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Lagoa Vermelha2015
CÁTIA PEREIRA DA ROSA
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADONOME DO CURSO
QUAL O SENTIDO DE ENSINAR?Para a vida ou para o trabalho?
Lagoa Vermelha2015
QUAL O SENTIDO DE ENSINAR?Para a vida ou para o trabalho?
Trabalho de produção textual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Fundamentos do Processo Educativo no Contexto Histórico-Filosófico, Comunicação e Linguagem, Metodologia científica.
CÁTIA PEREIRA DA ROSA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3
2 EDUCAR PARA A VIDA OU PARA O TRABALHO?............................................4
2.1 Compreensão e críticas....................................................................................5
2.2 Construção e transmissão do conhecimento na antiguidade............................5
2.3 Individualismo e pragmatismo...........................................................................6
2.4 Visão de mundo num processo dialético..........................................................7
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................8
REFERÊNCIAS...........................................................................................................9
1 INTRODUÇÃO
No decorrer do presente trabalho apresenta-se um resumo referente
ao texto de José Adir Lins Machado intitulado “Educar para a vida ou para o
trabalho?”, destacando as mudanças que aconteceram na educação com o passar
do tempo, surgimento de novos pensadores e seus conceitos a respeito da mesma.
Tendo em vista a leitura realizada, apresentam-se também algumas considerações
pessoais acerca do texto.
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2 EDUCAR PARA A VIDA OU PARA O TRABALHO?
De acordo com o autor, em meio a um processo de mudança, com a
expansão tecnológica e cientifica, percebe-se um enorme distanciamento entre a
visão de mundo moderno e os processos éticos e sociais que visam um mundo
melhor e mais justo. Essa situação se deve ao fato do surgimento e frequência de
ocasiões em que pessoas, com alto capital cultural, envolvem-se em assuntos de
corrupção, exploração entre outros crimes que ferem/atingem a sociedade, sem se
importar com o direito do outro.
Para Machado, isso ocorre devido à inversão de valores, que
anteriormente se assentavam na honestidade e na prudência e atualmente estão
focados na competitividade, na persuasão e no lucro. Desse modo, “o sucesso
acadêmico está sendo medido mais pelo sucesso financeiro do que pela melhoria de
caráter do cidadão”. Assim, o autor busca trazer uma reflexão sobre o principio da
educação, fundado na existência humana, voltado para o conhecimento e a vontade
de colaborar com a comunidade.
Nessa perspectiva, o autor afirma que “qualquer povo altamente
organizado tem um sistema educativo”, e para exemplificar essa questão faz um
apanhado histórico, salienta a ideia de educação adotada pelos gregos, em que a
educação, além de ser um conteúdo moral e prático (como se apresenta nos demais
povos) também deve ser um processo de construção consciente. Nessa perspectiva
filosófica, a educação é vista como uma formação integral do homem, que possui
como objetivo fundamental a qualificação moral dos indivíduos, despertando para o
sentimento do dever e da honra.
No entanto, Machado amplia a discussão, apontando a
evolução/mudança da educação no decorrer dos tempos. Na idade moderna ocorre
uma cisão na educação, e esta que separava mente e mundo, agora tem sua função
voltada para a relação conhecimento e interesses sociais. Nesse contexto é valido
ressaltar uma afirmação do autor quando diz que “na era moderna os homens não
descartaram todas as crenças, mas partiram daquilo que era transmitido e
investigaram criticamente suas bases e o resultado destas revisões foi uma
revolução das concepções de mundo”.
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2.1 COMPREENSÃO E CRÍTICAS
O autor cita o julgamento de uma pessoa com a formação escolar,
fazendo uma crítica ao sistema educacional, no sentido que a escola tem o dever de
“socializar” o individuo, para inseri-lo na sociedade, como cidadão ativo, participativo
e atenuante. No entanto, uma das maiores preocupações do homem na atualidade,
segundo Machado, seria a ambição pela riqueza, ignorando o outro e esquecendo
seus valores morais e éticos, mesmo tendo consciência das consequências graves
que sua atitude pode ocasionar.
Nesse sentido, na percepção do autor, a educação está
estreitamente interligada com o trabalho, e à vida. Sendo assim é necessária a
educação para ambos, no sentido que o homem necessita se educar para a vida,
para posteriormente transferir parte desta educação para o trabalho e para a sua
convivência no meio social.
Mesmo sabendo que nos dias atuais a educação se manifesta como
forma de comércio, sendo vendida a qualquer preço e custo, se faz imprescindível à
preservação e o respeito à cultura. Dessa forma, salienta-se a necessidade de
metodologias de ensino inovador voltadas para o desenvolvimento do pensamento
crítico e criativo, trabalhando os conteúdos didáticos de forma interdisciplinar e
dinâmica com vistas a desenvolver uma educação de qualidade. Porém essa
qualidade, não no sentido de formação de profissionais, mas de formação seres
humanos, de forma integral, com conduta adequada socialmente e atitude e
compreensão interior de si e de seus pensamentos. Nessa perspectiva, em meio a
tantos conflitos, só uma educação voltada ao ser espiritual e pleno, pode ser capaz
de combater as injustiças e imoralidades presentes no contexto contemporâneo,
social e educativo, em que estamos inseridos.
2.2 CONSTRUÇÃO E TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO NA ANTIGUIDADE
A construção do conhecimento era apenas para a elite, os filhos dos
senhores, donos das grandes negócios. A forma de transmitir era de forma
autoritária, imposta. A partir da implantação do capitalismo na sociedade moderna
ocorreram várias alterações no mercado de trabalho, inclusive a luta na
competitividade. Educação x trabalho x produção, incluído aí os cursos
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profissionalizantes, visando apenas o preparo para o mercado de trabalho. A
educação tendo como visão o lucro. No século XX e XXI a história da educação
mudou de paradigma. O conhecimento é compartilhado, direcionado, mediado por
profissionais da área.
2.3 INDIVIDUALISMO E PRAGMATISMO
A partir do humanismo renascentista, o ser humano começou a se
reconhecer individualmente. Descobriu-se como um ser que pode transformar a
realidade ao seu redor. É no renascimento que surge uma concepção de
humanidade antropocêntrica, ou seja, o ser humano passa a ter uma posição de
centralidade em relação ao mundo. Nessa perspectiva emergem as compreensões
individuais acerca da realidade que, muitas vezes, não se harmonizavam com
aquelas estabelecidas culturalmente. A partir do conceito de subjetivismo, tem-se
que a felicidade e satisfação dos indivíduos são remetidos a sentimentos e
satisfações individuais. Dessa forma, um bem pode não ser bom ou mesmo
ocasionar um determinado grau de satisfação em indivíduos diferentes. O
pensamento individual, nesse caso, ocorre sempre no domínio do significado e esse,
por sua vez, encontra-se dentro das práticas sociais, inserido em um contexto que,
por sua vez, é estabelecedor das condições de validade do significado. Esse
individualismo, nas sociedades contemporâneas, ganha uma nova faceta por se
mostrar cada vez mais acentuado, enfraquecendo a sociedade, principalmente, no
sentido de as pessoas não estarem interessadas em questões que envolvam
interesses macro, que dizem respeito a todos seus membros. A sociedade
contemporânea, fruto desse processo histórico, é caracterizada então por um
individualismo quase exacerbado.
Por outro lado, segundo a perspectiva pragmatista, o conhecimento
não é um acesso ao real, mas a capacidade de fazer coisas, de tomar parte em
práticas sociais que tornam possível vidas humanas mais ricas e plenas. O propósito
de ensinar pode não ser tanto o de apegar-se a um objeto do conhecimento, a uma
solução de problema que nos permita medir e pesar todas as necessidades
humanas e, com isso, encontrar um modo de fazer tudo se manter unido, capaz de
dizer às pessoas o que fazer com suas vidas. Para os pragmáticos, os métodos de
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ensino devem se concentrar na resolução de problemas, em experimentação e
projetos em grupo. O currículo deve permitir a interação das disciplinas para que o
aluno se concentre na resolução de problemas de forma interdisciplinar. Em vez de
impor corpos organizados de conhecimento para os alunos, os alunos devem aplicar
os seus conhecimentos a situações reais, por meio da pesquisa experimental,
preparando os indivíduos para a cidadania, a vida diária e as futuras carreiras.
2.4 VISÃO DE MUNDO NUM PROCESSO DIALÉTICO
Diante destas concepções percebe-se que a educação, dentro de
um contexto histórico-filosófico, está inserida em um processo dialético, em que os
indivíduos necessitam da preparação individual, conhecendo-se a si mesmo, seus
sentimentos e desejos, porém também carecem da preparação para o grupo, as
relações sociais e os valores éticos e morais para conviver em uma sociedade.
Esse processo reafirma que nossa visão de mundo nasce de um
processo dialético, e a aprendizagem, é um processo contínuo de trocas construção
pessoal e social dos indivíduos. Dessa forma, após diversas hipóteses de como era
formado o homem e seus conhecimentos, chegaram-se as teorias atuais sobre o
ensino-aprendizagem e suas formas de ensinar, onde o ser humano é naturalmente
educável e que desde o nascer é imposta a educação formal e informal, trazendo-
lhe o potencial de aprender e ensinar, influenciar e ser influenciado, construir e ser
construtor, contribuir e receber contribuições.
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3 CONCLUSÃO
Portanto, diante dos fatos mencionados, é notório que houve uma
grande mudança educacional no decorrer dos tempos. Essa mudança se deve a
diversos fatores, não só no contexto educativo, mas principalmente no contexto
social, filosófico, antropológico entre outros.
Desse modo, concluímos que educar se assenta em um processo
dialético, que depende de outros fatores, mas que necessita dialogar com as
necessidades sociais e individuais dos sujeitos para alcançar um desenvolvimento
satisfatório. Assim, é importante preparar a sociedade para tanto para a vida quanto
para o trabalho, sociabilizando e alfabetizando, tornado os cidadãos críticos e
participativos, além de despertar o senso moral e ético, tão necessário no contexto
social contemporâneo.
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REFERÊNCIAS
MACHADO, José Adir Lins. Educar para a vida ou para o trabalho? UNOPAR – EAD, 2015.
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