Olivia Arguinzoni, Surabhi Bajpai, Tina Cai, Giuliana de Mendiola, Santiago Ramírez

EPD WORKSHOP 2016-2017 | SIPA | COLUMBIA UNIVERSITY

Avaliação do Impacto do Programa Jovens Empreendedores Rurais no Ceará, Brasil

AGÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO LOCAL (ADEL)

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SUMÁRIO Sumário Executivo .......................................................................................................................... 3

Agência Cliente................................................................................................................................5

Cenário - Contexto Regional e Setorial...........................................................................................7

O Sertão ......................................................................................................................................7

Empreendedorismo no Brasil .....................................................................................................9

Contexto Político e Econômico Atual........................................................................................... 11

O Programa Jovens Empreendedores Rurais ................................................................................13

Metodologia ................................................................................................................................. 15

Processo de Pesquisa .................................................................................................................15

Projeto de Pesquis .....................................................................................................................15

Ferramentas de Coleta de Dados ............................................................................................. 20 Análise Quantitativa .................................................................................................................20

Métodos de Análise Qualitativa ............................................................................................... 21

Resultados .................................................................................................................................... 22

Conhecimento de Temas de Negócios .................................................................................... 22

Implementação de Atividades de Negócio .............................................................................. 26

Implementação de Práticas de Negócio Inteligentes .............................................................. 28

Crédito ..................................................................................................................................... 30

Uso da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) .......................................................28

Rede de Jovens Empreendedores Rurais ................................................................................. 34

Propriedade de Negócio, Educação e Renda ........................................................................... 36

Desenvolvimento Pessoal ........................................................................................................ 42

Resultados dos Grupos Focais .................................................................................................... 45

O PJER como uma Oportunidade Única ................................................................................ 45

Criação de Plano de Negócio ................................................................................................... 45

Habilidades de Comunicação ................................................................................................... 46

Importância do Acesso ao Crédito ............................................................................................ 46

Obstáculos que os Negócios Agrícolas Enfrentam ................................................................... 47

Perspectivas para o Futuro ........................................................................................................ 48

2

Limitações ..................................................................................................................................... 49

Predisposição de Resposta ....................................................................................................... 49

Erro de Medição ........................................................................................................................ 50

Desistências do PJER ................................................................................................................ 50

Conclusões e Recomendações ...................................................................................................... 51

Conclusões ................................................................................................................................ 51

Recomendações para o Programa PJER ................................................................................... 52

Recomendações para Avaliações Futuras ................................................................................. 53

Referências .................................................................................................................................... 55

Apêndices ...................................................................................................................................... 58

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SUMÁRIO EXECUTIVO A Adel é uma organização não governamental localizada no Ceará, Brasil, que promove o empreendedorismo e o engajamento social como um meio para reduzir a pobreza nas comunidades rurais da região. A Adel procura cumprir sua missão oferecendo oportunidades de empreendedorismo e inovação a dois grupos da população – agricultores e jovens. Por intermédio de seus programas, a Adel desenvolve as capacidades técnicas e gerenciais dos participantes e os ajuda a encontrar condições favoráveis para iniciar negócios em suas comunidades. O programa emblemático da Adel é o Programa Jovem Empreendedor Rural – PJER, que proporciona formação em empreendedorismo para os jovens da região. Para se compreender o impacto do programa no desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes, a Adel entrou em contato com a Universidade Columbia, e nós, um grupo de cinco alunos da Escola de Assuntos Internacionais e Públicos (School of International and Public Affairs – SIPA), fomos encarregados de elaborar uma avaliação do impacto do programa. Viajamos para o Ceará, em janeiro de 2017 para realizar as entrevistas com as partes interessadas da equipe da Adel, bem como com as partes interessadas externas. Durante nossa viagem, refinamos o escopo do projeto e aplicamos uma abordagem de métodos combinados, abrangendo pesquisas e grupos focais para determinar o impacto do PJER. Implementamos as ferramentas durante nossa viagem de campo feita em março, com a ajuda da equipe da Adel. Ao retornarmos, analisamos os dados para chegar às conclusões sobre o impacto do programa e fazer recomendações para aperfeiçoamentos futuros. De uma forma geral, constatamos que o PJER tem um efeito modesto mas positivo no desenvolvimento dos participantes através das seguintes dimensões: conhecimento dos tópicos do negócio, implementação das atividades do negócio, implementação das “melhores práticas” para pequenos negócios, acesso ao crédito e às redes, uso de tecnologias de comunicações e várias medidas relativas ao desenvolvimento pessoal. A participação no programa também está associada a níveis mais altos de propriedade do negócio, à obtenção de patamares educacionais mais elevados e a uma renda mais elevada. Baseados nos resultados quantitativos e qualitativos a que chegamos, recomendamos que a Adel reforçasse o aspecto gerencial e financeiro de seu programa, melhorasse e sistematizasse a oferta de assistência técnica, adaptasse o programa sobre tecnologias socioambientais para se adequar às necessidades dos participantes e explorasse a possibilidade de estabelecer parcerias com organizações externas. Também recomendamos que a Adel continuasse a usar uma plataforma baseada no celular para futuras coletas de dados, e desse sugestões sobre como refinar a pesquisa-piloto que desenvolvemos como instrumento para futuras avaliações.

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AGÊNCIA CLIENTE A Agência do Desenvolvimento Econômico Local é uma organização sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo e o “protagonismo social” como instrumento para a redução da pobreza em comunidades rurais do Ceará. A Adel define protagonismo social como a liderança e o engajamento da comunidade através de redes e iniciativas de negócio. A agência busca cumprir sua missão oferecendo oportunidades para empreendedorismo e inovação em dois grupos da população – agricultores e jovens. Por intermédio de seus programas, desenvolve as capacidades técnicas e gerenciais de seus participantes e ajuda-os a encontrar as condições favoráveis para iniciar seus próprios negócios em suas comunidades. A Adel foi fundada em 2007 por um grupo de jovens que, depois de terem tido a oportunidade de frequentarem a faculdade, retornaram às suas comunidades para empregar as habilidades e o conhecimento que haviam adquirido em benefício da região. Eles compreenderam o valor do compartilhamento do conhecimento e perceberam a oportunidade de transformar suas comunidades mediante a promoção do desenvolvimento local, com foco na implementação de técnicas agrícolas inovadoras. Ao longo de dez anos de atividade, a Adel desenvolveu competências consistentes no que diz respeito à promoção de desenvolvimento local através da formação e do apoio ao empreendedorismo nas comunidades rurais. Essas competências foram desenvolvidas mediante uma íntima interação com jovens e agricultores, bem como com organizações locais, tais como associações e cooperativas comunitárias. Além disso, a Adel continua a experimentar diferentes iniciativas e programas, o que lhe permite ganhar uma expertise válida no que concerne ao que realmente funciona em seu contexto. A organização conta atualmente com uma equipe de 15 membros e seu quartel-general está instalado em Pentecoste, uma pequena cidade localizada a 100 km de Fortaleza. Seu centro de formação, que é usado para seus diversos programas, está situado na cidade vizinha de São Gonçalo do Amarante. A Adel atraiu uma atenção considerável, se for levado em conta que foi fundada há apenas dez anos atrás. Seus parceiros são, entre outros, a Danone, a Fundação Banco do Brasil e o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Wagner Gomes, o diretor de Relações Institucionais e um dos membros fundadores da Adel, ganhou o prêmio de Empreendedor Social do Futuro do jornal Folha de S. Paulo em 2010 e é também um fellow Ashoka. A Adel entrou em contato com a Universidade Columbia e a SIPA para desenvolver uma avaliação do impacto do seu programa emblemático, o PJER. A organização tinha um interesse todo especial nisso, uma vez que o programa passou por várias versões desde que foi lançado em 2009 e atraiu diversos doadores ao longo dos anos. Seguindo em frente, a Adel espera que uma avaliação do

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impacto do programa a auxiliará a compreender melhor seus pontos fortes e as áreas que necessitam de aperfeiçoamento.

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CENÁRIO – CONTEXTO REGIONAL E SETORIAL

O SERTÃO A Adel opera em municípios localizados no Sertão, região semiárida situada no interior do Nordeste brasileiro. Sua superfície é de cerca de 900.000km2 – que ocupa a maior parte do Nordeste – e se estende pelos estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará.1 Os aspectos mais peculiares da região são as chuvas irregulares e as secas persistentes. Durante a seca de 1877-1878, mais de 500.000 pessoas morreram de fome, sede ou doença, obrigando o país a promover políticas, muitas das quais ainda em vigor

nos dias de hoje, para mitigar os efeitos negativos sobre a população. Desde a década de 1970 que ocorre uma seca severa a cada três anos;2 2016 foi o quinto ano consecutivo da seca atualmente em curso. Embora não tenha havido nenhuma morte atribuída diretamente à seca desde meados do século XIX, a região, e especialmente os pequenos agricultores, ainda sofrem suas consequências econômicas. Ainda que represente uma pequena parcela do PIB da região, a agricultura é a principal fonte de renda para muitos habitantes do Sertão, os sertanejos. Em 2014, por exemplo, 24% dos trabalhadores no Ceará estavam empregados na agricultura.3 Ademais, muitos desses trabalhadores agrícolas cultivam pequenos lotes de terra. Em 2014, 68% das propriedades rurais no Ceará eram pequenas propriedades.4,5 Os pequenos proprietários no Sertão são especialmente

1 Ponce, 2015. 2 Finan et al., 2009. 3 IPECE, 2015 (Ceará em números). 4 Pequenas propriedades são definidas como aquelas com menos de cinco hectares. 5 IPECE, 2015 (Anuário Estatístico Ceará).

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vulneráveis às condições climáticas; as chuvas irregulares tornam o planejamento difícil e a falta d’água pode provocar um decréscimo na produtividade. As questões ligadas ao acesso à terra também desempenharam um papel importante na pobreza da região. Historicamente, o uso e o controle da terra no Nordeste foram orientados pelo coronelismo, uma forma de clientelismo, que, além de permitir que os grandes proprietários controlem a política municipal, impediram que os pequenos agricultores ganhassem um salário digno e tivessem acesso à terra. Os efeitos do coronelismo ainda podem ser sentidos no Brasil de hoje. Em 2010, 40% de toda a população das áreas rurais do Nordeste eram considerados sem terra.6 Todos esses fatores combinados, e mais um abandono geral do Nordeste desde o declínio da produção açucareira,7 contribuíram para que a região se tornasse a mais pobre do Brasil. Em 2007, 5.5 milhões de famílias no Nordeste recebiam os benefícios do programa de transferência de renda Bolsa Família, um número um pouco superior à metade do número total de beneficiários em todo o país.8 Historicamente, o Nordeste foi a região que experimentou o processo de emigração mais significativo. Isso está refletido na cultura brasileira, que considera a região como um lugar difícil e implacável, onde os sertanejos deixam suas casas em busca de melhores condições de vida nas cidades grandes ou em outras regiões do Brasil, mais prósperas. Isso também é confirmado nos dados. Em 2009, o Nordeste apresentou o saldo migratório líquido mais baixo em todo o Brasil.9 Contudo, é importante observar que durante o recente boom econômico do país, o Nordeste registrou uma das taxas de crescimento mais elevadas e experimentou uma certa relocação de indústrias do Sudeste. Isso incentivou muitos migrantes nordestinos a voltarem para suas casas.10 Embora o Nordeste ainda seja a região mais pobre do país, o Ceará, o estado em que a Adel opera, destaca-se como um dos mais prósperos. Programas governamentais importantes, com foco na saúde preventiva no campo, no desenvolvimento de pequenos negócios, na construção de obras públicas e na extensão agrícola ajudaram o Ceará a alcançar um índice de desenvolvimento relativamente alto.11 De 1991 para 2010, o índice de desenvolvimento humano do estado passou de 0,405 para 0,682, e sua taxa de pobreza foi reduzida à metade. A despeito dessas melhorias, os habitantes do estado ainda lutam para ter segurança econômica. Em 2010, 55% da população foram definidos como “vulneráveis à pobreza” e 40% estavam trabalhando na economia informal.12,13 A

6 Souza, 2010. 7 Eakin, 1997. 8 Souza, 2010. 9 IBGE, 2011. 10 Lima do Nascimento, 2015. 11 Tendler, 1997. 12 UNDP, 2013. 13 IPECE, 2015 (Trabalho e Rendimento).

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falta de segurança econômica ainda é mais pronunciada entre os jovens. Em 2014, mesmo depois de um período de crescimento sustentado, 39% estavam desempregados.14 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL O foco da Adel no empreendedorismo reflete o incrível espírito empresarial do Brasil. Em 2013, um em seis adultos estava tentando começar um negócio ou tinha dado início a um novo empreendimento nos 42 meses anteriores. Um em seis era proprietário de um negócio já estabelecido.15 O Brasil também implementou políticas para estimular a formalização de micro e pequenas empresas desde o início dos anos 2000, incluindo a simplificação do pagamento de impostos e a redução dos encargos administrativos para mais de quatro milhões de médias e pequenas empresas através do Simples Nacional. Entre outras reformas, a Lei dos Microempreendedores Individuais também aumentou significativamente a cobertura de proteção social para os trabalhadores empregados em pequenos negócios.16 Contudo, a despeito dessas iniciativas, ainda é muito difícil começar – e manter – um negócio no Brasil. Em 2016, o Brasil ocupava a 175ª posição em um conjunto de 185 países quanto às facilidades para se começar um negócio.17 Os procedimentos e exigências fiscais também criam obstáculos ao empreendedorismo – atualmente o Brasil é o 181º em 190 países quanto às facilidades para se preencher formulários e efetuar pagamentos de impostos.18 Como consequência, boa parte da demanda empresarial é absorvida pelo setor informal, que representa 40% do PIB do país.19 A falta de educação também compromete a decolada do empreendedorismo formal no Brasil. Muito embora este número venha aumentando desde 1990, em 2016, o número médio de anos de escolaridade completados por adultos era de apenas 7,8.20 Além disso, a formação empresarial não é facilmente disponível –

14 Ibid, baseada em pessoas com idades entre 15 e 29 anos. 15 Zacharakis, 2013. 16 Outras reformas incluem o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE); iniciativas para encorajar a participação das micro e pequenas empresas nos contratos públicos, como o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA); diversas políticas relativas ao crédito, como o Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF); políticas para inovação e transferência de tecnologia, como o Plano Brasil Maior; e a criação de uma rede nacional para a simplificação de registro e legalização de negócios, conhecida como REDESIM (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios). Para uma descrição mais detalhada de políticas para a formalização das micro e pequenas empresas no Brasil, ver Organização Internacional do Trabalho, 2014. 17 Banco Mundial, 2016. 18 PwC, 2017. 19 Zacharakis, 2013. 20 UNDP, 2016.

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menos de 10% das pessoas entre 18 e 64 anos receberam algum tipo de formação em empreendedorismo.21 O crédito, um dos aspectos mais importantes para o crescimento de um negócio, não é facilmente disponível para os pequenos negócios no Brasil. Um estudo recente mostrou que 30% dos pequenos negócios não têm nenhuma conexão com bancos comerciais enquanto entidades legais, o que dificulta seu acesso ao crédito.22 Adicionalmente, as taxas de juros reais do país são sabidamente elevadas. Em 2010, o ano de melhor desempenho do Brasil em termos de PIB, as taxas de juros reais se situavam um pouco abaixo de 30%. Desde então, elas aumentaram para mais de 33%.23 Entretanto, a Região Nordeste introduziu vários programas destinados a fornecer acesso ao crédito para empreendedores de baixa renda. Dois programas fundamentais são o CrediAmigo e o AgroAmigo, ambos operados pelo Banco do Nordeste, um banco de desenvolvimento público regional. O CrediAmigo é especialmente útil para os jovens; 40% de seus empréstimos destinam-se a pessoas entre 18 e 35 anos. Em seu conjunto, os residentes do Ceará receberam aproximadamente R$461 milhões em empréstimos, o maior montante destinado aos estados da região.24 Outros programas – tais como o Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF), patrocinado pelo governo federal – tinham por foco o acesso ao crédito à agricultura familiar em pequena escala. A Região Nordeste é a maior beneficiária do programa. Os agricultores do Ceará recebem atualmente 140.000 empréstimos do PRONAF, o segundo maior entre os estados nordestinos.25 O Brasil também expandiu a assistência técnica para empreendedores nos últimos anos. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), uma agência autônoma responsável pelo suporte a micro e pequenos negócios, oferece vários serviços, incluindo a assistência ao planejamento de negócios, à criação de parcerias e à inovação. O SEBRAE mantém diversos escritórios no Ceará, incluindo um em Itapipoca, cidade próxima a Pentecoste, que abriga a sede da Adel. A Endeavor Global, uma organização sem fins lucrativos, dedicada a apoiar o empreendedorismo em mercados emergentes, abriu escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro. Vários governos estaduais em todo o Brasil também mantêm agências voltadas a apoiar o empreendedorismo. No Ceará, a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social ajuda os empreendedores a desenvolver e formalizar os seus negócios. Em 2016, o novo governo federal anunciou um plano para oferecer mais de R$30 bilhões em crédito para pequenas e micro empresas, como um meio para desenvolver o setor e estimular a criação de empregos.26

21 Zacharakis, 2013. 22 O Globo, 2015. 23 Trading Economics, 2017. 24 Banco do Nordeste, 2015. 25 Ministério de Desenvolvimento Agrário, 2017. 26 Brasil Gov News, 2016.

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A Adel ocupa um nicho no setor de empreendedorismo do Brasil. Ela serve a uma população muito específica, boa parte da qual não teria tido outra forma de acesso à formação empresarial. Embora haja outros serviços dedicados a dar assistência aos empreendedores no Nordeste rural, a Adel preenche uma lacuna ao assegurar um treinamento acessível, a um baixo custo e direcionado, e crédito inicial para jovens do Ceará rural. CONTEXTO POLÍTICO E ECONÔMICO ATUAL Ainda que a Adel trabalhe com uma população geograficamente específica, tendências econômicas e políticas gerais no Brasil afetam os beneficiários da organização. Em 2003, o país ingressou em um período de crescimento econômico amplamente alimentado pela demanda externa de commodities, entre as quais o minério de ferro, a soja e o petróleo cru.27 Durante essa era dourada, 40 milhões de brasileiros entraram na classe média, até então muito reduzida.28 Os programas sociais patrocinados pelo Estado, como o Bolsa Família, um programa de transferência de renda condicional, ajudou a cortar as taxas de pobreza pela metade, ao passo que o Brasil Sem Miséria, um subprograma do Bolsa Família, centrou o foco especificamente na redução da pobreza no Nordeste.29 Então, em 2015, o PIB brasileiro afundou 3,8%, colocando o país, oficialmente, em sua pior recessão desde os anos 1930.30 A redução da demanda e os preços mais baixos para as exportações brasileiras foram as causas imediatas da recessão, mas questões estruturais, tais como uma infraestrutura deficiente, um sistema tributário extremamente burocrático e uma educação precária emergiram como as razões reais por detrás da incapacidade do Brasil de crescer de forma sustentada..31 Mais ou menos coincidindo com a crise econômica, o Brasil mergulhou numa crise política causada por alegações de corrupção na empresa petrolífera estatal, a Petrobras. A presidenta Dilma Rousseff, embora não envolvida no escândalo da Petrobras, foi acusada de alterar os orçamentos federais para mascarar a situação econômica do país. Após um longo e conflituoso julgamento, ela foi afastada da presidência em agosto de 2016. Seu sucessor, o ex-vice-presidente Michel Temer, é um político de centro-direita, “amigo dos negócios”, que continuou a cortar as despesas e a tentar aprovar importantes reformas relativas aos direitos sociais, às leis trabalhistas e outras políticas para reduzir o déficit orçamentário e promover o crescimento.

27 OEC, 2014. 28 Mercopress, 2011. 29 Banco Mundial, 2013. 30 Wall Street Journal, 2016. 31 Americas Quarterly, 2016.

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Embora o PIB esteja se recuperando das taxas de crescimento negativas registradas em 2015 e 2016, essa recuperação está se dando de uma forma mais lenta do que a esperada, e a incerteza econômica continua a afetar o Brasil como um todo. O desemprego chega atualmente a 13%32 e a expectativa é que permaneça alto em 2018; já o PIB não deverá retornar aos níveis de 2014 antes de 2020.33 Para completar o quadro, as denúncias de corrupção no Brasil envolvem quase 1/3 do ministério e do Congresso, além do próprio presidente Temer. Como efeito da crise nos empreendedores no Nordeste e no Ceará, o acesso ao crédito foi reduzido significativamente. Em 2017, o valor dos novos empréstimos do CrediAmigo foi 77% menor do que em 2016.34 Embora a redução não tenha sido tão profunda, o valor total dos empréstimos do PRONAF também caiu em todos os estados nordestinos.35

32 The Economist, 2017. 33 Carta Capital, 2017. 34 Banco do Nordeste, 2017. 35 Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2017.

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O PROGRAMA JOVENS EMPREENDEDORES RURAIS Durante seus dois primeiros anos como organização, a Adel concentrou seu trabalho na expansão da capacidade gerencial e inovadora dos agricultores com seu Programa de Soluções Rurais em curso. No entanto, através da constante interação com vários grupos da população no campo, a Adel percebeu que o desenvolvimento regional sustentável dependia da capacidade empresarial dos jovens, o que deu origem ao PJER, criado em 2009. A Adel desenvolveu a metodologia do programa usando um programa similar do Instituto Souza Cruz (ISC) como guia. O objetivo do programa da Adel era fornecer treinamento para desenvolvimento pessoal e habilidades técnicas e gerenciais. Inicialmente, coortes de 30 participantes receberam treinamento ao longo de 15 semanas. Desde a primeira versão do programa em 2009, o PJER evoluiu continuamente para se adaptar aos recursos disponíveis da Adel e às necessidades dos beneficiários36. Entre 2015 e 2016, a Adel implementou a quinta versão do PJER, que é a versão em avaliação. Decidimos nos concentrar nessa versão, pois ela dispõe do programa mais abrangente e é a versão mais recente37. Esta versão do PJER consistiu em cinco coortes, quatro treinados em 2015 e um quinto em 2016 (ver figura 1). Cada coorte incluiu 30 participantes inscritos, em um total de 150. Para a seleção dos participantes, a Adel organizou eventos nas várias comunidades para encorajar os jovens a se inscreverem no programa. Em seguida, a equipe visitou os candidatos em suas casas e realizou entrevistas. Os candidatos receberam uma pontuação baseada em critérios como o apoio familiar, sua ideia de negócios, a conclusão do ensino médio e demonstração de motivação e ambição, entre outros. Trinta candidatos foram selecionados para participar do programa e outros dez foram colocados em uma lista de espera. Todos os participantes tinham entre 17 e 32 anos de idade.

Figura 1: Cronograma dos Coortes do PJER

Para o treinamento, a Adel usou uma "metodologia alternada", o que significa que os participantes passaram uma semana vivendo e tendo aulas no centro de treinamento em São Gonçalo do

36 Ver Apêndice I para os detalhes relativos às diferentes versões do PJER 37 A Adel implementou uma nova versão piloto do PJER no final de 2016, mas nós decidimos não avaliá-lo devido ao curto período de tempo passado entre a sua implementação e o início da nossa avaliação de impacto.

Ano Coorte Início Fim

2015

1º 30 de março de 2015 17 de julho de 2015 2º 13 de abril de 2015 31 de julho de 2015 3º 17 de agosto de 2015 27 de novembro de 2015 4º 24 de agosto de 2015 4 de dezembro de 2015

2016 1º 14 de março de 2016 1º de julho de 2016

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Amarante e depois retornaram às suas comunidades por duas semanas para aplicar o conhecimento aprendido. Este processo foi repetido até que os participantes completassem seis semanas de treinamento no centro. Os módulos semanais abordaram os seguintes tópicos: matemática financeira, contabilidade, gerenciamento de custos, orçamentação, desenvolvimento de produtos, estratégias de vendas e marketing, regras e regulamentos para empresas, técnicas de cultivo inovadoras (ambientalmente sustentáveis), liderança, cooperação e habilidades interpessoais e tecnologias socioambientais, entre outros. Algumas das atividades da fase de treinamento incluíram oficinas interativas entre os participantes, destinadas a aumentar a capacidade de comunicar ideias e pensamentos, sessões de treinamento com especialistas em temas, vídeos motivacionais e visitas de campo a municípios vizinhos para estudar o desenvolvimento de produtos, observando empresas locais. O principal resultado do programa foi um plano de negócios, que os participantes foram encorajados a implementar em suas comunidades. Os participantes optaram por trabalhar em diferentes atividades, como o comércio (por exemplo, abrir uma pequena loja de alimentos ou roupas), serviços (por exemplo, serviços de manicure ou salão de beleza) e agricultura. Os participantes propuseram seus planos de negócios à Adel, a fim de receber um pequeno empréstimo para iniciar seus negócios. O dinheiro para os empréstimos veio do Fundo Veredas, um fundo operado pela Adel especificamente para os participantes do PJER. Os empréstimos eram, em média, de R$2.000 (aproximadamente US$625) por projeto de negócio e os participantes deveriam começar a pagá-los após um período de carência de seis meses, com um máximo de 24 parcelas mensais. A taxa de juros mensal inicial é de 1,5%, mas dada a natureza flexível do fundo, depende da opção de reembolso feita por cada destinatário e, portanto, sujeita a alteração. Com base nas estimativas de janeiro de 2017, a taxa de juros mensal média é de 1,2%. Além disso, os participantes que estavam desenvolvendo ou iniciando uma empresa receberam seis meses de assistência técnica, que consistiu na visita de profissionais ao negócio, incluindo membros da equipe da Adel, para ajudar os participantes a implementar o que aprenderam no curso e a resolver quaisquer problemas que pudessem surgir. Os participantes receberam assistência técnica de forma ad hoc, dependendo de suas necessidades e disponibilidade.

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METODOLOGIA Esta seção fornece uma descrição da estrutura utilizada para realizar a avaliação do impacto do PJER. A seção pretende explicar a motivação da pesquisa e descrever o planejamento do estudo, as ferramentas de coleta de dados e os métodos de análise quantitativa. PROCESSO DE PESQUISA Os Termos de Referência (TDR) iniciais fornecidos pela Adel definiram o esboço do estudo. Conforme especificado nos TDR, o projeto tinha por objetivo proceder a uma avaliação de impacto do PJER para apoiar o planejamento estratégico e a tomada de decisões futuros. As fases de coleta e análise de dados incluíram: ● Revisão do relatório: realizamos uma revisão abrangente do relatório para entender o contexto regional e o empreendedorismo no Brasil. Também analisamos as avaliações de impacto relevantes de projetos e organizações similares para aprimorar as técnicas e práticas de implementação do nosso projeto de estudo. ● Consultas com especialistas e partes interessadas: fizemos consultas a especialistas e partes interessadas para entender o contexto e as limitações associadas ao planejamento do estudo38. Essas consultas foram úteis na concepção da pesquisa e na identificação das técnicas para realizar a análise de dados.

● Viagem de campo de janeiro: a viagem de campo de janeiro foi fundamental para definir o escopo do projeto, bem como os resultados esperados e os indicadores relacionados ao PJER. Em consequência, desenvolvemos uma Teoria da Ação (TDA),39 que conceitua a estrutura do programa, desde as atividades até os impactos de longo prazo. Isso foi desenvolvido primordialmente mediante entrevistas e discussões com as partes interessadas internas e externas da Adel.

● Instrumentos de avaliação de planejamento: as pesquisas e grupos focais foram projetados

com base nos documentos do programa compartilhados pela Adel e seguindo as melhores práticas de projeto de pesquisa.

● Recrutamento: o processo de recrutamento para a pesquisa e os grupos focais foi

empreendido por membros da equipe da Adel durante os 15 dias que antecederam a

38 Para maiores detalhes, ver Apêndice II. 39 Para a íntegra da TDA, ver Apêndice III.

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aplicação da pesquisa. A Adel recrutou os entrevistados, reunindo os líderes comunitários e usando ferramentas da mídia social, tais como o WhatsApp e o Facebook. Para incentivar a participação na pesquisa, Adel sorteou dois laptops e reembolsou as despesas de viagem.

● Viagem de campo de março: durante a viagem de campo de março, realizamos a pesquisa e orientamos os grupos focais. Realizamos dois eventos de pesquisa e reunimos três dos grupos focais na escola local em Pentecoste. Em seguida, estivemos em várias comunidades onde a Adel opera para recolher mais respostas.

● Análise de dados: no nosso retorno a Nova York, nós nos dedicamos a analisar os dados coletados no campo e a elaborar recomendações. Apresentamos formalmente o estudo no SIPA, em um evento público, incluindo sessões de perguntas e respostas, e redigimos este relatório final com base no retorno e nos comentários do nosso consultor e da equipe da Adel.

PROJETO DE PESQUISA Com base no que encontramos no campo, nas nossas discussões ainda em andamento com os membros da equipe da Adel e na TDA, delimitamos nossa questão de pesquisa nos seguintes termos: quais são os efeitos do PJER sobre o desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes? Realizamos a avaliação do impacto usando uma abordagem de métodos mistos. Lançamos mão de pesquisas para coletar os dados quantitativos e dos grupos focais para os dados qualitativos. Para a pesquisa, identificamos um grupo de tratamento (definido como aqueles que foram selecionados no PJER e receberam o curso de treinamento completo) e um grupo de comparação (definido como aqueles que se candidataram ao programa, mas não foram selecionados para participar do PJER, e aqueles que iniciaram o programa, mas não o completaram). Referimo-nos ao grupo de tratamento como "participantes" e ao grupo de comparação como "não participantes". Para a pesquisa, com base em nossa população total de 295 candidatos, tivemos uma taxa global de respostas válidas de 40%40. Juntos, os grupos de tratamento e de comparação compõem nossa amostra de 119 indivíduos que completaram a pesquisa. Dos 119 entrevistados, 74 responderam

40 Um total de 142 indivíduos respondeu aos questionários fechados: 90 responderam ao questionário dos participantes e 52 ao dos não participantes. No entanto, desses 142 que responderam, só conseguimos identificar 119 candidatos ao programa. Comparando os registros da Adel com as nossas respostas, não foi possível identificar os 23 entrevistados restantes (eles podem ser não participantes que não se candidataram ou não participantes que se candidataram, mas cujos registros foram perdidos).

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ao questionário dos participantes e 45 responderam ao dos não participantes. Os dois questionários eram muito semelhantes, salvo algumas questões específicas do programa. A Figura 2 explica detalhadamente os métodos de pesquisa. Embora tenhamos inicialmente considerado amostragem aleatória, a Adel não coletou sistematicamente os dados de população no grupo de participantes (em oposição ao conjunto geral de candidatos), resultando em falta de parâmetros claros para a amostragem. Isso também teria sido logisticamente difícil porque o rastreamento de candidatos específicos para responder às pesquisas não poderia ser garantido. Assim, foi mais fácil para a Adel usar seus recursos para reunir o maior número possível de pessoas, tanto participantes como não participantes. Essa estratégia de amostragem resultou em uma amostra não representativa da população geral requerente para os cinco coortes especificados da PJER. Portanto, nossas conclusões devem ser interpretadas com cautela. No entanto, realizamos comparações das características de pré-tratamento disponíveis entre os dados do inquérito e do candidato original, o último dos quais foi fornecido pela Adel. Com base na informação disponível nos dados do candidato, conseguimos comparar variáveis como gênero, idade, município onde os candidatos vivem e pontuação da aplicação do PJER. Os resultados mostram que os participantes em nossa amostra são comparáveis aos participantes no conjunto de dados originais do candidato na maioria dessas características de pré-tratamento. Por outro lado, os não participantes em nossa amostra parecem ser diferentes dos não participantes no conjunto de dados originais do candidato em termos de idade, município onde moram e pontuação do aplicativo do PJER. Isso significa que os não participantes em nossa amostra eram mais velhos e tinham maiores pontuações de aplicação do que a média não participante na população geral do candidato41.

41 Ver Apêndice IV para obter um quadro comparativo entre a amostragem e os dados gerais da população que se candidatou.

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Figura 2: Métodos de Pesquisa

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FERRAMENTAS DE COLETA DE DADOS Ferramentas Quantitativas Questionários: criamos dois questionários em separado para os participantes e os não participantes. Os questionários incluíram aproximadamente 80 perguntas sobre dados demográficos, propriedade de negócios, práticas e conhecimento de negócios, crédito, redes e desenvolvimento pessoal. As perguntas foram baseadas na TDA, no programa PJER e na literatura de empreendedorismo sobre melhores práticas para pequenas e médias empresas42. Utilizamos o KoBoCollect, um software livre e de código aberto, para aplicar a pesquisa. Ferramentas Qualitativas Entrevistas: realizamos entrevistas semiestruturadas com partes interessadas internas e externas. Essas entrevistas contribuíram para a compreensão do contexto, da evolução da organização e da natureza do programa. Grupos Focais: decidimos organizar seis grupos focais diferentes para entendermos aspectos específicos do programa, de acordo com as seguintes categorias: beneficiários do Fundo Veredas, não beneficiários do Fundo Veredas, participantes do sexo feminino, participantes do sexo masculino, participantes de negócios na agricultura e não participantes. Cada grupo focal reunia entre quatro e oito indivíduos. MÉTODOS DE ANÁLISE QUANTITATIVA

Baseamos nossa análise quantitativa em comparações descritivas de meios variáveis e em modelos de regressão. As variáveis de resultados para as quais recuperamos as informações básicas foram analisadas de forma descritiva ao longo do tempo. Quando um número suficiente de observações estava disponível, também implementamos a análise de regressão43. As variáveis de resultados

42 McKenzie e Woodruff, 2015. 43 Os modelos de regressão foram aplicados ao conhecimento de assuntos de negócios, à implementação de atividades de negócios e ao desenvolvimento pessoal. Para o desenvolvimento pessoal, as regressões multivariáveis QMO (Quadrados Mínimos Ordinários) mostram resultados não significantes para a maioria das variáveis e, portanto, não são relatadas nas conclusões. As regressões não foram aplicadas à implementação de práticas de negócios inteligentes, ao crédito, ao uso de tecnologia da informação e comunicação, à rede de jovens empreendedores rurais, à propriedade de empresas e nem à educação e renda.

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para as quais coletamos apenas informações atuais só foram analisadas para os participantes ou analisadas em grupos (descritivamente e com modelos de regressão), dependendo da disponibilidade de observações para os não participantes.

Os modelos de regressão foram baseados em uma metodologia de Diferenças-em-Diferenças (DED), que nos permitiu chegar perto do efeito real do programa sobre os resultados selecionados. Ao controlar quaisquer fatores fixos e não observados ao longo do tempo que possam afetar a participação no programa e os resultados, a DED permite a redução de opiniões preconcebidas na avaliação do impacto do programa. A validade da DED baseia-se no pressuposto de que a mudança que observamos no grupo de comparação (não participantes) representa o que teria acontecido aos participantes se não tivessem participado do PJER. Isso significa que quaisquer fatores que alterem o tempo omitido devem afetar os participantes e os não participantes igualmente (por exemplo, a expectativa é que os acontecimentos políticos recentes ocorridos no Brasil afetem da mesma forma participantes e não participantes). Controlamos covariáveis variantes de tempo adicionais (incluindo renda, município, propriedade anterior de empresas, coorte, estado civil, ocupação, afiliação religiosa e pontuação de aplicação), de modo que possamos ter mais condições de atender a essa suposição. No entanto, percebemos que talvez não sejamos capazes de controlar os fatores que variam no tempo e que podem afetar participantes e não participantes de diferentes maneiras. Nesse sentido, nossas estimativas DED não devem ser interpretadas como indicadores consistentes de causalidade. MÉTODOS DE ANÁLISE QUALITATIVA Nossos grupos focais foram liderados por um membro da equipe que não falava português. Com a ajuda de um tradutor, tomamos notas durante cada grupo focal e também gravamos as sessões. Depois que a equipe regressou a Nova York, identificamos tendências comuns nas notas e gravações, usando os resultados de nossa análise quantitativa como um guia.

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RESULTADOS A seção a seguir descreve as principais conclusões quantitativas e qualitativas do nosso estudo. Os resultados são apresentados de acordo com a área temática: conhecimento dos temas de negócios, implementação de atividades de negócios e melhores práticas, crédito, desenvolvimento pessoal, tecnologia, redes, propriedade empresarial, educação e renda. No geral, os resultados a que chegamos revelam efeitos modestos, mas positivos, do programa a partir das dimensões de desenvolvimento profissional e pessoal. CONHECIMENTO DOS TEMAS DE NEGÓCIOS Para verificar se o PJER foi bem sucedido na transferência do conhecimento dos principais temas de negócios ministrados em seu plano de estudo, pedimos aos entrevistados que discorressem sobre seu nível de conhecimento em nove temas, tanto no momento em que se candidataram ao programa, quanto no momento em que o questionário foi aplicado, em março de 2017. O conhecimento de cada tema foi autoavaliado em uma escala Likert, variando de “nenhum” a “especialista”. Tanto os participantes quanto os não participantes forneceram respostas para ambos os períodos de tempo, o que nos permitiu comparar a mudança no conhecimento dos participantes e dos não participantes ao longo do tempo. Os participantes do programa referiram-se a uma melhoria em todos os aspectos relacionados ao conhecimento do estudo. Em média, no momento em que se candidataram ao programa, os participantes informaram não ter nenhum conhecimento a respeito de inovação agrícola, regulamentação legal, marketing, vendas, desenvolvimento de produtos, orçamentação, gerenciamento de custos, contabilidade e finanças. Depois de completar o programa, o participante médio relatou ter um conhecimento básico dos mesmos temas relacionados a negócios. Embora esses avanços não sejam consideráveis, os resultados sugerem que o programa foi bem sucedido na transferência do conhecimento incorporado no plano de estudo do PJER para a maioria dos participantes. Dado o curto espaço de tempo do estudo acadêmico (seis semanas de treinamento no total), os ganhos em conhecimento relatados pelos participantes refletem o amplo alcance e a instrução geralmente eficaz do programa.

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Figura 3: Conhecimento dos Temas de Negócios

Usando uma metodologia Diferença-em-Diferenças (DED), conseguimos também comparar as mudanças no conhecimento entre os participantes com as mudanças no conhecimento entre os não participantes através desses mesmos indicadores, eliminando o efeito de variáveis fixas ao longo do tempo e controlando um conjunto de características demográficas variáveis no tempo, incluindo renda, município, propriedade anterior de empresas, coorte, estado civil, ocupação, afiliação religiosa e pontuação de aplicação. Também incluímos variáveis simuladas de coorte para explicar quaisquer fatores que tenham influenciado os participantes e os não participantes ao longo do tempo (por exemplo, tendências macroeconômicas mais amplas). Isso nos permitiu isolar ainda mais o efeito do programa. A Figura 4 fornece uma ilustração visual da abordagem DED, usando o indicador “Desenvolvimento do Produto" como exemplo. As linhas amarelas e alaranjadas representam a trajetória observada em resultados para os não participantes e os participantes, respectivamente. A linha tracejada verde representa a trajetória hipotética dos resultados para os participantes, conforme o pressuposto crítico de que, na ausência do tratamento, os participantes teriam experimentado o mesmo aumento no conhecimento que os não participantes. Portanto, a distância entre o resultado observado e este resultado hipotético para os participantes fornece uma medida mais precisa do efeito da PJER no conhecimento dos participantes.

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Figura 4: Abordagem Diferenças-em-Diferenças

O efeito estimado do PJER no conhecimento usando a abordagem DED é pequeno, mas significativo, na maioria dos temas relacionados a negócios44. Em comparação com os não participantes, os participantes do PJER reportaram um avanço mais significativo em seus conhecimentos de matemática financeira, gerenciamento de custos, orçamentação, desenvolvimento de produtos e direito comercial, desde o momento em que se candidataram ao programa até o momento em que completaram o questionário. Em contrapartida, constatamos uma diferença não significativa entre os participantes e os não participantes quanto à mudança registrada no nível de habilidade em contabilidade, vendas, marketing e inovação. Para explicar esses resultados, levantamos a hipótese de que o conhecimento geral de negócios, como vendas e marketing, pode ser adquirido mais facilmente de outros canais e recursos do que o conhecimento técnico, como a gestão de custos e a contabilidade financeira, que podem ter requerido um treinamento especializado, como o do PJER. Além disso, pode haver uma compreensão mais amadora do que as vendas e o marketing implicam, em comparação com os conceitos mais específicos de gerenciamento de custos e contabilidade financeira. É possível que os não participantes carecessem de uma compreensão básica desses conceitos técnicos e, portanto, não pudessem reportar de forma significativa o seu conhecimento através desses aspectos. Se for este o caso, as nossas conclusões DID seriam superestimadas.

44 Ver Apêndice V para uma análise DED abrangente.

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IMPLEMENTAÇÃO DE ATIVIDADES DE NEGÓCIOS O objetivo do PJER é que os participantes não apenas venham a ter conhecimento dos negócios, mas também apliquem esse conhecimento para desenvolver seus próprios empreendimentos empresariais. Assim, procuramos medir a eficácia dos participantes e dos não participantes na implementação de oito práticas de negócios específicas. Os entrevistados avaliaram sua capacidade de realizar cada prática de negócios em uma escala Likert que varia de não eficaz a extremamente eficaz. Tanto os participantes como os não participantes forneceram dados para ambos os períodos de tempo, o que nos permitiu usar a metodologia DED para comparar a mudança ao longo do tempo entre participantes e não participantes do programa. Os participantes relataram terem feito avanços na sua capacidade de implementar uma ampla gama de atividades de negócios (ver Figura 5). No momento da candidatura ao programa, eles se viam, em média, como de um pouco eficaz na criação de um plano de negócios, aproveitando as redes sociais, reduzindo os riscos comerciais, desenvolvendo produtos inovadores, comercializando produtos comerciais, expandindo um negócio, oferecendo atendimento de qualidade ao cliente e melhorando o gerenciamento do negócio. Após a conclusão do programa, o participante médio declarou ser moderadamente eficaz na implementação dessas mesmas atividades de negócios.

Figura 5: Implementação de Atividades de Negócios

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Usando a abordagem DED e novamente controlando o mesmo conjunto de características demográficas, constatamos que os participantes do PJER referem-se a um avanço mais significativo em sua capacidade de criar um plano de negócios, mitigar os riscos do negócio e melhorar o atendimento ao cliente, em comparação com os não participantes. Essas estimativas foram modestas, mas estatisticamente significativas ao nível de 10%45. Em contrapartida, encontramos diferenças não significativas entre participantes e não participantes na mudança auto-avaliada quanto à capacidade de utilizar redes sociais, desenvolver produtos inovadores, comercializar produtos, expandir seus negócios ou melhorar o gerenciamento do negócio. Similarmente às nossas descobertas quanto ao conhecimento, é possível que os participantes relatem níveis mais altos de eficácia na implementação dessas práticas de negócios por terem uma compreensão mais clara das categorias e do que elas implicam, como resultado de terem sido treinados nesses mesmos temas. Se as atividades de negócios em nossa pesquisa não são autoevidentes para os não participantes, estes podem ter subestimado sua capacidade de implementá-las, o que levaria a uma superestimação dos nossos resultados. IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS DE NEGÓCIO INTELIGENTES

Além de solicitar aos entrevistados para que autoavaliassem sua habilidade quanto ao talento e à eficácia na gestão de um negócio, pedimos também àqueles que atualmente são proprietários de negócios que informassem sobre práticas de negócios específicas, extraídas da literatura sobre treinamento do empreendedorismo46. Essas medidas – que foram pensadas para dar conta de marketing, compra e controle de estoque, custódia e manutenção de registros e planejamento financeiro – são vistas como "melhores práticas" para micro e pequenas empresas em diferentes setores e países. Do conjunto original de 26 perguntas, escolhemos dez que julgamos mais aplicáveis ao contexto específico e ao treinamento do PJER.

Esse conjunto de perguntas foi limitado àqueles que atualmente são proprietários de negócios, que responderam Sim ou Não se implementaram a prática de negócio específica. Devido ao baixo número de observações para os não participantes, restringimos nossa análise nesta seção aos participantes da PJER que se autoidentificaram como proprietários de seus próprios negócios.

Embora a nossa amostra por conveniência seja não representativa da população geral de candidatos, as estatísticas descritivas apresentadas na Figura 6 fornecem informações úteis sobre as práticas de negócios reais dos participantes após a conclusão do programa. A maioria dos participantes informou que implementam "melhores práticas", envolvendo marketing e análise competitiva; 88% visitaram pelo menos um concorrente para determinar os produtos e preços que estão fornecendo e 91% recorreram à publicidade nos últimos seis meses. No entanto, a proporção 45 Ver Apêndice VI para uma análise abrangente do DED. 46 McKenzie e Woodruff, 2015.

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de participantes da PJER que se referiram à implementação de melhores práticas relacionadas à manutenção de registros e ao planejamento financeiro foi relativamente baixa. Apenas 55% tinham um balanço anual, 48% um orçamento anual, 52% uma folha de despesas mensal e 33% sabiam quanto dinheiro seus negócios dispunham a qualquer momento.

Figura 6: Implementação de "Melhores Práticas" para Pequenos Negócios

A forte ênfase no marketing e na análise competitiva no treinamento da PJER foi um tópico reforçado pelos dados coletados durante os grupos focais. Os participantes frequentemente revelavam que, através das várias atividades desenvolvidas durante o PJER, aprenderam a lidar de forma mais eficaz com seus clientes e a comercializar produtos de forma efetiva em suas comunidades. Como comentou o agricultor Marciano: "O aspecto de marketing do programa foi muito importante para mim, porque era algo que eu percebia na minha vida cotidiana, mas não entendia ou não sabia como fazer. Após o programa, vi tudo com um novo olhar". Além disso, muitos dos participantes dos nossos grupos focais nos disseram que uma das tarefas mais importantes que lhes foi confiada durante o PJER foi ir às suas comunidades e visitar os negócios existentes no campo. Eles acreditavam que essa pesquisa de mercado era um aspecto crucial para seu desenvolvimento como empreendedores. O baixo nível de implementação das melhores práticas financeiras também foi confirmado pelo grupo focal de finanças. Muitos participantes referiram-se às dificuldades de controlar o fluxo de caixa e entender os resultados de seus negócios.

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Uma participante, Rubia, explicou que teve dificuldade em "administrar o dinheiro [do seu negócio], gastamos o dinheiro que recebemos ... A Adel ajudou ... mas o problema ainda persiste". CRÉDITO O acesso ao crédito é um componente essencial do empreendedorismo no contexto local. Os dados do nosso grupo focal confirmam a importância do crédito na capacitação de jovens empreendedores para investir nos custos iniciais e operacionais de seus empreendimentos. O acesso crescente a fontes internas e externas de crédito é, portanto, um resultado importante do PJER. Nesta seção, novamente restringimos nossa análise aos participantes devido ao baixo número de observações dos não participantes que possuem negócios. Conforme mostrado na Figura 7, os participantes do PJER reportaram um aumento no conhecimento das diversas fontes de crédito (CrediAmigo, AgroAmigo, PRONAF) após a conclusão do programa. Os dados sugerem que o programa foi capaz de ajudar os participantes a entender melhor os recursos e as oportunidades de crédito que lhes são disponíveis.

Figura 7: Conhecimento do Crédito

Além de programas governamentais como o CrediAmigo e o AgroAmigo, os participantes do programa também tiveram a oportunidade de solicitar um empréstimo do Fundo Veredas. Esses empréstimos são fornecidos como capital semente, com um período de gestação de seis meses

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antes do pagamento da primeira parcela. Os participantes solicitam empréstimos para investir em seus negócios, que são aprovados pela Adel. Esses empréstimos são de natureza flexível e no valor de R$2.000 (aproximadamente US$625), conforme as necessidades dos projetos de negócios individuais. De acordo com informações compartilhadas pela Adel, o valor médio das parcelas é de R$225 (US$70) por mês, e os mutuários pagam, em média, 14 parcelas mensais. Os empréstimos são fornecidos a uma taxa de juros mensal de 1,5%, mas dada a natureza flexível do fundo, a taxa de juros depende da opção de reembolso exercida pelo destinatário e, portanto, está sujeita a alterações. Com base em estimativas de janeiro de 2017, a taxa de juros mensal média foi de 1,2%. Conforme mostrado na Figura 8, quase metade dos participantes inquiridos solicitou um empréstimo do Fundo Veredas, enquanto 26% dos participantes inquiridos solicitaram um empréstimo CrediAmigo. Dos que solicitaram empréstimos de uma ou das duas fontes, 100% informaram ter recebido o empréstimo. Entre aqueles que receberam um empréstimo da CrediAmigo, 88% informaram reembolsar suas parcelas mensais no prazo e 38% relataram solicitar uma prorrogação do prazo do empréstimo. Em contraste, entre aqueles que receberam um empréstimo do Fundo Veredas, apenas 54% afirmaram pagar suas parcelas mensais no prazo e 49% relataram solicitar uma extensão de empréstimo. Essas conclusões sugerem que embora o CrediAmigo e o Fundo Veredas sejam fontes de crédito populares e acessíveis para os participantes da PJER, o Fundo Veredas é visto como um credor mais tolerante em comparação com o CrediAmigo. Uma vez que o Banco do Nordeste e o CrediAmigo são instituições financeiras reguladas formalmente, ao contrário da Adel e do Fundo Veredas, este último pode ser mais atraente para os participantes da PJER, pois os pagamentos em atraso não afetariam suas histórias individuais de crédito. Além disso, o acesso a empréstimos do Fundo Veredas não requer qualquer forma de garantia, em oposição aos requisitos mais rigorosos do CrediAmigo47. Nesse contexto, os novos empresários podem agir de forma racional em termos de decidir quando pedir emprestado de que instituição e de escolher como administrar o reembolso.

47 Banco do Nordeste, 2017.

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Figura 8: CrediAmigo e Fundo Veredas

USO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) Esta é mais uma seção que fica restrita aos participantes do programa que possuem negócios. Em média, os participantes tornaram-se muito mais propensos a usar tecnologias de informação e comunicação para ajudar seus negócios depois de participar do programa (ver Figura 9). A proporção de proprietários de negócios que relataram usar aplicativos para gerenciamento financeiro aumentou de 40% para quase 60% após a conclusão do programa. A proporção que relatou o uso de recursos on-line para ajudar seus negócios aumentou de 66% para 88%. E a proporção que relatou alavancar as mídias sociais para fins comerciais aumentou de 80% para 88% após completar o programa. Esses resultados podem refletir a forte ênfase nas TIC do plano de estudo do PJER, mas também podem refletir o ambiente tecnológico em rápida mudança com o qual os donos de negócios lidam. Como o número de não participantes que possuíam negócios no momento em que se candidataram ao programa é baixo, não podemos comparar a mudança no uso de TIC entre os participantes com a mudança no uso de TIC entre os não participantes. No entanto, as altas taxas de uso de TIC relatadas pelos participantes sugerem que eles reconhecem a importância de alavancar a tecnologia para administrar seus negócios e geralmente são bastante experientes em tecnologia, observação que também se refletiu em nossas conversas com o grupo focal. Quando perguntamos a um dos grupos focais o que eles estariam fazendo caso não estivessem participando do grupo focal, uma participante disse: "Eu estaria em casa, tentando chegar até as pessoas pelo Whatsapp para vender meus cosméticos".

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Figura 9: Uso de TIC para fins de negócios

REDE DE JOVENS EMPREENDORES RURAIS A Rede de Jovens Empreendedores Rurais foi criada pela Adel especificamente para aqueles que concluíram o PJER. Por conseguinte, encaminhamos esse conjunto de perguntas apenas aos participantes. Os participantes revelaram níveis elevados de informação sobre a rede (acima de 90%) e de adesão à rede (quase 80%). Os entrevistados foram então solicitados a avaliar a eficácia da rede em uma variedade de negócios, liderança e funções sociais em uma escala Likert variando de “não eficaz” a “extremamente eficaz”. Conforme mostrado abaixo na Figura 10, os participantes do PJER constatam que a rede é mais eficaz para promover um sentimento de solidariedade para com outros membros e ajudá-los a se envolver com suas comunidades locais. No entanto, não consideram que a rede seja particularmente eficaz para ajudá-los a melhorar ou a expandir seus negócios ou a participar da governança local. Por outro lado, os participantes informam que a rede é moderadamente eficaz no que concerne à ajuda a participar de associações e cooperativas comunitárias e a desenvolver produtos inovadores, o que pode ter implicações econômicas no médio prazo. No geral, esses resultados indicam que os participantes veem a Rede de Jovens Empresários Rurais mais como uma rede social do que como uma associação de negócios. A presença de uma rede social forte pode ajudar a promover o desenvolvimento pessoal após a conclusão do programa, bem como incentivar os participantes do programa a permanecer nas suas comunidades.

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Além disso, a rede fornece inspiração valiosa para alguns participantes do programa. Durante nossos grupos focais, Ricardo explicou o seguinte: "A Rede de Jovens Empresários Rurais nos permite ver quem está conseguindo alguma coisa, e isso gera uma motivação adicional. Temos reuniões e grupos de WhatsApp, onde publicamos e trocamos informações. […] Eu tenho isto. Estou vendendo isso. Nós enviamos fotos e compartilhamos nossas experiências”. Muitos participantes de grupos focais também citaram a rede como uma maneira importante de dar continuidade aos relacionamentos que construíram durante o programa.

Figura 10: Eficácia da Rede de Jovens Empreendedores Rurais

PROPRIEDADE DO NEGÓCIO, EDUCAÇÃO E RENDA Em consonância com a literatura sobre outros programas de treinamento de empreendedorismo, a participação na PJER está associada a níveis mais altos de propriedade das empresas. Considerando que, no momento da inscrição no programa, 19% dos participantes informaram que tinham um negócio e 21% relataram que sua família tinha um negócio, após a conclusão do programa, 45% dos participantes declararam possuir um negócio e 30% relataram que sua família possuía um negócio, conforme revela a Figura 11.

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Os participantes também informaram ter atingido uma escolaridade mais elevada após completar o programa (ver Figura 12). A proporção de participantes que relataram ter feito alguma modalidade de curso superior aumentou de 7% no momento da inscrição no programa para 19% após a conclusão do programa. Essa evidência sugere que aqueles que se formam no PJER estão motivados a continuar estudando além do ensino médio. Membros dos nossos grupos focais também nos disseram que a participação no PJER os inspirou a continuar buscando oportunidades tanto na educação presencial quanto à distância. Conforme mostrado na Figura 13, a renda mensal dos participantes também aumentou após a conclusão do programa. A renda mensal inclui a renda pessoal e a renda de programas governamentais. O percentual de participantes que reportaram níveis de renda abaixo da linha de pobreza (menos de 155 reais) diminuiu de 35% no momento da inscrição no programa para 20% após a conclusão do programa. Da mesma forma, o percentual de participantes que relataram níveis de renda que são considerados de classe média (de 291 a 1019 reais) aumentou de 26,8% para 54%. Finalmente, a participação de participantes que reportaram uma receita mensal de R$1.019 ou superior aumentou de 6,5% para 14,9%. A análise de regressão dessas variáveis no período atual mostra diferenças positivas, mas insignificantes, entre participantes e não participantes em nível de renda, probabilidade de possuir um negócio e probabilidade de continuar estudando após o ensino médio. A abordagem DED revela resultados semelhantes às estimativas de regressão básica. Portanto, não podemos interpretar o aumento geral entre os participantes no que tange à renda, à educação e à propriedade de negócios como efeito causal do PJER. É admissível que as mudanças positivas que observamos em relação a esses indicadores sejam, em parte, o resultado do envelhecimento dos participantes, da conclusão do ensino médio e do ingresso no mercado de trabalho (alguns deles como empresários) ou ainda da busca de educação adicional. No entanto, a propriedade das empresas, renda e educação também são resultados mais a médio e longo prazos, e o curto período de tempo entre o momento que os participantes concluíram o programa e o momento em que implementamos nosso estudo pode ter limitado a nossa capacidade de captar esses efeitos.

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Figura 11: Propriedade do Negócio

Figura 12: Tipos de Negócios de Propriedade dos Participantes do PJER

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Figura 13: Nível de Escolaridade Mais Elevado

Figura 14: Renda Mensal (em R$)

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DESENVOLVIMENTO PESSOAL Aferimos cinco grandes categorias de desenvolvimento pessoal: envolvimento da comunidade, oportunidades pessoais e profissionais, atitudes pessoais, independência financeira e propensão a migrar. Os entrevistados foram convidados a avaliar a sua concordância com 18 declarações separadas abrangidas por estas cinco categorias gerais, de acordo com uma escala de Likert que varia de “discorda fortemente” a “concorda fortemente”. Devido à dificuldade de recordar informações subjetivas sobre atitudes e crenças anteriores, pedimos aos entrevistados que relatassem apenas suas opiniões atuais. Os dados foram coletados de todos os 74 participantes e de 45 não participantes em nossa amostra. A Figura 15 representa os dados coletados em cinco dessas afirmações, cada uma correspondendo a uma das categorias acima. Como houve pouca variação nas respostas entre as declarações, a figura pode ser generalizada para o resto de nossas conclusões sobre desenvolvimento pessoal. No geral, encontramos diferenças pequenas e positivas, mas estatisticamente insignificantes entre participantes e não participantes, através desses indicadores de desenvolvimento pessoal. Visto que só dispomos de dados atuais, não podemos atribuir as diferenças entre os dois grupos apenas ao treinamento do PJER. No entanto, com base em percepções reunidas durante os nossos grupos focais, os dados oferecem uma imagem das visões dominantes daqueles em nossa amostragem em relação às suas comunidades e ao seu futuro.

Figura 15: Desenvolvimento Pessoal

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Envolvimento com a comunidade: Em média, os entrevistados relatam que se envolvem com outros membros de sua comunidade, contribuem para o desenvolvimento de sua comunidade e estão conscientes das necessidades de sua comunidade. No entanto, a maioria não se considera líderes dentro de suas comunidades. Quando colocamos a questão da liderança durante os nossos grupos focais, muitos participantes responderam que não tiveram a experiência de ser considerados líderes na comunidade como um todo, e que essa liderança é algo que se desenvolve ao longo do tempo. Devido ao curto intervalo entre a conclusão do programa e o tempo de nossa avaliação (menos de dois anos, em média), é provável que não tenhamos conseguido captar o resultado desejado do PJER de desenvolvimento de líderes comunitários no longo prazo. Oportunidades pessoais e profissionais: No que diz respeito às aspirações profissionais e pessoais, os entrevistados, em sua maioria, concordaram que tinham metas bem definidas e múltiplos caminhos profissionais, mas, em média, não acreditavam que existissem oportunidades profissionais nas suas comunidades. Nós ouvimos ecoar esse sentimento durante nossas sessões de grupo focal, nas quais alguns participantes e não participantes citaram o empreendedorismo como uma das únicas opções profissionais viáveis em sua comunidade. Nesse sentido, iniciar um negócio podia ser menos uma escolha e mais um derradeiro recurso para jovens com poucas oportunidades alternativas para ganhar a vida. No entanto, nossos grupos focais revelaram uma mudança na perspectiva dos participantes que concluíram o programa. Como Jacqueline explicou: "Na minha comunidade, as pessoas pensam que para ter uma vida melhor e trabalho estável, devem se mudar para a cidade, mas acho que ter um negócio pode melhorar a vida das pessoas aqui. [O PJER] ajudou a mudar minha mentalidade". Atitudes pessoais: No geral, tanto os participantes como os não participantes identificaram-se fortemente com declarações sobre cooperação, resiliência e persistência. Esses resultados sugerem que tanto participantes quanto não participantes demonstram ter as qualidades pessoais necessárias para a efetivação de um negócio bem-sucedido. Em geral, os entrevistados estão dispostos a ouvir as ideias de outras pessoas, não têm medo de mudança, estão abertos a riscos e não desistem facilmente. Isso é reforçado pelos dados coletados dos nossos grupos focais, nos quais os participantes aceitaram as dificuldades de criação e operação de um negócio. Quando solicitados a identificar os atributos mais importantes de um empresário bem sucedido, muitos deles destacaram a importância da perseverança e da coragem. Fábio, um participante do PJER, explicou: "Comecei o meu negócio e foi difícil, mas eu fiz isso de qualquer maneira".

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Desconcertado pelo fracasso de seu primeiro negócio, Fabio agora está economizando dinheiro para abrir um ponto de venda de tapioca no futuro. Independência financeira: Em média, participantes e não participantes relatam que são capazes de lidar com um choque financeiro, assegurar apoio financeiro à sua família e decidir como gastar seu próprio dinheiro – medidas alternativas para a independência financeira e a autonomia. Muitos grupos focais participantes falaram sobre como seus negócios os ajudaram a melhorar sua situação financeira. Uma participante, Ana Maria, explicou: "É por causa da minha loja que a minha família tem renda ... na minha casa antes do curso, tínhamos feijão e mandioca. Mas hoje podemos ter mais, como frutas e vegetais".

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RESULTADOS DOS GRUPOS FOCAIS Além das conclusões dos grupos focais apresentadas na seção de resultados, existem vários outros temas que foram discutidos nos seis grupos focais que fornecem informações significativas sobre as reflexões dos participantes sobre o programa, seus negócios e suas perspectivas para o futuro. O PJER COMO UMA OPORTUNIDADE ÚNICA Um dos temas mais consistentes em todos os grupos focais foi que o programa era o único desse tipo na área. E que o programa ofereceu aos participantes uma oportunidade inteiramente diferente do que eles estavam acostumados e do que eles tinham acesso em suas comunidades. Para a maioria, participar do programa foi a primeira vez que saíram de casa e ficaram expostos à convivência com outros indivíduos de várias comunidades. Alguns tinham acabado de concluir o ensino médio, outros tinham emprego ou pequenas empresas e outros estavam desempregados. No entanto, todos eles descrevem essa experiência como uma oportunidade de crescer em suas vidas, tanto em termos pessoais quanto profissionais. Como Francini explicou: "Quando entrei no programa, eu era uma pessoa, quando terminei, era outra pessoa. A Adel realmente expandiu meus horizontes e vou levar as coisas que aprendi no programa comigo para o resto da minha vida ". O PJER não apenas ensinou aos jovens conceitos importantes para o futuro, mas também os manteve motivados ao longo do processo E ensinou-lhes como ser resilientes e confiantes. CRIAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS Em todos os grupos focais, os jovens descreveram o processo de criação de um plano de negócios como um dos aspectos mais importantes e úteis do programa. Isso faz sentido dado que o plano de negócios foi o principal produto do programa em termos de desenvolvimento profissional. Ao desenvolver os planos de negócios, os jovens tiveram que ir às suas comunidades, entender o mercado, seus potenciais clientes, seus concorrentes etc. Eles descreveram esse processo como uma experiência de ampliação de perspectiva, pois começaram a perceber que ser empreendedores em suas comunidades abria novas oportunidades para ganhar a vida. Esses jovens deixaram de achar que tinham opções de trabalho limitadas para criar suas próprias oportunidades dentro de suas comunidades. No entanto, os desafios de iniciar um negócio e/ou realmente ter lucro foram frequentemente mencionados. Levar os conceitos aprendidos no PJER e transformá-los em realidade foi um desafio para muitos jovens, especialmente aqueles sem experiência prévia e/ou esquema de apoio. Na verdade, muitos começaram com um negócio e depois mudaram ou tiveram que fechá-lo porque não estavam tendo lucro. Como Ricardo, um participante, explicou:

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Quando você termina o programa e entra no mundo real, você percebe que ele não é o arco-íris que você imaginou ser enquanto estava fazendo o programa. Para pessoas que não tinham um negócio antes do programa, não é fácil. Se você nunca fez alguma coisa, as pessoas vão olhar para você e perguntar: 'Por que você está fazendo isso?'

A fim de lidar melhor com todos os obstáculos encontrados, os jovens mencionaram que é essencial que a Adel melhore a prestação da assistência técnica. Muitos disseram que nunca receberam a assistência prometida, enquanto outros tiveram apenas uma ou duas visitas do especialista técnico. Os participantes enfatizaram a necessidade de assistência técnica adicional nas áreas de gestão financeira.

HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO Em termos de desenvolvimento pessoal, a melhoria em suas habilidades de comunicação foi o benefício mais mencionado do programa. Os jovens explicaram como o PJER lhes ensinou a lidar e interagir com diferentes pessoas, a se expressar e a entender os outros, habilidades que são extremamente importantes para negócios orientados para o cliente. Como afirmou Val, uma participante que tem um negócio de manicure: "O programa nos ajudou a sermos mais humanos. Nós temos uma mente mais aberta, sabemos como lidar com as pessoas melhor, sabemos como é importante o bom atendimento ao cliente ". IMPORTÂNCIA DO ACESSO AO CRÉDITO O acesso ao crédito foi o principal assunto discutido durante os grupos focais. Muitos participantes dos grupos focais receberam um empréstimo do Fundo Veredas após terem terminado o PJER, que descreveram como indispensável para iniciar seus negócios. Um participante, Mika, explicou: "É a única fonte de crédito que eu conheço que fornece financiamento para iniciar seu negócio. Se não fosse pelo Fundo Veredas, acho que não teria começado o meu negócio." A maioria investiu o dinheiro em produtos para vender ou usar como investimentos, como cosméticos, doces, galinhas etc. Embora os participantes dos grupos focais tenham mencionado que a Adel lhes ensina a gerenciar seu dinheiro, eles tiveram dificuldade em implementar essas práticas em um contexto empresarial real. Houve uma forte ênfase na necessidade de maior assistência e mais instruções sobre como gerenciar o empréstimo e saldá-lo com sucesso no prazo. Os participantes que não receberam crédito do Fundo Veredas mencionaram que já tinham algumas economias para começar seu negócio ou que tinham algum tipo de apoio externo. Outros

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revelaram que não haviam solicitado o empréstimo por terem medo de não poderem saldá-lo, especialmente devido às condições econômicas do Brasil. No que diz respeito a outras fontes de crédito, o CrediAmigo foi citado muitas vezes. Um participante referiu-se a ele como o "querido dos programas de crédito porque o cronograma de pagamento é viável". Embora não muitos participantes receberam efetivamente um empréstimo de CrediAmigo, eles estavam conscientes de sua existência e/ou tinham membros da família que haviam recebido. OBSTÁCULOS QUE OS NEGÓCIOS AGRÍCOLAS ENFRENTAM O grupo focal agrícola discutiu três temas subjacentes a alguns dos desafios que esses tipos de negócios enfrentam. Primeiro, muitos citaram o quadro legal complicado e dispendioso como um obstáculo para a formalização de seus negócios. Na mesma linha, mencionaram que a aplicação das tecnologias socioambientais aprendidas durante o curso estava além de seus meios financeiros. Benedito M, um participante que teve negócio de criação e venda de frangos, declarou: "Utilizamos os recursos aos quais temos acesso, e muitos deles são caros". O grupo focal agrícola também se referiu a desafios externos que dificultam a operação e a expansão de seus negócios, como estradas precárias, preços oscilantes do milho e falta de acesso à água. Falando sobre como esses desafios globais limitariam o efeito mais avançado da tecnologia no aumento do rendimento, Marciano explicou: "Nós improvisamos e acabamos conseguindo um resultado semelhante ao que teríamos obtido se tivéssemos utilizado a tecnologia mais cara". Um segundo ponto de discussão foi o papel que as associações comunitárias desempenharam no desenvolvimento de seus negócios. Houve uma conversa interessante entre os participantes do grupo focal, dado que, de um lado, um participante mais velho, que era o presidente da sua associação, destacou o importante papel que as associações comunitárias podem desempenhar na assistência aos agricultores e a seus negócios, ao passo que, de outro, os participantes mais jovens reconheceram a importância das redes para um negócio bem sucedido. Benedito M. explicou que para "os participantes que não tinham um negócio antes do programa, era muito mais difícil lidar com os desafios - você precisa ter uma rede de pessoas para ajudá-lo a não desistir". Eles também disseram que as associações locais não ajudam, pois são dirigidas por pessoas mais velhas que não apoiam ideias novas. O terceiro tema de discussão significativo foi a necessidade de uma assistência técnica melhor e mais consistente, que, como mencionado anteriormente, era um tema que também vinha à tona nos outros grupos focais. Os negócios agrícolas poderiam lançar mão de uma assistência mais consistente nas áreas de saneamento e irrigação. Além disso, os participantes referiram-se ao fato de a Adel "ter apenas um técnico para diversas comunidades" e sugeriram que "toda comunidade deveria ter um técnico". PERSPECTIVAS PARA O FUTURO Quando perguntados sobre seus planos e objetivos para o futuro, a maioria dos participantes dos

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grupos focais do PJER comentou seu desejo de dar continuidade à sua formação e, para aqueles que estavam estudando, seu objetivo a curto prazo era concluir a escolaridade. A longo prazo, a maioria tinha como foco ter um negócio bem sucedido e, possivelmente, expandir para outras comunidades. Como disse Daniele,

Em cinco anos, quero ir para a faculdade para estudar administração de empresas. Em dez anos, quero ter minha própria loja, e não vender de porta em porta. Eventualmente, quero expandir meu negócio para outras cidades e estados. Eu ganharia meu próprio dinheiro para ajudar minha família e minha mãe.

Para concluir, a comparação dos grupos focais de participantes do PJER com o grupo focal de não participantes fornece uma perspectiva interessante sobre as diferenças nos dois grupos e o possível impacto que o PJER exerce sobre a vida desses jovens. Enquanto os participantes conversavam detidamente sobre seus negócios e as oportunidades de crescimento em suas comunidades, os não participantes enfocaram a falta de oportunidades de emprego e desenvolvimento em suas comunidades e o desejo de buscar melhores oportunidades em outros lugares. Ambos os grupos demonstraram forte desejo de continuar com sua educação.

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LIMITAÇÕES Devido ao tempo e às limitações de recursos da Adel e da equipe do SIPA, nosso estudo obviamente esbarrou em alguns obstáculos que restringem a validade de nossas conclusões. Nessa seção, apresentamos essas limitações e consideramos seu impacto potencial sobre nossos resultados. No final do relatório, recomendamos alguns caminhos para resolver algumas dessas questões para futuros esforços de avaliação da Adel. PREDISPOSIÇÃO DE RESPOSTA É importante reconhecer que nossos dados quantitativos e qualitativos foram retirados de uma amostra de conveniência não representativa de participantes e não participantes. Em comparação com a população total de candidatos de 295 indivíduos, nossa amostragem é tendenciosa em relação aos indivíduos que se candidataram aos coortes mais recentes em nosso estudo, presumivelmente porque tiveram contato mais recente com a organização. Visto que transcorreu menos tempo desde que os coortes mais recentes se formaram no PJER, nossos resultados provavelmente subestimaram os efeitos do programa. Além disso, devido a considerações éticas, não pudemos coletar dados de menores de 18 anos. Como resultado, nossa amostra não participante é mais velha, em média, do que a população candidata total de não participantes. Finalmente, devido aos recursos limitados dedicados ao recrutamento para o estudo, nossa amostra de participantes e não participantes apresenta uma predisposição em relação àqueles indivíduos que vivem nas comunidades mais próximas da sede da Adel, em Pentecoste. No entanto, em várias outras dimensões, incluindo gênero, achamos que nossa amostra é comparável à população total de candidatos. A tabela completa de comparações entre características observáveis pode ser encontrada no apêndice. Também é possível que nossa amostra não seja representativa da população total de candidatos em múltiplas características não observáveis. Como a pesquisa e os grupos focais foram voluntários, é possível que aqueles que optaram por participar do estudo estivessem mais envolvidos com a organização ou tivessem crenças mais fortes sobre suas experiências, positivas ou negativas, que esperavam expressar. Ademais, os eventos relativos à pesquisa ocorreram em um dia da semana e envolveram um compromisso de meio dia, de modo que aqueles com horários de trabalho não flexíveis ou aqueles que não puderam se dar ao luxo de cumprir a jornada foram menos propensos a participar do evento. Na medida em que essas variáveis mudaram a composição de nossa amostragem em relação à população total de candidatos, nossas conclusões serão tendenciosas.

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ERRO DE MEDIÇÃO Como este foi um estudo-piloto, inevitavelmente encontramos muitas fontes potenciais de erro de medição. Primeiro, a presença dos membros da equipe da Adel durante as visitas de campo coloca em questão a precisão das respostas. Nós reconhecemos que os participantes podem ter sentido uma pressão implícita para relatar resultados favoráveis do programa. Se este for o caso, nossos resultados positivos podem ter sido superestimados. Em segundo lugar, nossa pesquisa baseada em dispositivos móveis só foi acessada através de um telefone Android. Os entrevistados sem telefone Android fizeram a pesquisa em um laptop ou no papel. Uma vez que a facilidade de completar a pesquisa diferia de formato para formato, e uma vez que aqueles que não possuem um Android provavelmente serão diferentes daqueles que o fazem, os múltiplos métodos de preenchimento da pesquisa podem ter introduzido algum erro de medição. Finalmente, as avaliações autodescritas de conhecimento, práticas de negócios e atitudes e crenças pessoais muitas vezes podem ser tendenciosas e subjetivas. Também reconhecemos que os entrevistados podem não conseguir lembrar com precisão aspectos de suas características demográficas ou estatísticas, como renda, no momento em que se inscreveram ao programa. Se este for o caso, algumas das nossas estimativas podem não refletir mudanças precisas ao longo do tempo em vários resultados. DESISTÊNCIAS DO PJER Nossa amostra de não participantes de 45 indivíduos inclui nove desistências – indivíduos que foram aceitos no PJER, mas que não completaram o treinamento. Uma vez que 20% do nosso grupo de comparação receberam algum tratamento, nossos resultados provavelmente subestimam o efeito verdadeiro do programa. No entanto, como o tempo médio gasto no programa antes da desistência é de apenas uma semana, não esperamos que a predisposição seja grande o bastante para distorcer significativamente nossas conclusões.

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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES CONCLUSÕES Nossas constatações revelam que o Programa Jovens Empreendedores Rurais (PJER) da Adel tem efeitos positivos modestos, mas estatisticamente significativos, em múltiplos aspectos do desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes do programa: • Após a conclusão do programa, os participantes reportaram um aumento do conhecimento em uma série de tópicos de negócios, incluindo inovação agrícola, marcos legais, marketing, vendas, desenvolvimento de produtos, orçamentação, gerenciamento de custos, contabilidade e finanças. Ao usar uma regressão Diferença-em-Diferenças, verificamos que o efeito do PJER é pequeno, mas significativo na maioria desses tópicos, particularmente aqueles que são de natureza mais técnica e especializada (como estruturas legais e matemática financeira). • Os participantes também relataram avanços na sua capacidade de implementar uma ampla gama de atividades de negócios, incluindo a criação de um plano de negócios, a utilização de redes sociais, a mitigação de riscos comerciais, o desenvolvimento de produtos inovadores, o marketing de produtos, a expansão de seus negócios, a melhoria do atendimento ao cliente e a melhoria do gerenciamento de seus negócios. Usando uma regressão DED, verificamos que o PJER tem um efeito pequeno, mas significativo nas seguintes dimensões: criar um plano de negócios, mitigar os riscos do negócio e melhorar o atendimento ao cliente. • Em geral, os participantes do PJER relatam níveis elevados de implementação de práticas recomendadas de marketing e análise competitiva (por exemplo, a visita a concorrentes para decidir que preços e que produtos oferecer), mas se referem a níveis baixos de implementação de práticas recomendadas de manutenção de registros e planejamento financeiro (por exemplo, manutenção escrita de registros comerciais e manutenção de um balanço anual). • Tanto o CrediAmigo quanto o Fundo Veredas são alternativas populares e acessíveis para o crédito entre os participantes do PJER. Os resultados sugerem que o Fundo Veredas é um crédito mais tolerante em comparação com o CrediAmigo e que os novos proprietários de negócios que solicitam empréstimo poderiam estar agindo de forma racional em termos de julgar quando pedir emprestado, de que instituição e como administrar o pagamento das prestações. Os participantes relatam ter adquirido maior conhecimento de todas as fontes de crédito após o programa. • Depois de participarem do programa, os participantes tornaram-se muito mais propensos a usar

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tecnologia de informação e comunicação – incluindo aplicativos para gerenciamento financeiro, recursos on-line e mídias sociais – no intuito de melhorar seus negócios. • Os participantes veem a Rede de Jovens Empreendedores Rurais mais como uma rede social do que como uma associação de negócios. No entanto, muitos acham a rede útil para promover um sentimento de solidariedade e proporcionar motivação pessoal para o sucesso. • A participação no PJER está associada a níveis mais elevados de propriedade de negócios, maior nível de escolaridade e maior renda mensal, embora esses efeitos não sejam estatisticamente significativos. O curto período de tempo entre a conclusão do programa pelos participantes e o tempo em que implementamos nossa pesquisa pode ter limitado nossa capacidade de captar esses efeitos. • Em termos de desenvolvimento pessoal, os participantes relatam maior envolvimento na comunidade, mais oportunidades pessoais e profissionais e um maior grau de independência financeira em relação aos não participantes. Participantes e não participantes também relatam fortes atitudes positivas em relação à cooperação, resiliência e persistência, qualidades que são vistas como essenciais para se tornar um empreendedor de sucesso. • .Os participantes percebem o PJER como uma oportunidade única para explorar diferentes vias de desenvolvimento profissional e pessoal, incluindo o empreendedorismo. Eles citam a criação de um plano de negócios, a ênfase no desenvolvimento de habilidades de comunicação e acesso ao crédito do Fundo Veredas como os aspectos mais valiosos do programa. • Os proprietários de negócios agrícolas enfrentam desafios relacionados ao quadro jurídico que circunda a operação de negócios agrícolas e a implementação de tecnologias socioambientais dispendiosas. Eles também mencionaram desafios externos que dificultam a operação e o crescimento de seus negócios, como estradas precárias, preços oscilantes do milho e falta de acesso à água. • Muitos participantes do programa manifestaram o desejo de continuar estudando. As aspirações de longo prazo relacionavam-se, geralmente, à propriedade de um negócio bem sucedido e, possivelmente, sua expansão para outras comunidades. RECOMENDAÇÕES PARA O PROGRAMA PJER A fim de melhorar o impacto do PJER nos resultados pessoais e profissionais dos participantes, delineamos uma série de recomendações de programas para a Adel levar em consideração. Elas incluem:

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● Fortalecer o planejamento financeiro e o plano de gestão. Tanto pelos resultados qualitativos quanto pelos quantitativos, observamos que os participantes queriam mais apoio no que diz respeito à gestão de suas finanças e à manutenção de registros financeiros. Muitos mencionaram que aprender isso em uma configuração de sala de aula é muito diferente de aplicar os conceitos em uma configuração do mundo real, e eles gostariam de receber mais assistência nessa área. A Adel pode considerar a possibilidade de oferecer serviços de consultoria empresarial para preencher essa lacuna. ● Melhorar e sistematizar a prestação de assistência técnica. Com base nas conclusões do grupo focal, os participantes consideraram que o programa não forneceu integralmente a assistência técnica que havia prometido. A Adel deve ser mais explícita ao definir expectativas quanto à frequência e ao tipo de assistência técnica que estão em linha com a disponibilidade de seus recursos. ● Adaptar o currículo às tecnologias socioambientais para atender às necessidades e aos recursos dos participantes. A maioria dos proprietários de negócios agrícolas revelou que não podia aplicar essas tecnologias dispendiosas aos seus negócios, tendo em vista suas limitações de recursos. A Adel pode usar mais esforços de Monitoramento & Avaliação para coletar informações mais detalhadas sobre as necessidades desses negócios agrícolas e adaptar as recomendações tecnológicas em conformidade com elas. ● Explorar a possibilidade de estabelecer parcerias que fortaleçam o PJER. Por exemplo, a assistência técnica poderia potencialmente ser fortalecida pela parceria com agências que apoiam as micro e pequenas empresas na região (por exemplo, o SEBRAE). Ao estabelecer tais parcerias, a Adel também poderia reduzir os custos e colocar maior ênfase em seus pontos fortes, a saber, a fase de treinamento do programa.

RECOMENDAÇÕES PARA AVALIAÇÃO FUTURAS Se a Adel pretende continuar a medir os impactos do PJER e a alimentar um circuito de retorno (feedback loop) útil, temos diversas recomendações que deverão ser contempladas:

● Continuar a usar a plataforma móvel gratuita KoBoCollect na coleta de dados. Durante a implementação do questionário-píloto, essa ferramenta provou ter diversas vantagens no campo devido a três razões primordiais: (i) os mais jovens tinham os fones Android e puderam baixar o aplicativo e responder o questionário; (ii) as respostas digitais

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permitiram uma análise de dados mais fácil e eliminaram erros na entrada dos dados; e (iii) os entrevistados acharam o questionário de base móvel mais fácil e mais rápido de preencher do que o questionário com suporte em papel.

● Usar o questionário-piloto como um instrumento para avaliações futuras do impacto. Recomendamos dividir a pesquisa em pesquisas separadas de linha de base e de linha final, de modo a torná-la mais fácil para uma futura implementação. Essa divisão permitirá respostas mais precisas, eliminando a necessidade de refazer perguntas. A Adel deverá implementar a pesquisa básica antes de os participantes começarem o programa e a pesquisa final imediatamente após os participantes completarem o programa. Dependendo dos recursos da Adel, a pesquisa final deverá ser implementada periodicamente, a fim de avaliar a sustentabilidade dos negócios e a trajetória dos participantes de acordo com a teoria da ação.

● Acrescentar perguntas sobre a situação de emprego e a formalização do negócio ao futuro questionário de desenvolvimento profissional. Na versão piloto atual do questionário, as perguntas não captaram com precisão a situação de emprego dos participantes. Embora a pesquisa-piloto capte a propriedade das empresas, o emprego fora dos negócios que são “tocados” pelos próprios proprietários, e a situação de formalização dos negócios são desdobramentos importantes do mercado de trabalho que necessitam ser avaliados no futuro.

● Avaliar o componente de conhecimento do programa de acordo com uma avaliação objetiva de tópicos de negócios, ao invés de avaliações autodeclaradas. Para futuras avaliações, recomendamos avaliar o conhecimento dos participantes sobre os temas de negócios de acordo com um teste padronizado de cada tema (por exemplo, matemática financeira). Isso permitiria medidas de conhecimento mais objetivas e precisas, ao contrário de medidas autodeclaradas que estão sujeitas à interpretação individual.

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APÊNDICES Apêndice I: Evolução do PJER

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Apêndice II: Consultas com Especialistas e Partes Interessadas

Data Nome Title

17/12/2016

Lauren Kelly Funcionário de Avaliação

Sênior, Unidade de Desenvolvimento Sustentável,

Banco Mundial 10/01/2017 Paolo Silveri Gerente de Programa do País

(Diretor do País), Fundo Internacional para o

Desenvolvimento Agrícola – FIDA (International Fund for

Agricultural Development – IFAD)

10/01/2017 Adriano Batista Diretor Executivo, Adel

11/01/2017 Aurigele Alves Diretor de Programas, Adel

11/01/2017 Evilene Abreu Diretor de Comunicação, Adel

11/01/2017 Wagner Gomes Diretor de Relações Institucionais

1701//2017 Sandra Valéria Araujo Macedo CSR, Petrobras (por ocasião da data de entrevista)

13/01/2017

Alberto Teixeira

Secretário de Empreendedorismo e

Inovação, Município de São Gonçalo do Amarante, Estado

do Ceará 30/01/2017 Patricia Lobaccaro Presidente e CEO,

BrazilFoundation

Primavera 2017

Rodrigo Soares Professor da cátedra Lemann

de Políticas Públicas Brasileiras e Assuntos

Internacionais e Públicos, Columbia SIPA

Primavera 2017

Diego Ubfal

Pesquisador Visitante Associado na Faculdade de Assuntos Internacionais e Públicos, Columbia SIPA

Primavera 2017

Doru C. Cojoc

Professor da Disciplina de Assuntos Internacionais e Públicos, Columbia SIPA

52

Primavera 2017

Alan Yang

Professor da Disciplina de Assuntos Internacionais e Públicos, Columbia SIPA

Primavera 2017

Miguel Urquiola

Professor de Economia e Assuntos Internacionais,

Columbia SIPA

53

Apêndice III: Teoria da Ação

54

Apêndice IV: Comparação de grupos em amostras e dados gerais da população requerente

Variáveis Participantes em pesquisas Participantes no conjunto de dados do candidato

p-value

Mulher 0.629 0.532 0.107(0.485) (0.501)

Idade 20.527 19.932 0.288(3.782) (3.581)

Município- Apuiares 0.046 0.000 0.007***(0.211) (0.000)

Município- Caucaia 0.159 0.177 0.685(0.367) (0.384)

Município- Paracuru 0.093 0.081 0.724(0.291) (0.273)

Município- Pentecoste 0.000 0.048 0.013**(0.000) (0.215)

Município- SGA 0.576 0.613 0.538(0.496) (0.489)

Município- Umirim 0.007 0.016 0.470(0.081) (0.126)

Município- SLC 0.119 0.065 0.114(0.325) (0.247)

Pontuação do aplicativo – PJER 117.265 119.903 0.180(18.958) (13.527)

Variáveis Não participantes em pesquisas

Não participantes no conjunto de dados do candidato

p-value

Mulher 0.560 0.636 0.218(0.499) (0.482)

Idade 20.549 19.009 0.018**(4.679) (4.413)

Município- Apuiares - - -- -

Município- Caucaia 0.044 0.182 0.000***(0.206) (0.387)

Município- Paracuru 0.363 0.045 0.000***(0.483) (0.209)

Município- Pentecoste 0.022 0.000 0.155(0.147) (0.000)

Município- SGA 0.495 0.636 0.022***(0.503) (0.482)

Município- Umirim 0.000 0.009 0.158(0.000) (0.095)

Município- SLC 0.077 0.127 0.163(0.268) (0.334)

Pontuação do aplicativo – PJER 72.725 59.732 0.006***(39.719) (31.194)

Panel B. Comparação de não participantes entre os dados da pesquisa e os dados do candidato do projeto

Panel A. Comparação dos participantes em dados da pesquisa e dados do candidato do projeto

Nota: Há 75 observações para participantes nas pesquisas e 62 observações para participantes nos dados dos requerentes, para um total de 137 observações na comparação dos participantes. Há 45 observações para não participantes nas pesquisas e 110 observações para não participantes nos dados dos requerentes, para um total de 155 observações na comparação dos não participantes. Erros-padrão robustos entre parênteses. ***p<0,01; **p<0,05; *p<0,1.

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Apêndice V: Regressões DID para o Conhecimento de Tópicos de Negócio

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)

VariáveisMatemática Financeira Contabilidade

Gerenciamento de Custo Orçamentação

Desenvolvimento do Produto Legislação Vendas Marketing

Inovação em

AgriculturaTratamento (1=Participante,0=Não participante) 0.297* 0.152 0.307 0.379* 0.526** 0.372* 0.258 0.306 0.395**

(0.160) (0.207) (0.210) (0.192) (0.257) (0.196) (0.261) (0.190) (0.178)Coorte 2 0.570*** 0.304 0.040 -0.022 -0.013 -0.364 0.403 0.574** 0.203

(0.206) (0.274) (0.262) (0.239) (0.307) (0.304) (0.339) (0.288) (0.305)Coorte 3 0.618** 0.637* -0.106 0.034 -0.024 -0.383 -0.253 -0.148 0.372

(0.281) (0.329) (0.286) (0.299) (0.369) (0.310) (0.414) (0.298) (0.258)Coorte 4 0.673*** 0.493 0.190 0.042 0.404 -0.392 0.371 0.071 0.581**

(0.243) (0.338) (0.338) (0.315) (0.406) (0.342) (0.333) (0.291) (0.278)Coorte 5 0.721*** 0.616** 0.285 0.344* 0.339 -0.063 0.575* 0.393 0.515***

(0.183) (0.266) (0.219) (0.204) (0.317) (0.277) (0.295) (0.241) (0.190)Ensino médio incompleto (1=Sim,0=Não) 0.772* 0.045 0.514 -0.753 -1.639*** -1.708*** 1.053 -0.436 0.944*

(0.389) (0.794) (0.503) (0.641) (0.539) (0.490) (0.652) (0.523) (0.539)Ensino médio completo (1=Sim,0=Não) 0.847** 0.188 0.662 -0.596 -1.774*** -1.682*** 0.748 -0.356 0.830

(0.368) (0.803) (0.529) (0.676) (0.564) (0.523) (0.631) (0.521) (0.546)Curso universitário incompleto (1=Sim,0=Não) -0.398 -0.955** -0.411 -1.200*** -1.586*** -1.502*** -0.113 -0.732* 0.841**

(0.283) (0.435) (0.301) (0.346) (0.394) (0.272) (0.416) (0.384) (0.332)Curso universitário completo (1=Sim,0=Não) 1.438** 0.077 1.657** 0.690 0.736 -0.784 1.136 0.487 2.031***

(0.594) (0.797) (0.791) (0.663) (0.708) (0.591) (0.802) (0.753) (0.684)Programa técnico completo (1=Sim,0=Não) 0.124 -0.235 -0.112 -0.093 -0.188 -0.002 -0.361 0.167 0.025

(0.205) (0.256) (0.231) (0.246) (0.292) (0.212) (0.227) (0.202) (0.183)Ocupação – Agricultura (1=Sim,0=Não) -0.099 -0.279 0.574 0.105 0.241 0.484 0.420 0.733 0.473

(0.468) (0.315) (0.568) (0.413) (0.420) (0.386) (0.479) (0.587) (0.326)Ocupação – Aluno ensino médio/curso técnico (1=Sim,0=Não) -0.228 -0.379 0.481 0.216 0.321 0.468 0.180 0.511 0.341

(0.467) (0.274) (0.542) (0.401) (0.395) (0.353) (0.437) (0.568) (0.273)Ocupação – Aluno (curso universitário) (1=Sim,0=Não) 1.065* 0.569 1.706** 0.898 -0.217 0.164 1.091 0.475 0.769

(0.549) (0.766) (0.717) (0.688) (0.614) (0.539) (0.728) (0.663) (0.497)Ocupação – Trabalho no comércio (1=Sim,0=Não) -0.353 -0.302 0.355 -0.056 0.191 0.034 0.101 0.299 0.438

(0.474) (0.286) (0.554) (0.375) (0.433) (0.343) (0.460) (0.550) (0.288)Casado(a) (1=Sim,0=Não) 0.720** 0.383 -0.848** -1.165** -0.586 0.367 -0.288 -0.832** 0.520

(0.294) (0.653) (0.426) (0.497) (0.414) (0.436) (0.563) (0.397) (0.400)Solteiro(a) (1=Sim,0=Não) -0.524** -0.280 -1.616*** -1.618*** -0.693** 0.252 -1.344*** -1.237*** 0.137

(0.247) (0.308) (0.266) (0.321) (0.342) (0.243) (0.385) (0.310) (0.229)União estável (1=Sim,0=Não) -0.569** -0.695** -1.352*** -1.369*** -0.735** 0.368 -0.847** -1.197*** 0.510

(0.267) (0.294) (0.348) (0.368) (0.349) (0.292) (0.402) (0.329) (0.333)Católico(a) (1=Sim,0=Não) -0.060 -1.052*** 0.130 -0.887** 0.537 0.941** 0.216 0.395 0.033

(0.292) (0.390) (0.398) (0.394) (0.474) (0.393) (0.425) (0.360) (0.347)Evangélico(a) (1=Sim,0=Não) -0.032 -0.965** -0.096 -0.935** 0.254 0.843** -0.025 0.198 -0.031

(0.288) (0.399) (0.385) (0.385) (0.476) (0.388) (0.500) (0.362) (0.374)Outra religião (1=Sim,0=Não) 0.168 -0.750* 0.569 -0.395 0.763 1.003** 0.591 0.911** 0.136

(0.257) (0.406) (0.410) (0.446) (0.514) (0.474) (0.532) (0.451) (0.363)Religiões afro-brasileiras (1=Sim,0=Não) 0.855** -0.515 1.337* 0.284 2.556*** 1.613*** 2.403*** 2.396*** 1.797***

(0.381) (0.603) (0.744) (0.734) (0.797) (0.605) (0.755) (0.597) (0.621)Pontuação de aplicação PJER (0-150) 0.003 0.004 0.003 0.002 0.000 0.004 0.008** 0.008*** -0.002

(0.003) (0.002) (0.003) (0.003) (0.003) (0.002) (0.004) (0.003) (0.003)Renda mensal R$0-76 (1=Sim,0=Não) 0.677 0.929** -0.130 0.433 -0.011 -0.243 -0.198 -0.660 -0.103

(0.529) (0.379) (0.585) (0.508) (0.469) (0.445) (0.491) (0.661) (0.379)Renda mensal R$77-154 (1=Sim,0=Não) 0.204 0.406 -0.590 0.138 -0.511 -0.423 -0.689 -0.687 -0.313

(0.543) (0.354) (0.601) (0.480) (0.459) (0.425) (0.488) (0.640) (0.364)Renda mensal R$155-291 (1=Sim,0=Não) 0.577 0.487 -0.135 0.066 -0.267 -0.688 -0.209 -0.913 -0.231

(0.542) (0.405) (0.601) (0.492) (0.491) (0.478) (0.529) (0.651) (0.401)Renda mensal R$292-751 (1=Sim,0=Não) 0.183 0.283 -0.432 0.160 -0.208 -0.400 -0.235 -0.623 -0.196

(0.504) (0.383) (0.578) (0.486) (0.496) (0.458) (0.531) (0.680) (0.380)Renda mensal R$752-1.019 (1=Sim,0=Não) 0.368 0.541* -0.430 0.131 -0.342 -0.312 0.001 -0.377 -0.389

(0.491) (0.295) (0.554) (0.408) (0.427) (0.382) (0.443) (0.580) (0.309)Renda mensal R$ 1.020-1.637 (1=Sim,0=Não) 0.260 0.547 -0.126 0.324 -0.415 -0.396 -0.382 -0.653 -0.579

(0.525) (0.379) (0.688) (0.703) (0.583) (0.561) (0.563) (0.716) (0.476)Renda mensal R$1.638-2.453 (1=Sim,0=Não) 0.117 0.394 -0.636 -0.514 -0.634 -0.245 -0.721 -0.536 -0.616

(0.489) (0.350) (0.599) (0.513) (0.509) (0.463) (0.642) (0.599) (0.394)Município – Apuiares (1=Sim,0=Não) 0.187 0.161 -0.086 -0.172 -0.398 -0.336 -0.023 0.510 0.457

(0.272) (0.333) (0.354) (0.386) (0.588) (0.479) (0.414) (0.314) (0.302)Município – Caucaia (1=Sim,0=Não) -0.029 0.051 -0.451 -0.405 -0.197 -0.255 -0.947** -0.362 0.162

(0.272) (0.353) (0.366) (0.395) (0.452) (0.368) (0.424) (0.330) (0.357)Município – Paracuru (1=Sim,0=Não) 0.037 -0.074 -0.509 -0.286 -0.306 -0.369 -0.176 -0.120 -0.112

(0.253) (0.317) (0.333) (0.346) (0.427) (0.311) (0.368) (0.324) (0.281)Município – São Gonçalo (1=Sim,0=Não) do Amarante -0.071 -0.047 -0.127 -0.062 -0.138 -0.168 0.096 0.253 -0.081

(0.143) (0.253) (0.272) (0.308) (0.379) (0.251) (0.306) (0.210) (0.235)Município – Umirim (1=Sim,0=Não) 0.251 -0.085 0.575 0.559 0.334 0.433 0.577 2.096*** 0.399

(0.311) (0.403) (0.413) (0.432) (0.441) (0.387) (0.478) (0.437) (0.373)Negócio de propriedade individual (1=Sim,0=Não) 0.194 0.258 0.162 0.057 0.504* 0.270 0.163 -0.351 0.432*

(0.172) (0.206) (0.220) (0.205) (0.256) (0.225) (0.264) (0.256) (0.220)Negócio de propriedade familiar (1=Sim,0=Não) -0.172 0.043 -0.058 0.077 -0.219 -0.167 0.017 0.190 -0.394*

(0.177) (0.209) (0.238) (0.247) (0.243) (0.216) (0.269) (0.239) (0.230)Constante -1.024 0.377 0.802 2.813*** 2.009* 0.709 -0.304 0.498 -1.305*

(0.632) (0.994) (0.724) (0.856) (1.086) (0.745) (1.198) (0.813) (0.731)

Observações 119 119 119 119 119 119 119 119 119R-quadrado 0.450 0.355 0.422 0.403 0.419 0.375 0.427 0.514 0.349Nota Todas as variáveis dependentes são medidas como primeiras diferenças e todas as variáveis independentes são medidas no período pré-tratamento. Todas as unidades variáveis dependentes consistem de uma escala Linkert pela qual 0=Nenhum, 1=Básico, 2=Intermediário, 3=Avançado, 4=Especialista. Erros-padrão robustos entre parênteses ***p<0,01; **p<0,05; *p<0,1.

56

Apêndice VI: Regressões DED para a Implementação de Atividades de Negócio

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)

VariáveisCriar um

plano para negócios

Usar redes sociais nos negócios

Reducir os riscos de negócio

Desenvolver produtos

innovadores

Fazer marketing

de produtos de negócio

Expandir o negócio

Melhorar o serviço ao

cliente

Melhorar gerenciamento

do negócio

Tratamento (1=Participante,0=Não participante) 0.589** 0.017 0.648** 0.143 0.239 0.458 0.632* 0.140(0.293) (0.322) (0.309) (0.363) (0.416) (0.371) (0.341) (0.387)

Coorte 2 0.363 0.522 -0.887* -0.291 -0.151 0.204 0.823** 0.794(0.459) (0.537) (0.468) (0.614) (0.546) (0.539) (0.414) (0.597)

Coorte 3 -0.059 -0.506 -1.207** -0.960 -0.910* -0.757 -0.067 -0.104(0.467) (0.497) (0.460) (0.594) (0.501) (0.576) (0.437) (0.575)

Coorte 4 1.148** 0.743 0.334 0.566 0.404 0.535 0.914* 0.724(0.500) (0.482) (0.507) (0.612) (0.602) (0.588) (0.478) (0.513)

Coorte 5 0.919** 0.536 0.092 0.206 0.309 0.404 0.684** 0.730(0.394) (0.398) (0.419) (0.488) (0.432) (0.438) (0.311) (0.450)

Ensino médio incompleto (1=Sim,0=Não) -2.852*** -1.757* -5.202*** -2.789** -1.157 0.498 0.618 0.735(0.955) (1.004) (1.031) (1.062) (1.125) (1.116) (0.762) (0.978)

Ensino médio completo (1=Sim,0=Não) -2.879*** -1.487 -4.472*** -2.589** -0.834 0.857 0.846 0.768(0.960) (0.987) (1.002) (1.023) (1.119) (1.040) (0.720) (0.925)

Curso universitário incompleto (1=Sim,0=Não) -1.882*** -1.252** -2.122*** 0.059 -0.421 1.261* 0.732 -0.128(0.567) (0.619) (0.550) (0.688) (0.718) (0.754) (0.666) (0.704)

Curso universitário completo (1=Sim,0=Não) -0.712 0.476 -2.799** 0.441 1.983 2.794* 0.731 2.563(1.307) (1.421) (1.191) (1.707) (1.519) (1.592) (0.864) (1.588)

Programa técnico completo (1=Sim,0=Não) -0.517 -0.245 -0.525 -0.574 -0.439 -0.508 -0.267 -0.625*(0.386) (0.343) (0.349) (0.348) (0.462) (0.339) (0.350) (0.364)

Ocupação – Agricultura (1=Sim,0=Não) 2.931*** 2.390*** 2.431*** 3.614** 3.311*** 2.919*** 1.420*** 2.960**(0.743) (0.762) (0.850) (1.561) (1.201) (1.093) (0.531) (1.199)

Ocupação – Aluno ensino médio/curso técnico (1=Sim,0=N 2.646*** 2.229*** 2.424*** 3.253** 3.025** 2.709** 1.417*** 3.030**(0.689) (0.669) (0.767) (1.476) (1.161) (1.061) (0.519) (1.156)

Ocupação – Aluno (curso universitário) (1=Sim,0=Não) 1.768* 1.672 -0.045 0.662 2.635* 2.979* 2.193*** 4.167***(1.028) (1.044) (1.186) (1.756) (1.536) (1.520) (0.726) (1.460)

Ocupação – Trabalho no comércio (1=Sim,0=Não) 2.422*** 1.915*** 1.810** 3.031** 2.558** 2.438** 1.087** 2.435**(0.660) (0.677) (0.731) (1.473) (1.163) (1.061) (0.471) (1.158)

Casado(a) (1=Sim,0=Não) -2.072** -2.692** -1.959* -2.545** -0.420 -2.056** -0.837 -0.775(0.954) (1.065) (1.042) (1.025) (0.896) (1.027) (0.601) (0.766)

Solteiro(a) (1=Sim,0=Não) -1.617*** -2.799*** -1.275*** -1.899*** -0.844** -1.936*** -1.450*** -1.327***(0.374) (0.467) (0.380) (0.411) (0.421) (0.490) (0.403) (0.493)

União estável (1=Sim,0=Não) -1.187** -3.357*** -0.777 -1.875** -0.505 -1.107 -1.105** -1.018*(0.549) (0.583) (0.739) (0.846) (0.552) (0.694) (0.499) (0.606)

Católico(a) (1=Sim,0=Não) -0.691 -0.795 0.094 -0.388 -0.370 -3.116*** -2.254*** 0.247(0.686) (0.656) (0.694) (0.688) (0.656) (0.613) (0.564) (0.656)

Evangélico(a) (1=Sim,0=Não) -0.310 -1.135 0.377 -0.420 -0.359 -2.921*** -1.958*** 0.763(0.759) (0.696) (0.787) (0.750) (0.664) (0.678) (0.651) (0.766)

Outra religião (1=Sim,0=Não) 0.592 -0.712 1.170 0.240 0.070 -2.816*** -1.768*** 1.044(0.780) (0.665) (0.870) (0.849) (0.678) (0.675) (0.601) (0.730)

Religiões afro-brasileiras (1=Sim,0=Não) 0.943 -0.502 0.893 -1.323 -1.631 -2.984*** -2.072** -1.396(1.127) (0.933) (1.131) (1.103) (1.161) (1.072) (0.858) (1.194)

Pontuação de aplicação PJER (0-150) 0.009* 0.009** 0.004 0.005 0.006 0.004 0.007 0.013**(0.005) (0.004) (0.005) (0.005) (0.006) (0.006) (0.005) (0.005)

Renda mensal R$0-76 (1=Sim,0=Não) -1.543* -1.275 -1.185 -2.182 -1.593 -1.269 -0.376 -1.643(0.817) (0.821) (0.895) (1.516) (1.254) (1.129) (0.609) (1.196)

Renda mensal R$77-154 (1=Sim,0=Não) -2.386*** -2.381*** -1.802** -3.001* -2.741** -2.542** -1.355** -2.414*(0.810) (0.752) (0.861) (1.547) (1.269) (1.158) (0.647) (1.227)

Renda mensal R$155-291 (1=Sim,0=Não) -2.605*** -2.154*** -2.206** -2.927* -2.746** -2.142* -1.192* -2.049*(0.864) (0.771) (0.869) (1.512) (1.273) (1.112) (0.653) (1.217)

Renda mensal R$292-751 (1=Sim,0=Não) -2.540*** -1.806** -1.929** -2.990* -2.401* -1.889 -0.880 -2.331*(0.790) (0.846) (0.900) (1.552) (1.260) (1.147) (0.579) (1.197)

Renda mensal R$752-1.019 (1=Sim,0=Não) -2.174*** -2.004*** -1.559* -2.497* -1.998* -1.903* -0.835* -1.883(0.750) (0.705) (0.784) (1.486) (1.181) (1.104) (0.494) (1.153)

Renda mensal R$ 1.020-1.637 (1=Sim,0=Não) -2.294** -2.298*** -2.205** -3.325** -2.613* -1.691 -1.083 -1.756(0.960) (0.854) (1.075) (1.608) (1.454) (1.270) (0.660) (1.306)

Renda mensal R$1.638-2.453 (1=Sim,0=Não) -2.853 -2.792 -2.793 -4.661* -4.186* -2.882 -0.998 -3.473**(2.031) (2.304) (2.216) (2.565) (2.207) (2.184) (0.703) (1.671)

Município – Apuiares (1=Sim,0=Não) -0.299 1.179 -0.194 0.327 1.207 1.326 0.349 1.792*(0.989) (1.071) (1.154) (1.045) (0.865) (1.011) (1.039) (0.996)

Município – Caucaia (1=Sim,0=Não) -0.411 -0.077 -0.630 -0.396 -0.098 -0.516 -0.801 -0.046(0.745) (0.659) (0.673) (0.692) (0.732) (0.633) (0.654) (0.738)

Município – Paracuru (1=Sim,0=Não) -0.056 -0.012 -0.096 -0.801 -0.279 -0.502 -0.195 0.302(0.514) (0.459) (0.455) (0.586) (0.618) (0.560) (0.560) (0.563)

Município – São Gonçalo (1=Sim,0=Não) do Amarante -0.061 0.431 0.077 0.054 0.459 0.316 0.145 0.995*(0.448) (0.391) (0.390) (0.520) (0.529) (0.495) (0.478) (0.530)

Município – Umirim (1=Sim,0=Não) 0.367 1.708*** 0.637 -0.321 0.318 0.303 1.112 1.504*(0.569) (0.598) (0.538) (0.649) (0.720) (0.799) (0.719) (0.796)

Negócio de propriedade individual (1=Sim,0=Não) 0.868** 0.926** 1.459*** 1.342*** 1.013** 0.783** 0.235 0.391(0.344) (0.408) (0.364) (0.440) (0.417) (0.393) (0.339) (0.383)

Negócio de propriedade familiar (1=Sim,0=Não) -0.381 -0.400 -0.085 -0.504 -0.643 -0.320 0.169 -0.255(0.340) (0.420) (0.341) (0.358) (0.427) (0.408) (0.392) (0.422)

Constante 3.690** 4.175*** 5.085*** 4.488*** 1.102 3.157** 1.530 -2.309(1.557) (1.493) (1.410) (1.625) (1.584) (1.549) (1.107) (1.507)

Observações 119 119 119 119 119 119 119 119R-quadrado 0.461 0.379 0.497 0.392 0.360 0.413 0.437 0.411Nota Todas as variáveis dependentes são medidas como primeiras diferenças e todas as variáveis independentes são medidas no período pré-tratamento. Todas as unidades variáveis dependentes consistem de uma escala Linkert pela qual 0=Nenhum, 1=Básico, 2=Intermediário, 3=Avançado, 4=Especialista. Erros-padrão robustos entre parênteses ***p<0,01; **p<0,05; *p<0,1.

57

Apêndice VII: Instrumento de Pesquisa

Avaliação do Impacto da Iniciativa PJER da Adel no Ceará, Brasil Oficina SIPA em Prática de Desenvolvimento 2016-17

Universidade Columbia Questionário da Pesquisa – Participantes PJER

I. Informações Pessoais 1. Atualmente, qual é o nível de escolaridade mais alto que você completou? (Por favor, escolha apenas uma alternativa) 2. Atualmente, você concluiu algum curso técnico? ( ) Sim ( ) Não 3. Atualmente, qual é a sua ocupação? (Por favor, escolha apenas uma alternativa)

Ensino médio

Alguma série

do ensino médio

Algum semestre do curso universi-

tário

Universitá-

rio Pós-

Gradua-ção

Aluno de ensino médio/escola

técnica

Aluno de graduação de

curso universitário

Aluno de pós-graduação de

curso uni- versitário

Outra (por favor

especifique) ____________

Agricultor Comerciário Funcionário público

Nome: _______________________________________________________________________________________________________ Como você gosta de ser chamado? _____________________________________________________________________________ Gênero: _______________________ Etnia: ___________________ Data de Nascimento (Dia/Mês/Ano): ___________________ Idade: _______________________________________ Estado Civil: ________________________________________________ Email: _______________________________________________________________________________________________________ Endereço: ____________________________________________________________________________________________________ Ponto de referência: ____________________________________ Comunidade: _____________________________________ Município: _______________________________________________________________________________________________ Telefone ________________________________________________________________________________________

58

4. Atualmente, qual é a sua renda mensal (em reais)? (Por favor, escolha apenas uma alternativa)

5. Qual é a sua crença religiosa? (Por favor, escolha apenas uma alternativa)

6. Por favor, forneça seu endereço no momento em que se candidatou ao programa: Endereço: _____________________________________________________ Ponto de referência: _____________________________________________ Comunidade: __________________________________________________ Município: _________________________________________________ 7. No momento em que se candidatou ao programa, qual era o seu estado civil? (Por favor, escolha apenas uma alternativa)

8. No momento em que se candidatou ao programa, qual era o nível de escolaridade mais alto que você tinha alcançado? (Por favor, escolha apenas uma alternativa) 9. No momento em que se candidatou ao programa, você tinha concluído a escola técnica? 10. No momento em que se candidatou ao programa, qual era a sua ocupação? (Por favor, escolha apenas uma alternativa)

0-76 77-154 155-291 292-751 752-1.012

1.020-1.637

1.638-2.453

2.453-3.271 3.272-4.087 4.087 e mais

Católica Espírita Pentecostal Evangélica

Religiões afro-brasileiras Ateu Agnóstico

Outra (por favor especifique) ____________

Solteiro(a) Casado(a) Divorciado(a) Vivendo junto

Viúvo(a) Separado(a Parceria Doméstica

Alguma série do ensino médio

Ensino médio

Algum semestre do curso universi-

tário

Curso

universitário Pós-

Graduação

59

11. No momento em que se candidatou ao programa, qual era a sua renda média (em reais)? (Por favor, escolha apenas uma alternativa)

II. Características da Família 12. Quem é o chefe da família? (Por favor, escolha apenas uma alternativa) 13. Quantos membros da sua família comem na mesma cozinha? (Por favor, escreva o número na caixa abaixo)

14. Quais são as principais fontes de renda da sua família? (Por favor, selecione todas que vêm ao caso)

15. Quem, em sua família, tem o nível de escolaridade mais elevado? (Por favor, escolha apenas uma alternativa)

Aluno de ensino médio/escola

técnica

Estudante universitário (graduação)

Estudante

universitário (pós-graduação)

Outro (por favor especifique) ____________

Agricultor Comerciante Funcionário público

0-76 77-154 155-291 292-751 752-1012 1020-1637 1638-2453 2453-3271 3272-4087 4087 e acima

Você Pai Mãe Parente Avô Avó Companheiro(a) Outro

___________

Agricultura Emprego Público Empreendedo- rismo

Outra (por favor,

especifique abaixo}

_____________

Setor Privado Aposentadoria Ajuda do Governo

60

16. Qual é o nível de escolaridade mais elevado que esta pessoa alcançou? (Por favor, escolha apenas uma alternativa)

17. Qual dos seguintes bens a sua família possui? (Por favor, escolha todas as que vêm ao caso)

18. Por favor, responda às seguintes questões:

Sim Não a. Você tem carteira de trabalho assinada? b. Sua família recebe atualmente Bolsa Família? c. Se a resposta for Não, sua família recebeu Bolsa Família no passado?

19. No momento em que você se candidatou ao programa, você tinha seu próprio negócio?

( ) Sim ( ) Não

a. Se a resposta for Sim, que tipo de negócio? ( ) Alimentação ( ) Vestuário ( ) Cosméticos/beleza ( ) Oficina mecânica ( ) Artesão

Você Pai Mãe Parente Avô Avó Companheiro(a) Outro

Alguma série do ensino médio

Ensino médio

Algum semestre do curso universi-

tário

Universi- tário

Pós-

gradua- do

Escola técnica

Terra Gado Motocicleta Televisão a Cabo

Depósitos em dinheiro Carro com sistema de

som Laptop Máquina de Lavar

61

( ) Agricultura/agroindústria b. Se a resposta for Sim, quantos empregados trabalhavam no seu negócio (incluindo você)? __________ c. Se a resposta for Sim, o negócio era registrado formalmente? ( ) Sim ( ) Não

20. No momento em que você se candidatou ao programa, sua família possuía um negócio? ( ) Sim ( ) Não a. Se a resposta for Sim, que tipo de negócio? ( ) Alimentação ( ) Vestuário ( ) Cosméticos/beleza ( ) Oficina mecânica ( ) Artesão ( ) Agricultura/agroindústria b. Se a resposta for Sim, quantos empregados trabalhavam no seu negócio (incluindo você)? __________ c. Se a resposta for Sim, o negócio era registrado formalmente? ( ) Sim ( ) Não

21. Atualmente, você tem o seu próprio negócio?

( ) Sim ( ) Não

a. Se a resposta for Sim, que tipo de negócio? ( ) Alimentação ( ) Vestuário ( ) Cosméticos/beleza ( ) Oficina mecânica ( ) Artesão ( ) Agricultura/agroindústria b. Se a resposta for Sim, quantos empregados trabalham no seu negócio (incluindo você)? __________ c. Se a resposta for Sim, o negócio está registrado formalmente? ( ) Sim ( ) Não

62

22. Atualmente, sua família possui seu próprio negócio? ( ) Sim ( ) Não

a. Se a resposta for Sim, que tipo de negócio? ( ) Alimentação ( ) Vestuário ( ) Cosméticos/beleza ( ) Oficina mecânica ( ) Artesão ( ) Agricultura/agroindústria b. Se a resposta for Sim, quantos empregados trabalham no negócio (incluindo você)? __________ c. Se a resposta for Sim, o negócio está registrado formalmente?

( ) Sim ( ) Não 23. Você usou alguma vez os recursos oferecidos pelo SEBRAE (cursos, recursos online)?

( ) Sim ( ) Não

63

III. Conhecimento e Práticas 24. Se você atualmente tem um empreendimento, por favor responda as seguintes questões:

Sim Não N/R a. Visitei pelo menos um dos negócios dos meus concorrentes para

ver os preços que eles estão cobrando

b. Visitei pelo menos um dos negócios dos meus concorrentes para ver quais produtos eles colocaram à venda

c. Fiz algum tipo de publicidade nos últimos seis meses d. Tentei negociar um bem com um fornecedor por um preço mais

baixo

e. Tenho registros que mostram o montante de dinheiro que minha empresa tem à mão em qualquer momento

f. Tenho trabalhado com o custo de cada um dos principais produtos que eu vendo

g. Eu tenho um orçamento escrito que indica o quanto gasto mensalmente com aluguel, eletricidade, manutenção de equipamentos, transporte, publicidade e outros custos indiretos do negócio

h. Tenho um objetivo de vendas no próximo ano i. Tenho um orçamento dos custos prováveis que meu negócio

arcará no próximo ano

j. Tenho uma declaração anual de fluxo de caixa 25. Atualmente, como você classificaria seu nível de habilidade em cada um dos seguintes tópicos?

Nenhum Básico Intermediário Avançado Especialista a. Matemática

Financeira

b. Contabilidade c. Gerência de Custo d. Orçamentação e. Desenvolvimento

de Produto

f. Vendas g. Marketing h. Regras e

regulamentações para empreendimentos

i. Técnicas agrícolas inovadoras

26. Atualmente, com que eficácia você está implementando as seguintes atividades relacionadas a negócios?

64

Nem um

pouco eficaz

Pouco Eficaz

Moderada-mente Eficaz

Muito Eficaz

Extre-mamente

Eficaz

a. Criar um plano de negócios

b. Usar as mídias sociais com objetivos de negócio

c. Amenizar os riscos do negócio

d. Desenvolver produtos inovadores

e. Comercializar produtos de negócio

f. Expandir o seu negócio g. Melhorar o serviço ao

cliente

h. Melhorar a gestão do negócio

27. No momento em que você se candidatou ao programa, como classificaria seu nível de habilidade em cada um dos seguintes itens?

Nenhum Básico Intermediário Avançado Especialista j. Matemática

Financeira

k. Contabilidade l. Gerência de Custo m. Orçamentação n. Desenvolvimento de

Produto

o. Vendas p. Marketing q. Regras e

regulamentações para empreendimentos

r. Técnicas agrícolas inovadoras

28. No momento em que você se candidatou ao programa, com que eficácia você implementou as seguintes atividades relacionadas a negócios?

65

Nem um

pouco eficaz

Pouco eficaz

Moderada-mente eficaz

Muito eficaz

Extrema-mente eficaz

a. Criar um plano de negócios

b. Usar as mídias sociais com objetivos de negócio

c. Amenizar os riscos do negócio

d. Desenvolver produtos inovadores

e. Comercializar produtos de negócio

f. Expandir o seu negócio g. Melhorar o serviço ao

cliente

h. Melhorar a gestão do negócio

66

IV. Crédito 29. Se você tinha seu próprio empreendimento no momento em que se candidatou ao programa, por favor responda à seguinte questão sobre crédito:

Sim Não

No momento em que você se candidatou ao programa, necessitava de crédito para apoiar o seu empreendimento?

30. Se você tinha seu próprio empreendimento no momento em que se candidatou ao programa, por favor responda às seguintes questões sobre o CrediAmigo:

Sim Não

a. No momento em que você se candidatou ao programa, você tinha conhecimento do CrediAmigo?

b. Se Sim, você já tinha solicitado crédito do CrediAmigo?

c. Se Sim, você já tinha recebido crédito do CrediAmigo?

d. Se Sim, você conseguiu pagar pontualmente as prestações mensais do CrediAmigo?

e. Se você recebeu um empréstimo do CrediAmigo, solicitou uma prorrogação do empréstimo?

31. Se você tinha seu próprio empreendimento no momento em que se candidatou ao programa, por favor responda às seguintes questões sobre o AgroAmigo:

Sim Não

a. No momento em que você se candidatou ao programa, você tinha conhecimento do AgroAmigo?

b. Se Sim, você já tinha solicitado crédito do AgroAmigo?

c. Se Sim, você já tinha recebido crédito do AgroAmigo?

d. Se Sim, você conseguiu pagar pontualmente as prestações mensais do AgroAmigo?

e. Se você recebeu um empréstimo do AgroAmigo, solicitou uma prorrogação do empréstimo?

32. Se você tinha seu próprio empreendimento no momento em que se candidatou ao programa, por favor responda às seguintes questões sobre o PRONAF:

Sim Não

a. No momento em que você se candidatou ao programa, você tinha conhecimento do PRONAF?

67

b. Se Sim, você já tinha solicitado crédito do PRONAF?

c. Se Sim, você já tinha recebido crédito do PRONAF?

d. Se Sim, você conseguiu pagar pontualmente as prestações mensais do PRONAF?

e. Se você recebeu um empréstimo do PRONAF, solicitou uma prorrogação do empréstimo?

33. Se você tinha seu próprio empreendimento no momento em que se candidatou ao programa, você tinha informações a respeito de outras fontes de crédito além do CrediAmigo, do AgroAmigo e do PRONAF? ( ) Sim ( ) Não 34. Se você respondeu Sim à questão anterior: a. Qual era a fonte de crédito? __________________________________

Sim Não b. Você já tinha solicitado crédito desta fonte?

c. Se Sim, você já tinha recebido crédito desta fonte?

d. Se Sim, você conseguiu pagar pontualmente as prestações mensais?

e. Se você recebeu um empréstimo, solicitou uma prorrogação do empréstimo?

35. Se você atualmente tem o seu próprio empreendimento, por favor responda a seguinte questão sobre crédito:

Sim Não

Atualmente, você necessita de crédito para apoiar seu empreendimento?

36. Se você atualmente tem o seu próprio empreendimento, por favor responda às seguintes questões sobre o CrediAmigo:

Sim Não a. Você tem conhecimento do CrediAmigo?

b. Se Sim, você solicitou crédito do CrediAmigo desde a conclusão do programa?

c. Se Sim, você recebeu crédito do CrediAmigo desde a conclusão do programa?

d. Se Sim, você foi/será capaz de pagar pontualmente suas prestações mensais do CrediAmigo?

68

e. Se você recebeu um empréstimo do CrediAmigo, você solicitou/solicitará uma prorrogação deste empréstimo?

37. Se você atualmente tem seu próprio empreendimento, por favor responda às seguintes questões sobre o AgroAmigo:

Sim Não a. Você tem conhecimento do AgroAmigo?

b. Se Sim, você solicitou crédito do AgroAmigo desde a conclusão do programa?

c. Se Sim, você recebeu crédito do AgroAmigo desde a conclusão do programa?

d. Se Sim, você foi/será capaz de pagar pontualmente suas prestações mensais do AgroAmigo?

e. Se você recebeu um empréstimo do AgroAmigo, você solicitou/solicitará uma prorrogação deste empréstimo?

38. Se você atualmente tem seu próprio empreendimento, por favor responda às seguintes questões sobre o PRONAF:

Sim Não a. Você tem conhecimento do PRONAF?

b. Se Sim, você solicitou crédito do PRONAF desde a conclusão do programa?

c. Se Sim, você recebeu crédito do PRONAF desde a conclusão do programa?

d. Se Sim, você foi/será capaz de pagar pontualmente suas prestações mensais do PRONAF?

e. Se você recebeu um empréstimo do PRONAF, você solicitou/solicitará uma prorrogação do empréstimo?

39. Se você atualmente tem seu próprio empreendimento, você tem conhecimento de outras fontes de crédito, além do CrediAmigo, do AgroAmigo e do PRONAF? ( ) Sim ( ) Não 40. Se você respondeu Sim à questão anterior: a. Qual era a fonte de crédito? __________________________________

Sim Não

b. Você solicitou o crédito desta fonte desde a conclusão do programa?

69

c. Se Sim, você recebeu o crédito desta fonte desde a conclusão do programa?

d. Se Sim, você foi/será capaz de pagar pontualmente suas prestações mensais?

e. Se você recebeu um empréstimo, você solicitou/ solicitará uma prorrogação do empréstimo?

41. Por favor, responda às seguintes questões a respeito do Fundo Veredas:

Sim Não

a. Você solicitou um empréstimo do Fundo Veredas?

b. Se Sim, você recebeu crédito do Fundo Veredas?

C. Se Sim, você é capaz de pagar pontualmente suas prestações?

d. Se Sim, você vai precisar de uma prorrogação do empréstimo para fazer o pagamento?

70

V. Tecnologia 42. Se você tinha um empreendimento no momento em que se candidatou ao programa, por favor responda às seguintes questões:

Sim Não

a.

No momento em que você se candidatou ao programa, você usou ferramentas de mídia social (Facebook, Twitter, blog/website, WhatsApp) no seu empreendimento?

b.

No momento em que você se candidatou ao programa, fez pesquisas on-line para ajudar a tomar decisões de gerenciamento embasadas sobre seu negócio?

c. No momento em que você se candidatou ao programa, usou aplicativos para ajudar na gestão financeira e no benchmarking?

43. Se você tem atualmente um empreendimento, por favor responda às seguintes questões:

Sim Não

a. Atualmente, você usa ferramentas de mídia social (Facebook, Twitter, blog/website, WhatsApp) no seu empreendimento?

b. Atualmente, você faz pesquisas on-line para ajudar a tomar decisões de gerenciamento embasadas sobre seu negócio?

c. Atualmente, você usa aplicativos para ajudar na gestão financeira e no benchmarking?

44. Se você atualmente possui um empreendimento agrícola ou agroindustrial, você usa as seguintes tecnologias socioambientais em seu negócio?

Sim Não N/R a. Mandala b. PAIS (Produção Agroecológica Integrada Sustentável c. Horta econômica d. Quintal produtivo e. Cisterna de placa f. Cisterna calçadão g. Cisterna de enxurrada h. Barragem subterranean i. Biodigestor j. Compostagem k. Agrofloresta

71

VI. Redes 45. Por favor, responda às seguintes questões a respeito das associações de produtores rurais:

Sim Não N/R

a. No momento em que você se candidatou ao programa, sua comunidade contava com alguma associação de produtores rurais?

b. No momento em que você se candidatou ao programa, você era membro de alguma associação de produtores rurais?

Sim Não N/R c. Atualmente,sua comunidade conta com alguma

associação de produtores rurais?

d. Atualmente, você é membro de alguma associação de produtores rurais?

46. Se você tinha algum empreendimento relacionado à agricultura no momento em que se candidatou ao programa, com que eficácia a associação de produtores rurais ajudou-o com o seguinte?

Nem um

pouco eficaz

Pouco eficaz

Moderada-mente eficaz

Muito eficaz

Extrema-mente eficaz

a. Proporcionar acesso a mercados mais amplos

b. Desenvolver práticas agrícolas inovadoras

c. Criar um sentimento de solidariedade com outros agricultores

47. Se você atualmente tem um empreendimento relacionado à agricultura, com que eficácia a associação de produtores rurais ajudou-o com o seguinte?

Nem um

pouco eficaz

Pouco eficaz

Moderada-mente eficaz

Muito eficaz

Extrema-mente eficaz

a. Proporcionar acesso a mercados mais amplos

b. Desenvolver práticas agrícolas inovadoras

72

c. Criar um sentimento de solidariedade com outros agricultores

48. Por favor, responda às seguintes questões a respeito da Rede dos Jovens Empreendedores Rurais:

Sim Não

a. Você tem conhecimento da Rede dos Jovens Empreendedores Rurais?

b. Você é membro da Rede dos Jovens Empreendedores Rurais?

49. Se você atualmente é dono de um negócio ou é membro da Rede de Jovens Empreendedores Rurais, com que eficácia a Rede de Jovens Empreendedores Rurais ajudou-o com o seguinte?

Nem um pouco eficaz

Pouco eficaz

Moderada-mente eficaz

Muito eficaz

Extrema-

mente eficaz

a. Criar um plano de negócio b. Elaborar estratégias de

marketing

c. Mitigar os riscos do negócio d. Desenvolver produtos

inovadores

e. Comercializar produtos de negócio

f. Expandir o seu negócio g. Melhorar o serviço ao

cliente

h. Melhorar o gerenciamento do negócio

i. Participar da governança local

j. Participar das associações comunitárias e cooperativas locais

k. Criar um sentimento de solidariedade com outros membros da rede

73

VII. Desenvolvimento Pessoal 50. Em que medida você concorda com as seguintes afirmações a respeito do envolvimento comunitário

Discordo fortemente

Discordo em alguma

medida

Concordo em alguma

medida

Concordo fortemente

a. Eu sou um líder na minha comunidade

b. Eu participo das atividades comunitárias

c. Eu me envolvo com outros membros da minha comunidade

d. Eu contribuo para o desenvolvimento da minha comunidade

e. Eu tenho consciência das necessidades da minha comunidade

51. Em que medida você concorda com as seguintes afirmações a respeito de oportunidades pessoais e profissionais?

Discordo fortemente

Discordo em alguma

medida

Concordo em alguma

medida

Concordo fortemente

a. Eu posso escolher entre várias possibilidades profissionais

b. Eu tenho metas bem definidas

c. Eu tenho oportunidades profissionais dentro da minha comunidade

d. Eu percebo que o programa criou para mim oportunidades que não existiam antes

74

52. Em que medida você concorda com as seguintes afirmações a respeito de atitudes pessoais?

Discordo fortemente

Discordo em alguma

medida

Concordo em alguma

medida

Concordo fortemente

a. Eu não desisto facilmente

b. Eu estou disposto a correr riscos

c. Eu não tenho medo de mudanças

d. Eu estou disposto a ouvir as ideias de outras pessoas mesmo se elas forem diferentes das minhas

53. Em que medida você concorda com as seguintes afirmações a respeito de independência financeira?

Discordo fortemente

Discordo em alguma medida

Concordo em alguma medida

Concordo fortemente

a. Eu posso escolher como gastar o meu dinheiro

b. Sou capaz de fornecer algum auxílio financeiro à minha família

c. Sou capaz de lidar com algum imprevisto financeiro (por exemplo, uma emergência de saúde)

75

54. Em que medida você concorda com as seguintes afirmações a respeito de migração?

Discordo fortemente

Discordo em alguma medida

Concordo em alguma medida

Concordo fortemente

a. É provável que eu permaneça na minha comunidade pelos próximos cinco anos.

b. É provável que eu migre para uma cidade maior ou para um outro estado, em algum momento , nos próximos cinco anos.

Nota: As questões 41, 48-49 e 51(d) não foram incluídas no questionário aplicado aos não participantes, uma vez que só são aplicáveis aos participantes do PJER.