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RBEn 30 : 82-92, 1977 AN EXO I POR QUE ESTUDAMOS A HISTóRIA DA ENFERMAGEM * L. Dock e I. stewart RBEn/03 STEWART, I. & D L. -Por que estudamos a história da enfermagem. Rv. Bras. Enf.; DF, 30 : 82-92, 1977. I - INTRODUÇAO Nenhuma ocupação pode ser compre- endida inteligentemente sem ter sido pelo menos em alguns de seus aspectos, analisada à luz da história e interpre- tada sob o ponto de vista humano. A origem de muitas das atividades da en- fermagem, o espírito que animou as fun- dadoras da profião e a longa luta em prol de um ideal, revelado s pelo estudo do psado, tem avivado e enobrecido as tarefas mais prosaicas, elucidado suas relaçõe s com outros setores d a atividade humana e inspirado os membros da pro- fissão, despertando-lhes a consciência de serem parte de um todo. A enfermeira que conhece apenas os acontecimentos do presente deixa não somente de usufruir de uma fonte perene de interesse, como também toma-se in- capaz de avaliar e julgar corretamente os acontecimentos atuais que afetam sua própria carreira. Precisamos conhecer como a enfermagem surgiu, que diretri- zes tem seguido e em que sentido tem se desenvolvido mais amplamente. Tais co- nhecimentos vão permitir que cad a en- fermeira possa orientar e influenciar o futur o da profissão em harmonia com sua missão histórica. Para a compreensão do desenvolvi- men da enfermagem, indispensável se toma o conhecimento da história antiga e contemporânea, uma vez que os mo- mentos decisivos na história, tais como a queda do Império Romano ou as Cru- zadas, foram também momentos decisi- vos para a enfermagem . grandes guer- ras têm influencdo o desenvolvimento da enfermagem, como trabalho especia- lizado. O status da profissão tem sido o reflexo da prevalência de determinados padrões de comportamento. Maior con- sideração para com as pessoas desam- paradas ou oprimidas, bondade e sim- patia para com os desafortunados e so- fredores, lerância face àqueles de re- ligião, raça e cor diferentes, tudo isso tende a desenvolver atividades precipua- mente humanitárias, nas quais a enfer- magem está incluida. L. Dock e I. Stewart. A Short History of Nursing, 4 th ed., New York, G.P. Putnam's, c1938, p. 3-5. 82

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Page 1: POR QUE ESTUDAMOS A HISTóRIA DA · PDF filetram um tipo de atividade que corres ... sobre a História da Medicina indica bem ... ,o Denomina-se Idade Média o período histórico:

RBEn 30 : 82-92, 1977

AN EXO I

POR QUE ESTUDAMOS A HISTóRIA DA ENFERMAGEM *

L. Dock e I. stewart

RBEn/03

STEWART, I. & DOCK L. - Por que estudamos a história da enfermagem. R.ev. Bras. Enf.; DF, 30 : 82-92, 1977.

I - INTRODUÇAO

Nenhuma ocupação pode ser compre­endida inteligentemente sem ter sido pelo menos em alguns de seus aspectos, analisada à luz da história e interpre­tada sob o ponto de vista humano. A origem de muitas das atividades da en­fermagem, o espírito que animou as fun­dadoras da profissão e a longa luta em prol de um ideal, revelados pelo estudo do passado, tem avivado e enobrecido as tarefas mais prosaicas, elucidado suas relações com outros setores da atividade humana e inspirado os membros da pro­fissão, despertando-lhes a consciência de serem parte de um todo.

A enfermeira que conhece apenas os acontecimentos do presente deixa não somente de usufruir de uma fonte perene de interesse, como também toma-se in­capaz de avaliar e julgar corretamente os acontecimentos atuais que afetam sua própria carreira. Precisamos conhecer como a enfermagem surgiu, que diretri­zes tem seguido e em que sentido tem se

desenvolvido mais amplamente. Tais co­nhecimentos vão permitir que cada en­fermeira possa orientar e influenciar o futuro da profissão em harmonia com sua missão histórica.

Para a compreensão do desenvolvi­mento da enfermagem, indispensável se toma o conhecimento da história antiga e contemporânea, uma vez que os mo­mentos decisivos na história, tais como a queda do Império Romano ou as Cru­zadas, foram também momentos decisi­vos para a enfermagem. As grandes guer­ras têm influenciado o desenvolvimento da enfermagem, como trabalho especia­lizado. O status da profissão tem sido o reflexo da prevalência de determinados padrões de comportamento. Maior con­sideração para com as pessoas desam­paradas ou oprimidas, bondade e sim­patia para com os desafortunados e so­fredores, tolerância face àqueles de re­ligião, raça e cor diferentes, tudo isso tende a desenvolver atividades precipua­mente humanitárias, nas quais a enfer­magem está incluida.

• L. Dock e I. Stewart. A Short History of Nursing, 4 th ed., New York, G.P. Putnam's, c1938, p. 3-5.

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STEWART, I. & DOCK L. - Por que estudamos a história da enfermagem . Rev. Bras.

Enf. ; DF, 30 : 82-92, 1977.

Origem

A enfermagem é o desenvolvimento do cuidado da mãe para com a criança, de­vendo ter coexistido com esta assistência materna desde os primórdios da huma­nidade. A palavra enfermagem origina­se do latim "infirmus", significando aquele que não está firme, abrangendo, portanto, o doente, a pessoa idosa e o inválido. Atualmente o termo adquiriu sentido mais amplo, referindo-se tam­bém à conservação e à promoção da saú­de das �essoas sãs.

Em época em que as atividades da mulher se restringia ao lar e à vida em família, a enfermagem provavelmente era incluída como uma das artes domés­ticas. Como profissão predominante fe­minina desenvolveu-se em países onde as mulheres já haviam atingido certo grau de liberdade e iniciativa. Ao estu­dar o desenvolvimeno da enfermagem, numa sociedade, devemos relacioná-la com a ideologia referente ao casamento, aos deveres femininos, ao grau de inde­pendência econômica e liberdade usu­fruida pela mulher. Iremos então com­preender que o progresso da profissão somente tornou-se possível após a liber­tação da mulher de suas condições de sujeição e depois de ter ela adquirido, pela instrução, conhecimentos mais am­plos sobre as condições sociais e as ne­cessidades existentes.

Medicina e Enfermagem

Na tentativa de reconstrução da His­tória da Enfermagem, atividade que por mais rudimentar que fosse deve ter exis­tido de alguma forma, nenhuma prova foi encontrada que a diferenciasse da medicina empírica nas culturas pré-lite­rárias, ou seja, no períOdo anterior à in­venção da escrita. Nas civilizações mais remotas, quando a escrita já era usada, são raríssimos os documentos que regis-

tram um tipo de atividade que corres­ponda àquela que entendemos por en­fermagem.

Desde que o estudo das sepulturas dos homens pré-históricos e os documentos das Antigas Civilizações oferecem subsí­di.os para a História da Medicina, é im­prescindível o conhecimento desta, pois é bem provável que naqueles tempos a medicina e enfermagem estivessem fun­didas numa só atividade.

INTRODUÇAO A HISTóRIA DE ENFERMAGEM (anotações de Glete de Alcântara)

Para os estudantes matriculados na EE, e que portanto escolheram Enfer­magem como carreira, ser enfermeira significa cursar uma Escola de nível su­perior e receber ao término de seus es­tudos, um diploma que os habilite ao exercício da profissão.

A profissão apresenta-se como um tra­balho especializadO, regulamentado por lei, desempenhado mediante remunera­ção salarial, possuindo uma Associação

de classe, uma revista profissional e um Código de Ética. É pOis uma profissão que já atingiu elevado grau de desenvol­vimento, reconhecida como pertencente ao grupo de profissões liberais.

O objetivo desse Curso é mostrar que a profissão tal qual se apresenta atual­mente, nem sempre foi assim; que esse progresso do qual se beneficiam hoje é produto de lento desenvolvimento, para o qual contribuiram muitas pessoas e fatores de várias ordens.

Para que possam compreender esse de­senvolvimento e avaliá-lo é misfer olhar para o passado, examinar os fatos que ocorreram há séculos, relacioná-los com outros setores da vida humana. Somente após o estudo do passado através de pers­pectiva histórica poderão encarar inteli-

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Enf. ; DF, 30 : 82-92, 1977.

gentemente O futuro e dar sua contri­buição à profissão.

A Medicina e a Enfermagem desen­volveram-se em resposta às necessidades da vida. Arthur Castiglionl em seu livro sobre a História da Medicina indica bem a estreita relação entre o progresso da Medicina, ligado mais do que qualquer outra ciência, às necessidades essenciais da vida e a cultura de um povo.

Não apenas estão ligadas aos antigos ritos mágiCOS e aos credos religiosos, mas se encontra intimamente associado às condições sócio-econômicas, politicas e intelectuais de diversos países em épocas diferentes, isto é, em sua riqueza, misé-

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ria, comércio, legislação, guerras, filoso­fia, arte e literatura.

Tratando-se de enfermagem: como compreender por exemplo a enfermagem modema, iniciada na Inglaterra, na 2.a metade do século XIX, desligada das con­dições sócio-econôm!cas desse país na­quela época?

Como é possível explicar a escassez de enfermeiras no Brasil sem procurar es­

tudar o desenvolvimento sócio-econômi­co e educacional de nosso País?

O estudo histórico de qualquer arte ou ciência só tem sentido se ligado ao mo­mento histórico-cultural em que se ma­nifestou.

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DATA:

NOTA:

ANEXO I I

ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP PROVA DE HISTóRIA DA ENFERMAGEM

NOME:

PROF.:

ATENÇAO : Esta prova contém 50 questões, cada uma com 4 alternativas .

Escreva no quadro colocado ao lado de cada questão a letra da resposta correta.

Leia com atenção o seguinte texto:

O enfermeiro(a) ou a obstetriz que conhece apenas a situação atual de sua profissão, e ignora os acontecimentos do passado, deixa não somente de usufruir de uma fonte perene de interesse, como também toma-se incapaz de julgar corretamente o grau de desenvolvimento atingido pela enfermagem ou obstetrícia.

1 . O O texto indica que:

A - o Cristianismo exerceu grande influência sobre a assistência prestada aos doentes inválidos

B - a História da Enfermagem e da Obstetrícia é a disciplina mais importante da Escola

C - vivemos na era dos computadores

D - a situação atual da enfermagem e da obstetrícia só pode ser bem compreendida à luz dos conhecimentos do passado

2 . O De acordo com o texto:

A - o progresso de uma profissão depende exclusivamente do desen­volvimento de sua associação de classe

B - o conhecimento da história da enfermagem e da ohstetrícia é indispensável para a formação profissional

C - o "status" das profissões liberais é elevado na sociedade brasi­leira

D - o estudo da história da enfermagem não deve ser incluído no currículo do curso de graduação

3. O As principais fontes para o estudo da história da medicina do antigo Egito são encontrados:

A - nas múmias B - nos túmulos do vale dos Reis C - nos textos de historiadores gregos D - nos papiros médicos

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4 . O O reconhecimento de que a saúde era uma dãdiva de Deus e que a doença dependia igualmente da vontade divina foi uma das caracte­rísticas da civilização:

A - egípcia B - fenícia C - hebraica D - hitita

5 . 0 Nos tempos mais remotos, a assistência obstétrica era dada por:

A - médicos especialistas B - feiticeiras C - mulheres mais velhas e experimentadas D - escravas que trabalhavam com os médicos

6 . O A cadeira obstétrica, de uso corrente entre os gregos, continuou sendo utilizada até:

A - a época atual B - o advento do Cristianismo C - fins do século XVIII D - a queda do Império Romano

7 . O A "Cloaca Máxima" foi uma construção destinada:

A - à fiscalização dos alimentos B - à drenagem dos pântanos C - ao abastecimento d'água D - à assistência aos doentes

8. O "Calar guardando como segredo inviolável, tudo o que vir e ouvir no exercício de minha profissão ou fora dela, bem como silenciar sobre tudo o que não deverá ser divulgado". Esse preceito está contido no Juramento de:

A - Paracelso B - Esculápio C - Hipócrates D - Galeno

9 . O Segundo os ensinamentos do Cristianismo, a assistência ao doente era considerada:

A - um dever cristão B - tarefa das mulheres C - indUlgência plenária D - ritual litúrgiCO

10. O Diakonia signi!ica:

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A - trabalho de ordem espiritual e material B - distribuição de esmolas aos pobres C - ordem religiosa D - abrigo para velhos e doentes

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l1 . ,o A primeira mulher que recebeu o título de diaconisa foi:

A - Phoebe B - Maria Madalena C - Isabel da Hungria D - Santa Helena

12 . 0 O primeiro hospital cristão de Roma foi fundado em 390 por:

A - Santo Agostinho B - São Pedro C - Santa Helena D - Fabíola

13 . ,O No século III, foi construído um hospital em Belém para abrigar os peregrinos à Terra Santa por:

A - Fabíola B - Paula C - São Francisco D - Marta

14. O Depois de Edito do Imperador Constantino, a responsabUidade pela assistência aos enfermos foi atribuída aos(as) :

A - príncipes B - bispos C - diaconisas D - patrícias romanas

15 . ,O Xenodochia era a denominação para as casas destinadas aos:

A - forasteiros B - velhos C - indigentes D - doentes

16 . O A palavra nosocômio designa:

A - convento B - asilo de órfãos

C - hospital D - bispado

17 . ,o Denomina-se Idade Média o período histórico:

A - anterior a Jesus Cristo B - da Revolução Industrial C - entre o Renascimento e a Era Moderna D - entre os séculos IV e XV

18. O O hospital cristão mais antigo foi fundado em 390 por São Basilio em:

A - Alexandria B - Cesaréia C - Roma D - Constantinopla

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11 . ,o A primeira mulher que recebeu o titulo de diaconisa foi:

A - Phoebe B - Maria Madalena C - Isabel da Hungria D - Santa Helena

12 . ,o O primeiro hospital cristão de Roma foi fundado em 390 por:

A - Santo Agostinho B - São Pedro C - Santa Helena D - Fabiola

13 . ,o No século III, foi construido um hospital em Belém para abrigar os peregrinos à Terra Santa por:

A - Fabiola B - Paula C - São Francisco D - Marta

14 . O Depois de Edito do Imperador Constantino, a responsabilidade pela assistência aos enfermos foi atribuida aos(as) :

A - príncipes B - bispos C - diaconisas D - patrícias romanas

15. ,O Xenodochia era a denominação para as casas destinadas aos:

A - forasteiros B - velhos C - indigentes D - doentes

16 . O A palavra nosocômio designa:

A - convento B - asilo de órfãos

C - hospital D - bispado

17. ,o Denomina-se Idade Média o período histórico:

A - anterior a Jesus Cristo B - da Revolução Industrial C - entre o Renascimento e a Era Moderna D - entre Os séculos IV e XV

18 . 0 O hospital cristão mais antigo foi fundado em 390 por São Basilio em:

A - Alexandria B - Cesaréia C - Roma D - Constantinopla

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19 . :0 Durante a primeira fase da Idade Média, a medicina do Ocidente foi predominantemente:

A - hipocrática B - islâmica C - romana D - mistica

20. O Durante os primeiros séculos medievais, a herança cultural da Anti­güidade Clássica foi preservada nos (as) :

A - castelos feudais B - escolas C - mosteiros D - bibliotecas públicas

2 l . O O hospital medieval estava sob a jurisdição da:

A - corporação dos médicos B - cidade C - Igreja D - nobreza

22 . :o A realização educacional mais importante no segundo período medieval foi:

A - a corporação dos ofícios B - a publicação de textos didáticos C - a expansão de escolas públicas D - o surgimento das universidades

23 . 'O A Escola de Salerno representou importante centro de estudos:

A - teológicos B - médicos C - jurídicos D - filosóficos

24 . iO Uma das mais importantes contribuições da civilização árabe para o progresso da medicina consistiu na divulgação das obras de:

A - Heródoto B - Zoroastro C - Hipócrates D - Sisruta

25 . 0 No setor saúde, os árabes preocuparam-se sobretudo em :

A - construir obras de saneamento B - criar escolas para formação de médicos C - fundar escolas de medicina e hospitais D - construir mesquitas e hospitais

26 . O A história dos hospitais árabes indica:

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A - inexistência de pessoal de enfermagem B - existência de enfermeiros C - que a enfermagem era exercida por estrangeiros D - a assistência de enfermagem era dada por cristãos

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27 . O Os cavaleiros de São João de Jerusalém dedicaram-se:

A - ao serviço dos doentes e cultivo da terra B - somente à proteção do Santo Sepulcro C - apenas às atividades bélicas D - à assistência aos doentes e às atividades militares

28 . O A ordem milltar de enfermagem que se dedicou principalmente à assis­tência aos leprosos foi a dos:

A - Hospitalários de São João B -- Dominicanos C - Cavaleiros de São Lázaro D - Cavaleiros Teutônicos

29 . 0 A fundação da Ordem Franciscana baseou-se:

A - na filosofia de Santo Tomaz B - nos ideais dos primeiros tempos do Cristianismo C - nos ensinamentos do Antigo Testamento D - nos ideais dos Nestorianos

30 . .0 O humanismo foi uma das mais notáveis características da :

A -- Época medieval B - Civilização egípcia C - Renascença D - Revolução Industrial

3l . O William Harvey tornou-se famoso por seus estudos sobre:

A - economia política B - circulação do sangue C - assistência hospitalar D - filosofia escolástica

32 . O Os estudos mais profundos sobre Obstetrícia começaram a partir:

A - da Renascença B - Idade Média C - do século V A. C. D - do século XIX

33 . !O A renovação da obstetrícia moderna é atribuída a:

A - Paracelso B - Lister C - Ambroise paré D - Avicena

34 . ,O A congregação fundada por São Vicente de Paulo para prestar serviços de enfermagem recebeu a denominação de:

A - Irmãs de Caridade B - Damas Hospitalárias C - Agostinianas D - Filhas de Nossa Senhora

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35 . O Por ter-se preocupado em melhorar o preparo daquelas que cuidavam dos doentes, São Vicente é cognominado:

A - patrono dos enfermeiros B - anjo misericordioso C - pai dos pobres e dos enfermos D - precursor da enfermagem modema

36 . O Os hospitais brasileiros da época colonial adotaram o modelo:

A - das Santas Casas de Misericórdia de Portugal B - das Santas Casas de Florença C - da Companhia de Jesus D - do Hotel-Dieu de Paris

37. O O primeiro hospital brasileiro foi construído em 1543 :

A - em São Paulo B - no Rio de Janeiro C - na Bahia D - em Santos

38 . O Durante uma epidemia ocorrida na Bahia no século XVII, uma se­nhora transformou sua casa em hospital a fim de cuidar dos doentes. Esta senhora foi:

A - Ana Neri B - Francisca de Sande C - Joana Angélica D - Tereza Albuquerque

39 . lO A data da primeira iniciativa governamental para o preparo de en­fermeiros foi:

A - 1889 B - 1923 C - 1890 D - 1915

40 . 0 No século passado, Maria Josefina Durocher exerceu com muito êxito a arte obstétrica:

A - em Paris B - no Rio de Janeiro C - em Quebec D - na Bahia

41 . O A primeira Escola de Obstetrícia foi fundada no Rio de Janeiro em:

A - 1923 B - 1831 C - 1890 D - 1920

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42 . 0 Ana Neri recebeu o titulo de heroina nacional por ter:

A - fundado a escola de enfermagem Ana Neri

B - organizado um hospital no Rio de Janeiro

C - trabalhado em prol dos flagelados da sêca

D - cuidado dos soldados feridos na guerra

43 . iO No Brasil, o início do ensino de obstetrícia foi:

A - anterior à organização do primeiro curso de enfermagem

B - posterior ao ensino de enfermagem

C - na cidade de São Paulo

D - simultâneo ao da enfermagem

44 . O No primeiro curso de obstetricia criado no Brasil foi notável a con­

tribuição de:

A - Silvio Maia

B - Maria Josefina Durocher

C - Mme. La Chapelle

D - Miguel Couto

45 . �O O Curso de Obstetrícia foi fundado em São Paulo, em 1912, por:

A - Silvio Maia

B - Alvaro Guimarães

C - Fernando Magalhães

D - Louise Bourgeois

46 . !O OS requisitos para admissão à Escola de Enfermagem do Hospital

Nacional de Alienados eram:

A - diploma de normalista

B - saber ler e escrever

C - conclusão de ginásio D - certificado de curso primário

47 . 'D A criação da primeira escola de enfermagem, do sistema Nightingale,

foi devida aos esforços de:

A - Carlos Chagas

B - Ana Neri

C - Raquel Haddock Lobo

D - Raw Briquet

48 . O O sistema Nightingale foi introduzido no Brasil :

A - por enfermeiros formados pela Escola de st. Thomaz

B - por religiosos franciscanos

C - pelas irmãs de caridade

D - enfermeiras norte-americanas

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49 . ;0 A finalidade principal da Escola Ana Neri foi a formação de enfer�

meiras para o campo:

A - hospitalar

B - de obstetrícia

C - de saúde pública

D - psiquiátrico

50 . :0 Atualmente o ensino de enfermagem é ministrado em Curso de :

A - nível superior

B - graduação e auxiliar de enfermagem

C - graduação, técnico e auxiliar de enfermagem

D - nível superior e técnico

ANEXO I I I BmLIOGRAFIA

ALCANTARA, G. de - A enfermagem mo­derna

-como categoria profissional. São

Paulo, Serviço de Documentação da USP, 1966

BERLINCK, C. - Ana Neri. An Enferm , 16 (23) : 26-27, abr./jun., 1947.

BOOKMILLER, M . M . & BOWEN, G. L. ­Historia de la obstetricia. ln: - En­fermeria obstetrica. México, Interame­ricana, 1951, cap. 1, p. 1-22.

BRIQUET, G. H. - Evolução da obstetricia. ln: Obstetrícia normal. 2.a ed. São Paulo, São Paulo Ed., 1970. cap. 2, p. 19-50.

BURNS, E. M. - História da civilização oci­dental. Porto Alegre, Ed. Globo, 1959.

CASTIGLIONI, A. - História da medicina. São Paulo, Ed. Nacional, 1947.

DOCK, L. & STW ART, I. - A short history of nursing. New York, Putnam's Sons, 1938.

COSTA, A. - Da Bahia a Enfermeira n.o 1 do Brasil (Francisca de Sande) An. Enferm., 15 (19) : 18-20, abr./jul., 1946.

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GARRISON, F. - História de la medicina. México. Ed. Interamericana, 1966.

LOPES, O. C. - A medicina no tempo. São Paulo, Ed. Melhoramentos, Ed. da USP, 1970.

PAlXAO, W. - Pági1llaS de história da en­fermagem. Rio de Janeiro, Universi­dade do Brasil, 1951.

- Uma pioneira (Ana Neri) . An. Enferm., 16(19) : 28 abr./jun., 1947.

PINHEIRO, M. R. S. - A enfermagem no Brasil e em São Paulo. Rev. Brasil. Enferm., 15 (5) : 432-478, out., 1962.

RELATóRIO da Comissão para estudo de problemas referentes a escolas de en­fermagem em São Paulo. Rev. Brasil. Enferm., 15(3) : 157-171, jun., 1962.

REZENDE, J. de - Obstetricia : conceitos, propósitos ,súmula histórica. ln: -­Obstetrícia. Rio de Janeiro, Guanabara - Koogan, 1969. cap. 1, p. 1-20.

SILVA, M. - A enfermagem obStétrica na realidade brasileira. Rev. Brasil. En­ferm., 18 (4) : 256-284, out., 1965.