portugues funrio

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LÍNGUA PORTUGUESA * Questão 1 Qual a única série de palavras que contém dígrafos consonantais? A)através – problemas – crateras – caboclos. B)ternura – caspa – resultado – êxtase. C)farrista – aquecido – exceto – milharal. D)tampas – ventania – sintoma – fundação. E)hálito – hélice – hino – humilde. COMENTÁRIOS A questão aborda FONOLOGIA, isto é, o estudo dos fonemas de “Dígrafos consonantais”...hummmm...vejamos. Dígrafo é um grupo de duas letras que representa único som ou articulaçã Podemos dividir os dígrafos da língua portuguesa em dois grupos: os consonantais e osvocálicos . Dígrafos consonantais Dígrafo Exemplos ch chuva,China lh alho, mi lho nh sonho, ve nho rr (usado unicamente entre vogais) barr o, bi rr a, bu rr o ss (usado unicamenteentre vogais) assunto, a ssento, i sso sc ascensão, de scendente nasço, cre sça xc exceção, e xcesso gu guelra, á guia qu questão, quilo O que significa é: gu e qu nem sempre representam dígrafos. Isso ocorre apenas quando, seguidos de e ou i , representam os fonemas /g/ e /k/: guerra, quilo. Nesses casos, a letra u não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no ent

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LNGUA PORTUGUESA * Questo 1 Qual a nica srie de palavras que contm dgrafos consonantais? A) atravs problemas crateras caboclos. B) ternura caspa resultado xtase. C) farrista aquecido exceto milharal. D) tampas ventania sintoma fundao. E) hlito hlice hino humilde. COMENTRIOS A questo aborda FONOLOGIA, isto , o estudo dos fonemas de uma lngua. Dgrafos consonantais...hummmm...vejamos. Dgrafo um grupo de duas letras que representa nico som ou articulao. Podemos dividir os dgrafos da lngua portuguesa em dois grupos: os consonantais e os voclicos. Dgrafos consonantais Dgrafo ch lh nh Exemplos chuva, China alho, milho sonho, venho

rr (usado unicamente entre vogais) barro, birra, burro ss (usado vogais) sc s xc gu qu unicamente entre assunto, assento, isso ascenso, descendente naso, cresa exceo, excesso guelra, guia questo, quilo

O que significa : gu e qu nem sempre representam dgrafos. Isso ocorre apenas quando, seguidos de e ou i, representam os fonemas /g/ e /k/: guerra, quilo. Nesses casos, a letra u no corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto,

o u representa uma semivogal ou uma vogal: aguentar1, linguia1, frequente1, tranquilo1, averige, argi - o que significa que gu e qu no so dgrafos. Tambm no h dgrafo quando so seguidos de a ou o: quando, aquoso, averiguo. No Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa, que j est valendo desde de 1 de janeiro de 2009, no mais existir o trema, mas no mudar de maneira alguma a pronuncia de gu e qu. Dgrafos voclicos Quando m e n aparecem no final da slaba. Dgrafo Exemplos am/an campo, sangue em/en sempre, tento im/in limpo, tingir

om/on rombo, tonto um/un bumbo, sunga LETRA A ATRAVS PROBLEMAS CRATERAS CABLOCOS Neste item, temos, na verdade, ENCONTROS CONSONANTAIS PERFEITOS, pois os fonemas consonantais fazem parte de uma mesma slaba. Veja em destaque. LETRA B TERNURA CASPA RESULTADO XTASE Aqui, j temos ENCONTROS CONSONANTAIS IMPERFEITOS, pois os fonemas consonantais esto em slabas diferentes. LETRA C item a marcar FARRISTA AQUECIDO EXCETO MILHARAL Agora temos, de fato, verdadeiros DGRAFOS CONSONANTAIS. Veja em destaque. LETRA D TAMPAS VENTANIA SINTOMA FUNDAO Neste item, temos DGRAFOS VOCLICOS, pois as duas letras destacadas, na verdade, tm um nico som, isto , representam um nico fonema, no caso, VOCLICO. LETRA E HLITO HLICE HINO HUMILDE Neste caso, no temos nada! Hahaha! Nem dgrafo nem encontro consonantal!

Questo 2 Senhoras e senhores, chamo ao palco neste momento o Professor Doutor Simo Bacamarte, ilustre Paraninfo das turmas concluintes do Ensino Mdio de nosso querido Colgio. A funo textual das duas vrgulas dessa frase separar, respectivamente, A) o sujeito e o predicativo. B) os substantivos e os adjetivos. C) o vocativo e o aposto. D) o verbo e o nome. E) o acessrio e o enftico. COMENTRIOS A questo aborda o correto emprego da vrgula no contexto apresentado. Bem, neste segmento, as vrgulas esto empregadas respectivamente para separar VOCATIVO e APOSTO, sem dvida alguma! VOCATIVO = um chamamento; pessoa a quem nos dirigimos a palavra. Derivado do verbo EVOCAR, que significa, naturalmente, CHAMAR. APOSTO = palavra ou expresso de natureza substantiva que serve para explicar um termo anterior a ele. Agora, leia atentamente o enunciado da questo e marque o ITEM C. Questo 3 Aps a partida, o jogador confirmou na entrevista coletiva que ia abandonar o futebol, mas disse tambm que estava muito triste por se despedir de sua carreira de maneira to melanclica. O redator dessa notcia transmitiu, com suas prprias palavras, a essncia do depoimento do jogador, o que uma tcnica redacional chamada de A) referncia livre. B) discurso indireto. C) ponto de vista. D) discurso direto. E) ponto de referncia. COMENTARIOS O enunciador / narrador / autor, para estruturar seu enunciado, utiliza-se de trs tipos de discurso:

a) DISCURSO DIRETO;

b) DISCURSO INDIRETO; c) DISCURSO INDIRETO LIVRE;Vejamos em breves palavras, sem aprofundamento. Isso porque so pouqussimos os concursos pblicos que exigem tal conhecimento do candidato.

a) DISCURSO DIRETO: o enunciador / narrador /autor permite voz personagem, deixa-a expressar-se por si mesma, limitando-se a reproduzir-lhe as palavras como ela as teria efetivamente selecionado, organizado e emitido. Veja: Virglia replicou: --- Promete que algum dia me far baronesa?

b) DISCURSO INDIRETO:Vejamos este exemplo: Jos dias deixou-se estar calado, suspirou e acabou confessando que no era mdico. Ao contrrio do que observamos no enunciado em discurso direto, o narrador (Machado de Assis) incorpora, aqui, ao seu prprio falar, uma informao da personagem (Jos Dias), contentando-se em transmitir ao leitor apenas o seu contedo, sem nenhum respeito forma lingstica que teria sido realmente empregada. Esse processo de reproduzir enunciados chama-se DISCURSO INDIRETO, isto , o enunciador / narrador / autor NO permite voz personagem. DETALHE IMPORTANTE: o discurso INDIRETO marcado por ORAO SUBSTANTIVA, isto , aquela que pode ser trocada pelo pronome ISTO. Exemplo: ELE DISSE QUE VOLTARIA EM BREVE. A orao destacada SUBSTANTIVA, porque pode ser trocada pelo ISTO. Veja: ELE DISSE ISTO.

c) DISCURSO INDIRETO LIVRE: mistura de vozes. a forma de expresso que, em vez de apresentar a personagem em sua voz prpria (DISCURSO DIRETO), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ela teria dito (DISCURSO INDIRETO), aproxima narrador e personagem dando-nos a impresso de que passam a falar em unssono. Veja: Joo Fanhoso fechou os olhos, mal-humorado. A sola dos ps doa. Calo miservel! (M. Palmrio, VC, 99)

APS ESTA EXPLICAO QUANTO QUESTO, temos no fragmento um caso de DISCURSO INDIRETO. Leia as passagens em negrito: Aps a partida, o jogador confirmou na entrevista coletiva que ia abandonar o futebol, mas disse tambm que estava muito triste por se despedir de sua carreira de maneira to melanclica. ITEM B Questo 4 Para esse trabalho, voc precisar utilizar uma caneta, uma prancheta e um bloco de papel em que far as anotaes dirias. Todo esse material ser fornecido pela empresa contratante. A informao acima usa o hipernimo material para A) englobar os hipnimos caneta, prancheta e bloco de papel. B) substituir os sinnimos caneta, prancheta e bloco de papel. C) evitar a ambiguidade de caneta, prancheta e bloco de papel. D) desfazer a polissemia de caneta, prancheta e bloco de papel. E) ampliar a conotatividade de caneta, prancheta e bloco de papel. COMENTRIOS Tanto a HIPERONMIA como a HIPONMIA so um dos fatores responsveis por COESO TEXTUAL. Veja: Minha colega teve uma sbita dor no peito. O chefe pediu que eu fosse com ela ao cardiologista. Aps examin-la, o mdico disse que no se tratava de nada grave. As dores eram provocadas por gases. Perceba que o substantivo MDICO refere-se a CARDIOLOGISTA. Ento, neste caso, a coeso textual se deu com a utilizao de um lexema (palavra), e no um pronome. Chama-se COESO LEXICAL, por HIPERNIMO ou HIPNIMO. Em outras palavras, CARDIOLOGISTA e MDICO so palavras do mesmo campo semntico, compartilham traos significativos. Cardiologista est no grupo de mdico, assim com gato est no grupo do felino. Sendo assim, cardiologista a palavra de sentido mais especfico em relao a mdico, este mais geral. Respectivamente, o primeiro um HIPNIMO e o ltimo, HIPERNIMO. Veja outros casos: HIPERNIMO (MAIS GERAL) HIPNIMO (MAIS ESPECFICO) Felino gato Boi mamfero

Mdico cardiologista Mvel sof QUANTO QUESTO, material engloba, tem como ingredientes caneta, prancheta e bloco de papel. HIPERNIMO HIPNIMO material caneta, prancheta e bloco de papel. LETRA A

Questo 5 Sonho meu, sonho meu Vai buscar quem mora longe, sonho meu. Vai mostrar essa saudade, sonho meu Com a sua liberdade, sonho meu No meu cu a estrela-guia se perdeu A madrugada fria s me traz melancolia, sonho meu. A letra de Dona Ivone Lara emprega o pronome possessivo direita do substantivo sonho com o objetivo de A) criar um efeito estilstico original no portugus. B) designar um hbito polissmico de colocao. C) indicar uma aproximao individual pejorativa. D) dar nfase ao pronome no sintagma sonho meu. E) acentuar um sentimento de polidez e deferncia. COMENTRIOS No geral, os pronomes possessivos ficam ao esquerdo do substantivo, isto , antecedem-no. Nada nos impede, porm, de colocarmo-los direita do nome. Nesse caso, o pronome enfatiza o grupo nominal. Veja: Ex: Isso problema meu. LETRA D Questo 6

Olhar colrico Lrios plsticos do campo e do contracampo Telstico cinemascope Teu sorriso tudo isso Tudo ido e lido e lindo e vindo do vivido Na minha adolescidade Idade de pedra e paz Caetano Veloso e Rogrio Duprat compuseram em 1969 Acrilrico, uma experincia de instrumentos, sons urbanos e palavras sonoras, algumas delas inventadas pelos compositores, que utilizaram os recursos morfolgicos da lngua para produzir A) derivaes prefixais. B) neologismos lexicais. C) substantivos paradoxais. D) alteraes flexionais. E) arcasmos desconexos. COMENTRIOS NEOLOGISMO diz respeito palavra ou expresso nova numa lngua, como, por exemplo, dolarizar, dolarizao, valerioduto, mensalo, apago, entre outros. Em nosso texto, percebemos novas palavras criadas como colrico, contracampo, telstico, cinemascope e adolescidade. LETRA B Questo 7 Qual das frases abaixo serve para mostrar que o uso inadequado dos elementos gramaticais de coeso pode provocar incoerncias no texto? A) O almoo j estava na mesa, mas as cozinheiras estavam comeando a cozinhar a comida. B) Duas alunas no conseguiram chegar a tempo para a festa porque no havia festa naquele dia. C) Quando fura o pneu de uma bicicleta, o motorista precisa ir a um borracheiro. D) Meu amor, tudo em volta est deserto, tudo certo como dois e dois so cinco. E) A falta que te falta tambm eu sinto, mas sinto que me falta a falta que sinto de ti. COMENTRIOS O GABARITO OFICIAL apontou a alternativa A. a) O almoo j estava na mesa, mas as cozinheiras estavam comeando a cozinhar a comida.

Ora, como o almoo poderia j estar na mesa, se as cozinheiras estavam COMEANDO a cozinhar a comida? Porm, a letra B mal elaborada. b) Duas alunas no conseguiram chegar a tempo para a festa / porque no havia festa naquele dia. Ora, SE no havia festa, como as duas alunas ainda se atrasaram? Questo 8 Popeye, o marinheiro movido a espinafre, que gera US$ 2,17 bilhes anuais em vendas, promete neste ano virar personagem de batalhas judiciais pelo mundo. Os direitos autorais dos desenhos originais expiraram no dia 1 de janeiro de 2009, entrando em domnio pblico de acordo com a lei da Unio Europia, que restringe o uso das imagens at 70 anos aps a morte do autor. Isso significa que, agora, qualquer um pode imprimir e vender psteres, camisetas e adesivos com a imagem do Popeye e mesmo utilizar sua imagem em novos quadrinhos, sem a necessidade de pedir autorizao ou pagar royalties. O ltimo perodo da notcia se inicia com o demonstrativo isso, que estabelece um vnculo de coeso no texto porque faz referncia A) restrio ao uso das imagens at 70 anos aps a morte do autor. B) gerao de US$ 2,17 bilhes anuais em vendas. C) permisso para que qualquer um imprima o que quiser. D) possibilidade de haver batalhas judiciais pelo mundo. E) entrada dos direitos autorais em domnio pblico. COMENTRIOS O pronome a classe marcada pela DIXIS, isto , palavra cujos referentes se do no momento em que o contexto produzido. Vejamos, agora, o contexto: Os direitos autorais dos desenhos originais expiraram no dia 1 de janeiro de 2009, entrando em domnio pblico de acordo com a lei da Unio Europia, que restringe o uso das imagens at 70 anos aps a morte do autor. Isso significa que, agora, qualquer um pode imprimir e vender psteres, camisetas e adesivos com a imagem do Popeye... por esta razo que qualquer um pode imprimir e vender psteres, camisetas e adesivos com a imagem do Popeye...porque os direitos autorais entraram em domnio pblico. LETRA E Questo 9 Rio, podem dizer o que quiser, Mas o xod do povo o Rio. Casa do samba e do amor, do Redentor,

Louvado seja o Rio. Sobre os versos iniciais da cano Delrio dos Mortais, de Djavan, correto afirmar que a concordncia verbal do trecho podem dizer o que quiser A) facultativa: pode-se considerar que o sujeito desses verbos est oculto. B) ideolgica: prevalece a idia genrica e no identificada do sujeito. C) rgida: admite-se que o sujeito indeterminado leve o verbo 3a pessoa. D) estilstica: integra o individual no coletivo com a mistura de tratamento. E) viciosa: deveria ser corrigida para podem dizer o que quiserem. COMENTRIOS H um erro quanto flexo verbal. Rio, podem dizer o que quiser, Fazendo uma inverso da frase, temos: Rio, o que QUISEREM PODEM dizer... Sujeito INDETERMINADO em ambos os verbos. LETRA E Questo 10 Um dia comeou a guerra do Paraguai e durou cinco anos. Joo repicava e dobrava, dobrava e repicava pelos mortos e pelas vitrias. Quando se decretou o ventre livre dos escravos, Joo que repicou. Quando se fez a abolio completa, quem repicou foi Joo. Um dia proclamou-se a Repblica. Joo repicou por ela, repicaria pelo Imprio, se o Imprio retornasse. (Machado de Assis: Crnica sobre a morte do escravo Joo, 1897) Os tempos verbais empregados na crnica so, em sua maioria, do pretrito perfeito. Sua finalidade no texto transmitir a idia de aes A) habituais. B) concludas. C) contnuas. D) permanentes. E) hipotticas. COMENTRIOS No Portugus, temos trs tipos de passado (pretrito):

1. Pretrito Perfeito; 2. Pretrito Imperfeito; 3. Pretrito mais que perfeito;

1. PRETRIO PERFEITO: exprime idia de ao acabada, sem repetio, no durativa e no freqente. Ex: Jantei duas torradas. 2. PRETRITO IMPERFEITO: exprime idia repetida no tempo, ao inacabada, repetida e freqente. Ex: noite, conversvamos at pegar no sono. 3. PRETRITO MAIS QUE PERFEITO: exprime uma ao que se deu no passado anterior a uma outra tambm no passado. Ex: Quando o professor entrou, o aluno j sara (havia sado) de sala. QUANTO QUESTO, temos aes concludas, acabadas. LETRA B Questo 11 As opinies pessoais expressam apreciaes, pontos de vista, julgamento, que representam por parte de quem fala sua aprovao ou desaprovao. Mas as opinies precisam vir apoiadas em fatos para que ganhem credibilidade. A alternativa que mostra um trecho argumentativo que serve como exemplo para o que foi dito acima a seguinte: A) O perodo em que Juvenal Antena esteve frente da Associao de Moradores foi benfico para a comunidade, porque ele captou recursos para obras de saneamento, construiu um posto de sade e combateu o trfico de drogas na Portelinha. B) Foi na primeira semana de maio que o jogador brasileiro conhecido como Juca Tatu se transferiu para o futebol da China, a fim de integrar a equipe mais popular da cidade de Xangai, o Shenzhen, cujo treinador o paulista Marcos Falopa. C) Alm, muito alm daquela lagoa, que ainda reflete os ltimos raios do pr-do-sol, nasceu Limogino, o cabra da peixeira arretada, que tinha os olhos mais vesgos que eu j vi, e mais remelentos que folha de jacutinga largada no brejo durante a seca. D) Isaltina namorou-me durante doze dias e quatro maos de cigarro mata-rato e vivia falando mal do meu pai s porque o velho era rabugento e passava as tardes enchendo a pacincia dizendo que nosso caso excedia as raias de um impulso infanto-juvenil. E) Para saber se o texto figurativo, observe se as imagens tm uma organizao imprecisa e se h um grupo delas se referindo escultura e outro representando a produo intelectual baiana do incio do sculo XX, poca em que faltava mo-de-obra na praa. COMENTRIOS Leia bem o enunciado: (...) Mas as opinies precisam vir apoiadas em fatos para que ganhem credibilidade. Vejamos a letra A.

O perodo em que Juvenal Antena esteve frente da Associao de Moradores foi benfico para a comunidade, porque ele captou recursos para obras de saneamento, construiu um posto de sade e combateu o trfico de drogas na Portelinha. O marcador lgico-argumentativo (sublinhado) de causa, explicao, razo est bem empregado. A orao introduzida por ele mantm dilogo com a anterior, estabelecendo, assim, causa, explicao. A defesa de seus argumentos se d na orao introduzida por esse elemento coesivo. Perceba os argumentos defendidos pelo autor ao fato de Juvenal Antena ter sido benfico para a comunidade: 1 - Ele (Juvenal Antena) captou recursos para obras de saneamento; 2 - (Juvenal Antena) Construiu um posto de sade; 3 - (Juvenal Antena) Combateu o trfico de drogas na Portelinha; LETRA A Questo 12 Escrever triste. Impede a conjugao de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferena pelo que vo dizendo, enquanto l fora a vida estoura no s em bombas como tambm em ddivas de toda natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a voc, que est de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginlia, pur de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionrio. (Carlos Drummond de Andrade: Hoje no escrevo, 1974) O vocabulrio usado pelo cronista inclui vrias palavras derivadas. Algumas delas contm sufixos,, como comprova a seguinte alternativa, que transcreve apenas palavras formadas por derivao sufixal: A) indiferena, ddivas, maquininha, reflexos. B) conjugao, velocidade, claridade, marginlia. C) realidade, teclado, dicionrio, reunindo. D) voc, tambm, reduzir, natureza. E) impede, inclusive, infiel, igual. COMENTRIOS DERIVAO o processo responsvel pela formao de palavras. DERIVAO SUFIXAL forma palavras a partir de um morfema que se liga posterior ao radical / raiz. Assim, formamos palavras como: LIVREIRO LIVRARIA DENTUO DENTISTA O item em que s h palavras formadas por esse processo B.

LETRA B CONJUGAO = CONJUGAR + O VELOCIDADE = VELOZ + IDADE CLARIDADE = CLARO + IDADE MARGINLIA = MARGIN + AL + IA Questo 13 Chama-se adequao sinttica a construo coerente de perodos e oraes, observadas as relaes existentes entre seus termos e a sua organizao. Qual o pargrafo dentre os abaixo transcritos que preserva o princpio do paralelismo sinttico, segundo o qual quaisquer elementos da frase coordenados entre si devem apresentar estrutura gramatical similar? A) Aqui no pretendemos defender a idia de mais interveno do Estado na economia ou que ele volte a produzir ao em grande quantidade. B) Aqui no pretendemos defender a idia de que o Estado intervenha mais na economia ou a volta de uma produo de ao em grande quantidade. C) Aqui no pretendemos defender a idia de que o Estado intervenha mais na economia ou que volte a produzir ao em grande quantidade. D) Aqui no pretendemos defender a idia de que a interveno do Estado deva ser maior na economia ou uma produo de ao voltando a ter quantidade. E) Aqui no pretendemos defender a idia de um Estado intervindo mais na economia ou que ele volte produo de ao em grande quantidade. COMENTRIOS Paralelismo sinttico diz respeito a termos coordenados entre si que apresentam no s mesma estrutura formal quanto sinttica, isto , forma e funo similares. Ex: Contratei um funcionrio experiente e que se esfora muito. Os termos coordenados tm a mesma funo sinttica, porm no a mesma forma. Perceba que, enquanto INEXPERIENTE um nome, QUE SE ESFORA MUITO uma orao, ambos referentes a FUNCIONRIO. Sendo assim, no h, nesse caso, PARALELISMO SINTTICO. Uma soluo: Ex: Contratei um funcionrio experiente e muito esforado. QUANTO QUESTO, temos construes possveis (PERCEBA A MARCA DA COORDENAO SUBLINHADA: 1. Aqui no pretendemos defender a idia de um Estado INTERVINDO mais na economia ou VOLTANDO produo de ao em grande quantidade. - PARALELISMO DE FORMAS GERUNDIAIS;

2. Aqui no pretendemos defender a idia de que um Estado INTERVENHA mais na economia ou (de que) VOLTE a produzir ao em grande quantidade. - PARALELISMO DE FORMAS FINITAS (PRESENTE DO SUBJUNTIVO); 3. Aqui no pretendemos defender a idia de um Estado INTERVIR mais na economia ou VOLTAR a produzir ao em grande quantidade.

- PARALELISMO DE FORMAS INFINITAS; 4. Aqui no pretendemos defender a idia de mais INTERVENO do Estado na economia ou a VOLTA da produo de ao em grande quantidade. - PARALELIMO DE FORMAS NOMINAIS; LETRA C Questo 14 Tendo comeado quase ao mesmo tempo a vida de escritor e a de professor, bem se pode imaginar quanto me vi s voltas com as regras ditadas durante todos aqueles anos por fillogos e gramticos. De modo geral, fao justia a eles, reconhecendo que os bons so indispensveis: necessrio que algum coloque alguma ordem no modo de um Povo falar escrever seu idioma. (Ariano Suassuna: Receita para Escrever Nomes Prprios, 2000) Assim como est adequado o emprego do acento de crase no sintagma "s voltas", tambm est correto esse uso do acento em: A) Peo encarecidamente V.Exa a transferncia desse indivduo. B) Os vales-refeio sero distribudos partir de amanh tarde. C) Encomendei um sanduche metro e comprei comida quilo. D) meia-noite, assistimos pela tev chegada do Ano Novo. E) Saram s escondidas e foram p at esquina pegar um txi. COMENTRIOS LETRA A No ocorre CRASE diante de PRONOMES de TRATAMENTO. LETRA B A locuo A PARTIR DE no admite CRASE. LETRA C Metro palavra masculina assim como quilo. Portanto, elimine os acentos. LETRA D ITEM CORRETO meia-noite = durante a meia noite;

...assistimos (exige preposio A) pela tv chegada (substantivo feminino) ... LETRA E A palavra P masculina, logo no ocorrer nunca CRASE. Questo 15 Todo o nosso comportamento social est regulado por normas a que devemos obedecer, se quisermos ser corretos. O mesmo acontece com a linguagem, apenas com a diferena de que as suas normas, de um modo geral, so mais complexas e coercitivas. Por isso, e para simplificar as coisas, define-se o linguisticamente correto como aquilo que exigido pela comunidade lingstica a que se pertence. (Celso Cunha: A Noo de Correto, 1985) Qual das frases abaixo, embora consagrada pelo uso na imprensa de prestgio, ainda apontada como um desvio em relao s normas da lngua padro? A) Custa-me crer que tudo isso ainda seja proibido na sociedade brasileira contempornea. B) Quinze por cento da populao gacha declararam que seus momentos de lazer diminuram. C) A maior parte daqueles bairros no tinham nenhuma estrutura para suportar as enchentes. D) Assim que elas intervieram, a dvida foi sanada e todos ficamos satisfeitos e felizes. E) O pblico feminino preferia mais a punio da vil do que a vingana da herona.

COMENTRIOS Quanto linguagem formal do portugus, o verbo PREFERIR construdo com a preposio A. Isto , quem PREFERE PREFERE algo A outra coisa. Portanto, construes como Prefiro futebol do que / que basquete. Prefiro mais futebol do que / que basquete. Prefiro mil vezes futebol do que / que basquete. Prefiro antes futebol do que / que basquete. so consideradas incorretas, quanto ao uso da linguagem formal. A construo simples Prefiro futebol A basquete. Sendo assim, na letra E est INCORRETA.

O pblico feminino preferia mais a punio da vil do que a vingana da herona. LETRA E

Questo 16 A nica opo cujas palavras precisam receber acento grfico por serem todas proparoxtonas A) batavo bavaro perito misantropo. B) arquetipo mequetrefe filantropo acrobata. C) rubrica crisantemo hieroglifo ibero. D) omega interim zenite improbo. E) azafama algaravia pudico levedo. COMENTRIOS LETRA A BATAVO BVARO PERITO - MISANTROPO LETRA B ARQUTIPO MAQUETREFE FILANTROPO ACROBATA (ou ACRBATA) LETRA C RUBRICA CRISNTEMO HIERGLIFO (ou HIEROGLIFO) IBERO LETRA D ITEM A MARCAR MEGA NTERIM ZNITE - MPROBO LETRA E AZFAMA ALGARAVIA PUDICO LVEDO

Por enquanto s! Ficaremos por aqui, ento. Espero que todos tenham entendido a breve explicao. Lembre-se: reclamaes, sugestes e elogios so sempre bem-vindos! Abrao. Prof. Hugo Magalhes Postado por PROF. HUGO MAGALHAES s Quinta-feira, Julho 02, 2009