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CALDAS DA RAINHA

PAG 50

GONDOMARPAG 12

ÉVORAPAG 38

Já viu como a nossa capa brilha nesta edição? É um Portugal em Destaque de ouro, porque este é um país de valor e com valor. Nesta edição já com cheiro a verão, conheça novos exemplos de empresas nacionais que continuam a vingar aqui e além-frontei-ras, num exemplo digno de empreendedorismo, inovação e criação de valor. Também os municípios e as freguesias figuram nesta edição de junho. Não perca!

A direção editorial

Diana Silva

EDITORIALDESTAQUE DE OURO!

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R, SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA ([email protected]) | CORPO REDA-

TORIAL: JOSÉ MIGUEL LOPES, MELANIE ALVES, SÍLVIA PINTO CORREIA | DIREÇÃO GRÁFICA: TIAGO RODRIGUES | SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@PORTUGALEMDESTAQUE.

PT) | DEP. COMERCIAL: JOSÉ ALBERTO, JOSÉ VARELA, LUÍS BRANCO, MANUELA NOGUEIRA, MARIA JOSÉ , MARÍLIA FREIRE, PEDRO DUARTE ([email protected]) |

REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 6ºANDAR, SALA 6.1 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA COM O

JORNAL EXPRESSO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | NÚMERO DE REGISTO NA ERC: 126615 | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE JULHO

ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Por-

tugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção

entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.

ÍND

ICE

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“EDUCAR PARA SER”

Inaugurado em setembro de 2011, o Colégio Fundação Alentejo nasceu com o objetivo de dotar o concelho de Évora de “um cam-po escolar” diferenciador, que permitisse “receber os alunos desde a creche e dar-lhes acompanhamento até ao 12º ano de escolaridade”, iniciando, desse modo, a articulação de um caminho a culminar na Escola Profissional da Região Alentejo (EPRAL). Tratando-se de um projeto ainda bastante recente, o Colégio Fundação Alentejo engloba atualmente as valências de creche, jardim de infância e 1º ciclo do ensino básico, propagadas pelos diversos andares de um edifício construído de raiz, que se dis-tingue pelo seu espaço moderno, vibrante e seguro, munido de infraestruturas pensadas para a maior potencialização possível da aprendizagem. São, efetivamente, tomadas de posição como esta que têm vindo a consolidar o excelente estatuto do Colégio Fundação Alentejo junto da comunidade eborense.“Há cinco anos, abrimos com 50 alunos e sem qualquer apoio do Es-tado”, recorda a diretora, Sofia Ramos, antes de nos fazer um re-trato do atual panorama da instituição de ensino. “Estamos com mais de 150 crianças e, apesar da crise, temos conseguido continuar a receber novas inscrições”. A acompanhar este volume de alunos está “uma equipa jovem, competente e bastante coesa” composta por mais de 40 profissionais, na qual se incluem docentes e ou-tros funcionários, inteiramente alinhados com a filosofia-base de um projeto educativo que, num curto percurso de tempo, tem vindo a consolidar o seu estatuto de referência no panorama na-cional.

É fazendo jus a este lema que o Colégio Fundação Alen-tejo aposta num ensino diferenciador e de elevadíssima qualidade capaz de preparar as crianças para o sucesso ao longo da vida.

FUNDAÇÃO ALENTEJO

Praceta Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected]

Valores que fazem a diferença“A nossa intenção era criar um espaço, uma realidade, que fosse o mais parecida possível ao que as crianças encontram em casa”, explica Sofia Ramos, quando questionada sobre os valores que definem a atuação do Colégio Fundação Alentejo. Mais concre-tamente são quatro os eixos orientadores que pautam o fun-cionamento educativo deste “projeto bastante inovador”: saúde e resiliência; autonomia e responsabilidade; criatividade e em-preendedorismo; solidariedade e cidadania.Valores como estes permitem não apenas o saudável crescimen-to físico, cognitivo e social dos educandos, como também uma verdadeira adaptação à sociedade moderna, sem, no entanto, “se deixar para trás valores que tínhamos nas nossas escolas, famílias e sociedade de antigamente e que, infelizmente, se têm vindo a perder”, lamenta a porta-voz. Acima de tudo, e complementando o racio-cínio anterior, “tentamos fazer com que as nossas crianças se sin-tam felizes aqui dentro, que façam boas aprendizagens e, também, que nos ensinem”, assegura Sofia Ramos.Outro aspeto particularmente evidente para o Colégio Fundação Alentejo é a importância de nunca se subestimar o potencial das crianças. “Nascemos com todas as capacidades, mas ao longo da vida é que as vamos perdendo”, teoriza, antes de acrescentar que atividades tão importantes para o sucesso profissional – como a socialização ou a capacidade de adaptação a novos contextos – constituem parte dos “valores que queremos transmitir às crianças”.É exatamente na tentativa de fazer jus a todos estes valores que ‘Educar para Ser’ se assume como a “missão” mais preciosa des-

SOFIA RAMOS

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ta instituição de ensino. “Hoje em dia as crianças são estimuladas para fora de si, carregadas de conteúdos, sem terem oportunidade de se questionarem e de questionar o ‘como?’, o ‘porquê?’, ‘o que pode ser diferente?’”, lamenta a diretora, que relembra que “para sermos bons profissionais, temos que primeiro aprender a Ser”.

Inovação pedagógicaAlcançar um estatuto de indiscutível referência num setor tão peculiar como a educação não é possível sem a presença de um conjunto de valores firmes, uma equipa de profissionais genui-namente integrados nessa filosofia e um natural ceticismo re-lativamente a algumas das metodologias de ensino tidas como adquiridas. Importa salientar, neste âmbito, que o Colégio Fun-dação Alentejo tem assumido uma atitude de particular ino-vação pedagógica, que se faz sentir desde a creche ao 1º ciclo do ensino básico. “Para inovar, padronizámo-nos, errámos, refletimos, desconstruí-mos, adaptámo-nos. Hoje superamos conteúdos, metodologias, filo-sofias, práticas, padrões e tendências, o que nos permitiu construir, passados cinco anos, uma identidade própria, pronta a ser assumi-da”.Exemplo dessa mesma ousadia está no facto de, desde pequenas, as crianças entrarem em contacto com a “área de projeto”, através da qual definem um problema, de seu interesse, e procuram, em conjunto com os pares e comunidade educativa, vivenciar o pro-cesso do conhecimento, através da dúvida. “Se a nossa vida não é feita por disciplinas, por que razão a nossa educação tem que ser?”, questiona a nossa interlocutora. Até porque “o que faz sentido é que as crianças compreendam que a matemática, o estudo do meio e o português estão interligados com todas as aprendizagens que façam com o dia a dia, com a vida”.

Mas a inovação expressa-se também pela ausência dos tradicio-nais trabalhos de casa – sendo o período extraescolar entendido como um momento dedicado à ligação familiar – e pela imple-mentação no plano curricular de disciplinas como o inglês, a expressão físico-motora, a expressão musical, ou ainda de mo-dalidades como as oficinas de ciências, escrita e artes. “Tudo isto são estímulos que nos cabe a nós proporcionar e mostrar, para que as crianças se possam desenvolver e ser criativas”, argumenta Sofia Ramos.

Pensar o futuroAssente em valores como o humanismo, a cidadania ativa ou o respeito pela diferença, o Colégio Fundação Alentejo prome-te manter estas linhas orientadoras, procurando proporcionar a resposta mais completa ao salutar desenvolvimento das suas crianças. “Experimentámos várias teorias, pusemos em causa mui-tas práticas e começámos a sensibilizar os pais para um ensino cada vez mais individualizado, sem competitividades e sem projeções e ex-petativas que condicionam as vidas das crianças”, refere a diretora.Por fim, a nossa interlocutora deixa uma mensagem a todos os encarregados de educação sobre a importância de se investir, o mais cedo possível, num ensino de qualidade. “Acho que os pri-meiros anos são fulcrais e tenho pena que muitas vezes os pais só considerem importante que as crianças venham para os colégios a partir do nível pré-escolar por ainda se pensar que a creche é apenas um espaço em que só se prestam cuidados essenciais à criança. Os bebés são muito mais do que isso. Eles ouvem, recebem e dão estí-mulos, e exploram tudo o que lhes permitirmos ver e fazer, e se isso acontecer, terão um perfil, uma mente e uma voz muito mais prontas para o futuro”, garante.

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A Escola Profissional da Região Alentejo, propriedade da Fundação Alentejo, é um estabelecimento de ensino que prossegue finali-dades de interesse público e desenvolve as suas atividades culturais, científicas e pedagógicas com autonomia, sob tutela do Minis-tério da Educação da República Portuguesa.A EPRAL presta um serviço público de educação e integra a rede de entidades formadoras do Sistema Nacional de Qualificações sendo detentora da autorização de funcionamento nº. 1, concedida pelo Ministério da Educação, em 1999, já enquanto instituição no âmbito da Fundação Alentejo.A oferta formativa autorizada estende-se por 25 áreas de formação distintas, num total de 36 curso profissionais, fruto da sua capa-cidade técnica, material e humana. Para além de Cursos Profissionais, a EPRAL, oferece em parceria com os institutos politécnicos da região, Cursos Técnicos Superiores Profissionais.A qualificação de recursos humanos, a formação dos jovens e o desenvolvimento do território, em particular, do território alenteja-no, estão no centro das opções tomadas pela instituição.A qualificação das pessoas e dos territórios assume-se como eixo central da atuação da EPRAL ao longo dos seus 25 anos de existên-cia.O reforço da empregabilidade, o combate ao insucesso e abandono escolares e o forte contributo para o incremento dos fatores de competitividade e atratividade dos territórios de baixa densidade, caso da região Alentejo, são, no seguimento dos objetivos previstos pelos diferentes programas operacionais, nomeadamente o POCH – Programa Operacional Capital Humano- outro dos eixos estru-turantes da atuação da Fundação Alentejo, através da Escola Profissional da Região Alentejo.Entre 1993 e 2015 mais de 5 300 diplomadas nas diversas áreas terminaram a sua formação na EPRAL, nas áreas da multimédia, da hotelaria, do turismo, da informática, dos audiovisuais e produção dos media, das indústrias agroalimentares ou da construção civil.O melhor testemunho do trabalho desenvolvido são os nossos diplomados:

Luís Silva concluiu o Curso Profissional de Técnico de Multimédia. É atualmente Mobile Product Designer na NOVODA, em Londres.“Uma das principais diferenças que encontrei enquanto aluno da EPRAL foi a possibilidade de utilizar a teoria combinada com a prática. Esta metodologia fez com quem eu me interessasse pela área profissio-nal onde hoje estou inserido. A EPRAL, contrariamente às outras esco-las, ajudou-me a escolher e a seguir uma carreira profissional da qual me orgulho. Depois de ter concluído os estudos na EPRAL, frequentei um curso de especialização em Lisboa, na EDIT, como Mobile UI & UX Design, ou seja, como especialista em desenhar interfaces para disposi-tivos e aplicações móveis. A possibilidade de os alunos se poderem inte-grar no mundo profissional enquanto estudantes, através da formação e contexto de trabalho é uma grande mais valia e uma das razões que me levou a escolher esta escola. Enquanto aluno, consegui desenvolver as minhas capacidades técnicas e profissionais, com verdadeiros profissio-nais. Além disso, tive a oportunidade de fazer novas amizades com as quais mantenho contacto ainda hoje”.

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Cristina Freixa frequentou o Curso Profissional de Técni-co de Restauração. Atualmente é a Diretora Financeira de uma unidade hoteleira Ecorkhotel - Évora Suites & SPA.“Após a conclusão do 9º ano de escolaridade optei pela verten-te de Humanidades: o gosto pela língua francesa falou mais alto. Acabaria por desistir por motivos pessoais, escolhendo a EPRAL para iniciar o meu percurso escolar/profissional. Inicialmente tal como como outros formandos via a EPRAL como uma saída fácil, só mais tarde percebi que poderia tirar partido do que a escola me estava a oferecer, independente-mente da minha escolha no final do curso. Com o decorrer do tempo apercebi-me que podia ter um futuro promissor à min-ha frente, tracei objetivos e trabalhei para os atingir, ficando com a certeza que tinha feito a escolha acertada. Após con-clusão do curso profissional com sucesso, decidi prosseguir estudos e concluí a licenciatura em Gestão Hoteleira. Algumas dificuldades sentidas ao longo da frequência do curso, foram superadas com os conhecimentos e competências adquiridas na EPRAL. ““Foi na EPRAL que escolhi a minha área profis-sional, o que queria ser e fazer, foi lá que tudo começou. En-tretanto já exerci funções enquanto técnica de turismo numa agência de viagens, bem como de Diretora no Monte do Carmo e na Mina de S. Domingos e ainda de Coordenadora Pedagógi-ca e formadora na Escola Profissional de Odemira”.

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José Chora concluiu o Curso Profissional de Técnico de Construção Civil e atualmente é empresário na área da construção civil.“Na EPRAL, por comparação com o ensino que frequentei anterior-mente, senti maior interação entre professores e alunos, e um acom-panhamento mais presente. O facto de as aprendizagens serem mais direcionadas aos nossos interesses e as aulas mais práticas fazia com que a motivação fosse também maior. O estágio dá-nos uma visão mais completa do nosso mundo de trabalho. Permitiu-me aplicar os concei-tos teóricos e técnicos que tinha aprendido, praticar e desenvolver as minhas competências profissionais, mas também de relacionamento interpessoal, tão importantes na tarefa de coordenação de equipas e atividades. Durante os dois estágios curriculares integrei uma empresa de referência na região, onde fiquei depois a trabalhar durante cerca de dois anos. Durante esse tempo fiz também outras formações comple-mentares na área e acabei por iniciar a minha própria atividade, que ainda hoje mantenho com sucesso – Mediévora”.

Sara Fanha concluiu o Curso Profissional de Técnico de Apoio à In-fância na Coopberço em Évora. “Ao contrário do ensino regular, no ensino profissional aprende-se a fazer e não só a ser e estar. No ensino profissional encontramos o nosso rumo, porque somos orientados a atingir objetivos e a construir os nossos sonhos. Esta é a grande diferença. Neste sentido, a relação formador e formando é uma relação de entreajuda, confiança e pas-sagem de testemunho, facilitando assim todo o percurso académico do formando. E assim se constrói a nossa escola, numa rede de apoio e su-porte, ao crescimento de cada um, havendo espaço para a autonomia, para aprender a voar. Pela minha experiência, todos os momentos de formação em contexto real de trabalho que fui realizando ao longo do curso, permitiram-me criar aprendizagem significativas e maior prepa-ração para o mercado de trabalho. Estas aprendizagens fizeram todo o sentido, quando em articulação com a formação recebida nas diferentes disciplinas do plano curricular. Aprendizagens, preparação, muitas ho-ras de dedicação e esforço que facilitaram a minha entrada no estágio profissional”.

Gonçalo Queirós concluiu o Curso Profissional de Técnico de Res-tauração. “O que destaco mais na minha passagem pela EPRAL é o contacto com outros profissionais no decorrer dos estágios que acaba por ser essen-cial para a integração da área da Hotelaria/Restauração. Só sabemos que é aquilo que realmente gostamos, se estivermos lá de facas em pun-ho a executar as tarefas sob stress e a pressão que estão inerentes à pro-fissão. Apesar de não ser imprescindível um curso profissional para se chegar a grande Chef, sublinho que este tipo de formação representa uma mais valia em termos de preparação para o exercício da profissão.Para além disso, existe sempre a possibilidade de integrar uma das em-presas onde estagiámos. No meu caso, como já fazia uns biscates acabei por ser procurado e integrei a cozinha da Bica do Sapato, em Lisboa, onde trabalhei com o Chef Fausto Airoldi. Hoje tenho o meu restauran-te, o Origens, no Centro Histórico de Évora e olhando para trás, consigo ver tudo o que me foi possível aprender ao longo de todo o meu percur-so profissional, que teve início na EPRAL“.

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PORTUGAL EM DESTAQUE | 11 Praceta Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected] Álvaro Pires de Évora, nº 4 | 7005-252 Évora | Tel. 266 759 111 | [email protected]

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O nosso entrevistado é presidente da direção da AIMMP há cinco anos e, apesar de ter iniciado a sua atividade numa altura particularmente difícil para o País e para a asso-ciação, Vítor Poças garantiu que a situação económica e financeira desta associação está estabilizada e com excelente capacidade para executar novos projetos: “Tive que quase largar as empresas que detenho com os meus irmãos, entregando-lhes a gestão opera-cional e dediquei-me a 150 por cento a esta associação. Neste momento posso assegurar que a AIMMP está em plena atividade, recuperada e com muitos projetos em desenvolvimento”.

Principais projetosDos inúmeros projetos promovidos por esta associação, destacam-se: o Inter Wood&-Furniture, com um investimento de seis milhões de euros para a promoção e penetração das indústrias do sector em novos mercados, o Eco Wood&Furniture destinado à cer-tificação e melhoria da produtividade das empresas e o Associative Design – The Best of Portugal, que consiste numa marca dinâmica e inovadora, registada pela AIMMP, que pretende representar e promover, de forma integrada, a qualidade, o design e a inovação dos mais diferentes produtos para a fileira casa nos mercados internacionais. Acerca desta marca o representante da associação deixou uma mensagem a todos os empresários da indústria da madeira e mobiliário: “Deixo o repto às empresas que que-

A AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal está prestes a celebrar 60 anos de existência. É a única associação empresarial representativa de toda a fileira, de âmbito nacional e de interesse pú-blico. Para dar a conhecer melhor a vitalidade desta instituição, a Portugal em Destaque esteve à conversa com o seu presidente, Vítor Poças.

ASSOCIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE MADEIRA E MOBILIÁRIO DE PORTUGAL

PALETE EPAL 100% SEGURA

PERMUTÁVEIS EM TODO O MUNDO

A EPAL, fundada em 1991, garante a qualidade e segurança das paletes através das 1400 empresas associadas licenciadas, em todo o mundo. Em 2015, mais de 66 milhões de paletes EPAL foram produzidas sob o sistema de licença e garantia de qualidade EPAL. Atualmente, estão em circulação mais de 400 milhões de paletes EPAL .

AIMMP - Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de PortugalRua Álvares Cabral, n.º 281 4050-041 Porto, PortugalTel: +351 223 394 200 / Fax: +351 223 394 210www.aimmp.pt / [email protected]

Para mais informações, contacte p. f. o Conselho Nacional EPAL / AIMMP, que representa este sistema em Portugal.

UMA MARCA - UMA QUALIDADE

rem trabalhar com design para entrarem em contacto com a AIMMP porque nós temos surpresas muito boas para eles”, esclareceu.Sendo uma associação patronal de direito privado e sem fins lucrativos, a AIMMP é representativa de empresas e instituições que operam no âmbito das indústrias de base florestal, exceto o papel, a celulose e a cortiça, e oferece a todos os seus as-sociados serviços destinados a apoiar e incentivar o respetivo desenvolvimento, de forma individual ou coletiva, e a des-empenhar quaisquer outras funções de interesse para as empresas. São exemplos das áreas de atuação desta associação: a representação institucional, o contrato coletivo de trabalho, a formação e o apoio ao desenvolvimento técnico, científico e organizacional, incluindo a internacio-nalização, produtividade, financiamento, ambiente, certificação, a segurança, hi-giene e saúde no trabalho e a gestão de marcas.

Estado do setorA indústria da madeira e do mobiliário sempre foi muito valorizada em Portugal mas, tendo em conta dados recentes, pode verificar-se que é no estrangeiro que esta indústria tem sido mais reconhecida: “Este setor é um case study em Portugal porque é essencialmente um setor exportador líquido, ou seja, as exportações são muito superiores às importações. Nós exportamos em 2015 cerca de 2,3 mil milhões de euros e importa-mos 1,4 mil milhões de euros, por isso, este é um setor top em Portugal que cresce nas suas exportações entre 10 e 12 por cento ao ano”, aferiu Vítor Poças.A madeira e o mobiliário português são exportados maioritariamente para Es-panha e França, por motivos relacionados com a proximidade e os custos do trans-porte, uma vez que em algumas situações. “Se a viagem for muito longa o custo do transporte absorve a diferença do preço”, afirmou o gestor. Mas, o nosso entrevis-

DESDE 1957 AO SERVIÇO DE PORTUGAL

VÍTOR POÇAS

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tado, admitiu estar a fazer um grande esforço de investimento em novos mercados, tais como: Argélia, Dubai, Arábia Saudita, China, Índia, México e Marrocos que, não constituindo o merca-do tradicional da indústria de mobiliário portuguesa, podem vir a ser mercados diferenciadores e lucrativos para o setor. “A madeira está na moda”, afirmou o presidente da AIMMP, justi-ficando: “A madeira é nobre, natural, tem beleza e identidade. Além do mais é flexível e versátil, o que nos permite associar permanen-temente o design, a inovação e o nosso ‘know how’ na qualidade de fabricação para melhor competir com os melhores do mundo”.

Constrangimentos ao setorAinda durante a entrevista, Vítor Poças, alertou para duas si-tuações prejudiciais à indústria e ao setor. “É pena que ainda se en-sine nas escolas que ‘cortar uma árvore é mau’. Cortar uma árvore é excelente desde que se plante outra. Por outro lado, na área da cons-trução, o lobby do betão é muito forte e nós, portugueses, somos muito dependentes do que é importado. Isso determina que haja mui-ta construção feita em Portugal com recurso a materiais vindos do estrangeiro, desvalorizando-se, assim, materiais nacionais tais como: madeira, xistos, granitos e mármores”, lamentou o empresário.

Potencial de GondomarNatural e residente em Gondomar – que se encontra em desta-que nesta edição –, Vítor Poças fez questão de enaltecer o poten-cial económico existente neste município. “Gondomar é um con-celho em que eu deposito muita esperança. A indústria do mobiliário, ao contrário do que se pensa, tem a sua essência em Gondomar. Do ponto de vista do artesão, da talha e da maquetaria, Gondomar tem um “saber fazer” estupendo. A arte nasceu aqui e acredito que ainda

vá a tempo de ser recuperada e potenciada do ponto de vista empre-sarial”, afirmou.Em fim de conversa, o nosso entrevistado, garantiu a conti-nuação do caminho já iniciado. “Os nossos associados podem con-tar com um maior apoio na implementação de projetos ao serviço das empresas e apoio nos serviços técnicos nas mais diversas áreas que prestamos diariamente às empresas”, finalizou Vítor Poças.

PALETE EPAL 100% SEGURA

PERMUTÁVEIS EM TODO O MUNDO

A EPAL, fundada em 1991, garante a qualidade e segurança das paletes através das 1400 empresas associadas licenciadas, em todo o mundo. Em 2015, mais de 66 milhões de paletes EPAL foram produzidas sob o sistema de licença e garantia de qualidade EPAL. Atualmente, estão em circulação mais de 400 milhões de paletes EPAL .

AIMMP - Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de PortugalRua Álvares Cabral, n.º 281 4050-041 Porto, PortugalTel: +351 223 394 200 / Fax: +351 223 394 210www.aimmp.pt / [email protected]

Para mais informações, contacte p. f. o Conselho Nacional EPAL / AIMMP, que representa este sistema em Portugal.

UMA MARCA - UMA QUALIDADE

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GONDOMARBanhada pelo rio Douro, Gondomar orgulha-se das suas origens históricas. Se-gundo rezam algumas histórias, a “Capital da Ourivesaria” ganhou o seu nome devido ao ouro existente nas minas do Monte Crasto. Segunda outra versão, Gon-domar recebeu o nome quando a terra foi atribuída ao rei visigodo “Gundemaro”, que terá fundado um Couto. Estendido num território de 131,86 km2, Gondomar ascendeu à categoria de cidade no ano de 1991. Passados quatros anos, Rio Tinto repetiu o feito, elevando-se ao mesmo estatuto.Em termos de património cultural, é indispensável falar do Douro. Este rio acom-panha a cidade ao longo de 32 km, desde Melres até Valbom. Graças a este recur-so, a pesca da lampreia e a pesca artesanal tornaram-se costumes ancestrais. Mas o setor primário não se cinge à pesca. Gondomar apresenta tradições agrícolas, que passaram entre gerações. Referente ao património histórico, a Convenção de Gramido é assinalável, uma vez que a sua assinatura terminou a guerra civil de 1847. Atualmente, a casa onde foi assinada a Convenção foi recuperada e está classificada como Imóvel de Interesse Público. Outro elemento que partilha desta distinção é a Casa de Montezelo, em Fânzeres. Relativamente a espaços verdes, o Monte Crasto surge como lugar importante para a envolvente urbana e como um miradouro com vista para o Porto e para Gaia. O Parque Urbano da Quinta das Freiras, em Rio Tinto não fica atrás, apre-sentando um circuito de manutenção, campos de jogos e de ténis e um parque infantil. Todos estes elementos estão dispostos em 4,5 hectares. A nível gastronómico, os pratos gondomarenses têm ligações históricas às ativida-des piscatórias. O sável e a lampreia são as iguarias de maior referência. Contudo, falar da gastronomia gondomarense sem referir a herança agrícola seria errado. O nabo e o caldo de nabos são ex-libris da cidade, mantendo a tradição na mesa dos habitantes desta terra.Dois elementos modernos que vieram dinamizar a cultura desta região são o Me-tro e o Multiusos. Tendo sido alargado até Rio Tinto, o Metro veio trazer uma nova dinâmica à cidade, enquanto que o Multiusos tem sido um poço de música, deporto, artes e cultura.

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Resultado de uma parceria entre o Mu-nicípio de Gondomar, o Centro de Ace-leração e Incubação de Gondomar desti-na-se a projetos empresariais inovadores e de valor acrescentado nas áreas de joal-haria, relojoaria e ourivesaria. A incu-badora encontra-se integrada no Edifí-cio GoldPark e, sendo setorial, insere-se num conjunto de iniciativas que visam promover ideias de negócio centradas na inovação, que reforcem os níveis de com-petitividade e acrescentem valor ao tecido empresarial regional. Além da incubação física e virtual de projetos, a infraestru-tura disponibiliza ainda um espaço de cowork.

Espaços• Gabinetes para a instalação de empresas• Oficinas• Sala e oficina para cowork• Loja para exposição de produtos• Auditório• Sala de formação• Sala de reuniões• Receção

Todos os espaços estão devidamente pre-parados e equipados, proporcionando às empresas incubadas plenas condições para exercício da atividade empresarial. Cada oficina tem uma área de 35 metros2 e os gabinetes têm uma área de 34 m2.Serviços• Consultoria e apoio à gestão• Apoio administrativo• Apoio de pessoal auxiliar• Secretariado• Serviços de impressão e fotocópias• Telefone e fax• Internet

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“GONDOMAR É D´OURO”Este é o novo slogan do município de Gondomar e pre-tende representar as duas principais imagens de marca do concelho: o rio Douro e a ourivesaria. O concelho de Gondomar tem sido alvo de grandes reestruturações e são muitos os projetos em curso para o seu desenvolvi-mento, por isso, a Portugal em Destaque esteve à con-versa com o vereador do Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Gondomar, Carlos Brás, por forma a conhecer todas estas iniciativas.

MUNICÍPIO DE GONDOMAR

Tem 170 mil habitantes, é o oitavo maior município do país e o terceiro maior do Distrito do Porto. Tem um grande potencial turístico, onde a beleza natural do rio e das serras prevalece e muito desenvolvimento industrial, onde a ourivesaria, a madei-ra e a metalomecânica prevalecem. Estamos a falar do concelho de Gondomar – capital da ourivesaria –, o local onde Carlos Brás escolheu viver: “Não sendo natural de Gondomar, foi em Gondo-mar que decidi viver. Os gondomarenses são pessoas alegres, bairris-tas no sentido positivo e este é um concelho que tem muito por onde crescer”, foi assim que o nosso entrevistado iniciou a sua comu-

nicação.Sendo o porta-voz da Câmara Municipal de Gondomar para a nossa edição, Carlos Brás explicou qual o principal objetivo do executivo de Gondomar: “Nós herdamos uma dívida muito gran-de que temos estado a amortizar. São cerca de 6,5 milhões de euros por ano dedicados ao pagamento da dívida e isso consome recursos que poderiam ser alocados para outros fins como o desporto, a cul-tura e a requalificação urbana. A juntar a isso, tínhamos também os gondomarenses desanimados pela perceção negativa que existia de Gondomar no país e o nosso primeiro trabalho foi precisamente apostar na alteração da imagem de Gondomar e criar uma marca que pudesse agradar e ultrapassar constrangimentos de um passado recente. O slogan ‘Gondomar é D´Ouro’ surgiu com esse intuito e, fe-lizmente, essa imagem negativa tem sido gradualmente ultrapassada e as pessoas estão a recuperar o orgulho e a dignidade”, explicou.

Projetos em curso e aposta no turismoSão muitos os projetos promovidos pela Câmara Municipal de Gondomar, dos quais é exemplo a Expo Gondomar (decorrida entre 26 e 29 do mês transato) que obteve resultados muito po-sitivos: “A ideia ao organizar este evento foi a de dar oportunidade a outros setores de atividade de mostrarem o que de bom se faz em Gondomar, abstraindo-nos da ourivesaria porque já sabemos que é a que tem mais reconhecimento. É importante enaltecer que existe um setor de madeira que ainda tem alguma vitalidade, um setor de metalomecânica muito forte e ligado à investigação e muitos outros setores menos expressivos mas igualmente importantes como é o caso da agricultura. No que diz respeito à Expo Gondomar, a adesão foi estupenda, tivemos que redistribuir o espaço três vezes, o que de-monstra o sucesso do evento. Também já procedemos à avaliação por parte dos participantes (uma avaliação que englobou vários itens respeitantes à organização) e os resultados foram muito ani-madores. Pela parte dos visitantes, também foi feita uma avaliação com resultados entre o bom e o muito bom”.

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A Rota da Filigrana também constitui uma iniciativa muito importante para o concelho: “Este projeto permite aos turistas conhecerem todo o processo de produtivo da filigrana, participando até diretamente numa experiência nesse processo se assim o desejarem. E posso adiantar que, em parale-lo a esta iniciativa, estamos a desenvolver es-forços por forma a conseguir a certificação da filigrana”, revelou o vereador.Outro projeto, ainda em desenvolvimen-to, mas de grande envergadura para o município é a ampliação do cais existente em Covelo: “O que se pretende é quintupli-car a sua capacidade, requalificando toda a área envolvente, dotando-a de ciclovia, zona pedonal, infraestruturas básicas e de uma rotunda para um mais fácil acesso dos auto-carros”, adiantou Carlos Brás.O que se tem verificado é um conjunto de iniciativas que procuram voltar o muni-cípio de Gondomar para o Douro, ofere-cendo melhores condições aos cidadãos e promovendo, simultaneamente, o turis-mo: “A par da Rota da Filigrana e do projeto de ampliação do Cais da Lixa (em Covelo), tem sido feito um grande esforço ao nível das praias fluviais, porque nós tínhamos muita afluência de público às nossas praias e só nos restavam duas alternativas: ou vi-rávamos as costas, ignorando essa realida-de, ou dotávamos essas praias de todas as condições para a sua utilização. Decidimos optar pela segunda alternativa e assim con-seguimos que os gondomarenses usufruam de praias classificadas e com boas condições. Gondomar tem 37,5km de rio, temos que aproveitar”.

Cidade Europeia do Desporto 2017Gondomar foi eleita Cidade Europeia do Desporto para o ano de 2017 e as expe-tativas não poderiam ser mais positivas: “Acho que vai correr bem, estamos empen-hadíssimos e as associações desportivas es-tão todas envolvidas e motivadas. O nosso objetivo é no mínimo ter 365 eventos des-portivos no próximo ano, ou seja, pelo me-nos um por dia. Vamos trazer muita gente a Gondomar e os gondomarenses vão poder divulgar massivamente a marca do nosso concelho. A vereadora do Desporto realizou um trabalho notável que veio a culminar na vitória de Gondomar sobre a outra cidade candidata que era Coimbra.”A par do desporto e do turismo, a cultura também tem sido uma aposta da Câmara Municipal de Gondomar. Com um Pavil-hão Multiusos de grandes dimensões e com características fantásticas para a rea-lização de espetáculos, Carlos Brás enal-teceu as vantagens que a utilização deste empreendimento traz para o município: “A cultura é um dos setores onde houve uma

pequena revolução nesta câmara, porque foi introduzida pelo Vice-Presidente, que tutela o Pelouro da Cultura, uma dinâmica impressionante, não só ao nível dos grandes espetáculos mas também ao nível da agenda cultural semanal que vai sendo desenvolvida e que tem uma oferta impressionante para os gondomarenses. O Pavilhão Multiusos é um equipamento essencialmente de vocação desportiva e cultural e o que nós fizemos foi introduzir dinâmica e fazer contactos com as empresas que trabalham com os artistas para que venham ao norte fazer os seus es-petáculos. A verdade é que a seguir ao Meo Arena este é o melhor pavilhão de Portugal em termos de condições para a realização de espetáculos e não fazia sentido nenhum um equipamento daqueles, que tem uma manu-tenção caríssima, estar parado e de portas fechadas”.Em modo de finalização de conversa, o vereador da Câmara Municipal de Gon-domar deixou uma mensagem aos seus munícipes: “Gondomar é D´Ouro e, recu-perado o brio e o orgulho, temos tudo para trazer desenvolvimento para o concelho”, finalizou Carlos Brás.

CARLOS BRÁS

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LAR SÃO FRANCISCO DE ASSISEste é o nome do futuro lar para idosos a ser construído pela Associação Dignidade e Futu-ro de Gondomar, tendo o mesmo sido escolhido em reconhecimento do apoio precioso dos Padres Capuchinhos, que cederam graciosamente o espaço onde esta infraestrutura será edificada. O projeto encontra-se em fase final de aprovação.

ASSOCIAÇÃO DIGNIDADE E FUTURO DE GONDOMAR

Em conversa com a Portugal em Desta-que, a fundadora e presidente da Asso-ciação Dignidade e Futuro de Gondomar, Amélia Ribeiro, destacou a forma como este projeto surgiu. “Ao longo de 40 anos de vida profissional, acumulei bastante ex-periência na área de gestão de recursos hu-manos. Trabalhei no Hospital de S. João, no IPO do Porto, no estabelecimento prisional em Paços de Ferreira, no Hospital Joaquim Urbano e no Hospital Magalhães Lemos. Entendi que poderia aproveitar este saber em prol da comunidade e desenvolver um projeto que conjugasse energias de entida-des civis naturalmente envolvidas na reso-lução dos problemas sociais, nomeadamente o apoio a idosos, bem como a adesão dos gondomarenses a uma causa nobre que am-plia valores como a solidariedade e a entre-ajuda. Para além dessa experiência profis-sional, penso que os anos (desde 1989) que tenho enquanto bombeira voluntária em Gondomar serviram-me como grande estí-mulo para consolidar a minha ideia, ou não

fossem os Bombeiros Voluntários exemplo significativo dos valores que atrás referi. Mas, especificamente, foi num jantar de solidariedade que, em conversa com o nos-so vogal, Luís Neves, considerei ser possível concretizar esta vontade. Seguiram-se os convites às outras pessoas que hoje com-põem os órgãos sociais da Associação e que abraçaram também a causa com grande de-dicação e entusiamo”.O Lar Residencial para Idosos São Fran-cisco de Assis localizar-se-á em Bouça Cova, num terreno cedido pelos Padres Capuchinhos, junto à Capelinha de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Gondo-mar, São Cosme, e terá capacidade para 60 utentes. Amélia Ribeiro explicou a impor-tância que esta iniciativa tem para a co-munidade. “O projeto em si é uma mais-va-lia para o concelho onde a percentagem de população idosa, solitária, necessitada de apoio e, principalmente, de dignidade, é con-siderável”.Contemplada já com o estatuto de IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) e com cerca de 300 associados, a Associação Dignidade e Futuro de Gondo-mar acredita que este número aumentará com a materialização do projeto e a nossa entrevistada aproveitou para agradecer a todos quantos contribuem para o seu des-envolvimento. “Temos tido uma demons-tração de vontades que se verifica através de donativos de vária ordem e da cedência gratuita de espaços para divulgação e rea-lização das atividades de caráter adminis-trativo da Associação, como é o exemplo da nossa lojinha social e da nossa sede. Temos também todo um conjunto de pessoas anó-

nimas que nos ajudam de uma forma ou de outra a avançar na construção deste proje-to e, claro, o apoio incondicional da Câmara Municipal de Gondomar, na pessoa do Sr. Presidente, Marco Martins”, realçou a pre-sidente da Associação.Em final de conversa, a nossa interlocu-tora salientou que “esta iniciativa implicará um investimento de cerca de um milhão e meio de euros, mas de momento o importan-te é concluir esta fase fundamental, com a aprovação pelas entidades competentes do projeto apresentado para a construção do Lar São Francisco de Assis, da autoria do arquiteto Mário Marques, vice-presidente

da nossa Associação. Posso adiantar que quer a Segurança Social, quer o Conselho Local da Ação Social de Gondomar (CLAS), deram pareceres favoráveis à construção do equipamento social, por isso, acredito que brevemente as condições estarão reunidas para avançar com a realização das obras”, finalizou Amélia Ribeiro.

AMÉLIA RIBEIRO

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ONDE A TRADIÇÃO E A MODERNIDADE SE UNEMHá 10 anos nesta atividade, Valter Vieira, natural de Melres, concelho de Gondomar, decidiu voltar às raízes, recriou um espaço de família e deu origem ao Figurino do Douro. Com um novo conceito e uma localização privilegiada tem feito as delícias de quem por lá passa.

RESTAURANTE FIGURINO

Inicialmente na cidade da Maia, o restaurante precisava de novos rumos. Análise fei-ta e projeto concluído, nasceu em 2014 um novo Fugurino nas margens do Douro. A criação da CREP (Circular Regional Exterior do Porto) veio facilitar o acesso à vila de Melres, tornando-se numa mais-valia para o restaurante. Para além da acessibilidade, o Figurino conta com uma paisagem soberba sobre o Douro, “paisagem que merece ser vista”, diz o empresário Valter Vieira.Voltar a Melres foi natural. Nascido e criado na vila, o empresário nunca deixou de estar ligado à terra onde a aprendizagem com os avós que lhe transmitiram a sabedoria de um bom cabrito no forno, ditou muito daquilo que tem sido o seu percurso. Formado em Ciências da Comunicação, Valter Vieira admite a importância desta licenciatura nas decisões tomadas no decorrer do seu, já longo, caminho na hotelaria.“O conceito deste novo espaço é diferente”, explica, “aqui o método é tradicional com um toque gourmet”. A cozinha tradicional do Figurino não dispensa a brasa e o forno a lenha, bem como a qualidade dos produtos que confeciona. As especialidades na brasa passam pelo bacalhau, o costeletão e o naco; no forno a lenha são cozinhados o fa-

moso cabrito e a vitela; e da cozinha gour-met fazem parte pratos como o bacalhau gratinado com amêndoa ou o lascado de bacalhau. Essencialmente direcionado para famí-lias e empresários, o restaurante tinha mais do que uma experiência gastronó-mica para oferecer. Assim, num ambien-te tranquilo em que os clientes ficam até mais tarde, Valter Vieira lançou-se no alojamento local que atrai mais público, criando, assim, um complemento de ser-viços. No que diz respeito ao restaurante, o Figurino faz casamentos, comunhões, baptizados e aniversários, contando com o serviço de babysitting ao domingo. Para evitar falhas, uma vez que os tranportes são escassos em Melres no horário noturno, conta com nove funcio-nários da terra que recebem formação do empresário e da equipa vinda do anterior restaurante. “A troca de ensinamentos é constante,” o que acaba por tornar tudo mais simples, especialmente, quando “o trabalho de equipa é fulcral”.Embora o setor tenha sofrido algumas quebras em tempos de recessão económi-ca, o Figurino do Douro, pelo contrário, cresceu. O caminho passa, agora, por atingir a excelência mantendo a qualida-de que sempre pautou os valores do res-taurante. “Estamos a crescer e os clientes voltam, o que nos deixa muito honrados”, termina.

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A ESCOLA COMO ESPAÇO DE VALORIZAÇÃO

O Agrupamento de Escolas Júlio Dinis, Gondomar é constituído cinco jardins de infância, sete escolas básicas e pela escola sede. Com 2.250 alunos, a oferta formativa vai do pré-escolar até ao 9º ano de escolaridade, assumindo um projeto educativo que define as finalidades, os grandes objetivos e as linhas de orientação e de ação que visam a qualidade do processo de ensino – aprendi-zagem, destacando-se como um dos agrupamentos do concelho que apresenta melhores resultados. A filosofia adotada pela es-cola assenta em valores e princípios que visam integrar, educar, ensinar, socializar, alertar, formar e partilhar.Esmeralda Pimenta, diretora do Agrupamento de Escolas Jú-lio Dinis, Gondomar, tem dedicado a sua vida à educação e ao ensino, por isso partilhou com a revista Portugal em Destaque a entrega e dedicação com que sempre desempenhou as suas funções, bem como a sua visão sobre a liderança e gestão de um agrupamento escolar com as suas características singulares. De acordo com a diretora, este é um agrupamento que tem vindo, paulatinamente, a tornar-se uma referência, investindo sempre no trabalho educativo, exaltando o trabalho em equipa e o espírito colaborativo de toda a comunidade escolar. “É muito importante dar autonomia às chefias intermédias, aos delegados e diretores de turma. Cada um deles sabe qual é a sua missão, por isso é indispensável que todos se sintam integrados e percebam que são

No Agrupamento de Escolas Júlio Dinis, Gondomar, os princípios, políticas e práticas educativas vão cla-ramente no sentido da promoção de uma escola para todos. Promove ainda uma educação diferenciada que responda às necessidades individuais e aposta numa estrutura educativa centrada no aluno, na aprendi-zagem e na criação de oportunidades educativas para todos.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JÚLIO DINIS, GONDOMAR

importantes na estrutura escolar”, sustenta Esmeralda Pimenta, acrescentando que só assim se consegue que as pessoas estejam mobilizadas e motivadas. Assumindo-se mais líder do que ges-tora, Esmeralda Pimenta realça a importância da equipa forte e coesa que a acompanha no desafio da direção executiva do Agru-pamento de Escolas Júlio Dinis, Gondomar. “A porta do nosso gabinete está sempre aberta e com grande disponibilidade, porque a nossa filosofia assenta no trabalho de equipa”, avança, acrescen-tando que o maior desafio que enfrenta é manter a fasquia ele-vada, para que esta se assuma cada vez mais como uma escola de referência.

Valências educativasEsmeralda Pimenta salientou a dinâmica da escola, no âmbito do programa de Mediação Educativa, um processo estruturado e cooperativo, “cuja finalidade não é evitar o conflito, mas propor-cionar aos jovens capacidades essenciais para a vida de cidadãos”, adianta.Os serviços de Psicologia e Orientação são outra das valências deste agrupamento escolar, que desenvolvem a sua ação, esta-belecendo apoio ao desenvolvimento psicológico dos alunos e à sua orientação escolar e profissional, bem como o apoio psi-copedagógico às atividades educativas e ao sistema de relações da comunidade escolar. Por outro lado, é imperativo destacar o

NATÁLIA DIAS, ESMERALDA PIMENTA, MARIA MANUEL MELO, ANA PAULA CORDEIRO E GLÓRIA SOUSA

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Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF), que tem como desiderato ajudar os alunos na procura de resolução dos seus problemas quotidianos, “combater o absentismo e o abandono es-colar, estabelecer estratégias de intervenção de combate à exclusão social dos alunos e das suas famílias”, como nos dá a conhecer Es-meralda Pimenta. No contexto escolar do agrupamento assume igual importância o programa de tutorias, ou seja, um projeto de acompanhamento individualizado do processo educativo que tem tido como desti-natários os alunos retidos e alunos com condições socioeconó-micas desfavoráveis, em risco de desorganização escolar, que não têm o acompanhamento adequado por parte dos encarre-gados de educação. “Estimular o desenvolvimento e aquisição de competências sociais, promover a autonomia e contribuir para a valorização do autoconceito do aluno perante si mesmo e perante os outros são os principais objetivos deste programa”, como salienta a diretora.Paralelamente, o agrupamento tem mobilizado instituições lo-cais e regionais na dimensão cultural, desportiva e ambiental, uma vez que a construção dos saberes também se faz através de atividades sociais. Sublinha a importância das Associações de Pais de todas as escolas do agrupamento, na colaboração estreita com professores e direção na realização das múltiplas atividades desenvolvidas.

Projetos e atividades extracurricularesNo desenvolvimento do seu projeto educativo, além das ativida-des letivas, o Agrupamento de Escolas Júlio Dinis, Gondomar, oferece outras atividades em todos os ciclos. É importante des-tacar que dois alunos ficaram nos primeiros lugares no concurso nacional de matemática, o ‘PANGEA’ e, pelo segundo ano conse-cutivo, uma aluna foi premiada no concurso ‘Uma Aventura’, da Editora Caminho. No pré-escolar, destacamos as atividades de apoio à família, psi-comotricidade e iniciação à música e o inglês. No 1º ciclo, as ati-vidades de apoio à família, clubes e atividades extracurriculares de ensino da música e inglês.

No 2º e 3º ciclos, os alunos dispõem de diversos clubes e proje-tos, entre os quais, o ‘Clube da Matemática’, o ‘Clube de Música’ com a banda de rock Old School, o ‘Clube de TIC’ ou o ‘Clube do Desporto Escolar’, onde o futsal e o vólei têm especial destaque. A oficina ‘O meu Mundo’, cuja criação de um museu mereceu um louvor pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e os Jovens Cientistas são outros exemplos de projetos desenvol-vidos na escola, que Esmeralda Pimenta evidencia como emble-máticos.

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UM ESPAÇO DE CONFIANÇA

Como começou esta aventura? Quando decide dedicar-se a esta atividade?Findo o curso de Direito comecei a dar aulas, primeiro na Uni-versidade Lusíada e depois na Universidade Moderna. Durante cerca 16 anos tive a grata oportunidade de lecionar matérias de Direito Privado, nomeadamente Direitos Reais, Contratos, Fa-mília e Sucessões. Quando, em 2004, apareceu a oportunidade criada pela privatização da função notarial decidi concorrer, e em boa hora o fiz. O estágio integrado no processo de seleção e de admissão para obtenção do título de ‘notária’ foi feito em ambiente próprio, ou seja, num Cartório Notarial de duas colegas. Foi um tempo de adaptação, de estudo, de familiaridade com a nova atividade e do qual mantenho a mais viva e grata memória.

A instalação do seu próprio cartório ocorreu em janeiro de 2007, tendo-se decidido pela cidade de Gondomar. Porquê Gon-domar?Embora a cidade não me fosse totalmente conhecida, o certo é que reunia uma série de condições particularmente favoráveis. Desde logo, existia um arquivo notarial antigo, sempre impor-tante pela memória que preserva; depois também pela rurali-dade que ainda marca todo este concelho e que se traduz em

Em entrevista à Portugal em Destaque, Sofia Carneiro Leão, notária, revisita o seu percurso profissional e as suas motivações maiores, fala-nos das especificidades da sua atividade e faz um primeiro balanço da mesma.

CARTÓRIO NOTARIALSOFIA CARNEIRO LEÃO

SOFIA CARNEIRO LEÃO

formas muito próprias de saber, de fazer e de se relacionar que me são muito caras.

Para quem não conhece, peço-lhe que nos explique no que con-siste a atividade notarial.A atividade propriamente notarial desdobra-se na realização de testamentos e escrituras públicas como habilitações, partilhas, compras e vendas, justificações, doações, constituição de asso-ciações e sociedades, alteração de pactos, cessões de quotas, en-tre outras, e ainda na certificação de documentos, elaboração de reconhecimentos de assinaturas, registos prediais, comerciais e automóveis, etc.Mas o decisivo da nossa atividade é o clima de confiança que se cria com as pessoas que querem resolver connosco os seus problemas. A maioria dos atos praticados envolvem questões tão importantes para a vida de cada um que essa confiança pessoal e institucional é o bem maior a preservar. E o fato de a profissão abranger todo o domínio do direito privado torna essa relação de confiança ainda mais exigente e necessária.

De que forma considera ter sido a privatização da função no-tarial decisiva para o colmatar de algumas lacunas existentes?Antigamente a atividade notarial era muito mais intensa por-que havia exclusividade na prática da generalidade dos atos e o fundamental das queixas eram as demoras que então ocorriam. Com a privatização, os cartórios foram modernizados e reorga-nizados, tornando-se espaços de acolhimento humano verdadei-ramente próprios, em que cada pessoa resolve os seus problemas no dia e na hora, com todas as vantagens de um atendimento eficaz. A privatização foi neste sentido um êxito!

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E o que dizer da sua equipa?Esse é um dos nossos segredos. Preocupei-me em recrutar uma equipa que associasse uma sólida formação jurídica a boas competências e qualidades humanas. Partilhamos tudo o que acontece, desde as dúvidas aos esclarecimentos prestados, das questões colocadas à necessidade do seu estudo, e isso dá-nos so-lidez e grandeza. Reforcei-a recentemente para tentar dar uma resposta mais eficaz aos ‘inventários’, cuja competência nos foi atribuída em 2013.

Que balanço faz destes quase nove anos de atividade?Extremamente positivos e gratificantes. Do ponto de vista estri-tamente técnico foi um tempo de grandes exigências, sobretudo devido à grande variedade e diversidade das matérias tratadas no cartório. Isso implica uma atenção especial a cada caso e si-tuação, bem como um estudo e atualização permanente, quer da legislação, como da jurisprudência e doutrina. Do ponto de vista humano, a experiência tem sido de um enriquecimento enorme, porque nos preocupamos em que as pessoas encontrem no nosso trabalho não só o zelo necessário à resolução dos seus proble-mas, mas um particular cuidado no esclarecimento das questões em que estão envolvidas, para que as suas decisões sejam pon-deradas e avisadas.

E relativamente ao futuro?Espero continuar a desenvolver a atividade notarial o melhor possível, ajudando e acompanhando as pessoas nas suas legíti-mas expectativas quanto à necessidade de protegerem juridica-mente os seus interesses e de se sentirem apoiadas em tantas questões decisivas para as suas vidas e dos seus.

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HÁ 40 ANOS A SERVIR QUALIDADE

Regressada de Angola onde a restauração sempre fez parte da sua vida, Maria Augusta trouxe consigo a arte do churrasco para Portugal. “Aprendi tudo em Angola, tinha uma churrasqueira com restaurante”, explica, “e foi lá que consegui obter um conjunto de experiências que me dá todo o know-how deste negócio”. Gondomar aconteceu por acaso e, embora houvesse quem não tivesse fé no negócio, a localização era a ideal: a rua era a úni-ca via de saída da cidade. A verdade é que os portugueses, há quatro décadas, não conheciam nem sabiam “comer churrasco”, o que dificultou a implementação desta nova onda. Embora o povo português, historicamente, ofereça resistência à novidade, provou e rapidamente se deixou apaixonar pelo sabor da carne na brasa. Durante alguns anos, a Galo de Ouro cingiu-se apenas e só ao churrasco, vindo a alargar a oferta de produtos com o tempo. Esta nova aposta veio responder a novas necessidades que se criaram no mercado e veio aproximar, cada vez mais, o cliente e a churrasqueira, chegando a um público mais vasto e de gostos diferentes com a entrada de comidas mais tradicionais no menú.Mas “o segredo do sucesso é o meu molho”, admite Maria Augusta

Foi em junho de 1976 que Maria Augusta se estabele-ceu sozinha com a abertura da primeira churrasqueira take-away em Gondomar. Hoje, 40 anos depois, e com a ajuda da filha, Dulce Fernandes, esta casa continua a ser a referência no churrasco da cidade.

CHURRASQUEIRA GALO DE OURO

MARIA AUGUSTA

e acrescenta que não há outro igual. Segundo a própria, “qual-quer pessoa consegue assar frangos”, a diferença reside no saber fazê-lo e no líquido com que se serve esta iguaria.“O nosso frango antes de ser colocado na brasa”, explica Maria Au-gusta, “é temperado na véspera e não existe qualquer pré-cozedura”, sendo esta também uma das grandes diferenças em relação às outras churrasqueiras.Com uma equipa de três funcionários, as especialidades vão além do frango, e contam com o entrecosto, as espetadas, o coelho, as costelinhas, os bifinhos de frango e a picanha, pratos que fazem parte da ementa no quotidiano. No entanto, existem também dois pratos diários que variam diariamente e ao fim de semana sete pratos são confecionados, onde o bacalhau e o bife à Galo de Ouro fazem as honras da casa. Há ainda o cabrito que é confecionado apenas por encomenda. Os clientes chegam de todo o lado e muitos são fiéis desde o iní-cio deste projeto, por isso, “sabemos o nome de todos”, confessa, orgulhosa, Dulce Fernandes. A proximidade com cada um deles é o ponto fulcral do sucesso da casa e “sabemos que os clientes nos procuram pela qualidade mas, essencialmente, pela simpatia e o

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bom atendimento”. Os clientes são vistos como membros da família e não como núme-ros, havendo a perfeita consciência de que “só existimos há tanto tempo por causa deles”, admitem.Há sete anos, o serviço de entregas ao domicílio passou a fazer parte da oferta da Galo de Ouro, tendo sido a primeira churrasqueira a fazê-lo.Nos anos 80, a Galo de Ouro chegou a ter uma outra casa em Matosinhos. Embora o ne-gócio fosse “de vento em popa”, o trabalho e o cansaço apoderaram-se de Maria Augusta que optou por manter apenas uma.Atualmente, num momento de recessão económica em que todos os setores de ativida-de sofrem consequências, os tempos têm sido difíceis e as quebras nas vendas têm-se notado. “Hoje já não vendemos tanto, as famílias compram em menor quantidade”, expli-cam, “mas, apesar de os tempos serem outros, a casa continua viva e a trabalhar”.A festejar 40 anos de serviço, os planos para a Galo de Ouro passam por manter a casa e trabalhar com a qualidade a que sempre habituou os seus clientes. Foram anos de mui-to trabalho e dedicação que se verificam no carinho com que são tratados pelas gentes da cidade de Gondomar e que se retribuem, exatamente, da mesma forma: “Obrigada, clientes...pelos nossos 40 anos de existência”.

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Av. José Joaquim Ferreira, 251 | 4515-462 Melres - PortugalTel.: +351 224 769 050 | Fax: +351 224 769 049 | [email protected]

www.afim.pt

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CONTATOS:RUA GUILHERME CIRNE 35, 4435-215 GONDOMAR, PORTUGALTEL.: 22 480 0426 www.facebook.com/Colégio-Carrocel-Mágico

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CONFIANTES E DESAFIANTES NO MERCADO

Quando olhamos para a denominação social desta empresa existem dois nomes que sobressaem logo no imediato - António da Costa e Silva e Abel Mendes Nascimento - os atuais sócios. Tendo ambos iniciado o seu percurso profissional como trabal-hadores por conta de outrem na área da alfaiataria, decidiram, posteriormente, conjugar visões e unir esforços para avançar num projeto empresarial. Os primeiros anos da atividade “ba-seando-se no conceito de confeção a feitio” caracterizava-se por uma confeção mais rudimentar/menos exigente do que a atual. Atuando no segmento da moda masculina, começaram desde logo por abranger a opção clássica, sem nunca descartar a linha mais casual. “‘Tyrrel’ foi a primeira marca registada pela empresa, que estava associada aos segmentos clássico e não clássico”, começa por esclarecer o nosso entrevistado. Embora os recursos, humanos, materiais e financeiros da época fossem claramente inferiores do que os atuais, isso não os im-pediu de avançar para outros desafios e criar novos cenários de expansão. O novo paradigma em que o mundo da moda se estava a afirmar, despertava a necessidade de se abrir a outros hori-zontes. Entre eles surgiu a possibilidade de se deslocarem para instalações maiores, “em termos de condições fabris e estrutura co-mercial”. Ambos os sócios, foram investindo a título pessoal e em abril de 1988 realizou-se a transferência de toda a organização - fabril, comercial e administrativa para o atual edifício industrial, de resto a sua sede social.Toda esta transferência de recursos abriu outras possibilidades que lhes permitiram trazer uma postura renovada para o merca-do. “A partir daí, investimos nos melhores equipamentos fabris, aplicamos o método fabril mais adequado para o tipo de confeção que a empresa se propunha atingir. Definimos, em primeiro lu-gar, o posicionamento num segmento de confeção de qualidade média/alta”. Nesta fase, o modelo de negócio passou a basear-se não só na prestação de serviços (maior peso relativo no volume de negócios) mas também na produção própria. Os contratos que aqui se sucederam com as grandes marcas com notoriedade no

A marca Saroni, associada à empresa Costa e Silva & Nascimento, Lda, aberta à inovação e diferenciação no mundo da indústria do vestuário, completa este ano 39 anos. Benjamim Pais, contabilista da entidade, está cá para nos falar sobre a história que está por detrás de toda a gestão profissional e exemplar.

SARONI

BENJAMIM PAIS

mercado mundial levou a que se começasse a fomentar e a con-solidar um novo know- how, em termos do processo produtivo. Trabalhando de objetivo para objetivo, a Costa e Silva & Nas-cimento, Lda, deixou de ser, paulatinamente, uma empresa de prestação de serviços para começar a criar e dinamizar a sua marca própria – surge a nova marca de referência ‘Saroni’. Des-envolver a produção - estratégia de verticalização, apresentar as suas coleções, os seus catálogos e toda a logística ao nível co-mercial, foi só o início para que toda uma dinâmica envolvesse a organização no seu todo. “Se no passado a prestação de serviços representaria 80 por cento e a produção própria preenchia apenas o mercado nacional, atualmente podemos verificar o inverso”, dis-tingue.

Alterações no mundo ocidental O alargamento da União Europeia a Leste e as decisões de le-vantamento de barreiras – acordos de liberalização do comércio emanadas da Organização Mundial do Comércio, originou mu-danças várias, novos e exigentes desafios. Benjamim Pais recon-hece que os sócios conseguiram antecipar todas estas mudanças de paradigma e isso deu-lhes tempo para avançar com estraté-gias bem definidas. “Não é fácil mudar de um conceito de modelo de negócio de prestação de serviços para produção própria. O segredo foi ter a ambição e recursos para seguir em frente”, confidencia. A força e robustez com que atualmente a empresa se afirma faz-nos dar conta de todo um ciclo produtivo que necessita de ser gerido com transparência, rigor e eficácia.

Incentivo na experiência e conhecimentoAntónio Costa e Silva, com conhecimentos no layout fabril, procura estar atento às novidades dos equipamentos, novas tecnologias e processos. Abel Mendes do Nascimento, por sua vez, acompanha as tendências da moda, materiais e define os modelos. Em conjunto, conseguem, assim, traduzir o seu trabal-ho com a confiança que o nível empresarial exige. E, embora,

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reconheçamos que um dos problemas com que as empresas do setor do vestuário se confrontam - a escassez de mão de obra qualificada, a Costa e Silva & Nascimento, Lda, mais uma vez, contraria o cenário de vulnerabilidade com que outras organi-zações se deparam, e as cerca de 180 pessoas que atualmente aqui operam, trabalham em união, motivadas, ou seja, com um nível muito reduzido de risco moral. “Este processo de aprendiza-gem, elevada curva de experiência, é a garantia de podermos estar a trabalhar neste segmento. Produzirmos com uma qualidade média/alta, alcançamos um valor acrescentado que não seria possível no modelo anterior”, abrevia.

Atualizar com novas apostasHoje, num mercado cada vez mais global, a empresa está vin-culada a várias marcas de grande notoriedade, com canais de distribuição próprios. A crescente presença no mercado interna-cional levou a que fossem criadas parcerias ativas e se conside-rasse um imperativo a assiduidade em feiras e exposições. “Como a recetividade para o produto de qualidade é reduzida, optamos por diminuir a nossa exposição em Portugal e investir onde os clientes reconhecem o valor da marca, isto é, o norte da Europa”, explica.Nesta área geográfica, abrangido por países como a Dinamarca, a Noruega e a Suécia, trabalha-se o conceito de etiqueta priva-da. “Com base nesta realidade a empresa não tem que estar a fazer grandes investimentos na imagem da marca além-fronteiras”, avalia. Benjamim Pais entende que a aposta nos nichos de mercado para produtos com qualidade, diferenciação e “design”, acom-panhar o crescimento da procura de produtos de maior valor acrescentado em novos mercados fora da Europa, estar focado no desenvolvimento de novas tecnologias produtivas e de novos materiais, resposta rápida com diminuição do ciclo produtivo, são variáveis – fatores críticos de sucesso, que a Costa e Silva & Nascimento, Lda considera como o seu principal objetivo estra-tégico.

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“NÃO TEMOS METAS, TEMOS PROJETOS”

Enrico Parodi, tendo estabelecido o seu percurso académico em Milão, sempre entendeu que o nascimento e o crescimento da empresa se sucedera com naturalidade. A constante adaptação ao mercado, como consequência dos diversos desafios a que o universo da moda está sujeita, apresentara-se como prioridade, e os seus resultados demonstram agora essa mesma evolução. Enrico Parodi, Lda, iniciando a atividade como importador e distribuidor da já célebre marca italiana de secadores de cabelo profissionais, Parlux, soube desde logo que a sustentabilidade e o sucesso estariam presentes num lugar onde houvesse espaço para a inovação. Sob esse pensamento conseguiram entrar num mercado além-fronteiras, com vendas importantes em Itália, França e Espanha. Em 1990, o negócio começara a ganhar maior consistência e a mudança de instalações tornara-se uma necessidade. Com essa

Ricki Parodi, S.A, celebra este ano o seu 26º aniver-sário, mas o seu embrião começara a desenvolver-se há 30 anos. Enrico Parodi e Cândida Parodi, ajudam-nos agora a perceber um mundo onde a novidade e a re-criação imperam. Atuando de forma abrangente no segmento da beleza são várias e fortes as marcas que aqui são representadas.

RICKI PARODI

fixação, a empresa conhecera novas oportunidades - o fabrico de vestuário profissional especificamente vocacionada para o setor da beleza e da original marca Parlux; e a angariação de diver-sas representações exclusivas de importantes marcas interna-cionais especialistas de artigos para cabeleireiro e estética. Em 2008, a sociedade por quotas transforma-se em sociedade por ações, passando a denominar-se definitivamente Ricki Parodi, S.A. Posteriormente, seguiram-se novas apostas conjugadas a uma crescente melhoria de serviços, que permitiram a distri-buição exclusiva de marcas de grande notoriedade.Já em 2005, Enrico Parodi consegue tirar partido das suas ori-gens e fecha um acordo comercial muito importante com a em-presa italiana de cosmética Kepro, proprietária e fabricante da famosa marca de coloração profissional para cabelo K AY C O -LOR, com mais de 100 distintas nuances naturais, fazendo ante-ver um novo desafio ecológico. A Ricki Parodi, consciente da sua responsabilidade associou-se a uma universidade de tecnologia de ponta, a Shenzhen Technological University, introduzindo-se na produção de material elétrico e eletrónico de alta qualidade, a preços competitivos. Paralelamente a este crescimento, a em-presa confia em novas apostas num espaço de 4.000 m². O seu

processo laboral, cativando respostas rápidas e eficazes, procura agora dar ênfase ao serviço pré e pós-venda, ainda com a criação de um call-center.Atualmente, com a quinta mudança de instalações, observam atentamente o mercado e percebem que as pequenas evoluções lhes permitiram criar uma ampla oferta, não só na diversidade dos artigos, mas também no desenvolvimento do seu catálogo comercial. Ricki Parodi persiste no aprimoramento de todos os serviços ao mesmo tempo que o real valor do binómio qualidade/preço é reconhecido. Mas é preciso perceber que esta excelente oferta nunca se daria sem a gestão e a formação qualificada dos seus recursos humanos. Contando com 27 pessoas a laborar, os empresários vêm agora o seu esforço traduzir-se em resultados e afirmam convictamente de que “a empresa são as pessoas”. Aquando questionados sobre o balanço da atividade, Enrico Pa-

ENRICO PARODI E CÂNDIDA PARODI

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rodi e Cândida Parodi confidenciam-nos: “estamos apaixonados. Nós trabalhamos muito a marca. E são as marcas de grande noto-riedade que privilegiamos. Atualmente, temos mais de 4000 artigos diferentes”, completam. Com uma distribuição que abrange todo o território nacional, a Ricki Parodi consegue, através de reven-dedores, chegar perto dos profissionais do ramo e perceber o que o mercado sugere e exige.

Royal Secret - “Nada mais feminino”No cômputo das novidades não poderíamos deixar de falar da ampla gama de acessórios e aparelhos elétricos para o cabelo, produzidos em Schenzen. A empresa, tendo assinado um pro-tocolo com a Schenzen Technological University, para a criação e produção destes artigos, alicerça-se vivamente na fiabilidade que só uma instituição assim pode assegurar. “Enrico Parodi in-ventou aqui um novo conceito aliado a esta imagem de marca que é Royal Secret. É toda uma linha golden com o slogan - Nada mais feminino”, explica Cândida Parodi.A grande aposta centra-se agora no lançamento da Royal Secret em Portugal enquanto outros mercados fora de fronteiras ape-lam por um conceito assim. “Estamos igualmente a entrar em Por-tugal dentro do mercado da perfumaria porque pensamos que são produtos a precisar de glamour”, acrescenta Enrico Parodi.

Crescimento baseado em ideiasO acompanhamento de todos estes investimentos reconhecem gestão financeira e humana e, como tal, Ricki Parodi prepara-se agora para novos voos. A afinidade com que Enrico Parodi ob-serva o mercado italiano fá-lo perspetivar com segurança sobre outros países que igualmente os aliciam. Sabendo de antemão que nos negócios a proximidade é ainda uma mais-valia, o espaço ibérico afirma-se com naturalidade no olhar dos empresários. O território da exportação, porém, não se confina ao que está

próximo e por isso a Itália será um país a seguir dentro da área da perfumaria. “Neste momento, estamos com um forte crescimento baseado na inovação. E é isso que traz felicidade ao nosso trabalho”, concretizam. Aqui onde o valor não só se determina pelo preço praticado, mas igualmente pelo conceito que cativa, para além da qualidade que assegura, facilmente somos conduzidos por um raciocínio: “Não temos metas, temos projetos”.

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APRENDIZAGENS QUE FAVORECEM O CRESCIMENTO

“Estive sempre ligado à área dos transportes e a determinada altura observei que era uma área que estava saturada em termos de preços, e então decidi prosseguir com os transportes, dando continuidade a uma outra situação - o mundo das paletes”, começa por informar. Sustentada esta base, Jorge Silva depara-se com um mercado vasto, uma vez que o seu produto pode ter inúmeras aplicações no setor do mobiliário e da decoração. “É um produto, que dificil-

A Paljet, atuando, com consistência, na área da comer-cialização de paletes de madeira tem vindo a desenvol-ver-se ao longo do tempo com outras áreas paralelas, como é o caso da recolha de cartão, plástico e de paletes. Jorge Silva, num ciclo contínuo de aprendizagem, tem vindo a definir estratégias consoante as possibilidades em que o mercado desperta. Hoje, fala-nos sobre esse processo evolutivo e as diferentes hipóteses de singrar numa atividade como esta.

PALJET

mente irá acabar porque tudo isto tem de ser movível, dentro e fora do país, e no interior da Europa”, caracteriza. O facto de permane-cer neste ramo há 15 anos dá-lhe agora a possibilidade e ousa-dia de perceber como todas estas pequenas e grandes alterações conduzem a um trajeto favorável onde a reinvenção é sempre possível. Adquirindo vários tipos de paletes e em diferentes medidas, a Paljet oferece ainda a possibilidade de recuperá-las e reven-dê-las. “Somos também uma empresa licenciada como Operador de gestão de resíduos”, acrescenta. Nesse âmbito é feita ainda a re-colha de cartão, plástico e paletes, sendo esta uma área que sur-giu para aproveitamento de sinergias existentes e dar resposta à solicitação de diversos clientes e fornecedores. De modo a que todo este trabalho seja divulgado e reconhecido lá fora, o res-ponsável reconhece a importância da publicidade num universo cada vez mais competitivo. “A Paljet, e estas seis letras, passaram e foram passando por muita gente. Há uns anos já se compravam paletes, mas não se dava o devido valor. Nós fomos interiorizando, aprendendo e crescendo à nossa maneira. Chegamos a este patamar porque demos a conhecer o nosso trabalho”, prossegue. Os investimentos que a firma fez foram decididos e consolida-dos. Hoje reconhecendo-se como uma empresa com uma base firme, sabe que há ainda mais mundo para avançar e crescer. Re-centemente abriram uma filial em Bragança que lhes dá a pos-sibilidade de gerar emprego àquele povo. “Fomos crescendo nesse sentido. Estas letras que vão ficando e vamos espalhando transmi-tem essa mesma mensagem de vitória”, alcança. Sob este balanço positivo, Jorge Silva confia que uma das apos-tas primárias passará sempre pela divulgação do trabalho, e pelo contacto próximo com as pessoas. Atualmente com uma força viva de 18 colaboradores a trabalhar, a sua ação estende-se maioritariamente no norte do país.

Mundo de possibilidadesAtualmente, a Paljet encontra-se em fase de reestruturação, uma vez que surgira aqui a vantagem de preparar um Ecocentro e abranger um outro tipo de reciclagem. “Somos também Ope-radores certificados para tratamento Fitossanitário das paletes de madeira e possuímos estufa de tratamento para o efeito. Moemos, aproximadamente, 15 toneladas de madeira por mês e hoje pensa-se cada vez mais na reutilização dos materiais. Tudo é movido. É um mundo aparte”, reflete. Bragança foi o primeiro avanço, mas Jorge Silva já nos afiançou que haverá outros territórios do norte do país onde procurará centrar a sua ação. Dentro deste reino, o desafio perpetua-se.

JORGE SILVA

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20 ANOS DE PERMANENTE CRESCIMENTO

Fundada em 1995, apresenta-se como uma das Santas Casas mais jovens do país, o seu provedor José Luís Oliveira, dá-nos a conhecer esta obra em permanente crescimento. “Inicialmente, tivemos a possibilidade de avançar com os donativos dos irmãos fundadores, e com isso adquirir a sustentabilidade necessária para criar parcerias e integrar novos pro-gramas”, começa por introduzir o nosso interlocutor. A definição de estratégias, por forma a que verbos como encaminhar, integrar e acom-panhar não fossem somente conjugados utopicamente, levou-o a avançar para uma obra cada vez mais real. “No primeiro ano realizamos as primeiras atividades para chegar a quem delas precisava. Estávamos a nascer do zero e tínhamos de mostrar aos outros os nossos valores e a nossa missão”, sintetiza.Tendo em conta as necessidades da população, havia investimentos que se revelavam prioritários e como tal, a instituição teve de ir à procura de recursos e de oportuni-dades. “Começámos logo por fazer algumas construções de raíz, como é o caso do Centro Comunitário de S. Cosme”, informa. Construído pela Santa Casa, com o apoio do Pro-grama INTEGRAR e da Câmara Municipal de Gondomar, “concretizamos a construção de um equipamento que se encontra em funcionamento desde novembro de 2001”. A sua

Promover iniciativas de apoio social junto de população vulnerá-vel ao mesmo tempo que é fomentado um envolvimento mais local entre as instituições assume-se como uma das grandes priorida-des da Santa Casa da Misericórdia de Vera Cruz de Gondomar. Com apenas duas décadas de existência, caracteriza-se como uma instituição jovem pela sua história e dinâmica pelo seu contributo.

SCM GONDOMAR

edificação veio possibilitar a promoção e integração social das pessoas mais caren-ciadas, em diferentes respostas sociais.“No âmbito de um programa do Ministério da Segurança Social e do Trabalho (POE-FDS) construímos o Centro de Apoio à Fa-mília, que surgiu em 2007 com a finalidade de desenvolver duas respostas sociais (Casa de Acolhimento e Creche) - aqui é possível encontrar o clima de segurança física e afe-tiva de que as crianças tanto necessitam”. O Centro de Acolhimento (CA), capaz de garantir o acolhimento imediato, mas transitório de 22 crianças com idades compreendidas entre os 0 e 12 anos, conta com uma equipa técnica especializada em várias áreas que vão desde a psicologia à eEducação, entre outras, no sentido de proporcionar acompanhamento a tempo inteiro. “Existe aqui uma componente hu-mana muito forte. É necessário muita sen-sibilidade para lidar com toda a dimensão desta resposta social”, desabafa. Por sua vez, a creche vem acolher dia-riamente 40 crianças dos quatro aos 36 meses de idade, no sentido de as guiar durante todo o seu processo evolutivo de crescimento.“Mais recentemente, construímos outro tipo de edifício - o Centro Social de Fânzeres, onde podemos encontrar respostas sociais que permitem satisfazer as necessidades da população jovem e idosa. Estamos aqui a falar sobre construções, mas estes edifícios nunca teriam o seu enfoque e interesse sem as pessoas”, revela José Luís Oliveira.

Vitalidade nos recursosSabendo de antemão que a promoção de sinergias facilita o aumento das capaci-dades e o fortalecimento dos processos de inclusão, a Santa Casa procurou desen-volver uma gestão cuidada e muito dire-cionada para fatores humanos e sociais. Esta vontade de despertar um olhar e uma ação atenta e centrada no outro, le-vou a que o trilho das oportunidades, e apesar dos constrangimentos, fosse per-corrido com maior facilidade. Assumindo-se como “uma instituição que trabalha com o coração”, facilmente se re-conhece que cerca de 120 pessoas, que atualmente dão um pouco de si, através desta instituição aos outros, geram um contributo único e singular. “Somos dos agentes da área social a empregar maior número de colaboradores e, por isso, pro-curamos trabalhar sempre com rigor, zelo e equilíbrio”, exprime.Perante esta lógica de coesão e articu-lação,o facilmente somos interpelados pe-rante a importância que os diversos inter-venientes assumem no contexto regional.

JOSÉ LUÍS OLIVEIRA

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“Nós localizamo-nos num dos dez concelhos com mais habitantes no país. Somos um município, de certo modo, suburbano. Não podendo fugir dessa realidade, sabemos que tudo isso arrasta experiências boas e menos boas”, prossegue José Luís Oliveira.Dirigido às famílias em que os recursos são mais escassos, encontramos o Aten-dimento à Comunidade, onde o apoio é prestado em géneros alimentícios, atra-vés da Assistência Médica Internacional. “É um trabalho que acontece em regime de permanência com 264 agregados familiares, correspondendo a 783 pessoas”, acrescen-ta. Perante esta realidade torna-se difícil permanecer indiferente, pelo que é im-prescindível promover a ligação entre as diversas obras da Misericórdia, gerando assim um maior impacto.Através da colaboração de vários parcei-ros torna-se possível a aplicação de uma metodologia participativa, um retrato fiel das perceções de quem conhece e viven-cia diariamente os desafios e oportunida-des do território de Gondomar. Exemplo disso é a ‘Boutique das Vaidades’, uma loja social onde as pessoas carencia-das residentes no concelho têm a oportu-nidade de escolher e adquirir roupas, ade-reços, utilidades e brinquedos, através de uma doação simbólica à instituição. É de salientar ainda que, em 2015, a Misericór-dia aliou-se ao Banco Alimentar Contra a Fome na campanha ‘Papel por Alimentos’, em que o papel angariado (jornais, revis-tas, entre outros) foi convertido em pro-dutos alimentares. Para além de todas estas iniciativas efe-tuam o acompanhamento a beneficiários do Rendimento Social de Inserção. “É um programa sustentado por um protocolo celebrado com a Segurança Social, em que estamos contemplados com o maior núme-ro de colaboradores e equipas”, indica. Tra-duzindo e gerando maior credibilidade, esta resposta consegue assegurar o acom-panhamento a 750 famílias.O trabalho desenvolvido configura um progresso gradual e sustentado que se considera firme na história da Miseri-córdia de Gondomar. Os projetos de in-tervenção comunitária implementados e dinamizados ao longo dos anos, espelham o crescimento e a solidificação desta Insti-tuição Particular de Solidariedade Social, como o Projeto de Luta Contra a Pobreza, o Contrato Local de Desenvolvimento So-cial (CLDS), o Programa de Respostas In-tegradas (PRI), o Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) e o atual Pro-grama Escolhas 6ª. Geração P@ssport’IN, desenvolvidos em diferentes conjuntos habitacionais, em que a sua intervenção

se direciona para a população mais vulnerável, priorizando crianças e jovens. A instituição pretende desenvolver e prestar serviços sociais com qualidade, por forma a bem servir a comunidade gondomarense. A formação de profissionais internos e co-laboradores externos é uma das suas prioridades a fim de disporem de conhecimentos adequados e sensibilidade necessária ao bom desenvolvimento de ações de apoio social destinados às crianças, jovens, idosos e comunidade em geral.

Chegar mais longeNa perspetiva de olhar, sentir e acolher a vida humana, sabemos que estamos perante uma obra que se dá a conhecer em constante movimento. Nesse âmbito, existem res-postas que só surgem à medida que outras necessidades se configuram na sociedade. O Serviço de Apoio Domiciliário não é novo nos corredores desta instituição, mas à medida que a Santa Casa vai crescendo tanto em pessoas como em equipamentos, ex-pandi-lo e abrangê-lo a novas áreas torna-se cada vez mais urgente. Atualmente, esta resposta social não é só desenvolvida na sede da Misericórdia, mas também no Centro Comunitário de São Cosme, no Centro Social de Fânzeres, e nas freguesias de Medas e Melres, abrangendo, no fundo, todas as freguesias do concelho, com exceção de Rio Tinto e Baguim do Monte. Em 2007, a instituição implementou uma empresa de inserção, intitulada ‘Geração D’Ouro’, com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional, a funcionar a partir das instalações do Centro Comunitário de S. Cosme. Aqui a personalização preenche um lugar especial na população idosa, e o que outrora fora convencional re-vela-se agora inovador. “Nós estamos aqui para servir e gostaríamos de servir muito mais”, concretiza. Tudo isto assenta sobre a premissa: “Fazer a diferença nos pequenos gestos, servindo os mais carenciados”.Todo o trabalho desenvolvido por esta iInstituição, só tem sido possível, pela existência de uma equipa de dirigentes, direção técnica e trabalhadores de excelência.

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EXPANDIR E PREENCHER O OLHARLuís Paulo, desde muito cedo ligado à área dos gift’s, decidira em 1996 arrancar com o seu próprio negócio. Hoje, a Luís Paulo Representações, Lda., com 20 anos de presença no mercado, fala-nos sobre a importância da sua consolidação e rejuvenescimento.

LUÍS PAULO REPRESENTAÇÕES

“A empresa começou por ganhar alguma notoriedade com os artigos do dias dos Namorados, do Pai e da Mãe. Nunca fabricamos direta-mente, trabalhamos sempre em parceria com as fábricas”, começa por introduzir. Os vínculos que daí advêm conferiu-lhes a possi-bilidade de, ao longo do tempo, se fomentarem num desenvolvi-mento rico e sustentado. Em 1998, aquando a empresa estabelecera um contrato com os três clubes de futebol, o empresário percebeu que havia mui-tos outros rumos por explorar. “Primeiro iniciamos com o Benfica, depois com o Sporting, e três meses depois estabelecemos a parce-ria com o FCPorto ”, informa. Todo este mercado vasto abrangia “peluches, almofadas, aventais, tshirts, porta chaves, entre muitas outros artigos ligados aos gifts ”. A imagem dos clubes de futebol aqui bem demarcada, gerou todo o crescimento que almejavam. No entanto, o mercado, movido por um ritmo dinâmico e, mui-tas vezes, contraditório, levou-os a repensar as suas estratégias, abandonando um segmento que se tornara saturado. À medida que o tempo avançara para outras perspetivas, Luís Paulo assumia que a melhor aposta estaria na diversificação e representação dos seus produtos. Operando em consonância, com países como Portugal, Espanha, Holanda, Itália e China, re-conhece a fortificação dessas relações e aponta cada vez mais para a sua globalização. “Trabalhamos, há seis anos, com uma re-presentação bastante forte em Espanha, e apesar de ser um produto caro, tem vindo a ganhar muito boa aceitação”, exemplifica.Este compromisso faz com que o nosso interlocutor observe as duas décadas, e em retrospetiva pense no otimismo e na con-fiança que sempre estiveram presentes durante todo o processo de readaptação. “Estou contente porque viveram-se aqui 20 anos, que para mim pessoalmente mais pareceram 30… e durante esse período vi muitas outras empresas do mesmo ramo a fecharem, e nós mantivemo-nos”, desabafa.

Turismo: Um novo trilhoPortugal, sendo um dos destinos preferidos de muitos estran-geiros, tem investido em setores aliciantes e prósperos, como os que estão ligados à área do Turismo. Perante este contexto so-cioeconómico, o empresário não poderia alhear-se à realidade e, por isso, procurou abraçar um novo desafio: “Há três anos que começamos e pretendemos vincar ainda mais a nossa presença aí”.

Apesar de ser um mercado que não exige uma novidade cons-tante, Luís Paulo sabe que é uma área que está em franco cres-cimento e sugere ainda maior proficuidade daqui para a frente. Tudo indica que a concorrência atua, igualmente, com competiti-vidade, mas cidades como o Porto e Lisboa acolhem experiências turísticas que não poderão ser negligenciadas. “Todos os nossos artigos encontram-se nas principais lojas das baixas da cidade. Na baixa de Lisboa temos, aproximadamente, 50 clientes, e na zona da Ribeira (Porto), apesar de ainda não atuarmos com a mesma força, temos clientes em ruas tão singulares, como a Mouzinho da Silveira, a das Flores, e a Praça da Liberdade, assim como o mercado externo ”, descreve o nosso entrevistado.

Crescimento em uniãoToda esta vontade de procurar e alcançar novos voos não seria possível sem o espírito de equipa que aqui coabita. E apesar de estarem colocados em duas áreas de negócio distintas, como o são o da revenda e as Lojas do Euro, o empresário observa as mais valias de todo alcance que a força humana desempenha. “Temos, neste momento, quatro lojas do euro ( D´1 EURO ), espal-hadas pelo Porto (Areosa, S. Mamede Infesta, Padrão da Légua e Antero de Quental)”, indica. A diversidade é também aqui uma palavra que coordena toda a operação e, por isso, a valorização do trabalho das pessoas permanece intacta. “Vendemos produtos alimentares, produtos de higiene, produtos de limpeza, produtos de decoração, tudo pelo inimaginável preço de um euro”, complemen-ta. E se para ter uma estrutura são necessárias pessoas, serão também imprescindíveis as ligações que se completam junto dos seus fornecedores e clientes.

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Apesar desta solidez assumir uma mútua importância, o respon-sável não poderia deixar de olhar para um mercado que se cons-trói, sem fronteiras, fora do território nacional. Nessa perspeti-va, um novo cenário virtual será criado ( www. EDIEL.pt ), tendo como base a sustentação de um website. Atualmente, com mais de 400 referências de produtos em cortiça, Luís Paulo absorve todas as sugestões que os outros países lhe revelam e, prepara-se para dar maior visibilidade à sua marca - EDIEL.Doravante, os investimentos guiar-se-ão mediante as necessi-dades do mercado e as tendências do momento. “Em relação às Lojas D´1 EURO, vamos estabilizar pelo menos durante o ano de 2016”, avança. A cortiça, por sua vez, com as suas múltiplas apli-cações, cativa turistas das mais diversas nacionalidades e, por isso, tudo indica que terá um contínuo crescimento. A qualidade portuguesa, fiel à sua origem, procurará assim preencher, paula-tinamente, outros mundos.

LUÍS PAULO

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PRÓXIMOS DOS SEUS CLIENTES

Sabendo de antemão que a necessidade aguça o engenho, os nossos entrevistados decidiram desde logo colocar mãos à obra e concentraram a sua atividade em quatro metais principais - o zinco, o cobre, o inox e o alumínio. O despertar para outras rea-lidades acabou por abrir-lhes o caminho para benéficas parce-rias. “O armazém em que nos encontramos, agora em Rio Tinto, tem 700 m2, porém o anterior a este não chegava aos 300 m2. Quando uma outra empresa entrou em contacto connosco tivemos a neces-sidade de aumentar as nossas instalações para que conseguíssemos ter mais stock de produtos, mantendo assim os equipamentos mais acondicionados”, começam por abordar. A conjuntura menos favorável veio trazer outros dissabores ao mercado, porém toda a reestruturação que fora pensada atem-padamente teve sempre como foco principal o cliente e as suas obras. A vontade de singrar aliada ao investimento cauteloso de todos os recursos faz com que hoje possamos observar todo o know how aqui materializado. “Quando criamos a empresa tive-mos de fabricar uma perfiladora (uma máquina que já não existe à venda). Naquela época usavam-se muito as cantoneiras de remate, usualmente denominadas como ‘calhas’. O trabalho artesanal que era desenvolvido levou a que colocássemos esse mesmo atributo no

Eugénia Costa e José Teixeira, presentes no mercado da construção civil há 15 anos, geram um trabalho cada vez mais associado à inovação e excelência. Tendo já estado presentes em Águas Santas, e agora em Rio Tin-to, os empresários aliam as suas aprendizagens para construir bases sólidas no universo das impermeabili-zações e reabilitações.

CALHAS TEIXEIRAnome da empresa. Hoje, na zona Norte, toda a gente sabe quem é a Calhas Teixeira”, salientam.Atuando especificamente no distrito do Porto, a firma consoli-da-se com toda a dinâmica e entrega que hoje o mercado exige. Valores como a transparência, rigor e proximidade adivinham todo o trabalho de equipa que os seis colaboradores confiam. E embora um dos problemas com que a Calhas Teixeira, e as ou-tras escassas empresas do ramo, se debate seja o acesso à mão de obra qualificada, isso não os impede de atuar com o profissio-nalismo que lhes está intrínseco. “Há muitas pessoas a fazerem este género de trabalhos, mas não são todos os que se identificam com a nossa política. Eu penso que nestes trabalhos mais simples o mais complicado será sempre encontrar pessoas para trabalhar neste ramo. Porém, para trabalhar aqui só é preciso ter gosto e ser honesto”, desabafa. Este processo de aprendizagem que é gradual, e muitas das vezes se move contra tudo o que é rápido e fugaz, pede assim a paciên-cia, a camaradagem e o respeito por quem está apto e disposto a ensinar. Eugénia Costa e José Teixeira cativam outras pessoas, lembrando-lhes sempre que “não é difícil, e tudo o que corre mal numa obra simplesmente acontece devido às más aplicações. Nós aqui temos orgulho em fazermos bem o nosso trabalho”, traduzem.

Reforçar a qualidadeConscientes de que a qualidade da produção está constantemen-te relacionada com os recursos materiais que a executam, os responsáveis reconhecem a importância de investir em máqui-nas que lhes ofereçam garantias. Eugénia Costa, sensível a esta questão, aponta que a qualidade se encontra, invariavelmente,

JOSÉ TEIXEIRA E EUGÉNIA COSTA

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no mercado nacional. É este mesmo bem-estar no trabalho que vem proporcionar uma maior participação por parte de todos os funcionários que acaba também por criar um ambiente de integra-ção único e desperto às novidades. Visando, igualmente, a compreensão das necessidades do mercado, junto dos seus clientes, a Calhas Teixeira preocupa-se pela busca incessante do conhecimento e concentra-se no poten-cial humano e no meio em que convive. Essa humanização fá-los olhar para outros par-ceiros de negócio não com a competitividade que o mercado muitas vezes alimenta, mas sim com entusiasmo e grandeza.

Transições desafiantesO mundo vive agora momentos de mudança e isso tem vindo a promover um incremento incessante na qualidade. A Calhas Teixeira aproveita essa oportunidade para construir algo ainda maior fora do mercado nacional. “Temos clientes nossos que estão a trabalhar em França e estão habituados a trabalhar connos-co. Muitos dos materiais que nós produzimos são feitos em zinco e em cobre, mas os france-ses não apreciam o zinco e usam mais o alumí-nio. Como eles não possuem mão de obra quali-ficada para trabalhar esse material, vamos nós mesmos desenvolvê-lo”, explica. Neste momento, já têm tudo pré-feito e res-ta-lhes apenas investir na aquisição de mais uma máquina. A confiança na qualidade e durabilidade deste metal eleva agora os em-presários para novas metas e alicerces.

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ÉVORA

Numa área de 31551,2km2, que corresponde a cerca de 33% do território continental, conjuga-se as diferentes realidades dos distritos de Évora, Por-talegre e Beja, juntamente com parte dos distritos de Setúbal e Santarém. Capaz de conjugar de forma certeira a história e a natureza, o Alentejo tem características próprias que o distinguem do resto do país. Seja o clima, a paisagem ou os legados do passado, esta região é uma relíquia com um valor inegável.Se os terrenos latifundiários são o cartão de visita da região, uma vez que a paisagem alentejana é inigualável, plena de peneplanícies a perder de vista… a riqueza patrimonial não lhe fica atrás. Seguindo esta linha de pensamento, Évora acaba por ser um espelho das mais valias alentejanas, tendo sido clas-sificada pela UNESCO como Património da Humanidade. O Templo Roma-no, o Palácio de Vila Viçosa e o Cromeleque dos Almendres são um exemplo de um vasto leque de legados históricos que o Alentejo tem para oferecer.A própria gastronomia transmite um pouco da cultura desta região, aprovei-tando o tradicionalismo e a pureza dos alimentos. Açorda à Alentejana, Ba-calhau Albardado, Migas à Alentejana e Lebre Frita são alguns dos ex-libris que aguardam o garfo dos mais curiosos. Quem aprecia diversas vertentes artísticas como o Manuelino, que se inspi-ra no gótico tardio e no mudejarismo, dando origem ao manuelino-mudéjar, e o Barroco, verá no Alentejo inúmeras obras relacionadas com a arquite-tura, escultura, pintura e gravura. A Igreja de São Francisco, em Évora, é um exemplo do estilo manuelino, enquanto que o barroco é espelhado pela Igreja de Nossa Senhora da Lapa, em Vila Viçosa.Com a chegada do novo milénio, o Alentejo iniciou um processo de reabi-litação urbana dos centros históricos, permitindo experienciar uma fusão entre o tradicional e o modernismo. A recuperação de muitos monumentos evitou a sua destruição, atribuindo uma nova utilidade aos mesmos. Desta forma, o território alentejano tem vindo a adaptar-se aos tempos que correm, sem nunca esquecer toda a história e cultura que o tornam único.

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“O CLIENTE É A PESSOA MAIS IMPORTANTE” Podem ser diversos os motivos que levam uma pessoa a aderir a um Grupo como o Intermarché. Carlos Al-meida salienta-nos fatores decisivos como a boa ges-tão, o trabalho em equipa, e o requisito da formação. Atualmente, o projeto Intermarché Vendas Novas já completa 13 anos e o balanço da atividade traduz-se no otimismo que todos os colaboradores unem.

INTERMARCHÉ VENDAS NOVAS

Intrínsecos em princípios e valores que os destacam dos outros concorrentes de mercado começamos por conhecer uma fi-losofia onde palavras como ‘aderente’, ‘pólo de gestão’, ‘pólo de comércio’, ‘pólo de portagem’, ‘postular’, entre muitas outras se tornam familiares. “Candidatei-me e tive dois anos e meio de for-mação. A entrada foi fácil porque já havia outras pessoas da minha família no Grupo”.Observando em retrospetiva, Carlos Almeida e sua mulher, Al-bertina Almeida espelham o balanço positivo que a década lhes proporcionou e alimentam a esperança de a partir daí criar ou-tras potencialidades para a região. “É um balanço fantástico. Em torno desta organização conseguimos juntar as pessoas mais diver-sas, vindas de diferentes áreas de formação”, cativa. Esse projeto de vida, que se torna comum a diferentes formas de ser e estar no Mundo, ajuda-nos a perceber como a diferenciação se pode encontrar na singularidade que é transposta quando diferentes vozes se unem.

Semear proximidadeUm caminho que é percorrido de forma paulatina e sustentável, percebe que em diferentes fases são reconhecidas diferentes ne-cessidades de reestruturação. O atual gestor, não esconde essa prioridade e mostra-nos como de uma construção antiga podem nascer e renascer outras obras. “Há nove anos atrás houve aqui uma revolução, remodelando por completo o interior da nossa loja. Criamos melhores condições para os clientes através da passagem de cinco caixas para oito. Compramos ainda um outro terreno na parte de trás e colocamos outros serviços, como as lavagens, o estaciona-mento, e as bombas de combustível”, completa. A satisfação com que os clientes hoje se dirigem a esta nova face do Intermarché de Vendas Novas leva a que o empresário nun-ca deixe de proporcionar, igualmente, boas condições para os seus colaboradores. Carlos Almeida inspira-se assim em todas as competências que os seus elementos da equipa têm vindo a preencher ao longo do tempo: “É uma questão de organização e estabelecimento de prioridades”.Esse esforço, foi e é meritoriamente reconhecido através do fee-dback que recebem das pessoas e dos prémios granjeados. Esse alcance dá-lhes agora confiança para continuar a trilhar este ca-

minho de segurança.Colaboradores desta família e clientes fidelizados de há longa data confiam-lhe outras perceções, apelando a outros fatores de diferenciação. “O nosso cliente é a pessoa mais importante que en-tra nesta loja e tem de ser tratado com o devido valor, por isso uma das minhas principais preocupações é que ele nunca aguarde dema-siado tempo numa fila de espera”, especifica. O nosso interlocutor não deixa de dar o merecido destaque ao ‘Programa Origens’ que tanto tem estimulado o desenvolvimen-to da economia local. Este programa, assente no apoio à pro-dução nacional alia igualmente a promoção dos produtos regio-nais. Entre eles estão “o pão alentejano, que tem muita procura, o vinho, as laranjas, o queijo e a charcutaria”. Daqui para a frente, o futuro rumará neste aproveitamento de oportunidades e acessi-bilidades, tendo sempre como pano de fundo o fomento da pro-dutividade e dos produtores da região.

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“ALTA QUALIDADE A PREÇO JUSTO”

A 1 de novembro de 2008, depois de concluída toda a fase de admissão e formação dentro do grupo, Pedro e Paula Esperança assumem a gerência do Intermarché localizado em Estremoz. Questionado sobre o que os motivou a dedicarem-se ao ramo da distribuição alimentar, o empresário começa por revelar que “a vida é feita de oportunidades, sou ex-funcionário da General Motors Portugal. Quando, em 2006, a multinacional foi deslo-calizada para Saragoça e São Petersburgo, tivémos que reorga-nizar a nossa vida. Com as indemnizações a que tive direito e após pensarmos em vários negócios, surgiu a oportunidade de assistir a uma jornada de abertas no grupo Mosqueteiros. Fo-mos ver do que se tratava, percebemos que tínhamos aqui uma oportunidade, conseguimos entrar no grupo seguindo o camin-ho normal exigido. Investimos em prol da empresa que temos

Os pergaminhos que distinguem o grupo Os Mosque-teiros estão a cargo, em Estremoz e Arraiolos de Pedro e Paula Esperança. O casal decidiu dedicar-se a esta área de negócio, em 2008, desde aí tem contribuído para a expansão do nome Intermarché na região alentejana.

INTERMARCHÉ ESTREMOZ E ARRAIOLOS

hoje”. O espaço em Estremoz, à semelhança do que acontece em Arraiolos, tem para além do supermercado, uma série de ser-viços associados como telecomunicações, lavandaria, combus-tíveis, tabacaria, florista, Telepizza, âncoras, que no entender do entrevistado, “fazem parte do bem-estar de quem entra nas nossas lojas. Se proporcionarmos ao cliente todos estes serviços é uma mais-valia para nós, com a particularidade de eu ou alguém resolvermos determinada questão diretamente, damos a cara, nem que seja para dar apenas um bom dia aos nossos clientes, seguindo aquilo que é a filosofia do grupo”, realça Pedro Esperança, acres-centando que “a nossa forma de estar e filosofia de trabalho está baseada na proximidade, ser acessível para com os clientes, con-fiança. Numa outra vertente, é importante ter um produto de alta qualidade a preço que consideramos justo, tanto para quem cultiva e nos fornece, como para quem compra e isto, efetivamente, marca a diferença. Fazemos tudo para que o cliente tenha uma grande con-fiança e por isso considero que somos um grupo único a nível mun-dial na forma como trabalhamos”. Pedro e Paula Esperança trabal-ham há quatro meses numa nova realidade devido à aquisição do Intermarché de Arraiolos. “Pretendemos que Arraiolos chegue rapidamente à performance de Estremoz, com audácia e vontade resolvemos os problemas que surgem, numa gestão dividida entre os dois sócios e também com responsáveis de loja que nos auxiliam”, destaca o proprietário. Com 46 funcionários na loja de Estremoz mais seis na empresa que gere a Telepizza e 26 na de Arraiolos, uma outra filosofia de que o grupo não prescinde é a formação dos seus colaboradores. “Efetivamente, fazemos o nosso plano de formação anual em todas as categorias e necessidades de forma a ter

PAULA ESPERANÇA E PEDRO ESPERANÇA

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pessoal o mais especializado possível. Atual-mente, é extremamente importante e credí-vel para uma empresa que os colaboradores consigam responder a todas as questões re-lacionadas com a função que desempenha dentro da organização, quando questionado por um auditor, por exemplo, ou uma outra qualquer autoridade. As ações de formação contribuem também para a execução de ta-refas de forma profissional”, realça Pedro Esperança. Grande parte dos produtos existentes nas duas lojas são provenientes da base do grupo, contudo, importa desta-car que o regime de interdependência dos Mosqueteiros permite a divulgação e des-envolvimento da economia local através da comercialização dos produtos típicos regionais, “como enchidos, queijos, azeite, vinhos ou o pão alentejano, o que também representa uma responsabilidade social e económica”, entende o interlocutor.

Programa OrigensDentro do grupo Intermarché cada pro-prietário é designado como aderente des-empenhando um cargo ao qual dedica cerca de dois dias por semana, no caso do entrevistado, Pedro Esperança é um dos

três responsáveis pelo Programa Origens. “Dentro do grupo há políticas vantajosas que acarretam mais-valias até para a nossa localidade, o facto de termos um cargo den-tro do grupo fortalece-nos de forma tão rica, que não há dinheiro que pague isto”, realça. No que diz respeito ao P’rograma Origens’, que consiste no apoio à produção nacional de produtos hortofrutícolas, peixe e car-ne, o futuro, segundo o interlocutor “pas-sa pela sustentabilidade daquilo que é a ideia base da iniciativa, que é ter nas lojas produ-tos portugueses de qualidade, contribuindo de facto para a produção nacional. Partindo deste princípio, agora é tempo de procurar mais produção, segmentos e referências”, esclarece o entrevistado, alargando o le-que de escolhas tanto para o universo dos produtores como para o consumidor final.

FuturoDesde o dia 1 de julho, o Intermarché de Estremoz tem à disposição dos clien-tes um novo serviço, único na região, de compras online ‘E-COMERCE DRIVE’, onde é possível aos clientes irem buscar os produtos à loja ou então serem entre-gues em casa, “passa a ser possível fazer as compras à hora de almoço e à tarde, no fim

do trabalho, por exemplo, passarem na loja, têm tudo pronto e é só levar. A entrega das compras em casa é livre de taxas, apenas, em compras superiores a 100 euros. A zona geográfica de entrega ao domicílio abrange Estremoz e suas freguesias, Sousel e Santo Amaro”, revela o entrevistado. Quanto ao futuro, Pedro Esperança revela que “o grupo quer crescer em termos de quota de mercado a nível nacional”, no que diz res-peito às realidades de Estremoz e Arraio-los, o responsável afirma que “pretendem fazer prevalecer perante a sociedade e aque-les que nos visitam a máxima de estar sem-pre na linha da frente do bem servir, ou seja, temos de manter o que já alcançámos até aqui, mantendo o crescimento, numa melho-ria contínua, exemplo disso, foi a aposta em painéis fotovoltaicos, pemitindo a redução do consumo de energia, contribuindo de for-ma positiva para o meio ambiente”, finaliza o entrevistado, realçando que no Inter-marché os “clientes têm sempre um atendi-mento e um serviço diferenciador, próximo de cada um”.

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TRABALHAR A QUALIDADE

Com apenas 22 anos, o empresário viu-se, por força das circuns-tâncias impulsionado a criar a sua própria fonte de rendimento. Em 1983, surgida esta oportunidade, e contrariando o pensa-mento dos familiares, o jovem abarcara neste negócio com toda a força e dedicação que lhe é intrínseca. “Na época, as instalações alugadas tinham apenas 110 m2, os equipamentos estavam obsole-tos e comecei por trabalhar com funcionários mais velhos do que eu”, conta José Aragonez. A jovialidade que transmitia aos restantes elementos do grupo moveu-o a perceber uma realidade que até aqui lhe era comple-tamente distante. Por entre negociações, burocracias, e inflexibi-lidades que o mercado carrega, foi conquistando gradualmente outras direções e possibilidades. A confiança alcançada através de alguns dos fornecedores abriu perspetivas a novos caminhos. “As pessoas estavam a caminhar num sentido em que descaracte-rizava por completo o pão alentejano. Resolvi fazer a devida pros-peção e através dessa experiência ganhar todo o conhecimento que era necessário para tomar conta da produção. A partir daí, alojei

De origens humildes, José Aragonez atreveu-se a ex-plorar desafios vários para dar crescimento à Fabri-pan. A profundidade das suas raízes e a singularidade das suas características ajuda-nos hoje a conhecer e a reconhecer toda a cultura viva do Alentejo.

FABRIPAN

JOSÉ ARAGONEZ

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algumas pessoas na minha casa para me ensinarem a trabalhar o pão como outrora se trabalhara”, aclara. A transmissão desse carinho, que se constrói com bases histó-ricas e familiares, sofre todo um processo onde o respeito pela cultura alentejana é fulcral. O reconhecimento de uma região assim envolve uma dinâmica a que o empresário nunca esca-pou. Quando a empresa começara a fixar-se com maior robustez e estabilidade financeira começara a tornar-se impossível não partir para outros objetivos. Primeiro, com o aparecimento dos hipermercados as solicitações dispararam e o nosso interlocutor, mostrando alguma abertura para a nova abordagem, começara a fornecê-los. No entanto, rapidamente verificou que aí a regiona-lidade do produto não sobressaía e, por isso, acabara por colocar a ideia de parte. “O nosso objetivo é, de facto, trabalhar a qualidade”, manifesta. Caminhando para essa vertente, a sua visão fora crescendo, paulatinamente, de desafio para desafio até chegar aos dias de hoje. Numa confeção em que os produtos naturais ganham o re-levo, a Fabripan optara por conquistar um lugar na economia e na sociedade. “Como sabia que não poderia aplicar uma gestão diferente num mercado igual, decidi criar o meu próprio mercado di-ferente. Não criei nada que já não estivesse implantado, uma vez que sou um franchising”, esclarece. A boa gestão quando conjugada à participação ativa no setor, através de viagens, prospeções e visitas a feiras, tem-se demonstrado uma experiência frutífera para o empresário. Movendo-se, ao longo do tempo, em cenários diferentes, José Aragonez ditou as regras do seu próprio negócio. “Numa fase da minha vida cheguei a ser merceeiro e administrei cinco supermerca-dos. Labor que me deu know how no mercado retalhista”, detalha. Hoje, integrado numa rede de franchising, com uma primeira loja em Estremoz e uma segunda em Vila Viçosa, a área da pani-ficação cresceu lado a lado com duas fábricas. O fabrico com cun-ho próprio permite-lhe oferecer a variedade que tanto almejara, não só na confeção dos doces e dos salgados. “Começamos agora a ter também uma linha mais vegetariana”, informa. Atualmente, os produtos poderão ser encontrados nas lojas “Aqui há Pão do Alto Alentejo. Sendo o core business da empresa o pão alentejano, existem outras parcerias institucionais em que a Fabripan aposta para levar mais longe o seu produto e as caracte-rísticas alentejanas que lhe são subjacentes. No que diz respeito à produção, a fabricação diária deste produto ronda as três mil tone-ladas por dia”. O nosso entrevistado, não deixa de estar atento ao modelo de negócio aplicado em Portugal, e tendo em conta as ca-racterísticas e dimensão do pão alentejano, procura transportar a singularidade e a originalidade da sua essência gerando uma política de entregas reforçada. “As lojas abrem às sete e fecham às oito e são fornecidas três vezes por dia para que a qualidade nunca se perca”, regista. Daqui para a frente, o empresário já prevê novas paragens, atra-vés da captação de uma abrangência mais ampla. Não querendo ficar por aqui, já está em vésperas de abrir a décima oitava loja, em Évora. “Temos tido muitas solicitações de muitas partes do país, e não só, da nossa vizinha Espanha também”, adianta. A marca, mostra hoje a ambição do olhar gaiato, sem nunca perder de vis-ta o crescimento que o preenche e continuará a preencher.O nosso interlocutor faz ainda questão de realçar a importância daqueles que trabalham diariamente consigo, “alguns deles des-de o início do projeto”, demonstrando também o seu apreço pelos lojistas e clientes que escolhem a Fabripan como seu parceiro.

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UMA INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA E PRESTÍGIOAssente numa gestão rigorosa, a Fundação Eugénio de Almeida desen-volve o seu projeto estratégico ancorando-o numa filosofia de qualidade, apostando em segmentos de mercado de maior poder aquisitivo e indo ao encontro de necessidades diferenciadas de consumidores exigentes, conse-guindo dessa forma financiar um conjunto importantíssimo de atividades com grande preponderância na região onde se insere.

FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA

No início da década de 60, Vasco Maria Eugénio de Almeida transforma um projeto pessoal de serviço aos outros num proje-to institucional perene, e cria a Fundação Eugénio de Almeida, à qual deixa um legado de valores, uma missão e os meios para a realizar em plenitude. Hoje, a Fundação Eugénio de Almeida é uma instituição portuguesa de direito privado e utilidade pú-blica, sediada em Évora, cujos fins estatutários se concretizam nos domínios cultural e educativo, social, e espiritual, visando o desenvolvimento humano pleno, integral e sustentável da re-gião de Évora. De acordo com Luís Faria Rosado, presidente do Conselho Executivo da Fundação, são estas ações que têm vindo a ser desenvolvidas, sobretudo a partir dos anos 80, nomeada-mente, com o início do projeto agrícola baseado na produção de vinho com a plantação de novas vinhas, bem como com a remo-delação da adega antiga, que registou um crescimento assinalá-

vel até 2006, altura em que se tornou absolutamente necessário avançar para a construção de uma nova adega. “A par do cresci-mento contínuo da atividade vitivinícola, houve uma fase de plan-tação de novas vinhas, estimando que em 2017 teremos mais 200 hectares de vinha, para além de uma nova adega que irá entrar em funcionamento este ano, aumentando assim a capacidade produtiva da Fundação”, revela. A atividade vitivinícola, que em termos económicos tem sido a mais importante da Fundação Eugénio de Almeida, contribuindo com cerca de 80 por cento do valor das vendas, tem sido acom-panhada por outras atividades agrícolas que a chegada da água do Alqueva permitiu desenvolver e intensificar. “Com a chegada da água do Alqueva foi possível plantar novos olivais, entrar numa outra área de produção, neste caso do azeite, com a construção de um lagar, que entretanto já foi aumentado”, salienta Luís Faria

LUÍS FARIA ROSADO

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Rosado, acrescentando que a Fundação também se dedica à produção de tomate para indústria, produção de milho para silagem, produção de papoila para fins medicinais, multiplicação de sementes de girassol e produção forrageira destinada aos efetivos pecuários da Fundação, que tem um efetivo bovino superior a três mil cabeças, cerca de quatro mil ovelhas e seiscentos porcos alentejanos.É esta conjugação de atividades que per-mite o resultado que tem vindo a ser o suporte dos investimentos realizados, que recentemente permitiram recupe-rar o património edificado. A par disso, a Fundação Eugénio de Almeida desen-volve atividades sociais, assegurando a formação de voluntários e “foi a partir desta atividade que se constituiu um Banco de Voluntariado na região, para além de ou-tras ações de ordem social e educativas como a atribuição de bolsas de estudo”, afirma o nosso entrevistado, esclarecendo que a sua responsabilidade passa por coorde-nar toda a parte empresarial, assumindo o objetivo de maximizar o resultado para poder aplicar e reinvestir. Como nos conta Luís Faria Rosado, a Fun-dação Eugénio de Almeida tem vindo a exportar cerca de 40 por cento das suas produções de vinho e azeite, tendo como destinos importantes, Angola e Brasil, no entanto a Fundação também exporta para os Estados Unidos da América, para vários países da Europa, bem como para Macau e China, num total de 17 países. “Por outro lado, em 2016 estamos a crescer muito bem no mercado nacional”, salienta o presidente do Conselho Executivo da Fundação.

Excelência e qualidadeA marca Cartuxa é um dos principais ati-vos da Fundação Eugénio de Almeida e atual marca umbrella da Adega Cartuxa,

do Lagar Cartuxa e do Enoturismo Cartu-xa. A insígnia traduz a identidade dos vin-hos Vinea, EA, Foral de Évora, Cartuxa, Scala Coeli e do mítico Pêra-Manca, bem como dos azeites Álamos, EA e Cartuxa. Excelência, qualidade e individualidade - num estilo muito próprio que marca a diferença e define um clássico do Alen-tejo -, são estes os valores reconhecidos pelo público à marca Cartuxa. A força do nome e a associação positiva ao mesmo, faz com que quem experimente se torne automaticamente num leal consumidor. O vinho, o azeite e o projeto de Enoturis-mo Cartuxa, traduzem igualmente estes mesmos valores.“Neste momento, a capacidade produtiva da Fundação, em termos da adega, está es-gotada, estamos a produzir cerca de quatro milhões de garrafas por ano, mas para isso tivemos o apoio de uma outra adega que alu-gámos nos dois últimos anos”, refere Luís Faria Rosado, realçando que a construção de uma nova adega vai permitir duplicar essa capacidade. Por outro lado, lembra que o aumento de 200 hectares de vin-has vai ter efeitos daqui a quatro ou cinco anos, sublinhando que a Fundação Eugé-nio de Almeida está a fazer investimentos noutra área agrícola, nomeadamente, na produção de amêndoa. Luís Faria Rosado refere ainda que está em estudo a possibilidade de poder in-vestir em mais áreas de olival no sentido de garantir a autossuficiência da insti-tuição. “A Fundação Eugénio de Almeida tem abraçado sempre novos projetos e de-safios, estando sempre atendo à inovação e aos mercados, percebendo o potencial das próprias terras e propriedades que dispo-mos e de facto esse potencial foi bastante

elevado com a chegada da água”, salienta, acrescentando que, em termos de rega-dio, a Fundação tem uma área equipada de cerca de dois mil hectares. Sediado na Quinta de Valbom, a dois qui-lómetros do centro histórico de Évora, ci-dade Património Mundial, e a 200 metros do Mosteiro da Cartuxa que inspirou o seu nome, o Enoturismo Cartuxa encon-tra-se instalado na antiga casa de repouso dos Jesuítas (Companhia de Jesus), que le-cionaram na Universidade de Évora nos séculos XVI e XVII. Com a sua expulsão, em 1759, por ordem do Marquês de Pom-bal, a propriedade passou a pertencer ao Estado, começando alguns anos mais tar-de, em 1776, a funcionar como um impor-tante lagar de vinho que absorvia a pro-dução vitivinícola da região. Adquirida no século XIX pela família Eugénio de Al-meida, a Adega Cartuxa passou por várias reformas e ampliações ao longo do tempo, conservando a riqueza da sua memória arquitetónica e histórica. “Quem visita o Enoturismo Cartuxa tem a oportunidade de usufruir da envolvência única da Quin-ta de Valbom, da sua história, e de visitar o edifício onde a Adega Cartuxa foi fundada. Neste local o visitante pode ainda provar os vinhos e azeites da Fundação, à venda na loja da Adega. As visitas são guiadas e ter-minam com uma prova de vinhos e azeites”, ressalva Luís Faria Rosado.

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PAIXÃO E TRADIÇÃO FAMILIARES

Nascido na Alemanha, Jorge Boehm esteve pela primeira vez em Portugal aos 18 anos, após um pequeno acidente de barco o ter forçado a uma paragem prolongada na sua viagem pelo mundo. O então jovem estudante apaixonou-se pelo nosso país e não per-deu esta ligação. Jorge Boehm regressaria a Portugal em 1975 para começar a trabalhar no setor vitivinícola português, que até a data estava ainda numa fase muito rudimen-tar, como nos conta Dorina Lindemann, filha do empreendedor alemão e atual respon-sável da Quinta da Plansel. Foi na senda deste trabalho que Jorge Boehm se fixou no Alentejo no início dos anos 80 e criou as vinhas da família. Dorina Lindemann, que acompanhou sempre o trabalho do pai e desenvolveu uma grande paixão pelo vinho, acabou por se estabelecer também no Alentejo em 1993, após ter concluído os seus estudos de enologia na universidade de Geisenheim. Em 1997 viria a criar as raízes da Adega Plansel. Atualmente a adega é responsável pela produção de 500 mil litros de vinho anuais. Um negócio próspero a que se juntam atualmente as duas filhas de Dorina, Júlia e Luísa.

Investigação e aposta internacional O segredo do sucesso da produção de vinhos da Plansel vem do grande conhecimento da empresa sobre as castas nacionais e o cuidado no desenvolvimento da sua produção no Alentejo. Este conhecimento, iniciado por Jorge Boehm, é hoje cimentado com a investigação científica que Dorina Lindemann faz questão de promover. Da mesma forma, Dorina relembra que uma das características chaves da Plansel é apostar nas castas nacionais e não ter medo de arriscar nesta produção. “O que também nos tor-na especiais é o facto de termos sido as primeiras pessoas no Alentejo a criar monocastas.

A história da Quinta da Plansel está cimentada na união de duas paixões: Portugal e o vinho. Este sentimento, que se transmite já há três gerações, levou a que Jorge Boehm e a sua filha, Dorina Lindemann, trocassem a Alemanha pelo nosso país e criassem os Viveiros e a Adega Plansel, símbo-los de qualidade e reconhecimento no setor vinícola.

QUINTA DE PLANSEL Em 2001 lançamos Tinta Barroca, Touriga Nacional e Touriga Franca em monocasta. E todos nos disseram que isso não ia funcio-nar. Que ninguém ia comprar monocastas de Portugal. Mas nós afirmámos que Portu-gal tinha as melhores castas do mundo e que ia funcionar. E a verdade é que hoje os nos-sos grandes sucessos são a Tinta Barroca e o Touriga Nacional”.Tamanho sucesso deve-se em muito à parceria entre Dorina e Carlos Ramos, ambos engenheiros e ele enólogo respon-sável pela produção dos néctares espe-ciais da Quinta da Plansel. Neste momento a Quinta de Plansel tra-balha essencialmente para o mercado ex-terno, como explica a empresária. “Trabal-hamos para cerca de 18 mercados diferentes, 80 por cento da nossa produção é para ex-portação. O vinho português é ainda pouco conhecido lá fora. Eu tenho mesmo que ir lá às feiras mostrar, chamar as pessoas e expli-car o que é o nosso produto”.

Perspetivas de futuroA Quinta da Plansel nasceu como um negócio familiar, com uma identidade e carácter marcados, e é assim que Dorina Lindemann a pretende manter e passar às filhas. Desta forma, os planos da empresária pas-sam por manter a atual produção e criar uma relação mais próxima com o público em geral “Estamos a apostar no enoturis-mo, temos visitas guiadas à adega, provas de vinho com buffet, já fazemos parte da Rota de Vinhos do Alentejo, e queremos promo-ver uma festa anual, uma espécie de Open Day para cativar mais público português e internacional”, explica a enóloga. A nível de participações internacionais, a Plansel quer continuar a promover a imagem dos vinhos portugueses além-fronteiras. Com uma atitude confiante no futuro, a em-presária refere acreditar que o futuro do setor passa pela aposta nas castas portu-guesas e na formação técnica dos jovens, uma das grandes lacunas que encontra no mercado nacional.

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UM NOVO CONCEITO HOTELEIRO EM ÉVORA

Tratando-se o Ecorkhotel de um empreendimento turístico recente, gostaríamos de perceber o que esteve na origem deste projeto, bem como o balanço destes primeiros anos de funcionamento.Na origem do Ecorkhotel esteve a resposta a uma necessidade que sentimos de fazer um hotel singular, ecológico, arquitetonicamente marcante e que transmitisse a ideia de Alentejo e de Évora que nós temos. Essa ideia associa a calma, o descanso e os praze-res da vida como a boa comida, boa bebida, boa música e genuinidade das gentes e dos materiais que usámos na sua construção. O projeto correu os seus morosos termos, mas desde que abriu temos trabalhado para cada vez mais afirmar o nosso lugar no mercado, pela diferença e qualidade. O nosso objetivo não é vender quartos ou suites, o nosso objetivo é que cada hospede tenha a sua experiência Ecorkhotel à sua maneira, ao seu tempo e desfrutando de tudo o que oferecemos da sua própria forma. O balanço é extremamente positivo. Temos tido vários eventos interessantes, temos proporciona-do muitas experiências que pela maioria dos comentários que temos colecionado nos sites da especialidade têm sido muito positivas e têm, inclusivamente, melhorado com o tempo, o que é sempre incentivador uma vez que a novidade que costuma ser sempre muito valorizada não é agora o mote mas sim o serviço e a hospitalidade desta equipa. Poderia deter-me muito a explicar todas as vantagens da cortiça, da geotermia, dos painéis solares fotovoltaicos ou mesmo dos térmicos que usamos para suprir as nossas necessidades energéticas, mas isso são parte do edifício e não do espírito do Ecorkhotel.

Que apresentação nos pode fazer relativamente às características e serviços disponí-veis no Ecorkhotel? O Ecorkhotel, Évora Suites & SPA, é a uma unidade hoteleira de 4 estrelas superior. Este eco-hotel tem uma oferta de alojamento de 56 suites privativas com uma área

Sobre o mais recente empreendimento turístico de Évora, a Portugal em Destaque conversou com Neusa Sousa, diretora do espaço.

ECORKHOTEL

de cerca de 70m2 cada, rodeadas por sob-reiros, azinheiras e oliveiras centenárias. Com um design moderno e ambiente con-temporâneo e relaxante inserido no mon-tado alentejano, a somente cinco minutos do centro da cidade de Évora, cidade pa-trimónio Mundial da Humanidade desde 1986, e à distância de uma hora de carro da cidade de Lisboa. Este hotel reúne as condições ideais para fugir à rotina do dia a dia, fazer uma escapada de fim de sema-na, uns dias de férias em família, ou uma estada tranquila e repousante em viagens de negócios. Este hotel ecológico é o pri-meiro do seu género a ser certificado em como tal em Portugal. Possui duas salas de conferencias para até 60 pessoas cada que se podem juntar tendo o numero máximo de até 120 e uma para pequenas reuniões de até 12 pessoas. Um SPA com cinco salas de tratamento e relaxamento, duas sa-las de ginásio, sauna, banho turco e uma generosa piscina interior. Possui ainda a nossa ‘piscina do céu’, de 45 metros de comprimento e uma profundidade máxi-ma de 110 cm, com um olhar no infinito e na cidade de Évora. Feito somente para desfrutar da frescura da água nesta paisa-gem dourada.

Que aspetos diferenciam o Ecorkhotel de outros empreendimentos turísticos existentes no concelho de Évora? E qual

EQUIPA

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o tipo de experiência que pretendem proporcionar aos vossos hóspedes?O Ecorkhotel foi construído na forma de resort, em que o edifí-cio principal tem todos os serviços comuns e as suites se dispõem pela paisagem em forma de aldeia alentejana, proporcionando a máxima privacidade dos hospedes, o máximo contacto com a natureza e a sua fruição individual ou em família e não como um hotel convencional.

Sendo a eficiência energética de uma das preocupações que melhor definem o Ecorkhotel, gostávamos que nos explicasse de que forma esta preocupação se evidencia no dia a dia da uni-dade hoteleira.Toda a água é tratada e reciclada para a rega, geotermia, dos pai-néis solares fotovoltaicos ou mesmo dos térmicos que usamos para suprir a maior parte das nossas necessidades energéticas. O revestimento de cortiça do edifício principal proporciona tam-bém uma poupança adicional, ajudando a estabilizar a tempera-tura e funcionando como escudo para o frio e calor. Temos tam-bém um tipo de construção com páteos e janelas de exposição indireta que é típica da arquitetura do sul da Península, não só do Alentejo, mas também de Espanha e que facilita a refrige-ração.

O Ecorkhotel proporciona diversos packs de ofertas especiais aos seus potenciais hóspedes. Que tipo de ofertas existem?Proporcionamos acima de tudo experiências, sejam elas român-ticas como as que incluem massagens a dois, ou pequenos mimos como os morangos com chocolate e champagne, mas também gastronómicas que incluem refeições baseadas na nossa rica cozinha alentejana, mas com um toque especial do nosso chef, mas também packs com birdwatching, karts, saltos de paraque-das ou voo em balão de ar quente, sem esquecer as provas de vinho ou as nossas aulas de culinária. Atualmente temos tam-bém programas detox e Body and Soul, que incluem uma ver-tente de descanso e exercício assistido pelos nossos PT´s e uma de nutrição com a ajuda da nossa nutricionista que prescreve individualmente e ajuda a implementar um programa de mel-horia da saúde e, eventualmente de perda ou controle de peso.

Estando o Ecorkhotel situado em Évora, que leitura faz da reali-dade turística sentida atualmente no concelho e distrito? A seu ver, que aspetos diferenciam, pela positiva, esta região de outras zonas turísticas do nosso país?A região de Évora tem melhorado e incrementado muito a sua oferta turística, mas tem conseguido manter intactas as bases que sempre atraíram os turistas à nossa região e que são sem dúvida a boa comida, o bom trato de todas as suas gentes, a ex-celente qualidade do ar e da natureza em geral, assim como uma diversificada oferta cultural, com centenas de monumentos e es-

petáculos a acontecer numa base diária e semanal, assim como a diversidade de paisagens e de atividades que proporciona, que vão desde as mais radicais como o skydiving às mais ligadas à na-tureza como os passeios pela nosso território ou o birdwatching, onde mais de 300 espécies de aves, algumas delas bastante ra-ras, fazem as delícias dos amantes desta atividade. Não podemos deixar de referir os excelentes vinhos que aqui são produzidos e que só por si são também uma razão adicional para uma visita.Acima de tudo, penso que o turismo de Évora é um turismo de qualidade e não de massas, tem ofertas em várias vertentes mas sempre privilegiando a boa qualidade da oferta.

Que planos, objetivos ou perspetivas reserva a direção do Ecor-khotel para os próximos anos?Manter a nossa linha de melhoria da oferta e corrigir os pontos menos positivos que só com a operação podemos ir melhorando, assim como cativar os nossos hóspedes para que esta seja tam-bém a sua segunda casa.

Se pudesse definir o serviço do Ecorkhotel em três palavras ou numa frase, quais seriam?O Ecorkhotel é um ponto de equilíbrio entre a tradição e a mo-dernidade do Alentejo, provando que o que é tradicional pode ser moda e que fora dos grandes centros de turismo se podem encontrar lugares especiais.

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Na região Oeste está situada a segunda maior cidade do distrito de Leiria, abrangendo um total de 255,69 km2. Caldas da Rainha, que se divide em doze freguesias, concilia diver-sas características únicas que elevam a cidade. Um exemplo disto é a realização do único mercado diário hortofrutícola ao ar livre em Portugal, realizado na Praça da República, conhecida como a Praça da Fruta. Esta prática mantem-se inalterável desde o final do século XIX.Em termos culturais, Caldas da Rainha é fértil em museus como o Atelier – Museu Antó-nio Duarte, o Museu Barata Feyo e a Casa Museu São Rafael. No que diz respeito à arqui-tetura religiosa, a Ermida de São Sebastião, que se encontra adjacente à Praça de Repú-blica, destaca-se pelos lindíssimos painéis de azulejos setecentistas. Contudo, a Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, que apresenta um estilo tardo-gótico, não lhe fica nada atrás.Relativamente à gastronomia, a cidade orgulha-se em alguns produtos que espelham a identidade caldense. Destacada pelas trouxas-de-ovos, pelas cavacas, pela lampreia de ovos e pelos beijinhos, Caldas da Rainha mostra ser um destino apropriado para os apaixonados por doçuras. Todavia, é possível satisfazer os desejos gastronómicos de to-dos, uma vez que a variedade é enorme. Outros pratos de qualidade exímia que deliciam todos são o Ensopado de Enguias da Lagoa, o Bacalhau à Lagareiro, o Polvo à Lagareiro e as Fatias de Carne Frita à Moda do Landal.

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CALDAS DA RAINHA

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HISTÓRIA, TRADIÇÃO E ARTE

Inserido no distrito de Leiria, e integrado na Comunidade Intermunicipal do Oeste, o concelho de Caldas da Rainha reúne cerca de 53 mil habitantes, propagados por uma área de aproximadamente 255 km2. Situado junto à costa, em pleno centro de Portugal, este é um território “maioritariamente dedicado ao comércio e serviços”, contando, toda-via, com “muita tradição na indústria cerâmica”, pese embora a recente consolidação de muitas atividades ligadas ao setor agrícola, como “a produção de morangos, pera e maçã”.Assumindo a sua “grande tradição termal”, Caldas da Rainha é um concelho que “sempre se habituou a acolher pessoas” e que se distingue pelo seu carácter hospitaleiro, mas não só. “A cultura, a educação, o desporto e as artes são algumas das nossas principais carac-terísticas”, introduz o presidente da Câmara Municipal, Fernando Tinta Ferreira, antes de salientar que esta corresponde a uma das cidades “com um bom poder de compra a nível regional”.

Turismo para todos os gostosEsta multiplicidade de características reflete-se, por seu turno, numa diversidade de irrecusáveis propostas turísticas a quem se encontrar de visita às Caldas da Rainha. Entre os ex-líbris do concelho inclui-se a Praça da Fruta, “um mercado ao ar livre que funciona todos os dias e que atrai muitos portugueses e estrangeiros”, destaca Tinta Ferrei-ra. De facto, “não é possível vir às Caldas da Rainha sem passar pelo comércio tradicional”, que se pode descrever como “um autêntico centro comercial a céu aberto”.Já para quem preferir o apelo da tranquilidade, nada como um passeio pela beleza na-tural da Mata Rainha D. Leonor e o Parque D. Carlos I que, pelas suas características,

Em declarações à Portugal em Destaque, o presidente da Câmara Muni-cipal de Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, apresenta-nos a riqueza de um concelho que se tem vindo a afirmar em múltiplas frentes: do turismo à cultura, da cerâmica às termas.

MUNICÍPIO DE CALDAS DA RAINHA

“é um elemento de bem-estar e lazer muito interessante”. Recentemente concessiona-do ao município, este é um espaço que tem vindo a conhecer “uma utilização diferente e um cuidado maior”, consolidando-se o seu fator de atratividade. Efetivamente agen-dado para o mês de agosto está o regresso da Feira Nacional de Hortofruticultura das Caldas da Rainha, que voltará a ser realizada no Parque D. Carlos I, restau-rando-se a “antiga tradição”.Os maiores apreciadores da época bal-near encontrarão, entretanto, argumen-tos de peso na Praia da Foz do Arelho ou na Lagoa de Óbidos, “tão interessantes do ponto de vista da paisagem e da prática de desportos náuticos como o kitesurf, a vela e o windsurf”, explica o presidente da Câma-ra Municipal. Acrescente-se que estas são praias continuadamente galardoadas com o estatuto de bandeira azul.

FERNANDO TINTA FERREIRA

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Arte e culturaParalelamente ao seu forte potencial turístico, Caldas da Rainha é um município que cativa também pelos argumentos culturais e oferta museológica. Dignos de destaque são, por exemplo, o Mu-seu José Malhoa (que contém “peças muito interessantes ao nível da pintura, escultura e cerâmica”), mas também o Atelier-Museu António Duarte, o Atelier-Museu João Fragoso ou o Museu Barata Feyo. Já com abertura agendada para breve está o Mu-seu Leopoldo de Almeida, cujo funcionamento contribuirá para fazer com que no município se situe “o principal núcleo museoló-gico de escultura em pedra do século XX”.Argumentos como este fazem crer que este é um município “muito bem servido a nível museológico, para além de termos um ex-celente Centro Cultural, que permite a organização de muitos even-tos, espetáculos e exposições”. A estes acrescenta-se, de resto, uma miríade de outras ações culturais, nomeadamente nas áreas da gastronomia ou da música.

Um executivo atentoEntre os grandes projetos-bandeira que têm caracterizado a atuação do executivo liderado por Tinta Ferreira encontra-se a aposta nas obras de reabilitação urbana, “que eram necessárias e que contribuíram para uma cidade mais acolhedora e amiga da coa-bitação entre o peão e o automóvel”, defende. Ainda a seu ver, esta correspondeu a uma “remodelação” que “tem contribuído para au-mentar bastante a capacidade de deslocação de pessoas” ao muni-cípio, fator comprovado pelo “aumento muito exponencial sentido no número de dormidas”.Em consonância com esse projeto, outras das prioridades do atual executivo tem sido “a promoção da atividade cerâmica e da arte” que tanto contribuem para definir as Caldas da Rainha. Foi neste âmbito criada a Rota Bordalliana, “uma inovação interes-sante”, através da qual se propagaram, pelos diversos pontos da cidade, peças artísticas em tamanho gigante de Bordallo Pinhei-ro.

A luta pelo património termal“Apostámos na reabilitação e na promoção da arte e outros eventos, mas o nosso principal desafio é a reabertura do Hospital Termal das

Caldas da Rainha”, afirma o nosso interlocutor. “Nos últimos 30 anos foi-se assistindo a uma diminuição do investimento do Estado no nosso património termal, o que originou alguma degradação e a suspensão pontual das atividades do hospital”, lamenta. Após a suspensão dos tratamentos termais dentro desta unidade hospitalar, “protestámos e procurámos influenciar a administração central no sentido de fazer o investimento mas tal não aconteceu”, recorda o autarca. Não houve outra alternativa senão iniciar um conjunto de ações que acabaram por se traduzir na concessão do património termal ao município. “Sabíamos que estávamos a abraçar um desafio enorme, mas os caldenses estão dispostos a in-vestir naquilo que é a sua origem e a sua história”, assegura Tinta Ferreira, numa alusão a um elemento que – recebendo o investi-mento certo – se poderá traduzir em mais um “fator alavancador” para o turismo, na região e no país.De facto, é expectativa do executivo reabrir o Hospital Termal já no próximo ano. “Essa é claramente a nossa principal aposta. Se conseguirmos reabri-lo e criar condições para o seu funcionamento, estou convencido de que isso será um contributo muito importante para o nosso comércio, para o emprego e para o orgulho de Caldas da Rainha, ou não fosse o património termal outros dos grandes símbolos de um concelho que, continuadamente, tem vindo a con-solidar o seu estatuto de referência e exemplo para o resto do país”.

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UMA VILA ÍMPAR

Situada no concelho de Caldas da Rainha, Santa Catarina é uma freguesia com cerca de 3.000 habitantes propagados por uma área de 19.2 km2, que encontra na cutelaria “uma atividade que a diferencia no país e em grande parte do mundo”. Empregando cerca de 500 pessoas, esta corresponde, nas palavras do presidente da Junta de Freguesia, a uma “atividade fundamental” que, ao longo dos anos, tem cimentado o estatuto de “re-ferência” que caracteriza a vila. Ressalve-se, todavia, que o motor económico de Santa Catarina se expressa ainda em áreas como a agricultura, a pecuária, a construção civil ou a marroquinaria, embora também em termos associativos esta se afirme como uma freguesia ativa e exemplar. Basta salientar que, a par das diversas associações culturais e desportivas com sede na vila, a Sociedade Filarmónica Catarinense corresponde à instituição mais antiga de todo o concelho.

Pontos de passagem“História” corresponde, de facto, a uma palavra que nos acompanha pelo património mais belo e emblemático da freguesia, como a Igreja Matriz, o Solar ou o Pelourinho de Santa Catarina. Já para quem preferir a calma da natureza, nada como uma visita pelo belíssimo Jardim da Vila. Outro destaque vai para o Castro de Santa Catarina. “Já fize-mos trabalhos de escavação arqueológica, através dos quais foram encontrados artefactos da Idade do Ferro e do Bronze”, explica Rui Rocha, que lamenta, no entanto, “a falta de mais apoios para a exploração”.

Um grande esforçoAtualmente no segundo mandato, Rui Rocha está ao leme de “uma das freguesias com mais infraestruturas” a nível desportivo e social. “Temos dois pavilhões gimnodesportivos, um polidesportivo, piscinas municipais e um campo de futebol sintético”, exemplifica. Por outro lado, “temos também um lar de idosos, um centro de dia e três estabelecimentos de

Em entrevista à Portugal em Destaque, Rui Rocha apresenta-nos a fregue-sia de Santa Catarina, enfatizando o património histórico, a riqueza das infraestruturas e a celebração do 25º aniversário da sua reelevação a vila.

JUNTA DE FREGUESIA DE SANTA CATARINA

ensino pré-escolar”, aos quais se acrescenta uma escola que leciona até ao 3º ciclo de ensino. Já a fim de atender às necessidades da po-pulação, existe um centro de saúde e uma farmácia que funcionam a tempo inteiro, cinco dias por semana. “Penso que temos feito um excelente trabalho, pois manter um centro de saúde obriga-nos a um grande es-forço”, confessa. Algumas das outras prio-ridades assumidas pelo executivo incluem a elaboração de uma rotunda, bem como o “grande reforço” feito na sinalização e toponímia da vila. Também digna de des-taque foi a aquisição de um terreno para a construção de uma habitação jovem, com o intuito de incentivar a fixação de popu-lação.

Um aniversário especialA combinação de todos estes elementos bastaria para congratular a riqueza cultu-ral, económica e social de Santa Catarina. Mas a eles acrescente-se o facto de, neste ano, se celebrar o 25º aniversário da ree-levação do território a vila. “A nossa fre-guesia já foi sede de concelho, depois pas-sámos a vila e deixámos de o ser. Recuperar esse grande estatuto e poder comemorar 25 anos é um grande gosto e uma enorme ale-gria”, confessa o presidente.O programa para o aniversário – a cele-brar-se entre os dias 14 e 16 de agosto – está decidido: “Vamos ter comemorações com as quais pretendemos juntar toda a população, através de várias atividades”, entre as quais se incluirão a atuação da banda filarmónica e do rancho folclórico, bem como eventos de natureza desporti-va, social e cultural, ao longo “de três dias cheios de atividades”. Está feito, por isso, o convite.

RUI ROCHA

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AO SERVIÇO DO CORPO E DA MENTE

A clínica pode ser um estabelecimento recente, uma vez que abriu em novembro de 2015. Contudo, a qualidade dos seus profissionais tem permitido chegar a um patamar de excelência. Em conversa com a nossa revista, Filipa Santos explicou o que levou ao aparecimento desta empre-sa. “O nosso foco é especialmente os trata-mentos de corpo sempre associados à saúde e ao bem-estar e os tratamentos de rosto. Contudo, também temos fotodepilação”, começou por afirmar. “O corpo é uma das áreas em que trabalhamos mais, porque temos um background de suporte muito maior. O objetivo é conseguir trabalhar com a população que tem algumas problemáti-cas. Estamos numa era de fitness, em que a nossa imagem é o nosso cartão-de-visita”.Relativamente aos serviços disponibiliza-dos, Filipa Santos aponta a fotodepilação como um dos mais procurados. Contudo, existem outros que merecem destaque. “Os tratamentos de corpo mais procurados são os tratamentos de gordura localizado, de celulite e de pessoas que querem perder peso. Em termos do rosto, as senhoras, quando chegam aos 40 anos, começam a ver coisas no rosto que não gostam. Trabalhamos tam-bém com maquilhagem profissional. É uma área muito procurada. Temos uma maquil-hadora profissional que faz esses trabalhos”.Apesar da formação em psicologia, Fili-pa Santos acabou por singrar numa área distinta. Todavia, no seu início de carrei-ra na estética percebeu que se tratam de dois mundos que podem ser conciliados. “Comecei perceber que em Portugal, no con-texto em que estamos, poderia ser muito in-teressante poder introduzir determinados ti-pos de contextos que a psicologia e as nossas teorias cognitivas têm. Temos uma taxa de

Situada nas Caldas da Rainha, a Clínica Bio Spa é um espaço que trabalha para melhorar a qualidade de vida dos seus clientes. Através de diversas metodologias, os profissionais desta casa procuram melhorar tanto o cor-po, como a mente de todos os interessados.

CLÍNICA BIO SPA

população depressiva muito elevada. E, para levar uma pessoa depressiva a um psicólo-go ou a um psiquiatra é complicado, porque temos isto rotulado. A sociedade condena essas pessoas”, lamentou. Contudo, uma solução foi prontamente apresentada. “Aqui, de uma forma muito camuflada, nós resolvemos isso. Mais de 80 por cento das nossas clientes tinham efetivamente algu-mas agilizações. Ou seja, a não-aceitação do seu eu era visível. Por exemplo, uma gordura acumulada, o excesso de peso ou a obesidade é muita das vezes uma negação do próprio corpo que se tem”.Assim, todas as clientes da clínica têm a oportunidade de cuidar, não só o corpo, mas também o mente. “Tratar o corpo também é tratar a mente. O equilíbrio mente corpo não só é fundamental como é o pre-tendido”.Com um profissionalismo muito acima da média, os profissionais da Clínica Bio Spa têm conseguidos excelentes resultados. Uma vez que a principal preocupação da casa é o bem-estar dos clientes, não há restrições a nível económico. Uma vez que querem alterar a mentalidade das pessoas, não será pelas dificuldades eco-nómicas que o cliente não terá um trata-mento de qualidade. “Os resultados existem sempre”, garante Filipa Santos.Uma vez que a qualidade, o profissiona-lismo e a motivação da Clínica Bio Spa são garantias deixadas por Filipa Santos, o futuro da mesma só poderá ser brilhante. Com uma carteira de clientes que se es-tende desde Alcobaça até à zona do Bom-barral, as expetativas são as melhores. É desejo da casa expandir o negócio por todo o país, apesar da linha de pensamen-to atual ser de consolidar o projeto.

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RUA PÊRO VAZ DE CAMINHA, Nº.11TELEFONE: +351 262 838 435

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ORIGINALIDADE, DIFERENCIAÇÃO E PROXIMIDADE

Após vários anos dedicados à ótica como colaboradoras, Luísa Ferreira e Mafalda Lourenço, técnicas de ótica ocular, decidi-ram lançar-se no ramo por conta própria, projetanto um novo espaço, que contribuísse para o surgir de um novo conceito de ótica nas Caldas da Rainha, como começa por explicar a entre-vista Mafalda Lourenço, “dedidimos colocar as nossas ideias em prática, já trabalhávamos por conta de outrém há algum tem-po, o que nos deu bastante experiência, entretanto, surgiu a oportunidade de criarmos um projeto à nossa medida”. Quanto à escolha do local a interlocutora revela que se “deveu ao facto de ficarmos retiradas do centro, aproveitando esta zona da cida-

De portas abertas desde novembro do ano passado, a Ótica do Largo reúne a experiência de quase duas dé-cadas no setor a um serviço inovador que aposta na di-ferenciação e proximidade, proporcionando ao cliente um atendimento de excelência. Fomos conhecer o es-paço situado no renovado Largo das Caldas da Rainha, em frente à Câmara Municipal.

ÓPTICA DO LARGO

de restaurada há um ano. Assim, contribuímos também para a dinamização deste local. Estamos bem localizadas, numa zona visível de fácil acesso, um espaço acolhedor com muita luz na-tural”. Questionada sobre o que diferencia a Ótica do Largo das restantes já existentes na região, a técnica de ótica ocular explica ter sido “necessário estabeler uma segmentação e diferenciação, relativamente ao que já existia. Se todos tivermos o mesmo, a mesma oferta de produto, é mais do mesmo. A nossa ideia foi iniciar um projeto abandonado o registo de mercado que prati-cávamos até então. Atualmente, oferecemos um novo conceito e estamos confortáveis, está a correr bem”, ressalva. A Ótica do

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Largo procurou inovar através da oferta de marcas, até então inexistentes na região das Caldas da Rainha, como a “Miu Miu que se destina a um segmento de mercado muito distinto. De-pois, temos uma marca que foi lançada pela primeira vez, em parceria com a Ótica do Largo, a linha LA – Liliana Alves, que conjuga joalharia com a parte ótica, quer em receituário quer em óculos de sol. Apostamos também em todas as edições especiais da Dior e Prada, uma vez que, hoje em dia, há quem use óculos e procure algo que os distingua dos restantes, seja pela cor ou pelo design”, revela Mafalda Lourenço, evidenciando a preocupação da Ótica do Largo em acompanhar as várias tendências do setor. Numa outra vertente, a parceria existente com a clínica situada ao lado das instalações da ótica é uma mais-valia, já que “realiza todas as tardes consultas de oftalmologia, disponibilizando tam-bém uma enorme gama de exames complementares que muitas vezes representam a diferença”, evidencia. A sustentablidade do negócio passa por um serviço de proximidade, baseado na qualidade onde a fidelização dos clientes é crucial. De forma a garantir um atendimento eficiente, a equipa da Ótica do Largo participa em “formações na área, mesmo a nível técnico, ações anuais de atualização com a duração de três meses, em horário pós-laboral. Tentamos sempre estar o mais preparadas possível, tanto na parte estética como técnica, deve existir a ligação per-feita entre a escolha da peça e a boa execução, para que o cliente fique satisfeito. Trabalhamos também em estreita parceria com a Essilor, fazemos questão de estar atualizadas sobre todas as novidades lançadas pela fabricante para o mercado”, explica Ma-falda Lourenço. Tendo em conta a vasta experiência no ramo, a interlocutora considera que com a crise que afetou o país, no-tou-se um abrandamento no setor, contudo, cuidar dos olhos é fundamental e, por isso, a entrevistada deixa alguns conselhos importantes: “Estamos na geração da informática, dos aparelhos tecnológicos e os nossos olhos estão cada vez mais expostos. Nos adultos é importante frequentar consultas de rotina a cada dois anos. Nas crianças, se não existirem problemas antes da entrada

para a escola, devem fazer uma consulta nesta altura, por norma os pediatras já estão sensibilizados para esta questão. Um outro alerta importante: banalizou-se o uso de óculos de sol sem qual-quer proteção. Existem óculos de sol à venda, desde a estação de abastecimento ao hipermercado, peças que são um verdadeiro crime visual. Deve usar-se óculos de sol cada vez mais cedo, de forma a proteger os olhos dos raios nocivos. Os óculos de sol dis-poníveis nas óticas são oftalmicamente corretos, as lentes têm normas de fabrico que têm de ser cumpridas”, destaca a técnica de ótica ocular. A Ótica do Largo pretende continuar a seguir o caminho traçado até aqui, o futuro passa por “ estar também na vanguarda da tecnologia em termos técnicos, estamos equipadas com o que de melhor existe em termos de máquinas de corte, permitindo uma melhor resolução dos problemas do cliente. O nosso caminho é inovar, através do lançamento de grandes mar-cas e com a aposta em criações originais, em parceria com joal-heiros e designers, tentaremos sempre efetuar uma renovação no nosso leque de oferta”, finaliza Mafalda Lourenço.

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CONFORTO, PROFISSIONALISMO E DEDICAÇÃO

A NOBREVET – Hospital Veterinário das Caldas da Rainha é já uma referência na região. Como e quando surgiu este projeto?A Nobrevet - Hospital Veterinário das Caldas da Rainha, abriu em dezembro de 2008. Existia a vontade de marcar a diferença, de oferecer à população local um serviço que era inexistente, como o serviço de atendimento permanente de 24 horas. Permi-timos assim que qualquer animal pudesse ter cuidados médicos todos os dias, a qualquer hora, independentemente de ser feria-do, Natal ou passagem de ano. Os animais não escolhem hora para ficarem doentes!

O Hospital Veterinário Nobrevet está ao seu dispor 24 horas por dia, 7 dias por semana, com um serviço mé-dico permanente, urgências e cuidados intensivos. Con-versamos com Joana Nobre, diretora clínica da Nobre-vet – Hospital Veterinário das Caldas da Rainha.

NOBREVET

O trabalho da NOBREVET é baseado no profissionalismo, dedi-cação e empenho. Assim sendo quais os serviços que prestam? Como caracteriza a equipa?São vários os serviços que prestamos, desde a medicina de pre-venção (vacinação, desparasitação), domicílios (com apoio de uma ambulância), internamento (com acompanhamento médico 24 horas), cirurgia geral, cirurgia ortopédica, cirurgia oftálmica, raio-x, ECG, ecografia, ecocardiografia e análises clínicas. Temos uma equipa composta por seis médicos veterinários, uma enfer-meira veterinária e duas auxiliares veterinárias. É uma equipa dinâmica com muita capacidade de trabalho e com uma enorme paixão pelo que faz.

Quais consideram ser os fatores que distinguem o vosso trabal-ho, quais são as mais-valias que apresentam?A capacidade de resposta às necessidades dos nossos clientes, o atendimento personalizado, a dedicação e a experiência. No fundo, tudo o que se consegue oferecer quando existe um verda-deiro trabalho de equipa.

Tendo em conta que grande parte dos portugueses opta por ter cão ou gato em casa, o que aconselha aos donos? Quais as regras fundamentais que devem seguir?Antes de se adquirir um animal temos que realmente pensar se temos possibilidades. Quando falo em possibilidades não falo

JOANA NOBRE

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apenas em possibilidades económicas, falo em disposição, tempo e por vezes também espaço físico.Temos que pensar a longo prazo. Feliz-mente os nossos animais de companhia têm uma esperança média de vida cada vez maior. Um cão ou um gato pode che-gar a viver 18 ou 20 anos! São, de facto, um companheiro para a vida. Durante essa longa vida e por mais saudável que seja o animal, é normal que precise, para além das vacinas, desparasitações e ali-mentação, de alguns cuidados médicos que têm obviamente custos associados. Para além disso temos que pensar que um animal precisa de companhia, de passear e ser ensinado. Numa sociedade em que vivemos sem tempo, é fácil encontrarmos animais negligenciados e abandonados.Para termos um animal é fundamental pensar para além da emoção de ir buscar a mascote. É preciso pensar que apesar de eles não nos pedirem muito em troca, que merecem todos os nossos cuidados e que dependem inteiramente de nós.

Tendo em conta todo o empenho e dedi-cação que tornaram o NOBREVET numa referência quais são as perspetivas e pro-jetos de futuro?Queremos continuar a oferecer um ser-viço de excelência aos nossos clientes. Para isso, é fundamental continuarmos a apostar na formação, nas várias áreas da medicina veterinária. Continuamos tam-bém a investir em equipamento médico, uma vez só assim podemos acompanhar os avanços da medicina. Não podia deixar de referir um dos gran-des passos que demos este ano ao nos tor-narmos o único posto de Banco de Sangue Animal na zona das Caldas da Rainha. Este compromisso permite que qualquer centro veterinário da região tenha acesso imediato a unidades de sangue, no caso de haver uma necessidade de transfusão urgente.Sem dúvida que as novas tecnologias são o futuro. Temos apostado também nas redes sociais e aplicações que facilitam o contacto e proximidade com o cliente. É possível encontrar o nosso hospital e es-tar a par de todas as novidades e infor-mações no Facebook, Google+, Instagram, e na nova aplicação ‘Petable’.

Perfil de Joana Nobre- Diretora Clínica da Nobrevet - Hospital Veterinário das Caldas da Rainha- Licenciada em Medicina Veterinária pela Universidade Vasco da Gama de Coimbra- Formada em Cirurgia de Tecidos Moles pela Universidade Autónoma de Barcelo-na- Pós-Graduada em Small Animal Practice pela ESAVS- Pós-Graduada em Cirurgia Ortopédica e Neurológica de Animais de Companhia pela Universidade Lusófona- Formada em Ecografia Abdominal e Ecocardiografia pela European School for Advanced Veterinary Studies

RUA RAMIRO FIGUEIREDO DOS SANTOS, LOTE 10 Nº4, R/C

2500 CALDAS DA RAINHATELEFONE: +351 262 840 015

E-MAIL: [email protected]

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PALADARES DA GASTRONOMIA TRADICIONAL NO CORAÇÃO DA FOZ DO ARELHO

Este negócio familiar começou com um pequeno espaço onde se dedicavam apenas à confeção de alguns petiscos. Pouco depois, abrem o restaurante no edifício adjacente e atualmente, depois de mais um alargamento e inclusão de um novo espaço, têm uma agradável esplanada virada para a nacional 360. A proprietária mostra-se satisfeita com as sucessivas alterações. “Neste momen-to, o restaurante tem mais visibilidade, antes ficava muito escondido, o que era uma desvantagem competitiva.” Da decoração atual, são de destacar a combinação dos estilos tradicional e moderno, que o tornam atual e acolhedor, e os agradáveis espaços exteriores.Com uma vasta experiência na cozinha, Celeste Gomes é mestre na confeção da gastronomia tradicional portuguesa, bem como de alguns pratos de comida africana. Natural de Angola, a pro-prietária e cozinheira do Távola tem vindo a fazer as delícias de quem a visita. “Temos dois ou três pratos mais internacionais, como a moamba de galinha e o caril, mas maioritariamente servimos pratos tradicionais portugueses, confecionados muitos deles com produtos locais ou do concelho”. Da ementa consta uma grande variedade de pratos, desde os mais elaborados aos mais simples.

Com cerca de 18 anos de funcionamento, o Restaurante Távola situa-se na vila da Foz do Arelho e tem vindo a ser premiado pela arte de bem servir. Em entrevista à Portugal em Destaque, Alberto e Celeste Cerqueira Gomes, proprietários do estabelecimento, contam-nos como surgiu este projeto, como evoluiu ao longo dos anos e as suas expectativas relativamente ao futuro do negócio.

TÁVOLA RESTAURANTE

“As cataplanas, as amêijoas e o arroz de marisco são muito solicita-dos mas continuamos a ser muito procurados pelo polvo na brasa com migas”. Dotada de um espírito jovem e dinâmico, a entrevis-tada admite que a qualidade dos seus produtos é a chave para o sucesso. “Apostamos na qualidade acima de tudo. É preciso ter um cuidado especial com a seleção da carne, do peixe e dos mariscos. Se as pessoas forem bem servidas e bem atendidas, voltam! Mas é necessário estarmos sempre atentos às novas exigências do merca-do”. Com muito trabalho e dedicação, têm resistido à crise e têm vindo a distinguir-se dos demais. Alberto Cerqueira Gomes ad-mite que são precisas muitas horas de trabalho para manter um negócio na área da restauração. “Não é fácil aguentar um negócio nesta área, é preciso muita dedicação e espírito de sacrifício”. O futuro do Távola passa, agora, pela continuidade do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por esta família e pelos res-tantes elementos da equipa num incansável esforço na procura da satisfação dos seus clientes e do crescimento do negócio. Há 18 anos a aperfeiçoar a arte de bem servir, a família Cerqueira Gomes deixa uma mensagem para os mais curiosos. “Venham conhecer a casa e provar os nossos pratos. Certamente não se vão arrepender”, conclui.

RUA FRANCISCO ALMEIDA GRANDELA Nº135 ATELEFONE: +351 262 979 676

WWW.FACEBOOK.COM/RESTAURANTETAVOLA

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QUALIDADE,ORIGINALIDADE E HAMBÚRGUERES ARTESANAIS

Residentes nas Caldas da Rainha, o casal de contabilistas certi-ficados de formação decidiram abraçar um projeto gastronómi-co. Após estudos de mercado rigorosos, conseguiram conciliar o gosto por hambúrgueres artesanais com o desejo ter um res-taurante próprio. Assim sendo, nasceu a ‘Hamburgueria A Casa do Bingre’. De forma a desmistificar o hambúrguer e ganhar a confiança dos clientes, o casal fez questão de ter uma cozinha aberta, para todos verem todo o processo, “desde que o chef pega na carne até chegar ao cliente”.Em conversa com a Portugal em Destaque, Dinamene Benja-mim explicou como surgiu esta ideia. “Éramos consumidores e deslocávamo-nos para consumir hambúrguer artesanais de quali-dade. Então pensamos: porque não proporcionar o mesmo serviço aos nossos amigos e clientes? A ideia começou um bocadinho por aí, como consumidores fomos absorvendo um pouco do know how das hamburguerias artesanais de referência do país, juntamos o nosso toque e gosto pessoal, dando toda a preferência aos produtos da região, criando assim um novo espaço a ‘Hamburgueria A Casa do Bingre’”.Para produzir pratos como o hambúrguer de Bacon e Ovo e o de Cogumelos, dois ex-libris da casa, o casal optou por utilizar somente produtos da região, a fim de os promover e assegurar a qualidade do hambúrguer. “Só consumimos produtos da região. Para assegurar a sua frescura, todos os dias vamos a fornecedores da região. Não temos armazenamento. Vamos lá de manhã e à tar-de, de acordo com a necessidade. A carne sendo o ingrediente mais importante é adquirido num talho de referência da zona em que apenas se utilizam peças nobres do novilho, tais como vazia, alca-tra, acém e pojadouro. O pão foi desenvolvido especificamente para cada hambúrguer. Por exemplo, o menu das crianças tem um pão mais pequeno e menos massudo. Temos um pão que também foi desenvolvido de propósito para as tostas, pregos e bifanas”, afirmou

Em Caldas da Rainha existe um espaço gastronómico capaz de conciliar a originalidade com a qualidade do produto. Trata-se da ‘Hamburgueria A Casa do Bingre’, uma hamburgueria que nasceu no final do ano passa-do, fruto de um desejo pessoal de Hugo Bingre e Dina-mene Benjamim.

HAMBURGUERIA A CASA DO BINGRE

Hugo Bingre. Também as batatas merecem toda a atenção, pois são batatas caseiras descascadas e cortadas manualmente pelos funcionários diariamente e fritas no ponto certo.Contudo, de forma a manter a originalidade e a diversidade dos produtos, a Hamburgueria ‘A Casa do Bingre’ não admite um clima de estagnação em relação à oferta. “Todos os meses temos o hambúrguer do mês. O próximo hambúrguer vai ser o de coelho, uma combinação improvável. Já tivemos outras combinações impro-váveis como o hambúrguer de bacalhau, de sardinha, de camarão… que foram um sucesso, as pessoas gostam imenso”, orgulhou-se Hugo, enquanto falava de outro produto com muita saída: o ve-getariano. “Os legumes também são da região Oeste”.Para acompanhar estas iguarias, a ‘Hamburgueria ACasa do Bingre’ tem um leque de bebidas caseiras que dispensam apre-sentação. “As nossas bebidas são feitas cá, sendo que a nossa espe-cialidade é a sangria. As pessoas adoram a nossa sangria. Nos sumos temos a laranjada e uma criação nossa a que chamamos ‘ananazada’ (de ananás). É tudo feito aqui e com frutos naturais. Tentamos ser o mais simples possível e originais, para além de termos sempre em conta o que os nossos clientes nos pedem”, explicou Dinamene. Com uma decoração digna do sucesso que a casa tem sentido, o cliente apenas tem de esperar dez minutos para saborear os hambúrgueres tradicionais. Para dar resposta a toda a procura, a ‘Hamburgueria A Casa do Bingre’ pretende abrir em breve uma nova sala.

AVENIDA PRIMEIRO DE MAIO, Nº16, LOJA CTELEFONE: +351 961 215 535 | 262 836 086

WWW.FACEBOOK.COM/HAMBURGUERIAACASADOBINGREWWW.ACASADOBINGRE.COM

DINAMENE BENJAMIM E HUGO BINGRE

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AVEIROConsiderada a Veneza portuguesa, Aveiro é uma cidade única em território nacional. Apesar de ser um destino banhado pelo turismo, também é um importante centro urbano, portuário, ferroviário e universitário.Segundo reza a história, o nome da cidade provem das numerosas aves palmípedes existentes na área. Originalmente, Aveiro terá sido denominado como Aviarium. Em termos de cartões-de-visita da cidade, a Ria e a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto são pontos de interesse que não podem passar despercebidos. A primeira é rica em peixes e aves aquá-ticas. Apesar de ter vindo a perder a importância que tinha na economia aveirense, a produção de dal continua a ser uma das atividades tradicionais que se mantém e que enche de orgulho a população aveirense. Em termos turísticos, a Ria de Aveiro é de grande relevância. Os seus barcos característicos, chamados de moliceiros, percorrem toda a extensão do canal durante viagens de cerca 45 minutos, que permitem visualizar a cidade de uma forma única.No que diz respeito à gastronomia, a melhor forma de a classificar será como rica e variada. As cal-deiradas de enguias, a raia em molho de pitau, as enguias de escabeche, as espetadas de mexilhão são alguns pratos que espelham as mais diversas características da cidade. A maioria das iguarias aveirenses têm como base a ria ou o mar, dando sempre destaque à frescura dos produtos da re-gião. Obviamente que, em termos de doçuras, os ovos moles de Aveiro são o símbolo da cidade por excelência, conquistando todos os portugueses com as folhas de hóstia em forma ameijoas, peixes e conchas e o delicioso recheio de doce de ovos.Relativamente aos principais pontos de interesse da cidade, não poderá de deixar de visitar o famo-so Mercado do Peixe, um local que abriga os melhores restaurantes de marisco de Aveiro. A Igreja da Misericórdia, um exemplo da arquitetura religiosa do distrito, o Convento de Jesus, fundado no século XV e o Parque Infante D. Pedro, local ideal para uma tarde de tranquilidade são mais três lugares a não perder em Aveiro.

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SERVIÇOS COMPLETOS E DE QUALIDADE

Começou com uma conversa entre amigos e depressa se tornou em realidade o projeto que hoje se encontra espalhado um pou-co por todo o mundo, como por exemplo: Angola, Moçambique, República do Congo, Marrocos, França, Inglaterra e Suíça. No que diz respeito aos serviços prestados, a Prozinco, atualmente, opera em diversas áreas de atividade, nomeadamente: proteção anticorrosiva, construção metalomecânica, construção civil, re-qualificação de garrafas GPL e aluguer de gruas e retroescavado-ras. Manuel Matos explicou a crescente expansão da Prozinco e justificou-a com a necessidade de responder aos inúmeros pedi-dos dos seus clientes. “Fomos crescendo devido à necessidade, por-que os clientes pediam cada vez mais trabalho e isso era um convite à ampliação. A aposta na construção civil surgiu precisamente porque percebemos que prestar um serviço chave-na-mão, ou seja, uma obra completa desde a decapagem à pintura, passando pela metalo-mecânica e construção é, cada vez mais, um bom negócio. O nosso maior volume de produção corresponde à área da metalomecânica mas também temos apostado muito na requalificação de garrafas de gás. Neste momento nós estamos a certificar, diariamente, entre cin-co a seis mil garrafas GPL”, afirmou o empresário.A inovação em equipamentos de produção bem como a for-mação dos funcionários não são descuradas pela administração.

Denomina-se Prozinco – Construção e Manutenção, SA., ocupa uma área de mais de 85.000m2, tem sede em Estarreja e emprega mais de 300 funcionários. Es-tivemos à conversa com Manuel Matos, gerente e pro-prietário, que nos revelou qual o segredo do sucesso desta empresa bem como a sua opinião sobre o estado empresarial em Portugal.

PROZINCO

“Nós estamos muito bem equipados e damos formação técnica e de segurança aos nossos funcionários. Saliento que quase todas as áreas de atividade que realizamos são certificadas”, garantiu o pre-sidente do Conselho de Administração da Prozinco, dando a en-tender que o segredo do seu sucesso se deve precisamente à sua forma de atuar. “Felizmente, em Portugal, ainda existem boas em-presas. Nesta área salvam-se aqueles que enveredam pela qualidade, pela produtividade e que são competitivos e nós diferenciamo-nos precisamente pela nossa preocupação em sermos competitivos. Graças a isso, posso dizer que aqui não sentimos a crise. Estamos em crescimento e sempre com capitais próprios. Nos últimos quatro anos a nossa faturação cresceu na ordem dos oito e os 14 por cento”, concluiu.Sendo um negócio familiar, Manuel Matos confidenciou à Portu-gal em Destaque que tem os seus dois filhos e um genro a trabal-har consigo na Prozinco e que serão eles que darão continuidade a este projeto. Relativamente ao futuro, mostrou-se contido e ponderado. “O nosso plano é crescer de acordo com a passada que pudermos dar. Queremos ter, portanto, um crescimento sustentado. A verdade é que, dentro daquilo que nós já produzimos, ainda há por onde crescer e se aparecerem novas oportunidades nós iremos estudá-las e abraçá-las” finalizou o nosso entrevistado.

MANUEL MATOS

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ONDE O MAR SE ENCONTRA COM A TERRA...

Aberta há 80 anos, a Marisqueira é a casa mais antiga da Cos-ta Nova, apresentando uma filosofia de bem receber a todos os que a visitam, bem como uma viagem de sensações pelos gostos e sabores tradicionais da região. O cardápio do restaurante é o resultado de uma confeção onde a imaginação e a arte de bem cozinhar proporcionam sensações únicas ao palato.Numa visita à região de Aveiro, uma das paragens obrigatórias é o Restaurante Marisqueira da Costa Nova, espaço gastronómico por excelência, ideal para se deleitar com as especialidades da região, cujo anfitrião, Venâncio Otero, nos recebe com grande simpatia e com um olhar atento a cada pormenor, para que cada refeição se torne num momento único e inesquecível.Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Venâncio Otero revela-nos um pouco da essência da Marisqueira da Costa Nova, salientando que o restaurante nasceu pelas mãos do seu avô, tendo passado depois para seu pai e agora está na terceira ge-ração há 35 anos. Com mais de 80 anos de história, a Marisqueira da Costa Nova foi renovada há cerca de 15 anos, tornando este espaço gastro-nómico mais moderno e contemporâneo. O seu serviço baseia-se em mariscos e peixes e em tudo o que tenha a ver com o mar e a ria, aproveitando toda a envolvência e características da região. “A nossa filosofia baseia-se no trabalho diário, estamos sempre aber-tos, o que acaba por criar uma relação muito próxima com os nossos clientes”, considera Venâncio Otero.Inserida numa zona turística por excelência, a Marisqueira da Costa Nova tem conseguido um crescimento significativo, atra-indo e fidelizando os seus clientes com as suas propostas gastro-nómicas e arte de bem servir. As especialidades apresentadas são sem dúvida os peixes e ma-riscos, dos quais destacamos as enguias, o robalo, o linguado ou o rodovalho. “Um dos pratos de sucesso da nossa casa é o Pote Marinheiro, uma espécie de arroz de marisco com maior variedade, onde em vez de arroz colocamos massa cotovelo e feijão vermelho e também o Arroz de Enguias no forno”, revela o nosso anfitrião, salientando que estas propostas surgem com a tentativa de mar-

Com uma esplanada com vista para a ria, a Marisquei-ra da Costa Nova é um restaurante que honra os per-gaminhos da gastronomia local, dando a primazia aos peixes e mariscos. Aberto diariamente, promete fazer as delícias dos seus clientes, por isso, não pode perder esta oportunidade para experimentar e saborear as especialidades da casa, onde a qualidade do serviço e atendimento estão garantidas, bem como a simpatia de quem nos recebe.

RESTAURANTE MARISQUEIRA COSTA NOVA

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car a diferença e levar os clientes numa viagem de sabores únicos. Além do habitual serviço de restaurante com um cardápio variado, a Marisqueira da Costa Nova é um local para visitar sem pressas, para poder apreciar e degustar o sabor dos bons vinhos escolhidos a pre-ceito e para finalizar a sobremesa com os melhores mimos açucarados. “Todos os anos fazemos uma carta de vinhos nova e vamos sempre acompanhando o mercado. Procuramos fugir um pouco ao convencio-nal e apresentar propostas diferentes dos demais espaços gastronómicos da região. Na hora das sobremesas, a variedade é bastante, no entanto são o doce da casa e o arroz doce que recolhem a preferência dos clientes”, desvenda.

Com uma excelente localização, o restau-rante tem duas salas confortáveis que perfazem uma capacidade para 200 pes-soas, estando também disponíveis para receber jantares de empresas, jantares de aniversário e de grupos, tendo para o efei-to a sala do piso superior que propõe um conceito mais intimista. Com os olhos postos no futuro, Venân-cio Otero pretende continuar a trabalhar na mesma linha e com a mesma filosofia, esperando que o futuro seja sorridente e promissor, por isso deixa uma mensagem: “Venham conhecer a Costa Nova e aventu-rem-se a descobrir os sabores únicos da Ma-risqueira”.

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UMA DELÍCIA PARA OS CINCO SENTIDOS…

Bem-vindos ao Traineira Wine Foods, o restaurante na Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, que oferece o que de melhor e mais saboroso tem a cozinha tradicional portuguesa, proporcio-nando-lhe uma viagem de sensações e de sabores únicos, com-binados com um ambiente familiar, acolhedor e intimista. Mas o Traineira Wine Foods é muito mais que um simples restaurante, é também uma verdadeira delícia para os cinco sentidos, prin-cipalmente para o paladar, recheado de sabores e aromas, com-binados com cores sóbrias e um espírito intimista, francamen-te apreciados por todos os que frequentam o restaurante. Com uma decoração requintada, elegante e um atendimento perso-nalizado, no Traineira Wine Foods encontra os ingredientes necessários para passar bons momentos, portanto o local ideal para um jantar empresarial ou um simples convívio de amigos e familiares.A ementa é recheada de pratos ‘de comer e chorar por mais’, en-fim o Traineira é um espaço criado à imagem de João Paulo Cos-ta, que marca a diferença. “A minha vida sempre foi dedicada à restauração, continuando a herança dos meus pais, mas também porque a gastronomia e restauração são uma verdadeira paixão”, esclarece João Paulo Costa, referindo que o seu pai teve um café durante muitos anos na Gafanha que se chamava Traineira, um espaço que acabou por fechar. Como o nome não estava a ser uti-lizado, quando decidiu apostar neste espaço há dois anos e meio, o nosso anfitrião fez renascer o nome Traineira. A sua génese é a promoção e divulgação da gastronomia tradicional portuguesa na sua mais pura expressão, bem como uma máxima, onde as pa-lavras, caseiro e familiar se destacam, até porque o seu objetivo primordial passa por cativar as pessoas com refeições caseiras num ambiente familiar, onde podem usufruir de grande con-forto e comodidade. “A minha esposa, Cláudia Costa, é a chefe de cozinha, que idealiza e confeciona todas as iguarias da nossa casa, os nossos filhos também trabalham connosco, seguindo a nossa filosofia e valores, bem como um funcionário que está con-nosco há oito anos”, revela João Paulo. Espaço gastronómico por excelência, ideal para se deixar arre-batar pelas especialidades da região, cujo anfitrião, nos recebe com grande simpatia e com um olhar atento a cada detalhe, para

Situado na Avenida José Estevão, nº 578, na Gafan-ha da Nazaré, o Traineira Wine Foods leva à mesa a cozinha tradicional portuguesa, servida com elevado requinte, à qual se junta uma excelente seleção de vin-hos, tudo servido num espaço tranquilo, acolhedor e intimista. Bom apetite!

TRAINEIRA WINE FOODS

JOÃO PAULO COSTA E CLÁUDIA COSTA

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que cada refeição se torne num momento ímpar e inolvidável. Sem sombra de dúvidas, o Traineira é o lugar onde uma refeição significa prazer: prazer de comer, de gostar de estar com ami-gos e de beber um bom vinho. Assumindo a cozinha tradicio-nal portuguesa e levando os seus clientes numa viagem pelos sabores da região, onde o bacalhau e os seus derivados são um verdadeiro ex-libris, “o Traineira Wine Foods respeita os seus valores ancestrais, tanto na técnica, como na excelência e fres-cura dos alimentos e os seus menus representam um encontro entre a tradição gastronómica portuguesa e o desafio de novos ingredientes e aromas, realçando a simplicidade e os sabores”, evidencia o nosso entrevistado.O número 578 na Avenida José Estevão, na Gafanha da Nazaré esconde um universo gastronómico, um verdadeiro desfile de sabores, dos quais destacamos as Amêijoas à Bolhão Pato, Ovas de Bacalhau, Caldeirada de Enguias, Enguias fritas, Línguas de Bacalhau, Bacalhau com Batata a Murro, Misto de Bacalhau Abafado, Feijoada de Sames de Bacalhau, Filetes de Polvo com Açorda, entre muitas outras especialidades que prometem deli-ciar todos os seus visitantes. Estes pratos podem ser bem acom-panhados por néctares de qualidade que afirmam e distinguem a soberba culinária, isto porque o Traineira tem uma excelente garrafeira composta por mais de 120 referências, entre brancos, tintos, verdes e espumantes. E depois de uma excelente refeição, deixe-se deliciar com as tentadoras sobremesas caseiras, onde o doce da casa se destaca, não fosse um doce com ovos moles com amêndoa ralada servido numa bolacha americana. A viver o presente, mas sempre a pensar no futuro, João Pau-lo Costa manifestou o objetivo de manter a qualidade com que habitou os seus clientes, bem como o conceito de marcar a dife-rença que lhe permitiu granjear um lugar de destaque no con-texto do universo gastronómico da região de Aveiro.

AVENIDA JOSÉ ESTEVÃO 578 3830-556 GAFANHA DA NAZARÉ

TELEFONE: 234398421 / 919011177

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MARCAR A DIFERENÇA É A CHAVE DO SUCESSO

Cristina Castro e Manuel Bacelar são os rostos da Opticália em Ílhavo, dois empresários empreendedores e completamente rea-lizados com o projeto que fizeram nascer na cidade de Ílhavo há cerca de 12 anos. Com experiências profissionais diferentes, mas com uma vontade imensa de mudar as suas vidas, juntaram-se para criar um novo projeto. “Estivemos quatro anos como grupo óptico, mais seis anos como independentes com a designação Centro Óptico de Ílhavo e, há um ano e meio, decidimos abraçar o desafio de representarmos a marca Opticália”, esclarece Cristina Castro, sublinhando que se trata de uma marca forte e apelativa, que permitiu abrir o leque de potencialidades da loja, disponibilizar mais produtos e chegar a novos públicos. À força da marca Opticália, junta-se a filosofia adotada por Cris-tina Castro e Manuel Bacelar, que se baseia num atendimento personalizado, na proximidade com o cliente, no aconselhamen-to técnico e estético, mas também na flexibilidade e adaptabi-lidade às necessidades e exigências dos seus clientes. “Quando necessário, deslocamo-nos às instituições para prestar os nossos ser-viços”, revela a nossa entrevistada, salientando que a Opticália de Ílhavo participa em feiras de saúde, caminhadas, bem como na ‘Rota do Bacalhau’, numa lógica de responsabilidade social, oferecendo todos os anos dois pares de óculos à ‘Obra da Criança’, uma instituição que assegura a satisfação das necessidades bási-

A Opticália em Ílhavo tem vindo a conquistar a pre-ferência dos clientes pela simpatia, profissionalismo, atendimento personalizado, bem como pelas melhores marcas e produtos. Cristina Castro e Manuel Bacelar, proprietários da ótica, em entrevista à Portugal em Destaque, mostraram-se satisfeitos com este projeto que há 12 anos tem granjeado um sucesso assinalável.

OPTICÁLIA ÍLHAVO

cas das crianças/jovens.Situada no coração da cidade, a Opticália de Ílhavo é uma ótica ampla e moderna, com uma imagem apelativa, onde o cliente pode entrar e escolher os seus óculos de sol ou graduados por entre uma grande variedade de modelos de prestigiadas marcas. Nesta loja encontrará a solução adequada para a sua visão, um acompanhamento de excelência e a simpatia é o cartão de visita da Opticália de Ílhavo. “Com um posicionamento muito centrado na moda, a Opticália representa marcas como Mango, Pepe Jeans e Pull&Bear sempre as últimas tendências e modelos do mercado”, revela, acrescentando que a ótica aposta igualmente nas marcas Chloé, Christian Lacroix, Hackett, Guess e Missoni, entre ou-tras, sempre numa lógica de marcar a diferença, apresentando produtos onde a qualidade, elegância e bom gosto são predica-dos incontornáveis. “A nossa filosofia baseia-se na conciliação da vertente da saúde com a imagem e a moda. Quando os clientes nos visitam têm a garantia de uma grande variedade de produtos, por forma a assegurar a sua satisfação”, referem os dois empresários, acrescentando que raramente repetem modelos, preferindo apresentar modelos diferenciados.Seguindo a máxima de que ‘cada rosto veste um óculo’, Cristina Castro e Manuel Bacelar têm o cuidado, a atenção e a sensibi-lidade de adequar os produtos que apresentam a cada cliente, em função da imagem e personalidade. “Os clientes dão-nos sem-pre um feedback muito positivo, dizendo que na Opticália de Ílhavo encontram sempre os óculos certos”, lembra Manuel Bacelar, su-blinhando que são estes pormenores que fazem toda a diferença e que no fundo caracterizam a Opticália em Ílhavo. “Apesar da grande diversidade de óticas existentes na cidade de Aveiro, muitos clientes preferem vir à nossa loja, o que demonstra um verdadeiro reconhecimento do nosso trabalho, que muito nos apraz”, salienta.Cristina Castro sublinha ainda como elemento de diferenciação, a criação de montras temáticas que captam a atenção dos clien-tes. “Outra das curiosidades é que durante a noite, a iluminação fica ligada, bem como o plasma, onde vão passando vídeos sobre como se fabricam os óculos e as lentes, bem como o conjunto de marcas que representamos”, salienta.

CRISTINA CASTRO E MANUEL BACELAR

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Valências e serviçosA Opticália de Ílhavo oferece, com o acompanhamento de pro-fissionais altamente qualificados, todos os serviços de Optome-tria, Oftalmologia, Contactologia e Audiometria. A montagem e arranjo dos óculos e o aconselhamento estético são outros dos serviços preconizados nesta loja.A Opticália Ílhavo tem como foco a fidelização do cliente, pro-curando garantir a excelência do serviço, proporcionando a sua satisfação. Este espaço pretende continuar a diferenciar-se pela aposta na qualidade, atendimento personalizado, eficiência e pelo seu know-how.

Crescer e consolidarNo último mês de dezembro, Cristina Castro e Manuel Bacelar abriram um novo espaço Opticália, na Rua Costa Cabral, na ci-dade do Porto. A localização e o público são diferentes, mas a filosofia da loja é a mesma de Ílhavo. Os dois empresários traçam um balanço positivo, mas querem consolidar cada vez mais a sua posição. Em Ílhavo, o objetivo passa por continuar a desenvolver um trabalho meritório, que permita continuar a crescer e a gran-jear o sucesso, bem como a preferência dos seus clientes.

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CINFÃES E BAIÃOEm Baião, a população orgulha-se de viver num concelho com uma grande percenta-gem de área verde e floresta (63,5%) que culmina com a beleza da Serra da Aboboreira, a Serra do Marão, a Serra do Castelo de Matos e os rios Douro, Teixeira e Ovil. Em termos turísticos, existem vários locais a visitar, que abrangem diversas temáticas. A Casa da Juventude e Desporto, construída no século XIX, o Mosteiro de Santos An-dré de Ancede, fundado no início do século XII, ou o Conjunto Megalítico da Serra da Aboboreira, que contem monumentos construídos durante o Neolítico, são elementos imperdíveis para todos.No que diz respeito à gastronomia de Baião, diz-se que Eça de Queirós apaixonou-se tanto pela paisagem como pelos sabores da sua cozinha tradicional, que serviram de inspiração ao livro “As Cidades e as Serras”. Um dos pratos mais emblemáticos da ci-dade é o anho assado com arroz no forno, que serve de testemunho à gastronomia tradicional. O fumeiro, a posta de vitela arouquesa e o biscoito Teixeira são produtos de qualidade exímia e inigualável.Relativamente a Cinfães, trata-se de uma vila no distrito de Viseu que se orgulha no seu estilo próprio. Sendo rico em património e natureza verdejante, este concelho caracteriza-se por ser uma zona com muitas referências rurais como a Muralha das Portas de Montemuro, a Capela de S. Pedro e o Monte da Coroas. Percorrer os camin-hos pedestres desta vila é uma prioridade para quem procura momentos de tranqui-lidade, paz e serenidade.

A SIMBIOSE PERFEITA ENTRE A NATUREZA E A RURALIDADE

Depois de alguns anos a fazer parte do exe-cutivo da freguesia, João Gonçalves de Amo-rim é convidado para assumir um novo car-go e a candidatar-se à presidência da Junta de Freguesia de Espadanedo. Em 2013 aceita o desafio e faz hoje um balanço muito positi-vo do seu primeiro mandato. “Estou aqui há sensivelmente três anos como presidente mas já fazia parte do anterior executivo como secre-tário. O antigo presidente não podia continuar, fizeram-me este convite e aceitei”. A freguesia, industrialmente pouco desenvolvida, tem vindo a sofrer com o despovoamento, so-bretudo com a emigração forçada de alguns jovens que abandonam a região em busca de melhores condições de vida. Atualmente,

Com cerca de 1.318 habitantes, a freguesia de Espada-nedo, concelho de Cinfães, está compreendida na parte ocidental do Couto do Mosteiro de Tarouquela e esten-de-se por uma área de 5,3 km². Em conversa com a Por-tugal em Destaque, o presidente da Junta de Freguesia de Espadanedo, João Paulino Gonçalves de Amorim, faz o balanço das atividades que a autarquia tem vindo a desenvolver nos últimos anos.

JUNTA DE FREGUESIA DE ESPADANEDO

vingam empresas de construção civil que têm vindo a empregar alguns habitantes da região. “O número de habitantes tem diminuí-do bastante. Felizmente, temos ainda empresas de construção civil que empregam pessoas da freguesia, mas cada vez mais se nota uma maior procura pelo estrangeiro, principalmente por países economi-camente fortes como França e Alemanha”. Sendo Espadanedo uma freguesia populacionalmente envelhecida, é preciso criar con-dições para acolher a terceira idade. Dotado de um espírito inter-ventivo, o presidente tem colaborado com a Câmara Municipal de forma a prestar todo o tipo de serviços e apoios à população sénior, atuando afincadamente no campo da ação social. “Temos à nossa disposição um centro de dia, apoio domiciliário e cantina so-cial, bem como uma assistente social da Câmara Municipal que dá apoio a estas pessoas uma vez por mês de forma gratuita”. De ca-rácter religioso, destacam-se as festas e romarias da freguesia ao longo do ano. No último domingo de julho, comemora-se o dia do padroeiro S. Cristóvão e no primeiro domingo de setembro homenageia-se Nossa Senhora de Lourdes. “As pessoas aderem muito a este tipo de eventos. A festa da Nossa Senhora de Lourdes é festejada na nossa capela e é uma comemoração muito adorada pela população. Nesta altura, toda a freguesia se une para construir um arco gigante em honra da padroeira da terra”. Futuramente, o presidente pretende continuar com a dinâmica até agora imple-mentada e dá-nos a conhecer um projeto que considera ser es-sencial para o bem-estar da população. “Estamos a desenvolver al-guns projetos de águas e saneamento e esperamos começar as obras ainda este ano”, conclui.

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ALOJAMENTO LOCAL DE QUALIDADE

Em pleno Douro, a Quinta Casal de Vila Pouca está situada no vale do rio Bestança no concelho de Cinfães, mais precisamen-te no lugar de Vila Pouca. Esta localização juntamente com a proximidade ribeirinha proporciona um ambiente de repouso absoluto e é uma excelente escolha para tempos de lazer.A casa do século XVIII, dedica-se ao turismo desde 2014 e, en-quanto património, mantém todos os acessos antigos de origem românica preservados, no sentido de não perder a identidade e a tradição de outros tempos.O acesso ao rio Bestança, considerado um dos rios menos poluí-dos da Europa, é direto e a quinta conta com caminhos pedestres que permitem desfrutar da natureza envolvente com uma gran-de variedade de árvores. Há, também, a oportunidade de par-ticipar nas atividades rurais da quinta que se distribuem pelas diversas épocas do ano, tais como as vindimas, a festa das cerejas ou o magusto.No que diz respeito ao alojamento, a casa conta com seis suites devidamente equipadas, uma sala de convívio, biblioteca, bar, sala de TV, aquecimento central, uma adega regional e piscina exterior. Embora não faça refeições, a quinta oferece um peque-no-almoço recheado com produtos da região contando com a fruta produzida na propriedade. E porque os melhores amigos dos clientes não são esquecidos, a Quinta Casal de Vila Pouca proporciona a acomodação gratuita dos seus animais de esti-mação. O objetivo é que o cliente se sinta em casa.O futuro passa agora por melhorar a acessibilidade ao rio com a construção de uma estrada e, para que os clientes se sintam ain-da mais à vontade, será construída, também, uma zona de lazer.

Com três séculos de existência, a propriedade sempre pertenceu à família de Fernanda Pinheiro. Res-turada há cerca de 15 anos, a casa funciona como turismo de habi-tação e a proprietária conta com a ajuda do marido, Daniel Pinheiro, e do filho, Pedro Pinheiro, na dinami-zação da quinta.

QUINTA CASAL DE VILA POUCA

DANIEL PINHEIRO E FERNANDA PINHEIRO

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A ZONA RIBEIRINHA DE CINFÃESFreguesia histórica, Oliveira do Douro tem por excelên-cia o rio Douro e o Bestança aos pés. Telmo Osório, pre-sidente da Junta de Freguesia, fala-nos desta freguesia que tem feito as maravilhas dos turistas que por lá pas-sam.

JUNTA DE FREGUESIA DE OLIVEIRA DO DOURO

Mais antiga que a própria nacionalidade, Oliveira do Douro já existia no reinado de Ordonho II de Galiza e Leão. Com ligações à pré-história, esta freguesia conta com um património riquíssimo que merece ser conhecido e explorado.Hoje, as povoações estão dispersas pelos 12.4 km2 de área que a freguesia ocupa e a população votante ronda os 1.300 eleito-res. Embora com alguma dimensão, Oliveira do Douro atraves-sa o problema demográfico mais comum no interior do país: o envelhecimento da população. Desta forma, em conjunto com a Câmara Municipal de Cinfães, estão já a ser tomadas medidas de apoio à natalidade, tentando com que as pessoas se fixem na terra.No que diz respeito a infraestruturas, a freguesia conta com uma extensão de saúde que contraria e evita as deslocações constan-tes até à sede do concelho nesse sentido, quer à população de Oli-veira do Douro bem como à população das freguesias vizinhas que ficam mais próximas. Inaugurado no presente mandato, o Centro Escolar está devidamente equipado e concentra crianças de outras freguesias, o que ajuda na dinamização desta ‘zona ri-beirinha’. Em 2015, Oliveira do Douro passou a ter um Centro Social e Bem Estar para a 3ª idade. Desde 2013 na presidência da Junta de Freguesia, Telmo Osório faz um balanço positivo uma vez que as “pessoas estão recetivas e têm gostado do trabalho reali-zado”. A Junta tornou-se mais próxima da população e realizou protocolos com o IEFP no sentido de ter duas pessoas efetivas no apoio diário às pessoas que precisam de ajuda nas mais variadas situações, como no preenchimento do IRS. Além deste protocolo, a Junta tem, atualmente, uma parceria a nível de saúde com as duas freguesias vizinhas que consiste na prestação de consultas ao domicílio com o apoio de uma enfermeira de família.“Apostamos na educação da nossa gente”, conta o presidente, “por isso, vamos proceder à criação de cursos de formação administra-dos pelo IEFP, no sentido de qualificar cada vez mais a população”, sendo que o objetivo final passa por tornar as pessoas mais aptas para o mercado de trabalho.Embora a agricultura e a indústria, ainda que em pequena per-centagem, façam parte das atividades da terra, é o turismo que mais impulsiona a economia. “Esta freguesia é a que mais turistas acolhe durante o ano”, afirma Telmo Osório, e como tal dispõe de várias unidades hoteleiras e casas de turismo. Os turistas pro-curam um local “na esperança de ter contacto com uma realidade totalmente diferente daquela a que estão habituados”, e é em Oli-veira do Douro que encontram a tranquilidade necessária para uns dias de descanso. O segredo está “na beleza natural do Douro e do Bestança que tranformam esta paisagem num autêntico paraíso”, esclarece, porque, afinal, “aquilo que de melhor temos para oferecer é a natureza que nos rodeia”. No futuro, Telmo Osório pretende dinamizar, ainda mais, o turis-mo de Oliveira do Douro e melhorar as acessibilidades, uma vez que parte da população tem, ainda, dificuldade em deslocar-se e encontra-se isolada. Em jeito de convite, o presidente deixa uma mensagem: “Visitem Oliveira do Douro, serão muito bem recebidos e a paisagem fala por si. Queremos mudar o olhar que as pessoas têm sobre esta zona porque ainda há muito por descobrir”, termina.

TELMO OSÓRIO

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UM DESTINO NATURALMENTE ÚNICO

Autarca há 11 anos, José Carlos Rodrigues cumpre agora o seu terceiro mandato como presidente da Junta de Freguesia de Tendais e faz agora o balanço das atividades que têm vindo a ser desenvolvidas pela autarquia. “A Câmara Municipal tem tentado transmitir para o exterior aquilo que temos de melhor em Cinfães e, por isso, também na freguesia de Tendais. Recentemente foram aprovados os percursos pedestres criando vários circuitos para ca-minhadas. O Municipio tem desenvolvido também algumas iniciati-vas culturais que contribuem para que o concelho não fique isolado. Desta forma, tem havido uma grande dinâmica no concelho e atra-vés do slogan ‘Um destino naturalmente único’, tem-se conseguido levar o nome de Cinfães além-fronteiras.” O turismo em áreas ru-rais tem sido cada vez mais solicitado pela diversidade de paisa-gens naturais e pelo património cultural e histórico de cada uma das regiões. Como não podia deixar de ser, Tendais apresenta hoje inúmeras alternativas não só a nível de paisagens naturais como na forma de organização espacial. “Somos priveligiados por termos o rio Bestança que, com uma extensão de cerca de 13 km, passa parte do seu leito na nossa freguesia. É um dos rios menos poluídos da Europa, tornando-se uma mais valia para Tendais. A nível turístico temos uma casa direcionada ao turismo rural situada na parte mais ribeirinha da freguesia. Normalmente, fazemos este convite a quem tem curiosidade em conhecer a Serra de Montemuro, conhecida pela grande biodiversidade e bom estado de conservação dos vários tipos de habitat que aí se encontram representados. Para além disso, é de salientar a nossa gastronomia e aquilo que é natu-ral da região”. Os vários restaurantes que existem na freguesia são exemplo de bem servir, pelo que quem vem uma vez, volta sempre. Santa Cristina é a padroeira da freguesia, mas é o São Pedro que durante o verão reúne milhares de pessoas no cimo da Serra de Montemuro. Para o presidente, estas festas e inicia-

Com mais de 800 habitantes, a freguesia de Tendais, concelho de Cinfães, estende-se por uma área de 31,77 km² e a paisagem é por excelência o seu cartão de visita. Em entrevista à Portugal em Destaque, o presidente da Junta de Freguesia de Tendais, José Carlos Rodrigues, aborda os mais diversos temas que se vivem atualmen-te na freguesia e dá-nos a conhecer os projetos do exe-cutivo até ao final do mandato.

JUNTA DE FREGUESIA DE TENDAIS

tivas têm sido fundamentais na promoção e divulgação de Ten-dais. “É um sítio encantador. Nos últimos anos, tem sido feito algum investimento não só por parte da junta de freguesia mas também por parte da Comissão Fabriqueira de Tendais. Temos ainda muitas outras festividades e grupos de folclore que vão animando a popu-lação ao longo do ano. Não queremos parar. Temos a Associação da Feira da Malhada que todos os anos se dedica à realização de uma feira direcionada para os animais de raça arouquesa e temos uma outra denominada por Associação de Defesa e Promoção da Freguesia de Tendais, onde, para além de anualmente editarem uma revista, ‘A Tendedeira’, realizam uma feira da castanha que vai já na 12ª edição. É uma iniciativa que todos os anos traz centenas de pes-soas à freguesia e que, de certa forma, veio revitalizar a castanha”. Até ao final do seu terceiro mandato como presidente da Junta de Freguesia de Tendais, José Carlos Rodrigues tenciona con-cluir alguns projetos que iniciou. “Um dos problemas que mais me preocupa é o cemitério. Ao longo dos anos as pessoas foram adqui-rindo terrenos e atualmente o cemitério está superlotado, não temos nenhuma sepultura livre. Iniciamos as obras em 2012 mas, infeliz-mente, houve um problema e as obras foram interrompidas. Neste momento já me sinto um pouco aliviado porque o processo está a ser desenvolvido e esperamos que os trabalhos reiniciem ainda este ano”, estando ainda em curso o abastecimento de água a algumas aldeias, bem como a requalificação de alguns acessos no interior das aldeias. Em jeito de despedida, o presidente agradece a todos quanto acreditaram e trabalharam consigo. “Sei que vamos deixar muita coisa por fazer mas orgulho-me do que fizemos em prol de Tendais”.

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UM OUTRO DOURO PARA DESCOBRIR

Reconhecida como uma das freguesias mais importantes e de maior peso no concelho de Baião, António Carvalho auxilia-nos nesta viagem. Aqui, situada no sudoeste do concelho, a terra resguarda a sua tradição agrícola e, atualmente, cada vez mais viníco-la. A soma destas características leva a que a paisagem, enraizada no distrito do Porto, se desdobre numa sinfónica transformação à medida que o Vinho Verde assume o seu espaço. Porém, não se poderá sublinhar a importância de todas estas particularidades sem des-tacar o património material que aqui se vivencia. Por entre as numerosas casas nobres, como a de São Pedro, dos Carvalhos Pintos, as Casas Novas, dos Cunhas Coutinho, a de Entre-Águas, dos Mouras Coutinhos, podemos ainda deparar-nos com vários mira-douros com vista para o rio Douro e diversas capelas e figuras religiosas: “a nossa igreja de Santa Marinha foi recentemente considerada Monumento de Interesse Público Nacional”.

Numa terra de encantos múltiplos facilmente nos damos conta que Santa Marinha do Zêzere acolhe o vinho, o turismo e a gastronomia como uma linguagem única, onde a necessidade de aprender com os seus antepassa-dos se cruza com a crescente possibilidade de explorar o futuro. No dia 20 de junho de 1991 a freguesia alcançou o estatuto de Vila. Volvidos 25 anos, o povo reconhece essa luta, e está aqui para celebrá-la.

JUNTA DE FREGUESIA SANTAMARINHA DO ZÊZERE

Paisagem viva e evolutivaEm plena rota dos vinhos verdes, às por-tas do Douro vinhateiro, o visitante rapi-damente se deixa imbuir por uma paisa-gem deslumbrante onde a terra adquire a maior força e oferece o que de melhor tem ao seu povo. Esta visão ímpar mos-tra como o solo acidentado se tem vindo a adaptar continuamente à ação do homem e às suas necessidades agrícolas.Contudo, foi nos últimos 15 anos que se sentiu um aumento do número de pro-dutores de vinho e um maior apelo e re-conhecimento nacional e internacional. Descrito como “um dos vinhos verdes com características ímpares dentro da Região dos Vinhos verdes”, esta sub-região tem-se afirmado na produção de vinho de gran-de notoriedade a partir da casta Avesso, unindo o aroma intenso e frutado a uma acidez viva. “Se esta casta monovarietal for bem trabalhada podemos ter aqui uma região com a dimensão e a notoriedade se-melhante à do Alvarinho”, confia. Acompanhada a esta experiência não po-deremos negligenciar as próprias opor-tunidades turísticas que dela advêm. Porventura, as pessoas que seguem este percurso e se atrevem a guiar-se pelos trilhos acidentados da aventura, poderão absorver que existe um Douro para além daquele que fica mediatizado. “Passam milhares e milhares de pessoas pelos nos-sos pés, pelo rio Douro, pelas nossas estra-das, e há que os canalizar. Vêm aqui mui-tos estrangeiros que não percebem como uma região tão próxima do Porto e do Douro vinhateiro possa ser tão diferente”, observa. Nessa vertente, está a ser prepa-rado um espaço que funcionará como o Posto de Turismo e a Casa de Vinho Ver-

ANTÓNIO CARVALHO

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de, onde conterá uma pequena exposição para a venda do vinho.A história tem a vontade de habitar um lugar mais amplo no olhar dos portugueses e estrangeiros e, a partir daí, potencializar ainda mais os seus pontos fortes. É o caso da gastronomia, com o seu “anho assado em arroz de forno, um produto com raízes nesta zona do concelho”; do desporto, onde decorrerão investimentos futuros; e da agricultura, através do alargamento a outras áreas de produção, como “o vinho, a oliveira, o milho, o mirtilo, etc”. Em suma, esta é uma terra em que a cultura se baseia essencialmen-te no poder senhorial e na gastronomia. Santa Marinha do Zêzere, sendo hoje o pólo nesta zona sudoes-te, tem ainda estabelecido diferentes sinergias com a Câmara Municipal de Baião na perspetiva de cativar e desenvolver a fre-guesia. Neste âmbito, os zezerenses estrear-se-ão este ano com a primeira edição do Festival do Vinho Verde e das Tasquinhas. O evento realizar-se-á nos dias 2, 3 e 4 de setembro e contará com toda a dinâmica que a gastronomia e o vinho sugerem.

Futuro mais próximoDaqui para a frente, António Carvalho confidencia-nos que no futuro procurarão concretizar melhores vias de acessibili-dade, assegurar o bem-estar das pessoas, proporcionar novas experiências ligadas ao turismo, requalificar o centro urbano e para que a deslocação à cidade seja cada vez mais confortável, a ligação da autoestrada à Ponte da Ermida revela-se como uma obra essencial. “Outros dos objetivos é criar um parque de meren-das, aproveitando a Estrada Nacional 301 porque, sendo uma es-trada que liga o Porto à Régua, para além do muito tráfego tem uma beleza ímpar”.

25 AnosEsta festa e reconhecimento que se celebra nos dias 18 e 19 de junho assumiu-se como foco para as pessoas deste povo, que tanto fizeram pela elevação e consolidação do seu estatuto. Jun-tos poderão ainda refletir melhor sobre este passado, que se faz presente, já com os olhos postos no futuro, porque “os zezerenses merecem”.

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CAMINHA

Em Caminha, poderá encontrar um concelho acolhedor cheio de hospitalidade, que convida todos a uma visita. Trata-se de uma vila no distrito de Viana do Castelo, com cerca de 2500 habitantes. Em termos gerais, os recursos naturais são lindís-simos, o património histórico tem um valor inigualável e a cul-tura e tradições espelham a genuinidade invulgar, apesar de igualar a oferta lúdica de qualquer cidade.Relativamente ao património histórico, a Torre do Relógio, to-rre principal das muralhas medievais de Caminha, a Igreja Ma-triz, de estilo gótico com detalhes renascentistas e o Chafariz, um monumento renascentista da primeira metade do século XVI são três pontos que refletem o estilo histórico da vila.No que diz respeito ao património ambiental, o Estuário do Rio Minho, o Rio Coura e o Rio Âncora são referências da frente aquática, enquanto a Serra D’Arga e a Mata da Gelfa transmi-tem um ambiente mais florestal a Caminha.A gastronomia também é bastante característica, sendo que em Caminha pode esperar iguarias como a Caldeirada à Tio Feito e Cabrito estufado à moda da Serra D’Arga,

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SAÚDE E ESTÉTICA DE MÃO DADAS

Ariana Araújo e Beatriz Sousa são as proprietárias desta uni-dade de medicina e reabilitação que está aberta acerca de cinco anos. Já trabalhavam juntas numa outra clínica quando surgiu a oportunidade de abrirem o seu próprio negócio. Ambas são pro-fissionais qualificadas, assim como toda a equipa que com elas colabora. “Todos os nossos profissionais são especializados”, confir-mou Ariana Araújo.Uma vez por semana há consultas com um médico fisiatra, e às terças, sextas e sábados pode encontrar uma terapeuta da fala. Há ainda uma vez por mês um médico ortopedista disponível para os seus utentes. Assim sendo, e como toda a equipa é constituída por profissio-nais de saúde, esta clinica gera confiança nos seus clientes e faz com que os seus serviços sejam cada vez mais procurados.

Serviços diferenciados Na Fisiocaminha não se faz apenas um tratamento, os seus clientes passam lá muito tempo e têm ao seu dispor um conjunto de serviços que, trabalhados em simbiose, melhoram a qualidade de vida de cada um. “Quem nos procura, não o faz numa altura de desespero, de dor ou de mau estar, procura-nos porque quer sen-tir-se melhor”.Esta clínica dispõe de uma série de serviços, de forma a satis-fazer as necessidades de cada um individualmente. A nível de saúde, oferecem tratamentos de fisioterapia, fisioterapia derma-to-funcional, fisiatria, mesoterapia homeopática, eletroterapia, ortopedia e terapia da fala. De referir que reabilitação é o serviço a que Ariana Araújo e Beatriz Sousa dedicam a maior parte do seu tempo e onde querem continuar a apostar. Além de ser a sua base de formação, é um gosto melhorar um pouco a vida dos outros. “É podermos fazer um bocadinho pelos outros, oferecer-lhe um pouco mais de qualidade de vida”, dizem.

A Clinica Médica e Terapêutica de Seixas, ou Fisioca-minha, é especializada em fisioterapia, serviços clíni-cos, medicina física e reabilitação. Tem como priorida-de satisfazer as necessidades de quem procura os seus serviços e recentemente desenvolveu diversos trata-mentos, de forma a aliar a saúde à estética.

FISIOCAMINHA

Novo projetoRecentemente, e porque também são mulheres, deram início a um projeto que engloba a saúde e estética de forma a melhorar o bem-estar feminino. “No distrito de Viana do Castelo não temos muitos profissionais a trabalhar nesta área da saúde da mulher, pelo que queremos apostar um pouco nesta vertente”.Relativamente aos serviços de estética, estes dividem-se entre tratamentos para o corpo e/ou para o rosto.No que diz respeito ao corpo, os principais tratamentos são a ra-diofrequência, a cavitação e a mesoterapia. O primeiro trabalha a flacidez e o segundo atua sobre a gordura localizada e celulite. “A mesoterapia pode ser aplicada tanto na reabilitação como na es-tética. Na parte da estética voltamos a trabalhar a celulite, a gordura localizada, derrames e estreias”. Uma outra técnica utilizada são as máscaras de envolvimento corporal em gesso, que também ajudam a perder gordura.Para o rosto, além de mascaras, é usada a radiofrequência facial, assim como outros tratamentos de mesoterapia para o rosto. “É o chamado botox natural”, acrescentam. Para além destes serviços mais direcionados para a estética e be-leza, esta clínica não descurou o bem-estar estrutural da mulher. “Vamos abordar também a saúde da mulher, desde a parte genituri-nária, ao pilates e à reeducação postural global”. Por fim, a Clínica Médica e Terapêutica de Caminha, além de serviços de cariz particular, dispõe de acordos com diversas enti-dades, tais como o Serviço Nacional de Saúde, Médis, Multicare, C.G.D., IASFA/ADM e SAMS.

BEATRIZ SOUSA E ARIANA ARAÚJO

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51 ANOS DEEXPERIÊNCIAS GASTRONÓMICAS

Um projeto familiarTudo começou em 1965, quando os avós de Aida, com quem fala-mos, passaram de um pequeno negócio numa das freguesias do concelho de Caminha para um espaço privilegiado, num edifício centenário no centro da vila. O Primavera resistiu ao passar dos anos e, depois dos avós, foi a mãe de Aida que ainda muito jovem se dedicou a este projeto e o levou a bom porto durante longos anos. Desde o ano 2000 é a própria Aida, que nasceu e cresceu neste espaço, que toma as rédeas do negócio. “É curioso perceber que eu conheci os avós de muitos dos meus clientes que hoje já são pais. Porque também trabalhei aqui na minha adolescência e cresci aqui dentro”.O conceito que agora pode ser visitado abriu em 2004, no en-tanto, está sempre algo em mudança no Primavera. “Nós esta-mos sempre em obras, a cada passo mudamos alguma coisa. Vive-mos aqui 365 dias por ano e acabamos por ter esta necessidade de ir fazendo pequenas alterações”.Neste espaço a família de Aida continua a encontrar-se quase todos os dias e, por isso, o Primavera, muito mais do que um ne-gócio, é um projeto de gosto: “É raro o dia em que não almoçam cá os meus irmãos, os meus pais ou a minha filha e meus sobrinhos. Normalmente temos este tipo de postura, já é algo que fazemos des-de o tempo da minha avó”.Para além da gastronomia, fidelizam-se clientes pelo espírito familiar e informal do espaço. É um restaurante pequeno, com apenas 36 lugares e com uma equipa que já o acompanha há mais de 15 anos. Aqui muito mais do que comer, pode usufruir-se de uma experiência gastronómica.

O que ofereceCaracterizado por um menu apelativo, que respeita a cultura e a

Com um menu tradicional aliado a um espaço acolhe-dor, mas com um toque contemporâneo, o Restaurante Primavera é há 51 anos um ponto de paragem obriga-tória para quem visita Caminha.

RESTAURANTE PRIMAVERA

cozinha tradicional portuguesa, o Restaurante Primavera dá na-turalmente preferência aos produtos nacionais, nomeadamente, aos da sua região e procura aliá-los um pouco à cozinha contem-porânea: “Vamos sempre colocando uma inovação ou outra”.O prato mais famoso e mais procurado pelos clientes é o Cabrito à Serra de Arga, no entanto com o rio Coura e o rio Minho ao lado, os pratos de peixe são presença garantida no cardápio do Primavera: “Trabalhamos muito os produtos típicos desta região, como o cabrito ou os peixes: o inigualável sável proporcionado pelo Rio Minho, assim como a lampreia que é a melhor do mundo”. Além disto, dispõem sempre de um “bom robalo, um excelente linguado, sargo e peixe de alto mar. Temos a sorte de ter uma costa muito rica”.Uma outra especialidade é o bacalhau, que também é tradição no Restaurante Primavera, devido à sua proximidade com a Galiza e ao grande interesse do público espanhol por este prato. “To-dos sabem que os espanhóis são fixados no bacalhau e no bacalhau cozinhado em Portugal.” É exemplo o bacalhau no forno com mi-gas de boroa, uma receita que se pensa ter sido criada no Con-vento de Santa Clara de Caminha.

Consolidação do projetoDepois de 51 anos com a porta aberta ao público, Aida admite que o Primavera tem melhorado de ano para ano, primando pela qualidade: “Temos sempre a preocupação de que o cliente goste e reconheça que os nossos produtos e serviços são de qualidade. E também gostamos de dizer que dignificamos o concelho de Caminha”.O futuro passa pela consolidação deste projeto e a dedicação to-tal ao mesmo, fazendo cada vez mais e melhor: “Queremos conso-lidar e continuar a dedicar-nos ao projeto Primavera”.Para já, expandir o negócio não é uma hipótese: “Nos tempos que correm seria uma loucura”. No entanto, este restaurante é pre-sença assídua em feiras gastronómicas e na feira medieval, as-sim como em todas as atividades do município: “Estamos sempre prontos para colaborar em tudo o que seja necessário divulgando a gastronomia da melhor forma possível”.

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EXPERIMENTAR A AUTENTICIDADE DO SABOR MINHOTO

Este restaurante torna-se num espaço capaz de oferecer uma gastronomia que reflete a sua particular localização. Único pelos prazeres terrenos em que se encontra, todos os colaboradores recebem sempre com a saudação calorosa que lhes é singular. Compreendendo Caminha e toda a natureza geográfica envol-vente, percebemos facilmente que nos deparamos num lugar onde o encanto de uma paisagem assume a mesma importância que a hospitalidade das pessoas. Mesmo à sombra de Espanha, o cliente poderá saciar-se pela personalidade e cultura minhota de cada prato, através da interação única que os diferentes tempe-ros da região conseguem proporcionar.Acolhendo a alegria das pessoas, o mistério da montanha e o mérito da qualidade, nada disto seria possível sem a jovialidade

Onde o céu entra numa peculiar comunhão com o mar e a montanha, e os sabores se atrevem a despertar encontros familiares, fomos conhecer o Restaurante ‘O Forte da Ínsua’. Localizado na foz do Rio Minho junto à praia de Caminha.

RESTAURANTE O FORTE DA ÍNSUA

do novo empreendedor André Domingues, com apenas 18 anos e o carinho com que a família Domingues abraçara este projeto juntamente com a sua equipa. A experiência de 13 anos no ramo da restauração e a familiaridade que encontraram à beira mar também se revelou um fator determinante. “Tivemos propostas de pessoas que vieram ter connosco para tomarmos conta de outros negócios, mas os locais eram tristes e não resultavam para nós. Este é um espaço alegre”, caracterizam. O dinamismo transportado por estas palavras revelam-se agora em atos - “os nossos principais ingredientes são o carinho e a dedicação com que confecionamos os nossos pratos”. O apoio dos seus pais (Isabel e André Domingues, não fica po-rém em segundo plano) gera todo um acompanhamento que só a

EQUIPA DE O FORTE DA ÍNSUA

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dedicação familiar consegue provar. Reconhecida a carismática personalidade dos proprietários, bem como o ar caseiro que aqui se pode respirar, agora o grande desafio do Restaurante ‘O For-te da Ínsua’ será atrair novos clientes, algo que não será difícil por toda a simplicidade e aconchego que Caminha proporciona. “Abrimos numa boa época, as expectativas foram superadas”, desa-bafam. Especial pela qualidade e forte pelo silêncio que a Praia de Ca-minha abriga, o espaço é único para quem procura quietude e revitalização. Aliada a essa descoberta não poderíamos deixar de sublinhar os diferentes sabores com que a cozinha nos pre-senteia. “Queríamos poucos pratos, mas com muita qualidade”, sin-tetizam. Neste contexto, o peixe ocupa um lugar de destaque, e as especialidades dentro desse capítulo são várias. Entre elas,

sobressaem o robalo escalado, a sardinha na brasa, a parrilhada de peixes frescos, e por último, o bacalhau, o arroz de marisco e o arroz de tamboril, pratos que vieram posteriormente completar a ementa, uma vez que havia uma grande solicitação por parte dos clientes. “No fundo, os peixes grelhados na brasa (algo que as pessoas usualmente não confecionam em casa), o polvo e a espetada de lulas são os pratos que têm maior saída”, menciona. Ainda assim, estas opções não descartam o saboroso medalhão de carne e a chamuça da avó Leta, uma iguaria sem igual.O paladar, não impedindo outras experiências, completa e vive em perfeita simbiose com os outros quatro sentidos. Todas as semanas o lugar transforma-se para se entregar à música. “Na sexta ou no sábado, temos música ao vivo, como os TriunVirato”, indicam. Todos os colaboradores que fazem parte desta equipa, com a sua alegria e extrema dedicação fazem com que através desses atributos proporcionem um serviço de qualidade. “Temos colaboradores que já trabalham connosco há muito tempo”, atal-ham. Dessa aproximação nasce a vontade de aproveitarem todos os momentos e pausas da reinvenção e crescerem a partir das marés que o mercado direciona. Com um público que percorre nacionalidades como a Alemanha, a França e a Espanha, e uma portugalidade que se estende a diversas cidades, como Braga, Porto, até outros pontos que vão até à nossa capital, o espaço divide-se entre duas opções distintas. Se por um lado podemos deparar-nos com uma esplanada mais acessível para quem vem da praia, por outro existe uma sala aparte, que não descartará o requinte de quem o procura.Esta versatilidade, agora presente, e possivelmente também futura, faz com que os atuais gestores completem o horário alargado, sem integrar a pausa semanal. Daqui para a frente, o Restaurante ‘O Forte da Ínsua’ promete assim a continuidade de um serviço de qualidade (que já lhe está associado) à alegria do desafio.

ISABEL DOMINGUES E ANDRÉ DOMINGUES

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PONTE DE LIMACaracterizada pela sua arquitetura medieval e pela área banhada pelo Rio Lima, Ponte de Lima é uma vila portuguesa, pertencente ao distrito de Viana do Castelo. Esta localidade não precisa de muitos pretextos para ser visitada, uma vez que se trata da vila mais antiga de Portugal, por recusar o estatuto de cidade. Encontra-se reple-ta de festas, romarias, festivais de jardins, pontos históricos e uma gastronomia muito própria.Ponte de Lima é a vila portuguesa mais antiga, com foral conce-bido em 1125 por D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques. As ruas que desenham a vila respiram história, com o seu estilo tipicamente minhoto. Ao viajar pelas mesmas, serão recebidos por um grande número de solares, que a levaram a ser considerada a capital de Turismo de Habitação do País.Relativamente ao património arquitetónico e cultura, destacam-se monumentos do período Medieval e Renascentista. Tratando-se de um leque riquíssimo, destacam-se a Igreja Matriz, do século XV, a Torre da Cadeia Velha ou da Porta Nova, do século XIV e a Torre de São Paulo, que integra nas muralhas. Outros pontos de interesse poderão ser o Convento de Santo António, do século XV, a Igreja da Misericórdia e a Capela da Nossa Senhora da Penha de França, do século XVII.Por outro lado, Ponte de Lima é, ainda, o berço do Turismo de Ha-bitação e a vila mais florida do país. A Área de Paisagem Protegida, o Festival Internacional de Jardins e a Feira do Cavalo são polos de atração turística que deliciam não só um público português como internacional. Em termos gastronómicos, o prato limiano está repleto de sabores intensos e aromas condimentadas. Diferentes especiarias, louro, cravinho, noz-moscada e cominhos são características que tornam iguarias como Arroz de Sarrabulho à moda de Ponto de Lima um ex-libris da vila. Esta delícia é normalmente acompanhada de ro-jões de porco e belouras, farinhotas ou outro tipo de enchidos. Para acompanhar estes pratos típicos, o Vinho Verde é reconhecido como único.Todas estas características tornam Ponte de Lima uma localidade única a visitar.

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“O FUTURO PASSA PELA INDÚSTRIA E PELA VALORIZAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA”Com cerca de 6.500 habitantes, Arcozelo é a freguesia com maior densidade populacional do concelho de Ponte de Lima. A beleza paisagística que caracteriza Ponte de Lima, bem como todo o património arquitetónico, fazem de Arcozelo um espaço urbano de eleição. Em entrevista à Portugal em Destaque, João Barreto, presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo, dá-nos a conhecer as diversas atividades que têm vindo a ser desenvolvidas pela autarquia e as perspetivas que tem para o futuro da mesma.

JUNTA DE FREGUESIA DE ARCOZELO

Depois de alguns anos de vida política e depois de ter integrado a Junta de Freguesia de Arcozelo como secretário, João Barreto decide aceitar um novo desafio e candidatar-se à presidência da junta da freguesia que o viu crescer. “Não sou natural de Arcozelo mas como passei cá a maior parte da minha vida, entendi que esta-va na altura de dar alguma contribuição à freguesia e de pôr o meu know how ao serviço da mesma.” Quase a terminar o seu segundo mandato, o autarca que conhece cada canto e recanto do terri-tório onde vive, começa por fazer uma breve apresentação da freguesia. “Arcozelo é uma freguesia com as típicas características

rurais do Alto Minho, com inúmeros e amplos espaços verdes. Tem a maior concentração de solares do Alto Minho e um património ar-quitetónico fabuloso. Atualmente, temos fáceis acessos e uma forte rede viária (A3; A27; IC28), o que acaba por ser extremamente im-portante numa perspetiva futura de empreendedorismo e fixação de empresas. O rio Lima é igualmente um corredor ecológico com grande significado”. Apesar de outros setores de atividade terem emergido e adquirido a sua importância no contexto da econo-mia local ao longo dos anos, a indústria do granito constitui um marco de elevada importância para a freguesia. “Temos a maior indústria do concelho, a do granito azul e amarelo das Pedras Finas de Ponte de Lima. É imprescindível reorganizar esta atividade de elevado potencial de valorização e crescimento económico, crian-do um espaço empresarial que permita aos empresários do granito exercerem a sua atividade. É nesse sentido que temos trabalhado com o objetivo de licenciar e potenciar toda a indústria do granito existente em Arcozelo”. Com a participação e empenho da Câmara Municipal, a Junta de Freguesia de Arcozelo tem colaborado na reorganização e no licenciamento do pólo indústrial do granito. Com os instrumentos de ordenamento de território aprovados, o plano de urbanização das Pedras Finas estabelecido, aguarda agora apenas a concretização do PIER (Plano de Intervenção em Espaço Rural), para avançar com as restantes obras de consoli-dação deste parque industrial que abrange mais de 25 hectares. “Não foi fácil, pois todas estas questões, que envolvem ordenamento do território, demoram muito tempo. Foram investidos cerca de um milhão e 400 mil euros nas terraplanagens e agora precisamos de investir nas infraestruturas básicas como saneamento, eletricidade e água, tratamento de poeiras e efluentes, além dos arruamentos. É uma necessidade urgente para potenciar as próprias indústrias e valorizar a matéria-prima existente na freguesia. Até ao final do mandato pretendo ter este projeto concluído e aí equaciono a minha continuidade na junta de freguesia, se o povo de Arcozelo assim o entender”.Dotado de um espírito jovem e interventivo, o presidente da junta está comprometido com o objetivo de fazer de Arcozelo uma freguesia culturalmente desenvolvida. Para o entrevistado, as paisagens e todo o ambiente rural que as envolvem, tornam a região um lugar único não só para quem lá vive mas também para quem a visita. “Temos tido muita procura a nível turístico. Desde março que as casas de turismo de habitação estão superlota-das. Existe um hotel no Largo da Alegria, fronteiriço ao Albergue dos Peregrinos de Santiago, considerado um dos ex-libris de Arcozelo. Passam aqui mais de 50 mil peregrinos por ano a caminho de Santia-

JOÃO BARRETO

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go de Compostela. Na minha opinião, não é maioritariamen-te um turismo religioso mas sim de sentimento e de convívio com a paisagem e com o mundo rural”. Com o objetivo de dinamizar e promover a freguesia, João Barreto tem rea-lizado as mais diversas atividades para garantir que Ar-cozelo seja o melhor local para viver. Sem nunca esquecer as raízes e o historial da freguesia, as festas e as romarias fazem parte da vida dos arcozelenses. “A nossa santa pa-droeira é a Santa Marinha, mas temos festas durante todo o ano. Há muito folclore e muita animação, onde a comida e a bebida não podem faltar e, por isso, temos um repositório de festividades muito interessante”.Apesar de Arcozelo apresentar hoje uma realidade mo-derna e complexa, a freguesia encontra-se ainda dividida culturalmente. “A população nunca se encontrava na mes-ma igreja e na mesma escola e, por isso, muitas das pessoas não se conhecem porque não frequentaram a mesma escola ou a mesma igreja. Quando a Câmara Municipal avançou com o processo da carta educativa, foram criados dez centros educativos, e foi questão absolutamente intocável a criação de um único centro educativo e de um único jardim de infân-cia para a freguesia. Há quatro anos que todas as crianças e jovens da minha freguesia estão todos juntos no mesmo estabelecimento de ensino, o que me faz crer que daqui a dez anos essa realidade seja diferente”. O rápido envelhecimen-to da população é atualmente um dos maiores desafios que o país enfrenta e Arcozelo não é exceção. Com uma população cada vez mais idosa, João Barreto mostra-se empenhado em disponibilizar as melhores condições ao serviço da população sénior. “Adquirimos um terreno que cedemos à Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima que já está a funcionar. Trata-se de um Centro Comunitário e da maior infraestrutura de apoio social do distrito, onde é possivel desfrutar de cinco valências, nomeadamente lar de idosos, centro de dia, apoio domiciliário, creche e cuidados continuados”.Num futuro próximo, o atual presidente da Junta de freguesia de Arcozelo anseia continuar com a dinâmica implementada até agora e reforça que “o futuro passa pela indústria, pela valorização da matéria-prima e do valor acrescentado ao granito que é único no país e no mundo. É preciso aproveitar os eixos viários e potenciar a vinda de em-presas de qualidade para Ponte de Lima. O turismo é outro ponto fundamental para o desenvolvimento económico da região. O Porto, o norte de Portugal e o Douro estão na moda e acho que esta dinâmica está a ser muito bem aproveitada. Nós também podemos pensar um pouco dentro deste quadro e devemos aproveitar esta fase. Temos que ser inteligentes para usufruir deste crescimento pelo potencial que temos”. Em jeito de despedida, José Barreto, faz um balanço mui-to positivo das atividades que tem vindo a desenvolver em prol da população local. “É uma freguesia difícil pela quantidade de pessoas e pela sua diversidade. Vivemos num mundo rural e industrial onde o dia a dia é duro. Temos uma população muito urbana que tem uma ligação intrínseca a Ponte de Lima e dois ou três locais muito populosos que constituem também uma realidade própria. O trabalho inical consistiu numa requalificação da rede viária, aproveitando a colocação do saneamento básico que cobre hoje 98 por cen-to da freguesia. Hoje está praticamente tudo concluído mas ainda há coisas a fazer nesta área. Não fiz tudo o que queria, mas posso dizer que o balanço que faço da minha passagem pela Junta de Freguesia de Arcozelo, é extremamente positi-vo”, conclui.

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O MELHOR SARRABULHO DE PONTE DE LIMA E ARREDORES

Desde cedo se rodeou de tachos e panelas. No restaurante da tia começou a dar os primeiros passos na área da restauração e a partir daí nunca mais parou. “Fugia de casa para ajudar a min-ha tia no restaurante. Trabalhei com ela desde pequena e ganhei muita prática com isso. A minha mãe também foi uma grande aju-da, foi com ela que aprendi a fazer o arroz de sarrabulho.” Com o tempo e com a prática adquirida, abriu o seu primeiro negócio em 2000. Recentemente mudou de instalações e garante estar muito satisfeita com a mudança. “Este espaço foi criado de raiz e estou muito feliz com o resultado. É um espaço muito amplo com duas salas, com capacidade de lotação para mais de 200 pessoas. Tenho tido muito trabalho mas com a ajuda dos meus dois filhos, tenho conseguido gerir o negócio da melhor forma.”A receita do famoso arroz de sarrabulho fica guardada na fa-mília, mas Fátima Amorim faz questão de nos confidenciar a chave do seu sucesso. “O segredo é o jeito e o carinho que tenho pela cozinha. É preciso gostar do que fazemos, eu sou capaz de estar 18 horas seguidas na cozinha.” Exigente e trabalhadora, reconhece que só procura produtos de qualidade na elabo-ração dos seus pratos. Para a entrevistada, “o importante é que os clientes saiam satisfeitos. Sempre trabalhei com boas carnes e com bons produtos e sou muito esquisita na escolha dos mesmos.

Com mais de dois anos de funcionamento, o Restau-rante Fátima Amorim tem feito as delícias de Ponte de Lima e de quem por lá passa. Falamos com Fátima Amorim, proprietária do estabelecimento, que nos deu a conhecer o seu novo espaço, num local onde o sarra-bulho é o prato de eleição.

RESTAURANTE FÁTIMA AMORIM

PAULO AMORIM, FÁTIMA AMORIM E MIGUEL AMORIM

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É tudo confecionado no restaurante e faço questão de provar sempre o arroz antes de ser servido ao cliente.”A especialidade da casa é o sarrabulho, mas o ba-calhau também continua a ser muito solicitado. Com pratos típicos da região, o Restaurante Fá-tima Amorim tem conquistado pessoas de todo o país, e de todo o mundo. “Tenho muitos estran-geiros que vêm de propósito provar o sarrabulho. Tenho divulgado muito estes pratos por França e Bruxelas com a ajuda da Confraria do Arroz de Sa-rrabulho. Começaram a gostar do meu trabalho e hoje vou a várias regiões de França fazer o arroz de sarrabulho para associações e amigos.”Com 62 anos e apaixonada por aquilo que faz, a cozinheira faz um balanço muito positivo do trabalho que tem sido desenvolvido e garante que para já nada a impede de continuar a tra-balhar. “Tão cedo não penso em ir para casa. Vou continuar a trabalhar até não poder mais.” Futura-mente, serão os seus dois filhos, Miguel e Paulo Amorim, a dar continuidade ao negócio que ini-ciou. “O Paulo tem muito jeito para a cozinha e o Miguel para a parte da organização das salas. São eles que vão ficar a gerir o restaurante.” Em jeito de despedida e como forma de terminar a con-versa, Fátima Amorim deixou uma mensagem: “venham conhecer o novo espaço da Fátima Amo-rim. É tudo preparado na hora por isso há dias em que provavelmente terão que esperar um bocadin-ho, mas certamente vai valer a pena”, conclui.

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NAZARÉ

A praia da Nazaré, de clima ameno e com uma beleza natural, tem das mais antigas tradições de Portugal ligadas às artes da pesca.O longo areal em forma de meia-lua, e que é também a frente de mar da cidade, é conhecido pela sua grandeza e pelos toldos de cores vivas que decoram a praia de areia branca em contras-te com o azul da água.Esta é a praia de Portugal onde as tradições da pesca são mais coloridas e não é raro cruzarmo-nos com as peixeiras que ainda usam as sete saias, como manda a tradição.Num fim de tarde de sábado dos meses de verão é imprescindí-vel sentar no paredão a assistir ao interessante espetáculo da Arte Xávega em que chegam do mar as redes carregadas de peixe e as mulheres gritam os seus pregões de venda.Virado para o mar, há um impressionante promontório. Tra-ta-se do Sítio, onde se encontra uma das mais conhecidas pa-norâmicas da costa portuguesa. São 318 metros de rocha a cair a pique até ao mar, a que se chega a pé, para os mais corajosos, ou subindo de ascensor. No alto, encontra-se a pequena Ermida da Memória, onde se conta a lenda do milagre que Nossa Senhora fez impedindo o cavalo de um fidalgo de se lançar no precipício. Verdade ou não, no Miradouro do Suberco mostra-se o sinal deixado na rocha pela ferradura, nessa manhã de nevoeiro de 1182. No sítio é possível ainda visitar o Santuário de Nossa Sen-hora da Nazaré e não muito longe o Museu Dr. Joaquim Manso para saber mais pormenores sobre as tradições nazarenas.

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PRATOS TÍPICOS DE GENTE DO MAR

Francisco do Carmo é o rosto desta casa. Ligado há vários anos à área da restauração, o nosso interlocutor sentiu que faltava no mercado um espaço que, além da comida típica nazarena apresentasse outras propostas mais alternativas. “Quisemos des-tacar-nos nesta medida, de modo a diferenciarmos as nossas pro-postas dos restantes restaurantes da zona”. Além disso, Francisco do Carmo quis também distinguir o seu espaço pelo paladar, pois “há sabores que marcam toda a diferença”.Questionado sobre o segredo do seu sucesso, a resposta não tar-da: “a esposa que tenho na cozinha. O segredo está na cozinha e em quem cozinha com alma e amor”. Com uma cozinha aberta à vista de todos os que ali passam, o gerente e proprietário deste espaço

No restaurante ‘A Bússola’ confecionam-se saborosos pratos típicos de gente do mar, com vista para o mes-mo. Inaugurado em 2010, este restaurante localizado na Nazaré possui uma decoração típica e marítima que proporciona ao restaurante uma atmosfera acolhe-dora e nostálgica. Se gosta de um bom marisco ou de um peixe fresco, ‘A Bússola’ é um espaço de passagem obrigatória.

RESTAURANTE A BÚSSOLA

advoga que o seu objetivo passa por fidelizar os seus clientes, tornando-se amigo dos mesmos, “queremos que quem cá vem con-tinue a vir e que consigo traga a família e os amigos”.

A importância da equipaFrancisco do Carmo defende a equipa e a sua formação como um elemento primordial para o sucesso de uma casa. Um emprega-do de mesa menos sorridente ou uma cozinha descuidada são, nesta área, fatores de referência negativa e que, “de um momento para o outro acabam com uma casa”.Atualmente, ‘A Bússola’ conta com seis pessoas e na época de maior afluência acrescenta pessoas à sua equipa.

Panóplia de saboresAqui os sabores misturam-se com uma decoração bem cuidada, que envolve todos numa atmosfera de tom marítimo e, através das suas fotos, recorda-se uma Nazaré nostálgica.As entradas chamam pelo berbigão, mexilhão, amêijoa, camarão cozido ou à casa, ovas e ainda uma apetitosa salada de polvo.Nas saladas, a ementa sugere-nos uma salada de atum, de peito de frango, salada de marisco e salada mista.Na área dos mariscos, a gerência recomenda o arroz de marisco, a feijoada de marisco e, ainda, a açorda de marisco. Se preferir, as suas escolhas podem recair na cataplana de marisco, barco de marisco, lavagante, sapateira, amêijoas à bolhão pato ou à espan-hola, mexilhão à espanhola e, ainda, nos percebes.Falando nos peixes, sempre frescos, as propostas da casa vão para as lulas grelhadas, para o bacalhau no forno ou assado e a sardinha assada acompanhada com a batata cozida.Para os apreciadores de carne, Francisco do Carmo sugere a car-ne de porco à alentejana, o bem temerado bife à casa ou as fêve-ras gralhadas. Há ainda tempo para provar uma omoleta de camarão e, para finalizar, um pudim caseiro ou uma torta de azeitão.

O novo projetoCom uma localização privilegiada, o nosso entrevistado revela à Portugal em Destaque que no final do mês de junho irá inaugu-rar um novo projeto, a ‘Bússola na Onda’. Estamos a falar de um novo restaurante com concessão balnear e vão estar também na praia. “Vamos ter nadadores salvadores, uma enfermaria, parque infantil e uma pessoa responsável pelos mais novos. Durante o dia o espaço funcionará como restaurante e à noite como bar com música ao vivo. Pretendemos criar um conceito totalmente diferente de tudo aquilo que existe na região da Nazaré”.Será, com certeza, uma nova referência na região e mais um pro-jeto de Francisco do Carmo pautado pelo sucesso.

FRANCISCO DO CARMO

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DUAS CASAS, DOIS LOCAIS DE ELEIÇÃODuas casas, dois espaços distintos, mas ambos de vi-sita obrigatória na sua próxima visita à Nazaré. Saiba porquê pela voz de Marco Portugal, Vanda Portugal e Abel Santos.

taberna d’adéliaRua das Traineiras 12 - NazaréTlf: 262 552 134

taverna 8 Ó 80Av. Manuel Remígio - NazaréTlf: 262 560 490

Taverna do 8 ó 80

A Taverna do 8 ó 80 é a segunda casa de uma empresa familiar. Como surge?A Taverna do 8 ó 80 surge como uma oportunidade de negócio e baseado em muitas ideias que tínhamos e que acabaram por se materializar neste projeto. Que tipo de cozinha têm para oferecer aos vossos clientes?A cozinha é do tipo mediterrânea e pretende oferecer aos clien-tes uma boa experiência gastronómica, baseada em tapas, pra-tos de carne e peixe e trabalhar com produtos locais como, por exemplo, o carapau seco, a sardinha e a cavala.A vossa carta de vinhos é muito vasta, uma vez que oferecem mais de 250 qualidades. Que prato destacam?A nossa carta de vinhos tem cerca de 500 referências, sendo que destas 250 são vendidas a copo. A nossa carta foi premiada duas vezes, em 2013 e 2015, num concurso que se realiza bianual-mente, como a melhor carta de vinhos a copo a nível nacional pela Revista de Vinhos.Qual a capacidade do vosso restaurante?A capacidade do restaurante é de 48 lugares no interior e de 16 lugares na esplanada.O vosso excelente atendimento e a vossa boa relação qualida-de/preço são fundamentais. Qual o segredo do vosso sucesso?O segredo é fazer todos os dias o melhor para poder fazer sem-pre. Queremos tentar providenciar boas experiências aos nossos clientes de forma esclarecida.

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MARCO PORTUGAL, VANDA PORTUGAL E ABEL SANTOS

Taberna da Adélia

A Taberna d’Adélia está localizada no centro da Nazaré, e quem entra no espaço percebe que a Taberna tem muita história. Gos-taria que me falasse disso.A história da Taberna D’Adélia remonta a 1987, altura da sua fundação. Abriu como uma taberna onde se pretendiam servir alguns petiscos e copos de vinho mas rapidamente se transfor-mou num pequeno restaurante de sete mesas. Com o avançar dos anos foi crescendo, transformando-se no restaurante que é hoje.O vosso espaço é composto por duas salas, e numa delas desta-ca-se o peixe fresco da lota. Qual o tipo de cozinha? Qual a vossa especialidade? O restaurante é do tipo tradicional, onde imperam os peixes fres-cos preparados na grelha, em cataplanas, arrozes e caldeiradas.Nas sobremesas vocês decidiram inovar. Gostaria que me falas-se dessa sobremesa.O doce da casa é uma combinação entre a fruta da nossa região, a maçã, e leite creme, uma combinação que resulta fantastica-mente.Qual a capacidade do vosso restaurante? Como é que os turistas reagem ao vosso espaço tão típico?A capacidade da sala é de 80 lugares no interior e de 16 lugares na esplanada.

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TUDO POR SI

Quando surge a Century21 na Nazaré? O que a motivou a apos-tar nesta marca?A Century21 Ramomi surge em junho de 2009, mas estamos no mercado imobiliário há já 16 anos. O que nos levou a apostar nesta marca foi a necessidade que sentimos de nos modernizar enquanto agência imobiliária tradicional. A escolha pela Cen-tury21 surge de uma forma natural, pois após analisar a postura no mercado e a forma de comunicação de diversas marcas, de-dicimos apostar na marca mais exclusiva e que tivesse também uma presença significativa em mercados que habitualmente nos procuram, tal como os franceses, belgas, alemães e holandeses.

A mediação imobiliária está a mudar, e isso implica uma maior profissionalização do setor. De facto a mudança na mediação imobiliária é real, os paradig-ma alteraram-se, as condições de financiamento alteraram-se e o próprio público alvo também mudou assim como a sua mo-tivação de compra. Isso implica necessariamente uma maior profissionalização do setor em várias áreas e aí sim, a formação desenvolve um papel fulcral. A fim de dotar a nossa equipa de todas as ferramentas, procedimentos e atitudes, temos um programa de formação interno próprio assim como nos apoia-mos também num conceito de formação central fornecido pela própria Century21 Portugal, que abrange áreas tão importantes como formação jurídica, angariação, venda, qualificação finan-ceira, fotografia, apresentação, gestão de tempo, entre outras. Os critérios para intergrar a nossa rede encontram-se devidamen-te definidos, aquilo que procuramos sempre é alguém com uma motivação inabalável, pro-ativo, dinâmico que tenha um bom sentido de responsabilidade, que possua uma boa capacidade de comunicação e argumentação, sendo também fundamental falar inglês e francês. Aproveitamos a oportunidade para infor-mar que neste momento estamos em fase de recrutamento, indo de encontro à nossa política de expansão.

É sob este propósito que a Century21 se apresenta aos seus clientes. Desde 2009 que a marca está presente na Nazaré pelas mãos de Ofélia Correia, com a Century21 Ramomi.

www.century21.pt/ramomi

RAMOMI

Que balanço faz da atividade da Century21 na Nazaré?Temos cerca de 65 por cento da quota do mercado imobilário na Nazaré, temos tido índices de crescimento na ordem dos 24 por cento ao ano, portanto o balanço que fazemos da atividade da Century21 Ramomi no concelho da Nazaré não poderia ser mais positivo. Conjugado com isto temos recebido vários prémios to-dos os anos da campanha de reconhecimento da Century21 Por-tugal, sendo de destacar o 11º lugar no ranking nacional no ano de 2015, tendo apenas como concorrentes diretos agências da C21 de Lisboa, Sul do Tejo e Algarve. Quanto aos prémios indivi-duais, quatro dos nossos consultores imobiliários foram distin-guidos com prémios, Ruby, Esmeralda e Diamante, com índices de faturação significativos, superando os seus próprios objetivos para o ano de 2015.

Qual objetivo da Century21 para este ano?Um dos objetivos primordiais no setor da mediação imobiliária é a sustentabilidade. O que pretendemos para este ano, não é apenas ultrapassar os resultados liquidos do ano passado, assim como continuar a nossa politica de marketing e publicidade, continuarmos a prestar um serviço de excelência ao nosso clien-te proprietário e comprador; implementar as novas ferramentas da Century21 Portugal e crescer. Pretendemos crescer em nú-mero de consultores e locais de atendimento ao público, a fim de podermos prestar um serviço de proximidade e aumentar ainda mais a nossa visibilidade. O que vos distingue da concorrência?O que nos distingue dos nossos parceiros, pois é dessa forma que nos relacionamos, em parceria, são vários fatores. O maior fa-tor diferenciador é de facto o profissionalismo e a excelência do trabalho apresentado, do acompanhamento e relação próxima de confiança que conseguimos estabelecer com os nossos clien-tes. Dizemos muitas vezes que este negócio, não são casas, são pessoas. Queremos estar ao lado dos nossos clientes e queremos que eles sintam a confiança e a tranquilidade suficiente para to-marem uma decisão firme, consciente e esclarecida do investi-mento que vão realizar. Para isso ajuda os nossos consultores falarem inglês, francês, espanhol, alemão e russo, termos uma equipa de 13 pessoas e uma direção e gerência sempre disposta a resolver todos os assuntos relacionados não apenas com os pro-cedimentos legais da compra e venda dos imóveis, assim como da instalação em Portugal. Acompanhamos o nosso cliente na li-gação da água, eletricidade, gás e telecomunicações, ainda o aju-damos com todas as questões legais de registo na conservatória e finanças, tudo isto de forma gratuita e altamente profissional.A Century21 oferece um serviço completo aos seus clientes.

Quais as perspetivas de futuro para o mercado imobiliário na Nazaré?As perspetivas de futuro para o mercado imobiliário na Naza-ré são de aumento da procura, mas necessitamos que a oferta acompanhe esta tendência para fazer face a todas as exigências dos nossos clientes. Fruto do desinvestimento na construção, neste momento o mercado da venda de imóveis novos repre-senta apenas cinco por cento a 10 por cento do total dos imóveis transacionados. Estamos em crer que se houvesse mais cons-trução haveria garantidamente mais transações efectuadas. Neste momento existem todos os tipos de cliente, desde aquele que procura uma casa de férias nas ruas típicas da Nazaré, o que quer desfrutar de uma moradia com vista mar, o que procura uma casa a 10 minutos da praia e o quer um apartamento na marginal para usufruir do fantástico pôr-do-sol.

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