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TIAGO BOTELHO

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TIAGO [email protected] www.tiagobotelho.org

Tiago Botelho nasceu em Brasília em 29 de março de 1976, é formado em Artes Visuais pela Universidade de Brasília e se diplomou com um projeto ligado a pintura, que é o seu principal meio de expressão até hoje. Iniciou suas atividades artísticas em meados dos anos 90 com o lança-mento do fanzine Drugstore, que durou oito números e reuniu diversos desenhistas, poetas e quadrinistas da cidade. Nessa época, também pin-tou seus primeiros murais em grande escala, no Espaço Cultural Renato Russo.

Seus primeiros desenhos são marcados pelo grafismo dos quadrinhos un-derground, desenhistas como Milo Manara, Laerte, Angeli ,Glauco Mas-simo Mattioli, Francesc Capdevila, Moebius entre tantos outros, foram os primeiros que o motivaram na conquista de um estilo próprio.

A estética underground predominou em muitas séries de desenhos, pre-sentes também em suas primeiras pinturas figurativas. Com o tempo foi deixando de lado a pintura de cavalete para dedicar-se ao desenho de pais-agens geométricas, na busca de uma nova gramática visual.

O gesto passou a se comportar como caligrafia, transitando entre a ab-stração e a figuração, um alfabeto de formas germinativas que se englobam sucessivamente. Essa investigação em torno da forma alcançou uma dimensão espiritual, sobre como as formas são concebidas, convertendo o ato de desenhar em rito místico de reordenação do mundo.

Nestas superfícies a motivação é construir com o vazio entre as linhas, val-orizando o intervalo entre os elementos, intercalando os signos de maneira simétrica. Este exercício se expandiu do papel para a tela e da tela para as paredes.

Atualmente, Tiago Botelho vem se dedicando novamente a temas figu-rativos, que pretendem renovar/superar recursos como a apropriação de imagens, o uso de fotografias, a metalinguagem e a ambiguidade, tão em voga atualmente.

Ainda que parta dessas estratégias, o artista procura novos territórios de criação como a atemporalidade dos temas, a ruptura com o a tradição do retoque, a fusão entre figura e fundo, o estudo fenomenológico dos elementos da natureza e o estabelecimento da figura humana dentro de contextos ainda não explorados.

Coletiva “Ex-Tensões Urbanas” na galeria Espaço Piloto – 2008, com Rodrigo Paglieri e Marta Mencarinni – 2008

Apresentação do Projeto de Vídeo-Performance “Sinapse” com Alexandre Ran-gel, na Festa-Evento Funfarra – 2008

Coletiva “Inten-cidade”, na Galeria Parangolé, 508 sul, com curadoria de André Santângelo – 2008

Participação do Festival de Vídeo Visual Brasil, com a Vídeo-Performance “Sinapse” em parceria com Alexandre Rangel – Barcelona, Espanha – 2008

Pintura mural no Espaço Ferrugem, Guará II – 2009

Performance “Pintura com Luz”, em parceria com Alexandre Rangel, no au-ditório 2 do Museu da República – 2009

Participação na Exposição “Semi-Círculo” , com curadoria de Wagner Barja, no Museu Nacional da República – 2010

Pintura Mural na UNIPAZ – X Encontro do Conselho Internacional das 13 Avós Nativas – 2011

Individual “ Memórias Andarilhas” – Espaço Cultural Cia. Lábios da Lua, Gama – 2012

Coletiva “SeuMuSeu” – Museu Nacional da República – 2013

Participação na abertura do projeto Retrato Brasília – CCBB – 2014

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES

Pintura do Paredão Externo do Espaço Cultural Renato Russo – 1995 e 1996

Participação no Primeiro Salão de Artes Plásticas do Distrito Federal, cate-goria Pintura, Galeria UnB– 1997

Coletiva na Galeria La Felicita, com Diuk Mourão e Rodrigo Diestzsch – 1998

Individual “Luzes, Paixões e Lixo”, Espaço Cultural Café à Capitu – 1998

Panorama de Artes Visuais – Categoria Design Gráfico, Sala Rubem Valen-tim – 1998

“Revelados “ Coletiva na Galeria do Instituto de Artes Visuais – UnB – 1999

Exposição na Abertura do VI SBPC – Biblioteca Central da UnB – 2000

“Magma Celeste” Individual na Galeria Parangolé, 508 Sul – 2002

“Um Cadáver Inquieto”, coletiva na Casa da Cultura da América Latina – com curadoria de Élder Rocha - 2003

Coletiva no Museu de Arte de Brasília, com o site-projeto “Devanearte” desenvolvido em parceria com Clara Acioli e com coordenação de Renata Azambuja -2006

Individual na Livraria & Bistrô Rayuella – 2007

Participação Especial no projeto COHAB, Galeria Espaço Piloto – UnB – 2007

“Tiago Botelho encapsula silhuetas mutantes, em uma espécie de sistema de organização linear, princípio do vir a ser e, ao mesmo tempo, reminis-cência do que já foi a figura antes do ato de apro-priação, mas que, agora, sob o valor de signo gráfico, se torna novamente matéria básica, infinita, plena de possibilidades. Figuras prontas para estabelecer no-vos pontos de ligação, à maneira de sinapses, como o próprio artista aponta, e que a linha faz comunicar”.

Renata Azambuja “A(R)RISCO INTRA-MUROS” sobre a exposição “Ex-Tensões Urbanas” em parceria com Marta Mencarinni e Rodrigo Paglieri

A obra do artista Tiago Botelho é um exemplo de como a arte produzida hoje pode ser adaptada à realidade global do hibridismo cultural, da multiplicidade de mí-dias, do avanço da ciência, da tecnologia e da comuni-cação estabelecida pela rede mundial de computadores. É um exemplo de como a espiritualidade reconfigurada surge na arte atual, mesmo que por meio de linguagens tradicionais, como a pintura por exemplo. Pois o artis-ta pode utilizar meios e técnicas tradicionais, porém, é inevitável que ele se insira em seu contexto social e cultural, estabelecendo relações comuns à seu tempo.

Tiago Botelho acaba por imprimir em sua arte in-sights, imagens e sensações vivenciadas durante suas experiências ritualísticas. Assim, o universo imagéti-co e estético experimentado pelo artista transforma-se através da arte, e torna-se novamente visível aos olhos do expectador-fruidor. Mesmo que não seja aprecia-da pela via simbólica, e sim pela visualidade formal, a obra ainda estará carregada de significados, mesmo que ocultos, misteriosos ou não revelados. Pois, para-fraseando a obra de Botelho talvez seja preciso “man-ter em mistério aquilo que nos promete a liberdade”. Renata Homem, doutoranda do PPG Artes - UnB, em artigo “ Tiago Botelho: Hibridismo Espiritu-al na Arte Pós-Moderna” publicado nos anais do V COMA : Coletivo da Pós-Graduação em Arte

SERES DO MARO conjunto de desenhos “Seres do Mar” consiste em diversas cabeças ocupando o primeiro plano da composição, ladeadas por paisagens marítimas sempre em chave simétrica.

As cores escolhidas fazem alusão aos orixás da santeria bra-sileira. O azul escuro representa Ogum, o verde Oxóssi, o ver-melho Iansã, o marrom Omulu, o laranja Xangô, o azul claro Iemanjá e o amarelo Oxum.

A série foi originada em minha última visita ao mar da Bahia, onde a cada mergulho retomava à praia para fazer um desses desenhos, energizado pelas forças marítimas e pela exuberan-te paisagem baiana. Todos os desenhos da série foram realiza-dos na beira-mar.

Uma característica interessante da obra é a simplicidade dos materiais utilizados, caneta hidrocor sobre papel reciclado, enfatizando a possibilidade sempre atual de realização da arte acima de qualquer limitação material, o que me fez escolher o conjunto para integrar a exposição dos artistas brasilienses em Cuba, em decorrência das ações culturais promovidas em torno da Bienal de Havana de 2015.

SERES DO MAR - 2015 - Hidrocor s/ papel

TRABALHOS SELECIONADOS

“Siriani” - óleo s/ tela

“Espírito do Tempo” - óleo s/ papel

“Espírito do Tempo” - óleo s/ papel

“Mulheres da Terra“ - pintura corporal

“Lapitus” - pintura corporal

“Desfolhar-se” - guache s/ papel

“Muiraquitan” - óleo s/ tela

“Ex-Tensões Urbanas” - pintura mural

“Semi-Círculo” - pintura mural