poster reforma ortografica

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  UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE MORRINHOS V SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA REFORMA ORTOGRÁFICA Ana Flávia de Oliveira; Ana Paula Alexandre Silva; Daniela Rosa Vaz; Neilimar Antônio da Silva; Samira Borges Ferreira. 1  4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1. O QUE MUDA NA ORTOGRAFIA HÍFEN Não se usará mais: 1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom".  Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"   como em "hiper- requintado","inter-resistente"e"super-revista". 2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada" TREMA O trema desaparece completamente, a não ser em nomes próprios e seus derivados. Estará correto escrever “linguiça”, “sequência”, “frequência” e “quinquênio” ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio. . ACENTO DIFERENCIAL Não se usará mais para diferenciar: 1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição); 2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo) 3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo") 4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo). 5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica). No entanto duas palavras obrigatoriamente continuarão a receber o acento diferencial:  pôr (verbo) mantém o circunflexo para não ser confundido com a preposição por  e,  pôde (verbo conjugado no passado) mantém o acento circunflexo para que não haja confusão com pode (verbo conjugado no presente). ALFABETO Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y" ACENTO CIRCUNFLEXO Não se usará mais: 1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem" 2. nas paroxítonas terminadas em “o” duplo (em hiato), por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de “abençôo”, “enjôo” ou “vôo”,  os brasileiros terão que escrever “abençoo”, “enjoo” e “voo”.  ACENTO AGUDO 1. Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como “assembléia”, “idéia”, “heróica” e “  jibóia”. O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia. 2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca". 3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem 4. Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como “louvámos” em oposição a louvamos” e “amámos” em oposição a “amamos”. 4.2. O QUE MUDA EM PORTUGAL: 1. Em Portugal, desaparecem da língua escrita o “c” e o “p” nas palavras onde ele não é pronunciado, como em “acção”, “acto”, “adopção”, “baptismo”, “aflicto”, “colectivo”, “director” e “exacto”. O certo será ação, ato, adoção, batismo, aflito, coletivo, diretor e exato. Em alguns casos em que a letra c é pronunciada, seu uso poderá ser facultativo. Exemplos: facto, sector . 2. Também em Portugal elimina- se o “h” inicial de algumas palavras, como em “húmido e herva, que passará a ser grafado como no Brasil: “úmido” e “erva”. 3. Portugal mantém o acento agudo no e e no o tônicos que antecedem m ou n, em palavras proparoxítonas cuja vogal tônica admita mudança de timbre, enquanto o Brasil continua a usar o circunflexo nessas palavras: acadêmico, gênio , fenômeno, bônus, cômodo, ingênuo, oxigênio. E em Portugal a utilizar o acento agudo: académico, génio, fenómeno, bónus, cómodo, ingénuo e oxigénio. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DECRETO LEGISLATIVO nº 54, de 1995. DECRETO N - 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008 - Promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 e, Dispõe sobre a execução do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Por tuguesa, assinado em São Tomé, em 25 de julho de 2004.  Diário Oficial da União, ed. 189 de 30/09/2008. - Professor!? E agora? Como é que se escreve...?

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UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE MORRINHOSV SEMANA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

REFORMA ORTOGRÁFICA

Ana Flávia de Oliveira; Ana Paula Alexandre Silva; Daniela

Rosa Vaz; Neilimar Antônio da Silva; Samira Borges

Ferreira.1

 

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. O QUE MUDA NA ORTOGRAFIA

HÍFEN 

Não se usará mais:

1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo

estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso",

"antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será

mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja,"hiper-", "inter-" e "super-"  – como em "hiper-

requintado","inter-resistente"e"super-revista".

2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento

começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar",

"aeroespacial", "autoestrada"

TREMA

O trema desaparece completamente, a não ser em nomes

próprios e seus derivados. Estará correto escrever “linguiça”,

“sequência”, “frequência” e “quinquênio” ao invés de

lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio..

ACENTO DIFERENCIAL

Não se usará mais para diferenciar:

1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição);

2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da

preposição com o artigo)

3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular

de "por" e "lo")

4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo"

(combinação da preposição com o artigo).

5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico -

pedra) e "pera" (preposição arcaica). No entanto duas

palavras obrigatoriamente continuarão a receber o acento

diferencial:

  pôr (verbo) mantém o circunflexo para não ser

confundido com a preposição por e,

  pôde (verbo conjugado no passado) mantém o acentocircunflexo para que não haja confusão com pode (verbo

conjugado no presente).

ALFABETO 

Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

ACENTO CIRCUNFLEXO

Não se usará mais:

1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou

do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus

derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e"veem"

2. nas paroxítonas terminadas em “o” duplo (em hiato), por 

exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de

“abençôo”, “enjôo” ou “vôo”, os brasileiros terão que

escrever “abençoo”, “enjoo” e “voo”. 

ACENTO AGUDO

1. Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos

“ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como “assembléia”,

“idéia”, “heróica” e “ jibóia”. O certo será assembleia, ideia,

heroica e jiboia.

2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando

precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca"

passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca".

3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u"

tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com

isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe

(averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir),

passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem 

4. Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer

diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira

pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira

conjugação, tais como “louvámos” em oposição a

“louvamos” e “amámos” em oposição a “amamos”.

4.2. O QUE MUDA EM PORTUGAL:

1. Em Portugal, desaparecem da língua escrita o “c” e o “p” nas

palavras onde ele não é pronunciado, como em “acção”,

“acto”, “adopção”, “baptismo”, “aflicto”, “colectivo”,

“director”  e  “exacto”. O certo será ação, ato, adoção,

batismo, aflito, coletivo, diretor e exato. Em alguns casos

em que a letra c é pronunciada, seu uso poderá ser

facultativo. Exemplos: facto, sector. 

2. Também em Portugal elimina-se o “h” inicial de algumas

palavras, como em “húmido”  e “herva”, que passará a ser

grafado como no Brasil: “úmido” e “erva”. 

3. Portugal mantém o acento agudo no e  e no o  tônicos que

antecedem m ou n, em palavras proparoxítonas cuja vogal

tônica admita mudança de timbre, enquanto o Brasil continua

a usar o circunflexo nessas palavras: acadêmico, gênio ,

fenômeno, bônus, cômodo, ingênuo, oxigênio. E em

Portugal a utilizar o acento agudo: académico, génio,

fenómeno, bónus, cómodo, ingénuo e oxigénio.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DECRETO LEGISLATIVO nº 54, de 1995.

DECRETO N - 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008 -

Promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado

em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 e, Dispõe sobre a

execução do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo

Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em São Tomé, em

25 de julho de 2004. Diário Oficial da União, ed. 189 de

30/09/2008.

- Professor!? E 

agora? Como é que 

se escreve...? 

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http://slidepdf.com/reader/full/poster-reforma-ortografica 2/2

 

SILVA, Maurício. O novo acordo ortográfico da língua

portuguesa: o que muda, o que não muda. São Paulo:

Contexto, 2008.

Perguntas & Respostas - Reforma Ortográfica. Disponível em

http://veja.abril.com.br/ idade/ exclusivo/ perguntasrespostas/ 

reforma_ortografica/index.shtml#9. Acesso em 28 de outubro de

2008.

Lula promulga acordo ortográfico. Disponível em

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=11328. Acesso em 30 de outubro de 2008.

V CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO EDE GOVERNO

DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUAPORTUGUESA

São Tomé, 26 e 27 de Julho de 2004ACORDO DO SEGUNDO PROTOCOLO

MODIFICATIVO AO ACORDOORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

A República de Angola, a República Federativa do Brasil, a

República de Cabo Verde, a República da Guiné-Bissau, a

República de Moçambique, a República Portuguesa, a República

Democrática de São Tomé e Príncipe e a República Democrática

de Timor-Leste:

Considerando que, até à presente data, o Acordo Ortográfico da

Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, a 16 de Dezembro de

1990, ainda não pôde entrar em vigor por não ter sido ratificado

por todas as partes contratantes;

Tendo em conta que, desde a IV Conferência de Chefes de

Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua

Portuguesa (CPLP), ocorrida em Brasília a 31 de Julho e 1 de

Agosto de 2002, se adoptou a prática, nos Acordos da CPLP, de

estipular a entrada em vigor com o depósito do terceiro

instrumento de ratificação; Recordando que, em 2002, por

ocasião da IV Conferência de Chefes de Estado e de Governo, a

República Democrática de Timor-Leste aderiu à CPLP, tornando-

se o oitavo membro da Comunidade; Evocando a recomendação

dos Ministros da Educação da CPLP que, reunidos, em

Fortaleza, a 26 de Maio de 2004, na V Reunião de Ministros da

Educação, reiteraram ser o Acordo Ortográfico um dos

fundamentos da Comunidade e decidiram elevar, à consideração

da V Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, a

proposta de se aprovar o Protocolo Modificativo ao Acordo

Ortográfico da Língua Portuguesa que, além de permitir a adesão

de Timor-Leste, define a entrada em vigor do Acordo com o

depósito dos instrumentos de ratificação por três paísessignatários; DECIDEM as partes:

1. Dar a seguinte nova redação ao Artigo 3 do Acordo

Ortográfico:

Artigo 3º

“O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrará em vigor 

com o terceiro depósito de instrumento de ratificação junto da

República Portuguesa”. 

2. Acrescentar o seguinte artigo ao Acordo Ortográfico:

Artigo 5º

“O presente Acordo estará aberto à adesão da República

Democrática de Timor-Leste”. 

3. Estabelecer que o presente Protocolo Modificativo entrará em

vigor no primeito dia do mês seguinte à data em que três Estados

membros da CPLP tenham depositado, junto da República

Portuguesa, os respectivos instrumentos de ratificação ou

documentos equivalentes que os vinculem ao Protocolo.

Feito e assinado em São Tomé, a 25 de Julho de 2004.

 _______________________________________________ Pelo Governo da República de Angola _______________________________________________ Pelo Governo da República Federativa do Brasil _______________________________________________ Pelo Governo da República de Cabo Verde _______________________________________________ Pelo Governo da República da Guiné-Bissau _______________________________________________ Pelo Governo da República de Moçambique _______________________________________________ Pelo Governo da República Portuguesa _______________________________________________ Pelo Governo da República Democrática de São Tomé ePríncipe _______________________________________________ Pelo Governo da República Democrática de Timor-Leste

REPORTAGEM RETIRADA DO PORTAL DO MEC

(Disponível em http://portal.mec.gov.br/

index.php?option=com_contenttask=view&id=11

328. Acesso em 30 de outubro de 2008.

“Ladeado pelo ministro da Educação, F ernando 

Haddad, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,

promulgou o protocolo de modificação e regulação do Acordo 

Ortográfico da Língua Portuguesa. A cerimônia ocorreu nesta 

segunda-feira, 29, no Salão Nobre do Petit Trianon, na Academia 

Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. O evento celebrou os 100 

anos da morte do escritor Machado de Assis, completados nesta 

data. Lula presidiu a cerimônia.

O acordo representa a simplificação e o aprimoramento 

da língua em todos os países da comunidade lusitana. A reforma 

ortográfica será implementada a partir do dia 1º de janeiro de 

2009. Durante um período de quatro anos, até 2012, conviverão 

as ortografias anterior e a prevista no acordo. Com a medida, a 

língua portuguesa será alterada em 0,8% dos vocábulos no Brasil e 1,3% em Portugal.

Em sua fala, o presidente da República reiterou a 

importância dos acordos educacionais e culturais do Brasil com 

os países da África, notadamente os lusófonos. - “É o reencontro

do Brasil com suas raízes mais profundas. Como avançar sem 

fortalecer a língua, como produzir bens culturais e didáticos sem 

uniformidade?”, perguntou.

Da parte do Ministério da Educação, inicia-se agora um 

processo de substituição dos livros didáticos, com as compras 

pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a 

partir de 2009. À medida que forem substituídos os livros, os 

novos já serão redigidos com a nova ortografia, informou o 

ministro Haddad”. 

29/09/2008 17:21:01