portugal 2020 - sistema de incentivos: "inovação empresarial e empreendedorismo"

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Síntese do enquadramento legal do sistema de incentivos: "Inovação Empresarial e Empreendedorismo".

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Enquadramento legal

Objetivos do sistema de incentivos

Tipologia dos projetos

Despesas elegíveis

Taxas de �nanciamento

Despesas não elegíveis

Forma, montante e limites dos incentivos

Critérios de elegibilidade dos projetos

Critérios de elegibilidade dos bene�ciários

Vale empreendedorismo

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Promover a inovação no tecido empresarial, traduzida na produção de novos, ou signi�cativamente melhorados, bens e serviços transacionáveis e internacionalizáveis, diferenciadores, de qualidade e com elevado nível de incorporação nacional;

Promover o empreendedorismo quali�cado e criativo.

OBJETIVOS

Enquadramento legal

O presente documento, elaborado pela markgest-consultoria em 2015, resulta da conju-gação do disposto pela Portaria n.º 57-A/2015, de 27 de fevereiro e pelo Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27, servindo como ferramenta de divulgação das possibilidades de enquadramento dos projetos inovadores e empreendedores, no âmbito do sistema de incentivos “Inovação Empresarial e Empreededorismo”.

Objetivos do sistema de incentivos

O sistema de incentivos “Inovação Empresarial e Empreendedorismo” tem como princi-

pais objetivos:

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Tipologia dos projetos

No âmbito da inovação produtiva PME, são enquadraveis os investimentos de natureza inovadora que se traduzam na produção de bens e serviços transacionáveis e internaciona-lizáveis e com elevado nível de incorporação nacional, que correspondam a um investi-mento inicial relacionado com:

A criação de um novo estabelecimento;

O aumento da capacidade de um estabelecimento já existente em pelo menos 20% da capacidade instala-da em relação ao ano pré-projeto;

A diversi�cação da produção de um estabelecimento para produtos não produzidos anteriormente no estabelecimento, sendo que os custos elegíveis devem exceder em, pelo menos, 200% o valor contabilísti-co dos ativos que são reutilizados;

A alteração fundamental do processo global de produção de um estabelecimento existente, sendo que os custos elegíveis devem exceder a amortização e depreciação dos ativos associados à atividade a modern-izar no decurso dos três exercícios �scais precedentes.

Na área do empreendedorismo quali�cado e criativo, são suscetíveis de �nanciamento:

Os projetos das PME, com menos de dois anos, a dinamizar em setores com fortes dinâmicas de crescimen-to, incluindo as integradas em indústrias criativas e culturais, e/ou setores com maior intensidade de tecnologia e conhecimento ou que valorizem a aplicação de resultados de I&D na produção de novos bens e serviços, valorizando a articulação com o ecossistema do empreendedorismo;

Os projetos de aquisição de serviços de consultoria na área do empreendedorismo imprescindíveis ao arranque de empresas, nomeadamente a elaboração de planos de negócios, através do vale empreende-dorismo.

Na área do empreendedorismo quali�cado e criativo, são suscetíveis de �nanciamento:

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Despesas elegíveis

À exceção do vale empreendedorismo, consideram-se elegíveis as seguintes despesas, desde que diretamente relacionadas com o desenvolvimento do projeto:

Ativos corpóreos constituídos por:

i. Custos de aquisição de máquinas e equipamentos, custos diretamente atribuíveis para os colocar na localização e condições necessárias para os mesmos serem capazes de funcionar;

ii. Custos de aquisição de equipamentos informáticos, incluindo o software necessário ao seu funciona-mento.

Ativos incorpóreos constituídos por:

i. Transferência de tecnologia através da aquisição de direitos de patentes, nacionais e internacionais;

ii. Licenças, «saber-fazer» ou conhecimentos técnicos não protegidos por patente;

iii. Software standard ou desenvolvido especi�camente para determinado �m.

Outras despesas de investimento, até ao limite de 20%, ou 35% no caso dos projetos do empreendedoris-mo, do total das despesas elegíveis do projeto:

i. Despesas com a intervenção de TOC ou ROC, na avalidação da despesa dos pedidos de pagamento, até ao limite de 5.000 euros;

ii. Serviços de engenharia relacionados com a implementação do projeto;

iii. Estudos, diagnósticos, auditorias, planos de marketing e projetos de arquitetura e de engenharia, associados ao projeto de investimento.

Aquisição de serviços de execução de cadastro predial dos prédios em que incide a operação ou o projeto, incluindo aluguer de equipamento.

Formação de recursos humanos no âmbito do projeto.

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Despesas elegíveis

Os projetos dos setores do turismo e da indústria, em casos devidamente justi�ca-dos no âmbito da atividade do projeto, podem ainda incluir, como despesas elegíveis, a construção de edifícios, obras de remodelação e outras construções, desde que adquiridos a terceiros não relacionados com o adquirente, sujeitos a lim-itações a de�nir nos avisos para apresentação de candidaturas.

Os projetos do setor do turismo, em casos devidamente justi�cados no âmbito do exercício da atividade turística, podem ainda incluir, como despesas elegíveis ma-terial circulante que constitua a própria atividade turística a desenvolver, desde que diretamente relacionadas com o exercício da atividade.

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Taxas de Financiamento

O incentivo a conceder, aos projetos no âmbito da inovação empresarial e empreendedo-rismo quali�cado e criativo, para as despesas elegíveis, é em regra, calculado através da aplicação de uma taxa base máxima de 35%, a qual poderá ser acrescida das seguintes majorações, não podendo a taxa ultrapassar 75%:

Majoração «tipo de empresa»:

i. 15 pontos percentuais (p.p.) a atribuir a médias empresas e pequenas empresas que desenvolvam projetos com despesa elegível igual ou superior a 5 milhões de euros;

ii. 25 p.p. a atribuir a pequenas empresas, em projetos com despesa elegível inferior a 5 milhões de euros;

Majoração «territórios de baixa densidade»: 10 p.p.;

Majoração «demonstração e disseminação»: 10 p.p. a atribuir a projetos que apresentem um plano de ações de demonstração e disseminação de soluções inovadoras, que incentivem e promovam a adoção alargada de tecnologias consolidadas, sem aplicação corrente no setor, nomeadamente através de mecanismos de fertilização cruzada intersetorial;

Majoração «empreendedorismo»: 10 p.p. para projetos de empreendedorismo quali�cado e criativo;

Majoração «empreendedorismo jovem ou feminino»: 10 p.p. a atribuir a projetos que resultem de empreendedorismo feminino ou jovem;

Majoração «sustentabilidade»: 10 p.p. a atribuir a projetos que demonstrem atuações ou impactos em matéria de uso e�ciente de recursos, e�ciência energética, mobilidade sustentável e redução de emissões de gases com efeitos de estufa, a apreciar pela autoridade de gestão �nanciadora.

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Despesas não elegíveisCustos normais de funcionamento e investimentos de manutenção ou substituição, bem como os custos relacionados com atividades de tipo periódico ou contínuo;

Custos referentes a investimentos diretos no estrangeiro e custos referentes a atividades relacionadas com a exportação, nomeadamente os diretamente associados às quantidades exportadas, à criação ou funcio-namento de redes de distribuição;

Trabalhos para a própria empresa, aquisição de e bens em estado de uso, trespasses e direitos de utilização de espaços, bem como a compra de imóveis, incluindo terrenos;

Pagamentos em numerário, efetuados pelos bene�ciários aos seus fornecedores, exceto nas situações em que se revele ser este o meio de pagamento mais frequente, em função da natureza das despesas, e desde que num quantitativo unitário inferior a 250 euros;

Despesas pagas no âmbito de contratos efetuados através de intermediários ou consultores, em que o montante a pagar é expresso em percentagem do montante co�nanciado ou das despesas elegíveis do projeto;

IVA recuperável ainda que não tenha sido ou não venha a ser efetivamente recuperado pelo bene�ciário;

Aquisição de veículos automóveis, aeronaves e outro material de transporte ou aeronáutico, à exceção das despesas previstas no setor do turismo;

Fundo de maneio e juros durante o período de realização do investimento;

Custos de investimento correspondentes às unidades de alojamento exploradas em regime de direito de habitação periódica, de natureza real ou obrigacional;

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Forma, montante e limites dos incentivos

Os incentivos a conceder no âmbito da inovação empresarial e empreendedorismo reve-stem a forma reembolsável (exceto vale empreendedorismo), estando o plano de reemb-olso do incentivo sujeito às seguintes condições:

Pela utilização do incentivo reembolsável, não são cobrados ou devidos juros ou quaisquer outros encar-gos;

O prazo total de reembolso é de oito anos, constituído por um período de carência de dois anos e por um período de reembolso de seis anos, à exceção de projetos de criação de novos estabelecimentos hoteleiros e conjuntos turísticos em que o plano total de reembolso é de 10 anos, constituído por um período de carência de três anos e por um período de reembolso de sete anos.

Em função da avaliação dos resultados do projeto, pode ser concedida a isenção de reemb-olso de uma parcela do incentivo reembolsável, até ao limite máximo de 50%, em função do grau de superação das metas �xadas pelo bene�ciário para os indicadores de resultado associados a impacte positivo ao nível da competitividade regional ou nacional, em linha com os correspondentes indicadores de resultado estabelecidos no Portugal 2020, para o domínio competitividade e internacionalização.

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Critérios de elegibilidade dos projetos

Os critérios de elegibilidade dos projetos para as áreas inovação produtiva PME e em-preendedorismo quali�cado e criativo (exceto vale empreendedorismo), são os seguintes:

Ter data de candidatura anterior à data de início dos trabalhos, não podendo incluir despesas, à exceção dos adiantamentos para sinalização, relacionados com o projeto, até ao valor de 50% do custo de cada aquisição e das despesas relativas aos estudos de viabilidade, desde que realizados há menos de um ano;

Ser sustentado por uma análise estratégica que identi�que as áreas de competitividade críticas, diagnos-tique a situação da empresa nestas áreas críticas e fundamente as opções de investimento;

Demonstrar o efeite de incentivo, bom como a viabilidade económico-�nanceira e que se encontram asseguradas as fontes de �nanciamento, sendo que o bene�ciário deverá assegurar pelo menos 25% dos custos elegíveis com recursos próprios ou alheios, que não incluam qualquer �nanciamento estatal;

No que respeita aos investimentos no setor do turismo, encontrar-se o respetivo projeto de arquitetura aprovado pela edilidade camarária competente, nos casos em que seja legalmente exigida a instrução de um procedimento de licença administrativa, e estar alinhado com as respetivas estratégias nacional e regionais para o setor do turismo;

Ter uma duração máxima de execução de 24 meses, exceto em casos devidamente justi�cados;

Demonstrar, quando integrar ações de formação pro�ssional, que o projeto formativo se revela coerente e consonante com os objetivos do projeto, cumpre os normativos estabelecidos no âmbito dos incentivos à formação pro�ssional e não inclui ações de formação obrigatórias para cumprir as normas nacionais em matéria de formação;

Iniciar a execução no prazo máximo de seis meses, após a comunicação da decisão de �nanciamento;

Não ter por objeto empreendimentos turísticos a explorar ou explorados em regime de direito de habi-tação periódica, de natureza real ou obrigacional.

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Critérios de elegibilidade dos bene�ciários

Estarem legalmente constituídos;

Dispor de contabilidade organizada;

Terem a situação tributária e contributiva regularizada;

Declarar que não tem salários em atraso;

Poderem legalmente desenvolver as atividades e pela tipologia das operações e investimentos a que se candidatam;

Possuírem, ou poderem assegurar até à aprovação da candidatura, os meios técnicos, físicos e �nanceiros e os recursos humanos necessários ao desenvolvimento da operação;

Terem a situação regularizada em matéria de reposições, no âmbito dos �nanciamentos dos FEEI;

Apresentarem uma situação económico -�nanceira equilibrada ou demonstrarem ter capacidade de �nan-ciamento da operação;

Não terem apresentado a mesma candidatura, no âmbito da qual ainda esteja a decorrer o processo de decisão ou em que a decisão sobre o pedido de �nanciamento tenha sido favorável, exceto nas situações em que tenha sido apresentada desistência;

Não deterem nem terem detido capital numa percentagem superior a 50 %, por si ou pelo seu cônjuge, não separado de pessoas e bens, ou pelos seus ascendentes e descendentes até ao 1.º grau, bem como por aquele que consigo viva em condições análogas às dos cônjuges, em empresa que não tenha cumprido noti�cação para devolução de apoios no âmbito de uma operação apoiada por fundos europeus;

Não ter encerrado a mesma atividade, ou uma atividade semelhante, no Espaço Económico Europeu nos dois anos que antecedem a data de candidatura;

Ter concluído os projetos anteriormente aprovados para o mesmo estabelecimento da empresa.

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Vale empreendedorismo

No que respeita ao vale empreendedorismo, consideram-se elegíveis as despesas com serviços de consultoria na área do empreendedorismo, nomeadamente a elaboração de planos de negócios, bem como serviços de consultoria imprescindíveis ao arranque de em-presas recém-criadas quando preencherem as seguintes condições:

Serem exclusivamente imputáveis ao estabelecimento do bene�ciário onde se desenvolve o projeto;

Resultarem de aquisições posteriores à data da candidatura e em condições de mercado, a terceiros não relacionados com o adquirente;

Resultarem de aquisições a entidades acreditadas para a prestação do serviço em causa;

Sejam executadas, no máximo, durante 12 meses;

Tenham natureza incremental e não recorrente, estando o problema que pretendem solucionar devida-mente identi�cado.

O incentivo a conceder, nos projetos no âmbito do vale empreendedorismo, é calculado através da aplicação às despesas elegíveis de uma taxa máxima de 75%, tendo como limite máximo 15.000 euros por projeto.

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