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Rua Catequese, 77 Butantã SP 05502 020 [email protected] Portfolio O que vemos, o que nos olha Anna Juni Enk te Winkel Gustavo Delonero

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Rua Catequese, 77 Butantã SP 05502 020

[email protected]

Portfolio

O que vemos,o que nos olha

Anna JuniEnk te WinkelGustavo Delonero

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O que vemos,o que nos olha

Local

Ano de Projeto

Co-autoria

Colaboradores

12a Bienal de Arquitetura

Fotos

Prêmio

São Paulo, SP - Brasil

2019

Adamo-Faiden

Deborah Caseiro, Julio

Shalders (vão)

Jeronimo Bailat, Lucas Bruno

(adamo-faiden)

Jenivaldo Ferreira, Cescon

Vidros

Ciro Miguel, Charlotte

Malterre-Barthes e Vanessa

Grossman

Laura Maringoni, Helena

Cavalheiro (produção)

Metro Arquitetos (expografia)

André Scarpa: capa

vão: 01 à 10

Javier Augustín Rojas: 11 à 16

IAB-SP 2019

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Memorial

“Que haja espelhos,

Que o usual e gasto repertório

De cada dia inclua o ilusório

Orbe profundo que urdem os reflexos”

Trecho de Os Espelhos, Jorge Luis Borges

“E ali é a mesa do homem que joga paciência o dia todo”, apontou uma funcionária do Sesc 24 de Maio no dia da abertura da 12ª Bienal de Arquitetura.

Capturado em meio ao falatório que se formava junto à janela, o comentário entre os colegas de trabalho veio a confirmar as intenções da instalação ´O que

vemos, o que nos olha’.

O convite da curadoria aos arquitetos tinha como premissa a inserção conceitual do dispositivo no eixo-temático Relatos do Cotidiano bem como a sua relação

no contexto do Sesc 24 de Maio.

Cotidiano é um tema intrínseco ao projeto do Sesc desenvolvido por Paulo Mendes da Rocha e MMBB. Tanto externamente, de onde vê-se o entorno refletido

em suas fachadas, quanto internamente, nos convites a olhar para a vida lá fora, a massa construída do grande equipamento dilui-se na área central de São

Paulo. Aberturas e enquadramentos ao longo do percurso aproximam visualmente os usuários ao movimento das ruas e das construções presentes no

entorno.

Uma abertura panorâmica, sem vidros nem caixilhos, presente no 11o andar é o ápice do diálogo estabelecido com a cidade. Seduzidos pela vista desvelada

prontamente na abertura das portas do elevador, somos atraídos automaticamente às bordas para ver a cidade de cima. Junto a um café, o mirante é o lugar

onde as pessoas dispendem longo tempo sentadas a observar a paisagem composta pelos arranha-céus.

Foram algumas idas ao andar do café-mirante para darmos atenção a uma janela na parede de concreto. A vista, bem menos atrativa, revela um recuo para

iluminação natural compartilhado com o prédio vizinho, localizado a apenas 7 metros de distância. É aqui que os funcionários do Sesc, não o dia todo mas sim

todos os dias, praticam em pé a observação em breves pausas entre entradas e saídas do núcleo de circulação.

Do outro lado estão os trabalhadores do edifício comercial chamado Schwery, projetado pelo arquiteto francês Jacques Pilon nos anos 40. A curiosidade

suscitada pela rotina dos desconhecidos, aqueles que sempre enxergamos mas não acessamos, motivou a escolha de uma sala comercial desocupada como

local da instalação. Enquadradas frente a frente, as janelas encontram-se praticamente em mesmo nível.

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A sala foi preenchida por uma pirâmide de estrutura de madeira revestida por espelhos. Seus quatro planos inclinados expandem a capacidade ótica humana,

permitindo ver o que a vista antes não alcançava, seja no pedaço de céu ocultado entre altas construções, agora revelado no plano que emerge do piso; seja na

imagem de outro vizinho projetada à direita, a Galeria Monteiro projeto do arquiteto Rino Levi (1960).

O Sesc aparece à esquerda da pirâmide provocando desorientação. A duplicação de sua imagem no vizinho nos dá a impressão de que o espaço fora

expandido. Afinal, o que está realmente diante de nossos olhos? Não se sabe ao certo, pois o espelhamento aqui é a materialização de um espaço imaginário

construído por fragmentos e reflexos, e não por mera reprodução da realidade.

‘O que vemos, o que nos olha’ fala nas entrelinhas sobre a relação de doação e reciprocidade entre espectador e obra de arte, como fora abordado pelo

filósofo, historiador e crítico de arte Georges Didi-Huberman autor do livro cujo título fora emprestado por esta instalação.

Talvez também seja sobre encararmos a nossa auto-imagem, como o ‘rosto que olha e é olhado’ no poema ‘Os Espelhos’ de Jorge Luis Borges. Ou será que

estamos falando sobre a transformação da imagem de cidade que construímos? Poderíamos citar ainda o voyeur? E quem seria ele? O vizinho curioso ou as

câmeras de segurança espalhadas que nos controlam, estas sim, todos os dias o dia todo?

‘O que vemos, o que nos olha’ é sobre ver e não sobre enxergar. Para além do fenômeno óptico nos interessa os aspectos fenomenológicos da imagem criada e

as camadas interpretativas que podemos alcançar por meio dela.

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plantas + diagrama de expansão do campo de visão | sesc 24, ed. schwery e instalação

sesc 24 de maio edifício schwery

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corte | sesc 24 de maio, edifício schwery e instalação

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perspectiva isométrica | janela do edifício schwery + instalação

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diagrama isométrico da estrutura de madeira planta da estrutura de madeira corte transversal

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plano de corte do espelho para otimização do material

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