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CONSULTÓRIO BIOMEDICO DE PATOLOGIA CLÍNICAS – SETOR DE HEMATOLOGIA

HEMOGRAMA COMPLETOSANGUE TOTALAutomação Pentra 60

Procedimento Operacional PadrãoData da 1ª versão: 11/06/2012Versão n.º: 1Data da efetivação:POP: H01 Página 1 de 19

1. Sinonímia:

Hemograma. Mnemônico: HEM

2. Aplicabilidade:

Bioquímicos e auxiliares de laboratório do setor de hematologia do LABORATÓRIO BIOMEDICO.

3. Aplicação clínica:

Exame laboratorial de rotina para avaliação quantitativa e qualitativa dos elementos figurados do sangue, sofrem alterações significativas tanto nas doenças hematológicas quanto em doenças das mais variadas patogêneses, tendo, por isso, grande valor preditivo e diagnóstico.O hemograma é composto pelos seguintes parâmetros: Contagem de eritrócitos, dosagem de hemoglobina, determinação do hematócrito, volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração hemoglobínica corpuscular média (CHCM) e amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW) que compõem o eritrograma; contagem de leucócitos e fórmula leucocitária que compõem o leucograma.

4. Principio do teste:

O hemograma é realizado em equipamentos de automação total (Pentra 60) com reavaliação microscópica.O funcionamento e medidas realizadas baseiam-se na citometria de fluxo usando semicondutor laser, foco hidrodinâmico, impedância elétrica, SLS-método de detecção da hemoglobina (absorção espectrofotométrica), rádio freqüência, difusão direta e fluorescência direta.

5. Amostra:

5.1 Preparo do paciente:Sempre observar as orientações do médico.Apenas evitar colheitas de material após exercício físico (causa leucocitose) e nas duas horas que sucedem refeições e ricas em gordura. As diferenças nas contagens do repouso à deambulação (aumento de 2 a 5% na hematimetria) e da manhã para a tarde (aumento na contagem de leucócitos), não apresentam significação clínica. Sempre observar as orientações do médico assistente.

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5.2 Tipo de amostra:

Sangue total anticoagulado com EDTA K3 ou K2 (pó ou solução) na concentração final de 1,5 a 2,2 mg/ml.

5.3 Colheita:

Observar as precauções universais para punção venosa. A colheita pode ser realizada a qualquer hora, observando as recomendações do médico. Utilizar uma das veias da fossa antecubital (basílica, cubital média, cefálica ou cefálica acessória). Usar seringa ou tubo a vácuo. Tubos a vácuo contendo EDTA K3 (frascos de tampa roxa) com volume de aspiração preconizado (pediatria: 2,0ml; adultos: 3,0 a 4,5ml).

5.4 Preservação e transporte:

Transportar o material colhido a temperatura ambiente e dentro das normas de segurança legais. A amostra deve ser encaminhada ao laboratório o mais rápido possível, sendo ideal a realização do exame dentro de 6h após a colheita.

5.5 Identificação da amostra:

Etiqueta com código de barra gerada pelo sistema de gerenciamento de dados do LAC (Sistema Esmeralda). A etiqueta deve ser posicionada nos fracos de colheita a partir da tampa para o fundo em linha reta de forma que o código de barras fique visível e alinhado, sem enrugamentos.

5.6 Estabilidade e armazenamento:

A estabilidade da amostra colhida com EDTA K3 ou K2 é de 8h à temperatura ambiente e de 24h se refrigerada (2 a 8°C). Amostras podem ser utilizadas, para confirmação de resultados, até 48h após a colheita desde que mantidas sob refrigeração (2 a 8°C). As amostras são armazenadas em geladeira (número de patrimônio: 10939) por 48h após a realização do hemograma para confirmação de resultados, se assim solicitado.

5.7 Amostras Inadequadas:

Colhidas em frascos errados, mal identificados, congelados, coagulados e em volume inadequado ao tubo usado.

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6. Reagentes e materiais:

Corantes:Solução de corante Laicheman.

Reagentes para automação:Adton – Galão de 20 litros.Adclean – Frasco de 1 litro.Adlyse EO - Frasco de 1 litro.Adlyse BA- Frasco de 1 litro.Adlyse – Frasco 400 ml

Materiais:Lâminas: lâminas de vidro para microscopia, tamanho aproximado de 25 x 76 mm. Lâminas de vidro lapidadas nas quadro faces, tamanho aproximado de 25 x 76 mm com uma das extremidades reduzidas (distensora).

Reagentes para calibração e controle de qualidade:Sangue controle:

6.1 Preparo:Vide Anexo-02 – Coloração de lâminas, para preparação dos corantes. Demais reagentes são produtos comerciais pronto para uso.

6.2 Estabilidade:A estabilidade dos reagentes de automação é de 60 dias após a abertura e/ou instalação no equipamento, salvo Sulfolyser que é de 90 dias. O corante panótico rápido em uso possui estabilidade de 7 dias e de 3 anos quando no frasco original. O corante May-Grünwald-Giemsa em uso possui estabilidade de 24 horas e de 6 meses quando no frasco original.

6.3 Armazenamento:

Temperatura ambiente e abrigo da luz solar, exceto sangue controle e calibrador (em geladeira: 2 a 8°C).

7. Equipamentos:

Um equipamento de automação Pentra 60 (sem contagem de reticulócitos), um contador de Células Cellm 530. O equipamento de automação é composto pelos seguintes módulos: analisador e Impressora.

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8. Calibração:

A calibração dos equipamentos é realizada

Procedimento (passo a passo):

Preparação das amostras:

Amostras de paciente: as amostras serão entregues no setor de hematologia provenientes da sala de triagem onde são avaliadas quanto a identificação, posição do rótulo, volume, coágulos e microcoágulos.Amostras mal identificadas devem retornar ao setor administrativo. Amostras de pouco volume devem ser tratadas individualmente e seus resultados avaliados. Amostras coaguladas serão rejeitadas incondicionalmente, devendo o auxiliar de laboratório providenciar sua nova colheita conforme rotina preconizada. Preparação dos mapas de trabalho:

Retirar os mapas de trabalho conforme rotina preconizada (sistema esmeralda). – Sistema de informatização laboratorial. Fazer a separação dos mapas priorizando emergência. Separar as amostras com os respectivos mapas de trabalho seguindo a prioridade estabelecida acima, identificar, numerando seqüencialmente, os tubos de amostras com os respectivos mapas de trabalho. Colocar os tubos no homogenizador já identificados , atentar para que os códigos de barra fiquem voltados para frente (para leitura no equipamento Corrida das amostras:

Colocar as amostras para homogeneizar devidamente identificadas.Passar o código de barra na leitora (numero de identificação)Abrir o tubo e colocar na posição da agulha para aspirar e pressionar a placa de toque ou teclar enter.Avaliar o resultado na tela. Avaliação microscópica da amostra: (Bioquímicos)

Examinar as lâminas das amostras selecionadas após coloração. Utilizar-se dos microscópios do setor (Olympus CX40). Usar objetiva de 50X de imersão ou 40X a seco, a objetiva de 100X de imersão deve ser reservada para avaliação de inclusões, granulações citoplasmáticas etc. Avaliar a série vermelha focando campos da cauda da distensão onde os eritrócitos não se sobrepõem. Observar a forma, dimensão, coloração e empilhamento dos eritrócitos. Verificar se os dados numéricos do resultado fornecido pelos equipamentos de automação são comparáveis aos vistos ao microscópio. Avaliar as plaquetas quanto ao número e morfologia independentemente de terem sido solicitadas ou não. Fazer a fórmula leucocitária percorrendo a lâmina ao longo da distensão junto a borda lateral da cauda, método em ameia (iniciar a contagem na borda lateral penetrando no corpo da lâmina em movimento

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ziguezague) ou método em ameia modificado (contar dois campos perto e paralelos à borda da distensão, depois quatro campos em ângulo reto e dois campos paralelos à borda, e assim por diante). Contar 100 leucócitos classificando-os. Atentar para características morfológicas, tintoriais e atípicas. Observar a existência de eritroblastos, contá-los separadamente dos leucócitos relacionando-os com 100 leucócitos, corrigindo a contagem global de leucócitos se for o caso.

Controle de qualidade:

8.1 Interno:

Uso de amostra cega. Passar uma amostra conhecida (2x) e avaliar resultado para comparar com o resultado conhecido e a reprodução do equipamento.

8.2 Externo:

Controle PNCQ (freqüência mensal). CAP (freqüência quadrimestral).

9. Resultados:

As informações contidas nos laudos de resultado resultam das medidas efetuadas no equipamento com alterações e informações acrescidas após avaliação microscópica da amostra. Estão expressos em formato aceito e consagrado internacionalmente, sendo liberados diretamente em rede informatizada e interfaceada após conferência individualizada por profissional de nível superior habilitado. Alterações de resultados devem ser rubricadas.

9.1 Unidades:

Os resultados são expressos em Unidades Internacionais padronizadas pelo Comitê Internacional de Estandardização em Hematologia. Vide Valores de referência.

9.2 Cálculos:

Valor real da contagem global de leucócitos (WBC) em caso de presença de mais de 10 eritroblastos em 100 leucócitos: WBC = WBC(total) x 100 / (100 + n.º de eritroblastos em 100 leucócitos).Diluição de amostras: multiplicar os parâmetros: leucócitos, hemácias, hemoglobina, hematócrito e plaquetas pela diluição realizada com a amostra, p.ex.: diluição 1:10 (uma parte de sangue + 9 partes de diluente Cellpack) , multiplicar os parâmetros acima por 10. Os demais parâmetros do resultado não necessitam cálculos.

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9.3 Critérios de aceitação:

Resultados cujas amostras foram preparadas rigorosamente dentro das condições estabelecidas. Resultados dentro dos limites de normalidade, triagem e sem nenhum alarme dos equipamentos de automação podem ser liberadas diretamente em rede, via interfaceamento. Resultados fora dos limites normais, de triagem ou com alarmes dos equipamentos de automação devem ser liberados após processamento e confirmação de resultados. Resultados dentro de valores críticos (com risco de morte ao paciente) devem ser liberados após confirmação, revisão e contato com o médico solicitante se possível.

10. Valores de referência:

Homem MulherHemácias em milhões/uL 4,5 - 6,5 3,9 - 5,8 Hemoglobina em g/dL 13,5 - 18,0 11,5 -16,4 Hematócrito em % 40,0 - 54,0 36,0 - 47,0Vol. Glob. Média em fL 76,0 - 96,0Hem. Glob. Média em pg. 27,0 - 32,0C. H. Glob. Média em % 32,0 - 36,0RDW 11,5 - 16,0

Leucócitos : Adultos 5.000 - 10.000 4 a 7 anos 6.000 - 15.000 8 a 12 anos 4.500 - 13.000 % uL(mm3)Promielócitos 0Mielócitos 0Metamielócitos 0 - 1Bastões 1 - 5 45 500Segmentados 40 - 75 1.500 7.000Eosinófilos 1 - 6 45 600Basófilos 0 - 0 200Monócitos 2 - 10 100 1.000Linfócitos 20 - 45 1.500 3.500Plasmócitos 0

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11.Valores críticos:

São resultados que podem comprometer a vida do paciente. Devendo o médico assistente ser informado imediatamente. Pacientes com resultados já conhecidos não necessitam informação ao médico assistente. Priorizar: Hematócrito: inferior a 15.Hemoglobina: inferior a 5,0.Leucócitos: inferior a 1000 e superior a 100000.

11. Linearidade:

A linearidade dos resultados é variável conforme o parâmetro em estudo:Leucócitos (WBC) 0,0-250.000/L.Eritrócitos (RBC) 0,0-7.500.000/LHemoglobina (HGB) 1,0-25,0g/dl.Volume corpuscular médio (MCV) 37,0-197,0fLPlaquetas (PLT) 0,0-2.000.000/L.O parâmetro MCV foi testado, pelo fabricante, com partículas de referência estandardizada, os demais, com sangue humano.Amostras cujos parâmetros ultrapassarem os limites de linearidade devem ser repassadas após diluição 1:5 ou 1:10 em diluente Cellpack.

12. Limitações do método:

12.1 Interferentes:

Ligados a amostra:Excesso de anticoagulante (EDTA): Causa desidratação dos eritrócitos (alterações morfológicas) e alteração para menos do hematócrito (Erro pouco significativo nos contadores eletrônicos).Amostra de pouco volume: Pode causar hemo-diluição se o anticoagulante usado for líquido. Pode provocar erro de diluição por aspiração incorreta do equipamento de automação. Anotar no mapa de trabalho correspondente. Sangue anticoagulado com heparina: Não deve ser usado para o leucograma (variação significativa no número de linfócitos). Não deve ser usado para contagem de plaquetas. Pode ser usado para o eritrograma. Se usado imediatamente após a colheita as diferenças são pouco significativas. Anotar no mapa de trabalho correspondente.Amostra com microcoágulos: Pode apresentar resultados errôneos por erro na diluição da amostra. Na impossibilidade de nova colheita de material avisar o bioquímico responsável e anotar no mapa de trabalho correspondente.

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Amostra lipêmica: interferência com hemoglobina (aumento). Anotar no mapa de trabalho correspondente.Amostra coagulada: Rejeição incondicional dos resultados. Providenciar nova colheita de material. Ligados ao equipamento de automação:Erro na homogeneização da amostra por falha no sistema: Apresenta resultados menores ou maiores dependendo da sedimentação do material. Nem sempre o resultado apresenta alarme o que prejudica a avaliação. Avaliação da distensão sangüínea ao microscópio sempre que os resultados estiverem fora dos limites de normalidade.Falha na aspiração da amostra: Resultados sempre com alarme. Repetir o exame.Interferência por indução eletromagnética: Resultados sempre com alarme (*). Repetir o exame. Entupimento nas câmaras de diluição: Resultados das contagens tendem a zero. Proceder a desobstrução das câmaras conforme descrito no Manual on line. Repetir o exame. Amostras hemolisadas: Os equipamentos de automação possuem mecanismos de compensação afim de minimizar erros. Anotar no mapa de trabalho correspondente.

13. Interpretação dos resultados:

Exame de auxílio diagnóstico para doenças hematológicas e sistêmicas. Valores fora dos limites de referência podem indicar: anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias, acompanhamento de terapias medicamentosas, entre outras patologias.

14. Biossegurança:

Usar equipamento de proteção individual (luvas, óculos etc.). Fazer a descontaminação de bancadas e equipamentos conforme as normas de segurança do laboratório. Descartar resíduos de acordo com as Boas Práticas de Laboratório e com as normas federais, estaduais e locais. Vide Manual de biossegurança.

Anexo-01 – Confecção de lâminas

Finalidade do exame: Importante na avaliação hematológica. A confiabilidade das informações obtidas com o exame do esfregaço (distensão) sangüíneo depende principalmente de distensões bem feitas e devidamente coradas.

Método: Método de Cunha – Preparo da distensão com uso de duas lâminas de vidro para microscopia, uma para receber a distensão e outra chamada de lâmina distensora.

Reagentes / Materiais: Solução salina (soro fisiológico) para limpeza da lâmina distensora. Lâminas de vidro para microscopia. Lâmina distensora (lâmina lapidada nas quatro faces, com as bordas recortadas a fim de torná-la ligeiramente mais estreitas que as lâminas para microscopia). Tubos de micro-hematócrito. Lápis dermográfico.

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Técnica:1. Colocar uma gota ( 2 a 3 mm de diâmetro) de sangue devidamente homogeneizado

(usando tubo de micro-hematócrito) aproximadamente a 1 cm do final de uma lâmina para microscopia limpa, seca e isenta de pó e gordura e apoiada em uma superfície plana ( bancada de trabalho).

2. Com o polegar e o indicador segurar o final (extremidade) da lâmina distensora com ângulo de 30 a 45 graus em frente a gota de sangue na lâmina descrita acima.

3. Puxar a lâmina distensora para traz até entrar em contato com a gota de sangue. Deixar o sangue espalhar-se e completar o angulo formado entre as duas lâminas.

4. Empurrar a lâmina distensora para frente a uma velocidade moderada e constante, até que a gota de sangue tenha sido espalhada em um filme moderadamente delgado. Observar para que o ângulo entre as lâminas seja mantido igual em todo o processo.

5. Secar a distensão ao ar por agitação ou por meio de um ventilador.6. Identificar as lâminas com número seqüencial do setor e com as iniciais do nome do

paciente, usando lápis dermográfico.7. Limpar a lâmina distensora utilizando uma gaze embebida em solução fisiológica.8. Repetir o processo para todos os hemogramas solicitados. Interpretação: A boa distensão deve ter uma porção espessa e uma porção delgada

(cauda), com uma área de transição gradual de uma parte à outra. Deve possuir aparência regular, uniforme e ser livre de estrias, ondas ou buracos. As bordas devem ser livres. A espessura da distensão pode ser ajustada alterando-se o ângulo da lâmina distensora, a velocidade utilizada no espalhamento da gota de sangue ou o tamanho da gota. Para uma distensão mais espessa: ângulo, velocidade e gota maiores. Para uma distensão mais delgada: ângulo, velocidade e gota menores. Nas distensões de espessura ótima ocorre uma distribuição uniforme e separação das células sangüíneas em direção a cauda. Quanto mais rápido o filme de sangue for secado ao ar, melhor é a distribuição individual das células na lâmina. A secagem lenta resulta em concentração de artefatos.

Anexo-02 – Coloração de lâminas

Finalidade do exame: Importante na avaliação hematológica. É a partir de uma lâmina apropriadamente corada que serão reconhecidos os elementos sangüíneos.

Método: May-Grünwald-Giemsa. Método derivado do Romanowski. Mistura de eosinato de azul-de-metileno (May-Grünwald) e azur-eosina (Giemsa). Fornece coloração a todos os elementos celulares.

Reagentes: Álcool metílico p.a, glicerina e sais corantes comerciais de May-Grünwald e Giemsa.

Preparo da solução corante: Pronto para uso.

1. Técnica de coloração:

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1. Mergulhar lâmina com a distensão sangüínea com a solução corante filtrada.2. Limpar o verso da lâmina com gaze e álcool.3. Deixar secar.Se necessário, uma distensão corada pode ser descorada cobrindo-se a lâmina com etanol, lavando-a com água, repetindo-se esta seqüência até que a coloração tenha desaparecido.

Interpretação:

Macroscopicamente uma distensão bem corada deve apresentar uma cor rosa-mate uniforme. Distensões de cor vermelha intensa de eosina estão excessivamente ácidas, ou o corante atuou durante pouco tempo. Distensões de cor cinza ou cinza azulada ou esverdeada estão muito alcalinas, ou o corante agiu durante muito tempo. Microscopicamente a apreciação de uma boa coloração é feita pela avaliação das plaquetas. Estas devem apresentar-se azuladas com finas granulações azurófilas. Quando coradas de azul-pálido: coloração ácida ou insuficiente. Quando coradas de cor púrpura-escura: coloração alcalina ou excessiva.

Coloração característica:

1. Cromatina e corpos de Howell-Jolly: púrpura.2. Grânulos promielocíticos e bastões de Auer: vermelho-purpúreo.3. Citoplasma dos linfócitos: Azul.4. Citoplasma dos monócitos: azul-acinzentado.5. Citoplasma basófilo (rico em RNA): azul-escuro.6. Corpos de Döhle: azul-acinzentado.7. Grânulos específicos dos neutrófilos, linfócitos e plaquetas: púrpura-claro ou rosa.8. Grânulos específicos dos basófilos: púrpura-escuro.9. Grânulos específicos dos eosinófilos: laranja10. Eritrócitos: rosa.

Interferentes: Presença de contaminantes (geralmente acido acético) no álcool metílico. PH da água muito baixo (ácido): os componentes basófilos não se coram adequadamente, os leucócitos são geralmente pálidos, com grânulos eosinófilos de um vermelho brilhante. PH da água muito alto (alcalino): captação excessiva do corante básico com excesso de coloração. É difícil distinguir os eritrócitos policromáticos dos normais. Os grânulos dos eosinófilos coram-se de azul-escuro ou de cinza-escuro. Os grânulos dos neutrófilos normais ficam excessivamente corados, simulando granulação tóxica.

Controle de qualidade: Corantes satisfatoriamente elaborados com sais de boa procedência proporcionam coloração dentro dos padrões aceitos. Verificar no início da rotina e desprezar, corantes filtrados que tenham sido utilizados pelo plantão noturno. Utilizar água com o pH adequado o que pode ser avaliado verificado-se a coloração da

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distensão macroscopicamente e microscopicamente conforme descrito acima. Ajustar o pH da água se necessário, ou trocar o corante em uso.

– Critérios para triagem

1 Idade: inferior a 1 anos e superior a 85 anos.2 Hemoglobina: inferior a 10 e superior a 19. Quando for solicitado somente HB: a

liberação pode ser realizada independentemente do valor, desde que avalie-se a correlação com o HT (CHCM entre 30 e 35,5).

3 VCM: inferior a 70 e superior a 108.4 CHCM: inferior a 30 e superior a 35,5.5 RDW: superior a 18.6 Leucócitos: inferior a 3000 e superior a 14000. Avaliar o gráfico de dispersão celular

emitido pelo equipamento de automação para estabelecer provável desvio a esquerda, granulócitos imaturos, células jovens, atipias e blastos e frente a flags: Left Shift, Imm Gran, Blasts, Atypical Ly, NRBC, Abn Ly/Bl, RBC Lyse Res, RBC Agglut, Turb/HGB, Iron Def, HGB Defect, Fragments, PLT Clumps e PLT C(S).

7 Neutrófilos: superior a 80%.8 Linfócitos: inferior a 10 e superior a 55%.9 Monócitos: superior a 18%.10 Eosinófilos: superior a 25%.11 Basófilos: superior a 2%.12 Plaquetas: inferior a 100000 e superior a 800000. Quando não for solicitado contagem de

plaquetas: inferior a 70000.

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Informações:

Atividades Responsável Assinatura DataElaborado por: Dalton Kittler de MelloRevisado por: Márcia Henriques XavierAprovado por: Raquel Arrieche FernandesLiberado por: Andréa Cauduro de CastroDesativado por:

Distribuição:Local Ass.responsável Data/distribuição Data/recolhimento

Revisões:Revisado por: Assinatura Data

Desativado:

Data:_______/_______/_______

Desativado por:_____________________________________________________________

Motivo:____________________________________________________________________

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