaúde, além de planos de viagens, comindicação de rotas seguras, sugeridaspela Pamcary.

O investimento total para a im-plantação dos três CELOGs é deR$ 13,5 milhões e está sob a respon-sabilidade da Ballylog. Já a BR Dis-tribuidora modernizou e ampliou pos-tos de serviço, além de ceder áreas

OUTROS BENEFÍCIOS DOS SISTEMASAPS - ADVANCED PLANNING SYSTEMSNa edição anterior revimos rapidamente o conceito dos sistemas APS e citamos um de seusbenefícios. Agora, daremos continuidade às principais vantagens do APS e apresentaremos osprincipais ganhos através da sua implementação.

APS utilizam programaçãopor capacidade finita dos re-cursos: Quando o MRP pla-

neja materiais, ele assume que os com-ponentes e materiais podem ser obti-dos dentro de um prazo constante. Es-tes prazos (lead-times) são cadastra-dos no sistema e representam o perío-do de tempo médio necessário paraproduzir ou comprar um determinadoitem. Eles são fixos ou, no máximo,possuem uma componente variável emfunção do tamanho do pedido. No en-tanto, os lead-times reais variam deacordo com a carga da fábrica, dispo-nibilidades de pessoal e outros recur-sos, seqüências de produção adotadase outros fatores restritivos. A aborda-gem MRP utiliza os lead-times fixospara determinar o início e o fim dasordens de produção, e somente após adistribuição no tempo das ordens, ve-rifica as inconsistências (sub ou sobre

Supply Chain Management

utilização de um determinado recur-so). É o que se convencionou chamarde abordagem por capacidade infinitados recursos. Os APS reconhecem asrestrições da manufatura, que sãoindicadas por regras definidas pelosusuários, ajustando o programa e/oua capacidade de acordo com estasregras estabelecidas, buscandootimizar a seqüência de produção. Éo que se chama de programação porcapacidade finita.

APS planejam materiais e capaci-dade dos recursos simultaneamente:Os sistemas MRP normalmente exe-cutam antes um cálculo das necessi-dades de material, considerando quea planta possui recursos ilimitados deprodução (abordagem da capacidadeinfinita dos recursos), e depois acu-sam as inconsistências de alocação deequipamentos (por exemplo, utiliza-ção superior a 100% de uma máquina

em um período de tempo). Estasinconsistências podem invalidar o pla-nejamento de materiais, gerando fal-tas e os conseqüentes problemas deprodução, ou mesmo indicando umadata de chegada indevida dos mate-riais na empresa, com o desembolsodesnecessário decorrente. O APS criaum plano de produção integrado, poisutiliza a abordagem de capacidadefinita, planejando simultaneamentemateriais e capacidade necessária dosrecursos. ●

Colaboração técnica:Cristiano Cecatto, consultor da Qualilog

Consultoria, que desenvolve suas

atividades no aconselhamento e

implementação de soluções em logística

e supply chain management no

nível estratégico e operacional.

www.qualilog.com.br

anexas para a construção das novasinstalações, que deverão receber cer-ca de 400 caminhoneiros por dia.

“Os CELOGs integram o Progra-ma Segurança no Transporte daBraskem. Implantado em 2005 emparceria com a Pamcary, o programatem o objetivo de promover a melhoriacontínua de práticas seguras, respon-sáveis e de qualidade no transporterodoviário de cargas no Brasil – já que,a maior parte do sistema de transporte

utilizado pela empresa ainda é rodo-viário (80%)”, informa Isabel Figuei-redo, diretora de suprimentos elogística da Braskem.

Além dos postos de combustíveis,os CELOGs possuem borracharia, ofi-cina mecânica, banheiros, chuveiroscom água quente, fraldário, cozinhaequipada, restaurantes, lojas de con-veniências, áreas de lazer infantil einfra-estrutura de apoio necessária paraa acomodação das famílias, que mui-tas vezes viajam com os motoristas.

A Braskem está posicionada en-tre as três maiores companhias indus-triais privadas de capital brasileiro e,com 13 plantas industriais distribuí-das pelo Brasil, produz anualmente5,8 milhões de toneladas de resinastermoplásticas e outros produtospetroquímicos. ●

DISTRIBUIÇÃO

Braskem inaugura CentrosLogísticos em parceria com aBallylog e BR Distribuidora

O

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20REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

uais as tendências emveículos leves e pesa-dos? Em que atividades

estão sendo mais utilizados atual-mente? Quais as novas áreas ondeestão sendo usados? Como esco-lher o veículo leve e/ou pesado?Que fatores considerar? Quais asconseqüências do uso do veícu-lo inadequado? Estas perguntassão respondidas pelos profissio-nais do setor de veículos leves epesados nesta matéria especialdo jornal LogWeb.

TENDÊNCIASEm termos de tendências,

Pedro Soares, gerente de vendasde veículos da Agrale (Fone: 543238.8000), diz que são desolidificação dos conceitos e queos clientes se dividirão em doisgrupos: os que priorizam menorcusto de aquisição e manutençãoconhecida vão preferir a tradicio-nal motorização mecânica; já osque priorizam custo operacionalmais baixo e apostam na evolu-ção tecnológica darão preferên-cia à motorização eletrônica.

“Com o advento dos centrosexpandidos, a circulação de veí-culos de grande porte está sendocerceada na distribuição porta-a-porta. Algumas grandes cidadesjá praticam esta lógica, como SãoPaulo e Rio de Janeiro, enquantooutras cidades, como Porto Ale-

gre e Curitiba, estudam suaimplementação, mostrando clara-mente uma tendência desta novalógica de distribuição urbana”,observa Leonardo Pascoal, ge-rente de vendas de Ducato da Fiat(Fone: 31 2123.2310).

Este ponto de vista de Pascoalé compartilhado por AlbertoNeumann, gerente de marketing- veículos utilitários da Renault(Fone: 08000 55.5615). Ele en-tende que o crescimento da dis-tribuição urbana de mercadorias,associado à restrição na circula-ção de veículos de maior porte,continuará incentivando o cres-cimento do segmento de fur-gões para esta finalidade.

Rogério Gil Costa, supervisorde marketing do produto – cami-nhões da Volkswagen (Fone: 115582.5439) também observa queos segmentos de veículos leves,pesados e extra-pesados estãocom forte tendência de cresci-mento. Segundo ele, esta evolu-ção é resultado direto do cresci-mento dos grandes centros urba-nos (cidades médias e grandes),aumento das vendas eletrônicasde mercadorias (Internet), da for-te industrialização de alimentos,da necessidade de entregas cadavez mais rápidas e da prestaçãode serviços.

“Todas estas mudanças estãofazendo com que os veículos le-ves sejam os economicamenteviáveis para a alimentação/distri-buição de mercadorias nos gran-des centros urbanos, em funçãodo seu reduzido tamanho e daexcelente agilidade perante otrânsito pesado das cidades. Al-gumas cidades já impuseram res-trições de circulação de veículos

maiores. Já para os caminhõespesados e extra-pesados, em fun-ção de sua grande capacidade decarga, cabe a função de ser oalimentador destes grandes cen-tros urbanos e também pelo des-locamento de mercadorias emgrandes distâncias, conseqüênciadireta da condição continental denosso país”, explica Costa.

Por sua vez, Álvaro Menon-cin, gerente de engenharia devendas da Volvo (Fone: 0 80041.1050), destaca que o transpor-te terrestre corresponde por maisde 65% de todo o que é transpor-tado no Brasil, e as tendências sãobastante boas,”já que estaremosrecuperando a safra agrícola e ascargas industrializadas aumen-tam seus volumes anualmente”.

MAIOR USO

Respondendo às perguntassobre em que atividades estes ve-ículos estão sendo mais utiliza-dos atualmente e quais as novasáreas onde estão sendo usados,Soares, da Agrale, destaca, pri-meiramente, que os caminhõesleves, independente do tipo demotorização, sempre serão utili-zados fundamentalmente paraentregas urbanas e metropolita-nas. “Já os nossos veículos8500 e 9200 E-Tronic, com ca-bina estendida, estão se firman-do cada vez mais no uso para tra-jetos metropolitanos”, ressalta.

Por sua vez, Pascoal, da Fiat,informa que estes veículos estãosendo mais utilizados atualmen-

te na distribuição porta-a-porta,principalmente nos grandes cen-tros e no transporte rápido nosdemais, incluindo-se neste casoo transporte de passageiros. Quan-to às novas áreas onde estes veícu-los estão sendo usados, ele apontaas grandes capitais, como SãoPaulo, Rio de Janeiro e Recife.

Neumann, da Renault, dizque os produtos da sua empresasão utilizados por autônomos,sobretudo para transporte de pes-soas, pequenos empresários (flo-rista, padaria e lavanderia, entreoutros), mas também em grandesfrotas (distribuição urbana e pe-quenos trajetos). “Tem crescidoa utilização para sistema deDelivery de pequenos comer-ciantes, assim como a substitui-ção de pick-ups que realizavamo transporte de mercadorias semproteção ou com necessidade deadaptação”, analisa o gerente demarketing.

“A linha Delivery é indicadapara a aplicação urbana e rodo-viária de curta distância na cole-ta/distribuição de cargas e servi-ços públicos. Já a linha Worker éindicada para as aplicações maisseveras, tanto em áreas urbanascomo aplicações rodoviárias efora-de-estrada, contemplandoveículos com motores mecânicose eletrônicos. E a linha Constella-tion, que conta com cabine-lei-to, teto alto e tecnologia embar-cada, é direcionada para as apli-cações rodoviárias”, explica, porsua vez, Costa, da Volkswagen.

No caso da Volvo, segundoconta Menoncin, “são aten-didos desde segmentos de distri-buição com motores de 210 cvaté os segmentos mais exigentes,como de cana-de-açúcar, madei-ra e cargas indivisíveis. Nestalinha temos veículos de ate 460cavalos em versões 4x2, 6x2 e6x4”, explica.

ESCOLHA DOVEÍCULO IDEAL

Sobre a escolha do veículocerto para as necessidades dousuário, Vicente Garcia, da áreade marketing de produto da Iveco(Fone: 0800 553443), ressaltaque a escolha deve seguir a ne-cessidade de aplicação, ou seja,se o produto será utilizado emtransportes de médias, curtas elongas distâncias, para qual ser-viço, capacidade de carga e ou-tros fatores.

“Para atender aos mais varia-dos nichos de mercado, a Ivecolançou diferentes versões parasua linha de leves, médios epesados. No caso dos veículosleves, a linha Daily vem sendoutilizada pelos mais diversos se-tores, entre eles, transportadores

VEÍCULOS LEVES E PESADOS

Mercado apontaforte tendênciade crescimentoISTO SERIA CONSEQÜÊNCIA DO CRESCIMENTO DOS CENTROS URBANOS, AUMENTO DAS VENDAS PELAINTERNET, FORTE INDUSTRIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS, NECESSIDADE DE ENTREGAS CADA VEZ MAIS RÁPIDASE DA AMPLIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

Q

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 21EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

de cargas em geral, pequenos emédios comerciantes, presta-dores de serviços, operadoreslogísticos, indústrias, empresasde construção civil, no transpor-te de pessoas e vários outros tiposde negócios. Já com relação aospesados, cada versão do Stralis éindicada para composições dife-rentes. Os modelos HD570S38Te HD570S42T, disponíveis com380 cv e 420 cv, respectivamen-te, são ideais para composiçõesdo tipo bitrem com PBTC (PesoBruto Total Combinado) de até57 toneladas, um segmento emascensão, estimulado pela de-manda dos setores petroquímico,siderúrgico, alimentício e grane-leiro. Para o modelo StralisHD740S42TZ 6X4, de 420 cv depotência, o nicho é outro. Esteextra-pesado é indicado paraaplicação em composições dotipo rodotrem com PBTC de

74 toneladas em aplicaçõesrodoviárias, assim como bitremcom PBTC de 57 toneladas esemi-reboques de três eixos con-vencionais, podendo ser utiliza-do no transporte de cargas emgeral e nos setores siderúrgico,químico, petroquímico, agrícola,graneleiro e outros”, diz Garcia.

Ele também destaca que asversões 4X2 HD450S38T eHD450S42T atendem ao PBTCmáximo permitido de 45 tonela-das para uma composição cavalomecânico/semi-reboque de trêseixos distanciados.

Referindo-se à escolha doveículo adequado, e quais os fa-tores a serem considerados, ogerente de vendas de veículos daAgrale diz que deve ser conside-rada a operação e a carga a sertransportada. “O uso do veículoinadequado pode acarretar emcustos operacionais elevados,especialmente com o atual custodo óleo diesel”, adverte.

Já Pascoal, da Fiat, conside-ra que a escolha do veículo maisindicado é sempre muito comple-xa e que muitos fatores devem serlevados em consideração. Inicia-se pelas perguntas: o que fazer?Como fazer? Percurso a ser per-corrido diariamente, tempo

disponível para entrega, númerode pessoas envolvidas nesta ati-vidade - por exemplo, só moto-rista, motorista e ajudante. “De-pois destas respostas procura-seo veículo mais indicado: tamanhode veículo, custo de aquisição,custo de manutenção, existênciade assistência técnica, dirigibi-lidade, facilidade de manobras,etc. O mercado oferece váriasopções, e com certeza, um levan-tamento feito com critério levaráà melhor escolha.”

Ainda segundo o gerente devendas de Ducato, as conseqüên-cias do uso do veículo inadequa-do envolvem um excessivo

aumento de custo operacionalque pode comprometer o resul-tado de toda a operação.

“O uso inadequado de qual-quer veículo implica em umamaior ida às oficinas mecânicase no encurtamento da vida útil doveículo. O recomendado é respei-tar as limitações de cada produtoe fazer revisões. Com essescuidados é possível obter umaredução de gastos com o veículode até 30%. Muitas vezes trata-se de um problema simples quese torna grave com o passar dotempo. Então, a conta que seriapequena fica alta”, completaGarcia, da Iveco.

A análise sobre a escolha doveículo correto por parte deNeumann, da Renault, implicaem que é necessário avaliar oproduto em questão, sendo a car-ga útil, volume útil de carga ecusto de utilização os principaisfatores no momento da escolha.Em algumas situações também sedeve verificar a restrição quantoà circulação de determinados ti-pos de veículos em centrosurbanos(VUC-VLC)

“Tão importante quanto oproduto é o serviço disponi-bilizado pelo fabricante, que ga-rante a disponibilidade do veícu-lo que é a ferramenta de trabalhodeste tipo de cliente”, diz ele, res-saltando que o uso do veículoinadequado pode provocar des-gaste prematuro ou até quebra decomponentes, refletindo em pa-rada do veiculo, custo de utiliza-ção acima do desejado e, em al-gumas situações, comprometen-do a segurança dos ocupantes ede terceiros.

Para Costa, da Volks-wagen, a escolha de umcaminhão leve ou pesadoleva em consideração osseguintes fatores: tipo equantidade de carga a sertransportada, tipo de rota(urbana, rodoviária, fora-de-estrada) e topografia,distância a ser percorrida,velocidade operacional

desejada, investimentos inicial eos custos operacionais e de ma-nutenção. Segundo ele, após umaanálise detalhada destes fatoresrecomenda-se optar pela opçãoque gere o maior retorno doinvestimento inicial, isto é, a queoferece a melhor relação custo xbenefício.

Ainda segundo o supervisorde marketing de caminhões daVolkswagen, as conseqüênciasdo uso do veículo inadequadopodem ser várias, mas as prin-cipais são: baixo desempenho emcarga; baixa velocidade opera-cional; alto consumo de combus-tível; quebras/falhas prematurasdecorrentes de sobrecarga; ebaixo retorno do investimentoinicial.

Por último, Menoncin, daVolvo avalia que a escolha estáintimamente ligada aos segmen-tos de transportes no mercadobrasileiro, onde existem deman-das bastante variáveis. ●

Soares, da Agrale: Uso do veículo inadequado pode acarretar em custosoperacionais elevados

“O recomendado érespeitar as limitaçõesde cada veículo e fazerrevisões periódicas.Com esses cuidados épossível obter umaredução de gastos como veículo de até 30%.”

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22REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

Instrução Normativa da Secre-taria da Receita Federal nº 241,de 06/11/2002, e sucessivas

modificações dispõem sobre o RegimeEspecial do entreposto aduaneiro na im-portação e exportação.

Entreposto aduaneiro nada mais é queum regime alfandegário especial que per-mite o armazenamento de mercadorias noPaís com suspensão de pagamento dos tri-butos e sem cobertura cambial imediata.Em outras palavras, as mercadorias fi-cam “em consignação” na espera danacionalização ou de outro destino final.

O conceito é simples: mercadoriasestrangeiras podem ser estocadas emdepósitos alfandegados, ou seja, depósi-tos previamente credenciados pelaSecretaria da Receita Federal e adminis-trados por pessoas jurídicas particularese/ou públicas, por um período de tempode até um ano (prorrogável por mais doisanos). Normalmente estes depósitos ou re-cintos alfandegados são localizados emZonas Primárias (portos e aeroportos, prin-cipalmente) e Secundárias (portos secos).

Para o entreposto aduaneiro não épermitida a admissão de bens cuja im-portação ou exportação seja proibida,bem usados ou bens com cobertura cam-bial. Cabe ressaltar que os bens usados,de uso aeronáutico ou náutico, ou quan-do destinados a reparos, reposição oumanutenção de aeronaves ou embarca-ções, poderão ser autorizados.

Mas, por que tanta ênfase neste regi-me especial? Vamos tentar entender.

O entreposto aduaneiro de importa-ção, por exemplo, oferece uma série devantagens ao usuário do regime especial(ver box).

Além disso, as mercadorias admiti-das no regime poderão ser submetidas àexposição, demonstração, testes de fun-cionamento, industrialização e manuten-ção ou reparo. É o caso de empresas es-trangeiras que participam de feiras equeiram expor máquinas para testes ouapresentação: neste caso, com previa au-torização da SRF, os organizadores dafeira instituem um recinto alfandegadotemporário que coincide com os locaisque hospedam os eventos, permitindo aexposição de máquinas ou equipamentocom completa isenção de impostos.

O exportador, por sua vez, se benefi-cia também com a utilização do entre-posto aduaneiro, pois graças a este regi-me ele pode manter um estoque estraté-

ARTIGO

Entreposto aduaneiro:ferramenta pouco utilizadano comércio exterior

Marco Cestrone – Sócio-gerente da VidarPesquisas e Marketing. Graduado emeconomia pela Università degli Studi diParma, Itália, e MBA em Marketing deServiços pela Escola Superior dePropaganda e Marketing, ESPM/[email protected]

gico de mercadorias perto dos clientesfinais a baixo custo de administração (oscustos de estocagem correspondem áaproximadamente 0,22% do valor CIFda mercadoria por períodos de 10 dias)para entrega imediata, tendo ainda a pos-sibilidade de migração para outro regi-me especial de suspensão de tributos oua re-exportação dos bens após o términodo prazo de entrepostamento ou quandoele assim decidir.

Quanto à operacionalidade do siste-ma, uma vez concluído o acordo comer-

cial o importador receberá uma faturacomercial provisória (pro forma invoice)com a cláusula “mercadoria enviada emconsignação – sem cobertura cambial,pelo prazo de 365 a contar da data x”(que normalmente coincide com a datade embarque da mercadoria). No conhe-cimento de embarque tem que haver acláusula “mercadorias destinadas àadmissão em regime de entreposto adua-neiro de importação”.

Com a chegada dos bens no porto dedestino, se o entreposto encontra-se emzona secundária, a mercadoria deverá sertransportada até este local em regime deTransito Aduaneiro através de uma De-claração de Transito Aduaneiro (DTA).Quando descarregada na área de pré-ad-missão termina o regime de trânsito adu-aneiro e o beneficiário (importador ou orepresentante do exportador) terá o pra-zo de cinco dias úteis para registro edesembaraço da Declaração de Admissão(DA) junto às autoridades aduaneiras e ao

SISCOMEX. Só através do desembaraçoda Declaração de Admissão é atestado oingresso da mercadoria no regime.

Quando o importador, por fim, dese-jar adquirir a mercadoria entrepostada(que continua de propriedade do expor-tador), terá de adquiri-la. No momentoem que passa a ser o proprietário haverátambém a nacionalização. Caso, depois,ele queira despachar para consumo in-terno (juridicamente, pelo princípio deextraterritorialidade vigente no Entre-posto a mercadoria ainda não ingressou

em território nacional), ele deverá pro-videnciar o despacho para consumo pormeio de Declaração de Importação (DI),como se as mercadorias fossem impor-tadas do exterior, com a ressalva deaverbar, no campo próprio da DI, que setrata de mercadoria oriunda de Entre-posto Aduaneiro de Importação. Se, noentanto, o novo proprietário tiver inte-resse em exportar a mercadoria, semintroduzi-la no mercado interno, poderáexportá-la diretamente do entrepostopara o exterior através de Registro deExportação (RE) junto a SISCOMEX ede fechamento de câmbio com o expor-tador/vendedor e com o importador/com-prador no exterior.●

A

VANTAGENS OFERECIDASAO IMPORTADOR:

▲▲▲▲▲ Postergação no pagamentodos tributos até a data denacionalização dasmercadorias, reforçando opróprio capital de giro;

▲ Dilação maior para opagamento dos produtos aoexportador, pois o prazopassa a ser contado da datade nacionalização, e não apartir da data do embarque;

▲ Disponibilidade de um localapropriado para armazena-mento dos produtos;

▲▲▲▲▲ Agilização do desembaraçoaduaneiro, pois o processoé realizado no próprioentreposto;

▲▲▲▲▲ Possibilidade de desdobra-mento dos produtos em lote,permitindo a nacionalizaçãoda mercadoria por etapas;

▲▲▲▲▲ Disponibilidade imediatados produtos.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 23EDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

J O R N A L

Divisão deequipamentos demovimentaçãoda R Stahl AGfoi integrada aoGrupo KCIKone CranesDesde primeiro de janeiro úl-

timo, a divisão de equipamen-

tos de movimentação de car-

ga (Foerdertechnik) da R

Stahl AG foi integrada ao Gru-

po KCI Kone Cranes, com

sede em Hyvinkää - Finlândia.

Com esta aquisição, a KCI

Kone Cranes, que atua no

segmento de pontes rolantes

industriais pesadas e equipa-

mentos portuários de grande

porte, completa o terceiro pi-

lar de sua estratégia - a de ser

um fornecedor global na área

de aplicações especiais de

movimentação. Esta nova di-

visão da KCI é denominada

Stahl CraneSystems GmbH,

enquanto a empresa Stahl

CraneSystems manterá e

continuará as suas atividades

de produção e desenvolvi-

mento nas fábricas de Kuen-

zelsau (talhas elétricas e com-

ponentes) e Ettlingen (pontes

rolantes), na Alemanha. A li-

nha de produtos e peças so-

bressalentes continuará sen-

do comercializada sem alte-

ração com a marca Stahl e

será complementada com no-

vos produtos da Stahl Crane-

Systems. As subsidiárias in-

ternacionais continuarão a ser

dirigidas operacionalmente

pelo escritório central em

Kuenzelsau/Alemanha. A Stahl

CraneSystems será uma uni-

dade separada e indepen-

dente do grupo KCI, conti-

nuando com a marca Stahl.

Fone: 11 4781.0266

Volkswagen temtrês novas linhasde veículosA Volkswagen tem como no-

vidades as três novas linhas

de produtos lançadas na

Fenatran 2005: Linha Delivery

- veículos leves; Linha Worker

- veículos leves, médios, pesa-

dos, rodoviários e fora-de-es-

trada; e Linha Constellation -

veículos rodoviários.

Fone: 11 5582.5439

Notíciasr á p i d a s

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24REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº48—FEVEREIRO—2006

LogWebJ O R N A L

Datasulfornece TMS“O TMS - Sistema de Ge-

renciamento de Transportes

(Transportation Manage-

ment System – TMS) é uma

ferramenta que atende ao

transporte com redução de

custos de abastecimento e

distribuição, melhor contro-

le das operações e eleva-

ção do nível dos serviços”.

A afirmativa é de Mauro

Gonçalves Pinheiro, conse-

lheiro do CTLI - Centro

Tecnológico de Logística In-

tegrada e gerente de produ-

tos de TMS e WMS da Data-

sul (parceira do CTLI). Com-

posto de diversos módulos

integrados, o sistema dis-

ponibiliza funcionalidades

que permitem um melhor

gerenciamento das opera-

ções de transporte em em-

barcadores (indústrias),

transportadoras, agentes

de carga, operadores logís-

ticos e outras empresas que

operam com transporte ou

distribuição de cargas. “O

sistema controla pontos crí-

ticos do processo de trans-

porte como as negociações

de frete, emissões de docu-

mentos legais e expedição

das cargas entre outras”,

completa Pinheiro. O TMS

Datasul está voltado para o

modal rodoviário, tanto para

embarcadores como para

transportadores.

Fone: 47 2101.7070

Savi forneceroletes eroldanas paratorres deempilhadeirasA Savi Comércio e Indústria

fornece roletes e roldanas

para torres e quadros de

empilhadeiras das linhas

Clark, Hyster, Yale, Milan,

Madal, Toyota, Mitsubishi,

Komatsu, Nissan e Linde,

entre outras. Desenvolve,

também, itens sob desenho

ou amostra, como semi-ei-

xos, acoplamentos, cilin-

dros hidráulicos, suportes,

sapatas de freio, engrena-

gens e eixos entalhados.

Fone: 13 3235.7817

Notíciasr á p i d a s