portugal post novembro 2009

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PORTUGAL POST Director: Mário G. M. dos Santos ANO XVI • Nº 184 • Novembro 2009 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351•E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718 Leia nesta edição Página 7 Página 8 Páginas 12 / 13 Página 6 Publicidade Portugal Post - Burgholzstr 43 - 44145 Do PVST Deutsche Post AG - Entgelt bezahlt K25853 Entrevista Embaixador de Portugal em Berlim ao PP: Esperamos em breve voltar a contar com um responsável pelos serviços de apoio social na Embaixada Pág.3 Miltenberg Associação Portuguesa recebe 25 mil € do Estado português Berlim Escola luso-alemã participa no momumento sobre a queda do muro Legislativas 2009 Partido Socialista ganha as eleições na Alemanha Novo livro de José Saramago Caim não incomodará católicos, mas pode gerar reacções nos judeus” Crónica de Cristina Krippahl Alemanha Só as ajudas do Estado evitam duplicação do número de pessoas afectadas Portugal 18 por cento são pobres e a situação tende a piorar Páginas 10 / 11 Pobreza

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Portugal Post Novembro 2009

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Page 1: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POSTDirector: Mário G. M. dos Santos

ANO XVI • Nº 184 • Novembro 2009 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351•E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718

Leia nesta edição

Página 7

Página 8

Páginas 12 / 13

Página 6

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Portugal Post - Burgholzstr 43 - 44145 DoPVST Deutsche Post AG - Entgelt bezahlt K25853

Entrevista

Embaixador de Portugal em Berlim ao PP:

Esperamos embreve voltar

a contar com umresponsável pelosserviços de apoio

social na Embaixada

Pág.3

“MiltenbergAssociação Portuguesa recebe25 mil € do Estado português

Berlim Escola luso-alemã participa nomomumento sobre a queda domuro

Legislativas 2009Partido Socialista ganha as eleições na Alemanha

Novo livro de José Saramago

Caim não incomodará católicos, maspode gerar reacções nos judeus”

Crónica de Cristina Krippahl

Alemanha Só as ajudas do Estado evitam duplicação do número de pessoas afectadas

Portugal 18 por cento são pobres e a situaçãotende a piorar Páginas 10 / 11

Pobreza

Page 2: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009

EditorialMário dos Santos

2

DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS

REDACÇÃO E COLABORADORESCRISTINA KRIPPAHL: BONAFRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIMFERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDAHELENA GOUVEIA: BONAJOAQUIM PEITO: HANNOVERLUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE

CORRESPONDENTESALFREDO CARDOSO: MÜNSTERANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHENJOÃO FERREIRA: SINGENJORGE MARTINS RITA: ESTUGARDAJOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORFKOTA NGINGAS: DORTMUNDMANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECKMARIA DOS ANJOS SANTOS - HAMBURGOMICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONAZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT

COLUNISTASANTÒNIO JUSTO: KASSELDORA MOURINHO: ESSENFERNANDA LEITÃO: TORONTOJOSÉ EDUARDO: FRANKFURTJOSÉ VALGODE: LANGENFELDLAGOA DA SILVA: LISBOALUIS BARREIRA, LUXEMBURGOMARCO BERTOLOSO: COLÓNIAMARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIGPAULO PISCO: LISBOARUI MENDES: AUGSBURGRUI PAZ: DÜSSELDORFTERESA COLAÇO: COLÓNIA

ASSUNTOS SOCIAISJOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIALCONSULTÓRIO JURIDICOCATARINA TAVARES: ADVOGADAMICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADAMIGUEL KRAG: ADVOGADO

FOTÓGRAFOS:PAULO FERREIRA E FERNANDO SOARESAGÊNCIAS: LUSA. DPAIMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG

PUBLICIDADE: TELMA BONITO

REDACÇÃO, ASSINATURAS E PUBLICIDADEBURGHOLZSTR.43 - D - 44145 DORTMUNDTEL.: (0231) 83 90 289FAX: (0231) 83 90 351WWW.PORTUGALPOST.DEE MAIL: CORREIO @ FREE.DE

REGISTO LEGAL: PORTUGAL POSTJORNAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA NA ALEMANHAISSN 0340-3718 • K 25853PROPRIEDADEPORTUGAL POST VERLAG REGISTO COMMERCIAL HRA 13654

PORTUGAL POSTAgraciado com a medalha da Liberdade e Democracia da

Assembleia da RepúblicaFundado em 1993

OS TEXTOS PUBLICADOS NA RÚBRICA OPINIÃO SÃO DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ASSINA E NÃO VEICU-LAM QUALQUER POSIÇÃO DO JORNAL PORTUGAL POST

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Se é assinante, avise-nosse mudou ou vai mudar

de endereço

Fax: 0231 - 83 90 351Tel.: 0231 - 83 90 289

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Sem surpresa, a abstenção na Alemanhanas últimas eleições legislativas continua aser um problema que parece ser inultrapas-sável, apesar de, sempre que há eleições,

surgirem queixas de muitos sectores sobre a faltade consciência cívica dos cidadãos emigrados.A distância entre as forças politicas e os cida-dãos emigrados, bem como a falta de sensibili-dade permanentemente demonstrada pelospartidos ante as questões que nos dizem respeito,pode ser uma das muitas explicações para a faltade comparência dos portugueses residentes noestrangeiro nas urnas eleitorais. Há, por outro lado, explicações para a elevadaabstenção que não passam de desculpas de cir-cunstância para desculpar o que não é feito nosentido de incentivar os cidadãos a participaremnos actos eleitorais. Uma delas é dada pelo actual Embaixador dePortugal em Berlim que encontra explicaçõespara a não participação dos portugueses no actoeleitoral em tudo menos naquilo que a embai-xada e os consulados deveriam fazer para incen-tivarem os cidadãos a se inscreverem noscadernos eleitores e, consequentemente, a par-ticiparem com o seu voto nas eleições. (ver en-

trevista na página 3)O embaixador, em vez de dizer o que se fez, talcomo lhe foi perguntado na entrevista, diz ape-nas que “Tanto a Embaixada como os PostosConsulares têm procurado sensibilizar os nossoscompatriotas, de uma forma sistemática, para aimportância do recenseamento e da participaçãonos actos eleitorais”. Mas como? De que forma?Lido esta desculpa, parece que a culpa é dos ci-dadãos, e talvez até nossa , que não vimos “aforma sistemática como a embaixada e os con-sulados procuram sensibilizar os nossos compa-triotas”.Naturalmente que a culpa não cabe apenas à em-baixada e aos postos consulares. É aos partidose aos governos que cabe a maior parte da res-ponsabilidade nesta matéria. E não vale a pena fazer como fazem, isto é, cho-rar sobre leite derramado sempre que há elei-ções. Conhecidos os resultados, os partidosdesdobram-se em declarações lamentando a abs-tenção e até o escasso número de eleitores comose se isso fosse uma grande novidade. E assim, os dias, os meses e os anos passam atéàs próximas eleições sem que se tome medidas

para diminuir o desinteresse dos portuguesesemigrantes pela politica e pela coisa pública.Nas próximas eleições a situação não será outra.

A entrevista que o Embaixador de Portu-gal concedeu (por escrito) ao PORTU-GAL POST é o exemplo acabado dedizer sem dizer, isto é, de responder semresponder. Lendo as respostas do diplo-

mata, ninguém com alguma sinceridade podedizer que o Embaixador está a responder àsquestões que lhe são colocadas.Por nós, tudo bem, o sr Embaixador pode res-ponder como lhe apetece, isto é, sem nada dizer.Mas, quando o jornal pede uma entrevista a umaentidade como é o responsável máximo da di-plomacia portuguesa na Alemanha não é precisoesforçarmo-nos muito para perceber que esta-mos a interpretar as preocupações dos leitores eda comunidade em geral.O sr. Embaixador não é obrigado a dar entrevis-tas. E se dá da forma que dá mais vale não darporque ficamos exactamente como antes, isto é,sem ter respostas sobre aquilo que, em nome dacomunidade, procurámos saber.

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Page 3: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 3Entrevista

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PORTUGAL POST - Nos doisencontros que manteve no iní-cio deste ano com os conse-lheiros da Alemanha doConselho das ComunidadesPortugueses foram muitos osassuntos levantados por aqueleórgão. Um deles tem a vercom o reforço dos serviços so-ciais dos consulados com vistaa um acompanhamento eficazjunto dos sectores da comuni-dade atingidos pelo desem-prego e pela exclusão social.Que foi feito pela embaixadapara corresponder a esta preo-cupação da comunidade?Embaixador - A Embaixada de Por-

tugal tem como uma das principais

preocupações o acompanhamento

da situação desta Comunidade Por-

tuguesa e dos problemas que a

afectam, designadamente as ques-

tões de desemprego e de exclusão

social, que, infelizmente, ganharam

uma nova dimensão em resultado

da actual crise económico-finan-

ceira. Este acompanhamento é feito

em estreita colaboração com os

Postos Consulares e com os mem-

bros na Alemanha do Conselho das

Comunidades Portuguesas, com

quem temos procurado monitori-

zar a evolução da situação, de forma

a dar a resposta mais adequada aos

diferentes casos concretos. Em

todos os Postos Consulares exis-

tem técnicos especializados, que se

ocupam exclusivamente das ques-

tões sociais e que, de forma empe-

nhada, têm efectuado um bom

trabalho. Também na Embaixada, e

não apenas na Secção Consular em

Berlim, temos prestado todo o

apoio que nos foi solicitado. Espe-

ramos em breve voltar a contar

com um responsável pelos serviços

de apoio social nesta Embaixada.

PP - Mais uma vez a abstençãoeleitoral entre os eleitoresportugueses aqui residentes foimuito elevada. Na Alemanha,quais as medidas concretas le-vadas a cabo pelos postos di-plomáticos para incentivar aparticipação dos   eleitores e,na sua opinião,  porque é quenão funcionaram?Embaixador - A elevada taxa de

abstenção nos diversos actos elei-

torais é um facto (e não exclusiva-

mente português) que se lamenta.

Tanto a Embaixada como os Postos

Consulares têm procurado sensibi-

lizar os nossos compatriotas, de

uma forma sistemática, para a im-

portância do recenseamento e da

participação nos actos eleitorais.

Este assunto tem sido igualmente

abordado com os membros do

Conselho das Comunidades, com

vista a uma maior sensibilização. O

elevado grau de abstenção que se

tem verificado não tem necessaria-

mente a ver com a falta de informa-

ção e, em última análise, o direito

de voto é exercido por cada um de

uma forma livre e consciente.

PP - Alguns partidos queixam-se da falta de actualização doscadernos eleitorais. Segundoalgumas forças politicas, oseleitores aquando da sua des-locação aos consulados nãosão encaminhados para os ser-viços de recenseamento paraprocederem à actualização

dos dados. Há alguma explica-ção para não existir frequente-mente actualização doscadernos eleitorais?Embaixador - Os cadernos eleito-

rais são actualizados pelos compe-

tentes serviços centrais em Lisboa

e não pelos Consulados. Ainda

assim, os utentes são sistematica-

mente convidados a proceder ao

recenseamento, sempre que se des-

locam aos Postos Consulares.

PP - Sobre esta questão, háqueixas de eleitores dirigidasao nosso jornal que se insur-gem contra a   forma incor-recta como o seu endereçoestá registado. Esta queixasvêm, sobretudo, da área deHamburgo. A quem cabe a res-ponsabilidade nos consuladosde verificar e actualizar os ca-dernos?Embaixador - Os Postos Consula-

res registam os endereços que lhes

são fornecidos pelos utentes. Caso

sejam detectadas imprecisões, ou

sempre que se verifique uma mu-

dança de residência, devem os uten-

tes solicitar a respectiva

rectificação junto do Posto Consu-

lar da sua área. Na área consular

referida, não estão, segundo apurei,

registadas reclamações.

PP – Há uma falta de uniformi-dade dos serviços consulares.Por exemplo, não se com-preende porque é que o Con-sulado-Geral de Portugal emDusseldorf não faz casamentosàs segundas e às sextas,quando se sabe que as sextas éo dia preferido das pessoaspara se casarem.Há intenção de corrigir a situa-ção e se sim quando, e se não,porquê?Embaixador - Em Düsseldorf, como

nos outros Postos Consulares, não

existem restrições à celebração de

qualquer acto consular dentro do

respectivo horário de atendimento.

Têm ali sido celebrados casamen-

tos também à segunda e sexta-feira,

designadamente neste mês de Ou-

tubro, nos dias 9, 23 e 26. Por uma

questão de organização dos servi-

ços, podem, em alguns casos e a tí-

tulo excepcional, serem sugeridas

outras datas aos utentes.

PP - Cresce em Munique- noestado da Baviera – o descon-tentamento popular contra ainacção do sr. Cônsul Honorá-rio de Portugal, Jürgen Adolff.Qual deve ser, na sua opinião,no mundo moderno, o papelde um cônsul honorário? A suaexistência ainda se justifica, ese sim, porquê?Embaixador - As competências dos

Cônsules Honorários estão estabe-

lecidas na legislação, designada-

mente no novo Regulamento

Consular (DL 71/2009, de 31 de

Março). Compete aos Cônsules

Honorários, enquanto antenas da

Embaixada e dos Consulados-Ge-

rais de que dependam, a defesa dos

direitos e interesses legítimos do

Estado português e dos seus nacio-

nais, designadamente no apoio à

realização de contactos com os

meios políticos, económicos e cul-

turais, a nível local.

PP - Em que fase se  encontrao projecto de construção danova embaixada em Berlim?Embaixador - Como se sabe, foi, na

sequência de um concurso interna-

cional, seleccionado um projecto

arquitectónico para a futura Embai-

xada de Portugal em Berlim e espe-

ramos que, em breve, possa dar-se

início ao processo de construção.

PP - No encontro que o senhorteve com os conselheiros doCCP foi anunciado que a em-baixada iria dar continuidadeao Prémio Inovação para con-templar associações que pro-movam projectos inovadores.Igualmente, anunciou que ascelebrações do 10 de Junho po-deriam realizar-se em regiõescom forte presença portu-guesa.Tem mais alguma informaçãoconcreta a dar à comunidadesobre estes dois assuntos?Embaixador - Ambos os temas me-

recem a nossa atenção e estarão na

agenda da próxima reunião com os

membros na Alemanha do Conse-

lho das Comunidades Portuguesas.

Redacção

Esta é a segunda entre-vista que o actual Em-baixador de Portugalem Berlim, José Cae-tano da Costa Pereira,

concede ao nosso jornal.Tal como a primeira,esta entrevista foi feitapor escrito, como deresto nos foi solicitado.

No que se refere à en-trevista, isto é, às respos-tas que o entrevistadonos enviou, ficámos coma certeza de que as res-

postas não respondemàs questões concretasque colocámos. Demodo que ponderámosmuito em publicar ou

não entrevista. E se a pu-blicamos é para que osleitores e a comunidaderetirem dela as respecti-vas conclusões.

Embaixador de Portugal em Berlim ao PP:

“A abstenção eleitoral que se tem verificadonão tem a ver com a falta de informação”

Esperamos em breve voltar a contarcom um responsável pelos serviçosde apoio social nesta Embaixada. “

Page 4: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 20094 Nacional & Comunidades

O PSD conquistou a maioria

dos votos dos emigrantes portu-

gueses no Brasil nas eleições Legis-

lativas de 27 de Outubro, com

54,48 por cento (4.736) do total de

votos, de acordo com a Direcção-

Geral da Administração Interna

(DGAI).

Já o Partido Socialista (PS) rece-

beu no Brasil 1916 votos (22,04

por cento), seguido pelo CDS/PP

(3,15 por cento), Bloco de Es-

querda (BE - 2,04 por cento) e Par-

tido Comunista Português (PCP - 1,

04 por cento).

O Brasil está inserido entre os

países que fazem parte do círculo

de fora da Europa, que abrange a

América, África, Ásia e Oceânia.

Os emigrantes no Canadá tam-

bém deram a vitória ao PSD, que

obteve 46,67 por cento (700

votos), seguido pelo PS com 18,08

por cento (282 votos), CDS/PP

(2,73 por cento) BE (2,4 por cento)

e PCP (1,13 por cento).

O PSD conseguiu vencer tam-

bém nos Estados Unidos, com uma

votação de 55,46 por cento (940

votos), acompanhado pelo PS

(21,42 por cento - 363 votos),

CDS/PP (3,42 por cento), BE (2,24

por cento) e PCP (0,71 por cento),

Nos restantes países da Amé-

rica e África, os resultados foram:

PSD com 64,41 por cento dos

votos, PS 22,74 por cento, CDS

3,14 por cento, BE 2,38 por cento

e PCP 1,14 por cento.

A Ásia e Oceânia também

deram a vitória ao PSD (47,21 por

cento), seguido pelo PS (28,62 por

cento), CDS/PP (4,46 por cento),

BE (3,64) e PCP (2,01 por cento).

No círculo de Fora da Europa,

o PSD obteve no total 54,48 por

cento dos votos, seguindo-se o PS

(22,04), CDS-PP (3,15), BE (2,04),

PCP-PEV (1,04), MPT-PH (1,04),

MEP (0,79), PND (0,69), PPM (0,49),

PPV (0,43), PCTP/MRPP (0,26),

PNR (0,16) e MMS (0,14).

Neste círculo foram registados

53 votos em branco (0,61) e 1099

votos nulos (12,64).

PS VENCE NA EUROPA

Na Alemanha, o PS foi o grande

vencedor com 40,57 por cento

(1.320 votos), seguido pelo PSD

com 28,15 por cento (916 votos),

BE (5,19 por cento), PCP (4,89 por

cento) CDS/PP (4,79 por cento).

Os emigrantes em França vota-

ram em maioria no PS (45,89 por

cento - 4.051), seguido pelo PSD

(21,32 por cento - 1.882 votos),

CDS/PP (4,32 por cento), BE 3,29

(por cento) e PCP (2,96 por cento).

A emigração na Suíça deu 46,83

por cento dos votos (784) ao PS,

22,28 por cento (383) ao PSD, 7,59

ao PCP, 6,87 por cento ao BE e 5,5

por cento ao CDS/PP.

No resto da Europa a votação

dos emigrantes foi: PS (35,19 por

cento - 1064 votos), PSD (26,09

por cento - 789), BE (7,28 por

cento), PCP (6,12 por cento), e

CDS/PP (5,16 por cento).

No círculo da Europa, o PS ob-

teve no total 35,86 por cento dos

votos, seguido do PSD (34,18),

CDS-PP (4,16), BE (3,81), PCP-PEV

(3,23), MPT-PH (1,11), PCTP-MRPP

(0,6), MEP (0,55), PND (0,38), PPM

(0,36), PPV (0,19), MMS (0,14) e

PNR (0,05).

Neste círculo, registaram-se

170 votos em branco (0,67) e 3750

votos nulos (14,72).

Dos quatro deputados em

causa, o PSD elegeu José Cesário e

Carlos Páscoa pelo círculo Fora da

Europa (com um total de 4736

votos) e Carlos Gonçalves, pelo da

Europa (7219 votos). O PS elegeu

Paulo Pisco pela Europa (3970

votos).

A taxa de participação foi de

25,25 por cento nos dois círculos,

atingindo 23,13 por cento na Eu-

ropa (76,87 de abstenção) e 9,2 por

cento Fora da Europa (90,8 por

cento de abstenção), de acordo

com dados disponibilizados pela

DGAI.

A abstenção nas eleições legis-

lativas de 27 de Setembro nos cír-

culos da emigração atingiu 84,75

por cento, tendo votado apenas

25.472 dos 167.007 eleitores inscri-

tos.

Legislativas 2000 - Emigração

PSD elege três deputados, mas PSé o partido mais votado

Um português de 62 anos,

que estaria morto há dois anos,

foi encontrado na em sua casa na

periferia de Paris, disse fonte ofi-

cial do Consulado-geral de Portu-

gal. José Gomes Macedo, 62 anos,

emigrante em França e refor-

mado da construção civil, era na-

tural de Vila Verde (Braga), onde

ainda reside a sua ex-mulher, com

quem ainda continuava casado le-

galmente.

“O cidadão português foi

identificado através do número

de série da prótese auditiva”,

disse fonte Consulado.

O emigrante português vivia

num prédio de renda subsidiada

no bairro popular de Beauregard,

em Poissy, departamento de Yve-

lines, na periferia oeste de Paris.

O corpo “literalmente mumi-

ficado” de José Gomes Macedo,

conforme descreveram os bom-

beiros à imprensa parisiense, foi

encontrado sozinho no seu apar-

tamento, sentado num cadeirão.

A intervenção dos bombeiros

aconteceu na sequência de um

alerta anónimo feito de uma ca-

bine telefónica em Poissy.

Segundo os bombeiros, José

Gomes Macedo estaria morto há

dois anos, sem ninguém entrar no

seu apartamento, apesar do

cheiro a decomposição que os vi-

zinhos denunciaram há vários

meses.

A caixa do correio de José

Gomes Macedo tinha correspon-

dência por retirar desde 2007 e

os bombeiros, segundo o jornal

“Le Parisien”, encontraram no fri-

gorífico um iogurte com data de

Novembro de 2007.

A luz do apartamento estava

cortada mas a renda foi paga mês

após mês por transferência ban-

cária automática.

O caso está a ser acompa-

nhado pelos media franceses com

choque, sublinhando o “terrível

drama de solidão” do sexagená-

rio.

Português encontrado „mumificado“dois anos depois de morrer

França

Carlos Gonçalves (PSD) e Paulo Pisco (PS) são os dois deputados eleitos pelo circulo eleitoral da Europa. São, afi-nal, os nossos representantes na Assembleia da República.

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Page 5: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 Nacional & Comunidades 5

Combo da constituição do novo governo (em cima E/D): primeiro-

ministro José Sócrates, ministro de Estado e Negócio Estrangeiros,

Luís Amado e ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos,

ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, ministro da defesa Na-

cional, Augusto Santos Silva e ministro da Administração Interna, Rui

Pereira. (ao Centro E/D) ministro da Justiça, Alberto Martins, minis-

tro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, Vieira da Silva

e a ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena

André, ministra da Saúde, Ana Jorge, ministra da Educação Isabel Al-

çada (Maria Isabel Girão de Melo veiga Vilar) e o ministro da Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago. (em baixo E/D) ministra

da Cultura, Maria Gabriela Canavilhas, ministro dos Assuntos Parla-

mentares, Jorge Lacão e o secretário de Estado da Presidência do

Conselho de Ministros, João Tiago Silveira, ministro da Agricultura,

do Desenvolvimento Rural e das Pescas, António Manuel Soares Ser-

rano, ministra do Ambiente e Ordenamento do Território, Dulce Ál-

varo Pássaro e o ministro das Obras Públicas, Transportes e

Comunicações, António Ascenção Mendonça

Constituição do novo governode Portugal

António Braga mantém-se

como secretário de Estado das Co-

munidades. Ocupando o cargo

desde Março de 2005, António

Braga teve na reestruturação con-

sular a medida mais controversa do

seu mandato.

Desde que foi anunciada, em

Dezembro de 2006, até que come-

çou a ser concretizada, no final de

2007, choveram críticas, protestos

e manifestações em todo o mundo

contra a reforma dos consulados.

Pela primeira vez na história da

diáspora portuguesa, os emigrantes

uniram-se para protestar contra

uma reforma.Foi também pela mão

de António Braga que foi criado o

Consulado Virtual, que, via Internet,

disponibiliza serviços e informações

até agora apenas acessíveis nos pos-

tos e secções consulares portugue-

sas no estrangeiro.

António Braga inaugurou tam-

bém o Gabinete de Emergência

Consular que funciona 24 horas

por dia e presta apoio aos portu-

gueses no estrangeiro que se en-

contrem em situações de

emergência.

O titular da pasta da Emigração

foi ainda um dos mentores do Ob-

servatório da Emigração, que tem

como função fazer a análise dos flu-

xos migratórios, das comunidades

portuguesas e a história da emigra-

ção portuguesa.

O LusaVox, um concurso on-

line de descoberta de talentos mu-

sicais entre os portugueses no es-

trangeiro, e a Gala dos Talentos, que

homenageia emigrantes que se dis-

tinguem em áreas como o des-

porto, a política, o associativismo

ou a ciência, entre outros, foram

outras das iniciativas do secretário

de Estado.

No papel continua o Netinvest,

uma iniciativa de apoio ao investi-

mento em Portugal por parte dos

empresários portugueses que

vivem no estrangeiro, largamente

anunciada pelo Governo mas nunca

concretizada.

Quanto ao Ensino do Portu-

guês no Estrangeiro, destaca-se a

passagem da sua tutela do Ministé-

rio da Educação para o Ministério

dos Negócios Estrangeiros, que só

estará plenamente concretizada em

2010/2011.

Natural de Braga e licenciado

em Filosofia, António Braga esteve

ligado à Educação e iniciou funções

de deputado em 1995, na VII Legis-

latura.

No Parlamento dedicou-se

também à Educação, foi vice-presi-

dente do Grupo Parlamentar do PS

(1995 a 1998 e 2001/2002), vice-

presidente do Grupo Parlamentar

de Amizade Portugal Rússia

(2002/2005) e membro do Grupo

Parlamentar de Amizade Portugal

Canadá (2002/2005).

Em Março de 2005, assumiu o

cargo de Secretário de Estado das

Comunidades Portuguesas.

António Braga mantém-se como secretário de Estado das Comunidades

Novo GovernoRecondução de António Braga

„As questões relacionadas

com o ensino deveriam ser uma

das questões prioritárias“, disse o

presidente da Confederação da

Comunidade Portuguesa no Lu-

xemburgo (CCPL), Coimbra de

Matos.

Para o dirigente associativo, o

problema dos recursos humanos

no consulado do Luxemburgo,

„que provoca filas enormes à

porta desde cedo“, o apoio ao as-

sociativismo, questões ligadas à

pobreza e o recenseamento elei-

toral são outros assuntos que

devem merecer a atenção do Go-

verno.

Quanto à recondução de An-

tónio Braga na pasta da Emigra-

ção, Coimbra de Matos disse não

estar „de todo descontente“.

„Foi uma pessoa que soube

ouvir e esteve atento aos proble-

mas. Poderá prosseguir com al-

guns trabalhos que já fez“,

afirmou.

Pelo contrário, a presidente da

Federação das Comunidades Por-

tuguesas na Holanda, Teresa Hei-

mans, mostrou-se „surpreendida“

com a recondução de António

Braga.

„Surpreendeu-me. Nos en-

contros que tive com ele, infor-

mou-nos de que não teria um

segundo mandato“.

„Para vir outro que faça

menos ou que não tenha atenção

para com as comunidades, não

acho mal que continue o António

Braga, apesar de o seu mandato

não ter satisfeito nem 50 por

cento das necessidades da comu-

nidade“, afirmou Teresa Heimans,

também conselheira das Comuni-

dades Portuguesas.

A dirigente associativa apon-

tou as questões sociais que atin-

gem as comunidades, como os

problemas dos trabalhadores sa-

zonais, a falta de funcionários nos

consulados e os apoios ao movi-

mento associativo como as áreas

prioritárias para a próxima legis-

latura.

O presidente da Associação

dos Autarcas Portugueses em

França (CIVICA), Paulo Marques,

disse à Lusa ser „interessante que

seja o mesmo secretário de Es-

tado das Comunidades“.

„Assinámos um protocolo

com o secretário de Estado para

desenvolver a articulação entre

Portugal e os autarcas de origem

portuguesa em França. Espere-

mos ter novamente um eco posi-

tivo nas nossas organizações“,

referiu.

Paulo Marques apontou ainda

a falta de diálogo do Governo

português como um dos pontos

fracos da anterior legislatura.

„Tem de haver mais articula-

ção entre a Secretaria de Estado

das Comunidades, o Ministério

dos Negócios Estrangeiros e ou-

tros ministérios“, defendeu, dando

o exemplo do Governo francês,

onde essa articulação é feita.

Por seu lado, o secretário-

geral do Sindicato dos Trabalha-

dores Consulares e Missões

Diplomáticas (STCDE), Jorge Ve-

ludo, disse não ter ficado sur-

preendido com a recondução de

António Braga.

„Não ficámos surpreendidos

com a recondução, quer do minis-

tro, quer do secretário de Es-

tado“, afirmou.

Jorge Veludo disse ainda que o

sindicato „não está satisfeito com

a orientação que o Governo vem

assumindo nos últimos tempos,

nomeadamente procurando re-

meter o enquadramento legal dos

trabalhadores dos serviços exter-

nos para a legislação local“.

„É um poço sem fundo“, afir-

mou o sindicalista, prometendo

que irá lutar „com todos os

meios à disposição“ contra a re-

visão para o enquadramento legal.

Ainda sobre a recondução de

António Braga, o PP ouviu o con-

selheiro eleito pela Alemanha Rui

Paz que, numa curta declaração,

se manifestou insatisfeito com a

noticia da recondução, lembrando

a politica que o Secretario de Es-

tado desenvolveu “contra as co-

munidades”. Rui Paz disse ainda

que a recondução de António

Braga “significa que não vai haver

modificação da politica para as

comunidades”, achando “muito

negativa” a política do responsá-

vel do Governo pela tutela das

Comunidades no seu primeiro

mandato.

Portugal Post com Lusa

Consulados, ensino do português e movimento associativosão questões que emigrantes querem ver resolvidas

O funcionamento dos consulados, o ensino

do português e o movimento associativo

são alguns problemas querepresentantes de

portugueses no estrangeiro esperam que

o secretário de Estadodas Comunidades resolva

na próxima legislatura.

Page 6: Portugal Post Novembro 2009

Comunidade - Alemanha PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 20096

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Apresentaram um dossier com-

pleto, detalhado e rigoroso à Secre-

taria de Estado das Comunidades

Portuguesas(SECP), solicitando uma

comparticipação para a recupera-

ção de um local cedido simbolica-

mente pela autarquia alemã. Tudo

batia certo e foram reconfortados

no  deferimento do pedido. Um

grande exemplo, portanto! 

Em declarações ao nosso jornal,

o vice da colectividade, João Lopes,

destacou o empenho do Consulado

de Estugarda para  a qualificação do

projecto e, por outro lado, realçou

a boa imagem da Comunidade e o

trabalho episcopal do padre Joa-

quim Costa para o sucesso da de-

manda. O Cônsul-Geral de

Estugarda, dr. Manuel Gomes Sa-

muel, entregou ,a 16 de Outubro

passado, o cheque meritório. 

„Os portugueses estão bem

vistos na localidade e diocese. São

pouco mais de uma centena de

operosos operários e funcionários

da indústria local do Papel, Metalúr-

gica e Caixilhos . Participamos sem-

pre nas Festas da Cidade, que se

efectivam no primeiro fim-de-

semana de Julho. Celebramos o 1°

de Maio e organizamos a nossa

festa por alturas dos Santos Popu-

Associação Portuguesa de Miltenberg recebe 25 mil Eurosdo Estado português

lares, no quarto fim-de-semana de

Junho“, adiantou-nos, João Lopes, o

vice-presidente da Associação.

Conforme nos precisou João

Lopes, a Associação foi fundada há

cerca de 20 anos. Mobiliza 80 asso-

ciados e tem como orientação má-

xima a defesa do ideal Associativo.

Pauta-se por um exigente código

de ética. O que contribuiu para que

saísse vitoriosa do processo de

comparticipação duplo, do Estado

português e das autoridades autár-

quicas regionais alemãs.

De acordo com um ofício do

Consulado de Portugal em Estu-

garda, „a qualidade do pedido, de-

signadamente no tocante ao

impacto positivo que o centro terá

para os portugueses de Miltenberg

e da região circundante, bem como

a forma como foi elaborado, com

orçamentos e elementos descriti-

vos e justificativos bem elaborados,

foram factores preponderantes na

atribuição do subsídio „.

Trata-se, efectivamente, de um

dos maiores e mais significativos

subsídios dados pelo Estado portu-

guês a uma Colectividade nacional

implantada na Alemanha. De há

muitos anos a esta parte, portanto.

O que sinaliza uma política de apoio

de alta qualidade premiando quem

se pauta pelos elevados parâmetros

da equidade , ética e transparência.

F. Almeida RibeiroPORTUGAL  POST Estugarda

O Cônsul-Geral de Portugal em Estugarda entrega o cheque de 25.000 € à presidente Associação Portuguesa de Mil-tenberg, Fernanda Belchior.A direcção da colectividade agradece, através do Portugal Post , ao Governo português representado na pessoa docônsul todo o apoio dado à Associação Portuguesa de Miltenberg.

Fundada há 30 anos, a Associação Portuguesade Miltenberg (Baviera)

acaba de ser contempladacom um avultado subsídio

de 25 mil Euros da partedo Estado português.

Page 7: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 7Comunidade - Alemanha

A pedra do dominó de esfero-

vite, com 2,5 metros de altura, é

encimada pela lema “Gegen

Mauer in Kopf - Contra Muros na

Cabeça”, um apelo ao entendi-

mento entre os alemães, mas

também entre os povos, aprovei-

tando um dos acontecimentos de

maior impacto da história recente

a nível mundial, ocorrido em

1989.

A pedra de dominó foi um

projecto dos alunos da 10.ª classe,

com a ajuda dos professores de

artes plásticas, e ostenta também

as bandeiras da Alemanha, Angola,

Brasil e Portugal, para lembrar

que a escola tem alunos de várias

nacionalidades.

O embaixador de Portugal na

Alemanha, José Caetano da Costa

Pereira, esteve presente na festa

anual da escola, no fim-de-

semana, e assinou a pedra de do-

minó, aproveitando também para

contactar com alunos e professo-

res.

“Achei engraçado fazermos

uma pedra que vai cair com todas

as outras no dia 09 de Novembro,

porque somos uma escola com

alunos de muitas nações”, disse

um dos estudantes .

Outro dos jovens artistas que

participou na decoração da pedra

do dominó gigante disse que o

projecto “ajudou a saber mais coi-

sas sobre a queda do Muro”, e

prometeu não faltar à grande

festa popular que vai simbolica-

mente assinalar os 20 anos do

acontecimento, junto à Porta de

Brandenburgo, em Berlim.

“Foi um grande dia para a Ale-

manha, mas também para outros

povos, e, por isso, acho bem que

estejamos representados”, disse o

jovem luso-germânico.

Por seu turno, a porta-voz da

comissão de pais, Heike Gabriel,

sublinhou que “embora os alunos

se interessem mais por falar da

violência, do racismo ou da into-

lerância quotidianos, e menos

pelo que aconteceu há 20 anos,

foi possível associar este temas à

queda do Muro, e explicar o que

esta representou para uma maior

confiança mútua e para a com-

preensão entre os povos”.

Segundo Heike Gabriel, “ficou

também claro para os jovens que,

há 20 anos, não seria possível um

projecto destes. Juntar numa es-

cola bilingue alunos de diversas

proveniências para aprender Por-

tuguês e Alemão, num bairro que

fazia parte de Berlim-Leste”.

Um dos cinco professores

portugueses da escola, Maria Ce-

saltina das Almas Gotzer, conside-

rou o projecto da pedra de

dominó “uma obra muito didác-

tica, que permitiu tratar, nas aulas,

o tema da queda do Muro, propi-

ciando mais conhecimentos de

História e também de vocabulá-

rio”.

A docente, que lecciona há

seis anos na escola luso-alemã, re-

feriu que os professores vão re-

tomar o assunto no dia 09 de

Novembro, “porque os alunos

gostam muito de estabelecer

comparações entre culturas e

mentalidades, e é uma boa oca-

sião para o fazer”.

A Escola Europeia de Portu-

guês-Alemão Kurt-Schwitters,

assim a designação oficial, tem ac-

tualmente 76 alunos da sétima à

décima classes, entre os quais 10

portugueses.

Como estipula o protocolo

entre o Senado de Berlim e o Mi-

nistério da Educação português,

que financiam o projecto, metade

dos alunos têm o Alemão como

língua materna e a outra metade

o Português.

Francisco Assunção,Berlim

Escola luso-alemã participa nomomumento sobre a queda do muro

Os alunos da escola secundária luso-alemã deBerlim conceberam uma

das mil pedras do dominógigante que vai ser derru-

bado a 09 de Novembrono centro da cidade para

evocar os 20 anos daqueda do Muro.

Os alunos da escola secundária luso-alemã de Berlim conceberam uma das mil pedras do dominó gigante que vai serderrubado a .9 de Novembro no centro da cidade para evocar os 20 anos da queda do Muro.Na foto: Embaixador de Portugal rubrica a pedra. Foto: FA

A propósito de uma noticia da res-

ponsabilidade da redacção do Por-

tugal Post em que se pretende

sugerir que os conselheiros da Ale-

manha estão inactivos há que escla-

recer o seguinte:

1. O actual Governo acabou com o

CCP da Alemanha e de outros paí-

ses ao eliminar com a nova Lei do

CCP a existência das Secções Lo-

cais (conselhos de país). O artigo

29° que define as funções dos Con-

selheiros dentro do círculo pelo

qual foram eleitos apenas prevê

reuniões com os titulares das mis-

sões diplomáticas, postos consula-

res, conselheiros e adidos culturais

das embaixadas. A nova Lei do CCP

ao eliminar as Secções locais, dei-

xou de contemplar as actividades

de informação, auscultação e con-

tacto directo dos Conselheiros

junto das comunidades que os ele-

geram.

2. Mesmo assim os Conselheiros

têm desenvolvido uma intensa acti-

vidade de contacto com as comu-

nidades, associações e

colectividades da sua região, finan-

ciando eles próprios a sua activi-

dade e têm mesmo emprestado

dinheiro ao Estado português ao

avançarem com o pagamento das

despesas de deslocação à Embai-

xada de Portugal em Berlim e a ou-

tros encontros oficiais. Também nas

comissões de que são membros

estão a dar um contributo inestimá-

vel para a resolução de problemas

muito graves como a dupla tributa-

ção, a tributação das reformas do

estrangeiro e a perda do seu valor,

ensino e outros.

3. Finalmente é necessário assinalar

que notícias enviadas para o Portu-

gal Post sobre a actividade dos con-

selheiros, como, por exemplo, um

encontro realizado com o respon-

sável pelo posto consular de Osna-

brück em Junho passado, não têm

sido publicadas.

4 de Outubro de 2009

Os Conselheiros eleitos pela Co-

munidade Portuguesa na Alemanha

DIREITO DE RESPOSTAComunicado dos

Conselheiros Eleitos pela Comunidade

Portuguesa na Alemanha

Nota de RedacçãoQuem leu a notícia contra a qual

o CCP se insurge sabe que o PP

não se referiu à actividade ou

inactividade dos conselheiros

mas, sim, ao portal do CCP-Ale-

manha na internet que não é ac-

tualizada desde 2005, criando

confusão entre aqueles que visi-

tam o site, deparando-se com

nomes dos anteriores conselhei-

ros.

Page 8: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009Comunidade - Alemanha8

Apuramento dos votos por mesas

PS 780

PPD/PSD 506

BE 101

CDU 101

CDS/PP 95

MPT 13

PCTP/MRPP 8

PND 4

MEP 2

PPM 3

PPV 0

MMS 0

Votos em branco 7

Votos Nulos 192

Total Mesa 1812

540

410

68

58

61

8

10

3

5

2

1

1

12

263

1442

1320 40,57%

916 28,15%

169 5,19%

159 4,89%

156 4,79%

21 0,65%

18 0,55%

7 0,22%

7 0,22%

5 0,15%

1 0,03 %

1 0,03%

19 0,58%

455 13,98

3254 31,83

Mesa 9: Berlim, Dusseldorf, Hamburgo,Osnabruck

Mesa 10: Estugarda, Nuremberga, Munique, Singen, Frankfurt

Total por Partido

Legislativas 2009 - Resultados na Alemanha

Inscritos: 10.223

O Partido Socialista venceu aseleições legislativas na Alema-nha. Apurados os votos, os so-cialistas arrecadaram 1320votos, o que corresponde a40,57 dos votos entrados nasurnas. Mesmo assim, o PSperde para a abstenção cercade 1300 votos que tinha con-quistado em 2005, votos estesque faltaram para eleger o se-gundo deputado pela Europajá que os socialistas estiverama 600 votos de fazerem opleno.

A explicação dada pelos socia-

listas locais é que o PS pagou a fac-

tura de ser governo nos últimos

quatro anos, e, também, ao grande

número de votos que foram anula-

dos por terem sido enviados com

erro no seu preenchimento, mas

“mesmo assim, o PS continua a ser

a força politica mais forte na Alema-

nha”, disse-nos um destacado mili-

tante socialista.

Por seu turno, o PSD, que apos-

tou forte na Alemanha ao integrar

na sua lista pelo círculo da Europa

dois candidatos aqui residentes, não

consegue mais do que 916 votos

(28,15%), perdendo 875 votos em

relação às eleições realizadas em

2005.

Artur Amorim, presidente do

PSD-Alemanha, justificou ao PP a

fraca votação no PSD com a queda

do número de eleitores “que aca-

bam por ficar recenseados em Por-

tugal quando tratam de requerer o

cartão de cidadão”. Por outro lado,

Artur Amorim culpa os consulados

por não actualizarem os cadernos

eleitorais. Diz Amorim que “quando

um cidadão vai ao consulado actua-

lizar o seu endereço não o faz a ac-

tualização nos cadernos consulares

e por isso acho que os serviços

consulares deveriam ter a preocu-

pação de aconselharem as pessoas

a fazê-lo”, diz o presidente do PSD-

Alemanha.

À esquerda, o Bloco de Es-

querda reforça a sua influencia elei-

toral na Alemanha ao conseguir 169

votos (mais 66 do que em 2005) e

passa, por conseguinte, a ser a ter-

ceira força mais votada na Alema-

nha que, deste modo, ultrapassa a

CDU que alcança 159 votos, mais 9

do que em 2005.

Num curto comentário aos re-

sultados, a coligação PCP-Os Verdes

prefere destacar “ a enorme perda

de votos dos três partidos que tem

governado Portugal e definido a po-

lítica para as comunidades nos últi-

mos 33 anos. Quer o PSD quer o

PS perdem muitos milhares votos.

Só na Alemanha o PS perde 1320

votos e o PSD perde 875, isto é,

praticamente metade do eleito-

rado. O CDS-PP perde 44 votos.

As únicas forças que aumentam o

número de votos são a CDU que

passa de 152 para 159. O BE que

passa de  103 para 169“, refere uma

nota enviada por um destacado

membro do PCP, Rui Paz.

Quem perde, e contrariamente

ao que sucedeu em Portugal, é o

CDS/PP. Com os 156 votos conse-

guidos na Alemanha (menos 44 do

que em 2005) o partido parlamen-

tar mais à direita continua a ser

uma força politica sem expressão

na comunidade.

De resto, quem verdadeira-

mente ganha é a abstenção, como,

aliás, acontece em todas as vota-

ções na emigração. Dos 10.223 re-

censeados na Alemanha, votaram

nestas eleições apenas 3254 eleito-

res.

Legislativas 2009

Partido Socialista ganha as eleições na Alemanha

Manuel Silva, recém-nomeado

vice-cônsul em Osnabrück, convi-

dou a direcção da Federação das

Associações Portuguesas na Alema-

nha (FAPA) e os membros do

Conselho das Comunidades Portu-

guesas (CCP) para um encontro

que se realizou no passado dia 3 de

Outubro nas instalações do vice-

consulado

De acordo com um comuni-

cado conjunto da FAPA e do CCP

enviado à nossa redacção, o encon-

tro “decorreu numa atmosfera de

diálogo e preocupação pela resolu-

ção dos problemas da comunidade

portuguesa”, e procurou fazer “um

balanço da situação no movimento

associativo na Alemanha”.

Neste sentido, os participantes

na reunião discutiram algumas me-

didas cujo é objectivo contribuir

para vencer as dificuldades com

que as associações se debatem. Os

problemas financeiros, a falta de só-

cios com preparação para assumir

funções de direcção nas colectivi-

dades bem como a sua ligação às

comunidades locais foram algumas

das razões apontadas que geram

obstáculos que o movimento asso-

ciativo tem de saber ultrapassar. De

acordo com o comunicado, foi

ainda abordada a questão da oferta

da actividade cultural das associa-

ções como um aspecto muito im-

portante para aumentar a sua

atractividade junto da comunidade

portuguesa.

Na reunião, a FAPA voltou a in-

sistir na necessidade de se organi-

zarem cursos para a formação de

dirigentes associativos.

O comunicado refere ainda que

na reunião foi abordada a imple-

mentação dos novos Conselhos

Consultivos junto dos consulados,

criados pelo Governo, tendo os

conselheiros das comunidades re-

cordado que “o processo da sua

constituição fere princípios funda-

mentais da democracia ao impedir

a eleição destes órgãos pela comu-

nidade portuguesa e ao estabelecer

a sua nomeação pelos responsáveis

dos postos consulares”.

Os conselheiros “exigiram por

isso mesmo a necessidade de

grande transparência na sua consti-

tuição e a sua não partidarização,

uma vez que se destinam a defen-

der os direitos de toda a

comunidade portuguesa indepen-

dentemente das opções ou prefe-

rências politicas dos seus

membros”, conclui o comunicado.

Sobre os motivos que levaram

a convocar a reunião, Manuel Silva

disse ao PP que convocou os mem-

bros da FAPA e do CCP para se

apresentar na qualidade de titular

do Vice-Consulado de Portugal em

Osnabrück e para lhes transmitir a

vontade de manter a mesma rela-

ção de proximidade e de colabora-

ção que tivera durante as suas

funções anteriores.

“Nutro o maior respeito pelas

organizações não governamentais

eleitas democraticamente, entendo

ser minha obrigação auscultar esses

órgãos, os dirigentes das associa-

ções ou os Portugueses e Portu-

guesas que o possam solicitar.

Debati também com  os mem-

bros da Federação das Associações

Portuguesas e do Conselho das

Comunidades Portuguesas na Ale-

manha várias questões relativas aos

Portugueses e Portuguesas aqui re-

sidentes. O associativismo e o en-

sino foram alguns dos temas

discutidos com os senhores mem-

bros do CCP e da FAPA”, salientou

o vice-cônsul em Osnabrück

Redacção

Vice-cônsul em Osnabrück junta FAPA e CCP

A falar é que a gente se entende

Manuel Silva, vice-cônsul de

Portugal em Osnabrück, informou

o PP sobre a sua intenção de reunir

com todos os dirigentes das colec-

tividades portuguesas, das missões

católicas e dos ranchos folclóricos

daquela área consular, a fim de se

inteirar melhor dos problemas

existentes nas mais diversas locali-

dades. Tal reunião servirá ainda para

eleger quatro membros, os quais,

conjuntamente com outros portu-

gueses ou Portuguesas residentes

nesta área consular, formarão o

Conselho Consultivo da área con-

sular do Vice-Consulado de Portu-

gal em Osnabrück, em

conformidade com o estabelecido

no regulamento Consular. O Con-

selho Consultivo reunirá, pelo mí-

nimo, três vezes por ano e será da

sua competência produzir informa-

ções e pareceres sobre as matérias

que afectem os Portugueses resi-

dentes nesta área de jurisdição con-

sular, assim como elaborar e propor

recomendações respeitantes à apli-

cação das políticas dirigidas às co-

munidades portuguesas.

Manuel Silva disse ainda que

procurará terminar o processo de

escolha e de nomeação dos mem-

bros que formarão o Conselho

Consultivo daquela área consular

até final deste ano para dar posse

ao mesmos com efeitos a partir do

dia 1 de Janeiro de 2009.

Vice-cônsul em Osnabrück vai cria Conselho Consultivo

Vice-Cônsul manuel Silva

Page 9: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 Comunidade - Alemanha 9

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O coreógrafo e bailarino português, Hugo Vieira, residente na

Alemanha encontrou o sucesso neste país para onde veio há

cerca de 10 anos.

Neste momento, Hugo Vieira, leva à cena um musical-bailado

intitulado “FADO=DESTINO” na cidade de Gera com espec-

táculos marcados até meados de 2010, depois de ter sido es-

treado em 2008.

Hugo Viera é natural de Lisboa onde, de resto, iniciou os estu-

dos em bailado na Escola de Dança do Conservatório Nacional

e posteriormente no Centro de Dança Internacional de Rosella

Hightower em Cannes.

Como Bailarino foi membro da Companhia Nacional de Bai-

lado, Braunschweig Ballet e Karlsruhe Ballet. Ao longo da sua

carreira dançou em peças de diversos coreógrafos tais como

Forsythe, Galili, Wellenkamp, Naharin, Duato, Horta, Bill T.

Jones, Alston, Wyss, Gomes e Roriz entre outros.

Hugo Viera foi finalista no concurso internacional de coreogra-

fia em Hannover. Participou no Solo-Tanz Festival em Estugarda

e no Festival de Artes de Macau e criou "Points of You" para o

programa de Jovens coreógrafos do Ballet de Estugarda.

Hugo Viera encenou e coreografou a ópera "Triumphierende

Liebe" para o festival Musik Tage Hannover. Criou a coreografia

para o musical Frankenstein na Alemanha e para Jesus Cristo

Superstar na Austria.

Hugo Viera tem criado peças para o Ballet Karlsruhe, Ballet

Braunschweig, Hannover Opera House, CeDeCe, Dançarte,

Theater Ingolstadt, Tiroler Landestheater Innsbruck e Thüringen

Ballet.

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A comissão redactora do Mani-

festo contra a gestão de Jürgen

Adolff, o cônsul honorário de Portu-

gal há mais de duas décadas a exercer

um cargo de alta responsabilidade po-

lítica e diplomática na capital da Sie-

mens e BMW, apura a contagem das

assinaturas e leva a cabo, na segunda

quinzena de Novembro, uma Confe-

rência de Imprensa, segundo apurou

o nosso jornal de fonte reputada, que

declina  neste momento a identidade

por razões tácticas.

Ao que o PP conseguiu apurar,

existem diversos locais de recolha de

assinaturas para o Manifesto contra a

gestão do Cônsul Honorário de Por-

tugal na Baviera. Diversos restauran-

tes de prestígio da capital bávara,

quatro Missões Católicas e as Asso-

ciações lusitanas de Nuremberga, Er-

furt e Bamberg, entre outras,

colocaram os seus painéis informati-

vos para a exposição e recolha de as-

sinaturas de protesto contra o cônsul

inoperante de Portugal em Munique.

Tudo leva a crer, portanto, que haverá

uma massiva rejeição do perfil de ino-

perância posto em prática por Jürgen

Adolff.

Segundo fontes reputadas, pa-

rece existir um pesado mal estar nas

esferas do Consulado-Geral de Por-

tugal em Estugarda e no interior da

embaixada de Portugal em Berlim. „

Existe um jogo do empurra e, só um

novo titular da Secretaria de Estado

das Comunidades Portuguesas, pode

evitar o pior“, segundo conseguimos

ainda apurar. O caso arrasta-se desde

Julho e a embaixada, invariavelmente,

remete para o SECP a responsabili-

dade total para a solução do melin-

droso caso.

De acordo com Regulamento do

MNE, em vigor, um cônsul honorário

só pode permanecer em funções por

dez anos. E as delicadas funções ads-

tritas ao cargo impõem um regular

contacto protocolar junto do Go-

verno de estado da Baviera, o que

nunca foi realizado pelo sr. Jürgen

Adolff, frisa-nos a referida fonte. Mu-

nique „ albergou „ durante anos a pia-

nista portuguesa mais famosa de

sempre, Maria João Pires, e o pintor

Costa Pinheiro, de projecção univer-

sal, ofereceu ao Museu de Arte Mo-

derna da capital bávara centenas de

quadros. Dezenas de bolseiros e in-

vestigadores nacionais estabeleceram

residência de trabalho e investigação

de alta qualidade, junto dos laborató-

rios e centros de pesquisa na capital

do Museu da Ciência alemã e mun-

dial. F. Almeida Ribeiro

Manifesto contra actual Cônsul Honorário de Portugal em Munique

A Federação das Associações

Portuguesas na Alemanha acaba de

publicar um boletim de informação

para os sócios.

Com formato A5 e 24 páginas, o

boletim contem informação sobre as

actividade da Federação e informação

geral proveniente das associações fe-

deradas.

Vítor Estradas, presidente ree-

leito da FAPA, disse-nos que o bole-

tim não terá uma periodicidade

regular, “sairá quando sair”.

Num curtíssimo editorial do bo-

letim, a FAPA justifica a publicação es-

crevendo que a “direcção da FAPA

acha que os nossos sócios e a comu-

nidade portuguesa na Alemanha

devem receber certas informações da

FAPA e sobre a FAPA de primeira

mão e não, como já tem acontecido

várias vezes, de maneira como agrada

à imprensa e à politica”, reza o edito-

rial

FAPA publica boletim de informação

A Federação de Associações

Portuguesas na Alemanha convocou

a sua assembleia-geral ordinária

para proceder à eleição dos seus

novos corpos gerentes. Após a vo-

tação, Vítor Estradas foi mais uma

vez reconduzido para liderar a Fe-

deração, o que já vem sendo habi-

tual desde há dez anos para cá.

Aliás, a direcção da FAPA é

toda reconduzida com excepção

dos membros que constituem a

mesa da assembleia – geral.

Fernando Genro assume assim,

a vice-presidência , com Óscar Pais

na pasta das contas, Fernando Oli-

veira a secretariar e Manuel Lisboa

no pelouro do ensino e educação.

Segundo o seu presidente, na

última assembleia-geral, a que ora

se faz referência, estiveram presen-

tes dez das vinte e sete associações

que continuam federadas na FAPA.

Recorde-se que são cerca de

duzentas e cinquenta o número de

associações existentes na Alema-

nha.

Desde há três anos que a FAPA

não consegue cativar a aderência

das associações, como, aliás, reco-

nhece o seu presidente

Perante esta situação, de fraca

adesão à FAPA, Vítor Estradas diz

que mesmo assim se justifica a exis-

tência da Federação. Estradas

adianta que “houve muitas associa-

ções que usufruíram do trabalho da

FAPA e das vantagens da sua exis-

tência”. Mas, como diz ainda Vítor

Estradas, não foram apenas as asso-

ciações a beneficiarem da existên-

cia da FAPA, “também a própria

comunidade usufruiu da existência

da FAPA”, concretamente “da

nossa luta como foi, por exemplo,

as manifestações que organizámos

em defesa do ensino”. Vítor Estra-

das diz que “quando é preciso de-

fender os direitos da comunidade é

que se lembram da existência da

FAPA” e é por isto que o actual

presidente assume que vale a pena

a Federação continuar a existir.

Sobre a questão da sua representa-

tividade e, até, da sua legitimidade,

Vítor Estradas dá a volta a questão

dizendo que “é a mesma coisa

como se passa numa associação em

que há a falta de comparência dos

seus associados e, por isto, começa

a viver com problemas”.

Sobre a utilidade real de uma

organização como a FAPA nos tem-

pos de hoje, o presidente reeleito

diz, laconicamente, que a Federação

“é necessária para defender a co-

munidade e criar projectos comuns

e até ajudar individualmente as pes-

soas. Mas, também serve para orga-

nizar manifestações, como já se

viu”, argumentou Vítor Estradas.

Redacção

FAPA elege os seus (velhos) novos corpos gerentes

“Evolução na continuidade

O Conselho da Comunidades

Portuguesas na Alemanha (CCP) in-

surge-se contra a falta de transparên-

cia na criação dos Conselhos

Consultivos junto dos consulados.

Depois da notícia do PP sobre o

processo de criação do Conselho

Consultivo criado pelo Consulado-

Geral em Estugarda, o CCP refere,

num comunicado enviado ao PP, que

“é desapropriado nomear represen-

tantes de partidos políticos para um

órgão que se deve debruçar sobre os

problemas de todos os membros da

Comunidade independentemente das

suas opções e preferências políticas

ou partidárias”.

Acusado o ex-governo de ter op-

tado por um “processo autoritário e

de carácter antidemocrático”, escon-

dendo do CCP “todo o processo de

revisão do Regulamento Consular

exactamente para poder mais facil-

mente e no secretismo excluir dos

Conselhos Consultivos, os Conselhei-

ros das Comunidades, estes sim elei-

tos e legitimados pelo voto das

Comunidades”

Mais adiante, os conselheiros da

Alemanha dizem apoiar “a constitui-

ção de órgãos que possam contribuir

para a participação e empenhamento

da Comunidade Portuguesa na reso-

lução dos seus problemas à escala

local ou regional”, mas “exigem que a

sua constituição seja transparente e

que deles não possam nunca ser ex-

cluídos os representantes que a co-

munidade elegeu e legitimou com o

seu voto como é o caso dos mem-

bros do Conselho das Comunidades

Portuguesas”, refere o comunicado..

Segundo o CCP - Alemanha “Há falta de transparência na constituição dos Conselhos Consultivos”

Page 10: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 200910 Pobreza

Os requisitos para que uma

pessoa possa ser contemplada com

tal tipo de ajuda é não ter rendi-

mentos próprios, propriedades e

familiares próximos que possam ga-

rantir o seu sustento. Assim, um

adulto hoje que viva nestas condi-

ções, recebe do Estado um total de

359 euros mensais.

Este valor foi inicialmente defi-

nido a partir de uma estimativa de

consumo mínimo de bens essen-

ciais como alimentos, artigos higié-

nicos e meios de transporte

público. Além disso, o Estado res-

ponsabiliza-se pelos encargos de

renda de casa e pelos custos de

energia do beneficiário, desde que

estes não ultrapassem uma deter-

minado soma.

As crianças com menos de seis

anos recebem por mês 60% deste

valor, ou seja, 215 euros. Menores

entre 6 e 13 anos recebem 251

euros e adolescentes com mais de

14 anos, 287 euros mensais.

Três famílias de várias partes do

pais, entretanto, apresentaram uma

queixa ao Tribunal Federal Consti-

tucional, com o argumento de que

essa ajuda mensal não é suficiente

quando existem crianças para

serem sustentadas.

Depois de terem sido julgados

em tribunais de primeira instancia,

as três famílias recorreram ao Tri-

bunal Federal Constitucional, que, à

hora do fecho desta edição, ainda

não tinha analisado se a ajuda ce-

dida pelo Estado garante ou não o

mínimo necessário para a sobrevi-

vência de famílias com crianças.

Caso os juízes cheguem à con-

clusão de que não é o casos, a con-

cessão desses benefícios será

considerada anticonstitucional, por

ferir o primeiro artigo da Lei funda-

mental do país, que prevê „a inte-

gridade da dignidade do cidadão“.

Neste momento, a Alemanha

conta com 2 milhões de menores

com menos de 18 anos que depen-

dem de ajuda social, sendo que 1,7

milhão tem menos de 16 anos, e

aproximadamente 900 mil menos

Tribunal Constitucional alemão debruça-sesobre ajuda social para famílias com criançasDesde que entrou emvigor, no início de 2005,o plano de ajuda socialHartz IV (uma referên-cia ao nome do mentordo programa que regu-lamenta a concessão deajuda social às pessoasque não dispõem derenda própria), vemsendo criticada na Ale-manha, principalmentepelas pessoas que recor-rem a essa ajuda.

de seis anos. Várias organizações de

defesa dos direitos civis apelam pu-

blicamente para um aumento dos

auxílios concedidos a famílias que

vivem situação de pobreza.

„É um desafio para os pais so-

breviver com esse dinheiro“, disse

uma assistente social de uma orga-

nização de protecção de menores,

em Berlim. „Ter sempre que dizer

não à criança é difícil“, diz .

Para aqueles que vivem da ajuda

do Estado, „a partir de meados do

mês, vai ficando difícil comprar co-

mida“, observa a assistente-social.

Muitas famílias apelam para a distri-

buição de alimentos por institui-

ções de solidariedade social.

Mas alguns tentam esconder a

própria miséria, conta a assistente

social. „Há simplesmente cortes na

comida“, diz ela, ao observar que,

para muitas famílias com crianças,

até a chegada do próximo cheque

mensal enviado pelo Estado só há

massa com ketchup no prato. As

consequências disso são visíveis.

„Crianças pobres têm uma saúde

menos estável que as outras“, diz a

assistente-social.

Um estudo do Instituto de Pes-

quisa sobre Alimentação Infantil já

apontava em 2007 que as mensali-

dades do plano Hartz IV não bas-

tam para uma alimentação infantil

equilibrada. E quanto mais crescem

as crianças e adolescentes, maior é

a lacuna alimentar.

E também mais problemas de

ordem psíquica, em função das difi-

culdades financeiras dos pais, da

condição de excluídos na sociedade

e até na forma como isso se re-

flecte nas relações imediatas entre

os colegas numa sala de aula. „Eu

não diria que é impossível lidar com

essa situação, mas é preciso dizer

que é muito difícil viver desta

forma“, resume a assistente-social.

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Page 11: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 Pobreza 11

18 por cento dos portuguesessão pobres, uma realidadeque as instituições de apoiosocial dizem estar a agravar-se.

Segundo a Assistência Médica

Internacional (AMI), os seus cen-

tros Porta Amiga apoiaram no pri-

meiro semestre deste ano mais 10

por cento de pessoas do que no

mesmo período do ano anterior.

„Estes valores demonstram

uma nítida tendência para um

crescente número de casos de po-

breza persistente. A grande maio-

ria destas pessoas encontra-se em

plena idade activa, entre os 21 e os

59 anos de idade“, pode ler-se

num comunicado daquela organi-

zação. Além disso, a AMI destaca

que há cada vez mais novos casos

de pobreza. No primeiro semestre

deste ano „foram 1836 as pessoas

que recorreram pela primeira vez

ao apoio social da AMI, mais 24

por cento do que no mesmo pe-

ríodo no ano anterior“.

Também a Rede Europeia Anti-

Pobreza se manifesta preocupada

com a situação em Portugal, onde

afirma que 18 em cada 100 pes-

soas vivem na pobreza.

“O número europeu que serve

de referência para definir a po-

breza equivale a um vencimento

mínimo mensal de 406 euros men-

sais. Quem tiver um rendimento

inferior a 406 euros é pobre”,

disse Agostinho Jardim Moreira,

presidente da Rede Europeia Anti-

Pobreza (REAP).

Num comunicado, a REAP su-

blinha que “os idosos e as crianças

e jovens são os grupos etários

com maior taxa de risco de po-

breza em Portugal. A “vulnerabili-

dade à situação de pobreza” é de

26 por cento para os idosos e de

21 por cento para pessoas com

menos de 17 anos, indica.

A mesma instituição destaca a

desigualdade em matéria da distri-

buição de rendimento como um

dos principais problemas: „Em

2008, 20 por cento da população

com maior rendimento recebia

aproximadamente 6,1 vezes o ren-

dimento dos 20 por cento da po-

pulação com o rendimento mais

baixo”.

Por outro lado, a REAP re-

corda, citando dados do Instituto

Nacional de Estatística, que no se-

gundo trimestre de 2009, a taxa de

desemprego foi de 9,1 por cento,

um valor que, comparativamente

ao mesmo período do ano pas-

sado, aumentou 1,8 pontos per-

centuais.

“Só a existência de empregos

e de salários pode quebrar os ci-

clos de pobreza que estão criados

e reestruturar as famílias, permi-

tindo-lhes mandar os filhos à es-

cola, cuidar dos idosos e viver com

dignidade”, referiu Jardim Moreira.

Também a AMI regista que a

maioria da população que recor-

reu aos centros Porta Amiga no

primeiro semestre se encontra em

situação de desemprego (80 por

cento), „tendo como principais re-

cursos os subsídios e apoios insti-

tucionais e o apoio de familiares

ou amigos“.

O serviço que registou mais

procura entre as mais de cinco mil

pessoas que, nos primeiros seis

meses de 2009, pediram ajuda à

AMI, foi o da distribuição de géne-

ros alimentares, roupa e medica-

mentos.

Num contexto de pobreza

mundial, 2010 será o Ano Europeu

do Combate à Pobreza e à Exclu-

são Social.

A pobreza na Alemanha, umdos países mais ricos domundo, continua a aumentar,com 13 por cento das pes-soas afectadas, e só as ajudasdo Estado evitam que estapercentagem duplique.

Os números constam do úl-

timo relatório sobre pobreza e

distribuição da riqueza na maior

economia europeia, publicado em

Junho de 2008 - antes de eclodir

a crise económica - pelo Ministé-

rio do Trabalho e dos Assuntos

Sociais.

Num país onde o salário

médio bruto atinge os 3096 euros

por mês, considera-se pobre

quem ganha menos de 781 euros

brutos mensais.

Apesar disso, a pobreza é um

flagelo social na Alemanha e, para

a combater, o ex-ministro social-

democrata da tutela, Olaf Scholz,

propôs a introdução de salários

mínimos em vários ramos de ac-

tividade, e o seu partido, o SPD,

reivindica um salário mínimo na-

cional de 7,50 euros por hora.

Os democratas-cristãos e a

chanceler Angela Merkel, principal

força política do governo ces-

sante, rejeitaram, no entanto, a

adopção de um salário mínimo

nacional, como já aconteceu em

França ou no Reino Unido, ale-

gando que a iniciativa contribuiria

para eliminar postos de trabalho.

Após as legislativas de Setem-

bro, Merkel prepara-se para for-

mar novo governo com os libe-

rais, que também rejeitam o salá-

rio mínimo nacional, e preferem,

por exemplo, falar num aumento

do abono de família ou na redu-

ção dos impostos.

Segundo Frank Bsirske, presi-

dente do ver.di, sindicato dos ser-

viços públicos, existem hoje na

Alemanha perto de dois milhões

de trabalhadores a ganhar menos

de cinco euros à hora, „o que é

manifestamente pouco para

viver“. Vários sociólogos alertam

para o facto de haver cada vez

mais trabalhadores na Alemanha a

necessitar de dois empregos para

equilibrar o seu orçamento, atri-

buindo esta situação ao recurso

galopante ao „dumping“ salarial,

não apenas em tarefas pouco qua-

lificadas, mas também em secto-

res tradicionais da economia.

Para o aumento da precarie-

dade contribuiu a medida do an-

terior chanceler Gerhard

Schroeder que colocou os de-

sempregados de longa duração,

que anteriormente recebiam

quase 70 por cento do último sa-

lário durante três anos, a receber

apenas 359 euros por mês de

Rendimento Social de Inserção

(HARTZ IV) a partir do segundo

ano.

De acordo com a secção

alemã da Cáritas, há actualmente

sete milhões de alemães a viver

do HARTZ IV. Mas este não é, no

entanto, a única forma de apoio

oficial a que os mais necessitados

têm direito. Há subsídios para

renda de casa e subsídios para

comprar mobiliário ou electrodo-

mésticos. O Estado atribui em

média 662 euros mensais a cada

beneficiário do RSI.

Para combater a pobreza, a

Associação das Instituições So-

ciais exige um salário mínimo na-

cional de 7,50 euros por hora, um

aumento do HARTZ IV e de ou-

tros apoios do Estado, como sub-

sídios para renda de casa, e um

amplo pacote de medidas contra

a pobreza infantil.

Na opinião do sociólogo ber-

linense Martin Kronauer, as refe-

ridas propostas são „meritórias,

mas insuficientes“ para combater

a pobreza, que se abate ainda com

mais violência sobre cerca de 265

mil sem-abrigo.

Trata-se de um levantamento

efectuado pela Associação Federal

de Ajuda aos Sem-Abrigo (BAG),

que gere a nível nacional 1200

serviços e postos de assistência

aos mais necessitados.

O número de sem-abrigo na

Alemanha tem diminuído: em

1995 ainda havia quase um milhão

de pessoas a viver na rua ou tem-

porariamente em instituições ou

lares sociais. No entanto, a BAG

teme que o número aumente de-

vido aos cortes nos subsídios de

desemprego e à actual crise eco-

nómica.

Só as ajudas do Estado evitam duplicaçãodo número de pessoas afectadas

18 por cento são pobres e a situação tende a piorar

Page 12: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009Cultura12

José Saramago afirmou , emPenafiel, que o seu novo livro,intitulado „Caim“, não vai es-candalizar os católicos, masadmitiu que poderá gerarreacções entre os judeus.

„Na Igreja Católica não vai

causar problemas porque os ca-

tólicos não lêem a Bíblia, só a hie-

rarquia, e eles não estão para se

incomodar com isso. Admito que

o livro possa incomodar os ju-

deus, mas isso pouco me im-

porta“, disse o Nobel português,

que lançou mundialmente o seu

novo livro, em Penafiel.

Em entrevista à Lusa, Sara-

mago falou deste livro, em que re-

gressa ao tema religioso,

contando, em tom irónico e jo-

coso, a história de Caim, filho pri-

mogénito de Adão e Eva, quase

duas décadas após o escândalo

provocado pela sua obra „O

Evangelho segundo Jesus Cristo“

(1991).

„Caim interessa-me há muitos

anos, é uma coisa que foi cres-

cendo e que, de repente, já não

consegui suster, tive que começar

a escrever“, disse José Saramago,

que elaborou este livro, com 181

páginas, muito rapidamente, em

apenas quatro meses.

O autor salientou que não é,

de forma nenhuma, um autor de

livros religiosos, que é uma maté-

ria que só lhe interessa porque

está desde sempre muito pre-

sente na mente dos homens, e na

história da Humanidade.

„Para este livro voltei a con-

sultar a Bíblia, mas ela não é de

nenhuma forma leitura da minha

preferência, é apenas um instru-

mento necessário para escrever

este livro“, frisou.

Segundo o Antigo Testamento

da Bíblia, Caim terá sido o filho

primogénito de Adão e Eva, que

matou Abel, seu irmão mais novo,

num acesso de ciúmes, após veri-

ficar que Deus mostrara prefe-

rência por este.

„Caim matou o irmão porque

não podia matar Deus. É uma his-

tória horrível de crime e violência

e, mostra um Deus cruel, porque

deixa que isso aconteça“, afirma

Saramago.

O autor escolheu, para contar

a história de Caim, que considera

uma história de extrema violência

e crueldade, um tom irónico, tro-

cista.

„Sim, é uma porta aberta para

a ironia, há um anjo enviado por

Deus com uma missão e que

chega atrasado por avaria de uma

asa, coisas assim. Cada livro diz ao

autor como quer ser escrito,

neste caso foi em tom irónico“,

disse o Nobel português.

A sexualidade está também

muito presente no livro.

„Isso surpreendeu-me até a

mim, porque costumo ser muito

discreto nesse particular. Aqui de-

cidi envolver a Lilith, sempre des-

crita como uma mulher má, numa

grande sensualidade“, disse.

No Antigo Testamento, Lilith, a

primeira mulher de Adão, revol-

tou-se por ser sempre obrigada a

ficar por baixo nas relações se-

xuais, tendo sido mais tarde acu-

sada de ser a serpente que deu a

comer a maçã, o fruto proibido, a

Eva.

„Podem dizer que há muita

violência no livro, mas de facto

não precisei de juntar violência

nenhuma, basta a que está nos

textos bíblicos, que é mais que

muita“, disse o autor.

O escritor referiu que o pro-

blema mais complexo na feitura

de „Caim“ foi a sua estruturação

temporal, uma vez que o ordena-

mento cronológico não funcio-

nava.

Optou, por isso, por uma es-

trutura não cronológica em que o

narrador usa as expressões

„tempo passado“ e „tempo fu-

turo“ para contar, respectiva-

mente, o que aconteceu e o que

irá ocorrer.

Saramago referiu que já está a

trabalhar num novo livro e que,

embora tenha apenas algumas de-

zenas de páginas escritas, já sabe

qual será a última frase.

Sublinhou, ainda, que os seus

livros não têm mensagem.

„Não gosto de falar em men-

sagens, nem quero passar mensa-

gens. A mensagem é tudo aquilo

que o leitor possa tirar do livro e

isso pode resultar em coisas

muito diferentes, de leitor para

leitor“, disse.

Lusa/Portugal Post

Novo livro de José Saramago

não incomodará católicos, mas podegerar reacções nos judeus”- Saramago

José Saramago afirmou que „a

Bíblia é um manual de maus costu-

mes, um catálogo de crueldade e do

pior da natureza humana“.

„Sobre o livro sagrado, eu cos-

tumo dizer: lê a Bíblia e perde a

fé!“, disse o escritor, numa entre-

vista concedida à Lusa, a propósito

do lançamento mundial do seu

novo livro, intitulado „Caim“.

„A Bíblia passou mil anos, deze-

nas de gerações, a ser escrita, mas

sempre sob a dominante de um

Deus cruel, invejoso e insuportável.

É uma loucura!“, afirma o Nobel da

Literatura de 1998, para quem não

existe nada de divino na Bíblia, nem

no Corão.

„O Corão, que foi escrito só

em 30 anos, é a mesma coisa. Ima-

ginar que o Corão e a Bíblia são de

inspiração divina? Francamente!

Como? Que canal de comunicação

tinham Maomé ou os redactores da

Bíblia com Deus, que lhes dizia ao

ouvido o que deviam escrever? É

absurdo. Nós somos manipulados e

enganados desde que nascemos!“

afirmou.

Saramago sublinhou que „as

guerras de religião estão na Histó-

ria, sabemos a tragédia que foram“.

Considerou que as Cruzadas

são um crime do Cristianismo,

morreram milhares e milhares de

pessoas, culpados e inocentes, ao

abrigo da palavra de ordem ‘Deus o

quer’, tal como acontece hoje com

a Jihad (Guerra Santa).

Saramago lamenta que todo

esse „horror“ tenha feito em nome

de „um Deus que não existe, nunca

ninguém o viu“.

„O teólogo Hans Kung disse

sobre isto uma frase que considero

definitiva, que as religiões nunca

serviram para aproximar os seres

humanos uns dos outros. Só isto

basta para acabar com isso de

Deus“, afirmou.

Salientou ainda que „no Catoli-

cismo os pecados são castigados

com o Inferno eterno. Isto é com-

pletamente idiota!“.

„Nós, os humanos somos muito

mais misericordiosos. Quando al-

guém comete um delito vai cinco,

dez ou 15 anos para a prisão e de-

pois é reintegrado na sociedade, se

quer“, disse.

„Mas há coisas muito mais idio-

tas, por exemplo: antes, na criação

do Universo, Deus não fez nada.

Depois, decidiu criar o Universo,

não se sabe porquê, nem para quê.

Fê-lo em seis dias, apenas seis dias.

Descansou ao sétimo. Até hoje!

Nunca mais fez nada! Isto tem

algum sentido?“, perguntou. Para

José Saramago, „Deus só existe na

nossa cabeça, é o único lugar em

que nós podemos confrontar-nos

com a ideia de Deus. É isso que

tenho feito, na parte que me toca“.

“Bíblia é manual de maus costumes e um catálogo do pior da natureza humana”

Page 13: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 Crónica 13

Publicidade

indignação foi grande, recen-

temente em Portugal, quando

a televisão mostrou uma pe-

quena reportagem sarcástica,

mas completamente inofensiva, que

uma jornalista brasileira rodou em

Portugal. O caso encheu páginas de

jornais e muitos minutos de rádio

e televisão: «não há direito!» excla-

maram os bem-pensantes do cos-

tume. Esquecendo-se que há sim: o

direito à livre expressão. Depois o

caso que foi suplantado por um

motivo de indignação ainda maior:

José Saramago teve a ousadia inau-

dita de apontar um facto indisputá-

vel: a Bíblia está cheia de histórias

pouco edificantes. Em qualquer país

civilizado do mundo, a afirmação

teria muito provavelmente susci-

tado um debate interessante e pro-

dutivo sobre o significado da Bíblia

hoje.

Em Portugal saltaram logo os

profissionais da indignação, que não

perdem qualquer oportunidade

para, empertigados e de dedo em

riste, exigir o já lendário «respeiti-

nho». Nenhum tentou rebater as

afirmações de Saramago com argu-

mentos. Uma cultura de debates é

coisa que não existe no nosso país.

Fundamentalmente, quem ousa

fazer afirmações incómodas – e Sa-

ramago, para enorme sorte nossa, é

um mestre do métier – pode con-

tar com dois tipos de resposta.

Aquela que, por motivos de econo-

mia, chamo de «peixeirada» e que

se rege pelo princípio de que quem

grita mais alto e insulta mais feio é

que tem razão. O importante aqui

é não avançar com argumentos de

espécie alguma, apenas chamar

nomes ao visado e à sua mãezinha.

É uma arte não dominada apenas

pelos frequentadores mais alcooli-

zados das tabernas de bairro, como

se poderia julgar pelo nível. Basta

ler na imprensa dita séria os ilustres

comentadores da praxe. Ou lem-

brar o eurodeputado português

que exigiu a Saramago que renun-

ciasse à nacionalidade portuguesa.

O nível do debate ficou bem ex-

presso na resposta deste político

do PSD à pergunta se ao menos

tinha lido o livro: «Não li, nem vou

ler. Porquê, é obrigatório?». Não,

claro que não é obrigatório. Assim

como não é obrigatório ter dois

dedos de testa para ser eleito eu-

rodeputado em Portugal.

A segunda reacção é um ligeira-

mente amuado e muito superior

«ai, consigo não discuto». É uma es-

tratégia que não carece de uma

certa esperteza saloia. Disfarça-se

o próprio vácuo cerebral que não

produz argumentos para contrapor,

mas passando o ónus ao interlocu-

tor que – depreende-se – não me-

rece a dignidade de uma resposta.

Os representantes da multina-

cional que dá pelo nome de Igreja

Católica têm um outro truque para

se esquivarem a debater. A quem

lhes aponta as inconsistências, as

contradições, os dilates e a pura

brutalidade da Bíblia, respondem

que ela carece de interpretação, e

essa não pode ser feita por qual-

quer um. Dão-lhe um nome mais

fino, chamam-lhe exegese, mas é a

mesma coisa. Os únicos autoriza-

dos a praticar a tal «exegese» são

eles próprios, pois claro. É um

poder que só dificilmente quererão

largar. E de outra forma também

não seria possível torcer os conteú-

dos conforme dá mais jeito na oca-

sião, como tem vindo a acontecer

ao longo dos séculos. Nem se podia

ter construído toda uma classe pro-

fissional que vive muito bem da ale-

gada incapacidade do resto da

humanidade de ler um livro. Há

quem rejeite a prática. O Criacio-

nismo, por exemplo, decidiu pres-

cindir de interpretações e levar a

Bíblia à letra, que é como quem diz,

a sério. O que, dado ser um livro de

ficção com autores múltiplos es-

crito ao longo de vários séculos, só

podia dar, e deu, em esquizofrenia.

Mas o que – mais uma vez - não

houve em Portugal, foi a menor

vontade de conduzir um debate pú-

blico com argumentos fundamenta-

dos, trocado entre pessoas adultas

capazes de respeitar a liberdade de

expressão alheia, e apostados em

chegar a uma conclusão. Chamo a

atenção que Saramago, ao contrário

dos seus detractores, não insulta

ninguém, nunca recorre ao ad ho-

minem e limita-se a dar a sua opi-

nião quando lha pedem. Que pena

haver tão pouca gente a seguir-lhe

o exemplo. Pior: a nossa legião de

taliban de pacotilha gostaria de si-

lenciá-lo, e a todos os que reivindi-

cam o direito de pensar pela

própria cabeça, porque sabe que o

pensamento crítico e a liberdade de

opinião colocam em perigo as suas

posições privilegiadas de poder po-

lítico e económico.

Exagero meu? Parece que não

estou sozinha: em Outubro, o Tribu-

nal Europeu dos Direitos Humanos

condenou o Estado português a

pagar uma indemnização de dez mil

euros a um habitante de Mortágua.

Este circulara no Carnaval um bo-

neco que representava o autarca

local com um saco azul na mão. Foi

posto em tribunal e condenado a

multa pesada por difamação, o que

o Tribunal Europeu, por sua vez,

considerou uma violação da liber-

dade de opinião.

A pobre da liberdade de ex-

pressão e informação anda pelas

ruas da amargura no nosso país: no

índice de liberdade de imprensa da

organização Repórteres sem Fron-

teiras de 2009, Portugal cai da 16ª

para a 30ª posição, em ex aequo

com o Mali. Ao ler a notícia fiquei à

espera da enorme onda de indigna-

ção popular. Debalde.

PorCristina Krippahl

Os nossos taliban de trazer por casa

A

“Chamo a atenção que

Saramago, ao contrário

dos seus detractores,

não insulta ninguém,

nunca recorre ao ad ho-

minem e limita-se a dar

a sua opinião quando

lha pedem”.

Page 14: Portugal Post Novembro 2009

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Page 15: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 15Gripe A H1N1

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A Alemanha já regista umatendência para o aumentodos casos de gripe A com achegada das baixas tempera-turas, que favorecem a pro-pagação do vírus, até agoracontraído por cerca de 25 milpessoas.

“Esperamos um aumento sig-

nificativo do número das infec-

ções, como já está a suceder, por

exemplo, nos Estados Unidos.

Seria ilusório pensar que pode-

mos manter os níveis actuais”,

disse, em Berlim, o secretário de

Estado da Saúde, Klaus Theo

Schroeder.

Até agora, registaram-se dois

casos de óbitos atribuíveis à gripe

A, “mas com o aumento da pro-

pagação da epidemia aumenta

também a possibilidade de ter-

mos mais casos graves”, acrescen-

tou o membro do governo.

O pico das infecções semanais

ocorreu em Julho e Agosto,

quando se ultrapassaram os três

mil casos, mas depois houve uma

descida gradual para cerca de 800

casos, na segunda metade de Se-

tembro.

No entanto, as infecções

“estão de novo a subir e na se-

mana passada registámos mais

1596 casos”, disse o professor

Joerg Hacker, presidente do Insti-

tuto Robert Koch (RKI), que

coordena o combate à pandemia.

Além disso, enquanto em

Julho e Agosto o número de infec-

ções “importadas” na Alemanha

constituía cerca de 80 por cento

do total de casos, actualmente 90

por cento das infecções são au-

tóctones, referiu o mesmo espe-

cialista.

“O vírus está entre nós e pro-

paga-se mais rapidamente”, adver-

tiu Hacker.

Positivo é o facto de o RKI,

nos estudos-sentinela que efectua

regularmente, não ter detectado

mutações no vírus H1N1 que

agravem o seu carácter patogé-

nico, disse o professor alemão.

As autoridades sanitárias ga-

rantiram, entretanto, que as três

diferentes vacinas encomendadas

para a campanha contra a gripe A,

que começaram no passado dia

26 de Setembro, são igualmente

eficazes e nenhuma delas tem

efeitos secundários mais gravosos

do que as outras.

Nos últimos dias, surgiu uma

polémica em torno da qualidade

das vacinas, depois de o Ministé-

rio do Interior ter confirmado

que encomendou 200 mil doses

do preparado Celvapan aos labo-

ratórios Baxter destinadas a

membros do governo e a outros

altos quadros da administração

pública.

Trata-se da mesma vacina en-

comendada pelo Ministério da

Defesa para ser ministrada a sol-

dados em missão no estrangeiro,

enquanto para a restante popula-

ção foram encomendadas 50 mi-

lhões de doses de Pandemrix, dos

laboratórios GlaxoSmithKline.

Klaus Theo Schroeder admitiu

que estas notícias podem contri-

buir para que boa parte da popu-

lação recuse vacinar-se, até

porque a vacina contra a gripe A

é voluntária.

No entanto, o secretário de

Estado reiterou que a qualidade e

eficácia dos preparados é idên-

tica, explicando que a preferência

pela Pandemrix se deveu ao facto

de ser possível produzir quatro

vezes mais depressa esta vacina

do que a Celvapan, por exemplo.

O governante anunciou ainda

que os planos actuais prevêem a

vacinação dos membros dos gru-

pos prioritários, como pessoal

hospitalar, polícia ou bombeiros, e

dos grupos de risco, até finais de

Novembro.

Quanto à campanha de vaci-

nação de toda a população, de-

verá estar concluída em finais de

Janeiro ou princípios de Feve-

reiro, acrescentou.

Número de infecções na Alemanha aumentacom chegada do frio

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Page 16: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009Economia & Negócios16

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A crise económica fez

diminuir o número de

multimilionários na Ale-

manha, onde actualmente

há 99 pessoas ou famílias

com uma fortuna igual ou

superior a mil milhões de

euros, contra 122 em

2008, segundo o Manager

Magazin.

Na sua edição espe-

cial sobre “Os 300 Ale-

mães mais Ricos”, a

mesma publicação revela

que quem mais perdeu foi a família Porsche, cuja

fortuna foi reduzida em 71 por cento, devido ao

fracasso da operação pública de aquisição do gi-

gante Volkswagen, por 11 mil milhões de euros.

Outro nome ligado à indústria autómovel,

Maria-Elisabeth Schaeffler, accionista maioritária

do grupo que tem o seu nome, que resolveu com-

prar a maioria das acções do fabricante de pneus

Continental pouco antes de a crise eclodir, per-

deu, por seu truno, 92,4 por cento da fortuna e

caiu do 15.º para o 260.º lugar na lista dos alemãs

mais abastados.

Da lista já não consta outra multimilionária,

Madeleine Schickedanz, a herdeira da Quelle, aba-

lada pela falência da cadeia de vendas por catálogo

considerada um símbolo do milagre económico

alemão do pós-guerra.

Segundo a Manager Magazin, a lista das gran-

des fortunas alemãs conti-

nua a ser liderada em 2009

pelos irmãos Karl und Theo

Albrecht, proprietários da

cadeia de supermercados

„discounter” ALDI, com

uma fortuna avaliada em

17,35 mil milhões e 16,75

mil milhões de euros, res-

pectivamente.

O segundo lugar é ocu-

pado por Dieter Schwarz,

dono dos supermercados

Lidl, principal concorrente

da ALDI, com uma fortuna avaliada em 10 mil mi-

lhões de euros.

As 100 maiores fortunas alemãs perderam, no

entanto, 39 mil milhões de Euros no espaço de

um ano, devido à crise económica e financeira in-

ternacional.

Juntos, os 100 multimilionários alemães pos-

suem agora 285,6 mil milhões de Euros, e em

2008 tinham 324,6 mil milhões de Euros.

A situação é entretanto mais satisfatória para

os mais ricos do que em Fevereiro e Março, pe-

ríodo em que as suas empresas sofreram, em

média, uma desvalorização de 30 por cento na

bolsa de valores de Frankfurt.

Entretanto, o principal índice accionista ale-

mão, o DAX, tem registado uma subida constante

nas últimas semanas.

FA

Número de multimilionários alemãesdesceu de 122 para 99 no prazo de um ano

O primeiro medicamento inves-

tigado por um laboratório portu-

guês, o Zebinix, da Bial, já recebeu

a autorização de comparticipação

na Alemanha e na Dinamarca, mas

está ainda à espera da compartici-

pação pelo Estado português.

O antiepilético Zebinix, da far-

macêutica portuguesa Bial, já deve

ter chegado às farmácias dinamar-

quesas e alemãs no final de Outu-

bro, afirmou fonte oficial da

empresa.

A agência dinamarquesa res-

ponsável pela atribuição de com-

participações - a DKMA - aprovou

esta ajuda do Estado para o Zebinix

depois de considerar “a droga efi-

caz” para a epilepsia e tendo em

conta que o “preço está de acordo

com o seu valor terapêutico”.

O Zebinix tem pedidos de au-

torização de introdução no mer-

cado (AIM) e pedidos de

comparticipação em vários países

europeus, estando os processos a

ser liderados pela Eisai, acrescentou

a fonte da Bial.

A farmacêutica prevê que o me-

dicamento comece a ser comercia-

lizado no final do mês de Outubro.

Em Portugal, de acordo com

fonte oficial do Infarmed - Autori-

dade Nacional do Medicamento, a

quem cabe a avaliação e a definição

da parte do preço do medicamento

que o Estado paga -, o pedido de

comparticipação do Zebinix está

em “fase de avaliação, mas dentro

de todos os prazos”.

O presidente da Bial, Luís Por-

tela, admitiu em Abril que a comer-

cialização do Zebinix vai permitir à

empresa triplicar a facturação para

450 milhões de euros nos próxi-

mos três a cinco anos.

O Zebinix é o primeiro medi-

camento de raiz e patente portu-

guesa, tendo recebido a aprovação

da Comissão Europeia para ser co-

mercializado.

O grupo Bial investiu mais de

300 milhões de euros nos últimos

15 anos na investigação do Zebinix,

esperando um retorno do investi-

mento depois de cinco a seis anos

do início da comercialização.

A empresa já recebeu 170 mi-

lhões de euros pela concessão do

direito de comercialização do fár-

maco às empresas Eisai e Sepracor,

o que vai permitir a sua venda em

38 países.

No início deste ano, a Bial assi-

nou um acordo de licenciamento e

co-promoção com a multinacional

farmacêutica Eisai para a comercia-

lização de Zebinix em 36 países eu-

ropeus, pelo qual vai receber uma

contrapartida de 95 milhões de

euros.

No final de 2007, a farmacêutica

já tinha assinado um contrato de li-

cenciamento exclusivo com a

norte-americana Sepracor para o

desenvolvimento e comercialização

do medicamento nos Estados Uni-

dos e no Canadá.

O pagamento inicial da Sepra-

cor para obter a licença de comer-

cialização naqueles mercados foi de

75 milhões de dólares (51 milhões

de euros), podendo vir a ter que

pagar mais 100 milhões de dólares

(pouco menos de 70 milhões de

euros) ao longo dos próximos

anos, segundo a Bial.

Alemanha aprova comparticipação para oprimeiro remédio português, o Zebinix

O governo alemão anunciou

que a economia „está na senda da

recuperação“ e deverá voltar a

crescer 1,2 por cento em 2010, de-

pois de um recuo histórico de 5

por cento no ano em curso.

“Felizmente, o recuo do cresci-

mento este ano será menos dramá-

tico do que temíamos ainda na

Primavera”, afirmou o ministro da

Economia, Karl-Theodor zu Gut-

tenberg, durante a apresentação das

previsões, em Berlim.

Segundo o político democrata-

cristão, “há boas hipóteses de con-

solidar a retoma no próximo ano”.

O governo partilha da avaliação

dos principais institutos de econo-

mia, apresentada no dia anterior na

capital alemã, no que se refere ao

crescimento e também ao aumento

do desemprego.

Assim, até ao final do ano de-

verá haver mais 190 mil desempre-

gados na Alemanha, atingindo os 3,5

milhões de pessoas sem trabalho.

Em 2010, o desemprego “de-

verá reagir mais fortemente à que-

bra da produção e sofrer um

aumento de 640 mil, passando para

4,1 milhões, disse ainda Guttenberg.

No entanto, “os prognósticos

negativos de que o desemprego ul-

trapassaria os cinco milhões, feitos

no auge da crise económica, são

agora muito improváveis”, subli-

nhou o ministro.

Esta evolução positiva fica a

dever-se, segundo Guttenberg, aos

parceiros sociais e à “moderada po-

lítica tarifária e grande flexibilidade

que demonstraram para garantir

empregos”.

Na sua previsão, os institutos de

pesquisa económica recomenda-

ram ao governo, apesar dos sinais

de recuperação, uma política de

austeridade que permita poupar

pelo menos 30 mil milhões de

euros nos próximos anos, devido

ao défice das contas públicas.

Neste contexto, os economis-

tas manifestaram-se preocupados

com as propostas de redução da

carga fiscal em quase 35 mil mi-

lhões de euros feitas pelos liberais

do FDP, aliados da chanceler Ângela

Merkel no executivo em formação,

resultante das legislativas de 27 de

Setembro.

Governo alemão prevê crescimentoeconómico de 1,2% em 2010 e recuo de5% em 2009

Medicamentos Crise

Page 17: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 Economia e Negócios 17

O primeiro semestre de 2009

foi, pelo menos, o pior dos últi-

mos 14 anos. As remessas de di-

nheiro que os emigrantes enviam

para Portugal caiu cerca de 300

milhões de euros, face aos valores

habituais antes de a crise tomar

conta do quotidiano de toda a

gente.

Segundo os dados do Banco

de Portugal, que o i cita, as pou-

panças enviadas por portugueses

a viver no exterior caíram 8 por

cento e são agora de cerca de mil

milhões de euros – 5,5 milhões

de euros diários, sublinha o jornal.

A crise é apontada como um

dos principais factores para a con-

tracção. Mas os especialistas têm

outras explicações na manga: a

entrada em vigor da directiva da

poupança e o facto de Portugal

ter vindo a perder força como

país de emigração.

O presidente do ConselhoEmpresarial da Comunidadedos Países de Língua Portu-guesa (CPLP), Braima Ca-mará, disse que no prazo deseis meses a Confederaçãoempresarial da CPLP „de-verá tornar-se uma reali-dade“.

„O mais difícil era o apoio po-

lítico de todos os países da língua

portuguesa e já o conseguimos.

Todos se manifestaram a favor,

sem nenhuma observação. Agora

estamos a tratar das questões ju-

rídicas para que a confederação

possa arrancar“, afirmou Braima

Camará.

Na avaliação do dirigente,

„estão criadas todas as condições

e o Conselho Empresarial já é

praticamente uma Confedera-

ção“, o que representa um grande

ganho para os países lusófonos.

A proposta para a criação da

confederação foi apresentada em

Julho, no encontro da direcção do

Conselho Empresarial realizada

na Cidade da Praia, em Cabo

Verde, que integra as associações

empresariais dos oito países lusó-

fonos.

“A transformação do conse-

lho torna o espaço mais ambi-

cioso e mais representativo, com

maior visibilidade e dinâmica, que

é o que precisamos para unir a

classe empresarial da CPLP“,

adiantou Braima Camará, que fa-

lava à margem do V Encontro Em-

presarial de Negócios na Língua

Portuguesa, que decorreu em

Fortaleza, no estado brasileiro do

Ceará. Sobre o encontro, Camará

afirmou que se trata de uma ex-

celente oportunidade para „po-

tenciar incentivar e intercambiar

experiências e negócios entre os

países lusófonos“.

“A ideia é que possamos efec-

tivamente transformar as oportu-

nidades em ganhos reais para os

empresários, ampliar as possibili-

dades de trocas e criar mais par-

cerias, com vantagens para todos

os países de língua portuguesa“,

destacou.

Segundo referiu, a falta de co-

municação ainda atrapalha os ne-

gócios entre os países da CPLP,

que já reúne duas grandes potên-

cias - Angola e Brasil.

A reunião, que inclui painéis,

conferências e palestras sobre tu-

rismo, infra-estruturas, recursos

naturais, agronegócios e inova-

ções tecnológicas, conta com

cerca de mil participantes.

De acordo com Rômulo Ale-

xandre Soares, presidente do

Conselho das Câmaras Portugue-

sas de Comércio no Brasil

(CCPCB), uma das entidades pro-

motoras da iniciativa, as principais

empresas que actuam em mais de

um país da CPLP, muitos deles

com operações no Brasil, Angola,

Moçambique e Cabo Verde, parti-

cipam do encontro „para ofere-

cer uma visão actualizada dos

negócios na língua portuguesa“.

Confederação empresarial da CPLP será realidadedentro de seis meses, diz Braima Camará

O Presidente da República, Cavaco Silva (D) conversa com o presidente da Direcção do Con-selho Empresarial da CPLP, Braima Camará (E), sendo a constituição da Confederação Empre-sarial da CPLP o tema central do encontro, no Palácio de Belém. Foto: Lusa

Emigrantes enviaram menos 300 milhões para Portugal

O desemprego na Ale-

manha caiu inesperada-

mente no mês de Outubro,

o que representa mais um

sinal de recuperação na

maior economia da Europa.

O número de pessoas

que não estão a trabalhar

caiu em 26 mil, atingindo um

total de 3,43 milhões de

pessoas. Este foi um número

que surpreendeu o mer-

cado, uma vez que os eco-

nomistas esperavam um

aumento do desemprego

em 15 mil pessoas.

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Page 18: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009Kultur18

Geschichten aus der GeschichteIn der portugiesischen Kul-

tur „bleibt er in Erinnerung

als Schreiber/Schriftsteller

von großer Feinheit“. Als Po-

litiker, „ein großer Stratege“.

Unternehmerisch, gebildet,

dynamisch und intelligent

prägte er eine Epoche. Er

machte Geschichte. Für uns

blieb er DER POET, für an-

dere DER BAUER, dieser

rothaarige König, wie eine

versehentliche Öffnung sei-

nes Grabes in der Kirche

von Odivelas im Jahre 1938

bestätigte. Es ist nicht ver-

wunderlich. Der König

stammte mütterlicherseits

vom deutschen Kaiser Frie-

drich Barbarossa ab

Joaquim Peito

Es war einmal ein König. Es war

einmal ein Junge namens Dinis. Er

war ein liebenswürdiges und fröhli-

ches Kind, das den Großteil seiner

Zeit damit verbrachte, poetische

Werke zu lesen und seine eigenen

Gedichte aufzukritzeln. Wie schön

es doch ist, solch hübsche Texte

lesen zu können. Und wenn ich

mich mal an einem versuchte? Von

der Natur könnte ich sprechen, von

Quellen, von derart schönen Mäd-

chen...

Wer erinnert sich nicht an

diese auf der Schulbank gelesenen

Verse? Ai flores, ai flores do verde

pino.“

Der Vater, D. Afonso III, zeigte

einiges Missfallen an dieser Beschäf-

tigung seines Sohnes. Er erachtete

es als wesentlich wichtiger, dass er

sich für die Angelegenheiten eines

wahren Königs interessierte: Die

Feinde bekämpfen und sich der Be-

lange des Landes annehmen.

Jedoch wurde der Autor, König

Dinis, der sechste König von Portu-

gal, vor Allem mit der legendären

Anpflanzung des Pinienhains von

Leiria in Verbindung gebracht, trotz

seiner überquellenden poetischen

Ader. Der Sohn von D. Beatriz de

Castela und D. Afonso III verlebte

die Kindheit in einer gebildeten

Umgebung unter starkem Einfluss

des französischen Hofes.

Genannt Dinis, weil er am Tag

des heiligen Dionísio, dem 9. Okto-

ber 1261 in Santarém geboren wor-

den war, bestieg er den Thron mit

gerade einmal 17 Jahren. Er hatte

eine lange Regentschaft (1279 -

1325) - 46 Jahre (!), - starb am 7 Ja-

nuar 1325 in Santarém mit 63 Jah-

ren, einem hohen Alter für die

Epoche und wurde im Kloster von

São Dinis in Odivelas beigesetzt.

Man verlieh ihm die Beinamen

Der Bauer oder Der Landwirtskö-

nig für den Impuls, den er dem Kö-

nigreich in Sachen Landwirtschaft

gab. Was seine Rolle in der land-

wirtschaftlichen Entwicklung des

Königreichs angeht, so mag die Tat-

sache, dass es Belege für die Exis-

tenz von Pinienhainen in der Region

von Leiria schon seit der Prähisto-

rie gibt, die „Anlegung“ des Pinie-

nhains von Leiria durch den König

in Abrede stellen. Trotzdem ist der

Beiname Der Bauer nicht unbe-

rechtigt.

Besorgt um die Infrastruktur

des Landes verteilte er Ländereien

neu, förderte die Landwirtschaft,

gründete verschiedene rurale Ge-

meinschaften, neben den Wochen-

und Jahrmärkten befahl er die Aus-

beutung von Kupfer-, Silber-, Zinn-

und Eisenminen, ergriff Maßnahmen

zum Schutz der Äcker und förderte

den Handelsaustausch mit anderen

Königreichen. Er begann sich auch

für die Entwicklung des Seehandels

und die Vervollkommnung der see-

fahrtstechnischen Vorgänge zu inte-

ressieren. Er stellte italienische

Seeleute ein, damit sie nach Portu-

gal kamen und schloss Handelsab-

kommen mit anderen Monarchen.

Er war es, der den ersten Handels-

vertrag mit dem englischen König

im Jahre 1308 unterzeichnete.

Und dazu trug er die Beinamen

Der Poetenkönig oder Der Trouba-

dourkönig, für die Cantigas de

Amigo und die Cantigas de Amor,

die er komponierte, und für die

Schaffung der Poesia trovadoresca,

die man in seinem Königreich auf-

nahm. Er war der Schreiberkönig. D.

Dinis wusste Literatur zu schätzen

und schrieb verschiedene Bücher

aus seiner eigenen Feder über The-

men wie die Administration oder

die Jagd sowie verschiedene Ge-

dichtbände. Er war ein vornehmer

Mann, gebildet, extrem kreativ und

ein großer Verführer. Man nimmt an,

dass er der erste portugiesische

König gewesen sei, der kein Analp-

habet war. Er unterschrieb die Do-

kumente mit seinem vollständigen

Namen, und es war sein Verdienst,

die portugiesische Sprache zur of-

fiziellen Sprache des Landes ge-

macht zu haben. Der König D. Dinis

veränderte das Land in psychologis-

cher, kultureller und gefühlsmäßiger

Hinsicht. Er ergriff zahlreiche ents-

cheidende Maßnahmen mit der

Ruhe und geistigen Klarheit, die

dem zu Eigen sind, der den Unters-

chied zwischen dem Notwendigen

und dem Nebensächlichen verstan-

den hat. „Ein wahrer Visionär“.

Der „Bauernkönig“ oder „Poe-

tenkönig“ war hauptsächlich ein

Administrator - kein Krieger. Als er

sich in den Krieg mit Castela im

Jahre 1295 verstrickte, gab er

schnell auf. Er stimmte zu, im

Tausch, die kleinen Städte Moura

und Serpa zu erhalten. Zwei Jahre

später unterschrieb er in einem

plötzlichen Anfall von Fröhlichkeit

mit Castela den Vertrag von Alcani-

ses 1297, der den Frieden befestigte

und die aktuellen Grenzen zwis-

chen den beiden Ländern festlegte.

Es wurde die portugiesische

Grenze definiert, die älteste und

stabilste Europas, bis heute. Dazu

wurde in diesem Dokument das

Versprechen der gegenseitigen

Freundschaft und des gegenseitigen

Schutzes gegeben. D. Dinis führte

auch eine bemerkenswerte Maß-

nahme für die Verteidigung des Kö-

nigreichs durch mit der Errichtung

und Verbesserung verschiedener

Burgen an strategischen Punkten.

Die Regentschaft D. Dinis’ vers-

tärkte die Vorliebe für Lissabon als

permanten Königssitz. Selbst wenn

es keine Hauptstadt gab, so mach-

ten die Lage und die städtische,

wirtschaftliche und handelsmäßige

Entwicklung von Lissabon die Stadt

zum administrativen Zentrum

schlechthin. Entscheidend war

zudem seine Initiative, den Heiligen

Stuhl in Rom um die Gründung

einer Universität in Portugal zu bi-

tten. Die Institution entstand im

Jahre 1290, und erst im Jahre 1537

blieb sie definitiv in Coimbra. So

wie die Gründung des Christusor-

dens mit dem Vermögen, das den

Templern gehörte, die in der Zwis-

chenzeit unter dem Druck des Kö-

nigs von Frankreich, Philip „dem

Schönen“, bis zu ihrer Auflösung

verfolgt wurden.

D. ISABEL DE ARAGÃO - DIE HEILIGE

Es wird notwendig sein, über

eine der bekanntesten portugiesis-

chen Königsgemahlinnen zu spre-

chen: Isabel de Aragão, eine schöne

Prinzessin, sehr intelligent und voll

Eleganz, über die Legenden entstan-

den mit dem Geruch von Heiligkeit,

kaum dass ihre Leiche im Kloster

von Santa-Clara-a-Velha in Coimbra

kalt geworden war. Die Basis der

Heiligenlegende bildet der wohltä-

tige und fromme Geist Isabels -

noch heute kursiert die Legende,

arglos und wohlriechend, vom „Ro-

senwunder“. Während D. Dinis

darum besorgt war, aus Portugal ein

höher entwickeltes Land zu ma-

chen, beschäftigte sich D. Isabel mit

den Ärmsten. Sie brachte ihre Tage

damit zu, den Kranken zu helfen

und demjenigen Essen zu bringen,

der Hunger hatte. Immer demütig

und wohltätig. Aber sie war auch

Mitrednerin und stellte sich mit

Festigkeit gegen verschiedene Ents-

cheidungen des Ehemanns, mit dem

sie eine schwierige Beziehung hatte,

selbst wegen seiner weibischen Art.

Die Überlieferung macht aus

Isabel eine blonde und hübsche

Frau. Ganz Europa sprach von ihrer

großen Schönheit. Die Fakten sagen

uns, dass sie acht oder neun Jahre

jünger war als D. Dinis und, mit

1,76m, elf Zentimeter größer als ihr

Ehegatte.

LETZTE JAHRE UND TOD

Die letzten Jahre seiner Re-

gentschaft waren gezeichnet von in-

ternen Konflikten. Der Erbe, der

zukünftige D. Afonso IV, ängstlich

dass die Bevorzugung des uneheli-

chen Sohnes, D. Afonso Sanches,

durch D. Dinis ihm den Thron en-

treißen könnte, forderte die Macht

und bekämpfte den Vater. Diejenige,

die die verfeindeten Seiten ver-

söhnte, war D. Isabel, „die heilige

Königin“, eine Frau, die die ständi-

gen Liebesabenteuer des Eheman-

nes, eines unverbesserlichen

Verführers, ertrug. Die Fantasien

des Königs waren praktisch uners-

chöpflich, was bei der Königin eine

andauernde gefühlsmäßige Magen-

verstimmung und eine schmerzliche

Liebesunsicherheit verursachte. „Er

war ein sehr schlechter Ehemann.

Er hatte viele Frauen und uneheli-

che Kinder. Aber was kann man

schon erwarten von einem Verfüh-

rer, verheiratet mit einer Heiligen?“

In der portugiesischen Kultur

„bleibt er in Erinnerung als Schrei-

ber/Schriftsteller von großer Fei-

nheit“. Als Politiker, „ein großer

Stratege“. Unternehmerisch, gebil-

det, dynamisch und intelligent

prägte er eine Epoche. Er machte

Geschichte. Für uns blieb er DER

POET, für andere DER BAUER, die-

ser rothaarige König, wie eine ver-

sehentliche Öffnung seines Grabes

in der Kirche von Odivelas im Jahre

1938 bestätigte. Es ist nicht verwun-

derlich. Der König stammte müt-

terlicherseits vom deutschen

Kaiser Friedrich Barbarossa ab.

Übersetzung aus dem Portugiesischen von Aiko Thedinga

D. Dinis. Der rothaarige Poet

Page 19: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 Cultura 19

Histórias da HistóriaChamado Dinis por ter nascido no

dia de S. Dionísio, a 9 de Outubro,

em 1261, em Santarém, subiria ao

trono com apenas 17 anos. Teve um

reinado longo (1279 – 1325) – 46

anos! – falecendo a 7 de Janeiro de

1325 em Santarém, com 63 anos e

foi sepultado no Mosteiro de São

Dinis em Odivelas.

Foi cognominado O Lavrador ou O

Rei-Agricultor, pelo impulso que deu

no reino em matéria de agricultura.

Quanto ao seu papel no desenvolvi-

mento agrícola do reino, o facto de

haver já notícias da existência de pi-

nheiros na região de Leiria, desde a

pré- História, que desmentem a

“criação” do pinhal de Leiria pelo

rei, nem por isso o cognome “O la-

vrador” deixa de ser justo.

D. Dinis. O poeta ruivoJoaquim Peito

Era uma vez um rei. Era uma vez

um menino chamado Dinis. Era uma

criança muito simpática e alegre,

que passava grande parte do seu

tempo a ler poesias e a escrevinhar

os seus próprios poemas. Que bom

que é poder ler estes textos tão

bonitos! E se eu tentasse fazer um?

Podia falar da natureza, das fontes,

das raparigas tão bonitas...

Quem não se lembra destes

versos, lidos nos bancos da escola?

“Ai flores, ai flores do verde pino”.

O pai, D. Afonso III, mostrava

algum descontentamento com esta

ocupação do seu filho. Achava bem

mais importante que ele se interes-

sasse por assuntos de um verda-

deiro Rei: combater os inimigos e a

tomar conta do país.

No entanto, o autor, o Rei D.

Dinis, o sexto rei de Portugal, fica-

ria, sobretudo, associado à lendária

plantação do pinhal de Leiria, apesar

da sua abundante veia poética. O

filho de D. Beatriz de Castela e de

D. Afonso III, viveu a infância num

ambiente culto, com forte influência

da corte francesa.

Chamado Dinis por ter nascido

no dia de S. Dionísio, a 9 de Outu-

bro, em 1261, em Santarém, subiria

ao trono com apenas 17 anos. Teve

um reinado longo (1279 – 1325) –

46 anos! – falecendo a 7 de Janeiro

de 1325 em Santarém, com 63

anos, uma idade preovecta para a

época e foi sepultado no Mosteiro

de São Dinis em Odivelas.

Foi cognominado O Lavrador

ou O Rei-Agricultor, pelo impulso

que deu no reino em matéria de

agricultura. Quanto ao seu papel no

desenvolvimento agrícola do reino,

o facto de haver já notícias da exis-

tência de pinheiros na região de

Leiria, desde a pré- História, que

desmentem a “criação” do pinhal

de Leiria pelo rei, nem por isso o

cognome “O lavrador” deixa de ser

justo.

Preocupado com as infra-estru-

turas do País, D. Dinis redistribuiu

terras, promoveu a agricultura, fun-

dou várias comunidades rurais,

além de mercados e feiras, ordenou

a exploração de minas de cobre,

prata, estanho e ferro, tomou medi-

dads para proteger os campos e

fomentou as trocas mercantis com

outros reinos. Começou a interes-

sar-se também pelo desenvolvi-

mento do comércio marítimo e

aperfeiçoamento dos processos de

navegação. Contratou marinheiros

italianos para virem trabalhar em

Portugal e fez convénios comerciais

com outros monarcas. Foi ele que

assinou o primeiro tratado comer-

cial com o rei de Inglaterra, em

1308.

E ainda foi cognominado O Rei-

Poeta ou O Rei-Trovador, pelas

Cantigas de Amigo e Cantigas de

Amor que compôs, e pelo desen-

volvimento da poesia trovadoresca

a que se assistiu no seu reinado. Foi

o Rei-Escritor. D. Dinis apreciava li-

teratura e escreveu vários livros

pelo seu próprio punho, com temas

como administração ou caça, e vá-

rios volumes de poesia. Foi um

homem sofisticado, culto, extrema-

mente criativo e um grande sedu-

tor. Presume-se que tenha sido o

primeiro rei português que não era

analfabeto. Assinou os documentos

com o seu nome completo e teve

o mérito de ter transformado a lín-

gua portuguesa na língua oficial do

País. O rei D. Dinis transformou o

País em termos psicológicos, cultu-

rais e afectivos. Tomou dezenas de

medidas determinantes, com a

calma e a lucidez próprias de quem

entendia a diferença entre o essen-

cial e o acessório. “Um verdadeiro

visionário”.

“O Rei-Lavrador”, o “Rei-

Poeta” foi, essencialmente, um ad-

ministrador - não um guerreiro.

Quando se envolveu na guerra com

Castela em 1295, depressa desistiu.

Acordou, em troca, as vilas de

Moura e Serpa. Dois anos mais

tarde, numa repentina alegria, assi-

nou, com Castela, o Tratado de Al-

canises em 1297, que firmou a paz

e estabeleceu as fronteiras actuais

entre os dois países. Ficaria defi-

nida a fronteira de Portugal, a mais

antiga e estável da Europa, até hoje.

Ainda nesse documento ficou acor-

dada a promessa de amizade e de-

fesa mútua. D. Dinis desenvolveu,

também, uma actividade notável na

defesa do reino, com a criação e re-

forma de vários castelos em pontos

estratégicos.

O reinado de D. Dinis reforçou

a predilecção por Lisboa como

local de permanência da corte

régia. Mesmo não existindo uma ca-

pital, a localização e o desenvolvi-

mento urbano, económico e

mercantil de Lisboa foram fazendo

da cidade o centro administrativo

por excelência.

Decisiva foi, ainda, a sua inicia-

tiva de pedir à Santa Sé a fundação

de uma universidade em Portugal. A

instituição surge em 1290, e só em

1537 fica definitivamente em Coim-

bra. Tal como a criação da Ordem

de Cristo, com os bens pertencen-

tes aos Tremplários, entretanto per-

seguidos até à extinção, por

press?es do rei de França, Filipe “o

Belo”.

D. ISABEL DE ARAGÃO – A SANTA

E será preciso falar de uma das

mais conhecidas rainhas-consortes

portuguesas: Isabel de Aragão, uma

princesa linda, muito inteligente e

cheia de elegância, sobre quem co-

meçaram as lendas com cheiros de

santidade mal o seu corpo arrefecia

no mosteiro de Santa-Clara-a-

Velha, em Coimbra. Na base da ha-

giografia está o espírito caritativo e

devoto de Isabel – ainda hoje corre

a lenda, ingénua e perfumada, do

“milagre das rosas”. Enquanto D.

Dinis se preocupava em fazer de

Portugal um país mais desenvolvido,

D. Isabel ocupava-se com os mais

pobres. Passava os seus dias a aju-

dar os doentes e a levar comida a

quem tinha fome. Sempre humilde

e caridosa. Mas ela era também in-

terveniente, tendo-se oposto com

firmeza a várias decis?es do marido,

com quem teve uma relação difícil,

até por causa do seu feitio mulhe-

rengo.

A tradição faz de Isabel uma

mulher loira e bonita. Toda a Europa

falava da sua grande beleza. Os fac-

tos dizem-nos que era oito ou nove

anos mais nova do que D. Dinis e,

com um metro e 76, 11 centíme-

tros mais alta que o seu consorce.

ÚLTIMOS ANOS E MORTE

Os últimos anos do seu reinado

foram marcados por conflitos in-

ternos. O herdeiro, o futuro D.

Afonso IV, receoso de que o favo-

recimento de D. Dinis ao seu filho

bastardo, D. Afonso Sanches, lhe re-

tirasse o trono, exigiu o poder e

combateu o pai. Quem apaziguou as

hostes foi D. Isabel, “a Rainha

Santa”, mulher que suportou as

constantes aventuras amorosas do

marido, um sedutor incurável. As

fantasias do rei eram praticamente

inesgotáveis, o que provocou na rai-

nha uma constante indigestão afec-

tiva e uma aflitiva incerteza

amorosa. “Foi um péssimo marido.

Teve muitas mulheres e filhos ilegí-

timos. Mas o que se pode esperar

de um sedutor casado com uma

santa?”

Na cultura portuguesa, “fica re-

cordado como um escritor de

grande finura”. Como político, “um

grande estratega”. Empreendedor,

culto, dinâmico e inteligente, mar-

cou uma época. Fez história. Para

uns ficou O POETA, para outros

ficou O LAVRADOR, este Rei

ruivo, como confirmou uma aber-

tura acidental do seu túmulo, na

Igreja de Odivelas, em 1938. Não é

surpreendente. O rei descendia,

pelo lado materno, do imperador

alemão Frederico “Barba Ruiva”.

Page 20: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 200920 Consultório

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O artigo de hoje será de-

dicado mais uma vez ao tema

„direito das locações“, mais

exactamente, a uma nova sen-

tença do Supremo Tribunal

Federal de Justiça que poderia

interessar a muitos inquilinos

que efectuaram trabalhos de

restauração na casa donde ul-

timamente saíram.

O Supremo Tribunal Fede-

ral de Justiça decidiu a 27-05-

2009 que um inquilino poderá

ter direito a ser reembolsado

pelo senhorio das despesas de

restauro se, por desconheci-

mento da situação jurídica

real, tiver procedido a repara-

ções estéticas antes de sair da

habitação, embora a obrigação

de restauro final ajustada no

contrato de aluguer não fosse

válida.

Se a cláusula de restauro

final ajustada no contrato de

aluguer for nula, o inquilino

não está de forma alguma ob-

rigado a restaurar a habitação

antes de sair da mesma. Con-

tudo, se o fizer crendo que

está contratualmente obri-

gado a tal, o senhorio obterá

do inquilino um serviço a que

não tem qualquer direito e fi-

cará consequentemente obri-

gado a retribuir a prestação

que conseguiu obter desta

forma.

O valor do serviço pres-

tado infundadamente, será cal-

culado de acordo com o

montante da remuneração ha-

bitual ou adequada para os

trabalhos de restauro realiza-

dos. Ou seja, se foi contratado

um pintor, o senhorio terá de

reembolsar a importância que

é habitualmente paga a este

profissional.

O direito a reembolso

persistirá igualmente se tiver

sido o inquilino a efectuar

estes trabalhos. Contudo,

neste caso, o valor dos mes-

mos será calculado apenas de

acordo com o que o inquilino,

para além do seu próprio

tempo livre, tenha gasto ou ti-

vesse tido de gastar em mate-

riais, assim como na

remuneração dos seus ajudan-

tes que poderão ter sido fami-

liares ou amigos.

Assim, poderão agora ter

esperanças de serem reem-

bolsados pelo senhorio, todos

os inquilinos que levaram a

cabo trabalhos de restauração

em consequência de rescisão

de um contrato de aluguer.

Mas evidentemente que

nem todas as cláusulas de res-

tauro final são nulas. Se estiver

na dúvida, antes de proceder

a qualquer reivindicação con-

tra o seu antigo senhorio, será

aconselhável incumbir um ad-

vogado especializado no as-

sunto de verificar a respectiva

cláusula do contrato.

Miguel Krag,Advogado

Trabalhos de restauro quando se sai de uma habitação alugada

Haverá direito a reembolso?

Page 21: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 21

3José Gomes Rodrigues

Assistente SocialCaritas Neuss

CHAMAMOS A ATENÇÃO dos leitores para nos colocar as suasperguntas e sugestões por escrito usando o correio ou, melhorainda, o correio electrónico. Queiram também mencionar o vossonúmero de telefone fixo para, sendo necessário, entrarmos emcontacto consigo. As suas questões e sugestões podem ser envia-das para as seguintes direcções:[email protected].: 02131 269320 - fax 02131 269 336. [email protected]: Tel. : 0231 8390289 - fax 0231 8390351Obrigado.

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Exmos. Senhores do Portugal PostRecebo com alegria e até com certa in-teresse o vosso e nosso jornal. Passo-lheos olhos do inicio ao fim, parando sem-pre com mais tempo na página social.Claro que também as outras páginasmerecem sempre o meu interesse. Con-tinuem com o entusiasmo e desejo debem servir, pois parece ser um dos vos-sos lemas.Já me encontro na reforma há já algunsanos e depois de uma vida de trabalhoe em diversas nações. Com os meus 13anos iniciei a trabalhar nas minas de vol-frâmio numa aldeia vizinha à minha. AFrança foi o meu segundo calvário. Como tempo e dando ouvidos a outros ami-gos companheiros de aventura e pen-sando amenizar a minha vida e angariarum ordenado diferente velejei para a Ale-manha, onde passei a maior parte dotempo de labuta. Aqui criei os meus fi-lhos e vivo na alegria de ver e ajudar osmeus netos a crescer. Como não possoestar quieto, e como me regozijo de teraprendido esta língua, para muitos inós-pita, sou confrontado com muitas per-guntas de carácter social e jurídico e sousolicitado para dar a mão aos compa-triotas onde a necessidade espreita.Faço-o com muito prazer e sinto-meoutro ao poder ser útil. O que dou recebomais que em dobro. A minha vida ga-nhou um outro sentido e um outro gostoe qualidade. O sorriso estampado norosto de quem ajudo, é a melhor moedade pagamento. O Portugal Post tem sidopara mim uma ajuda bem concreta noaconselhamento que me prestam. Nosúltimos tempos, tempos de recessão eco-nómica e de muitos despedimentos, asperguntas sobre este tema tem sido, in-felizmente, constantes. Poderiam expornesta rubrica social algumas informa-ções gerais para quem se confronta comeste fardo do despedimento?Desde já agradeço. Leitor identificado

Certificar-se se o despedi-mento é justo

Um despedimento que é levado a

caso por razoes da empresa, é justo,

quando a empresa vê-se obrigada a

fechar uma que outra secção, parte

da empresa, ou ter de reorganizar a

produção na empresa com a conse-

quente redução de empregados. Isto

acontece quando o patrão não en-

contra uma outra possibilidade de

manter o empregado numa outra

secção ou numa outra filial da mesma

empresa. Além disso, o despedimento

tem de obedecer a uma selecção so-

cial ou seja na escolha das pessoas a

despedir, tem o patrão de respeitar

algumas regras essenciais. O tempo

de empresa, a idade e a responsabili-

dade sócio familiar do candidato, além

de outros elementos, como a saúde

do trabalhador, têm de merecer, em

caso de despedimento, um certo

peso na selecção dos candidatos ao

desemprego.

Verificar se o despedimento éválido

Um despedimento tem de obedecer

a um número de formalidades. Este

deve ser feito da forma escrita e ter

sido assinado devidamente pelo pa-

trão, ou por quem, por ele delegado.

Tem de respeitar os prazos tarifários

e legais de despedimento. Estes são

os seguintes:

> Para quem tenha estado ligado à

empresa durante dois anos, tem um

prazo de despedimento de um mês,

mas sempre para o fim do mês; não

pode ser despedido do dia 15 dum

mês para o dia 15 do mês seguinte.

> Após cinco anos de trabalho, o

prazo de despedimento são de dois

meses e sempre para o fim do mes.

> Após oito anos de trabalho, são-lhe

conferidos três meses de prazo, sem-

pre no fim do terceiro mes.

> Se trabalhou 10 anos seguidos, a le-

gislação confere ao trabalhador qua-

tro meses de prazo de despedimento.

> Após 12 anos o operário não pode

ser despedido com um prazo inferior

a cinco meses.

> Terá direito a um prazo de despe-

dimento de seis meses se tiver traba-

lhado 15 anos completos.

> Se trabalhou 20 anos, terá um

prazo de despedimento de sete

meses.

Existem excepções a este regula-

mento que, por falta de espaço, não

iremos incluir, mas que em caso de

perguntas concretas à redacção, esta-

remos na disposição de completar.

Averiguando-se, que no acto de des-

pedimento, não se tenham sido cum-

pridas estas clausulas, deve o operário

e por escrito contradizer esse despe-

dimento junto ao patrão no prazo de

três dias.

Processo contra o despedi-mento

Tendo sido o despedimento injusto e

se a pessoa em questão não tenha as-

sinado qualquer recessão do contrato

de trabalho, pode e até deve o inte-

ressado interpor uma acção contra o

despedimento no competente tribu-

nal de trabalho da sua comarca, e

pedir retorno ao seu lugar de traba-

lho. Tem de o fazer impreterivelmente

no prazo de três semanas, ou seja du-

rante os primeiros 21 dias úteis, após

ter recebido a carta de despedi-

mento. A doença ou a ausência por

motivo de férias. ou outra causa não

grave, não justifica o aumento deste

prazo. Estejam por isso bem atentos.

Mesmo que a razão esteja do seu

lado, nada há fazer se não cumprir

com este prazo.

Requerer a defesa do lugar detrabalho

O objecto principal num processo no

tribunal é simplesmente a defesa do

seu lugar de trabalho e o pedido de

inserção na empresa. Não sendo nada

combinado anteriormente, o despe-

dido deve continuar a trabalhar até

expirar o prazo de despedimento. É

um direito que lhe é conferido. Exis-

tindo um conselho da empresa e se

este reclamou por escrito o despedi-

mento, o trabalhador deve continuar

na empresa até que o processo não

tenha terminado e exigir o paga-

mento do seu ordenado, caso o pa-

tronato não aceite este

comportamento legal Se por alguma

razão o patrão não aceitar os seus

préstimos, ele deverá apresentar-se

pessoalmente no horário normal e

fazer-se acompanhar duma ou mais

testemunhas que poderão ser chama-

das a depor em caso de necessidade.

Havendo um Conselho da Empresa

este deveria estar presente.

Indemnização pode ser possí-vel

O despedido não tem geralmente o

direito a ser indemnizado pela perca

do seu lugar de trabalho, só se tivesse

sido preparado anteriormente e jun-

tamente com o Conselho da Empresa

um plano social. Contudo esta indem-

nização pode ser estudada e discutida

desde que se torne impossível, por di-

versas razoes, voltar ao seu lugar an-

terior de trabalho. Será necessário

muita cautela e não aceitar, de olhos

fechados, qualquer indemnização do

patrão. Muitos cuidados são poucos.

Numa próxima edição do nosso jor-

nal, iremos dar uma maior informação

sobre este capitulo, pois já possuímos

um pedido de esclarecimento sobre

este tema das indemnizações. Pode-

mos adiantar que a soma da indemni-

zação depende da idade do

despedido e dos anos de trabalho

nessa empresa.

Inscrição no Caixa de Desem-prego

Para que possa ter direito ao templo

completo do seguro de desemprego

/Arbeitslosengeld 1) o pessoa em

questão, deve apresentar o requeri-

mento de desemprego junto do Ins-

tituto Nacional de Emprego

/Arbeitsamt, três meses antes de ter-

minar o prazo de despedimento, ou

seja logo que souber do seu despedi-

mento. Esta clausula esta geralmente

escrita na carta de despedimento. É

suficiente que se inscrevam por tele-

fone ou por Email. Se não o fizer, po-

derá receber uma noticia

desagradável ou seja será encurtado

o tempo de despedimento, com as

percas financeiras que dai advêm e

sem ser possível recuperar este

tempo.

Custos com o advogado de de-fesa

Nestes processos jurídicos e de tra-

balho cada partido paga a sua parte

de despesas independentemente de

quem ganha ou perde a questão. Se

nao ficar nada acordado anterior-

mente. Um simples conselho jurídico,

perante um advogado, pode custar ao

trabalhador despedido uma quantia

que poderá chegar aos 190€, além de

20 € de gastos inerentes ao aconse-

lhamento. Os custos para com o ad-

vogado de defesa do trabalhador

dependem do ordenado que aufere

ou auferiu mensalmente o trabalha-

dor. Exemplificando, um trabalhador

que ganhe 3.500 € mensais ilíquidos,

pagará a módica quantia de 1.588, 65

€ sendo estes custos definidos geral-

mente pelo mesmo tribunal. Ao che-

gar-se a um acordo entre as partes, o

quantia a pagar poderá ser de 2.214,

59 € ilíquidos. Quem tiver um seguro

de advogados, esteja atento se estes

processos de trabalho estão também

,incluídos no seguro.

Conselhos úteisSe é sindicalizado, recorra aos servi-

ços jurídicos dos mesmos. Estes, com

a experiência angariada ao longo dos

anos, estão muito preparados para

estes processos de trabalho.

Claro que os tribunais, em caso de

não ter condições financeiras para as-

sumir a sua defesa, poderão, em caso

de requerimento, assumir as despesas

do seu advogado de defesa. Lembre-

se que neste caso é uma espécie de

credito, que alterando-se a sua situa-

ção financeira, deverá repor essa

quantia na totalidade ou em presta-

ções. Eles se encarregarão de, perio-

dicamente, averiguar a sua condição

de pagamento.

Outra alternativa e aqui já temos

avançado, poderá recorrer ao KAB

(Katholische Arbeitnehmer Bewe-

gung), instituição católica, que possui

um serviço de aconselhamento sócio

laboral e poderá ajudá-lo a interpor

uma acção no tribunal de trabalho. Se

quiser que o represente em tribunal,

o que é possível, desde que se faça

sócia da instituição. Além deste ser-

viço, o ser sócio traz outras vanta-

gens que seria conveniente saber. Em

qualquer paróquia alemã ou Missão

Católica portuguesa, poderá obter

outras informações desta organização

e o competente secretário jurídico.

Se for despedido...

Nota: por lapso, o número de fax dos serviçossociais da Caritas de Neuss incorrectamentetranscrito 02131 269 336. Agradecemos àpessoa que nos contactou indicando o erro eaos que tentaram, em vão, enviar textos, asnossas desculpas. Esperamos e agradecemosos vossos pedidos de esclarecimento e respec-tivas perguntas.

Page 22: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 200922

As informações sobre os eventos a divulgar deverão darentrada na nossa redacção até ao dia 15 de cada mêsTel.: 0231 - 83 90 289 •Fax :0231-8390351•Email: [email protected]

Todo o tipo deinstrumentos paragrupos musicais,

ranchos folclóricos,músicos profissionais

e amadores, etc.Fale Connosco.

Gerente: Anibal Gonçalves

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e Comissões de Pais.

Novembro 2009

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Citações do mêsPara suportar as aflições dos outros, toda a gente tem coragem de sobra

Autor: Franklin , Benjamim

Com pouco nos divertimos, com muito menos nos afligimos

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06.11.2009 – HAMBURGO- Grupo deFado da Tuna Académica da Universi-dade de Coimbra. Local: Museum fürVölkerkunde, Rothenbaumchausse 64,20148 Hamburg. Início: 20H00

07.11.2009 – OSNABRÜCK- XXII Encontrode Transmontanos e Alto Durienses..Local: Centro Português de Osnabrück.Início: 17H00. Info. 0172 – 231 83 03

07.11.2009- HAMBURGO -Grupo de Fadoda Tuna Académica da Universidade deCoimbra. Local: Restaurante O Farol,Ditmar-Koel-Str. 12, 20459 Hamburg .Início: 20H00

12.11.2009 – LOHMAR - Festa de natalorganizada pela União Operária deLohmar. Baile pela noite com o grupomusical “FM RADIO”. Local: Haupt-schule Hermann-Löhn; Hermann-Löhn-straße , 53797 Lohmar. Com inicio

pelas 20.30 horas. Info:Sr. Santana :02246-300038 . www.fmradio.de.com

13.11.2009 - FRANKFURT/M – Concertode D. Rosa. Local: Brotfabrik, Bach-mannstr. 2-4, 60448 Frankfurt . Início:20H00

14.11. 2009 – KREFELD – Grandiososfestival de folclore com a participaçãode vários ranchos folclóricos. Trans-missão em directo do primeiro jogoPlay-Off da Selecção Nacuional e bailepela noite abrilhantado pelo grupo mu-sical “FM RADIO”. Local : Festsaal Tem-pelshof, Lenenweg 14, Tönisvorst beiKrefeldCom início pelas 16.30 horasInfo : Carlos Marques : 0152-09711355 - www.fmradio.de.com

14.11.2009 – OLDENBURG – Concertode D. Rosa. Local: Cadillac Zentrum Ju-gendkultur, Huntestr. 4a, 26135 Olden-

burg . Início: 20H00

14.11.2009 – WEILHEIM /TECK – Festada Juventude. Com Ruth Marlene, An-gélico Vieira. Diana Lucas e Baile abril-hantado pela Banda Atlantis. Local:Reußensteinhalle. Abertura do Salão:17h30

14.11.2009- HAMBURGO - Festa de S.Martinho na Missão Católica. Local:Danziger Str.64. : Castanhas e sardin-hadas assadas. Ab 20 Uhr: Baile com aBanda Lusitana. Início: 16H00

15. 11. 2009 – BREMEN - Concerto de D.Rosa. Local: Bürgerhaus Weserterrasse,Osterdeich 70b, 28205 Bremen. Início:20H00

17.11.2009 – SCHNEEBERG - Concertode Telmo Pires acompanhado ao pianopor Maria Baptist. Local: Kulturzentrum

Goldne Sonne . Fürstenplatz 5 . 08289Schneeberg. Info. www.telmopires.com

21.11.2009 – HAGEN – Noite de Folclore2009 com a participação de vários ran-chos folclóricos, e ainda muitas surpre-sas. Baile pela noite abrilhantado pelogrupo musical “FM RADIO”.Local : Gesamtschule Hagen-Haspe, Köl-ner Straße, hagenCom início pelas 16.00 horas. Info :Sede : 02331-371017

(Até) 20.11.2009 – JÜLICH – Exposiçãocolectiva com a participação do artistaErnesto Marques. Local: Galerie Red-point Elisabethstr. 1 . 52428 Jülich

25.11.2009 – MUNIQUE – Concerto deCristina Branco. Local: Prinzregenten-theater Prinzregentenplatz 12 . 81675München .

27.11.2009 – DÜSSELDORF – PORTU-GAL Sensation Grande Noite de Discocom DJs portugueses portugueses. LocalRheingold Düsseldorf Hauptbahnhof.Início: 22h00

28.11.2009. AACHEN – Actuação dogrupo SINA NOSSA. Local: Altes Kurhaus/ Klangbrücke Kurhausstr. 1 . Início:20H0052058 Aachen

30.11.2009 - BONA – Actuação da fa-dista Mafalda Arnauth(na foto). Local:Harmonie Bonn. Frongasse 28-30 .53121 Bonn. Início: 20H00

Page 23: Portugal Post Novembro 2009

PORTUGAL POST SHOP - Livros

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NOTA DE ENCOMENDASim, desejo encomendar os seguintes livros

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Queiram enviar a minha encomenda à cobrançaQueiram debitar na minha conta o valor da encomenda

Junte a este cupão um cheque à ordem dePORTUGAL POSTVERLAG e envie-o para a mo-rada do jornal ou, se preferir, pode pagarpor débito na sua conta bancária.Se o desejar, pode ainda receber a sua enco-menda à cobrança contra uma taxa quevaria entre os 4 e os 7 € que é acrescida àsua factura.Não se aceitam devoluções.

NOTANos preços já estão incluídos oscustos de portes de correio e IVA

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FAX ( 0231 ) [email protected]

Formas de pagamentoCupão de Encomenda

Ler + portuguêsJosé SaramagoCaim Preço: € 25.90

Se em O Evangelho Segundo Cristo JoséSaramago nos deu a sua visão do NovoTestamento, em Caim regressa aos pri-meiros livros da Bíblia. Num itinerárioheterodoxo, percorre cidades decadentese estábulos, palácios de tiranos e camposde batalha pela mão dos principais pro-tagonistas do Antigo Testamento, impri-mindo ao texto o humor refinado quecaracteriza a sua obra.Caim revela o que há de moderno e sur-preendente na prosa de Saramago: a ca-pacidade de fazer nova uma história que

se conhece do princípio ao fim. Um relato irónico e mordaz no qual oleitor assiste a uma guerra secular, e de certa forma, involuntária, entreo criador e a sua criatura.

A Bíblia para TodosPreço: € 60

A Bíblia para todos é a tradução mais actual daBíblia em língua portuguesa, feita por umaequipa de tradutores católicos e protestantes dereconhecido valor e mérito académico. Por isso,e também porque o seu português corrente éacessível a pessoas de diferentes idades e níveisde instrução, esta é verdadeiramente uma Bíbliapara todos. Pensada para quem nunca leu a Bí-blia ou para quem gostaria de a voltar a ler deoutra maneira, para os que estão numa buscaespiritual ou para os que têm apenas um inte-resse intelectual nesta obra milenar, esta é umaedição inovadora, num formato único em línguaportuguesa e com uma linguagem acessível. Atradução foi feita a partir de textos em hebraico,aramaico e grego por uma equipa de especialis-tas de várias tradições cristãs.

José Rodrigues dos SantosFúria divinaPreço: € 38

Uma mensagem secreta da Al-Qaedafaz soar as campainhas de alarmeem Washington. Seduzido por umabela operacional da CIA, o historiadore criptanalista português Tomás No-ronha é confrontado em Veneza comuma estranha cifra.

Ahmed é um menino egípcio a quem o mullah Saad ensinana mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Masnas aulas da madrassa aparece um novo professor com umislão diferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novoprofessor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazeruma escolha que nos transporta ao maior pesadelo donosso tempo.E se a Al-Qaeda tem a bomba atómica?Este é o novo romance de um autor que já habituou os seusmuitos leitores a aliar o prazer lúdico da leitura ao enri-quecimento proporcionado pela relevância dos temas tra-

tados e pela investigação rigorosa que os fundamenta. Depois de tratar a crise energética e os últimos avanços daciência numa mistura extremamente hábil e subtil de ficção e realidade, José Rodrigues dos Santos traz-nos maisum tema escaldante da actualidade!

Astrologia, Karma e Felicidade

Preço, 20,99 €Autor: Cristina CandeiasFormato: 14x21cmPáginas: 112

A astróloga residente do programa "Praça daAlegria", de Jorge Gabriel, tornouse um fenó-meno nacional, com as suas previsões em di-recto. Este é o seu primeiro livro. O livro quenos ensina a atravessar o deserto para encon-trar o oásis e a felicidade plena. É necessárioreflectir sobre quem fomos, o que somos e oque temos de vir a ser. Só depois de aceitar-mos os nossos processos demudança a vida se nos revelará.

Conhecido por “fiel amigo”, o bacalhau tem uma tradi-ção muito particular e original na gastronomia portu-guesa. Neste livro, fique a conhecer as origens da pescadeste peixe, as suas principais características, a melhorforma de o arranjar e outros aspectos importantes,como a melhor forma de o escolher, conservar e aman-har. Deleite-se com as nossas receitas e experimente-astodas. Fique, ainda, a conhecer as tradições deste peixenoutros países do Mundo.

O Grande Livro Receitas BacalhauCapa dura- Nº de Páginas: 176 - Dimensões: 22,5 x 24 Preço: 35,00 €

Page 24: Portugal Post Novembro 2009

Procura a sua alma ge´mea?

Coloque aqui o seu anu´ncio

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009Vidas24

Senhor57 anos, emigrante na Alemanha (NRW), pre-tende contactar senhora pra fins de amizade oualgo mais. Caso muito sério.Resposta a este jornal, se for possivel com nu-mero de telefone, Refª A-1710

Amizades &Afins

poesias de amore de outros sentires

Sabemos que há mulheres e homens que desejam comunicar as suas aventuras ouaté mesmo histórias sobre a sua vida ou que querem relatar experiências e contarcasos de que foram testemunhas ou os principais protagonistas. Todos, uns mais que outros, temos uma história para contar, como por exemplo,como cá chegamos; a nossa dificuldade em compreender a língua; os sonhos queacalentamos para aguentar estar num país tão diferente; o choque cultural, o pri-meiro dia de trabalho e, porque não, as dificuldades por que passamos.Nós queremos contar a sua vida, o bom e o mau. Escreva-nos como sabe e pode e a sua história poderá ser um valioso testemunho danossa presença neste país.Não se esqueça de nos enviar as fotografias que deseja ver publicadas.Morada:PORTUGALPOSTBurgholzstr.4344145 DortmundFax: (0231) 83 90 351E mail: [email protected]

ESCREVA-NOS e conte-nos a história da sua vida

Pedimos aos leitores que nos en-viam correspondência para estarubrica para não se alongaremmuito nos textos que escrevem.Obrigado.

PROCURA A SUAALMA GÉMEAou deseja fazer amizades

ou, ainda, pensa que ainda é

tempo de namorar e encon-

trar alguém que o/a acom-

panhe na vida?

Então coloque aqui o seu

pequeno anúncio.

È simples e o seu custo é

simbólico.

Escreva-nos ou ligue-nos.

Caros Senhores do jornal Por-

tugal Post, a minha história não tem

nada de especial mas vou contar

como fui vilmente enganada depois

de ter acreditado numa pessoa por-

que queria refazer a minha vida.

Sou viúva há muitos e uma mu-

lher nova. Tenho 52 anos e estou

aqui na Alemanha já há quase 25

anos. Fiquei viúva há 15 e, infeliz-

mente, deus não quis dar-me filhos

e ainda por cima levou-me o ma-

rido que era ainda muito novo.

O meu marido faleceu devido a

um acidente de trabalho. Na altura

trabalhávamos os dois e foi assim

que conseguimos uma vida sem

problemas.

Construímos e compramos

casas em Portugal. Depois do fale-

cimento do meu marido fiquei só.

A minha vida era o trabalho. Como

não queria estar em casa sozinha

encontrava no trabalho o refúgio

para a solidão.

Não me dava nem ainda hoje

me dou com os portugueses. As

amigas que tenho são alemãs ou de

outras nacionalidades. Nunca fui a

uma festa portuguesa e o que sei é

o que leio no jornal.

Fiquei só durante muito tempo

por respeito ao meu falecido ma-

rido. Às vezes tinha convites para

ir com as minhas amigas aqui e

acolá e algumas quase que se atira-

vam a homens, coisa que eu nunca

me passou pela cabeça.

Quando raramente conhecia al-

guém, não lhe dava muita confiança

nem sequer lhe dizia onde morava

nem contava nada da minha vida.

E foi assim durante anos a fio.

Saía de casa de manhã cedinho e só

chegava à noite cansada do traba-

lha. Fazia de comer e punha-me a

ver TV ou dormia ou então falava

ao telefone com uma ou outra

amiga.

Os fins de semana passo-os

normalmente a costurar. Gosto

muito de costurar e sou eu que

faço as minhas camisas ou até ves-

tidos...{…}

Um dia, há coisa de 4 anos, saí

com uma amiga brasileira para fes-

tejar a passagem de ano num res-

taurante brasileiro. Foi a primeira

vez que saí à noite para festejar o

novo ano depois de ter ficado sem

esposo.

Éramos cinco mulheres e eu só

conhecia três delas. Foi com sur-

presa que no restaurante se juntou

a nós mais dois casais, um deles era

português mais ou menos da nossa

idade. Sabendo depois que eu era

da mesma nacionalidade, a mulher

portuguesa falou quase a noite in-

teira comigo e quase que já parecía-

mos amigas. O marido dela era um

homem bem parecido e foi com

muita surpresa que ele a meio da

noite me convidou para dançar. Fi-

quei sem que dizer e muito enver-

gonhada. A mulher dele disse-me

“vá dançar, não se envergonhe”- e

fui. E dançamos cinco ou seis vezes

juntos. Era a primeira vez que pas-

sados muitos anos tinha um con-

tacto físico com um homem e

confesso que fiquei muito pertur-

bada.

Então ficamos amigos. Trocámos

números de telefone e assim às

vezes ela telefonava-me. Mas quem

telefonava mais vezes era ele. No

principio as conversas eram nor-

mais e pouco a pouco as perguntas

que ele fazia eram mais íntimas

como se a nossa a amizade fosse já

antiga.

Um dia quando eu chegava do

trabalho encontrei-o dentro do

carro estacionado à minha porta.

Reagi muito espantada e nem se-

quer tive palavras para lhe pergun-

tar nada. Disse-me então que tinha

passado por ali e pensou visitar-me.

Sem saber o que fazer, convidei-

o a entrar. Ele disse-me que tinha

telefonado à sua mulher dizendo

que vinha visitar-me. Fiquei então

descansada.

Em casa ele contou-me muitas

coisas: de onde era de Portugal e

que profissão tinha e disse-me, para

meu espanto, que se sentia um

pouco só aqui na Alemanha e que a

maior amargura que a sua mulher

lhe tinha dado era não lhe ter dado

um filho.

Como tinha de cozinhar, convi-

dei-o a jantar. Como não tinha

vinho em casa, ele ofereceu-se para

ir comprar vinho ao quiosque.

Quando ele saiu para comprar

o vinho, dei comigo a arranjar-me e

a maquilhar-me como se tivesse de-

zoito anos.

Enfim, nesse dia ele ficou até

tarde e, num acto de desespero, en-

treguei-me a ele.

A partir daí começou a visitar-

me duas a três vezes por semana e

ficamos íntimos. Foi que ele come-

çou a dizer que queria divorciar-se

da mulher. Depois contava-me os

pormenores da vida que tinha com

a sua mulher. Disse-me também que

a partir do momento em que me

viu a sua vida tinha mudado - e sei

lá mais o que disse!

A verdade é que fiquei louca

por ele e as visitas agora eram

quase diárias e saía sempre da

minha casa à meia-noite e às vezes

às duas da manhã.

No meio disto, um dia chegou

muito abalado e perturbado a

minha casa dizendo que tinha um

problema de dinheiros que tinha de

resolver em 24 horas e que se não

resolvesse acabaria com a sua vida.

Perguntei-lhe qual era a soma ao

que me respondeu que era 25.000

€. Quando o vi transtornado o co-

ração apertou-se-me e disse-lhe

que podia emprestar-lhe se ele qui-

sesse. Nesse momento quase que

se atira a mim de joelhos e beija-me

dizendo que nunca se esqueceria da

minha bondade.

Algumas semanas depois apa-

rece em minha casa com uma carta

que, disse-me ele, ia mandar a um

advogado para pedir o divórcio.

Desde daí começou a fazer planos

para a nossa vida, dizendo que po-

díamos ir para Portugal porque

tinha lá casa e que teríamos um

vida regalada, etc..

Às vezes achava-o muito estra-

nho porque continuava a pedir-me

dinheiro e era aos quinhentos e mil

euros. Até que houve um período

em que ele não aparecia nem tele-

fonava e fiquei preocupada.

Foi nesse momento em que co-

mecei a pensar em tudo e a sentir-

me incomodada quando pensava

que ele, e afinal também eu, estava-

mos a trair a mulher que era minha

amiga e que às vezes me telefonava.

Houve dias até que saímos as duas

para ir ao cabeleireiro e às com-

pras. E nesta intimidade ela contava-

me coisas que fazia com o marido

ou, então, quando passava um

homem ela começava a adivinhar se

ele era como o seu. Eu corava por-

que mal sabia ela que eu sabia do

que ela estava a falar.

Depois de quase uma semana

sem aparecer, um dia ele tocou à

minha porta eram quase duas da

manhã e foi a primeira vez que

ficou toda a noite em minha casa.

Um dia telefonou-me a sua mu-

lher quase a chorar dizendo que es-

tava a desconfiar que o seu marido

tinha uma amante. Aquele telefo-

nema foi como um choque para

mim e chamou-me à realidade. Foi

aquele telefonema que me chamou

para uma situação que me levou à

vergonha e ao arrependimento. Eu

não queria estragar a relação da-

quela mulher e o que tinha feito

não era justo.

Decidi acabar com tudo.

Nessa noite ele bateu à porta

mas não abri. Nunca mais abri nem

telefonei nem quis saber dos milha-

res de euros que lhe tinha empres-

tado. Estava de mal comigo e a

culpa era só minha.

Comecei a voltar à vida antiga.

A trabalhar e a estar em casa, como

faço hoje. Nunca mais conheci ne-

nhum outro homem nem nunca

mais saí à noite.

Hoje os meus tempos livres

passos numa associação de apoio

aos sem-abrigo e também a reco-

lher víveres e roupas para as pes-

soas que nada têm ou que vivem da

ajuda do governo.

É esta a história que queria con-

tar e peço por favor que não divul-

guem o meu nome.

Obrigada.

Leitora identificada

Um arrependimento

Era assim:

queres?queres algo?queres desejar?desejas querer?desejas-me?desejas querer-me?queres desejar-me?queres querer-me?queres que te deseje?desejas que te queira?queres que te queira?

quanto me queres?quanto me desejas?ah quanto te queroquando te queroquando me queres...

Ana Hatherly

Page 25: Portugal Post Novembro 2009

Embaixada de PortugalServiços da Cordenação-Geral

de EnsinoZimmerstr.56 10117 BerlinTelefone 030 - 590063500Telefax 030 - 590063600

Consulado -Geralde Portugal em Hamburgo

Buschstr 7 - 20354 - HamburgoTel: 040/3553484

Escricório Consular Osnabruck-Schloßwall 2 - 49080 Osnabruck

Tel:0541/40 80 80

Consulado-Geralde Portugal em Dusseldorf

Friedrichstr, 20 - 40217 -DusseldorfTel: 0211- 13 878 0

Consulado -Geralde Portugal em Frankfurt

Zeppelinalle 15 - 60325- FrankfurtTel: 069/ 97 98 800

Consulado-Geralde Portugal em Stuttgart

Königstr.20 - 70173 StuttgartTel. 0711/2273974

Consulado Honorário dePortugal em Munique

Maximiliansplatz 15 - 80333 MunchenTel. 089-29163131

Conselho das ComunidadesPortuguesas:

Alfredo Cardoso,Telelefone: 0172- 53 520 47

[email protected] Stoffel

Telefone: 0170 24 60 [email protected]

José Eduardo,Telefone: 06196 - 82049

[email protected] da Piedade FriasTelefone: 0711/[email protected]

Rui Clemente PazTelefone: 0173 - 5351651

[email protected]

AICEP PortugalZimmerstr.56 - 10117 Berlim

Tel.: 030 254106-0

Federação das AssociacõesPortuguesas na Alemanha

Postfach 10 01 05 - 42801 Remscheid

Endereços Úteis

PORTUGAL POST nº 184 • Novembro 2009 25

A vida é bela, é agradável e todos nós gostamos de viver e desfrutar as opor-tunidades, os desafios e as alegrias e os ciclos de vida.Porém como sabemos, ninguém é eterno e imortal. Há que pensar (quantoantes melhor) em segurar o nosso funeral para não deixarmos despesas quevão sub carregar quem ainda terá que suportar a nossa perda.Para mais informações sobre os nossos serviços funerários e como cobrir orisco financeiro do funeral. Contacte-nos sem compromissos.

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Previsões para Novembro 2009Por Maria Helena Martins

PROFESSOR CALLI BERLIN

Grande cientista, MÉDIUM, VIDENTE, ESPIRITUALISTA, descendente de uma família rica em poderes ab-solutos de magias negra e branca, feitiços dos impérios de Mali, Senegal, Gabu. Resolve casos desesperadoscom rapidez, como por exemplo: Amor, doenças fisícas e espirituais, ajuda na cura de doencas graves, pro-tege pessoas, familias, negócios e seu desenvolvimento, impotências sexuais, justica, invejas, maus-olhados,vicios de droga, tabaco e álcool, juntar homens e mulheres separados dos seus pares por outras pessoas edo mesmo sexo desde que haja amor, aproximar pessoas amadas, lê a sorte, dá a previsão de vida e futuro,faz trabalhos á distancia, pelo bom espírito talisma, prenda a pessoa amada com êxito absoluto, ponhafim a tudo o que o preocupa; angustia, depressão, ansiedade, vença os seus inimigos, contacte o Prof. Callipessoa dotada de grandes e absolutos poderes espirituais de DEUS. ( FACILIDADES DE PAGAMENTOS ).consultas pessoalmente, por carta ou por telef: 03049997523 Fax: 03053016653 Handy: 015224006814 in-dicativo para residentes fora da Alemanha telef: (00493049997523-Fáx:00493053016653 e Telemóvel004915224006814) endereco para correspondencia: Nome : Prof. Calli Postfach: 290241 - 13096 - Berlin Deutschland.pode visitar a minha página em: www.prof-calli.com e pode enviar imal para [email protected] ,desloco-me a casa do cliente na Alemanha e ao Estrangeiro.

CARNEIROAMOR: Sentir-se-á muito nostálgico duranteeste mês. Seja mais optimista! Pratique o pen-samento positivo e as acções construtivas agora!SAÚDE: lembre-se que o desânimo se reflectenegativamente na saúde. Tenha pensamentospositivos e verá que se sentirá melhor.DINHEIRO: Evite precipitar-se, dê um passode cada vez.

TOUROAMOR: Pense bem antes de se envolver numanova relação. Desenvolva a sua clareza mental,emocional e espiritual.SAÚDE: Mês estável e cheio de energia posi-tiva.DINHEIRO: É um bom momento para negó-cios, propício à venda de imóveis.

GÉMEOSAMOR: Deixe o seu orgulho de lado e opte porconversar calmamente com a sua cara-metade.Abra o seu coração e seja fiel ao que ele lhetransmite.SAÚDE: Possíveis problemas respiratórios. DINHEIRO: Avance com a abertura de um ne-gócio próprio, mas informe-se bem antes de ofazer.

CARANGUEJOAMOR: Evite pensamentos negativos. Adopteuma postura mais descontraída perante a vida.Descubra a força imensa que traz dentro de si!SAÚDE: Tendência para apanhar uma pequenaconstipação. DINHEIRO: Acontecimentos inesperados farãocom que seja promovido mais cedo do que julga.

LEÃOAMOR: Poderá viver uma aventura de grandeimportância para si. Mostre toda a sua força, de-terminação e criatividade, e ponha em práticaos seus projectos com paixão.SAÚDE: Dê mais atenção às dores de cabeça.DINHEIRO: Não seja tão materialista, pois sótem a perder com isso.

VIRGEMAMOR: Tenha uma atitude de confiança paracom a pessoa amada. Abra o seu coração, e issotrará um novo sentido ao seu relacionamento.SAÚDE: Possíveis dores de ouvidos. DINHEIRO: Cuidado com as finanças. Vigiemelhor as suas despesas.

BALANÇAAMOR: Aposte no diálogo e na compreensão.Que a luz da sua alma ilumine todos os que vocêama!SAÚDE: Estão previstos alguns problemas di-gestivos. DINHEIRO: Excelente oportunidade paraequilibrar as suas contas.

ESCORPIÃOAMOR: O companheirismo é a base de qual-quer relação. Fale sobre o que é necessário eseja carinhoso.SAÚDE: Combata a tendência para se isolar ereflectir demasiado.DINHEIRO: Algo inesperado poderá acontecere colocar em causa a sua competência. Mostre oque vale com determinação e coragem!

SAGITÁRIOAMOR: Procure ser mais compreensivo comquem o rodeia. Procure dizer coisas boas, a pa-lavra tem muita força!SAÚDE: Ao longo deste mês poderá ser inco-modado por alguns problemas de coluna.DINHEIRO: Acredite nas suas capacidadesprofissionais.

CAPRICÓRNIOAMOR: Uma data muito importante aproxima-se, não se esqueça dela. Exercitar a arte de serfeliz é muito divertido!SAÚDE: Proteja-se, não ingira nada que sejanocivo para o seu organismo. DINHEIRO: Uma viagem de trabalho iráobrigá-lo a ausentar-se durante mais tempo doque o previsto.

AQUÁRIOAMOR: Deixe o orgulho de lado e peça des-culpa sempre que errar. Se quer ser verdadeira-mente vitorioso, vença-se a si próprio!SAÚDE: Proteja-se do frio, ou pode ser sur-preendido por uma constipação.DINHEIRO: Cuidado com os gastos supér-fluos.

PEIXESAMOR: Surgirá um novo interesse românticona sua vida. Procure intensamente sentimentossólidos e duradouros, espalhando em seu redoralegria e bem-estar!SAÚDE: Regular. Sem nada de grave a assina-lar. DINHEIRO: Prosperidade para a vida finan-ceira.

Um homem foi encontrado estendido numa valeta e conduzido de urgência para

o hospital. Na sala de operações, um interno desabotoava-lhe o casaco, a fim de o

preparar para a intervenção, quando descobriu a seguinte nota, presa ao forro: «A

todos os membros da classe médica: estou simplesmente embriagado; deixem-me

dormir; não tentem extrair-me o apêndice, já mo tiraram duas vezes.»

No hospital, diz o médico:

- O senhor é o dador de sangue?

- Não, eu sou o da dor de cabeça!

Doente:

-Mas... senhor doutor, e se a operação falhar?

Cirurgião:

-Esteja descansado, homem. Se a operação falhar, você nunca o saberá.

-A senhora é tão nova e já com oito filhos! Casou muito cedo?

-É verdade. Eram apenas oito horas.

-Quero divorciar-me. De há cinco anos para cá, a minha mulher atira-me com os

objectos mais variados: vasos, panelas, bibelots...

-E por que razão só agora se quer divorciar? Ao fim de cinco anos devia estar ha-

bituado...

-Sim, mas só de há alguns dias para cá começou a acertar-me.

Page 26: Portugal Post Novembro 2009

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Page 27: Portugal Post Novembro 2009

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O Presidente de Cabo Verdeconsiderou „extremamenteinteressantes“ os contactospolíticos mantidos durante vi-sita oficial à Alemanha, emque abordou, nomeadamente,possibilidades de cooperaçãonos domínios das energias re-nováveis e da pesquisa oceano-gráfica.

“Queremos fazer de Cabo

Verde uma plataforma para a inves-

tigação oceanográfica e atmosfé-

rica”, disse Pedro Pires , em Berlim,

depois de se reunir com o seu ho-

mólogo alemão Horst Koehler,

com a comissão parlamentar para

a Áfrical Ocidental e Central e com

o burgomestre da capital alemã,

Klaus Wowereit.

O Chefe de Estado cabo-ver-

diano debateu ainda a cooperação

empresarial nestas e noutras áreas,

como o turismo, com uma associa-

ção de empresários alemães, em

Hamburgo.

Actualmente, 13 por cento dos

turistas que visitam cabo Verde

saem da Alemanha, “e trata-se de

um mercado com potencialidades

de que tem de se tirar o maior

proveito”, referiu Pedro Pires.

O Presidente aproveitou tam-

bém a visita à Alemanha para

solicitar “a compreensão” das au-

toridades de Berlim para os projec-

tos que Cabo Verde apresentará

em breve no quadro da parceira es-

pecial com a União Europeia.

Pedro Pires pediu também a

adesão da maior economia euro-

peia à chamada parceria para a mo-

bilidade, para facilitar a emigração

legal de cidadãos cabo-verdianos

para o espaço da UE, projecto que

já teve o apoio de Portugal, Espa-

nha, França, Holanda e Luxem-

burgo.

Antes de deixar Berlim, pedro

Pires proferiu uma palestra sobre

o desenvolvimento económico, po-

lítico e social de cabo Verde desde

a independência, considerado

exemplar a nível internacional.

„Somos ambiciosos, não quere-

mos ser mais um problema ou

encargo para a comunidade inter-

nacional”, afirmou pedro Pires na

Fundação Friedrich Ebert. O chefe

de Estado criticou, no entanto, o

facto de Cabo Verde já não benefi-

ciar de ajuda ao desenvolvimento

de países como a Alemanha, por

ser entretanto considerado um

país de rendimento médio.

“Quando um avião descola, que

foi o que nós fizemos, não se lhe

pode cortar o combustível em

pleno voo”, disse o político cabo-

verdiano, ressalvando, no entanto,

que não foi à Alemanha pedir ajuda,

“mas sim mais investimentos e mais

turismo”.

Pedro Pires deslocou-se a

Pedro Pires, Presidente de Cabo Verde visita a Alemanha

Hamburgo para se reunir com a

diáspora cabo-verdiana em Ham-

burgo (ver caixa) e falar de coope-

ração no âmbito da pesquisa

oceanográfica, na Universidade de

Kiel.

“Cabo Verde tem como uma

das preocupações prioritárias a se-

gurança e o bem-estar de todos os

cabo-verdianos na diáspora. Preo-

cupamo-nos com a sua protecção

social no país de acolhimento, pro-

tecção esta assegurada por parte

do Estado cabo-verdianos e da sua

representação diplomática.” Pala-

vras proferidas no inicio da inter-

venção do Presidente da Republica

de Cabo Verde no encontro com

comunidade cabo-verdianna na Ale-

manha.

Pedro Verona Rodrigues Pires

esteve em visita oficial à Alemanha,

acompanhado de sua esposa Adél-

cia Pires e uma comitiva composta

por 20 elementos, entre os quais o

ministro de negócios estrangeiros,

José Brito.      

A 17 de Outubro, pelas 13

horas,  na Haus der Patriotischen

Gesellschaft em Hamburg, Pedro

Pires e comitiva, tiveram um encon-

tro com cabo-verdianos que se

deslocaram de Berlim, Brake, Bre-

men, Hamburgo e Kiel.

Após a intervenção do Embai-

xador de Cabo Verde em Berlim,

Jorge Tolentino, e do Cônsul Hono-

rário de Cabo Verde em Hamburgo,

Bremen, Schleswig-Holstein e Nie-

dersachsen, Heinz-Herbert Hey, o

presidente usou da palavra, dei-

xando a todos uma mensagem de

profundo agradecimento pela forte

ligação e o contributo que as comu-

nidades cabo-verdianas têm

dado ao desenvolvimento de Cabo

Verde.

Pedro Pires salientou ainda a

importância de Cabo Verde na sua

afirmação internacional como

nação livre rumo  à prosperidade,

destacando a multiplicação por 10

do Produto Interno Bruto de Cabo

Verde nos últimos 35 anos; a espe-

rança de vida que aumentou para

mais de 70 anos; o desenvolvimento

na área da educação com o consi-

derável aumento de liceus, escolas

e universidades e o investimento

externo na área do turismo. “Cabo

Verde deixou de pedir ajuda para

pedir maior investimento, disse

Pedro Pires.

Durante a sessão de perguntas

e respostas (proposto e orientado

pelo  presidente da Associação

cabo-verdiana de Hamburgo, Esta-

nislau Furtado) entre o Presidente

e os cabo-verdianos, os presentes

discutiram alguns dos problemas

com que Cabo Verde se debate.

Pedro Pires respondeu às mui-

tas perguntas, mas sublinhando

sempre o muito que já se fez de po-

sitivo. 

No final do encontro, Pedro

Pires condecorou o primeiro ex-

Cônsul Honorário de Cabo Verde

em Hamburgo Herr Kremer pelo

empenho e ajuda incondicional que

deu à comunidade cabo-verdiana

em terras germanicas.

Maria dos Anjos SantosHamburgo

Presidente encontra-se com a comunidade cabo-verdiana em Hamburgo

Pedro Pires, ao centro, recebido por crianças cabo-verdianas. Foto: Fernando Soares

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