posmec2014-0024_16685

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P AVALIAÇÃO DO DESG ENSAIOS DE Jonas Bertholdi, FEMEC, bertholdi.j Sinésio D. Franco, FEMEC, sdfranco Resumo: O objetivo deste trabalho é a poliuretano (PU). Para isto, as amos coordenadas (MM3C), marca Zeiss, m forma submersa em água de torneira amplitude, velocidade de 4 mm/s com MPa. Os resultados obtidos mostram q o desgaste ocorreu. Palavras chave: PU, Desgaste por Des 1. INTRODUÇÃO A avaliação da aplicabilidade dos m sua interação com o meio onde atuará. caracterizar as propriedades tribológica seja mais acertiva. Diferentemente das dependem do sistema em que estão inse sejam preferidos por sua praticidade e para confirmação dos resultados obtido (Briscoe & Sinha, 2009 ; Czichos, 2001 Em se tratando de aplicações triboló gama de propriedades. Dentre estes m aplicações maritímas, qual seja, os pol propriedades físicas e químicas, o que estruturas marinhas normalmente são pr tipo de aplicação (Davies & Evrard, tribológidas conhecidassão advindas de Com a necessidade de testar os PU desenvolveram um tribômetro em esca assim, havia a necessidade de se verifica testadas. Neste sentido, este trabalho vis amostras de PU com durezas diferentes 2. METODOLOGIA As medições das amostras de PU coordenadas (MM3C), da marca Zeiss, matriz de 301x75 pontos, cobrindo um medição é apresentada na Figura 1. A es As amostras foram mantidas por 24 Em seguida, as amostras de PU foram e de linha flexível com uma carga aplica velocidade de 4,0 mm/s. A amplitude d 30 km, sendo todo o ensaio realizado im limpas e colocadas no ambiente de med utilizada após o ensaio foi a mesma utili POSMEC 2014 – Simpósio do Programa de Pós - Graduaç Faculdade de Engenharia Mecânica – Unive 26 a 28 de Novem GASTE EM AMOSTRAS DE PU SU E DESLIZAMENTO EM ESCALA R [email protected] [email protected] a medição do desgaste oriundo de um ensaio em esca stras foram medidas antes e após o ensaio em uma modelo Cortura 800. O ensaio de desgaste por desl a a 16°C. A distância total percorrida foi de 30 km, a carga normal de 55 MN, o que corresponde uma que a variação de dureza influenciou a perda de volum slizamento, Perda de Volume materiais, normalmente, passa pela avaliação de suas . No entanto, com o avanço da engenharia preditiva, as dos materias para que a predição da vida útil de cad propriedades mecânicas e térmicas, as propriedades eridos (Zum Gahr, 1987). Ainda que os ensaios padron capacidade de seleção de materiais, os ensaios em e os em pequena escala, uma vez que nem sempre a c 1). ógicas, os materiais poliméricos estão cada vez mais materiais, uma classe que vem se notabilizando por s liuretanos (PU). Isto porque esta classe de polímero p permite preparar uma composição específica para c rojetadas para passar vários anos submersas, isso torn 2007; Martínez et al., 2010). Ainda assim, a maio ensaios padronizados em escala reduzida (DASARI e U em condições fidedignas com sua aplicação, Hwan ala real para simular as condições a que o PU seria s ar se a metodologia proposta para a avaliação da perda sa verificar esta metodologia calculando a perda de vo utilizadas em ensaios simulando sua utilização prática utilizadas em escala real foram feitas com uma m , modelo Cortura 800. As amostras foram avaliadas a ma área de 100 x 150 mm² em sua região central. A scolha desta matriz foi feita com base no trabalho de M 4 horas em um ambiente a 20,0 ± 1,0°C e então foi re então submetidas a um ensaio de deslizamento altern ada de 55 MN, a distribuição de pressão também pod de cada ciclo foi fixada em 30 mm perfazendo uma d merso em água de torneira a 16°C. Após o ensaio de d dição 24 horas antes da medição. Para efeito de compa izada na condição inicial. ção em Engenharia Mecânica ersidade Federal de Uberlândia mbro de 2014, Uberlândia - MG UBMETIDAS A REAL ala real de uma amostra de a máquina de medir a três lizamento foi realizado de , com ciclos de 30 mm de pressão média entre 2 e 3 me e também a maneira que propriedades mecânicas e busca-se cada vez mais se da componente em serviço tribológicas dos materiais nizados em pequena escala escala real são necessários correlação entre as escalas presentes devido sua vasta seu uso, especialmente em possui uma vasta gama de cada necessidade. Como as na os PU atrativos para esse oria de suas propriedades et al., 2009). ng e colaboradores (2006) submetido em vida. Ainda a volumétrica das amostras olume e espessura em duas a. máquina de medição a três através da medição de uma A localização da região de Moraes (2013). ealizada a medição inicial. nado contra um seguimento de ser vista na Figura 1, e distância percorrida total de desgaste, as amostras foram aração, a matriz de medição

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Page 1: POSMEC2014-0024_16685

POSMEC 201

AVALIAÇÃO DO DESGASTE ENSAIOS DE DESLIZAMENTO

Jonas Bertholdi, FEMEC, [email protected]ésio D. Franco, FEMEC, [email protected]

Resumo: O objetivo deste trabalho é a medição do desgaste oriundo de um ensaio em escala real

poliuretano (PU). Para isto, as amostras foram medidas antes e após o ensaio

coordenadas (MM3C), marca Zeiss, modelo Cortura 800. O ensaio de desgaste por deslizamento foi

forma submersa em água de torneira

amplitude, velocidade de 4 mm/s com a carga normal de 55 MN

MPa. Os resultados obtidos mostram que a variação de dureza influenciou a perda de volume e também a maneira que

o desgaste ocorreu.

Palavras chave: PU, Desgaste por Deslizamento

1. INTRODUÇÃO

A avaliação da aplicabilidade dos materiais, normalmente, passa pela avaliação de suas propriedades mecânicas e

sua interação com o meio onde atuará.

caracterizar as propriedades tribológicas do

seja mais acertiva. Diferentemente das propriedades mecânicas e térmicas, as propriedades tribológicas dos materiais

dependem do sistema em que estão inserido

sejam preferidos por sua praticidade e capacidade de seleção de materiais, os ensaios em escala real são necessários

para confirmação dos resultados obtidos em pequena escala

(Briscoe & Sinha, 2009 ; Czichos, 2001)

Em se tratando de aplicações tribológicas, os materiais poliméricos estão cada vez mais presentes devido

gama de propriedades. Dentre estes materiais, uma classe que vem se notabilizando por seu uso, especialmente em

aplicações maritímas, qual seja, os poliuretanos (PU).

propriedades físicas e químicas, o que permite pr

estruturas marinhas normalmente são projetadas para passar vários anos submers

tipo de aplicação (Davies & Evrard, 2007; Martínez

tribológidas conhecidassão advindas de ensaio

Com a necessidade de testar os PU em condições fidedignas com sua aplicação, Hwang e colaboradores (2006)

desenvolveram um tribômetro em escala real para simular as condições a que o PU seria submetido em vida. Ainda

assim, havia a necessidade de se verificar se a

testadas. Neste sentido, este trabalho visa

amostras de PU com durezas diferentes utilizadas em ensaios simulando sua utilização prática.

2. METODOLOGIA

As medições das amostras de PU

coordenadas (MM3C), da marca Zeiss,

matriz de 301x75 pontos, cobrindo uma área de 100 x 150 mm² em sua região

medição é apresentada na Figura 1. A escolha desta matriz foi feita com base no trabalho de Moraes (2013).

As amostras foram mantidas por 24 horas em um ambiente

Em seguida, as amostras de PU foram então

de linha flexível com uma carga aplicada de 55 MN

velocidade de 4,0 mm/s. A amplitude de cada ciclo

30 km, sendo todo o ensaio realizado imerso em água

limpas e colocadas no ambiente de medição 24 horas antes da medição. Para efeito de comparação, a matriz de medição

utilizada após o ensaio foi a mesma utilizada na condição

POSMEC 2014 – Simpósio do Programa de Pós - GraduaçãoFaculdade de Engenharia Mecânica – Universidade Federal de Uberlândia

26 a 28 de Novembro de 201

AVALIAÇÃO DO DESGASTE EM AMOSTRAS DE PU SUBMETIDAS A DE DESLIZAMENTO EM ESCALA REAL

[email protected]

[email protected]

O objetivo deste trabalho é a medição do desgaste oriundo de um ensaio em escala real

poliuretano (PU). Para isto, as amostras foram medidas antes e após o ensaio em uma máquina

modelo Cortura 800. O ensaio de desgaste por deslizamento foi

de torneira a 16°C. A distância total percorrida foi de 30 km,

4 mm/s com a carga normal de 55 MN, o que corresponde uma

. Os resultados obtidos mostram que a variação de dureza influenciou a perda de volume e também a maneira que

Desgaste por Deslizamento, Perda de Volume

avaliação da aplicabilidade dos materiais, normalmente, passa pela avaliação de suas propriedades mecânicas e

. No entanto, com o avanço da engenharia preditiva, busca

bológicas dos materias para que a predição da vida útil de cada componente em serviço

Diferentemente das propriedades mecânicas e térmicas, as propriedades tribológicas dos materiais

estão inseridos (Zum Gahr, 1987). Ainda que os ensaios padronizados

sejam preferidos por sua praticidade e capacidade de seleção de materiais, os ensaios em escala real são necessários

para confirmação dos resultados obtidos em pequena escala, uma vez que nem sempre a correlação entre as escalas

Czichos, 2001).

Em se tratando de aplicações tribológicas, os materiais poliméricos estão cada vez mais presentes devido

Dentre estes materiais, uma classe que vem se notabilizando por seu uso, especialmente em

os poliuretanos (PU). Isto porque esta classe de polímero possui uma vasta gama de

, o que permite preparar uma composição específica para cada necessidade

estruturas marinhas normalmente são projetadas para passar vários anos submersas, isso torna os PU atrativos para esse

Evrard, 2007; Martínez et al., 2010). Ainda assim, a maioria de suas propriedades

são advindas de ensaios padronizados em escala reduzida (DASARI et al

Com a necessidade de testar os PU em condições fidedignas com sua aplicação, Hwang e colaboradores (2006)

am um tribômetro em escala real para simular as condições a que o PU seria submetido em vida. Ainda

se verificar se a metodologia proposta para a avaliação da perda volumétrica das amostras

ho visa verificar esta metodologia calculando a perda de volume e espessura em duas

amostras de PU com durezas diferentes utilizadas em ensaios simulando sua utilização prática.

utilizadas em escala real foram feitas com uma máquina de medição a três

, modelo Cortura 800. As amostras foram avaliadas através da medição de uma

matriz de 301x75 pontos, cobrindo uma área de 100 x 150 mm² em sua região central. A localização da

A escolha desta matriz foi feita com base no trabalho de Moraes (2013).

As amostras foram mantidas por 24 horas em um ambiente a 20,0 ± 1,0°C e então foi realizada

então submetidas a um ensaio de deslizamento alternado contra um segui

de linha flexível com uma carga aplicada de 55 MN, a distribuição de pressão também pode ser vista na Figura 1,

de 4,0 mm/s. A amplitude de cada ciclo foi fixada em 30 mm perfazendo uma distância percorrida total de

, sendo todo o ensaio realizado imerso em água de torneira a 16°C. Após o ensaio de desgaste,

medição 24 horas antes da medição. Para efeito de comparação, a matriz de medição

foi a mesma utilizada na condição inicial.

Graduação em Engenharia Mecânica Universidade Federal de Uberlândia

de Novembro de 2014, Uberlândia - MG

SUBMETIDAS A EM ESCALA REAL

O objetivo deste trabalho é a medição do desgaste oriundo de um ensaio em escala real de uma amostra de

em uma máquina de medir a três

modelo Cortura 800. O ensaio de desgaste por deslizamento foi realizado de

, com ciclos de 30 mm de

pressão média entre 2 e 3

. Os resultados obtidos mostram que a variação de dureza influenciou a perda de volume e também a maneira que

avaliação da aplicabilidade dos materiais, normalmente, passa pela avaliação de suas propriedades mecânicas e

reditiva, busca-se cada vez mais se

predição da vida útil de cada componente em serviço

Diferentemente das propriedades mecânicas e térmicas, as propriedades tribológicas dos materiais

padronizados em pequena escala

sejam preferidos por sua praticidade e capacidade de seleção de materiais, os ensaios em escala real são necessários

re a correlação entre as escalas

Em se tratando de aplicações tribológicas, os materiais poliméricos estão cada vez mais presentes devido sua vasta

Dentre estes materiais, uma classe que vem se notabilizando por seu uso, especialmente em

Isto porque esta classe de polímero possui uma vasta gama de

eparar uma composição específica para cada necessidade. Como as

s, isso torna os PU atrativos para esse

ssim, a maioria de suas propriedades

et al., 2009).

Com a necessidade de testar os PU em condições fidedignas com sua aplicação, Hwang e colaboradores (2006)

am um tribômetro em escala real para simular as condições a que o PU seria submetido em vida. Ainda

para a avaliação da perda volumétrica das amostras

a perda de volume e espessura em duas

amostras de PU com durezas diferentes utilizadas em ensaios simulando sua utilização prática.

feitas com uma máquina de medição a três

avaliadas através da medição de uma

A localização da região de

A escolha desta matriz foi feita com base no trabalho de Moraes (2013).

0 ± 1,0°C e então foi realizada a medição inicial.

amento alternado contra um seguimento

, a distribuição de pressão também pode ser vista na Figura 1, e

perfazendo uma distância percorrida total de

Após o ensaio de desgaste, as amostras foram

medição 24 horas antes da medição. Para efeito de comparação, a matriz de medição

Page 2: POSMEC2014-0024_16685

Jonas Bertholdi e Sinésio D. Franco Avaliação do Desgaste em Amostras de PU Submetidas a Ensaios de Deslizamento e

Figura 1 - Distribuição da pressão de contato na região que teve o desgaste avaliado.

As medições foram feitas utilizando o

correto da máquina, garantindo assim a medição dos mesmos pontos ant

situação, os pontos foram medidos, no mínimo,

Com os pontos medidos foi possível obter um mapa de desgaste e também o volume medido antes e depois do

ensaio de desgaste. O volume foi calculado através de dua

estimado para esse intervalo é de 1,2392 mm³. O mapa de desgaste foi gerado fazendo

espessura na condição inicial menos a média dos valores medidos da espessura após o

planar.

A medição da dureza das amostras foi realizada com um durômetro Shore

em cada uma das peças.

3. RESULTADOS

A Figura 2 mostra os resultados obtidos para as durezas das duas amostras

desvio padrão. Pode-se observar que dureza da amostra "Esquerda"

(91,9 Shore-A). Esta variação de dureza

de massa e mapas de desgastes obtidos para cada uma das amostras

A Figura 3 mostra o volume calculado para as amostras antes e depois do ensaio de desgaste, onde o desvio

mostrado apresenta um intervalo de confiança de 99%. Observa

material enquanto a "Esquerda" teve uma perda de 35,28 cm³, tendo assim uma variação no desgaste de 70% entre as

amostras. Isso resultaria numa perda de espessura média de

A variação no volume perdido é associada com a variação na dureza das amostras. Este fato influênciou o

comportamento tribológico do sistema produzindo resultados distintos em cada uma das amostras.

Figura 2 - Resultado

U Submetidas a Ensaios de Deslizamento em Escala Real

Distribuição da pressão de contato na região que teve o desgaste avaliado.

As medições foram feitas utilizando o software Calypso®, através do qual foi possível obter o posicionamento

correto da máquina, garantindo assim a medição dos mesmos pontos antes e após o ensaio de desgaste. Em cada

, no mínimo, 3 vezes.

Com os pontos medidos foi possível obter um mapa de desgaste e também o volume medido antes e depois do

O volume foi calculado através de duas integrais numéricas sucessivas,

esse intervalo é de 1,2392 mm³. O mapa de desgaste foi gerado fazendo-se a média do valor medido

espessura na condição inicial menos a média dos valores medidos da espessura após o ensaio com a mesma posição

A medição da dureza das amostras foi realizada com um durômetro Shore-A portátil sendo realizadas

mostra os resultados obtidos para as durezas das duas amostras e com o intervalo de confiança de um

se observar que dureza da amostra "Esquerda" (94,1 Shore-A) foi maior q

. Esta variação de dureza pode afetar a resistência ao desgaste do PU, o que pode gerar diferentes perdas

obtidos para cada uma das amostras (Santos, 2007).

mostra o volume calculado para as amostras antes e depois do ensaio de desgaste, onde o desvio

mostrado apresenta um intervalo de confiança de 99%. Observa-se que a amostra "Direita" pe

material enquanto a "Esquerda" teve uma perda de 35,28 cm³, tendo assim uma variação no desgaste de 70% entre as

Isso resultaria numa perda de espessura média de 1,584 mm na "Direita" e 5,070 mm na "Esquerda".

me perdido é associada com a variação na dureza das amostras. Este fato influênciou o

comportamento tribológico do sistema produzindo resultados distintos em cada uma das amostras.

Resultados da medição de dureza das amostras utilizadas

Distribuição da pressão de contato na região que teve o desgaste avaliado.

Calypso®, através do qual foi possível obter o posicionamento

es e após o ensaio de desgaste. Em cada

Com os pontos medidos foi possível obter um mapa de desgaste e também o volume medido antes e depois do

s integrais numéricas sucessivas, cujo erro de integração

se a média do valor medido da

ensaio com a mesma posição

til sendo realizadas oito medições

e com o intervalo de confiança de um

foi maior que a da amostra "Direita"

pode afetar a resistência ao desgaste do PU, o que pode gerar diferentes perdas

mostra o volume calculado para as amostras antes e depois do ensaio de desgaste, onde o desvio

se que a amostra "Direita" perdeu 20,79 cm³ de

material enquanto a "Esquerda" teve uma perda de 35,28 cm³, tendo assim uma variação no desgaste de 70% entre as

mm na "Esquerda".

me perdido é associada com a variação na dureza das amostras. Este fato influênciou o

comportamento tribológico do sistema produzindo resultados distintos em cada uma das amostras.

utilizadas.

Page 3: POSMEC2014-0024_16685

POSMEC

Figura 3 - Resultado da medição do volume das amostras antes e depois do ensaio de desgaste.

A variação no comportamento tribológico das amostras também pode ser observado nos mapas de desgaste

mostrados nas Figuras 4 a e b. Pode-se observar um desgaste mais

Esta variação foi originada pela evasão dos fragmentos de desgaste da superfície da amostra "Esquerda", enquanto na

amorstra da "Direita" alguns fragmentos ficaram retidos no contato, gerando assim uma

aglomerados. Esta capa por sua vez serviu para proteger a amostra do desgaste, o que explica a menor perda de material

da mesma. Os mapas de desgastes também mostram que a maior perda de espessura na amostra "Esquerda" foi próximo

de 6,5 mm, enquanto a redução na amostra da "Direita" ficou em 3,8 mm, uma variação também de 70%.

(a)

Figura 4 - Mapa de desgaste da amostra (a) Esquerda; (b) Direita

4. CONCLUSÕES

Com este trabalho foi possível verificar que a metodologia proposta para

amostras de PU com durezas diferentes

POSMEC 2014– Simpósio do Programa de Pós - Graduação26 a 28 de Novembro de 201

Resultado da medição do volume das amostras antes e depois do ensaio de desgaste.

A variação no comportamento tribológico das amostras também pode ser observado nos mapas de desgaste

se observar um desgaste mais uniforme na amostra "Esquerda

Esta variação foi originada pela evasão dos fragmentos de desgaste da superfície da amostra "Esquerda", enquanto na

amorstra da "Direita" alguns fragmentos ficaram retidos no contato, gerando assim uma

aglomerados. Esta capa por sua vez serviu para proteger a amostra do desgaste, o que explica a menor perda de material

Os mapas de desgastes também mostram que a maior perda de espessura na amostra "Esquerda" foi próximo

mm, enquanto a redução na amostra da "Direita" ficou em 3,8 mm, uma variação também de 70%.

(b)

Mapa de desgaste da amostra (a) Esquerda; (b) Direita

verificar que a metodologia proposta para quantificar o desgaste observado em duas

com durezas diferentes logrou êxito. Na amostra com dureza nominal de 94 Shore

Graduação em Engenharia Mecânica de Novembro de 2014, Uberlândia - MG

Resultado da medição do volume das amostras antes e depois do ensaio de desgaste.

A variação no comportamento tribológico das amostras também pode ser observado nos mapas de desgaste

uniforme na amostra "Esquerda" do que na "Direita".

Esta variação foi originada pela evasão dos fragmentos de desgaste da superfície da amostra "Esquerda", enquanto na

amorstra da "Direita" alguns fragmentos ficaram retidos no contato, gerando assim uma capa de fragmentos

aglomerados. Esta capa por sua vez serviu para proteger a amostra do desgaste, o que explica a menor perda de material

Os mapas de desgastes também mostram que a maior perda de espessura na amostra "Esquerda" foi próximo

mm, enquanto a redução na amostra da "Direita" ficou em 3,8 mm, uma variação também de 70%.

quantificar o desgaste observado em duas

. Na amostra com dureza nominal de 94 Shore-A a perda

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Jonas Bertholdi e Sinésio D. Franco Avaliação do Desgaste em Amostras de PU Submetidas a Ensaios de Deslizamento em Escala Real

volumétrica foi de 35,28 cm³ enquanto na amostra com dureza de 92 Shore-A o desgaste foi de 20,79 cm³. A variação

também pode ser observada nos mapas de desgaste, uma vez que a amostra com maior dureza teve um desgaste mais

uniforme e severo em relação a outra. Esta variação no desgaste foi creditada a permanencia dos fragmentos no contato

da amostra de menor dureza.

5. AGRADECIMENTOS

Os autores gostariam de agradecer à Petrobras pelo apoio financeiro e amostras fornecidas, à Petropasy pelas

amostras fornecidas e também ao CNPq/CAPES.

6. REFERÊNCIAS

Briscoe, B.J, Sinha, S. K., 2009, Polymer tribology. Singapore.

Czichos, H., 2001, Tribology and its many facets: from macroscopic to microscopic and nano-scale phenomena.

Meccanica, p. 605–615.

Dasari, A.; Yu, Z.-Z.; Mai, Y.-W., 2009 Fundamental aspects and recent progress on wear/scratch damage in polymer

nanocomposites. Materials Science and Engineering: R: Reports, v. 63, n. 2, p. 31-80.

Davies, P.; Evrard, G., 2007, “Accelerated ageing of polyurethanes for marine applications”. Polymer Degradation and

Stability, v. 92, n. 8, p. 1455–1464.

Hwang, H. F. et. al., 2006, Desenvolvimento de um tribômetro para ensaios em escala real de revestimentos de linhas

flexíveis (risers). 16° POSMEC, Uberlândia – MG.

Martínez, F. J. et al., 2010 “Relationship between wear rate and mechanical fatigue in sliding TPU–metal contacts”.

Wear, v. 268, n. 3-4, p. 388–398.

Moraes, M. A. F., 2013, Desenvolvimento de Metodologias de Avaliação e Monitoramento do Desgaste no Par

Tribológico Riser/Enrijecedor. 143 f. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia -

MG

Santos, F. C., 2007, Otimização de Poliuretanos para Protetores de Linhas Flexíveis Sujeito ao Desgaste Abrasivo.

Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia - MG.

Zum Gahr, K. H., 1987, Microstructure and wear of materials.

7. RESPONSABILIDADE PELAS INFORMAÇÕES

O(s) autor(es) é (são) os únicos responsáveis pelas informações incluídas neste trabalho.