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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE QUÍMICA E BIOTECNOLOGIA PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM QUÍMICA EM REDE NACIONAL (PROFQUI/UFAL) Fonte: https://images.app.goo.gl/LCD8MhKKxaX8wpdVA IVY SANTOS SOARES CARTILHA PARA APLICAÇÃO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA USO DA EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA NO ENSINO DE QUÍMICA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOASINSTITUTO DE QUÍMICA E BIOTECNOLOGIA

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM QUÍMICA EM

REDE NACIONAL (PROFQUI/UFAL)

Fonte: https://images.app.goo.gl/LCD8MhKKxaX8wpdVA

IVY SANTOS SOARES

PROF. DRº. RICARDO SILVA PORTO

MACEIÓ, 2019

CARTILHA PARA APLICAÇÃO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA USO DA EDUCAÇÃO

EMPREENDEDORA NO ENSINO DE QUÍMICA

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APRESENTAÇÃO

O ensino de Química no Brasil ainda tem encontrado diversas

dificuldades no que diz respeito a sua plena efetivação dentro dos preceitos

estabelecidos na Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 20 de

dezembro de 1996, que versa em seu artigo1º que (...) a educação escolar

deverá vincular-se ao mundo de trabalho e prática social (BRASIL,1996).

Delors (1999) apresentou à UNESCO um relatório onde expressava que

a educação do século XXI deve está ancorada nos cinco pilares básicos da

educação que são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a

conviver, aprender a ser e aprender a empreender.

Esse projeto procura aliar a Educação Empreendedora ao ensino de

Química como uma metodologia de ensino que indique um caminho para que

os alunos possam atuar de forma autônoma e corresponsável na busca por

uma sociedade melhor através de planos de negócios oriundos de situações

peculiares a comunidade. O presente produto educacional foi fruto de uma

pesquisa de mestrado, que teve como orientador o professor Doutor Ricardo

Silva Porto. O produto educacional aqui tratado é uma sequência didática

abordando a forma de trabalho relacionando educação empreendedora ao

Ensino de Química. Essa sequência apresentada aqui na forma de manual

além de um pequeno referencial tem por objetivo auxiliar professores na sua

prática docente.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus, eu devo à vida, devo o sangue que pulsa em minhas

veias, o ar que passa pelos meus pulmões, então, que o meu respirar seja uma

forma de agradecer tudo que Ele faz por mim. Toda honra e glória a Ele

sempre.

A minha mãe, meus irmãos e meus sobrinhos cada passo da minha vida

é dado com e para vocês. Os amo além do infinito, vocês são o verdadeiro

motivo de cada nova etapa em minha vida. Essa vitória é nossa!

Ao meu orientador, Prof. Dr. Ricardo Silva Porto, vou sempre ser grata

por sua orientação, paciência e disponibilidade durante todo o meu curso. Deus

lhe retribua além do que as minhas palavras podem expressar. Obrigada por

acreditar nesse projeto.

Aos professores André, Monique, Francine, Valéria, Edma e Victor,

obrigado por partilhar seus conhecimentos e mostrar novas rotas. Vou levar

sempre comigo a dedicação ao que se faz tão nítida nos trabalhos de vocês.

Aos meus colegas de turma André, Lauristela, Luana, Nathaly, Sílvia e

Valdice, amo vocês. Melhor turma da galáxia!

A Universidade Federal de Alagoas, por todo apoio e receptividade.

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SUMÁRIO

OBJETIVO GERAL..........................................................................................................................5

OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................................................5

SEQUÊNCIA DIDÁTICA.................................................................................................................6

CICLO PFEA (PDSA)......................................................................................................................7

PLANO DE NEGÓCIO QUÍMICO....................................................................................................8

A BNCC, A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA E O ENSINO DE QUÍMICA.........................................9

METODOLOGIAS DE ENSINO E A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA.............................................11

O DESENVOLVIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA....................................................................12

1º Momento - Sondagem do sonho, da motivação para a escolha deste por meio de rodas de debates.............................................................................................................................12

2º Momento: Pesquisa Direcionada e Aula expositiva.........................................................14

3º Momento – Aula expositiva dialogada, apresentação de proposta de trabalho.............15

4º Momento - Aprofundamento teórico do tema................................................................16

5º Momento - Palestra Técnica.............................................................................................17

6º Momento - Criação dos Planos de Negócios Químicos...................................................18

7º - Momento: - Visita a empreendimento local.................................................................19

8º Momento - Confecção do produto selecionado...............................................................20

9º Momento - Feira do empreendedor.................................................................................21

REFERÊNCIAS.............................................................................................................................22

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5OBJETIVO GERAL

Verificar a viabilidade da aplicação dos princípios da Educação

Empreendedora contribuindo para uma relação ensino/aprendizagem

significativa para o Ensino de Química.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentar a educação empreendedora para os alunos do Ensino

Médio;

Reconhecer o anseio/sonho do aluno como um agente motivador de

conhecimento;

Apresentar potencialidades locais e a partir dela destacar oportunidades

de empreendimentos;

Realizar debates de empreendedorismo químico com ênfase nas rotas

sugeridas nos negócios;

Elaborar planos de negócios que permitam planejar e identificar riscos

inerentes a realização do sonho;

Relacionar a apropriação do conhecimento da Química com o

empreendimento almejado;

Realizar a Feira do Empreendedor.

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6SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Segundo Bronckart (2006), as sequências didáticas surgiram em 1985,

sendo popularizadas na década de 90. Estas são uma forma esquematizada de

separar o conteúdo a ser apresentado através de ações distintas e

progressivas que se entrelaçam para o entendimento do todo. Vargas e

Magalhães (2011) apresentaram as sequências didáticas como “um conjunto

de atividades pedagógicas sistematizadas, ligadas entre si, planejadas etapa

por etapa”. Com relação ao Ensino de Ciências, segundo De Souza Pereira e

Pires, 2012, autores como Estevam, 2011; Teixeira e Sobral, 2010, da área de

Ensino de Ciências fizeram uso dessa técnica como uma de forma de observar,

compreender e validar as ações dos alunos frente ao objeto do conhecimento

proposto.

A sequência didática escolhida, a seguir, foi elaborada no sentido de

valorizar o desenvolvimento das características empreendedoras e das

necessidades, potencialidades e habilidades que deveriam ser desenvolvidas

com os alunos. Convém ressaltar que professor e aluno poderão juntos

estabeleceram as adaptações necessárias dentro da sua realidade local.

1- Sondagem do sonho, da motivação para a escolha deste por meio

de rodas de debates;

2- Apresentação do tema Educação Empreendedora e explanação

dos objetivos de trabalhar o empreendedorismo no Ensino de Química para os

discentes;

3- Correlacionado anseios de possíveis negócios com os conteúdos

abordados na Química do Ensino Médio usando o ciclo PDSA;

4- Aprofundamento teórico do tema através da leitura, debate de

artigos e textos diversos e uso das ferramentas educacionais escolhidas;

5- Orientação técnica do SEBRAE/SE com a realização de palestra

instrutiva sobre a criação do plano de negócios;

6- Criação dos Planos de Negócios Químicos;

7- Visita ao comércio e indústria local para acompanhar e vivenciar

práticas empreendedoras da região;

8- Confecção do produto selecionado (óleo capilar);

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79- Feira do empreendedor.

CICLO PFEA (PDSA)

Oriundo do Controle Total de Qualidade o ciclo PFEA (do inglês PDSA -

Plan planejar, Do fazer, Study estudar, Act agir), teve sua origem no ciclo

PDCA, (do inglês planejar / Plan, fazer / do, checar / check e agir / act), que

recebe também os nomes de ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart. É uma

ferramenta de gestão usada inicialmente nas indústrias e atualmente abrange

diversos tipos diferentes de organizações e empresas, incluindo escolas para a

melhoria dos processos com o foco na solução de problemas por meio da ação

para atingir os resultados desejados (NASCIMENTO, 2017). O ciclo PDCA foi

criado na década de 20 pelo físico Walter Andrew Shewart e posteriormente

divulgado pelo professor William Edwards Deming, se baseia em quatro fases:

planejar, fazer, checar e agir.

Convém, no entanto, ressaltar que essas etapas não são estanques e

estão em ciclo contínuo visando sempre a melhoria do processo (PACHECO,

2012).

Mesmo sem a pretensão inicial dos seus autores podemos encontrar

pontos de interseção entre as etapas do plano PFCA e as habilidades

requeridas durante a execução do ciclo e as características do perfil

empreendedor.

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PLANO DE NEGÓCIO QUÍMICO

Com o objetivo de montar uma visão confiável sobre uma determinada

proposta empreendedora o plano de negócios é uma ferramenta já consolidada

no meio empreendedor e de vital importância para a apresentação e projeção

da empresa frente a colaboradores internos e externos ao projeto (SEBRAE,

2019).

Uma definição para plano de negócios é um documento usado para

descrever um empreendimento e o modelo de negócio que o sustenta. A sua

elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e

ainda permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios

(DORNELAS,2003).

Ainda de acordo com o SEBRAE (2019), o plano de negócios “é um

documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais

passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados,

diminuindo riscos e incertezas”. Neste plano de negócios, o empreendedor tem

a oportunidade de organizar e planejar como o projeto deverá ser realizado,

transpondo para o papel seus desejos e coletando dados e recursos para a

melhor forma de obter o resultado desejado.

O plano de negócios químico apresentado neste trabalho foi um paralelo

feito pelos autores, baseado em Neiva, 2013, de adaptar o objetivo central de

um plano de negócios tradicional em apresentar dados da execução de um

empreendimento as etapas desenvolvidas no projeto escolar com a utilização

dos conceitos da Química. Por ser uma adaptação escolhemos não abordar

nessa forma de planos conceitos financeiros e jurídicos, elementos comuns em

um plano de negócio empresarial.

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A BNCC, A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA E O ENSINO DE QUÍMICA

O cenário educação brasileiro vive um período de mudanças em suas

diretrizes curriculares em virtude da Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

A Base declara que a “educação deve afirmar valores e estimular ações que

contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana,

socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza”

(BRASIL, 2018).

Assim, os sistemas educacionais devem se adequar para ofertar essa

educação transformadora através da criação de espaços e currículos que

emanem em suas diretrizes as condições suficientes para que competências e

habilidades sejam desenvolvidas. Entre as competências gerais destacamos a

2 e 6 (BRASIL, 2018):[...]2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.[...]6.Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Essas competências trazem em suas linhas gerais o protagonismo

juvenil ao objetivar exercitar e valorizar no aluno a cultura de um

comportamento proativo e responsável pelo seu aprendizado, levando em

consideração valores e preceitos próprios do universo acadêmico e da vida

pessoal e profissional do aluno. Trazendo então para as escolas e todos os

agentes envolvidos com a educação brasileira a necessidade de recriar

contextos e cenários de aprendizagens para a nova juventude através de

políticas que abracem a diversidade, permitam o protagonismo do jovem e

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10forneçam o aporte necessário para que o educando crie seu projeto de vida

(BRASIL, 2018).

Então, se começa a olhar o empreendedorismo sobre um prisma

diferenciado apenas da visão financeira e o aproxima dos currículos do ensino

médio. Dentro de uma abordagem investigava proposta pela BNCC para a

organização curricular de Ciências da Natureza encontramos bastante espaço

para a aplicação do empreendedorismo comportamental nas salas de aula

visando trabalhar atividades criativas e inovadoras a partir de uma visão social.

Nesse panorama, a educação empreendedora desponta como mais uma

dessas ferramentas que apresenta como diferencial a motivação do aluno em

ser gestor do seu próprio aprendizado.

Nesse contexto, a educação empreendedora pode contribuir de forma

significativa e promissora para uma relação ensino/aprendizagem mais

contextualizada no campo das exatas, no nosso caso a Química, através de

uma visão onde os conteúdos químicos encontram engajamento dentro dos

sonhos e anseios de construir negócios que não apenas ofereçam retorno

individuais e financeiros, mas, que agreguem valores para a sociedade atual e

para as novas gerações.

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METODOLOGIAS DE ENSINO E A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA

De acordo com Tschá e Cruz Neto, 2014, a educação empreendedora

deve ser integrada as demais disciplinas por meio de ações orientadas que

permitem ao aluno o desenvolvimento do conhecimento. Segundo Lopes, 2010,

metodologias que priorizem o “aprender fazendo” devem ser usadas na

educação empreendedora.

Dessa forma, a educação empreendedora não é um conjunto de

técnicas prontas, professores e alunos podem usar as diversas metodologias

educacionais já existentes, desde que a escolha favoreça o diálogo e a

construção de trilhas que conduzam a um aprendizado contínuo através de

erros e acertos, do estímulo a criatividade e a tomada de decisões de forma

crítica e coerente (Schaefer e Minello, 2017).

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O DESENVOLVIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

1º Momento - Sondagem do sonho, da motivação para a escolha deste por meio de rodas de debates;

Duração – 100 min

Objetivo: Identificar o sonho/anseio do aluno e

quais foram são as motivações que levaram a

escolha do aluno e a sua possível concretização

focando nas oportunidades e obstáculos inerentes ao

processo de construção do sonho.

Professor, inicie sua aula propondo um grande

círculo e solicitando voluntariamente que os alunos

apresentem seu anseios para o futuro no que diz

respeito a carreira a seguir e a projetos

empreendedores que podem ou não estarem

relacionados com a carreira ou atividade profissional e qual/is são as

motivações que o levam a está escolha. Sugerimos que você inicie dando o

seu próprio exemplo. Esse questionamento deve durar 30 minutos.

Em seguida a partir do que foi apresentado peça para que o aluno

observe a sua região e apresente e justifique fatores propícios e fatores que

Potencial local e habilidadesEsse primeiro momento da sequência é muito importante e requer que o professor esteja muito atento as respostas apresentas, pois, elas embasarão a trilha que permitirá o desenvolvimento de habilidades e rede de relacionamentos que deverá ser construída durante o projeto.

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13poderão se apresentar obstáculos para a realização do produto final. Esse

momento deve durar 40 minutos.

Nos 30 minutos finais da aula o professor deve enaltecer os

sonhos/anseios apresentados e discutir a importância de estabelecer um

planejamento eu permita que o aluno construa uma trilha de aprendizagem

durante a busca de seu projeto empreendedor.

Fonte: https://images.app.goo.gl/FCAhgR16CBMMpnso9

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2º Momento: Pesquisa Direcionada e Aula expositiva

Duração: 100 minutos

Objetivo: Apresentar do tema Educação Empreendedora e associar o

empreendedorismo no Ensino de Química para os discentes;

Professor, inicie a aula pedindo que os alunos pesquisem de forma livre

em diferentes plataformas os temas empreendedorismo e educação

empreendedora e que registrem de forma resumida os resultados encontrados,

deve ser destinado 50 minutos para essa parte da atividade.

A pesquisa pode ocorrer o laboratório de informática da escola ou

biblioteca e caso a escola não disponibilize o professor pode optar que o aluno

faça a pesquisa em casa ou levar revistas, livros, jornais sobre o tema e

socializa-los com os alunos.

No primeiro momento, os alunos devem pesquisar sem nenhum

direcionamento de sites ou livros virtuais e no segundo, a pesquisa deve ser

direcionada aos site do SEBRAE (https://sebrae.com.br/) e do Fernando

Dolabela (https://fernandodolabela.com.br/), por serem esses espaços que

abordam o tema e a metodologia que será abordada nessa sequência.

Nos 50 minutos seguinte solicitamos aos alunos relatos dos significados

encontrados, a partir realizamos uma aula dialogada expositiva realizar um

debate através da socialização dos conceitos, objetivos, metodologia,

premissas e quais os anseios ao se trabalhar com a EE.

Professor nessa etapa é importante

que o aluno seja estimulado

inicialmente a pensar usando o

ciclo PFEA em como usar o seu

projeto para auxiliar de forma ativa

e cidadã as demandas da sua

comunidade, em seguida a propor

uma ação de proatividade (planejar)

que demonstre com atuar diante da

situação proposta (fazer) e

demonstrar apropriação do

conhecimento ao estabelecer

relação entre os conteúdos

trabalhados nas aulas de Química

e o seu desejo de montar um

empreendimento (estudar) e por fim

descrever a partir da necessidade

de conhecimento e

desenvolvimento de habilidades a

sequência de ações e abordagens

a serem realizadas o projeto (agir).

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3º Momento – Aula expositiva dialogada, apresentação de proposta de trabalho

Duração: 100 minutos

Objetivo: Correlacionar anseios de possíveis

negócios com os conteúdos abordados na Química

do Ensino Médio usando o ciclo PFEA, uma

tradução do ciclo PDSA.

Professor apresente o ciclo PFEA (Planejar,

Fazer, Estudar e Agir) usando slides próprios com

conceitos fornecidos pela literatura e exemplos de

aplicação do uso do ciclo em diferentes áreas do

conhecimento e de atuação profissional

(enfermagem, pedagogia e administração). Para

essa etapa deve ser usado 50 minutos.

Em seguida peça que os alunos façam

pequenos grupos e que coletivamente escolham

entre os anseios apresentados na etapa um para

ser representado pela equipe como projeto da turma.

O projeto escolhido deverá além de ter relevância pessoal, ser capaz de

agregar valor para a nossa comunidade e que envolvesse temas pertinentes à

Química.

Professor nessa etapa é importante

que o aluno seja estimulado

inicialmente a pensar usando o

ciclo PFEA em como usar o seu

projeto para auxiliar de forma ativa

e cidadã as demandas da sua

comunidade, em seguida a propor

uma ação de proatividade (planejar)

que demonstre com atuar diante da

situação proposta (fazer) e

demonstrar apropriação do

conhecimento ao estabelecer

relação entre os conteúdos

trabalhados nas aulas de Química

e o seu desejo de montar um

empreendimento (estudar) e por fim

descrever a partir da necessidade

de conhecimento e

desenvolvimento de habilidades a

sequência de ações e abordagens

a serem realizadas o projeto (agir).

Professor, lembre-se que as etapas

não devem ser estanques,

precisam dialogar uma com a outra

e que podem ser reavaliadas em

qualquer etapa do processo

pensando sempre em uma

educação centrada no aluno, no

seu protagonismo através do

desenvolvimento de habilidades

que o permitirão construir o seu

próprio aprendizado.

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4º Momento - Aprofundamento teórico do tema

Duração: 200 minutos

Objetivo: Aprofundar os conteúdos teóricos a partir da leitura e debate

de textos e artigos e uso de ferramentas

educacionais diversas que permitam um melhor

desenvolvimento de habilidades para a

compreensão da parte química do projeto.

Professor, a duração e as metodologias

educacionais deverão ser adaptadas a realidade

de cada escola e ao objetivo do empreendimento

definido na etapa anterior. Para o nosso caso

específico usamos 4 aulas de 50 minutos e leitura

e debate de textos com os conteúdos que

contribuirão para a produção do produto final, aula invertida, elaboração de

mapas conceituais, aulas práticas e multidisciplinares.

Professor, lembre-se que as etapas

não devem ser estanques,

precisam dialogar uma com a outra

e que podem ser reavaliadas em

qualquer etapa do processo

pensando sempre em uma

educação centrada no aluno, no

seu protagonismo através do

desenvolvimento de habilidades

que o permitirão construir o seu

próprio aprendizado.

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5º Momento - Palestra Técnica

Duração: 100 minutos

Objetivo: Fornecer orientação técnica através de realização de palestra

instrutiva sobre os termos técnicos referentes ao empreendedorismo.

Professor, junto com a equipe gestora da escola estabeleça uma rede de

contatos que possam contribuir com o projeto. Uma excelente sugestão é a

parceria com O SEBRAE, um órgão voltado ao apoio das micro e pequenas

empresas que desenvolve diversas atividades voltadas para o

empreendedorismo. Tais atividades envolvem palestras, oficinas, minicursos,

cartilhas e manuais disponibilizados no site da instituição e presencialmente,

não são exclusivamente para empresas, mas voltadas também para a

Educação Básica e o Ensino Superior.

Professor, essa etapa não tem por

objetivo a construção de um plano

de negócios com abordagem

financeira, mas, de fornecer aos

alunos subsídios para a criação de

um plano que elenque o interesse

do aluno, dando uma visibilidade

ampla do projeto e a rota química

escolhida para a sua execução

descrevendo as etapas, desafios e

oportunidades.

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6º Momento - Criação dos Planos de Negócios Químicos

Duração: 50 minutos

Objetivo: Estabelecer uma relação entre planos de negócios e a

utilização da Química para a construção do empreendimento.

Professor, o plano de negócios é o

instrumento fundamental para um empreendedor

(SEBRAE,2019). Ele mapeia oportunidades e

permite que riscos calculados sejam observados,

ele não é um documento frio e estático, mas,

material vivo e flexível que se faz e refaz de acordo

com o dinamismo da empresa.

Proponha que o aluno monte um plano de

negócios com características peculiares ao projeto

sofrendo as mudanças e adaptações necessárias.

Solicite ainda que os alunos coloquem os

temas referentes ao ensino de Química.

A montagem deve ser coletiva levando em consideração que os itens

dos planos sejam divididos de acordo com as aptidões, habilidades e

interesses desenvolvidos por eles ao longo de toda sua vida, ressaltando que

características como liderança, criativa, capacidade de trabalhar em equipe,

flexibilidade e outras devem ser valorizadas.

Professor, essa etapa não tem por

objetivo a construção de um plano

de negócios com abordagem

financeira, mas, de fornecer aos

alunos subsídios para a criação de

um plano que elenque o interesse

do aluno, dando uma visibilidade

ampla do projeto e a rota química

escolhida para a sua execução

descrevendo as etapas, desafios e

oportunidades.

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19Ao montarem o plano de negócios os alunos precisaram responder

perguntas como: O quê? Qual o setor? Qual a abrangência? Quais os produtos

que seriam oferecidos? Qual seria o investimento? O tempo necessário?

pessoas envolvidas? pontos fortes? pontos fracos? o conteúdo químico

envolvido?

7º - Momento: - Visita a empreendimento local

Duração: 100 minutos

Objetivo: Estabelecer parceria com empreendimentos da comunidade local

para troca de experiências.

Professor, cientes que um dos pilares da educação para o século XXI é,

segundo Delors (2001), o “aprender a conviver” e que a troca de experiências e

vivências podem agregar valores e conhecimento ao processo da educação

empreendedor e ainda que a relação ensino/aprendizagem não se dá

exclusivamente dentro do espaço físico da escola sendo necessário

desenvolver a competência relacional para captar condições favoráveis e

necessárias para o desenvolvimento das etapas propostas no plano de

negócios leve os alunos para visitar uma iniciativa empreendedora local e peça

que os alunos elaborem um questionário prévio sobre as motivações, desafios,

rede de relacionamentos recursos financeiros e humanos envolvidos no

processo, o conhecimento necessário para a produção do empreendimento, as

habilidades desenvolvidas, o valor agregado, a contribuição social, entre outras

indagações que julgarem pertinentes.

final não consiste na avaliação do

projeto, sendo uma parte opcional e

negociável dentro das condições da

escola e produto escolhido. A

avaliação do projeto é formativa e

ocorre embasada na movimentação

do alunos para a construção do seu

objetivo inicial.

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8º Momento - Confecção do produto selecionado

Duração: 100 minutos

Objetivo: Usar a apropriação do

conhecimento para produzir o produto selecionado.

Professor, usando os produtos disponíveis na

escola e trazidos pelo aluo realize aula prática que

a produção do produto final ou do seu protótipo. O

próprio aluno deve a partir do conhecimento teórico e consulta bibliográfica

montar o roteiro da aula prática, explanando para a sala o motivo da escolha,

as etapas envolvidas e toda a química envolvida no processo.

final não consiste na avaliação do

projeto, sendo uma parte opcional e

negociável dentro das condições da

escola e produto escolhido. A

avaliação do projeto é formativa e

ocorre embasada na movimentação

do alunos para a construção do seu

objetivo inicial.

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9º Momento - Feira do empreendedor

Duração: 300 minutos

Objetivo: Socializar e trocar experiências com a comunidade dentro e

fora da escola

Professor, a feira do empreendedor é uma oportunidade de mostrar a

movimentação e evolução do aluno no decorrer do projeto e o conhecimento

construído ao longo da execução do empreendimento, por isso, incentive os

alunos a divulgar e montar stands onde possam apresentar todo processo de

produção e a evolução do aluno nesse cenário.

Oriente aos seus alunos que a montagem do stand deve apresentar a

missão e visão envolvidas em painel informativo, bem como a exposição do

plano de negócios, durante o evento os alunos devem se revezar em grupos e

explanar sobre como se deu a escolha da ideia criativa ou inovadora, como

trabalharam para aprender os conteúdos químicos e de outras áreas

necessários ao negócio, quais os recursos utilizados e quais as redes de

relacionamento estabelecidas para que o produto final fosse confeccionado ou

idealizado.

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