pós colheita do abacate ‘hass’ submetido a radiação ... · ultravioleta (uv-c) é utilizada...

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ÉRICA REGINA DAIUTO 1, 5 ROGÉRIO LOPES VIEITES 2 MARIA AUGUSTA TREMOCOLDI 3 LIDIA RAQUEL DE CARVALHO 4 JOANA GIFFONI FIGUEIREDO FUMES 3 RESUMO Avaliou-se o efeito da radiação UV-C na conservação pós-colheita do abacate ‘Hass’. Frutos selecionados foram submetidos à radiação em luz UV-C por 5, 10, 15 e 20 minutos, mantidos sob refrigeração (10±1ºC e 90±5% umidade relativa) e avaliados durante 15 dias. Determinou-se a perda de massa, taxa respiratória, acidez total titulável (ATT), sólidos solúveis totais (SST), ratio (SST/ATT), pH, firmeza, fenólicos totais e atividade antioxidante por DPPH•. A firmeza e o conteúdo de fenólicos totais diminuíram durante o período experimental nos frutos de todos os tratamentos. Houve correlação significativa moderada (P=0,0; r=0,455) entre atividade antioxidante e compostos fenólico dos frutos. Os tratamentos cuja exposição a luz UV-C foi de 15 e 20 minutos apresentaram porcentagens de atividade antioxidante maiores em relação aos outros tratamentos, entre o 6 e 12 dias de armazenamento, perda de massa inferior ao tratamento controle e valores estáveis de sólidos solúveis durante o período experimental. Estes resultados apontam que a utilização da luz UV-C pode ser uma opção na conservação de abacate ‘Hass’. Pós colheita do abacate ‘Hass’ submetido a radiação UV-C Postharvest of ‘Hass’ avocados submitted to UV-C radiation REVISTA COLOMBIANA DE CIENCIAS HORTÍCOLAS - Vol. 7 - No. 2 - pp. 149-160, julio-diciembre 2013 Abacate ‘Hass’ em fructificação. Foto: Empresa Jaguacu, Bauru (São Paulo, Brasil) Palabras clave adicionales: Persea americana Mill., refrigeração, taxa respiratória, capacidade anti-radical livre. 1 Programa de Pós-doutorado em Horticultura, CAPES/PNPD, Universidade Estadual Paulista - FCA/UNESP, Botucatu (Brasil). 2 Departamento de Horticultura, Facultade de Ciencias Agronomicas, UNESP, Botucatu (Brasil) 3 Programa de Mestrado em Horticultura, Universidade Estadual Paulista - FCA/UNESP, Botucatu (Brasil). 4 Departamento de Bioestadistica, Universidade Estadual de São Paulo - IB/UNESP, Botucatu (Brasil). 5 Autor para correspondência. [email protected]

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ÉRICA REGINA DAIUTO1, 5

ROGÉRIO LOPES VIEITES2

MARIA AUGUSTA TREMOCOLDI3

LIDIA RAQUEL DE CARVALHO4

JOANA GIFFONI FIGUEIREDO FUMES3

RESUMO

Avaliou-se o efeito da radiação UV-C na conservação pós-colheita do abacate ‘Hass’. Frutos selecionados foram submetidos à radiação em luz UV-C por 5, 10, 15 e 20 minutos, mantidos sob refrigeração (10±1ºC e 90±5% umidade relativa) e avaliados durante 15 dias. Determinou-se a perda de massa, taxa respiratória, acidez total titulável (ATT), sólidos solúveis totais (SST), ratio (SST/ATT), pH, firmeza, fenólicos totais e atividade antioxidante por DPPH•. A firmeza e o conteúdo de fenólicos totais diminuíram durante o período experimental nos frutos de todos os tratamentos. Houve correlação significativa moderada (P=0,0; r=0,455) entre atividade antioxidante e compostos fenólico dos frutos. Os tratamentos cuja exposição a luz UV-C foi de 15 e 20 minutos apresentaram porcentagens de atividade antioxidante maiores em relação aos outros tratamentos, entre o 6 e 12 dias de armazenamento, perda de massa inferior ao tratamento controle e valores estáveis de sólidos solúveis durante o período experimental. Estes resultados apontam que a utilização da luz UV-C pode ser uma opção na conservação de abacate ‘Hass’.

Pós colheita do abacate ‘Hass’ submetido a radiação UV-C

Postharvest of ‘Hass’ avocados submitted to UV-C radiation

REVISTA COLOMBIANA DE CIENCIAS HORTÍCOLAS - Vol. 7 - No. 2 - pp. 149-160, julio-diciembre 2013

Abacate ‘Hass’ em fructificação. Foto: Empresa Jaguacu, Bauru (São Paulo, Brasil)

Palabras clave adicionales: Persea americana Mill., refrigeração, taxa respiratória, capacidade anti-radical livre.

1 Programa de Pós-doutorado em Horticultura, CAPES/PNPD, Universidade Estadual Paulista - FCA/UNESP, Botucatu (Brasil).

2 Departamento de Horticultura, Facultade de Ciencias Agronomicas, UNESP, Botucatu (Brasil)3 Programa de Mestrado em Horticultura, Universidade Estadual Paulista - FCA/UNESP, Botucatu (Brasil).4 Departamento de Bioestadistica, Universidade Estadual de São Paulo - IB/UNESP, Botucatu (Brasil).5 Autor para correspondência. [email protected]

Rev. Colomb. Cienc. Hortic.

150 DAIUTO/ VIEITES/TREMOCOLDI/CARVALHO/ FUMES

INTRODUÇÃO

Additional key words: Persea americana Mill., refrigeration, respiratory rate, anti free radical scavenger activity.

Data de recepção: 09-01-2013 Aprovado para publicação: 31-10-2013

ABSTRACT

The effect of UV-C radiation on ‘Hass’ avocado postharvest conservation was evaluated. Selected fruits were submitted to UV-C radiation for 5, 10, 15 or 20 minutes, refrigerated (10±1ºC and 90±5% relative humidity), and evaluated for 15 days. Weight loss, respiratory rate, total titratable acidity (TTA), total soluble solids (TTS), ratio (TTS/TTA), pH firmness, total phenolics and antioxidant activity of DPPH• were evaluated. Firmness and total phenolic content decreased during the experimental period in fruits of all the treatments. There was a moderate, significant correlation (P=0.0; r=0.455) between fruit antioxidant activity and total phenolic content. The treatments with UV-C light exposures of 15 and 20 minutes presented higher percentages of antioxidant activity when compared to the other treatments between the 6th and 12th days of storage; weight loss was lower than in the control treatment and soluble solids values were more stable during the experimental period. These results indicate that the use of UV-C light is an option for ‘Hass’ avocado conservation.

O abacate é fruto climatérico cujo amadureci-mento ocorre poucos dias após a colheita (Har-denburg et al., 1986; Seymour e Tucker, 1993). A literatura aponta estudos relacionados ao aumen-to do período de conservação de abacate, como avaliação da temperatura de armazenamento, uso de atmosfera modificada com aplicação de cera, irradiação gama e tratamento térmico para prevenção de sintomas de injuria pelo frio (Zau-berman et al., 1973; Castro e Bleinroth, 1982; Seymour e Tucker, 1993; Germano et al., 1996; Oliveira et al., 2000; Sanches, 2006; Morgado, 2007; Donadon, 2009).

O processo de irradiação utilizado na conserva-ção de alimentos apresenta a vantagem de ser um método físico de tratamento. A irradiação ultravioleta (UV-C) é utilizada como método de controle de deterioração por resultar em desin-fecção superficial de pequenos frutos, reduzin-do o crescimento microbiano (Marquenie et al., 2003; Vicente et al., 2005; Khademi et al. 2013; Sricastava e Sharna, 2013), também segundo

Stevens et al. (2004) atrasa o amolecimento do fruto, um dos principais fatores determinantes na vida pós-colheita do fruto. Campos et al. (2011) relatam efeitos positiva da radiação UV-C sobre a qualidade dos tomates ‘Pitenza’.

A qualidade pós-colheita dos frutos não está relacionada apenas aos parâmetros físicos e químicos avaliados, mas também com seu va-lor nutricional. Atualmente a qualidade para o consumidor está relacionada aos benéficos que o alimento pode trazer a sua saúde.

No estudo da qualidade pós-colheita de frutos, normalmente, são avaliados parâmetros como perda de massa, firmeza, ratio, vitaminas, pH, acidez total titulável, coloração, atividades de en-zima de escurecimento entre outros. Atualmen-te, a avaliação da capacidade anti radical livre tem sido importante para determinar a eficiên-cia do antioxidantes naturais em relação à prote-ção do produto vegetal contra dano oxidativo e perda do valor comercial e nutricional. O abacate

Vol. 7 - No. 2 - 2013

151Pós colhe ita do abacate ‘hass ’ submet ido a radiação uV- c

possui considerável qualidade nutritiva, com alto conteúdo de fibras, proteínas, sais minerais, des-tacando-se o potássio e vitaminas, especialmen-te a vitamina E (USDA, 2007), além de signifi-cativa quantidade de ácidos graxos insaturados com efeitos benéficos na prevenção de doenças cardiovasculares (Tango et al., 2004). Por ser uma fonte de ácidos graxos poli-insaturados, esta fru-ta deve possuir uma grande variedade de antioxi-dantes, dentre os quais compostos fenólicos, para proteção e integridade do óleo contra oxidação.

O abacate ‘Hass’ é bem aceito no mercado externo (EUA e Europa) e o comportamento dos frutos sub-metidos a radiação UV-C ainda não foi avaliado.

O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da radiação UV-C na conservação pós-colheita do abacate ‘Hass’.

MATERIAL E MÉTODOS

Os frutos foram fornecidos pela empresa Jagua-cy, localizada em Bauru/SP-Brasil, cujas coorde-nadas geográficas são: latitude 22º19’18” S, lon-gitude 49º04’13” W e 526 m de altitude. Frutos de abacate ‘Hass’ cuidadosamente colhidos no ponto de maturação fisiológica e de acordo com o teor de óleo foram submetidos à luz ultraviole-ta (UV-C com λ=250 nm), sendo a distância dos frutos à fonte de luz de 20 cm e o período de ex-posição de 5, 10, 15, 20 e 25 min, caracterizando 4 tratamentos. A exposição à radiação foi realiza-da em aparelho com luz UV (IRINOX, refrigera-dor e congelador, marca AREX, modelo: n-HCM 51/20). Frutos não submetidos à exposição em luz UV-C caracterizaram o tratamento controle. Os frutos dos 5 tratamentos foram mantidos sob refrigeração (10±1ºC e 90±5% UR).

Foram realizadas as seguintes análises: Perda de peso fresco determinado pela pesagem dos fru-tos em balança analítica, considerando a massa inicial de cada amostra, com os resultados ex-pressos em percentagem.

Atividade respiratória determinada pela libe-ração de CO2 em cada embalagem, de acordo com metodologia adaptada de Bleinroth et al. (1976), utilizando-se para isso solução de hi-dróxido de bário saturado e solução de hidróxi-do de potássio 0,1N. A avaliação perda de mas-sa e atividade respiratória foi avaliada durante 21 d e as demais análises foram até os 15 d de armazenamento.

Os teores de sólidos solúveis totais (SST), pH, acidez total titulável (ATT), umidade e lipídios foram determinados seguindo as Normas Aná-liticas do Instituto Adolfo Lutz (2008). O teor de sólidos solúveis foi medido, em leitura refra-tométrica em ºBrix, a 20oC, com refratômetro digital, conforme metodologia. Foi determinado o ratio pela relação entre o teor de sólidos solúveis e acidez titulável (Tressler e Joslyn, 1961).

A avaliação firmeza foi feita utilizando-se texturô-metro, com a distância de penetração de 20 mm, ve-locidade de 2,0 mm s-1 e ponta de prova TA 9/1000, os resultados foram apresentados em gramas/força. Foram realizadas 5 leituras para em cada uma das 3 repetições em todos os tratamentos.

O conteúdo de fenólicos totais foi determinado pelo método espectrofotométrico de Folin-Cio-calteau descrito por Singleton et al. (1999), uti-lizando ácido gálico como padrão. Os extratos obtidos foram transferidos para um tubo de en-saio, com uma alíquota de 0,5 mL e adicionado 2,5 mL do reagente Folin Ciocalteau, diluído em água 1:10. A mistura permaneceu em repouso por 5 min. Em seguida foi adicionado 2mL de carbonato de sódio 4% e os tubos deixados em repouso por 2 h, ao abrigo da luz. A absorbân-cia foi medida em espectrofotômetro a 740 nm. Uma amostra em branco foi conduzida nas mes-mas condições. Os resultados expressos em µg GAE 100 g-1 de peso seco.

A capacidade antioxidante das amostras foi ava-liada pelo DPPH• (2,2-diphenyl-1-picrylhydra-zyl) segundo (Mensor et al., 2001). A atividade

Rev. Colomb. Cienc. Hortic.

152 DAIUTO/ VIEITES/TREMOCOLDI/CARVALHO/ FUMES

anti-radical foi determinada na forma de ativi-dade antioxidante (AA), pela equação:

AA (%) = 100 - (( Aa – Ab ) x 100) / Ac (1)

donde: Aa = absorbância da amostra; Ab = absor-bância do branco; Ac = absorbância do controle negativo. O controle negativo foi feito substituin-do-se o volume do extrato por igual volume do solvente utilizado na extração (etanol). O branco foi preparado substituindo o volume da solução de DPPH• por igual volume de solvente

Os dados foram então submetidos à análise de regressão e correlação de Pearson.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A perda de massa fresca dos frutos (figura 1) foi crescente para todos os tratamentos durante o período experimental. Observou-se perda de massa mais acentuada nos frutos submetidos à

radiação em luz UV-C por 5 min, principalmen-te após o 9 dia de armazenamento.

Para a maioria dos produtos hortícolas frescos, a máxima perda de massa fresca tolerada para o não aparecimento de murcha e/ou enrugamento da superfície oscila entre 5 e 10% (Finger e Viei-ra, 2002) e produtos perecíveis como o abacate mesmo quando colocados em condições ideais, sofrem alguma perda de peso durante o ar-mazenamento devido ao efeito combinado da respiração e da transpiração (Chitarra e Chi-tarra, 2005). Notou-se um aumento da perda de massa e da produção de CO2 (figura 2) nos frutos de todos tratamentos, portanto acelerando os processos metabólicos de degradação dos frutos. Nesta pesquisa a perda de massa não foi superior a 2,5% até o 12º dia de armazenamento ou à 5% no período em estudo, conseqüência do armaze-namento refrigerado. A redução da temperatura reduz drasticamente a respiração dos frutos, re-tardando o amadurecimento e, consequentemen-te, aumentando seu período de armazenamento.

Figura 1. Percentual da perda de massa em abacate ‘Hass’ submetido à radiação UV-C e armazenado a 10±1ºC e 90±5% UR.

Días de armazenamiento

0 10 205 15 250,5

Perd

a de

mas

sa (%

)

Lineal (Testemunha)Lineal (UV 5 min)Lineal (UV 10 min)

Lineal (UV 15 min)Lineal (UV 20 min)

Testemunha

UV 5 min

UV 10 min

UV 15 min

UV 20 min

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

y= 0,1815x - 0,0488R2=0,9962

y= 0,2113x - 0,0669R2=0,9966

y= 0,1733x - 0,0437R2=0,9967

y= 0,1893x - 0,0468R2=0,996

y= 0,1753x - 0,0361R2=0,9969

Vol. 7 - No. 2 - 2013

153Pós colhe ita do abacate ‘hass ’ submet ido a radiação uV- c

Observou-se para taxa respiratória, nos 5 trata-mentos, o mesmo comportamento climatérico conforme já descrito para abacate (Seymour e Tucker, 1993; Daiuto et al., 2010a; Daiuto et al., 2010b). O pico respiratório ocorreu em torno do 12º dia para os tratamentos controle e UV-C 5 min, aos 10 dias para o tratamento UV-C 10 min e aos 9 d nos tratamentos UV-C 15 e 20 min (fi-gura 2).

Apesar do pico mais tardio para os tratamentos controle e UV-C 5 min, a produção de CO2 nes-tes frutos foi maior em relação aos demais, mos-trando um possível efeito do tratamento UV-C na redução da atividade respiratória, sendo neste caso o tempo de exposição de 5 min não sufi-ciente para trazer tal benefício na conservação dos frutos. Daiuto et al. (2010b) em avaliação da perda de peso e taxa respiratória de frutos de aba-cate ‘Hass’ submetidos a diferentes tratamentos físicos ( térmico a 45oC, UV-C e radiação gama) e armazenados a 10oC, obtiveram resultados in-

dicativos da redução da taxa de produção de CO2

em relação aos frutos controle.

O conteúdo de ATT diminuiu ao longo do perío-do de armazenamento, exceto para o tratamento UV-C por 20 min que apresentou aumento de va-lores até o 9º dia de armazenamento. Conforme já relatado, a exposição durante 20 min a luz UV- C também resultou em baixa produção de CO2

e perda de massa, suportando por tanto, a hipó-tese de maior conservação para estes frutos, já que a redução da acidez (figura 3) é decorrência natural da evolução da maturação dos frutos, na qual os ácidos orgânicos são metabolizados na via respiratória e convertidos em moléculas não-ácidas (Chitarra e Chitarra, 2005).

Os teores de SST do abacate mantiveram-se ao longo do período experimental para todos os tratamentos, exceto para o tratamento controle que atingiu ponto de máximo aos 3 a 6 d dimi-nuindo de forma mais pronunciada em relação

Figura 2. Atividade respiratória em abacate ‘Hass’ submetido à radiação UV-C submetido à radiação UV-C e armazenado a 10±1ºC e 90±5% UR.

Polinómica (Testemunha)

Polinómica (5 min)

Polinómica (10 min)

Polinómica (15 min)

Polinómica (20 min)

Testemunha

5 min

10 min

15 min

20 min

Días de armazenamiento

0 5 201510 25

Taxa

resp

irató

ria (m

L g

-1 s

-1 d

e CO

2)

0

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

0,07

0,08

yTe= -5E-07x6 + 3E-05x5 - 0,0008x4 + 0,0095x3 - 0,0479x2 + 0,0832x + 0,0301

R2=0,9902

y5= R2=0,9471

y10= R2=0,9782

-6E-07x6 + 4E-05x5 - 0,0009x4 + 0,0101x3 - 0,0488x2 + 0,0791x + 0,03

-4E-07x6 + 2E-05x5 - 0,0006x4 + 0,0061x3 - 0,0284x2 + 0,0452x + 0,0301

y15= R2=0,8268

-4E-07x6 + 2E-05x5 - 0,0006x4 + 0,0067x3 - 0,0346x2 + 0,0622x + 0,0305

y20= R2=0,8268

-2E-07x6 + 1E-05x5 - 0,0004x4 + 0,0041x3 - 0,0209x2 + 0,0371x + 0,0303

Rev. Colomb. Cienc. Hortic.

154 DAIUTO/ VIEITES/TREMOCOLDI/CARVALHO/ FUMES

aos demais tratamentos, após este período. Esta diminuição esta associada ao fato dos SST serem substrato energético para a transformação e so-brevivência pós-colheita. Essa informação pode ser verificada pelas equações da figura 4. Este resultado mostra um processo de senescência adiantado do tratamento controle em relação aos demais tratamentos. Resultado semelhante foi observado por Khademi et al. (2013) e Perkins-Veazie et al. (2008) em estudos com caqui e mir-tilo, respectivamente, e ambos submetidos ao tratamento com luz UV-C, que não observaram diferenças significativas para os teores de SST e ATT durante o armazenamento.

O ratio é a relação SST/ATT, sendo um parâmetro indicativo de amadurecimento e qualidade do fruto (Chitarra e Chitarra, 2005). Observou-se para este parâmetro relação inversa com a acidez total titulá-vel, onde (r=-0,77 com P=0,000) (figura 5).

O pH dos frutos de abacate dos 5 tratamentos aumentou durante o período de armazenamen-to (figura 6). Este resultado segundo Chitarra e Chitarra (2005) pode ter sido conseqüência da

diminuição de acidez total titulável que ocor-re normalmente em todos os frutos durante o amadurecimento. No entanto, Oliveira et al. (2000) e Daiuto et al. (2010b) encontram esta-bilidade nos valores de pH durante o armazena-mento. Oliveira et al. (1996) não encontraram diferenças significativas para o pH em frutos da variedade Fuerte tratados com cera em tem-peratura ambiente e refrigerada, assim como Daiuto et al. (2010b) que observaram a mesma tendência relatada por estes autores em abaca-te ‘Hass’ e armazenado nas mesmas condições. Observa-se que a figuras 6 apresenta uma única equação, indicando que não houve diferença en-tre os tratamentos para este parâmetro.

Os frutos apresentaram uma redução da firmeza em relação os valores iniciais, principalmente até o 12º dia de armazenamento, com um aumento após este momento. Este fato pôde ser consta-tado, conforme apresenta a equação da figura 7. Khademi et al. (2013) avaliando o efeito da radia-ção UV-C em caquis, também observaram redu-ção dos valores de firmeza dos frutos durante o armazenamento. Em contraste a estes resultados

Figura 3. Conteúdo de acidez total titulável em abacate ‘Hass’ submetido a radiação UV-C e armazenado a 10±1ºC e 90±5% UR.

Polinómica (Test Refrig) Polinómica (UV 5 min)

Polinómica (UV 10 min) Polinómica (UV 15 min) Polinómica (UV 20 min)

Test Refrig

UV 5 min

UV 10 min

UV 15 min

UV 20 min

Días de armazenamiento

2 6 10 120 4 8 14

Cont

eúdo

de

acid

ez ti

tulá

vel

(g d

e ác

ido

cítr

ico

/ 100

g d

e po

lpa)

ytr= -0,0002x3 + 0,002x2 - 0,0199x + 0,7626

R2=0,8362

y5= 0,0016x3 - 0,0286x2 + 0,1116x + 0,8478

R2=0,4131

y10= 0,0009x3 - 0,0143x2 + 0,033x + 0,8541

R2=0,2942

y20= -0,0035x3 + 0,0564x2 - 0,217x + 0,8872

R2=0,3501

y15= -0,0011x3 + 0,0221x2 - 0,1397x + 0,8484

R2=0,53810,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

Vol. 7 - No. 2 - 2013

155Pós colhe ita do abacate ‘hass ’ submet ido a radiação uV- c

Figura 4. Sólidos solúveis totais em abacate ‘Hass’ submetido a radiação UV-C e armazenado a 10±1ºC e 90±5% UR.

ytr= 0,0135x3 - 0,3199x2 + 1,8447x + 7,3411

R2=0,8355

y5= 0,0055x3 - 0,131x2 + 0,7611x + 8,9837

R2=0,1416

y10= -0,0017x3 + 0,0396x2 - 0,2219x + 9,5059

R2=0,1183

y15= -0,0008x3 + 0,0368x2 - 0,4271x + 9,4626

R2=0,8632

y20= 0,0006x3 - 0,0035x2 - 0,1003x + 9,6485

R2=0,1515

Días de armazenamiento

0 6 12 153 9 180

2

4

6

8

10

12

14

Teor

de

sólid

os s

olúv

eis

tota

is (º

Brix

)

Polinómica (Test Refrig) Polinómica (UV 5 min)

Polinómica (UV 10 min) Polinómica (UV 15 min) Polinómica (UV 20 min)

Test Refrig

UV 5 min

UV 10 min

UV 15 min

UV 20 min

Figura 5. Ratio (SST/ATT) em abacate ‘Hass’ submetido a radiação UV-C e armazenado a 10±1ºC e 90±5% UR.

Días de armazenamiento

0 6 12 153 9 180

5

10

15

20

25

30

Ratio

(SST

/ATT

)

Polinómica (Test Refrig) Polinómica (UV 5 min)

Polinómica (UV 10 min) Polinómica (UV 15 min) Polinómica (UV 20 min)

Test Refrig

UV 5 min

UV 10 min

UV 15 min

UV 20 min

ytr= 0,0132x3 - 0,339x2 + 2,3888x + 10,232

R2=0,4009

y5= 0,0052x3 - 0,1594x2 + 1,3724x + 10,141

R2=0,0886

y10= 0,0022x3 - 0,0032x2 + 0,6361x + 10,773

R2=0,337

y15= 0,0011x3 - 0,0329x2 + 1,0774x + 11,133

R2=0,2712

y20= 0,0115x3 - 0,2434x2 + 0,7356x + 11,923

R2=0,1901

Rev. Colomb. Cienc. Hortic.

156 DAIUTO/ VIEITES/TREMOCOLDI/CARVALHO/ FUMES

outros autores reportaram para tomate (Barka et al., 2000) e morango (Pombo et al., 2009) sub-metidos a luz UV-C, manutenção dos valores de firmeza superiores ao tratamento controle du-rante o armazenamento.

Para o conteúdo de compostos fenólicos totais ob-teve-se uma equação de regressão polinomial única (figura 8). Para média geral dos tratamentos obteve-se os valores de 24,2; 23,1; 25,7; 25,9 e 21,2 µg GAE 100 g-1 respectivamente para o tratamento teste-munha, 5, 10, 15 e 20 min exposição à luz UV-C.

Pode-se observar valores decrescentes ao longo do armazenamento para a atividade antioxidan-te determinada por DPPH• em todos tratamen-tos (figura 9). Para os tratamentos UV-C 15 e 20 min observou-se aumento da AA, no entanto com valores inferiores ao primeiro dia de análise. Entre o 6 e 12º dias de armazenamento estes tra-tamentos mantiveram maiores porcentagens de AA, em relação aos demais tratamentos, decain-do a partir deste momento como conseqüência da senescência dos frutos. A média geral dos tra-tamentos mostrou os valores de 27,5%; 23,8%;

Figura 6. Potencial hidrogênionico em abacate ‘Hass’ submetido a radiação UV-C e armazenado a 10±1ºC e 90±5% UR.

Días de armazenamiento

3 9 150 6 12 18

pH

y= -0,0004x3 + 0,0111x2 - 0,0727x + 6,758

R2=0,165

6,5

6,5

6,6

6,6

6,7

6,7

6,8

6,8

6,9

24,3%; 27,5% e 23,1% de atividade antioxidante respectivamente para o tratamento testemunha, 5, 10, 15 e 20 min exposição à luz UV-C. O va-lor mínimo obtido foi de 20,2 no ultimo dia de análise e o máximo de 32,1 para o tratamento testemunha no 1 dia de análise.

O conteúdo de componentes fenólicos totais não necessariamente está envolvido na quantificação da atividade antioxidante (Jacobo-Velasqués y Cisneros-Zevallos, 2009). Para atividade antioxi-dante e compostos fenólicos de abacate ‘Hass’ a análise de correlação mostrou-se uma correlação significativa, moderada, onde P=0,0 e r=0,455. Já Arancibia-Avila et al. (2008) encontraram uma correlação de 0,98 entre o conteúdo de compostos fenólicos e a capacidade antioxidante. Os autores concluíram que o alto teor de polifenois foi prin-cipal responsável pela capacidade antioxidante. Wang et al. (2010) encontram correlação signifi-cativa para o conteúdo de fenólicos totais e a AA (r=0,79). Estes dois parâmetros avaliados pelos autores não correlacionaram com o conteúdo de clorofila e carotenóides (r<0,01). Para os autores a alta correlação entre as procianidinas, o conteúdo

Vol. 7 - No. 2 - 2013

157Pós colhe ita do abacate ‘hass ’ submet ido a radiação uV- c

Figura 7. Firmeza em abacate ‘Hass’ submetido submetido à radiação UV-C e armazenado a 10±1ºC e 90±5% UR

Días de armazenamiento

3 9 150 6 12 18

Firm

eza

(g F

-1)

y= -0,2377x3 + 4,6109x2 - 14,659x + 994,83

R2=0,5177

860

880

900

920

940

960

980

1000

1020

Figura 8. Compostos fenólicos totais em abacate ‘Hass’ submetido a radiação UV-C e armazenado a 10±1ºC e 90±5% UR

Día

3 9 150 6 12 18

Com

post

os fe

nólic

os to

tais

(µg

de G

A/1

00 g

)

y= -0,0235x3 + 0,4756x2 - 1,440328,65

R2=0,9771

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

Rev. Colomb. Cienc. Hortic.

158 DAIUTO/ VIEITES/TREMOCOLDI/CARVALHO/ FUMES

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Figura 9. Atividade antioxidante DPPH• em abacate ‘Hass’ submetido a radiação UV-C e armazenado a 10±1ºC e 90±5% UR

Días de armazenamiento

0 6 12 153 9 180

5

10

15

20

40

35

30

25

45

DPP

H• (%

)Polinómica (Test Refrig)

Polinómica (UV 5 min)

Polinómica (UV 10 min) Polinómica (UV 15 min) Polinómica (UV 20 min)

Test Refrig

UV 5 min

UV 10 min

UV 15 min

UV 20 min

ytr= 0,337x3 - 0,6012x2 + 1,5251x + 31,911

R2=0,5243

y5= 0,0174x3 + 0,4872x2 - 4,2501x + 32,874

R2=0,88

y10= 0,0047x3 - 0,048x2 - 1,6101x + 35,593

R2=0,542

y15= 0,0348x3 + 0,7684x2 - 4,7655x + 35,121

R2=0,4136

y20= 0,0454x3 + 1,0568x2 - 6,7325x + 32,377

R2=0,8639

de polifenois e a atividade antioxidante sugere que este composto é o polifenol principal que contri-bui para a capacidade anti radical livre em abacate.

Vale ressaltar que a presença de outros compos-tos presentes no fruto, como a vitamina E, de-vem ser avaliados, a fim de verificar sua contri-buição para a atividade antioxidante no abacate.

CONCLUSÕES

Os tratamentos cuja exposição à luz UV-C foi de 15 e 20 min foram aqueles que mostraram resultados mais promissores para serem utili-zados na conservação de abacates ‘Hass’, prin-cipalmente pelos resultados obtidos de perda de peso e atividade respiratória.

AGRADECIMIENTOS

À empresa Jaguacy (Bauru-SP) pelo apoio e participação nas pesquisas e à Coordenação de Aperfeiçoa-mento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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