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Você vai aprender nesta unidade • características dos gêneros diário íntimo e diário virtual • o que é língua e o que é linguagem • características da fala e da escrita • regras de ortografia unidade 1 Registrando o cotidiano Gêneros: diário íntimo (ficcional e autêntico) e diário virtual. Esferas de circulação: literária; cotidiana; digital/ virtual. Reflexão sobre a língua: língua e linguagem; língua escrita e língua falada. Temas transversais: ética e pluralidade cultural. Provocando o olhar Você já ouviu falar de Harry Potter, a personagem prin- cipal de uma série de aventuras criada pela escritora britâ- nica J. K. Rowling? Os livros dela fizeram tanto sucesso que deram origem a filmes e video games. A foto ao lado mostra uma das cenas do filme baseado no segundo livro da série, Harry Potter e a câmara secreta. Nela, o ator Daniel Radcliffe, caracterizado como o jovem bruxo Harry Potter, aparece lendo um estranho diário: à medida que se escrevia nele, a tinta se apagava e surgia uma nova frase, como resposta ao que fora escrito antes. Por causa desse diário, Potter e seus amigos enfrentaram enormes perigos. Observe a foto para responder às questões. 1. Quais são as cores que predominam na imagem? 2. Qual é o único elemento iluminado na cena? 3. O tipo de iluminação e as cores da cena parecem ade- quados a um filme que conta as aventuras de um bru- xo? Explique. 4. Observe agora a expressão da personagem. O que o menino parece estar sentindo? 5. Harry Potter está lendo um diário mágico. Que tipo de informação você acha que um diário real pode conter? Professor: Sugerimos que as questões se- jam respondidas oralmente, para que haja troca de ideias e de informações entre os alunos. Preto, tons de cinza e marrom. 2. O rosto de Harry Potter. Professor: Comente com os alunos que não é casual o fato de o rosto do ator ser o único elemento iluminado: é a ele que se deseja que o espectador do filme dirija sua atenção. Resposta pessoal. Professor: Espera-se que os alunos percebam a adequação da iluminação soturna, que deixa muitas áreas na sombra, ao tema do filme. Possibilidade de resposta: Ele parece surpre- so, talvez espantado com o tipo de diário que encontrou ou com o conteúdo dele. Possibilidade de resposta: Um diário pode conter segredos, desabafos, im- pressões sobre acontecimentos, regis- tros de bons e maus momentos etc. Habilidade em foco: formular hipó- teses sobre marcas do gênero diário.

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Page 1: PORTAMAPAM6_01

Você vai aprender nesta unidade

•característicasdosgênerosdiárioíntimoediáriovirtual•oqueélínguaeoqueélinguagem•característicasdafalaedaescrita•regrasdeortografia

unidade

1 Registrandoo cotidiano

Gêneros: diário íntimo (ficcional e autêntico) e diário virtual. Esferas de circulação: literária; cotidiana; digital/virtual.Reflexão sobre a língua: língua e linguagem; língua escrita e língua falada.Temas transversais: ética e pluralidade cultural.

Provocando o olharVocê já ouviu falar de Harry Potter, a personagem prin-

cipal de uma série de aventuras criada pela escritora britâ-nica J. K. Rowling? Os livros dela fizeram tanto sucesso que deram origem a filmes e video games.

A foto ao lado mostra uma das cenas do filme baseado no segundo livro da série, Harry Potter e a câmara secreta. Nela, o ator Daniel Radcliffe, caracterizado como o jovem bruxo Harry Potter, aparece lendo um estranho diário: à medida que se escrevia nele, a tinta se apagava e surgia uma nova frase, como resposta ao que fora escrito antes. Por causa desse diário, Potter e seus amigos enfrentaram enormes perigos.

Observe a foto para responder às questões.

1. Quais são as cores que predominam na imagem?

2. Qual é o único elemento iluminado na cena?

3. O tipo de iluminação e as cores da cena parecem ade-quados a um filme que conta as aventuras de um bru-xo? Explique.

4. Observe agora a expressão da personagem. O que o menino parece estar sentindo?

5. Harry Potter está lendo um diário mágico. Que tipo de informação você acha que um diário real pode conter?

Professor: Sugerimos que as questões se-jam respondidas oralmente, para que haja troca de ideias e de informações entre os alunos.

Preto, tons de cinza e marrom.2. O rosto de Harry Potter. Professor: Comente com os alunos que não é casual o fato de o rosto do ator ser o único elemento iluminado: é a ele que se deseja que o espectador do filme dirija sua atenção. Resposta pessoal. Professor: Espera-se que os alunos percebam a adequação

da iluminação soturna, que deixa muitas áreas na sombra, ao tema do filme.

Possibilidade de resposta: Ele parece surpre-so, talvez espantado com o tipo de diário que encontrou ou com o conteúdo dele.

Possibilidade de resposta: Um diário pode conter segredos, desabafos, im-pressões sobre acontecimentos, regis-tros de bons e maus momentos etc.Habilidade em foco: formular hipó-teses sobre marcas do gênero diário.

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Small unit: image Provocando o olhar: unidade 1
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Associated resource: video Trecho do filme "Harry Potter e a câmara secreta" PORTAMAPAM6_01_trechoharrypotter.flv
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Registrandoo cotidiano

Gêneros: diário íntimo (ficcional e autêntico) e diário virtual. Esferas de circulação: literária; cotidiana; digital/virtual.Reflexão sobre a língua: língua e linguagem; língua escrita e língua falada.Temas transversais: ética e pluralidade cultural.

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Leitura 1 1. Observe a capa de livro reproduzida ao lado. Como você

imagina que seja o “Diário de um banana”? O que poderia estar registrado nele?

2. Você tem diário ou conhece alguém que tenha? Na sua opinião, por que as pessoas escrevem diários?

3. Se você quisesse registrar os acontecimentos de um dia em sua vida, como você faria isso?

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

Possibilidade de resposta: Por meio de fotos, desenhos ou pinturas, gravação em vídeo ou áudio, registro escrito etc.

antes de ler

Professor: Sugerimos que as questões da seção Antes de ler sejam sempre respondidas oralmente.

O trecho de diário que você vai ler é fictício, isto é, foi criado por um escritor como um recurso para contar a his-tória de Greg, um estudante do 6º ano que tem de enfrentar o maior desafio de sua vida: sobreviver na escola. Ele encontra diferentes maneiras de lidar com os valentões do colégio e com os problemas na família.

Diário de um banana2. Possibilidade de resposta: Escrevem para si mesmas, para registrar acontecimentos importantes e recordá- -los no futuro, para fazer desabafos etc. Professor: Neste momento, não se espera que os alunos apontem a função e o leitor do gênero diário, apenas que iniciem uma reflexão sobre o assunto, portanto aceite as respostas que derem.

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Small unit: image Antes de ler: "Diário de um banana"
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Small unit: image "Diário de um banana": título
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Small unit: image "Diário de um banana": 1º trecho
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Small unit: image "Diário de um banana": 3º parágrafo
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Small unit: image "Diário de um banana": 1ª ilustração
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Jeff Kinney. Diário de um banana: um romance em quadrinhos. São Paulo: Vergara & Riba, 2008. v. 1.

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Small unit: image "Diário de um banana": 3º trecho
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Small unit: image "Diário de um banana": 4º trecho
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Small unit: image "Diário de um banana": 5º trecho e 3ª ilustração
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exploração do texto

Nas linhas do texto 1. Quem são as personagens mencionadas nesse trecho do diário?

2. Existe um acontecimento que é o assunto principal nessa página do diário de Greg.

a) Qual é esse acontecimento?

b) Que fez Rodrick para enganar o irmão?

c) Quando o garoto percebeu que fora enganado?

d) De acordo com Greg, por que o pai se irritou com ele? Que trecho mostra isso?

e) O pai castigou o irmão mais velho? Por quê?

3. A pessoa que tem um diário pode colocar nele, além do texto escrito, fotos, desenhos, poemas, bilhetes, letras de canção e alguns elemen-tos das histórias em quadrinhos (como balões de fala e onomato-peias, por exemplo). Algum desses recursos foi empregado no diário de Greg?

Nas entrelinhas do texto

1. Releia o primeiro parágrafo:

a) A quem se referem as palavras me e eu?

b) Portanto, qual das personagens é o autor do diário?

c) Essa personagem é também autora do livro Diário de um banana? Como você chegou a essa resposta?

2. Com base no caso contado por Greg, como o leitor desse diário pode imaginar o relacionamento entre os dois irmãos?

3. Greg conta esse caso no dia em que ele aconteceu? Como você chegou a essa conclusão?

4. Releia este trecho:

Antes de iniciar o estudo do texto, tente descobrir o sentido das palavras

desconhecidas pelo contexto em que elas aparecem. Se for preciso,

consulte o dicionário.

Greg, seu irmão mais velho, Rodrick, e seu pai.

Quando o pai apareceu gritando com ele por comer Sucrilhos às 3h da madrugada.

Possivelmente porque estava fazendo barulho demais. “Mas eu devo ter feito muito barulho […]”

Não, porque ele disfarçou bem as coisas, fingindo que estava dormindo.Onomatopeia é a palavra formada de modo a imitar sons. Por exemplo:

• o som da voz de animais: glu-glu, au-au etc.;

• o som produzido por aparelhos ou fenômenos da natureza: triiiiim, tique-taque, chuá etc.;

• o som provocado por ações ou movimentos dos seres: buá, bang, atchim etc.

Sim, desenhos, balão de fala e onomatopeias.

Estou tendo um problema sério em me acostumar ao fato de que o verão acabou e eu tenho que me levantar todo dia de manhã para ir à escola.

A Greg.Habilidade em foco: utilizar dados de paratextos (créditos, legendas, quarta capa) para localizar informações.

Greg.

Não, o autor do livro é Jeff Kinney. Observando a referência bibliográfica no final do texto.

2. O leitor pode imaginar que era con-flituoso: Rodrick gostava de pregar peças no irmão mais novo e depois se livrava das repreensões.

Habilidade em foco: inferir informação implícita no texto.

3. Não, o fato aconteceu uns dois dias depois do começo das férias de verão, mas foi relatado num momento poste-rior, quando o verão já havia acabado, e o menino estava tendo dificuldades para se adaptar à rotina das aulas.

Depois disso, eu contei pro papai que o Rodrick tinha pregado uma peça em mim e que era ELE quem devia estar levando a bronca.

Pregar uma peça: preparar uma artimanha por brincadeira ou maldade; enganar.Sucrilhos: marca de alimento à base de cereais.

2. a) Uma peça que lhe prega o irmão mais velho, que o fez acordar de madru-gada, durante as férias, dizendo que já estava na hora de ir para a escola.Habilidades em foco: inferir tema ou assunto principal do texto; localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.

2. b) Vestiu roupas da escola, adiantou a hora do despertador e fechou as cortinas para que Greg não percebesse que ainda era noite.

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Small unit: image Glossário: onomatopeia
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a) A quem Greg se refere ao usar a palavra ele?

b) Observe que essa palavra foi escrita com letras maiúsculas. Qual a intenção dele, ao usar maiúsculas?

5. O texto não diz como Rodrick enganou o pai. De que maneira ficamos sabendo como ele fez isso? Por meio do desenho.

6. Observe os desenhos que aparecem no trecho do diário:

a) Os dois primeiros desenhos são necessários para que se entenda o caso contado por Greg? Não.

b) Que tipo de informação sobre as personagens e sobre a casa delas você não teria apenas pelo texto?

Além das linhas do texto 1. O que você acha de pessoas que pregam peças nos outros, ou seja,

enganam os outros? Justifique. Resposta pessoal.

2. Você já viveu uma situação semelhante, em que tenha sido acusado de algo que não fez? Se isso aconteceu, conte aos colegas. Resposta pessoal.

3. O que você achou de ler um texto ilustrado? Em que as ilustrações o ajudaram na leitura? Resposta pessoal.

Como o texto se organiza 1. Copie no caderno o trecho que, de modo mais completo, nos ajuda a

entender o que é um diário. Quem escreve um diário: Resposta: c.

a) sempre relata grandes fatos históricos e dá sua opinião sobre eles.

b) relata fatos que vive e vê acontecer todos os dias de sua vida.

c) relata fatos do dia a dia, registra suas impressões sobre eles e suas emoções.

d) apenas quer registrar suas emoções, impressões, ou seja, desaba-far, expor-se.

2. No diário, Greg teve a preocupação de deixar registrado o momento em que o texto foi escrito: quinta-feira.

a) Por que, em um diário, é importante anotar o dia em que se escre-ve?

b) Se Greg desejasse fazer uma indicação mais precisa (exata) da data, que outras informações ele poderia colocar junto com o dia da semana? Ele poderia marcar o dia, o mês e o ano. Eventualmente, poderia indicar também a cidade.

Ao irmão mais velho, Rodrick.

Destacar quem foi o culpado pela brincadeira (Rodrick) e enfatizar seu sentimento de revolta em relação ao irmão.

Sobre a disposição dos móveis no quarto de Greg, sobre a posição dos irmãos no momento em que Rodrick cha-mava Greg, não se saberia que Greg disse “Droga”, que o menino se assustou com o pai etc.

Habilidade em foco: Estabelecer rela-ções entre imagens (fotos, ilustrações) e o corpo do texto.

Professor: Estas atividades podem ser realizadas apenas oralmente.

NÃO DEIXE DE ASSISTIR • Diário de um banana (EUA, 2010), direção de Thor Freudenthal

Comédia inspirada no livro de Jeff Kinney. Mostra a rotina do garoto Greg Heffley, que, como a maioria de seus colegas, não é popular na escola.

Para que, num momento posterior, ao reler suas anotações, o autor do diário possa saber a que época cada texto se refere.

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Small unit: image Ilustrações: "Diário de um banana"
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Small unit: image Não deixe de ler: "Diário de um banana"
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3. Além de registrar fatos do cotidiano, o autor de um diário registra sentimentos, emoções, desejos, críticas, impressões sobre os fatos que vive ou presencia e sobre as pessoas com quem convive.

a) O que Greg parece sentir em relação ao início das aulas? Como você chegou a essa conclusão?

b) O que sentiram pai e filho quando o pai descobriu que Greg estava comendo às 3h da madrugada? Como podemos saber?

4. Releia estas frases de Greg e indique no caderno qual delas expressa:

a) “Meu verão não começou muito bem, na verdade, graças ao meu irmão mais velho, Rodrick.” desabafo

b) “Meu pai desceu para o quarto de Rodrick e eu fui junto.” fato

c) “[…] era ELE quem devia estar levando a bronca.” opinião

5. Escreva em seu caderno, como Greg, frases sobre a sua vida, o seu dia a dia, que registrem: Resposta pessoal.

a) um desabafo;

b) uma opinião;

c) um fato.

Escreva em seu caderno, como Greg, frases sobre a sua vida, o seu dia a dia, que registrem: Resposta pessoal.Resposta pessoal.

a) um desabafo;

b) uma opinião;

c) um fato.

6. Em um diário, podem aparecer marcas de interlocução (o autor con-versa com um possível leitor ou com o diário como se fosse um amigo).

a) Greg faz isso? Explique. Sim, quando diz “Você deve achar que eu sou burro […]”.

b) E na vida real? Quem são, provavelmente, os leitores do livro Diário de um banana, escrito por Jeff Kinney? Provavelmente crianças e adolescentes.

7. O autor Jeff Kinney, ao relatar a história de Greg, podia ter escrito em primeira pessoa ou em terceira pessoa.

a) Por que ele escolheu escrever em primeira pessoa?

b) Copie um trecho que confirme sua resposta anterior.

Recursos linguísticos

1. Diários geralmente são escritos em linguagem bastante informal, es-pontânea, próxima da que se utiliza no dia a dia. Até quando se trata de tradução, como é o caso do Diário de um banana, há preocupação em manter essa linguagem mais espontânea.

Ele não parece estar contente, tanto que utiliza a expressão “problema sério” ao referir-se à retomada da rotina escolar e a frase “Droga” quando acordado pelo irmão.

É o desenho que, ao ilustrar o ar de reprovação do pai e o de surpresa do filho, nos mostra o que sentiam.

Habilidade em foco: distinguir um fato da opinião relativa a ele.

fato desabafo opinião

Habilidade em foco: identificar o provável público-alvo do texto.

• Quem escreve na primeira pessoa conta algo que aconteceu consigo mesmo. Observe, nesta frase, as palavras que mostram que a pessoa fala de si mesma: “Eu saí de casa com muita pressa. Nem notei que o cachorro estava me seguindo”.

• Quem escreve na terceira pessoa conta algo que aconteceu com outra pessoa. Observe: “A menina saiu de casa com muita pressa. Ela nem notou que o cachorro a estava seguindo”.

7. a) Porque escreveu em forma de di-ário, permitindo à própria personagem relatar fatos que acontecem a sua volta. Professor: Aqui é possível explicar ao alu-no que, mesmo quando o diário é uma obra de ficção, o autor utiliza a primeira pessoa para criar a impressão de que os episódios realmente aconteceram com a personagem que escreve seu diário.

Sugestão: “Estou tendo um problema […]”.

Professor: Abordaremos os graus de formalidade da linguagem mais detalhadamente nas próximas unidades.

Desabafo: expressão franca de sentimentos e pensamentos íntimos.

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Small unit: image Glossário: desabafo
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Small unit: image Primeira pessoa do discurso
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Small unit: image Terceira pessoa do discurso
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Abaixo relacionamos características dessa linguagem. Verifique se há algum exemplo nesse trecho do diário.

a) uso de gírias ou de expressões muito comuns no dia a dia

b) palavras reduzidas, como tá, tô, né pro

2. Qual o sentido das palavras e expressões destacadas?

a) “Você pode achar que eu fui muito burro de cair nessa […]”

b) Diário de um banana

c) “[…] o papai pensa que eu tenho um parafuso solto ou coisa do tipo.”

3. Leia o quadro ao lado, depois responda: As expressões do exercício anterior foram utilizadas em sentido próprio ou figurado? Explique.

4. Localize nos fragmentos abaixo as palavras e expressões que indicam tempo.

a) “Uns dois dias depois do começo das férias de verão, Rodrick me acordou no meio da noite.”

b) “Depois disso, eu contei pro papai que o Rodrick tinha pregado uma peça em mim […]” depois disso

c) “E acho que até hoje o papai pensa que eu tenho um parafuso solto ou coisa do tipo.” até hoje

5. Em um diário, os fatos podem ser relatados no tempo presente ou no passado. Releia a página do diário de Greg e responda:

a) Em que tempo estão as ações relatadas? No passado e no presente.

b) Qual desses tempos é mais frequente, mais utilizado por Greg? Por quê?

droga, cair nessa, tenho um parafuso solto, fui muito burro, levando bronca, diabos, banana...

fui muito burro: fui estúpido, ignorante; cair nessa: ser enganado dessa forma, ser logrado

parafuso solto: ser amalucado

As palavras podem ser usadas em sentido próprio (ou denotativo) ou fi gurado (ou conotativo).

Sentido próprio ou denotativo é o sentido comum da palavra. Sentido fi gurado ou conotativo é um novo sentido que as palavras ou expressões adquirem em determinadas situações de uso. Exemplos:

• João colocou duas pedras de gelo no copo. (gelo = água congelada; a palavra está em sentido próprio)

• João sentiu um gelo na espinha! (gelo = sensação de frio ou medo; a palavra está em sentido fi gurado)

Foram usadas em sentido figurado, pois todas elas ganham, no contexto, um sentido diferente do usual.

Habilidade em foco: identificar marcas de tempo ou de época no enunciado de um texto.

uns dois dias depois do começo das férias de verão; no meio da noite

NÃO DEIXE DE LER • Ilê aiê — Um diário imaginário, de Francisco Marques, editora FormatoDiário imaginário de um homem trazido da África para o Brasil como escravo. Narra o cotidiano dos que vieram no navio negreiro, muitos dos quais morreram e foram atirados ao mar.Passado, porque Greg relata fatos já ocorridos.

Para lembrar

informalpredominam os verbos no passado

Diárioíntimoficcional

Intenção principal relatar fatos vividos ou observados por quem escreve (no diário ficcional, uma personagem)

1 Conotação e denotaçãoPara o assunto Sentido próprio e sentido figurado, acesse e explore este recurso digital.

Organização

Escrito na primeira pessoa

Linguagem

pode apresentar

data de cada registro

o texto contém

opiniõespensamentosimpressões

desenhosletras de cançãofotosbilhetes

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Small unit: image Conceito: sentido próprio e sentido figurado
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Small unit: image Não deixe de ler: "Ilê aiê - Um diário imaginário"
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Small unit: image Para lembrar: Diário íntimo ficcional
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Associated resource: infographic Conotação e denotação PORTAMAPAM6_01_conotacaoedenotacao.swf
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Utilizar uma palavra ou expressão ao pé da letra, isto é, tomando-a em seu sentido próprio, literal, é um recurso muito utilizado pelos humoris-tas e criadores de HQs.

Leia esta tira:

Laerte. Classificados. São Paulo: Devir, 2004. v. 3.

1. O que as pessoas querem dizer quando usam a expressão comprar uma casa na planta?

2. Para a personagem da tira, o que é comprar na planta?

3. No caderno, ilustre ao pé da letra as expressões:

a) ser muito burro;

b) ser um banana;

c) ter um parafuso solto.

4. Procure lembrar-se de outras expressões que são engraçadas se com-preendidas ao pé da letra e ilustre-as, como nos exemplos abaixo.

5. Exponha suas ilustrações no mural ou nas paredes da sala para que todos possam apreciar sua criatividade.

divirta-seProfessor: Este trabalho pode ser realiza-do oralmente em duplas ou em peque-nos grupos.Habilidade em foco: identificar os efei-tos de sentido e humor decorrentes do uso dos sentidos literal e conotativo das palavras.

Comprar uma casa na planta é comprá-la quando ela está projetada, mas ainda não construída, ou seja, quando a construção ainda não começou ou não terminou.

2. A personagem toma a expressão ao pé da letra, portanto entende que se trata de uma casa construída sobre uma planta.

4. Professor: Antes de propor a ati-vidade 4, explore as ilustrações com os alunos para que entendam bem a proposta, verificando se conhecem o sentido metafórico das expressões mencionadas. Veja mais orientações no Manual do Professor.

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Small unit: image Tirinha de Laerte: "Comprei na planta"
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Small unit: image Expressões ilustradas ao pé da letra
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depois da leitura

O diário íntimo não ficcionalOs diários podem ser fictícios, ou seja, inventados por um escritor,

como o Diário de um banana, ou reais, em que pessoas contam fatos vi-vidos por elas. Os diários desse tipo algumas vezes são publicados. Um exemplo é o que foi escrito entre 1942 e 1944 pela menina Anne Frank, no esconderijo onde ela e sua família ficaram durante a perseguição nazista aos judeus ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial.

Assim começa esse famoso diário:

Leia agora estes outros trechos:

1. De que fala a garota nesses trechos do diário? Resuma o assunto em uma frase. Fala sobre por que escrever um diário.

2. Qual a importância do diário para Anne Frank?

3. Inicialmente, a própria Anne Frank era a única leitora de seu diário. Depois de publicado, quem se tornou o possível leitor do livro?

Retratos de Anne Frank em 1940.

Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda.

Otto Frank e Mirjam Pressler (eds.). O diário de Anne Frank. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009.

Sábado, 20 de junho de 1942Fiquei alguns dias sem escrever porque queria, antes de tudo, pensar sobre

meu diário. Ter um diário é uma experiência realmente estranha para uma pessoa como eu. Não somente porque nunca escrevi nada antes, mas também porque acho que mais tarde ninguém se interessará, nem mesmo eu, pelos pensamen-tos de uma garota de 13 anos. Bom, não faz mal. Tenho vontade de escrever e uma necessidade ainda maior de desabafar tudo o que está preso em meu peito.

[…]Quinta-feira, 16 de março de 1944[…] A melhor coisa é poder escrever todos os meus pensamentos e senti-

mentos; do contrário, iria me sufocar. […]

2. Além de registrar nele os fatos que vivia no esconderijo, a garota procura no diário uma fonte de consolo e aju-da para desabafar “tudo o que está preso” em seu peito.

O esconderijo da família FrankAnne Frank nasceu na Alemanha, em 1929. Pertencia a uma família judia que, em 1933, refugiou-se na Holanda. Entre 1942 e 1944, a família permaneceu escondida, sob a constante ameaça de ser descoberta pelos nazistas. Nesse período, Anne escreveu com regularidade um diário, em forma de cartas a uma amiga imaginária, Kitty. A família Frank só saiu do esconderijo quando foi de-nunciada e enviada a um campo de concentração. Anne morreu aprisionada, três meses antes de comple-tar 16 anos. Apenas o pai dela sobreviveu e, mais tar-de, preparou o diário da menina para a publicação.

A entrada do esconderijo da família Frank era camuflada por uma estante móvel.

3. Pessoas de todas as faixas etárias que têm interesse em conhecer a intimidade de uma menina da época e/ou os fatos históricos na visão de uma pessoa que os viveu.

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Small unit: image Depois da leitura: trecho do diário de Anne Frank
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Small unit: image Depois da leitura: trecho do diário de Anne Frank link to small unit: Álbum de fotos de Anne Frank
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Small unit: image Anne Frank: esconderijo da família
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Associated resource: video Trecho do filme "O diário de Anne Frank" PORTAMAPAM6_01_trechofilmeannefrank.flv
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4. Compare os dois textos desta unidade. No caderno, indique as frases que se referem ao Diário de um banana, as que se referem a O diário de Anne Frank e as que se referem a ambos os textos.

a) Relata fatos do cotidiano. Ambos.

b) Relata fatos fictícios. Diário de um banana.

c) Relata fatos reais vividos por uma pessoa. O diário de Anne Frank.

d) Tem linguagem espontânea, parecida com a fala. Diário de um banana.

e) Procura criar no leitor a impressão de que é a própria personagem quem relata os acontecimentos. Diário de um banana.

f) É escrito em primeira pessoa. Ambos.

g) Além do relato de fatos, traz reflexões e opiniões do autor. Ambos.

h) Emprega recursos verbais e não verbais para relatar os fatos.

i) Leva o leitor a compreender melhor a época em que o diário foi escrito. O diário de Anne Frank.

5. Reescrevemos abaixo outro trecho de O diário de Anne Frank. Lembran-do-se das principais características de um diário, diga qual o trecho original e qual sofreu alteração. Justifique sua resposta. 4. Habilidade em foco: Identificar

os possíveis elementos constitutivos da organização interna de um gênero literário (diário ficcional); identificar as diferentes intenções em textos de um mesmo gênero.

NÃO DEIXE DE ASSISTIR • O diário de Anne Frank (EUA, 1959), direção de George Stevens

Adaptação para as telas de um dos mais comoventes documentos surgidos após a Segunda Guerra Mundial: o diário de Anne Frank.

Diário de um banana.

5. Habilidade em foco: identificar mar-cas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor do texto.Professor: Espera-se que os alunos ob-servem que o primeiro trecho está na 3ª- pessoa, portanto não pode ser o diário original, uma vez que o gênero diário é sempre escrito na 1ª- pessoa.

Professor: Chame a atenção dos alunos para algumas características da lingua-gem empregada pelas duas internautas: emprego de abreviações, ausência de acentuação, pontuação escassa, uso de gírias, marcas de oralidade (frases orga-nizadas como na fala, por exemplo) etc. Comente que se trata de uma linguagem escrita bastante informal — e adequada ao suporte, ao contexto e aos interlocu-tores. Aprofundaremos esse assunto em outras unidades.

Ontem de manhã, aconteceu--lhe uma coisa incrível. Enquanto ela passava pelos bicicletários, ouviu alguém chamar seu nome. Virou-se e lá estava o garoto legal que ela ti-nha conhecido na tarde de ontem na casa de sua amiga Vilma. […] Ele foi em sua direção, meio tímido, e se apresentou como Hello Silber-ger. Ela ficou meio surpresa e não sabia bem o que ele queria, mas não demorou muito a descobrir. Ele perguntou se poderia acompanhá-la até a escola.

Ontem de manhã, aconteceu uma coisa incrível. Enquanto eu pas-sava pelos bicicletários, ouvi alguém chamar meu nome. Virei-me e lá es-tava o garoto legal que eu tinha co-nhecido na tarde de ontem na casa de minha amiga Vilma. […] Ele veio em minha direção, meio tímido, e se apresentou como Hello Silberger. Fiquei meio surpresa e não sabia bem o que ele queria, mas não de-morei muito a descobrir. Ele pergun-tou se poderia me acompanhar até a escola.

Vale a pena escrever diário?Veja como duas internautas responderam a essa pergunta.

Com certeza, tenho 24 anos e continuo mantendo esse doce hábito, o bom é que eu pego às vezes esses diários de infância e rememoro coisas tão boas ou nem tanto assim que já passei. […]

E para mim essa nostalgia é mto boa. Beijos

Tchela

Eu tenho um diário sim. Tenho este costume desde os meus 14 anos. […] Mas o legal disto é que eu olho meus registros e vejo de onde eu vim, por onde passei e onde estou, é legal isto! Nanã

Disponível em: <http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080105145026AA2GWpz>. Acesso em: 12 jul. 2010.

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Small unit: image Não deixe de assistir: "O diário de Anne Frank"
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Small unit: image Comparação entre reescrita e texto original do diário de Anne Frank
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23

Do texto para o cotidiano

Leia mais um trecho do Diário de um banana, depois faça o que se pede.

Jeff Kinney. Diário de um banana: um romance em quadrinhos. São Paulo: Vergara & Riba, 2008. v. 1.

Sente-se com um ou dois colegas e converse com eles sobre as ques-tões abaixo. Anotem no caderno as conclusões a que vocês chegaram para, depois, apresentarem-nas à classe.

1. O que vocês pensam da atitude de quem chama os colegas de débeis ou de outros nomes ofensivos? Por quê?

2. O que vocês fariam se:

a) vissem um colega ridicularizando alguém que não pode se defen-der?

b) o valentão da classe viesse provocá-los?

3. Para evitar o problema dos “valentões” na escola, Greg propõe anos letivos baseados na altura e não na idade.

a) Que vantagens um sistema como esse poderia trazer?b) Vocês acreditam que isso resolveria o problema das agressões na

escola? Expliquem.

4. E vocês? Que sugestão dariam para acabar com as agressões entre colegas na escola?

Professor: Esta atividade oral e escrita pode ser realizada em duplas ou peque-nos grupos. Depois pode-se organizar um painel com as conclusões dos vários grupos. O objetivo é levar os alunos a uti-lizar outras linguagens e a discutir temas como o bullying e a solidariedade.

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Small unit: image Diário de um banana: "Como eu disse, um dia vou ser famoso..."
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ProDução escrita

Diário íntimoNesta unidade, você conheceu uma personagem (Greg) e uma pessoa

(Anne Frank) que decidiram capturar alguns momentos importantes de

suas vidas registrando-os em um diário.

Que tal você também vivenciar a experiência de escrever um diário? Para

isso, vai precisar de um caderno (ou uma agenda), que vai ficar reservado só

para suas anotações. Registre nele, diariamente, os fatos mais importantes

ocorridos na escola, em casa e no convívio com os amigos,

expresse seus sentimentos mais íntimos e suas opiniões.

Nenhum leitor terá acesso ao que você irá escrever.

Será um cantinho para registrar o dia a dia sem cobran-

ças nem preocupação com a avaliação de outras pessoas.

Diário ficcionalNossa segunda proposta é que você produza uma pá-

gina de um diário ficcional, como o Diário de um banana,

de Jeff Kinney. Seus leitores serão seus colegas de classe

e, eventualmente, colegas de outras classes, familiares

e amigos. Nessa página a personagem criada por você

relatará um episódio vivido por ela, da mesma forma que fez a persona-

gem Greg.

Será necessário planejar o texto, revisá-lo e reescrevê-lo, para que ele

seja bem compreendido e apreciado pelos leitores.

Antes de começar 1. Observe algumas maneiras de datar um diário:

Diamantina, 10/2/2012.

Minha casa, quarta-feira, 31 de julho de 2012.

No meu quarto, na inesquecível noite de sexta-feira, 30 de agosto.

Terça-feira, 3 de setembro, na escuridão da noite.

Escreva no caderno três maneiras diferentes de datar uma página de diário ficcional.

2. Tanto o diário real como o ficcional relatam fatos que aconteceram com a própria pessoa – ou personagem – que escreve. Por isso, ele é sempre escrito em primeira pessoa. Leia a anedota a seguir e siga as orientações para reescrevê-la em primeira pessoa, como se o fato tivesse acontecido com você.

Professor: A primeira proposta de produção é um convite aos alunos para que adotem o hábito de escrever um diário ou que, pelo menos, façam uma tentati-va durante alguns dias. Como muitos alunos acham que escrever diário é “coisa de menina”, discuta essa concepção com eles antes de apresentar a proposta.

Texto e imagensEm um diário, além de seus relatos, você pode reunir fo-tos, desenhos, letras de mú-sicas de que gosta, bilhetes, cartas e até cópias de e-mails que recebeu.

PRODUÇÃO PARA

O PROJETO

Professor: As atividades da seção Antes de começar têm como objetivo levar os alunos a treinar habilidades que eles devem dominar para escrever um bom texto do gênero proposto. Por isso devem ser feitas antes do início da produção propriamente dita.

Professor: Sugerimos fazer a atividade 2 coletivamente, na lousa, com a colaboração da classe.

Página do diário original de Anne Frank com fotos e textos.

Professor: Explique aos alunos que essa produção poderá ser aproveitada no al-manaque a ser criado como projeto do ano. (O projeto será apresentado aos alunos no fim desta unidade.)

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Small unit: image Diário: uso de texto e imagens
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Small unit: image Anne Frank: foto de página do diário original
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Small unit: image Maneiras de datar um diário
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25

O dono do pomar chega no quintal e descobre um bando de meninos em cima da mangueira.

– Ei! Vocês estão roubando as minhas mangas?O mais espertinho responde:– Não, não. Estamos só organizando. Pegamos as

que caíram no chão e estamos colocando de volta nos galhos.

Almanaque Brasil. Disponível em: <http://www.almanaquebrasil. com.br/bom-humor/nosso-e-dos-leitores-5/>.

Acesso em: 26 jul. 2010.

Você pode começar assim sua reescrita:

Agora continue. Conte o episódio com suas próprias palavras.

Planejando o textoFaça um levantamento de todas as ideias que possam ser aproveita-

das em sua página de diário ficcional.

1. Para começar, pense sobre estas questões e anote no caderno o que decidir:

a) Quem será a personagem que escreve o diário? Um menino, uma menina, uma pessoa idosa, um herói de história em qua-drinhos...?

b) O que essa personagem irá relatar na página do diário?

•Será um fato engraçado, triste, comum, emocionante, assustador?

•Como esse fato começa?

•O que acontece em seguida? Como as pessoas envolvidas reagem?

•Qual o momento mais complicado, mais emocionante, mais en-graçado, mais assustador?

•Como a situação se resolve?

c) Que outras personagens participam do acontecimento?

d) Quando e onde o episódio acontece? (Lembre-se de que no diário

se costuma registrar os acontecimentos do dia.)

e) Que impressões e sentimentos a personagem irá registrar?

f) O autor de um diário ficcional pode ter a intenção de divertir seus

leitores, emocioná-los, fazê-los refletir sobre alguma questão etc.

Assim, decida que tom você pretende dar a sua página de diário: divertido, triste, emocionante, crítico?

Quinta-feira, 13 de maio de 20...Hoje me aconteceu uma coisa que nem eu mesmo acredito!

Quando fui ao quintal de casa…

Possibilidade de resposta: ...encontrei um bando de meninos em cima da mangueira. Perguntei se estavam roubando as minhas mangas, e o mais espertinho deles respondeu que não, que estavam só organizando as frutas, pegando as que tinham caído no chão e colocando de volta nos galhos.

Professor: Como se trata da primeira produção do ano, seria interessante fazer o planeja-mento na lousa, com a classe toda, e depois pedir que desenvolvam o texto individualmente.

Habilidade em foco: saber planejar um texto antes de escrevê-lo.

Professor: Se sentir que há necessidade, dê algumas sugestões aos alunos. Por exemplo, eles poderiam adotar como personagem a bruxa do conto “Branca de Neve”, que em seu diário relataria como se sentiu depois de consultar o espelho mágico; ou o Super-Homem, que expressaria sua opinião sobre os terráqueos.

ProDução escrita

Diário íntimoNesta unidade, você conheceu uma personagem (Greg) e uma pessoa

(Anne Frank) que decidiram capturar alguns momentos importantes de

suas vidas registrando-os em um diário.

Que tal você também vivenciar a experiência de escrever um diário? Para

isso, vai precisar de um caderno (ou uma agenda), que vai ficar reservado só

para suas anotações. Registre nele, diariamente, os fatos mais importantes

ocorridos na escola, em casa e no convívio com os amigos,

expresse seus sentimentos mais íntimos e suas opiniões.

Nenhum leitor terá acesso ao que você irá escrever.

Será um cantinho para registrar o dia a dia sem cobran-

ças nem preocupação com a avaliação de outras pessoas.

Diário ficcionalNossa segunda proposta é que você produza uma pá-

gina de um diário ficcional, como o Diário de um banana,

de Jeff Kinney. Seus leitores serão seus colegas de classe

e, eventualmente, colegas de outras classes, familiares

e amigos. Nessa página a personagem criada por você

relatará um episódio vivido por ela, da mesma forma que fez a persona-

gem Greg.

Será necessário planejar o texto, revisá-lo e reescrevê-lo, para que ele

seja bem compreendido e apreciado pelos leitores.

Antes de começar 1. Observe algumas maneiras de datar um diário:

Diamantina, 10/2/2012.

Minha casa, quarta-feira, 31 de julho de 2012.

No meu quarto, na inesquecível noite de sexta-feira, 30 de agosto.

Terça-feira, 3 de setembro, na escuridão da noite.

Escreva no caderno três maneiras diferentes de datar uma página de diário ficcional.

2. Tanto o diário real como o ficcional relatam fatos que aconteceram com a própria pessoa – ou personagem – que escreve. Por isso, ele é sempre escrito em primeira pessoa. Leia a anedota a seguir e siga as orientações para reescrevê-la em primeira pessoa, como se o fato tivesse acontecido com você.

Professor: A primeira proposta de produção é um convite aos alunos para que adotem o hábito de escrever um diário ou que, pelo menos, façam uma tentati-va durante alguns dias. Como muitos alunos acham que escrever diário é “coisa de menina”, discuta essa concepção com eles antes de apresentar a proposta.

Texto e imagensEm um diário, além de seus relatos, você pode reunir fo-tos, desenhos, letras de mú-sicas de que gosta, bilhetes, cartas e até cópias de e-mails que recebeu.

PRODUÇÃO PARA

O PROJETO

Professor: As atividades da seção Antes de começar têm como objetivo levar os alunos a treinar habilidades que eles devem dominar para escrever um bom texto do gênero proposto. Por isso devem ser feitas antes do início da produção propriamente dita.

Professor: Sugerimos fazer a atividade 2 coletivamente, na lousa, com a colaboração da classe.

1. Professor: Explique aos alunos que este momento de levantamento de ideias é muito importante para que o texto fique atraente para o leitor. Peça a eles que não tenham pressa de realizá--lo e não passem para o próximo passo sem antes ter um planejamento bem completo do texto.

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Small unit: image Anedota: "O dono do pomar..."
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2. Ao escrever, não se esqueça de colocar a data e o lugar onde a perso-nagem estava quando escreveu a página de diário.

3. Utilize a primeira pessoa.

4. Procure envolver o leitor na história. Um recurso para conseguir esse efeito é dialogar com o diário como se ele fosse um amigo. Veja um exemplo em um diário ficcional:

Ela também é tudo para mim. Ela é minha mãe. Você já sabia disso, não sabia? Se nos visse juntas você poderia adivinhar. Irmã mais velha e irmã mais nova, você iria pensar. Sendo que eu seria a mais velha. Brincadeirinha!

Jacqueline Wilson. Projeto Lottie. São Paulo: Edições SM, 2005.

Avaliação e reescritaTerminada a produção, troque de texto com um colega para que

ele verifique se você seguiu todas as recomendações acima. Faça o mesmo com o texto dele. Observem principalmente os seguintes pontos:

•Há data?

•O texto está escrito na primeira pessoa?

•O leitor consegue entender quem é a personagem que escreve o diário?

•A personagem conta um episódio ocorrido com ela?

•Há a expressão de sentimentos, emoções e opiniões da personagem?

•Fica clara a intenção de fazer rir, emocionar, criar suspense, fazer refletir ou criticar?

•Há erros de grafia, acentuação ou pontuação?

Quando receber os comentários do colega, releia seu texto e rees-creva-o, fazendo as modificações necessárias.

Entregue essa versão ao professor e, quando ele devolvê-la, corrija o que for solicitado. Depois guarde a produção com cuidado, pois ela poderá ser aproveitada no projeto do ano.

NÃO DEIXE DE LER • O diário de Zlata — A vida de uma menina na guerra,, de Zlata Filipovic, editora Companhia das Letras

Em seu diário, Zlata registrava apenas seu cotidiano de menina de 11 anos vivendo em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina. Com o início da guerra da Bósnia (1992-1995), ela passa a relatar nele os horrores desse conflito.

Professor: Se achar viável, sugira aos alunos (ou a grupos de alunos) que reservem uma pasta especial para guardar as produções que se destinem ao projeto do ano.

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Small unit: image Não deixe de ler: "O diário de Zlata"
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Small unit: image Trecho de "Projeto Lottie", de Jacqueline Wilson
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reflexão sobre a língua

Língua e linguagemVocê já reparou como a todo momento estamos interagindo com as

pessoas das mais variadas formas: pela fala, pela escrita, por gestos, pe-las imagens, por códigos etc.?

1. Leia esta história da personagem Suriá. Ela nos faz pensar na impor-tância da comunicação para o ser humano.

Laerte. Folha de S.Paulo, 27 jul. 2002. Folhinha.

a) Como Suriá se sente no início da história? Por quê?

b) O que, além da fala de Suriá, permite ao leitor perceber que ela se sente assim? A expressão do rosto e a postura de Suriá, que está sentada no chão com a mão no queixo.

c) Com quem ela conversa nos dois primeiros quadrinhos? Consigo mesma.

d) Que solução Suriá encontrou para o problema?

2. Leia o quadro a seguir.

a) Na situação criada por Suriá no último quadrinho, quem assume o papel de locu-tor? E o de interlocutor?

b) Observe novamente o último quadrinho. Considerando o que dissemos sobre lingua-gem, que recursos Suriá utilizou para esta-belecer comunicação? Ela utilizou desenhos, a palavra escrita

e a falada.

Professor: Leia um texto complementar sobre o assunto desta seção no Manual do Professor.

Ela se sente frustrada, sozinha, porque os amigos estão viajando.

Resolveu desenhar uma amiga imaginária na parede para que pudessem conversar.

Linguagem é qualquer forma de interação entre as pessoas por meio de palavras, desenhos, símbolos, gestos, cores etc. em diferentes situações e com diferentes objetivos. Todas as vezes que usamos a linguagem, há sempre um “eu” – que chamamos de locutor (aquele que busca interagir) – e um “tu” ou “você”, que chamamos de interlocutor (aquele que atribui sentido ao que lhe é dito oralmente ou por escrito).

Suriá é o locutor, e sua própria imagem (o desenho na parede) é sua interlocutora.

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Small unit: image HQ de Laerte: "Todos os meus amigos viajaram"
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Small unit: image O que é linguagem
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Uma das linguagens mais usadas no dia a dia é a linguagem verbal, que emprega a palavra escrita ou falada. Essa linguagem se realiza sempre por meio de uma língua – no caso da história de Suriá, a língua portuguesa.

Além da linguagem verbal, podemos estabelecer comunicação e inte-ragir com as pessoas de outras formas. Por exemplo: pelos gestos, pelos símbolos, pelas imagens, pela música, pelo movimento, ou seja, utilizan-do a linguagem não verbal.

3. Observe os quadrinhos de Suriá e responda: neles é utilizada lingua-gem verbal, não verbal oumista (verbal e não verbal)?

Todas as vezes que usamos a linguagem, praticamos uma ação, e essa ação é dirigida a alguém: nosso interlocutor. Usar a linguagem é agir so-cialmente, escolhendo palavras e frases, compondo textos, para exprimir o que queremos e para que nosso interlocutor nos entenda. Pode ocorrer o inverso: alguém fala, e é a nossa vez de procurar entendê-lo, ou seja, o interlocutor passa a ser o locutor. Os papéis podem mudar a cada instan-te, principalmente nas situações de conversação, como você pode ver na anedota a seguir. Leia e divirta-se!

Ah, essas garotas...

Duas garotas passeavam em um parque quando uma delas encontrou um espelho no caminho. Ela o recolheu, olhou para ele e disse:

— Oh, mas eu conheço essa aí!A outra pegou o espelho, observou-o por sua vez e exclamou:— Claro que você conhece! Sou eu!— Claro que você conhece! Sou eu!

4. Nessa anedota, o narrador reproduz um diálogo entre duas garotas. Quem é a locutora e quem é a interlocutora nesse caso?

5. A intenção da anedota é provocar o riso. Se essa anedota fosse conta-da por alguém, quem seria o locutor e quem seria o interlocutor nesse ato comunicativo?

Língua é um sistema constituído de palavras e regras que se combinam entre si para formar frases em situação de interação e troca comunicativa.

3. É utilizada linguagem mista. Professor: Comente com os alunos que nem sempre as histórias em quadrinhos utilizam a linguagem verbal. Se possível, mostre exemplos.

Anedota (piada, pilhéria) é um gênero de texto oral e popular que tem como objetivo provocar o riso. Trata-se de uma história curta, construída, em geral, com frases também curtas e diretas. Há poucas personagens, e o espaço é, de forma geral, pouco caracterizado. Uma boa anedota tem sempre um desfecho inesperado.

Professor: Explique aos alunos, de forma bem simples, que gêneros textuais são “famílias”, grupos de textos orais ou es-critos com características semelhantes e utilizados em situações de comunicação similares. Cartas, contos, notícias, reporta-gens, entrevistas e debates são exemplos de gêneros que estudaremos neste livro. No Manual do Professor, você encontra uma explicação teórica a respeito.

Habilidade em foco: Identificar marcas linguísticas que evidenciam o lo-cutor e o interlocutor de um texto.

4. Quando a primeira menina diz "Oh, mas eu conheço essa aí!" ela é a locuto-ra, enquanto a outra é sua interlecutora. Quando a segunda menina fala ("claro que você conhece! Sou eu", é ela quem passa a ser a locutora, e a primeira se tor-na sua interlocutora.

5. O locutor seria aquele que contasse a anedota e o interlocutor seria o ouvinte.

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Small unit: image O que é língua
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Small unit: image Glossário: anedota
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Small unit: image Anedota: Ah, essas garotas...
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Associated resource: infographic Países lusófonos PORTAMAPAM6_01_paiseslusofonos.swf
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6. Observe as imagens a seguir e procure encontrar uma palavra que expresse o sentimento ou emoção que cada uma delas desperta em você. Compare sua resposta com a de alguns colegas. Respostas pessoais.

b

d

a

c

As fotos acima, que registram gestos, posturas corporais, movimentos, expressões faciais, provocam em nós impressões e emoções variadas, sem a necessidade de uma palavra sequer. Com base nessa observação, é possível concluir que podemos nos comunicar usando tanto linguagem verbal como não verbal.

Professor: Aceite as respostas dos alunos, desde que façam sentido.

• Linguagem: é qualquer forma de interação entre as pessoas (palavras, desenhos, símbolos, gestos, cores). Quando usa-mos a linguagem, praticamos uma ação sempre dirigida a alguém.

• Linguagem verbal: utiliza palavras (faladas ou escritas). É empregada, por exemplo, em jornais e telejornais, livros, bi-lhetes etc.

• Linguagem não verbal: não utiliza palavras, e sim gestos, expressão facial e corporal, imagens, formas, cores, sons. Exem-plos: música instrumental, dança, mímica, pintura, desenho, escultura, fotografia.

• Mista: utiliza palavras e, também, imagens, sons, gestos etc. É usada, por exemplo, no cinema, no teatro, em canções, histórias em quadrinhos, propagandas e programas de televisão.

• Língua: é um sistema constituído de palavras e regras que se combinam entre si para formar frases em situações de interação e troca comunicativa.

Para lembrarPara lembrar

6. Professor: Sugerimos que a questão 6 seja feita coletivamente, sob sua orien-tação.

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Small unit: image Registro de emoções e sentimentos: moça abraçando rapaz
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Small unit: image Registro de emoções e sentimentos: pessoas torcendo
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Small unit: image Registro de emoções e sentimentos: menina abraçando um gato
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Small unit: image Registro de emoções e sentimentos: menino com atitude reflexiva
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Small unit: image Para lembrar: língua e linguagem
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ATIVIDADES

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1. Faça um quadro no caderno e organize o nome destas formas de expressão em três colunas: na primeira, indique as que utilizam apenas linguagem verbal; na segunda, as que utilizam apenas linguagem não verbal; na terceira, as que empregam linguagem mista, ou seja, verbal e não verbal:

Música instrumental. Dança. Canção. Grafite.Poema visual. Cartaz. Conto. Romance.

2. Pelo que você já viu, é possível refletir sobre mais uma questão: língua e linguagem são palavras sinônimas? Relembre o que dissemos sobre lin-guagem verbal e não verbal, leia o quadro abaixo e copie no caderno a resposta mais adequada a essa pergunta.

Lembre-se: em sentido geral, língua é um conjunto organizado de palavras e regras, combinadas entre si pelos seus falantes.

a) Sim, língua e linguagem são palavras sinônimas, porque querem dizer a mesma coisa. Uma pode ser empregada em lugar da outra, indiferentemente.

b) Não, linguagem tem sentido mais amplo, pois engloba as formas de expressão verbais e não verbais. Língua é uma das linguagens: a que usa palavras. X

3. É necessário conhecer as regras de funcionamento da língua para criar textos com sentido. Além disso, é pre-ciso que as pessoas que usam a mesma língua tenham também certos conhecimentos a respeito do mundo em que vivem para que não haja problemas de comu-nicação entre elas.

Veja o que acontece no texto a seguir:

a) O Juquinha entendeu a intenção das palavras ditas pelo guarda? Explique.

b) Como você explica a interpretação do menino?

Linguagem verbal: conto e romance; linguagem não verbal: música instrumental, dança, grafite; linguagem mista: canção, poema visual, cartaz.

2. Professor: Depois que os alunos derem suas respostas, chame a atenção para o termo palavras, para que a diferença fique bem clara. Leia texto sobre a diferença entre língua e idioma no Manual do Professor.

Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí cansou de andar, sentou-se numa cadeira belíssima que estava no centro da sala. Veio o guarda:

— Meu filho, não pode sentar nesta cadeira, não. Esta cadeira é do Pedro I.

E o Juquinha:

— Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto!

Ziraldo. Mais anedotinhas do bichinho da maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1998.

Não, o guarda queria que ele entendesse que não deveria sentar-se naquela cadeira, porque era um objeto histórico, que estava ali apenas para ser observado.

Uma possibilidade é que o menino se tenha feito de desentendido para poder continuar sentado. Outra é atribuir ao desconhecimento de um fato histórico (que D. Pedro, primeiro imperador do Brasil, morreu há muito tempo) a não compreensão da intenção do guarda.

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Small unit: image Formas de expressão: linguagem verbal, não verbal e mista
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4. Lembre-se do que falamos a respeito da intenção de interagir socialmente com outras pessoas por meio da linguagem: aquele que produz um texto busca um resultado, que pode ser uma resposta ou uma ação de seu interlocutor. Vamos ver se você consegue identificar a intenção principal do produtor de cada texto a seguir:

c)

Laerte. Folha de S.Paulo, 25 fev. 2006.

Produzir humor.

b) Informar ao leitor um fato ocorrido.

a) Convencer pessoas a vacinarem as crianças contra o sarampo. Ceará

O aluno que vive de olho nas nuvens

Entre os cerca de 800 mil participantes da Olimpíada Brasileira de Astronomia e As-tronáutica (OBA) deste ano, o adolescente Marcos Alexandre de Castro Lima, 16, cea-rense de São Gonçalo do Amarante, foi um dos de melhor desempenho. Como prêmio, ele está em São José dos Campos (SP) par-ticipando da VI Jornada Espacial que termina no sábado, reunindo a nata da Astronomia e Astronáutica do País. […]

Rita Célia Faheina. O Povo on-line. Disponível em: <http://www.opovo.com.br/>. Acesso em: 30 set. 2010.

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Small unit: image Campanha de vacinação contra o sarampo
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Small unit: image Notícia: "O aluno que vive de olho nas nuvens"
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Small unit: image HQ de Laerte: "Querido diário: essa ninguém pode saber..."
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REVISORES DO COTIDIANONina e Leo são amigos desde que entraram na es-

cola. Agora estão no 6O ano e continuam na mesma turma. Eles são muito atentos, bem curiosos e en-volvidos em tudo o que acontece a sua volta. São sempre os primeiros a perceber quando uma fra-se está mal organizada ou quando um texto não faz sentido. Tanto que alguns professores começaram a chamá-los de “revisores do cotidiano”. Nesta e nas próximas unidades, você vai acompanhar situações em que eles se viram envolvidos e será desafiado a participar com eles da solução dos mais variados problemas. Vamos ao primeiro episódio.

Episódio 1 Logo que receberam a folha com exercícios de matemática, Nina e Leo foram dizer à pro-

fessora que não era possível resolver um dos problemas. Leia atentamente o enunciado desse problema.

“Lucas e Ana vão todo final de semana ao cinema. Como muitos espectadores, consomem pipoca e refrigerante. O preço do refrigerante é R$ 3,00 e o da pipoca, R$ 1,50. Calcule:

a) Quantos refrigerantes eles consomem por mês?

b) Quantos sacos de pipoca eles consomem por ano?”

Responda agora.

1. Nina e Leo têm razão, ou seja, é mesmo impossível resolver o problema? Por quê?

2. Se eles estavam enganados, como é possível resolver o problema?

Habillidade em foco: observar e analisar situação em que os dados não são suficientes para resolver uma dada questão.

Professor: Este é um excelente momento para apresentar aos alunos o Projeto do Ano–Al-manaque. Leia com eles as primeiras orientações, no final desta unidade. Depois, peça--lhes que guardem em uma pasta especialmente destinada a esse fim os textos produzidos para compor o Almanaque.

Sim, eles têm razão, é impossível resolver o problema porque não foi fornecida a quantidade de sacos de pipoca e de latinhas de refrigerante que cada um consome por dia ou por final de semana.

Professor: Pergunte aos alunos que modificação fariam no enunciado do problema para que fosse possível resolvê-lo. Chame a atenção para o fato de haver um dado desnecessário para que se responda aos itens a e b: o preço do refrigerante e o da pipoca.

Não é possível resolver o problema por falta de dados.

Almanaque Brasil. Disponível em: <http://www.almanaquebrasil.com.br/sem-categoria/resposta-carta-enigmatica-41/>. Acesso em: 30 jul. 2010.

PRODUÇÃO PARA

O PROJETOdivirta-se

Tente decifrar a carta enigmática, gênero que utiliza linguagem verbal e não verbal, muito presente nos almanaques, comuns no início do século passado. Como produzir um almanaque será objeto do Projeto do Ano, ouça as explicações do professor e produza uma carta enigmática também. Ela foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras (Rachel de Queiroz).

Nina e Leo são amigos desde que entraram na es- ano e continuam na mesma

turma. Eles são muito atentos, bem curiosos e en-volvidos em tudo o que acontece a sua volta. São sempre os primeiros a perceber quando uma fra-se está mal organizada ou quando um texto não faz sentido. Tanto que alguns professores começaram a chamá-los de “revisores do cotidiano”. Nesta e nas próximas unidades, você vai acompanhar situações em que eles se viram envolvidos e será desafiado a participar com eles da solução dos mais variados

observar e analisar situação em que os dados não são suficientes para resolver uma dada questão. observar e analisar situação em que os dados não são suficientes para resolver uma dada questão.

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Small unit: image Revisores do cotidiano: unidade 1
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Small unit: image Divirta-se: carta enigmática
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33

Fique atento... à ortografia Leia a frase a seguir:

Por que separado se escreve tudo junto e tudo junto se escreve separado?

Ela traduz uma dúvida muito comum quanto à grafia de certas pala-vras e expressões.

1. Escrevemos em cima com duas palavras.

a) Qual o antônimo de em cima? Verifique que significado o dicioná-rio registra.

b) No caderno, crie duas frases em que apareçam em cima e seu antônimo.

2. Outras palavras que causam dúvida quanto à grafia são a gente e agente.

a) Procure no dicionário o sentido da palavra agente, depois crie no caderno uma frase que exemplifique seu uso.

b) No dia a dia, usamos frequentemente uma expressão no lugar do pronome nós. Que expressão é essa?

c) Reescreva as frases a seguir no caderno, substituindo o pronome nós pela expressão que você utilizou na resposta anterior. Faça nas frases as mudanças necessárias.

•Meu pai desceu até o quarto de Rodrick, e nós descemos junto.

•Nós escrevemos uma carta reclamando da coleta de lixo.

d) Agora verifique se a grafia em destaque na frase abaixo, também tirada do Diário de um banana, está correta. Justifique sua resposta.

3. Observe:

De repente é uma locução formada por duas palavras, de e repente, que escrevemos sempre separadamente. Se quisermos utilizar uma só palavra, podemos trocar de repente por repentinamente.

a) Copie no caderno a frase tirada do Diário de um banana, acima, tro-cando de repente por repentinamente.

b) Compare a frase que você acabou de escrever com a frase original e responda: como ela fica mais de acordo com a linguagem de um adolescente?

Antônimo: palavra ou expressão de significado oposto, contrário ao de outra.

Embaixo, "situado em ponto ou plano inferior".

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

A gente.

Meu pai desceu até o quarto de Rodrick, e a gente desceu junto.

A gente escreveu uma carta reclamando da coleta de lixo.

“Assim a gente conseguiu um pouco de trabalho de graça."Sim, pois se trata de uma expressão que está substituindo a palavra nós.

Eu estava torcendo para que nevasse alguns centímetros a mais, mas, de repente, parou de nevar.

Jeff Kinney. Diário de um banana: um romance em quadrinhos. São Paulo: Vergara & Riba, 2008. v. 1.

Repente é um substantivo que quer dizer “atitude ou fala repentina e impensada”.

Locução é um grupo de palavras que equivale a uma palavra só.Eu estava torcendo para que nevasse alguns centímetros a mais, mas, repentinamente, parou de nevar.

Professor: Espera-se que os alunos percebam que o termo repentinamente torna a frase mais formal, portanto a forma original é a mais adequada.

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Small unit: image Glossário: antônimo
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Small unit: image Glossário: locução
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34

antes de lerLeitura 2

Habilidade em foco: perceber características de gêneros de finalida-des semelhantes mas de organização diferente.Professor: Neste livro, focaremos os diários virtuais, que aparecem nos blogues pessoais. Em outros volumes da coleção, falaremos de outros tipos de blogue. De acordo com a realidade de sua classe, veja a conve-niência de apresentar ou não as duas primeiras questões.

Professor: Como estas são questões de sondagem do conhecimento dos alunos, aceite as respostas que derem, pois é possível que alguns deles nunca tenham tido contato com blogues.

1. Leia o quadro ao lado, que explica o que é um blogue. Você já teve acesso a um blogue? Conhece al-guém que tenha criado um?

2. Que assuntos e que tipos de co-mentário você acha que são pu-blicados nos blogues? Resposta pessoal.

Blogue é uma página pessoal na internet que pode ser atualizada periodicamente por seu autor por meio de novos textos (chamados de posts).

Resposta pessoal.

Os chamados blogues pessoais contêm relatos em que o autor registra seu cotidiano, seus sentimentos e impressões, faz críticas e comentários sobre o que acontece a sua volta. Esses relatos costumam ser chamados de diários virtuais. A diferença básica entre esses diários e o diário íntimo é que eles não são secretos: estão acessíveis a qualquer internauta. Leia a seguir dois trechos de diários virtuais.

Professor: Veja no Manual do Professor sugestões de blogues educacionais.

ImprofícuoSegunda-feira, 26 de julho de 2010. Da ausência ao sonho... Saudade pode não matar, mas intervém nos sonhos. E na noite passada eu sonhei com o nosso possível passado. Apesar de ter sido apenas sonho, foi bom...

Não houve lágrima, nem tristeza, nem briga, nem arrependimento. Só reconciliação e concretização de dese-jos. Um sonho mesmo.

Por Anna Flávia às 18:16. Ao comentar, seja gentil. Enviar por e-mail BlogueThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Google Buzz Marcadores: Sentimentalidades [...]

Segunda-feira, 17 de maio de 2010. Lost – The end... Última semana de exibição nos EUA da minha série preferida. Foram bons

anos acompanhando essa série sensacional e revolucionária, mas chegou a hora de concluir a história.

Minha expectativa é enorme, mas a chance de me decepcionar com o final é praticamente inexistente. J.J.

Abrams, Damon Lindelof e Carlton Cuse conquistaram minha confiança e têm meu respeito. :)

Ansiedade define. Os últimos episódios serão exibidos na terça (18) e, excepcionalmente, no

domingo (23). Até lá, uma boa semana para todos nós. Namastê.

Por Anna Flávia às 06:12. Ao comentar, seja gentil. Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar

no Google Buzz Marcadores: Seriados em Série.

Disponível em: <http://improficuo.blogspot.com/>. Acesso em: 28 jul. 2010.

Improfícuo: que não dá proveito, infrutífero; que não tem êxito, fracassado.

Namastê: aportuguesamento informal da palavra em sânscrito que pode ser traduzida como "o deus em mim saúda o deus em você."

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Small unit: image Glossário: blogue
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Small unit: image Blogue Improfícuo: título
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Small unit: image Blogue Improfícuo: 1º postagem
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Small unit: image Blogue Improfícuo: 2ª postagem
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Daniel UemuraEscrito em: 27/07/2010BoaaaaDesculpem a ausência... Me acidentei... Cortei meu polegar es-

querdo no fds e estou me recuperando. Acreditem, o corte foi feio, estou com o pulso imobilizado até hoje...

Levei meus primeiros “pontos”, doeu muito, estou tomando al-guns antibióticos e analgésicos, mas isso me fez pensar muito...

Vocês já pararam pra pensar em como um dedão é impor-tante para nossas vidas? Pois é, sem o dedão nas mãos a gente não consegue nem abrir uma porta, muito menos beber um copo d’água. Meu médico me disse que sem o dedão dos pés não an-daríamos normalmente, e ficaríamos em pé com dificuldade. Acho que nunca parei pra pensar nisso... Minha vida tem sido um pouco inútil com meu dedão machucado, nem cortar um bife eu tô conse-guindo! Fico imaginando que para alguém que “dirige” sem dedo, “fazer” algo seja difícil também... Abriremos os olhos para as desigualdades, descaso e, principalmente, falsa democracia... Esse é mais um ano em que seremos obrigados a votar em um país livre, sem obrigações... Façam suas escolhas conscientes e torçam para que o fulano ou a fulana faça algo por nós...

Enfim, ele está se recuperando e em breve voltarei a minha normalidade. Esta quinta estou indo para o Rio, vou fazer a prova de figurino de um novo trabalho! Segredo ainda, mas em breve saberão!! ;) Estava com sau-dades de compartilhar ideias com vocês... Vou voltar, prometo! Ficam algumas fotos da semana... rs

Beijossssss

Comentários(2) Link deste post Indique este post

Escrito em: 21/7/2010 Boa...Escrevi esse texto pensando na minha vida hoje... Espero que

gostem...E em meu momento ‘Silêncio’...Meu silêncio evidencia minha felicidade oculta em meio às

intempéries da vida... Minha tristezas rodeadas de felicidade... Minha satisfação insatisfatória a TUDO, absolutamente tudo que acontece hoje... Meu silêncio parece uma dúvida esclarecida... No meu silêncio falta razão, sobra emoção... Diz tudo e ao mesmo tempo não diz nada. É o preto e o branco... Tem gosto do azedo mais amargo que eu já provei, e tem o agradável perfume da mais podre rosa do jardim. Meu silêncio tem som, um som que hesita em ficar só no pensamento. Tudo fora dele se torna ensurdecedor e insuportável. Qualquer palavra nessa hora é uma afronta à subjetividade da razão... É o estopim de uma revolta dentro da cabeça... Só o que sai da boca nessa hora é: SILÊNCIO! E o mundo se cala novamente... Lágrimas caem desenhando tantas palavras em meu rosto que eu nada consigo entender. É como se fosse dar um livro em braile para uma criança que ainda não sabe falar... O silêncio é como o desconhecido, como uma única flor num jardim de espinhos. Único, misterioso, quieto... Um universo de palavras que se resume em silêncio.

Foto: www.renatoneto.com.br

Comentários(4) Link deste post Indique este post

Disponível em: <http://bloglog.globo.com/danieluemura/>. Acesso em: 28 jul. 2010.

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Associated resource: link Blogue de Daniel Uemura http://bloglog.globo.com/danieluemura/
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Small unit: image Blogue de Daniel Uemura: título
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Small unit: image Blogue de Daniel Uemura: 1ª postagem e 1ª foto
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Small unit: image Blogue de Daniel Uemura: 2ª postagem e 2ª foto
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exploração do texto

1. Depois de ter lido os fragmentos de diários virtuais reproduzidos, in-dique no caderno as afirmações que podem se aplicar aos diários vir-tuais em geral:

a) Há sempre a data de cada post.

b) A linguagem é informal e recheada de expressões do dia a dia, inter netês; a leitura é descontí-nua (o leitor não precisa conhecer os registros anteriores).

c) O autor registra o cotidiano, suas ideias, sentimentos, im-pressões e faz comentários sobre o que acontece a sua volta.

d) Não são secretos: estão acessí-veis a qualquer internauta.

e) Existem modelos rígidos a serem se-guidos por quem se dispõe a criar um diário virtual.

f) Ao contrário do diário íntimo, no diário virtual os relatos são publi-cados em ordem cronológica: do mais antigo para o mais recente.

2. Escolha na internet um blogue que lhe interesse para publicar nele um comentário. Se não tiver acesso à internet, escreva no caderno um comentário que você enviaria ao autor de um dos blogues da Leitura 2.

3. Observe os dois diários virtuais. O que eles têm em comum:

a) quanto ao uso de recursos visuais?

b) quanto ao tipo de linguagem?

4. No diário íntimo, o interlocutor do autor é o próprio autor. E no diário virtual, a quem o autor se dirige? A qualquer internauta.

5. Nesses dois diários virtuais, os autores, ao escrever, revelam alguns sentimentos e desejos. Procure trechos em que eles revelam:

a) um desejo (uma vontade);

b) um sentimento (alegria, decepção, preocupação etc.).

6. Hoje em dia, os meios de comunicação alertam os usuários de blo-gues dos “perigos da internet”.

a) Que perigos poderiam ser esses?

b) Como fazer para se proteger?

7. Você sabia que até personagens podem ter blogues? Veja um trecho do diário de uma personagem de novela apresentada pela rede Globo, com direito a comentários dos internautas.

Respostas: a, b, c e d.

b) A linguagem é informal e recheada de expressões do dia a dia, inter netês; a leitura é descontí-nua (o leitor não precisa conhecer

c) O autor registra o cotidiano,

2. Professor: Escolha a proposta que for viável para a classe. Se houver possibi-lidade de acesso à internet, é possível realizar a atividade com a classe toda dividida em pequenos grupos.

NÃO DEIXE DE ASSISTIR • Vida de menina (Brasil, 2004), direção de Helena SolbergFilme baseado no livro Minha vida de menina, diário de Helena Morley, adolescente de ascendência inglesa que viveu em Diamantina, Minas Gerais, no final do século XIX.

Em ambos há cabeçalho com o nome do blo-gue (no primeiro texto) ou do autor do blogue (no segundo); há fotos relacionadas ao assunto tratado nos posts.Em ambos há linguagem simples, espontânea.

5. a) Blogue de Daniel Uemura: “[…] em breve voltarei a minha normalidade”.5. b) Blogue Improfícuo: “Minha expec-tativa é enorme, mas a chance de me decepcionar com o final é praticamente inexistente”; blogue de Daniel Uemura: “Estava com saudades de compartilhar ideias com vocês...”.

Como a internet é um espaço público, quem divulga nela fotos, endereço e senhas ou expõe intimidades está sujeito a que se faça

algum mau uso dessas informações. Além disso, crianças e jovens podem ficar expostos a receber mensagens vio-lentas ou impróprias para a idade.

6. b) Professor: No Manual do Profes-sor você encontra sugestão de site sobre medidas de segurança na internet para, se necessário, orientar as respostas dos alunos.

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Small unit: image Não deixe de assistir: "Vida de menina"
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a) Quais seriam os possíveis leitores desse blogue na época da novela?

b) Qual teria sido a intenção do autor ao criar um blogue para uma personagem?

Para lembrar

informaluso do “internetês”predominam os verbos no passado

Diáriovirtual

Intenção principal relatar fatos vividos ou observados pelo autor

Leitor os leitores do blogue

Organização

Escrito na primeira pessoa

Linguagem

o texto

fotos, links para outros blogues

data da postagem

opiniõespensamentosimpressões

7. a) Internautas em geral, sobretudo aqueles que acompanhavam a novela ou que se identificavam com o dia a dia da personagem.

7. b) Possibilidades: envolver o teles-pectador na trama, fazendo o público interagir com a personagem como se fizesse parte da novela.

Agora, ninguém me segura!qua, 14/4/10, por Luciana Acho que vocês nem imaginavam que

uma pessoa com deficiência pudesse andar de bicicleta, não é? Pois pode! Em vez de pe-dalar com as pernas, comandamos a bicicle-ta com os braços. Não sosseguei desde o dia em que vi um amigo andando em uma bike dessas no calçadão. Fiquei encantada! E eis que meu amor me surpreende com esse lin-do presente. Ele não é demais?

[. . .]O esforço para pedalar com as mãos é

imenso. Vocês não fazem ideia! Mas vai valer a pena. [. . .]

ComentáriosSandra: 14 abril, 2010 às 9:08 pm Lu, eu estou torcendo muito por vc! [...] eu sei q vc

tah tendo muita dificuldade! e ainda tem que aprender a pedalar com a mão eu quero que vc aprenda a andar e acabar com isso tudo e ficar feliz com o amor da sua vida que eh o miguel ♥ Te Amoo, Lú :)

Disponível em: <http://especial.viveravida.globo.com/sonhos-de-luciana>. Acesso em: 24 abr. 2010.

A personagem Luciana, vivida por Alinne Moraes, em cena da novela.

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Small unit: image Blogue: "Agora, ninguém me segura!"
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Small unit: image Para lembrar: diário virtual
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reflexão sobre a língua

Língua escrita e língua falada 1. Leia esta história em quadrinhos, que tem como personagens Hagar,

um viking, e seu filho, Hamlet. Hagar não sabe ler. Observe a atitude dele diante de um livro.

Dik Browne. O melhor de Hagar, o horrível. Porto Alegre: L&PM, 2005. v. 2.

a) Você achou essa história engraçada? Por quê? Resposta pessoal.

b) Observe as atitudes de Hagar desde o primeiro quadrinho. Em qual dos quadrinhos ele faz algo que surpreende o leitor? No último quadrinho.

c) O que, na fala de Hamlet, fez com que Hagar agisse como agiu?

Hagar não sabe ler e não conhece livros, por isso interpreta a palavra contar a sua maneira: espera que o livro (em que se emprega a língua escrita) lhe conte oralmente (na língua falada) as “muitas coisas” que o filho mencionou.

Fala e escrita são dois modos diferentes de usar a língua, cada um com suas características.

Como o texto escrito será lido num momento posterior, depois de produzido, seu autor tem a oportunidade de revê-lo, fazendo altera-ções e ajustes que possam torná-lo mais claro, mais compreensível

Habilidade em foco: diferenciar características das modalidades escrita e oral.

Professor: Esse assunto será retomado na próxima unidade.

Viking ou viquingue: indivíduo dos viquingues, povo escandinavo de nave-gadores, guerreiros e mercadores que nos séculos VIII a XI percorreu a costa europeia.

Professor: Comente com os alunos que surpreender o leitor, quebrar sua expec-tativa, é um recurso muito empregado em tirinhas para produzir humor.

A palavra contar.

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Small unit: image HQ de Dik Browne: "O que há de bom em livros?!!"
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Small unit: image Língua escrita e língua falada (link to small unit: HQ de Dik Browne: "O que há de bom em livros?!!")
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para o leitor – ainda que esse leitor exista somente em sua imaginação enquanto escreve.

Exemplos de texto escrito são os que se leem diariamente em jor-nais, revistas, livros: reportagens, notícias, poemas, contos, receitas, e-mails etc.

Já o texto falado acontece ao vivo, isto é, no momento em que é pro-duzido. Exemplos de textos falados são as conversas face a face, as con-versas telefônicas, as entrevistas na televisão, os debates etc.

O texto falado depende, na maioria das vezes, da contribuição do in-terlocutor, que pode ir interrompendo a pessoa que está falando, mudan-do o rumo da conversa, acrescentando detalhes, discordando, pedindo explicações.

Para observar algumas diferenças entre um texto escrito e um texto falado, leia este trecho de um diário ficcional e, em seguida, a transcrição de algumas falas de uma conversa entre duas pessoas.

Texto escrito

Professor: Algumas plataformas de troca de mensagens instantâneas permitem a co-municação síncrona, isto é, em tempo real.

Professor: Conferência e palestra são gêneros apresentados oralmente, mas que podem ser preparados com ante-cedência.

Fomos subindo pela montanha até que chegamos a um lugar onde podíamos ver, detrás das árvores, um teto de uma casa enorme. Meu avô disse que aquele teto era do casarão que, visto da praça, parecia um pontinho. Ele me contou que ali vivia uma mesma família havia várias gerações e que corriam várias lendas a seu respeito.

Eu quis saber que lendas eram essas, mas meu avô me respondeu: “Besteiras”.

Ángeles Durini. Quem tem medo de Demétrio Latov? São Paulo: Edições SM, 2005. p. 51.

Transcrever é passar para o papel algo que está sendo ouvido, como o texto de um discurso ou de uma conversa, a letra de uma música etc.

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Small unit: image Exemplo de texto escrito
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Small unit: image Glossário: transcrever
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Small unit: image Trecho do texto "Quem tem medo de Demétrio Latou?"
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Texto falado transcrito

Hora de ir para a escola

Locutor 2 – na minha casa de manhã ...Locutor 1 – o quê?Locutor 2 – é uma loucura ...Locutor 1 – na minha casa também porque ... saem ... ahn, cinco ... comigo de manhãLocutor 2 – que horas?Locutor 1 – ... às sete horas ...Locutor 2 – sete? Onde vocês vão tão cedo?Locutor 1 – à escola ...Locutor 2 – uhm ... uhm ...Locutor 1 – três vão para o colégio e dois vão para uma ... um cursinho ... de matemática ... e o menor então

esses cinco saem ... e vão ... para Pinheiros.

Ataliba Teixeira de Castilho (org.). Gramática do português falado. Campinas: Ed. da Unicamp, 1996. (Adaptado.)

2. Que diferenças é possível observar entre esses textos? Copie no ca-derno as afirmações que lhe parecerem corretas.

a) Um texto escrito, como o texto 1, pode ser planejado e revisado, pois é produzido em um momento anterior ao momento em que alguém o lê.

b) Como em geral o texto falado é produzido no momento em que se fala, os interlocutores se ajudam mutuamente para se fazer entender.

c) O texto 2 tem interrupções e pausas, indicando que os interlocuto-res constroem o texto em conjunto, alternando os papéis de falan-te e de ouvinte.

d) Há muita fragmentação, repetições e indecisões em textos falados.

e) No texto oral, há grande preocupação com a organização do texto, que pode sofrer aprimoramento e muitas revisões.

Existem textos escritos que se aproximam da língua falada, como o e-mail pessoal e as mensagens trocadas pelo MSN. Por outro lado, exis-tem textos falados que se aproximam do texto escrito, como a palestra de um cientista em um congresso; embora essa palestra seja exposta oralmente, ela pôde ser planejada e preparada anteriormente, como apoio da fala.

Resposta: a, b, c e d.

MSN: programa de mensagens instantâneas que permite conversar pela internet com qualquer pessoa também conectada a ele, em tempo real.

• Um texto escrito pode ser planejado e revisado, pois é produzido em um momento ante-rior ao momento em que alguém o lê.

• Em geral, o texto falado é produzido no momento em que se fala, e os interlocutores se ajudam mutuamente para se fazerem entender.

• Na fala do dia a dia, costuma haver interrupções, repetições e pausas, e os interlocutores constroem o texto em conjunto, alternando os papéis de falante e de ouvinte.

• Há textos orais que se aproximam da escrita (conferência) e textos escritos que se aproxi-mam da fala (e-mails pessoais, comunicações pelo MSN etc.).

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Small unit: image Exemplo de texto falado transcrito
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Small unit: image Glossário: MSN
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Small unit: image Para lembrar: texto oral e texto escrito
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ATIVIDADES

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Leia o trecho a seguir e pense nas diferenças entre língua escrita e língua falada. Em seguida, faça as atividades.

Minhas férias

Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos fazer camping. Meu pai de-cidiu fazer camping este ano porque disse que estava na hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã (Su) e o meu cachorro (Dogman) nascemos em apartamento e, até os 5 anos de idade, sempre que via um passarinho numa árvore, eu gritava “aquele fugiu!” e corria para avisar um guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu o preço dos hotéis, apesar da minha mãe avi-sar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra, ela voltaria para casa correndo, e a mi-nha irmã (Su) insistir em levar o toca-discos e toda a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria corrente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque, se não tinha corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo?

Luis Fernando Verissimo. O nariz. São Paulo: Ática, 2003. (Col. Para Gostar de Ler, v. 14).

1. Quem está relatando as férias? Para quem ele parece estar relatando?

2. Esse texto escrito aproxima-se de um texto falado. Escolha entre

as possibilidades abaixo as características que comprovam essa afirmação.

a) Frases encadeadas, sem pausa, apenas com ponto final.

b) Repetições.

c) Preocupação com a organização do pensamento e utilização de palavras semelhantes para evitar repetições.

d) Vocabulário simples, imitando o jeito de falar de uma criança ou pré-adolescente.

3. Em sua opinião, a linguagem usada nesse texto seria adequada em um jornal de circulação nacional, em uma revista para adultos, em uma revista para jovens, em um diário, em uma carta pessoal, em um livro de memórias? Por quê?

NÃO DEIXE DE LER • Caderno de segredos, de Lino de Albergaria, editora SaraivaComo prêmio por um poema, José Carlos ganha da professora um caderno e resol-ve transformá-lo em diário. O Brasil ainda não era tetra, mas José Carlos sabia que ia ser. Durante seis meses, anota seus pensamentos sobre os craques, o novo presidente, a troca de moeda, o trabalho no clube, os amigos e Maria Laura, seu amor.

Possibilidade de resposta: Pelo título do texto, parece ser um menino ou uma menina que relata aventuras, vividas durante as férias, em uma redação escolar.

Resposta: a, b e d.

Professor: Essa linguagem seria adequada, sem dúvida, no diário e na carta pessoal, mas, desde que os alunos apresentem uma razão válida, outras respostas podem ser aceitas. 41

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Small unit: image Língua escrita e língua falada: "Minhas férias"
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Small unit: image Não deixe de ler: "Caderno de segredos"
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42

1. (Prova Brasil) Texto I

Meu diário

7 de julhoPai é um negócio fogo, o meu, o do Toninho, do Mauro, do Joca, do Zé Luís e do Beto são mais ou

menos. O meu deixa jogar na rua, mas nada de chegar perto da avenida. O Toninho está terminante-mente proibido de ir ao bar do Seu Porfírio. O do Beto é bem bravo, só que nunca está em casa: por isso, o Beto é o maior folgado e faz o que quer. Também, quando o pai chega, mixou a brincadeira. O do Juca é que nem o meu. O do Zé deixa, mas é obrigatório voltar às seis em ponto e o do Mauro às vezes deixa tudo, outras dá bronca que Deus me livre, tudo na tal língua estrangeira que ele inventou.

AZEVEDO, Ricardo. Nossa rua tem um problema. São Paulo: Paulinas, 1986.

Texto II

Francesco Tonucci. Com olhos de criança. Lisboa, Instituto Piaget – Revista Aprendizagem/Desenvolvi-mento, 1988. p. 89. (Adaptado ao português do Brasil.)

Os dois textos falam sobre pais, mas apenas o segundo texto:

a) trata dos horários impostos pelos pais.

b) comenta sobre as broncas dos pais.

c) fala sobre as brincadeiras dos pais.

d) discute sobre o que os pais fazem.

ativanDo habiLiDaDesHabilidade em foco: reconhecer diferenças no tratamento dado ao mesmo tema em textos distintos.

Professor: Explique aos alunos que na seção Ativando habilidades, presente em todas as unidades, eles serão desafiados a resolver questões que vão prepará-los para futuras avaliações externas.

NÃO DEIXE DE LER • Diário da Julieta, de Ziraldo, editora GloboColetânea de histórias em quadrinhos da personagem Julieta, da turma do Menino Maluquinho. Os leitores vão saber, por exemplo, o que ela sentiu quando decidiu fazer uma tatuagem.

Resposta: d.

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Small unit: image Trecho de diário ficcional: "Meu diário"
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Small unit: image Diálogo em forma de HQ: "A profissão de pai" (link to small unit: Trecho de diário ficcional: "Meu diário")
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Small unit: image Não deixe de ler: "Diário da Julieta"
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No texto “Meu diário”, frases como:

“Pai é um negócio fogo...”“... o Beto é o maior folgado...”“... mixou a brincadeira.”

indicam um tipo de linguagem utilizada mais por:

a) idosos.

b) professores.

c) crianças.

d) cientistas.

2. (Prova Brasil)

Mente quieta, corpo saudávelA meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim. Nessas

duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica da meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de câncer, aids, dor crônica e compli-cações gástricas. Os técnicos descobriram que, submetidos a sessões de meditação que altera-ram o foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abando-naram o uso de analgésicos.

Revista Superinteressante, out. 2003.

O autor do texto pretende:

a) criticar.

b) conscientizar.

c) denunciar.

d) informar.

3. (Encceja) Leia a seguinte propaganda:

Passe na loja e ganhe este lindo relógio!Grátis! Você pode ganhar um relógio grátis!Na compra de um lindo fogão. Por apenas 24 parcelas de R$ 60,00.Relógio grátis! Não perca essa promoção!

A repetição da palavra grátis quer convencer o leitor da propaganda a:

a) receber um relógio de graça. c) comprar um relógio barato.

b) comprar um fogão na loja. d) receber um fogão de graça.

Resposta: c.

Habilidade em foco: inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor.

Resposta: d.

Habilidade em foco: reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público.

Resposta: b.

Encerrando a unidade

1. Quaissãoasprincipaiscaracterísticasdodiárioíntimoficcional,dodiárioíntimoautênti-coedodiárioíntimovirtual?

2. Vocêentendeuoqueélíngua?Eoqueélinguagem? 3. Apontealgumasdiferençasentreamodalidadeescritaeafaladadalíngua. 4. Comovocêavaliasuaproduçãodediárioficcional?Arevisãofeitaporseucolegaajudou-

-oamelhorarotexto?

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Small unit: image Trecho de reportagem: "Mente quieta, corpo saudável"
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Small unit: image Encerrando a unidade: unidade 1
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Projeto do anoAlmanaque

Em grupo com alguns colegas, você vai montar, no final do ano, um almanaque com as produções de texto realizadas em dife-rentes momentos ao longo dos meses. Vai ser uma oportunidade de você se divertir e de divertir muitos leitores: colegas, amigos e familiares.

Esse projeto vai exigir algum planejamento, mas, antes de ini-ciá-lo, conheça um pouco da evolução do almanaque ao longo do tempo.

Por volta do séc. XIX inicia--se a publicação de alma-naques, que logo se po-pularizaram e ganharam inúmeros leitores. Viraram uma verdadeira moda.

Em 1905 foi lançada a primeira revista de quadrinhos do Brasil, o Almanaque do Tico-Tico. Saía anualmente e, além dos quadrinhos, tinha poesias, contos, jogos, enigmas, atrações educativas e históricas, textos sobre cinema, letras de músicas e peças teatrais.

“Todas [as pessoas] tinham almanaques. [...] era moda trazer o almanaque na algibeira. […] E choviam alma-naques, muitos deles entremeados e ador-nados de figuras, de versos, de contos, de anedotas, de mil coisas recreativas. E choviam. E chovem. E hão de chover almanaques.”

Muitos almanaques eram patrocinados por empresas de medicamentos e distribuídos em farmácias. Em 1920, surge o mais im-portante deles: o Almanaque do Biotônico Fontoura. Com tiragem elevada e distribuição gratuita, abrangia as mais distantes regiões do Brasil com dicas de higiene e saúde, fes-tas e romarias, informações astrológicas, me-lhor época do ano para plantações, tabelas de marés, orações, ditados populares, cau-sos... Uma verdadeira enciclopédia popular.

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O nosso almanaqueAgora que você já conhece um pouco da história dos almanaques, vamos começar a

organizar a produção dos almanaques da classe, que serão finalizados no final do ano.

1. Com a orientação do professor, forme um grupo com três ou quatro colegas.

2. Ao trabalhar as unidades deste livro, vocês vão produzir diversos textos. Alguns deles esta-rão marcados com o símbolo:

Vocês devem guardar esses textos, pois eles poderão ser selecionados para publicação no almanaque do grupo.

3. Decidam se vocês vão guardar todos os textos do grupo em uma mesma pasta ou se cada um vai ter sua própria pasta.

4. Caso resolvam ter só uma pasta, definam quem vai ficar responsável por ela.

5. Nos próximos meses, procurem informar-se sobre os almanaques que existem hoje e, se possível, leiam alguns deles. Esse conhecimento vai ajudá-los na hora de produzir a publi-cação de vocês.

ALMANAQUE

O que é: É uma publicação com textos variados de interesse do dia a dia e passatempos, muitas vezes curtos e fá-ceis de ler. No início, trazia informações sobre estações do ano, calendário lunar, a melhor época para plantar e colher.

Origem da palavra: Vem do árabe al manakh, que significa “a conta”. Recebe esse nome inicialmente por trazer a conta dos dias, das luas e das estações do ano.

O que contém: Calendário com fases da Lua, testes, anedotas, cartas enigmáticas,adivinhas, “causos”, anedotas, receitas caseiras e informações úteis para o dia a dia. “O Almanaque do Tico-Tico

tinha muitas curiosidades e historinhas, uns enigmas e umas brincadeiras com números.”

Uma leitora voraz do Almanaque do Tico-Tico, Ruth Rocha publicou o Almanaque Ruth Rocha. Mas há

muitos outros publicados hoje em dia.

PRODUÇÃO PARA O PROJETO

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MCFVannucchi
Nota
Associated resource: infographic Almanaque Ruth Rocha PORTAMAPAM6_01_almanaqueruthrocha.swf