por: maise marini coutinho orientador prof. paulo josé · em meados dos anos 90 ocorre a reforma...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA MUDANÇAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PROCESSO SELETIVO INTERNO PARA O PREENCHIMENTO DOS CARGOS CONSIDERADOS ESTRATÉGICOS Por: Maise Marini Coutinho Orientador Prof. Paulo José Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

MUDANÇAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA –

PROCESSO SELETIVO INTERNO PARA O

PREENCHIMENTO DOS CARGOS CONSIDERADOS

ESTRATÉGICOS

Por: Maise Marini Coutinho

Orientador

Prof. Paulo José

Rio de Janeiro

2012

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

MUDANÇAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA –

PROCESSO SELETIVO INTERNO PARA O

PREENCHIMENTO DOS CARGOS CONSIDERADOS

ESTRATÉGICOS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Recursos

Humanos.

Por: Maise Marini Coutinho.

3

AGRADECIMENTOS

A todos que me incentivaram na permanência da busca do crescimento

profissional e consequentemente do meu crescimento pessoal, principalmente

a presença incansável de meu marido, filho e mãe. Aos amigos da pós-

graduação que sempre foram companheiros na caminhada. Ao Professor

Orientador Paulo José pela atenção e apoio na construção desse trabalho. À

Sonia Barone, presença constante nos momentos de dificuldade.

4

DEDICATÓRIA

À minha mãe, primeira incentivadora de

perseverança em relação à vida. Meu

filho e marido pelo apoio constante.

5

RESUMO

O presente trabalho tem como principal objetivo trazer à compreensão de

como a implantação de processo seletivo interno para o exercício de cargos e

funções, considerados estratégicos, pode resolver problemas enfrentados pela

Administração Pública, em relação ao desenvolvimento de pessoal e

desempenho organizacional.

O estudo realizado analisa a importância da valorização do servidor público,

garantindo acesso ao exercício dessas funções pelos seus méritos. Esse

servidor se sentindo respeitado, valorizado, e percebendo a preocupação com

a sua capacitação/desenvolvimento, consequentemente, se apresenta mais

comprometido, favorecendo o processo de mudança pretendido e o alcance

dos resultados esperados pela Instituição.

Apresenta-se, no capítulo IV, proposta de inovação no processo seletivo

interno, proporcionando melhores condições de participação do servidor na

seleção, com prévia preparação em curso de habilitação, construção de plano

de carreira individual e posterior plano de desenvolvimento individual. Estas

etapas proporcionarão desenvolvimento de competências, tornando o servidor

um agente de mudança e desenvolvimento institucional.

6

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a elaboração da monografia foi a da

pesquisa bibliográfica, através de matérias obtidas em livros, artigos,

periódicos, e análise a aplicação de Leis e Decretos Estaduais e Federais

relativos às mudanças na Administração Pública, implantação do Processo

Seletivo Interno na Secretaria de Estado de Educação.

.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - MUDANÇAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 10

CAPÍTULO II - VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR – MERITOCRACIA 20

CAPÍTULO III – IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO SELETIVO INTERNO 26

CAPÍTULO IV – INOVAÇÃO NO PROCESSO SELETIVO INTERNO 32

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA 41

ÍNDICE 4 2

8

INTRODUÇÃO

O Estado do Rio de Janeiro enfrentou nos últimos anos uma situação difícil

em relação à posição no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica - IDEB, com a ocupação da 26ª posição na avaliação

realizada em 2009.

O esforço para a melhoria desse índice levou os governantes a promover um

choque de gestão trazendo ao cenário estadual uma política de mudanças na

educação desde mudanças estruturais, com a implantação de programas com

foco em resultados, elaboração de Planejamento Estratégico com o

estabelecimento de metas, até as mudanças de gestão de pessoas e

pedagógica, e para o alcance das metas estabelecidas investiu fortemente no

aperfeiçoamento e valorização dos servidores de educação do Estado do Rio

de Janeiro.

A Secretaria firma seus propósitos estabelecendo mudanças na estrutura

organizacional, com foco em 03 (três) pilares para a implementação de suas

ações: 1- Melhoria nas condições de atuação do docente; 2 - Estruturação da

área pedagógica; 3 - Meritocracia, contemplando: a atualização e a valorização

dos professores; a construção de novas escolas e a melhoria na infraestrutura

das unidades escolares já existentes; um currículo mínimo para cada

disciplina; o processo seletivo para funções estratégicas da área pedagógica,

que se desenvolvem em tantas outras ações para que se possa cumprir as

politicas educacionais do Governo Federal. Cabe a SEEDUC executar a

política estadual de Educação, buscando elevar o patamar de cultura da

sociedade por meio de uma escola pública democrática e de qualidade.

Objetivando melhorar significativamente os indicadores da Educação, tendo

como referência as metas do IDEB, estabelecidas pelo Ministério da

Educação, a Secretaria aposta no Programa da Gestão Integrada da Escola –

9

GIDE – um sistema de gestão que contempla os aspectos estratégicos,

políticos e gerenciais inerentes à área educacional com foco em resultados.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro cria, ainda, o SAERJ – Sistema de

Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro, avaliação que fornece

um diagnóstico pedagógico apurado do processo ensino-aprendizagem,

apontando onde estão as deficiências das etapas de escolaridade.

O Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro - SAERJ,

conta com um desdobramento entitulado SAERJINHO, que tem como objetivo

principal acompanhar o processo da aprendizagem dos alunos a cada

bimestre. Trata-se de uma avaliação diagnóstica, desenvolvida a partir dos

conteúdos, competências e habilidades propostos no currículo mínimo, além

dos pré-requisitos que integram a base do SAERJ.

Para o alcance de suas metas e, também, visando à valorização dos

servidores de educação a Secretaria investe em cursos de formação

continuada e desenvolvimento desses servidores. Cria a Escola de

Aperfeiçoamento dos Servidores de Educação do Estado do Rio de Janeiro,

que é um espaço de atualização permanente para que os servidores possam

aprimorar ainda mais seus conhecimentos. Parcerias foram e serão firmadas

com Universidades e outras Instituições para que seja garantida e efetivada a

proposta de formação e desenvolvimento do profissional de educação do

Estado do Rio de Janeiro.

A Estrutura da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro é

constituída de Subsecretarias, Superintendências, Diretorias, Diretorias

Regionais, Diretoria de Unidades Escolares, estas funções são consideradas

estratégicas e o exercício das funções de confiança se dava por meio de

indicação de servidores e até mesmo de pessoas sem vínculo com o serviço

público. Com o intuito de proporcionar oportunidades iguais para todos os

servidores, a implantação do processo seletivo aumenta as chances para que

professores ocupem funções estratégicas, principalmente da área pedagógica.

E o que garante aprovação dos servidores no processo seletivo é a

qualificação e o talento apresentado pelo profissional da Secretaria de Estado

de Educação.

10

CAPÍTULO I

MUDANÇAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

De acordo com Bresser Pereira e Spink (2001,33), o Estado nascente nos

anos 90, dirige-se para a administração pública gerencial que envolve “uma

mudança na estratégia de gerência, mas essa nova estratégia deve ser posta

em prática em uma estrutura administrativa reformada”.

O novo modelo de administração pública envolve mudanças na estratégia de

gestão que implicam na descentralização e delegação de autoridade, com a

criação de setores fundamentais característicos da ação estatal e suas

respectivas estratégias de atuação, dentre eles, os Serviços Não-Exclusivos,

providos pelo Estado, compreendendo os serviços de educação, saúde, cultura

e de pesquisas científicas.

Bresser Pereira e Spink (2001,33-35) conceituam os setores e indicam as

modalidades mais adequadas de administração, aqui explicitado os serviços

não exclusivos que são “todos aqueles que o Estado provê, mas que, como

envolvem o exercício do poder extroverso do Estado, podem ser também

oferecidos pelo setor privado e pelo setor público não-estatal”. Nestes, a

administração deve ser “mais do que descentralizada – deve ser autônoma: a

sociedade civil dividirá, com o governo, as tarefas de controle”. Com relação ao

regime de propriedade deste setor tem-se maior dificuldade. “Se entendermos

que devam ser financiados pelo Estado, seja porque envolvem direitos

humanos básicos (educação, saúde), seja porque implicam externalidades

aferíveis (educação, saúde, cultura, pesquisa científica), não há razão para

serem privados”. Por outro lado, se não têm, necessariamente de ser

propriedade do Estado ou propriedade privada, a alternativa é adotar-se o

regime da propriedade pública não-estatal. ”Pública”, no sentido de que se

deve dedicar ao interesse público, de que não visa ao lucro. “Não-estatal”

porque não faz parte do aparelho do Estado”.

11

A transformação do Estado provedor em Estado regulador implica em

importantes desafios, desde mudanças na cultura burocrática dos agentes

públicos, ao estabelecimento de medidas de fortalecimento dos novos órgãos

criados e à adoção de novos padrões de gestão, de parceria e de controle

social.

Assim, a reforma do Estado brasileiro é única e utiliza o enfoque gerencial e a

efetividade das ações dos órgãos públicos como medida reformadora.

Pretende considerar, desta forma, o indivíduo “em termos econômicos, como

consumidor (ou usuário) e, em termos políticos, como cidadão” (BRESSER

PEREIRA, SPINK, 2001:

Para se compreender a reforma do aparelho do Estado, além de se ter em

conta o próprio conceito de Estado, também se deve ver o Estado “como um

poder político exercido de forma concentrada, autônoma e soberana sobre

uma população e um território, através de um conjunto de instituições, um

corpo de funcionários e procedimentos regulados” (FLEURY, 2001: 9).

Assim sendo, a reforma do Estado é mais do que uma simples mudança de

organograma; representa uma mudança nas relações entre diferentes atores

sociais e agentes econômicos, políticos e administrativos.

Em meados dos anos 90 ocorre a reforma estatal no Brasil, e compreende

uma mudança na forma de organização do Estado, visando adequá-lo às

mudanças do sistema político mundial. Tem por objetivo redefinir o papel do

Estado para abandonar as visões de um passado assistencialista e

paternalista, que se concentra em larga medida na ação direta para a

produção de bens e serviços, e aumente a sua capacidade de governar,

fornecendo melhores condições para implementar leis e políticas públicas,

associadas ao respeito ao cidadão.

Implicando na alteração de práticas administrativas enraizadas na sociedade

brasileira que geram lentidão e ineficácia do aparelho burocrático estatal e

elevados custos ao Estado. O novo modelo assume uma postura voltada para

resultados e não mais simplesmente direcionada para o cumprimento de

tarefas e normas. A tônica é a eficiência através da participação efetiva de

todos.

12

Christiane Silva, em Reforma Administrativa e a Emenda nº 19/98: Uma

análise Panorâmica (1999), traz considerações sobre o advento da Emenda

Constitucional nº 19, de 04 de junho 1998, que implementou a reforma

administrativa do Estado Brasileiro. Tal emenda deu respaldo jurídico para a

concretização de mudanças que se faziam imprescindíveis para a

modernização da máquina administrativa do Estado brasileiro.

Christiane afirma que dentre as modificações introduzidas pela Emenda

Constitucional nº 19/98, destacam-se aquelas relacionadas com a estabilidade

dos servidores públicos, com o regime de remuneração dos agentes públicos e

com a gestão gerencial da administração pública.

A reforma administrativa constitui um dos eixos da reforma do Estado e deve

ser analisada a partir de rigorosos critérios técnico-científicos, tendo em vista

que se apresenta como uma das maiores reformas no âmbito da administração

pública já experimentada pelo nosso país.

Analisa-se, em primeiro plano, a filosofia da reforma administrativa

materializada com a Emenda nº 19/98. Ora, uma reforma ampla como esta

envolve uma concepção de Estado que merece ser iluminada para que possa

ser melhor entendida. A partir da vigência da Emenda nº 19/98, destaca-se os

direitos e deveres dos administrados, bem como as novidades gerenciais

implantadas.

Destaca-se as características de uma administração pública burocrática, para

que sejam distinguidas daquelas referentes à administração pública que se

chama gerencial.

Entretanto, apesar do problema gerencial do Estado ser perene, estar sempre

presente nas pautas dos governos que se sucedem no tempo e não ser

exclusivo do Brasil ou de países periféricos, ainda não se tem um caminho

certeiro para a sua solução.

Segundo Christiane (1999), os especialistas afirmam que todo o período

capitalista só conheceu duas reformas administrativas de relevo:

a) a primeira, de implantação da administração pública burocrática, em

substituição à administração pública paternalista, que ocorreu no século

13

passado nos países europeus, na primeira década deste século nos Estados

Unidos, e nos anos 30 no Brasil.

b) a segunda, de implantação da administração pública gerencial, que tem

seus primeiros precedentes comparados ainda nos anos 60, mas que, de fato,

só começou a ser implantada nos anos 80 no Reino Unido, na Nova Zelândia e

na Austrália, e nos anos 90 nos Estados Unidos, a partir de quando o tema

ganhou dimensões mais amplas pela adesão do grande público.

Ensina-nos a história contemporânea que a administração pública burocrática

foi adotada para substituir a administração patriarcal, que caracterizou as

monarquias absolutas, na qual o patrimônio público e o privado confundiam-se.

Surgiu como o antídoto contra o nepotismo e o empreguismo e, também,

contra a corrupção, que constituíam a regra trina vigente nos Estados

absolutos.

A administração pública burocrática nasceu, portanto, da necessidade de

desenvolver-se um tipo de administração que partisse não apenas da clara

distinção entre o público e o privado, mas também da separação entre o ser

político e o administrador público. Desenvolveu-se, portanto, a partir da

concepção de uma organização burocrática capitalista, baseada na

centralização das decisões, na hierarquia e no princípio da unidade de

comando, na estrutura piramidal de poder, no controle passo a passo dos

processos administrativos. Consistia, na verdade, em uma burocracia estatal

de administradores formados especialmente para desconfiar de tudo e de

todos, tendo em vista que a tradição informava que, se assim não fosse, os

"fantasmas" do patriarcalismo e do nepotismo poderiam ressuscitar.

Já a administração pública gerencial surgiu tendo por fundamento uma

concepção de Estado e de sociedade democrática e plural, que pensa na

sociedade como um campo de conflitos e incertezas, na qual os cidadãos

defendem seus interesses e afirmam suas posições ideológicas. Neste modelo

de administração pública, as concepções da sociedade devem ser levadas em

conta para que seus interesses sejam respeitados pelo Estado.

No Brasil, a idéia de uma administração pública gerencial não é novidade desta

década. Os estudiosos do tema afirmam que tal reforma começou a ser

14

delineada ainda na reforma administrativa desencadeada a partir dos anos 60,

revelando-se, porém, mais visível com a edição do Decreto-lei 200, por ocasião

da reforma ocorrida em 1967.

A Constituição de 1988 avançou ao estabelecer a exigência de concurso

público para todos os cargos, porém retrocedeu ao rejeitar a descentralização,

por julgá-la vinculada ao autoritarismo militar.

Retomando a reflexão sobre os problemas da administração pública, a reforma

administrativa tomou fôlego com o objetivo de promover e estimular,

principalmente, a eficiência dos serviços prestados aos cidadãos pela

administração pública procurando, de um lado, viabilizar o fortalecimento da

administração pública direta (que faz parte do chamado "núcleo estratégico do

Estado") e, de outro, descentralizar as atividades não-exclusivas ou privadas

do Estado. (chamado de "serviços não-exclusivos e produção para o

mercado"), através das agências autônomas e das organizações sociais

controladas por contratos de gestão.

A reforma administrativa promovida pela Emenda nº 19/98 não pode ser

considerada centralizadora (como foi a de 1936) ou descentralizadora (como

pretendeu ser a de 1967). Também não pode ser taxada de contra-reforma ao

modelo instaurado pela Constituição de 1988. Na verdade, a sua pretensão

não é a de continuar o processo cíclico que caracterizou o desenvolvimento da

administração pública brasileira, a qual sempre alternou períodos de

centralização e descentralização, mas, sim, a de fortalecer a competência

administrativa do centro de direção administrativa do Estado brasileiro e

estimular a autonomia das agências e das organizações sociais (entidades

periféricas da administração pública).

Acompanhando as constantes mudaças, Governo Federal seguindo a

necessidade de desenvolvimento institui, por meio da edição do Decreto nº

5707/2006, a Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal, com a

finalidade de: I - melhoria da eficiência, eficácia e qualidade dos serviços

públicos prestados ao cidadão; II - desenvolvimento permanente do servidor

público; III - adequação das competências requeridas dos servidores aos

objetivos das instituições, tendo como referência o plano plurianual; IV -

15

divulgação e gerenciamento das ações de capacitação; e V - racionalização e

efetividade dos gastos com capacitação.

No Decreto fica entendido por: I - capacitação: processo permanente e

deliberado de aprendizagem, com o propósito de contribuir para o

desenvolvimento de competências institucionais por meio do desenvolvimento

de competências individuais;

II - gestão por competência: gestão da capacitação orientada para o

desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes

necessárias ao desempenho das funções dos servidores, visando ao alcance

dos objetivos da instituição e

III - eventos de capacitação: cursos presenciais e à distância, aprendizagem

em serviço, grupos formais de estudos, intercâmbios, estágios, seminários e

congressos, que contribuam para o desenvolvimento do servidor e que

atendam aos interesses da administração pública federal direta, autárquica e

fundacional.

Os servidores vinculados aos Órgãos dos Governos Estaduais e Municipais

são beneficiados pelas formações estabelecidas para o público do Governo

Federal, com liberação de número de vagas que beneficiam os servidores

efetivos dos entes estaduais e municipais.

Desta forma há um apoio para o cumprimento das ações de desenvolvimento e

efetivação das mudanças propostas.

1.1 - ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A necessidade de implantar mudanças proporcionando condições

para a reversão da situação apresentada na Educação do Rio de Janeiro, a

Alta Administração da Secretaria implanta Programas a partir do Planejamento

Estratégico, demonstrando alinhamento com os teóricos que apontam as

mudanças no cenário mundial em relação à condução das organizações, e

considerando o que Peter F. Ducker aponta em seu livro “Administrando em

Tempos de Grandes Mudanças” (1995,44):

16

“Sociedade, comunidade e família são instituições conservadoras. Elas

procuram manter a estabilidade e evitar, ou pelo menos desacelerar, as

mudanças. Mas a organização moderna é desestabilizadora. Ela precisa ser

organizada para inovação e a inovação, como disse o grande economista

austro-americano, Joseph Schumpeter, é “destruição criativa”. E ela precisa

estar organizada para o abandono sistemático de tudo aquilo que é

estabelecido, costumeiro, conhecido e confortável, quer se trate de um

produto, um serviço ou um processo, um conjunto de aptidões, relações

humanas e sociais ou a própria organização. Em resumo, ela precisa ser

organizada para mudanças constantes. A função da organização é colocar o

conhecimento para trabalhar em ferramentas, produtos e processos, na

concepção do trabalho, no próprio conhecimento e que, por natureza muda

rapidamente...”.

Acreditando e apostando na inovação e na necessidade de colocar o

conhecimento à frente dessas mudanças é que são inseridos os programas

para o Desenvolvimento desses profissionais para a condução das diversas

áreas, principalmente naqueles responsáveis pelo processo de Educação e

gestão.

1.1 .1- Criação da Subsecretaria de Gestão de Pessoas.

A Secretaria de Estado de Educação, não diferente da estrutura apresentada

pelos demais órgãos estaduais mantinha a vinculação da área de Gestão de

Pessoas à estrutura interna de subordinação ao segmento Administrativo e

Financeiro. Compreendendo a importância da Gestão de Pessoas na

estratégia organizacional essa área foi elevada à posição estratégica com a

criação da Subsecretaria de Gestão de Pessoas que, além de acompanhar os

processos relativos à administração de Pessoal estabelece novo processo

responsável pelo desenvolvimento do servidor, acrescentando nova

Superintendência à Estrutura recém-criada: A Superintendência de

17

Desenvolvimento de Pessoas abrangendo duas Diretorias: Gestão de

Carreiras e Treinamento e Desenvolvimento, trazendo ainda, pela importância

desse processo a iniciativa da educação corporativa com espaço definido para

o aperfeiçoamento e desenvolvimento do corpo funcional, tendo como principal

elemento beneficiado o docente, responsável pelo contato direto e imediato

com o nosso cliente – o aluno da rede pública estadual – que apresentará em

seus resultados, a política estabelecida para a mudança do cenário da

educação em nível estadual.

1.2- Metas

O Programa de Aperfeiçoamento e Valorização do servidor público efetivo da

SEEDUC - 3º Pilar – Meritocracia, abrange a Remuneração Variável que, para

fazer juz ao benefício, a equipe da Unidade Escolar, bem como, a equipe das

Regionais, tem metas previamente estabelecidas a partir do desempenho

apresentado anteriormente.

Para a percepção da remuneração variável são consideradas a avaliação e

bonificação dos professores de acordo com o desempenho da escola. Serão

considerados o fluxo escolar, o rendimento do aluno e a infraestrutura das

escolas. O docente que conseguir atingir o limite máximo das metas poderá

receber até três salários a mais por ano.

Para a mudança do cenário na Educação do Rio de Janeiro, e implementação

dos programas mencionados foi firmada parceria com o Instituto de

Desenvolvimento Gerencial – INDG, para a aplicação da Gestão Integrada da

Escola - GIDE, instrumento que auxilia a unidade escolar e a Regional a

alcançar as metas estabelecidas.

1.3 – Gestão Integrada da Escola – GIDE

A qualidade da educação básica do nosso país apresenta resultados

insatisfatórios, considerando os níveis de aprovação, abandono, qualidade do

processo ensino-aprendizagem.

18

Segundo Maria Helena Godoy (2009) é preciso reconhecer, se ensinamos

muito, crescemos e avançamos na mesma proporção, em conhecimentos

gerenciais. E isso nos dá a condição de afirmar que a Gestão Integrada da

Escola, integra os aspectos estratégicos, políticos e gerenciais inerentes à

área educacional, com foco em resultados da atividade fim, processo ensino-

aprendizagem, orientada pelo método científico de solução de problemas

(PDCA), balizada pelo indicador IFC/RS (Índice de Formação de Cidadania e

Responsabilidade Social), representa um grande avanço na gestão das

escolas. Na sequência, a metodologia do sistema gerencial – GIDE, ensina

que basta tirar as ações do papel, verificar os resultados, tomar ações

corretivas, se necessário, e/ou padronizar as melhores práticas.

Assim estabelece-se na rede a cultura do planejamento, da execução,

avaliação e correção da política educacional e gerencial das escolas.

A melhoria significativa do resultado da atividade-fim, auxilia a escola no

cumprimento da sua missão de formar cidadãos, conforme estabelece a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB - Lei nº 9394/96.

Acompanhando a exposição de Godoy pode-se afirmar que a política

estabelecida na Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro vai ao

encontro de suprir as necessidades de desenvolvimento dos servidores para

a atuação no gerenciamento do processo.

1.4 – Legislação

Em nível nacional a educação básica está subordinada ao Plano Nacional de

Educação que estabelece as responsabilidades para as esferas Federal,

Estaduais e Municipais.

As políticas estabelecidas para o aperfeiçoamento e valorização do servidor da

educação estão amparadas pelas determinações legais conforme a seguir:

Art. 206, V e VII da Constituição Federal, o art. 307, V e VII da Constituição do

Estado do /Rio de Janeiro, e o art. 3º VI e IX, da Lei Federal nº 9394/1996, que

dispõe sobre a valorização do profissional da educação escolar e a garantia do

padrão de qualidade da educação;

19

O art. 62, § 1º da Lei Federal nº 9394/1996, com a redação que lhe deu a Lei

Federal nº 12.056/2009, que dispõe sobre a formação inicial, a formação

continuada e a capacitação de profissionais de magistério;

20

CAPÍTULO II

VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR – MERITOCRACIA

Segundo Tamoyo (1998,57) a palavra valor diz respeito à oposição que o ser

humano estabelece entre o principal e secundário, entre o essencial e o

acidental, entre o desejável e o indesejável, entre o significante e o

insignificante. Ela expressa a ausência de igualdade entre as coisas, fatos,

fenômenos ou ideias.

O valor implica, portanto no rompimento da indiferença do sujeito diante dos

objetos, do comportamento, dos eventos ou das ideias. A manifestação de

preferência por algo ou por alguém é, talvez, o comportamento mais comum da

vida quotidiana.

Entende-se aqui por valores organizacionais os valores percebidos pelos

empregados como sendo efetivamente características da organização.

Trata-se, portanto, de princípios ou crenças compartilhadas pelos empregados,

que orientam o funcionamento e a vida da organização. Eles expressam

opções feitas pela empresa através de sua história, preferências por

comportamentos, padrões de qualidade, estruturas organizacionais, estratégias

de gerenciamento etc.

Tamoyo complementa afirmando que a convergência de empregados na

percepção dos valores organizacionais é de grande importância. Ela expressa

a forma como a missão e os objetivos da empresa, bem como as estratégias

adotadas para atingí-los, são percebidos pelos empregados. Uma função dos

valores organizacionais compartilhados entre os membros da empresa é criar

neles modelos mentais semelhantes relativos ao funcionamento e à missão da

organização.

Para Prahalad e Hamel (1995), a competição para o futuro exige o

desenvolvimento de uma nova visão estratégica, de dentro para fora,

repensando a organização, para torná-la apta a inovar e dominar as

oportunidades emergentes. Esta inovação está assentada fundamentalmente

no fator humano.

21

Assim como previsto em legislação, pela sua importância, busca a instituição,

tornar as pessoas produtivas individualmente e para o trabalho em conjunto.

Respeitando o princípio da meritocracia, a Secretaria de Estado de Educação,

proporciona oportunidade para que esses servidores exerçam as funções

estratégicas, mas não só isso, que eles estejam de fato preparados para esse

exercício da função e possam ascender no processo da sucessão.

Conhecer a missão da organização, acreditar nessa missão, aceitar o desafio,

perceber, compreender e aceitar os valores da instituição são fatores que

motivam o servidor na caminhada e adesão à proposta da Secretaria nesse

processo de valorização e desenvolvimento.

2.1. – Criação da Escola de Aperfeiçoamento do Servidor de

Educação do Estado do Rio de Janeiro

A crescente demanda de trabalho especializado, que se baseia no

conhecimento, caracteriza uma grande parte do trabalho dentro da

organização; a era do conhecimento determinou outra dinâmica de trabalho.

Como diz Marco Túlio Zanini, em Confiança (2007,109), o Conhecimento

desenvolvido dentro de uma empresa representa, muitas vezes, uma

competência distinta. Porém o aumento da competitividade, o conhecimento

em si tem alta perecibilidade e, rapidamente, pode tornar-se insuficiente para

responder às demandas de mercado. A empresa necessita constantemente

adquirir novos conhecimentos e adicionar um valor maior ao que produz.

Acompanhando essa afirmativa, destaca-se a importância da criação da

Escola de Aperfeiçoamento do Servidor que assume papel preponderante no

desenvolvimento constante do servidor, alinhado a estratégia da Secretaria

para o alcance de suas metas.

22

2.2 - Remuneração Variável

O Programa estabelecido para a valorização e aperfeiçoamento do

servidor, engloba a remuneração variável que é uma forma de diferenciar o

servidor que, comprometido com os resultados, se esforça no

cumprimento das metas estabelecidas para o alcance do resultado.

A política de remuneração do Governo do Estado é a estabelecida no

plano de cargos e salários que, quando da aplicação beneficia

indistintamente os servidores, pelo tempo de serviço – progressão

horizontal. A remuneração variável beneficia somente o servidor dedicado

e o trabalho em equipe.

2.3 - Aumento Salarial

Apesar do direito a reajuste salarial e a progressão horizontal, por tempo

de serviço, o servidor da educação do Rio de Janeiro, permaneceu longo

tempo sem perceber os reajustes de direito.

Compreendendo que os direitos do servidor devem ser respeitados e com

a implantação do Planejamento Estratégico, acompanhado do Programa

de Aperfeiçoamento e Valorização do Servidor, respeitando o servidor, esta

meta foi perseguida como um dos principais pontos para que esse se

sentisse valorizado.

Promoveu, Inclusive, atualização da tabela de vencimentos-base e a

regularização do “enquandramento” por formação, direito assegurado por

lei, pela realização de formação superior a exigida para o exercício do

cargo efetivo para o qual concursou.

23

2.4 - Seleção para ocupação das funções consideradas

Estratégicas

A ocupação de cargo em comissão ou função gratificada, consideradas

estratégicas, se dava pela indicação de servidor efetivo ou não, assim

como, não era levado em conta o perfil e as competências apresentadas

por esse profissional, levando muitas das vezes, a um desempenho

insatisfatório, por não considerar premissas básicas para esse exercício e

prejuízo na gestão em função do não alcance dos resultados.

Considerando a importância do alinhamento com as estratégias, o

conhecimento mínimo necessário para o exercício da função e, ainda, que

o processo de valorização dos indivíduos está vinculado ao nível de

agregação de valor para a organização, foi então instituído o processo de

seleção interno para o preenchimento dessas funções, principalmente das

pedagógicas, que não permitirá mais outra forma de ocupação que não a

aprovação no citado processo.

2.5 - Avaliação de Desempenho por competência

No momento em que a organização busca novo modelo de gestão, há a

necessidade de adequar seus servidores às suas estratégias de negócios. Um

dos objetivos é alinhar as competências individuais às metas organizacionais.

Assim sendo, os profissionais selecionados para a ocupação das funções

consideradas estratégicas, passarão por avaliação onde serão consideradas

as competências comportamentais, através da análise da aplicação de suas

habilidades e as atitudes tomadas pelo servidor investido na função, que sejam

compatíveis com a função, além do desenvolvimento do conhecimento,

acompanhando as mudanças que levam consequentemente a necessidade da

aquisição de novos conhecimentos.

A avaliação mencionada encontra amparo em diversas teorias; aqui

enfocaremos o estudo realizado por Ana Rita Facchini (2007, 47.) que aponta

24

que diversos autores tentam comprovar relacionamentos entre práticas de

recursos humanos e desempenho, bem como, outros tantos tentaram

comprovar relação entre comprometimento organizacional e desempenho.

Ana explica (2007,48), que o conceito de comprometimento organizacional

mais amplamente utilizado é o proposto por Mowday, Porter e Steers (1979),

que afirmam que é “uma relação forte entre o indivíduo identificado e envolvido

com uma organização, e pode ser caracterizado por três fatores: 1 – Estar

disposto a exercer um esforço considerável em benefício da organização; 2 – A

crença e a aceitação dos valores e objetivos da organização, e 3 – Um forte

desejo de se manter membro desta”. (pag.226).

Sob essa perspectiva, Ana expõe (2008,48), que consequências

comportamentais decorrentes da dimensão afetiva correspondem a resultados

significativamente positivos e estratégicos à organização que busca, por meio

das pessoas, obter vantagem competitiva sustentável.

Os indivíduos mais afetivamente comprometidos possuem maior tendência em

sentirem-se motivados a contribuir mais vigorosamente para a organização,

com menor turnover, absenteísmo mais baixo, desempenho mais elevado e

comportamentos superiores de cidadania organizacional. (Rego e Souto,2004,

34).

Os comportamentos que serão avaliados nos indivíduos, identificarão o nível

de comprometimento de cada um, bem como, em que grau de

desenvolvimento se encontram as competências observadas, se há ou não

lacuna a ser preenchida, e, em caso de identificação de lacuna, qual formação

será necessária para tornar a contribuição do indivíduo alinhada aos objetivos

estratégicos da organização.

Nos estudos realizados por Maria Helena Godoy, (2008,9/18), foi possível

constatar que as lacunas nas competências da equipe escolar têm aparecido

sistematicamente como uma causa de forte impacto para o baixo nível de

aprendizado dos alunos no Brasil.

Partindo do princípio de que habilidades decorrem do conhecimento, é

importante ressaltar que o seu desenvolvimento pode ser alcançado por meio

25

de: a) Treinamento em equipe; b) treinamento no trabalho; c)

Autodesenvolvimento e mútuo desenvolvimento.

O treinamento em equipe pode ser adotado ao se detectar a necessidade de

um novo conhecimento para o grupo, que se caracteriza como básico para a

habilidade necessária.

O treinamento no trabalho deve acontecer também rotineiramente.

Profissionais mais experientes ou com um maior domínio e habilidades devem

dedicar algum tempo para a capacitação de profissionais mais jovens e/ou

inexperientes.

O auto e mútuo desenvolvimento se dão quando, em decorrência de um

desafio, o profissional busca recursos de conhecimento para resolvê-lo

individualmente ou, em grupo, as pessoas se ajudam mutuamente na solução

de um problema.

2.5.1 – Acompanhamento – Avaliação de

Desempenho para os ocupantes das funções

consideradas estratégicas

O Programa de Aperfeiçoamento e Valorização do Servidor Efetivo da

Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, Decreto nº 42.793/11,

estabelece que após um ano de exercício da função para a qual o servidor foi

selecionado e designado, sofrerá avaliação, considerando-se as competências

avaliadas no PSI, detectadas deficiências no desempenho será ofertada

formação visando à adequação do servidor às necessidades da SEEDUC, mas

em caso de 02 (duas) avaliações negativas o servidor será retirado da função

por comprovação de ineficiência de desempenho.

26

CAPÍTULO III

IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO SELETIVO INTERNO O Processo Seletivo Interno está inserido no conceito de Recrutamento,

descrito por Marcia Regina Banov, (2010,38) que se refere aos meios

utilizados pelas organizações para a divulgação de suas vagas com o

objetivo de atrair candidatos desejados por elas. Seu planejamento é

importante porque envolve custos para a organização que, em geral,

disponibiliza um determinado valor para realizá-lo.

O recrutamento tem valor mais elevado se comparado com épocas

anteriores, em função de um grande número de candidatos disponíveis e

da falta de qualificação mínima destes candidatos par a ocupação das

vagas em aberto, o que faz o recrutamento cada vez mais estratégico para

encontrar candidatos que atendam às necessidades das vagas.

O recrutamento é importante porque não trata apenas da divulgação de

vagas, mas de atrair pessoas qualificadas dentro das necessidades da

organização. Uma divulgação mal planejada, ao invés de atrair candidatos

potenciais às vagas, pode surtir efeitos contrários, com a captação e

candidatos fora do perfil desejado, acarretando a má utilização do tempo

disponível para a análise dos perfis (FIDELIS;BANOV,2009), Marcia Banov

(2010,38).

Marcia Banov (2010,39) afirma que devido aos candidatos serem da própria

organização e estarem adaptados à cultura organizacional, o processo

torna-se mais rápido e aponta uma relação positiva entre servidor e

instituição, já que esta, ao fazer o recrutamento interno, se mostra dando

oportunidade a seu público interno.

27

3.1 Ocupação das Funções consideradas estratégicas

O preenchimento de vagas relativas a cargos de livre nomeação e exoneração

- em comissão ou função gratificada, em conformidade com a Constituição

Federal e Estadual pode ser feito por meio de indicação recaindo na pessoa de

servidor efetivo ou pessoa sem vínculo com o serviço público, estando

estabelecido e não regulamentado a preservação de percentual, ainda não

definido, para o servidor efetivo.

Segundo Hely Lopes Meirelles, em Direito Administrativo Brasileiro, cargo

público é o lugar instituído na organização do serviço público, com

denominação própria, atribuições e responsabilidades específicas e estipêndio

correspondente, para ser provido e exercido por um titular, na forma

estabelecida em lei. Função é a atribuição ou o conjunto de atribuições que a

Administração confere a cada categoria profissional ou comete individualmente

a determinados servidores para a execução de serviços eventuais, sendo

comumente remunerada através de pró-labore. Diferencia-se, basicamente,

do cargo em comissão pelo fato de não titularizar cargo público.

Em face da EC 19, as funções de confiança, que só podem ser exercidas por

servidores ocupantes de cargo efetivo, destinam-se, obrigatoriamente, apenas

às atribuições de direção, chefia e assessoramento, que são de natureza

permanente. Tal comando independe de lei, uma vez que o exame deste art.

37, V, revela que para as funções de confiança ele é de eficácia plena, ao

reverso do que ocorre em relação aos cargos em comissão, a serem

preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais

mínimos, previstos em lei, como ali está dito. Essas funções, por serem de

confiança, a exemplo dos cargos em comissão, são de livre nomeação e

exoneração. E têm sido chamadas de funções comissionadas ou funções

gratificadas.

28

3.1.1– Legislação

O Processo Seletivo Interno foi criado com o intuito de permitir igual acesso,

aos cargos e funções de confiança, considerados estratégicos, no âmbito da

Secretaria, a todos os servidores que se sentirem em condições e

comprometidos com os objetivos da SEEDUC.

O Programa estabelecido respeita as normas legais e assegura aos servidores

transparência e oportunidade de acesso e desenvolvimento das competências

necessárias para o exercício das funções de confiança, consideradas

estratégicas.

Foram respeitadas as previsões legais, conforme citação no item 3.1, C.F.-

1988 – C.F. ESTADUAL DE 1989 e DECRETOS nº 42.793/2011 e nº

43.451/2012, e Decreto nº 2479/1979 – Estatuto do Servidor Público Civil do

Estado do Rio de Janeiro.

3.2 - Definição das Etapas do Processo SeIetivo

Interno – PSI.

O Processo Seletivo Interno criado com o intuito de valorizar e permitir acesso

a todos os servidores, instituído no modelo tradicional de seleção de concurso,

estabelece 04 (quatro) etapas para sua realização: a) Prova de

Conhecimentos Específicos; b) Análise de Títulos e Experiência Profissional;

c) Avaliação de Perfil, e d) Curso de Formação.

3.2.1. Prova de Conhecimentos Específicos

De acordo com as atribuições de cada cargo é indicada literatura relativa e

avaliado o conhecimento mínimo exigido para o desempenho da função, a

exemplo do cargo de Diretor de Unidade Escolar que, além do conhecimento

29

pedagógico e administrativo da escola, necessita apresentar conhecimento de

gestão, Legislação de Pessoal e informática.

3.2.2. Análise de Títulos e Experiência Profissional

O servidor que ao longo de sua vida funcional buscou o aperfeiçoamento e

desempenhou funções que lhe atribuíram experiência profissional recebe

pontuação que o elevam na concorrência com os demais candidatos.

Os aspectos analisados nesta etapa (qualificação profissional ou experiência

profissional) mostram o que o candidato conhece, sabe fazer, suas habilidades

gerais, técnicas e comportamentais, ou seja, suas competências (por exemplo,

se liderou, de que maneira o fez e os resultados que trouxe da sua liderança).

Nas demais etapas poderá ser averiguado se o que está na documentação do

candidato é compatível com ele.

A sua formação acadêmica ou formação educacional, mostra os cursos

regulares e extracurriculares que o candidato fez. Aponta se a pessoa tende a

ser especialista ou generalista. Que será considerado de acordo com o perfil

do cargo e da cultura organizacional.

Este tópico auxilia também a averiguar se o candidato se atualiza com

frequência, se faz cursos a distância etc. (Marcia Banov, 2010,64).

3.2.3. Avaliação de Perfil

A etapa estabelecida como avaliação de perfil, objetiva minimizar os efeitos da

seleção apenas por avaliação do conhecimento, buscando na forma de

entrevista e dinâmicas de grupo, observar competências que os candidatos

possuam já desenvolvidas e/ou potencial de competência a ser desenvolvida

no exercício da função, recebendo para isso, formação adequada, no caso de

aprovação no processo.

Como técnica mais utilizada na seleção, a entrevista envolve um encontro

entre um ou mais entrevistadores e um ou mais entrevistados, onde os

30

primeiros colhem informações sobre os demais visando uma possível

contratação. Esta técnica permite averiguar conhecimentos, esclarecer dados

que não estejam claros no currículo, aprofundar informações, dar oportunidade

ao candidato de expor suas qualificações e expectativas, informar ao candidato

sobre a cultura da organização, o cargo, remuneração, condições de trabalho,

dentre outras necessárias e indispensáveis ao cumprimento dos objetivos

estratégicos. (Marcia Banov, 2010, p.66).

Considerando, ainda, a possibilidade da utilização da dinâmica de grupo, na

seleção, essa consiste em um conjunto de técnicas, que reúnem um grupo de

pessoas com mínimo de seis e máximo de 12 candidatos, concorrendo a uma

mesma vaga.

O objetivo dessa técnica é observar como o candidato se comporta e se

relaciona em grupo, além de possibilitar a observação de algumas

características pessoais, como por exemplo, indecisão, iniciativa,

argumentação ou como lida com pressões, conflitos, como resolve e soluciona

problemas.

As atividades propostas variam desde histórias do cotidiano, análise de filmes,

artigos diversos até discussões de temas relacionados ao cargo para que o

grupo chegue a uma conclusão conjunta. O que importa, neste trabalho, é o

desempenho de cada candidato dentro do grupo. (Marcia Banov, 2010,77)

3.2.4. Curso de Formação

Aprovado nas duas primeiras etapas do processo e considerado adequado ao

exercício da função, na terceira etapa do processo de seleção, o servidor

participa de um curso de formação com 40 horas para receber as orientações

e instruções sobre as políticas e programas da Secretaria e de que forma a

função colabora para o efetivo atingimento das metas estabelecidas.

31

3.3 - Edital do Processo Seletivo para as Funções

Consideradas Estratégicas.

As regras estabelecidas para o processo seletivo são descritas através de

Edital e publicadas no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro - DOERJ,

página institucional do parceiro na execução do processo seletivo, e página da

Secretaria de Estado de Educação.

32

CAPÍTULO IV

INOVAÇÃO NO PROCESSO SELETIVO INTERNO O processo descrito no capítulo anterior foi construído nos moldes

tradicionais tomando por base o formato de seleção utilizado em concurso

público, necessário no momento da implantação da designação por mérito

quando a Secretaria utilizava-se do poder discricionário para designação de

servidores para o exercício das funções de confiança.

Em rápida análise considera-se que o modelo implantado tanto quanto

auxiliou na escolha dos profissionais para ocupação das funções,

apresentou algumas amarras em relação a decisão de não designação de

candidato com restrição não identificada na avaliação de perfil.

No intuito de proporcionar maior segurança nessa designação, bem como,

melhor desempenho é apresentada proposta visando maior assertividade e

assegurando transição do modelo atual para, em um segundo momento,

implantar novo formato de ingresso nas funções estratégicas, sem retornar

à tradicional indicação, garantindo ascensão ao profissional que investiu no

seu desenvolvimento profissional, ratificada pela avaliação de desempenho

por competência.

A obrigatoriedade de seleção, estabelecida no Programa de Valorização e

Aperfeiçoamento do Servidor da Secretaria de Estado de Educação refere-

se à carreira pedagógica, assim sendo, aqui será tratada a seleção para as

funções de Diretor e Diretor Adjunto de unidade escolar.

A organização do processo seletivo interno se dará para selecionar

candidato com perfil adequado ao exercício da função de direção da

unidade escolar sem, portanto, utilizar classificação separada nos dois

níveis de direção: a geral e a adjunta. Os candidatos serão classificados

nas etapas da prova de conhecimentos específicos e na análise de títulos e

experiência profissional, seguindo para a etapa de avaliação do perfil,

somente àqueles que atingirem a pontuação mínima estabelecida em

edital; considerar-se-á nesta etapa a entrevista e a prova situacional, que

33

terá por base as competências necessárias para a função, identificando os

candidatos em condições de assumir imediatamente a direção geral e a

adjunta, pelo nível de competência demonstrado.

O novo formato proposto assegura à Instituição a identificação do perfil

adequado para o exercício, em primeiro plano, da função de diretor e

àqueles identificados com perfil adequado ao exercício da função de

direção adjunta serão incluídos, após um ano de atuação na função, em

cursos de formação continuada e formação em serviço, cujo curso será

elaborado com a finalidade de desenvolver competências para a ascensão

profissional. O resultado dessa formação somado ao da avaliação de

desempenho por competências tornará o servidor habilitado ao

preenchimento de vaga na função de direção geral.

Amadurecido o processo de transição implantar-se-á a segunda alteração

no formato da seleção para as funções de confiança da área pedagógica,

consideradas estratégicas, promovendo a reformulação do Processo

Seletivo Interno – PSI.

4.1. – Nova estruturação do Processo Seletivo

Interno

As funções estratégicas são organizadas por níveis hierárquicos, e na

estrutura da unidade escolar, apresentam-se as funções: Coordenação

Pedagógica, Orientação Educacional (consideradas de mesmo nível

hierárquico), Direção Adjunta e Direção Geral.

O acesso às funções de confiança na unidade escolar permanece com a

realização do Processo Seletivo Interno – PSI, iniciando-se pelo nível de

Coordenação Pedagógica e/ou Orientação Educacional, mantendo-se as

regras estabelecidas para a identificação das competências para o

exercício das funções.

O preenchimento das demais funções se dará pelo desenvolvimento dos

profissionais, através do Plano de Desenvolvimento Individual – PDI,

34

compreendendo, ainda, a avaliação do desempenho por competências e o

atingimento das metas estabelecidas para a unidade escolar, estabelece-se

desta forma o “encarreiramento” do servidor que terá a oportunidade de

construir em conjunto com a Coordenação de Carreiras e Sucessão o seu

Plano de Desenvolvimento na Carreira.

4.2 – Plano de Carreira Individual – PCI

O servidor que demonstrar interesse em deixar de atuar como docente e tiver

identificadas competências que possibilitem atuação em funções estratégicas,

elaborará o seu plano de carreira que será apresentado à área responsável

pela gestão das carreiras, onde passará por análise e aprovação nos níveis

necessários.

Posteriormente o servidor será convocado para o detalhamento do

planejamento junto ao RH, confirmação do alinhamento com os objetivos

estratégicos da instituição e estabelecimento de indicadores para

acompanhamento e avaliações, bem como, o prazo para a execução do

plano, combinado com o plano e desenvolvimento individual.

O plano de carreira deve ser considerado como uma oportunidade para o

Plano de Sucessão na organização.

Segundo Gary Dessler, em Administração de Recursos Humanos (2003,78),

a previsão da disponibilidade de candidatos internos é particularmente

importante nos planos de sucessão. Em poucas palavras, plano de sucessão

se refere aos planos que a empresa faz para preencher as posições

executivas mais importantes. Na prática, o processo frequentemente envolve

uma série de passos complicados e integrados. Por exemplo, sucessores

potenciais para o alto gerenciamento podem ser encaminhados para altos

cargos de divisões-chave, assim como para o exterior, e então ser enviados

ao Programa de Administração Avançada da Harvard Business School.

Como resultado, ima definição mais abrangente de plano de sucessão é “o

processo de garantir um suprimento adequado de sucessores para cargos-

35

chave atuais e futuros, de acordo com a estratégia organizacional, de modo

que a carreira dos indivíduos possa ser planejada e gerenciada para otimizar

as necessidades da organização e as aspirações do indivíduo”. O plano de

sucessão inclui as seguintes atividades:

Análise da demanda por gerentes e profissionais por nível, função e

habilidade.

Verificação dos executivos atuais e projeção do provável suprimento futuro a

partir de fontes internas.

Planejamento de carreiras individuais, com base em estimativas objetivas de

necessidades futuras, apoiado em avaliações de desempenho e de potencial

confiável.

Aconselhamento de carreira no contexto de um entendimento realista das

necessidades futuras da empresa e do indivíduo.

Promoções aceleradas com desenvolvimento orientado para as necessidades

futuras da empresa.

Treinamento e desenvolvimento relacionados ao desempenho, preparando as

pessoas para cargos futuros e para responsabilidades atuais.

Planejamento estratégico do recrutamento não apenas para preencher

necessidades de curto prazo, mas também para fornecer pessoas a serem

desenvolvidas com vistas às necessidades futuras.

4.3 – Programa de Desenvolvimento e Certificação

para o exercício das funções de confiança

A carreira de gestor na unidade escolar está atrelada ao ingresso por meio de

seleção nas funções de Coordenador Pedagógico ou Orientador Educacional.

Os servidores que já se encontram no exercício das funções poderão elaborar

o seu plano que será incluído no Programa de Desenvolvimento e Certificação

– PDC, a partir do nível em que se encontra.

36

Para cada nível hierárquico será construído um roteiro estabelecendo as

formações e requisitos necessários para o exercício da função desejada.

Cada formação será avaliada e pontuada, combinando o seu resultado com a

avaliação de desempenho e o atingimento das metas estabelecidas no

planejamento estratégico.

A realização dos cursos de formação se dará uma vez por ano, com duração

mínima de 06 (seis) meses, podendo ser utilizado um modelo de ensino

híbrido, ou seja, podendo combinar aulas presenciais e virtuais.

A certificação aqui proposta se caracteriza pelo somatório de todas as etapas

estabelecidas e seus respectivos registros no documento intitulado certificado

de habilitação para o exercício de função de confiança.

Cada função terá estabelecida pontuação de acesso e o servidor que atingir

essa pontuação estará habilitado ao exercício da função, com a expedição do

respectivo certificado, e terá resguardado o direito de escolha da unidade para

atuação, pela classificação obtida no Programa.

4.4 – Etapas a serem consideradas pelos

servidores interessados no exercício das funções

em nível hierárquico superior.

A nova estrutura do processo seletivo interno avança na medida em que

deixa a formatação tradicional e passa a considerar competências,

possibilidade de construção de carreira de gestor (além da carreira de

docente), realização do curso de habilitação, compromisso do profissional

com os objetivos estratégicos da instituição e o comprometimento em

executar o planejamento construído.

37

4.5 – Definição das etapas de estruturação do novo

Processo Seletivo Interno.

4. 5.1 - Curso de Habilitação para a participação na Seleção

Na forma atual do processo seletivo encontramos servidores com interesse no

exercício da função, e como a atuação funcional difere em muito da rotina de

gestão, um considerável número de servidores não consegue aprovação seja

ela em nível de conhecimento, experiência e demonstração das competências

necessárias a esse exercício.

4.5.1.1 - Desta forma, estabelece-se como primeira etapa o curso de

Desenvolvimento Gerencial;

4.5.1.2 - Seleção para a realização do curso com a aprovação dos

servidores que alcançarem as melhores notas respeitando o número de

vagas ofertadas;

4.5.1.3 - Para a aprovação no curso o servidor deverá ter

aproveitamento final igual ou superior a 70%;

4.5.1.4 - A realização do curso se dará uma vez por ano com

duração mínima de 6 (seis) meses;

4.5.2 – Avaliação de Perfil

4. 5.2.1 – Poderão se inscrever para a seleção na etapa da Avaliação de

Perfil o servidor que recebeu a habilitação no curso descrito na etapa 4.1 que

passará pelas subetapas a seguir:

4.5.2.2 - Entrevista Individual, ocasião em que o servidor poderá

demonstrar seu interesse e fazer sua apresentação, cabendo ao entrevistador

explorar o momento para capturar as informações e observar o comportamento

para análise do perfil do candidato;

38

4.5.2.3 - Prova situacional onde os candidatos receberão questões a

serem analisadas e terão a oportunidade de se colocar demonstrando as

competências que possui e o avaliador observar se os níveis das

competências demonstradas estão adequados às exigências de cada função.

4.5.2.4 – Serão selecionados os servidores/candidatos que demonstrarem

maior proximidade dos níveis exigidos para a função.

4.5.3 - Avaliação de Desempenho

4.5.3.1 - Os servidores da Secretaria de Estado de Educação passarão

obrigatoriamente, uma vez por ano, por avaliação de desempenho, podendo

essa periodicidade ser alterada para 06 (seis) meses, de acordo com as

necessidades percebidas pela alta administração;

4.5.3.2 – A avaliação de desempenho realizada será considerada como

item na classificação do servidor no processo seletivo, respeitando a definição

dos graus estabelecidos para cada função e servirá de base para a inscrição

no programa de desenvolvimento, considerando o resultado apresentado.

4.5.4 – Situação Funcional

4.5.4.1 – A Secretaria de Estado de Educação valoriza o servidor proporcionando igualdade de direitos para a participação seja em PSI, seja em

cursos para o seu desenvolvimento, respeitada a demonstração de interesse, a

construção do plano de desenvolvimento individual, atrelado à construção do

plano de carreira, sobretudo, prima pelo respeito aos valores organizacionais e

morais indispensáveis para o alcance de seus resultados, assim sendo,

necessário o levantamento da situação funcional de cada servidor interessado

no exercício das funções estratégicas, onde será observado o registro de

restrições legais que tragam impedimento às designações aqui propostas.

39

4.6 - Plano de Desenvolvimento Individual

O servidor que construiu seu plano de carreira individual construirá, com o

apoio do RH, o seu plano de desenvolvimento individual que estabelecerá e

registrará em documento, a necessidade de formação daquele servidor, para o

alcance dos objetivos estabelecidos inicialmente.

Construído o plano, o servidor assumirá compromisso e definirá o tempo para

o cumprimento do plano que não poderá ultrapassar 36 (trinta e seis) meses.

Esse item terá importância fundamental e pontuação para classificação no

processo seletivo e será, ainda, atribuída pontuação ao servidor que além do

programa básico construído para o seu desenvolvimento, apresentar formação

complementar de 180 horas, considerando-se como formação complementar:

A - Whorkshop relacionado à área de atuação pretendida ou relativo à gestão;

B – Fórum relacionado a área de atuação pretendida ou relativo à gestão;

C – Seminário relacionado a área de atuação pretendida ou relativo à gestão;

D – Participação em, pelo menos, 02 (dois) outros cursos de duração mínima

de 40 horas, relacionados à área de atuação ou relativos à gestão.

4.7 - Edital do novo Processo Seletivo para as Funções

Consideradas Estratégicas.

As regras estabelecidas para o processo seletivo são descritas através de

Edital e publicadas no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro - DOERJ,

página institucional do parceiro na execução do processo seletivo, e página da

Secretaria de Estado de Educação.

40

CONCLUSÃO

Durante um ano, após as definições e colocação em prática das ações do

planejamento estratégico, a Secretaria de Estado de Educação, trabalhou nas

diversas frentes constantes do Decreto nº 42.793/2011, que estabelece o

Programa de Aperfeiçoamento e Valorização do Servidor da Secretaria de

Estado de Educação, para o cumprimento das ações planejadas, alcance das

metas e consequente atingimento do resultado.

Essas ações tiveram comprovadas sua eficiência, quando da divulgação do

resultado da Avaliação, em novembro de 2011, tendo o Estado do Rio de

Janeiro alcançado a 15º posição, no ranking do Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica – IDEB, subindo 11 posições.

Prova esse resultado que respeitar e valorizar o servidor, bem como,

implementar um trabalho de gestão com seriedade, proporcionando condições

para a atuação do profissional, considerando o comprometimento de cada um

é possível alcançar os resultados e que o servidor público bem preparado tem

potencial e competência para a realização do trabalho.

A proposta aqui apresentada assegurará em menor tempo o nivelamento dos

profissionais e maior alinhamento com as ações tornando possível a realização

das ações no prazo estabelecido.

A nova proposta para a realização de processo seletivo interno e as ações

planejadas, para o exercício de 2012/13, têm foco na meta estabelecida pelo

Governo do Estado do Rio de Janeiro para o ano de 2014: estar entre os 05

(cinco) primeiros estados classificados no ranking nacional do IDEB.

41

BIBLIOGRAFIA

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Bresser Pereira, L.C. – Uma Nova Gestão Para Um Novo Estado: Liberal,

social e republicano. Revista do Serviço Público, ano 52. N.1. Brasília: ENAP.

Jan/Mar. 2001;

Silva, Christiane O.P – Reforma Administrativa e a Emenda nº 19/98: Uma

análise Panorâmica. Revista Jurídica Virtual. V.1. n.1. Brasília. Maio.1999;

Decreto Estadual nº 2479/1979 – Estatuto do Servidor Público Civil do Estado

do Rio de Janeiro. Decreto Estadual nº 42.793/2011 – Estabelece Programas para o

Aprimoramento e Valorização do Servidor da Secretaria de Estado de

Educação do Rio de Janeiro;

Decreto Estadual nº 43.451/2012 – Altera o Decreto 42.793/11;

Decreto Federal nº5707 de 23/02/2006- Institui a Política e as Diretrizes para o

Desenvolvimento de Pessoal;

Dessler, Gary – Administração de recursos humanos – SP – 2003;

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Fleury, Sonia – Reforma del Estado. Revista de Administração Pública, v.35,

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Godoy, M.H.P. Coelho de. – Gestão Integrada da Escola – Nova Lima - 2009;

Godoy,M.H.P. Coelho de. – Como melhorar as Competências da Equipe

Escolar Implementando a Matriz de Capacitação – Nova Lima - 2008;

Tamoyo, A. – Valores Organizacionais, sua relação com a satisfação no

trabalho, Cidadania Organizacional e comprometimento Afetivo. – Revista da

Administração – SP. – 1998;

Zanini, M.T. – Confiança: O principal ativo intangível de uma empresa:

pessoas, motivação e construção de valor – RJ - 2007;

42

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTOS 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

MUDANÇAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 10

1.1 ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 15

1.1.1. Criação da Subsecretaria de Gestão de Pessoas 16

1.2. Metas 17

1.3. Gestão Integrada da Escola – GIDE 17

1.4. Legislação 18

CAPÍTULO II

VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR – MERITOCRACIA 10

2.1. Criação da Escola de Aperfeiçoamento do Servidor de

Educação do Estado do Rio de Janeiro 21

2.2. Remuneração Variável 22

2.3. Aumento Salarial 22

43

2.4. Seleção para ocupação das funções consideradas

Estratégicas 23

2.5. Avaliação de Desempenho por competência 23

2.5.1. Acompanhamento – Avaliação de Desempenho para os

ocupantes das funções consideradas estratégicas 25

CAPÍTULO III

IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO SELETIVO INTERNO 26

3.1. Ocupação das Funções consideradas estratégicas 27

3.1.1. Legislação 28

3.2- Definição das Etapas do Processo SeIetivo Interno–PSI 28

3.2.1. Prova de Conhecimentos Específicos 28

3.2.2. Análise de Títulos e Experiência Profissional 29

3.2.3. Avaliação de Perfil 29

3.2.4. Curso de Formação 30

3.3. Edital do Processo Seletivo para as Funções Consideradas

Estratégicas. 31

CAPÍTULO IV

INOVAÇÃO NO PROCESSO SELETIVO INTERNO 32

4.1. Nova estruturação do Processo Seletivo Interno 33

4.2. Plano de Carreira Individual – PCI 34

4.3. Programa de Desenvolvimento e Certificação para o

exercício das funções de confiança 35

4.4. Etapas a serem consideradas pelos servidores

interessados no exercício das funções em nível hierárquico

superior. 36

44

4.5. Definição das etapas de estruturação do novo Processo

Seletivo Interno. 37

4.5.1.Curso de Habilitação para a participação na Seleção 37

4.5.2. Avaliação de Perfil 37

4.5.3. Avaliação de Desempenho 38

4.5.4. Situação Funcional 38

4.6. Plano de Desenvolvimento Individual 39

4.7. Edital do novo Processo Seletivo para as Funções

Consideradas Estratégicas. 39

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41