Unidade curricular: Sistemtica do Desporto TD Ps-Laboral- NataoData de entrega: 27/11/2011Docente: Ana ConceioAluno: Pedro SoaresPosio Hidrodinmica Fundamental(PHF)

O rendimento em natao pura desportiva (NPD), composto pelo somatrio do tempo de partida, tempo de nado e tempo de virada (GUIMARES e HAY, 1985, citado por Fernandes, R. et al, 2002).Segundo (FERNANDES e VILAS-BOAS, 2001) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) quer as partidas quer as viradas decompem-se em diversas fases, sendo uma delas o deslize posterior entrada na gua aps um salto de partida e/ou aps a impulso da parede no seguimento de uma virada. O deslize considerado um fator importante para o rendimento em NPD (HAY, 1988; CHATARD et al.,1990 e UGOLKOVA, 1999) ( citado por Fernandes, R. et al, 2002) tendo j sido alvo de estudo por parte de alguns autores ligados a esta modalidade (e.g. GUIMARES e HAY, 1985; TAKAHASHI et al., 1990; LYTTLE et al., 1999 e 2000, e GOYA et al., 2002) (citado por Fernandes, R. et al, 2002).

fundamental minimizar o arrasto durante o deslize, devendo o nadador adotar uma posio o mais hidrodinmica possvel (NISTRI, 1982; GUIMARES e HAY 1988 e GOYA et al., 2002) (citado por Fernandes, R. et al, 2002).Segundo SANDERS (2001) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) mais que a tcnica de partida utilizada pelo nadador, a sua postura na fase subaqutica que vai determinar muito o sucesso da partida. Assim, torna-se essencial analisar e compreender esta fase.O corpo deve estar totalmente em extenso, com a cabea entre os membros superiores (MS) e o olhar dirigido para baixo (cf. Figura 1).

Figura 1. Correta posio hidrodinmica. Segundo (MAGLISCHO, 1993) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) os MS devem estar juntos e em extenso, procurando colocar uma mo sobre a outra. Os membros inferiores (MI) devero permanecer juntos e em extenso, com os ps em flexo plantar e, se possvel, sobrepostos (GROTE, 1999). Para (VILAS-BOAS, 1997) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) quanto maior for o comprimento total do corpo do nadador menor ser o arrasto hidrodinmico, devendo-se privilegiar as posies alongadas na gua durante o deslize. Segundo SANDERS (2001) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) os nadadores mais longilneos tm vantagens hidrodinmicas, o que lhes permite reduzir o arrasto e aumentar a propulso. Segundo COSSOR e MASON (2001) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) os nadadores, comparativamente com as nadadoras, conseguem tirar maior proveito da fase subaqutica. O corpo do homem mais hidrodinmico do que o da mulher, fato este explicado pela maior similaridade morfolgica do homem com a gota de gua e apresentam, de uma forma geral, um dimetro biacromial superior ao dimetro bicristal (ombros largos e anca estreita), (VILAS-BOAS,1997) (citado por Fernandes, R. et al, 2002). Segundo CHATARD et al. (1990) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) os indivduos hiperflexveis conseguem minimizar mais o arrasto, pois conseguem colocar o corpo numa posio mais alongada e, desta forma, numa posio mais hidrodinmica, permitindo diminuir a turbulncia gerada perto dos pontos de presso (ombros, bacia, joelhos e tornozelos) onde ocorre a maior parte das alteraes da forma corporal. Segundo LARSEN et al. (1981) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) o arrasto decresce com a profundidade de imerso, sendo o coeficiente de arrasto tanto menor quanto mais elevada for a razo profundidade/comprimento corporal. O deslize deve ser realizado a profundidades superiores a 50 cm, (VILAS-BOAS, 1997) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) sugerindo LYTTLE et al. (1999) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) em que diz que dee ser realizado a profundidados no valor de 40 cm. Segundo estes autores uma profundidade tima de deslize reduz o arrasto que atua sobre os nadadores (nomeadamente o arrasto de onda), diminuindo o tempo de virada e as perdas desnecessrias de energia. permitido ao nadador, nas provas de Estilo Livre, Costas e Borboleta, estar submerso somente at uma distncia de 15 metros da parede, altura em que a cabea dever ter j rompido a superfcie da gua. Nas provas de Peito permitido apenas realizar uma braada subaqutica (FINA, 2002) (citado por Fernandes, R. et al, 2002). Com uma posio hidrodinamica fundamental bem executada, existe diminuio do arrasto, maximizando a propulso (SANDERS, 2001) (citado por Fernandes, R. et al, 2002). Assim, o nadador dever estar apto para realizar a ao dos MI mantendo a posio hidrodinmica fundamental. O momento exato para iniciar a ao dos MI , ento, de especial importncia, salientando SANDERS (2001) (citado por Fernandes, R. et al, 2002) que esta ao no dever comear enquanto a velocidade de deslize do nadador for superior velocidade que pode ser obtida com a ao dos MI, sendo este um dos pontos chave a que os tcnicos e nadadores devero dar ateno. Pode-se concluir que se o nadador assumir uma posio e uma profundidade que lhe permita, por um lado, minimizar o arrasto hidrodinmico a que se sujeita e, por outro, conseguir gerar propulso suficiente (atravs de aes dos MI e/ou MS) para se deslocar a uma velocidade superior que se deslocaria com tcnica global, dever tentar aproveitar ao mximo a fase subaqutica.

Referncias Bibliogrficas Fernandes, R; Marinho, D; Figueiredo, J; Ramos, L; Mota, J; Morouo, P; Barbosa, V. & Soares, D. (2002). DESLIZE APS PARTIDAS E VIRADAS EM NATAO PURA. Disponvel em: http://www.aquabarra.com.br/artigos/aperfeicoamento/DESLIZE_APOS_PARTIDAS_E_VIRADAS_EM_NATACAO_PURA.pdfhttp://www.efdeportes.com/efd54/deslize.htmMarinho, D. & Fernandes, R. (2003) A posio corporal nas tcnicas alternadas em natao pura desportiva. Disponvel em: http://www.efdeportes.com/efd63/natacao.htmSanders, R. (2001).Start technique. Disponvel em:http://www.education.ed.ac.uk/swim/papers4/rs5.html