pós-graduação em direito penal e processual penal · anotações inconclusivas, cuja...
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LEGALE
PRINCÍPIOS
Reserva Legal (estrita legalidade) :
Somente a lei poderá criar crimes e penas
Dá origem aos princípios da anterioridade e taxatividade
Culpabilidade:
Não há punição sem responsabilidade subjetiva
Insignificância:
O Direito Penal não deve se ocupar de assuntos irrelevantes
JURISPRUDÊNCIA
Ementa: PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSOESPECIAL. TENTATIVA DEFURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. DIMINUTO VALOR. RESTITUIÇÃOÀ VÍTIMA. PREPONDERÂNCIA SOBRE A REITERAÇÃODELITIVA. AGRAVO PROVIDO. 1. Sedimentou-se aorientação jurisprudencial no sentido de que aincidência do princípio da insignificância pressupõe aconcomitância de quatro vetores: a) mínimaofensividade da conduta do agente; b) nenhumapericulosidade social da ação; c) reduzidíssimo graude reprovabilidade do comportamento e d)inexpressividade da lesão jurídica provocada. 2. Areiteração delitiva tem sido compreendida (segue)
como obstáculo inicial à tese da insignificância,ressalvada excepcional peculiaridade do caso penal.3. Em razão da coisa que se tentou furtar (doiscosméticos), seu diminuto valor (R$ 8,38 - oito reaise trinta e oito centavos), com restituição à vítima,estabelecimento comercial, admite-sea insignificância, excepcionando-se a condição dereiteração delitiva do agente. 4. Agravo regimentalprovido. Recurso especial a que se nega provimento.(STJ – Agravo Regimental no Recurso Especial1377789 – MG – 2013)
FURTO SIMPLES. RECURSO DEFENSIVO DESEJANDO AABSOLVIÇÃO POR ATIPIA DA CONDUTA, SOB AALEGAÇÃO DE ÍNFIMA LESIVIDADE AO BEM JURÍDICOPENALMENTE TUTELADO. EM SEDE ALTERNATIVA,ALMEJA A MITIGAÇÃO DA RESPOSTA PENAL, COM ASUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADEPOR PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. A prova quefoi judicializada demonstra que a recorrenteingressou na Loja Zara do Shopping Leblon esubtraiu 01 (uma) calça estampada em preto ebranco, no valor de R$199,00 (cento e noventa enove reais); 01 (um) lenço estampado com floresazuis, no valor de R$159,00 (cento e cinquenta enove reais) e 01 (uma) sandália rasteira preta comdetalhes dourados, no valor de R$189,00 (segue)
(cento e oitenta e nove reais), todos os bens depropriedade do referido estabelecimento comercial.Os bens subtraídos possuíam à época do fato o valortotal de R$ 547,00, valor este que está longe de serconsiderado bagatela. Como já assentou o SupremoTribunal Federal o princípio da insignificância incidequando presentes as seguintes condições objetivas:a) mínima ofensividade da conduta do agente; b)nenhuma periculosidade social da ação; c) graureduzido de reprovabilidade do comportamento, e d)inexpressividade da lesão jurídica provocada. Deacordo com a doutrina e a jurisprudência pátrias, oprincípio da insignificância ou da bagatela, emboranão previsto em lei, tem aplicação para fazer afastara tipicidade penal em situações de (segue)
ínfima ofensividade da conduta, de modo a torná-lapenalmente irrelevante. Tal postulado decorre dosprincípios da fragmentariedade e da intervençãomínima do Estado em matéria criminal, pois o DireitoPenal só deve alcançar os fatos que acarretemprejuízo efetivo ao titular do bem jurídico ou àsociedade. A tipicidade penal ocorre quando aconduta do agente se amolda à descrição abstrata danorma. Se a lesão não chega a atingir o bem jurídicotutelado, diante de sua insignificância, não há que sefalar em adequação entre o fato e o tipo penal. Não éo que ocorre na hipótese vertente, onde o valor dosbens subtraídos quase atingem o valor do saláriomínimo vigente à época do fato (R$ 724,00), nãopodendo ser considerado irrisório ou (segue)
incapaz de afetar o bem jurídico penalmentetutelado. Requesto absolutório de impossívelagasalho. No tocante ao sancionamento, o apelodesafia acolhida. As penas básicas foramdistanciadas do patamar mínimo legal sem aponte deelemento concreto lídimo para tal. O julgador fezmenção genérica à personalidade da recorrente e suaconduta social, apontando a FAC e as informações defls. 31/32. Tais peças nada espelham, senão merasanotações inconclusivas, cuja utilização não pode sertolerada, sob pena de tangenciar o verbete n.º 444,da súmula do STJ. De igual modo, o mesmo SuperiorTribunal de Justiça já firmou o entendimento,segundo o qual a aplicação do privilégio a que alude
o § 2º, do art. 155, do CP não é (segue)
um ato discricionário do julgador. Em outraspalavras, preenchidos os requisitos legais, ocondenado possui o direito subjetivo ao amealho daaludida benesse. “In casu”, mesmo não havendopleito recursal nesse sentido, vê-se que a recorrenteé primária e o valor da res é inferior ao saláriomínimo vigente à época do fato, parâmetro estetambém utilizado pela jurisprudência para o seudimensionamento, fazendo, portanto, jus aoprivilégio. O regime aberto foi bem fixado.Preenchidos os requisitos do art. 44, do CP, deve apena privativa de liberdade ser substituída por umapena restritiva de direito, na modalidade deprestação de serviços à comunidade. (segue)
RECURSO CONHECIDO E, PARCIALMENTE, PROVIDO,para afirmar que a recorrente realizou a conduta
descrita no art. 155 c/c § 2º, do CP, mitigando suaspenas, tudo na forma do voto do relator. (TJRJ -0391017-51.2014.8.19.0001 - APELAÇÃO - 1ªEmenta Des(a). GILMAR AUGUSTO TEIXEIRA -Julgamento: 15/02/2017 - OITAVA CÂMARACRIMINAL APELAÇÃO CRIMINAL)
Individualização da Pena:
Preceito constitucional (art. 5º XLVI, CF) –a aplicação da pena leva em conta a norma penal em abstrato e os aspectos subjetivos e objetivos do crime
Alteridade:
(Claus Roxin) Proíbe a incriminação de atitude meramente interna do agente (pensamentos, condutas moralmente censuráveis, etc)
Confiança:
Todos devem esperar por parte das demais pessoas comportamentos responsáveis e em consonância com o ordenamento jurídico
Subsidiariedade:
Atuação do Direito Penal apenas quando os outros ramos do Direito e os demais meios de controle social forem ineficientes
Fragmentariedade:
O Direito Penal não protege todos os bens jurídicos e sim apenas fragmentos
Adequação Social :
Não pode ser punido o comportamento humano tipificado em lei que não afrontar o sentimento social de Justiça (p. ex. trotes acadêmicos)
Intervenção Mínima:
O Direito Penal deve tutelar os bens jurídicos mais relevantes
Proporcionalidade:
A criação de tipos penais gera um ônus para os cidadãos e, por isso deve conter na essência uma vantagem para os membros da sociedade
Ofensividade (ou Lesividade) :
Não há infração penal quando a conduta não tiver oferecido ao menos perigo de lesão ao bem jurídico
Intranscendência (ou da Personalidade):
Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por terceiro, não podendo a pena passar da pessoa do condenado
Ne bis in idem:
Não se admite a dupla punição pelo mesmo fato
Isonomia :
Tratar com igualdade os iguais e com desigualdade os desiguais (p. ex. condenado por tráfico primário e com pequena quantidade de droga merece pena menor do que o reincidente com maior quantidade)
Classificações de Crimes
Classificações de Crimes
Doloso
Culposo
Preterdoloso
Classificações de Crimes
Dolo
- Teoria da Vontade
- Teoria do Assentimento
Classificações de Crimes
Culpa
- Imprudência
- Negligência
- Imperícia
Classificações de Crimes
Elementos do Crime Culposo - Conduta humana voluntária - Resultado Involuntário - Nexo de Causalidade - Tipicidade - Previsibilidade Objetiva - Ausência de Previsão (exceto Culpa Consciente)
- Quebra do Dever Objetivo de Cuidado
Classificações de Crimes
A culpa pode ser:
- Inconsciente
- Consciente
Classificações de Crimes
Diferença:
- Dolo Eventual
- Culpa Consciente
Classificações de Crimes
Preterdoloso:
- Crime agravado pelo resultado
Classificações de Crimes
Antecedente Consequente
Dolo Culpa
Dolo Dolo
Culpa Dolo
Culpa Culpa
Classificações de Crimes
Comissivo
Omissivo (omissivo próprio ou puro)
Comissivo por omissão (omissivo impróprio ou impuro)
Classificações de Crimes
Instantâneo
Instantâneo de efeitos permanentes
Permanente
Classificações de Crimes
De dano
De perigo
- concreto (art. 134 do CP –exposição ou abandono de recém-nascido)
- abstrato (art. 288 do CP –Associação Criminosa)
Classificações de Crimes
Trauseunte
Não-transeunte
Classificações de Crimes
Material (ou de resultado)
Formal
De mera conduta
Classificações de Crimes
Unissubjetivo
Plurissubjetivo
Classificações de Crimes
Unissubsistente
Plurissubsistente
Classificações de Crimes
Comum
Próprio
Bipróprio
De mão própria (atuação pessoal)
Classificações de Crimes
De forma livre (ação livre) (ex. 121)
De forma vinculada (ação vinculada) (ex. 260) – Vide:
Classificações de CrimesArt. 260. Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro:I — destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, obra de arte ou instalação;II — colocando obstáculo na linha;III — transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo ou embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia;IV — praticando outro ato quepossa resultar desastre:Pena — reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
§1º Se do fato resulta desastre.Pena — reclusão, de quatro a doze anos, e multa.
Classificações de Crimes
Crime Habitual
Classificações de Crimes
Crime de ímpeto
Classificações de Crimes
Crime vago
Classificações de Crimes
Crime de ensaio
(putativo por obra do agente provocador)
Classificações de Crimes
Crime hediondo
Crime equiparado (ou assemelhado) a hediondo
fim