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  • A PopulaA Populao, Utilizadora de Recursos e o, Utilizadora de Recursos e Organizadora de EspaOrganizadora de Espaosos

    A PopulaA Populao: Evoluo: Evoluo e Difereno e Diferenas Regionaisas Regionais

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  • A Evoluo da Populao Portuguesa na Segunda Metade do Sculo XX.

    Na segunda metade do sc. XX, a populao portuguesa residente no territrio nacional, aumentou.

    Segundo o ltimo Recenseamento Geral da Populao, realizado em 2001, o seu valor total era de cerca de 10,3 milhes de habitantes.

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  • A Evoluo da Populao Portuguesa, de 1950 a 2001 (fonte INE).

    A evoluo da populao absoluta no foi regular, durante o perodo de tempo considerado.

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  • A Evoluo da Populao Portuguesa, de 1950 a 2001 (fonte INE).

    Dcada de 50 Crescimento positivo (mas pouco significativo) dapopulao absoluta, consequncia de um saldo natural positivo, devido:

    Ao facto de Portugal ser um pas acentuadamente rural;

    Ao nmero reduzido de mulheres inseridas no mercado de trabalho;

    Ao facto de Portugal ser um pas sob forte influncia da Igreja Catlica.

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  • A Evoluo da Populao Portuguesa, de 1950 a 2001 (fonte INE).

    Dcada de 60 Decrscimo da populao absoluta portuguesa, devido:

    Ao mais intenso fluxo emigratrio alguma vez registado (sobretudo para alguns pases europeus);

    Ao incio da reduo da taxa de crescimento natural (com a introduo de meios contraceptivos modernos e eficazes, que se traduziram no decrscimo da taxa de natalidade.

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  • A Evoluo da Populao Portuguesa, de 1950 a 2001 (fonte INE).

    Dcada de 70 Ruptura na tendncia do declnio demogrfico, observando-se o maior aumento da populao absoluta neste sculo (sc. xx), devido:

    Ao regresso de milhares de portugueses das ex-colnias, na sequncia do 25 de Abril de 1974;

    Ao regresso de milhares de cidados portugueses emigrantes na Europa, afectados pela crise que condicionou a economia de muitos pases receptores;

    Ao regresso de milhares de cidados portugueses emigrantes na Europa, atrados pela melhoria das condies socioeconmicas introduzidas pelo 25 de Abril de 1974, em Portugal.

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  • A Evoluo da Populao Portuguesa, de 1950 a 2001 (fonte: INE).

    Dcada de 80 Crescimento demogrfico praticamente nulo, devido: diminuio da taxa de crescimento natural, fundamentalmente, como resultado dos baixos valores da taxa de natalidade.

    Dcada de 90 Crescimento ligeiro da populao absoluta, devido:

    A um novo fenmeno observado na sociedade portuguesa: a Imigrao.

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  • Portugal Pas de Imigrao?

    Os movimentos migratrios tm um papel muito importante na evoluo da populao em Portugal, um pas, por tradio, de emigrantes, mas que, nos ltimos anos, viu a corrente migratria mudar drasticamente de direco. De facto, desde os anos 90 do sculo xx que o fluxo imigratrio aumentou no nosso pas, sendo responsvel pelo actual saldo migratrio positivo. A populao estrangeira residente em Portugal est a crescer substancialmente, sendo que em 2002 o nmero de imigrantes era de 238 746 ( mais 14 770 do que em 2001), o correspondente a 2,3 % do total da populao. A distribuio dos imigrantes por sexos demonstra que existem em Portugal 125 homens para 1000 mulheres.Quanto origem dos estrangeiros que vieram para Portugal em 2002, 47,8 % eram oriundos de frica. A proporo de europeus residentes em Portugal subiu ligeiramente em 2002 para 30,2 %. A maioria veio do Reino Unido (6,7 %), Espanha (6,1 %) e Alemanha (5 %). Os brasileiros residentes eram cerca de 10,4 %. Nos anos 90, assistiu-se a um crescimento da Imigrao da Europa de Leste, especialmente da Ucrnia, Moldvia, Rssia e Romnia.

    Fonte: Jornal de Notcias, 23 de Fevereiro de 2004 (Adaptado).

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  • O Crescimento Natural da Populao.

    Segundo previses do INE, a tendncia actual do crescimento da populao portuguesa aponta para o decrscimo demogrfico, imagem do que acontece na generalidade dos pases desenvolvidos da Europa e do Mundo. Esta situao

    coloca questes preocupantes, a vrios nveis.

    A evoluo da populao depende da evoluo de vrias variveis demogrficas, das quais se destacam a natalidade (N) e a mortalidade (M), que permitem calcular o crescimento natural (CN).

    CN = N - M

    As variveis demogrficas devem ser apresentadas em valores relativos (em permilagem, geralmente), para possibilitar a comparao entre pases e entre diferentes perodos; da a taxa de natalidade (TN), a taxa de mortalidade (TM) e a taxa de crescimento natural (TCN).

    TCN = TN - TM

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  • A Evoluo das Taxas de Natalidade e de Mortalidade, entre 1950 e 2001 (fonte: INE).

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  • A Evoluo das Taxas de Natalidade e de Mortalidade, entre 1950 e 2001 (fonte: INE).

    A taxa de crescimento natural regista valores positivos na 2 metade do sc. xx, mas manifesta tendncia para diminuir; esses valores so quase nulos, nos ltimos anos considerados. Esta situao deve-se:

    Ao progressivo decrscimo da taxa de natalidade;

    Aos valores da taxa de mortalidade, que se tm mantido mais ou menos constantes ao longo do perodo considerado.

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  • Taxa de Fecundidade e ndice Sinttico de Fecundidade.

    A taxa de natalidade uma varivel insuficiente na anlise do processo evolutivo de uma populao, j que se reporta ao n de nascimentos registados no universo da populao absoluta, independentemente do sexo e da idade.

    cada vez mais frequente a utilizao de outras variveis, como a taxa de fecundidade e o ndice sinttico de fecundidade.

    Taxa de Fecundidade Nmero de nascimentos vivos por cada mil mulheres em idade de procriao (entre os 15 e os 49 anos).

    ndice Sinttico de Fecundidade - Nmero de filhos que cada mulher tem, em mdia, durante a sua vida fecunda (dos 15 aos 49 anos).

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  • Evoluo do ndice Sinttico de Fecundidade.

    O ndice Sinttico de Fecundidade tem variado de forma semelhante taxa de natalidade.

    As causas do declnio do ndice Sinttico de Fecundidade e da taxa de natalidade so muitas e muito complexas (sobretudo se enquadradas num contexto social).

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  • Causas do declnio do ndice Sinttico de Fecundidade e da taxa de natalidade.

    As causas do declnio do ndice Sinttico de Fecundidade e da Taxa de Natalidade so muitas e muito complexas; apontam-se algumas:

    Crescente participao da mulher no mercado do trabalho;

    Preocupaes com a carreira profissional, situao que prolonga o perodo de formao e conduz ao casamento mais tardio;

    Precariedade crescente do emprego;

    Preocupao crescente com a educao e o bem-estar dos filhos, exigindo investimentos cada vez maiores;

    Acesso a mtodos contraceptivos cada vez mais eficazes;

    Mudana de mentalidade e de filosofia de vida, incompatvel com um nmero elevado de filhos;

    Crescente dificuldade na aquisio de habitao (crescimento da taxa de urbanizao) e aumento do stress provocado pela vida na cidade.

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  • Renovao das Geraes.

    O ndice Sinttico de Fecundidade atingiu, em 1981, o limiar mnimo de renovao das geraes (2,1 filhos por mulher), momento a partir do qual se registou uma progressiva diminuio. Isto significa que, nos ltimos anos, a renovao das geraes no foi assegurada o nmero mdio de filhos que cada mulher tem, no suficiente para assegurar a substituio das geraes.

    ndice de Renovao das Geraes Nmero mdio de filhos que cada mulher devia ter durante a sua vida frtil, para que as geraes pudessem ser substitudas.

    A gravidade da situao demogrfica portuguesa tem sido ligeiramente atenuada devido ao movimento imigratrio verificado; os imigrantes, geralmente jovens, so, igualmente, responsveis por um nmero significativo de nascimentos, registados nos ltimos anos em Portugal.

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  • A Evoluo da Taxa de Mortalidade, entre 1950 e 2001 (fonte: INE).

    Tal como a taxa de natalidade tem vindo a diminuir, tambm a taxa de mortalidade decresceu, sobretudo na primeira metade do sculo xx, registando desde ento e at actualidade, uma tendncia para estabilizar.

    Na dcada de 80 registou-se uma leve subida da taxa de mortalidade da populao portuguesa, consequncia do envelhecimento demogrfico (tal como acontece nos pases mais desenvolvidos).

    Nos ltimos anos tem aumentado o n-mero de doentes do foro cardiovascular, consequncia da melhoria do nvel de vida da populao (estilos de vida menos saudveis, que levam diminuio da esperana mdia de vida).

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  • Factores Responsveis Pelos Baixos Valores da Taxa de Mortalidade.

    O aumento do nvel de vida da populao, que permitiu melhorar as condies alimentares e habitacionais;

    O desenvolvimento da Medicina preventiva e da farmacologia;

    A melhoria registada na assistncia mdica e nas condies sanitrias;

    O aumento da informao relativamente a muitas doenas e os progressos verificados na sua preveno;

    A melhoria registada nas condies de trabalho;

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  • A Taxa de Mortalidade Infantil.

    Esta varivel demogrfica frequentemente utilizada como indicador de desenvolvimento, uma vez que os seus valores tendem a diminuir com: A melhoria das condies de vida;

    A intensificao e diversificao dos cuidados materno-infantis;

    O aumento da instruo;

    Os valores da taxa de mortalidade infantil registados em Portugal so, actualmente, idnticos aos da mdia dos pases mais desenvolvidos da Unio Europeia.

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  • A Evoluo do Fenmeno Migratrio em Portugal, entre 1900 e 2002 (fonte: Porto de

    Partida Porto de Chegada, ncora Editora).

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  • O Saldo Migratrio.

    A evoluo da populao o seu crescimento efectivo no se explica unicamente pelo crescimento natural, mas tambm pelo saldo migratrio, isto , pela diferena entre o nmero total de imigrantes e o nmero total de emigrantes, registados num determinado perodo de tempo.

    Saldo Migratrio = Imigrao Emigrao

    Tradicionalmente, Portugal pode ser considerado um pas de Emigrao, dado estrutural da nossa economia e do modelo de desenvolvimento.

    De acordo com dados divulgados pelo Ministrio dos Negcios Estrangeiros, em 1999, existiam cerca de 4,8 milhes de portugueses ou habitantes de origem portuguesa, a residir no estrangeiro.

    A grandeza dos nmeros demonstra de forma expressiva a dimenso do fenmeno emigratrio que marcou o Portugal moderno e contemporneo.

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  • A Emigrao Portuguesa no Mundo (fonte: Porto de Partida Porto de Chegada, ncora Editora).

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  • A Emigrao Portuguesa no Mundo

    At dcada de 60 do sculo xx Os portugueses emigravam sobretudo para a Amrica e muito especialmente para o Brasil.

    As dcadas de 60 e 70 do sculo xx Marcam uma alterao no sentido do fluxo emigratrio portugus; o destino preferido passou a ser constitudo por pases da Europa Ocidental. Um nmero muito significativo de portugueses emigrou clandestinamente, indo desempenhar trabalhos pouco exigentes em termos de qualificao profissional, mas geralmente de grande esforo fsico e mal remunerados. Os principais pases de destino eram a Frana, a Alemanha, o Luxemburgo e a Sua.

    Os portugueses, em nmero nunca anteriormente registado, emigraram nas dcadas de 60 e 70 para pases em franca expanso industrial, numa poca de reconstruo e desenvolvimento ps-II Guerra Mundial, mas com carncia de mo-de-obra.

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  • Algumas Causas da Emigrao Portuguesa

    (dcadas de 60 e 70).

    Fuga da Guerra Colonial (sobretudo jovens adultos do sexo masculino);

    Fuga da fome e da pobreza;

    Fuga do isolamento em que o pas se encontrava;

    Fuga de um sistema poltico opressor;

    Busca de trabalho mais bem remunerado (comparativamente com os salrios pagos, na poca, em Portugal);

    Procura de melhores condies de vida.

    Neste perodo, os portugueses emigravam por longos perodos de tempo (Emigrao Permanente), mas a proximidade geogrfica dos pases receptores permitia sonhar com o regresso ao pas, ao contrrio do que aconteceu no perodo anterior, em que a sada do pas era, quase sempre, um acto definitivo.

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  • Alteraes no Comportamento da Emigrao Portuguesa (A Partir de Meados da Dcada de 70).

    A partir de meados da dcada de 70, a situao altera-se profundamente, relativamente emigrao portuguesa.

    Os pases da Europa Ocidental, at a receptores da emigrao portuguesa, entraram num perodo de recesso econmica que os obrigou a impor restries imigrao (na sequncia do choque petrolfero que desencadeou uma subida extraordinria do preo do petrleo, com naturais consequncias na economia). Perante esta situao, muitos portugueses regressaram a Portugal.

    Simultaneamente, altera-se a situao poltica no nosso pas, na sequncia da Revoluo do 25 de Abril de 1974, com repercusses a nvel social e econmico; as condies de vida dos portugueses comeam a melhorar, o que contribui para a reduo da emigrao.

    Assiste-se tambm ao retorno de milhares de cidados a residir nas antigas colnias, bem como de exilados polticos noutros pases.

    A partir da dcada de 80 diminui a intensidade da emigrao; esta passa a ser cada vez mais temporria ou sazonal.

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  • Consequncias Negativas da Emigrao Portuguesa (Segunda metade do sculo xx).

    Com a sada de muitos portugueses jovens e adultos jovens, verificou-se:

    A diminuio da natalidade;

    A diminuio do crescimento efectivo;

    O envelhecimento demogrfico;

    A diminuio da populao activa.

    A diminuio da populao activa reflectiu-se de forma dramtica nas regies do interior que, em muitos casos, iniciaram um processo de desertificao que ainda no conseguiram inverter.

    a partir da dcada de 60 que se acentuam, no nosso pas, as assimetrias regionais que opem o litoral ao interior.

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  • Consequncias Positivas da Emigrao Portuguesa (Segunda metade do sculo xx).

    A emigrao portuguesa tambm est associada a alguns aspectos que foram muito positivos para Portugal, nomeadamente:

    A remessa de divisas estrangeiras (dinheiro enviado pelos emigrantes), fundamentais para o equilbrio da balana de pagamentos;

    O desenvolvimento das regies de partida, como resultado dos investimentos dos emigrantes em vrios sectores de actividade (construo civil, agricultura, comrcio e indstria);

    A melhoria do nvel de vida dos portugueses que no emigraram, como resultado dadiminuio do desemprego e do aumento dos salrios;

    A modernizao tecnolgica de muitos sectores, como forma de fazer face falta de mo-de-obra.

    Entre as mudanas mais significativas sublinhe-se a alterao dos processos produtivos, da estrutura e dos movimentos naturais da populao, dos comportamentos e das prticas culturais L. Martins Emigrao portuguesa, in Porto de Partida Porto de Chegada, ncora Editora.

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  • Alguns Tipos de Migrao

    Migrao Definitiva Sada de populao para outros pases onde se fixam definitivamente (para residir e trabalhar); geralmente quando h mudana de continente.

    Migrao Permanente - Sada de populao para outros pases por um perodo de tempo superior a um ano (geralmente perodos longos).

    Migrao Temporria - Sada de populao para outros pases por um perodo de tempo inferior ou igual a um ano.

    Migrao Sazonal - Sada de populao para outros pases em determinadas estaes do ano, para realizao de trabalhos sazonais (por exemplo: vindimas, turismo balnear, ).

    Migrao Legal - Sada de populao para outros pases, devidamente autorizada documentada.

    Migrao Clandestina - Sada de populao para outros pases, feita ilegalmente, ou seja, sem estar devidamente autorizada nem documentada.

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  • A Imigrao em Portugal A imigrao em Portugal passa a ter significado aps o 25 de Abril de 1974, com a independncia das ex-colnias e com a abertura do pas ao exterior.

    A imigrao estimulada, nos anos seguintes, pela estabilidade social e poltica, bem como pelo desenvolvimento econmico a que se assiste (especialmente aps a adeso U.E., em 1986), e que permitiu a construo de obras de grande envergadura e a realizao de eventos de cariz internacional, para os quais foi necessrio recorrer ao recrutamento de mo-de-obra estrangeira.

    A recepo de imigrantes contribuiu para o aumento da taxa de natalidade, ajudou a equilibrar a taxa de crescimento natural e a diminuir o ndice de envelhecimento (so, sobretudo, indivduos jovens e adultos jovens, em idade de procriar).

    A recepo de imigrantes ajuda a equilibrar a taxa de populao activa para valores que permitem fazer face s necessidades do pas, nomeadamente em regies marcadas pela desertificao e pelo envelhecimento, contribuindo tambm para a sustentabilidade do sistema de Segurana Social.

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  • As Estruturas e Comportamentos Sociodemogrficos

    A Estrutura Etria da Populao Portuguesa

    A estrutura etria fornece indicaes sobre as potencialidades da populao (encarada como recurso fundamental para o desenvolvimento do pas), nomeadamente sobre o nmero de activos, de jovens, de idosos, proporo de homens e mulheres, entre vrios aspectos que podem ser considerados.

    O conhecimento destes aspectos permite:

    Administrar o territrio com eficcia;

    Planear o futuro de forma equilibrada;

    Tentar dar resposta aos problemas que se colocam;

    Valorizar os recursos disponveis.

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  • Estrutura Etria Algumas Noes

    Estrutura Etria Distribuio da populao por idades e por sexos.

    Grupos Etrios A definio dos grupos etrios controversa, uma vez que esto estritamente ligados a factores como a escolaridade obrigatria e a esperana mdia de vida, que variam de pas para pas. Em geral, consideram-se trs grupos etrios:

    Jovens dos 0 aos 14 anos;

    Adultos dos 15 aos 64 anos;

    Idosos idade igual ou superior a 65 anos.

    Pirmide Etria Grfico de barras horizontais, que representa a distribuio de uma populao por idade e sexo.

    Classe Etria Conjunto de indivduos com idades muito prximas e que, geralmente, distam entre si cinco anos.

    Classe oca Classe etria com menor nmero de indivduos do que a classe seguinte.

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  • Pirmides Etrias (ou de Idades)

    A anlise da(s) pirmide(s) etria(s) permite o estudo da estrutura etria de uma determinada populao.

    As pirmides etrias permitem retirar concluses sobre:

    A Natalidade;

    A Mortalidade;

    A Esperana Mdia de Vida;

    O Grau de Juventude / de Envelhecimento da Populao;

    Fenmenos que marcaram a evoluo demogrfica (expressos atravs de classes ocas);

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  • Anlise de Pirmides Etrias (ou de Idades) deve fazer-se sempre uma

    Introduo, que refira a escala de anlise (pas, distrito, regio, concelho), a fonte e o ano a que corresponde a informao;

    Anlise geral, que apresente as principais caractersticas: anlise da base (estreita, larga, se tem diminudo ou aumentado); anlise do topo (se comparativamente com a base largo ou estreito); as diferenas entre os sexos.

    Anlise pormenorizada, que explique as caractersticas da pirmide em relao : natalidade; mortalidade; esperana mdia de vida; acidentes demogrficos (guerras, migraes, epidemias) Concluso, que classifica a populao: Quadro 1 Estrutura etria da populao do distrito de Aveiro em 1997. jovem; jovem com tendncia para envelhecer; adulta; envelhecida; envelhecida com tendncia para rejuvenescer.

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  • Estrutura Etria da Populao Portuguesa, em 1960 e em 2001 (fonte: INE).

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  • Pirmide Etria de 1960

    Representa uma populao predominantemente jovem, uma vez que: A base larga e essa forma significa que os valores de natalidade so elevados (e que a fecundidade tambm elevada);

    O topo relativamente estreito e essa forma significa que a esperana mdia de vida relativamente baixa ( e que a mortalidade ainda significativa);

    As classes ocas assinaladas traduzem perturbaes na evoluo demogrfica (fenmenos que marcaram a evoluo demogrfica); nesta situao, as classes ocas representam a diminuio da natalidade, decorrente dos efeitos da I Guerra Mundial.

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  • Pirmide Etria de 2001

    Revela um envelhecimento muito significativo da populao (sobretudo se comparada com a pirmide de 1960), uma vez que:

    O estreitamento da base notrio e esse facto traduz uma progressiva diminuio dos valores de natalidade (e da fecundidade tambm), nas ltimas dcadas;

    O alargamento do topo notrio e sugere o aumento da esperana mdia de vida (e a descida dos valores da mortalidade);

    As classes ocas assinaladas esto na base da pirmide e traduzem a significativa diminuio da natalidade, decorrente de diversos factores (desde a crescente participao da mulher no mercado de trabalho, at ao acesso a mtodos contraceptivos cada vez mais eficazes, passando pela mudana de mentalidade e de filosofia de vida, incompatvel com um nmero elevado de filhos, entre muitos outros).

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  • Estrutura Etria da Populao das sub-regies (NUT III) Cvado e Pinhal Interior Sul, em 2000

    (fonte: INE).

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  • Diferenas Regionais na Estrutura Etria da Populao Portuguesa

    A Estrutura Etria da Populao Portuguesa apresenta acentuadas diferenas regionais.

    Da comparao entre as pirmides etrias do Cvado e Pinhal Interior Sul, pode concluir-se que a populao do interior se apresenta mais envelhecida do que a do litoral, quer pela maior proporo de idosos, quer pelo menor valor do nmero de nascimentos.

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  • Alguns ndices Importantes:

    ndice de Envelhecimento Percentagem de indivduos idosos (com mais de 65 anos) relativamente ao nmero de jovens (com idade inferior a 15 anos).

    ndice de Dependncia de Idosos - Percentagem de indivduos idosos (com mais de 65 anos) inactivos, que esto a cargo dos indivduos activos (entre os 15 e os 64 anos).

    ndice de Dependncia de Jovens - Percentagem de indivduos jovens (entre os 0 e os 15 anos) inactivos, que esto a cargo dos indivduos activos (entre os 15 e os 64 anos).

    ndice de Dependncia Total - Percentagem de indivduos inactivos jovens (entre os 0 e os 15 anos) e idosos (com mais de 65 anos), que esto a cargo dos indivduos activos (entre os 15 e os 64 anos).

    ndice de Renovao das geraes Valor que corresponde ao nmero de filhos que, em mdia, cada mulher dever ter (2,1) para que se assegure a substituio de geraes.

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  • Generalidades Relativas a Alguns ndices

    A relao entre os valores do grupo etrio dos idosos e os valores do grupo etrio dos jovens, permite determinar o ndice de envelhecimento, expresso em percentagem.

    O total de idosos reflecte-se tambm no ndice de dependncia de idosos, que relaciona a populao idosa com a populao em idade activa e que se exprime em percentagem.

    Os valores do ndice de dependncia de idosos tm vindo a aumentar, existindo cada vez mais idosos dependentes da populao activa. Esta situao coloca graves problemas, nomeadamente ao nvel da Segurana Social e do pagamento de reformas.

    O ndice de dependncia de jovens relaciona o grupo etrio dos jovens com o grupo etrio dos adultos e exprime-se em percentagem.

    O valor do ndice de dependncia de jovens tem vindo a decrescer, como facilmente se pode concluir pela anlise dos valores de natalidade, tambm em declnio.

    O ndice de dependncia total relaciona os grupos etrios dos dependentes (jovens e idosos), com o grupo etrio dos adultos e tem registado um aumento nos seus valores.

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  • Taxa de Actividade em Portugal (fonte: INE).

    A distribuio da taxa de actividade no territrio nacional no uniforme, registando-se os maiores valores no Centro e Norte, com 57,5% e 52,3%, respectivamente e os menores valores na regio autnoma dos Aores, com 41,9%.

    Em Portugal, os valores da taxa de actividade tm registado um aumento progressivo e significativo, que fica a dever-se, sobretudo, ao ingresso de um nmero crescente de mulheres na vida activa.

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  • Taxa de Actividade, por Sector de Actividade(fonte: INE).

    A distribuio da populao activa por sectores de actividade evidencia que, ao longo do perodo considerado (de 1950 a 2001), se verificam alteraes, condicionadas pela evoluo social e econmica do pas.

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  • Populao Activa na Unio Europeia, por Sector de Actividade (fonte: Eurostat 2001).

    No contexto da Unio Europeia, Portugal , a par da Dinamarca, Sucia e Finlndia, um dos pases com os valores mais elevados da taxa de actividade.

    O nosso pas caminha no sentido dos pases mais desenvolvidos, se bem que, quando comparado com alguns pases da Unio Europeia, os valores indicam que ainda falta percorrer algum caminho para atingirmos a mdia desejvel.

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  • Populao Activa Sector Primrio

    A populao activa empregue no sector primrio tem vindo a diminuir, apresentando, actualmente, os valores mais reduzidos no perodo em estudo (de 1950 a 2001). Apesar desta situao traduzir alguma modernizao do sector, ela fundamentalmente motivada pelo abandono do meio rural, pelo trabalho mal pago e pelo baixo nvel de vida.

    Apesar da diminuio observada nos valores da populao activa empregue no sector primrio, estes, quando comparados com os de outros pases da Unio Europeia, so ainda muito elevados, indiciando atraso tcnico e tecnolgico.

    De salientar que os dados estatsticos (relativos ao sector primrio) no correspondem exactamente realidade, uma vez que no tm em considerao, frequentemente, o trabalho desenvolvido pelas mulheres, nem a actividade agrcola praticada a tempo parcial, que quase nunca declarada e tem como objectivo a produo para autoconsumo.

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  • Populao Activa Sector Secundrio

    O sector secundrio cresceu de forma significativa nas dcadas de 50, 60 e 70, perodo que correspondeu a um certo desenvolvimento do sector ligado indstria. No perodo seguinte, regista-se uma diminuio da populao empregue neste sector, como resultado de algum desenvolvimento e modernizao tecnolgica da nossa indstria.

    Populao Activa Sector Tercirio O sector tercirio foi o que mais cresceu no perodo em estudo, traduzindo o processo de crescente terciarizao da economia portuguesa.

    O crescimento deste sector de actividade resulta da melhoria das condies de vida da populao, que se repercute no aumento do nmero e diversificao de servios; resulta tambm da proliferao de novas actividades, associadas ao turismo, a servios financeiros, ao desporto, cultura e s comunicaes.

    O processo de terciarizao resulta, igualmente, do aumento da taxa de urbanizao e do aumento do nmero de mulheres inseridas na populao activa.

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  • Distribuio da Populao Activa pelos Sectores de Actividade Alguns Aspectos a Destacar

    O peso do sector primrio especialmente relevante no Centro da pas.

    O sector secundrio particularmente significativo no Norte, onde predominam muitas indstrias de mo-de-obra intensiva.

    O sector tercirio aquele que ocupa maior nmero de populao activa em todo o pas, com excepo da regio Norte.

    Destaque para o distrito de Lisboa, onde se concentram os servios de administrao central, bem como para a regio do Algarve e para a Regio Autnoma da Madeira, onde o peso do sector tercirio mais significativo.

    Na regio do Alentejo o peso do sector tercirio assume valores considerveis, a que no alheio o envelhecimento da populao e o aumento do nmero de servios ligados ao apoio a este grupo etrio; o desenvolvimento de algumas cidades, na sequncia da implantao de estabelecimentos de Ensino Superior, tambm contribui para o peso do sector tercirio nesta regio.

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  • Nvel de Instruo e Qualificao Profissional

    O desenvolvimento econmico de um pas e a capacidade de dar resposta aos desafios que se lhe colocam, de modo a inserir-se com competitividade na comunidade internacional, depende, em grande medida, do grau de instruo e de qualificao da sua populao.

    Apesar da evoluo registada em Portugal, relativamente ao grau de instruo e de qualificao da sua populao, os nveis de instruo e de qualificao ainda esto muito aqum do desejvel, condicionando de forma negativa o crescimento e o desenvolvimento do pas.

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  • Populao por Nveis de Ensino e por NUT II, em 2000 (fonte: INE).

    A maioria da populao portuguesa tem apenas o 1 ciclo do Ensino Bsico, sendo ainda considervel o total de indivduos que no frequentaram nenhum grau de ensino.

    Os valores que representam a populao com frequncia do Ensino Secundrio e do Ensino Superior so muito baixos, especialmente se comparados com os restantes pases da Unio Europeia, nomeadamente com os pases de leste, que aderiram recentemente a esta comunidade.

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  • Consequncias do Baixo Grau de Instruo e de Qualificao da Populao Portuguesa.

    A situao portuguesa grave uma vez que, para alm do baixo grau de instruo e de qualificao da populao, registam-se simultaneamente nveis de qualificao profissional insuficientes para dar resposta s alteraes que se tm vindo a verificar no mundo do trabalho; essas alteraes esto relacionadas com a introduo de novas tecnologias e com o nascimento de novas actividades, que exigem novas competncias e o domnio de novas tcnicas e de novas formas de organizao do trabalho.

    Os baixos nveis de instruo e de qualificao da populao traduzem-se em baixos nveis de produtividade, responsveis pela diminuio da produtividade do pas. Esta situao apresenta disparidades muito significativas entre as regies do litoral e as do interior, sendo nestas ltimas que se registam os valores mais baixos.

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  • Os Principais Problemas SociodemogrficosO Envelhecimento Demogrfico:

    O Envelhecimento Demogrfico, reflexo do ndice de envelhecimento, constitui um dos maiores problemas que a sociedade portuguesa enfrenta na actualidade.

    Este problema, comum maioria dos pases desenvolvidos, tem vrias causas; de entre elas, salientam-se as seguintes:

    - O aumento o da esperana mdia de vida;

    - A diminuio da natalidade.

    O Envelhecimento Demogrfico um fenmeno que se regista em todo o territrio nacional, mas assume especial relevncia nas regies do interior, muito afectadas pelo xodo rural.

    Como principais consequncias do envelhecimento, apontam-se:

    - A diminuio da populao activa;

    - A diminuio da produtividade;

    - A diminuio do dinamismo econmico e social das regies e do pas;

    - Problemas com o pagamento de reformas (a populao activa poder no garantir os descontos necessrios para o seu pagamento);

    - Aumento dos encargos do estado e das famlias com a proteco social (com a sade, ).

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  • Os Principais Problemas Sociodemogrficos

    O Declnio da Fecundidade:

    A diminuio dos valores do ndice de fecundidade representa outro problema da sociedade portuguesa. O seu valor , hoje, inferior ao valor necessrio para garantir a renovao das geraes.

    A evoluo do ndice de fecundidade em Portugal, acompanha a tendncia observada nos pases mais desenvolvidos. Apontam-se algumas razes responsveis por essa evoluo:

    - A crescente integrao da mulher no mercado de trabalho;

    -O prolongamento do perodo dedicado instruo e ao investimento na carreira profissional;

    - A diminuio da natalidade, com reflexos na reduo de mulheres jovens em idade frtil;

    - A divulgao e vulgarizao da utilizao de mtodos contraceptivos / do planeamento familiar;

    - O aumento dos encargos econmicos na educao dos filhos;

    - O aumento da idade mdia do casamento ( e do nascimento do primeiro filho tm cada vez menos filhos e cada vez mais tarde).

    - Outras.

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  • Os Principais Problemas Sociodemogrficos

    O acentuado declnio da fecundidade tem consequncias graves, das quais se destacam as seguintes:

    - O enorme envelhecimento da populao;

    - A diminuio da mo-de-obra disponvel;

    - As dificuldades crescentes da Segurana Social para dar resposta ao pagamento de penses de reforma e ao pagamento social;

    - Outras.

    O Baixo Nvel de Instruo e de Qualificao Profissional:

    O baixo nvel de instruo e de qualificao para o desempenho da profisso so tambm grandes problemas que marcam a sociedade portuguesa e que explicam, em grande medida, a baixa produtividade verificada na maior parte dos sectores laborais; explicam ainda a fraca competitividade do nosso pas, no plano internacional.

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  • Os Principais Problemas Sociodemogrficos

    A Instabilidade Laboral:

    O aumento da taxa de desemprego, embora menor que noutros pases europeus, constitui um problema que tem vindo a agravar-se, afectando especialmente as mulheres e os grupos de indivduos com nveis de instruo e qualificao profissional mais baixos.

    A instabilidade laboral pode assumir vrias formas - desemprego de longa durao, emprego temporrio, emprego a tempo parcial, subemprego e at trabalho ilegal.

    A instabilidade laboral traduz-se sempre em insegurana mobilidade e precariedade ao nvel das condies de vida.

    Tal como acontece noutros aspectos, tambm no que concerne a este problema as assimetrias regionais so evidentes, apresentando-se o Alentejo, Lisboa e o Norte como as regies mais afectadas.

    Taxa de desemprego por NUT II (fonte: INE, 2002).

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  • O Rejuvenescimento e a Valorizao da Populao

    A populao um recurso fundamental para o desenvolvimento do pas; mas a populao portuguesa apresenta problemas (socio) demogrficos graves. Por isso, torna-se vital a implementao de medidas que conduzam ao aumento da natalidade e contrariem o envelhecimento, especialmente nas regies do interior.

    As medidas de incentivo podero revestir-se de:

    Um carcter econmico aumento dos abonos de famlia; facilidades na crdito habitao e/ou no arrendamento de casa; incentivos fiscais; .

    Um carcter social aumento da durao do perodo de licena ps-parto; aumento do nmero de creches e alargamento do horrio de funcionamento; .

    O desenvolvimento do pas exige investimentos cada vez maiores na qualificao da populao, atravs do aumento da taxa de escolaridade e da formao profissional.

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  • Nota Bibliogrfica Fontes Consultadas:

    Para alm dos documentos mencionados ao longo desta apresentao, foram consultados os seguintes manuais escolares e de apoio:

    Alberto, Alzira; Alm, Manuel; Gomes, T. Pedro Descoberta: Geografia A 10 Ano: Santillana /Constncia, 2007.

    Queirs, Adelaide Geografia A11 ou 12 (ano 2): Preparao para o Exame Nacional: Acesso ao Ensino Superior: Porto Editora, 2007.

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