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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC-SP
ISAAC GIL
Contratos de Comunicação e Estratégias de Convocação de Hospitais Latino-Americanos em seus Sites na Internet
DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA
São Paulo 2011
II
ISAAC GIL
Contratos de Comunicação e Estratégias de Convocação de Hospitais Latino-Americanos em seus Sites na Internet
DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA
Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Comunicação e Semiótica, área de concentração Signo e Significado nas Mídias, sob a orientação do Prof. Dr. José Luiz Aidar Prado.
São Paulo
2011
III
FOLHA DE APROVAÇÃO
Banca Examinadora Prof. Dr. José Luiz Aidar Prado Orientador Profa. Dra. Ana Maria Malik FGV-SP Profa. Dra. Elizabeth Nicolau Saad Corrêa USP Profa. Dra. Maria Clotilde Perez Rodrigues Bairon Sant´Anna PUC-SP Prof. Dr. Norval Baitello Jr. PUC-SP
IV
DEDICATÓRIA Bs” H(*)
Para meus filhos, Daniel, Tiago e André, por meu amor e pelo estímulo que exercem em minha vida.
Ao meu pai Hersz Gil, Z’ L(**) , exemplo de coragem e de perseverança, e
a minha mãe Clara Gakas Gil, modelo de força e de dedicação: ambos, com seus exemplos, forjaram meu caráter.
Ao meu irmão Marcos Gil e familiares, cuja solidariedade e apoio foram
essenciais neste percurso, e à minha irmã Ester Myra Gil. (*) Sigla que em hebraico significa com a bênção e a ajuda Divina. (**) Sigla que em hebraico significa ‘que sua memória seja abençoada’.
V
AGRADECIMENTOS
Agradecer ao orientador desta tese, o Prof. Dr. José Luiz Aidar Prado, é muito pouco.
Trata-se da minha eterna gratidão. Penso que tenho de reverenciá-lo e tomá-lo como
exemplo porque, nos quatro anos em que trabalhamos juntos, aprendi com ele as lições
de um grande mestre. Ele suportou as minhas limitações e as minhas restrições que,
seguramente, exigiram-lhe uma dose extra de dedicação e muito mais trabalho do que
ele imaginava quando começamos. Todavia, com paciência, persistência e atenção,
soube mostrar-me um caminho que, no princípio deste trabalho, eu tinha enormes
dificuldades para entender. Hoje vejo o quanto – através dos conhecimentos, por meio
das habilidades e lado a lado com as atitudes do Aidar – aprendi.
Agradeço também a todos os professores do programa de Comunicação e Semiótica
desta Universidade pela atenção e orientações que recebi neste percurso. Com todos
eles, pude ter experiências incríveis e aprendizados inigualáveis e, ao mesmo tempo,
compartilhar vivências com meus colegas de curso, de todas as origens acadêmicas e
formações, o que muito me enriqueceu.
Agradeço à Profa. Dra. Ana Maria Malik e ao prof. Dr. Norval Baitello Jr., que
participaram do exame de qualificação desta tese e que muito a enriqueceram com suas
críticas e com as inúmeras sugestões que estão contidas nesta tese.
Agradeço à Sra. Maria Aparecida Ribeiro Bueno, a Cida, secretária da pós-graduação
em Comunicação e Semiótica desta Universidade, por sua dedicação e valioso apoio.
Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES,
órgão do Ministério da Educação do Governo do Brasil, e à PUC-SP, pela oportunidade
de ter tido uma bolsa de estudos, modalidade A, desde o primeiro semestre de 2009.
Muito boa, nestes tempos de web, foi a experiência de ir a bibliotecas e nelas pesquisar,
em especial, na desta Universidade, na da Escola Superior de Propaganda e Marketing -
ESPM-SP e na biblioteca da Universidade Municipal de São Caetano do Sul-SP, em
cujos acervos pude estudar, ler e aprender muito.
VI
Este trabalho me permitiu experienciar a construção de uma doutrina, o que não se faz
sozinho, porém, na maior parte do tempo, solitariamente, porque a dedicação a ela foi
monástica. Aqui, nesta Universidade, esta construção foi coletiva; cada um me ajudou
um pouco. Recebi muito mais do que dei. Minha pretensão, nesta obra, foi proporcionar
uma contribuição para a área médica, de onde sou oriundo, e para a área de
comunicação, onde fui adotado, haja vista a conclusão desta tese, que, cogito, pode
aproximar essas duas áreas do conhecimento e fazê-las evoluir apesar de raízes tão
distintas.
Assinalo meu agradecimento à diretoria do Hospital Santa Paula de São Paulo,
organização em que trabalhei durante o ano de 2007 e o primeiro semestre do ano de
2008, já no curso deste doutoramento, porque, à época, tive de ausentar-me para
cumprir os créditos acadêmicos necessários ao Programa.
Agradeço aos diretores, na pessoa do Dr. William Pio Martins, e ao Presidente da
Unimed de Araraquara–SP, local onde atuei profissionalmente desde julho de 2009, até
a conclusão desta tese, porque eles permitiram as necessárias ausências às minha
atividades profissionais, quando de meus compromissos acadêmicos nesta
Universidade.
Agradeço à fundamental participação da Profa. Dra. Edna Maria Barian Perrotti, que fez
a revisão ortográfica e gramatical dos originais deste texto.
Registro, aqui, também, meus agradecimentos aos meus familiares. Nesses últimos
quatro anos, frequentemente, não puderam contar comigo por conta desta atividade, mas
agora, quando lerem esta tese, faço questão que sintam, indiscutivelmente, que fizeram
parte da sua construção.
VII
EPÍGRAFE
DESIDERATA Siga tranquilamente o seu caminho, entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há, sempre, paz no silêncio. Tanto quanto possível, sem se humilhar, mantenha-se em bons termos com todas as pessoas. Fale a sua vontade, mansa e claramente, e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e a dos ignorantes, pois eles, também, têm a sua história. Se você se comparar com os outros, acabará se tornando presunçoso ou magoado, pois sempre encontrará alguém superior ou alguém inferior a você. Desfrute as suas realizações bem como os seus planos. Mantenha-se interessado em sua carreira – ainda que humilde – pois ela é um ganho real, na sorte mutante do tempo. Tenha cautela nos negócios, porque o mundo todo está cheio de astúcia, mas não se torne cético, porque a virtude existirá sempre. Muita gente luta por altos ideais e, por toda a parte, a vida está cheia de heroísmos. Seja você mesmo! Principalmente, não simule afeição nem seja descrente do amor, porque, mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão eterno quanto a relva. Alimente a força do espírito que o protegerá no infortúnio inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem de grandes ilusões e, a despeito de sua disciplina rigorosa, seja gentil para consigo mesmo. Você é filho do universo, irmão das estrelas e das árvores. Você merece estar aqui e, quer que se aperceba disso ou não, o Universo continua se revelando, inexoravelmente, como deve. Portanto, esteja em paz com o seu Deus, como quer que você O conceba, e quaisquer que sejam seus trabalhos e aspirações, na tremenda confusão da Vida, mantenha-se em PAZ com sua própria consciência. Apesar de todas as falsidades, de todas as fadigas e desencantos, o mundo ainda é maravilhoso. Seja prudente e lute para ser feliz. A felicidade não é uma dádiva do destino; é uma conquista. Max Ehrmann (1872-1945) Filósofo, poeta e advogado norte-americano, mais conhecido pela autoria deste poema.
VIII
SUMÁRIO
FOLHA DE APROVAÇÃO ............................................................................ III DEDICATÓRIA ............................................................................................... IV AGRADECIMENTOS ..................................................................................... V EPÍGRAFE ....................................................................................................... VII LISTA DE ANÚNCIOS ................................................................................... X LISTA DE ILUSTRAÇÕES ............................................................................ XI LISTA DE IMAGENS ..................................................................................... XII LISTA DE QUADROS .................................................................................... XVII LISTA DE TABELAS ..................................................................................... XVIII RESUMO ......................................................................................................... XIX ABSTRACT ..................................................................................................... XX RÉSUMÉ .......................................................................................................... XXI RESUMEN ....................................................................................................... XXII CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO................................................................... 1 1.1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................... 1 1.2 DELIMITAÇÃO E CORPUS DA PESQUISA ........................................ 10 1.2.1 SELEÇÃO DA AMOSTRA E COLETA DE INFORMAÇÕES ........... 10 1.2.2 CRIANDO O ÍNDICE ........................................................................... 12 1.2.3 A INTERNET E OS HOSPITAIS .......................................................... 17 CAPÍTULO II – APRESENTAÇÃO DOS SITES DOS GRUPOS PESQUISADOS ................................................................
36
2.1 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “ARGENTINA” .............. 37 2.1.1 Hospital Alemán ...................................................................................... 37 2.1.2 Hospital Universitario Austral ................................................................ 44 2.2 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “BRASIL” ........................ 49 2.2.1 Hospital Albert Einstein .......................................................................... 49 2.2.2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo .................................................................................................
60
2.2.3 Hospital Alemão Oswaldo Cruz .............................................................. 66 2.2.4 Hospital Sírio-Libanês ............................................................................ 71 2.2.5 Hospital São Vicente de Paulo ................................................................ 79 2.3 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “COLÔMBIA” ................. 84 2.3.1 Hospital Pablo Tobón Uribe .................................................................... 84 2.3.2 Hospital Universitario San Ignacio ......................................................... 91 2.3.3 Fundación Valle Del Lili ......................................................................... 95 2.3.4 Clínica Del Occidente ............................................................................. 101 2.3.5 Hospital General de Medellín ................................................................. 105 2.4 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “COSTA RICA” .............. 108 2.4.1 Hospital Clínica Bíblica .......................................................................... 108 2.4.2 Hospital San Rafael de Alajuela ............................................................ 114 2.5 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “CHILE” ......................... 119 2.5.1 Clínica Alemana ...................................................................................... 119 2.5.2 Hospital Clínico Universidad de Chile ................................................... 128 2.5.3 Hospital del Trabajador Santiago ............................................................ 133 2.6 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “OUTROS HOSPITAIS” 137 2.6.1 Policlínica Metropolitana ........................................................................ 137 2.6.2 Médica Sur .............................................................................................. 141
IX
2.6.3 Sanatório Americano ............................................................................... 147 CAPÍTULO III – SITES DE OUTROS SETORES..................................... 153 3.1 PRIMEIRA PARTE ................................................................................... 153 3.2 SEGUNDA PARTE ................................................................................... 169 CAPÍTULO IV – EPÍLOGO ......................................................................... 189 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 205 ANEXOS 212 Anexo 1 – DIRETRIZES DE JACOB NIELSEN PARA CONSTRUÇÃO DE SITES ........................................................................................
213
Anexo 2 – CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS HOSPITAIS DO CORPUS ..... 222 Anexo 3 – OS ELEMENTOS DA EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO (I) .......... 224 Anexo 4 – OS ELEMENTOS DA EXPERIÊNCIADO USUÁRIO (II) ......... 225 Anexo 5 – SETE DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DE CORES .............. 226 Anexo 6 – ACHADOS GLOBAIS DA PESQUISA BUPA HEALTH PULSE 227 Anexo 7 – DIRETRIZES DE ACESSIBILIDADE ......................................... 228
X
LISTA DE ANÚNCIOS
ANÚNCIO 1 – HOSPITAL NOSSA SENHORA DE LOURDES ................. 2 ANÚNCIO 2 – HOSPITAL SÃO CAMILO ................................................... 3 ANÚNCIO 3 –HOSPITAL SÃO LUIZ ........................................................ 4 ANÚNCIO 4 – HOSPITAL SAMARITANO ................................................. 5 ANÚNCIO 5 – HOSPITAL SANTA CATARINA ......................................... 5 ANÚNCIO 6 – HOSPITAL ABREU SODRÉ DE SÃO PAULO ................... 6 ANÚNCIO 7 – HOSPITAL DO PULMÃO DE BLUMENAU – SC .............. 7
XI
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
ILUSTRAÇÃO 1 – META-MERCADO HOSPITALAR BRASILEIRO ...... 8 ILUSTRAÇÃO 2 – BUSCA DE INFORMAÇÕES DE SAÚDE NA INTERNET .....................................................................
23
ILUSTRAÇÃO 3 – PERCENTUAL DE USUÁRIOS QUE CONSULTAM INFORMAÇÕES DE SAÚDE NA INTERNET ............
24
ILUSTRAÇÃO 4 – INTERNAUTAS E A PESQUISA EM SAÚDE ............. 25 ILUSTRAÇÃO 5 – ESQUEMA DE UTILIZAÇÃO DE WEBSITES ............ 29 ILUSTRAÇÃO 6 – SÍMBOLO DE ACESSIBLIDIDADE NA WEB ............ 30 ILUSTRAÇÃO 7 – SITE DO CENTRO DE ENGENHARIA DE REABILITAÇÃO E ACESSIBILIDADE ......................
31
ILUSTRAÇÃO 8 – ESQUEMA PARA DESIGN DE SITES ......................... 32
XII
LISTA DE IMAGENS
IMAGEM 1 – HOSPITAL DE ALEMÁN – I ................................................. 37 IMAGEM 2 – HOSPITAL DE ALEMÁN – II ................................................ 38 IMAGEM 3 – LINKS DO PORTAL SALUD ................................................. 38 IMAGEM 4 – ACESSO AO CENTRO DE DERMOESTÉTICA .................. 39 IMAGEM 5 – ACESSO AO LINK HOMBRES ............................................. 40 IMAGEM 6 – ACESSOS DO SITE DO HOSPITAL ALEMÁN .................. 41 IMAGEM 7 – UTILIZAÇÃO DE CORES NOS ACESSOS DO HOSPITAL ALEMÁN .................................................................................
41
IMAGEM 8 – ACESSO AOS SERVICIOS MÉDICOS ................................. 42 IMAGEM 9 – ACESSO ÀS PUBLICAÇÕES NA IMPRENSA .................... 43 IMAGEM 10 – HOSPITAL UNIVERSITARIO AUSTRAL .......................... 44 IMAGEM 11 – OPÇÃO CONSULTA ON-LINE ............................................ 45 IMAGEM 12 – REDES SOCIAIS ................................................................... 45 IMAGEM 13 – RESPOSTAS EN VÍDEOS .................................................... 46 IMAGEM 14 – ACESSO PARA BLOGS – I .................................................. 46 IMAGEM 15 – ACESSO PARA BLOGS – II ................................................. 47 IMAGEM 16 – PROGRAMA DE SALUD INTERNACIONAL ................... 48 IMAGEM 17 – OPÇÕES PARA REDES SOCIAIS ....................................... 49 IMAGEM 18 – SITE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN – I .................... 50 IMAGEM 19 – SITE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN – II ................... 51 IMAGEM 20 – SITE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN – III .................. 51 IMAGEM 21 – ESPECIALIDADES MÉDICAS E SERVIÇOS .................... 52 IMAGEM 22 – SOBRE A SOCIEDADE ........................................................ 53 IMAGEM 23 – ESPAÇO SAÚDE ................................................................... 53 IMAGEM 24 – BLOG EINSTEIN ................................................................... 54 IMAGEM 25 – EVENTOS E ENSINO ........................................................... 55 IMAGEM 26 – FINAL DA HOME PAGE DO HOSPITAL A. EINSTEIN ... 56 IMAGEM 27 – MAIS BUSCADAS ................................................................ 57 IMAGEM 28 – EINSTEIN.BR POR E-MAIL ............................................... 57 IMAGEM 29 – BUSCAR ................................................................................ 58 IMAGEM 30 – PESQUISA ............................................................................. 58 IMAGEM 31 – SITE DO HC DA FMUSP ...................................................... 61 IMAGEM 32 – SITE SO HC DA FMUSP II ................................................... 62 IMAGEM 33 – QUEM SOMOS ...................................................................... 63 IMAGEM 34 – INCOR .................................................................................... 63 IMAGEM 35 – HC TV .................................................................................... 64 IMAGEM 36 – HC NO TWITTER ................................................................... 65 IMAGEM 37 – SITE DO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ .......... 66 IMAGEM 38 – SITE DO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ II ....... 67 IMAGEM 39 – TOUR VIRTUAL ................................................................... 67 IMAGEM 40 – CERTIFICAÇÕES DO HOSPITAL ...................................... 68 IMAGEM 41 – PERGUNTE AO ESPECIALISTA ........................................ 68 IMAGEM 42 – ESPECIALIDADES ............................................................... 69 IMAGEM 43 – EVENTOS E CURSOS .......................................................... 69 IMAGEM 44 – ACESSO AO LINK INSTITUCIONAL ................................. 70 IMAGEM 45 – SITE DO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS ............................... 71 IMAGEM 46 – SLOGAN DO HOSPITAL ...................................................... 71
XIII
IMAGEM 47 – OPÇÕES DE ACESSO .......................................................... 73 IMAGEM 48 – MÉDICOS E PROFISSIONAIS DE SAÚDE ........................ 73 IMAGEM 49 – SÍMBOLO DO CREMESP .................................................... 74 IMAGEM 50 – SÍMBOLO DO CFM .............................................................. 74 IMAGEM 51 – SÍMBOLO DO CRCSP .......................................................... 74 IMAGEM 52 – OPÇÕES DE ACESSO .......................................................... 75 IMAGEM 53 – ACESSO AO CENTRO DE ACOMPANHAMENTO .......... 75 IMAGEM 54 – NÚCLEO DE NEFROLOGIA ............................................... 76 IMAGEM 55 – FINAL DA HOME PAGE DO HOSPITAL SÍRIO- LIBANÊS ...............................................................................
76 IMAGEM 56 – LISTAGEM CORPO CLÍNICO ............................................ 77 IMAGEM 57 – INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA .............................. 78 IMAGEM 58 – PERCURSO NO SITE ............................................................ 78 IMAGEM 59 – SITE DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO – I ........ 79 IMAGEM 60 – FALE CONOSCO .................................................................. 80 IMAGEM 61 – SITE DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO – II ....... 81 IMAGEM 62 – CORPO MÉDICO .................................................................. 81 IMAGEM 63 – ACESSOS A RADIOTERAPIA E NOVO PÓS- OPERATÓRIO ........................................................................
82
IMAGEM 64 – ACESSO PARA INFORMAÇÕES DE SAÚDE ................... 82 IMAGEM 65 – ACESSOS DO HOSPITAL .................................................... 83 IMAGEM 66 – ACESSO INFORMAÇÕES DE SAÚDE ............................... 84 IMAGEM 67 – SITE DO HOSPITAL PABLO TOBÓN URIBE ................... 85 IMAGEM 68 – CONTINUAÇÃO DO SITE DO HOSPITAL ........................ 86 IMAGEM 69 – FINAL DA HOME PAGE ...................................................... 86 IMAGEM 70 – NOVO SITE DO HOSPITAL PABLO TOBÓN URIBE ....... 87 IMAGEM 71 – PESQUISA INTRA-SITE ....................................................... 87 IMAGEM 72 – RESULTADO DE PESQUISA INTRA-SITE........................ 88 IMAGEM 73 – ACESSOS NO SITE................................................................ 88 IMAGEM 74 – INFORMAÇÕES DE SAÚDE ............................................... 89 IMAGEM 75 – ACESSO PARA O PÚBLICO INFANTIL ............................ 90 IMAGEM 76 – ACESSO PARA COLORIR ................................................... 90 IMAGEM 77 – ACESSO À CARDIOLOGIA ................................................ 91 IMAGEM 78 – SITE DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SAN IGNACIO .. 92 IMAGEM 79 – SLOGAN DO HOSPITAL ...................................................... 92 IMAGEM 80 – UBICACIÓN .......................................................................... 93 IMAGEM 81 – PACIENTES INTERNACIONALES .................................... 94 IMAGEM 82 – DIRECTORIO MÉDICO ....................................................... 94 IMAGEM 83 – SOLICITUD DE CITAS ........................................................ 95 IMAGEM 84 – SITE DA FUNDACIÓN VALLE DEL LILI ......................... 96 IMAGEM 85 – FVL ......................................................................................... 97 IMAGEM 86 – DIRECTORIO MÉDICO ....................................................... 97 IMAGEM 87 – PROGRAMAR UNA CITA ................................................... 98 IMAGEM 88 – CARTA DE LA SALUD ........................................................ 98 IMAGEM 89 – COMUNIDAD VALLE DEL LILI ........................................ 99 IMAGEM 90 – CARDIOLILI ......................................................................... 100 IMAGEM 91 – CORES NO SITE DO HOSPITAL ........................................ 100 IMAGEM 92 – SITE DA CLÍNICA DEL OCCIDENTE ................................ 101 IMAGEM 93 – ACESSO EL DOCTOR CALIDO ACONSEJA .................... 102
XIV
IMAGEM 94 – SLOGAN DA CLÍNICA DEL OCCIDENTE ......................... 103 IMAGEM 95 – SELO DE ACREDITAÇÃO .................................................. 103 IMAGEM 96 – SISTEMA DE GESTIÓN CALIDAD .................................... 104 IMAGEM 97 – DIRECTORIO MÉDICO ....................................................... 104 IMAGEM 98 – ANTIGO SITE DO HOSPITAL GENERAL DE MEDELLÍN ...........................................................................
105
IMAGEM 99 – NOVO SITE DO HOSPITAL GENERAL DE MEDELLÍN 106 IMAGEM 100 – CONTINUAÇÃO DO NOVO SITE DO H. GENERAL DE MEDELLÍN ...............................................
106
IMAGEM 101 – FINAL DO NOVO SITE DO H. GENERAL DE MEDELLÍN .........................................................................
107
IMAGEM 102 – POSIÇÃO NO SITE ............................................................. 107 IMAGEM 103 – SITE DO HOSPITAL CLÍNICA BÍBLICA ......................... 108 IMAGEM 104 – SLOGAN DO HOSPITAL .................................................... 109 IMAGEM 105 – MEDICINA PREVENTIVA ................................................ 110 IMAGEM 106 – SERVICIOS EM LÍNEA – I ................................................ 110 IMAGEM 107 – SERVICIOS EM LÍNEA – II ............................................... 111 IMAGEM 108 – REDES SOCIAIS DA CLÍNICA ......................................... 111 IMAGEM 109 – ACESSO E CORES DO SITE .............................................. 113 IMAGEM 110 – SUBSCRIBASE AL BOLETIN DE SALUD ...................... 113 IMAGEM 111 – SITE DO HOSPITAL SAN RAFAEL DE ALAJUELA ...... 115 IMAGEM 112 – SERVICIOS HOSPITALARIOS ......................................... 115 IMAGEM 113 – SU SALUD AL DIA ............................................................ 116 IMAGEM 114 – SERVICIOS HOSPITALARIOS ......................................... 117 IMAGEM 115 – SITE DA CLÍNICA ALEMANA ......................................... 119 IMAGEM 116 – BARRA HORIZONTAL ...................................................... 119 IMAGEM 117 – ESQUEMA DE ACESSOS DA BARRA HORIZONTAL .. 120 IMAGEM 118 – MI PÁGINA DE SALUD ..................................................... 120 IMAGEM 119 – OPÇÕES DE ACESSOS ...................................................... 121 IMAGEM 120 – FINAL DA HOME PAGE .................................................... 121 IMAGEM 121 – OPÇÕES DE ACESSOS ...................................................... 122 IMAGEM 122 – INGRESE A MI PÁGINA DE SALUD ............................... 123 IMAGEM 123 – MI PÁGINA DE SALUD II ................................................. 123 IMAGEM 124 – CANAL ALEMANA TV ..................................................... 124 IMAGEM 125 – ACESSOS PARA ÁREA MÉDICA .................................... 124 IMAGEM 126 – ACESSO À PÁGINA FEMININA ...................................... 125 IMAGEM 127 – PACIENTE INTERNACIONAL ......................................... 125 IMAGEM 128 – SERVICIO PACIENTE INTERNACIONAL ...................... 126 IMAGEM 129 – ACESSO EM INGLÊS NA PÁGINA INICIAL .................. 126 IMAGEM 130 – ACESSO CONVÊNIOS ....................................................... 127 IMAGEM 131 – ACESSO VIVIR SEGURO .................................................. 127 IMAGEM 132 – RECIÉN NACIDOS ............................................................. 128 IMAGEM 133 – SITE DO HOSPITAL CLÍNICO UNIVERSIDAD DE CHILE ...................................................................................
129
IMAGEM 134 – CONTINUAÇÃO DO SITE DO HOSPITAL ...................... 129 IMAGEM 135 – REDES SOCIAIS DO HOSPITAL ...................................... 130 IMAGEM 136 – ARCHIVO DE AUDIO E AUDIOVISUAL ........................ 130 IMAGEM 137 – OPÇÕES DE ACESSO EM SERVICIO CLÍNICO MÉDICO ..............................................................................
131
IMAGEM 138 – POSIÇÃO NO SITE ............................................................. 131
XV
IMAGEM 139 – CORES NO SITE .................................................................. 132 IMAGEM 140 – SITE DO HOSPITAL DEL TRABAJADOR SANTIAGO.. 133 IMAGEM 141 – ESPECIALIDADES ............................................................. 134 IMAGEM 142 – SALUDOS ............................................................................ 135 IMAGEM 143 – SITIOS RELACIONADOS .................................................. 135 IMAGEM 144 – O QUE HACER EN CASO DE... ........................................ 136 IMAGEM 145 – SITE DA POLICLINICA METROPOLITANA – I ............ 137 IMAGEM 146 – BUSQUE SU MÉDICO ....................................................... 138 IMAGEM 147 – REGÍSTRESE ...................................................................... 139 IMAGEM 148 – SITE DA POLICLINICA METROPOLITANA – II ............ 140 IMAGEM 149 – SITE MÉDICA SUR............................................................. 141 IMAGEM 150 – OPÇÃO TWITTER NO SITE .............................................. 142 IMAGEM 151 – OPÇÃO FACEBOOK NO SITE ........................................... 143 IMAGEM 152 – SITE MÉDICA SUR ............................................................. 143 IMAGEM 153 – DESCARGA DE BARRA DE HERRAMIENTAS ............. 144 IMAGEM 154 – BARRA DE FERRAMENTAS ............................................ 144 IMAGEM 155 – AS CORES NO SITE DO MÉDICA SUR ........................... 145 IMAGEM 156 – POSICIONAMENTO DO USUÁRIO NO SITE ................. 146 IMAGEM 157 – PERCORRIDO NO SITE ..................................................... 146 IMAGEM 158 – SITE DO SANATORIO AMERICAN ................................ 147 IMAGEM 159 – ACESSO MULTIMEDIA .................................................... 148 IMAGEM 160 – SERVICIOS .......................................................................... 149 IMAGEM 161 – NOTICIAS ............................................................................ 149 IMAGEM 162 – DIARIO SALUD .................................................................. 150 IMAGEM 163 – PRENSA ............................................................................... 150 IMAGEM 164 – GALERIA DE FOTOS ......................................................... 151 IMAGEM 165 – FORÇA DA MARCA .......................................................... 153 IMAGEM 166 – SITE DA NESTLÉ ................................................................ 155 IMAGEM 167 – ACESSO NO SITE ............................................................... 155 IMAGEM 168 – SITE MCDONALD’S ........................................................... 156 IMAGEM 169 – BRINCADEIRAS ................................................................. 157 IMAGEM 170 – SITE DA REDE GLOBO ..................................................... 157 IMAGEM 171 – OPÇÕES NO SITE DA REDE GLOBO .............................. 158 IMAGEM 172 – SITE DA COCA-COLA ....................................................... 159 IMAGEM 173 – SITE DO BRADESCO ......................................................... 160 IMAGEM 174 – ACESSIBILIDADE .............................................................. 160 IMAGEM 175 – ESPAÇO DE ACESSIBILIDADE – I .................................. 161 IMAGEM 176 – ESPAÇO DE ACESSIBILIDADE – II ................................ 161 IMAGEM 177 – MEDIACENTER .................................................................. 162 IMAGEM 178 – SITE DA FIAT ...................................................................... 163 IMAGEM 179 – MANUAL FIAT ................................................................... 163 IMAGEM 180 – SITE DA MERCEDES-BENZ – I ........................................ 164 IMAGEM 181 – SITE DA MERCEDES-BENZ – II ....................................... 165 IMAGEM 182 – SITE DO BANCO DO BRASIL .......................................... 165 IMAGEM 183 – FINAL DO SITE DO BANCO DO BRASIL ....................... 166 IMAGEM 184 – TEXTO ATENDIMENTO ................................................... 166 IMAGEM 185 – SITE DO BANCO ITAÚ ...................................................... 167 IMAGEM 186 – INSTRUÇÕES – I ............................................................... 167 IMAGEM 187 – INSTRUÇÕES – II ............................................................... 168 IMAGEM 188 – INSTRUÇÕES – III .............................................................. 168
XVI
IMAGEM 189 – RANKING WEB – I ............................................................. 169 IMAGEM 190 – RANKING WEB – II ........................................................... 169 IMAGEM 191 – RANKING WEB – III .......................................................... 170 IMAGEM 192 – SITE DA UNIVERSITY OF MICHIGAN HEALTH SYSTEM – I ..........................................................................
172
IMAGEM 193 – SITE DA UNIVERSITY OF MICHIGAN HEALTH SYSTEM – II ........................................................................
172
IMAGEM 194 – SITE DO HÔPITAUX DE ROUEN ..................................... 173 IMAGEM 195 – ACESSO PEDIÁTRICO ...................................................... 174 IMAGEM 196 – ADOS.COM ......................................................................... 175 IMAGEM 197 – SITE DA MEDIZINISCHEN HOCHSCHULE HANNOVER – I ..................................................................
176
IMAGEM 198 – SITE DA MEDIZINISCHEN HOCHSCHULE HANNOVER - II ..................................................................
176
IMAGEM 199 – SITE DA UNIVERSITÄTSKLINIKUM HEIDELBERG – I ...............................................................
177
IMAGEM 200 – SITE DA UNIVERSITÄTSKLINIKUM HEIDELBERG – II ..............................................................
177
IMAGEM 201 - SITE DA UNIVERSITÄTSKLINIKUM HEIDELBERG – III .............................................................
178
IMAGEM 202 – HOPITAUX DE LYON ....................................................... 179 IMAGEM 203 – CONTINUAÇÃO DA IMAGEM 202 ................................. 179 IMAGEM 204 – TAIPEI VETERANS GENERAL HOSPITAL .................... 180 IMAGEM 205 – HOSPITAL AUTHORITY – I ............................................. 181 IMAGEM 206 - HOSPITAL AUTHORITY – II ............................................. 181 IMAGEM 207 – ACESSOS POSSÍVEIS EM INGLÊS .................................. 182 IMAGEM 208 – MENSAGEM EM INGLÊS ................................................. 182 IMAGEM 209 – HOT LINKS ......................................................................... 183 IMAGEM 210 – ASSISTANCE PUBLIQUE HÔPITAUX DE PARIS – I .... 183 IMAGEM 211 – ASSISTANCE PUBLIQUE HÔPITAUX DE PARIS – II .. 184 IMAGEM 212 – CENTRE FOR ADDICTION AND MENTAL HEALTH – I .........................................................................
184
IMAGEM 213 – CENTRE FOR ADDICTION AND MENTAL HEALTH – II .......................................................................
185
IMAGEM 214 – THE INSTITUTE OF MEDICAL SCIENCE UNIVERSITY OF TOKYO – I ...........................................
185
IMAGEM 215 – THE INSTITUTE OF MEDICAL SCIENCE UNIVERSITY OF TOKYO – II .........................................
186
IMAGEM 216 – THE INSTITUTE OF MEDICAL SCIENCE UNIVERSITY OF TOKYO – III .........................................
186
IMAGEM 217 – CENTRE HOSPITALIER UNIVERSITAIRE VAUDOIS – I 187
IMAGEM 218 – CENTRE HOSPITALIER UNIVERSITAIRE VAUDOIS – II 187 IMAGEM 219 – ACESSO A SPÉCIALITÉS ................................................. 188
XVII
LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS DO CORPUS ............. 16 QUADRO 2 – DADOS EXTERNOS .............................................................. 27 QUADRO 3 – DADOS INTERNOS ............................................................... 28 QUADRO 4 – AXIOLOGIA PARA ANÁLISE DE SITES DE HOSPITAIS 34 QUADRO 5 – GRUPO DE HOSPITAIS POR PAÍS DE LOCALIZAÇÃO 36 QUADRO 6 – COMPARAÇÃO ENTRE OS HOSPITAIS E AS CATEGORIAS ........................................................................
195
QUADRO 7 – OS MAIS BEM ESTRUTURADOS SITES DO CORPUS ..... 200
XVIII
LISTA DE TABELAS TABELA 1 – UTILIZAÇÃO MUNDIAL DA INTERNET ............................ 21 TABELA 2 – USUÁRIOS LATINO-AMERICANOS DA INTERNET ........ 22
XIX
RESUMO Esta tese discute os contratos de comunicação propostos nos sites de vinte hospitais latino-americanos na internet e analisa as estratégias de convocação utilizadas pelo enunciador-hospital para buscar estabelecer vínculos com seus públicos-alvo. Para constituir o corpus desta pesquisa, foi utilizado um estudo supervisionado por sete especialistas latino-americanos, que elaboraram o marco conceitual, o método e a estratégia para analisar hospitais, submetendo-os – com a finalidade de elaborar um ranking de classificação – a uma avaliação de seis dimensões: a segurança do paciente, o respeito a ele, a gestão do conhecimento, a capacidade técnica do hospital, a eficiência e o prestígio da instituição. Um índice quantitativo foi elaborado e resultou em uma classificação de vinte hospitais latino-americanos, publicada na revista América Econômica – Brasil, volume 319, de nov. 09, p. 62-71. O referencial teórico utilizado na análise dos sites está embasado na teoria do contrato de comunicação de Patrick Charaudeau. A usabilidade foi estudada a partir dos conceitos de Jakob Nielsen, Hoa Loranger e Marie Tahir, entre outros autores que observaram sites de hospitais. A acessibilidade foi considerada a partir dos conceitos do Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade. Foi utilizado o conceito de hipermídia de Vicente Gosciola, que a descreve como uma estrutura tecnológica não linear e interativa, porque possibilita ao usuário estabelecer conexões e as individualizar, o que foi componente importante de análise nesta tese. Esses referenciais teóricos foram aplicados porque possibilitaram considerar as formas de enunciação dessas instituições, para incentivar e instaurar a adesão do enunciatário sobre o que propõe o enunciador em seu site e que pode influenciar a preferência por um determinado hospital. Para analisar esse conjunto de esquemas narrativos, que visam engajar os públicos-alvo de um hospital, foi elaborado, fundamentado em diversos autores, um método para examinar os sites e que originou um quadro denominado Axiologia para Análise de Sites de Hospitais. Foram também examinados sites de organizações não hospitalares e de outros hospitais fora do corpus selecionado, com o objetivo de acrescentar subsídios para o arcabouço e para os processos comunicacionais de sites de hospitais. Ao final, foram propostas estratégias comunicativas sincréticas para subsidiar e aperfeiçoar a interface comunicacional que materializa os contratos comunicativos entre os hospitais e os seus diferentes públicos-alvo, nos sites desses tipos de instituições. Palavras-chave: contrato de comunicação; sites de hospitais; hipermídia; usabilidade; acessibilidade
XX
ABSTRACT This thesis discusses the proposed contracts for communication sites in twenty hospitals in Latin America on the Internet and analyzes the strategies used by the speaker to convene hospital to seek to establish links with their target audiences. To form the corpus of this research used a supervised study for seven Latin American specialists, who worked out the conceptual framework, method and strategy to analyze hospitals, submitting them - in order to develop a ranking classification - an assessment six dimensions: patient safety, respect him, knowledge management, the technical capacity of the hospital, the efficiency and prestige of the institution. A quantitative index was developed and resulted in a ranking of twenty hospitals in Latin America, published in American Economy - Brazil, Volume 319, nov. 09, p. 62-71. The theoretical framework used to analyze the sites is based in contract theory of communication Charaudeau Patrick. The usability study was based on the concepts of Jakob Nielsen, Hoa Loranger and Marie Tahir and other authors who observed sites of hospitals. Accessibility was considered the concepts of the Center for Rehabilitation Engineering and Accessibility. We used the concept of hypermedia Vicente Gosciola that describes how to structure a non-linear and interactive technology, because it enables the user to establish connections and isolate, which was an important component of analysis in this thesis. These theoretical frameworks were applied because they consider the possible forms of enunciation of these institutions to promote and introduce the enunciatee's about what the utterer proposes on its website and that can influence the preference for a specific hospital. To analyze this set of narrative schemes, which aim to engage audiences in a hospital, was drawn up, based on several authors, a method to examine the sites and giving rise to a condition called Axiology To Site Analysis of Hospitals. It was examined, also, sites of non-hospital and other hospitals outside the corpus, with the goal of adding support to the framework and the communication processes of hospitals sites. Finally, communication strategies are proposed to subsidize syncretic and improve communication interface which comprises communicative contracts between hospitals and their various target audiences in the sites of these types of institutions. Keywords: communication contract,sites of hospitals, hypermedia, usbility, accessibility
XXI
RÉSUMÉ Cette thèse traite des contrats proposés pour les sites de la communication dans une vingtaine d'hôpitaux en Amérique latine sur l'Internet et analyse les stratégies utilisées par le haut-parleur de convoquer l'hôpital de chercher à établir des liens avec leur public cible. Pour former le corpus de cette recherche a utilisé une étude supervisée par sept spécialistes latino-américains, qui ont élaboré le cadre conceptuel, la méthode et la stratégie d'analyser les hôpitaux, les soumettre - en vue d'élaborer une classification de classement - une évaluation six dimensions: la sécurité des patients, de respect pour lui, la gestion des connaissances, la capacité technique de l'hôpital, l'efficacité et le prestige de l'institution. Un indice quantitatif a été développé et a abouti à un classement des vingt hôpitaux en Amérique latine, publié dans l'American Economie - Brésil, Volume 319, novembre 09, p. 62-71. Le cadre théorique permettant d'analyser les sites est basé à la théorie des contrats de communication de Patrick. Charaudeau L'étude d'utilisabilité a été basée sur les concepts de Jakob Nielsen, Hoa Loranger et Marie Tahir et d'autres auteurs qui ont observé les sites d'hôpitaux. L'accessibilité a été examiné les concepts du Centre pour les techniques de réadaptation et l'accessibilité. Nous avons utilisé le concept de l'hypermédia Vicente Gosciola qui décrit la façon de structurer une technologie non-linéaire et interactive, car elle permet à l'utilisateur d'établir des connexions et à isoler, ce qui a été un élément important de l'analyse dans cette thèse. Ces cadres théoriques ont été appliqués car ils considèrent que les formes possibles de l'énonciation de ces institutions pour promouvoir et présenter le énonciataire au sujet de ce que l'énonciateur propose sur son site Internet et qui peuvent influencer la préférence pour tel ou tel hôpital. Pour analyser cet ensemble de schémas narratifs, qui visent à impliquer le public dans un hôpital, a été élaboré, basé sur plusieurs auteurs, une méthode pour examiner les sites et donnant lieu à une affection appelée Axiologie Pour l'analyse du site des hôpitaux. Il a été examiné, également, les sites de non-hospitaliers et d'autres hôpitaux en dehors du corpus, dans le but d'ajouter le support pour le cadre et les processus de communication des sites d'hôpitaux. Enfin, les stratégies de communication sont proposées pour subventionner syncrétique et d'améliorer l'interface de communication qui comprend les contrats de communication entre les hôpitaux et leurs différents publics cibles, les sites de ces types d'institutions. Mots-clés: contrat de communication, les sites des hôpitaux, des hypermédias, la convivialité, l'accessibilité
XXII
RESUMEN Esta tesis analiza las propuestas de contratos de los sitios de comunicación en veinte hospitales en América Latina en Internet y análisis de las estrategias utilizadas por el orador de convocar hospital para tratar de establecer vínculos con su público objetivo. Para formar el corpus de esta investigación se utilizó un estudio supervisado por siete especialistas de América Latina, que elaboró el marco conceptual, el método y estrategia para analizar los hospitales, presentación de las mismas - con el fin de elaborar un ranking de clasificación - una evaluación seis dimensiones: la seguridad del paciente, el respeto a él, la gestión del conocimiento, la capacidad técnica del hospital, la eficiencia y el prestigio de la institución. Un índice cuantitativo se desarrolló y dio lugar a una clasificación de los veinte hospitales en América Latina, publicado en American Economía - Brasil, Tomo 319, noviembre 09 p. 62-71. El marco teórico utilizado para analizar los sitios se basa en la teoría del contrato de comunicación Patrick Charaudeau. El estudio de usabilidad se basó en los conceptos de Jakob Nielsen, Lora Hoa y Marie Tahir y otros autores que observan los sitios de los hospitales. Accesibilidad se consideró los conceptos del Centro de Ingeniería de Rehabilitación y Accesibilidad. Se utilizó el concepto de hipermedia Vicente Gosciola que describe la forma de estructurar una tecnología no lineal e interactiva, ya que permite al usuario establecer conexiones y aislar, que era un componente importante del análisis en esta tesis. Estos marcos teóricos fueron aplicados por considerar las posibles formas de enunciación de estas instituciones para promover y presentar el enunciatario acerca de lo que el emisor propone en su sitio web y que pueden influir en la preferencia por un determinado hospital. Para analizar este conjunto de esquemas narrativos, que tienen como objetivo atraer al público en un hospital, se ha elaborado, basándose en varios autores, un método para examinar los sitios y dando lugar a una condición llamada Axiología al sitio Análisis de los hospitales. Se examinó, además, los sitios de no-hospital y otros hospitales fuera del corpus, con el objetivo de añadir compatibilidad con el marco y los procesos de comunicación de los sitios de los hospitales. Por último, se proponen estrategias de comunicación para subvencionar sincrética y mejorar la interfaz de comunicación que comprende los contratos de comunicación entre los hospitales y sus distintos públicos destinatarios en los sitios de este tipo de instituciones. Palabras clave: contrato de comunicación, los sitios de los hospitales, hipermedia, la usabilidad, la accesibilidad
1
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
Este estudo tem origem em minhas atividades profissionais como médico,
desenvolvidas nos últimos anos em hospitais particulares e em organizações privadas de
saúde, ambientes em que se iniciaram minhas inquietações relacionadas às ações de
comunicação dessas empresas e que cogito podem ser aperfeiçoadas. Suponho que a
comunicação com os diferentes públicos-alvo envolvidos no atendimento médico-
hospitalar pode ser afetada por diferentes processos e que cada um dos diversos tipos de
usuários pode necessitar de uma configuração comunicacional distinta, pois as relações
entre o enunciador e o enunciatário se modificam conforme a população visada. Os
motivos que conduzem esta pesquisa estão, portanto, ligados às ações de comunicação
dos hospitais. Como na bibliografia nacional e internacional, há carência de estudos
sobre a comunicação de hospitais com os seus diferentes clientes e consumidores, passei
a considerar que o aprofundamento temático deste projeto pode contribuir com a
literatura em questão.
Minha pesquisa foi iniciada em agosto de 2007, durante o primeiro semestre do
doutorado, e foi inicialmente motivada considerando minhas reflexões com relação aos
modos de presença dos hospitais na mídia impressa paulistana, pois eu questionava os
objetivos e os resultados dessa presença. Intrigava-me o fato de hospitais se utilizar de
anúncios nos veículos de comunicação. Assim, pensei, inicialmente, analisar os
anúncios impressos de hospitais publicados na revista dominical encartada no jornal
Folha de S. Paulo e na revista Veja São Paulo – parte da revista semanal Veja –, ambas
de circulação apenas na Grande São Paulo. Durante o segundo semestre do ano de 2007
e o primeiro semestre de 2008, delineei como corpus não somente os anúncios
impressos dessas duas revistas, mas também outros anúncios publicados em revistas de
circulação nacional. Para isso utilizei como fonte oficial o Instituto de Verificação da
Circulação (IVC), órgão que, mensalmente, publica relatório contendo a classificação
das revistas por tiragem e por circulação.
2
Com base no IVC de maio de 2008, elaborei uma listagem que continha as maiores revistas
de circulação nacional. Dez delas foram selecionadas por este critério, e optei por analisá-
las e estudá-las a partir do ano 2000, e em anos pares.
Assim selecionei as revistas de 2000, 2002, 2004, 2006 e 2008. Localizei-as em
bibliotecas públicas e particulares em um total aproximado de 1.024 exemplares e,
neles, encontrei pouco mais de 70 anúncios impressos de hospitais, que foram
digitalizados e submetidos à classificação por ano/mês de publicação, por revista e por
hospital. Porém, no final do ano de 2008, após uma revisão da pesquisa com o Prof. Dr.
José Luiz Aidar Prado, orientador desta tese, optei por reconsiderar a decisão de
somente analisar os anúncios impressos, uma vez que, diante do corpus selecionado,
constatamos que os anúncios não trouxeram um conjunto expressivo de contratos de
comunicação capazes de revelar uma maturidade na relação entre enunciador-hospital e
público-alvo. Exemplos da restrição dos contratos de comunicação podem ser
verificados nos anúncios impressos de alguns hospitais nas páginas seguintes, porque se
dirigem a públicos restritos. Os anúncios dos hospitais São Camilo e do Nossa Senhora
de Lourdes, por exemplo, disponibilizam informações sobre suas estruturas
operacionais e mostram figuras familiares com a finalidade de provocar uma sensação
agradável de cuidados em um ambiente familiar, conforme se observa nos anúncios 1 e 2.
ANÚNCIO 1 - HOSPITAL NOSSA SENHORA DE LOURDES
Fonte: Revista Veja São Paulo de 06/08/2008
3
ANÚNCIO 2 - HOSPITAL SÃO CAMILO
Fonte : Revista Veja São Paulo de 10/09/2008 e 08/10/2008
Quando os hospitais buscam mostrar suas competências técnicas, utilizam figuras
específicas ao apresentar fotos de equipamentos, edificações e estruturas físicas, o que
pode fazer crer ao enunciatário que o que está sendo dito é verdadeiro, pelo apelo a um
estado de coisas. Por outro lado, quando querem provocar no enunciatário um estado
emocional agradável, ligado à sensação de paz, de saúde e de segurança, como é o caso
do anúncio 3 do Hospital São Luiz, página 4, e dos anúncios 4 e 5, respectivamente
dos hospitais Samaritano e Santa Catarina, página 5, todos da cidade de São Paulo,
trazem conteúdo alusivos a datas comemorativas, como ao Dia das Mães e ao Dia das
Mulheres.
Uma relativa limitação na análise de anúncios impressos de hospitais em revistas se
deve ao fato de os processos comunicacionais se realizarem parcialmente. Em larga
escala, quando não há uma urgência ou emergência, o hospital é escolhido pelo médico,
4
dentro das alternativas da operadora de saúde. Assim, na maior parte das vezes, a opção
de escolha do hospital não é do paciente ou de um dos sujeitos do processo
comunicacional de um anúncio impresso.
ANÚNCIO 3 - HOSPITAL SÃO LUIZ
Fonte: Revista Veja São Paulo de 09/07/2008
A situação que deve ser considerada quando da utilização de um hospital é a presença
de operadoras de saúde, que coordenam, limitam e controlam o acesso dos pacientes aos
hospitais, conduzindo, assim, a escolha da unidade hospitalar. Desse modo, ele anuncia
para se fazer conhecer, e não, provavelmente, para ser escolhido.
No Brasil, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar1 (ANS), com base em
seu relatório de dezembro de 2010, 24,1% da população tem cobertura por planos
privados de assistência médica e 75,9% não têm nenhum plano privado. Da população
que possui um plano de saúde, 75% são oferecidos pelas empresas, portanto o usuário
não participa da escolha da operadora, e 25% são compras particulares, quando a
operadora é selecionada pelo comprador, que analisa os médicos, os serviços e os
hospitais disponíveis.
1 Disponível em: <http://www.ans.gov.br/>. Acesso em jan. de 2011.
5
ANÚNCIO 4 - HOSPITAL SAMARITANO
Fonte: Revista Claudia de maio de 2000
ANÚNCIO 5 - HOSPITAL SANTA CATARINA
Fonte: Revista Claudia de 10/3/2004
6
Os anúncios 6 e 7, páginas 22 e 23, ao não buscar um enunciatário específico, visam
apresentar seus recursos e competências para um público-alvo mais amplo. Aparecem
profissionais da saúde e a evidência dos ambientes de internação hospitalar, bem como
as estruturas físicas dessas instituições, como se observa no anúncio 3, página 20, onde
o que “salta aos olhos” é o prédio do referido hospital.
ANÚNCIO 6 - HOSPITAL ABREU SODRÉ DE SÃO PAULO
Disponível em: <http//:www.aacd.com.br>. Acesso em 13 abril 2008.
7
ANÚNCIO 7 - HOSPITAL DO PULMÃO DE BLUMENAU- SC
Disponível em: <http://www.hospitaldopulmao.com.br/site/home/index.php>. Acesso em 13 abril 2008.
Charaudeau (2007, p. 68), ao descrever os dados externos dos contratos de
comunicação, que serão utilizados na fundamentação deste trabalho, menciona a
condição de dispositivos ou o ambiente topológico em que o ato da comunicação deve
acontecer. Tendo em vista a evolução da internet, comecei a considerar os sites de
hospitais, nos quais há uma tentativa de se efetivar um contrato de comunicação entre
esses enunciadores e seus usuários, mecanismo que apenas começa a se instaurar e que,
penso, aumentará e se tornará relevante no futuro.
8
A comunicação dos hospitais nos sites parece não somente mais criativa, mas também
mais carregada de promessas em termos de apresentação em superfícies de inscrição de
informações médicas e institucionais. Neles, o objetivo do contrato de comunicação de
um hospital é mais amplo, porque pode, simultaneamente, apresentar-se para todos os
seus públicos-alvo.
Os diferentes públicos-alvo de um hospital podem ser vistos na ilustração 1 e, para cada
um deles, é possível haver uma condição comunicacional distinta.
ILUSTRAÇÃO 1 : META-MERCADO HOSPITALAR BRASILEIRO
Disponível em: <http//:www.abms.com.br>. Acesso em 13 mar. 2009.
9
No primeiro bimestre de 2009, acrescentamos ao corpus da pesquisa os sites dos
mesmos hospitais que se utilizavam desses anúncios impressos e que foram encontrados
com base na amostra já mencionada, objetivando estudar tanto os anúncios impressos
quanto os disponíveis nos sites desses hospitais.
Em agosto de 2009, a decisão de analisar os sites foi amadurecendo e decidimos não
mais contemplar os anúncios impressos, para, em face da revisão da literatura efetuada,
realizar o estudo dos modos de presença dos hospitais somente em seus sites. Ou seja, a
análise dos sites dos hospitais sobrepujou a análise dos anúncios impressos como
corpus.
Até esse momento, ainda, nós não havíamos definido quais hospitais constituiriam o
corpus de apreciação, uma vez que o critério de análise, com base nos anúncios
impressos, não poderia ser replicado, já que se restringia aos hospitais que haviam se
utilizado de anúncios impressos em suas comunicações. Se assim mantido, o corpus
limitar-se-ia a uma pequena amostra. Pesquisei e considerei utilizar o método de
certificação de hospitais adotado pela Organização de Acreditação Hospitalar (ONA),
órgão não governamental que certifica essas instituições, entre outras, e as classifica em
grupos de acordo com uma série de quesitos que atestam a segurança, a conformidade e
a excelência dos serviços prestados para verificar os sites desses hospitais. Tal critério
possibilitava reunir hospitais brasileiros de diferentes portes e classificações, todavia
deixava de lado outros hospitais que não se interessavam pelo processo da ONA, uma
vez que a acreditação é de livre escolha e não regulamentada por órgão municipal,
estadual ou federal. A opção pela ONA foi então descartada. Ponderei usar como base
um organismo internacional de acreditação.
Averiguei a Joint Commission, órgão internacional de acreditação hospitalar que possui
escritórios no Brasil, com nove instituições acreditadas pelo sistema em nosso país. Tal
escolha revelou-se interessante, porém excluía os hospitais públicos, uma vez que esses,
por razões desconhecidas, não fazem parte da acreditação – somente os hospitais
privados das grandes capitais são parte deste sistema, o que, provavelmente, produziria
uma seleção muito limitada.
Em novembro de 2009, a investigação de hospitais continuou, e, ao observar os sites de
hospitais brasileiros, encontrei uma pesquisa conduzida e supervisionada por
10
especialistas em gestão de cinco países, entre eles, dois do Brasil, cujos resultados
foram publicados na revista América Econômica, vol. 319, de novembro de 2009. Tal
texto, que se mostrava consistente, apresentou um ranking dos 20 melhores hospitais
latino-americanos, segundo método que será descrito na sequência e que foi
desenvolvido por peritos internacionais. Dos 20 nomeados, cinco hospitais estão
localizados no Brasil, cinco na Colômbia, três no Chile, dois na Argentina, dois na
Costa Rica, um no Uruguai, um no México e um na Venezuela. Treze instituições têm
caráter privado, cinco classificam-se como universitários e dois são públicos, conforme
critério definido na pesquisa. Dessa forma, foi possível abranger uma amostra de maior
amplitude e considerar como corpus hospitais de diferentes países e públicos-alvo de
atendimento.
As questões desta tese passaram, então, em função do corpus redefinido, a se apresentar
da seguinte maneira:
Quais são os contratos de comunicação propostos pelos enunciadores?
Os contratos de comunicação dos hospitais nos sites estabelecem que tipo de
relação com seus públicos?
Quais efeitos de sentido os sites estabelecem com os enunciatários?
1. 2 DELIMITAÇÃO E CORPUS DA PESQUISA
A descrição a seguir toma como base o site2 da revista América Econômica, que
descreve o método de classificação dos hospitais latino-americanos. É ele que delimita e
forma o corpus desta pesquisa.
1.2.1 SELEÇÃO DA AMOSTRA E COLETA DE INFORMAÇÕES
Para fazer uma primeira seleção de hospitais e clínicas, a revista consultou os
Ministérios da Saúde da Argentina, do Brasil, da Colômbia, da Costa Rica, de Cuba, do
2 Disponível em: <http://rankings.americaeconomica.com/clinicas2009/metodologia.php>. Acesso em 13 abril 2010.
11
Chile, do México, do Peru, do Uruguai e da Venezuela, a fim de conhecer quais eram as
organizações que, por suas características de qualidade, prestígio local e variedade de
seus benefícios médicos, devem ser vistas como as melhores em cada país.
A seguir foram utilizados sistemas de acreditação de qualidade de hospitais e estudos
nacionais de acreditação dessas instituições na Argentina, no Brasil, na Colômbia e no
Chile.
Com base nesses estudos, foi, então, selecionada uma amostra de mais de 180 hospitais,
para os quais foi enviado um questionário-base, solicitando dados específicos para
comparação entre eles. A maioria desses dados se refere a 2008. Para os 31 hospitais e
clínicas que responderam, foi enviado outro questionário com perguntas mais
específicas. Para alguns hospitais, em especial o Albert Einstein e o Hospital das
Clínicas de São Paulo, foram utilizadas outras fontes de informação, como seus sites e
memória institucional, chegando-se a 33 hospitais. Foram, então, selecionados os 20
primeiros com base em critérios descritos nas páginas seguintes e resumidos no Anexo
2, página 222. Além disso, foi elaborado um questionário para 700 profissionais com o
objetivo de conhecer suas opiniões sobre o prestígio dos hospitais e clínicas nos seus
países e na região. Eles deveriam responder sobre o prestígio dos sistemas de saúde dos
nove países considerados neste estudo e dar suas opiniões sobre os fatores que afetam a
qualidade do hospital. Esse processo recebeu o apoio de especialistas e peritos em
gestão hospitalar, especialistas em saúde pública, que contribuíram na elaboração do
quadro conceitual, do desenho metodológico e da estratégia de análise de desempenho.
O trabalho desses especialistas e peritos não afetou o resultado do estudo e os abaixo
nominados não tiveram acesso às informações fornecidas pelos hospitais e clínicas:
Dr. Gabriel Bastías, Universidade Católica do Chile
Dr. Marcos Vergara, Universidade do Chile
Dr. German Gonzalez, Universidade de Antioquia – Colômbia
Dr. Rafael González, Universidade Nacional Autônoma do México
Dr. Rodolfo Quirós, Universidade Católica Argentina
Dra. Ana Maria Malik, Fundação Getulio Vargas – Brasil
Dr. Gonzalo Vecina, Universidade de São Paulo – Brasil
12
1.2.2 CRIANDO O ÍNDICE
A classificação final foi definida através da soma ponderada das sete dimensões. As
descrições e valores de cada uma são:
(A) Segurança e dignidade do paciente: 20%
(B) Capital humano: 20%
(C) Gestão do conhecimento: 15%
(D) Capacidade: 15%
(E) Eficiência: 10%
(F) Prestígio: 20%
(A) Segurança e dignidade do paciente - Diz respeito à forma como o conjunto de
condições de um hospital ou clínica pode fornecer garantias aos seus pacientes, como,
por exemplo, de receber a melhor atenção, cuidado e respeito possíveis.
A-1 Comitê de ética - Ponderado de acordo com a existência e o
funcionamento de uma agência dedicada a pensar e decidir sobre os casos
em que surgem controvérsias éticas em relação ao tratamento dos pacientes.
A-2 Acreditação de qualidade hospitalar - Ponderada de acordo com o
prestígio das organizações, conforme a utilização de sistemas de acreditação
nacionais e internacionais.
A-3 Melhores práticas e protocolos - Soma ponderada de um índice de
melhores práticas, incluindo um conjunto relevante de ações realizadas
sistematicamente por um hospital ou clínica e um índice de protocolos de
atendimento hospitalar destinados a estabelecer processos de segurança para
os pacientes.
A-4 Registro e gestão de informação médica - Uma soma ponderada das
práticas de gerenciamento de informações que ajudam a minimizar os erros
13
e melhorar o conhecimento das atividades em cada hospital ou clínica, como
registros hospitalares, relatórios de erros, registros médicos e outros.
A-5 Emergências - Sistemas ponderados de acordo com a composição do
corpo clínico (médicos, enfermeiros e auxiliares) em turnos diferentes:
manhã, tarde, noite e plantões.
A-6 Infecção hospitalar - Uma soma ponderada de acordo com a existência
e o funcionamento de um organismo específico para controlar e minimizar
as infecções adquiridas no hospital, juntamente com as taxas de infecção
fornecidas pelas instituições e corrigida em relação à média das taxas dos
hospitais e clínicas, tomando-se como base, no estudo, a Joint Commission e
a ISQUA.3
A-7 Transparência - Soma ponderada associada com a publicação, em sites
ou memória institucional, de informações de chave de hospitais e clínicas,
como eventos clínicos adversos e dados financeiros.
(B) Capital Humano - Inclui a disponibilização, por um hospital ou clínica, de
profissionais de saúde qualificados e de excelência para o cumprimento das tarefas do
hospital. Esses profissionais são os que possuem as competências adequadas para o
diagnóstico e o tratamento dos pacientes.
B-1 Educação médica - Considera-se por educação médica tanto os cursos
de graduação e/ou pós-graduação como a aprendizagem ao longo da vida.
B-2 Percentagem de doutores em tempo integral - Considera-se o
trabalho de seis ou mais horas diárias.
B-3 Enfermagem - Considera-se o percentual de enfermeiros em tempo
integral (com 6 horas ou mais) e a prevalência de enfermeiras responsáveis
em diferentes turnos (manhã, tarde, noite e plantões).
(C) Gestão do Conhecimento - Inclui atividades que desenvolvem um hospital ou
clínica, tanto para gerar ou obter o conhecimento médico como para compartilhá-lo com
toda a instituição.
3 ISQUA - The International Society for Quality in Health Care. ISQua, The International Society for Quality in Health Care, is a non-profit, independent organisation with members in over 70 countries. ISQua works to provide services to guide health professionals, providers, researchers, agencies, policy makers and consumers, to achieve excellence in healthcare delivery to all people, and to continuously improve the quality and safety of care.
14
C-1 Geração de conhecimento - Soma ponderada dos dados, como
disponibilidade e orçamento de um departamento de ensino e pesquisa, o
número de publicações no ISI4 ou a existência de um departamento de
aconselhamento genético.
C-2 Obtenção de conhecimento - Soma ponderada da existência de
filiações para as universidades e outros mecanismos para a obtenção de
conhecimento.
C-3 Disseminação do conhecimento - Soma ponderada dos serviços pelos
quais o hospital ou clínica oferece conhecimentos médicos para sua lista,
como a mídia impressa ou a intranet, além de muitos títulos e assinaturas
obtidos pela biblioteca de cada instituição.
(D) Capacidade - Corresponde às características da amplitude do hospital, tanto em
leitos hospitalares como no número de especialidades, considerando sua complexidade.
D-1 Tamanho - Soma ponderada do índice que mostra o número de
internações e altas e o tempo médio de internação.
D-2 Diversidade médica - Soma ponderada das quantidades de
especialidades oferecidas pelo hospital.
D-3 Salas cirúrgicas - Medição da taxa de ocupação das salas de operação.
D-4 Laboratórios - Soma de todos os exames laboratoriais prestados pelas
instituições.
D-5 Emergências - Soma ponderada do número de altas cirúrgicas, de
acordo com a unidade de emergência: adulto, pediátrica e neonatal.
D-6 Serviços de apoio médico - Soma ponderada da existência de unidades
como Diálise, Nutrição, Psicologia, Oncologia, Transplantes, Farmácias,
Laboratórios.
D-7 Atenção - Relação de médicos e de enfermeiras por alta médica,
aferindo o grau de atenção e cuidado ao paciente durante a internação.
4 ISI Web of Knowledge is a comprehensive research platform, which means it brings together many different types of content for searching. Journal articles, patents, web sites, conference proceedings, Open Access material – all can be accessed through one interface, using a variety of powerful search and analysis tools.
15
D-8 Outros serviços - Soma ponderada dos aspectos que tornam a estada
mais confortável para o paciente e seus acompanhantes. Por exemplo: sala
de extras, serviço de reserva de leitos, unidade de medicina de viagem,
pessoal com competências linguísticas e outros serviços.
(E) Eficiência - Adoção de práticas que garantam a qualidade do hospital na utilização
racional dos recursos. Também inclui a avaliação financeira de base dessas entidades
consideradas como empresas.
E-1 Eficiência hospitalar - Soma ponderada dos indicadores básicos, como
custo por alta, existência e funcionamento de um departamento de gestão da
qualidade, percentual de ocupação de cama e salas de operação e
desenvolvimento da medicina por evidência.
E-2 Boas práticas de gestão e desenvolvimento digital - Inclui a evolução
nessas áreas nos últimos cinco anos, evidenciando a atualização e o
progresso da instituição na administração dos serviços prestados.
E-3 Eficiência Financeira - Soma ponderada dos resultados: rendimento
médio (2007-2008), aumento de liquidez (2007 e 2008), variação nas
vendas (2007-2008), redução da dívida (2007-2008), variação do EBTDA
(2007-2008), rentabilidade por trabalhador (2008).
(F) Prestígio - Contempla os resultados de uma pesquisa de médicos nos hospitais e
clínicas mais prestigiados. Buscou-se conhecer o prestígio nacional dos hospitais e sua
influência na opinião dos médicos.
No Anexo 2, página 222, há uma tabela com a pontuação de cada hospital e o ranking
completo elaborado pela revista. Assim, com base no método descrito, são
apresentados, no quadro 1, os hospitais escolhidos que constituem o corpus deste
trabalho.
16
QUADRO 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS DO CORPUS
CLASSIFICAÇÃO HOSPITAL PAÍS CIDADE TIPO DE HOSPITAL
1. Hospital Albert Einstein Brasil São Paulo Privado
2. Clínica Alemana Chile Santiago Privado
3. Hospital das Clínicas Brasil São Paulo Universitário
4. Hospital Universitario Austral
Argentina Buenos Aires Universitário
5. Hospital Clínica Bíblica Costa Rica San Jose Privado
6. Hospital Pablo Tobón Uribe
Colômbia Medelín Privado
7. Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Brasil São Paulo Privado
8. Sanatório Americano Uruguai Montevidéu Privado
9. Hospital Alemán Argentina Buenos Aires Privado
10. Hospital Sírio Libanês Brasil São Paulo Privado
11. Hospital Clinico Universidad de Chile
Chile Santiago Universitário
12. Hospital Del Trabajador Chile Santiago Privado
13. Hospital Universitario San Ignácio
Colômbia Bogotá Universitário
14. Hospital Medicasur México Cidade do México
Privado
15. Hospital São Vicente de Paulo
Brasil Rio de Janeiro Privado
16. Fundación Valle Del Lili Colômbia Cali Universitário
17. Clínica Del Occidente Colômbia Bogotá Privado
18. Policlínica Metropolitana Venezuela Caracas Privado
19. Hospital Geral de Medellín
Colômbia Medelín Público
20. Hospital San Rafael de Alajuela
Costa Rica San Jose Público
Fonte: Revista América Econômica, nov.2009, p. 66-67. Elaborado pelo autor.
17
1.2.3 A INTERNET E OS HOSPITAIS
Em sua grande maioria, os hospitais estão ainda começando a construir seus sites,
conforme Sanchez (2000, p. 45), e, na maioria das vezes, eles são desenvolvidos com
finalidade mercadológica e não comunicacional. Esse fato tem ocorrido porque os
desenvolvedores de sites para hospitais se utilizam das mesmas técnicas empregadas na
elaboração de sites para outros tipos de atividade. A busca em um site de um hospital
não é uma relação comercial tradicional de compra e venda de mercadorias ou produtos,
e sim de serviços de recuperação de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Não
se observam preços em sites de hospitais, e as trocas não são de valores monetários,
como em sites de produtos tangíveis. Não há tabelas de preços ou condições de
pagamento, conforme afirmam Town e Currim (2002, p. 306) – hospitais não anunciam
preços, uma vez que os pacientes geralmente não pagam suas despesas quando de suas
internações hospitalares.
Outro fator que diferencia o aspecto da enunciação de um hospital daquele de outro tipo
de serviço ou produto é que o serviço disponibilizado pelo hospital não tem data para
ser consumido ou utilizado, pois não se sabe quando será necessário (exceto em casos
de maternidades, cuja utilização é previsível). Por outro lado, as trocas com os usuários,
quando estes acessam o site de um hospital, são de valores intangíveis e, por essa razão,
os sites dos hospitais têm de voltar-se para um enunciatário de características diferentes
das dos usuários normais. Além disso, nessas instituições as escolhas envolvem risco
para a própria vida, e os esclarecimentos que os hospitais disponibilizam são carregados
de subsídios e de expressões técnicas.
Shepherd e Fell, citados por Sanchez (2000, p. 50), conduziram, em 1998, um estudo
em que desenvolveram uma forma de classificar os sites de hospitais em três tipos: (a)
quando o site apresenta apenas uma versão eletrônica do material impresso do hospital
(tipo I, o mais fácil e econômico de ser criado); (b) quando o site disponibiliza um
ambiente interativo (tipo II) e (c) quando o site pode ser customizado pelo visitante
(tipo III). Sanchez e Donati (ibid.) evidenciaram tais modelos em alguns sites de
hospitais.
Os autores recomendam que sites de hospitais devam ser do tipo III, porquanto devem
proporcionar facilidades ao usuário e oferecer todas as informações de modo
18
customizado e interativo. Buckley (2003, p. 453) descreve quatro dimensões pelas quais
os usuários avaliam os serviços disponibilizados na internet: eficiência, satisfação,
confiabilidade e privacidade, porém, em seu estudo, o objetivo era verificar a qualidade
de um e-service, ou seja, um site que proporciona procura, compra e entrega eficientes
de serviços dirigidos ao setor público. O método de pesquisa desse autor não tinha a
finalidade de avaliar o processo de comunicação ou as possíveis trocas efetuadas pelo
usuário, muito embora algumas vezes descreva posturas de pacientes, como, por
exemplo, quando da marcação de consultas pelo site do hospital, que deve ser uma das
facilidades oferecidas ao usuário no site.
Há outras formas de analisar sites de hospitais. Nielsen (2000) propõe5 uma análise de
113 diretrizes para usabilidade de sites e, entre elas, podemos listar: (a) informações
sobre o objetivo do site; (b) informações sobre o hospital; (c) definição exata da
Universal Resource Locator (URL) ou endereço do site no país de origem; (d) boas-
vindas; (e) datas e horas; (f) créditos; (g) títulos de janela; (h) janelas pop-up e páginas
intermediárias; (i) criação de conteúdo; (j) navegação; (k) pesquisa; (l) projeto gráfico e
animação; (m) componentes de interface com o usuário; (n) notícias e comunicados à
imprensa; (o) dados do cliente e personalização e (p) favorecimento de uma comunidade
e outras diretrizes genéricas. Dessa forma, pode-se verificar a usabilidade a partir de
conteúdos que um site deve ou não apresentar e que podem contribuir para a apreciação
das estratégias enunciativas dos hospitais.
Llinás et al. (2008) propuseram um estudo semelhante ao de Nielsen, mas com 11
categorias, assim definidas: (1) endereço e contatos do hospital; (2) apresentação geral
do site; (3) projeto gráfico; (4) atualização do site; (5) informações gerais de acesso; (6)
serviços oferecidos; (7) serviços aos pacientes; (8) informações aos pacientes; (9)
ensino e pesquisa; (10) o hospital nos meios de comunicação e (11) informações
técnicas do site. Tais categorias englobam 66 quesitos a se observar em um site, de
modo similar ao modelo de Nielsen, porém mais conciso.
Nielsen (2000) afirma ser a home page a página mais importante em qualquer web site,
por três razões: (a) representa a empresa para o mundo; (b) é a porta de entrada para o
site (tem a possibilidade de atrair ou convocar o usuário para “dentro” ou afastá-lo) e (c)
5 Veja a lista completa com todas as 113 diretrizes de usabilidade no Anexo 1, página 213
19
contextualiza a organização, oferecendo uma oportunidade de mostrar a estrutura da
empresa. Isso transmite o que a empresa significa e como quer ser visualizada.
Já Lee, Goh e Chua (2007, p. 4) propõem um modelo de análise para sites de hospitais
que visa identificar de que maneira o portal cria conhecimento interno, transfere esse
conhecimento para usuários internos e externos e disponibiliza o conhecimento para
todos. Esses autores afirmam que os portais de hospitais “têm aumentado sua
importância desde quando passaram a ter o papel de criar, obter e trocar informações”.
Enfatizam, em seu estudo, o papel do compartilhamento do conhecimento através do
site.
Outro estudo, conduzido por Patsioura, Kitsiou e Markos (2009, p. 225), explica que
sites de hospitais devem ser uma fonte efetiva de informação e um meio de
comunicação interativo com seus principais públicos, ou seja, para pacientes, não
pacientes, profissionais de saúde e para a comunidade local. Chang (2007) classifica
esses públicos em três grupos principais: (i) o hospital e seu público interno, (ii) os
potenciais consumidores e (iii) o público constituído pelos empregados da instituição.
Considerando que cada um desses grupos tem diferentes necessidades, importâncias e
assuntos específicos de interesse, os hospitais devem voltar seus esforços para o uso da
internet, a fim de disponibilizar essas práticas e buscar uma forma adequada,
interpessoal e interativa de comunicar-se, o que vem, pouco a pouco, acontecendo em
seus sites. Afirma Scroferneker (2005, p. 3-4):
De posse de um endereço eletrônico se conhecem lugares, selecionam-se roteiros de viagens, visitam-se universidades, hospitais, estúdios de cinema, empresas. Adquirem-se entradas para o cinema, passagens aéreas e rodoviárias, compram-se eletrodomésticos e até automóveis, as compras do supermercado são colocadas no carrinho, se obtêm resultados de exames laboratoriais, se realizam matrículas escolares. Acredita-se que os sites, a partir de suas home pages, estão se tornando importantes canais de relacionamento, e as organizações modernas já perceberam que relacionamento é a palavra-chave. (grifos meus)
Para Patsioura et al. (2009, p. 226), os stakeholders6 de um hospital acessam portais de
hospitais na internet por duas razões. A primeira razão é a busca de informação. Por
6 Stakeholder é qualquer pessoa ou organização que tenha interesse ou seja afetado por uma instituição ou um projeto. A palavra tem sua origem em: stake: interesse, participação, risco e holder: aquele que possui.
20
esse aspecto, o enunciador-hospital disponibiliza ao enunciatário-usuário informações
sobre o hospital e sobre assuntos ligados à saúde. A segunda principal atividade on-line
dos stakeholders de um hospital é a busca por comunicação e relação, ou seja, trata-se
de instaurar a capacidade do site em facilitar a comunicação entre o hospital e seus
potenciais consumidores e permitir a interatividade.
Arrebola (2006, p.4) estudou sites de hospitais universitários espanhóis e apresenta uma
classificação com relação às formas como estes convocam os usuários para seu site: (a)
informações gerais do hospital, (b) informações das especialidades do hospital, (c)
informações sobre atividades possíveis dentro dele e (d) formas de conexão do usuário
com a instituição.
A consolidação da internet e dos processos de comunicação multimidiáticos, que se
renovam com alta velocidade, pode ser constatada conforme a tabela 17, cuja
informação é da Internet World Stats, em seu relatório do ano de 2010, que aponta
interessantes dados sobre a população mundial e a compara com a população de
usuários da internet, conforme a tabela 2, em que podemos observar o crescimento dos
usuários mundiais da internet na década 2000/2010.
7 Disponível em: <http://www.internetworldstats.com/stats.htm>. Acesso em 2 jan. 2011.
21
TABELA 1- UTILIZAÇÃO MUNDIAL DA INTERNET
Informações8 sobre a América Latina, estão na tabela 2:
8 Disponível em: <http://www.internetworldstats.com/stats10.htm#spanish>. Acesso em 2 jan. 2011.
22
TABELA 2 - USUÁRIOS LATINO-AMERICANOS DA INTERNET
Em 01/12/2008, a Pew Internet9 & American Life Project divulgou relatório sobre
pesquisas de saúde na internet, em que se lê: “Eight in ten internet users have looked
9 Disponível em: <http://www.pewinternet.org/topics/Health.aspx>. Acesso em 02 jan.011.
23
online for health information. Many e-patients say the internet has had a significant
impact on the way they care for themselves or for others.” Em outro estudo10, essa
mesma empresa apresenta os resultados da ilustração 2, quando avalia usuários que
buscam informações on-line sobre tópicos de saúde. O relatório divulga, também,
detalhes sobre pessoas que consultam on-line ranking ou comentários sobre hospitais,
conforme ilustrações 2 e 3.
ILUSTRAÇÃO 2 - BUSCA DE INFORMAÇÕES DE SAÚDE NA INTERNET
10 Disponível em: <http://pewinternet.org/Shared-Content/Data-Sets/2008/December-2008--Health.aspx>. Acesso em 15 dez. 2010.
24
ILUSTRAÇÃO 3 - PERCENTUAL DE USUÁRIOS QUE CONSULTAM INFORMAÇÕES DE SAÚDE NA INTERNET
25
Nessa mesma linha de pesquisa, as empresas The British United Provident Association
Limited (BUPA)11 e a London School of Economics12 apresentaram, no dia 04/01/2011,
os resultados de uma pesquisa com 12.262 pessoas entrevistadas em 12 países durante
os meses de junho e julho de 2010. No Brasil, foram entrevistadas 1.005 pessoas. O
objetivo, entre outros, foi conhecer o grau de utilização da internet em pesquisas sobre
saúde e sobre doenças13. Um resumo da pesquisa pode ser conhecido na ilustração 4
abaixo:14
ILUSTRAÇÃO 4 - INTERNAUTAS E A PESQUISA EM SAÚDE.
11 Disponível em <http://www.bupa.com/mediacentre/healthpulse>. Acesso em 5 nov 2010. 12 Disponível em <http://www2.lse.ac.uk/home.aspx>. Acesso em 5 nov 2010. 13 Para um resumo dos resultados encontrados nesta pesquisa, veja Anexo 6, página 227 14 Figura elaborada pelo jornal Folha de S. Paulo, edição de 5 nov 2010, página C8.
26
A ilustração 4 aponta, em meus grifos amarelos, que dos brasileiros que buscam
informações sobre saúde na internet, 86% o fazem sobre suas condições de saúde e
medicações, o que acontece com 89% dos mexicanos. Dos 86% que buscam essas
informações na internet, em nosso país, 45% investigam informações sobre hospitais.
Essas informações revelam ações que, no mais das vezes, poderiam ser ofertadas por
hospitais.Essas informações revelam ações que, no mais das vezes, poderiam ser
ofertadas por hospitais. Assim, a participação da internet na busca de informações sobre
saúde pode afetar as decisões desses usuários nas escolhas sobre quais serviços serão
utilizados. No Brasil e com base nas tabelas 1, página 21, e 2, página 22, podemos
estimar 65 milhões de enunciatários potenciais com quem os enunciadores hospitais têm
a probabilidade de comunicar-se através de seus sites. Uma população que pesquisa,
localiza e que pode ser atendida pelos resultados obtidos.
Assim, podemos propor, a partir do conhecimento dessas diversas formas de examinar
sites, um ponto de partida para a sua análise. Considero duas demandas básicas pelas
quais os stakeholders de um hospital buscam os portais da internet dos hospitais: (1) a
busca por informação e (2) a busca por comunicação. Esses processos se relacionam
com o conceito de contrato de comunicação, cujas raízes, segundo Mendonça (2008),
originam-se em três autores: Umberto Eco, Eliseo Verón e Patrick Charaudeau, porque
cada um deles buscou entender como um enunciador busca seus públicos a partir de
seus textos.
Para este estudo, usarei o conceito de contrato de comunicação de Patrick Charaudeau
(2007, p. 67-68), que o define como um conjunto de normas discursivas que definem o
que é e o que não é admitido quando se constrói e se interpretam textos. É o espaço
onde ocorrem as trocas entre enunciador e enunciatário e onde surge o discurso, em
função da identidade dos parceiros e do projeto de fala do sujeito falante. Para tanto, há
dois tipos de componentes que participam das trocas linguísticas: (a) os dados externos -
que abordam a parte situacional do discurso e se propõem atender à questão de: estamos
aqui para dizer o quê? - e os dados internos, que fazem referência ao componente
linguístico e visam responder à pergunta: como dizer?
Para detalhar o assunto, Charaudeau (ibid., p.71) agrupa os dados externos que moldam
um contrato de comunicação em quatro condições:
27
Condição de identidade dos interlocutores;
Condição de finalidade ou das funções das trocas estabelecidas;
Condição de propósito ou domínio de saber de que se trata, e
Condição de dispositivo ou do quadro topológico, onde se materializa a
comunicação.
Um resumo dos dados externos pode ser verificado no quadro 2, a seguir:
QUADRO 2 - DADOS EXTERNOS
Fonte: Charaudeau (2007, p. 68). Adaptado pelo autor.
28
Ainda segundo Charaudeau (ibid., p. 70), variações em qualquer um desses elementos
instauram pactos interlocutivos diferentes.
Analogamente, os dados internos podem ser divididos em três espaços, conforme
quadro 3:
Espaço de locução, em que o enunciador constrói uma imagem de si e identifica
o interlocutor-destinatário;
Espaço de relação, que se refere ao tipo de laço estabelecido pelos
interlocutores, e
Espaço de tematização, em que ocorre a organização do discurso, que pode ser
descritivo, argumentativo ou narrativo, conforme cada situação.
QUADRO 3 - DADOS INTERNOS
Fonte: Charaudeau (2007, p. 68). Adaptado pelo autor.
29
É importante ressaltar que, na perspectiva de Charaudeau, os contratos comunicativos
não estão inteiramente disponíveis nem são estáticos. Eles se constroem e se atualizam
nas próprias relações, segundo Mendonça (2008, p. 6).
Wendland, Planz e Oldorf (2006) resumem, na ilustração 5, algumas razões pelas quais
potenciais pacientes se utilizam de web sites de hospitais e que se relacionam a
informações sobre as experiências e capacitações de especialistas e modos de
internação, além de qualidade e aspectos gerais do hospital e de seus recursos.
ILUSTRAÇÃO 5 – ESQUEMA DE UTILIZAÇÃO DE WEBSITES
Isso pode correlacionar-se com os dados externos na finalidade de um contrato de
comunicação dentro da condição prescritiva (Fazer-Fazer) e na condição informativa
(Fazer-Saber). Tal esquema sugere modos semelhantes de convocações aos até aqui
descritos pelos autores utilizados. Esses mesmos temas contêm condições que proponho
sejam satisfeitas e que recomendo estejam presentes nos sites, conforme os autores
estudados, para aperfeiçoar a navegabilidade, a usabilidade e a acessibilidade. Para
Torres e Mazzoni (2004, p. 152):
Um conteúdo é uma forma semiologicamente interpretável, desenvolvida em determinado formato e que adquire significado devido aos antecedentes socioculturais das pessoas que acessam. Ou seja, um conteúdo torna-se importante devido ao valor de uso que ele representa para seu destinatário. Nos projetos de conteúdos digitais multimídia ou hipermídia a serem usados com objetivos de aprendizagem, deve-se observar dois critérios de qualidade para os mesmos: a usabilidade e a acessibilidade. A usabilidade15 é o grau de
15 Nielsen (2007) frisa a navegação como requisito importante de usabilidade e propõe três questões básicas que os sites devem, a todo instante, informar o usuário: Onde estou? Onde estive? Aonde posso ir?
30
facilidade de uso do produto ou serviço quando o usuário não está familiarizado com o mesmo. A acessibilidade16 consiste em considerar a diversidade de seus possíveis usuários e as peculiaridades da intenção dessas pessoas com o produto, o que pode manifestar-se tanto nas preferências, quanto nas necessidades e nas limitações dos equipamentos usados. (grifos meus)
Como mencionam Torres e Mazzoni (2004, p. 153): “A usabilidade17 e a acessibilidade são
características que agregam qualidade a um conteúdo digital.” Sobre a acessibilidade, o Centro
de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade, citado por Conforto e Santarosa (2002:7-8),
recomenda que os sites devam promover acesso para todos os diferentes tipos de portadores de
limitações, conforme descrito no anexo 7, na página 221.
O símbolo de acessibilidade na Web é representado pela ilustração 6 e tem a finalidade de
informar que o site, ou determinada página ou seção, contém funcionalidades que levam à
acessibilidade. A ilustração 7 mostra o que pode ser disponibilizado para “facilitar o acesso ao
computador, ao software e à internet a pessoas com deficiência, através de tecnologias de acesso
e técnicas de concepção de software e de conteúdos web acessíveis.” Note-se, em minha seta
vermelha, na ilustração 7, a possibilidade de utilização em braille.
ILUSTRAÇÃO 6 - SÍMBOLO DE ACESSIBILIDADE NA WEB
16 Para Conforto e Santarosa (2002, p. 5), a acessibilidade passa a ser entendida como sinônimo de aproximação, um meio de disponibilizar a cada usuário interfaces que respeitem suas necessidades e preferências. 17 Para Nielsen e Loranger (2007:16) a usabilidade é a facilidade de uso de algo ou a rapidez com que os usuários possam aprender a usar alguma coisa e a eficiência nesta utilização, assim como a satisfação neste uso.
31
ILUSTRAÇÃO 7- SITE DO CENTRO DE ENGENHARIA DE REABILITAÇÃO E ACESSIBILIDADE18
Para Garret (2006, p. 35-39)19, a experiência do usuário em sites é um conjunto de
decisões de como o site deve ser, como deve comportar-se frente ao usuário e o que
deve permitir que o usuário faça. Esse autor sugere que o site tenha cinco planos, de um
escopo mais concreto para um plano mais abstrato, quando se for pensar interfaces20
para a web, tendo em vista a experiência do usuário na relação com o site, conforme
esquema abaixo:
Superfície de Inscrição (escopo mais concreto) => Arcabouço ou Interface => Estrutura
ou os Requisitos => Escopo ou as Funcionalidades => Estratégia ou as Necessidades do
Usuário (plano mais abstrato)
18 Disponível em: <www.acessibilidade.net/certic_utad.php>. Acesso em 2 jan. 2011. 19 Garret, J.J. Customer Loyalty and the elements of user experience. Design Management Review. Vol 17. No. 1. DMI, 2006 20 Ver o projeto completo de Garret no Anexo 3, página 224.
32
Considero, ainda, o proposto por Douglas K. Van Duyne, James A. Landay e Jason I.
Hong na ilustração 821, ao abordarem o design de um site, que pode fazer dele uma
experiência agradável para o usuário.
ILUSTRAÇÃO 8 - ESQUEMA PARA DESIGN DE SITES
As palavras de Sampaio (2001) consagram a importância dos recursos midiáticos: “o
uso dos multimeios deve ser empregado para transformar o usuário em participante da
escritura.” A mesma autora menciona ainda: “o suporte midiático transforma o leitor em
co-autor.”
Com base nos diversos autores aqui discutidos, em suas diferentes maneiras de
considerar sites de hospitais e diante do exposto, escolho avaliar os sites dos hospitais
por meio de um sistema de valores sincréticos.
Cogito que as condições básicas de convocações, quando do acesso de um site de
hospital pelo enunciatário, podem ser categorizadas conforme quadro que denominei
Axiologia para Análise de Sites de Hospitais ou um “microssistema de valores
articuláveis”, expressão utilizada por Greimas e Courtés (2008, p. 49), porque agrego
21 Disponível em: <http://www.designofsites.com/resources/downloads/>. Acesso em 21 out. 2010.
33
diversos modos de analisar sites, quer sejam de hospitais, quer sejam de outras
atividades ou serviços.
Esta axiologia propõe duas categorias principais para análise:
(A) Categoria das Informações
e
(B) Categoria das Interações
Cada uma dessas categorias apresenta aspectos que devem ser disponibilizados no site e
que fazem conexão com o contrato de comunicação proposto pelos enunciadores para
convocar o enunciatário em um site.
Nessa perspectiva, proponho discutir qual é a estrutura narrativa dos enunciados e de
que maneira essa oferta convocadora pode estabelecer um contrato de comunicação com
o enunciatário, utilizando, para isso, o quadro 4 , apresentado na página 34.
34
QUADRO 4 - AXIOLOGIA PARA ANÁLISE DE SITES DE HOSPITAIS
AXIOLOGIA PARA ANÁLISE DE SITES DE HOSPITAIS CATEGORIA DAS INFORMAÇÕES Informações quanto ao hospital e acerca dos serviços disponíveis: Mapa do site presente e evidente. Informações com nomes e formas de contato dos diretores do hospital, lista das unidades de internação, descrição das equipes de cada uma das especialidades e seus canais de contato por telefone, fax e e-mail. Endereço, localização e diferentes meios de acesso ao hospital. Informações gerais a respeito de: Contatos com programas sociais do hospital, conexão com as operadoras de saúde ou outras fontes pagadoras. Acesso multilíngue para o paciente estrangeiro. Certificações nacionais e internacionais obtidas. Informações específicas em referência a: Promoção, prevenção, cuidados gerais e específicos de saúde. Novas tecnologias e novos tratamentos. Links para outros serviços de saúde, para órgãos governamentais e para sociedades científicas. Indicação das datas e horários das últimas atualizações. Pesquisa e ensino: Disponibilizar na home page uma caixa de entrada de pesquisas intra-site. Publicações disponíveis e cursos para a população. Cursos de formação médica para pessoal especializado e outros profissionais de saúde. CATEGORIA DAS INTERAÇÕES Ações através do site: Possibilidade de agendar consultas, exames, tratamentos e internação hospitalar. Possibilidade de retirada de laudos e resultado de exames. Aprendizado sobre a promoção da saúde e prevenção de doenças. Inscrições para grupos de cuidados e palestras. Design visual e programação do site: Disponibilidades oferecidas para o usuário, modos de percorrer o site e uso de chat ou outra forma de contato direto. Uso de elementos sonoros e de cores como organização da informação. Personalização do conteúdo do site. Criação, pelo usuário, de um espaço pessoal no site do hospital. Hipermídia e modelos hipertextuais: Uso de fotos, imagens, vídeos e acesso a redes sociais. Modo de navegação hipertextual. Opção de visita virtual às instalações do hospital.
Componentes de interconexão com o usuário: Arquitetura dos dados no site. Informação sobre: onde estou? onde estive? onde posso ir? Possibilidades de interação do usuário com as funcionalidades. Presença de critérios de usabilidade. Apresentação de elementos de acessibilidade.
Fontes: Arrebola (2006), Bertrand (2003), Charaudeau (2007), Garret (2006), Lee et al. (2007), Llinás et al. (2007), Nielsen e Tahir (2002), Patsioura et al. (2009) Duyne (2010) e Prado (2010). Elaborado pelo autor.
35
Para discutir esses aspectos, esta tese está estruturada em cinco capítulos:
O capítulo I contém uma introdução ao trabalho, descrevendo sua evolução, a
justificativa e a delimitação da pesquisa e o seu corpus. Aqui é descrito o referencial
teórico que sustenta esta tese, o método desta pesquisa e o quadro Axiológico proposto
para analisar os sites de hospitais. Neste capítulo há um estudo sobre a internet e os
hospitais.
O capítulo II contém a apresentação dos 20 sites do corpus selecionado. Nele se faz a análise de
cada site por grupos de hospitais, com base na teoria que fundamenta esta pesquisa, no método
selecionado e nas categorias do Quadro 5 - Axiologia para análise de sites de hospitais.
O capítulo III explora sites de empresas de outras atividades e sites de outros hospitais,
em âmbito mundial, para examinar possíveis recursos de estrutura e funcionamento
desses sites e que podem ser agregados aos sites de hospitais.
O capítulo IV é o epílogo e apresenta as propostas de ações e soluções para sites de
hospitais. Expõe os hospitais que mais se destacaram dentro do corpus e em quais
categorias do quadro Axiológico, bem como apresenta sugestões para o setor.
Seguem-se-lhes as referências bibliográficas e os anexos.
36
CAPÍTULO II
APRESENTAÇÃO DOS SITES DOS GRUPOS PESQUISADOS
Neste capítulo são descritos os sites dos 20 hospitais do corpus, que foram agrupados
por país de localização, em ordem alfabética, o que originou o quadro 5, que contém a
lista de hospitais estudados.
QUADRO 6 - GRUPO DE HOSPITAIS POR PAÍS DE LOCALIZAÇÃO
GRUPO/PAÍS NOME DO HOSPITAL
GRUPO ARGENTINA Alemán Universitario Austral GRUPO BRASIL Albert Einstein Das Clinicas Alemão Oswaldo Cruz Sírio-Libanês São Vicente de Paulo GRUPO COLÔMBIA Pablo Tobon Uribe Universitario San Ignácio Fundación Valle Del Lili Clinica Del Occidente Geral de Medellín GRUPO COSTA RICA Clinica Bíblica San Rafael de Alajuela GRUPO CHILE Clinica Alemana Clinico Universidad de Chile Del Trabajador GRUPO OUTROS Policlinica Metropolitana da Venezuela Medicasur do México Sanatório Americano do Uruguai
Fonte: Revista América Economía – Rankings de Clínicas y Hospitales de América Latina 2009. Edição de novembro de 2009.
37
2.1 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “ARGENTINA”
2.1.1 Hospital Alemán
O site22 tem sua home page conforme imagens 1 e 2, que apresenta a instituição e
proporciona opção de navegação em blocos e por assuntos através de quatro grupos
diferentes: Nuestro Hospital, Plan Medico, Pacientes del Exterior e Docencia e
Investigación. O site utiliza cores diferentes em cada um dos retângulos informativos e
que se relacionam com cada um dos blocos de informação oferecidos. A mesma cor
permanece quando se acessa cada um destes, tornando confortável o acesso ao site.
IMAGEM 1- HOSPITAL ALEMÁN - I
22 Disponível em: <http://www.hospitalaléman.com.ar/index.htm>. Acesso em set. de 2010.
38
IMAGEM 2 - HOSPITAL ALEMÁN - II
Ainda dentro desta combinação de cores e desta apresentação por blocos, a imagem 3
apresenta links com informações de promoção e prevenção de acordo com os
enunciatários que pretende convocar com essa disponibilização.
IMAGEM 3 - LINKS DO PORTAL SALUD
Cada vez que se acessa um dos quadrados coloridos acima, as informações obtidas
permanecem na mesma cor do acesso oferecido, como, por exemplo, na imagem 4, local
em que, ao se buscar informações sobre os temas femininos, a cor predominante é rosa.
39
IMAGEM 4- ACESSO AO CENTRO DE DERMOESTÉTICA
Observa-se que, na linha superior horizontal, a alternativa principal é mantida, e o “jogo
de cores” permanece. A cor rosa é utilizada ao se falar de assuntos femininos, e os
quadrados superiores aparecem com as mesmas cores iniciais. Uma forma visual de
localizar o enunciatário no site e que se repete, conforme a imagem 5, quando se acessa
o link para assuntos masculinos, momento em que a cor azul é predominante.
40
IMAGEM 5 - ACESSO AO LINK HOMBRES
Mantém-se a barra horizontal superior, que indica possíveis saídas desta página para
outro(s) bloco(s) informativo(s) e de conexão estruturados por cores. Tal forma de
apresentação é o que define o contrato de comunicação proposto por Charaudeau:
quanto aos dados externos, tematizam-se o universo e o domínio do saber em cores
específicas, o que facilita o posicionamento do usuário e o inscreve no ato de
comunicação, em um ambiente de fácil entendimento; quanto às condições de
finalidade, parte dos dados externos do contrato de comunicação, o site promove o
Fazer-Saber de modo eficiente.
Este site utiliza as cores em abundância. Há uma organização visual dentro do espaço de
relação proposto pelo site, conforme as imagens 6 e 7. Ensina Guimarães (2003, p. 51)
que, ao lermos uma página impressa ou uma tela da web, primeiro vemos as imagens,
depois os títulos e por último os textos. Assim, a “composição visual, desde sua
existência, e a apresentação destas irão comunicar sobre algo” (IDEM). Neste hospital,
o uso das cores convoca ao site por elas, contudo o uso das cores é cultural e pode variar
em outros países (GUIMARÃES, 2000, p. 87). Ainda nesta ideia da visualização de um
site, é oportuna a citação de Guimarães23 (2003, p. 68), ao mencionar Susanne Langer,
23 Para conhecer o papel das cores nas interfaces, veja anexo.
41
para quem uma apresentação visual é presentativa e oposta da linguagem verbal, que é
discursiva. Primeiro se convoca o leitor pela cor, depois pelo texto.
IMAGEM 6 - ACESSOS DO SITE DO HOSPITAL ALEMÁN
IMAGEM 7 - UTILIZAÇÃO DE CORES NOS ACESSOS DO HOSPITAL ALEMÁN
A organização em cores que, por sua vez, evidencia os blocos informativos, pode ser
associada ao contrato de comunicação, em que a condição de identidade é nítida, pois
separa os diferentes enunciatários com quem se quer comunicar. Utiliza os processos
prescritivos, informativos e incitativos de modo coerente e proporciona, ao se percorrer
o site, uma sensação agradável. Tematiza o domínio do saber quando organiza as
informações por cores, facilitando o uso dos diferentes públicos-alvo. Por fim, promove
com o enunciatário relações de aliança e de inclusão, pois o insere no site como, por
exemplo, quando disponibiliza vários acessos, conforme a imagem 8, entre os que já
foram mencionados.
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IMAGEM 8 - ACESSO AOS SERVICIOS MÉDICOS
Ao percorrermos o site sob o ponto de vista do quadro Axiológico e analisando-o sob o
ponto de vista da categoria das informações, não identifiquei um mapa do site, nem
modos de acesso ao hospital ou uma lista das equipes médicas.
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IMAGEM 9 - ACESSO ÀS PUBLICAÇÕES NA IMPRENSA
A imagem 9 identifica um local onde são publicadas informações sobre o hospital, com
data. Não localizei links para outros serviços de saúde ou órgãos governamentais. Há
um acesso para pacientes internacionais, porém não identifiquei possibilidade de leitura
em outros idiomas. O hospital possui uma escola de enfermagem e acessos para
programas de cursos voltados para equipes de saúde.
Na categoria das interações, é possível retirar-se resultados de exames on-line, mas não
é possível agendar exames ou consultas ou realizar inscrições em programas
preventivos. Não existe chat, opção de personalização do site, nem uso de elementos
sonoros. Não identifiquei acessos a redes sociais. É possível fazer-se uma visita virtual,
porém em três tentativas realizadas o acesso não funcionou. O usuário não tem como
interagir com o site e não estão presentes elementos de acessibilidade conforme definido
no anexo 7, página 228. Quanto à arquitetura dos dados no site, ele não indica onde o
usuário está, o que já foi visto e aonde pode ir a partir daquele ponto.
Sob o ponto do vista do contrato de comunicação, este site oferece espaços temáticos
distintos e, com isso, evita a dispersão das informações que se propõe oferecer, além de
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proporcionar um fazer-sentir agradável para o enunciatário, ao utilizar-se das cores
como organização dos saberes que oferece. Promove com o enunciatário relações de
inclusão, ao possibilitar algumas ações on-line e, com isso, inscreve os sujeitos na
enunciação, conforme proposto nos dados externos do contrato de comunicação.
2.1.2 Hospital Universitário Austral
O site24 se inicia conforme a imagem 10, local em que observamos o mapa del sitio e
uma opção em inglês. Logo abaixo da foto há a barra horizontal com os links possíveis.
Ao se posicionar o mouse, ocorre a abertura de alternativas em cada um dos links.
IMAGEM 10 - HOSPITAL UNIVERSITARIO AUSTRAL
24 Disponível em <http://www.hospitalaustral.edu.ar/home.asp#>. Acesso em setembro de 2010.
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IMAGEM 11 - OPÇÃO CONSULTA ON-LINE
A opção de consulta on-line, conforme imagem 11, que permite ver perguntas e
respostas com relação a temas médicos, é uma forma de organizar o domínio do saber,
segundo o conceito de dados internos de Charaudeau. O hospital utiliza-se dos recursos
de multimídia, pois é possível ver vários vídeos e fotos que se relacionam com o
assunto lido.
Além disso, o site fornece acesso para blogs e também permite a utilização das redes
sociais, conforme as imagens 12 e 13. Com isso, o hospital disponibiliza diferentes
recursos informativos para seus usuários. Todos esses canais de transmissão e de
comunicação promovem um espaço de relação, ao mesmo tempo que organizam, para o
enunciatário, o domínio do saber do enunciador.
IMAGEM 12 - REDES SOCIAIS
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IMAGEM 13 - RESPOSTAS EM VÍDEOS
IMAGEM 14 - ACESSO PARA BLOGS - I
A indicação dos acessos aos blogs, conforme imagens 14 e 15, contém farta informação
sobre diversos temas médicos e, ao se acessar cada um deles, é possível comentar e ver
opiniões de outros interessados no tema.
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IMAGEM 15 - ACESSO PARA BLOGS - II
O hospital, dentro da categoria das informações, disponibiliza o conteúdo, na maior
parte das vezes, conforme a Axiologia proposta e de acordo com os tópicos
recomendados.
Para o paciente internacional, o site oferece um acesso especial com um vídeo,
conforme a imagem 16, entretanto ele e suas instruções de visualização estão em
espanhol, e não em inglês, o que não Faz-Saber e não transmite a informação a um
possível paciente de outro continente; ao contrário, exclui um possível paciente que não
conheça a língua espanhola. Por se tratar de um hospital-escola, os quesitos Pesquisa e
Ensino são atendidos de forma completa. Na categoria das interações, é possível
requisitar uma consulta médica, mas não a retirada de resultados de exames.
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IMAGEM 16 - PROGRAMA DE SALUD INTERNACIONAL
Estão disponíveis inúmeras formas de participação em redes sociais, conforme a
imagem 17, mas o usuário não tem a possibilidade de criar seu espaço ou personalizá-lo
dentro do site. Não é possível o aumento das letras nem o uso de elementos sonoros ou
outros subsídios de acessibilidade.
O site, ao utilizar múltiplas cores, provoca um estado emocional agradável dentro da
condição de finalidade de Charaudeau. Guimarães (2003, p. 187-188) afirma que a
petrificação das relações entre cores e significados e as reduções conceituais destas é
criticável e não desejada, uma vez que “a redução mina aos poucos toda a nossa
competência comunicativa no uso das cores.”
Ao se percorrer o site, pode-se saber onde estamos, mas não onde estivemos ou aonde
podemos ir dentro dele.
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IMAGEM 17 - OPÇÕES PARA REDES SOCIAIS
O contrato de comunicação neste site é amplo. Ele proporciona o Fazer Saber-Crer-
Sentir, utilizando-se dos mais variados canais de recursos multimidiáticos. Apresenta-se
ao enunciatário promovendo relações e organizando seu espaço discursivo de modo a
estabelecer a inclusão do usuário.
2.2 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “BRASIL”
2.2.1 Hospital Albert Einstein
Na página inicial do site25, conforme imagem 18, observamos as convocações do
enunciador-hospital aos enunciatários. Na barra superior, verificamos os acessos para
25 Disponível em: <http://www.einstein.br/Páginas/home.aspx#>. Acesso em outubro de 2010.
50
Sociedade Mantenedora, Nossas Unidades, Imprensa, Fale Conosco, Trabalhe
Conosco e, por fim, um acesso denominado de English version. Imediatamente abaixo
desta barra horizontal, há um espaço para buscas no site e um acesso rápido. Abaixo,
outra barra horizontal, conforme imagem inferior, e, na sequência, conforme o grifo em
amarelo, os acessos às redes sociais. Em Acesso rápido, identifiquei a presença de um
mapa do site.
IMAGEM 18 - SITE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN - I
Lançando mão de pop-up26, no centro da tela, o site oferece imagens com informações
diferentes. Seguem-se, nesta mesma página, possibilidades de acesso na barra
horizontal, logo abaixo do buscador, para acessos denominados: Hospital, Medicina
Diagnóstica, Ensino, Pesquisa, Responsabilidade Social e um Espaço Saúde. No lado
direito, ainda na primeira página do site, em posição vertical, vemos acessos para
Resultado de exames, Agendamento de exames, Indicador Médico e Especialidades
médicas. 26 Pop-up é uma janela extra que abre no navegador ao se visitar uma página na internet ou acessar uma hiperligação específica. O pop-up é utilizado pelos criadores de um site para inserir alguma informação adicional, complementar ou também algum meio de propaganda.
51
A imagem 1927 traz informações gerais e aproveita cada época do ano para oferecer
informações de cuidados específicos.
IMAGEM 19 - SITE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN - II
IMAGEM 20 - SITE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN - III
A partir da imagem 21, os assuntos são disponibilizados em blocos, que contêm as
informações sobre Especialidades médicas e serviços.
27 Este acesso foi feito em 26 set. 2010.
52
IMAGEM 21 - ESPECIALIDADES MÉDICAS E SERVIÇOS
Não há chat ou visita virtual, nem possibilidade de interação on-line. Nas rolagens da
home page, não há um acesso específico para conexão com operadoras de saúde.
Todavia, na página inicial, depois de se acessar o link Hospital, há um acesso que, na
sequência, lista todas as operadoras de saúde. Tal descrição foi encontrada após busca
no site e ocorreu por acaso, porque o acesso encontrado não é facilmente visível.
O bloco informativo sobre a Sociedade mantenedora do hospital mostra a imagem 22:
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IMAGEM 22 - SOBRE A SOCIEDADE
O bloco denominado Espaço Saúde fornece informações alusivas a doenças e formas de
cuidados, conforme imagem 23, abaixo:
IMAGEM 23 - ESPAÇO SAÚDE
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Na imagem 24 o site apresenta, com autor e data, as informações de saúde. Em Últimas
notícias, revela, sem autor/data da postagem, informações similares. A importância em
mencionar a data se deve ao fato de evidenciar um constante processo de atualização do
site, como definido no quadro Axiológico.
IMAGEM 24 - BLOG EINSTEIN
Há um Indicador Médico que fornece todos os nomes dos médicos por especialidade,
bem como as formas de contato com eles e um breve currículo de cada um.
O enunciador-hospital tem opções ou caminhos de oferta de informação que visam
provocar a aderência do enunciatário e buscar o engajamento do receptor ao site. Muito
embora não se refira a hospitais, a afirmação de Prado (2010, p.54)28 é pertinente a este
estudo: “o site desvenda textos convocadores que integram informação e modalização,
fornecendo mapas cognitivos e estésicos, tendo em vista captar o interesse e a atenção
do receptor”. Isso ocorre dessa forma neste site.
28 Este conceito é originário de Prado J. L. A, no texto A mídia e o gozo pelo consumo, publicado na revista Cult, São Paulo, n. 144, p. 54-57, mar. 2010.
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A home page deve proporcionar o ponto de partida ao usuário dentro do site,
oficializando-se como a principal página e a inicial, além de ser estruturada de modo
diferente das demais. No site deste hospital, a página inicial é semelhante às demais. Ao
avançar pelas outras páginas, conforme as imagens 25 e 26, não se nota diferenças entre
elas, o que faz supor que todas têm a mesma importância. Não estão disponíveis
informações sobre os diretores do hospital e sobre as equipes gerenciais. O endereço e a
localização de cada uma das unidades do hospital estão disponíveis na barra horizontal
superior e também no final da home page do site, bem como os meios de acesso, com
um mapa do local de cada unidade.
IMAGEM 25 - EVENTOS E ENSINO
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IMAGEM 26 - FINAL DA HOME PAGE DO HOSPITAL A.EINSTEIN
Também a certificação internacional obtida está colocada somente no final do site e na
última rolagem. O objetivo da página inicial é fazer o enunciatário saber o que o site
propõe e disponibilizar informações, o que não ocorre no site deste hospital, porque elas
estão espalhadas. Assim, a finalidade prescritiva, ou seja, levar o enunciatário a agir de
uma determinada forma pelo que vê no site, inserindo-o nele, está prejudicada, porque
as informações gerais do hospital estão dispersas e nem sempre disponíveis em local de
fácil acesso. Observa-se que o site oferece várias alternativas de inclusão do
enunciatário, ou seja, disponibiliza ações que o usuário pode realizar, como, por
exemplo, ver vídeos.
Há uma opção para se conhecer os acessos mais frequentes, conforme imagem 27,
todavia a ordem disposta é a alfabética, o que não corresponde ao que o título do acesso
propõe, pois se esperaria uma lista com os links frequentemente acessados, mostrando
os assuntos mais explorados pelos usuários, pela ordem do número de acessos,
oferecendo soluções para dúvidas já respondidas. Não há explicações de por que
existem, na imagem 27, textos com em letras maiores e em negrito. Supõe-se que as que
estão em negrito são as mais acessadas, contudo isso não está esclarecido.
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IMAGEM 27 - MAIS BUSCADAS
O hospital disponibiliza um espaço onde o enunciatário pode construir uma relação com
o enunciador, em uma suposta aliança, contudo deve-se aguardar resposta, conforme
mostra a imagem 28, pois o contato não é on-line.
IMAGEM 28 - EINSTEIN. BR POR EMAIL
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Há uma possibilidade de pesquisa, como recomendado no quadro Axiológico, mas sem
explicação de onde ela será feita, ou seja, intra ou extra-site, conforme imagem 29.
IMAGEM 29 - BUSCAR
A imagem 30 mostra outro acesso, Pesquisa, que exibe os estudos que o hospital está
conduzindo, para que o enunciatário possa, neste espaço de locução, perceber que a
instituição se volta, além do processo de tratar e ensinar, ao processo de estudar e
aperfeiçoar, o que pode contribuir para promover um estado de segurança e
confiabilidade.
IMAGEM 30 - PESQUISA
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O site do hospital é de difícil navegação, porque são muitas as opções de entrada, que
poderiam confundir o usuário pela redundância. A home page é muito importante em
qualquer web site, porque tem a possibilidade de convocar o usuário para “dentro” ou
afastá-lo e, ao mesmo tempo, contextualiza a organização, oferecendo uma
oportunidade de mostrar a estrutura da empresa. Isso transmite o que a empresa
significa e como quer se tornar visível, o que, neste hospital, pela complexidade, pode
não acontecer devidamente.
A maior parte das páginas deste site traz imagens de pessoas ou de equipamentos do
hospital.
Algumas regras básicas de usabilidade, como, por exemplo, no início, a guia horizontal,
de acordo com a imagem 18, mostrada na página 50, que deveria, só com o
posicionamento do mouse por cima de cada uma das opções, evidenciar o que a página
contém, não são atendidas, obrigando-se o usuário a “entrar” e verificar se o que busca
está disponível naquele local, o que pode tornar cansativo e complexo o uso do site.
Além disso, e com relação à usabilidade, o uso da expressão ver mais é constante no
site, o que é contraindicado, porque os enunciatários precisam saber especificamente o
que obterão do link em questão.
O site contém oito rolagens, o que é excessivo. Nielsen e Loranger (2007, p. 178)
afirmam: “quando a navegação muda drasticamente de uma página para a outra, os
usuários precisam desviar a atenção do uso do site para descobrir como utilizá-lo. Web
sites sem uma navegação segura tornam os usuários inseguros e hesitantes.” Nesse
sentido, a exploração do site do hospital é complexa e não facilita a procura, uma vez
que a navegação muda a cada página e, sobretudo, a cada rolagem. Nielsen e Loranger
(idem, p. 184) explicam que a navegação de um site é um meio de levar as pessoas até
onde elas precisam estar. Assim, quanto mais eficiente for a navegação, maior é a
chance de as pessoas continuarem interessadas e maior a probabilidade de haver um
contrato de comunicação eficaz, pois a convocação do usuário e sua aderência se
mantêm ao longo da sua permanência no site. Um dos objetivos da arquitetura de um
site no processo comunicacional é transmitir informações e, logo no início, no primeiro
retângulo deste site, o disponibilizado é de difícil leitura e aparece com letras pequenas.
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O site dá ciência das páginas visitadas e da página atual, porém não há informações de
acessos possíveis a partir de onde se está. Não há no site recursos de acessibilidade.
Afirmam Nielsen e Loranger (ibidem, p. 253):
Com algumas exceções, as pessoas visitam a Web pela sua utilidade e não pela sua beleza. Ter um site visualmente atraente é bom, naturalmente, mas o conteúdo é mais precioso. Afinal das contas, quando as pessoas usam os sistemas de pesquisa, elas não procuram atributos estéticos – procuram informações29. Uma boa redação faz uma diferença enorme nas visualizações de página e no tempo gasto em um site.
Sob o ponto de vista do contrato de comunicação, o site do hospital convoca, mas pode
confundir o enunciatário, porque seu espaço de tematização, onde organiza o domínio
do saber, é confuso. Não hierarquiza as informações para quem se supõe não saber.
Assim, a disponibilização das informações não é simples – e deveria sê-lo, para que o
contrato de comunicação entre o enunciador e o enunciatário pudesse proporcionar
vantagens recíprocas.
2.2.2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
As imagens 31 e 3230 são da home page deste hospital.
29 Para Trabant, apud Guimarães (2003, p. 33-34), informação é a ação que visa suscitar a compreensão e a aquisição de conhecimento e que se constitui em uma transmissão unilateral de um saber para quem se supõe não saber. Por outro lado, a comunicação é, ao contrário, um processo que ocorre quando se supõe que as partes pertençam a um mesmo mundo cultural. Todavia, frisa Guimarães: “... convém, sem ignorar a diferença já apontada, entender a comunicação e a informação como dois níveis em interação no mesmo processo”. 30 Disponível em: <http://www.hcnet.usp.br/>. Acesso em outubro de 2010.
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IMAGEM 31 - SITE DO HC DA FMUSP
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IMAGEM 32 - SITE DO HC DA FMUSP II
A análise pelo quadro Axiológico e sua categoria das informações aponta que não
existe um mapa deste site. Ao se buscar informações sobre equipes médicas e sobre
unidades de internações, obtém-se uma lista dos vários institutos que compõem o
complexo que sabemos31 ocupar uma área total de 352 mil metros quadrados, com cerca
de 2.200 leitos distribuídos entre os seus seis institutos especializados, dois hospitais
auxiliares, uma divisão de reabilitação e um hospital associado. Para cada um destes
serviços, há um site especial, conforme a imagem 33.
31 Disponível em: < http://www.hcnet.usp.br/instituicao/quem_somos.htm>. Acesso em 20 out. 2010.
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IMAGEM 33 - QUEM SOMOS
Por exemplo, ao se acessar o Instituto do Coração, obtém-se a imagem 34, que contém
mais informações e detalhes deste Instituto. O mesmo acontece com as outras opções da
imagem 33, que remete o usuário a cada um dos acessos em questão.
IMAGEM 34 - INCOR
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Há espaço no site para informações para o público em geral e textos específicos, bem
como acessos para órgãos de saúde e similares. Não localizei acesso para pacientes
internacionais, tampouco menção a certificações recebidas. Na home page há uma caixa
de entrada para pesquisas.
Quanto à categoria das interações, o site deste hospital não permite agendamentos de
exames ou tratamentos, nem retirada de exames. Não há chat ou uso de elementos
sonoros ou a possibilidade de organização de um espaço pessoal no site. Há um acesso
para um espaço denominado HC TV, conforme imagem 35.
IMAGEM 35 - HC TV
Ali existem vídeos e blogs para diversas especialidades, porém, ao tentar acessar dois,
não obtive interatividade. Os vídeos apresentados são aulas e orientações gerais de
cuidados para a população. Existe um acesso denominado Banco de Imagens com
diversas fotos do hospital.
O site deste hospital é monocromático, predominantemente em azul. Com relação às
cores em sites, lemos em Scroferneker (2005, p. 21-22 apud FARINA, 1986, p. 113) e
em Guimarães (2000, p. 58-62) que essas atuam como estímulos que podem afetar e
influir na sensibilidade humana, modificando comportamentos e provocando reações
corporais e também facilitando a memorização de mensagens. Mas o uso das cores
requer cuidado, pois elas podem ter valores culturais diferentes, que dependem da
vivência de cada indivíduo. A cor exerce ação tríplice: a de impressionar, porque é
visualizada, a de expressar, visto que provoca uma emoção, e a de construir, porquanto
proporciona a comunicação de uma ideia.
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Assim, na construção de uma home page, tem de se levar em conta as possíveis reações
dos usuários e deve-se seguir a regra de Nielsen e Loranger (2007, p. 235):
“Recomendamos não mais de quatro cores diferentes e três fontes nas principais áreas
de seu site, ou então ele parecerá desestruturado e amador.”
No acesso realizado em 20/10/2010, identifiquei a imagem 36, que é diferente da outra
home page do mesmo hospital e que foi visitada em agosto de 2010. Agora há um
acesso para o Twitter, o que sugere a inserção do hospital para novos públicos e aponta
novas opções de comunicação. O site informa onde o usuário está, mas não onde esteve
ou aonde pode ir a partir daquela página.
IMAGEM 36 - HC NO TWITTER
Com relação aos dados internos e externos do contrato de comunicação, é possível
verificar que o site, desde o último bimestre de 2010, passou a promover uma relação de
inclusão com seus interlocutores, ao disponibilizar os vídeos e o acesso às redes sociais,
mas os dispositivos de interface utilizados são restritos. Constato que é um site
predominantemente informativo, que o contrato de comunicação, em seus dados
externos, denomina condição de finalidade informativa ou do Fazer-Saber.
66
2.2.3 Hospital Alemão Oswaldo Cruz
As imagem 3732, abaixo, oferece de modo evidente os telefones de contato para
agendamentos e disponibiliza o acesso para o hospital em inglês, alemão e espanhol,
contudo não foi identificado o mapa do site. O agendamento de procedimentos não é
feito on-line, mas através do preenchimento de um formulário. A retirada do resultado
de exames é on-line.
IMAGEM 37 - SITE DO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ
32 Disponível em: < http://www.hospitalalémao.org.br/haoc/>. Acesso em outubro de 2010.
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IMAGEM 38 - SITE DO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ II
Quanto ao Tour Virtual mostrado na imagem 39, é executado com muita facilidade e
rapidez, proporcionando uma útil visualização de vários ambientes da instituição,
conforme as opções a seguir. Não localizei a opção de chat.
IMAGEM 39 - TOUR VIRTUAL
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As certificações do hospital são evidenciadas na imagem 40. Ao se acessar os links,
abre-se a descrição delas e suas explicações, descrevendo ao enunciatário os processos
de certificação e o que cada uma significa.
IMAGEM 40 - CERTIFICAÇÕES DO HOSPITAL
IMAGEM 41 - PERGUNTE AO ESPECIALISTA
A imagem 41 acima mostra uma entrada denominada Sua Saúde, onde existe a
possibilidade de ler respostas de especialistas para questões propostas, porém não é
explicado como fazê-las.
69
IMAGEM 42 - ESPECIALIDADES
Quando se busca por especialistas, obtemos a imagem 42. Ao se ativar uma das
especialidades listadas, obtemos o nome do médico e o seu telefone, conforme
preconizado no quadro Axiológico, na categoria das informações.
IMAGEM 43 - EVENTOS E CURSOS
70
O hospital dispõe de um Instituto de Educação e Ciências que proporciona dois cursos
virtuais e que podem ser realizados mediante cadastro no próprio site, conforme
imagem 43. Assim, com relação ao quadro Axiológico e com relação à categoria das
informações, o site oferece o preconizado. Com relação à categoria das interações, não
há acesso a redes sociais, e o tour virtual, como já mencionado, é útil. Não identifiquei
elementos de acessibilidade. Quanto às cores utilizadas, o azul e o verde predominam.
Nas visitas feitas ao site, ao se passar o mouse pelas opções iniciais, não foi possível
obter nenhuma informação, conforme a imagem 44, que mostra um espaço em branco e
vazio. Esta falha foi constatada em mais de um acesso e em computadores diferentes. O
site informa a posição atual do usuário, porém não onde o enunciatário esteve ou aonde
pode ir.
IMAGEM 44- ACESSO AO LINK INSTITUCIONAL
Este hospital inscreve o site como espaço de locução, porque se utiliza de multimeios
para organizar seu domínio do saber e promove com o enunciatário relações de aliança e
de inclusão, proporcionando as informações de modo claro e simplificado.
71
2.2.4 Hospital Sírio-Libanês
No site, que se inicia com a imagem 4533, vemos as opções em outros idiomas, além de
uma interessante caixa de pesquisas denominada Estou interessado em:, que conduz o
enunciatário para áreas específicas, com assuntos organizados por temas e que facilitam
as pesquisas intra-site.
IMAGEM 45 - SITE DO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
Há neste site um slogan conforme a imagem 46.
IMAGEM 46 - SLOGAN DO HOSPITAL
33 Disponível em: <http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/>. Acesso em outubro de 2010.
72
Para Silva e Rigolon (2009), comunicar é agir sobre o outro e o slogan é uma fórmula
curta, resumida e incisiva que exerce uma pressão no enunciatário para que compre o
produto. Quando se comunica, não se pretende apenas que o sujeito receba e
compreenda a mensagem, mas que esta seja aceita. Portanto, argumentar é um
procedimento linguístico que visa persuadir, seduzir e atrair. Busca fazer aceitar o que é
comunicado, levar a crer o que é dito e a fazer o que é proposto. Assim, o slogan pode
ser considerado um tipo de comunicação unilateral, estabelecida por um enunciador
para um enunciatário, que só se realizará se a recepção da mensagem tiver uma
incidência observável sobre o comportamento do público, isto é, se for constatada a
“venda” do produto em questão. Explicam Silva e Rigolon (2009, p.8):
O termo slogan vem do gaélico, língua do povo celta, e significa “grito de guerra”, “slugh-ghairm”. Por volta do século XIV, os ingleses adotaram o termo para transformá-lo, no século XIX, em divisa de partido e, a seguir, em palavra de ordem eleitoral. Os americanos deram ao termo o sentido de divisa comercial, e é com esse sentido publicitário que a palavra chegou à França, por volta de l927, adquirindo, em seguida, um sentido político. Assim, foi usada por pregoeiros ambulantes, nas legendas e nas insígnias, até se identificar com anúncios de jornais, revistas e outdoors. O slogan chama a atenção não sobre si mesmo, mas sobre o que diz ou dá a entender, conseguindo o seu objetivo: persuadir o sujeito à compra do produto ou à mudança de comportamento.
Em hospitais, o slogan pode ter a função de provocar a aderência do enunciatário para
as qualidades da instituição, como é o caso do uso deste recurso neste hospital e de
nenhum outro até aqui.
A imagem 47 mostra as diversas opções de navegação no site, porém sem explicar o que
elas contêm. É necessário entrar em cada uma delas e verificar seu conteúdo.
73
IMAGEM 47 - OPÇÕES DE ACESSO
Observo, porém, que o link acima, Médicos/Profissionais de Saúde, conduz a uma
página que contém outro acesso, denominado comunidade médica. Este acesso exibe
um símbolo equivocado, conforme seta da imagem 48: o emblema apresentado é uma
suposta insígnia da medicina, com duas cobras que se enrolam em um cajado. Este
símbolo representa as ciências contábeis, conforme imagem 51, da página 143. A
comunicação visual que se deve usar, quando se trata de representar a medicina, é o que
mostra a imagem 49, do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, e a imagem 50,
do Conselho Federal de Medicina, página 142, ou seja, uma só cobra, que se enrola em
um cajado.
IMAGEM 48 - MÉDICOS E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
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IMAGEM 49 - SÍMBOLO DO CREMESP
Afirmam Flores et. al. (2009, p. 214): “Os símbolos empregados pelo falante devem ser
os mesmos em um grupo social, seja ele formado por uma comunidade geográfica,
familiar ou com qualquer outro tipo de ligação entre os indivíduos, servindo, inclusive,
como forma de identificação do grupo” . Vemos aqui, neste caso, que a identificação
está incorreta.
IMAGEM 50 – SÍMBOLO DO CFM
IMAGEM 51 - SÍMBOLO DO CRCSP34
O símbolo da imagem 51 é o dos contabilistas e é o que o hospital está usando
equivocadamente35.
34 Disponível em: < http://www.crcsp.org.br/>. Acesso em 15 nov. 2010. 35 Sobre este assunto, em: < http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/Simbolo.htm>, há necessárias e importantes explicações do Dr. Joffre M. de Rezende, Professor Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás e Membro da Sociedade Brasileira de História da Medicina. Oportunas, também, para mais esclarecimentos sobre o mesmo tema, são as explicações contidas no texto disponível em <http://www.cafeesaúde.com.br/medicina_artigo.htm>. Acesso em outubro de 2010.
75
A imagem 52 disponibiliza links para Centros e Núcleos de Medicina Avançada, com
quinze acessos que permitem conhecer cada um deles em detalhe. Contudo, constato
que as informações e os recursos para oferecer os subsídios aos Centros e aos Núcleos
não são iguais, ou seja, nem todos têm os mesmos recursos de vídeos ou fotos.
IMAGEM 52 - OPÇÕES DE ACESSO
Por exemplo, o Centro de Check-up, conforme imagem 53, tem uma visita virtual.
IMAGEM 53 - ACESSO AO CENTRO DE ACOMPANHAMENTO
Já o Centro de Nefrologia não oferece os mesmos recursos de vídeos e fotos, conforme
a imagem 54, limitando-se, principalmente, a textos.
76
IMAGEM 54 - NÚCLEO DE NEFROLOGIA
A home page se encerra com a imagem 55:
IMAGEM 55 – FINAL DA HOME PAGE DO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
77
Não foi possível evidenciar acessos a redes sociais. Observei na imagem 55 que o mapa
do site e as diretrizes de acesso ao hospital, deveriam, segundo a Axiologia preconizada,
estar na imagem 45, início do site.
Existe a possibilidade, conforme a imagem 56, de se conhecer os profissionais que
atuam no hospital. As informações resultantes desta pesquisa trazem o nome e o
telefone do profissional, além da lista completa por ordem alfabética. No que se refere à
cor como informação, o site é mostrado em duas cores: o azul, que predomina, e a cor
laranja, utilizada nas barras laterais e em outras setas indicativas de acessos. Contudo,
ao se acessar Médicos e Profissionais de Saúde, verifico que a cor azul volta a
predominar.
IMAGEM 56 - LISTAGEM CORPO CLÍNICO
78
IMAGEM 57 - INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA
Com relação ao contrato de comunicação, o site propõe ao enunciatário relações de
aliança e de inclusão, pois permite interação com inúmeros públicos-alvo, como, por
exemplo, quando se volta para o ensino e a pesquisa, conforme imagem 57. O site deste
hospital utiliza amplamente as funções prescritivas, informativas, incitativas e
emocionais – disponibiliza inúmeras informações e Faz-Crer, com o uso de recursos
multimidiáticos, na maior parte dos acessos. Quanto aos aspectos voltados para a
arquitetura do site, ele oferece, em todos os acessos, informações importantes, como,
por exemplo, na imagem 58, onde se nota que podemos ler o que já foi acessado, onde
se está no site e o que pode ser buscado a partir dali. Tal condição oferece segurança e
conforto ao usuário, porém, segundo Nielsen, o correto é oferecer cores diferentes para os
acessos já visitados36.
IMAGEM 58- PERCURSO NO SITE
36 Veja anexo A para mais detalhes sobre os critérios de usabilidade de Jakob Nielsen.
79
2.2.5 Hospital São Vicente de Paulo
Na imagem 5937 vemos o selo de acreditação da Joint Comission , posicionado no início
e bem evidente. Não identifiquei mapa do site, mas a navegação é simples, com os
acessos horizontais ao lado do nome do hospital e separados por categorias de interesse.
Podem-se marcar consultas via site, porém é necessário um cadastro de usuário inicial.
O mesmo ocorre com os médicos: pode-se ter acesso à sua agenda de consultas
marcadas pelo mesmo sistema.
IMAGEM 59 - SITE DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO - I
37 Disponível em: < http://www.hsvp.org.br/>. Acesso em outubro de 2010.
80
O hospital disponibiliza formas de contato, conforme imagem 60.
IMAGEM 60 - FALE CONOSCO
Os contatos através do preenchimento de formulários on-line evidenciam a importância
que as empresas estão dando à comunicação com seus públicos e servem para
oportunizar um espaço para críticas, sugestões, reclamações e elogios, podendo ser
caracterizados como espaços de oralidade, mesmo que virtualizados, segundo
Scroferneker (2005, p. 21).
Os acessos oferecidos pelas informações, conforme a imagem 61, são textuais e sem
elementos visuais.
81
IMAGEM 61 - SITE DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO - II
Ao se buscar informações sobre médicos e suas formas de contato, obtém-se a imagem
62. Ao se acessar, por exemplo, o link Cardiologia, há uma lista com nomes de médicos
da especialidade, porém sem nenhuma forma de contatá-los. Há apenas os nomes.
IMAGEM 62 - CORPO MÉDICO
82
Ao se buscar informações sobre Serviços Auxiliares, como, por exemplo, o laboratório
de análises clínicas, o site apenas descreve os exames que são realizados, mas não é
possível agendá-los on-line ou obter resultados. O site não dispõe de vídeos e o uso de
fotos é restrito, mesmo quando anuncia novas instalações ou modificações tecnológicas,
como, por exemplo, na imagem 63. Nesses acessos há somente um texto explicativo e,
muito embora pretenda esclarecer uma evolução tecnológica da instituição, não se
utiliza de fotos e/ou vídeos.
IMAGEM 63 - ACESSOS A RADIOTERAPIA E NOVO PÓS-OPERATÓRIO
Conforme a imagem 64, ao se buscar informações sobre Prevenção e Saúde, o acesso
não gerou informação. Não há entradas para redes sociais, chat ou outras formas de
interatividade.
IMAGEM 64 - ACESSO PARA INFORMAÇÕES DE SAÚDE
83
Este hospital afasta-se do que Hardey38 (1999, p. 821-826) propõe, quando explica que
os hospitais podem oferecer aos possíveis consumidores, através da hipermídia,
enormes possibilidades de construir suas próprias narrativas dentro dos sites. O leitor,
no ambiente da hipermídia, utiliza-se de hiperlinks para buscar e atualizar suas
informações sobre assuntos ligados à saúde e à doença e conhecer os locais onde quer se
tratar. Quando um material informativo disponibilizado em um site é considerado útil
pelos usuários, este insere os interessados nos sites, porque essas informações podem
ser armazenadas, impressas e consultadas quando necessário. (grifo meu).
O hospital organiza os temas por cores, conforme a imagem 65.
IMAGEM 65 - ACESSOS DO HOSPITAL
O azul predomina, mas há outras cores para cada bloco informativo, e a cada acesso a
cada um deles as cores continuam. Assim, por exemplo, ao se acessar Informações de
Saúde, conforme a imagem 66, as cores se mantêm de acordo com a barra horizontal,
não obstante, neste caso, como em outro acesso deste hospital, a opção não contenha
nada.
Não há indicação no site dos acessos percorridos ou dos links possíveis, a partir do
ponto em que se está. Há apenas uma informação, conforme o grifo em amarelo, da
imagem 66, mostrando o local em que se está no site.
38 HARDEY, Michael. Doctor in the house: the internet as a source of lay health knowledge and the challenge to expertise. Sociology of Health & Illness. Vol. 21, n. 6, 1999.
84
IMAGEM 66 - ACESSO INFORMAÇÕES DE SAÚDE
Este site, no que se refere ao contrato de comunicação, organiza seu saber de modo
descritivo, e o espaço de relação ou de identidade não promove a aliança e não provoca
no enunciatário um estado emocional agradável, limitando a condição de finalidade ou o
Fazer-Sentir improvável.
2.3 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “COLOMBIA”.
2.3.1 Hospital Pablo Tobón Uribe
Na imagem 6739, vemos o mapa do site e um slogan ou uma frase tema de uma marca,
segundo Scroferneker (2005, p. 14)40, que procura resumir e definir o posicionamento
de uma organização.
39 Disponível em: < http://www.hptu.org.co/hptu/>. Acesso em setembro de 2010. 40 SCROFERNEKER, C. M. A. As organizações na Internet: um estudo comparativo. Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Dezembro, 2005.
85
IMAGEM 67 - SITE DO HOSPITAL PABLO TOBÓN URIBE
Ao se acessar as opções da barra vertical esquerda, obtemos as informações alusivas ao
link escolhido. Há uma foto ilustrativa do serviço acessado, ao mesmo tempo em que
existe uma lista dos médicos que prestam o serviço buscado. Há um outro acesso,
denominado Nuestros Especialistas, com a lista completa dos médicos. Não é possível
fazer visita virtual, nem chat.
86
IMAGEM 68 – CONTINUAÇÃO DO SITE DO HOSPITAL
Não foi identificada a possibilidade de marcação de consultas on-line ou retirada de
resultados de exames. A imagem 68 mostra a única forma de contato com o hospital via
site.
IMAGEM 69 – FINAL DA HOME PAGE
87
A home page se completa com a imagem 69, que permanece informativa, sem
possibilidade de interação.
Contudo, em dezembro de 2010, o hospital modificou seu site e sua home page, como
mostra a imagem 70, e traz também um novo slogan.
IMAGEM 70 - NOVO SITE DO HOSPITAL PABLO TOBÓN URIBE
Nesta primeira página há uma enquete, conforme imagem 71.
IMAGEM 71 - PESQUISA INTRA-SITE
O resultado desta pesquisa no dia 4/01/2011 é o apontado na imagem 72. Nesta nova
versão do site, aprovada por 62% dos respondentes, observo que não há mais o mapa
del sitio e a ferramenta de busca está colocada no final da home page, ou seja, em uma
posição incorreta.
88
IMAGEM 72 - RESULTADO DE PESQUISA INTRA-SITE
A imagem 73 evidencia mais opções de ingresso e o acesso para redes sociais.
IMAGEM 73 - ACESSOS NO SITE
89
Ao analisar o site deste hospital com base no quadro Axiológico e na categoria das
informações, identifiquei que estão disponíveis as formas de contato com diretores e
chefes de serviço das especialidades, porém não há indicações dos meios de acesso ao
hospital. Quanto ao grupo das informações específicas sobre saúde, existe o acesso
mostrado na imagem 74, que aponta diversas opções para o Fazer-Saber.
IMAGEM 74 - INFORMAÇÕES DE SAÚDE
O acesso para Pacientes Internacionales, conforme grifado em amarelo na imagem 73,
é monolíngue. Quanto às indicações de certificações obtidas pela instituição, elas estão
disponíveis em um acesso denominado Reconocimientos y Premios, conforme a
imagem 74.
Quanto à categoria das interações, não há serviços disponíveis on-line, contudo existe
um Recorrido Virtual, conforme apontado na imagem 73, que possibilita a visita a
vários ambientes do hospital, cujo funcionamento foi eficiente ao ser testado. Não há
chat ou recursos de acessibilidade. Neste hospital, mais uma vez, a cor predominante é
o azul e, quando se passa o mouse em cima de cada uma das opções de acesso, ela muda
para verde. Esta dualidade de cores segue por todo o site.
90
Identifiquei um acesso voltado para o público infantil, como mostra a imagem 75. Neste
espaço há varias opções de interação com esse público, como mostra a imagem 76, onde
eu grifo as opções de colorir e de jogar, voltadas para o público infantil.
IMAGEM 75 - ACESSO PARA O PÚBLICO INFANTIL
IMAGEM 76 - ACESSO PARA COLORIR
91
O site é competente ao indicar a posição do usuário e também quais links já foram
vistos, conforme imagem 77, que mostra o percurso feito no site, porém não o faz em
cores diferentes, conforme o recomendado por Nielsen.
IMAGEM 77 - ACESSO À CARDIOLOGIA
Contudo, não foi possível localizar o que pode ser feito depois desse acesso.
No que se refere ao contrato de comunicação, o hospital busca identidade com seus
públicos-alvo e emprega a condição de finalidade ou as funções do Fazer, Saber, Crer e
do Sentir em larga escala. Assim, o espaço de tematização, onde o site organiza o
domínio do saber é, sobretudo, descritivo. Há poucas ações intra-site, porque se limita a
descrever, mais do que interagir.
2.3.2 Hospital Universitario San Ignacio
Na imagem 7841 não localizei um mapa do site. Ao acessar o link Portafolio de
Servicios, obtém-se uma lista de todos os serviços do hospital e, em alguns casos, o
nome dos médicos, porém não existe possibilidade de contato com eles por e-mail ou
telefone. Há um acesso que propõe a marcação de consultas, mas que não leva para esta
opção. Não se podem retirar resultados de exames on-line e não há chat ou visita virtual
disponíveis.
41 Disponível em: < http://www.husi.org.co/default.aspx>. Acesso em outubro de 2010.
92
IMAGEM 78 - SITE DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SAN IGNACIO
Há um slogan, conforme imagem 79:
IMAGEM 79 - SLOGAN DO HOSPITAL
93
No que se refere ao quadro Axiológico e à categoria das informações, o preconizado
está disponível, porém é necessário procurar pelas informações desejadas, como, por
exemplo, os modos de acesso à instituição e outros recursos, conforme imagem 80, que
não descreve propriamente como chegar ao hospital.
IMAGEM 80 - UBICACIÓN
Para a categoria das interações, há um vídeo de vinte segundos, disponível na home
page, e que divulga a Associación Colombiana de Hospitales y Clinicas. O uso de fotos
é limitado a poucas, que não estão relacionadas ao tema do acesso. Observo que em
toda a navegação a imagem com o telefone do Call Center está disponível. Não
identifiquei recursos de acessibilidade. Neste site a cor azul é predominante, o que varia
são seus tons. Quando se passa o mouse na barra de opções horizontal e inicial, uma
linha na cor laranja indica o acesso, porém a cor azul se mantém.
Quando se buscam informações referentes ao acesso Pacientes Internacionales, que está
disponível em inglês e espanhol, obtém-se a imagem 81:
94
IMAGEM 81 - PACIENTES INTERNACIONALES
Nota-se que há dois acessos que conduzem ao mesmo local, o que é redundante. Assim,
por exemplo, na coluna direita, existem os mesmos acessos que na coluna paralela mais
para o centro da imagem, o que pode confundir o enunciatário, pois não se sabe qual dos
acessos proporcionará a resposta.
Há a opção de um vídeo institucional, em duas partes, contudo eles estão em espanhol.
IMAGEM 82 - DIRECTORIO MÉDICO
95
Na imagem 82 há um acesso denominado Directorio médico, que abre a possibilidade
de o usuário saber quem são os profissionais que atuam em cada uma das
especialidades, porém este percurso limita-se a dar o nome do profissional, sem oferecer
possibilidade de contato por e-mail ou telefone. Ao se buscar a opção Solicitud de Citas,
ou seja, de consultas com médicos, conforme a imagem 83, o acesso não conduziu ao
oferecido. Não somos informados dos acessos já vistos, apenas do local onde se está.
IMAGEM 83 - SOLICITUD DE CITAS
.
Sob o ponto de vista do contrato de comunicação, neste site predomina um modo de
organização discursivo e descritivo do que o hospital oferece. Pelas limitadas opções de
interatividade, os “fazeres” relativos à condição de finalidade são restrititos, ao não
promover alianças com o enunciatário, pois pouco permitem a inclusão do usuário.
2.3.3 Fundación Valle Del Lili
Na imagem 8442, há uma barra horizontal que, ao se passar o mouse em cada um dos
acessos, abre possibilidades de verificação do que está disponível no tema. Não há,
contudo, possibilidade de retirada de exames on-line, chat ou visita virtual. No acesso
Médicos, existe uma opção denominada Directorio Médico, que contém uma lista
completa de todos os profissionais da instituição, com diversas formas de contatá-los,
com a descrição da especialidade de cada um, além de uma foto do(a) médico(a), na
maior parte dos casos, conforme proposto no quadro Axiologia.
42 Disponível em: < http://www.valledellili.org/sitio/index.php?lang=es>. Acesso em outubro de 2010.
96
IMAGEM 84 - SITE DA FUNDACIÓN VALLE DEL LILI
Observamos a presença do slogan e do mapa del sitio, assim como de um buscador na
barra horizontal, o que facilita as pesquisas dos interessados. Scroferneker (2005, p. 21,
apud DOTTA, 2000, p. 65) afirma: “um site com boa arquitetura de informação deverá
fornecer ao usuário o que ele busca em no máximo três acessos, porém o ideal é que já
no segundo isso seja possível.”
A foto da imagem 84 se alterna com outras três, mostrando profissionais em suas
atividades, o que proporciona uma percepção de humanização do ambiente. Na imagem
85, vemos, à esquerda, com grifo em amarelo, a opção denominada FVL TV EN LA
WEB, que é uma coleção de vídeos disponíveis sobre diversos assuntos médicos. Ao
lado deste link, temos informações em texto.
97
IMAGEM 85 - FVL
A imagem 86 apresenta, em destaque, o Directorio Médico e um mapa para acesso ao
hospital.
IMAGEM 86 - DIRECTORIO MÉDICO
É possível marcar consultas on-line, conforme imagem 87.
98
IMAGEM 87 - PROGRAMAR UNA CITA
Visualiza-se também que o hospital publica uma revista, que está disponível para leitura
on-line. Na imagem 88, há um logotipo, apontado por mim por uma seta azul, que
mostra um selo de certificação, que é, porém, ilegível, e não é possível seguir o link para
saber de que se trata.
IMAGEM 88 - CARTA DE SALUD
Na imagem 89 há um link denominado COMUNIDAD VALLE DEL LILI, cujo acesso
conduz a grupos de interesses específicos com temas voltados para cada uma das
opções, como, por exemplo: Cardiologia, Residentes, Alergologia e Anestesia, entre
outros. Não localizei acesso às redes sociais tradicionais.
99
IMAGEM 89 - COMUNIDAD VALLE DEL LILI
Ao disponibilizar as várias comunidades acima, este hospital assevera o que Jenkins
(2009, p. 48) menciona: “... o consumidor ideal é ativo, comprometido emocionalmente
e parte de uma rede social.” (...) “Ver o anúncio ou comprar o produto”, segue
explicando o mesmo autor, “já não basta; a empresa convida o público para entrar na
comunidade da marca” (grifo meu).”.
Analogamente, destaco com isso o que os acessos para as diferentes comunidades
proporcionam - como, por exemplo, ao se acessar a primeira à esquerda (seta)
denominada de Cardiolili, temas relativos à cardiologia onde há matérias voltadas aos
interessados no contexto, conforme imagem 90.
Sobre a as comunidades virtuais, afirma Tan43 (2005, p. 212) que as “e-communities”
são importantes porque pessoas com interesses similares podem trocar experiências. Por
conta dos avanços da internet, este é um tipo de comunicação que vem aumentando e
tornando-se popular entre diferentes tipos de usuários, como, por exemplo, idosos e os
que vivem em comunidades distantes dos grandes centros médicos, oferecendo
inúmeras informações e até em alguns casos apoio psicológico. Assim, este hospital
abre inúmeras possibilidades aos mais diferentes tipos de comunidades, organizando-os
por tema e oferecendo as interações possíveis. No entanto não identifiquei acessos a
redes sociais não vinculadas a um problema de saúde ou doenças como, por exemplo,
Facebook ou Twitter.
43 Tan, Joseph. E-health care information systems: an introduction for students na professionals. Pubish by Jossey-Bass. USA 2005
100
IMAGEM 90 - CARDIOLILI
Neste site o uso da cor verde é predominante em todo o percurso. A cor azul, aqui,
praticamente é inexistente, conforme exemplo da imagem 91.
IMAGEM 91 - CORES NO SITE DO HOSPITAL
Quanto ao contrato de comunicação, a Fundación disponibiliza o Saber, Faz o Crer,
proporciona o Sentir e inscreve o enunciatário em seus múltiplos acessos e opções,
101
usando diversos canais de transmissão e, com isso, promove com o destinatário relações
de aliança e inclusão. Organiza seu saber de modo tematizado. Contudo, não há
indicações de onde se está, onde se esteve e para onde se pode ir dentro do site.
2.3.4 Clínica del Occidente
A imagem 9244 apresenta, conforme assinalado com setas vermelhas, o Mapa del Sitio,
Contáctenos e Directório com os principais telefones do hospital, além de uma opção
denominada Preguntas Frecuentes, que são recursos para facilitar a navegação. No
mesmo plano do nome do hospital e também assinalado com uma seta, estão os
logotipos das instituições certificadoras do hospital.
IMAGEM 92 - SITE DA CLÍNICA DEL OCCIDENTE
Da forma como o site é estruturado, é necessário acessar-se cada uma das opções da
barra verde horizontal inferior (imagem abaixo) para se conhecer o que o percurso
44 Disponível em: < http://www.clinicadeloccidente.com/>. Acesso em outubro de 2010.
102
informa. Não há chat ou visita virtual, e existe um vídeo institucional. Não é possível a
retirada de exames on-line ou o agendamento de procedimentos. A opção Mapa del
Sitio traz todos os caminhos possíveis para o usuário, a partir de uma lista de acessos
que o hospital disponibiliza.
Verifiquei que em Sala de Prensa estão disponíveis informações sobre o hopital com
data e horário da postagem. Em Directorio, na faixa horizontal superior, está disponível
uma lista com os principais telefones da Clínica.
A seta em vermelho da imagem 92 aponta um acesso denominado El Doctor Cálido
Aconseja, que mostra a imagem 93. Aqui existem orientações médicas para dois temas
específicos com descrição do asssunto e resposta a várias perguntas. O acesso aos temas
foi possível e o texto é objetivo.
IMAGEM 93 - ACESSO EL DOCTOR CALIDO ACONSEJA
Na imagem 95, o site mostra um selo de acreditação hospitalar. Ao se acessar a opção
Sistema de gestão de calidad, aparece uma explicação das certificações obtidas pela
instituição, conforme imagem 96. Note-se, porém, que o mesmo selo aparece na
103
primeira rolagem ao lado de outras certificações obtidas (imagem 92). Existe explicação
sobre o que elas significam e por que elas são importantes no setor hospitalar.
Há um slogan, conforme a imagem 94.
IMAGEM 94 - SLOGAN DA CLÍNICA DEL OCCIDENTE
IMAGEM 95- SELO DE ACREDITAÇÃO
104
IMAGEM 96 - SISTEMA DE GESTIÓN CALIDAD
Há também um Directorio Médico disponível, apenas indicando o nome, mas sem
opção de contato com o médico. Aparece apenas uma lista de nomes e especialidades,
conforme imagem 97.
IMAGEM 97 - DIRECTORIO MÉDICO
105
O site não proporciona visita virtual, uso de chat, acesso a redes sociais ou possibilidade
de personalização de conteúdo. Não há vídeos. Há algumas fotos do hospital ou de seus
setores. Não identifiquei elementos de acessibilidade. Não há indicações seguras da
posição em que se está no site, apenas o usuário é informado da página em visualização.
Quanto ao contrato de comunicação, o site não promove alianças, porque não cria
espaços de relação. Não há interatividade, nem é possível realizar ações on-line. O site
utiliza-se, segundo os dados internos do contrato de comunicação, apenas de estratégias
discursivas para buscar relacionar-se com o enunciatário, privilegiando o Fazer-Saber.
2.3.5 Hospital General de Medellín
Na imagem 9845, que representa o antigo site deste hospital, vê-se o acesso Mapa del
Sitio e o selo de acreditação ao lado do nome do hospital. No acesso Servicios verifica-
se um texto e uma foto do tema. Ao se acionar o Mapa del Sitio, obtém-se um resumo
do conteúdo, que é apresentado de forma objetiva, ocupando o centro da tela, conforme
imagem abaixo. Embora anunciado, o Chat de Salud não estava disponível, ocorrendo o
mesmo com outros acessos, que não conduziram ao proposto.
IMAGEM 98 - ANTIGO SITE DO HOSPITAL GENERAL DE MEDELLÍN
45 Disponível em: < http://www.hgm.gov.co/>. Acesso em outubro de 2010.
106
Porém, em dezembro de 2010, o hospital modificou seu site e a forma de apresentação,
conforme imagens 99, 100 e 101.
IMAGEM 99 - NOVO SITE DO HOSPITAL GENERAL DE MEDELLÍN
IMAGEM 100 - CONTINUAÇÃO DO NOVO SITE DO H. GENERAL DE MEDELLÍN
107
O site manteve o Mapa del sitio e a opção em inglês na sua lateral direita, que
permanece com uma estrutura descritiva e não oferece interatividade – não identifiquei
possibilidade de visita virtual, opção para chat ou alguma outra ação via site. Não há
elementos de acessibilidade.
IMAGEM 101 – FINAL DO NOVO SITE DO H. GENERAL DE MEDELLÍN
A imagem 102 mostra onde o enunciatário está no site.
IMAGEM 102 – POSIÇÃO NO SITE
O antigo site evidenciava, conforme a imagem 98, na posição correta na home page, e
em primeiro plano, o selo de acreditação do hospital, que no novo site não foi possível
identificar.
108
Quanto ao contrato de comunicação, o site está organizado em Fazer-Saber, pois
concentra-se em transmitir informações. O uso de recursos multimidiáticos é escasso e
não há uma tentativa de construção de um espaço de relação para promover a inclusão
do enunciatário.
2. 4 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “COSTA RICA”
2.4.1 Clínica Bíblica
A imagem 10346 mostra em destaque o chat disponibilizado como primeiro recurso (os
grifos em vermelho são meus). Isso pode favorecer a busca por informações diretas
quando da necessidade de subsídios adicionais, além do que esta ação pode dar suporte
ao usuário, quando de um primeiro acesso, em caso de dificuldades. O usuário “tem
com quem conversar” se “necesita ayuda.” Há uma imagem que se movimenta pelo site
oferecendo “ayuda” logo em primeiro plano, conforme seta em vermelho. Não há um
mapa do site. Há acesso em inglês, no canto superior direito, bem como opção para
International Patients.
IMAGEM 103 - SITE DO HOSPITAL CLÍNICA BÍBLICA
46 Disponível em: < http://www.clinicabiblica.com/esp/index.php>. Acesso em setembro de 2010.
109
O usuário é motivado a percorrer o site para conhecer as possibilidades de contato com
o hospital, sejam de caráter informativo, sejam de possíveis interações. O
funcionamento do site é facilitado pelas opções disponíveis para cada um dos públicos-
alvo. O hospital usa a cor azul como predominante, habitualmente a cor da
tranquilidade, segundo Guimarães (2003, p. 187)47. O menu principal é disponibilizado
à esquerda e oferece as opções de links ao se passar o mouse por cima de cada uma das
escolhas, proporcionando uma navegação cômoda e identificando o que o usuário
encontrará ao acessá-lo, como prescreve Nielsen.
Constato a presença de slogan, conforme a imagem 104:
IMAGEM 104 - SLOGAN DO HOSPITAL
O site informa os serviços prestados e os médicos do corpo clínico. Estão disponíveis os
currículos profissionais de cada um deles, bem como as formas de contatá-los. Na aba
lateral esquerda, estão disponíveis informações sobre diversos temas ligados à medicina
preventiva. Ao se buscar mais detalhes, obtém-se a imagem 105.
47 Este autor explica que, na web, a utilização de cores pede economia de recursos, tendo em vista a composição de cada tela quando o usuário está navegando. As cores básicas denominadas por ele de RGB ou Red, Green e Blue e suas misturas (ibidem, p. 195) são as mais apropriadas para computadores.
110
IMAGEM 105 - MEDICINA PREVENTIVA
Todas as certificações obtidas podem ser visualizadas na primeira página, o que informa
ao público-alvo as qualificações obtidas pela Instituição. Há acessos para pesquisas e
cursos disponíveis. As conexões com as operadoras de saúde estão presentes. O site,
contudo, não informa os meios de acesso ao hospital.
Para a categoria das interações, o site dispõe, conforme imagem 106, de um acesso que
permite solicitar alguns serviços on-line, conforme imagem 107, mas não é possível retirar
resultados de exames.
IMAGEM 106 - SERVICOS EM LÍNEA - I
111
IMAGEM 107 - SERVICIOS EM LÍNEA - II
O hospital utiliza recursos multimídia. Há possibilidade de visita virtual a diversos
setores da instituição, bem como inúmeras fotos e vídeos, além de outras formas de
contato, como, por exemplo, a opção das redes sociais Facebook, MySpace e Twitter e
YouTube, conforme imagem 108.
IMAGEM 108 - REDES SOCIAIS DA CLÍNICA
.
Não é possível personalizar o conteúdo do site, mas são possíveis inúmeras formas de
participação para receber informações de saúde e de cuidados. A arquitetura do site
proporciona uma utilização simples, com informações e funcionalidades variadas,
porém não localizei recursos de acessibilidade. As narrativas disponibilizadas são fartas
e os recursos, além de atuais, seguem as palavras de Barros (2007, p. 63): “O
enunciador constrói no discurso todo um dispositivo veridictório, espalha marcas que
devem ser encontradas e interpretadas pelo enunciatário.”.
112
Olhando-se o site sob o ponto de vista da utilização das cores, identifico um
monocromatismo em azul. Para Guimarães (2003, p. 29), as cores podem ser utilizadas
para chamar a atenção, destacar e hierarquizar informações, bem como direcionar a
leitura, dentre outras funções.
Explica o mesmo autor, ao citar Rodrigues (1999, p. 20-1), que a informação é o
processo de transmissão unidirecional de um saber entre alguém que se pressupõe saber
e aquele que ignora a mensagem ou o conjunto delas, como é o caso de um site de
hospital, porque o que se busca e o que se disponibiliza neste são informações técnicas
que a maioria das pessoas desconhece. Adiante, o mesmo autor esclarece que informar é
formar e educar e comunicar é fazer o outro participar de algo e criar relações. Ambos
são dois níveis do mesmo processo de interação. A Clínica poderia utilizar as cores em
seu site de modo a conduzir o usuário e, depois de informá-lo, criar relações e
compartilhar. Em cada uma das opções de informação, a Clínica proporciona o que quer
expor, através de um elemento visual com fotos e vídeos. Ao mesmo tempo, harmoniza
o conhecimento para o usuário ao estabelecer um espaço de locução, como preconiza
Charaudeau quando descreve os dados internos de um contrato de comunicação, porque
o sujeito falante – hospital – comunica e promove com o enunciatário relações de
aliança ao dar-lhe as informações necessárias, como, por exemplo, na imagem a seguir,
na qual a Clínica informa sobre vacinação a diferentes usuários.
Tais esclarecimentos visuais e textuais são constantes no site da clínica e promovem
uma aliança com o enunciatário. Preconiza Guimarães (2003, p. 47): “quando a cor
como informação não é apresentada e incorporada ao repertório, essa sutileza da
informação visual na maioria das vezes não é percebida pelo leitor”.
Observe-se que, na imagem 109, há uma limitada diferenciação cromática, porque a
presença da cor azul é predominante.
113
IMAGEM 109 - ACESSO E CORES DO SITE
IMAGEM 110 - SUBSCRIBASE AL BOLETIN DE SALUD
A Clínica Bíblica maximiza os meios de comunicação com seus públicos, conforme
imagem 110, que mostra como é possível receber informações. Torna a navegação por
seu site uma experiência agradável, porque o fazer sentir do usuário no site compõe com
o interessado a possibilidade de ser autor da narrativa eletrônica, e este “atua como um
114
coreógrafo proporcionando o ritmo, os passos e o desempenho” do enunciatário dentro
de seu site, como preconiza Gosciola (2003, p. 27).
Com base nos ensinamentos de Jenkins (2009, p. 35) 48, o site da Clínica expandiu a
experiência narrativa ao utilizar-se de tecnologias de distribuição de conteúdos, porque
usa diversos recursos para apresentar-se ao enunciatário. Nesse mesmo fio condutor,
Bertrand (2003, p. 215) esclarece que a inserção da figuratividade no discurso
argumentativo busca tornar sensível aquilo que é, por natureza, exterior inacessível à
percepção, como é o caso de temas médicos ou voltados para a saúde (grifo meu).
Elucida ele, também, que a figuratividade pode inserir o usuário em um “campo de
valores cognitivos ou passionais” (ibidem: 213), o que a Clínica faz bem. Mas, para
informar o usuário onde está e localizá-lo no site, a Clínica é ineficiente, pois essas
informações não estão disponíveis.
O site da Clínica utiliza, em larga escala, os recursos multimidiáticos e hipermidiáticos
para convidar o usuário a visualizá-lo e emprega todas as etapas do contrato de
comunicação. Faz Saber, Faz Crer e Faz Sentir, além de incentivar, em diversos
momentos, a interação do visitante do site. Busca a influência mútua com o público-
alvo. A Clínica segue um percurso narrativo que transporta o usuário no site, conforme
suas necessidades, ao oferecer múltiplas informações e interações. Ao utilizar-se do
poder de inteirar o enunciatário, o enunciador-hospital tem a intenção de proporcionar
competências e desempenho por conta dos diferentes encadeamentos do site.
2.4.2 Hospital San Rafael De Alajuela
Na imagem 11149, para cada acesso disponibilizado no menu, é necessário clicar para
saber quais as informações estão disponíveis e as possíveis interações. Ao se acessar os
servicios e, a partir deste link, a opção Clínicos, vê-se a imagem 112. As entradas na
cor azul conduzem para outra página, porém as entradas cujos grifos (meus) estão em
amarelo, embora descritas, não proporcionam um acesso, o que pode confundir o
48 JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2009. 49 Disponível em: < http://www.ccss.sa.cr/html/sitios/Web_H.S.R.A/index.htm>. Acesso em setembro de 2010.
115
usuário, pois sugere uma disponibilidade que não remete a nenhuma outra página. Não
há mapa do site evidente.
IMAGEM 111 - SITE DO HOSPITAL SAN RAFAEL DE ALAJUELA
IMAGEM 112 - SERVICIOS HOSPITALARIOS
116
Neste site, a experiência de navegação é prejudicada pelas poucas opções e, muitas
vezes, pelas informações desatualizadas, como é o caso da imagem 113, datada de 2007,
ou por informações que não são acessíveis, muito embora descritas para o usuário como
um link possível. Existem informações sobre a produção do hospital, mas elas são
referentes ao ano de 2006.
IMAGEM 113 - SU SALUD AL DIA
O site apresenta os nomes dos diretores da instituição no quadro de acesso Quienes
Somos, porém não é possível o contato com eles por e-mail. O acesso Directorio
Telefónico que existe na home page não conduz a qualquer listagem, porque o link
remete a uma página diferente do que se pretende. Ou seja, nesse caso não se trata
somente de falta de informação, mas de apresentação inadequada, e isso faz com que o
usuário, ao buscar o que foi ofertado, não encontre o acesso proposto. Não estão
disponíveis informações sobre transportes públicos para acesso ao hospital. Há apenas
um mapa de localização, porém sem legendas ou explicações. Não há informação sobre
certificações do hospital.
Quanto às especialidades do hospital, é possível, em Servicios, identificar uma descrição
de cada um dos serviços disponíveis, conforme imagem 114.
117
IMAGEM 114 - SERVICIOS HOSPITALARIOS
Cada um desses acessos conduz a uma descrição de cada um dos serviços, mas sem suas
equipes ou formas de contato. Quanto às informações de saúde, não foi possível
identificar nenhum acesso. O mesmo ocorreu com a opção de acesso multilíngue e com
a das tecnologias disponíveis para tratamento, ambas indisponíveis. Esse modo de
apresentação pode ser uma estratégia do hospital: a de não deixar contato direto com a
equipe médica. Não se trata de erro ou não competência, e sim de recusa de
informações, o que é reiterado quando se busca um sistema de pesquisa intra-site. Não
existem acessos a publicações ou a cursos de formação.
Não há links para outros serviços de saúde, como, por exemplo, associações de classe
ou para órgãos governamentais relacionados. O acesso a operadoras de saúde não foi
encontrado. Na categoria das interações não é possível agendamento de consultas,
exames ou internações. Não existem acessos para busca de resultados de exames, nem
acessos a programas preventivos. Não existe a possibilidade de personalização dentro
do site. Não há chat ou o uso de elementos sonoros. Há uma galeria com 32 fotos do
hospital, mas não há vídeos ou visita virtual.
Em todos os acessos há pelo menos uma foto que revela o que a entrada contém. O
usuário não tem a possibilidade de interagir com o site, nem é possível o contato para
perguntas ou outras formas de esclarecimento de dúvidas. O site não disponibiliza
elementos de acessibilidade. Ao percorrermos o site em análise, nenhum dos requisitos
acima foi atendido ou está disponível. No site deste hospital, escassos recursos de
multimídia são utilizados. Os dispositivos do site não motivam os usuários a percorrê-
lo, nem os guiam com a finalidade de estimular a sua utilização dentro do site. Nessa
categoria, o Fazer Crer e o Fazer Sentir são escassos, pelo restrito uso de elementos de
hipermídia.
118
Nenhuma dessas recomendações ocorre no site desse hospital. O Fazer Crer e o Fazer
Sentir estão ligados aos dados externos do contrato de comunicação, conforme
Charaudeau (2007, p. 66).
Quando propomos levar o outro a pensar que o que está sendo dito é possivelmente
verdadeiro, trata-se do fazer crer. Quando se visa provocar no outro um estado
emocional agradável, o vínculo a ser criado é o Fazer Sentir. A hipermídia contribui
para o “Fazer-Crer-Sentir”, pois, segundo Baeta-Neves e Spitz50, o computador gera
engajamento ao cessar a rotinização do estímulo e ao despertar a atividade de
exploração. Assim, o Crer e o Sentir passam a ser desenvolvidos pelos que se utilizam
do computador, ao terem a sensação de poder de tomada de ação; fato possível e
estimulado pela hipermídia (idem, p. 70).
O hospital nada utiliza como recurso dentro da categoria das interações e, além disso,
muitas vezes não é competente para disponibilizar os links, remetendo o usuário a
lugares errados. Acrescento a isso que o site não informa os acessos percorridos e
tampouco os possíveis, mencionando apenas o local onde se está. Barros (2007, p. 63)
explica: “O enunciatário, por sua vez, para entender o texto, precisa descobrir as pistas,
compará-las com seus conhecimentos e convicções e, finalmente, crer ou não no
discurso”.
Com relação aos dados internos do contrato de comunicação de Charaudeau, não existe
a possibilidade de construção de um espaço relacional entre o hospital San Rafael de
Alajuela e seu público-alvo, tampouco relações promovidas com eles. A análise dos
dados externos do contrato de comunicação, na condição de identidade, visa saber os
sujeitos inscritos no processo e os “quem”, isto é, quem troca com quem, quem fala com
quem e quem se dirige a quem, o que, no site deste hospital, não é evidenciado. O
espaço de tematização do contrato de comunicação não incentiva o enunciatário a
percorrer o site.
50 Disponível em: <http://cumincades.scix.net/data/works/att/sigradi2005_069.content.pdf>. Acesso em 27 set. 2010.
119
2.5 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “CHILE”
2.5.1 Clínica Alemana
Na imagem 11551, em primeiro plano e ao lado do nome do hospital, observa-se o selo
de acreditação hospitalar da Joint Comission e as formas de contato com a instituição,
bem como uma opção do site em inglês, conforme imagem 116, que amplia a barra
horizontal em questão, mostrando os acessos dessa posição no site.
IMAGEM 115 - SITE DA CLÍNICA ALEMANA
IMAGEM 116 - BARRA HORIZONTAL
51 Disponível em:<http:// < www.alémana.cl>. Acesso set. 2010.
120
Ao se passar o mouse em cada uma das escolhas, é possível conhecer as opções dos
links, conforme montagem representada na imagem 117, que apresenta todas as
alternativas de acesso juntas.
IMAGEM 117 - ESQUEMA DE ACESSOS DA BARRA HORIZONTAL
Ainda no centro da home page, há uma página em pop-up que alterna quatro
mensagens diferentes. Há uma opção, no grande retângulo inicial, denominado Ingrese
a mi página de salud, conforme imagem 118.
IMAGEM 118 - MI PÁGINA DE SALUD
121
Outro retângulo imediatamente abaixo da imagem 135 apresenta três opções distintas:
Notícia Diaria, Actualidad e Servicios Online, conforme imagem 119.
IMAGEM 119 - OPÇÕES DE ACESSOS
Os serviços on-line permitem marcação de consultas, resultados de exames, condições
de internação e pagamento de contas. A home page se completa com a imagem 120.
IMAGEM 120 – FINAL DA HOME PAGE
122
O site da Clínica Alemana convoca os enunciatários na home page e identifica,
conforme meus grifos em amarelo, no lado superior direito e na barra horizontal,
imediatamente abaixo, claramente, com quem buscam se relacionar, separando os
diversos públicos e seus interesses e, ao mesmo tempo, disponibilizando opções para
acessos, conforme imagem 121.
IMAGEM 121 - OPÇÕES DE ACESSOS
É possível, sem necessidade de acessar, saber a que cada um dos links conduz. O selo de
acreditação colocado ao lado do nome da Clínica faz crer que muito do que será
informado no site é possivelmente verdadeiro, com a ressalva de que, provavelmente,
poucas pessoas conheçam o sistema Joint Comission52. Ao se tentar obter informações
sobre o selo, o link não conduz ao site, tampouco o explica, o que pode minimizar o
efeito que o selo de acreditação hospitalar pretende transmitir.
Os acessos básicos, como telefone, endereço de e-mail e modos de contato genéricos
estão disponíveis, mas não foi possível verificar meios de acessos por transporte
público, nem modos de contato na home page com dirigentes hospitalares. O site segue
52 A acreditação da Joint Commission International (JCI) pode ajudar instituições de saúde internacionais, agências de saúde pública, ministérios da saúde e outros a avaliar, melhorar e demonstrar a qualidade do cuidado ao paciente em seus países enquanto acomoda fatores legais, religiosos e culturais específicos dentro de uma nação. A Acreditação e/ou Certificação é um processo pelo qual uma entidade, separada e distinta da instituição de saúde, normalmente não governamental, avalia a instituição de saúde para determinar se ela cumpre uma série de requisitos-padrão projetados para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde. Esse processo voluntário fornece um compromisso visível de uma instituição para continuamente garantir um ambiente seguro para seus pacientes e equipe. Diponível em: < http://pt.jointcommissioninternational.org/enpt/>. Acesso em 30 nov. de 2010.
123
as regras de usabilidade de Nielsen, que recomenda que, para cada menu suspenso,
exista a informação do que pode ser acessado, facilitando o uso. Há uma única caixa de
entrada na home page que faz a busca no site logo na primeira visualização. Constatei
que, ao tratar das informações de saúde, o acesso foi ativado e que tudo está organizado
por data das postagens. Está disponível o acesso para o agendamento de consultas,
tratamentos, resultado de exames e instruções para internação hospitalar.
As imagens 122 e 123 mostram a possibilidade de acesso a uma página pessoal dentro
do site da Clínica. As categorias do Fazer-Fazer e do Fazer-Saber, parte do contrato de
comunicação, levam, neste site, aos diferentes enunciatários, as informações e também a
um agir que visa buscar mais elementos, ou nas palavras de Fontanille (2007, p. 85) “...
cada leitor elabora seu próprio texto em função dos links que ativa e do percurso que
realiza ao longo das diferentes camadas textuais disponíveis na máquina”.
IMAGEM 122 - INGRESE A MI PÁGINA DE SALUD
IMAGEM 123 - MI PÁGINA DE SALUD II
O design e a animação do site mesclam figuras em pop-up e há um acesso para o
YouTube com notícias, conforme imagem 124.
124
IMAGEM 124 - CANAL ALEMANA TV
A imagem 125 revela acessos distintos a cursos voltados para médicos e para a
população em geral, o que está dentro do preconizado no quadro Axiológico.
IMAGEM 125 - ACESSOS PARA AREA MÉDICA
e também
A cor predominante do site é o azul em um fundo branco, o mesmo do logotipo do site.
É utilizada a cor rosa para mensagens às mulheres, conforme imagem 126.
125
IMAGEM 126- ACESSO À PÁGINA FEMININA
Sobre isso, Barichello e Scheid (2007, p. 7), citando Manoel Castells, afirmam:
“Vivemos em um ambiente de mídia e a maioria dos nossos estímulos simbólicos vem
dos meios de comunicação”. Trata-se, porém, da naturalização de um uso de cor já
ultrapassado, mas culturalmente ainda legível.
Localizei um acesso para o Paciente Internacional, conforme imagem 127.
IMAGEM 127 - PACIENTE INTERNACIONAL
O acesso conduz a uma página com bandeiras de diferentes países, conforme imagem
128. Por ser um hospital ligado à coletividade alemã, há acessos em alemão e em
126
inglês, todavia, na home page onde isso poderia ser disponibilizado, há apenas o acesso
em inglês, conforme imagem 129.
IMAGEM 128 - SERVICIO PACIENTE INTERNACIONAL
Na imagem 128, as “bandeirinhas” não permitem o acesso na língua do país
correspondente, embora criem a sensação de que isso seja possível.
IMAGEM 129 - ACESSO EM INGLÊS NA PÁGINA INICIAL
O site não possui chat, nem visita virtual. Possui um acesso especial denominado
Convênios, conforme imagem 130.
127
IMAGEM 130 - ACESSO CONVÊNIOS
Ao se acessar o link Vivir Seguro, há a possibilidade de contratação de um seguro-
saúde, conforme imagem 131, com simulações de planos de saúde, espaço em que é
proposta uma transação comercial e que não foi identificado em nenhum outro hospital
deste corpus.
IMAGEM 131 - ACESSO VIVIR SEGURO
O hospital utiliza-se do YouTube, mas não das outras possíveis redes sociais, como
Twitter, Facebook, Orkut, MySpace, Google Buzz, Sonico, SlideShare e Picasa.
Na categoria das interações, o site oferece a possibilidade de ver fotos dos recém-
nascidos, conforme imagem 132. Tal recurso é uma visita virtual e provoca um Fazer-
128
Sentir agradável no usuário, uma das funções dos dados externos do contrato de
comunicação.
IMAGEM 132 - RECIÉN NACIDOS
Não há indicações da posição do usuário com relação ao que já foi visto, o que é
possível ver no site e onde se está.
No que se refere ao contrato de comunicação, este site é eficiente ao construir relações
com o enunciatário, oferecendo-lhe um espaço individualizado. Cria no usuário relações
de aliança e de inclusão, pois permite a ele ser o coautor do site, provocando no outro
um estado emocional agradável.
2.5.2 Hospital Clínico Universidad de Chile
Na imagem 13353 observa-se através de um ícone muito pequeno no círculo vermelho
(grifo meu), um acesso ao mapa do site. Ao lado desse ícone, contudo, ainda de difícil
visualização, estão outros acessos, como, por exemplo, formas de contato com a
instituição. Há um buscador no centro da página, o que facilita as pesquisas. Conforme
imagem 134, pode-se marcar consultas on-line e também retirar resultados de exames.
Tudo isso facilita a navegação pelo site e o usuário não tem dificuldades em localizar-se
nele, exceto pela diminuta visualização mencionada.
53 Disponível em: < http://www.redclinica.cl/>. Acesso em outubro de 2010.
129
IMAGEM 133 - SITE DO HOSPITAL CLÍNICO UNIVERSIDAD DE CHILE
IMAGEM 134 - CONTINUAÇÃO DO SITE DO HOSPITAL
130
Os recursos de multimídia e o acesso a duas redes sociais estão disponíveis, conforme
imagem 135.
IMAGEM 135 - REDES SOCIAIS DO HOSPITAL
Ao se acionar as opções Vídeos e Áudio, mostradas pela seta na imagem 135, obtém-se
cada uma das alternativas mostradas na imagem 136.
IMAGEM 136 - ARCHIVO DE AUDIO E AUDIOVISUAL
As duas fotos a seguir revelam as alternativas ao se acionar cada uma das opções da
barra horizontal do menu de opções, o que facilita a busca por assuntos, porque se
sabese o que o acesso contém sem necessidade de entrar nele, pela presença das opções
mostradas na imagem 137.
131
IMAGEM 137 - OPÇÕES DE ACESSO EM SERVICIO CLÍNICO MÉDICO
Considero confusa a indicação da posição em que o usuário está no site, porque os
acessos ofertados são de difícil visualização, conforme imagem 138.
IMAGEM 138 - POSIÇÃO NO SITE
Barichello e Scheid ( 2007, p. 12) frisam que a esfera midiática não atua sozinha e
somente a visualização é insuficiente, haja vista que se busca criar uma identificação
entre a imagem e a audiência para proporcionar uma relação com os públicos cunhando
visibilidade. A a internet e os sites podem proporcionar tais interações, como este em
questão. Assim, os espaços de comunicação são organizados pelos “enunciadores-
132
hospitais” para criar um cenário aos “enunciatário-públicos.” O azul e o verde
prevalecem neste site, conforme imagem 139, e o mesmo acontece com os blocos
informativos, crítica já feita anteriormente.
IMAGEM 139 - CORES NO SITE
Para a categoria das informações, o hospital não disponibiliza acesso em outro idioma
nem evidencia as certificações obtidas, o que pode comprometer o Fazer Crer porque
esta condição de finalidade é a que pode assegurar que o que está sendo dito é
possivelmente verdadeiro.
Não localizei chat, possibilidade de personalização do site ou visita virtual às
instalações, tampouco critérios de acessibilidade.
O contrato de comunicação neste site atende, em larga escala, à finalidade prescritiva,
pois leva o usuário a percorrê-lo pela facilidade; cumpre a finalidade informativa, pois
133
trasmite de modo organizado o que presume que o enunciatário precise saber, além de
promover a credibilidade e uma sensação agradável ao percorrrê-lo pela forma e pelos
recursos que utiliza.
2.5.3 Hospital del Trabajador
A imagem 14054 que representa o site deste hospital mostra, na coluna à esquerda acima
da barra horizontal, opções de entrada. A primeira permite agendar consultas e a
retirada de resultados de exames on-line. Cada uma dos acessos denominados Áreas de
Atención, localizado no lado esquerdo e na parte inferior, conduz às respectivas
informações, e em todos os casos existe um vídeo ilustrativo do assunto pesquisado. O
hospital tem um slogan, Cuenta con Nosotros, que aparece de “modo tímido”, porque
fica em segundo plano da imagem inicial, como se vê abaixo.
IMAGEM 140 - SITE DO HOSPITAL DEL TRABAJADOR SANTIAGO
Ao se acessar o link especialidades, imagem 141, por exemplo, abre-se uma lista de
opções. O Acesso Cirurgia General, testado nesta análise, não abre outra opção, e o
mesmo ocorre com a lista das outras especialidades. Assim, não há uma relação de
profissionais nem é possível contatar médicos ou obter informações sobre o que se 54 Disponível em: < http//:www.hts.cl>. Acesso em outubro de 2010.
134
pesquisou. O hospital não dispõe de chat ou visita virtual. Para possíveis pacientes
internacionais, o site disponibiliza as informações de contato com uma funcionária e
não acessos em outros idiomas.
IMAGEM 141 - ESPECIALIDADES
Além do texto, há um recurso de multimídia disponível com vídeo e fotos, o que organiza o
conhecimento e o faz em blocos objetivos para se conseguir as informações. Não localizei
um mapa do site, nem acessos a redes sociais, porém o uso de vídeos para ilustrar o que a
instituição apresenta é abundante. Interessante é o acesso mostrado na imagem 142, que
permite mandar mensagens aos pacientes internados. Barichello e Scheid (2007, p. 4)
explicam que a mídia implica uma nova qualificação de virtualização da vida, possível
neste caso, porque é factível enviar mensagens personalizadas. O site é estruturado nas
cores laranja e preta com poucas variações de elementos cromáticos.
135
IMAGEM 142 - SALUDOS
Conforme imagem 143, o caminho Sitios Relacionados não é explicado ao usuário e a
imagem com a seta preta está ilegível e sem explicação.
IMAGEM 143 - SITIOS RELACIONADOS
Este hospital não disponibiliza ao leitor a função de coautor, porque o uso da hipermídia
é limitado. Pode-se ler muito, mas há poucos encadeamentos. Não há, nas palavras de
136
Sampaio (2001, p. 9), o “fazer criativo”, e as interfaces são limitadas. Scroferneker,
(2005, p. 3 apud BUENO, 2003, p. 49) afirma:
O uso da internet pelas organizações passou a representar a possibilidade de estreitamento de relações com seus diversos públicos. Nos sites, as organizações se apresentam, se tornam visíveis e se dão a conhecer. Preocupam-se com o seu conteúdo, mas também com a forma como este é apresentado, buscando atender os diferentes perfis de seus usuários. A localização dos links, a posição da logomarca, utilização de slogan, a seleção das cores, a existência (ou não) de animação, a presença de fotos, propaganda, janelas pop-up, os serviços e as formas de interatividade disponibilizadas assumem relevância nesse meio de comunicação.
Quanto ao contrato de comunicação, no que se refere aos dados externos, o site dá a
opção de inscrever diversos sujeitos, conforme imagem 144, porque os acessos “falam”
a diferentes públicos, oferecendo um Fazer-Fazer, uma vez que ensina o leitor quando
proporciona um acesso denominado Que hacer em caso de... e outro acesso
Recomendaciones para enfrentar uma Catástrofe. Oferece também um Fazer Saber
quando disponibiliza Publicaciones del HTS .
Não localizei opções de acessibilidade e o site não localiza o usuário quanto à posição
em que ele se encontra.
IMAGEM 144 - O QUE HACER EM CASO DE..
.
137
2.6 APRESENTAÇÃO DOS SITES DO GRUPO “OUTROS HOSPITAIS”
2.6.1 Policlínica Metropolitana da Venezuela
A imagem 14555 mostra as possibilidades do enunciatário ser transportado às múltiplas
opções, oferecendo enlaces em um ambiente amigável. O menu superior mostra o que
contém, ao se passar o mouse por cima de alguma das alternativas, mas o menu lateral
esquerdo não o faz, o que exige que o interessado acesse cada uma das opções para
verificar seu conteúdo. Ao se fazer isso, estas seleções são oferecidas em forma de
alternativa vertical e uma nova lista de escolhas é disponibilizada, havendo, na
sequência, necessidade de acessá-las para verificar seu conteúdo.
IMAGEM 145 - SITE DA POLICLINICA METROPOLITANA - I
55 Disponível em: < http://www.pcm.com.ve/>. Acesso em setembro de 2010.
138
O conjunto deste site é legível, com espaços em branco que dão mais distinção entre os
diferentes blocos informativos. A cor amarela e a cor preta são predominantes. Há uma
diferenciação e clareza de localização topológica dos blocos informativos, o que pode
ser relevante em um site para engajar o enunciatário. Isso faz com que cada bloco
informativo seja facilmente localizável, distinguindo-se dos demais. Neste site, sempre
que se muda de página ou se busca um acesso disponível, a opção Regístrese para
recibir nuestros boletines informativos aparece na mesma posição e disponibiliza o
contato, conforme imagem a seguir. O hospital não oferece vídeos ou chat nem é
possível retirar resultados de exames no site.
A maioria das informações e dos acessos é acompanhada de fotos, e este é o único
recurso visual oferecido pela Instituição. O hospital, além dos serviços médicos-
hospitalares propriamente ditos, oferece ao usuário outros serviços de apoio ou outras
facilidades, como mencionado no site, criando um ambiente familiar, como, por
exemplo, agências bancárias, lojas, livraria, restaurante e outras opções de conforto.
Existe uma opção de localizar um médico, conforme imagem 146.
IMAGEM 146 - BUSQUE SU MEDICO
As informações médicas obtidas neste acesso são completas, com dados pessoais do
profissional e os meios de contatá-lo, seguindo o que preconiza o quadro Axiológico
quando aborda a categoria das informações sobre o hospital e sos serviços disponiveis,
mas não constatei um mapa do site, tampouco a demonstração das certificações obtidas.
O site da Clínica é pouco interativo e a imagem 147 mostra que é necessário cadastro
para obter informações do hospital. Não permite ao usuário tomar iniciativas, o que é
139
próprio da hipermídia. Não há interatividade sem interfaces ou a conexão humana com
as máquinas, cujo design é feito para facilitar a leitura e a compreensão do interator
(idem, p. 87). O site desta Clínica quase não explora tal possibilidade, conforme é
preconizado no quadro Axiológico, categoria das interações, grupo das ações através do site.
Não identifiquei acesso a redes sociais. Não há opções de acessibilidade. Com relação ao
posicionamento dentro do site, ele informa a página em que se está e não de onde
viemos ou outras opções de percurso no site.
IMAGEM 147 - REGÍSTRESE
A imagem 148 complementa a home page desta Policlínica.
140
IMAGEM 148 – SITE DA POLICLINICA METROPOLITANA - II
A Policinica Metropolitana da Venezuela utiliza limitadamente seu site para influenciar
as mediações cognitivas, porque pouco utiliza as possibilidades tecnológicas de
transmissão de informação e, principalmente, de imagens que visam alterar a percepção
do usuário ao colocá-lo no centro das transformações no âmbito da comunicação. Esta
sintaxe hibrida é explorada pela clínica de modo tímido, pelo escasso uso das mídias
disponíveis na internet. Santaella (2007, p. 80-86) instrui que a hipermídia se constitui
hoje como a nova linguagem miscigenada das redes, e afirma: “O cimento que liga
alinearrmente esses tijolos são os nexos (links), ou seja, o sistema de conexões que é
próprio da hipermídia, pois esta tem a capacidade de concentrar uma enorme quantidade
de informação em centenas e milhares de nós como uma densa rede de conexões.”
Com relação ao contrato de comunicação, o site proporciona limitadamente o Fazer-
Fazer, o Fazer-Saber, o Fazer-Crer e o Fazer-Sentir, de acordo com os dados externos
do contrato de comunicação, porque, apesar de propiciar as condições prescritivas,
informativas, incitativas e o estado emocional de modo organizado, o faz aquém do que
é possível em um site.
141
2.6.2 Médica Sur do México
Na imagem 14956, verificamos uma visualização imediata de seu conteúdo, porque
disponibiliza o Mapa de Sitio logo na parte superior e central do site. Ao lado há uma
versão em língua inglesa e, na mesma barra horizontal inicial, um acesso denominado
de Siguenos, que conduz a redes sociais, conforme imagem a seguir. O hospital tem um
slogan “innovando para tu salud”, sugerindo avanços no atendimento.
IMAGEM 149– SITE MEDICA SUR
O hospital utiliza o Facebook e o Twitter, conforme imagens 150 e 151, p. 140, e que
são definidas como formas sóciovirtuais, que possibilitam ao espectador participar e 56 Disponível em: < http://www.medicasur.com.mx/>. Acesso em setembro de 2010.
142
interagir com o que se publica nestes espaços, proporcionando uma sociabilidade nas
redes eletrônicas. Isso gera uma gama de comunidades virtuais, conforme explicam
Vieira et al.57. Cria-se, assim, a virtualização das relações sociais, o que pode ser
utilizado pelos hospitais para se aproximar dos seus públicos.
IMAGEM 150 – OPÇÃO TWITTER NO SITE
A conferência “ad:tech London”58 evidencia que as redes sociais são o shopping do
futuro, porque as empresas estão intensificando o uso dessas redes como plataforma de
divulgação de seus produtos, visando um contato mais próximo com o cliente, e este,
por usa vez, aprende mais sobre os produtos e os serviços da empresa, porque 74% das
pessoas quem têm acesso à internet, em todo o mundo, usam também redes sociais. Tal
uso já se verifica em alguns hospitais, como é o caso deste, e com isso a experiência do
cliente na utilização dessas redes sociais é interativa, representa a transição do modelo
de publicidade de mão única para a “conversa” de mão dupla com o cliente.
57 Disponível em: < http://www.intercom.org.br/sis/regional/resumos/R23-0425-1.pdf>. Acesso em 28 set. 2010. 58 Disponível em: < http://www.ad-techlondon.co.uk/adtech2010/conference>. Acesso em 22 dez. 2010.
143
IMAGEM 151 – OPÇÃO FACEBOOK NO SITE
O site apresenta blocos informativos específicos para cada um dos públicos-alvo,
conforme imagem 152, e que se relacionam com as unidades de atendimento. É possível
retirar resultados de exames laboratoriais intra-site. Para os exames de imagem isso não
é possível, todavia nestes últimos existem vídeos explicativos para cada um dos
procedimentos realizados. O sistema Medica Sur possui várias filiais e várias unidades
de atendimento e no site é possível verificar o que cada local realiza e como chegar.
IMAGEM 152 – SITE MEDICASUR
144
A imagem 153 apresenta a entrada ao paciente internacional que acessa informações em
inglês. Ao se acessar o link apontado nesta mesma imagem, denominado de “Descarga
aqui la barra de herramientas Médica Sur”, obtém-se a imagem 154, que revela a
possibilidade de adicionar uma barra de ferramentas do hospital ao computador,
facilitando o acesso a cada um dos procedimentos sugeridos e tornando a navegação
mais cômoda. O usuário é incentivado por esta ação a aderir ao site e à Instituição, pois
consegue, com esse recurso, simplificar suas pesquisas no hospital.
IMAGEM 153 – DESCARGA DE BARRA DE HERRAMIENTAS
Ao se acessar o que está grifado em amarelo, obtém-se a imagem abaixo:
IMAGEM 154 – BARRA DE FERRAMENTAS
145
Este hospital disponibiliza inúmeras formas de contato e de comunicação, porém não há
chat ou possibilidade de visita virtual, tampouco elementos de acessibilidade, como, por
exemplo, possibilidade de aumento das letras e a opção de visualização da página por
daltônicos59. Quanto aos elementos de usabilidade, o hospital divulga um Noticiero
através de vídeo. O uso frequente de elementos multimidiáticos no site deste hospital
leva o enunciatário ao Fazer Crer, colabora com o Fazer Sentir, de acordo com o
contrato de comunicação, porque com essas ações o ambiente em que se inscreve o ato
de comunicação é fartamente explorado. É como afirma Prado (2010, p. 64): “informar
é possuir um saber que o outro ignora e ter a aptidão que permite transmiti-lo”, o que
este hospital faz bem, utilizando os recursos já descritos. A cor predominante no site é
azul. A imagem 155 (note as minhas setas em vermelho) aproveita o verde das árvores
para fazer uma composição, que, em nossa cultura, remete à esperança (cor verde) e à
tranquilidade (cor azul), como é próprio para um ambiente hospitalar.
IMAGEM 155 – AS CORES NO SITE DO MÉDICA SUR
59 A Web Content Accessibility Guidelines tem uma diretriz para sites que menciona que toda informação comunicada com cores também esteja disponível sem cores. Na prática isso quer dizer que a cor não deve ser a única forma de identificar elementos com significado no site, como, por exemplo, links, menus, textos, etc., ou seja, tudo aquilo com que seja necessário interagir de alguma maneira. Um exemplo disso são as mensagens de erro em formulários: "os campos destacados em vermelho não foram preenchidos ou precisam ser corrigidos. Preencha corretamente estes campos e clique em enviar novamente." Se o contorno em vermelho de um campo de formulário é a única forma de comunicar que um campo foi preenchido incorretamente, significa então que o formulário não é suficientemente acessível para pessoas com daltonismo. Disponível em: <http://www.acessibilidadelegal.com/13-daltonismo.php>. Acesso em 20 nov. 10.
146
É muito boa a indicação do posicionamento do enuncitário no site, conforme a imagem
156, porque indica exatamente onde se está e o que já foi visto.
IMAGEM 156 - POSICIONAMENTO DO USUARIO NO SITE
Verifica-se, nos grifos em amarelo (meus) das imagens 156 e 157, que o site informa o
que chama de Ruta de Navegación, posicionando o já percorrido. O mesmo acontece
quando se continua nos links oferecidos, conforme imagem 157, o que facilita a
localização do enunciatário.
IMAGEM 157- PERCORRIDO NO SITE
147
2.6.3 Sanatorio Americano do Uruguai
Na imagem 15860, com meu grifo na cor amarela, nota-se um acesso denominado
Multimedia. Há também opções de idiomas, representados pelas bandeiras da Inglaterra,
do Brasil, da França e da Itália, nos idiomas desses países. Portanto, o site é oferecido
em cinco idiomas, apresentando, logo “na entrada”, acesso a múltiplos públicos-alvo,
motivando, com esta facilidade, a exploração do site pelos falantes desses idiomas. O
slogan do hospital também apresenta a Instituição como local de destaque ao referir-se a
“Medicina Superior a su alcance”. A foto do retângulo superior é trocada a cada oito
segundos, fazendo uma apresentação visual do hospital e das suas instalações em outras
cinco fotos similares. Há um vídeo institucional que apresenta o hospital e sua história.
IMAGEM 158 – SITE DO SANATORIO AMERICANO
60 Disponível em: < http://www.americano.com.uy/>. Acesso em setembro de 2010.
148
Ao se acessar o link multimedia, é apresentada a imagem 159 com a mensagem abaixo,
mas ela não conduz ao proposto.
IMAGEM 159 - ACESSO MULTIMEDIA
Na imagem 160, verificam-se, ao se acessar a alternativa Servicios e depois Generales,
duas opções: acesso aos serviços de alta tecnologia e outra entrada aos serviços gerais.
Em cada uma das escolhas abre-se uma lista com os médicos das equipes. Raramente
149
existem detalhes sobre as formas de contato com estes profissionais, porém em todos os
casos os serviços oferecidos estão bem descritos.
IMAGEM 160 - SERVICIOS
Dentro do site há a opção da imagem 161:
IMAGEM 161 - NOTICIAS
Todavia, ao se acessar essa opção, somos conduzidos a outro portal, fora do site do
hospital, conforme imagem 162, que não faz parte do site do hospital: trata-se de um
150
acesso ao que é denominado de DiarioSalud.Net|Portal y Agencia de Noticias de
Medicina, Salud, Medicamentos y Farmacia en español.
As informações ao usuário com relação ao seu posicionamento no site são insuficientes,
pois não apontam o percurso seguido dentro dele.
IMAGEM 162 – DIARIO SALUD
Há também uma sala de imprensa, com informações diversas, contudo sem data e sem o
horário da postagem, conforme abaixo, o que vai de encontro à Axiologia proposta,
dentro do grupo das informações com a finalidade de manter o enunciatário atualizado
sobre o que lê.
IMAGEM 163 - PRENSA
151
O acesso do lado direito na imagem 163, grifado em amarelo, Últimas Noticias, é
redundante, pois conduz ao mesmo local em que já se está visualizando a Prensa. Não
há chat, visita virtual ou acesso a redes sociais.
Coile Jr (2001, p. 129)61 relata que mais de 40% das pessoas que pesquisam a internet
em busca de informações de saúde afirmam que esta busca afeta a decisão desses
usuários com relação a: (a) quando ir ao um médico, (b) como tratar uma doença, (c) o
que perguntar ao médico, (d) como cuidar-se e como melhorar a saúde, (e) informações
sobre medicações e (f) como aperfeiçoar as informações obtidas. Assim, com base no
contrato de comunicação, este hospital, por ter o dominio do saber (condição de
propósito) e a capacidade de usar multiplos canais de transmissão (condição de
dispositivo), utiliza-os limitadamente.
Existe um álbum de fotos do hospital, conforme imagem 164, mas sem a descrição ou
explicações de que se trata.
IMAGEM 164 - GALERIA DE FOTOS
Coile Jr. (ibidem, p. 133) afirma que depois de verificar um site de hospital ou de saúde,
os consumidores tomam (por ordem da mais frequente) as seguintes decisões: (i)
conversam com seu médico sobre um exame, (ii) alertam um familiar/amigo sobre a
necessidade de consultar um médico, (iii) modificam seus hábitos
alimentares/exercícios físicos, (iv) modificam decisões de tratamento, (v) visitam seus
médicos, (vi) buscam a realização de exames, (vii) compram remédios. 61 Coile Jr, Russel C. The paperless hospital: health care in a digital age. Health Administration Press,USA, 2001.
152
Segue, ainda, o mesmo autor (ibidem, p. 142) afirmando que é fundamental que
pacientes tenham nos sites de hospital a possibilidade de, através de conexões seguras,
acessar uma home page personalizada e disponível “24 X 7 X 365”, porque, como a
internet é um canal de comunicação bilateral, “providers need to know who their
comsumers are and talk to them” (ibidem, p. 148) e este acesso permanente pode
contribuir para esse relacionamento. Assim, o acesso a um site promove relações e
interações entre os públicos-alvo e os destinadores e tem sua relevância, pois, como
explicado acima, esses são parte marcante dos dados externos de um contrato de
comunicação, no que diz respeito às condições de finalidade, porque promovem os
“fazeres” destas.
Destarte, este hospital pouco explora o que recomenda o contrato de comunicação, por
se verificar que a categoria das interações é muito restrita, já ue pouco é possível se
fazer através do site. O site não promove força, aliança e a inclusão do enunciatário,
tampouco provoca uma sensação agradável ao percorrê-lo. Supõe-se que o site cumpre
apenas o papel de existir, mas não o de promover a comunicação com seu público-alvo.
Quanto ao uso das cores, o site utiliza a cor bordô com textos em preto e se mantém
assim em todos os acessos.
153
CAPÍTULO III
SITES DE OUTROS SETORES
3.1 PRIMEIRA PARTE
Com o objetivo de verificar sites de outros setores da economia, localizei um ranking
denominado “Força da Marca” (imagem 165). De uma amostra62 de 1,2 mil grandes marcas
presentes no Brasil, nacionais e estrangeiras, foram selecionadas 500 para a pesquisa. Essa
seleção ficou a cargo de um conselho independente da Superbrands (com peso de 10% na
avaliação geral), 16.245 consumidores entre 18 e 65 anos e executivos das empresas (peso
90%). Para chegar ao Índice de Força da Marca, foram analisados 35 atributos, com pesos
diferenciados para cada um. A média ponderada resultou de grupos de macroindicadores,
como preço/valor agregado, produto/serviço, canal de venda/distribuição, pós-venda,
qualidade e efetividade do marketing, comunicação e sustentabilidade, para criar a
colocação de cada uma das empresas, conforme abaixo descrito.
IMAGEM 165 - FORÇA DA MARCA
Fonte: <http://app.exame.abril.com.br/marketing/noticias/nestle-e-a-marca-mais-poderosa-no-pais>
62 Adaptado de <http://app.exame.abril.com.br/marketing/noticias/nestle-e-a-marca-mais-poderosa-no-pais>. Acesso em 23 dez. 2010.
154
O fato de uma marca ter lembrança na mente do consumidor não faz, necessariamente,
com que ele adquira o produto dessa empresa. Daí a importância em não fixar a
pesquisa apenas no recall da marca, mas em uma percepção muito mais ampla por parte
do consumidor, tal como aquela que advém de suas experiências com a comunicação,
com o produto ou com o serviço, com o canal de distribuição e o processo de venda,
com as ações que se voltam ao comportamento empresarial e a cultura e com a
formação de preço. Assim, os sites deste capítulo foram visitados tendo em vista
identificar possíveis melhorias e diferenças relacionadas aos sites de hospitais.
O quê, nos sites de outros setores, pode ser aproveitado nos sites dos hospitais?
Verifiquei os sites das marcas no Brasil, durante o mês de dezembro de 2010. Não o fiz
com as minúcias do capítulo anterior, no entanto busquei identificar: (a) o que não
existe nos sites dos hospitais e que pode ser usado nestes; (b) quais recursos de sites
podem contribuir para a evolução dos portais de hospitais.
As falhas identificadas e o que não segue ao proposto no quadro Axiológico não foi
apontado, porque o objetivo não foi realizar um estudo comparativo e sim conhecer
ferramentas para a construção de sites de hospitais oriundas de outros setores. Assim,
cito apenas o que pode ser aproveitado em sites de hospitais.
1º NESTLÉ
Na imagem 166, do site63 desta empresa, identifico, conforme meus grifos amarelos,
uma possibilidade de se “logar” dentro do portal o que cria um espaço de relação
personalizado e o que individualiza o enunciatário.
63 Disponível em: <http//:www.nestle.com.br>. Acesso em 12 dez. 2010.
155
IMAGEM 166 - SITE DA NESTLÉ
Em toda a navegação, a convocação do usuário para entrar no site está disponibilizada,
o que pode estabelecer uma relação de aliança e de inclusão do destinatário. A
possibilidade de se identificar desde o início instaura o usuário no site e cria um vínculo
pessoal com ele.
IMAGEM 167 - ACESSOS NO SITE
156
A imagem 167 ilustra o que acontece ao se passar o mouse por cima da opção marcas,
que oferece acesso aos produtos da empresa. Assim, não é necessário acessar o link para
se conhecer o produto: pode-se conhecê-lo diretamente, o que simplifica a navegação.
Embora haja uma predominância da cor azul, o site é multicolorido, em função dos
diversos produtos oferecidos. Contudo, a estrutura do site não oferece acessibilidade e
não há outras possibilidades de interação.
2º McDONALD’S
Esta empresa tem o site64 conforme imagem 168, cujo carregamento foi muito lento
para se visualizar as opções oferecidas. Há uma interessante variedade de cores no site,
porém o azul é predominante.
IMAGEM 168 – SITE McDONALD’S
Observo que a cada acesso da barra horizontal, as cores mudam, mas o fundo em preto
permanece, conforme imagem 168. Uma das opções do acesso Crianças é Brincadeiras,
local em que o usuário tem várias possibilidades de interagir com o que está disponível
no site, conforme imagem 169.
64 Disponível: <em http://www.mcdonalds.com.br/>. Acesso em 12 dez. 2010.
157
IMAGEM 169 - BRINCADEIRAS
3º REDE GLOBO
O site65 é estruturado com várias cores, apesar de vários espaços em branco, provocando
uma sensação agradável em um primeiro contato, conforme mostra a imagem 170.
IMAGEM 170 - SITE DA REDE GLOBO
Como no site da Nestlé, a imagem 171 oferece acessos a programas e contém todos os
programas da grade de “produtos” oferecidos. São inúmeras as opções de vídeos, fotos,
65 Disponível em: < http://redeglobo.globo.com/>. Acesso em 13 dez. 2010
158
reportagens, e o uso dos recursos de multimídia é intenso e muito bom. Não há uma cor
predominante, o site é de fácil navegação e as informações disponíveis em blocos por
programação. Esta empresa organiza o domínio do saber descrevendo seus produtos em
um espaço de tematização e ordenado, conforme os dados internos do contrato de
comunicação de Charaudeau.
IMAGEM 171 - OPÇÕES NO SITE DA REDE GLOBO
4º COCA-COLA
Observo neste site66, representado na imagem 172, que o acesso às redes sociais tem seu
logotipo modificado em função da cor da empresa. Tal mudança pode transformar o
quadro topológico, pois “desvirtua” o canal de transmissão ao mudar o logotipo
tradicional das redes sociais.
66 Disponível em: < http://www.cocacola.com.br/pt/index.html >. Acesso em 13 dez. 2010.
159
IMAGEM 172 - SITE DA COCA COLA
5º NIKE
Não há um site67 no Brasil, e sim um site com opção para o português que é acessado
pelo endereço www.nike.com. Ele é construído tomando como base as opções conforme
o tipo de tênis que se busca. Não há comentários sobre o site. Não se configura um
espaço de informação ou de interação como os até aqui encontrados.
6º BRADESCO
A imagem 173 mostra o site68 com acesso para deficientes visuais, porém o link não
conduzia a lugar algum.
67 Disponível em: <http://www.nike.com>. Acesso em 21 dez. 2010. 68 Disponível em :< http://www.bradesco.com.br/>. Acesso em 21 dez. 2010.
160
IMAGEM 173 – SITE DO BRADESCO
Mas, ao procurar mais informações através do mapa do site, localizei o que mostra a
imagem 174.
IMAGEM 174 - ACESSIBILIDADE
Ao se acessar acessibilidade, obtemos as imagens 175 e 176:
161
IMAGEM 175 – ESPAÇO DE ACESSIBILIDADE -I
IMAGEM 176 – ESPAÇO DE ACESSIBILIDADE - II
162
São, portanto, fartas as opções de acessibilidade para os diferentes tipos de limitações.
Esta estrutura de links nos remete a múltiplas outras informações possíveis. O site
promove uma condição de identidade aos diferentes sujeitos possíveis, falando com
cada um a seu modo e necessidade dentro do preconizado por Charaudeau nos dados
externos do contrato de comunicação. Há, ainda, outra opção interessante, denominada
mediacenter, que reúne os vídeos e as informações em áudio, conforme imagem 177.
IMAGEM 177 - MEDIACENTER
O que está assinalado em preto é a lista do que é possível ver e/ou ouvir neste link. Tal
modo de organização discursiva facilita a navegação, utiliza canais de transmissão
avançados e promove os “Fazer-Fazer-Saber-Crer e Sentir”, conforme a condição de
finalidade do contrato de comunicação de Charaudeau.
7º FIAT
O site69 tem início com a imagem 178, para inserir o usuário de acordo com a
cidade/estado em que se encontra.
69 Disponível em: <://http: www.fiat.com.br> . Acesso em 23 dez. 2010.
163
IMAGEM 178 – SITE DA FIAT
Mantive a localização acima e obtive acesso a um site, e o que chamou a atenção foi a
imagem 179.
IMAGEM 179 - MANUAL FIAT
164
É, portanto, possível ter o manual do carro no celular, o que inscreve o usuário em um
ambiente diferente, atual, e provoca uma agradável sensação de modernidade dentro do
Fazer-Sentir do contrato de comunicação.
8º MERCEDES-BENZ
O site70 apresenta-se conforme a imagem 180.
IMAGEM 180 - SITE DA MERCEDES-BENZ - I
Observo o monocromatismo do site remetendo a uma sensação de elegância e
formalismo pelo uso predominante das cores preta e cinza, que persiste nos acessos
feitos, embora haja na navegação internas outras cores, como, por exemplo, na imagem
181, esta, ainda, mantendo o tom formal e elegante.
70 Disponivel em: < http://www.mercedes-benz.com.br/ >. Acesso em 26 dez. 2010.
165
IMAGEM 181 - SITE DA MERCEDES-BENZ - II
9º BANCO DO BRASIL
A imagem 182 representa o site71 que aponta, de início, um recurso de acessibilidade
para deficientes visuais, que é o aumento do tamanho das letras.
IMAGEM 182 – SITE DO BANCO DO BRASIL
71 Disponível em: <http:// www.bb.com.br>. Acesso em 25 dez. 2010.
166
No final da home page, verifico a imagem 183, com um link para Deficientes
auditivos/fala que, depois de acessado, oferece as instruções para a utilização conforme
texto na imagem 184.
IMAGEM 183 – FINAL DO SITE DO BANCO DO BRASIL
IMAGEM 184 – TEXTO ATENDIMENTO
10º BANCO ITAÚ
A imagem 185 mostra o site72 com um link para acessibilidade.
72 Disponível em: <http://www.itau.com.br>. Acesso em 27 dez. 2010.
167
IMAGEM 185 – SITE DO BANCO ITAÚ
Ao se buscar informações sobre acessibilidade, está disponível o texto das imagens 186,
187 e 188, que descrevem formas de acessibilidade em diferentes situações, nas quais o
Banco Itaú proporciona a inclusão e a acessibilidade aos seus serviços.
IMAGEM 186 – INSTRUÇÕES - I
168
IMAGEM 187 – INSTRUÇÕES - II
IMAGEM 188 – INSTRUÇÕES - III
Essas dez empresas evidenciam contratos de comunicação com ênfase na interação, ao
promoverem a inserção do enunciatário, em especial os bancos, que têm evidentes
opções de acessibilidade, o que as outras empresas deste grupo não proporcionam.
169
3.2 SEGUNDA PARTE
Com o objetivo de avaliar outros sites de hospitais e, com isso, acrescentar mais
subsídios para esta pesquisa, localizei um site73 que fornece um Ranking Web of World
Hospitals, conforme imagens 189, 190 e 191.
IMAGEM 189 – RANKING WEB I
IMAGEM 190 - RANKING WEB II
73 Disponível em: < http://hospitals.webometrics.info/top1000.asp>. Acesso em 25 dez. 2010.
170
IMAGEM 191 – RANKING WEB III
Dessa lista, optei por analisar o primeiro colocado e depois examinei os sites até a 42ª
posição, contudo somente de hospitais que não são dos Estados Unidos, porque até o
16º todos são hospitais americanos, e meu interesse foi verificar sites de hospitais de
outros países. O método da pesquisa para elaboração deste ranking e seu detalhamento
está disponível no site em questão, conforme nota de rodapé 73, na página anterior,
local em que se podem ser ler as seguintes ressalvas:
The Cybermetrics Lab is publishing this Webometrics Ranking of World Hospitals from a purely academic point of view and as such it should be used. The Web indicators applied does not measure at all the quality of patient's treatment and health care offered by the hospitals included. So please be aware that if you are looking for the best place to treat a health condition this ranking is not appropriated for such a search.
Em minha livre tradução:
O laboratório Cybermetrics publica o presente Webometrics Ranking of World Hospitals sob um ponto de vista puramente acadêmico, e como tal
171
deve ser usado. Os indicadores de aplicação Web não medem a qualidade do tratamento do paciente e os cuidados de saúde oferecidos pelos hospitais incluídos. Então saiba que, se você estiver procurando o melhor lugar para tratar um problema de saúde, este ranking não é apropriado para tal busca
E os autores também explicam74:
The Ranking Web of World Hospitals is introduced as a tool for showing the commitment of health organizations to the electronic publication and dissemination of academic information related to medicine. The Top Hospitals should be prone to share their information not only with other colleagues (physicians, researchers, scholars) but also with the rest of society, patients, community leaders, managers and citizens in general. The Web indicators measure electronic contents, especially those used for scholarly communication, but also basic information about the hospital, its organization, services and personnel. The rank takes into account both the volume of information published and the impact or visibility of such contents measured by the number of external links the web pages receive from others. Surprisingly, many hospitals, even in the developed countries, have a poor presence in the Web or no presence at all. This lack of valuable contents publicly available is really very concerning and it is no longer acceptable in the 21st century. Some institutions have two or more different web domains (those marked with and asterisk (*) on the listings) that it is a bad practice as it is confusing and penalize its performance in the search engines positioning behavior. (Negritos no original. Grifos meus)
Em minha livre tradução:
O Ranking Web of World Hospitals é oferecido como uma ferramenta para mostrar o compromisso das organizações de saúde para a publicação eletrônica e a disseminação de informações acadêmicas relacionadas à medicina. Os melhores hospitais devem proporcionar suas informações não só com outros colegas (médicos, investigadores, académicos), mas também com a sociedade em geral, os doentes, os líderes comunitários, os gestores e os cidadãos em geral. Os indicadores na Web de conteúdos eletrônicos disponibilizam-se para a comunicação acadêmica e também para informações básicas sobre o hospital, sua organização, seus serviços e seu pessoal. A classificação leva em conta tanto o volume de informação publicada como o impacto ou a visibilidade de tais conteúdos, que são medidos pelo número de links externos que as páginas web recebem dos outros. Surpreendentemente, muitos hospitais, mesmo nos países desenvolvidos, têm uma presença fraca na Web ou nenhuma presença. Esta falta de conteúdo valioso à disposição do público é realmente muito preocupante e não é mais aceitável no século 21. Algumas instituições têm dois ou mais domínios web diferentes.(Grifos meus).
74 Disponível em: < http://hospitals.webometrics.info/index.html >. Acesso em 23 dez. 2010.
172
O primeiro site75 visitado é o da University of Michigan Health System, conforme a
imagem 192. Verifiquei a caixa de pesquisa na posição correta e uma possibilidade de
aumento do tamanho do texto, mas que não funcionou no dia do acesso. Os links para
redes sociais estão na imagem 207. A cor azul predomina em um fundo amarelo e esta
estrutura permanece em todo o site. Identifiquei e acessei o link em espanhol, que
disponibilizou todo o site neste idioma.
IMAGEM 192 - SITE DA UNIVERSITY OF MICHIGAN HEALTH SYSTEM - I
IMAGEM 193 – SITE DA UNIVERSITY OF MICHIGAN HEALTH SYSTEM - II
75 Disponível em: < http://www.med.umich.edu/>. Acesso em 27 dez. 2010.
173
Neste hospital a proposta cognitiva e o Fazer Saber prevalecem, como encontrei nos
hospitais do corpus. A falta de recursos de interação chama a atenção, o que faz do site
somente um processo de descrição do hospital.
O segundo site76 visitado é o Hôpitaux de Rouen, na França, que se apresenta conforme
imagem 194.
IMAGEM 194 - SITE DO HÔPITAUX DE ROUEN
Observo um design de site diferente de todos os outros, porém, ao se acessá-lo nos
outros idiomas, a configuração não é mantida: o que prevalece são apenas textos
informativos. O link apontado pela seta é o mapa do site, não evidente e difícil de se
saber de que se trata. Verifico que o site está estruturado por blocos informativos para
cada um dos públicos-alvo do hospital e que esses blocos estão organizados por cores
diferentes, que se mantêm ao se acessar as preferências oferecidas, o que cria uma
sensação agradável, tematizando os espaços da Instituição.
76 Disponível em: < http://www.chu-rouen.fr/> . Acesso em 27dez. 2010.
174
Ao se acessar o Espace Junior, obtemos a imagem 195, que insere o público infantil no
site. No quadro Axiológico proposto, esta ação é mencionada na categoria das
interações e no tópico de componentes de interconexão com o usuário.
IMAGEM 195 – ACESSO PEDIÁTRICO
Esta opção de acesso específico ao público infantil foi verificada no Hospital Pablo
Tobón Uribe, como mostrado nas imagens 75 e 76, e nenhum outro hospital do corpus
se utiliza deste recurso.
Este hospital utiliza um recurso ímpar, que não foi visto em nenhum outro, conforme a
imagem 196. Trata-se da interação com o público adolescente. Conforme aponto com a
linha circular preta e as setas, mostra conteúdos específicos para esses enunciatários,
inscrevendo-os no site da instituição.
175
IMAGEM 196 - ADOS.COM
As imagens 197 e 198 são do site77 da Medizinischen Hochschule Hannoverque:
77Disponivel em http://www.mh-hannover.de/ . Acesso em 25 dez. 2010.
176
IMAGEM 197 – SITE DA MEDIZINISCHEN HOCHSCHULE HANNOVER - I
IMAGEM 198 - SITE DA MEDIZINISCHEN HOCHSCHULE HANNOVER - II
Observamos que o mapa do site está disponível já na entrada e no meio da página
principal e logo abaixo há uma caixa de pesquisa. Abaixo desta, há uma lista de acessos
para opções mais frequentes no site, o que facilita navegação. Há um acesso para
orientações e informações em áudio. Aqui se repete o processo cognitivo e muito pouco o
interativo.
177
As imagens 19978 e 200 mostram o site da UniversitätsKlinikum Heidelberg:
IMAGEM 199 – SITE DA UNIVERSITÄTSKLINIKUM HEIDELBERG - I
IMAGEM 200– SITE DA UNIVERSITÄTSKLINIKUM HEIDELBERG - II
78 Disponível em: < http://www.klinikum.uni-heidelberg.de/>. Acesso em 25 dez. 2010 .
178
O acesso à caixa de pesquisa inicial está disponível. Não identifiquei o mapa do site. A
seta na imagem 201 aponta que o hospital disponibiliza acesso a inúmeras outras redes
sociais, além das duas mais frequentes: Facebook e Twitter.
IMAGEM 201- SITE DA UNIVERSITÄTSKLINIKUM HEIDELBERG - III
É interessante também observar que, ao se acessar o site em outros idiomas, sua
apresentação é diferente: a cada passagem do mouse pelas opções de entrada, o que está
disponível pode ser verificado sem, necessariamente, se entrar no link, o que não
acontece na home page principal.
As imagens 20279 e 203 são do site do Centre Hospitalier Universitaire de Lyon -
Hopitaux de Lyon
79 Disponível em: < http://www.chu-lyon.fr/web/>. Acesso em 28 dez. 2010.
179
IMAGEM 202 - HOPITAUX DE LYON
IMAGEM 203: CONTINUAÇÃO DA IMAGEM 202
Este site mantém as informações estruturadas em blocos e, logo na entrada, oferece a
possibilidade de aumento do texto e uma caixa de pesquisa. A apresentação do site é
predominantemente na cor azul clara. A acessibilidade no que se refere ao aumento da
letra foi a única até aqui que funcionou corretamente. A organização do site é também
descritiva.
180
A imagem 20480 é o site do Taipei Veterans General Hospital, analisado na versão em
inglês.
IMAGEM 204 – TAIPEI VETERANS GENERAL HOSPITAL
Observo o mapa do site na posição correta e, logo no primeiro acesso, que conduziu a
todas as opções de entrada no site, manteve o idioma de busca. Não há interatividade.
As imagens 205 e 20681 são do Hospital Authority:
80 Disponível em: < http://www.vghtpe.gov.tw/> . Acesso em 27 dez. 2010. 81 Disponível em: < http://www.ha.org.hk/visitor/ha_index.asp?Lang=CHIB5> . Acesso em 25 dez. 2010.
181
IMAGEM 205 – HOSPITAL AUTHORITY - I
IMAGEM 206- HOSPITAL AUTHORITY - II
182
É interessante observar que, mesmo em chinês, o site está estruturado por cores, que
remetem a blocos informativos diferentes, conforme barra horizontal por mim assinalada
em vermelho, na imagem 205, e a sua respectiva correspondência em inglês, conforme
imagem 207. Tal esquema de cores e seu uso como informação foram identificados no
Hospital Alemán, da Argentina.
IMAGEM 207 - ACESSOS POSSÍVEIS EM INGLÊS
As fotos evidenciadas pela seta superior, em vermelho, na imagem 205, ficam passando na
tela. Ao se acionar uma delas, obtém-se a imagem 208, agora em versão inglesa. Vemos
que as imagens são ampliadas e há um texto em que a pessoa escreve uma mensagem para o
usuário. A cada imagem, o texto muda, o que promove com o destinatário uma relação de
inclusão, como se fosse uma “conversa pessoal.”
IMAGEM 208 - MENSAGEM EM INGLÊS
183
Examino, pela imagem 209, que o Hot Links está estruturado por ordem de acessos, e
não por ordem alfabética. Aqui, inúmeras cores são utilizadas e, ao se passar o mouse
sobre os acessos oferecidos, as opções destes são visualizadas. O site atende ao quadro
Axiológico proposto em praticamente todos os quesitos e tem uma arquitetura de
informações moderna e prática, embora, por vezes, tenha havido dificuldade de
carregamento.
IMAGEM 209 - HOT LINKS
As imagens 210 e 21182 são do Assistance Publique Hôpitaux de Paris
IMAGEM 210 - ASSISTANCE PUBLIQUE HÔPITAUX DE PARIS - I
82 Disponível em: < http://www.aphp.fr/> . Acesso em 25 dez. 2010.
184
IMAGEM 211 - ASSISTANCE PUBLIQUE HÔPITAUX DE PARIS - II
A opção da borda lateral esquerda de cores, organizada também por blocos
informativos, se acessada, não mantém as cores propostas e apenas o título do link
permanece na cor indicada.
As imagens 21283 e 213 são do site do Centre for Addiction and Mental Health
IMAGEM 212 - CENTRE FOR ADDICTION AND MENTAL HEALTH - I
83 Disponível em: < http://www.camh.net/>. Acesso em 29 dez. 2010.
185
IMAGEM 213 - CENTRE FOR ADDICTION AND MENTAL HEALTH - II
Dois acessos chamam a atenção neste site. O primeiro é uma lista com os problemas
mais comuns de vícios e que oferece farto material explicativo, o que constrói um
Fazer-Saber importante. O segundo acesso que chama a atenção é o Latest News, com
data de postagem, o que está de acordo com o quadro Axiológico, uma vez que atualiza
as informações como o preconizado. Constato que o acesso em francês manteve a
arquitetura original do site.
As imagens 214, 215 e 21684 são do site do The Institute of Medical Science University
of Tokyo, visualizadas em inglês.
IMAGEM 214 - THE INSTITUTE OF MEDICAL SCIENCE UNIVERSITY OF TOKYO - I
84 Disponível em: < http://www.ims.u-tokyo.ac.jp/imsut/jp/>. Acesso em 28 dez. 2010.
186
IMAGEM 215 - THE INSTITUTE OF MEDICAL SCIENCE UNIVERSITY OF TOKYO - II
IMAGEM 216- THE INSTITUTE OF MEDICAL SCIENCE UNIVERSITY OF TOKYO - III
O site é organizado por temas, mas monocromático, o que limita a utilização da cor
como informação. Na versão em japonês, não temos ideia do como o site está
estruturado. Verifico no mapa do site a caixa de pesquisa nas posições corretas.
As imagens 217 e 218 85 são do site do Centre Hospitalier Universitaire Vaudois:
85 Disponível em: < http://www.chuv.ch/>. Acesso em 29 dez. 2010.
187
IMAGEM 217 - CENTRE HOSPITALIER UNIVERSITAIRE VAUDOIS - I
IMAGEM 218 - CENTRE HOSPITALIER UNIVERSITAIRE VAUDOIS - II
Observo que, na barra inicial de opções de acesso, ao se posicionar o mouse por sobre
uma delas, as possibilidades de acesso surgem por cima da mesma linha, conforme
imagem 218. Esta linha, apontada pela seta abaixo, surge por cima da barra de opções, o
que oferece um modo de acesso diferente, porque modifica a barra de acessos.
188
IMAGEM 219 - ACESSO A SPÉCIALITÉS
189
CAPÍTULO IV
EPÍLOGO
Aqui descrevo as minhas constatações sobre o apresentado e, para tanto, manterei a
estrutura dos grupos de países ordenados conforme quadro 5 da página 36. Na
sequência, indicarei como cada site de hospital tem seu funcionamento e atende aos
requisitos descritos nas categorias das informações e das interações, conforme proposto
no quadro 4 da página 34. Ao final, apresento um quadro com as características
principais de cada site, suas forças e fraquezas em termos comunicacionais.
No grupo da Argentina, o Hospital Aléman, em sua home page, utiliza-se de alguns
vídeos que defininem os blocos informativos, orientando e inserindo o leitor em um
campo de valores cognitivos e passionais. É competente ao mostrar suas informações
para os diferentes públicos-alvo, porém a instituição é limitada na categoria das
interações, ao não disponibilizar interfaces on-line, o que torna o hospital apenas um
narrador de suas atividades, limitando-se a dar informações.
No mesmo país, o Hospital Universitário Austral posiciona-se de modo quase oposto,
ao disponibilizar uma significativa oferta de recursos multimidiáticos, além de
interações por blog e redes sociais, atendendo, em larga escala, à categoria das
interações. Faz Saber ao enunciatário, utilizando-se desses mesmos recursos, para
oferecer conteúdos que proporcionam uma dimensão cognitiva. O percurso do Saber,
considerado sob a ótica da categoria das informações é oferecido, neste hospital, de
modo estruturado.
No Grupo Brasil, o Hospital Albert Einstein, com sua home page de sete rolagens,
embora excessiva, atende aos requisitos da categoria das informações e da categoria das
interações, porque disponibiliza várias informações por blocos organizados e também
ações dentro do site, como, por exemplo, agendamento de exames e retirada dos seus
resultados. Em algumas ocasiões pode, talvez, pela redundância de acessos, confundir o
190
enunciatário e, por essa razão, possivelmente, limitar o Fazer-Crer, parte importante do
contrato de comunicação. Quando disponibiliza as informações, Faz-Saber aos vários
públicos-alvo do hospital, ofertando-lhes competência ao percorrer o site do hospital. O
uso de vídeos e de fotos é farto em todo o site, o que cria um ambiente agradável de
percorrer.
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
oferece um site voltado para um conteúdo informativo. As interfaces são restritas. As
informações são agrupadas por blocos e, por conta da não interação, o site é, sobretudo,
um espaço de leituras.
O Hospital Alemão Osvaldo Cruz esboça um site interativo, o que acontece com
restrições, porque apenas a retirada de exames é on-line. O agendamento não o é. Um
recurso bem explorado neste site é o tour virtual, o que Faz Crer ao vermos o local e
Faz Sentir pela percepção dos ambientes da instituição. O sistema funciona bem, porém
o site carece de outras possíveis formas de interação como, por exemplo, o chat.
O Hospital Sírio Libanês organiza seu site em blocos informativos bem constituídos,
que atendem aos requisitos preconizados na categoria das informações. Na categoria das
interações, é menos eficaz e o tour virtual oferecido não funcionou após diferentes e
diversas tentativas de uso. Não há acesso a redes sociais ou chats. É abundante a
utilização de imagens, porém não localizei vídeos institucionais. O site tem acessos com
conteúdos que disponibilizam vídeos e outros recursos multimidiáticos, mas essas
informações e interfaces não são iguais para todos os serviços.
O Hospital São Vicente de Paulo propõe uma organização de informações por cores,
porém o conteúdo nesses acessos é limitado e muitas vezes o acesso não contém
nenhuma informação. Na categoria das interações, o site nada oferece.
No Grupo Colômbia, o Hospital Pablo Tobón Uribe é eficiente ao atender a categoria
das informações, porém na categoria das interações é limitado, pois não oferece
recursos on-line. Faz-se presente nas redes sociais, apresentando um eficiente sistema
de visita virtual e uma interessante interface para crianças, conforme apontado nas
imagens 75 e 76 na página 90.
191
O Hospital Universitario San Ignácio apresenta um site que não proporciona interações,
tornando-se apenas um espaço descritivo da instituição e, mesmo assim, de modo
limitado. Os recursos on-line aqui não existem, de modo que as interações também não
existem.
A Fundación Valle Del Lili oferece um site que atende à categoria das informações,
porém contém cinco rolagens, o que, embora excessivo, é eficiente. Para a categoria das
interações, o site tem vídeos, acessos on-line e uma oferta interessante de acessos às
comunidades organizadas por grupos de interesse em assuntos médicos, mas não há
acessos às redes sociais habituais.
A Clínica Del Occidente organiza suas informações de modo competente, mas não
atende ao preconizado na categoria das interações. São restritas as interfaces neste site.
Por fim, neste grupo, o Hospital General de Medelín privilegia apenas as informações
da Instituição e o faz de modo limitado. A categoria das interações não é atendida.
Ainda neste grupo, constato que a presença de slogan é constante e os hospitais, ao se
utilizar desse recurso, sugerem e resumem as competências das instituições, bem como
as promessas do enunciador para um “fazer crer”, com o objetivo de, na frase, persuadir
o enunciatário. É como explica Barbosa86(2006, p. 81): o slogan é um pequeno texto
que consegue convencer o leitor pelas qualidades relacionadas à marca e ao produto.
No Grupo Costa Rica, o site da Clinica Bíblica é competente, grosso modo, em
atender à categoria das informações e igualmente à categoria das interações. Naquela
oferece conteúdos estruturados por temas e fáceis de ser localizados. Nesta, utiliza-se
praticamente de todos os recursos multimidiáticos, porém faltou o agendamento on-line.
Quanto à outra instituição deste grupo, o Hospital San Rafael de Alajuela, o site faz
supor que apenas cumpre presença, pois não atende às categorias propostas no quadro
Axiológico, e o espaço do site não persuade o leitor a participar de nada.
86 Barbosa, M.B.M.. Eficácia e persuasão em texto condensado. Dissertação de Mestrado. PUC: São Paulo, 2006
192
No Grupo Chile, a Clínica Alemana promove e utiliza praticamente todos os recursos
disponíveis para incluir o enunciatário em seu site e constrói um espaço de
relacionamento para ele. Atende à maior parte dos tópicos da categoria das informações
e faz o mesmo na categoria das interações, oferecendo interfaces interessantes e uma,
em especial, conforme mostrado nas imagens 118, 121, 122 e 123.
O Hospital Clínico Universidad de Chile constrói um site organizado na maior parte dos
tópicos das duas categorias do quadro Axiológico. São abundantes os vídeos
informativos, assim como os serviços on-line e as formas de contato com o hospital.
O Hospital Del Trabajador tem, na categoria das informações, um site bem construído
e, na categoria das interações, o uso de vídeos é frequente, bem como as ações on-line,
mas os outros requisitos dessa categoria são minimamente atendidos.
No Grupo Outros Hospitais, a Policlínica Metropolitana da Venezuela dá preferência
às informações em seu site. Não existem interações.
O Medicasur do México constrói eficientes espaços de informação e oferece a
possibilidade de carregar uma barra de ferramentas para o computador do usuário que
contém diversas interações e diferentes acessos, como pode ser visto nas imagens 153 e
154 da página 144. Tal ferramenta proporciona ao enunciatário uma competência e um
desempenho importantes, pois inscreve o usuário na Instituição. Trata-se de um
dispositivo que favorece a navegação e dá visibilidade, além de proporcionar um espaço
de locução que organiza o domínio do saber.
Por fim, o Sanatório Americano do Uruguai oferece um site com algumas opções de
acesso que atendem parcialmente à categoria das informações e quase nada com relação
à categoria das interações. É um site apenas descritivo.
Afirmo, com base no exposto, que os hospitais, em sua grande maioria, têm em seus
sites espaços para disponibilizar, sobretudo, informações e que se utilizam muito
limitadamente dos recursos multimidiáticos disponíveis. Assim, para a categoria das
informações, no tópico das Informações quanto ao hospital e acerca dos serviços
disponíveis, as instituições não oferecem as possíveis formas de contato com suas
193
equipes médicas. Alguns hospitais têm o acesso apontado no site, mas a informação não
está concretamente disponível. Em contrapartida, para poucos hospitais, os dados
chegam até a ter o telefone pessoal do(s) profissional (is). Parece haver algum tipo de
receio em oferecer essas informações: em alguns casos elas são bem descritas, mas na
maioria são ocultadas.
O próprio meio de acesso físico do usuário ao hospital é, em alguns casos, mal
explicado, porém, na maioria das vezes existe um mapa de localização com as opções
para se chegar à Instituição.
Quanto às Informações gerais a respeito de, os hospitais raramente colocam as
certificações de acreditação e de reconhecimentos em programs de qualidade na
primeira página, e em local de fácil visualização, o que conferiria o status da
acreditação recebida, além de não explicar o que tal comenda significa, perdendo a
oportunidade de valorizá-las. Alguns até a colocam, timidamente, no canto inferior na
última rolagem e em uma imagem reduzida, como já descrito. Em nenhum caso em que
tal selo de certificação foi apresentado, houve a explicação do que ele significa e por
quais critérios é obtido, além do como a Instituição tem de se preparar para tal comenda.
Tais certificações têm relevância no setor hospitalar e poderiam ser mais bem
explicadas pelas instituições sobre como se obtém cada uma delas. No que diz respeito
ao paciente estrangeiro, foi frequente verificar que o acesso continua no idioma de
origem do hospital e que a versão no idioma proposto não ocorreu.
No tópico Informações específicas em referência a, a maior falha está nas postagens das
atualizações, que não contêm a data e o horário, e isso impede o usuário de conhecer o
grau de atualização da informação, requisito importante de usabilidade, 87conforme
Nielsen e Loranger (2007).
Quanto ao tópico Pesquisa e ensino, todos os hospitais pesquisados contêm continham
uma caixa de entrada de pesquisas, mas poucas opções de cursos para a população em
geral e informações sobre docência e ensino. Quando o hospital é Universitário, como o
caso de cinco deles, este tópico é bem descrito, com todas as opções de cursos, modos
87 Ver, para mais detalhes sobre os critérios de usabilidade, o anexo A.
194
de ingresso, inscrições on-line, tipos de graduação e de pós-graduação oferecidos, o que
é próprio de instituições voltadas sobretudo para o ensino. Contudo, quando o hospital é
privado, a oferta desse tipo de informações e interações é limitada.
Para a categoria das interações, o tópico de Ações através do site foi o menos atendido
neste corpus. Poucos hospitais oferecem interatividade. O mais frequente dentre os que
oferecem alguma ação via site é a retirada de exames. Em alguns casos, a opção existe,
mas não é on-line.
Para o tópico Design visual e programação do site, os hospitais ainda estão distantes de
oferecer formas de contato do tipo chat ou a personalização de conteúdos. Os modos de
percorrer o site são os convencionais e, em alguns casos, divergentes do preconizado,
conforme apontado no anexo A. Os hospitais, via de regra, não permitem a criação de
espaços internos em seus sites. O uso de recursos multimidiáticos é, na maior parte das
vezes, restrito a fotos.
Alguns hospitais dispõem de vídeos informativos e de visita virtual de modo eficiente,
além do acesso a redes sociais, que começaram a aparecer nos sites apenas ao longo do
ano de 2010, pois até então não havia menção desta possibilidade nos que foram
estudados. Quanto às cores utilizadas, a predominância do azul/verde é quase unânime,
o que restringe muito as opções de utilização da cor como informação.
Outras formas de comunicação são esboçadas pelos hospitais quando, nas barras de
acessos, oferecem cores diferentes, mas, no mais das vezes, ao se acessá-las, o padrão
retorna para o azul/verde. No quesito Componentes de interconexão com o usuário, a
acessibilidade dos sites é inexistente e a interação com as funcionalidades em alguns
casos não foi possível. O acesso era ofertado, mas não funcionou. Em nenhum site foi
possível o aumento do tamanho da letra, mínimo e simples requisito de acessibilidade a
ser ofertado. A arquitetura dos sites seguiu o padrão barra horizontal e barra vertical de
acessos e, em boa parte dos sites, o requisito de usabilidade deste tópico não foi
atendido, conforme está descrito em cada um dos casos. As informações de
posicionamento do usuário no site é precária, porque não se pode saber, na maior parte
dos sites analisados, o que já foi visto, onde se está e o que pode ser feito a seguir.
195
No quadro 6 apresento, de modo esquemático, cada um dos sites estudados, com base
na Axiologia proposta, e alvitro vinculá-los com o contrato de comunicação. Assinalo
as características positivas de cada site, bem como o que cada um tem de predominante
para a construção da visibilidade das atividades do hospital e igualmente enfatizar as
ofertas cognitivas e as disponibilidades interativas propiciadas pelo site. Ao mesmo
tempo, além de apontar o ausente, o pior e o melhor de cada site, indico o que pode ser
aperfeiçoado para que o mesmo possa aproximar-se do que denomino de espaço virtual
de comunicação hospitalar, o que é um dos atributos deste trabalho.
QUADRO 7 – COMPARAÇÃO ENTRE OS HOSPITAIS E AS CATEGORIAS HOSPITAL CATEGORIA DAS
INFORMAÇÕES CATEGORIA DAS
INTERAÇÕES
Alemán
Boa organização das informações, mas com quantidade reduzida e esclarecimentos limitados. Fazer-Saber restrito, porque reduz as informações aos sujeitos, que provavelmente não as possuem. Condição de finalidade do contrato de comunicação insuficientemente atendida.
Poucas opções de utilização on-line do site. Muito bom o design visual, com o uso de cores que contribuem para informação. Possibilidade de tour virtual apresenta o hospital de modo agradável e é eficiente como dispositivo topológico. Uso do Fazer-Crer e Fazer Sentir, uma das condições da enunciação, de modo acertado, porém com limitada utilização dos recursos multimidiáticos.
Universitário Austral
Informações gerais e específicas do hospital disponíveis logo no primeiro acesso, em posição que permite ao usuário fácil conhecimento do site, que por sua vez organiza bem o dominio do saber que se propõe oferecer, condição que evita a dispersão do enunciatário na busca de instaurar-se no espaço que o hospital oferece.
Utilização das opções de interação com o uso de vídeos, blogs muito boa, bem como a utilização das redes sociais. Boa possibilidade de respostas em vídeos às consultas feitas,o que faz crer no que está sendo dito, pois o próprio profissional aparece respondendo e explicando ao usuário questões médicas.
Albert Einstein
Informações gerais e específicas presentes e organizadas por blocos. Necessário percorrer todas as home pages do site para verificar como poder utilizá-lo, haja vista a multiplicidade de informações, escassamente organizadas. (Trata-se de um Fazer Saber incessante e que pode confundir o usuário em termos de qual acesso deve utilizar.)
Recursos multimidiáticos limitados e opções on-line. Formas de contato direto ou de interação com as funcionalidades resumidas. Presença de vídeos, fotos e formas pop-up de ver a instituição, porém carecendo de mais opções interativas. Prevalência da cognição. Excesso de páginas iniciais, não recomendadas.
das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo
Intensa oferta de informações específicas neste espaço, que são oferecidas para os diversos públicos-alvo que o hospital quer atingir. Site basicamente informativo. Condição de identidade não atendida – não há identificação dos sujeitos.
Interações no site deste hospital são inovações recentes. Uso de vídeos e blogs, contudo outras funcionalidades possíveis on-line não existem. Site com falta de opções on-line, o que limitaseu uso como ferramenta comunicacional com os públicos-alvo.
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Alemão Osvaldo Cruz
Boa oferta das informações gerais e específicas, além de fácil percurso através do site. Descrição das equipes médicas de modo evidente. Há sensações agradáveis ao se percorrer o site, pois as funcionalidades oferecidas são eficientes, o que está conforme com as condições de finalidade do contrato de comunicação.
Farto uso de multimidialidades. Tour virtual de ótima qualidade. Há opções de perguntas aos especialistas. Design do site é eficiente, mas constatei alguns acessos com dificuldades de navegação. O uso de vídeos como canal de transmissão contribui para o Fazer Crer, ao materializar a narrativa.
Sírio-Libanês Utilização do acesso estou interessado em oferece a possibilidade de esclarecimentos para os mais variados temas, que abordam questões gerais e específicas, facilitando a navegação com uma caixa de pesquisa introdutória muito útil. O enunciatário tem à disposição uma ferramenta de localização ágil.
Variedade de recursos on-line, que mudam conforme o acesso percorrido, o que não uniformiza o site. O Fazer Crer e o Fazer Sentir dependem do link que se visita. Há tour virtual mostrando vários ambientes e de fácil manuseio. Eficiente mbiente onde se inscreve a comunicação.
São Vicente de Paulo
Informações limitadas e insuficientes. Acessos incompletos. Site que parece cumprir apenas o papel de estar presente na internet, sem contudo existir de fato para o usuário.
Não há interações a serem feitas neste site. Organização visual por cores, que facilita as buscas temáticas e que, se fosse mais bem explorada, poderia construir espaços de relação com o usuário, propiciando alianças e inclusão do enunciatário.
Pablo Tobón Uribe
Informações gerais e específicas, com algumas publicações para diferentes enunciatários, porém limitadas.
Não há serviços on-line e apenas uma visita virtual e acesso a redes sociais. Interessante link para o público infantil com oferta de interações variadas, restritas, porém, a este público.
Universitário San Ignácio
Informações genéricas e às vezes confusas. Não há disponibilidades on-line. Não existem interações disponíveis.
Fundación Valle Del Lili
Boa disponibilidade de informações gerais e especificas. Informações explícitas sobre a equipe médica e as formas de contato, possibilitando um contato imediato.
Farto uso de vídeos, de fotos e de acessos para redes de interesse médico comum, ou blogs especificos, contudo com limitada oferta de serviços on-line.
Clinica Del Occidente
Eficiente disponibilidade de se ter as informações na home page, o que proporciona uma codição de identidade dos sujeitos inscritos no processo. Fácil localização dos acessos principais, porque topologicamente muito bem inseridos no site.
Nenhuma ação de interatividade disponível.
Geral de Medelin
Informações genéricas e básicas. Havia um site, que foi substituído, em que os acessos e a usabilidade eram mais bem oferecidos. No novo esses beneficios não existem, o que dificulta as relações de força e de aliança com o enunciatário.
Nenhuma ação de interatividade está disponível.
Clinica Bíblica
Informações genéricas e específicas em estilo eficiente. Organização do saber de modo claro, inclusive com informações das equipes médicas disponíveis em sua totalidade, sem restrições, o que permite imediato acesso a esses profissionais.
Interações presentes no site, bem como a visita virtual em diversos setores da Clínica. Fotos e vídeos constantes. Opções de cadastro para receber informações médicas.
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San Rafael de Alajuela
Poucas e desatualizadas informações. O hospital parece ter sido obrigado a ir para a internet. Site desatualizado, não promove alianças ou inclusão do enunciatário. Opinião: o pior site de todos os analisados.
Nenhuma ação de interatividade está disponível.
Clinica Alemana
Múltiplas e eficientes formas de disponibilizar as informações gerais e específicas. Site constrói relações de aliança e de inclusão com o enunciatário pela facilidade de uso.
Presença de opções de serviços on-line, além de um interessante acesso denominado de mi página de salud, que pode ser construído pelo próprio usuário. Há um canal no You Tube denominado de Alémana TV
Clínica Universidad
de Chile
Informações gerais e específicas fáceis de ser localizadas. Organização por blocos temáticos, que contribui para um Fazer-Saber ágil.
Várias interações possíveis neste site, bem como o acesso a redes sociais. Há um interessante arquivo de áudio e video e o site apresenta-se com uma arquitetura que harmoniza a usabilidade, propiciando uma sensação agradável ao visitá-lo.
Del
Trabajador
Informações básicas. Não há possibilidade de contatos com o corpo clínico. Acesso para pacientes internacionais tem de ser feito por e-mail. Interessante espaço de informações denominado recomendaciones para enfrentar uma catástrofe, muito útil para este país.
A possibilidade de interações está evidente logo no início do site. Farto uso de vídeos, fotos, porém não há visita virtual ou acessos a redes sociais. Interessante a possibilidade de enviar e-mail para pacientes internados.
Policlínica Metropolitana
Informações presentes e organizadas em blocos. Há sempre um convite para engajar o enunciatário no site através de um acesso que permite receber boletins informativos. Completa informação sobre equipes médicas e formas de contato.
Não há vídeos, chat ou visita virtual Pouca interatividade, perdendo com isso a possibilidade de adesão do enunciatário
Medicasur Informações gerais e específicas de modo fácil e bem completo. Informações acerca das filiais e os serviços disponíveis em cada uma, bem como detalhes de contato das equipes médicas.
Excelente disponibilidade de download de uma barra de ferramenta que proporciona a utilização relacionada às atividades nas diversas unidades do sistema. Tal recurso proporciona credibilidade à enunciação, pois ressalta as funções informativas e incitativas pela forma como cria o espaço de relação com o usuário e o inclui no site. Há, também, o Medica sur TV e outras formas de conhecimento e contato com a instituição. Possível retirar resultados de exames on-line. Ótimos recursos interativos e que funcionam regularmente. Boa utilização da cor como informação.
Sanatório Americano
Na primeira página o site oferece informações em diversos idiomas, mas não há informações sobre as equipes médicas ou sobre programas de saúde.
Não há possibilidade de interação: esta é apresentada e não funciona. Existe um álbum de fotos da instituição que é o único recurso visual disponível.
198
A seguir aponto o que foi verificado nos dez sites apresentados e que não pertencem a
hospitais. Podem ser listados cinco recursos observados nos sites desses outros setores,
que podem ser incorporados pelos sites de hospitais, a razão de fazê-lo e com quais
categorias mencionadas no quadro Axiológico a sugestão descrita se relaciona:
1. Oferecer a possibilidade de se logar no site para criar um espaço pessoal para o
usuário, o que está previsto na Categoria das Interações (CIN). Esta sugestão
tem sua origem no site da Nestlé. Tal recurso é oferecido de modo similar na
Clínica Alemana do Chile e o grupo Medica Sur do México.
2. Oferecer espaços de relação com grupos específicos de usuários e com esses
interagir conforme suas necessidades, o que está previsto na CIN. Esta sugestão
tem sua origem no site McDonald’s. O recurso oferecido por esta empresa
também o é pelo hospital Pablo Tobón Uribe, da cidade de Medellin, na
Colômbia.
3. Utilização das cores como informação, organizando os blocos informativos do
site através delas, como o faz a Rede Globo, o que também acontece no Hospital
Alemán de Buenos Aires, na Argentina, e de modo limitado, como já decrito, no
hospital São Vicente de Paulo da cidade do Rio de Janeiro.
4. O site da Fiat já se utiliza de aplicativos para uso em smartphones, como, por
exemplo, ter o manual do carro disponível no celular. Hospitais podem utilizar-
se desta ferramenta para que os diferentes públicos-alvo possam ter informações
de saúde, tratamentos, obtenção de resultados e uma variada opção de textos
informativos. Nenhum hospital utiliza tal recurso. Contudo, verifiquei que
alguns hospitais começam a proporcionar acessos para smartphones, uma
provável nova forma de instaurar usuários nestas instituições.
5. Os sites dos Bancos do Brasil, Bradesco e Itaú promovem a acessibilidade com
ingressos em seus sites para deficientes visuais, auditivos e com restrições
motoras, conforme previsto na CIN. Vale frisar que nenhum hospital do corpus
tem tal conteúdo.
199
Na sequência, apresento quatro recursos relacionadas à categoria das interações,
verificados nos sites dos outros hospitais, que não fizeram parte do corpus, e que
podem, ouso dizer: devem, ser utilizados em sites de hospitais:
Ter a possibilidade de aumento de letras na primeira página do site. Nenhum
hospital do corpus ofereceu esta acessibilidade.
Propor um design do site diferente do convencional, que se utiliza das barras
horizontal e vertical, conforme solução encontrada no Hôpitaux de Rouen,
mostrado na imagem 194.
Usar a cor como informação quando se tratar de blocos informativos específicos,
como proposto no Hospital Authority de Hong Kong, conforme as imagens 205
e 207, e que é usado de modo similar pelo hospital Alemán, conforme as
imagens 1, 3, 6 e 7 e, em menor escala, pelo hospital São Vicente de Paulo,
conforme as imagens 65 e 66.
Usar notas pessoais dos colaboradores da instituição, uma possível forma de
humanizar a empresa, e buscar uma aproximação com os públicos-alvo, como o
utilizado pelo pelo Hospital Authority, mostrado na imagem 208.
Depois dessas apresentações, proponho apontar e justificar, conforme quadro 7 a seguir,
os cinco mais bem estruturados sites dos hospitais estudados, sob o ponto de vista da
categoria das informações e da categoria das interações, de acordo com o quadro
Axiológico elaborado, e fundamentada em minhas percepções oriundas deste estudo.
200
QUADRO 8 - OS MAIS BEM ESTRUTURADOS SITES DO CORPUS
HOSPITAL JUSTIFICATIVA
1º Médica Sur, da cidade do México
Uso, em larga escala, de tudo o que foi proposto no quadro Axiológico. Dentro dos critérios de usabilidade, proporciona acessos rápidos, simples e sua home page apresenta as informações e as interações possíveis de modo organizado. As ferramentas do site funcionam e esclarecem. A possibilidade de uso de uma barra de ferramentas particular deste site é diferencial importante. Faltou acessibilidade e a presença da visita virtual, o que poderia aumentar a interação com o usuário.
2º Hospital Alemão Osvaldo Cruz, da cidade de São Paulo
Instituição hábil em utilizar-se dos recursos multimidiáticos. O design do site favorece seu uso e seu percurso, muito embora em algumas ocasiões em que foi visitado houvesse dificuldades de navegação. As opções de vídeo são fundamentais para as informações prestadas, porque materializam a informação.
3º Hospital Sírio-Libanês, da cidade de São Paulo
O site oferece múltiplas e fartas opções de recursos de informação e interação, em especial o acesso ...estou interessado em... com vinte links, cujo percurso esclarece a maior parte das dúvidas ao se buscar o site. Contudo os links não têm a mesma qualidade de informações, criando assim uma narrativa desigual.
4º Clínica Alemana, da cidade de Santiago, no Chile
As informações oferecidas são completas e há várias opções de interação como a mi página de salud, único modelo de inserção do enunciatário entre todos os hospitais estudados.
5º Clínico Universidad de Chile, na cidade de Santiago, no Chile
Com o mais bem estruturado site dentre os hospitais universitários, este apresenta inúmeras opções on-line, além de arquivos multimidiáticos que disponibilizam informações aos mais variados públicos-alvo. Contudo faltou a visita virtual e, como em todos os sites de hospitais, as opções de acessibilidade.
Podemos notar que, dos sites dos vinte hospitais estudados, seis não apresentam
nenhuma possibilidade de interação ou recursos on-line. Dos outros quatorze sites, dois
têm mínimas ofertas de interação. Quando se compara a classificação descrita no quadro
1 da página 16, que foi apontada com base no método descrito na Revista América
Econômica, com o quadro 6 da página 195, verifica-se que:
201
i. O hospital Medica Sur, preferido como o que endereça melhor interação e
informação, é o 14º colocado na lista de hospitais do corpus.
ii. O hospital Alemão Osvaldo Cruz, segundo entre os mais bem estruturados sites,
é o 7º da lista inicial.
iii. O hospital Sírio-Libanês é o 10º do corpus, contudo o terceiro aqui.
iv. A Clínica Alemana é o segundo da lista do corpus, porém o quarto aqui.
v. O quinto classificado na lista deste trabalho, o hospital Clínico Universidad de
Chile, é o 11º na lista do corpus.
Destarte, quero com isso propor que, nos futuros métodos de escolha de hospitais, ao se
elaborar um índice de qualidade, análise de desempenho e outros quesitos pertinentes à
área médico-hospitalar, como aqui apresentado, a inclusão de um tópico denominado
“comunicação com o público-alvo”, de um sistema axiológico testado, faça parte de
quesitos de avaliação.
De forma ponderada com outros tópicos, como o do corpus utilizado para este trabalho,
quando a segurança, a dignidade e o prestígio da instituição tiveram 20% de
participação cada um, há um item, no método descrito, denominado Boas Práticas de
Gestão e Desenvolvimento Digital, conforme pode ser lido na página 15, que faz parte
da dimensão Eficiência e que representou 10% do valor total. Uma parte desse
percentual poderia ser atribuída aos processos de comunicação e interação com os
usuários e que, no caso deste corpus, teria um valor aproximado de 3% do total.
A internet88 é um caminho sem retorno para os processos de comunicação89 entre os
hospitais e seus públicos-alvo. Podemos verificar nas tabelas 1 e 2 que o percentual de
penetração da internet nos países cujos hospitais fizeram parte do corpus deste estudo é
elevado, o que pode indicar que os Contratos de Comunicação e as Estratégias de
Convocação de Hospitais Latino-Americanos em seus Sites na Internet deva ser objeto
de mais estudos e de refinamento por aqueles que têm interesse nesta área. Esse setor
88 “A internet está criando novas maneiras de representar o sujeito, de estabelecer garantias de veracidade do discurso , de textualização colaborativa pelo uso de linguagens sincréticas o que nos conduzirá a verificar como este processo cria sentido, porque cada discurso constrói a sua garantia enunciativa e nós não sabemos como o discurso da interent vai construir a sua.” (FIORIN, 2010, P.115). 89 Para Fiorin, “a comunicação é, antes de mais nada um fazer crer e não um fazer saber e, diante da possibilidade de interação, temos um novo desafio que é estudar as novas formas de textualização e as novas formas de discursivização, como, por exemplo, um blog” (ibidem: 125). (grifos meus)
202
ainda utiliza a internet de modo circunscrito e, no mais das vezes, como um espaço
topológico e de informações, com escassa interatividade ao ter os sites como local onde
disponibiliza textos e material educativo, como o que encontrei neste trabalho.
Com base nesta pesquisa, afirmo que o contexto hospitalar precisa evoluir. Hospitais,
grosso modo, ainda se veem como instituições que não se podem comparar com outros
tipos de organizações. Ao se colocar na internet para oferecer textos e cognição, muitas
vezes o fazem de modo confuso e tímido, e com poucas ações on-line. Mesmo os
hospitais que têm este recurso em larga escala o utilizam limitadamente. Os hospitais
que apresentei fora do corpus e no exterior também são contidos quando o assunto é a
interação e, geralmente, disponibilizam em seus espaços na internet informações,
todavia sem a possibilidade de ações on-line, como já acontece em outras setores da
economia.
O bom site para hospitais está sugerido no quadro Axiológico. A instituição, quando se
expõe como sistema de oferta de informações e de interações aos seus enunciatários,
públicos-alvo ou stakeholders, pode criar vínculos e influências positivas ao utilizar os
recursos multimidiáticos disponíveis para tanto, e organizados conforme proposto neste
trabalho. Indico uma forma possivel para tal sistema comunicacional ao se utilizar de
todos os tópicos descritos no quadro Axiológico. Esquadrinhei a literatura, analisei o
corpus proposto e outros sites para aprender, propor e modalizar o fazer persuasivo para
este tema, além de assinalar, para os enunciatários que me lerão, um presumível fazer
interpretativo. Fiz uma leitura crítica, com um outro olhar sobre os sites de hospitais,
organizações prestadoras de serviços que ainda carecem de uma visão empresarial,
como as tradicionais de mercado, porquanto o que ofertam são cuidados e tratamentos
que podem, neste ambiente da internet, e das constantes evoluções comunicacionais, ser
mais bem explorados. Entendo que foi possível evidenciar que os contratos de
comunicação e as estratégias de convocação que os hospitais utilizam em seus sites na
internet são limitados, mas podem evoluir, com o objetivo de inserir seus usuários e,
com isso, possivelmente, aumentar as opções de escolha destes.
Para finalizar, remeto-me ao que propus responder como questões de pesquisa:
(i) Quais são os contratos de comunicação propostos pelos enunciadores?
203
Verifico que os hospitais enunciam seus sites voltados, em larga escala, para uma
condição de finalidade informativa ou a do Fazer-Saber e pouco promovem com o
destinatário uma relação de aliança e de inclusão, porque seu espaço na internet é
essencialmente descritivo. A carência de recursos on-line é acentuada. Esta, se mais
bem empregada, poderia promover uma troca com o enunciatário, ao dar-lhe a opção de
“entrar” no hospital e possibilitar ações, provocando, com esta opção, um estado
agradável de “pertencer.” Dito de outro modo: as ações interativas promovem alianças
que podem contribuir para as escolhas dos enunciatários, quando da decisão de
utilização de um hospital.
(ii) Os contratos de comunicação dos hospitais em seus sites promovem que tipo de
relação com seus públicos?
Verifico que, pela carência de ações, o que daria a possibilidade de participação aos
diferentes públicos-alvo, os hospitais não facilitam as relações. Em alguns casos, como
já descrito, esta limitação pode até afastá-los, pois os sites são confusos e não atendem
aos requisitos de usabilidade e a outros recursos para usuários da web, confundindo o
usuário. Cogito que, se um site não esclarece e não funciona como um eficiente recurso
comunicacional, os usuários podem tomar a parte pelo todo, isto é, se o site não
funciona bem, o hospital pode afetar, em algum grau, a percepção de eficiência da
instituição e assim comprometer sua imagem e a concepção de qualidade dos seus
serviços.
(iii) Quais efeitos de sentido os sites estabelecem com os enunciatários?
Pensar os efeitos de sentido é fazê-lo visando à inscrição, no corpus estudado, do
usuário no site, para atrair e obter a aprovação do enunciatário. É provocar alguma
reação neste, utilizando-se, entre outros recursos, do Fazer-Fazer, do Fazer-Saber, do
Fazer-Crer e do Fazer-Sentir, que são funções, grosso modo, como descrevi, utilizadas
no corpus com muitas restrições. Pelo que verifiquei, os hospitais restringem-se ao
âmbito informativo, organizando seus universos do saber como tal e distanciam-se
muito dos avançados recursos disponíveis para provocar um pathos agradável.
204
Por fim, estou convicto de que os hospitais têm um enorme espaço para percorrer em
termos comunicacionais e podem fazê-lo espelhando-se em outros setores, que a cada
dia se utilizam de ferramentas avançadas de exposição de seus sites e de inserção de
seus usuários, o que contribuirá, significativamente, para a inscrição dos diferentes
públicos-alvo de um hospital. Contudo, vale frisar, à guisa de conclusão, que não basta
copiar o quê e o como as outras empresas utilizam seus sites, na medida em que os
hospitais têm outra missão e outros objetivos, em termos do atendimento às pessoas, ao
ofertar serviços ultraespecializados.
205
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Anexos
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ANEXO 1- 113 DIRETRIZES DE JAKOB NIELSEN PARA A CONSTRUÇÃO DE SITES
(A) Informando o objetivo do site 1. Exibir o nome da empresa e/ou logotipo, em um tamanho razoável e em um local de destaque. 2. Incluir um slogan resumindo, explicitamente, o que o site ou a empresa faz. 3. Enfatizar o que o site faz de importante sob a perspectiva dos usuários, assim como a diferença entre seu site e os dos principais concorrentes. 4. Enfatizar as tarefas de mais alta prioridade, para que os usuários tenham um ponto de partida definido na home page. 5. Designar explicitamente uma página do site como a home page oficial. 6. No website da empresa principal, não usar a palavra "website" para se referir a qualquer outro aspecto, exceto à totalidade da presença da empresa na web. 7. Estruturar a home page de modo diferente de todas as outras páginas existentes no site. (B) Transmitindo informações sobre sua empresa 8. Agrupar informações da empresa, como "Sobre Nós", "Relações com Investidores", "Sala de Imprensa", "Empregos" e outras informações sobre a empresa em uma única área reservada. 9. Incluir um link da home page para uma seção "Sobre Nós", que oferece aos usuários uma visão geral sobre a empresa e links para todos os detalhes relevantes sobre seus produtos, serviços, valores da empresa, proposta de negócios, equipe de gerenciamento e outros pormenores. 10. Para obter cobertura da imprensa para sua empresa, incluir um link "Sala de Imprensa" (Press Room) ou "Notícias" em sua home page. 11. Apresentar uma face unificada ao cliente, em que o website seja um dos pontos de toque em vez de uma entidade em si. 12. Incluir um link "Fale Conosco" na home page, que acessa uma página com todas as informações de contato de sua empresa. 13. Ao fornecer um mecanismo de resposta, especificar o objetivo do link, se será lido pelo atendimento ao cliente ou pelo webmaster e outras informações pertinentes. 14. Não incluir informações internas da empresa (destinadas aos funcionários e que devem permanecer na intranet), no website público.
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15. Se o site reunir informações de qualquer cliente, é recomendável incluir um link "Política de Privacidade" na HP. 16. Explicar como o website gera dinheiro se essa informação não estiver muito clara. (C) Criação do conteúdo 17. Usar seções e categorias de rótulo, usando a linguagem do cliente, de acordo com a importância dessas seções e categorias para o cliente, e não para a empresas. 18. Evitar conteúdo redundante. 19. Não utilizar frases eruditas nem dialeto de marketing que fazem com que as pessoas tenham um trabalhão para descobrir o que está sendo dito. 20. Empregar letras maiúsculas e outros padrões e estilo com consistência. 21. Não rotular uma área nitidamente definida da página se o conteúdo for suficientemente autoexplicativo. 22. Evitar as categorias e as listas de marcadores de um único item. 23. Utilizar espaços não-separáveis entre as palavras nas frases, que precisam permanecer juntas para serem vistas e entendidas. 24. Usar somente o discurso imperativo, como em "Insira uma Cidade ou CEP" nas tarefas obrigatórias, ou qualificar a declaração adequadamente. 25. Explicar o significado de abreviações, iniciais maiúsculas, acrônimos e segui-los imediatamente com as abreviações na primeira ocorrência. 26. Evitar pontos de exclamação. 27. Empregar raramente todas as letras maiúsculas e nunca como um estilo de formatação. 28. Evitar usar inadequadamente espaços e pontuação para dar ênfase. (D) Revelando o conteúdo por meio de exemplos 29. Usar exemplos para revelar o conteúdo do site, em vez de apenas descrevê-lo. 30. Para cada exemplo, disponibilizar um link para acessar diretamente a página detalhada desse exemplo, em vez de saltar para uma página de categoria geral a que o item pertence. 31. Inserir um link para uma categoria mais abrangente, ao lado do exemplo específico.
215
32. Indicar claramente quais links conduzem a informações de acompanhamento sobre cada exemplo e quais links direcionam para informações gerais sobre a categoria como um todo. (E) Arquivos e acesso ao conteúdo anterior 33. Facilitar o acesso aos itens apresentados recentemente na home page, como nas duas últimas semanas ou no mês anterior, fornecendo um lista das últimas apresentações e inserindo itens recentes em arquivos permanentes. (F) Links 34. Diferenciar links e torná-los fáceis de serem visualizados. 35. Não usar instruções genéricas, como "clique aqui", como um nome de link. 36. Não usar links genéricos como "Mais...", no final de uma lista de itens. Mais o quê? Informe por exemplo: "Mais ficção científica". 37. Permitir links coloridos para indicar os estados visitados e não visitados. 38. Não usar a palavra "Links" para indicar links existentes na página. Indicar a presença de links com sublinhado e cor azul. 39. Se um link fizer algo diferente do que ir para outra página da web, como carregar um arquivo PDF, ou utilizar áudio ou vídeo, aplicativos de mensagem de e-mail ou qualquer outra coisa, certificar-se de que o link indique explicitamente o que acontecerá. (G) Navegação 40. Alocar a área de navegação principal em um local bastante destacado, de preferência imediatamente ao lado do corpo principal da página. 41. Agrupar itens na área de navegação, de modo que os itens semelhantes fiquem próximos entre si. 42. Não disponibilizar diversas áreas de navegação para o mesmo tipo de links. Não incluir muitas áreas para categorias nem diversas áreas para notícias. 43. Não incluir um link ativo para a home page na home page. 44. Não inventar termos para as opções de navegação de categorias. As categorias devem ser diferenciáveis entre si. Se os usuários não entenderem sua terminologia inventada, não conseguirão distinguir as categorias. 45. Se existir um recurso de carrinho de compras em seu site, incluir um link para esse recurso na home page.
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46. Usar ícones na navegação somente se ajudarem aos usuários a reconhecer imediatamente uma classe de itens, como novos itens, itens em liquidação, etc. (H) Pesquisa 47. Disponibilizar para os usuários uma caixa de entrada na home page para inserir consultas de pesquisa, em vez de oferecer apenas um link para uma página de pesquisa. 48. As caixas de entrada devem ser suficientemente grandes para os usuários verem e editarem consultas padrão no site. No mínimo 25 caracteres. 49. Não rotular a área de pesquisa com um título. Em vez disso, usar um botão "Buscar" ou "Pesquisar", à direita da caixa. 50. A menos que as pesquisas avançadas sejam regra geral em seu site, forneça pesquisa simples na home page, com um link para acessar a pesquisa avançada ou dicas de pesquisa, se existirem. 51. A pesquisa na home page deve considerar o site inteiro, por padrão. 52. Não oferecer um recurso para "pesquisar na web", na função de pesquisa do site. (I) Ferramentas e atalhos para tarefas 53. Oferecer aos usuários acesso direto às tarefas de alta prioridade na home page. 54. Não incluir ferramentas que não estejam relacionadas com as tarefas que os usuários costumam fazer no site. 55. Não oferecer ferramentas que reproduzem funções do navegador, como definir uma página como página inicial padrão do navegador ou marcar um site. (J) Gráficos e animação 56. Usar gráficos para apresentar o conteúdo real, não somente para decorar a home page. 57. Rotular gráficos e fotos se os respectivos significados não estiverem claros no contexto da história que complementam. 58. Editar fotos e diagramas adequadamente, segundo o tamanho de exibição. 59. Evitar gráficos de marca d'água (imagens de plano de fundo com texto sobreposto).
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60. Não usar a animação para o único propósito de chamar a atenção para um item na home page. Raramente a animação tem um local na página, porque distrai a atenção que deve estar voltada para outros elementos. 61. Jamais animar elementos críticos da página, como logotipo, slogan ou título principal. 62. Permitir que os usuários decidam se desejam ver uma introdução animada de seu site. Não deixar a opção de animação predefinida. (K) Projeto gráfico 63. Limitar os estilos de fonte e outros atributos de formatação de texto, como tamanhos, cores, etc., na página, porque o texto com design muito pesado pode se desviar do significado das palavras. 64. Usar texto com muito contraste e cores de plano de fundo, para que os caracteres fiquem o mais legível possível. 65. Evitar a rolagem horizontal a 800 x 600. 66. Os elementos mais críticos da página devem estar visíveis "acima da dobra" (na primeira tela de conteúdo, sem rolagem), no tamanho de janela 800 x 600. 67. Usar uma disposição dos elementos na página fluída para permitir o ajuste do tamanho da home page a diversas resoluções de tela. 68. Usar logotipos criteriosamente (L) Componentes da interface com o usuário 69. Nunca utilize componentes da interface como parte da tela em que as pessoas não devem clicar. 70. Evitar utilizar diversas caixas de entrada de texto na home page, principalmente na parte superior da página em que as pessoas geralmente procuram o recurso de pesquisa. 71. Usar raramente menus suspensos, principalmente se os itens neles contidos não forem autoexplicativos. (M) Títulos de janela 72. Iniciar o título da janela com a palavra que resume a informação (geralmente o nome da empresa). 73. Não incluir o nome de domínio de nível superior, como ".com" no título da janela, a menos que faça realmente parte do nome da empresa, como em "Amazon.com".
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74. Não incluir a palavra "home page" no título. É uma verbosidade sem importância. 75. Incluir uma descrição resumida do site no título da janela. 76. Limitar os títulos das janelas a não mais do que sete ou oito palavras e a menos de 64 caracteres. (N) Universal Resource Location ou URL 77. As home pages para websites comerciais devem ter o URL http://www.empresa.com (ou o equivalente em seu país ou no domínio de nível superior não comercial). 78. Para qualquer website que tenha uma identidade conectada a um país específico, use o domínio de nível superior desse país. 79. Se disponível, registrar os nomes de domínio com grafias alternativas, abreviações ou erros comuns do nome do site. 80. Se existirem grafias alternativas de nomes de domínio, selecionar uma delas como a versão autorizada e redirecionar os usuários para essa versão a partir de todas as demais grafias. (O) Notícias e comunicados à imprensa 81. Os títulos devem ser sucintos, mas descritivos, para transmitir o máximo de informações com um mínimo de palavras possível. 82. Escrever e editar sinopses específicas de comunicados à imprensa e das novas histórias apresentadas na home page. "Dormir mais e passar o tempo com entes queridos são duas das cinco maneiras pelas quais você pode aumentar seu tempo de vida em cinco anos, afirma o cirurgião geral Satcher" é mais intrigante e informativo do que "Cirurgião geral descreve como as pessoas podem aumentar seu tempo de vida". 83. Vincular o título, e não a sinopse, a história completa da notícia. 84. Desde que todas as novas histórias da home page tenham ocorrido dentro da semana, não há necessidade de listar a data e hora na sinopse de cada história, a não ser que seja realmente um item do noticiário de última hora, que tem atualizações frequentes. (P) Janelas pop-up e páginas intermediárias 85. Conduzir os usuários à "verdadeira" home page quando digitarem o URL principal ou clicarem em um link para seu site.
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86. Evitar janelas pop-up. 87. Não usar páginas de roteamento para os usuários selecionarem as respectivas localizações geográficas, a não ser que existam versões de seu site em diversos idiomas. (Q) Publicidade 88. Manter os anúncios de empresas externas nas bordas da página. 89. Manter os anúncios externos (anúncios de empresas diferentes das suas) pequenos e o mais discretos possível em relação ao conteúdo central da home page. 90. Se você posiciona anúncios fora da área de banner (faixa) padrão, no início da página, rotule-os como publicidade, para que os usuários não os confundam com o conteúdo de seu site. 91. Evitar usar convenções para anúncios para acomodar recursos regulares do site. (R) Boas-vindas 92. Não dê boas-vindas aos usuários no site. Antes que você renuncie ao patrimônio da home page principal e a utilize para dar saudações, experimente usá-la para um slogan. (S) Comunicando problemas técnicos e tratando de emergências 93. Se o website ficar paralisado ou partes importantes do website não estiverem funcionando, informar isso claramente na home page. 94. Ter um plano para lidar com o conteúdo crítico do website, para o caso de uma emergência. (T) Créditos 95. Não desperdiçar espaço com créditos relacionados ao mecanismo de pesquisa, empresa de design, empresa do navegador favorito ou com a tecnologia usada por trás dos bastidores. 96. Limitar a exibição dos prêmios recebidos por seu website. (U) Recarregamento e atualização de página 97. Não atualizar automaticamente a home page para acionar atualizações para os usuários.
220
98. Ao fazer uma atualização, atualizar somente o conteúdo realmente modificado, como as atualizações de notícias. (V)Personalização 99. Se sua home page tiver áreas que fornecerão informações personalizadas assim que você souber algo sobre o usuário, não disponibilize uma versão genérica do conteúdo para os novos usuários - crie um conteúdo diferente para esse espaço. 100. Não disponibilizar para os usuários recursos para personalizar a aparência básica da interface com o usuário da home page. (X) Obtendo dados do cliente 101. Não fornecer links para registro na home page. Em vez disso, explique as vantagens do registro (ou, pelo menos, faça uma associação) para o cliente. 102. Explicar para os usuários os benefícios e a frequência de publicação, antes de solicitar seus endereços de e-mail. (Y) Favorecendo uma comunidade 103. Se existir suporte para comunidades de usuários com bate-papo (chat) ou outros recursos para discussão, não apresentar links genéricos para esses recursos. 104. Não oferecer uma entrada em "Livro de Visitantes" para sites comerciais. (Z) Data e horas 105. Mostrar datas e horas somente para informações relacionadas ao tempo, como itens de notícias, bate-papos ao vivo, cotações de ações e outros itens. 106. Mostrar aos usuários a hora da última atualização de conteúdo, não a hora atual gerada pelo computador. 107. Incluir o fuso horário utilizado sempre que fizer referência a uma hora. 108. Usar abreviações padrão, como p.m. ou P.M. Ou, melhor ainda, utilizar o padrão 24 horas, sem nenhuma abreviação. 109. Usar o nome do mês inteiro ou abreviações, mas não números. Em alguns casos, pode ser interessante usar o padrão ano/mês/dia. (W) Cotação de ações e exibição de números
221
110. Fornecer a porcentagem de mudança, não apenas os pontos ganhos ou perdidos em cotações de ações. 111. Explicar as abreviações das ações, a não ser que a abreviação seja totalmente explícita, como "IBM". 112. Usar um separador de milhares adequado à sua localidade, para os números com cinco ou mais dígitos 113. Alinhar os pontos decimais ao exibir colunas de números. Referências: Usabilidade na Web ( Nielsen e Loranger, 2007)
222
ANEXO 2 - CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS HOSPITAIS DO CORPUS
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Hospital Albert Einstein B
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Clínica Alémana C
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Hospital das Clínicas B
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Hospital Universitario
Austral
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Hospital Clínica Bíblica
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6
Hospital Pablo Tobón Uribe
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ISQ
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1
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%
77
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7
Hospital Alémão
Oswaldo Cruz BR
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58,9
8
Sanatorio Americano
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58,3
9
Hospital Alémán
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29,6
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56,5
10
Hospital Sírio-Libanês B
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53,9
11
Hospital Clínico U. de
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%
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223
12
Hospital del Trabajador C
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%
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53,2
13
Hospital Universitario San Ignacio
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%
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14
Hospital Medicasur
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15
Hospital São Vicente de
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17
Clínica del Occidente
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Policlínica Metropolitana
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19
Hospital General de Medellín
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Hospital San Rafael de Alajuela
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32,7
30,1
49,9
7,3
42,6
Fonte: Revista America Economica, novembro de 2009. Elaborado pelo autor.
224
ANEXO 3 - OS ELEMENTOS DA EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO (I)
Fonte: <http://www.jjg.net/elements/pdf/elements_ch02.pdf>. Acesso em 23/10/2010.
Fonte: <http://www.cmsreview.com/Resources/images/JJGElements.gif>. Acesso em 30 dez. 2010.
225
ANEXO 4 - ELEMENTOS DE EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO (II)
Fonte: <http://www.jjg.net/elements/pdf/elements_ch02.pdf>. Acesso em 02 nov.2010.
226
ANEXO 5 – SETE DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DE CORES
Fonte: <http://www.fmemoria.com.br/entrevistas/entrevista_cores.pdf>. Acesso em 02.jan.2011.
227
ANEXO 6 - ACHADOS GLOBAIS DA PESQUISA BUPA HEALTH PULSE:
Entre os 12 países pesquisados, oito de cada 10 pessoas (81%) com acesso à
Internet a utilizam para procurar orientações a respeito de sua saúde, remédios ou condições médicas.
Os russos são os que mais pesquisam tais informações na Internet (96%),
seguidos pela China (92%), Índia (90%), México (89%) e Brasil (86%). Os franceses são os que menos utilizam pesquisam informações de saúde (59%).
As mulheres são mais propensas (86%) a usar a Internet para questões de saúde
do que os homens (77%). 68% usaram a Internet para buscar informações sobre algum medicamento,
sendo o diagnóstico o segundo uso mais popular (46%). 39% usam-na para buscar a experiência de outros pacientes.
Os EUA e o Reino Unido apresentam maior tendência do que qualquer outra
nação a procurar informações online para diagnóstico (58% de ambas as populações), seguidos por China e Rússia (ambas 56%).
As pessoas mais jovens (18-24 e 25-34) usaram mídias sociais para se informar
sobre questões de saúde - aproximadamente um quarto deste grupo etário públicoucomentários/perguntas ou usou sites como o Facebook ou o MySpace para este fim. A porcentagem se reduz com a idade.
Mais pessoas na Índia (email: 36%, texto: 35%) e México (email: 38%, texto:
35%) mandam emails e torpedos para o médico do que em qualquer outro país. Mais da metade (56%) declaram que gostariam de poder acessar seus registros
médicos, seguidas daquelas que gostariam de marcar consultas (48%) e encomendar a reposição das receitas (47%) pela Internet.
FONTE: <http://www.saúdebusinessweb.com.br/noticias>. Acesso em 07 nov.2011.
228
ANEXO 7 – DIRETRIZES DE ACESSIBILIDADE
Para usuários cegos:
Obter as informações apresentadas visualmente
Interagir usando dispositivo diferente do teclado
Navegar através de conceitos espaciais
Distinguir entre outros sons e a voz produzida pelo sintetizador
Para usuários amblíopes (limitação severa da visão) ou daltônicos
Distinguir cromáticas de cor e de profundidade
Utilizar informações dependentes das dimensões
Distinguir tipos diferentes de letras
Localizar cursores e pontos ativos
Manipular objetos gráficos
Para usuários com deficiências auditivas:
Ouvir ou distinguir alterações de frequência
Localizar sons
Perceber informações auditivas
Impossibilidade de utilizar a linguagem gestual
Para usuários com limitações motoras:
Carregar simultaneamente em várias telas
Deslocar ou alcançar objetos e executar ações precisas e rápidas
229
Para usuários com problemas de concentração, memorização, leitura ou
percepção:
Ler sem ouvir o texto lido em voz alta
Executar tarefas no espaço de tempo requerido
Ler e compreender as informações existentes
Perceber qual a função de um objeto gráfico sem legenda