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    Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 5

    07 Interpretao de textos e Tipologia textual

    18 Fontica, ortografia e acentuao grfica

    24 Emprego das classes de palavras

    34 Crase

    35 Sintaxe da orao e do perodo

    39 Pontuao

    42 Concordncia verbal e nominal

    46 Regncia verbal e nominal

    48 Significao das palavras

    51 Redao de correspondncia oficial

    65 Novo Acordo Ortogrfico

    LnguaPortuguesa

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    INTERPRETAO DE TEXTOSTIPOLOGIA TEXTUAL

    I. Tipologia Textual

    Obs.: s vezes, um fragmento pode apresentar caractersticas que o assemelham a uma descrio e tambm a umanarrao. Nesse caso, interessante observar que em um fragmento narrativo a relao entre os fatosrelacionados de anterioridade e posterioridade, ou seja, existe o fato que ocorre antes e aquele que ocorredepois. Em uma narrao ocorre a progresso temporal. J na descrio a relao entre os fatos desimultaneidade, ou seja, os fatos relacionados so concomitantes, no ocorrendo progresso temporal.

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    Classifique os trechos abaixo. Marque:(A) Narrao(B) Descrio(C) Dissertao

    01. Ocorreu um pequeno incndio na noite de ontem,

    em um apartamento de propriedade do Sr. Marcosda Fonseca. No local habitavam o proprietrio, suaesposa e seus dois filhos. O fogo despontou emum dos quartos que, por sorte, ficava na frente doprdio.

    02. O mundo moderno caminha atualmente para suaprpria destruio, pois tem havido inmeros con-flitos internacionais, o meio ambiente encontra-seameaado por srio desequilbrio ecolgico e,alm do mais, permanece o perigo de uma cats-trofe nuclear.

    03. Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmenteou atravs dos meios de comunicao, era logolevada a sentir que dele emanava uma serenida-

    de e autoconfiana prprias daqueles que vivemcom sabedoria e dignidade.

    04. De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade deum pai que cada pessoa gostaria de ter e de quema nao tanto precisava naquele momento de de-samparo.

    05. Em virtude dos fatos mencionados, somos leva-dos a acreditar na possibilidade de estarmos acaminho do nosso prprio extermnio. desejo detodos ns que algo possa ser feito no sentido deconter essas diversas foras destrutivas, para po-dermos sobreviver s adversidades e construir ummundo que, por ser pacfico, ser mais facilmentehabitado pelas geraes vindouras.

    06. O homem, dono da barraca de tomates, tentava,em vo, acalmar a nervosa senhora. No sei porque brigavam, mas sei o que vi: a mulher imensa-mente gorda, mais do que gorda, monstruosa, er-guia os enormes braos e, com os punhos cerra-dos, gritava contra o feirante. Comecei a me as-sustar, com medo de que ela destrusse a barraca e talvez o prprio homem devido sua friaincontrolvel. Ela ia gritando e se empolgando comsua raiva crescente e ficando cada vez mais ver-melha, assim como os tomates, ou at mais.

    Texto para a questo 07.

    (...) em volta das bicas era um zunzum cres-cente; uma aglomerao tumultuosa de machos efmeas. Uns aps outros, lavavam a cara, incomo-damente, debaixo do fio de gua que escorria daaltura de uns cinco palmos. O cho inundava-se. Asmulheres precisavam j prender as saias entre ascoxas para no as molhar, via-se-lhes a tostadanudez dos braos e do pescoo que elas despiamsuspendendo o cabelo todo para o alto do casco;os homens, esses no se preocupavam em nomolhar o plo, ao contrrio metiam a cabea bemdebaixo da gua e esfregavam com fora as ventase as barbas, fossando e fungando contra as pal-mas das mos. As portas das latrinas no descan-savam, era um abrir e fechar de cada instante, umentrar e sair sem trguas. No se demoravam ldentro e vinham ainda amarrando as calas ou sai-as; as crianas no se davam ao trabalho de l ir,despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fun-

    dos, por detrs da estalagem ou no recanto dashortas. (Alusio Azevedo, O Cortio)

    07. O fragmento acima pode ser considerado:a) narrativo, pois ocorre entre seus enunciados uma

    progresso temporal de modo que um pode serconsiderado anterior ao outro.

    b) um tpico fragmento dissertativo em que se obser-vam muitos argumentos.

    c) descritivo, pois no ocorre entre os enunciadosuma progresso temporal: um enunciado no podeser considerado anterior ao outro.

    d) descritivo, pois os argumentos apresentados soobjetivos e subjetivos.

    08. Filosofia dos Epitfios

    Sa, afastando-me dos grupos e fingindo leros epitfios. E, alis, gosto dos epitfios; eles so,entre a gente civilizada, uma expresso daquelepio e secreto egosmo que induz o homem a ar-rancar morte um farrapo ao menos da sombraque passou. Da vem, talvez, a tristeza inconsol-vel dos que sabem os seus mortos na vala co-mum; parece-lhes que a podrido annima os al-cana a eles mesmos.

    (Machado de Assis, Memrias Pstumas de Brs Cubas)

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    Do ponto de vista da composio, correto afir-mar que o captulo Filosofia dos Epitfios

    a) predominantemente dissertativo, servindo osdados do enredo do ambiente como fundo para adigresso.

    b) predominantemente descritivo, com a suspen-so do curso da histria dando lugar construodo cenrio.

    c) equilibra em harmonia narrao e descrio, medida que faz avanar a histria e cria o cenriode sua ambientao.

    d) predominantemente narrativo, visto que o narradorevoca os acontecimentos que marcaram sua sada.

    II. ROTEIRO PARA LEITURA DE TEXTOS

    ler atentamente o texto, tendo noo do conjunto compreender as relaes entre as partes do texto sublinhar momentos mais significativos fazer anotaes margem

    III. ENTENDIMENTO DO TEXTO

    O que deve ser observado para chegar melhorcompreenso do texto?

    1. PALAVRAS-CHAVE

    Palavras mais importantes de cada pargrafo,em torno das quais outras se organizam, criandouma ligao para produzirem sentido. As palavras-chave aparecem, muitas vezes, ao longo do textode diversas formas: repetidas, modificadas ou re-tomadas por sinnimos. As palavras-chaveformamo alicerce do texto, so a base de sua sustentao,levam o leitor ao entendimento da totalidade do tex-

    to, dando condies para reconstru-lo.

    ateno especial para verbos e substantivos;

    o ttulo uma boa dica de palavra-chave.

    Observe o texto de Bertrand Russel, Minha Vida,a fim de compreender a forma como ele est cons-trudo:

    Trs paixes, simples mas irresistivelmentefortes, governaram minha vida: o desejo imensodo amor, a procura do conhecimento e a insupor-tvel compaixo pelo sofrimento da humanidade.Essas paixes, como os fortes ventos, levaram-me de um lado para outro, em caminhos capricho-

    sos, para alm de um profundo oceano de angs-tias, chegando beira do verdadeiro desespero. Primeiro busquei o amor, que traz o xtase

    xtase to grande que sacrificaria o resto de mi-nha vida por umas poucas horas dessa alegria.Procurei-o, tambm, porque abranda a solido aquela terrvel solido em que uma conscinciahorrorizada observa, da margem do mundo, o in-sondvel e frio abismo sem vida. Procurei-o, final-mente, porque na unio do amor vi, em mstica

    miniatura, a viso prefigurada do paraso que san-tos e poetas imaginaram. Isso foi o que procurei e,embora pudesse parecer bom demais para a vidahumana, foi o que encontrei.

    Com igual paixo busquei o conhecimento.Desejei compreender os coraes dos homens.Desejei saber por que as estrelas brilham. E ten-tei apreender a fora pitagrica pela qual o nme-ro se mantm acima do fluxo. Um pouco disso,no muito, encontrei.

    Amor e conhecimento, at onde foram poss-veis, conduziram-me aos caminhos do paraso.Mas a compaixo sempre me trouxe de volta Ter-ra. Ecos de gritos de dor reverberam em meu co-rao. Crianas famintas, vtimas torturadas poropressores, velhos desprotegidos odiosa cargapara seus filhos e o mundo inteiro de solido,pobreza e dor transformaram em arremedo o quea vida humana poderia ser. Anseio ardentementealiviar o mal, mas no posso, e tambm sofro.

    Isso foi a minha vida. Achei-a digna de ser vivi-da e viv-la-ia de novo com a maior alegria se a

    oportunidade me fosse oferecida.

    (RUSSEL, Bertrand, Revista Mensal de Cultura,Enciclopdia Bloch, n. 53, set.1971, p.83)

    O texto constitudo de cinco pargrafos que seencadeiam de forma coerente, a partir das pala-vras-chave vida e paixesdo primeiro pargrafo:

    palavras-chave 1 pargrafo vida / paixes 2 pargrafo - amor 3 pargrafo - conhecimento 4 pargrafo - compaixo 5 pargrafo vida

    As palavras-chave vida e paixes prolongam-se em:amor, conhecimento e compaixo.Cada pargrafo irater-se a cada uma dessas paixes.

    Leia o texto abaixo para responder s questes 9 e 10.

    universalmente aceito o fato de que sai maiscara a reparao das perdas por acidentes de tra-balho que o investimento em sua preveno. Mas,ento, por que eles ocorrem com tanta freqncia?

    Falta, evidentemente, fiscalizao. Constatar talfato exige apenas o trabalho de observar obras deengenharia civil, ao longo de qualquer trajeto pornibus ou por carro na cidade. E quem poderia

    suprir as deficincias da fiscalizao oficial ossindicatos patronais ou de empregados no ofaz; se no for por um conformismo cruel, a tomarpor fatalidade o que perfeitamente possvel deprevenir, ter sido por nosso baixo nvel de organi-zao e escasso interesse pela filiao a entida-des de classe, ou por desvio dessas de seus inte-resses primordiais.

    Falta tambm a educao bsica, prvia aqualquer treinamento: com a baixssima escola-ridade do trabalhador brasileiro, no h compre-

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    enso suficiente da necessidade e benefcio dosequipamentos de segurana, assim como damais simples mensagem ou de um manual deinstrues.

    E h, enfim, o fenmeno recente da terceiriza-o, que pode estar funcionando s avessas, aopropiciar o surgimento e a multiplicao de em-presas fantasmas de servios, que contratam aprimeira mo-de-obra disponvel, em vez de sele-cionar e de oferecer mo-de-obra especializada.

    (O Estado de S.Paulo 22 de fevereiro de 1998 adaptado)

    09. Assinale a opo que apresenta as palavras-cha-ve do texto.

    a) aceitao universal constatao benefcio escolaridade.

    b) investimento em preveno deficincias enti-dades equipamentos.

    c) falta de fiscalizao organizao benefcio mo-de-obra.

    d) preveno de acidentes fiscalizao educa-

    o terceirizao.e) crescimento conformismo treinamento em-

    presas.

    10. Assinale a opo INCORRETA em relao aos ele-mentos do texto.

    a) O pronome eles (l.4) refere-se a acidentes detrabalho (l.2 e 3).

    b) A expresso tal fato (l.5-6) retoma a idia antece-dente de falta de fiscalizao (l.5).

    c) Para compreender corretamente a expresso noo faz (l.10 e 11), necessrio retomar a idia desuprir as deficincias da fiscalizao oficial (l.9).

    d) A palavra primordiais vincula-se idia de bsi-cos, principais. (l.17)

    e) dessas refere-se a deficincias da fiscalizaooficial (l.9).

    2. IDIAS-CHAVE

    Se houver dificuldade para chegar sntese dotexto s pelaspalavras-chave, deve-se buscar aidia-chave, que deve refletir o assunto principalde cada pargrafo, de forma sintetizada.

    A partir da sntese de cada pargrafo, chega-se idia central do texto.

    Observe o texto:

    Existem duas formas de operao marginal: a

    que toma a classificao genrica de economiainformal, correspondente a mais de 50% do Pro-duto Interno Bruto (PIB), e a representada pelostrabalhadores admitidos sem carteira assinada.Ambas so portadoras de efeitos econmicos esociais catastrficos.

    A atividade econmica exercida ao largo dosregistros oficiais frustra a arrecadao de re-ceitas tributrias nunca inferiores a R$ 50 bi-lhes ao ano. A perda de receita fiscal de tal

    porte torna precrios os programas governa-mentais para atendimento demanda por sa-de, educao, habitao, assistncia previden-ciria e segurana pblica.

    Quanto aos trabalhadores sem anotao emcarteira, formam um colossal conjunto de exclu-dos. Esto margem dos benefcios sociais ga-rantidos pelos direitos de cidadania, entre osquais vale citar o acesso aposentadoria, aoseguro-desemprego e s indenizaes repara-doras pela despedida sem justa causa. De outrolado, no recolhem a contribuio previdenciria,mas exercem fortes presses sobre os serviospblicos de assistncia mdico-hospitalar.

    A reforma tributria poder converter a expres-ses tolerveis a economia informal. A reduofiscal incidente sobre as micro e pequenas em-presas provocar, com certeza, a regularizaode grande parte das unidades produtivas em aoclandestina. E a adoo de uma poltica consis-tente para permitir o aumento do emprego e darenda trar de volta ao mercado formal os milhes

    de empregados sem carteira assinada. preci-so entender que o esforo em favor da inseroda economia no sistema mundial no pode pa-gar tributo ao desemprego e marginalizaosocial de milhes de pessoas.

    (Correio Braziliense 13.7.97)

    1 pargrafo:

    palavras-chave: economia informal e trabalha-dores admitidos sem carteira assinadao ltimo perodo do primeiro pargrafo apresentauma informao que vai nortear todo o texto: Am-bas so portadoras de efeitos econmicos e soci-ais catastrficos.

    Idia-chave: Economia informal e trabalhadoresadmitidos sem carteira assinada trazem preju-zos econmicos e sociais.

    2pargrafo:

    palavra-chave: economia informalefeitos econmicos - perda de receitas tributriasefeitos sociais - precariedade dos programassociais do governo

    Idia-chave: A perda de receitas tributrias cau-sada pela economia informal prejudica os pro-gramas sociais do governo.

    3pargrafo:

    palavra-chave: trabalhadores admitidos sem car-teira assinadaefeitos econmicos - no recolhem contribuioprevidenciriaefeitos sociais no tm garantia de direitossociais

    Idia-chave: Trabalhadores admitidos sem car-teira assinada causam prejuzos econmicos porno recolherem contribuio previdenciria e so-frem os efeitos sociais, por no terem seus direi-tos assegurados.

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    4 pargrafo:h uma proposta de soluo para cada um dosproblemas apresentados no texto:para a economia informal: reforma tributria reduo fiscal para micro e pequenas empresaspara os trabalhadores sem carteira assinada:poltica consistente para aumento do emprego e

    da renda

    Idia-chave:A reforma tributria poder minimi-zar os efeitos da economia informale uma polticaconsistente para aumento do emprego e da rendapode provocar a formalizao de contratos legaispara milhes de empregados.

    Idia-central do texto:A economia informal tem efeitos econmicos e so-ciais prejudiciais ao indivduo e ao sistema, masaes polticas, como a reforma tributria, pode-ro estimular a regularizao de empresas, bene-ficiado, tambm, os trabalhadores.

    3. COERNCIA

    Coerncia perfeita relao de sentido entre asdiversas palavras e/ou partes do texto. Haver co-erncia se for mantido um elo conceitual entre osdiversos segmentos do texto.

    4. COESOQuando lemos com ateno um texto bem cons-trudo, percebemos que existe uma ligao entreos diversos segmentos que o constituem. Cadafrase enunciada deve manter um vnculo com aanterior ou anteriores para no perder o fio do pen-samento. Cada enunciado do texto deve estabele-cer relaes estreitas com os outros a fim de tor-nar slida sua estrutura. A essa conexo internaentre os vrios enunciados presentes no texto d-se o nome de coeso.Diz-se, pois, que um textotem coeso quando seus vrios enunciados es-to organicamente articulados entre si, quando hconcatenao entre eles.

    11. Numere o conjunto de sentenas de acordo com oprimeiro, de modo que cada par forme uma se-qncia coesa e lgica. Identifique, em seguida, aletra da seqncia numrica correta (Baseado emDlio Maranho).

    (1) Cumpre, inicialmente, distinguir a higiene do tra-balho da segurana do trabalho.

    (2) Na evoluo por que passou a teoria do risco pro-fissional, abandonou-se o trabalho profissionalcomo ponto de referncia para colocar-se, em seu

    lugar, a atividade empresarial.(3) H que se fazer a distino entre acidentes do tra-

    balho e doena do trabalho.(4) O Direito do Trabalho reconhece a importncia da

    funo da mulher no lar.(5) Motivos de ordem biolgica, moral, social e eco-

    nmica encontram-se na base da regulamenta-o legal do trabalho do menor.

    ( ) A culminao desse processo evolutivo encontra-se no conceito de risco social e na idia correlatade responsabilidade social.

    ( ) Da as restries da jornada normal e ao trabalhonoturno.

    ( ) A necessidade de trabalhar no deve prejudicar onormal desenvolvimento de seu organismo.

    ( ) Enquanto esta inerente a determinados ramosde atividade, os primeiros so aqueles que ocor-rem pelo exerccio do trabalho, provocando lesocorporal.

    ( ) Constitui aquela o conjunto de princpios e regrasdestinados a preservar a sade do trabalhador.

    A seqncia numrica correta :a) 1, 3, 4, 5, 2.b) 3, 2, 1, 5, 4.c) 2, 5, 3, 1, 4.d) 5, 1, 4, 3, 2.e) 2, 4, 5, 3, 1.

    12. As propostas abaixo do seguimento coerente e l-

    gico ao trecho citado, EXCETOuma delas. Aponte-a:Provavelmente devido proximidade com os

    perigos e a morte, os marinheiros dos sculos XVe XVI eram muito religiosos. Praticavam um tipode religio popular em que os conhecimentos teo-lgicos eram mnimos e as supersties muitas.

    (Janana Amado, com cortes e adaptaes)

    a) Entre essas, figuravam o medo de zarpar numasexta-feira e o de olhar fixamente para o mar meia-noite.

    b) Cristvo Colombo, talvez o mais religioso entretodos os navegantes, costumava antepor a cadacoisa que faria os dizeres: Em nome da Santssi-ma Trindade farei isto.

    c) Apesar disso, os instrumentos nuticos represen-taram progressos para a navegao ocenica, fa-cilitando a tarefa de pilotos e aumentando a segu-rana e confiabilidade das rotas e viagens.

    d) Nos navios, que no raro transportavam padres,promoviam-se rezas coletivas vrias vezes aodia e, nos fins de semana, servios religiososespeciais.

    e) Constituam expresso de religiosidade dos ma-rinheiros constantes promessas aos santos, indi-viduais ou coletivas.

    Leia o texto para solucionar as questes 13 e 14.

    Cientistas de diversos pases decidiram abra-

    ar, em 1990, um projeto ambicioso: identificar todoo cdigo gentico contido nas clulas humanas(cerca de trs bilhes de caracteres). O objetivoprincipal de tal iniciativa compreender melhor ofuncionamento da vida, e, conseqentemente, aforma mais eficaz de curar as doenas que nosameaam. Como esse cdigo que define comosomos, desde a cor dos cabelos at o tamanhodos ps, o trabalho com amostras genticas co-lhidas em vrias partes do mundo est ajudando

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    tambm a entender as diferenas entre as etniashumanas. Chamado de Projeto Genoma Huma-no, desde o seu incio ele no parou de produzirnovidades cientficas. A mais importante delas aconfirmao de que o homem surgiu realmentena frica e se espalhou pelo resto do planeta. Apesquisa contribuiu tambm para derrubar velhasteorias sobre a superioridade racial e est provan-do que o racismo no tem nenhuma base cientfi-ca. mais uma construo social e cultural. O quepercebemos como diferenas raciais so apenasadaptaes biolgicas s condies geogrficas.Originalmente o ser humano um s.

    (ISTO 15.1.97)

    13. Assinale o item em que no h correspondnciaentre os dois elementos.

    a) tal iniciativa (l.5) refere-se a projeto ambicioso.b) ele (l.14) refere-se a Projeto Genoma Humano.c) delas (l.15) refere-se a novidades cientficas.d) A pesquisa (l.18) refere-se a Projeto Genoma

    Humano.

    e) mais (l.21) refere-se a Pesquisa.14. Marque o item que NO est de acordo com as

    idias do texto.a) O Projeto Genoma Humano tem como objetivo pri-

    mordial reconhecer as diferenas entre as vriasraas do mundo.

    b) O ser humano tem uma estrutura nica independen-te de etnia e as diferenas raciais provm da neces-sidade de adaptao s condies geogrficas.

    c) O cdigo gentico determina as caractersticas decada ser humano, e conhecer esse cdigo levaros cientistas a controlarem doenas.

    5.1. PRINCIPAIS CONECTIVOS

    CONJUNES COORDENATIVAS

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    d) As amostras para a pesquisa do Projeto GenomaHumano esto sendo colhidas em diversas par-tes do mundo.

    e) O racismo no tem fundamento cientfico; umfenmeno que se forma apoiado em estruturassociais e culturais.

    15. Indique a ordem em que as questes devem seorganizar no texto, de modo a preservar-lhe a coe-so e coerncia (Baseado no texto de Jos Onofre).

    ( ) O Pas no um velho senhor desencantado coma vida que trata de acomodar-se.

    ( ) O Brasil tem memria curta.( ) mais como um desses milhes de jovens mal

    nascidos cujo nico dote um ego dominante epredador, que o impele para a frente e para cima,impedindo que a misria onde nasceu e cresceulhe sirva de freio.

    ( ) No lembro, responde, faz muito tempo.( ) Lembra o personagem de Humphrey Bogart em

    Casablanca, quando lhe perguntaram o que fizerana noite anterior.

    ( ) Mas esta memria curta, de que polticos e jornalis-

    tas reclamam tanto, no , como no caso de Bo-gart, uma tentativa de esquecer os lances maispenosos de seu passado, um conjunto de desilu-ses e perdas que leva ao cinismo e indiferena.

    a) 1, 2, 6, 5, 4, 3.b) 2, 5, 4, 6, 3, 1.c) 2, 6, 1, 3, 5, 4.d) 1, 5, 4, 6, 3, 2.e) 2, 5, 4, 1, 6, 3.

    5. CONEXES

    Os conectivos tambm so elementos de coeso. Uma leitura eficiente do texto pressupe, entre outros cuida-dos, o de depreender as conexes estabelecidas pelos conectivos.

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    CONJUNES SUBORDINATIVAS

    PRONOMES RELATIVOS

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    Em outros pases no assim. Nos EstadosUnidos, ano passado, a contribuio fiscal doastro do basquete Michael Jordan chegou a 20,8milhes de dlares.

    (Exame 27 de agosto de 1997)a) todavia.b) conquanto.c) entretanto.d) no obstante.e) no entanto.

    IV. PARFRASEParfrase a reproduo explicativa de um texto ou deunidade de um texto, por meio de uma linguagem maislonga. Na parfrase sempre se conservam basicamen-te as idias do texto original. O que se inclui so comen-trios, idias e impresses de quem faz a parfrase. Naescola, quando o professor, ao comentar um texto, incluioutras idias, alongando-se em funo do propsito deser mais didtico, faz uma parfrase.Parafrasear consiste em transcrever, com novas pala-vras, as idias centrais de um texto. O leitor dever

    fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir da, rea-firmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresen-tado, acrescentando aspectos relevantes de uma opi-nio pessoal ou acercando-se de crticas bem funda-mentadas. Portanto, a parfrase repousa sobre o tex-to-base, condensando-o de maneira direta e imperati-va. Consiste em um excelente exerccio de redao,uma vez que desenvolve o poder de sntese, clareza epreciso vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitarum dilogo intertextual, recurso muito utilizado para efei-to esttico na literatura moderna.Como ler um textoRecomendam-se duas leituras. A primeira chamaremosde leitura vertical e a segunda, de leitura horizontal.Leitura horizontal a leitura rpida que tem como finalida-

    de o contato inicial com o assunto do texto. De posse destaviso geral, podemos passar para o prximo passo.Leitura verticalconsiste em uma leitura mais atenta; o levantamento dos referenciais do texto-base para aperfeita compreenso. importante grifar, em cadapargrafo lido, as idias principais. Aps escrever parte as idias recolhidas nos grifos, procurando daruma redao prpria, independente das palavras utili-zadas pelo autor do texto. A esta etapa, chamaremosde levantamento textual dos referenciais. A redao fi-nal a unio destes referenciais, tendo o redator ocuidado especial de unir idias afins, de acordo com aidentidade e evoluo do texto-base.

    Exemplo de parfrase

    Profecias de uma Revoluo na MedicinaH sculos, os professores de segundo grau da Sar-denha vm testemunhando um fenmenos curioso.Com a chegada da primavera, em fevereiro, alguns deseus alunos tornam-se apticos. Nos trs meses sub-seqentes, sofrem uma baixa em seu rendimento es-colar, sentem-se tontos e nauseados, e adormecemna sala de aula. Depois, repentinamente, suas energi-as retornam. E ficam ativos e saudveis at o prximoms de fevereiro.

    Os professores sardenhos sabem que os adultos tam-bm apresentam sintomas semelhantes e que, na re-alidade, alguns chegam a morrer aps urinarem umagrande quantidade de sangue. Por vezes, aproximada-mente 35% dos habitantes da ilha chegam a ser aco-metidos por este mal.O Dr. Marcelo Siniscalco, do Centro de CancerologiaSloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G. Motul-sky, da Universidade de Washington, depararam pelaprimeira vez com a doena em 1959, enquanto desen-volviam um estudo sobre padres de hereditariedade edeterminaram que os sardenhos eram vtimas de ane-mia hemoltica, uma doena hereditria que faz comque os glbulos vermelhos do sangue se desintegremno interior dos veios sangneos. Os pacientes urina-vam sangue porque os rins filtram e expelem a hemo-globina no aproveitada. Se o volume de destruio formnimo, o resultado ser a letargia; se for aguda, adoena poder acarretar a morte do paciente.A anemia hemoltica pode ter diversas origens. Mas naSardenha, as experincias indicam que praticamentetodas as pessoas acometidas por este mal tm defici-ncia de uma nica enzima, chamada deidrogenase

    fosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma um elo desuma importncia na corrente de produo de energiapara as clulas vermelhas do sangue.Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante aprimavera, o que indica que a falta de G-6-PD da vtimano aciona por si s a doena - que h algo no meioambiente que tira proveito da deficincia. A deficinciagentica pode ser a arma, mas um fator ambiental quem a dispara.Entre as plantas que desabrocham durante a primave-ra na Sardenha encontra-se a fava ou feijo italiano -observou o Dr. Siniscalco. Esta planta no tem umaboa reputao desde ao ano 500 a.C. , quando o filso-fo grego e reformador poltico Pitgoras proibiu que seusseguidores a comessem, ou mesmo andassem porentre os campos onde floresciam. Agora, o motivo detal proibio tornou-se claro; apenas aquelas pessoasque carregam o gene defeituoso e comiam favas cruasou parcialmente cozidas (ou inspiravam o plen de umaplanta em flor) apresentavam problemas. todos os de-mais eram imunes.Em dois anos, o Dr. Motusky desenvolveu um teste desangue simples para medir a presena ou ausncia deG-6-PD. Atualmente, os cientistas tm um modo de de-terminar com exatido quem est predisposto doenae quem no est; a enzima hemoltica, os geneticistascomearam a fazer a triagem da populao da ilha. Lo-calizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes para evi-tar favas de feijo durante a estao de florao. Comoresultado, a incidncia de anemia hemoltica e de estu-dantes apticos comeou a declinar. O uso de marcado-res genticos como instrumento de previso da reaodos sardenhos fava de feijo h 20 anos foi uma das

    primeiras vezes em que os marcadores genticos eramempregados deste modo; foi um avano que podermudar o aspecto da medicina moderna. Os marcadoresgenticos podem prever agora a possvel ecloso deoutras doenas e, tal como a anemia hemoltica, podemauxiliar os mdicos a prevenirem totalmente os ataquesem diversos casos. (Zsolt Harsanyi e Richard Hutton,publicado no jornal O Globo).

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    23. Assinale a opo que mantm o mesmo sentidodo trecho sublinhado a seguir:

    Uma das grandes dificuldades operacionais en-contradas em planos de estabilizao o conflitoentre perdedores e ganhadores. s vezes reais,outras fictcios, estes conflitos geram confrontos epolmicas que, com freqncia, podem pressio-nar os formuladores da poltica de estabilizao atomar decises erradas e, com isto, comprometero sucesso das estratgias antiinflacionrias.

    (Folha de S.Paulo, 7/5/94)

    a) Estes conflitos, reais ou fictcios, geram confron-tos e polmicas que, freqentemente, podem pres-sionar os formuladores da poltica de estabiliza-o a tomar decises erradas, sem, com isso,comprometer o sucesso das estratgias antiinfla-cionrias.

    b) O sucesso das estratgias antiinflacionrias podeficar comprometido se, pressionados por confli-tos, reais ou fictcios, os formuladores da poltica

    de estabilizao tomarem decises erradas.c) Os conflitos, s vezes reais, outras fictcios, que

    podem pressionar os formuladores da poltica deestabilizao a confrontos e polmicas, compro-metem o sucesso das antiinflacionrias.

    d) O sucesso das estratgias antiinflacionrias podeficar comprometido se os formuladores da polticade estabilizao, pressionados por confrontos epolmicas decorrentes de conflitos, tomarem de-cises erradas.

    e) Os formuladores da poltica de estabilizao po-dem tomar decises erradas se os conflitos, ge-rados por confrontos e polmicas os pressiona-rem; o sucesso das estratgias antiinflacionriasfica, com isto comprometido.

    24. Marque a opo que no constitui parfrase dosegmento abaixo:

    O abolicionismo, que logrou pr fim escravidonas Antilhas Britnicas, teve peso pondervel napoltica antinegreira dos governos britnicos du-rante a primeira metade do sculo passado. Mastiveram peso tambm os interesses capitalistas,comerciais e industriais, que desejavam expandiro mercado ultramarino, de produtos industriais eviam na inevitvel misria do trabalhador escravoum obstculo para este desiderato.

    (P. Singer, A formao da classe operria, So Paulo,Atual, 1988, p.44)

    a) Na primeira metade do sculo passado, a despeitoda forte presso do mercado ultramarino em criarconsumidores potenciais para seus produtos in-dustriais, foi o movimento abolicionista o motor queps cobro misria do trabalhador escravo.

    b) A poltica antinegreira da Gr-Bretanha na primei-ra metade do sculo passado foi fortemente influ-enciada no s pelo iderio abolicionista comotambm pela presso das necessidades comer-ciais e industriais emergentes.

    c) Os interesses capitalistas que buscavam ampliaro mercado para seus produtos industriais tiverampeso considervel na formulao da poltica anti-negreira inglesa, mas teve-o tambm a conscin-cia liberal antiescravista.

    d) Teve peso considervel na poltica antinegreirabritnica, o abolicionismo. Mas as foras de mer-cado tiveram tambm peso, pois precisavam dis-por de consumidores para seus produtos.

    e) Ocorreu uma combinao de idealismo e interes-ses materiais, na primeira metade do sculo XIX,na formulao da poltica britnica de oposio escravido negreira.

    V. Perfrase

    Observe:O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.

    Utilizou-se a expresso povo lusitano para substituiros portugueses. Esse rodeio de palavras que substi-tuiu um nome comum ou prprio chama-se perfrase.

    Perfrase a substituio de um nome comum ou pr-prio por um expresso que a caracterize. Nada mais do que um circunlquio, isto , um rodeio de palavras.

    Outros exemplos:astro rei (Sol) | ltima flor do Lcio (lngua portuguesa)Cidade-Luz (Paris)Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Ma-ravilhosa (Rio de Janeiro)

    Observao: existe tambm um tipo especial de per-frase que se refere somente a pessoas. Tal figura deestilo chamada de antonomsia e baseia-se nasqualidades ou aes notrias do indivduo ou da enti-dade a que a expresso se refere.

    Exemplos:A rainha do mar (Iemanj)O poeta dos escravos (Castro Alves)O criador do teatro portugus (Gil Vicente)

    VI. SNTESEA sntese de texto um tipo especial de composioque consiste em reproduzir, em poucas palavras, o queo autor expressou amplamente. Desse modo, s de-vem ser aproveitadas as idias essenciais, dispensan-do-se tudo o que for secundrio.

    Procedimentos:

    1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assun-to e assimilar as idias principais;

    2. Leia novamente o texto, sublinhando as partes maisimportantes, ou anotando parte os pontos que devemser conservados;3. Resuma cada pargrafo separadamente, mantendoa seqncia de idias do texto original;4. Agora, faa seu prprio resumo, unindo os pargrafos,ou fazendo quaisquer adaptaes conforme desejar;5. Evite copiar partes do texto original. Procure exercitarseu vocabulrio. Mantenha, porm, o nvel de lingua-gem do autor;

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    FONTICA, ORTOGRAFIA E ACENTUAO GRFICA

    a parte da lingstica que estuda os sons da fala(fones).

    Fonemas

    So as entidades capazes de estabelecer distinoentre as palavras.Exemplos: casa/capa, muro/mudo, dia/tia

    A troca de um nico fonema determina o surgimen-to de outra palavra ou um som sem sentido. O fonemase manifesta no som produzido e registrado pela le-tra, representado graficamente por ela. O fonema /z/,por exemplo, pode ser representado por vrias letras: z(fazenda), x (exagerado), s (mesa).

    Ateno:Os fonemas so representados entrebarras. Exemplos: /m/, /o/.

    Classificao dos fonemas

    Os fonemas da lngua portuguesa classificam-seem vogais, semivogais e consoantes.

    Vogais: so fonemas pronunciados sem obstculo passagem de ar, chegando livremente ao exterior. Exem-plos: pato, bota

    Semivogais: so os fonemas que se juntam a uma vo-gal, formando com esta uma s slaba. Exemplos: cou-ro, baile. Observe que s os fonemas /i/ e /u/ tonosfuncionam como semivogais. Para que no sejam con-fundidos com as vogais i e u sero representados por[y] e [w] e chamados respectivamente de iode e vau.

    Consoantes: so fonemas produzidos mediante a re-

    sistncia que os rgos bucais (lngua, dentes, lbi-os) opem passagem de ar. Exemplos: caderno,lmpada.

    Dica: Em nossa lngua, a vogal o elementobsico, suficiente e indispensvel para a forma-o da slaba. Voc encontrar slabas constitu-das s de vogais, mas nunca formadas somen-te com consoantes. Exemplos: viva, abelha.

    Classificao das vogais1- Quanto intensidade

    A intensidade est relacionada com a tonicidade davogal.a- tnicas: caf, cama

    b- tonas: massa, bote

    2- Quanto ao timbreO timbre est relacionado com a abertura da boca

    a- abertas: (sapo), (neve), (bola)b- fechadas: (mesa), (domador), i (bico), u (tero) etodas as nasais

    Encontros voclicosH trs tipos de encontros voclicos: ditongo, hiato

    e tritongo.

    Ditongo: a juno de uma vogal + uma semivogal(ditongo decrescente), ou vice-versa (ditongo cres-cente), na mesma slaba.Ex.: noite (ditongo decrescente), quase (ditongo cres-cente).

    Tritongo: a juno de semivogal + vogal + semivogal,formando uma s slaba.Ex.: Paraguai, argiu.

    Hiato: juno de duas vogais pronunciadas separa-damente formando slabas distintas.Ex.: sada, coelho

    Ateno: No se esquea que s as vogais /i/ e/u/ podem funcionar como semivogais. Quandosemivogais, sero representadas por /y/ e /w/respectivamente.

    Dgrafos a unio de duas letras representando um s fone-

    ma. Observe que no caso dos dgrafos no h corres-pondncia direta entre o nmero de letras e o nmerode fonemas.

    Dgrafos que desempenham a funo de consoan-tes: ch (chuva), lh (molho), nh (unha), rr (carro) e outros.

    Dgrafos que desempenham a funo de vogais na-sais: am (campo), en (bento), om (tombo) e outros.

    Encontros consonantaisQuando existe uma seqncia de duas ou mais con-

    soantes em uma mesma palavra, denominamos essaseqncia de encontro consonantal.

    O encontro pode acorrer:

    na mesma slaba: cla-ri-da-de, fri-tu-ra, am-plo. em slabas diferentes: af-ta, com-pul-s-rio

    Ateno: Nos encontros consonantais somoscapazes de perceber o som de todas as conso-antes.

    Slaba a unidade ou grupo de fonemas emitidos num s

    impulso da voz.

    Classificao das palavras quanto ao nmero deslabasMonosslabas - aquelas que possuem uma s slaba:d, mo, cruz, etc.

    Disslabas - aquelas que possuem duas slabas: sa/p, fo/lha, te/la, etc.Trisslabas - aquelas que possuem trs slabas: fun/da/o, m/di/co, etc.Polisslabas- aquelas que possuem mais de trs sla-bas: ve/te/ra/no, na/tu/re/za, pa/la/ci/a/no, etc.

    Diviso silbicaA fala o primeiro e mais importante recurso usado

    para a diviso silbica na escrita.

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    Regra geral:Toda slaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.

    Regras prticas:No se separam ditongos e tritongos. Exemplos:

    mau, averigeiSeparam-se as letras que representam os hiatos.

    Exemplos: sa--da, v-o...Separam-se somente os dgrafos rr, ss, sc, s, xc.

    Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to...Separam-se os encontros consonantais pronunci-

    ados separadamente. Exemplo: car-taOs elementos mrficos das palavras (prefixos, radi-

    cais, sufixos), quando incorporados palavra, obede-cem s regras gerais. Exemplos: de-sa-ten-to, bi-sa-v, tran-sa-tln-ti-co...

    Consoante no seguida de vogal permanece na s-laba anterior. Quando isso ocorrer em incio de palavra,a consoante se anexa slaba seguinte. Exemplos: ad-je-ti-vo, tungs-t-nio, psi-c-lo-go, gno-mo...

    Acento tnico / grfico

    1 - Slaba tnica - A slaba proferida com mais intensi-dade que as outras a slaba tnica. Esta possui oacento tnico, tambm chamado acento de intensi-dade ou prosdico:Exemplos: caj, caderno, lmpada

    2 - Slaba subtnica - Algumas palavras geralmentederivadas e polisslabas, alm do acento tnico,possuem um acento secundrio. A slaba com acentosecundrio chamada de subtnica.Exemplos: terrinha, sozinho

    3 - Slaba tona - As slabas que no so tnicas nemsubtnicas chamam-se tonas.Podem ser pretnicas (antes da tnica) ou postni-cas (depois da tnica),Exemplos: barata (tona pretnica, tnica, tona

    postnica); mquina (tnica, tona postnica, to-na postnica).

    Ateno: No confunda acento tnico com acentogrfico. O acento tnico est relacionado comintensidade de som e existe em todas as pala-vras com duas ou mais slabas. O acento grficoexistir em apenas algumas palavras e serusado de acordo com regras de acentuao.

    Classificao das palavras quanto ao acento tnicoAs palavras com mais de uma slaba, conforme a

    tonicidade, classificam-se em:

    Oxtonas: quando a slaba tnica a ltima - corao,So Tom, etc.

    Paroxtonas: quando a slaba tnica a penltima -cadeira, linha, rgua, etc.

    Proparoxtonas: quando a slaba tnica a antepenl-tima - ibrica, Amrica, etc.

    Os monosslabos podem ser tnicos ou tonos:

    Tnicos: so autnomos, emitidos fortemente, comose fossem slabas tnicas. Exemplos: r, teu, l, etc.tonos: apiam-se em outras palavras, pois no soautnomos, so emitidos fracamente, como se fos-sem slabas tonas.So palavras sem sentido quandoesto isoladas: artigos, pronomes oblquos, preposi-es, junes de preposies e artigos, conjunes,pronome relativo que. Exemplos: o, lhe, nem, etc.

    Acentuao grficaAs palavras em Lngua Portuguesa so acentuadas

    de acordo com regras. Para que voc saiba aplic-las preciso que tenha claros alguns conceitos como tonici-dade, encontros consonantais e voclicos...

    Para voc acentuar uma palavra:

    1 Divida-a em slabas;2 Classifique-a quanto tonicidade (oxtona, paroxtona...);3 De acordo com sua terminao, encaixe-a nos quadros abaixo.

    Voc deve acentuar as vogais tnicas das:

    Ateno:no se acentuam as paroxtonas terminadas em -ens. Exemplo: itens, nuvens...

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    Grupos gu, qu antes de e/iQuando o u proferido e tnico, receber acento

    agudo: averige, apazige, argis, etc.Quando o referido u proferido e tono, receber

    trema: freqente, tranqilo, etc.

    Quando o uno for pronunciado, formar com qe gdgrafos, ou seja, duas letras representando um nicofonema /k/ e /g /. No apresenta nenhum tipo de acento.

    Acento diferencialO acento diferencial (que pode ser circunflexo ou

    agudo) usado como sinal distintivo de vocbulos ho-mgrafos (palavras que apresentam a mesma escri-ta). Alguns exemplos: s (carta de baralho, piloto exmio) - as (artigo femini-no plural) ca, cas (verbo coar) - coa, coas (contraes com +a, com + as) pra (verbo) - para (preposio) pla, plas (substantivo e verbo) - pela, pelas (contra-

    es de per + a, per + as) plo (substantivo) - pelo (per + o) plo, plos (extremidade, jogo) - plo, plos (falco) pra (fruta) - pra ou pra-fita (grande pedra antiga,fincada no cho) pr (verbo) - por (preposio) porqu (substantivo) - porque (conjuno) qu (substantivo, pronome em fim de frase) - que (con-juno)

    Ateno: O verbo TER, VIR e seus derivados nopossuem dois EE na 3 pessoa do plural no pre-sente do indicativo: ele tem, eles tm; ele vem,eles vm; ele contm, eles contm...

    Sinais GrficosSinais grficos ou diacrticos so certos sinais que

    se juntam s letras, geralmente para lhes dar um valorfontico especial e permitir a correta pronncia daspalavras.

    1. TilIndica nasalidade.Exemplos: ma, Ir, rgo...

    2. TremaIndica que o u dos grupos gue, gui, que, qui profe-rido e tono.Exemplos: lingia, tranqilo...

    3. ApstrofoIndica a supresso de uma vogal. Pode existir em

    palavras compostas, expresses e poesias.Exemplos: caixa-dgua, pau-dgua etc.4. Hfen

    Emprega-se o hfen nos seguintes casos: em palavras compostas. Exemplos: bei ja- flo r,amor-perfeito... para ligar pronomes tonos s formas verbais.Exemplos: dar-lhe, amar-te-ia... para separar palavras em fim de linha. para ligar algumas palavras precedidas de prefi-xos. Exemplos: auto-educao, pr-escolar...

    Acentuam-se:

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    Observao: o uso do hfen regulamentado pelo Pequeno Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portugue-sa. Por se tratar de um item extremamente complexo, com regras confusas e extensas, os autores socontraditrios quando tratam do assunto. Procuramos sintetizar em um quadro o uso do hfen com osprefixos mais comuns.

    5. Acento agudoIndica vogal tnica aberta: p, r;

    6. Acento circunflexoIndica vogal tnica fechada: astrnomo, trs;

    7. Acento graveSinal indicador de crase: , quele;

    8. Ced ilhaIndica que o c tem som de ss: pana, muulmano,moo...

    Ateno: O cedilha s acompanhado pelasvogais a, o, u.

    OrtografiaPalavra constituda das partes:orto (correta) +grafia (escrita).A ortografia a parte da gramtica que trata da corretaescrita das palavras.

    Nosso alfabeto composto de 23 letras:a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z

    Observao: Voc deve estar se perguntandopelas letras W, Y e K.Elas no pertencem maisao nosso alfabeto.So usadas apenas em ca-sos especiais:Nomes prprios estrangeiros(Wellington,Willian...),Abreviaturas e smbolos de uso internacional(K- potssio,Y-trio...),

    Palavras estrangeiras (show, play...)

    Emprego de letras

    Letra HPor que usar a letra H se ela no representa nenhumsom? Realmente ela no possui valor fontico, mascontinua sendo usada em nossa lngua por fora daetimologia e da tradio escrita.

    Etimologia: estudo da origem e da evoluo das pala-vras; disciplina que trata da descrio de uma palavraem diferentes estados de lngua anteriores por quepassou, at remontar ao timo; origem de um termo,quer na forma mais antiga conhecida, quer em algumaetapa de sua evoluo; timo.Ex: fidalgo a locuo filho de algo (Dicionrio Houaiss)

    Emprega-se o H: Inicial, quando etimolgico: horizonte, hulha, etc. Medial, como integrante dos dgrafos ch, lh, nh: cha-mada, molha, sonho, etc. Em algumas interjeies: oh!, hum!, etc. Em palavras compostas unidos por hfen, se algumelemento comea com H: hispano-americano, super-homem, etc. Palavras compostas ligadas sem hfen no so es-critas com H. Exemplo: reaver No substantivo prprio Bahia (Estado do Brasil), portradio. As palavras derivadas dessa so escritas semH. Exemplo: baiano...

    Ateno: Algumas palavras anteriormente es-critas com H perderam essa letra ao longodo tempo. Exemplos: herba-erva, hibernum-in-verno, etc.

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    Letras E / I

    Letras G / J

    Letras S / Z

    Ateno: O verbo catequizar derivado da palavra catequese deveria ser escrito com s, mas, como deriva-do do grego, j veio formado para nosso vernculo (lngua do pas).MAIZENA um substantivo prprio, marca registrada.

    Letras X / CH

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    Degrau Cultural 23

    Uso dos porqus

    Porque Em frases afirmativas ou negativas, quando podeser substitudo por pois. Ex: Venha porque precisamosde voc.

    Para introduzir justificativas ou causas em frasesdeclarativas, no incio ou no meio de respostas. Ex: Ela

    no veio porque no quis.

    Porqu Em qualquer tipo de frase, desde que antecedidode artigo ou pronome. Ex: No me interessa o porqude sua ausncia.

    Por que Quando equivale a pelo qual (e suas flexes). Ex:Essa a rua por que passamos. Quando equivale a por que razo. Ex: Eis por queno te amo mais. No incio de perguntas. Ex: Por que ela no veio?

    Por qu

    No final de frases interrogativas. Ex: Ela no veio porqu? Quando a expresso estiver isolada. Ex: Nunca maisvolto aqui. Por qu?

    Uso do Onde e do Aonde

    Onde o lugar em que se est. Usados com verbosque no indicam movimento.Observe: Ondevoc estavano sbado? Ondeeu pode-ria estar, estava na casa de vov.

    Aonde o lugar a que se vai. Usado com verbos queindicam movimento.Observe: Aondevoc vaiesta noite? Eu vou ao restau-

    rante mexicano, jantar com meu marido.

    Letras SS /

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    EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

    Estudo da constituio das palavras e dos proces-sos pelos quais elas so construdas a partir de suaspartes componentes, os morfemas; parte da gramticaque estuda as classes de palavras, seus paradigmas

    de flexes com suas excees.

    Estrutura das palavras

    As palavras so constitudas de morfemas. So eles:

    Radical o elemento comum de palavras cognatas tambmchamadas de palavras da mesma famlia. respons-vel pelo significado bsico da palavra.Exemplo: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, ter-restre...

    Ateno:s vezes, ele sofre pequenas alteraes.Ex.: dormir, durmo; querer, quisAs palavras que possuem mais de um radicalso chamadas de compostas.Ex.: passatempo

    Vogal TemticaVogal Temtica (VT) se junta ao radical para receberoutros elementos. Fica entre dois morfemas. Existevogal temtica em verbos e nomes.Exemplo: beber, rosa, sala

    Nos verbos, a VT indica a conjugao a que pertencem(1, 2 ou 3 ). Exemplo: partir- verbo de 3 conjugao

    H formas verbais e nomes sem VT.Exemplo: rapaz, mato(verbo)

    TemaTema = radical + vogal temticaExemplo: cantar = cant + a, mala = mal + a, rosa = ros + a

    AfixosSo partculas que se anexam ao radical para for-mar outras palavras. Existem dois tipos de afixos: Prefixos: colocados antes do radical.Exemplo: desleal, ilegal. Sufixos: colocados depois do radical.Exemplo: folhagem, legalmente.

    DesinnciasSo morfemas colocados no final das palavras paraindicar flexes verbais ou nominais.

    Podem ser:Nominais: indicam gnero e nmero de nomes (subs-tantivos, adjetivos, pronomes, numerais).Exemplo: casa - casas, gato - gata

    Verbais: indicam nmero, pessoa, tempo e modo dosverbos. Existem dois tipos de desinncias verbais: de-sinncias modo-temporal (DMT) e desinncias nme-ro-pessoal (DNP).Exemplo: Ns corremos, se eles corressem (DNP); sens corrssemos, tu correras (DMT)

    Ateno: A diviso verbal em morfemas ser melhorexplicada em: classes de palavras/ verbos. Algumasformas verbais no tm desinncias como: trouxe,bebe...

    Verbo-nominais: indicam as formas nominais dos ver-bos (infinitivo, gerndio e particpio).Exemplo: beber, correndo, partido

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    Exemplo: fidalgo (filho + de + algo), aguardente (gua +ardente)

    NEOLOGISMOBeijo pouco, falo menos ainda.Mas invento palavrasQue traduzem a ternura mais funda

    E mais cotidiana.Inventei, por exemplo, a verbo teadorar.Intransitivo:Teadoro, Teodora.

    (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira.Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1970)

    HIBRIDISMOConsiste na formao de palavras pela juno de radi-cais de lnguas diferentes.Exemplo: auto/mvel (grego + latim); bio/dana (grego+ portugus)

    ONOMATOPIAConsiste na formao de palavras pela imitao de

    sons e rudos.Exemplo: triiim, chu, bu, pingue-pongue, miau, tique-taque, zunzum

    SIGLAConsiste na reduo de nomes ou expresses empre-gando a primeira letra ou slaba de cada palavra.Exemplo: UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais,IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    ABREVIAOConsiste na reduo de parte de palavras com objetivode simplificao.Exemplo: moto (motocicleta), gel (gelatina), cine (cinema).

    CLASSIFICAO DAS PALAVRASAs palavras costumam ser agrupadas em classes, deacordo com suas funes e formas.

    Processos de formao de palavras

    Maneira como os morfemas se organizam para formaras palavras.

    DERIVAO Prefixal:A derivao prefixal um processo de for-

    mar palavras no qual um prefixo ou mais so acres-centados palavra primitiva.Exemplo: re/com/por (dois prefixos), desfazer, impa-ciente.

    Sufixal:A derivao sufixal um processo de formarpalavras no qual um sufixo ou mais so acrescen-tados palavra primitiva.Exemplo: realmente, folhagem.

    Prefixal e Sufixal:A derivao prefixal e sufixal exis-te quando um prefixo e um sufixo so acrescenta-dos palavra primitiva de forma independente, ouseja, sem a presena de um dos afixos a palavracontinua tendo significado.Exemplo: deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo).Voc pode observar que os dois afixos so indepen-

    dentes: existem as palavras desleal e lealmente. Parassinttica:A derivao parassinttica ocorre

    quando um prefixo e um sufixo so acrescentados palavra primitiva de forma dependente, ou seja,os dois afixos no podem se separar, devem serusados ao mesmo tempo, pois sem um deles apalavra no se reveste de nenhum significado.Exemplo: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo), nestecaso, no existem as palavras anoite e noitecer, poisos afixos no podem se separar.

    Regressiva:A derivao regressiva existe quandomorfemas da palavra primitiva desaparecem.Exemplo: mengo (flamengo), dana (danar), portu-ga (portugus).

    Imprpria:A derivao imprpria, mudana de clas-

    se ou converso ocorre quando palavra comumen-te usada como pertencente a uma classe usadacomo fazendo parte de outra.Exemplo: coelho (substantivo comum) usado comosubstantivo prprio em Daniel Coelho da Silva; ver-de geralmente como adjetivo (Comprei uma cami-sa verde.) usado como substantivo (O verde do par-que comoveu a todos.)

    COMPOSIOProcesso de formao de palavras atravs do qual

    novas palavras so formadas pela juno de duas oumais palavras j existentes.

    Existem duas formas de composio:

    Justaposio

    Aglutinao

    Ajustaposioocorre quando duas ou mais pala-vras se unem sem que ocorra alterao de suas for-mas ou acentuao primitivas.Exemplo: guarda-chuva, segunda-feira, passatempo.

    A aglutinao ocorre quando duas ou mais pala-vras se unem para formar uma nova palavra ocorrendoalterao na forma ou na acentuao.

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    Substantivo a palavra que d nome aos seres, coisas e senti-mentos. Classificam-se em:

    Os substantivos flexionam-se para indicar gnero,nmero e grau.

    I Gnero: a categoria gramatical que, no portugus, distribui osnomes masculinos e femininos, no existindo corres-pondncia nenhuma entre gnero masculino e sexomasculino, ou gnero feminino e sexo feminino.a) BIFORMES MASCULINOS, FEMININOS regula-res (menino e menina, gato e gata) e irregulares (bodee cabra, pai e me).b) UNIFORMES EPICENOS (no aceitam a flexo dodeterminante, referem-se somente a animais, vegetais,aves e insetos macho e fmea), SOBRECOMUNS (noaceitam nem a flexo do elemento determinante atestemunha, o cnjuge), COMUM DE DOIS GNEROS(caracterizam-se pela flexo do elemento determinante o/a jovem, o/a poeta).

    II Nmeroa) SINGULAR indica um s ser. Ex.: meninob) PLURAL indica mais de um ser ou mais de umconjunto de seres. Ex.: meninos

    III Graua) AUMENTATIVO:

    SINTTICO usando sufixos. Ex.: poetastroANALTICO: poeta grande

    b) DIMINUTIVO:ANALTICO: corpo minsculoSINTTICO usando sufixos. Ex.: corpsculo

    AdjetivoVILA VELHA

    Do lado oposto s verdes colinas que se perdemno horizonte, gigantescas rochas formam paredes edesenham uma paisagem ridae silenciosa, num ce-nrio de terra vermelhae vegetao rasteira. Os ndi-os chegaram, olharam, batizaram de Itacueretaba ci-dade extinta de pedras e trataram de se mandarpara paragens mais animadas. At hoje, os nicos ha-bitantes destes vastos campos so lobos-guars, ja-guatiricas, perdizes e tamandus-bandeiras.

    A principal atrao do Parque Estadual de Vila Velhaso 22 enormes blocos arenticos esculpidos pelachuva, pelo vento e movimentos de terra, ao longo de350 milhes de anos.

    Neles, o tempo imitou a arte nas figuras de um ca-melo, um leo, uma bota, um rinoceronte, a proa de um

    navio, a cabea de um ndio, uma taa, cogumelos.(Guia Turstico da Folha de S. Paulo)

    O texto acima descritivo. O autor tem como objetivofundamental caracterizar Vila Velha, um dos pontos tu-rsticos do Brasil. Para isso, citou alguns seres que com-pem a paisagem, identificou caractersticas de algunsdeles e atribuiu caractersticas a outros. As caractersti-cas foram expressas pelos ento chamados adjetivos.

    Adjetivo uma palavra varivel que modifica substanti-vos, atribuindo uma caracterstica aos seres nomea-dos por eles: Paisagem silenciosa.

    LOCUO ADJETIVA

    o grupo formado de preposio mais substantivo,com valor e emprego de adjetivo: A gua da chuva.

    Os adjetivos se classificam quanto:

    I FORMA PRIMITIVO no provm de outra palavra da ln-

    gua: bonito, feio, alto, loiro etc. DERIVADO provm de outra palavra da lngua:

    bondoso, amoroso, maldoso etc. SIMPLES possui apenas um radical: povo japo-

    ns, preocupaes polticas, rvore novaetc. COMPOSTO possui mais de um radical: estudos

    luso-talo-brasileiros , temas polticos-sociais , in-divduo rubro-negro.

    II AO GNERO Uniformes apresentam forma nica para ambos

    os gneros: homem interessante, vinho quente. Biformes apresentam duas formas, uma para o

    masculino, outra para o feminino: ator famoso/atrizfamosa.

    III AO NMEROOs adjetivos simples fazem o plural seguindo as mes-mas regras dos substantivos simples: livros utis, car-tes iguais.

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    Os adjetivos compostos fazem o plural com flexodo ltimo elemento: castanho-escuros.

    Se o ltimo elemento for um substantivo, no have-r flexo, ou seja, ficar invarivel: tapetes verde-es-meralda.

    IV AO GRAUComparativo pelo qual se indica se o ser superior,inferior ou igual na qualificao. Superior: Pedro mais inteligente que Paulo. Inferior: Paulo menos inteligente que Pedro. Igualdade: Pedro to inteligente quanto Paulo.

    Superlativo pelo qual uma qualidade levada aomais alto grau de intensidade. Analtico: Pedro muito inteligente. Sinttico: Pedro inteligentssimo.

    Exerccio

    01. Retire, do texto abaixo, os substantivos e os adjetivos:

    A infncia generosa e tem sentimentos de digni-dade que os interesses da vida adulta muitas vezesobscurecem. A infncia aprende por smbolos. Colom-bo no era s um grande navegador, mas um smbolo.No aprendemos com ele a arte de navegar: mas a decumprir um desatino grandioso e amargo. E isso ainda maior que descobrir a Amrica. (Ceclia Meireles)

    __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Gabarito:Substantivos: infncia, sentimentos, dignidade, interes-ses, vida, vezes, smbolos, Colombo, navegador, arte,desatino e Amrica.Adjetivos ou locues adjetivas: generosa, de dignida-de, adulta, grande, de navegar, grandioso, amargo emaior.

    Artigo a palavra varivel que antecede o substantivo, indi-cando seu gnero e nmero, alm de defini-lo ou no. DEFINIDO:que se trata de um ser j conhecido do

    leitor ou do ouvinte, seja por ter sido mencionadoantes, seja por ser objeto de um conhecimento deexperincia. So eles: O, A, OS, AS.

    Orapaz saiu de casa cedo.Amulher queria muito ter filhos. INDEFINIDO:que se trata de um simples represen-

    tante de uma dada espcie ao qual no se fez men-o anteriormente. So eles: UM, UMA, UNS, UMAS.Um cachorro atravessou na frente do carro.Umamulher libertou-se do algoz.

    Importante: Embora o artigo sempre anteceda a um subs-

    tantivo, no necessrio que ele esteja ime-diatamente antes deste. s vezes, apareceoutra palavra, pertencente a outra classe gra-matical, entre ambos: O novo carro.

    Os artigos podem combinar-se com prepo-sies: de + o = do, em + o = no, etc.

    Numeral a palavra que exprime quantidade, ordem, frao emultiplicao.

    CLASSIFICAO CARDINAIS: quantidade um, dois, trs... ORDINAIS: ordem primeiro, segundo... FRACIONRIOS: frao meio, tero... MULTIPLICATIVOS: multiplicao duplo, triplo...

    Lembre-se:a grafia correta do numeral 50 cin-qenta.

    PronomeNicolau Fagundes Varela entregou-se a todosos te-mas e aos versos de todasas medidas. No fcil,portanto, classific-lo- nesta ou naquelamodalidadepotica. Qualquer rtulo para marc-loseria sempreincompleto. Sertanista, buclico, lrico, paisagista, ms-tico, pico, descritivo, patritico, de tudo elefoi, um pou-co de cadavez.(CAVALHEIRA, E. Fagundes Varela.Ed. Rio de Janeiro, Agir,

    1975. P. 6 [Nossos Clssicos]).

    Observe as palavras em destaque no texto: todos,todas, lo, esta, aquela, qualquer, ele, cada. As palavrasloe elesubstituem o substantivo Fagundes Varela; asdemais acompanham o nome. Todas essas palavrasso pronomes.

    Os nomes so palavras com contedo significativo,que simbolizam seres que temos em mente. Os prono-mes tm pouco contedo significativo, exercendo notexto as seguintes funes: Representar as pessoas do discurso:No texto acima, o jornalista se refere a Fagundes Vare-la, emprega o pronome ele, que alude 3a pessoa dodiscurso, aquela de quem se fala. Remeter a termos j enunciados no texto:Qualquer rtulo para marc-lo, este pronome lo estsubstituindo o nome de Fagundes Varela para no tor-nar o texto repetitivo.

    Pronome a palavra que substitui o substantivo (pro-nome substantivo) ou acompanha o substantivo (pro-nome adjetivo). Quando acompanha o substantivo, de-termina-o no espao ou no contexto.

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    OBSERVAES o pronome voc, embora seja pronome de trata-

    mento, tem substitudo o pronome tuno portugusdo Brasil.

    na norma culta, os pronomes pessoais retos funci-onam como sujeito.

    os pronomes oblquos podem ser:a) tonos empregados sem preposio objeto di-

    reto ou objeto indireto, sendo que, o, a, os, asserosempre objetos diretos e, lhe, lhes sempre seroobjetos indiretos;

    b) tnicos sempre precedidos de preposio; os pronomes oblquos o, a, os, as podem assumir

    as seguintes formas:a) lo, la, los, las depois de verbos terminados em r, s,

    z; quando vierem posposto ao designativo eisou aospronomes nose vos: Vou receb-lo como amigo.

    b) no, na, nos, nas depois de verbos terminadosem ditongo nasal (am, em, o, e): O lpis caiu.Peguem-no.

    Pronomes Pessoais de TratamentoSo palavras ou expresses utilizadas para as pesso-as com quem se fala. So, portanto, pronomes de 2 a

    pessoa, embora sejam empregados com verbo na 3a

    pessoa.Esses pronomes, que aparecem apenas na linguagemformal, expressam uma atitude cerimoniosa do emissorem relao ao interlocutor ou pessoa de quem se fala.Ex.: Sua Santidadevolta ao Brasil 17 anos mais velhodesde que esteve aqui pela primeira vez...(O Estado deS Paulo)

    Lembre-se que referindo-se 2 pessoa soacompanhados pela forma VOSSA, referindo-se 3 pessoa so acompanhados pela forma SUA

    So eles:voc, Vossa Alteza, Vossa Eminn-cia, Vossa Excelncia, Vossa Magnificncia,Vossa Majestade, Vossa Meritssima, Vossa

    Reverendssima, Vossa Senhoria e Vossa San-tidade.

    2. PRONOMES POSSESSIVOSEstreitamente relacionados com os pronomes pesso-ais esto os pronomes possessivos e os demonstrati-vos. Os pronomes pessoais, como j vimos, denotamas pessoas gramaticais; os outros indicam algo deter-minados por elas.

    Os pronomes classificam-se em:

    1. PESSOAIS

    Os pronomes possessivosindicam aquilo que perten-ce ou cabe a cada uma das pessoas gramaticais.

    Emprego ambguo do possessivo de 3a pessoaAs formas seu, sua, seus, suasaplicam-se indiferen-temente ao possuidor da 3apessoa do singular ou da3apessoa do plural, seja este possuidor masculino oufeminino. O fato de concordar o possessivo unicamen-te provoca dvida a respeito do possuidor.

    Para evitar qualquer ambigidade, o portugus nos ofe-rece o recurso de precisar a pessoa do possuidor coma substituio de seu (s), sua (s), pelas formas dele(s), dela (s), de voc, do senhor, da senhorae outrasexpresses de tratamento.

    Substantivao dos possessivos

    No singular, o que pertence a uma pessoa: A moa notinha um minuto de seu.

    No plural, os parentes de algum, seus companhei-ros, compatriotas ou correligionrios: Saudades a to-dos os teus.

    Emprego do possessivo pelo pronome oblquo tnicoEm certas locues prepositivas, o pronome oblquotnico, que deve seguir a preposio e com ela formarum complemento nominal do substantivo anterior, normalmente substitudo pelo pronome possessivocorrespondente. Assim:

    Em frente de ti= em tuafrenteAo lado de mim= ao meuladoEm favor de ns= em nossofavorPor causa de voc= por suacausa

    3. PRONOMES DEMONSTRATIVOSSo palavras que situam a pessoa ou a coisa designa-da relativamente s pessoas gramaticais. Podem si-tu-los no espao ou no tempo.Ex.: Lia coisas incrveis para aquele lugar e aqueletempo.

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    Mas os demonstrativos empregam-se tambm paralembrar ao ouvinte ou ao leitor o que j foi mencionadoou o que vai mencionar.Ex.: A ternura no embarga a discrio nem estadimi-nui aquela.

    As formas variveis podem funcionar como pronomesadjetivos e como pronomes substantivos: Este (PA) li-vro meu. Meu livro este (PS).

    Valores Gerais: este, esta, istoindicam o que est perto da pessoa

    que fala e o tempo presente em relao pessoaque fala;

    esse, essa, issodesignam o que est perto da pes-soa a quem se fala e o tempo passado ou futurocom relao poca em que se coloca a pessoaque fala;

    aquele, aquela, aquilodenotam o que est afasta-do tanto da pessoa que fala como da pessoa a quemse fala, e ainda um afastamento no tempo de modovago, ou uma poca remota. Veja:

    4. PRONOMES RELATIVOS aquele que se refere a termos j expressos e, aomesmo tempo, introduz uma orao dependente.Ex.: Esta carta querecebi.

    5. PRONOMES INTERROGATIVOSAs palavras que, quem, qual equantoempregadas

    na formulao de perguntas so chamadas de prono-mes interrogativos.Ex.:Quemseria ele?

    O que distingue os interrogativos dos demais prono-mes sua funo bsica: a de inquirir algum interlocu-tor. O interrogativo aponta para a pessoa ou coisa a quese refere mediante uma pergunta, direta ou indireta.

    Sua significao, assim como nos indefinidos in-determinada. Por isso, aps seu uso o interlocutor es-pera uma resposta que esclarea o que se perguntou.

    6. PRONOMES INDEFINIDOS aquele que se refere 3apessoa gramatical, tornan-do-a vaga, indefinida, imprecisa.

    LOCUES PRONOMINAISSo grupo de palavras cujo sentido equivale ao dospronomes indefinidos: cada um, cada qual, quem querque, todo aquele, seja quem for, seja qual for, um ououtro, tal qual, tal e qual,etc.

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    falado (forma composta)

    Futuro do pretrito expressa um fato posteriorcom relao a outro fato j passado; freqentemen-te, o outro fato j passado dependente do primeiroe inclui uma condio: eu falaria (forma simples) euteria/haveria falado (forma composta)

    Do Subjuntivo: Presente traduz um fato subordinado a outro e

    que se desenvolve no momento atual; expressa d-vida, possibilidade, suposio; pode ainda formaroraes optativas: que eu fale

    Pretrito perfeito refere-se ao fato passado su-postamente concludo: que eu tenha/ haja falado (for-ma composta)

    Pretrito mais-que-perfeito indica uma aoanterior a outra, dentro do sentido eventual tpico dosubjuntivo: se eu tivesse/houvesse falado (formacomposta)

    Pretrito imperfeito refere-se a um fato passa-do, mas posterior e dependente de outro fato pas-sado: se eu falasse (forma simples)

    Futuro expressa fato vindouro condicional, tem-poral ou conformativo dependente de outro fatotambm futuro: quando eu falar (forma simples)quando eu tiver/houver falado (forma composta)

    Do Imperativo:S aparece no discurso direto.

    Tempos primitivos e derivadosTempos priitivosso os que do origem a outros tem-pos, chamados derivados. Existem dois tempos e umaforma nominal que do origem a todos os tempos eformas nominais, inclusive a um modo, o imperativo.Tomemos por exemplo o verbo caber.

    Verbo

    A Antigidade greco-romana conheceu o amor quasesempre como uma paixo dolorosa e, apesar disso,digna de ser vivida e em si mesma desejvel. Estaverdade, legada pelos poetas de Alexandria e Roma,no perdeu nem um pouco de sua vigncia: o amor desejo de completude e assim responde a uma ne-cessidade profunda dos homens.

    (PAZ, O. A dupla chama: amor e erotismo.

    So Paulo, Siciliano, 1994. p. 69.)

    As palavras em destaque em destaque no texto expri-mem fatos, situando-os no tempo. Verbo a palavra que exprime ao, estado, mu-

    dana de estado, fenmeno natural e outros pro-cessos, flexionando-se em pessoa, nmero, modo,tempo e voz.

    Flexo o acidente gramatical que muda a formado verbo para que este expresse mudana de voz,modo, tempo, nmero e pessoa.

    TEMPOS VERBAISO tempo verbal indica o momento em que se d o fatoexpresso pelo verbo.Os trs tempos bsicos so o presente, o passado e ofuturo.

    Do Indicativo: Presente enuncia um fato como atual: eu falo Pretrito imperfeito apresenta o fato como ante-

    rior ao momento atual, mas ainda no concludo nomomento passado a que nos referimos: eu falava

    Pretrito perfeito refere-se a um fato j conclu-do em poca passada: eu falei (forma simples) eutenho/hei falado (forma composta)

    Pretrito mais-que-perfeito expressa um fatoanterior a outro fato que tambm passado: eu fa-lara (forma simples) eu tinha/havia falado (formacomposta)

    Futuro do presente enuncia um fato que deverealizar-se num tem vindouro em relao ao pre-sente: eu falarei (forma simples) eu terei/haverei

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    Vozes verbaisAs vozes verbais indicam o relacionamento do su-

    jeito com o processo verbal. So elas: ATIVA quando o sujeito agente da ao: Ber-

    nardo feriu o colega. PASSIVA quando o sujeito o paciente da ao

    verbal: O colega foi ferido por Bernardo. REFLEXIVAquando o sujeito agente e paciente

    da ao verbal: Bernardo feriu-se.

    Formao da voz passivaVimos que na voz passiva o verbo indica a ao recebidapelo sujeito, sendo este denominado, ento, paciente.

    A voz passiva pode ser analtica (formada com os ver-bos SER, ESTAR e FICAR, seguidos de particpio) ousinttica, tambm chamada pronominal (formada comum verbo transitivo direto acompanhado do pronomeSE, que se diz pronome apassivador).Ex.: Um livro foi compradopor Pedro. (analtica)Comprou-se um livro. (sinttica)

    Tanto na transformao da ativa para a passiva, comovice-versa, os termos indicado abaixo se correspondem.

    Suj. passiva = OD ativaSuj. ativa = Ag. pass.

    Quando o verbo ativo vem precedido de um verbo auxi-liar, este no sofre transformao na passagem para avoz passiva (exceto a exigida pela concordncia):a) coloca-se o ltimo verbo (o principal) no particpio;b) conjuga-se o verbo ser na forma em que estava overbo principal;c) repete-se o auxiliar, procedendo a concordncia.

    V. A.: Os tcnicos esto procurando uma soluo.

    V. P.: Uma soluo est sendo procurada pelos tcnicos.

    Formas nominais do verbo Infinitivo Impessoal terminado em rpara qual-

    quer pessoa, o nome do verbo: falar, vender, partir Infinitivo Pessoal alm da desinncia r, vem

    marcado com desinncia de pessoa e nmero:Falar - Falar - esFalar - Falar - mosFalar desFalar emAs desinncias de pessoa e nmero so um recur-

    so para indicar, sem ambigidade, ou para enfatizar, osujeito do processo expresso pelo infinitivo. Gerndio funciona como adjetivo ou como advr-

    bio: Vi a menina chorando. Particpio empregado na formao dos tem-

    pos compostos. Fora disso, um verdadeiro adjeti-vo (chamado adjetivo adverbial), devendo ser flexio-nado, como adjetivo, em gnero, nmero e grau:Tnhamos estudadoa lio.

    Lembre-se:a) Verbo auxiliar + particpio do verbo principal = forma

    compostaVerbo auxiliar + gerndio ou infinitivo = locuo ver-bal os particpios regulares so empregados com

    os verbos auxiliares TER e HAVER: O rapaz tinhaentregado a pizza.b) os particpios irregulares so empregados com os

    verbos auxiliares SER e ESTAR: A pizza foi entreguepelo rapaz.

    c) GANHAR, GASTAR e PAGAR so abundantes: ga-nhado e ganho.

    d) Obs: as formas irregulares podem ser usadas comos verbos SER, ESTAR, TER e HAVER.CHEGAR apresenta apenas a forma regular: CHE-GADO (chego NO existe).

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    Preposio

    Invejo o ourives quando escrevo:Imito o amor

    Comque ele, emouro, o alto-relevoFaz deuma flor.

    (Olavo Bilac)

    Preposio a palavra invarivel que relaciona doistermos. Nessa relao, um termo completa ou explicao sentido do outro.

    So essenciais as preposies propriamente ditas:A, ANTE, AT, APS COM, CONTRA, DE, DESDE,

    EM ENTRE, PARA, PER, PERANTE, POR, SEM, SOB,SOBRE E TRS.

    So acidentais as preposies que provierem deoutras classes:

    CONFORME, SALVO, TIRANTE, CONSOANTE, MEDI-ANTE, EXCETO.

    Obs.: QUE preposio quando der para substituir porDE. Ex.: tenho quepassar./ tenho depassar.

    LOCUES PREPOSITIVAS

    So expresses que equivalem a verdadeiras preposi-es: abaixo de, acerca de, atravs de, em cima de, forade, juntamente com, etc.

    Conjuno

    Sagitrio A lua volta voc para as coisas prticas,masevite desatenes para que tudo se resolva.Dica: restrinja seus gastos e perceba que despesasdesnecessrias s servem para aquecer o consumo.

    Classificao do advrbio

    Classificao dos verbos

    REGULAR: aquele cujo o radical no se altera ecujas terminaes seguem o modelo da conjuga-o a que pertence. Cantar, vender, partir.

    IRREGULAR: aquele cujo radical se altera ou cujasterminaes no seguem o modelo da conjugaoa que pertence. Estar, ouvir.

    ANMALO: aquele que cuja conjugao inclui maisde um radical. Apresenta transformaes profundasno radical: ser e ir.

    DEFECTIVO: aquele que no conjugado em to-das as formas; tem, pois, conjugao incompleta:abolir, falir.

    AUXILIAR: aquele que, desprovido total ou parcial-mente de sentido prprio, junta-se a outro verbo,formando uma unidade de significado e constituin-do a chamada locuo verbal: ser, estar, ter, haver.

    Advrbio

    Os homens do cortio quase sempre trabalhamfora(serventes, carregadores, funcionrios pblicos hu-mildes), salvo os adolescentes malandros e os doen-tes. E, durante o dia, o cortio das crianas, inmeras,que povoam o ptrio comum, e das mulheres, sempres voltas com as tinas de roupas.

    (A capital federal no incio do sculo. Nosso sculo...So Paulo, Abril Cultural, 1980. V. 1.)

    Observe as palavras em destaque no texto, todaselas so advrbios.

    Estes so palavras que modificam um verbo, umadjetivo, outro advrbio ou uma orao inteira.

    Advrbio modifica um verbo, quando ao verbo acrescentado uma circunstncia: Pedro constri ummuro ali.

    Advrbio modifica um adjetivo, quando o advrbioest intensificando o significado do adjetivo: Estradasmuito ruins.

    Advrbio modifica outro advrbio, quando o advr-

    bio est intensificando outro advrbio: As meninas vomuitobem.

    Advrbio modifica uma orao inteira, quando esteindica uma circunstncia para todos os elementos daorao: Lamentavelmenteeu no te amo mais.

    Locuo adverbial um conjunto de palavras podendo exercer a fun-

    o de advrbio.Ex.: Nesse final de tarde todos samos para passear.

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    Lngua Portuguesa

    CRASE

    fuso da preposio a com o artigo a ou com o ainicial dos pronomes demonstrativos aquele, aquela,aquilo...etc.Na escrita indicada por meio do acento grave (`). Para

    que ela ocorra, necessrio que haja:a) um termo regente que exija a preposio a;b) um termo regido que seja modificado pelo artigo aou por um dos pronomes demonstrativos de 3 pessoamencionados acima.

    REGRA GERALA crase ocorrer sempre que o termo anterior exigir a

    preposio a e o termo posterior admitir o artigo a ou as.

    Vou a a praia.= Vou praia.

    Dicas:Para se certificar, substitua o termo femi-nino por um masculino, se a contrao ao fornecessria, a crase ser necessria.Exemplo: Vou praia./ Vou ao clube.

    EMPREGO OBRIGATRIO DA CRASESempre ocorrer crase:1) Nos casos em que a regra geral puder ser aplicada.

    Exemplo: Dirigiu-se professora.

    2) Nas locues conjuntivas, adverbiais e prepositi-vas (formadas por a + palavra feminina).Exemplo: medida que passa tempo a violnciaaumenta.O povo brasileiro vive merc de polticos muitasdas vezes corruptos.Gosto muito de sair noite.

    3) Na indicao do nmero de horas, quando ao tro-car o nmero de horas pela palavra meio-dia, obti-vermos a expresso ao meio-dia.

    Exemplo: Retornou s oito horas em ponto./ (Retor-nou ao meio-dia em ponto.)

    4) Nas expresses moda de, maneira de mesmoquando essas estiverem implcitas.Exemplo: Farei para o jantar uma bacalhoada (moda de Portugal) portuguesa.

    Emprego facultativo da crase1) Diante de pronomes possessivos femininos.Vou a sua casa./ Vou sua casa.2) Diante de nomes prprios femininos.No me referia a Eliana./ No me referia Eliana.3) Depois da preposio at.Foi at a porta./ Foi at porta.

    Casos em que nunca ocorre a crase1) Diante de palavras masculinas.Exemplo: Saiu a cavalo e sofreu uma queda.2) Diante de verbos.Exemplo: Ele est apto a concorrer ao cargo.3) Diante de nome de cidade (topnimo) que re-pudie o artigo.Exemplo: Turistas vo freqentemente a Tiradentes.

    Dicas:a) Descubra se o nome da cidade aceita artigo:use o verbo VOLTAR . Se houver contrao de

    preposio e artigo, existir crase.Exemplo: Voltei da Espanha./ Fui Espanha.Voltei de Tiradentes./ Fui a Tiradentes.

    b) Se o nome da cidade estiver determinado, acrase ser obrigatria.Exemplo: Fui histrica Tiradentes.

    c) Em expresses formadas por palavras re-petidas (uma a uma, frente a frente, etc.)Exemplo: Olhamo-nos cara a cara.

    5) Quando o a estiver no singular diante de uma pala-vra no plural.Exemplo: Como posso resistir a pessoas to en-cantadoras?

    6) Diante do artigo indefinido uma.Exemplo: Isto me levou a uma deciso drstica.

    7) Diante de Nossa Senhora e de nomes de santos.Exemplo: Entregarei a Nossa Senhora da Concei-o minha oferenda.

    8) Diante da palavra terra, quando esta significar ter-ra firme, tomada em oposio a mar ou ar.Exemplo: Os pilotos j voltaram a terra.

    9) Diante da palavra casa (no sentido de lar, moradia)quando esta no estiver determinada por adjuntoadnominal.Exemplo: No voltarei a casa esta semana.

    Dica: Caso a palavra casa venha determinadapor adjunto adnominal, ocorrer a crase.Exemplo: No voltarei casa de meus pais esta

    semana.10)Diante de pronomes que no admitem artigo: rela-

    tivos, indefinidos, pessoais, tratamento e demons-trativos.Exemplo: Dei a ela oportunidade de se redimir./ So-licito a V.S. a confirmao do pedido./ Convidei avrias pessoas para a reunio.

    11)Diante de numerais cardinais quando estes se refe-rem a substantivos no determinados pelo artigo.Exemplo: Daqui a duas semanas retornarei ao tra-balho.

    CRASE DA PREPOSIO A COM OS PRONOMES DE-MONSTRATIVOS

    Preposio a + pronomes = , quilo, quele(s),

    quela (s)Exemplo: Assistimos quela pea teatral.

    Dicas:A crase da preposio a com o pronomedemonstrativo a ocorrer sempre antes do prono-me relativo que ( que) ou da preposio de ( de).Exemplo: Esta no a pessoa que me referia.

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    Degrau Cultural 35

    SINTAXE DA ORAO E DO PERODO

    Parte da gramtica que estuda as palavras enquan-to elementos de uma frase, as suas relaes de con-cordncia, de subordinao e de ordem; componentedo sistema lingstico que determina as relaes for-

    mais que interligam os constituintes da sentena, atri-buindo-lhe uma estrutura.

    Em uma anlise sinttica podemos ter:

    1- Frase a reunio de palavras que expressam uma idia

    completa, constitui o elemento fundamental da lingua-gem, no precisa necessariamente conter verbos.Exemplo:Hum! Que delcia esse bolo.

    2- Orao idia que se organiza em torno de um verbo.

    Exemplo: Todos estavam a sua espera para o jantar.

    Dica:O verbo pode estar elptico (no aparece,mas existe)Exemplo: Ana Carolina faz tanto sucesso quanto(faz) Ivete Sangalo.

    3- Perodo o conjunto de oraes. Ele pode ser constitudo

    por uma ou mais oraes.O perodo pode ser: simples - constitudo por apenas uma orao.

    Exemplo: Machado de Assis um dos maiores es-critores da literatura brasileira.

    composto - constitudo por mais de uma orao.Exemplo: No podemos esquecer que todos esta-vam aguardando a vaga.

    SUJEITOElemento da orao a respeito do qual damos algu-

    ma informao. Seu ncleo (palavra mais importante)pode ser um substantivo, pronome ou palavra substan-tivada.Exemplo: Ana Carolina faz tanto sucesso quanto (faz)Ivete Sangalo.Sujeito da 1 orao: Ana CarolinaNcleo do sujeito: Ana Carolina (substantivo)

    Tipos de sujeito: Simples Composto Oculto, elptico ou desinencial Indeterminado Inexistente ou orao sem sujeito

    Sujeito SimplesAquele que possui apenas um ncleo.

    Exemplo: Autores consagrados ganham as pratelei-ras dos supermercados.ncleo: autores

    Sujeito CompostoAquele que possui mais de um ncleo.

    Exemplo: Jogadores e torcedores reclamaram da arbi-tragem.

    ncleos: jogadores, torcedores

    Sujeito oculto, elptico ou desinencialAquele que no vem expresso na orao, mas pode

    ser facilmente identificado pela desinncia do verbo.Exemplo: Onde estou, o que quero da vida?Apesar do sujeito no estar expresso, pode ser identifi-cado nas duas oraes: eu.

    Sujeito indeterminadoAquele que no se quer ou no se pode identificar.

    Exemplo: Vive-se melhor em Paris do que em Londres.Roubaram o carro.

    Ateno:O sujeito pode ser indeterminado em

    duas situaes: verbo na terceira pessoa do plural sem su-jeito expresso: Telefonaram por engano paracasa de vov.

    verbo na terceira pessoa do singular acompa-nhado do pronome SE (ndice de indetermina-o do sujeito): Precisa-se de secretria.

    Sujeito inexistente ou orao sem sujeitoA informao contida no predicado no se refere a

    sujeito algum. Ocorre orao sem sujeito quando temosum verbo impessoal. O verbo impessoal quando: Indica fenmenos da natureza (chover, nevar, ama-

    nhecer, etc.). Exemplo: Chovia muito naquela noitedo acidente. Choveu muito em So Paulo este ms.

    Fazer, ser, estar indicarem tempo cronolgico. Exem-plo: Faz anos que ela no aparece. J uma horada tarde. Est quente em Minas Gerais.

    Haver tiver sentido de existir.Exemplo: Havia soldados por toda parte.

    Ateno:Os verbos impessoais sempre ficarona 3 pessoa do singular (havia, faz...)

    Termos ligados ao nomeExistem alguns termos que se ligam aos nomes.

    So eles: Adjunto adnominal Complemento nominal Predicativo Aposto

    ADJUNTO ADNOMINAL o termo que se liga a um nome ou palavra subs-

    tantivada para qualific-lo ou determin-lo. expressogeralmente por um adjetivo, locuo adjetiva, artigo,pronome ou numeral.Exemplo: Neste ano, estimule a inteligncia de seusalunos.

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    Lngua Portuguesa

    ADJUNTO ADVERBIALToda palavra (ou expresso) pertencente classe gra-matical dos advrbios tem, na orao, a funo sintti-ca de adjunto adverbial.

    Exemplo:

    As impresses foram feitas rapidamente.classe gramatical:adv de modorapidamente

    funo sinttica:adj. adv. de modo

    Os adjuntos adverbiais podem ser classificados em:

    Afirmao: Estamos realmente felizes. Assunto: Discutiram sobre religio. Causa: As crianas morrem de fome. Companhia: Fui ao teatro com meu irmo. Concesso: Voltamos apesar do escuro. Condio: No dirija sem minha permisso. Direo: Apontou para todos. Dvida: Talvezele me deixe ir. Efeito: Sua atitude redundou em prejuzos. Excluso: Todos saram, menos Maria. Finalidade: Sa caa. Instrumento: Cortou-se com o alicate. Intensidade: Danou muito. Lugar: Estive na casa de Paulo. Matria: Bolo se faz com trigo. Meio: Passei a tentar levar o barco pelo leme. Modo: Correu incansavelmente. Negao: Nov escola. Oposio: Voltou contra o prprio partido. Ordem: Classificou-se em primeiro lugar. Preo: Comprei tudo por cem reais. Tempo: Voc chegou ontem?

    COMPLEMENTO NOMINAL o termo da orao exigido como complementao

    de alguns nomes (substantivos, adjetivos ou advrbi-os). Geralmente regido de preposio.Exemplo: A criana tinha necessidade de mais leitura.Os turistas tinham disposio para os passeios.

    PREDICATIVO o termo da orao que qualifica, classifica ou ex-

    pressa um estado do ncleo do sujeito ou do ncleo doobjeto.Exemplo: Os torcedores saram alegres. (predicativodo sujeito)Os torcedores consideraram o jogo fraco. (predicativodo objeto)

    APOSTO o termo da orao que resume, explica ou especi-

    fica um nome.Exemplo: Maria Alice, filha de Joo e Maria, era umamoa muito recatada e bonita.

    Dicas: O aposto geralmente vem marcado poralgum tipo de pontuao: vrgula, travesso, pa-rnteses ou dois-pontos.Exemplo: Algumas frutas - ma, pra e melan-cia - foram escolhidas para a exposio.

    Predicao verbal

    A - Que verbo transitivo? o verbo de sentido incompleto que pede algum obje-to, ao qual passa a ao.H dois tipos:1) Transitivo direto - pede objeto direto.Os meninos da classe compraram pipocas.2) Transitivo indireto - pede objeto indiretoAs meninas gostam de paoca.

    Observaes:1. H verbos transitivos que pedem dois objetos: umdireto e outro, indireto.Exemplos: Dar, mostrar, pedir, devolver, entregar, oferecer.O namorado deu a Clia (indireto) um buqu (direto).2. Pode haver objetos diretos preposicionados. Reflita-se para distinguir.Exemplos: Deus ama aos homens. Aos homens ob-jeto direto porque indica os seres a quem se dirige osentimento do amor de Deus.

    B - Que verbo intransitivo? intransitivo o verbo que no pede objeto.A ao que ele exprime, no passa necessariamente aoutro elemento.Exemplo: A criana dorme.O verbo intransitivo poder vir acompanhado de adjun-tos adverbiais, mas continua sendo intransitivo.Exemplos: A criana dorme bem. (bem: adjunto adver-bial de modo)A criana dorme em sua caminha. (em sua caminha:adjunto adverbial de lugar)

    C - Que verbo de ligao?So os verbos que servem somente para ligar o sujeitoao seu predicativo. No apresentam significao.

    So eles: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, tor-nar-se e ficar.Exemplos: Ficamos emocionados. Permanecer sol-teira. Todos estavam tristes com a notcia.

    PREDICADO tudo aquilo que se inform