posição política da cpc - reorganização
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Posição Política da CPC sobre a Reorganização Administrativa do TerritórioTRANSCRIPT
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POSIÇÃO DA COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DA MAIA SOBRE A
LEI N.º 22/2012 DE 30 DE MAIO
REGIME JURÍDICO DA REORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO TERRITÓRIO
Em Portugal, como na Maia, o Partido Socialista (PS) e os seus autarcas eleitos têm
contribuído de diversas formas para a superação deste período conturbado para Portugal e
para os portugueses.
Assim, tendo em conta a grave crise financeira que o país atravessa, com enorme relevância
para as autarquias locais, ao ponto de se procurar implementar a Lei n.º 22/2012, que tem
como único objetivo a extinção de freguesias, levando à perda de identidade local, ao
encerramento de serviços, à delapidação da relação de proximidade entre eleitos e eleitores,
ao aumento da despesa e à redução da representatividade democrática nos órgãos
autárquicos, fica bem evidente a desorientação e o desgoverno que o Governo revela nesta
matéria.
A política do Governo, sobre a reforma administrativa / extinção de freguesias, revela que:
Os responsáveis políticos pela elaboração da Lei n.º 22/2012, e do “Documento
Verde”, desconhecem totalmente o território nacional, as freguesias e a dinâmica
própria do poder local;
Esta reforma não respeita a identidade de muitas freguesias no território nacional,
perdendo-se um vasto e rico património histórico e cultural;
Despreza a evolução económica das freguesias, desvalorizando, por exemplo, que
muitas delas tenham já importantes zonas industriais com as quais interagem e que,
em conjunto, geram importante fonte de empregabilidade revelando forte capacidade
de gerar riqueza;
Despreza todo o apoio social e cultural que as juntas de freguesia prestam às várias
organizações e aos seus cidadãos;
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Despreza completamente os órgãos autárquicos democraticamente eleitos, afastando-
os da decisão sobre esta matéria;
A Lei n.º 22/2012, sentença de morte para muitas autarquias, põe em causa a
autonomia político-administrativa das freguesias;
A implementação desta Lei acabará por aniquilar um valioso património histórico,
cultural, social, económico, material e imaterial e apenas representará uma redobrada
penalização da população com o encerramento de mais serviços públicos de
proximidade;
Esquece que as freguesias são imprescindíveis para otimizar recursos, assegurar a
eficácia e a eficiência da gestão autárquica, implementar a melhoria contínua nas suas
diversas atividades, potenciar a qualidade de vida, assegurar a descentralização
política, assegurar e potenciar o crescimento e o desenvolvimento económico e social
das populações;
Esquece que a extinção/agregação de freguesias será um entrave ao processo de
eficiência e otimização do funcionamento da administração local e que a criação de
escala, como resultado de um anormal exercício geográfico, pode vir a colocar em
causa a própria existência dos municípios;
Esquece que as freguesias são verdadeiros polos de proximidade e
complementaridade.
Considerando o descrito anteriormente, a Comissão Política Concelhia da Maia do PS,
reunida em 03 de outubro de 2012, decidiu, por unanimidade:
1. Rejeitar de forma clara e objetiva a Lei n.º 22/2012, ou outra qualquer reforma que
passe pela extinção de freguesias;
2. Reforçar e adotar na íntegra a posição de discordância assumida pelos eleitos
autárquicos do PS, em 18 de julho de 2012;
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3. Considerar que, da análise de todos os pareceres das Assembleias de Freguesia, não
estão reunidas as condições para se estabelecer qualquer proposta de reorganização;
4. Reforçar a falta de legitimidade dos órgãos políticos para tomarem qualquer decisão
sobre esta matéria, uma vez que a reorganização não foi tema de abordagem
programática, aquando das últimas eleições autárquicas, tendo sido os autarcas eleitos
para defender as suas freguesias;
5. Considerar notória, pela votação assumida pelos eleitos do PSD, em várias freguesias
da Maia, a vontade do PSD de participar e validar esta reforma redutora, infrutuosa e
despropositada.
Maia, 3 de outubro de 2012
A Comissão Política Concelhia