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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUC/SP)
PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO
MANOEL ANTONIO OLIVEIRA ARAÚJO
REFORMULAÇÃO CURRICULAR DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, A PARTIR DO OLHAR
DOS CONCLUINTES DO CURSO DO ANO DE 2012
DOUTORADO EM EDUCAÇÃO: CURRÍCULO
SÃO PAULO – SP,
2014
MANOEL ANTONIO OLIVEIRA ARAÚJO
REFORMULAÇÃO CURRICULAR DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, A PARTIR DO OLHAR
DOS CONCLUINTES DO CURSO DO ANO DE 2012
Tese apresentada ao Programa de Estudos Pós-
Graduados em Educação da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)
como requisito para obtenção do título de
Doutor em Educação.
Professora Orientadora: Mere Abramowicz
SÃO PAULO – SP,
2014
FICHA CATALOGRÁFICA
TD ARAÙJO, Manoel Antonio Oliveira
Reformulação curricular do curso de Ciências Contábeis na Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia, a partir do olhar dos concluintes do curso do ano de 2012
São Paulo, p. 172, 2014.
Tese (Doutorado) – PUC-SP
Programa: Educação: Currículo
Orientadora: ABRAMOWICZ, Mere
Palavras-chave: Educação. Currículo. Contabilidade.
MANOEL ANTONIO OLIVEIRA ARAÚJO
REFORMULAÇÃO CURRICULAR DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, A PARTIR DO OLHAR
DOS CONCLUINTES DO CURSO DO ANO DE 2012
Tese apresentada ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação-Currículo da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) como requisito para obtenção do
título de Doutor em Educação.
Data da aprovação:
BANCA EXAMINADORA
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Dedico este trabalho à inteligência suprema, causa primeira de todas
as coisas e, aos meus valorosos pais.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos sentimentos e pessoas que nos acompanham a vida:
Em primeiro plano ao sentimento afetivo, pois ele é desafiador, desconcertante,
imprevisível... chega no momento que menos esperamos e toma os nossos pensamentos,
nossas forças...redireciona nossos propósitos na vida e nos faz perceber a necessidade
imperiosa de equacionar os diversos fatores que constituem a vida de forma mais cuidadosa e
lúcida. Este tipo de sentimento realiza um dos ideais mais profundos do ser humano que é a
vontade de se sentir completo, inteiro e isso advém da interação, da convivência, da conexão
de propósitos, apresenta-se como um sol a brilhar e aquece o nosso ser no campo da emoção.
Ao sentimento maternal. Neste nos realizamos por saber que antes de nascer já fomos
amados, desejados como criatura de Deus no mundo. É saber que o regaço materno se
fundamenta na resignação em cuidar, amparar, aquecer, acompanhar por toda a existência e
transcender. Este nobre sentimento a que se liga mãe e filho tem raízes em emoções que a
razão humana não explica. Entendo que esses laços se estendam ao nosso passado longínquo
em que no cadinho de experiências doces, outras vezes amargas, fundiram a ligação que hoje
se materializa na relação filho e mãe. Registro que sou feliz no que me fora concedido por
Deus na figura iluminada de dona Creuza Oliveira a me acompanhar os passos bem de perto
ontem, hoje e para sempre.
Ao sentimento paternal. Este é mais recente na história da humanidade. É
característico das sociedades modernas e tem caminhado de forma acelerada nos últimos
tempos. Há quem diga que o mundo sempre fora injusto com as mulheres, mas sei que com os
homens a coisa não é muito diferente. Eles sempre precisaram realizar tarefas que os afastava
dos mais caros afetos corporificados na figura dos filhos. Assim, as sociedades geravam
homens fortes para a lida social e muito frágeis para a convivência familiar. Na verdade, eles
amam ao seu jeito. Nos acompanha os passos e jamais nos abandonarão. Esse sentimento se
corporifica na figura de seu Deusdete Araújo que se esforça para deixar bem claro que está
comigo nesta caminhada que nos leva ás reais conquistas da vida.
Ao sentimento fraternal que é tido como a emoção que vai prevalecer. Os que são
estudiosos da Espiritualidade defendem que este sentimento triunfará sobre os demais. São
pessoas próximas, no entanto, há os que sejam mais próximos, tão próximos que a estes
chamamos irmãos e estes se materializam nas pessoas de José Roberto Araújo e Paulo Araújo.
Sei que eles me seguirão por toda a vida. Acredito que são escolhas divinas para a minha
existência. Eles não se deixam enganar, pois sabem de tudo o que se passa em minha alma.
Lêem os meus pensamentos.
Ao sentimento que une as famílias nos faz lembrar que somos herdeiros da casa
grande descrita pelo grande escritor pernambucano Gilberto Freire no livro “Casa grande e
senzala”. Ele descreve que a casa de alvenaria era no modelo português, ou seja, mais
especificamente, do norte de Portugal, mas por dentro, a organização humana era africana.
Tenho ancestrais de origem africana, portuguesa e ameríndia. Tenho uma grande família e
entre esses familiares eu me sinto muito querido. Sei que a minha vozinha Otília, em Ituaçu,
fica feliz com as minhas conquistas na vida acadêmica, sei que a minha tia Nizomar regozija
com as minhas alegrias em uníssono comigo, sei que tia Neuza me abrigaria e cuidaria de
mim novamente como o fez no primeiro semestre do doutorado, aqui em São Paulo. As tias
Zezé, Maria e Nilza que aqui não permitiram que eu me sentisse desgarrado e mantiveram em
mim o sentimento de família na grande selva de pedra que é a cidade grande. Rosane, Thaís,
Daniela Oliveira, Rafaela Oliveira, Katiane Miro, Marcelo Cabral, Samuel e Rodrigo
extrapolam o conceito de primos e se situam como companheiros imprescindíveis nessa
minha caminhada. Gabriela e Daniel Araújo são a nossa esperança de continuidade, de
sucesso na vida e acompanhamento na velhice que se achegará inevitavelmente, eles são os
nossos herdeiros de valores de toda a natureza.
Com a denominação “fraternal” também designamos a emoção que sentimos na
proximidade dos amigos, que é indescritível. Entre estes amigos temos os que desejam o
nosso bem, incondicionalmente, e há os que nos tem como um desafio na convivência do
quotidiano. Tanto os que estão aqui em São Paulo como os que estão na Bahia representam
para mim um grande tesouro. Em especial à amiga, sempre presente, Daniela Alves por suas
provas de amizade e carinho no meu percurso nesta cidade.
Ao grupo de pesquisa pelas portas abertas ao conhecimento e convivência edificante,
sempre.
À Professora Mere Abramowicz pelo cuidado e acompanhamento por tão gentilmente
aceitar ser a minha orientadora sabendo das minhas carências de conhecimento de natureza
pedagógica no início do percurso.
Ao professor Marco Tarciso Masetto por um conjunto de despertamentos vivenciados
durante as duas disciplinas cursadas, dado a excelência de suas instruções e pelas orientações
no processo de qualificação.
À professora Yara Pires Gonçalves pelo cuidado na leitura e orientações no processo
de qualificação, por ser esse exemplo de pesquisadora e professora que muito nos influenciou
no grupo de pesquisa.
À professora Marilde Queiroz Guedes por ter tão prontamente aceitado viajar do
extremo oeste baiano para participar da banca examinadora com suas contribuições
esclarecedoras.
À professora Regina Lúcia Giffonne Luz de Brito por ter aceitado fazer parte dessa
banca examinadora.
À professora Marina Graziela Feldmman por ter tão gentilmente colaborado nesse
processo de formação educacional em nível de doutorado e se predispor à banca.
À professora Edinalva Padre Aguiar que se deslocou desde a Bahia, Vitória da
Conquista, deixando lá tantos compromissos, com o propósito de gentilmente ajudar neste
processo de formação educacional.
E, por fim, não poderia deixar de mencionar o sentimento divino que nos acompanha a
alma nas romagens da vida e em especial o mestre Jesus que nos conhece intimamente e sabe
de nossas verdadeiras possibilidades.
Vês, ninguém assistiu ao formidável enterro de
tua última quimera. Somente a ingratidão, essa
pantera foi a tua companheira inseparável [...].
(Augusto dos Anjos)
RESUMO
Esta tese tem o objetivo de estudar a reformulação curricular do curso de Ciências Contábeis
da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia na visão dos concluintes do ano de 2012. O
presente estudo é fundamentado teoricamente em estudiosos do currículo e da Contabilidade
como Apple, Sacristán, Tardif, Iudícibus, Masetto, Gonçalves, Abramowicz, Stake, entre
outros. O curso de Ciências Contábeis na UESB é o cenário em que o estudo acontece. Seus
concluintes e seus documentos (Projeto Pedagógico e Legislação vigente) são estudados. Os
primeiros foram submetidos ao preenchimento de um questionário com dez questões que
funcionou como o instrumento que levantou os dados posteriormente tabulados através da
técnica de análise de conteúdo. Também foi utilizada a análise documental como técnica de
estudo dos documentos supra-citados. A categoria apontada, no estudo, com maior incidência
foi a Reformulação Curricular que recebeu tratamento específico neste trabalho de natureza
acadêmico-científico. Esta categoria denomina o trabalho e tem ênfase em sua conceituação e
análise. O que se aponta, na verdade, é que o curso necessita de reformulação do atual
currículo, de melhor formação de seus professores, da infra-estrutura educacional apropriada
para a consecução do currículo prescrito ao curso, de atenção especial ao caráter
profissionalizante esperado pelos alunos em sua formação.
Palavras-chave: Educação. Currículo. Contabilidade.
RESUMEN
Esta tesis tiene como objetivo estudiar la reformulación del curso en Contabilidad de la
Universidad Estatal del Suroeste de Bahía, en vista de los graduados del año 2012. Este
estudio se basa teóricamente en los estudiosos del currículo y de contabilidad como Apple,
Sacristán, Tardif, Iudícibus, Masetto, Gonçalves, Abramowicz, Stake, entre otros. El Curso de
Contabilidad en UESB es el escenario en el que se realiza el estudio. Se estudian sus
graduados y sus documentos (de enseñanza y de Gobierno del Proyecto de Derecho). El
primero se sometieron a un cuestionario con diez preguntas que funcionaban como el
instrumento que levantó los datos tabulados por la técnica de análisis de contenido. Análisis
documental también fue utilizado como una técnica para el estudio de los documentos antes
mencionados. La categoría se indica en el estudio, con mayor incidencia fue Curricular
Rediseño que recibieron un tratamiento específico en el trabajo de carácter académico y
científico. Esta categoría se llama trabajo y tiene un énfasis en su conceptualización y análisis.
¿Cuáles son los puntos , de hecho, es que el curso requiere reformulación del actual plan de
estudios , una mejor formación de sus docentes, la infraestructura educativa adecuada para
lograr el plan de estudios establecido para el curso, prestando especial atención a su carácter
profesional esperado por los estudiantes en su formación.
Palabras-clave: Educación. Curriculum. Contabilidad.
ABSTRACT
This thesis aims to study the reformulation of the course in Accounting from the State
University of Southwest Bahia in view of the graduates of the year 2012. This study is
theoretically grounded in the curriculum scholars and Accounting as Apple, Sacristán, Tardif,
Iudícibus, Masetto, Gonçalves, Abramowicz, Stake, among others. The Accounting course in
UESB is the setting in which the study takes place. Their graduates and their documents
(Teaching and Governing Law Project) are studied. The first underwent completing a
questionnaire with ten questions that functioned as the instrument that raised the data
tabulated by the technique of content analysis. Documentary analysis was also used as a
technique for studying the above - mentioned documents. The category indicated in the study,
with the highest incidence was Curricular Redesign who received specific treatment in the
work of academic and scientific nature. This category is called work and has an emphasis on
in the conceptualization and analysis. What are points, in fact, is that the course requires
reformulation of the current curriculum, better training of their teachers, the appropriate
educational infrastructure to achieve the prescribed curriculum for the course, special
attention to professional character expected by students in your formation .
Key words: Education. Curriculum. Accounting
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Pontos positivos do currículo .............................................................................. 104
Gráfico 2 – Pontos Negativos do Currículo ........................................................................... 105
Gráfico 3 – Disciplinas a serem acrescentadas ao Currículo.................................................. 106
Gráfico 4 – Disciplinas a serem excluídas do Currículo ........................................................ 107
Gráfico 5 – Atividades Complementares................................................................................ 108
Gráfico 6 – Estágio Supervisionado ....................................................................................... 108
Gráfico 7 – Alunos que desaprovam a disciplina Estágio Supervisionado ............................ 109
Gráfico 8 – Temática escolhida para o TCC .......................................................................... 110
Gráfico 9 – Mercado de Trabalho Contábil ............................................................................ 111
Gráfico 10 – Exercício na Profissão Contábil no Exterior ..................................................... 111
Gráfico 11 – Área de Atuação Profissional ............................................................................ 112
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Respostas mais frequentes para a pergunta 1 ....................................................... 104
Tabela 2 – Respostas mais frequentes para a pergunta 2 ....................................................... 104
Tabela 3 – Respostas mais frequentes para a pergunta 3 ....................................................... 105
Tabela 4 – Respostas mais frequentes para a pergunta 4 ....................................................... 106
Tabela 5 - Respostas mais frequentes para a pergunta 5 ........................................................ 107
Tabela 6 – Respostas mais frequentes para a pergunta 6 ....................................................... 108
Tabela 7 – Alunos que desaprovam a disciplina Estágio Supervisionado ............................. 109
Tabela 8 – Respostas mais frequentes para a pergunta 7 ....................................................... 110
Tabela 9 – Respostas mais frequentes para a pergunta 8 ....................................................... 110
Tabela 10 – Respostas mais frequentes para a pergunta 9 ..................................................... 111
Tabela 11 – Respostas mais frequentes para a pergunta 10 ................................................... 112
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CCCCONT – Colegiado do Curso de Ciências Contábeis
DCSA – Departamento de Ciências Sociais Aplicadas
EPENN – Encontro de Pesquisa em Educação do Norte e Nordeste
FAPESB – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IES – Instituição de Ensino Superior
PROGRAD – Pró-reitoria de Graduação
UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana
UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz
UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
UFVSF – Universidade Federal do Vale do São Francisco
UNEB – Universidade do Estado da Bahia
CEE- BA – Conselho Estadual de Educação da Bahia
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 17
O Pesquisador ......................................................................................................................... 18 Percurso Docente.....................................................................................................................21
Trajetória no Doutorado ........................................................................................................ 24
CAPÍTULO 1 – O CENÁRIO DA TESE: O CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA
UESB........................................................................................................................................26
CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................30
2.1 Concepção Teórica de Currículo..................................................................................... 30 2.2 A Reformulação Curricular ............................................................................................ 38
2.3 O Currículo e as Ciências Contábeis .............................................................................. 42
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA DA PESQUISA...........................................................56
3.1 Pesquisa Qualitativa.........................................................................................................56
3.2 Procedimentos...................................................................................................................59
3.2.1 Análise Documental.......................................................................................................59
3.2.2Questionário Aplicado .................................................................................................... 60
CAPÍTULO 4 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DOS QUADROS DE
ANÁLISE DE CONTEÚDO .................................................................................................. 63
CAPÍTULO 5 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ADVINDOS DOS QUADROS
TABELAS E GRÁFICOS ...................................................................................................... 74
5.1 O contexto da Reformulação Curricular no Curso de Ciências Contábeis.................74
5.2 Proposta de Reformulação do Currículo do Curso de Ciências
Contábeis...............................................................................................................................75
5.3 A Formação docente para o curso de Ciências Contábeis............................................83
5.3 A Educação Profissional e o Mercado de Trabalho do Contador ................................ 85
CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. 87
87
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................90
ANEXOS ................................................................................................................................. 93
ANEXO A – Quadro de análise de conteúdo por pergunta organizado horizontalmente
...................................................................................................................................................93
ANEXO B – Tabelas e gráficos referentes ás incidências de respostas na coleta de dados
................................................................................................................................................ 104
ANEXO C - Regulamento das Atividades Complementares do Curso de Ciências
Contábeis ............................................................................................................................... 113 ANEXO D – Regulamento de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ......................... 120 ANEXO E – Manual de Estágio Supervisionado do Curso de Ciências Contábeis ....... 124 ANEXO F - Resolução 10 do Conselho Nacional de Educação de 16 de dezembro de
2004 ........................................................................................................................................ 133
ANEXO G - Carta Consulta – Introdução (Documento de Credenciamento da UESB
junto ao Conselho Estadual de Educação – CEE-Ba). ...................................................... 137
ANEXO H - Fluxograma do curso de Ciências Contábeis...............................................141
ANEXO I - Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Contábeis................................... 142
17
INTRODUÇÃO
Esta tese de doutorado tem como objetivo geral investigar a reformulação do currículo
do Curso de Ciências Contábeis na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, embasado
na visão dos concluintes do curso, no ano de 2012, com vistas ao aperfeiçoamento do
currículo das Ciências Contábeis na UESB. O estudo no campo teórico revela a necessidade
de observar, analisar, apreciar os pontos de vista dos concluintes do curso sobre a atual
estrutura curricular, ou seja, a matriz curricular de 2007 que teve a sua primeira turma a se
graduar no ano letivo de 2012. Este trabalho também tem a proposição de apontar possíveis
contribuições dos estudos para a próxima reformulação curricular do curso de Ciências
Contábeis na UESB.
O trabalho mira, portanto a reformulação curricular do curso acontecida em 2007.
Para começar, os conceitos sobre currículo foram estudados a partir de um conjunto de
autores. Em seguida, trabalhamos esses conceitos que foram se entrelaçando com as idéias
que constituem a Contabilidade.
Realizamos o estudo dos documentos do curso: o Projeto Pedagógico, o Perfil do
Egresso, a Matriz Curricular de 2007 e a que lhe antecedeu, ou seja, a de 1999, as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Superior com ênfase no curso de Ciências Contábeis e a
Resolução 10 de 2004 do Conselho Nacional de Educação que trata da organização curricular
para os cursos de Contabilidade no Brasil.
Posteriormente, elaboramos um questionário aplicado aos discentes concluintes do
curso no ano de 2012 com a intenção de construir um olhar, uma percepção, um ângulo de
visão advindo destes alunos que vivenciaram a estrutura curricular estudada.
Assim, em síntese, procuramos estudar os conceitos de currículo e de Contabilidade,
analisar os documentos relativos ao curso e estudar o olhar dos concluintes sobre o currículo
por meio dos questionários aplicados e analisados.
A metodologia privilegiou a abordagem qualitativa. Os procedimentos metodológicos
foram a análise documental e a aplicação de questionários aos sujeitos discentes. Para o
estudo dos questionários aplicados foi utilizada a análise de conteúdo que possibilitou
apreciar as dez questões apontando os tópicos relevantes, os temas advindos destes tópicos e
as categorias que se apresentaram e foram trabalhadas nos capítulos da tese. No trabalho de
análise de conteúdo, “que tem por objetivo dar forma conveniente e representar de outro
modo essa informação, por intermédio de procedimentos de transformação” (BARDIN, 2011,
18
p. 51) constituíram-se quadros que geraram tabelas e estas possibilitaram a construção de
gráficos que ajudaram na escrita dos capítulos que tratam das categorias encontradas na coleta
de dados, junto aos concluintes.
O problema que se apresenta no cenário da pesquisa diz respeito à temática da
“reformulação curricular do curso em 2007”. Sendo assim, pergunta-se: para a consecução
da reformulação curricular do curso de Ciências Contábeis foram levados em
consideração os documentos e opiniões dos sujeitos discentes? Com essa questão, iniciou-
se estudo no cenário da pesquisa, que é o curso de Ciências Contábeis, para se ter como meta
saber se a atual matriz curricular cumpriu a sua função na formação educacional no campo da
Contabilidade da instituição estudada.
Esta tese é resultante da nossa vivência como professor da UESB nas disciplinas de
Contabilidade Geral, Ética Geral e Profissional e como vice-coordenador (2005-2006) e
coordenador do colegiado do curso (2007-2008) no período da implantação da atual estrutura
curricular que começou a vigorar a partir de 2007. Também é resultante de trajetória como
docente em escolas da rede estadual e municipal do Estado da Bahia. O embasamento que dá
origem a presente questão de pesquisa é resultado de vivências ocorridas em muitos anos de
trabalho no âmbito da Educação e das Ciências Contábeis.
O objeto a ser estudado, neste trabalho, enfoca uma análise crítica da reformulação do
currículo aplicado ao curso de Ciências Contábeis na Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia no ano de 2012 e sua contribuição para a formação do contador através dos pontos de
vista dos concluintes do curso no ano de 2012.
O trabalho de pesquisa desta tese, em torno desse objeto, perseguirá a apreciação dos
diversos currículos1 presentes no curso e não apenas o currículo formal, escrito (o que foi
prescrito como desejável). Assim, a pesquisa buscará o currículo experienciado (o que os
alunos percebem e como reagem ao que está sendo feito) (Sacristán, 2008).
O Pesquisador
Desde a infância a escola exerceu fascínio sobre mim. Quando contava três anos, a
minha mãe, costureira e bordadeira, fez conjunto de fardamento com bermuda de tergal azul e
1 Esta classificação se reportam à anotações em sala de aula apresentadas e discutidas na disciplina Teoria de
currículo lecionada pela professora Mere Abramovicz no semestre 2011.1 e transcritas sob a ótica pessoal do
autor.
19
camisa branca de algodão com o escudo da escola pintado no peito esquerdo. Igual ao
fardamento do meu irmão que já tinha sete anos. Eu ia para a escola com ela e ele, todos os
dias. O meu irmão entrava na sala de aula e eu voltava para casa, pois não tinha idade para
frequentar a escola. Lembro-me também do meu encanto com os livros, pois o meu pai havia
comprado na feira da cidade de Brumado uma cartilha com o nome “O Circo” e eu ficava
deslumbrado com as figuras e os textos que nela continha. Foi o primeiro livro que eu li na
vida, de uma capa à outra. Lembro-me que antes mesmo de aprender a ler, de fato, eu já tinha
memorizado quase todas as histórias desta cartilha que infelizmente não a encontrei em
pesquisa na internet atualmente.
A minha caminhada educacional iniciou-se em Ituaçu, pequena cidade do interior da
Bahia, situada na micro-região da Chapada Diamantina. Nesta cidade eu me alfabetizei no
Grupo Escolar Alfredo Vieira Lima no ano de 1980. Também nesta escola eu cursei as quatro
séries do curso primário, hoje Fundamental.
Vale registrar que fiz parte da primeira turma da pré-escola na cidade. Quando
completei cinco anos, a professora responsável foi à minha casa para informar que seriam
abertas matrículas para a pré-escola na cidade e que ela já estava sabendo da vontade que eu
tinha de estudar (numa cidade tão pequena, todos se conheciam). Assim, iniciei os meus
estudos na pré-escola.
Vivenciei muita dificuldade no processo de alfabetização. Memorizar o alfabeto, como
era exigido na época, constituía uma tarefa difícil para mim. Nesse período eu percebi que o
meu aprendizado acontecia de forma lenta. A seriedade com que eu vivo a educação é que faz
a grande diferença em minha vida. Lembro-me que a professora que me acompanhou no
processo de alfabetização falou para a minha mãe que estava acreditando no meu esforço
futuro, mas que eu tinha sérias dificuldades com a leitura e a escrita e que na primeira série do
primário eu precisaria me esforçar muito mais. Assim aconteceu, pois nas quatro séries do
Curso Primário o meu esforço foi redobrado e consegui acompanhar os meus colegas no
aprendizado. Na terceira série eu me tornei conhecido na cidade pelas redações que escrevia.
Uma delas, inclusive, serviu de orientação para um dos meus tios montar um dos seus
discursos nas eleições da cidade, pois ele tinha pretensões de natureza político-partidária. A
sua carreira política aconteceu, pois, atualmente, está cumprindo o seu terceiro mandato como
vereador na cidade. Acho que contribui de alguma forma para isso! Também era identificado
pelas estagiárias do Curso de Magistério da cidade como o garoto que gostava muito de fazer
20
perguntas. Elas temiam quando eram designadas a trabalhar as suas aulas didáticas na minha
sala. Minha intenção era apenas ajudar! Conclui o Curso Primário no ano de 1985.
Da quinta série ao primeiro ano do Ensino Médio eu estudei no Colégio Estadual Frei
Pedro Tomás Margallo, também em Ituaçu. Contei com professores inesquecíveis. A
seriedade deles me imprimiu gosto pelos estudos. As disciplinas em que eu mais me
sobressaia eram História, Geografia, Ciências, Língua Portuguesa e Literatura.
A adolescência chegou de forma violenta, mexeu com os meus valores existenciais,
religiosos e afetivos. Tudo parecia fora do lugar. O rendimento escolar continuava bom.
Passei a questionar o movimento católico. Desejava uma filosofia que me explicasse com
maior clareza questões de ordem espiritual. Assim, passei a me interessar mais por filosofia.
Uma sede de saberes me consumia. Nesta fase eu questionava a ausência de estudos no campo
da História que tratasse dos povos africanos subsaarianos, do Oriente Médio, da China, Japão
e Índia. Já se tratava de um questionamento de natureza curricular. Outra questão que me
incomodava, na época, era o fato de que a disciplina OSPB (Organização Social e Política
Brasileira) e EMC (Educação Moral e Cívica) passavam a idéia de morbidez, pois no início da
década de 1980 essas idéias já estavam em franca decadência. Não demorou muito e o
currículo sofreu mudanças com a exclusão dessas disciplinas pelas autoridades educacionais
do Brasil para não se lembrar desses momentos sombrios da história do país que acabou
influenciando negativamente a educação em alguns pontos.
Lembro-me que nessa época eu observava os meus colegas e percebia que alguns
deles “pescavam” nas provas, o que também é conhecido como “cola”. Um certo dia eu anotei
as datas das idades da História (Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade
Contemporânea) na carteira da colega em frente à minha para me sentir igual aos demais
colegas, por necessidade de ser aceito entre eles. O problema é que na hora de olhar para as
datas eu me lembrava da professora que tanto se esforçava para nos instruir sobre os
acontecimentos históricos, que tanto se esmerava em dialogar conosco sobre essa fascinante
área do conhecimento. Resultado: não consegui colar e respondi a prova com os
conhecimentos que eu trazia comigo, fiquei satisfeito e admiti que havia estudado pouco. Esse
foi o meu aprendizado moral que adquiri e que nunca mais me abandonou, pois hoje eu
assumo a minha pequenez diante do conhecimento com facilidade. Assim, não voltei a tentar
burlar as normas aceitáveis do bom aprendizado e sempre obtive rendimento satisfatório nos
estudos.
21
Logo que concluí o Ensino Médio, a minha família se mudou para a cidade de Vitória
da Conquista. Embora já tivesse cursado o primeiro ano do Ensino Médio, na época chamado
de Básico, essa série dava base para cursos profissionalizantes existentes na cidade como o
Curso Técnico em Contabilidade, Mercadologia, Administração e o curso de Magistério.
Chegando em Vitória da Conquista, cidade em que moro até os dias atuais, precisei estudar no
primeiro ano do curso profissionalizante em Contabilidade, pois aquela série chamada
“Básico” apenas constava disciplinas de formação científica e o curso de Contabilidade era
técnico. Assim, estudei, no Centro Integrado Navarro de Brito, os três anos da formação de
Técnico em Contabilidade concluindo o curso no ano de 1994. Conseguia destaque como
aluno, pois na época a família passava por um momento delicado e eu conseguia ajudar dando
aulas de reforço das disciplinas de Contabilidade, Matemática e Língua Portuguesa, mas na
verdade eu estava sendo muito mais ajudado, pois essas aulas acabaram realizando, em mim,
a preparação para os vestibulares que eu faria logo depois e nos quais conseguiria sucesso.
Fui aprovado no processo seletivo da Universidade Federal da Bahia para o curso de
licenciatura e bacharelado em Ciências Biológicas e para o curso de bacharelado em Ciências
Contábeis na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Escolhi a Contabilidade, pois não
teria como ir morar em outra cidade dado que as condições econômicas não permitiriam.
Assim, concluí o curso no ano de 1999. Nos últimos quatro anos da graduação eu trabalhava
como carteiro nos Correios da cidade. Isso me garantiu certa tranqüilidade econômica. Logo
que o curso estava concluído eu pedi demissão dos Correios.
Trajetória docente
No alto sertão baiano, na cidade de Caraíbas, iniciei a minha caminhada docente.
Trata-se de uma região muito carente, na época era o município mais singelo de todo o Estado
da Bahia. Assim como o Michael Apple (2006,p.9), eu iniciei a minha carreira docente em
meio às muitas carências da localidade em que fui chamado a trabalhar. Havia concluído a
graduação em Ciências Contábeis no ano de 1999, e pedi demissão dos Correios em que
trabalhava como carteiro para me aventurar o campo da docência. O Governo do Estado da
Bahia permitia, na época, que bacharéis assinassem contrato em Regime Especial de Direito
Administrativo (REDA) para lecionar disciplinas afins com a formação superior, em questão
Ciências Contábeis habilitava a docência em Matemática. Assim, assinei contrato no ano de
22
2000. Sentia que era a minha vocação e, na ausência do licenciado em Matemática, em meio
às carências do sertão baiano, no campo da educação, eu assumi a disciplina para as turmas de
1º ano do Ensino Médio e algumas outras turmas com Língua Portuguesa, no Ensino
Fundamental, para cobrir lacunas, pois, era junho e havia transcorrido alguns meses do ano
letivo. No início foi muito difícil, a preocupação com a didática adequada estava sempre
presente e as carências nesse campo se tornavam nítidas diante dos meus olhos. Nesse
período, também senti a necessidade de entender o porquê do encadeamento das temáticas
que deveriam ser trabalhadas com os alunos, ou seja, o currículo. Dessa forma, iniciei uma
reflexão que me levaria, anos mais tarde, a abraçar estudos sobre esta intrigante e interessante
temática da educação que é o currículo.
A minha estranheza, no que diz respeito ao currículo, estava situada na razão de que as
temáticas nem sempre se reportavam a questões pertinentes á realidade vivida pelos alunos
naqueles rincões do sertão brasileiro. Estudar sem estabelecer metas a serem alcançadas na
realidade vivida pelos estudantes dificulta o processo de aprendizagem. O professor fica na
situação de ter que trabalhar o conteúdo da disciplina desvinculado de uma aplicação prática,
concreta, real.
Mesmo com as dificuldades naturais, o ano letivo foi concluído com sucesso
inesperado. Os alunos percebiam os meus esforços e seriedade na prática docente e
respondiam muito bem às proposições dirigidas a eles e isso era muito gratificante. Meu
desempenho com Língua Portuguesa foi satisfatório, tanto que no ano seguinte apenas
trabalhei com essa disciplina. O fato se deve ao hábito de leitura que cultivei em toda a minha
vida. Sempre gostei de ler Machado de Assis, Gabriel Garcia Márquez, Artur Azevedo,
conhecia de cor algumas poesias de Augusto dos Anjos, Castro Alves e havia lido muitas das
obras de Jorge Amado. Este é o escritor que tem a narrativa que mais me encanta e que mais
proximidade tem com as minhas raízes nordestinas.
No ano de 2000, iniciei a especialização lato sensu em Controladoria pela Fundação
Visconde de Cairu, de Salvador, instituição secular que se ocupa dos estudos no campo das
Ciências Contábeis. O pedido de demissão dos correios foi providencial, pois trabalhando
como professor eu tive um incremento na renda que me capacitou poder pagar o curso de
especialização na instituição particular de ensino. No ano de 2001, conclui a especialização.
No ano de 2002, tentei seleção na UESB de Vitória da Conquista (Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia) para professor substituto das disciplinas de Ética profissional
e Comércio Exterior, obtendo a segunda colocação.
23
Trabalhei em Cândido Sales por três anos (2001, 2002 e 2003) e só deixei o município
quando fui aprovado, em primeiro lugar, em seleção para professor substituto na Universidade
Estadual de Santa Cruz, no município litorâneo de Ilhéus, no Sul da Bahia. Nesta seleção,
constavam as disciplinas Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial a serem
lecionadas nos cursos de graduação em Ciências Contábeis, Administração e Economia. Ao
adentrar no Ensino Superior, em 2003, o sentimento que me tomou foi agradável, afinal
estava trabalhando naquilo em que eu me preparei por muitos anos. As ideias em torno do
currículo das Ciências Contábeis começaram a se aclarar na minha mente. Iniciei um processo
de análise mais crítica em torno da concepção de currículo aplicado às Ciências Contábeis.
Trabalhei na instituição por três semestres e a deixei quando o Departamento de Ciências
Administrativas e Contábeis (DCAC) decidiu reduzir a minha carga horária pela metade o que
me impossibilitava de permanecer morando em Itabuna. Neste tempo, eu já estava aprovado
no concurso público para professor auxiliar na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
(UESB), o que me permitiu deixar a UESC e retornar à minha querida Vitória da Conquista
para trabalhar com as disciplinas de Comércio Exterior e Ética Profissional. Trabalho nesta
instituição desde o dia 18 de agosto de 2004.
No ano de 2005, na condição de professor auxiliar do curso de Ciências Contábeis, na
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, aceitei integrar comissão de reformulação do
currículo do curso. Nessa comissão eu tive a oportunidade de realizar estudos significativos
para a construção de uma concepção sobre currículo. No ano seguinte eu já entraria como
vice-coordenador do colegiado.
Em fevereiro de 2007 fiz seleção para o mestrado em Educação na Universidade
Federal da Bahia. Fui aprovado e conclui o curso com a defesa no dia 08 de abril de 2009. No
mestrado eu compreendi que a área das Ciências Contábeis necessitava estar mais integrada às
Ciências da Educação. O curso possibilitou a inserção em um universo novo, repleto de
possibilidades de realização. Nesse ambiente eu conheci pessoas inseridas no campo da
educação que me proporcionaram reflexões novas. As leituras constituíram outra
oportunidade de aprendizado. A dissertação de mestrado tratando de “avaliação curricular do
curso de Ciências Contábeis” despertou ainda mais a vontade de me aprofundar nessa área do
conhecimento educacional e, assim, tornar-me discente neste programa de doutorado em
Educação-Currículo na PUC/SP.
Ter cursado o mestrado e coordenado o colegiado me causou problemas de saúde,
dado o esforço empreendido nos estudos e nas viagens constantes a Salvador. Compreendi,
24
assim, que temos limites e amadureci com isso. A experiência no curso de mestrado foi
extremamente edificante, cursei as disciplinas obrigatórias de Práxis Pedagógica, Abordagens,
Técnicas de Pesquisa em Educação, Projeto de Dissertação e as optativas Avaliação e
Educação e Administração da Educação. O contato com o ambiente acadêmico proporcionou
reflexões que muito me ajudaram no processo de amadurecimento como docente. A
experiência como coordenador do colegiado do curso de Ciências Contábeis também foi
relevante, pois permitiu que eu conhecesse mais profundamente a instituição e a estrutura
legal exigida para o funcionamento de um curso de graduação. Durante a minha gestão
aconteceu um envolvimento mais sério dos alunos com o curso, as reuniões colegiadas
aconteceram com dinamicidade e a reformulação curricular foi concluída com êxito. Em
conseqüência do mestrado houve em mim um despertar para a escrita acadêmica. Foram
extraídos seis artigos da dissertação. Cinco já foram enviados. O primeiro não foi aprovado no
Encontro de Pesquisa em Educação do Norte e Nordeste (EPENN), em João Pessoa, na
Paraíba, em julho de 2009, mas eu estive presente no evento como ouvinte. O segundo foi
aprovado no Colóquio Internacional do Museu Pedagógico da UESB e apresentado no evento.
O terceiro foi aceito no ENECON (Encontro Nordestino de Contabilidade), São Luís no
Maranhão, e foi apresentado em agosto de 2009, durante o evento. O quarto foi enviado para a
IX Convenção dos Contabilistas do Estado da Bahia, foi aprovado e apresentado em
novembro de 2009, o quinto artigo foi enviado para a Faculdade de Educação da UFBA para
ser analisado por uma junta de professores, também foi aprovado e conta como o capítulo 15
da coletânea organizada pelo professor Robinson Tenório e Reginaldo de Souza Silva junto à
Editora Edufba lançado no dia 09 de junho de 2009 , constante nas referências desse trabalho,
com o título: Avaliação curricular do curso de ciências contábeis na UESB em co-autoria com
o professor José Wellington Marinho de Aragão, meu orientador.
.
Trajetória no Doutorado
Agora, estou empenhado no curso de doutorado. Desejo contar com o título de doutor
em Educação para desenvolver as habilidades em torno da pesquisa científica com maior
profundidade para, assim, conceder às Ciências Contábeis o meu contributo.
Iniciei o curso no segundo semestre de 2010. Cursei Seminário de Pesquisa,
Epistemologia e Educação, Teoria do Currículo, Estudos Avançados em Currículo, Currículo
25
e Avaliação Educacional, três disciplinas de Formação de Educadores e três de Projetos
Integrados. Também estudei o idioma Espanhol para valer como proficiência em Língua
Estrangeira já que no mestrado eu já tinha realizado este teste na Língua inglesa.
Participei do grupo de pesquisa “Currículo; questões atuais” desde o início do curso.
Publicamos capítulo em dois livros. O primeiro livro foi publicado em 2011, sendo o quarto
volume, cujo título é “Qualidade em educação: como conseguir a formação integral dos
alunos”, o capítulo é intitulado “Qualidade na Educação em Licínio C. Lima”, em co-autoria
com um dos colegas do grupo. Em 2013, no livro “Reflexões sobre práticas docentes de
qualidade no Ensino Superior”, foram publicados três capítulos, em co-autoria com outros
colegas participantes do grupo. Os capítulos são: “Primeiros ensaios: a produção de um
questionário na pesquisa em Educação (Cap. 1), “O professor e sua prática” (Cap. 4),
“Pesquisa e conhecimento” (Cap. 6).
Na verdade, o grupo de pesquisa foi um grande achado no período em que permaneci
em São Paulo. A convivência com os colegas mais experientes que se deslocam de diversas
regiões desse imenso Brasil e, vem realizar trabalho de pesquisa, dessa natureza, é excelente.
Levarei comigo as diversas lições de empenho, dedicação, comprometimento que me foram
lecionadas no grupo por diversas pessoas que o compõe.
26
CAPÍTULO 1 – O CENÁRIO DA TESE: O CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA
UESB
O curso de Ciências Contábeis na UESB iniciou-se no ano de 1993 e veio responder a
um anseio antigo da comunidade Conquistense que mantinha os seus jovens estudantes em
cidades como Salvador e Belo horizonte para que se tornassem contadores.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)2 o município de
Vitória da Conquista conta com aproximadamente 336.987 habitantes. É um pólo urbano de
destaque regional para o Sudoeste da Bahia e o norte do Estado de Minas Gerais. A cidade
surgiu em meio ao sertão baiano no que hoje é chamado de Planalto da Conquista e fica em
altitude no em torno de 1000 metros. O clima de montanha é bastante agradável e a cidade
desfruta de grande progresso econômico na atualidade.
O comércio é forte e existe um número considerável de escritórios de Contabilidade.
As empresas de maior porte contam com as suas contadorias internas, ou seja, setores que
fazem o trabalho de registro contábil e montagem das demonstrações sintéticas.
A missão do curso, constante no Projeto Pedagógico (2007, p. 22) é a seguinte:
Formar profissionais aptos a compreender as questões científicas, técnicas,
sociais, econômicas e financeiras, em âmbito nacional e internacional e nos
diferentes modelos de organização; a apresentar pleno domínio das
responsabilidades funcionais envolvendo apurações, auditorias, perícias,
arbitragens, noções de atividades atuariais e de quantificações de
informações financeiras, patrimoniais e governamentais, com a plena
utilização de inovações tecnológicas e revelar capacidade crítico analítica de
avaliação, quanto às implicações organizacionais com o advento da
tecnologia da informação.
Como é possível observar, a missão é complexa e árdua de ser atingida. No entanto,
constam na missão acima transcrita as técnicas que a Ciência Contábil tem consigo para
realizar o seu trabalho como ciência. A missão do curso está em consonância com o artigo 3
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação ( LDB), de número 9394, de 20 de dezembro de
1996.
O curso tem o propósito de fornecer formação acadêmico-contábil para aqueles que
querem instrução para o trabalho no mercado regional. Para isso, utiliza, atualmente, a sua
terceira matriz curricular. A primeira atendeu ao curso a partir do ano de 1993, a segunda
estrutura curricular passou a vigorar no ano de 1999 e a terceira está em uso desde 2007. Esta
2 Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 30/03/2014
27
tem reconhecimento junto ao Conselho Estadual de Educação (CEE – BA) para vigorar até o
ano de 2014. No entanto, alguns docentes e também discentes têm a necessidade de revisão de
alguns pontos desta estrutura curricular atual, como o Estágio Curricular Supervisionado, as
Atividades Complementares, entre outros pontos.
A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia surgiu na década de 1980 para atender
a uma região geográfica vasta e ao mesmo tempo carente de educação superior. A instituição,
atualmente, é composta por três campi, um em Vitória da Conquista, onde funciona a reitoria,
um segundo campus em Jequié, a 160 quilômetros e o terceiro em Itapetinga, que dista 100
quilômetros da sede, em Vitória da Conquista.
A UESB conta atualmente com 26 cursos em diversas áreas do conhecimento. Está em
franca expansão e conta com muito prestígio em meio à opinião pública regional do Sudoeste
da Bahia. A instituição veio atender demanda por ensino superior advinda de famílias que
costumeiramente mantinham os seus filhos estudando em outras cidades do Brasil.
O Estado da Bahia conta com quatro instituições de ensino superior: Universidade
Estadual da Bahia (UNEB), com sede na cidade de Salvador, é a instituição que conta com o
maior número de alunos e atende os baianos mantendo campi nos recantos mais distantes do
vasto estado da Bahia, ou seja, da zona da mata litorânea aos cerrados do Oeste baiano, dos
planaltos ao sertão escaldante; Universidade de Feira de Santana (UEFS) com sede na cidade
de Feira de Santana, no agreste da Bahia; Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) com
sede na cidade de Ilhéus, no Sul e, por fim, a UESB, no Sudoeste do estado, também chamada
de meso-região Centro-Sul, pelo IBGE.
O surgimento da rede estadual de ensino superior na Bahia teve o seu crescimento por
conta da inobservância do governo federal em atender a demanda educacional de ensino
superior, neste estado da federação. Para comparação é possível ao observar que Minas
Gerais, estado vizinho, contava com oito universidades federais enquanto que a Bahia tinha
apenas uma, a UFBA, no ano de 1998. Nesse mesmo ano, foi realizado um movimento
promovido pelos estudantes e professores na UESB para encaminhar a Brasília um
documento solicitando a devida atenção aos baianos no que se tratava da oferta de vagas para
o ensino superior no estado. Há alguns anos, no governo de Luís Inácio Lula da Silva e Dilma
Russef, a União criou mais duas universidades federais, a saber, Universidade federal do
Recôncavo Baiano (UFRB), a Universidade federal do Vale do São Francisco (UFVSF) e um
campus da UFBA em Vitória da Conquista. Assim, fica claro perceber que existe uma política
desigual na distribuição das oportunidades educacionais no Brasil.
28
Um dos problemas evidentes e que ainda persiste nas universidades estaduais na Bahia
é o incipiente incentivo à pesquisa cientifica. Estas instituições concedem mais ênfase ao
ensino e esse é o ponto a ser revisto no plano educacional destas instituições. Esta questão
acaba criando dificuldades para o desenvolvimento dos alunos dos seus cursos na vida social,
profissional e acadêmica. Não faz mais que uma década, o governo do estado fundou a
Fundação de amparo à pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). A esse respeito, se encontra a
informação seguinte no sítio da fundação:
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia3 – FAPESB, instituição
de direito público, foi criada em 27 de agosto de 2001, através da Lei Nº 7.888, com
o objetivo de estimular e apoiar o desenvolvimento das atividades científicas e
tecnológicas do Estado. A Lei N° 8.414, de 02 de janeiro de 2003, vincula a
FAPESB à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI.
Esta fundação vem fomentando o desenvolvimento da pesquisa desde então. A
expectativa é que essa realidade se transforme e as oportunidades para o trabalho de pesquisa
recebam o seu devido destaque no estado.
Existe um problema de evasão dos pesquisadores-doutores em se manterem
vinculados às universidades do estado por não encontrarem nestas o ambiente adequado para
a realização dos trabalhos de pesquisa científica com laboratórios e carga horária adequados.
Assim, acabam por buscar instituições que lhes propiciem o devido apoio para as atividades
de pesquisa que, de fato, interessam os professores-pesquisadores. Nas universidades baianas
o foco central está ainda no ensino e isso gera esses problemas de fixação dos pesquisadores.
A esse respeito, o documento Carta Consulta, em sua introdução (Anexo 6.5) defende que
De acordo com a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação
superior tem por finalidade, além daquela de formar profissionais nas diferentes
áreas do conhecimento, incentivar o trabalho de pesquisa, o qual deverá constituir-se
um lastro na estrutura curricular dos cursos oferecidos e das demais ações
desenvolvidas pelas universidades. Nesse sentido, a mesma lei aponta mudanças na
política de qualificação docente para que assegure um quadro de professores com
titulação de pós-graduação stricto sensu, em condições de implementar, dinamizar e
intensificar, de forma sistemática, a produção acadêmica, científica e cultural nas
universidades (CARTA CONSULTA, 1998).
Nesse sentido, é fácil observar que a instituição se esforça para a qualificação do seu
quadro docente. O problema se encontra na infraestrutura para o trabalho de pesquisa na
instituição. Alguns professores defendem que as universidades tenham a criação da Secretaria
3 Disponível em: <http://www.fapesb.ba.gov.br/?page_id=146>. Acesso em: 25 mar. 2011.
30
CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na consecução deste trabalho contou-se com autores como Carneiro, Sacristán,
Moreira e Silva, Schmidt, Freire, Sá, Marion, Goodson, Apple, Arroyo, Abramowicz no
campo conceitual e Demo, Chizotti, Triviños, Stake e Gil no campo da metodologia da
pesquisa científica. O primeiro tópico trata da “Concepção Teórica de Currículo”, o segundo
estuda a “Reformulação Curricular” em seus conceitos e o terceiro apresenta “O Currículo e
as Ciências Contábeis”.
2.1 Concepção Teórica de Currículo
São muitos os autores que se debruçam sobre a temática “currículo”. No entanto,
alguns nos chamam a atenção, de maneira mais acentuada. Autores como Apple, Sacristán,
Silva, Tardif, Arroyo, Freire recebem especial atenção neste estudo.
Para Sacristán (2000), o currículo sempre está em movimento e emana de modelos que
são utilizados para se pensar educação. Esse modelo atenderá jovens e adultos que necessitam
dessa organização de saberes.
Segundo o curriculista inglês Goodson (2010, p. 31), o termo “currículo vem da
palavra latina “Scurrere”, correr e refere-se a curso (ou carro de corrida)”. Adiante, este
mesmo autor apregoa que o currículo pode ser definido como “um curso a ser seguido”.
Para aclarar o entendimento, Gonçalves (2010), em seu livro intitulado “Ensinantes
aprendizes”, defende que o currículo hoje é a interlocução de várias dimensões (histórica,
política, epistemológica, social, étnica, de gênero, fenomenológica, autobiográfica, estética,
teológica, internacional, dentre outras mais). E ainda afirma que o currículo é o “locus de
produção de cultura, ideologia e relações de poder, adquirindo cada vez mais uma visão
polissêmica. É considerado campo de formação e profissionalização da docência”
(GONÇALVES, 2010, p. 30).
De acordo com a agência Educabrasil4 (2011), Currículo escolar: Conjunto de dados
relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar as atividades educativas, as
formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente, exprime e busca concretizar as
intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que eles personalizam como modelo
ideal de escola defendido pela sociedade. A concepção de currículo inclui desde os aspectos
4 Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/eb/>. Acesso em: 30/03/2014.
31
básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos
teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.
Quando Gonçalves (2010) trata do currículo e da prática docente, destaca as seguintes
ponderações:
[...] a história do currículo é uma história social centrada numa epistemologia social
do conhecimento escolar, preocupada com as suas consequências na produção do
conhecimento socialmente organizado porque envolve formação de valores, atitude
ética, validade e legitimidade do que foi estabelecido (GONÇALVES, 2010, p. 20).
Assim, defende que o currículo há de ser o “espaço do nós e não do eu”
(GONÇALVES, 2010, p. 21), ou seja, há de ter caráter social.
No tópico que trata das implicações contextuais para o pensamento curricular
brasileiro ressalta-se a seguinte citação:
A história econômica, política e cultural do Brasil determina a história do currículo
nas nossas escolas. Influências vindas de fora, de países colonizadores que
inculcaram nos colonizados ideologias de dominação que repercutem até os nossos
dias. O pensamento curricular brasileiro reflete essas ideologias autoritárias
(GONÇALVES, p. 24, 2010).
Sabe-se que a cultura da classe dominante se manifesta no currículo de forma intensa.
As sociedades européias se fizeram presentes nos planos de estudo dos brasileiros por muito
tempo. Ainda hoje é possível identificar essas influências. Recentemente, o Brasil vivenciou
um momento histórico que usou do abuso da autoridade para influenciar o currículo escolar.
Gonçalves (2010) cita a ditadura militar como um período em que a formação de professores
passou a ser uma preocupação da nação brasileira. No entanto, nesse período, a Educação
sofreu as influências de uma patologia política que fez uso de autoritarismo para fazer valer o
seu posicionamento unilateral em vários campos de atividade e em especial a Educação que
sofreu golpes terríveis em sua dignidade, e em seu currículo. Verifiquemos o texto transcrito
abaixo:
O ideário emergido do período de ditadura (1964-1985) de controle moral e
ideológico foi de fundamental importância na formação dos professores e na
formação de sua consciência crítica, o que se reflete até hoje no posicionamento
curricular brasileiro (GONÇALVES, 2010, p. 24).
Entendo que a autora expressou ponto de vista peculiar na colocação acima. O
ambiente obscuro e o domínio do medo em que a educação brasileira viveu no período da
32
ditadura militar deixou marcas na educação até os nossos presentes dias. No entanto, registrou
que a preocupação com a formação de professores realizou trabalho relevante para o
desenvolvimento da Educação no Brasil.
O currículo emerge do quotidiano da escola. A escola é uma instituição antiga que se
presta aos objetivos altruístas da sociedade em conceder instrução às novas gerações de forma
inovadora e eficiente. Assim defende-se que “em se tratando da prática escolar, ressalta que
nela se encontra o motor gerador de nova compreensão da realidade social para possível
transformação (GONÇALVES, 2010, p. 25)”. A transformação social, objetivo da escola e do
currículo também, visa às melhorias contínuas do pensar, do falar e do agir (a concepção de
currículo, nos últimos anos, tem ganhado maior profundidade em função de mais profunda
compreensão da cultura escolar no Brasil, nos últimos tempos). No entanto, autores de
renome como Apple (2006, p. 36) manifestam a sua, constantemente renovada, surpresa ao
perceber que “[...] as relações entre o conhecimento aberto (ou manifesto) e o conhecimento
encoberto (ou oculto) ensinados nas escolas, os princípios de seleção e organização desses
conhecimentos e os critérios e modos de avaliação utilizados para ‘medir o sucesso’ do
ensino.
Assim, o ambiente escolar traz consigo experiências que surpreendem até os mais
experimentados estudiosos da educação. A escola é uma invenção antiga que se apresenta em
nossos dias com a tarefa de, fazendo uso de currículo dinâmico e vivo, colaborar efetivamente
com o progresso social e tornar esse mesmo currículo cada vez mais coadunado com a
realidade da vida das pessoas a que ele se destina. As escolas não apenas organizam a
distribuição da propriedade econômica como também disponibiliza a propriedade simbólica –
capital cultural – que as escolas preservam e distribuem (APPLE, 2006, p. 37).
A dinamicidade em um currículo é perceptível através da sua conexão com a realidade
da vida das pessoas. O currículo precisa contemplar as necessidades primeiras da manutenção
do quotidiano e, assim, partir para as aspirações mais elevadas que nos projeta para o futuro.
O currículo exerce o poder de definir trajetórias para a vida de pessoas e de sociedades
inteiras. A leitura da cultura vigente, estabelecida, passa pelas entrelinhas de um currículo
previamente construído. Por isso, existe a necessidade de se estreitar os laços do currículo
com a realidade, com o intuito de construir um currículo integrado aos dias atuais.
O professor Flávio Moreira, no Encontro de Pesquisadores em Currículo (2010),
realizado nesta instituição, defendeu na sua exposição, a necessidade de se compreender a
cultura escolar para termos condições de construir melhores currículos. Existem aspectos que
33
se aplicam de forma genérica e outros que têm uma necessidade local, ou seja, na comunidade
específica, para ser trabalhado. Este mesmo autor afirma que “o currículo é considerado um
artefato social e cultural” (MOREIRA, 2011, p. 13) e este dito é um dos mais difundidos
conceitos que sintetiza o currículo nos dias atuais. O termo “artefato” se emprega para definir
o processo em que o currículo se submete constantemente. O termo “Social” se deve ao fato
de que o currículo é resultante de uma convivência, de um conjunto de debates, diálogos,
experiências que são agregadas em uma síntese a que chamamos currículo em suas diversas
angulações. O termo “cultural” se aplica por se entender que a intencionalidade presente no
currículo acaba por confirmar esta ou aquela cultura como hegemônica no processo de
formação educacional. Adiante, o mesmo autor afirma que “O currículo não é um elemento
inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social” (MOREIRA, 2011,
p. 14), e, dessa forma, é possível compreender que os termos “social e cultural” interagem na
rápida e competente conceituação do currículo como um artefato dessa natureza.
Crianças, jovens e adultos, inseridos no ambiente escolar, respiram uma estrutura de
currículo que necessita estar de acordo com a ética para assim atingir os seus objetivos. O
termo escolarização é mencionado pelos teóricos e encontra-se neste termo, de forma
implícita, a identidade da tradição educacional nas variadas temáticas em estudo, a saber, as
Ciências Contábeis.
A cultura de escolarização da Contabilidade, no Brasil, iniciou-se com a Escola de
Comércio Álvares Penteado, na cidade de São Paulo, no início do século XX. O curso tratava
de práticas de comércio (SCHMIDT, 2006) e, dá início a uma sequencia de cursos desta
natureza no Brasil. Com isso, a Universidade de São Paulo, junto à sua Faculdade de
Economia, Administração e Ciências Contábeis (FEA – USP) – passa a oferecer o curso de
Ciências Contábeis em vinculação com a Escola Norte Americana de Contabilidade, esta com
feição pragmática, ou seja, tecnicista.
Retornando ao conceito de currículo, vale registrar que no primeiro dia de aula, da
disciplina Epistemologia da Educação, nos foi informado que “Currículo é percurso de
informação”, conjunto de conhecimentos sistematizados. No decorrer da disciplina, outras
informações foram acrescidas ao entendimento de currículo. Mencionou-se que este tem o
propósito de possibilitar que as pessoas cresçam a partir do conhecimento de senso comum,
que elas trazem consigo, pois, apresenta proposição e não a imposição no campo do saber. No
que tange à construção do conhecimento, enfatiza-se que “não existe ciência sem a sua
vinculação política” e essa afirmativa se faz presente na denúncia da existência de currículo
34
oculto na Educação formadora de consciência social. O currículo está vinculado à história das
nações, à cultura dos povos. O problema maior é que o currículo é construído para as elites5,
no final das contas. Dessa forma, é possível perceber que a ideia de currículo universal não se
vê aplicado em todas as situações e a dicotomia de opressor e oprimido (FREIRE, 1995)
emerge e exige estudo para uma boa compreensão.
O maior propósito do currículo é elevar o nível do conhecimento para que, assim, seja
possível orientar as pessoas na busca de melhor qualidade de vida. Para isso, é necessário
implantar um currículo permeado pela prática didática amorosa, afetiva, emancipatória,
libertadora (FREIRE; SHOR, 2011, p. 68). Currículo é uma questão problemática que recorre
a valores de ordem política, econômica e que se evidencia no campo histórico. Trata-se de um
campo conflitivo em que aspectos estratégicos são considerados. Assim, surgem perguntas
como “qual disciplina escolher?”, “Quantas disciplinas inserir?”, “Quais disciplinas excluir?”,
etc.. No que tange à questão que apresenta o currículo como um campo conflitivo, Goodson
se expressa da seguinte forma:
Poderá haver constância na prática da sala de aula. Mas será que não farão parte
deste enredo o conflito histórico em torno dos precedentes desta prática, a
construção e reconstrução desses parâmetros? Mesmo que haja dicotomia entre o
currículo escrito, teoria curricular e prática, será que esta dicotomia não é parte de
um problema contínuo [...](GOODSON, 2010, p. 23).
A lógica a ser perseguida está na razão de se distinguir os verdadeiros valores, os que
de fato contam para as competências e habilidades dos demais aspectos que expressam apenas
modismos frívolos. Dessa forma, o conflito será atenuado.
Um dos pontos que gera questionamento constante está na manutenção das disciplinas
no currículo, confirmando o “enfoque curricular racionalista acadêmico” (SILVEIRA FILHO,
1981, p. 106). O que se recomenda, nesse caso, é o inter-relacionamento constante entre essas
disciplinas na vivência do currículo. As incertezas, as diversas teorias, a falta de consenso faz
com que a Educação permita que o paradigma experimental se mantenha presente, com
pretensões de hegemonia.
Existe uma tendência observável em se homogeneizar os currículos. O projeto de
currículo há de contar com a vontade no bem, na prática da virtude, ou seja, embasado em
reflexão ética. Existem diversas propostas de construção curricular e cada instituição deverá
5 O uso do termo elites, no plural, vem do entendimento de que a sociedade conta com elite de natureza
econômica, outra de natureza cultural, outra intelecutal... (nota do autor)
35
construir a sua organização curricular ouvindo os diversos interessados na construção e
execução curricular.
Outro pensador importante que trata de currículo em sua obra é o professor
pernambucano Paulo Freire. Este se destaca por defender o homem como um ser inacabado
(FREIRE, 1995) e, esta condição, faz com que este ser esteja em constante construção de
conhecimentos e de valores. No campo da educação os valores estão vinculados ao respeito ao
aluno e à solidariedade entre todos os pares que interagem no processo educativo. A esse
respeito, aconteceu um fato inusitado, recentemente, quando todos os alunos homens, de uma
classe, na cidade mineira de Governador Valadares, rasparam a cabeça em solidariedade a um
dos colegas que estava em tratamento contra o câncer6. Então, é natural que no quotidiano da
sala de aula se encontrem valores intrínsecos nos alunos.
O professor Paulo Freire, assevera que a virtude da esperança é tratada como o inédito
viável e ele defendia esse posicionamento com uma linguagem que continha termos regionais
e internacionais oriundos de sua vasta experiência em escolas de vários países durante o exílio
imposto pela ditadura militar (FREIRE, 1995). No campo da sua ontologia ética, Paulo Freire
(1995) defendia o “ser mais”, pois o homem sempre tem que querer ser mais. Além da
ontologia ética, ele também defendia a ontologia estética e nesse aspecto se entende que esse
ser inacabado está buscando ser mais também em beleza, pureza, ou seja, “boniteza” que era
uma das suas expressões favoritas. Freire também escreveu poesias – Canção óbvia – em que
apresenta a esperança como um sentimento necessário para a manutenção da vida em
sociedade, em família. Também defendia que a espera não é vã se esta vier acompanhada de
ação. Educar, para Freire, significa intervir no mundo, agir para a transformação, é um ato de
conhecimento, um ato político e carregado de intencionalidade. É válido ressaltar que em seus
escritos, Freire denuncia que a boniteza do ato de conhecer vem se perdendo em meio a tantas
outras questões que caracterizam a experiência estética e que faz parte da educação. A
dimensão de natureza estética é importante para dar colorido ao processo de educação. A
vertente tecnicista, a educação por resultados acabam descolorindo a boniteza do processo
educativo. A moral está vinculada à coerência e a indignação, ante os acontecimentos que
evidenciam mazelas. Assim, é um dos autores que mais defende valores morais no currículo.
Ele combateu a educação como domesticação, ou seja, a educação bancária. Defendeu
uma educação problematizadora. Escreveu que “ao contrário da educação “bancária”, a
6 Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2011/06/03/04028D1B366AD4B11326.jhtm?colegas-
de-aluno-com-cncer-raspam-a-cabea-em-minas-04028D1B366AD4B11326>. Acesso em: 7 ago. 2011.
36
educação problematizadora, responde à essência do ser e da sua consciência, que é sua
intencionalidade, nega os comunicados e existencía a comunicação” (FREIRE, 2005, p. 77).
Assim, quem caminha para o estabelecimento da autonomia do ser e para a negação
da opressão que uns podem exercer sobre outros indivíduos. Freire concede legado formidável
para a posteridade e influencia decisivamente a concepção de currículo no Brasil quando
trabalha em prol da humanização da educação.
Partindo para o panorama internacional, é válido ressaltar que um fato histórico
importante aconteceu quando, a partir de 1800, a França inicia uma série de políticas públicas
para organizar a Educação e, por consequência organizar a sociedade (anotações de sala de
aula – epistemologia do currículo). A língua tem um poder imenso sobre a organização do
currículo e nisso a França e a Inglaterra trataram de promover a sua unificação com a inserção
de uma língua nacional, o que a Alemanha e a Itália só fizeram tardiamente. Esses fatos
históricos influenciaram o currículo em suas concepções iniciais.
Nos currículos embasados nos princípios da Revolução Francesa é o Estado que se
responsabiliza pela construção e execução do currículo e um sentimento nacional é advindo
de uma língua comum e um currículo também comum.
No sistema anglo-americano, o currículo advém do conjunto de agremiações que o
elaboram e recebem apoio do Estado.
Os europeus organizaram o seu currículo, no que tange aos parâmetros curriculares, no
ano 2000. Em julho de 2010 foi montada, no Brasil, uma proposta de currículo básico; trata-se
de um conjunto de conhecimentos básicos e acessíveis a todos os cidadãos. A apreciação dos
conceitos em torno do currículo básico, proposto para o Brasil, e, que foi votado pelo
Congresso nacional tem consigo que a tarefa de construção do currículo também passa a ser
uma proposição para todos de forma sistematizada. Resta saber se esta proposta atende às
necessidades presentes neste Brasil do século XXI.
No campo da avaliação educacional, o termo atual e forte no momento é a
“competência” e para alcançar essa qualidade deve-se disseminar noções para que no final do
processo o discente saiba que entre as noções e o saber (aplicação) encontra-se o currículo.
Educar por competência está para além do educar por conteúdo. A escola não desfaz o jogo de
poder da burguesia, mas o confirma. Por contar com um currículo diferenciado que acaba
orientando o filho do operário a também se tornar operário e em direção oposta o filho do
burguês a ser também burguês.
37
A Fenomenologia no currículo faz com que se admita a verdade dos sujeitos que
atuam na Educação. Estes escolherão as temáticas que exercem influência sobre a sua
realidade. Quando aprendo uma ciência, passo a contar com a chave para adentrar no mundo
acadêmico. Na reforma curricular européia o elemento que mais está em evidência é a
“competência”. Não existe hegemonia fenomenológica no contexto da reforma curricular, no
entanto é possível perceber uma reação ao Positivismo que defende um currículo estanque. Já
o currículo com tendência fenomenológica determina a maneira como se vê a realidade
subjetiva que faz acontecer o próprio currículo, assim, relata a questão da identidade
pontuando as filosofias que influenciam as políticas de currículo na atualidade. O
planejamento curricular será permeado das escolhas do sujeito, fazendo uso do conhecimento
escolar.
Na realidade de construção do currículo, apontam-se conceitos. MOREIRA (2002) que
defende que o conhecimento de currículo é “poderoso”, enfatiza que esse conhecimento é do
“poderoso”. Entende que a construção do currículo é um processo que se modifica
constantemente e o poder de modificação do currículo é manipulado por pessoas ou
instituições que detém poder de decisão, quase sempre.
É necessário admitir que a totalidade da vivência educacional do discente não pode
estar presente apenas no currículo. Fora da escola existe outros elementos que contribuem na
formação educacional discente.
No campo da Contabilidade, os estudos em torno dos conceitos de ordem curricular,
com aplicação à realidade acadêmico-contábil, poderão proporcionar maior clareza para a
avaliação curricular e ao conseqüente levantamento de características adequadas, já
implantadas e, a sugestão de elementos curriculares, ideias que poderão contribuir para o seu
melhoramento. Sendo a Contabilidade uma ciência social aplicada, beneficia-se dos estudos
que enfocam Educação em seu aspecto de generalidade, currículo como instância específica.
No caso deste trabalho específico, o pesquisador necessitará verificar como a
instituição produz conhecimento, ou seja, como executa o seu currículo, como ela funciona.
Segundo Applle, “o pesquisador deve compreender como as regularidades cotidianas de
ensino e aprendizagem nas escolas produzem esses resultados” (APPLE, 2006, p. 49). Estudar
o currículo aplicado ao curso de Ciências Contábeis na UESB é a nossa tarefa a ser cumprida
e esse conjunto de conceitos nos ajudam nesse trabalho.
38
2.2 A Reformulação Curricular
Esta temática permeia toda a tese. É a palavra inicial desta jornada em busca de
conhecimento sobre As Ciências da Educação e as Ciências Contábeis. A palavra
reformulação é o termo mais usado na região Sudoeste da Bahia para conceituar o processo de
transformação a que os currículos são submetidos e essa informação advém da convivência no
meio educacional, acadêmico na UESB.
No momento, o curso de Ciências Contábeis está vivenciando a sua terceira estrutura
curricular. Tenho informações que já se está articulando comissão no colegiado do curso para
os trabalhos de reformulação para a sua quarta configuração de currículo.
A tese de GUEDES (2010), que trata da reestruturação curricular dos cursos de
Pedagogia da UNEB (Universidade Estadual da Bahia) constitui um dos textos que mais
influenciou a escrita desta tese. A autora é muito cuidadosa na maneira como descreve a
legislação que orienta o curso em sua trajetória histórica. Assim, é possível traçar um paralelo
que se aplica na experiência vivida no âmbito da Contabilidade. Existem semelhanças
interessantes. Outro ponto importante é a maneira como ela realiza a interação entre os
instrumentos de coleta de dados. Ela escreve com maestria tornando a leitura da sua tese
muito agradável. Por fim, o texto de GUEDES (2010) constituiu boa e utilíssima leitura do
curso de doutorado experienciado até então.
Outro texto de grande relevância trata de currículo de Ciências Contábeis em que
CARVALHO (2010) apresenta estudo criterioso sobre o novo modelo contábil brasileiro que
se baseia nas transformações ocorridas em âmbito internacional que interferem na concepção
de Contabilidade na atualidade. A mundialização da Contabilidade tem repercutido na
legislação que norteia a prática contábil no Brasil.
Na verdade, o processo de mundialização das práticas contábeis vem acontecendo
desde tempos imemoriais. Isso ocorre porque em cada etapa do desenvolvimento da
Contabilidade sempre houve uma nação que reunia conhecimentos e os exportava juntamente
com as sua tecnologias para serem adotados pelos demais países interessados e necessitados
de incremento no campo do registro e racionalização dos seus elementos patrimoniais.
Na atualidade, os organismos internacionais, intencionalmente aparelhados para a
emissão de normas contábeis, tem exercido grande influência no mundo, de forma mais
acentuada que em outros períodos da história do Ocidente. Os esforços mais chamativos vem
dos EUA (FASB) e da Europa (IASB).
39
O Brasil através da Lei de número11.638 de 2007 apresentou a sua interpretação desse
processo de mundialização da Contabilidade. Esse fato interfere no currículo dos cursos de
Contabilidade no Brasil. Assim, no processo de reformulação curricular haverá de constar
disciplinas que tratem dessas questões de tamanha importância no cenário contábil atual.
Também é CARVALHO (2010, p. 118) quem informa que anterior ás DCN para o
curso superior em Contabilidade vigorava a Resolução 3 de 1992 do Conselho Nacional de
Educação que era conhecida como a “Resulução dos currículos mínimos”. Esta fora
substituída pela Resolução 10 de dezembro de 2004, do CNE, que complementa a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso superior em Ciências Contábeis no
Brasil determinam o que não se pode faltar no currículo. O funcionamento de um curso
depende minimamente desses pressupostos, ou seja, elementos essenciais e integrantes de um
currículo de Ciências Contábeis estão citados na diretriz. No entanto, elementos outros
poderão ser agregados ao currículo de forma a atender as necessidades educacionais
específicas de formação discente ou de singularidade regional. Entre os elementos essenciais
estão o Estágio Supervisionado, As Atividades Complementares, Monografia, Regime
acadêmico de oferta, sistema de avaliação, entre outros.
No que tange à conceituação de currículo, é fácil constatar que este é constituído de
história e Moreira (2011, p. 14) informa que “O currículo não é um elemento transcendente e
atemporal – ele tem uma história, vinculada a formas específicas e contingentes de
organização da sociedade e da educação.” Então, percebe-se que o currículo atua como
modelador da sociedade.
O currículo do Curso de Ciências Contábeis da UESB tem um conjunto de elementos
que caracterizam a sua história. Essa história deve ser considerada para o processo de
reformulação. A terceira estrutura reunida às anteriores ajudarão a compor a quarta
organização curricular do curso. Os professores, os alunos egressos, a secretária, os alunos
atuais, a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), o Departamento das Ciências Sociais
Aplicadas são partes que construiram a história do curso.
Ainda no que se trata do currículo em seu trajeto educacional, ele ser entendido como
“um território em disputa” e esta sentença denomina livro de Arroyo (2011). Ele entende que
todo currículo tem o seu contorno, as sua fronteiras e estas são defendidas, ou seja, disputadas
em um processo de reformulação que envolve poder. No entanto,
40
Todo território cercado está exposto a ocupações, a disputas, como todo território
sacralizado está exposto a profanações. As lutas históricas no campo do
conhecimento foram e continuam sendo lutas por dessacralizar verdades, dogmas,
rituais, catedráticos e cátedras. A dúvida fez avançar as ciências e converteu o
conhecimento em um território de disputas (ARROYO, 2011, p. 17).
Assim, a luta por espaço, por território caracteriza o processo de construção e manutenção de
um currículo. A reformulação acontece em meio a essas altas temperaturas em que docentes,
discentes, instituição, comunidade se enfrentam para disputar poder no ambiente curricular.
Nesse caso, dependerá da abertura do processo em considerar as influências de cada par.
Assim, caracterizará o ambiente em dialogável, influenciável ou não. Dessa forma
Em estruturas fechadas, nem todo conhecimento tem lugar, nem todos os sujeitos e
experiências e leituras de mundo têm vez em territórios tão cercados. Há grades que
tem por função proteger o que guardam e há grades que tem por função não permitir
a entrada em recintos fechados. As grades curriculares têm cumprido essa dupla
função: proteger os conhecimentos definidos como comuns, únicos, legítimos e não
permitir a entrada de outros conhecimentos considerados ilegítimos, do senso
comum (ARROYO, 2011, p. 17).
A palavra “grade” é utilizada em larga escala nos ambientes educacionais por alunos e
professores para designar a estrutura do currículo. No entanto, alguns reagem a esse termo
indagando que grade figura prisão, contenção. Arroyo brilhantemente apresenta o termo grade
em sua função de fato no território de disputa de poder que é o currículo. É fácil perceber os
ânimos aflorados de professores, alunos, membros representantes da instituição de ensino,
membros representantes de conselhos educacionais ao apresentarem suas propostas de
contorno para o currículo em reformulação.
É fácil perceber que algumas pessoas se mostram realmente prisioneiras de valores já
obsoletos e estas insistem em inserir esses valores na configuração de um novo currículo. O
exemplo mais comum são professores que insistem em manter seus interesses pessoais, ou
seja, “suas”7 disciplinas intactas durante um período longo em que muitas mudanças
aconteceram, muitos livros foram lançados trazendo novos conhecimentos, novas perspectivas
ao conhecimento dessa disciplina enquanto esse docente defende a inércia, a estática, muitas
vezes.
Para situar o currículo do curso em sua história e a necessidade de reformulação a
comunidade acadêmica necessitará reconhecer um conjunto de sinais que venham a solicitar a
devida mudança curricular. Arroyo (2011, p. 10) parafraseando Fernando Pessoa contempla o
7 Alguns professores se comportam como se fossem os donos, proprietários das disciplinas que lecionam e não
se predispõem ao diálogo num processo de reformulação instalado na instituição educacional.
41
currículo em sua necessidade de reajustamento indagando da seguinte forma: “Sim, somos
nós, nós mesmos, tal que resultamos de tudo. Mas é pouco ver-nos como resultado das
tensões intraescola e intracurriculares”. Então, quem somos? O que temos? O que fazemos,
como fazemos? São perguntas que estão presentes no processo de reformulação. No entanto, a
realidade educacional atual é constituída de fatores que não eram considerados no passado. A
esse respeito, Arroyo (2011, p. 11) também se manifesta afirmando que
Nas duas últimas décadas fatos novos postos em nossa dinâmica social vem
reconfigurando as identidades e a cultura docente: a presença dos movimentos
sociais em nossa sociedade: o movimento feminista e LGBT avançam nas lutas por
igualdade de direitos na diversidade de territórios sociais, políticos e culturais. O
movimento negro luta por espaços negados nos padrões históricos de poder, de
justiça, de conhecimento e cultura, assim como os movimentos indígena,
quilombola, do campo afirmam direitos à terra, territórios, à igualdade, às
diferenças, às suas memórias, culturas e identidades e introduzem novas dimensões
nas identidades e na cultura docente.
O contexto educacional e especificamente curricular tem se tornado mais complexo e
exigente. Os professores, alunos e instituições educacionais que compõem as partes mais
profundamente envolvidas no processo de reformulação curricular não podem ignorar a
complexidade que tangencia o currículo em que os grupos sociais pressionam para serem
contemplados em seus direitos de voz, ou seja, de “território”, como afirma Arroyo.
O termo “reformulação”, em sua etimologia, segundo o Dicionário Online Aulete tem
acepção que se apresenta da seguinte forma: “Ação ou resultado de reformular, de refazer,
repensar, reorganizar8”. Dessa forma, o currículo que se reformula está submetido ao processo
de refazimento, reorganização. Esta tese estuda este refazimento e apresenta sugestões para a
melhor adequação dos componentes curriculares para a estrutura vindoura.
A temática da reformulação curricular se encontra na obra de autores como Sacristán,
Goodson, Arroyo, Freire, entre outros.
A questão que se destaca como recorrente é a que Apple apresenta, no seu texto
intitulado “Repensando ideologia e currículo”, que pergunta “Que tipo de conhecimento vale
mais?” (MOREIRA, 2011, p. 49). Com essa indagação em mente, parti para a construção do
questionário, que é o instrumento utilizado nesta pesquisa, foram montadas questões que
visam submeter o atual currículo do curso á apreciação dos concluintes para levantar
informações acerca do currículo vivenciado por eles. A segunda pergunta que Apple enfatiza
no texto citado acima é “O conhecimento de quem vale mais?” (MOREIRA, 2011, p 50) e
8 Disponível em: <http://aulete.uol.com.br/reformula%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 26 ago. 2013.
42
essa inquirição foi tratada pelos respondentes ao registrar no questionário os seus
posicionamentos no que tange ao currículo.
É importante registrar que na Carta Consulta (1998) constam orientações importantes
para a caracterização da formação discente na instituição (UESB). Nela encontra-se uma
informação importante para a concretização deste estudo:
As diretrizes curriculares nacionais, com o objetivo de nortear a necessária
adequação dos currículos dos cursos de graduação à legislação educacional em
vigência no país, sugerem a definição do perfil profissiográfico do egresso, em
consonância com as demandas econômicas, sociais e individuais, na perspectiva de
conciliar essas várias expectativas. Para tanto, elas definem princípios filosóficos e
teórico-metodológicos que serão norteadores da organização e operacionalização
curricular e, também, orientam na definição de saberes relacionados aos vários
contextos e aos conhecimentos específicos de cada área de concentração e das novas
tecnologias (CARTA CONSULTA, Introdução).
Em acordo com a citação acima, o perfil profissiográfico dos concluintes dos cursos de
graduação da instituição deverão ser apreciados ante as demandas sociais e econômicas para a
devida conciliação da experiência vivida na instituição e o meio econômico-social-humano
em que ela se encontra.
No entanto, o perfil do egresso do curso é o seguinte:
Proporcionar a todos que ingressem no curso de Ciências Contábeis,
conhecimentos teóricos e práticos acerca do desempenho da profissão
contábil, bem como, enfatizar a evolução da ciência objeto de estudo, por
meio de pesquisas, artigos e processos diversos que aproxima o aluno da
educação continuada, como forma de contemplar as exigências desta ciência
que está em constante evolução (Projeto Pedagógico do curso, p. 19-20).
Assim, é possível observar que o perfil do egresso inicia-se com a menção da relação
teoria-prática para o bom desempenho da profissão. Logo após, enfatiza a evolução da ciência
e do seu objeto de estudo através de pesquisa e produção literária específica. Defende a
processo continuado de formação para os egressos do curso. Essas informações são de
fundamental importância para a construção do questionário aplicado na pesquisa.
2.3 O Currículo e as Ciências Contábeis
Na concepção inicial de currículo, compreendemos que este faz parte de uma tríade
juntamente com a avaliação e a didática. Estes três elementos triangulam no organismo
epistemológico-educacional. Compreendemos também que o currículo em sua trajetória
43
histórica, que conta aproximadamente quatro décadas, demonstra o exercício do poder de
decisão no que tange as temáticas a serem contempladas para a formação educacional das
crianças, jovens e adultos inseridos na organização escolar.
Um dos pontos importantes na concepção de currículo é a ideologia. Ela está presente
nesse conjunto de significados intrínsecos á Educação. A esse respeito, Moreira e Silva (1995,
p.28) informam que ideologia “está relacionada às divisões que organizam a sociedade e às
relações de poder que sustentam estas divisões”. Dessa forma, justifica-se estudo de currículo
aplicado à Contabilidade com a intencionalidade de não apenas racionalizar, mas também de
humanizar essa área do conhecimento para que as relações sociais em seu âmbito sejam
marcadas pelo altruísmo e não mais pela avareza e perdularidade. Estas são mazelas que
impedem o pleno desenvolvimento dos indivíduos na sociedade de forma interativa.
No ambiente social, a Contabilidade tem a finalidade de colaborar com a melhoria da
qualidade de vida das pessoas a partir do momento em que se propõe a proteger o patrimônio
(conjunto de bens, direitos e obrigações) da investida das mazelas da avareza ou da atitude
perdulária. Já o Currículo é marcado pela presença do poder como um dos seus eixos e ainda
se sabe que o poder “é uma noção central à teorização educacional e curricular crítica”
(Moreira & Silva, 1995, p. 28). O exercício do poder é permeado, muitas vezes, pelas mazelas
da avareza e da perdularidade, que resultam na corrupção. Esta é um verdadeiro flagelo que
assola a nossa sociedade.
A Contabilidade é permeada pelos processos de construção de sínteses e também pela
constante utilização de análises, em seu quotidiano, na condição de ciência. Segundo Luna
(2009), pesquisa funciona como um elo entre o pesquisador e a comunidade científica. Esse
pesquisador realiza estudo que sintetiza o conhecimento e o apresenta em nova disposição.
Também no campo da Contabilidade, as demonstrações contábeis, os balanços e os
inventários são exemplos de sínteses que se esforçam para expor a realidade patrimonial e se
apóiam no trabalho de análise realizado pela técnica contábil da Escrituração. A palavra
“análise” conta com tamanha força de significado, no campo contábil, que acaba por
denominar uma das técnicas da Contabilidade: Análise de Balanços. Segundo Franco (1989,
p. 13), no seu livro que trata desta técnica, o nome completo dela é “Análise, comparação e
interpretação de demonstrações contábeis". A palavra análise denomina, na verdade, um
conjunto de processos utilizados pela Ciência Contábil.
O termo análise, que tem como sinônimo a palavra decomposição, em um extremo
conceitual de significado e o termo síntese no outro revela a possibilidade de situar dados,
44
informações e conceitos. A esse respeito, enfatiza Severino (2007, p. 83) que “embora se
oponham, não se excluem”. São necessários para a construção de estudo, de apreciação de
natureza científica. É necessário fazer uso desta dicotomia para a devida apresentação do
objeto de estudo desta pesquisa. A esse respeito, Severino que nos esclarece que
A síntese é um processo lógico de tratamento do objeto pelo qual este objeto
decomposto pela análise é recomposto reconstituindo-se a sua totalidade. A síntese
permite a visão de conjunto, a unidade das partes até então separadas num todo que
então adquire sentido uno e global (2007, p. 83).
O mesmo autor entende ainda que “análise é pré-requisito para uma classificação”.
Assim o objeto de estudo deverá ser submetido aos dois processos com a clara intenção de
classificar as partes que o constituem e também em exposição abrangente, revelando o todo
para, assim, se apresentar de maneira clara e objetiva ao leitor deste trabalho.
Existe uma tendência no meio contábil para que o paradigma positivista seja o único a
ser adotado. Sempre destoamos dessa tendência e defendemos estudo voltado também a
inserção das humanidades, ou seja, das disciplinas vinculadas às Ciências Humanas no
currículo, como Filosofia, Sociologia, Psicologia, História do Pensamento Econômico, dentre
outras. Destoávamos de uma gravura que apresentasse o contador como um burocrata
defensor da propriedade privada estabelecida e que não tem preocupação com os problemas
sociais vividos pelas comunidades que não são bafejadas pelos ventos do capitalismo, que se
apresentam com os seus tentáculos, muitas vezes excludentes.
Entendo que a Contabilidade deve estar disposta em um currículo que ensine o
discente a desenvolver uma atitude crítica e reflexiva. Que a formação esteja vinculada ao
trabalho de despertar os discentes a se tornarem sujeitos de sua ação profissional, acadêmica,
social. Apple (2006, p. 28) afirma corajosamente os seguintes posicionamentos políticos-
curriculares:
Não posso aceitar como legítima uma definição de educação na qual nossa tarefa é
preparar os alunos para “funcionarem” facilmente nos “negócios” de tal sociedade.
Um país não é uma empresa. A escola não é parte dessa empresa e sua função não é
buscar produzir incessantemente o “capital humano” necessário para administrá-la.
O mundo do trabalho é ponto importante no ambiente educacional. No entanto, não é o
único elemento. A educação extrapola a formação unicamente profissionalizante. Com o
45
currículo não poderia ser diferente. No perfil do egresso do curso, a exigência
profissionalizante é marcante.
Entrando no âmbito das Ciências Contábeis, esta precisa estar em consonância com as
técnicas contábeis apontadas pelo professor Hilário Franco para melhor compreender a
dinâmica do currículo. Esse autor apresenta essas técnicas num quadro por ele denominado
sinótico (FRANCO, 1989, p. 23). Neste quadro, encontram-se as técnicas seguintes:
Escrituração, que nada mais é do que o registro analítico dos fenômenos de natureza
patrimonial; Demonstração Contábil, que é a exposição sintética dos fenômenos registrados
pela técnica anterior; Auditoria, que faz levantamento por amostragem para verificar a
fidedignidade dos registros e das demonstrações contábeis; Análise de Balanços que é a
técnica que disseca, compara e interpreta as demonstrações contábeis. A matéria
Contabilidade, no que tange às semelhanças, conta com disciplinas entrelaçadas às técnicas
contábeis apontadas no quadro sinótico proposto pelo professor Franco.
Assim, os ramos específicos da Contabilidade se fazem presentes advindos das
técnicas acima apresentadas. Exemplo: Contabilidade Comercial, Contabilidade de Custos,
Contabilidade da Agropecuária, Contabilidade Pública, Controladoria, entre outros mais.
Dessa forma, os campos do Currículo e das Ciências Contábeis se necessitam, interagem, para
alcançar níveis mais elevados de concepção de formação do contador para que este tenha
maiores possibilidades de cumprir a sua função na sociedade. O currículo do curso tende a
construir um perfil de egresso compatível com esses conhecimentos.
Existe um forte entendimento, no meio contábil, em conceder formação para o
mercado de trabalho com base mais tecnicista. Carvalho (2010) informa que o mercado de
trabalho exerce grande influência na construção dos currículos de Contabilidade. Essa
influência constitui apenas uma das influencias existentes, pois a academia deve formar para o
trabalho de forma generalista, para esta consciência de ocupação que engrandece e dignifica o
homem, mas há outras influências também. O mercado de trabalho constitui uma questão que
deve ser atendida em segunda instância. Educa-se para o trabalho em seu entendimento geral
e em segundo plano a educação para o emprego, ou seja, para o mercado.
O currículo contábil, assim, precisa estar permeado de práxis e técnica contábil. A
primeira promove a interação entre prática e teoria e a segunda constitui os meios através dos
quais a Ciência Contábil atinge a sua finalidade que é a construção da clareza, que torna
possível aos usuários, dessa ciência, enxergar a realidade patrimonial para tomar decisões
coerentes. No entanto, é necessário compreender que por trás do currículo contábil pode estar
46
um “sistema cada vez mais dominado por um ‘ética’ de privatização, individualismo
intransitivo, ganância e lucro” (APPLE, 2006, p. 29). Adiante ele afirma que a “educação não
é um empreendimento neutro e de que, pela própria natureza da instituição, o educador estava
envolvido em um ato político, estivesse ciente ou não disso” (APPLE, 2006, p. 35). A esse
respeito, informa Freire (2005) que “Educação é política”. Todos nós estamos mergulhados
em política de natureza educacional, essa é a verdade.
A matéria Contabilidade tem consigo divisões e subdivisões que integram um corpo de
disciplinas no currículo. Esse conjunto é distinto nos currículos encontrados nas instituições
de ensino superior pelo país a fora. Isso se deve pelo fato de que as várias faculdades
divergem no que tange às escolas contábeis contempladas em seus currículos. A faculdade
que trabalha com uma estrutura curricular mais voltada ao pragmatismo estadunidense
estabelece ensino mais voltado para as técnicas contábeis9. A faculdade que adotar as escolas
européias terá como embasamento uma abordagem mais fundamentada no campo das teorias
científicas.
Um dos pontos comuns nos currículos de Contabilidade é o Estágio Supervisionado
Curricular. Este figura entre as etapas mais relevantes para a formação do profissional da
Contabilidade. Trata-se da experiência prática vivenciada pelo aluno no processo de aquisição
das habilidades e competências que o currículo do curso intencionalmente objetiva. A relação
entre teoria e prática está entre os pontos mais recorrentes no quotidiano da sala de aula do
curso. Para Buriolla (2011, p. 13), o “estágio é concebido como um campo de treinamento,
um espaço de aprendizagem do fazer concreto [...].” Dessa forma é possível perceber a
importância estratégica dessa disciplina para o currículo do curso. Buriolla (2011, p. 11)
também afirma que o estágio supervisionado
É o locus apropriado em que o aluno estagiário treina o seu papel profissional,
devendo caracterizar-se, portanto, numa dimensão de ensino-aprendizagem
operacional, dinâmica, criativa, que proporcione oportunidades educativas que
levem à reflexão dos modos de ação profissional e de sua intencionalidade, tornando
o estagiário consciente de sua ação.
O estágio antecipa as experiências que o aluno vivenciará na sua vida profissional e
ele consegue ver isso in loco. Fazer com que essa experiência seja criativa, dinâmica e
configure dimensão de ensino-aprendizagem será o grande desafio das partes que compõe a
concretização desse componente curricular.
9 Segundo Hilário Franco (2000) essas técnicas são Escrituração, Demonstração Contábil, Auditoria e Análise de
Balanços.
47
Para a consecução do processo de estágio, a unidade de ensino, a unidade campo de
estágio, o professor supervisor, o profissional também supervisor e o discente compõem as
partes interessadas na sua consecução. A qualidade da correlação entre estes entes terá como
consequência a realização de estágio que atinja os seus objetivos previamente estabelecidos.
A Resolução 10, de dezembro de 2004, do CNE trata a disciplina de Estágio
Supervisionado como elemento curricular obrigatório. No documento, é relevante
apreciarmos o seguinte artigo:
Art. 7º - O Estágio Curricular Supervisionado é um componente curricular
direcionado para a consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes
ao perfil do formando, devendo cada instituição, por seus Colegiados Superiores
Acadêmicos, aprovar o correspondente regulamento, com suas diferentes
modalidades de operacionalização (Manual de Estágio Supervisionado).
Assim, a resolução que organiza os currículos de cursos de Contabilidade no Brasil
entende que através do estágio o discente consolida o seu desempenho profissional desejado
para a sua carreira.
No Manual de Estágio Supervisionado, o conceito de estágio registrado é o seguinte:
Art. 1º - O Estágio Curricular é um procedimento didático-pedagógico constituído
por trabalhos práticos supervisionados, fora do ambiente acadêmico, sendo uma
atividade obrigatória, integrante do Curso de Ciências Contábeis e desenvolvido em
colaboração com empresas, instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico,
cooperativas e profissionais liberais, de caráter público ou privado, sob condições
programadas previamente, com a orientação de um docente e a supervisão de um
profissional contábil habilitado mediante aceite da coordenação, sem assumir um
caráter de especialização (Manual de Estágio Supervisionado).
O manual é bem claro e posiciona detalhadamente o objetivo do estágio
supervisionado.
A Iniciação Científica e as Atividades Complementares são componentes importantes
que se fazem presentes nos currículos dos cursos de Contabilidade por força da legislação
educacional vigente e por serem realmente importantes. No nosso caso que vivenciamos a
primeira estrutura curricular do curso, apenas vivenciamos o Estágio Supervisionao.
Os currículos de Contabilidade são apoiados por outras áreas do conhecimento, como
Matemática, Metodologia da Pesquisa Científica, Sociologia, Filosofia, Economia, Direito,
Administração, Estudo de línguas, Estatística dentre outras áreas a depender da instituição
(Carneiro, 2008).
48
Em suma, os currículos dos cursos de Contabilidade das instituições de ensino
superior do Brasil têm semelhanças e dessemelhanças. As semelhanças superam as
dessemelhanças e estas concedem aos currículos suas especificidades e atendem suas
vocações regionais, em um país de dimensão continental, como é o caso do Brasil. Carneiro
aponta algumas considerações acerca da Resolução 10 de 16 de dezembro de 2004, cuja
[...] proposta de Conteúdo de Formação Básica foi desenvolvida com base no
disposto na Resolução CNR/CES número 10/04, de 16/12/04, e o seu conteúdo é
composto pelas seguintes disciplinas: Matemática, Métodos Quantitativos
Aplicados; Matemática Financeira; Comunicação Empresarial; Economia;
Administração; Instituições de Direito Público e Privado; Direito Comercial e
Legislação Societária; Direito Trabalhista e Legislação Social; Direito e Legislação
Tributária; Ética e Legislação Profissional; Filosofia da Ciência; Metodologia do
Trabalho Científico; Psicologia Organizacional e Tecnologia da Informação.
(CARNEIRO, 2008, p. 16).
Essas diversas áreas do conhecimento se entrecruzam para a formação do perfil do
egresso do curso. A discussão em torno da permanência das disciplinas do campo das
Ciências Humanas era sempre calorosa, inflamada. Entre os colegas contadores era difícil
tratar desses posicionamentos de defesa de uma formação mais ampliada no campo das
humanidades para o contador.
As reuniões na comissão de reestruturação curricular do curso de Ciências Contábeis
na UESB, nos anos de 2005 e 2006, despertaram em mim o interesse por este elemento que
integra a Educação e concede o poder de decisão para a formação dos discentes para o
trabalho no campo das Ciências Contábeis. No entanto, a tarefa se mostrou muito mais difícil
do que se imaginava. Os colegas professores iniciaram um jogo de interesses e alguns deles
chegaram ao absurdo de defender a sua propriedade sobre disciplinas do currículo. As
reuniões ficaram difíceis, mas, enfim, concluímos uma proposta de reformulação que fora
encaminhada para a Área Departamental de Ciências Contábeis. Muitas reuniões aconteceram
para que a singela proposta se tornasse a nova matriz curricular do curso. Um dos pontos que
ficou muito forte nesse período foi a concepção de currículo que se alargou e se aprofundou
em comparação àquela concepção inicial que trazíamos conosco.
No que tange à concepção da palavra Contabilidade, é importante salientar que no
âmbito das Ciências Contábeis, na composição do termo “contábil”, funde-se os termos
“econômico” e “financeiro”. O aspecto financeiro está associado ao fluxo de recursos que se
transformam em dinheiro em maior ou menor tempo. Já o aspecto econômico está ligado à
infra-estrutura que possibilita a geração de rentabilidade. O patrimônio de uma entidade é
49
composto de bens, direitos e obrigações. Os bens são os elementos que a entidade detém
posse e propriedade. Os direitos são elementos que a entidade tem poder de propriedade e não
detém a posse. As obrigações são os componentes patrimoniais que a entidade detém posse e
não conta com a propriedade destes (FRANCO, 1995).
Um ponto nevrálgico na execução curricular nos cursos de Contabilidade é a formação
pedagógica dos seus docentes. São bacharéis na docência e contam com tamanhas
dificuldades em realizar suas tarefas docentes.
No que tange à formação de professores, Arroyo (2011, p. 24) defende que
O lugar onde marcamos nossa formação é no trabalho, nós aprendemos e vamos
conformando nossas identidades docentes na própria docência, no cotidiano das
salas de aula, na prática de preparar, ensinar nossa matéria. A disciplina que
lecionamos e em que nos licenciamos é o referente de nossa identidade profissional:
sou professor(a) de matemática, história, biologia...mudou o peso desse referente?
No nosso caso, professor de “Contabilidade” também vamos conformando a nossa
identidade na experiência adquirida na sala de aula. No entanto, os alunos pesquisados,
ouvidos em nossa pesquisa defendem que mais ferramentas sejam utilizadas para ajudar esses
bacharéis na docência. A referência docente necessita de aprimoramento, de reforço.
Segundo Masetto (2012), o professor necessita de experiências no quotidiano
educacional no campo da política, da pedagogia e do conhecimento, ou seja, o elemento
cognitivo. No que se trata desse último, Tardif (2012, p. 11) informa, no que tange ao saber
dos professores, o seguinte entendimento:
Na realidade, no âmbito dos ofícios e profissões, não creio que se possa falar do
saber sem relacioná-lo com os condicionantes e com o contexto do trabalho: o saber
é sempre o saber de alguém que trabalha alguma coisa no intuito de realizar um
objetivo qualquer. Além disso, o saber não é uma coisa que flutua no espaço: o saber
dos professores é o saber deles e está relacionado com a pessoa e a identidade deles,
com a sua experiência de vida e com a sua história profissional, com as suas relações
com os alunos em sala de aula e com os outros atores escolares na escola, etc.
No que se trata do aspecto político, Apple (2006, p. 29) afirma que a vida dele como
ativista e professor aconteceu como uma tentativa de “ligar as fronteiras artificiais entre,
digamos, política e educação, entre currículo e ensino, de um lado, e questões de poder
cultural, político e econômico de outro”. O professor tem consigo uma gama de
intencionalidades e isso fica bem claro quando se observa a vivência do professor em sala de
aula. A esse respeito, Paulo Freire e Ira Shor (2011, p. 62) se manifestam da seguinte forma:
50
[...] a educação é um momento no qual você tenta convencer os outros de alguma
coisa [...] Independente da política do professor; cada curso aponta para uma direção
determinada no sentido de certas convicções sobre a sociedade e sobre o
conhecimento. A seleção do material, a organização do estudo, e as relações do
discurso, tudo isso se molda em torno das convicções do professor.
A intencionalidade acompanha o professor em sua caminhada docente. A formação
continuada desse profissional o ajuda a definir claramente o caminho que ele quer de fato
seguir. O professor de Contabilidade, na verdade, é um bacharel que se aventura na atividade
docente com a intenção de colaborar no aprendizado dos discentes, mas com as dificuldades
naturais para atingir os seus objetivos por ser um bacharel. Esta temática é estudada por
Gonçalves (2010) em seu livro intitulado “Bacharéis na docência” que aborda o cotidiano de
professores que aprenderam na prática o ofício docente.
Na verdade, os contadores professores necessitam de base pedagógica para atuarem na
docência. O quotidiano educacional superior no campo das Ciências Contábeis é carente de
experiências vinculadas ao que se chama “aprendizagem” no campo da Pedagogia. O que se
encontra, de fato, é o “ensino” em suas mais incipientes expressões de aula expositiva, muitas
vezes cansativas e enfadonhas. “O professor não trabalha apenas um “objeto”, ele trabalha
com sujeitos e em função de um projeto: transformar os alunos, educá-los e instruí-los”
(TARDIF, 2012, p. 13) essa é a complexa tarefa do professor.
Outro ponto crucial é o problema com a frequência de alguns professores. A UESB é
uma das universidades estaduais que mais liberdade concede aos seus profissionais da
educação. Assim, os docentes não assinam ponto na unidade departamental em que estão
lotados. Aos professores comprometidos essa liberdade representa um elemento facilitador,
desburocratizador da sua tarefa docente. Mas aos professores que tratam a sua atuação
docente como um “bico”, ou seja, uma atividade menos importante, essa medida funciona
como uma brecha para professores descomprometidos se fazerem ausentes nos seus horários
em sala de aula. Algumas situações aconteceram em que os alunos acabam assinando lista de
presença e a encaminham ao colegiado do curso. Este reúne as listas e as apresenta como
ponto de pauta na plenária colegiada para discutir a problemática. Assim, esta tem sido a
maneira de se tratar o problema, o que é algo extremamente desanimador. Essa questão
poderia ser resolvida com a adoção de uma central de cadernetas ou um livro de ponto pelo
departamento das Ciências Sociais Aplicadas. No entanto, se a coordenação do colegiado
deixar de ter esse cuidado e acompanhamento o problema retorna. Esta é uma problemática
que somente será resolvida quando o coletivo de coordenadores de colegiado, de área
51
departamental, departamento e reitoria reunirem-se com o único intuito de tratar desse assunto
como um ponto de pauta institucional.
O despertar dos professores para tratar da sua formação pedagógica é delicado. Requer
um trabalho de convencimento cuidadoso. Esses docentes de nível superior são tomados pelo
que chamamos de “ego inflado” (termo que caiu no uso popular na academia) e muitas das
vezes se negam a dialogar sobre questões dessa natureza. Na verdade,
[...] o saber dos professores não é um conjunto de conteúdos cognitivos definidos de
uma vez por todas, mas um processo em construção ao longo de uma carreira
profissional na qual o professor aprende progressivamente a dominar seu ambiente
de trabalho, ao mesmo tempo que se insere nele e o interioriza por meio de regras de
ação que se tornam parte integrante de sua “consciência prática (TARDIF, 2012, p.
14).
A contabilidade é uma metodologia (IUDÍCIBUS, 2010) sistematizada que estuda o
patrimônio e solicita que os docentes realizem a menção teórica relacionada com a orientação
prática. Os docentes, na verdade, estão sempre solicitando a apreciação de conhecimentos
advindos do quotidiano profissional da Contabilidade. Essa solicitação faz sentido em parte,
pois o curso superior se distingue dos cursos técnicos, ou tecnólogos, por conter carga horária
considerável com instruções de natureza teórica. O discente da Contabilidade necessita
realizar a leitura que os habilitarão a compreender a história da Contabilidade em seus
pormenores, assim como a legislação que norteia a prática contábil no Brasil.
O professor de Contabilidade deve interagir com seus discentes proporcionando
entrosamento entre teoria e prática, no dia-a-dia da sala de aula. Segundo Tardif (2012, p. 17),
o conhecimento do professor traz em si as marcas do seu labor, ou seja, é um tipo de
conhecimento “modelado no e pelo trabalho”.
A respeito do trabalho, os alunos do curso sempre estão em voltas com a preocupação
com a sua formação profissional. E essa temática é de grande relevância no estudo do
currículo aplicado às Ciências Contábeis.
A profissão contábil é muito controlada pelo Governo, pelos órgãos profissionais e os
sindicatos. Os levantamentos realizados pelos contadores constituem a pedra fundamental dos
estudos da Economia, é ligada intrinsecamente com os interesses dos estudiosos das Ciências
da Administração. Assim, os usuários da Contabilidade interferem na formatação do
quotidiano dessa profissão.
Um dos autores que apresenta preocupação com a temática profissional na educação é
Michael Apple e se manifesta no que se trata da inquirição “O conhecimento de quem vale
52
mais?” Será que é o conhecimento existente nas empresas ou na vida em geral? A que ou a
quem a Educação deverá servir? Assim, a pergunta de Apple desencadeia mais perguntas.
Outro pensador que se manifesta a esse respeito é Moreira (2011, p. 50) afirmando que
Quando a isso se acrescenta a imensa pressão, exercida sobre o sistema educacional
em muitos países, para que as metas das empresas e das indústrias se tornem os
objetivos principais, senão os únicos objetivos da formação escolar, então a questão
ganha ainda maior relevância.
É interessante distinguir os objetivos das empresas dos objetivos educacionais gerais.
É claro que a educação profissional funciona como “um” dos objetivos, no entanto será
questionável se a tiver como “o” objetivo. Educação confirma cultura como diversos autores
apontam, todavia confirmar meta empresarial significa empobrecimento conceitual da
Educação. Adiante, o mesmo autor afirma
Não posso aceitar uma sociedade em que mais do que uma entre cada cinco crianças
nasce na pobreza, condição essa que está se agravando dia a dia. Tampouco posso
aceitar como legítima uma definição de educação que estabeleça como nossa tarefa a
preparação de alunos para funcionar sem problemas nos “negócios” dessa sociedade.
Nações não são empresas. E escolas não fazem parte de empresas; para ficarem
eficientemente produzindo em série o “capital humano” necessário para dirigi-
las. Ferimos o nosso próprio senso de bem comum só de pensar no drama humano
da educação nesses termos. É humilhante para os professores e cria um processo
educacional totalmente desvinculado das vidas de um grande número de crianças
(MOREIRA, 2011, p. 64).
Assim, em partes diferentes de um mesmo artigo o autor confirma o seu ponto de vista
no que tange á distinção entre educação profissional e educação de forma geral. Ele afirma
que Educação Profissional (Educação para as empresas) é espécie que tem como gênero a
Educação Geral, ou seja, (Educação para a sociedade).
No campo contábil profissional, o termo “contabilista” é gênero que tem como
espécies o técnico, o tecnólogo e o contador. Houve tempos em que o técnico contábil
realizava o que hoje é atribuição do contador. O profissional contabilista também já fora
chamado de “guarda-livros” com alusão á guarda dos livros contábeis e fiscais que
constituíam o registro das operações empresariais. Essa denominação hoje se encontra em
desuso.
Não faz muito tempo, o que mais existia era curso técnico em Contabilidade. Este
funcionava em nível de Ensino Médio. Nos rincões do nosso imenso Brasil as escolas de nível
Médio (anteriormente denominado Segundo Grau) ofereceram por muito tempo o curso
Técnico em Contabilidade. Tratava-se de um curso rápido com um número pequeno de
53
disciplinas da área contábil. O profissional contábil técnico deixava a instituição de ensino
com noções de Contabilidade Geral no que refere ás suas duas primeiras técnicas, a saber:
Escrituração e Demonstração Contábil. Assim, o técnico em Contabilidade estava apto a
trabalhar em escritórios de Contabilidade como assessor contábil, pois não estava habilitado a
assinar peças contábeis em que apenas o contador poderia se responsabilizar. Atualmente é
muito raro encontrar curso dessa modalidade.
O curso tecnólogo em Contabilidade é bem mais recente e concede formação superior
ao concluinte. Este curso também enfatiza o estudo das técnicas contábeis. No entanto,
permite maior aprofundamento no conhecimento uma vez que se realiza em instituições
credenciadas com maior rigor pelo MEC. Essa modalidade educacional existe em função da
grande demanda de trabalhadores para as diversas áreas operacionais das empresas de médio e
grande porte nos mais desenvolvidos centros urbanos com incremento comercial e industrial.
O curso superior em Contabilidade forma o contador. Este consta em sua estrutura
curricular disciplinas de natureza científica. Essas disciplinas discutem a metodologia
científica, a epistemologia da Contabilidade e também a metodologia de pesquisa científica.
Essas disciplinas apresentam o contexto das Ciências Contábeis no campo extenso do
conhecimento científico. Assim, os princípios, a história, a condição de ciência ou não são
discutidos como temas que insere o aluno no âmbito da Contabilidade como forma de
entender a realidade, ângulo em que os elementos que compõem a realidade patrimonial se
apresentam.
A vertente profissional na educação é um chamativo que a formação em Contabilidade
realiza nos alunos. O que deve ser evitado é a atitude mercenária de entender que o curso
apenas vai possibilitar a barganha pecuniária. É necessário que lutemos contra o
empobrecimento do campo das discussões relevantes nessa área do conhecimento tão
importante para as sociedades modernas. Este curso forma pessoas habilitadas a cuidar do
patrimônio das pessoas físicas e jurídicas, sejam elas públicas ou privadas. Com esse
instrumental de conhecimentos é possível a sublimação das ações no que o patrimônio
possibilita.
É fácil compreender que o aspecto profissional e técnico no currículo seja um
chamativo aos alunos, no entanto não se deve desprezar o aspecto científico do mesmo. É
através do conjunto de disciplinas que discutem a condição de ciência da Contabilidade que se
insere o aluno nas ideias mais duradouras na configuração contábil de interpretação da
realidade patrimonial.
54
Na verdade, com o tempo, muitas das técnicas podem se tornar obsoletas e os alunos
terão dificuldades para interpretar as mudanças ocorridas. O estudo das técnicas apenas
apreciam o processo de reprodução do conhecimento de natureza acadêmico-contábil.
Segundo Iudícibus (2010, p. 11), no livro Contabilidade Introdutória, o mercado de
trabalho do contador está voltado para as instituições de natureza econômico-administrativas.
O contador pode exercer a função de empreendedor, contador gerencial, controller, auditor
público nos níveis, federal, estadual e municipal, auditor independente, auditor interno, perito
contábil, analista de balanços, assessor administrativo, assessor contábil, entre outras funções.
O rol de possibilidades de atuação do contador tem se transformado rapidamente no
Brasil. Desde a abertura de nossos portos e aeroportos ao comércio exterior no Governo
Collor, no início dos anos 1990. Desde então, a formação do contador tem sentido o
desdobramento das funções a serem exercidas por ele na sociedade.
Como o trabalho do contador é constituído de atividades de natureza objetiva, ele
acaba construindo clareza no trato com os fatores que interferem nas suas conclusões acerca
da realidade patrimonial das empresas, das pessoas físicas, das dimensões da administração
pública, entre outras entidades contábeis.
O contador encontra trabalho no Brasil em qualquer lugar em que se tenha negócios,
empreendimentos. Essa realidade é desafiadora, pois tem o poder de transformação social
incalculável. No entanto, trata-se de uma classe profissional ainda tímida, acanhada que não
se mostra á sociedade como deve. É necessário reunir forças para mobilizar ações que venham
fazer a diferença na sociedade em que o contador atue.
Outro ponto importante é que o currículo voltado às Ciências Contábeis há de levar em
consideração uma terminologia que abarca termos como Capital, patrimônio, obrigações,
bolsa de valores, economias emergentes entre outros termos mais. O capital é um elemento
patrimonial que está classificado junto às obrigações. Constitui uma obrigação da entidade
para com os seus sócios, ou seja, a entidade deve aos empreendedores o seu capital e, quando
restituir este capital aos seus sócios, em sua totalidade, ela então, se extinguirá. As obrigações
de uma entidade constituem o seu passivo e, este, tem consigo obrigações que se deve a
terceiros10
e, ainda, outras que se deve aos sócios. Estes são chamados de “capital próprio” e
aqueles de “capital de terceiros”. O somatório destes dois grupamentos de obrigações
denomina-se “capital em giro”. Existe também o termo “capital de giro” que se refere aos
10
Entende-se por primeira pessoa a entidade, segunda pessoa os sócios e por terceiros os que aportam recursos
na entidade na condição de obrigações a pagar ou a recolher (nota do autor).
55
recursos empregados no giro dos elementos patrimoniais que mais rapidamente se
transformam em espécie, ou seja, em dinheiro (FRANCO, 1995).
A terminologia contábil foi influenciada pelo advento do mercado financeiro, também
denominado mercado de capitais, o capital das empresas passou a ser dividido em ações,
negociadas em bolsa de valores. Com isso, as empresas realizam captação de recursos para
aumentar o seu patrimônio. Assim, poderão aumentar o seu investimento em infra-estrutura
de produção ou em capital de giro para financiar as compras a prazo de seus clientes. Dessa
maneira, o negócio poderá obter maior rentabilidade, ou seja, “mais valia”. O retorno
operacional do investimento é um quase sinônimo do termo mais-valia (FRANCO,1995)
Outro fenômeno importante que influencia a terminologia curricular contábil é a
globalização, também chamada mundialização da economia. Esta trouxe a tona o termo
“capital volátil” que são recursos que os investidores internacionais movimentam de um país
para outro com uma rapidez considerável. Com isso, a economia dos países emergentes fica
fragilizada ante as grandes economias que podem descapitalizar suas bolsas de valores em
períodos curtos de tempo;
Assim, o currículo para o curso de Ciências Contábeis haverá de levar em
consideração a legislação educacional contábil, as áreas do conhecimento indicadas pela atual
DCN para o curso, o processo de mundialização da Contabilidade, a nomenclatura contábil
atual, as necessidades regionais do cenário em que se experiência o curso.
56
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA DA PESQUISA
Segundo o professor Quizzotti (2010) a metodologia da pesquisa científica necessita
de atualizações constantes para se aplicar no quotidiano da Educação, das empresas, enfim, da
sociedade. Para isso, diversos estudiosos, nos quatro cantos do mundo, se debruçam em
estudos que analisam os paradigmas que fundamentam a pesquisa científica com o rigor que
caracteriza esse tipo de conhecimento (científico). Neste caso particular, realizamos pesquisa
com abordagem qualitativa por entender que a educação em consonância com as Ciências
Contábeis carece de trabalho dessa natureza. Entre os procedimentos, adotamos a pesquisa
documental e aplicamos questionários aos discentes pesquisados.
3.1 Pesquisa Qualitativa
Uma inicial distinção se faz necessária e para Severino (2007, p. 118) “a primeira
diferenciação que se pode fazer é aquela entre a pesquisa quantitativa e a qualitativa. O fato
de termos enfatizado os quadros montados a partir da análise de conteúdo já aponta
características da tipologia da pesquisa nesta tese. Assim, para o estudo em questão, adotou-se
a abordagem qualitativa. Segundo Abramowicz (1996), este tipo de abordagem funciona
como um modelo dialético de análise que tem consigo subjetividade e, assim, torna possível a
identificação de diversos ângulos do objeto estudado.
Esta modalidade de pesquisa privilegia conceitos, conclusões ricas de especificidade.
Estas características estão presentes nos quadros montados a partir da técnica de Análise de
Conteúdo. Essa primeira distinção citada pelo autor acima é advinda de “diferenças
significativas no modo de se praticar a investigação científica (2007, p. 117-118). Praticamos
a investigação com interesse especial no currículo experienciado pelos alunos concluintes e
esse fato gerou resultados mais voltados á pesquisa qualitativa.
Na verdade, o termo abordagem é mais adequado para a caracterização da pesquisa.
Quem informa a esse respeito é Severino que afirma o seguinte:
Quando se fala de pesquisa quantitativa ou qualitativa, e mesmo quando se
fala de metodologia quantitativa ou qualitativa, apesar da liberdade de
linguagem consagrada pelo uso acadêmico, não se está referindo a uma
modalidade de metodologia em particular. Daí ser preferível falar-se de
abordagem quantitativa, de abordagem qualitativa, pois, com estas
designações, cabe referir-se a conjuntos de metodologias, envolvendo,
eventualmente, diversas referências epistemológicas (2007, p. 119).
57
Dessa forma, a pesquisa utiliza-se da abordagem qualitativa. No âmbito dessa
abordagem qualitativa foram adotados procedimentos para a consecução da pesquisa.
A pesquisa que utiliza a abordagem qualitativa tem seus pontos fracos. Como crítica a
esse tipo de pesquisa, Stake (2011, p. 39) registrou o seguinte argumento que deve ser levado
em consideração:
Os estudos qualitativos têm seus defensores e seus opositores. Eu sou um grande e
profundo defensor. No entanto, há muito tempo observo a decepção de alguns
patrocinadores e colegas. Os pontos fracos são basicamente o que os opositores
dizem ser. A pesquisa qualitativa é subjetiva. É pessoal. Suas contribuições para
tornar a ciência melhor e mais disciplinada são lentas e tendenciosas. Os resultados
contribuem pouco para o avanço da prática social.
Conhecedores que somos dos riscos e limitações, adotamos a abordagem qualitativa
por compreender que é nesse tipo de levantamento de informações que temos a possibilidade
de contribuir da melhor maneira para as Ciências da Educação em consonância com as
Contábeis. Sabemos também que a subjetividade é um campo estranho para as Ciências
Contábeis que se caracteriza por ser muito objetiva. Assim, temos consciência de que a
interpretação pessoal é marcante neste trabalho de pesquisa, o que é um dos pontos criticados
pelos opositores da pesquisa qualitativa. Mesmo que singelos, os resultados ajudarão a
repensar o currículo do curso. Esse será o nosso contributo.
Da mesma forma que o autor acima citado, nosso posicionamento é como defensor da
pesquisa qualitativa e dos bons frutos que ela pode concretizar no campo do conhecimento,
mesmo que estes se apresentem de forma lenta, demorada.
No que tange à essência da abordagem qualitativa, também é Stake (2011, p. 41) que
nos instrui ao afirmar que
É comum que as pessoas suponham que a pesquisa qualitativa é marcada por uma
rica descrição de ações pessoais e ambientes complexos, e ela é, mas a abordagem
qualitativa é igualmente conhecida [...] pela integridade de seu pensamento. Não
existe uma única forma de pensamento qualitativo, mas uma enorme coleção de
formas: ele é interpretativo, baseado em experiências, situacional e humanístico.
Cada pesquisador fará isso de maneira diferente, mas quase todos trabalharão muito
na interpretação. Eles tentarão transformar parte da história em termos experienciais.
Eles mostrarão a complexidade do histórico e tratarão os indivíduos como únicos,
mesmo que de modos parecidos com outros indivíduos.
Realmente, o que o autor acima descreve se concretizou no trabalho ora apresentado,
pois a interpretação do conjunto de fatores presentes na reformulação curricular se faz
58
presente nesta tese. A UESB, a trajetória educacional do autor, o cenário da pesquisa, o ponto
de vista dos respondentes, dentre outros pontos mais do trabalho foram interpretados pelo
pesquisador em sua subjetividade utilizando de técnica apropriada para esse tipo de pesquisa.
O texto que contempla o pesquisador, na introdução deste trabalho se justifica no
seguinte fragmento extraído da obra de Stake (2011): “A pesquisa não é uma máquina que
processa fatos. A máquina mais importante em qualquer pesquisa é o pesquisador”. Dado a
isso, construiu-se texto que descreve a trajetória do pesquisador em que se justifica a escolha
do tema, do problema de pesquisa, seus limites, possibilidades.
Para contemplar esse objeto de estudo adotamos como instrumentos de coleta de dados
a pesquisa documental e o questionário.
Vale ressaltar que os cursos de Ciências Contábeis são extremamente carentes de
estudos dessa natureza, ou seja, interagindo a Contabilidade com as Ciências da Educação. A
Contabilidade surge no panorama das ciências sociais aplicadas como aquela que se debruça
sobre o patrimônio11
com o fito de estudá-lo e, assim, fornecer as informações que os usuários
necessitam para poderem “tomar decisões coerentes junto às entidades de natureza
econômico-administrativas” (IUDÍCIBUS, 2000, p. 17). Por fim, são apresentadas propostas
para o curso de Ciências Contábeis, que desempenham papel de relevância, nessa região do
nosso país que tanto necessita dessa ciência do patrimônio para gerir as potencialidades para o
seu progresso social e econômico. O propósito é adotar metodologias capazes de contemplar a
Contabilidade em seus aspectos mais relevantes.
A escrita da tese começou com a preocupação com o problema a ser estudado. Logo
após, o tema precisava ser delimitado e, assim, reestruturação\regulamentação\reformulação e
acabamos por adotar o termo “reformulação” para figurar no título da pesquisa por perceber
que este é o mais utilizado entre professores e alunos do curso de Ciências Contábeis na
universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
É válido ressaltar que este trabalho se apoia nas teorias críticas para estudo do
currículo. Segundo Silva (2011, p. 30) “Os modelos tradicionais de currículo restringiam-se à
atividade técnica de como fazer o currículo” ao passo que para as teorias que questionam essa
estrutura tradicional, que são as teorias críticas, defendem que o mais relevante não está no
enfoque que trata de como fazer o currículo, mas “desenvolver conceitos que nos permitam
compreender o que o currículo faz”, dessa forma, ocorreu uma inversão da pergunta que as
teorias tradicionais apresentavam. Por essa razão, justifica-se a presença do termo “crítico”
11
O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações.
59
nesta pesquisa. Trata-se de trabalho que se classifica como estudo de natureza crítica no rol
das teorias que se debruçam sobre o currículo na atualidade. Apple (2006), no prefácio ao seu
livro “Ideologia e currículo”, posiciona-se como adepto da “criticidade” junto à epistemologia
da Educação. Segundo o autor, Entende-se por Teorias Críticas um posicionamento que
sucede a pós-modernidade e antecede a pós-criticidade. Uma das características da criticidade
na educação é o apontar sugestões para a Educação e preocupar-se com o contexto político,
econômico e social em que a educação se encaixa. Ante esse cenário, a metodologia
qualitativa se fará presente para organizar as idéias em forma de conceitos.
O presente problema surgiu em meio à caminhada realizada na trajetória educacional e
profissional do pesquisador. Responder a esta questão se justifica pelo fato de que o
quotidiano do curso de Ciências Contábeis necessita ser aclarado pelas luzes das Ciências da
Educação. Os estudos, no campo do currículo, voltados ao curso de graduação poderão
realizar trabalho de racionalização do currículo em execução na instituição, em acordo com o
estudo teórico condizente.
Em poucas palavras, “currículo é um curso a ser seguido, ou mais especificamente,
apresentado” (Goodson, 2010, p. 31). Estudar esse curso, ou seja, percurso e, analisar desde o
ponto de partida até o ponto de chegada constitui estudo de relevância. Para se entender o
porquê de estudar essa temática é necessário remontar à trajetória educacional e profissional
do pesquisador e apresentar informações acerca deste trabalho que pretende realizar estudo de
natureza curricular com metodologia específica para tanto.
3.2 Procedimentos
Os procedimentos adotados foram a Análise Documental e o Questionário aberto.
Com esses procedimentos entendemos que o objeto de estudo mostrará facetas que nos
interessam neste trabalho.
3.2.1Análise Documental
Constitui uma técnica valiosa de abordagem de dados qualitativos (LÜDKE, 2012, p.
38) para a construção de uma tese de doutorado. Assim, funciona como necessário
componente para a interação com o instrumento de coleta de dados (Questionário) que foi
aplicado aos alunos do curso de Ciências Contábeis.
60
Para Lüdke (2012, p. 38),
São considerados documentos “quaisquer materiais escritos que possam ser usados
como fonte de informação sobre o comportamento humano” (PHILLIPS, 1974, p.
187). Estes incluem desde leis e regulamentos, normas, pareceres, cartas,
memorandos, diários pessoais, autobiografias, jornais, revistas, discursos, roteiros de
programas de rádio e televisão até livros, estatísticas e arquivos escolares.
No caso específico desta tese os documentos utilizados foram o Projeto Pedagógico e
a legislação específica do curso que são os textos mais importantes a serem analisados. São
materiais escritos que foram utilizados na construção da tese.
Entre todos os documentos que orientam o funcionamento do curso, destacam-se
também os manuais. Estes tratam do Estágio Supervisionado, das Atividades Complementares
e do Trabalho de Conclusão de Curso.
Enfim, todo o projeto pedagógico atual do curso nos é interessante como documento a
ser analisado, estudado, apreciado. Para Severino (2007), “a documentação temática visa
coletar documentos relevantes para o estudo em geral ou para a realização de um trabalho em
particular, sempre dentro de determinada área” (p. 68). O Projeto Pedagógico do curso nos foi
disponibilizado junto ao colegiado do curso de Ciências Contábeis e a Legislação que orienta
o curso está disponibilizada na internet. A área determinada diz respeito à Educação em
consonância com a Contabilidade.
No que se trata da legislação pertinente, temos a Resolução 10 de dezembro de 2004
do Conselho Nacional de Educação que rege o currículo mínimo para os cursos de Ciências
Contábeis no Brasil, que tem grande relevância neste estudo. Nesta resolução se encontram as
orientações necessárias para a construção de um plano de estudos para a Contabilidade com
indicação de cargas horárias e áreas do conhecimento que são imprescindíveis para o
currículo do curso.
Também foi utilizada a Carta Consulta, documento que criou a Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia, pois este documento colabora para a caracterização do local de
pesquisa. Foi com este documento que se realizou o credenciamento da UESB junto ao
Conselho Estadual de Educação no ano de 1998.
3.2.2 Questionário Aplicado
Depois dos estudos sobre os conceitos de currículo, reformulação curricular e do
entrelaçamento entre currículo e as Ciências Contábeis, foi possível iniciar o esboço de um
61
questionário a ser aplicado aos discentes do curso. Este continha, inicialmente, 12 questões e,
posteriormente, foi reduzido para 10 por recomendação cuidadosa da orientação. Todas as
perguntas constantes no questionário fazem alusão ao currículo voltado ao curso de Ciências
Contábeis em sua vivência realizada pelos alunos concluintes.
As primeiras perguntas dizem respeito ao currículo em âmbito geral no que tange á
análise que o discente realiza acerca do currículo vivido até o presente momento. Logo após,
o questionário se reporta ao aspecto mais positivo e ao mais negativo na visão dos sujeitos
discentes. Estes três questionamentos iniciais tratam do currículo experienciado pelos alunos.
As quatro questões seguintes tratam do processo de reestruturação curricular no que se
trata da inserção, exclusão e avaliação da relevância das disciplinas. O Estágio
Supervisionado e as Atividades Complementares são analisadas por meio de perguntas
específicas. Também foram tratadas em separado a temática do Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC), a preparação profissional para atuar fora do país e a escolha profissional
específica.
Essas questões foram aplicadas aos 17 alunos da turma do décimo semestre do curso,
no mês de outubro de 2012, na aula da disciplina de Laboratório Contábil, com a devida
permissão do professor da disciplina . Na oportunidade, o pesquisador estava acompanhado
do coordenador do colegiado do curso de Ciências Contábeis, que se dirigiu à sala de aula de
forma solícita e generosa.
A aplicação do instrumento de coleta de dados, de forma inesperada para os alunos,
aconteceu de maneira proposital por entendermos que dessa maneira conseguiríamos mais
autenticidade nas respostas.
No dia da aplicação do questionário, os discentes estavam respirando os ares da
conclusão do curso que se aproximava. Alguns dias depois já colavam grau e receberam o
relatório de análise de conteúdo do questionário aplicado que apontou as principais categorias
que fazem parte deste trabalho escrito que são a “reformulação” e a “formação de
professores”. Outras menos reincidentes foram a “educação profissional” e a “infra-estrutura
educacional universitária”.
A aplicação do questionário e sua consequente análise revelou relances do que
aconteceu na caminhada dos alunos durante a graduação. A esse respeito, Stake (2011, p. 58)
escreveu o seguinte:
62
Gabriel García Márquez escreveu Cem anos de solidão sobre os acontecimentos na
família de Arcádio Buendía no decorrer de um século. Na pesquisa qualitativa,
escrevemos sobre o que realmente aconteceu, não sobre ficção, mas também
escrevemos sobre aquilo que as pessoas dizem que viveram. Há mais que uma pitada
de ficção no que as pessoas dizem e no que nós, autores das pesquisas, dizemos
também.
Os escritos oriundos do questionário revelam a caminhada dos alunos durante a
graduação em que o currículo foi vivido, experienciado. Trata-se da realidade por eles descrita
nas respostas do questionário. Alguns pontos já eram conhecidos, no entanto, outros foram
reveladores de nuances que nos surpreendeu.
Para o tratamento dos dados, foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo. Segundo
Severino, trata-se de “uma metodologia de tratamento e análise de informações constantes de
um documento, sob forma de discursos pronunciados em diferentes linguagens: escritos,
orais, imagens, gestos”(2007, p. 121). Com os questionários respondidos de forma escrita,
partimos para a montagem dos quadros que apontaram as categorias.
No trabalho de análise de conteúdo, “que tem por objetivo dar forma conveniente e
representar de outro modo essa informação, por intermédio de procedimentos de
transformação” (BARDIN, 2011, p. 51) constituíram-se quadros que geraram tabelas e estas
possibilitaram a construção de gráficos que ajudaram na escrita dos capítulos que tratam das
categorias encontradas na coleta de dados, junto aos concluintes.
Os gráficos e tabelas construídos a partir dos quadros da análise de conteúdo pendem
para a abordagem quantitativa e constam nos anexos desta tese. Eles levantam informações
em forma de síntese que muito auxiliaram na escrita das análises e, conseqüentemente, dos
resultados da pesquisa.
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o 1
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o 2
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Su
jeit
o 3
- N
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jeit
o 4
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Su
jeit
o 5
- D
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las.
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jeit
o 6
- O
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jeit
o 7
- D
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jeit
o 8
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o 9
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o 1
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jeit
o 1
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po
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jeit
o 1
2 -
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ifíc
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o 1
3 -
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o 1
4 -
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jeit
o 1
5 -
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jeit
o 1
6 -
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jeit
o 1
7 -
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sam
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;
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uir
as
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;
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r;
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ever
iam
se
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as
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vez
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as.
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s A
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cum
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das
e
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nec
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rias
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alu
no
qu
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co
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(co
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ão)
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- N
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iqu
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o 1
- N
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Su
jeit
o 2
- N
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mp
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amen
to d
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sso
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Su
jeit
o 3
- N
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sso
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u e
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Su
jeit
o 4
- P
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po
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u c
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Su
jeit
o 5
- N
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Su
jeit
o 6
- S
im,
po
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não
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tab
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ade
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ob
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ão.
Su
jeit
o
7
- N
ão,
pois
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Su
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” cu
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qu
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ação
alm
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Su
jeit
o 8
- E
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, p
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há
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lvim
ento
da
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ldad
e co
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s em
pre
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Su
jeit
o 9
- S
im,
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ecer
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ráti
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o q
ue
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to e
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ula
.
Su
jeit
o 1
0 -
Não
, po
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pro
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mu
ito
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u m
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ir,
se a
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teri
or
e ai
fic
ou
so
lto
.
Su
jeit
o 1
1 -
Não
, po
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e n
ão h
ou
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tem
po
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il p
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e o
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ágio
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sse
des
envo
lvid
o d
a fo
rma
des
ejáv
el e
nec
essá
ria.
Su
jeit
o 12
-
Sim
, fo
i a
opo
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de
viv
enci
ar o
s co
nte
údos
estu
dad
os,
já
qu
e eu
n
ão h
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gia
do
an
tes.
Su
jeit
o 1
3 -
Sim
, p
ois
a t
eori
a p
or
si s
ó n
ão é
cap
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e fo
rmar
um
pro
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ão q
ual
ific
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qu
anto
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qu
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ráti
ca e
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ria.
Su
jeit
o 1
4 -
Não
, p
ois
o p
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sso
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eixo
u m
uit
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pro
cess
o e
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vez
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nh
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ito
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nte
mp
lad
o.
Su
jeit
o 1
5 -
Não
, po
is n
oss
o d
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nte
fez
co
m q
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isci
pli
na
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xas
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tu
do
do
iníc
io e
não
evo
luía
nem
aco
mp
anh
ava
os
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cen
tes.
Su
jeit
o 1
6 -
Não
, p
ois
fal
ta f
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ação
do
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or
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dev
ida
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ção
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no
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isci
pli
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Su
jeit
o 1
7 -
De
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gu
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po
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bu
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fal
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ever
ia s
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ão,
po
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de
sup
ervis
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só
tem
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no
me,
fal
ta o
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aco
mp
anham
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icu
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uen
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cia,
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táb
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po
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tem
po
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74
CAPÍTULO 5 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ADVINDOS DOS QUADROS
TABELAS E GRÁFICOS
Este capítulo tem a finalidade de apresentar as informações mais relevantes advindas
dos quadros que geraram tabelas e estas geraram gráficos que compõem a análise de conteúdo
que auxiliam na organização dos dados coletados. As categorias relevantes tratadas são: a
Reformulação Curricular, a Formação Docente como as principais. A Formação Profissional e
o Mercado de Trabalho do Contador também são descritas como temáticas de análise de
dados, ou seja, subcategoria.
5.1 O Contexto da Reformulação Curricular no Curso de Ciências Contábeis da UESB
O curso de Ciências Contábeis foi criado no ano de 1993. Desde então, a universidade
vem oferecendo ao curso possibilidades de avanço que se mostram muitas vezes tímidas ante
as reais carências da comunidade contábil universitária.
A primeira estrutura curricular não carecia de infra-estrutura educacional muito
complexa, pois, contava em sua constituição com atividades\componentes curriculares que
não exigia o que as estruturas que lhe sucederam passaram a adotar.
A segunda estrutura também não diferenciava tanto da primeira no que se trata dos
componentes curriculares e, praticamente, as mesmas condições continuaram inalteradas.
A terceira estrutura curricular do curso trouxe algumas mudanças como as Atividades
Complementares, o Trabalho de Conclusão de Curso, disciplinas como Laboratório Contábil.
Elementos curriculares (em acordo com a Resolução 10 de 2004 do CNE.) Essas mudanças
passaram a exigir infra-estrutura adequada para a execução desses novos componentes
curriculares.
A ideia de reformulação curricular permeia todo este trabalho escrito. Os
respondentes, em praticamente todas as questões, do instrumento de coleta de dados – o
questionário – mencionam a necessidade de revisão da estrutura curricular do curso. Algumas
das perguntas são bem objetivas no que tange ao currículo e sua constante necessidade de
mudança. É válido ressaltar o cuidado com as palavras “mudança”, “reforma”, “revisão”,
“reconceptualização”, pois elas dizem respeito a acontecimentos distintos no campo do estudo
do currículo.
75
5.2 Proposta de Reformulação do Currículo do curso de Ciências Contábeis
A necessidade de adição, exclusão, reposicionamento, diminuição ou aumento de
carga horária, reelaboração dos conteúdos das disciplinas são ações relacionadas ao trabalho
de reformulação curricular. Abaixo se encontram os pontos principais da proposta de
reformulação advinda do currículo experienciado pelos concluintes pesquisados:
Quanto á infra-estrutura do curso
Quando os respondentes se queixavam do curso no que se trata das condições para a
aprendizagem, significa, em poucas palavras, que não estão contando com as condições
adequadas para a devida apreensão dos conteúdos programáticos curriculares.
Um dos problemas cruciais da infra-estrutura do curso está associada aos títulos
bibliográficos disponíveis aos discentes do curso. O Departamento das Ciências Sociais
Aplicadas (DCSA) enquanto instância administrativa acadêmica, em nome das intenções de
natureza política, atende apenas alguns poucos cursos plenamente em suas solicitações.
As salas de aula para o curso são disponibilizadas pela Pró-reitoria de Graduação
(PROGRAD) e esta utiliza de seus critérios para a alocação de salas ás turmas do curso.
O colegiado do curso de Ciências Contábeis conta com uma sala ampla, arejada,
iluminada e bem localizada no pavilhão de administração acadêmica. Também contam com
uma sala em que funciona o Núcleo de Pesquisa das Ciências Sociais Aplicadas.
A grande reivindicação dos sujeitos respondentes desta pesquisa é o laboratório
contábil. Na questão de número 2 do questionário aplicado, que trata dos pontos negativos do
curso, cinco respondentes se queixam da falta de um laboratório para o curso. Neste espaço,
os alunos e os professores fariam experiências utilizando da tecnologia de hardware e
software contábeis.
Para o estágio curricular acontecer é necessário que a universidade realize os
convênios com empresas e escritórios contábeis com a intenção de alocar os estagiários nessa
disciplina de fundamental importância para a formação do profissional contador. Assim, a
universidades estende-se á comunidade para integrar os seus alunos. É necessário, segundo os
respondentes, um cuidado em conceder diálogo e entrosamento melhor com essas empresas
que acabam por se tornarem extensões da universidade.
76
As Atividades Complementares exigem a formação de grupos de estudo capazes de
orientar os alunos na prática da escrita acadêmica com o intuito de escrever artigos e ensaios
para aproveitamento junto às Atividades Complementares do curso, mas para isso será
necessário que se tenha espaço físico para o funcionamento dos grupos de estudo. Existe na
universidade auditórios e salas que podem ser utilizadas para esse fim, no entanto ainda são
poucos. Um professor pesquisador, por exemplo, não tem espaço apropriado para seus
trabalhos de pesquisa, muito menos armário.
A Empresa Júnior de Contabilidade é outro ponto importante da infra-estrutura
educacional universitária para o curso de Ciências Contábeis. Esta tem espaço físico, mas os
alunos o tem subutilizado.
Assim, para a execução de um bom currículo é necessário uma boa estrutura física
universitária. A UESB, segundo os concluintes pesquisados não tem condições físicas ainda
para atender o curso de Ciências Contábeis em todas as suas necessidades.
Quanto à inserção de disciplinas no currículo
Muitos dos alunos consultados indicam algumas disciplinas que deveriam ser inseridas
no currículo do curso como Contabilidade Gerencial, Língua Estrangeira Instrumental para
Negócios, Laboratório Contábil II dentre outras.
Na verdade, Contabilidade Gerencial já está contemplada no currículo com a
disciplina Controladoria. Essas duas nomenclaturas dizem respeito aos mesmos conceitos,
praticamente. Trata-se da contabilidade que atenderá mais especificamente o usuário mais
exigente que é o gestor, ou seja, o administrador, gerente, controller. Os conceitos da
Contabilidade gerencial permeiam todo o curso de ciências Contábeis, pois depende desse
usuário das informações contábeis o bom andamento dos planos da alta diretoria para tornar a
composição dos ativos da empresa capaz de produzir rentabilidade, ou seja, resultados
econômicos. Dado a isso, os respondentes desejam mais conhecimentos sobre essa disciplina.
No que se trata das disciplinas de Língua Estrangeira Instrumental para Negócios, ou
mais específicas seriam Inglês Instrumental para Negócios ou Espanhol Instrumental para
Negócios, a dificuldade é a disponibilidade de professores para lecionar essas disciplinas.
Consta no atual currículo disciplina de Inglês Instrumental e nos últimos cinco anos não fora
oferecida pelo motivo supra citado.
77
A terceira disciplina apontada pelos discentes consultados se refere ao desdobramento
de uma já constante no curso que é Laboratório Contábil. Trata-se de uma experiência que
deu certo. Essa disciplina atende uma expectativa que os alunos têm de vivência prática da
Contabilidade. O desdobramento é possível e viável.
Quanto ás disciplinas que deverão ser excluídas do currículo
No atual currículo do curso existem três disciplinas que tratam da temática de
Auditoria. A primeira é a própria Auditoria Geral seguida por Auditoria Empresarial e
Auditoria Governamental. Os discentes consultados solicitam a exclusão da disciplina de
Auditoria Empresarial por entenderem que esta disciplina acaba por repetir os conteúdos
trabalhados na disciplina anterior, ou seja, Auditoria Geral. A comissão de reformulação
curricular que montou essa atual organização curricular entendeu que se tratava de
conhecimentos necessários a serem aprofundados. O problema está em serem lecionadas por
um único professor. Trata-se de um problema de gestão colegiada pedagógica.
A auditoria é uma das técnicas da Contabilidade, existem inúmeros títulos
bibliográficos tratando dessa temática. Essa técnica atua tanto no meio empresarial em seu
ambiente interno, como no âmbito público. A auditoria no ambiente empresarial ainda conta
com a tipologia “independente”. Essa técnica é responsável pelo levantamento da
fidedignidade do processo de escrituração e das demonstrações contábeis de grandes
corporações empresariais. É possível a exclusão da disciplina de auditoria Empresarial com a
consequente absorção do seu conteúdo pela disciplina que lhe antecede (Auditoria Geral).
A permanência da disciplina de Auditoria Governamental é defensável por se tratar de
um conjunto de conhecimentos necessários para a inserção do contador nos cargos de órgão
públicos de relevância social como as secretarias da fazenda municipais e estaduais, a
secretaria da Receita Federal, as Controladorias Gerais da União, Estados e Municípios, etc.
O ponto de vista dos concluintes faz emergir a necessidade de se rever o oferecimento
das disciplinas de auditoria com um único professor. Cremos que esteja ai o problema por eles
apontado.
Alguns alunos citam a disciplina Contabilidade Comercial e indica a sua exclusão. Na
verdade, já aconteceu a exclusão de uma disciplina desse campo específico na última
reestruturação curricular. Foi excluída Contabilidade Comercial II que fazia parte do currículo
78
de 1999, anterior a esta atual estrutura. A sugestão dos discentes para excluir Contabilidade
Comercial só vem reforçar a necessidade de se repensar a temática das disciplinas de
contabilidade aplicada, ou seja, os estudos em Contabilidade aplicados aos seguimentos
específicos da teoria geral da Contabilidade. São exemplos: contabilidade aplicada á Indústria,
ao comércio, á prestação de serviços, ao meio agrícola, á pecuária, à construção civil, etc..
Os discentes também registraram a necessidade de exclusão das disciplinas Filosofia,
Sociologia e Psicologia. Assim, eles reforçam a ideia de se construir um curso tecnicista em
que os contadores não estejam inseridos no campo das Ciências Humanas. Dando voz a essa
sugestão, o ostracismo contábil dará lugar á exclusão até dos estudos das outras áreas das
Ciências Sociais Aplicadas. No entanto, a Resolução 10, de 2004, do CNE exige o
oferecimento dessas disciplinas por entender que o contador não deve se permitir tamanho
ostracismo objetivista.
Quanto á Iniciação Científica e o Trabalho de Conclusão de Curso
A primeira pergunta do questionário se reporta ao ponto positivo do currículo do curso
e a resposta da maioria dos sujeitos se refere á inclusão das disciplinas Pesquisa Científica em
Contabilidade (PCC) e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O currículo anterior não
contava com essas disciplinas. Anteriormente se tinha as disciplinas Metodologia da Pesquisa
Científica (MPC) e Métodos e Técnicas de Pesquisa (MTP). Foi mantida a última e excluída a
primeira na estrutura curricular atual.
Geralmente, os alunos de Ciências Contábeis são muito pouco incentivados a
escreverem. Com a inclusão das disciplinas de PCC e TCC eles se viram com a
responsabilidade de escrever sobre Contabilidade o que implica em alguns desafios a serem
desbravados.
Vale lembrar que o ensino da Contabilidade é permeado por aulas expositivas com
conteúdo tecnicista; a Escola científica hegemônica é a Americana, também chamada de
pragmática, pois posiciona o contador como um profissional mais executor que idealizador,
pensador da sua prática e quotidiano profissional.
A prática contábil envolve o preenchimento de guias, alimentação de softwares e a
obediência aos requisitos legais que norteiam o quotidiano dos profissionais da Contabilidade
em nosso país... enfim, atividades que distanciam o contador da prática de escrever
79
quotidianamente. Porém, um dos pontos positivos está no fato de o contador ser chamado a
escrever o relatório de Análise de Balanços. Este documento finaliza o trabalho do contador
periodicamente e tem a finalidade de atender a necessidade de informações de todos os
usuários da Contabilidade (IUDÍCIBUS, 2010), a saber: primeiro grupo – empreendedores,
sócios, acionistas, quotistas; segundo grupo – gestores, administradores, gerentes, etc.;
terceiro grupo – emprestadores de dinheiro, investidores, fornecedores, bancos comerciais e
de investimento, etc.; quarto grupo – governo, economistas governamentais, institutos de
pesquisa econômica, etc.; quinto grupo: pessoas físicas, empregados da empresa,
trabalhadores autônomos, etc. Estes usuários da Contabilidade necessitam da informação
contábil para tomarem decisões em suas atividades profissionais ou do dia-a-dia.
Para que esses personagens, da cena contábil, compreendam o relatório da análise de
balanços será necessário ter alguns cuidados. Este texto deverá ser escrito em linguagem
corrente, coloquial, desprovida dos termos técnicos geralmente utilizados no meio contábil.
Do contrário o contador correrá o risco de não ser compreendido e comprometer todo o seu
trabalho.
Assim, o campo da Contabilidade já exige que o contador realize tarefas escritas que
são necessárias ao seu trabalho profissional. No entanto, essa atividade é realizada apenas nas
contadorias de grandes empresas, muitas das vezes Sociedades Anônimas. Com isso os
contadores se vêem desobrigados de praticarem a escrita (em sua acepção dicionarística, sem
vinculação com o termo técnico “Escrituração”) contábil.
Dado que a necessidade de escrever contabilidade se faz presente nos currículos os
discentes consultados registraram que um dos pontos mais relevantes deste currículo, por eles
vivido, foi justamente a inserção das disciplinas de iniciação científica na graduação.
Outro ponto ligado no processo de iniciação científica é a sugestão de que se faça a
mudança de monografia para artigo. Defendem que o artigo é mais prático e se pode publicar
enquanto que a monografia não. Existem algumas universidades que já adotam o artigo, no
entanto, o aluno precisa ter esse artigo publicado em revista com exigência de classifificação
no barema Qualis, do Ministério da Educação. Isso constitui uma dificuldade maior do que a
manutenção da tipologia monografia como trabalho de conclusão do curso. Caberá á nova
comissão de reformulação curricular tomar essa decisão. Em uma monografia se pode extrair
diversos artigos e publicá-los.
80
A inserção do Trabalho de Conclusão de Curso foi realizada na transição entre a
segunda e a terceira estrutura curricular.
Os sujeitos respondentes desta pesquisa apontam esta disciplina como um dos pontos
altos desta atual organização curricular. Trata-se de atividade desafiadora para os alunos
realizarem.
Na trajetória de formação do perfil do contador no Brasil muito pouco se registrou o
contador realizando pesquisas e publicando artigos escritos para apreciação da comunidade
acadêmico-científica. A mudança tende a acontecer no âmbito desta disciplina.
Em um congresso realizado em Brasília, nas dependências do Conselho Federal de
Contabilidade, um dos expositores afirmou que esta disciplina tinha consigo um problema
imenso que era o plágio que os alunos poderiam realizar. Então ele indicava a exclusão desta
disciplina para evitar esses dissabores. Realmente, o plágio é um problema sério no campo
acadêmico, no entanto, existem cuidados que o evitam. Caberá ao professor precaver-se pra
orientar devidamente o seu aluno para não aplicar o plágio e também responsabilizar aquele
que efetiva tal procedimento.
Por fim, é necessário destacar que os respondentes entendem a iniciação científica
como necessária e proveitosa. Tecem elogios aos professores que lecionam as disciplinas e se
mostram entusiasmados em executar este campo específico do currículo.
Quanto às Atividades Complementares
As Atividades Complementares tem se tornado um ponto nevrálgico no curso. Os
discentes têm tido dificuldades para cumprir essas atividades. A construção desse currículo,
que contou com a omissão de diversos professores e representantes discentes, mostra-se nesse
ponto a sua inadequação à realidade educacional na UESB, segundo os discentes.
Alguns dos alunos consultados apontam As Atividades Complementares como
impraticáveis devido a sua exagerada carga horária. Outros as entendem como um empecilho
burocrático, pedagógico e institucional.
As Atividades Complementares constituem exigência constante na Resolução 10, de
2004, do CNE que orienta a organização e constituição curricular nos curso de Ciências
Contábeis no Brasil. Consta nelas as tipologias de ensino, extensão, pesquisa. O discente
necessita comprovar no desenrolar do curso a carga horária exigida para integralizar o curso.
81
Podemos apontar a falta de interação com a comunidade acadêmica contábil como um
dos pontos negativos e impeditivos do cumprimento da carga horária de extensão por parte
dos discentes. Estes apontam os professores como os culpados por não realizarem a interação
deles no ambiente dos eventos acadêmicos contábeis.
O cumprimento das atividades de ensino se encontra comprometido por conta da falta
de tempo do aluno de curso noturno que trabalha durante todo o dia e não tem tempo para
cursar disciplinas em outros cursos nem tampouco desenvolver atividades em empresas que
classifiquem como atividades de ensino.
A questão que dificulta o registro de atividades de pesquisa está enraizada na falta de
incentivo a que o aluno desenvolva prática de escrita acadêmica. Assim, acaba sendo um
impeditivo para o cumprimento dessa modalidade de Atividades Complementares.
Algumas dificuldades listadas para a consecução das Atividades Complementares
estão associadas aos diversos setores da atividade pedagógica no curso de Ciências Contábeis.
Assim, é possível verificar que o curso encontra-se integrado em seus diversos setores da
atividade docente e discente na academia.
Trata-se de uma questão que deverá ser dialogada pelas partes interessadas, ou seja,
alunos, professores, coordenadores de colegiado. Como são obrigatórias não se poderão
deixar de constar no currículo do curso. É preciso estudar alternativas para viabilizar o
cumprimento dessas importantes atividades.
Quanto ao Estágio Supervisionado Curricular
Na coleta de dados, os respondentes queixaram-se da falta de entrosamento entre a
universidade e a instituição em que o estágio acontece. Existe um convênio celebrado entre a
universidade e a instituição e estas duas entidades têm o propósito de vantagens recíprocas. A
universidade necessita agregar qualidade ao processo de ensino-aprendizagem do aluno e a
instituição em que o estágio acontece acaba beneficiando-se por ter consigo o que há de novo,
de inovador em reflexões contábeis na figura do aluno. Este traz consigo seus conhecimentos
e os coloca à disposição da empresa em que ele vivenciará o seu estágio.
Para os alunos, as empresas desperdiçam a oportunidade de aprendizado por
colocarem os estagiários para realizarem tarefas de mínima complexidade, atividades que os
Office-boys realizariam com muita facilidade. Eles se queixam também da falta de
82
acompanhamento do profissional que o supervisiona na instituição de estágio e também do
professor orientador que se mantém à distância e pouco interage com o discente no período de
vivência do estágio.
Os muitos problemas relacionados com o estágio acabam por desperdiçar uma
oportunidade importante para atrelar qualidade na formação profissional do aluno. Entre as
preocupações mais apontadas pelos concluintes consultados está a formação profissional. Para
que esta formação aconteça o estágio supervisionado tem relevância inquestionável. Eles não
questionam o Regulamento de Estágio Supervisionado, no entanto fazem ressalva à aplicação
desse regulamento por parte do professor da disciplina, do colegiado do curso, da
universidade e da supervisão na empresa em que acontece o estágio. Assim, urge a revisão e
acompanhamento desse elemento curricular de tamanha importância para o aprendizado dos
alunos do curso de Ciências Contábeis da Universidade do Sudoeste da Bahia.
Quanto ao período de integralização do curso
Uma das questões que os alunos mais debatem é o período de integralização do curso
na UESB. Muitos dos discentes consultados, na coleta de dados, através do questionário
mencionam a necessidade de redução de cinco para quatro anos. Eles se sentem
desprestigiados quando percebem que os alunos das instituições particulares têm um quinto a
menos de tempo para concluírem a carga horária do curso. Assim, nas reuniões de colegiado
sempre se está voltando a essa temática.
Na verdade, o fato de se ter cinco anos para a integralização do curso se deve por se
tratar de curso noturno com quatro aulas por dia, cinco dias por semana. Para a redução do
período de integralização seria necessária a inserção de mais uma aula por dia, ou mais um dia
por semana; O aumento da carga horária diária ou semanal já é um ponto em que os
representantes discentes não concordam. Eles desejam, na verdade, a redução da carga horária
constante na resolução 10 do CNE, o que não é possível. Sobre essa questão não se tem
negociação. A carga horária mínima de integralização do currículo existe para ser cumprida.
Nas instituições privadas as disciplinas tem carga horária maior e os cursos de Ciências
Contábeis contam com o acréscimo de um turno (sábados letivos) e, por isso, conseguem
concluir a carga horária total em quatro anos; Caso o curso de Ciências Contábeis funcionasse
no turno matutino ou vespertino seria possível a adequação das cinco aulas diárias. No turno
83
noturno o aluno teria aulas a partir das 18h até as 22:30h ou das 19h as 23:30h. Essa
possibilidade é impopular entre os alunos que trabalham durante o dia todo e já cumprem a
carga horária atual com certa dificuldade; Assim, o curso tem se mantido em cinco anos, com
quatro aulas diárias e cinco dias semanais.
Quanto aos pré-requisitos presentes no currículo
Vale ressaltar que na estrutura curricular atual aconteceu diminuição considerável desse
critério de organização do currículo. Foram mantidos aqueles que se entendem necessários
para o bom andamento dos estudos em Ciências Contábeis. Os discentes consultados sempre
se queixaram da existência desse critério de organização disciplinar por perceber que ele
dificulta a sua mobilidade na matrícula nas disciplinas de seu interesse. Vale informar que o
curso de licenciatura em História, da UESB, aboliu praticamente todos os pré-requisitos. Fica
difícil entender a execução do currículo de um curso de graduação sem pré-requisitos.
Na verdade, o entendimento acerca de pré-requisitos é que eles ajudam o professor e os
alunos a se situarem no conteúdo programático da disciplina. O discente que não trouxer
conhecimentos básicos adquiridos em disciplinas anteriores não poderá cursar a disciplina que
lhe sucede. As disciplinas Auditoria e Análise de Balanços constituem exemplo que pode
esclarecer a questão: as Demonstrações contábeis que são submetidas ao processo de análise,
significa que já foram auditadas. Assim, compreender a Auditoria enquanto técnica contábil é
fundamental para se compreender posteriormente a técnica de Análise de Balanços.
Outro exemplo que se pode colher da justificativa de alocação da disciplina de Trabalho
de Conclusão de Curso no último semestre. Isso se deve pelo fato de que o aluno poderá
utilizar de todas as disciplinas já cursadas para a escrita da sua monografia.
Assim, os pré-requisitos constituem critério que tem a sua utilidade no currículo. Não
devem ser abolidos por serem muito importantes na organização das disciplinas a serem
vivenciadas.
5.3 A Formação docente para o curso de Ciências Contábeis
A categoria que aponta a necessidade da formação de professores foi registrada por
todos os discentes consultados na pesquisa de campo realizada. Assim, percebe-se a
84
necessidade de se criar a possibilidade de formar os docentes do curso. O que os respondentes
solicitam é que seus professores passem a refletirem mais sobreas técnicas de natureza
didático-pedagógica, para que, assim, as novas turmas do curso possam contar com
professores aptos ao convívio educacional de forma mais proativa. Vale lembrar que, em
suma, a tarefa do professor é “ensinar e aprender” (APPLE, 2006, p. 30).
Entendemos que a questão da formação de professores é uma importante chave para
abrir portas que nos leve a uma qualidade educacional no curso. Não foi por acaso que os
discentes apontaram esta categoria. Trata-se de temática abrangente e profunda a ser
trabalhada neste texto de natureza acadêmica.
A Contabilidade, por tratar-se de profissão de grande relevância e com bons índices de
empregabilidade faz com que entendamos que essa desmotivação docente esteja na contramão
do potencial dos alunos e do curso. Por serem bacharéis, atuando na docência, devem buscar o
aprimoramento técnico e pedagógico necessário para o bom desenvolvimento da sua tarefa
como professor. É muito comprometedor, do desenvolvimento do curso, contar com
professores desmotivadores da aprendizagem dos alunos. Por outro lado, faz-se necessário
registrar, que os discentes consultados apontam alto nível de aprendizagem nas disciplinas de
Perícia Contábil e Arbitragem e Controladoria, pois se trata de docente com formação
pedagógica que utiliza desses conhecimentos para a sua atuação docente.
Na pesquisa de campo aplicada, nenhum dos alunos indicou a carreira docente como
atividade desejada a seguir em sua vida profissional, como contador. A vivência pedagógica
sofre tamanho desprestígio no meio contábil por conta da baixa remuneração. Atividades
como auditoria fiscal, escrituração comercial ou industrial, contadoria de grandes empresas,
cargos públicos diversos que necessitam do contador remuneram bem melhor do que a
atividade docente. No entanto, é válido ressaltar que o professor contador é bem visto em sua
ação social, ou seja, ganha renome na comunidade contábil.
Os discentes também apontaram a falta de preparação para escreveram sobre
Contabilidade. Com isso, eles experienciam grandes dificuldades na hora de construírem as
suas monografias no final do curso. No processo de aprendizagem, os docentes devem ser
motivados pelo colegiado do curso, que é a instância responsável pelas ações de natureza
pedagógica, a implementarem processo de aprendizagem com atividades escritas. Os alunos
devem ser iniciados na escrita contábil através de provas dissertativas, memoriais, trabalhos
escritos, etc. Isso há de constar na formação pedagógica dos professores.
85
Nesse ponto específico, sobre a formação docente, os discentes solicitam, no curso de
Ciências Contábeis, na UESB, que os professores sejam mais cuidadosos no trato pedagógico
cotidiano e apontam, enfaticamente, que um dos grandes problemas do curso de Ciências
Contábeis, senão o seu grande entrave, é a “Falta de comprometimento de alguns professores
que se mostram desmotivados e desmotivadores, cansados de ensinar, faltosos” (pergunta 2).
Alguns alunos consultados se queixam que esta situação repercute de forma destrutiva ao
andamento do curso.
Caberá às Instituições de Ensino Superior (IES) a iniciativa de realizar o trabalho de
formação através de especialização lato14
sensu específica que, assegure a boa capacitação
docente e isso poderá evitar a penalização dos alunos com professores que não saibam
conduzir um processo de aprendizagem e de avaliação condizentes com a pedagogia de forma
coerente, em suas técnicas mais adequadas, para a aquisição do conhecimento contábil.
5.4 A Formação Profissional e o Mercado de Trabalho do Contador
Um dos pontos mais chamativos da análise de conteúdo é a preocupação que os alunos
têm com a sua formação profissional. Quando eles se reportam á necessidade de vivência
prática que evidencie o contador atuando verdadeiramente no mercado de trabalho. O sujeito
5, quando perguntado se acha preparado para o mercado de trabalho ele informa que “Não,
pois acho que não fomos suficientemente preparados para encarar o mercado” (questão 8) e o
acompanha nesse ponto de vista a maioria dos seus colegas. De fato o discente concluinte se
encontra com muitas inquietações e inseguranças. Outro discente (sujeito 1) aponta a
necessidade de vivência prática na área da Contabilidade e informa que “Não se acha muito
bem preparado, “pois não trabalho na área e acho que se trabalhasse desde o começo do curso
eu iria colocar em prática toda ou parte da teoria passada pelos professores”. Eles vinculam a
atividade profissional ao fato de atuarem no mercado contábil.
Os alunos do curso de Ciências Contábeis desejam adentrar na carreira de contador da
melhor forma possível e para isso necessita conhecer as disposições do mercado de trabalho.
Uma das formas de conhecer essa realidade pode advir de uma combinação curricular voltada
para a profissão contábil. Dessa maneira, o currículo contaria com componentes que
14
Existe uma discussão tratando da utilização da especialização lato sensu na formação de professores.
86
contemplassem os estudos da realidade profissional vigente. As disciplinas, nesse caso,
tratariam de estudos específicos da profissão contábil no âmbito regional, nacional e até
internacional.
A quase totalidade dos sujeitos desta pesquisa se diz despreparada para atuar no
mercado contábil internacional. Justificam o despreparo pelo fato de não conter, no currículo,
componentes que os preparem para tanto. Há os que afirmem estar despreparados para
atuarem até no mercado nacional contábil. Este sentimento de despreparo tem raízes em
diversos fatores do quotidiano do curso de Ciências Contábeis.
O fato do curso formar bacharéis implica em conter componentes curriculares que se
direcionem para a inserção do profissional contador para o mercado de trabalho. Quando
esses bacharéis se aventuram na docência, os seus alunos irão sentir dificuldade para
compreender os conteúdos programáticos das disciplinas. Isso se reporta á categoria da
“Formação de professores” apontada pela análise de conteúdo e que tem ligação intrínseca
com a educação com fins profissionais.
Uma das grandes preocupações dos alunos consultados através do questionário é a
educação profissional com requintes de tecnicismo. Isso se deve ao fato de que os alunos de
Ciências Contábeis criam a expectativa de atuarem em um segmento da carreira por escolha
própria ou por questões de oportunidade no mercado de trabalho.
Nos cursos de Contabilidade é fácil encontrar alunos que afirmam terem escolhido o
curso para possibilitar o ingresso em repartição pública através de concursos que exigem
conhecimentos contábeis. Os quadros de auditores fiscais em nível municipal, estadual e
federal atraem contingente significativo de alunos por conta dos seus bons salários.
Em processo de reformulação curricular em que se concede voz aos discentes, em
especial os concluintes, a temática da formação profissional tende a se fazer presente. Neste
estudo os respondentes apresentaram suas preocupações, inseguranças e tensões no que se
refere a esse ponto relevante do processo educacional em curso.
87
CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados da pesquisa apontam a necessidade imperiosa de reformulação curricular
para o curso de Ciências Contábeis. As categorias levantadas através da técnica de Análise de
Conteúdo indicam que a reformulação curricular deverá acontecer levando em consideração a
formação de professores, a educação profissional e o mercado de trabalho do contador.
Assim, o processo de reformulação curricular deverá acontecer com urgência no curso de
forma a atender as exigências do Conselho Estadual de Educação que fixou o período de sete
anos desde 2007 com a aprovação da última matriz curricular.
A Reformulação Curricular deverá acontecer envolvendo os docentes, os discentes e a
instituição nos seus setores representados pelo colegiado do curso com a sua função
pedagógica; o Departamento de Ciências Sociais Aplicadas no que se trata da área
departamental das Ciências Contábeis; a Prograd em sua gerência acadêmica que cria
disciplinas novas para o sistema informatizado da UESB para ser disponibilizado e utilizado
pela Secretaria Geral de Cursos e posteriormente pela Secretaria de Diplomas; por fim os
conselhos superiores. A esse respeito, concluímos que o processo aconteceu a contento. Todos
os encaminhamentos ocorreram da maneira devida. Os alunos estiveram presentes no
processo de reformulação ocorrido em 2007 através dos seus representantes discentes.
Para a próxima reformulação do currículo, as disciplinas que os respondentes desta
pesquisa apontaram como mais indesejadas em sua permanência no currículo são: Auditoria
Empresarial e Contabilidade Comercial. As que eles entendem que devem ser adicionadas
são: Língua Estrangeira Aplicada aos Negócios e Mercado Financeiro.
Os respondentes se queixam da repetição de conteúdos ocorrida com as disciplinas
acima citadas a serem excluídas. Eles alegam que Contabilidade Comercial repete um
conjunto de temáticas que já foram trabalhadas na disciplina de Contabilidade Introdutória e
que acontece o mesmo com a disciplina Auditoria Empresarial em relação com Auditoria
Geral. Na verdade, o plano realizado na última reestruturação curricular tinha a intenção clara
de aprofundar os estudos no campo das rotinas de auditoria nas empresas, seja a interna como
a externa. Um dos grandes empecilhos para que isso ocorresse foi o fato de a Área
Departamental de Ciências Contábeis sempre indicar o mesmo professor para as duas
88
disciplinas. Nessa situação, a repetição seria inevitável. O mesmo ocorre com as duas outras
disciplinas que o mesmo professor as leciona incorrendo no mesmo problema. Assim, é
possível observar que a questão que trata da reformulação do currículo em seu quesito de
disciplinaridade está fortemente ligada á formação de professores e á orientação pedagógica
levada em consideração pelo DCSA e acatada pelo colegiado do curso.
A questão da adição de disciplinas atenderá a reivindicação coletiva, pois o processo
de internacionalização da Contabilidade está em movimentação acelerada e um dos seus
requisitos é que a formação acadêmica inclua as línguas mais fluentes para o meio
empresarial-contábil-internacional. No entanto os concluintes não mencionaram essa
relevante temática em suas respostas. No meio de tudo isso, o Mercado Financeiro surge
como um dos pontos luminosos da formação acadêmico-contábil uma vez que é fácil perceber
que o nosso país está em franco progresso econômico e já está quase que plenamente
instituído em uma Economia de Mercado.
A iniciação científica constitui procedimento curricular aceito entre os respondentes
como sendo um componente curricular que muito agrega à sua formação educacional. As
disciplinas que os iniciam na pesquisa científica com os estudos no entorno da Metodologia
da Pesquisa Científica e suas técnicas de pesquisa mostraram-se bem aceitas pelos
respondentes por eles compreenderem a sua relevância para o entendimento dos conceitos de
Ciência como tipologia de conhecimento.
O Trabalho de Conclusão de Curso, ou seja, o TCC é apontado pelos alunos como um
dos pontos altos do currículo. Eles sabem que o currículo anterior não contava com esse
componente. Eles admitem se sentirem desafiados ante a responsabilidade de escreverem uma
monografia. Desejam adquirir maiores conhecimentos para extraírem artigos do texto
monográfico para publicação em periódicos.
As Atividades Complementares são descritas pelos respondentes como um grande
empecilho para a sua formação. Eles as interpretam como atividades que burocratizam o bom
andamento do curso. Entendem que a instituição e os seus professores não tem condições de
cobrar algo dessa magnitude e que os mesmos devem rever o barema que foi estabelecido
para a matriz curricular de 2007. No entanto há de se observar que elas constam na Resolução
10 de 2004 do CNE. Assim, são obrigatórias.
89
O Estágio Supervisionado carece de maiores cuidados no que se trata do
acompanhamento dos professores que lecionam a disciplina, dos convênios celebrados com as
empresas, dos supervisores que acompanham os alunos estagiários nas mesmas entidades
empresariais. Trata-se de componente curricular de tamanha importância e deverá receber
cuidado em sua execução para benefício dos alunos em sua formação.
A formação de professores surge como um dos pontos mais indicados pelos alunos
respondentes. No entanto, é fácil perceber que eles citam também os discentes que podem
figurar como exemplos de boa formação didático-pedagógica. Estes convivem com outros que
transparecem quase total incipiência no que se trata de planejamento didático-pedagógico e
processo de aprendizagem aplicado no Ensino Superior. Trata-se de bacharéis na docência
(GONÇALVES, 2010) sem terem se submetido à formação educacional adequada para a
função docente.
Essa tese tem o propósito de contribuir com o curso de Ciências Contábeis, o qual lhe
constitui o cenário de pesquisa para ajudar em seu processo de reformulação curricular
urgente apontando como pontos nevrálgicos a adição de disciplinas, a exclusão de outras, a
iniciação científica, as Atividades Complementares, o Estágio Supervisionado, o TCC, a
Formação de Professores e a formação profissional como temáticas importantes, relevantes a
serem tratadas para a possível construção de um currículo proativo e mais condizente com a
realidade vista através da ótica dos seus concluintes no ano de 2012.
Assim, o currículo formal está exposto á apreciação de todos os interessados em
estudá-lo. O currículo experienciado pelos concluintes do curso apresenta os destaques
descritos acima e se espera que estas exerçam influência no processo de reformulação que se
aproxima. Assim, enviaremos relatório tratando desse estudo para a IES logo após a sua
submissão à banca examinadora.
90
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15
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93
93
ANEXOS
ANEXO A – Quadro de análise de conteúdo por pergunta organizado horizontalmente
Quadro de análise de conteúdo, com as incidências incorridas, para a pesquisa
sobre “REFORMULAÇÃO CURRICULAR DO CURSO DE CIÊNCIAS
CONTÁBEIS NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA
BAHIA, A PARTIR DO OLHAR DOS CONCLUINTES DO CURSO DO
ANO DE 2012.
São Paulo, novembro de 2012
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – CURRÍCULO
Pesquisa para a tese de Manoel Antonio Oliveira Araújo
Orientação: Prof. Mere Abramowicz
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as;
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niv
ersi
dad
e n
ão
dis
pon
ibil
iza
mei
os
pra
co
mp
lem
enta
ção
das
ho
ras
exig
idas
.
- (I
II)
Dif
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s d
e se
rem
cu
mp
rid
as p
or
alu
no
s q
ue
trab
alh
am
em
jorn
ada
de
8
ho
ras
diá
rias
;
- (I
II)
Des
nec
essá
rias
, p
ois
os
alu
no
s se
sen
tem
ob
rigad
os
a cu
mp
ri-l
as e
não
tem
esp
on
tan
eid
ade
em b
usc
á-l
as,
não
ref
lete
o p
erfi
l d
o p
rofi
ssio
nal
em
ap
ren
diz
ado e
o c
urs
o n
ão t
em e
stru
tura
par
a m
antê
-las
;
- (I
I) A
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ra d
o r
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lam
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Co
mp
lem
enta
res,
po
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po
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s
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I)
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não
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xer
gu
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ben
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par
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ante
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crát
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- (I
I) R
uim
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no
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aliz
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se
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em;
- (I
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sid
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não
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cen
tiva;
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;
- (I
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falt
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ento
s;
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reci
sam
ser
en
riq
uec
idas
;
- (I
) D
imin
uir
as
ho
ras
exig
idas
;
- (I
) D
ifíc
il d
e av
alia
r;
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) D
everi
am s
er i
nce
nti
vad
as e
m vez
de
ob
rigat
óri
as.
- A
s A
tivid
ades
Co
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lem
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são
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s d
e se
rem
cum
pri
das
e
des
nec
essá
rias
, o
alu
no
q
ue
trab
alh
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e 8
ho
ras
diá
rias
n
ão
tem
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d
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se
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átic
a e
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pro
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s n
ão
cola
bo
ram
co
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d
e
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ção
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99
99
(co
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Qu
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06
- N
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a
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fu
nçã
o?
Ju
stif
iqu
e.
Tó
pic
os
Tem
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Ca
teg
ori
as
Su
jeit
o 1
- N
ão, p
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mu
itas
pes
soas
nem
faz
rea
lmen
te o
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ágio
pel
o f
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pre
go
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zer
um
a m
atér
ia q
ue
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sup
ervis
ion
ado s
ó t
em o
no
me.
Su
jeit
o 2
- N
ão,
falt
ou u
m m
elh
or
aco
mp
anh
amen
to d
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rofe
sso
r.
Su
jeit
o 3
- N
ão,
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pró
pri
o a
lun
o b
usc
ar o
est
ágio
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rofe
sso
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ão a
judo
u e
m n
ada.
Su
jeit
o 4
- P
ara
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, si
m,
po
is n
un
ca t
rab
alh
ei,
viv
enci
ei a
Co
nta
bil
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e, s
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eori
a; a
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tato
co
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tab
ilid
ade
Pú
bli
ca”
foi
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itad
o e
u c
on
sid
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sat
isfa
tóri
o.
Su
jeit
o 5
- N
ão,
po
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aso
o e
studan
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ão j
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ou
já
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alh
ado
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pre
sas
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Con
tab
ilid
ade
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não
co
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gu
e ad
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a n
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sári
a;
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o
qu
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cip
lin
a d
e
“Lab
ora
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o C
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táb
il”
dev
eria
ser
mai
s n
o i
níc
io e
mai
s ap
rovei
tad
a.
Su
jeit
o 6
- S
im,
po
is a
cho
qu
e fo
i in
tere
ssan
te e
ap
ren
di
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tan
te s
ob
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lhi;
par
a q
uem
não
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bal
ha
em c
on
tab
ilid
ade
dá
um
a id
eia
ger
al s
ob
re a
pro
fiss
ão.
Su
jeit
o
7
- N
ão,
pois
o
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mp
o
do
“E
stág
io
Su
per
vis
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” cu
rric
ula
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po
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con
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imen
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eces
sári
o q
ue
a d
isci
pli
na
requ
er e
qu
e a
sua
form
ação
alm
eja.
Su
jeit
o 8
- E
m p
arte
, p
ois
há
pou
co e
nvo
lvim
ento
da
facu
ldad
e co
m a
s em
pre
sas.
Su
jeit
o 9
- S
im,
ob
riga
o e
stu
dan
te a
co
nh
ecer
a p
ráti
ca d
o q
ue
é vis
to e
m s
ala
de
aula
.
Su
jeit
o 1
0 -
Não
, po
is o
pro
fess
or
dei
xou
mu
ito
a d
esej
ar,
dem
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u m
uit
o p
ara
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qu
al g
rad
e
segu
ir,
se a
atu
al o
u a
an
teri
or
e ai
fic
ou
so
lto
.
Su
jeit
o 1
1 -
Não
, po
rqu
e n
ão h
ou
ve
tem
po
háb
il p
ara
qu
e o
est
ágio
fo
sse
des
envo
lvid
o d
a fo
rma
des
ejáv
el e
nec
essá
ria.
Su
jeit
o 12
-
Sim
, fo
i a
opo
rtunid
ade
de
viv
enci
ar o
s co
nte
údos
estu
dad
os,
já
qu
e eu
n
ão h
avia
esta
gia
do
an
tes.
Su
jeit
o 1
3 -
Sim
, p
ois
a t
eori
a p
or
si s
ó n
ão é
cap
az d
e fo
rmar
um
pro
fiss
ion
al t
ão q
ual
ific
ado
qu
anto
aqu
ele
qu
e b
usc
a un
ir p
ráti
ca e
teo
ria.
Su
jeit
o 1
4 -
Não
, p
ois
o p
rofe
sso
r d
eixo
u m
uit
o s
olt
o o
pro
cess
o e
mu
itas
vez
es a
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las
rep
etia
m e
o
qu
e ti
nh
a d
e se
r fe
ito
não
fo
i co
nte
mp
lad
o.
Su
jeit
o 1
5 -
Não
, po
is n
oss
o d
oce
nte
fez
co
m q
ue
a d
isci
pli
na
dei
xas
se a
des
ejar
, p
ois
qu
ase
não
vin
ha
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uan
do
ele
vin
ha
rep
etia
tu
do
do
iníc
io e
não
evo
luía
nem
aco
mp
anh
ava
os
dis
cen
tes.
Su
jeit
o 1
6 -
Não
, p
ois
fal
ta f
orm
ação
do
pro
fess
or
e a
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ida
ori
enta
ção
par
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alu
no
e m
e p
arec
eu
um
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isci
pli
na
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istâ
nci
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Su
jeit
o 1
7 -
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gu
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po
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bu
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SB
e a
fal
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fess
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e es
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pel
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icu
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eram
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pro
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cia,
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- (I
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im,
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- (I
I)
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- (I
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- (I
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crac
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- (I
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urs
o;
- (I
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lem
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qu
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pró
pri
o
alu
no
pre
cisa
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stág
io;
- (I
) N
ão m
e ac
resc
ento
u m
uit
o,
po
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ia
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alh
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s.
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Suje
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4 -
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tem
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Suje
ito
5 -
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ific
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Suje
ito
6 -
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Suje
ito
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Suje
ito
8 -
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cial
.
Suje
ito
9 -
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ros
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Suje
ito
10
- N
ão r
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eu.
Suje
ito
11
- E
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Suje
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12
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ito
1
3 -
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Suje
ito
14
- N
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Suje
ito
15
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A C
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Suje
ito
1
7
- A
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III)
C
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idad
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I) N
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- S
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104
10
4
ANEXO B – Tabelas e gráficos referentes ás incidências de respostas na coleta de dados
Tabela 1 – Respostas mais frequentes para a pergunta 1
Destaque os pontos positivos do currículo até agora.
Justifique
Número de alunos Percentuais (%)
Inclusão de iniciação científica no currículo 8 47
Inclusão de aspectos da Educação profissional no currículo 4 23
Outras respostas distintas entre si e com percentuais irrelevantes 5 30
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
Gráfico 1 – Pontos positivos do currículo
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
Os respondentes apontam a iniciação científica como o elemento curricular mais
importante que foi inserido na estrutura de currículo vivida por eles.
Tabela 2 – Respostas mais frequentes para a pergunta 2
Do currículo cursado até o presente momento, destaque os pontos negativos e
justifique
Percentuais
(%)
Falta de comprometimento de professores que são desmotivados e desmotivadores. 35
Período de integralização do curso em 5 anos 29
Falta de entrosamento entre teoria e prática contábil modernas 23
Trocar monografia por artigo que pode ser publicado 18
Existência de disciplinas repetitivas 18
Falta de incentivo à escrita e publicação de trabalhos 12
Obs.: os respondentes deram mais de uma resposta à pergunta o que justifica a totalização superior a 100.
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
05
101520253035404550
Inclusão de
iniciação
científica no
currículo
Inclusão de
aspectos da
Educação
profissional no
currículo
Outras respostas
distintas entre si e
com percentuais
irrelevantes
8 4 5
47
23
30
Número de alunos
Percentuais (%)
105
10
5
Gráfico 2 – Pontos Negativos do Currículo
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
A questão no entorno da Formação de professores é o ponto mais apontado pelos
alunos respondentes acerca do que é mais negativo no currículo.
Tabela 3 – Respostas mais frequentes para a pergunta 3
Qual(s) seria(m) a(s) disciplina(s) que você acrescentaria ao currículo
do curso! Justifique.
Número de
alunos
Percentuais
(%)
Contabilidade Gerencial 8 47
Língua Estrangeira para Negócios 4 24
Informática Contábil Avançada 5 30
Contabilidade internacional 2 12
Mercado Financeiro \ estratégias Financeiras 2 12
As demais respostas representam 6% cada uma e são distintas entre si. 9 53
Obs.: os respondentes deram mais de uma resposta à pergunta o que justifica a totalização superior a 100.
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
35
29
23
18 18
12
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Percentuais (%)
106
10
6
Gráfico 3 – Disciplinas a serem acrescentadas ao Currículo
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
A disciplina de Contabilidade Gerencial é a que os alunos apontam como mais
necessária ao novo currículo do curso a ser construído.
Tabela 4 – Respostas mais frequentes para a pergunta 4
Você poderia apontar alguma disciplina que deveria ser excluída
da estrutura curricular? Por quê? Número de
alunos
Percentuais
Auditoria Empresarial 7 41%
Contabilidade Comercial 4 24%
Auditoria Geral 3 18%
Tópicos de informática 3 18%
Sociologia, Psicologia, Auditoria Governamental, 2 12%
Obs.: os respondentes deram mais de uma resposta à pergunta o que justifica a totalização superior a 100.
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
47
24
30
12 12
53
0
10
20
30
40
50
60
Número de alunos
Percentuais (%)
107
10
7
Gráfico 4 – Disciplinas a serem excluídas do Currículo
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
A disciplina de Auditoria Empresarial é a que os alunos mais desejam que seja
excluída do currículo do curso, pois a definem como repetitiva.
Tabela 5 - Respostas mais frequentes para a pergunta 5
Qual é a sua avaliação sobre as Atividades Complementares do
Curso? Número de
alunos
Percentuais (%)
Difíceis de serem cumpridas por alunos que trabalham em jornada
de 8 horas diárias.
4 24
Desnecessárias pois os alunos se sentem obrigados a cumpri-las e
não tem espontaneidade em buscá-las, não reflete o perfil do
profissional em aprendizado e o curso não tem estrutura para mantê-
las.
4 24
A estrutura do Regulamento dificulta o cumprimento das Atividades
Complementares, pois aproveitam poucas horas de um evento.
2 12
Ruim, não enxerguei benefícios para os estudantes e se tornou uma
barreira burocrática.
2 12
Outras respostas distintas entre si e com percentuais irrelevantes 5 28
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
7
4
3 3
2
41% 24% 18% 18% 12%
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Auditoria
Empresarial
Contabilidade
Comercial
Auditoria
Geral
Tópicos de
informática
Número de
alunos
Percentuais
108
10
8
Gráfico 5 – Atividades Complementares
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
As atividades complementares sofrem o ataque dos respondentes por expressarem que
elas não estão condizentes com a realidade educacional em que eles vivem.
Tabela 6 – Respostas mais frequentes para a pergunta 6
No seu entendimento, a disciplina de Estágio
Supervisionado cumpriu a sua função? Justifique.
Número de alunos Percentuais (%)
Não. 11 64
Sim. 2 12
Parcialmente. 4 24
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
Gráfico 6 – Estágio Supervisionado
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
A maioria dos alunos apontam que o Estágio Supervisionado não funciona no curso.
05
1015202530
4 4 2 2 5
24 24
12 12
28
Número de alunos
Percentuais (%)
11
2 4
64
12
24
0
10
20
30
40
50
60
70
Não. Sim. Parcialmente.
Número de alunos
Percentuais (%)
109
10
9
Tabela 7 – Alunos que desaprovam a disciplina Estágio Supervisionado No seu entendimento, a disciplina de Estágio Supervisionado
cumpriu a sua função? Justifique. Os alunos que responderam
“Não” alegaram as seguintes justificativas:
Número de
alunos
Percentuais (%)
Não, pois de supervisionado só tem o nome, falta o devido
acompanhamento e este se demorou em optar pela atual ou anterior
estrutura curricular, as aulas eram repetitivas e não contemplaram
o devido conteúdo, o professor não foi freqüente como devia,
pareceu uma disciplina a distância, falta formação para o professor
dessa disciplina.
6 35
Não, pois o tempo definido na disciplina de Estágio
Supervisionado é pouco para se obter o conhecimento que a
profissão exige.
2 12
Não, pois muitas pessoas nem fazem o estágio pelo fato de já
trabalharem
1 6
Não, pois a burocracia da UESB dificultou o processo 1 6
Não me acrescentou muito, pois eu já havia trabalhado em empresa
de Contabilidade.
1 6
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
Gráfico 7 – Alunos que desaprovam a disciplina Estágio Supervisionado
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
Os alunos que apontam o não funcionamento da disciplina de Estágio Supervisionado
também indicam as justificativas desse mau funcionamento.
6 2 1 1 1
35
12
6 6 6
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Número de alunos
Percentuais (%)
110
11
0
Tabela 8 – Respostas mais frequentes para a pergunta 7
Qual temática você abordou em sua monografia na disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) e qual(s) a(s) dificuldade(s) advinda(s) dessa
atividade curricular? Justifique.
Percentuais (%)
Contabilidade Gerencial, ou seja, Controladoria. 24
Não informou 12
Outras respostas distintas entre si e com percentuais irrelevantes 64
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
Gráfico 8 – Temática escolhida para o TCC
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
A Contabilidade Gerencial é a subárea contábil em que os alunos mais se interessam
para escrever suas monografias.
Tabela 9 – Respostas mais frequentes para a pergunta 8 Você se acha preparado para encarar o mercado de trabalho contábil?
Justifique.
Percentuais (%)
Não. 29
Em parte 24
Sim 12
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
24
12
64
0
10
20
30
40
50
60
70
Contabilidade Gerencial,
ou seja, Controladoria.
Não informou Outras respostas distintas
entre si e com percentuais
irrelevantes
Percentuais (%)
111
11
1
Gráfico 9 – Mercado de Trabalho Contábil
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
Os alunos não se acham preparados para enfrentarem o mercado de trabalho.
Tabela 10 – Respostas mais frequentes para a pergunta 9
A sua formação te capacita para exercer a profissão contábil apenas no
Brasil ou também no exterior? Justifique.
Percentuais (%)
Apenas no Brasil. 82
No exterior 12
Não respondeu 6
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
Gráfico 10 – Exercício na Profissão Contábil no Exterior
29
24
12
0
5
10
15
20
25
30
35
Não. Em parte Sim
Percentuais (%)
82
12
6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Apenas no Brasil. No exterior Não respondeu
Percentuais (%)
112
11
2
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
A quase totalidade dos alunos acreditam que a sua formação apenas lhes dá condições
de atuarem profissionalmente no Brasil.
Tabela 11 – Respostas mais frequentes para a pergunta 10
Qual é a área específica das Ciências Contábeis que você pretende atuar e por
quê?
Percentuais (%)
Contabilidade Tributária 24
Concursos 18
Contabilidade Gerencial 12
Contabilidade Pública por conta do retorno econômico 12
As demais respostas representam 6% cada uma e são distintas entre si. 34
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
Gráfico 11 – Área de Atuação Profissional
Fonte: Dados da pesquisa de campo (2012).
A subárea da Contabilidade Tributária é a que os respondentes apontam como a mais
promissora a ser seguida em suas carreiras profissionais.
24
18
12 12
34
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Contabilidade
Tributária
Concursos Contabilidade
Gerencial
Contabilidade
Pública por
conta do
retorno
econômico
As demais
respostas
representam
6% cada uma e
são distintas
entre si.
Percentuais (%)
113
11
3
ANEXO C - Regulamento das Atividades Complementares do Curso de Ciências
Contábeis
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º As Atividades Complementares tem por finalidade complementar a formação
acadêmica do aluno do Curso de Ciências Contábeis ampliando seu conhecimento teórico-
prático e propiciando a ele condições de realizar, concomitantemente às disciplinas da grade
curricular, atividades autônomas e flexíveis centradas em temáticas contábeis e afins, que
contribuam para a formação pessoal, social e profissional do futuro bacharel em Ciências
Contábeis.
Art. 2º A prática das Atividades Complementares é obrigatória para os alunos do Curso de
Ciências Contábeis que ingressarem na UESB, através de vestibular ou transferência interna,
externa ou ex-ofício, dentro da nova matriz curricular aprovada pelo CONSEPE para o ano de
2007.1.
§ 1º Inexiste a dispensa para a prática de Atividades Complementares sob quaisquer
condições.
§ 2º Fica estabelecida carga horária mínima de 150h (Cento e cinqüenta horas) para as
Atividades Complementares relacionadas ao Curso de Ciências Contábeis devendo o aluno
cumpri-la integralmente até o término do IX semestre ou equivalente.
§ 3º O aluno que não comprovar o cumprimento da carga horária estabelecida para Atividades
Complementares não estará apto à colação de grau, mesmo que tenha obtido aprovação em
todas as disciplinas de sua grade curricular devendo o aluno permanecer na instituição o
tempo necessário para integralização da carga horária das Atividades Complementares.
§ 4º Não serão aceitos, para efeito de aproveitamento de carga horária como Atividade
Complementar, qualquer atividade ou evento promovido pela Coordenação do Curso de
114
11
4
Ciências Contábeis quando os mesmos se realizarem no horário normal de funcionamento do
curso.
§ 5º Visitas técnicas somente serão aceitas para efeito de Atividades Complementares desde
que realizadas em horário não compatível com o horário normal de aulas em que o aluno
esteja matriculado e desde que apresentadas ao colegiado por meio de declaração do professor
responsável.
§ 6º O registro acadêmico das Atividades Complementares será realizado de acordo com o
quadro (barema) constante do Anexo I a este regulamento e obedecerá a procedimentos
fixados pela Coordenação do Curso em consonância com a Secretaria Geral de Cursos.
§ 7º Para o registro acadêmico, somente serão aceitos certificados ou declarações que
comprovem a participação do aluno em atividade complementar quando dos mesmos
constarem o nome da instituição ou professor responsável, nome do aluno, nome do evento ou
atividade, data e carga horária, todos devidamente assinados pelo coordenador do evento e
pelo discente.
§ 8º Deverá o aluno por ocasião da entrega do certificado ou declaração, apresentar via
original do documento e entregar cópia ao colegiado que se encarregará de verificar a
autenticidade e proceder a protocolização e autenticação dos mesmos mantendo controle
individual de cada aluno através de pasta destinada a este fim.
§ 9º Junto a cada certificado ou declaração, deverá o aluno anexar o Relatório de Atividade
Complementar conforme modelo constante do Anexo II a este regulamento, onde deverá
escrever, de forma resumida, os principais pontos abordados no evento ou atividade.
§ 10 Caberá ao Colegiado do Curso de Ciências Contábeis o arquivamento e a guarda de todo
o material comprobatório das Atividades Complementares constante das pastas dos alunos do
curso apresentadas durante a vida acadêmica de cada um deles, devendo este arquivamento e
guarda permanecer sob a responsabilidade do Colegiado até 02 (dois) anos após a colação de
grau de cada aluno, individualmente. Decorrido este prazo, poderá o Colegiado do Curso
proceder a entrega ao discente ou a sua incineração, após tornar público o fato.
115
11
5
CAPÍTULO II
DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Art. 3º São Consideradas Atividades Complementares, distribuídas nas categorias de Ensino,
Pesquisa e Extensão:
I – Ensino:
a. Cursar disciplina que não seja do Curso de Ciências Contábeis durante o
período de integralização do mesmo;
b. Exercer monitoria em disciplinas do Curso de Ciências Contábeis;
c. Participar de grupos de estudos devidamente registrados na instituição e com a
orientação de um professor;
d. Assistir a defesas de dissertações, teses e trabalhos de conclusão de curso em
que o aluno é matriculado ou em áreas afins.
II – Pesquisa:
a. Participar de pesquisa ou de assistência à pesquisa orientada por docente;
b. Participar como bolsista de iniciação científica de projeto de pesquisa
devidamente registrado na instituição;
c. Participar de pesquisa institucional em decorrência de convênios da instituição
de ensino;
d. Publicação de trabalho científico na área de contabilidade em periódicos;
e. Participar de concurso de produção científica sobre temas relacionados a
contabilidade;
III – Extensão:
a. Participação em eventos relacionados à Contabilidade ou área afim, a saber,
cursos, palestras, seminários, congressos, jornadas e conferências, como
palestrante, ouvinte, monitor ou como membro de comissão organizadora;
b. Participar de visitas técnicas com indicação e aprovação do professor da
disciplina relacionada;
c. Participar como membro do Diretório Central dos Estudantes – DCE, Centro
Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis e Empresa Junior do Curso de
Ciências Contábeis;
116
11
6
d. Participar de estágios não curriculares relacionados ao Curso de Ciências
Contábeis acompanhados por professor do curso e com no mínimo de 3 (três)
meses;
e. Prestar serviços a comunidade universitária e não universitária por hora
trabalhada em caráter de serviço social.
Parágrafo único – Entende-se como área afim ao Curso de Ciências Contábeis, para efeito de
aproveitamento de carga horária de Atividade Complementar, os eventos, palestras,
seminários, congressos e demais atividades relacionadas aos cursos de Administração,
Economia, Direito e Informática. Em caso de dúvida quanto a afinidade ou em caso de
recurso do discente que teve seu certificado ou declaração recusado pela coordenação do
curso, caberá a plenária do Colegiado do Curso, decidir quanto ao aproveitamento ou não da
atividade apresentada pelo discente.
Art. 4º À Coordenação do Curso compete avaliar os estudos ou atividades realizadas pelo
aluno, enquadrá-las no quadro constante do Anexo I a este regulamento e encaminhar à
Secretaria Geral de Cursos ou a Gerência Acadêmica da instituição os comprovantes
necessários ao registro acadêmico.
Parágrafo único. Poderá a Coordenação do Curso, montar uma Comissão Permanente de
Atividades Complementares – CPAC, composta por no máximo 3 (três) professores do curso
e com mandato de um ano, renovável por mais um, para auxiliar a coordenação no processo
de análise e encaminhamentos das atividades complementares.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 5º Todas as Atividades Complementares à carga horária da estrutura curricular do Curso
de Ciências Contábeis realizadas a partir do ingresso do discente na Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia são válidas desde que atendidas as disposições deste Regulamento.
Parágrafo Único. Quando o aluno ingressar através de transferência interna, externa ou ex-
ofício, é possível aproveitar as Atividades Complementares desenvolvidas no curso ou na
117
11
7
instituição de origem, cabendo à Coordenação do Curso avaliar a pertinência ou não da
atividade e atribuir-lhe carga horária.
Art. 6º Este Regulamento só pode ser alterado mediante voto da maioria simples dos membros
do Colegiado do Curso de Ciências Contábeis.
Art. 7º Compete à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis dirimir dúvidas referentes à
interpretação destas normas, bem como suprir as suas lacunas, expedindo os atos
complementares que se fizerem necessários.
Art. 8º Estas normas entram em vigor na data de sua aprovação pelo Conselho Superior de
Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE
Barema
ATIVIDADE
CARGA HORÁRIA
COMPROVAÇÃO
DOCUMENTAL
POR
ATIVIDADE
MÁXIMA
I – ENSINO
Cursar disciplina que não
seja do Curso de Ciências
Contábeis durante o período
de integralização do mesmo;
15h
60h
Certificado ou histórico
escolar
Exercer monitoria em
disciplinas do Curso de
Ciências Contábeis;
30h 60h Relatório ou declaração do
professor orientador
Participar de grupos de
estudos devidamente
registrados na instituição e
com a orientação de um
professor;
5h
30h
Relatório ou declaração do
professor orientador
Assistir a defesas de
dissertações, teses e
trabalhos de conclusão de
curso em que o aluno é
matriculado ou em áreas
afins.
2h
4h
Declaração de participação
II – PESQUISA
Participar de pesquisa ou de
assistência à pesquisa
orientada por docente;
5h 20h Declaração do professor
orientador
Participar como bolsista de Declaração do professor
118
11
8
iniciação científica de
projeto de pesquisa
devidamente registrado na
instituição;
30h 30h orientador
Participar de pesquisa
institucional em decorrência
de convênios da instituição
de ensino;
10h 10h Declaração do professor
orientador
Publicação de trabalho
científico na área de
contabilidade em periódicos;
20h 100h Trabalho científico
publicado
Participar de concurso de
produção científica sobre
temas relacionados à
contabilidade;
10h 30h Trabalho científico e
comprovação de inscrição
em concurso
III – EXTENSÃO
Participação em eventos
relacionados à Contabilidade
ou área afim, a saber, cursos,
palestras, seminários,
congressos, jornadas e
conferências, como
palestrante, ouvinte, monitor
ou como membro de
comissão organizadora;
5h
50h
Certificado
Participar de visitas técnicas
com indicação e aprovação
do professor da disciplina
relacionada;
2h
10h
Declaração do professor
Participar como membro do
Diretório Central dos
Estudantes – DCE, Centro
Acadêmico do Curso de
Ciências Contábeis e
Empresa Junior do Curso de
Ciências Contábeis;
10h
30h
Declaração do órgão
competente da instituição ou
ata de posse
Participar de estágios não
curriculares relacionados ao
Curso de Ciências Contábeis
acompanhados por professor
do curso e com no mínimo
de 3 (três) meses;
15h
30h
Declaração do professor
Prestar serviços a
comunidade universitária e
não universitária por hora
trabalhada em caráter de
serviço social.
1h 30h Declaração de participação
119
11
9
RELATÓRIO DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Aluno (a): Semestre:
Matrícula: Telefone(s):
E-mails:
Categoria da Atividade Complementar:
Identificação da Atividade Complementar:
Local e Data: Carga Horária:
______________________________ ________________________________
Assinatura do aluno Assinatura Colegiado
5
10
15
20
Incluída _________/________/__________
____________________________________
Visto
Excluída _________/________/__________
____________________________________
Visto
120
12
0
ANEXO D – Regulamento de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
REGULAMENTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º - O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) constitui-se num componente curricular
do Curso de Ciências Contábeis onde serão desenvolvidas atividades de cunho científico que
deverá culminar com a produção de um trabalho de natureza científica, a saber, a elaboração
de trabalho monográfico – MONOGRAFIA.
§ 1º – O Trabalho de Conclusão de Curso constitui um dos requisitos básicos para a conclusão
do curso e obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, não sendo dispensada, sob
qualquer hipótese, a realização do mesmo.
§ 2º - Caberá ao professor da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso dirimir todas as
dúvidas referentes à interpretação das normas constantes deste regulamento, bem como suprir
as suas lacunas, expedindo os atos complementares que se fizerem necessários desde que
devidamente comunicada a Coordenação do Curso.
Art. 2º - Serão consideradas como normas para a formatação do Trabalho de Conclusão de
Curso do discente do curso de Ciências Contábeis aquelas normas constantes do Manual de
Trabalho de Conclusão de Curso a ser aprovado pelo CONSEPE, elaborado a partir das
normas expedidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e em
conformidade com as orientações dadas pelo professor da disciplina.
§ 1º - Caberá ao professor da disciplina de TCC juntamente com a Coordenação do Curso,
elaborar e revisar periodicamente o Manual de Trabalho de Conclusão de Curso, que deverá
ser entregue aos alunos no início do semestre em que a disciplina for oferecida devendo nele
conter todas as regras e exigências para a elaboração e formatação do trabalho de conclusão,
respeitado o constante no caput deste artigo.
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12
1
Art. 3º - O Trabalho de Conclusão de Curso terá como pré-requisitos as seguintes disciplinas:
Métodos e Técnicas de Pesquisa e Pesquisa Científica em Contabilidade.
Art. 4º - Ao iniciar a disciplina de TCC, o discente já deverá estar com seu projeto de pesquisa
concluído e aprovado por ocasião da disciplina Pesquisa Científica em Contabilidade.
Art. 5º - Aprovado na disciplina Pesquisa Científica em Contabilidade, estará o aluno apto a
fazer a disciplina Trabalho de Conclusão de Curso que terá como objetivo principal a
elaboração e conclusão de trabalho monográfico.
CAPÍTULO I
DOS PRAZOS E DA BANCA EXAMINADORA
Art. 6º - O prazo final para a entrega do Trabalho de Conclusão de Curso será definido pelo
professor da disciplina conforme cronograma por ele elaborado e apresentado a Coordenação
do Curso.
§ 1º - O aluno que não cumprir o prazo fixado pelo professor não receberá a nota referente a
III unidade, sendo sua média geral obtida pela soma das notas referentes as outras duas
unidades e dividida por 3 (três), tendo direito a prova final.
§ 2º - Entende-se como prova final para esta disciplina, o prolongamento do prazo para
entrega do trabalho de conclusão de curso até a data agendada pelo professor conforme
calendário acadêmico da instituição e observadas as normas para prova final.
Art. 7º - Cada aluno, individualmente, deverá indicar o nome de um professor da área de
contabilidade, a depender da temática do seu projeto de pesquisa, para ser seu orientador
durante a elaboração do trabalho de conclusão de curso. Este nome deverá ser informado no
início do semestre em que a disciplina de TCC for oferecida através do termo de compromisso
constante do projeto de pesquisa.
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12
2
Art. 8º – Havendo plágio ou cópia na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, deverá
o professor de a disciplina formalizar documento, por escrito, à Coordenação do Colegiado
informando sobre o plágio descoberto e indicando o nome do aluno para seja anexada a sua
pasta cópia da advertência formalizada pelo colegiado ou professor.
§ 1º - O aluno que for pego utilizando desta prática ilegal, desde que provado o plágio por
parte do professor, será o aluno reprovado na disciplina, não tendo direito a prova final nos
termos do § 2º do art. 6º e sujeito às penas da lei.
Art. 9º - O Trabalho de Conclusão de Curso deverá, inicialmente, ser entregue ao professor da
disciplina em três vias, encadernado em espiral e distribuídos da seguinte maneira: uma para o
professor da disciplina, a outra para o professor orientador e a terceira a um professor
convidado a fazer parte da banca examinadora.
Parágrafo único – Após a apresentação do trabalho e se aprovado pela banca examinadora,
deverá o discente proceder aos ajustes e considerações apontados pela banca, cabendo a ele
entregar ao Colegiado do Curso, no prazo de 15 (quinze) dias após a apresentação, outras duas
cópias do trabalho agora ajustado e encadernado em capa dura. Caberá ao Colegiado do Curso
arquivar uma via e encaminhar a outra para a Biblioteca Central da UESB desde que
respeitadas as normas de catalogação da Biblioteca.
Art. 10 – A banca examinadora será composta por três professores, sendo eles, o professor da
disciplina, o professor orientador (presidente da banca) e um professor convidado.
Art. 11 – O Trabalho de Conclusão de Curso deverá ser apresentado pelo aluno em dia e hora
agendado pelo professor da disciplina em consonância com o professor orientador e a
Coordenação do Curso.
§ 1º - O prazo máximo para apresentação será de 20 a 25 minutos.
§ 2º - A reserva de equipamentos áudios-visuais não será de responsabilidade do professor da
disciplina, cabendo ao aluno providenciar a reserva dos mesmos mediante solicitação de
123
12
3
memorando junto ao professor da disciplina e sua respectiva entrega no setor competente da
universidade.
§ 3º - O não agendamento de equipamentos, por falta de solicitação do aluno ou por
indisponibilidade junto ao setor competente, não dá o direito ao aluno de adiar ou cancelar a
sua apresentação devendo, para isso, ter um plano auxiliar que supra tal ausência de material.
§ 4º - Uma vez apresentado o trabalho monográfico, terá a banca examinadora o prazo de 24
(vinte e quatro) horas para divulgar o resultado, as orientações que se fizerem necessárias e a
ata de apresentação, todos por escrito, conforme modelos a serem elaborados pelo professor
da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso.
Art. 12º Estas normas entram em vigor na data de sua aprovação pelo Conselho Superior de
Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE).
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12
4
ANEXO E – Manual de Estágio Supervisionado do Curso de Ciências Contábeis
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º - O Estágio Curricular é um procedimento didático-pedagógico constituído por
trabalhos práticos supervisionados, fora do ambiente acadêmico, sendo uma atividade
obrigatória, integrante do Curso de Ciências Contábeis e desenvolvido em colaboração com
empresas, instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, cooperativas e
profissionais liberais, de caráter público ou privado, sob condições programadas previamente,
com a orientação de um docente e a supervisão de um profissional contábil habilitado
mediante aceite da coordenação, sem assumir um caráter de especialização.
§ 1º - O Estágio compreende atividades de aprendizagem social, profissional e cultural
proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e trabalho de seu
meio, ou seja, é uma complementação do ensino.
§ 2º - A realização do estágio curricular obrigatório, por parte do estudante, não
implicará em vínculo empregatício de qualquer natureza, em nenhum momento.
§ 3º - As atividades de estágio podem ser desenvolvidas em qualquer área da Ciência
Contábil, devendo ser o mais abrangente possível, em cada área do conhecimento escolhida.
§ 4º - Tratando-se de uma disciplina obrigatória do currículo do Curso de Ciências
Contábeis, o Estágio Curricular Supervisionado está vinculado ao Coordenador de Estágios e
esta por sua vez à Coordenação do Colegiado do Curso de Ciências Contábeis.
§ 5º O aluno deve estar atento para que as atividades do estágio sejam compatíveis
com o contexto básico de sua futura profissão.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Art. 2º - O Estágio Curricular visa proporcionar uma complementação do processo
ensino-aprendizagem, constituindo-se em um instrumento de integração Escola/Empresa, sob
a forma de treinamento prático, aperfeiçoamento técnico-científico, cultural e de
relacionamento humano.
§ 1º - Para a Universidade, o estágio tem como objetivo oferecer subsídios à revisão de
currículos, adequação de programas e atualização de metodologias de ensino, de modo a
permitir a Universidade uma postura realista quanto à sua contribuição ao desenvolvimento
regional e nacional, além de permitir melhores condições de avaliar o profissional em
formação.
§ 2º - Para o aluno, o estágio oferece possibilidade de uma visão prática do
funcionamento de uma empresa ou instituição de pesquisa e ao mesmo tempo leva a
familiarizar-se com o ambiente de trabalho. Possibilita também condições de treinamento
específico pela aplicação, aprimoramento e complementação dos conhecimentos adquiridos,
indicando caminhos para a identificação de preferências para campos de atividades
profissionais além de atuar como instrumento de iniciação científica à pesquisa e ao ensino.
§ 3º - Para a Empresa/Instituição, o estágio enseja a redução do período de adaptação
do profissional aos seus quadros, facilitando o recrutamento de técnicos com perfil adequado
aos seus interesses, além de estimular a criação de canais de cooperação com a Universidade
na solução de problemas de interesse mútuo, participando assim de maneira direta e eficaz na
125
12
5
formação de profissionais de nível superior, contribuindo para melhorar a adequação da
teoria/prática.
CAPÍTULO III
DAS INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO CURRICULAR
Art. 3º O Estágio Supervisionado poderá ser realizado nas seguintes áreas de estudo, a
escolha do aluno do Curso de Ciências Contábeis:
I. Contabilidade Geral;
II. Contabilidade Comercial;
III. Contabilidade Tributária;
IV. Contabilidade Governamental;
V. Contabilidade Bancária;
VI. Contabilidade de Custos;
VII. Auditoria;
VIII. Perícia;
IX. Contabilidade de Cooperativas;
X. outras disciplinas relacionadas.
Parágrafo único: Em caso de não ser observado as regras definidas neste manual, o
aluno será reprovado na disciplina de estágio supervisionado;
SEÇÃO I
DA HABILITAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
Art. 4º - São condições básicas para realização do Estágio Curricular Supervisionado:
I. estar matriculado no 10º semestre do curso de Ciências Contábeis, ou
equivalente, com todas as disciplinas anteriores cursadas não sendo permitido
quebras de pré-requisitos;
II. ter sido identificado como habilitado pela Coordenação do Estágio;
III. preenchimento de ficha de inscrição no ato da matrícula;
IV. retirar cópia deste manual no ato da matrícula.
SEÇÃO II
DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS E DA CARGA HORARIA
Art. 5º - São documento necessários ao estágio:
I. Convênio da Universidade/Empresa (Anexo VII);
II. Termo de Compromisso.
Art. 6º - O Estágio Supervisionado terá uma carga horária total de 150 horas. Para
efeito de cumprimento de carga horária serão consideradas no máximo 4 (quatro) horas
diárias de atividades. Os casos especiais serão analisados pela comissão de estágio ou seu
coordenador.
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12
6
SEÇÃO III
DAS ÁREAS E LOCAIS DE ESTÁGIO
Art. 7º - As atividades de estágio poderão ser desenvolvidas em qualquer área de
conhecimento da Ciência Contábil, com maior abrangência possível em cada área.
§ 1º - São considerados campos de estágio as empresas públicas, privadas, autarquias,
cooperativas e de economia mista que desenvolvam atividades afins à Ciência Contábil e que
disponham de profissionais contábeis interessados na área objeto do estágio, para fins de
supervisão.
§ 2º As áreas e locais são de livre escolha do aluno, sendo submetidos
obrigatoriamente à apreciação da coordenação, que poderá aprová-los ou não.
§ 3º Todos os locais selecionados deverão ser cadastrados na coordenação de estágios,
bem como os respectivos supervisores indicados pela instituição ou empresa.
SEÇÃO IV
DA SELEÇÃO DOS CANDIDATOS
Art. 8º - A seleção dos candidatos e a definição dos locais de estágio fundamentar-se-á
na preferência dos mesmos e nas exigências da entidade mantenedora do estágio e os critérios
estabelecidos pela Coordenação do Curso de Ciências Contábeis.
§ 1º - Para realizar a seleção dos candidatos, a Coordenação de Estágios se baseará nos
critérios:
I. relação fornecida pelo Colegiado do Curso de Ciências Contábeis, dos
alunos aptos a realizar o estágio, em época anterior à matrícula;
II. submeter-se a aceite junto a Coordenação de estágios.
§ 2º - Divulgado o resultado da seleção pela Coordenação de Estágio, não caberá
nenhum recurso a esta seleção por parte dos candidatos.
SEÇÃO V
DO SUPERVISOR DE ESTÁGIO
Art. 9º - A figura do supervisor é de fundamental importância para o sucesso do
estágio, visto que por meio deste o aluno tentará superar as deficiências e as inseguranças que
ainda o acompanham. É sob orientação do supervisor que o estagiário desenvolverá as suas
atividades diárias com o objetivo de cumprir o plano de trabalho previamente elaborado pela
entidade concedente do estágio em comum acordo com a Coordenação de Estágios. O
supervisor obrigatoriamente deverá ser um profissional contábil habilitado e ser devidamente
cadastrado na Coordenação de Estágio.
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12
7
CAPÍTULO IV
DO DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR
Art. 10 - Uma vez decidido o local do estágio e definido o respectivo supervisor, o
estagiário deverá seguir os seguintes procedimentos:
I – Apresentar-se no Campo de Estágio;
II – Entregar ao seu supervisor os seguintes documentos:
a) carta de apresentação, para a Empresa (ANEXO I);
b) ficha de cadastro de estágio (ANEXO II);
c) carta para o Supervisor, esclarecendo os procedimentos do Estágio Curricular
(Anexo I e Plano de Estágio);
d) ficha do plano de estágio (ANEXO V), sendo uma para a empresa e a outra
encaminhada para a Coordenação de Estágio;
e) ficha de freqüência do estágio (ANEXO III), deverá ser preenchida diariamente
e entregue à Coordenação após o aluno completar o Estágio;
f) ficha de avaliação (ANEXO IV), sendo uma para o supervisor e outra
encaminhada para a Coordenação no final das atividades.
CAPÍTULO V
DO PLANO DE ESTÁGIO
Art. 11 – O plano de estágio é um documento formal elaborado pelo estagiário,
em conjunto com o supervisor, no qual devem ficar evidenciados os objetivos a serem
alcançados, a área de atuação e a discriminação das atividades a serem desenvolvidas. O
plano de estágio tem como finalidade orientar o estagiário no desenvolvimento de seu
trabalho, bem como servir de instrumento para o acompanhamento, controle e avaliação de
desempenho do estagiário(a) tanto pela instituição/empresa, quanto pelo supervisor e pela
coordenação de estágio. O plano de estágio deverá ser elaborado de acordo com o modelo em
anexo (ANEXO V).
Parágrafo único - Deverão ser enviadas, pelo estagiário, duas vias deste plano à
Coordenação de Estágio, em até 10 dias após o início do estágio, devidamente assinado pelo
supervisor.
CAPÍTULO VI
DO INÍCIO DO ESTÁGIO
Art. 12 - O aluno deverá apresentar-se ao seu supervisor na empresa/instituição
onde será desenvolvido o estágio, na data estabelecida anteriormente, sob pena de perder a
vaga. Após o término da vigência do termo de compromisso (ANEXO VI), que estará de
acordo com o Plano de Estágio, o estagiário não poderá continuar desenvolvendo atividades
na empresa/instituição, a menos que a Coordenação de Estágio elabore novo termo de
compromisso, pois isto implica infração às leis trabalhistas.
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12
8
CAPÍTULO VII
DA FICHA DE AVALIAÇÃO E DA AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO PELO
SUPERVISOR
Art. 13 - A Ficha de Avaliação deverá ser preenchida pelo supervisor, sendo que
uma via permanecerá em seu poder e a outra deverá ser remetida para a Colegiado do Curso
de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia situada à Estrada do
Bem Querer, km 4, Caixa Postal 96, Campus de Vitória da Conquista - Bahia, CEP:45.000-
000. Fone: (077) 3424-8669, com o resultado final da avaliação, no término do estágio,
observando os prazos previamente estabelecidos pela coordenação e de acordo com o
Calendário Escolar da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
CAPÍTULO VIII
DAS ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO
Art. 14 – São atribuições do estagiário:
I - Antes e durante o estágio:
a) Ter pleno conhecimento de todas as normas contidas neste Manual antes de
iniciar as atividades do estágio.
b) Contatar o orientador antes de iniciar o estágio.
c) Informar à Coordenação endereço, telefone, conta de correio eletrônico e
apresentar Termo de compromisso.
d) Elaborar em conjunto com seu supervisor o Plano de Estágio, sendo que uma
via deverá ser remetida à Coordenação de Estágios, no prazo máximo de
10(dez) dias após o início do estágio
II - Após o estágio:
a) Contactar o orientador imediatamente após a finalização do Estágio.
b) Apresentar-se junto a Coordenação de Estágio com as fichas de freqüências.
c) Elaborar o relatório final de acordo com o roteiro para elaboração do Relatório
do Estágio e o Guia para Redação Técnico-Científica e Normatização
Bibliográfica.
d) Entregar três vias do relatório (encadernado em espiral) à Coordenação de
Estágio devidamente corrigido pelo orientador, no prazo máximo de 20 (vinte)
dias após a conclusão do estágio e no mínimo 10 (dez) dias antes da data
estipulada para a Defesa do Relatório.
e) Informar à Coordenação de Estágio, por meio de ofício do orientador, os
membros da Banca e a data da Defesa do Relatório, dentro do prazo previsto
pela Coordenação.
III - Após a defesa do relatório do Estágio Curricular:
a) Para as correções sugeridas pela Banca Examinadora o estagiário terá um
prazo de 10(dez) dias, a partir da data de defesa, para entregar o relatório
definitivo. O estagiário que não cumprir com estes prazos estará obrigado a
solicitar através de requerimento, devidamente justificado, junto ao
Departamento para nova apresentação do seu relatório.
b) O aluno deverá entregar duas cópias do relatório corrigido e encadernado
(brochura) na Coordenação de Estágio e Biblioteca Central.
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12
9
c) A cópia definitiva deverá ser encaminhada com um documento do orientador
atestando que as correções sugeridas foram efetuadas.
CAPÍTULO IX
DAS ATRIBUIÇÕES DA COORDENAÇÃO DO ESTÁGIO E DO ORIENTADOR
Art. 15 – São atribuições da coordenação do estágio:
a) Informar ao orientador o nome do supervisor do estagiário, sob sua orientação.
b) Publicar a lista dos orientadores com os respectivos orientados em cada
semestre.
Art. 16 – São atribuições do orientador:
a) Aprovar o Plano de Estágio elaborado pelo supervisor em conjunto com o
estagiário. Este estará disponível, na Coordenação de Estágio, até a segunda
semana de estágio.
b) Contactar o supervisor por telefone e fazer as devidas apresentações.
c) Orientar o estagiário durante a realização do estágio, podendo utilizar a conta
de correio eletrônico do aluno para facilitar a comunicação.
d) Orientar o estagiário na confecção do relatório final e observar o cumprimento
do prazo de 20(vinte) dias após o término do estágio para a entrega do mesmo
junto à Coordenação de Estágio.
e) Na orientação do relatório final do Estágio Curricular Supervisionado seguir as
recomendações apresentadas no item 6 deste manual.
f) Informar à Coordenação de Estágios possíveis irregularidades no decorrer do
Estágio Curricular Supervisionado.
g) Informar à Coordenação de Estágio caso não possa orientar o aluno, no período
estabelecido, à tempo para que seja tomada as devidas providências.
h) Assinar o Relatório Final, atestando que o mesmo foi corrigido seguindo as
sugestões da Banca Examinadora, que deverá ser entregue 10 dias após a
defesa do mesmo.
CAPÍTULO X
DO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR
Art. 17 - O relatório final do estágio é um instrumento destinado ao registro do
desenvolvimento do plano de estágio e de seus desdobramentos, devendo conter a descrição das
atividades realizadas, sua discussão, conclusões e, se necessário recomendações.
§ 1º - Um relatório compõe-se de três partes: pré-textual, textual e pós-textual,
sendo que a pré-textual é constituída pela capa, folha de rosto, agradecimentos, sumário,
seguindo as recomendações da ABNT.
§ 2º - A parte Textual engloba a introdução e os relatos das atividades que devem
seguir as sugestões abaixo:
I - Parte Textual
a – Introdução: a introdução apresenta uma idéia global da área de trabalho,
do campo de estágio, os objetivos do mesmo e da importância do assunto.
Informações sobre pressupostos necessários ao entendimento do assunto
aparecem igualmente nessa parte.
130
13
0
b - Relatos das Atividades: o desenvolvimento é o corpo do relatório, a parte
essencial do trabalho, constituindo na fundamentação lógica do enfoque dado
aos assuntos. Nele deve aparecer as atividades desenvolvidas, as discussões e
sugestões.
c - Atividades desenvolvidas: aparece discriminado o elenco de atividades
programadas e executadas, com seus respectivos resultados. Podem ser
documentadas e ilustradas com tabelas e/ou figuras, recursos estes que
permitem uma imediata visão do conjunto do que for escrito. Uma forma de
sistematizar o relatório pode ser a partir de registros diários das atividades
desenvolvidas, preparando um esquema do que foi executado e os resultados
do trabalho, facilitando assim a filtração das informações e o alcance da
importância dos fatos, bem como suas inter-relações. Após, deve-se redigir
um esboço observando a lógica na composição, a cronologia, a unidade e
consistência do seu conteúdo, a pertinência e a profundidade das afirmações.
O material produzido deve ser submetido a uma rigorosa revisão de conteúdo
e forma, a fim de eliminar informações inconvenientes ou acrescentar outras
que forem de interesse, corrigir erros de grafia e estruturação de frases.
Recomenda-se que o relatório das atividades de estágio seja feito logo após
execução de cada atividade, com revisão de literatura, se possível
diariamente, de modo que ao final do período de estágio, não haja acúmulo
de matéria a relatar, podendo assim o estagiário concentrar-se nas tarefas de
revisão e composição final do relatório.
d – Discussão: As experiências vividas deverão ser interpretadas, analisadas
criticamente e comparadas com outros autores, buscando explicações
próprias para as divergências encontradas. As conclusões deverão estar
baseadas em fatos apresentados no relatório. A discussão poderá ou não ser
feita em conjunto com a descrição das atividades desenvolvidas.
e – Sugestões: Constitui-se em alternativas de soluções para os problemas de
ordem geral que foram explorados no decorrer do relatório.
II - Parte Pós-Textual
a - Conclusão final: É resultante da análise crítica, pessoal, do trabalho
executado e de sua validade e oportunidade para a formação profissional.
b - Referências Bibliográficas: A apresentação das referências bibliográficas
deverá seguir as normas contidas no manual da ABNT.
CAPÍTULO XI
DA DEFESA DO RELATÓRIO
Art. 18 - A defesa do relatório final do Estágio Curricular é pública e realizada
perante uma banca examinadora composta por três membros, indicados pela Coordenação de
Estágios, preferencialmente da área de concentração do estágio.
Art. 19 - O calendário de defesa dos relatórios será definido pela Coordenação de
Estágios, obedecendo ao calendário acadêmico da UESB, aprovado pelo CONSEPE, sendo
considerado passível de segunda chamada o estagiário que não defender o seu relatório dentro
do período estipulado.
Art. 20 - A data da defesa é estabelecida pela Coordenação de Estágio.
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13
1
4
22
MBENSMF
Art. 21 - A defesa do Relatório Final do Estágio constará de dois momentos, a
saber:
I - Primeiro Momento: O aluno terá um tempo de 20 minutos para: apresentação
do campo de estágio; relato crítico das atividades desenvolvidas e relato das
dificuldades encontradas e das deficiências teóricas e práticas levadas para o
campo de estágio. A Coordenação de Estágio pode disponibilizar apenas retro
projetor e data-show, ficando a cargo do estagiário outros meios que julgar
necessários.
II - Segundo Momento: Argüição realizada pelos membros da Banca
Examinadora.
CAPÍTULO XII
DA AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR
Art. 22 - A avaliação é a verificação do desempenho, rendimento, aproveitamento
e atitudes do estagiário, traduzidos em notas.
§ 1º - Será aprovado o estagiário que obtiver média final igual ou superior a 7,0
(sete) e freqüência igual ou superior a 75%. A média final deverá resultar de, no mínimo
04(quatro) notas, sendo estas atribuídas pelo supervisor do estágio e pela Banca Examinadora
e calculada pela seguinte fórmula:
Onde:
MF = Média Final
NS = Nota do Supervisor
MBE = Média das notas da Banca Examinadora.
Art. 23 - Será considerado de Segunda Chamada o estagiário que:
a) não entregar nem defender o relatório nos prazos estipulados pela Coordenação;
b) tendo cumprido no mínimo 75% (setenta e cinco por cento) da freqüência, obtiver
média final entre 5,00 (cinco) e 6,99 (seis vírgula noventa e nove).
Art. 24 - Será considerado Reprovado o estagiário que:
a) cumprir menos de 75% (setenta e cinco por cento) de freqüência.
b) obtiver média final igual ou inferior a 4,99 (quatro vírgula noventa e nove),
devendo matricular-se no nono semestre, no ano subseqüente, e realizar novo
Estágio Curricular Supervisionado.
Art. 25 - O supervisor avaliará o estagiário mediante nove itens, que abrangem
aspectos profissionais e comportamentais.
§ 1º - Os aspectos profissionais abrangem o nível de conhecimento demonstrado
pelo estagiário durante o desenvolvimento das atividades programadas no plano de estágio, a
qualidade do trabalho e o volume de atividades cumpridas, a capacidade de sugerir, projetar
ou executar modificações no campo de estágio e disposição demonstrada para aprender.
§ 2º Os aspectos comportamentais abrangem o cumprimento do horário
estipulado; a observância das normas e regulamentos internos da empresa/ instituição; e a
descrição quanto ao sigilo das atividades a ele confiadas pelo supervisor; disposição para
integrar, cooperando com os colegas nas atividades solicitadas; a capacidade de cuidar e
responder pelas atribuições materiais, equipamentos e bens que lhe são confiados pelo
132
13
2
supervisor. Dentre os aspectos comportamentais a atuação ético profissional e moral é de
fundamental importância.
§ 3º Cada item da ficha de avaliação do estágio pelo supervisor (ANEXO III) tem
o valor máximo de 1,0 (um vírgula zero) ponto, com exceção do item ética profissional que
vale 2,0 (dois vírgula zero) pontos. A somatória da pontuação dos itens terá valor máximo de
10,0 (dez vírgula zero) pontos.
Art. 26 - A Banca Examinadora atribuirá individualmente as notas em Ficha de
Avaliação própria, fornecida pela Coordenação de Estágios, em que serão considerados os
seguintes aspectos:
I. Apresentação: relatório dentro dos padrões exigidos pelo roteiro de
orientação para elaboração do mesmo (1,0 ponto).
II. Redação: clareza, objetividade e correção de linguagem (1,0 ponto).
III. Tratamento dos temas: utilização de termos técnicos adequados (1,0
ponto).
IV. Discussão e Análise dos temas: interpretação e análise crítica dos
resultados obtidos na realização do estágio (2,0 pontos).
V. Conclusão: as conclusões foram baseadas em fatos apresentados no
relatório (1,0 ponto).
VI. Segurança: na apresentação do relatório e ao responder as perguntas da
Banca Examinadora (1,0 ponto).
VII. Coerência: as atividades descritas no relatório de acordo com a defesa (1,0
ponto).
VIII. Objetividade: relato de forma clara e objetiva das atividades desenvolvidas
(1,0 ponto).
IX. Postura: apresentação adequada durante a defesa (1,0 ponto).
§ 1º - Imediatamente após a defesa do relatório, a Banca Examinadora
encaminhará a avaliação final à Coordenação de Estágio, que a remeterá a Coordenação do
Curso.
§ 2º A aprovação final estará condicionada por meio da entrega da versão final
corrigida, juntamente com um ofício do orientador, à Coordenação de Estágio.
133
13
3
ANEXO F - Resolução 10 do Conselho Nacional de Educação de 16 de dezembro de
2004
RESOLUÇÃO CNE Nº 10/04
DE 16 DE DEZEMBRO DE 2004
INSTITUI AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DO CURSO DE
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS, BACHARELADO, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS
O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, no uso de
suas atribuições, conferidas pelo art. 9º, § 2º, alínea "c", da Lei 4.024, de 20 de dezembro de
1961, com a redação dada pela Lei 9.131, de 25 de novembro de 1995, e tendo em vista as
diretrizes e os princípios fixados pelos Pareceres CNE/CES 776, de 3/12/97, CNE/CES 583,
de 4/4/2001, CNE/CES 67, de 11/3/2003, bem como o Parecer CNE/CES 289, de 6/11/2003,
alterado pelo Parecer CNE/CES 269, de 16/09/2004, todos homologados pelo Ministro da
Educação,
RESOLVE:
Art. 1º - A presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de
graduação em Ciências Contábeis, bacharelado, a serem observadas pelas Instituições de
Educação Superior.
Art. 2º - As Instituições de Educação Superior deverão estabelecer a organização curricular
para cursos de Ciências Contábeis por meio de Projeto Pedagógico, com descrição dos
seguintes aspectos:
I - perfil profissional esperado para o formando, em termos de competências e habilidades;
II - componentes curriculares integrantes;
III - sistemas de avaliação do estudante e do curso;
IV - estágio curricular supervisionado;
V - atividades complementares;
VI - monografia, projeto de iniciação científica ou projeto de atividade - como Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) - como componente opcional da instituição;
VII - regime acadêmico de oferta;
VIII - outros aspectos que tornem consistente o referido Projeto.
§ 1º - O Projeto Pedagógico, além da clara concepção do curso de graduação em Ciências
Contábeis, com suas peculiaridades, seu currículo pleno e operacionalização, abrangerá, sem
prejuízo de outros, os seguintes elementos estruturais:
I - objetivos gerais, contextualizados em relação às suas inserções institucional, política,
geográfica e social;
II - condições objetivas de oferta e a vocação do curso;
III - cargas horárias das atividades didáticas e para integralização do curso;
IV - formas de realização da interdisciplinaridade;
V - modos de integração entre teoria e prática;
VI - formas de avaliação do ensino e da aprendizagem;
VII - modos da integração entre graduação e pós-graduação, quando houver;
VIII - incentivo à pesquisa, como necessário prolongamento da atividade de ensino e como
instrumento para a iniciação científica;
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13
4
IX - concepção e composição das atividades de estágio curricular supervisionado, suas
diferentes formas e condições de realização, observado o respectivo regulamento;
X - concepção e composição das atividades complementares;
XI - inclusão opcional de trabalho de conclusão de curso (TCC).
§ 2º - Projetos Pedagógicos para cursos de graduação em Ciências Contábeis poderão admitir
Linhas de Formação Específicas nas diversas áreas da Contabilidade, para melhor atender às
demandas institucionais e sociais.
§ 3º - Com base no princípio de educação continuada, as IES poderão incluir no Projeto
Pedagógico do curso, a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu, nas respectivas Linhas
de Formação e modalidades, de acordo com as efetivas demandas do desempenho
profissional.
Art. 3º - O curso de graduação em Ciências Contábeis deve ensejar condições para que o
futuro contador seja capacitado a:(1)
I - compreender as questões científicas, técnicas, sociais, econômicas e financeiras, em âmbito
nacional e internacional e nos diferentes modelos de organização;
II - apresentar pleno domínio das responsabilidades funcionais envolvendo apurações,
auditorias, perícias, arbitragens, noções de atividades atuariais e de quantificações de
informações financeiras, patrimoniais e governamentais, com a plena utilização de inovações
tecnológicas;
III - revelar capacidade crítico-analítica de avaliação, quanto às implicações organizacionais
com o advento da tecnologia da informação.
Art. 4º - O curso de graduação em Ciências Contábeis deve possibilitar formação profissional
que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades:
I - utilizar adequadamente a terminologia e a linguagem das Ciências Contábeis e Atuariais;
II - demonstrar visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil;
III - elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz de
seus usuários, quaisquer que sejam os modelos organizacionais;
IV - aplicar adequadamente a legislação inerente às funções contábeis;
V - desenvolver, com motivação e através de permanente articulação, a liderança entre
equipes multidisciplinares para a captação de insumos necessários aos controles técnicos, à
geração e disseminação de informações contábeis, com reconhecido nível de precisão;
VI - exercer suas responsabilidades com o expressivo domínio das funções contábeis,
incluindo noções de atividades atuariais e de quantificações de informações financeiras,
patrimoniais e governamentais, que viabilizem aos agentes econômicos e aos administradores
de qualquer segmento produtivo ou institucional o pleno cumprimento de seus encargos
quanto ao gerenciamento, aos controles e à prestação de contas de sua gestão perante a
sociedade, gerando também informações para a tomada de decisão, organização de atitudes e
construção de valores orientados para a cidadania;
VII - desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e de controle
gerencial, revelando capacidade crítico analítica para avaliar as implicações organizacionais
com a tecnologia da informação;
VIII - exercer com ética e proficiência as atribuições e prerrogativas que lhe são prescritas
através da legislação específica, revelando domínios adequados aos diferentes modelos
organizacionais.
Art. 5º - Os cursos de graduação em Ciências Contábeis, bacharelado, deverão contemplar,
em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular, conteúdos que revelem
conhecimento do cenário econômico e financeiro, nacional e internacional, de forma a
proporcionar a harmonização das normas e padrões internacionais de contabilidade, em
conformidade com a formação exigida pela Organização Mundial do Comércio e pelas
135
13
5
peculiaridades das organizações governamentais, observado o perfil definido para o formando
e que atendam aos seguintes campos interligados de formação:
I - conteúdos de Formação Básica: estudos relacionados com outras áreas do conhecimento,
sobretudo Administração, Economia, Direito, Métodos Quantitativos, Matemática e
Estatística;
II - conteúdos de Formação Profissional: estudos específicos atinentes às Teorias da
Contabilidade, incluindo as noções das atividades atuariais e de quantificações de
informações financeiras, patrimoniais, governamentais e não-governamentais, de auditorias,
perícias, arbitragens e controladoria, com suas aplicações peculiares ao setor público e
privado;
III - conteúdos de Formação Teórico-Prática: Estágio Curricular Supervisionado, Atividades
Complementares, Estudos Independentes, Conteúdos Optativos, Prática em Laboratório de
Informática utilizando softwares atualizados para Contabilidade.
Art. 6º - A organização curricular do curso de graduação em Ciências Contábeis estabelecerá,
expressamente, as condições para a sua efetiva conclusão e integralização curricular, de
acordo com os seguintes regimes acadêmicos que as Instituições de Ensino Superior
adotarem: regime seriado anual; regime seriado semestral; sistema de créditos com matrícula
por disciplina ou por módulos acadêmicos, com a adoção de pré-requisitos, atendido o
disposto nesta Resolução.
Art. 7º - O Estágio Curricular Supervisionado é um componente curricular direcionado para a
consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando,
devendo cada instituição, por seus Colegiados Superiores Acadêmicos, aprovar o
correspondente regulamento, com suas diferentes modalidades de operacionalização.
§ 1º - O estágio de que trata este artigo poderá ser realizado na própria instituição de ensino,
mediante laboratórios que congreguem as diversas ordens práticas correspondentes aos
diferentes pensamentos das Ciências Contábeis e desde que sejam estruturados e
operacionalizados de acordo com regulamentação própria, aprovada pelo conselho superior
acadêmico competente, na instituição.
§ 2º - As atividades de estágio poderão ser reprogramadas e reorientadas de acordo com os
resultados teórico-práticos gradualmente revelados pelo aluno, até que os responsáveis pelo
estágio curricular possam considerá-lo concluído, resguardando, como padrão de qualidade,
os domínios indispensáveis ao exercício da profissão.
§ 3º - Optando a instituição por incluir no currículo do curso de graduação em Ciências
Contábeis o Estágio Supervisionado de que trata este artigo, deverá emitir regulamentação
própria, aprovada pelo seu Conselho Superior Acadêmico, contendo, obrigatoriamente,
critérios, procedimentos e mecanismos de avaliação, observado o disposto no parágrafo
precedente.
Art. 8º - As Atividades Complementares são componentes curriculares que possibilitam o
reconhecimento, por avaliação, de habilidades, conhecimentos e competências do aluno,
inclusive adquiridas fora do ambiente escolar, abrangendo a prática de estudos e atividades
independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade, especialmente nas relações
com o mundo do trabalho e com as ações de extensão junto à comunidade.
Parágrafo único. As Atividades Complementares devem constituir-se de componentes
curriculares enriquecedores e implementadores do próprio perfil do formando, sem que se
confundam com estágio curricular supervisionado.
Art. 9º - O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um componente curricular opcional da
instituição que, se o adotar, poderá ser desenvolvido nas modalidades de monografia, projeto
de iniciação científica ou projetos de atividades centrados em áreas teórico-práticas e de
formação profissional relacionadas com o curso.
136
13
6
Parágrafo único. Optando a Instituição por incluir Trabalho de Conclusão de Curso - TCC,
nas modalidades referidas no caput deste artigo, deverá emitir regulamentação própria,
aprovada pelo seu Conselho Superior Acadêmico, contendo, obrigatoriamente, critérios,
procedimentos e mecanismos de avaliação, além das diretrizes técnicas relacionadas à sua
elaboração.
Art. 10 - A duração e a carga horária dos cursos de graduação, bacharelados, serão
estabelecidas em Resolução da Câmara de Educação Superior.
Art. 11 - As Diretrizes Curriculares Nacionais desta Resolução deverão ser implantadas pelas
Instituições de Educação Superior, obrigatoriamente, no prazo máximo de dois anos, aos
alunos ingressantes, a partir da publicação desta.
Parágrafo único. As IES poderão optar pela aplicação das Diretrizes Curriculares Nacionais
aos demais alunos do período ou ano subseqüente à publicação desta.
Art. 12 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se a
Resolução CNE/CES nº 6, de 10 de março de 2004, e demais disposições em contrário.
EDSON DE OLIVEIRA NUNES
Publicada no Diário Oficial da União de 28.12.2004.
137
13
7
ANEXO G - Carta Consulta – Introdução (Documento de Credenciamento da UESB
junto ao Conselho Estadual de Educação – CEE-Ba).
INTRODUÇÃO
As mudanças que vêm ocorrendo em todo o mundo, nas esferas econômicas,
científicas, tecnológicas e socioculturais, têm se refletido de forma direta nas instituições
de educação superior. Os paradigmas que sustentam a sociedade do terceiro milênio dão
novos sentidos à concepção de sociedade e de educação, impondo às universidades a
necessidade de ressignificar e ampliar suas ações, frente aos desafios que se apresentam
nesse novo cenário, para os quais essas instituições têm a responsabilidade de apontar
caminhos que culminem com verdadeiro sentido de uma sociedade ética e solidária.
Os reflexos dessas mudanças se fazem sentir nas políticas nacionais de educação,
emanadas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB Lei n.º 9.394/96), das
diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação que estão sendo elaboradas
pelo Conselho Nacional de Educação e de outros instrumentos legais que orientam o
funcionamento de instituições desse nível de ensino. Mudanças também ocorreram na
legislação do Estado da Bahia no que concerne à estrutura organizacional e administrativa
(Lei n.º 7.176/97) que alteraram, sobremaneira, a estrutura das universidades estaduais,
entre as quais se encontra a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
O capítulo da LDB referente à Educação Superior propõe o exercício da autonomia
didático-científica das universidades, a qual deve ser garantida pelos órgãos colegiados,
dentro dos recursos orçamentários disponíveis, obedecendo ao princípio da gestão
democrática. Essa concepção de universidade, necessariamente, deve coadunar com a
existência de órgãos colegiados deliberativos, aumentando suas possibilidades de se inserir
no contexto da sociedade atual, com respostas significativas para as demandas
institucionais e da comunidade local e regional.
De acordo com a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação
superior tem por finalidade, além daquela de formar profissionais nas diferentes áreas do
conhecimento, incentivar o trabalho de pesquisa, o qual deverá constituir-se um lastro na
estrutura curricular dos cursos oferecidos e das demais ações desenvolvidas pelas
138
13
8
universidades. Nesse sentido, a mesma lei aponta mudanças na política de qualificação
docente para que assegure um quadro de professores com titulação de pós-graduação
stricto sensu, em condições de implementar, dinamizar e intensificar, de forma sistemática,
a produção acadêmica, científica e cultural nas universidades.
As diretrizes curriculares nacionais, com o objetivo de nortear a necessária adequação
dos currículos dos cursos de graduação à legislação educacional em vigência no país,
sugerem a definição do perfil profissiográfico do egresso, em consonância com as
demandas econômicas, sociais e individuais, na perspectiva de conciliar essas várias
expectativas. Para tanto, elas definem princípios filosóficos e teórico-metodológicos que
serão norteadores da organização e operacionalização curricular e, também, orientam na
definição de saberes relacionados aos vários contextos e aos conhecimentos específicos de
cada área de concentração e das novas tecnologias.
É assim, pois, que a UESB tem passado por mudanças significativas na sua estrutura
administrativa e acadêmica, com o objetivo de cumprir as suas funções:
formar profissionais aptos a ingressar no mercado trabalho, contribuindo,
efetivamente, para o desenvolvimento político, econômico e sociocultural da
sociedade e conscientes de sua responsabilidade com a sua contínua atualização
profissional;
contribuir para formação de uma consciência científica que possibilite a
produção, sistematização e socialização dos conhecimentos;
desenvolver atividades especializadas que favoreçam uma relação equilibrada
entre o ser humano e o meio ambiente, na perspectiva de contribuir para a
melhoria das condições de vida da comunidade;
atuar na reconstrução social, pela participação conjunta nos problemas que
comprometem os direitos da coletividade, propondo caminhos para a superação
das dificuldades e a garantia plena da cidadania.
Para cumprimento dessas funções, a UESB definiu como meta prioritária a
qualificação do seu quadro de docentes, cujos resultados já são perceptíveis na criação
constante de grupos de pesquisas, de produção científica e de projetos de extensão, muitos
dos quais com financiamento externo; na melhoria do nível dos cursos de graduação; e no
aumento significativo do número de projetos de intervenção na comunidade. O resultado
alcançado com essa meta culminou no aperfeiçoamento da infra-estrutura como a
139
13
9
implantação de novos laboratórios, ampliação e atualização do acervo bibliográfico,
informatização dos diversos setores e ampliação e recuperação do espaço físico
O período de 1998 a 2002 representou o momento de maior crescimento da Instituição,
reflexo da autonomia concedida pelo Decreto Estadual n.º 7.344/98 de 27 de maio 1998, o
qual legitimou a sua identidade como Universidade.
Cumpre, agora, apresentar à comunidade acadêmica, e, principalmente, ao Conselho
Estadual de Educação, as ações que foram realizadas nesse período, levando em
consideração os limites das legislações superiores, o Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI) e as recomendações emanadas do Parecer CEE n.º 8, de 12 de maio de
1998.
Para tanto, apresenta-se este documento, organizado nos volumes I, II e III, com seus
respectivos anexos, os quais reúnem as informações necessárias a uma nova avaliação da
UESB, pelo Conselho Estadual de Educação com vista ao seu Recredenciamento, de
acordo com as orientações da Resolução do CEE n.º 72, de 27 de setembro de 1999.
141
141
ANEXO I – PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB)
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA
2007
14
2
142
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB)
REITOR
Prof. Dr. Abel Rebouças São José
VICE-REITOR
Prof. Rui Macêdo
PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO
Profª. Willma Dêda Machado
PRÓ-REITORA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Profª. Dra. Cristiane Leal dos Santos
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS
Prof. Ms. Paulo Sérgio Cavalcante Costa
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS
Tayrone Félix
ASSESSORIA TÉCNICA DE FINANÇAS E PLANEJAMENTO
Prof. Ms. Roberto Paulo Machado Lopes
DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Profa. Maria Madalena Souza dos Anjos
COORDENADOR DO COLEGIADO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Prof. Alexssandro Campanha Rocha
VICE-COORDENADOR DO COLEGIADO
Prof. Manoel Antonio Oliveira Araújo
SECRETÁRIA DO COLEGIADO
Vanêide Rocha Dias Ribeiro
14
3
143
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 144
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 145
1 DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ..................................................................................... 147
1.1 Perfil Institucional .......................................................................................................... 147
1.1.1 Condição jurídica ................................................................................................... 147
1.1.2 Atos legais ............................................................................................................. 148
1.1.3 Missão .................................................................................................................... 148
1.1.4 A Vocação interna e o atendimento às demandas regionais .................................. 148
2 ORGANIZAÇÃO ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA .............................................. 151
2.1 Organização básica ......................................................................................................... 151
2.2 Órgãos Suplementares ................................................................................................... 151
2.3 Órgãos da Administração Setorial ................................................................................ 152
2.3.1 Departamento ....................................................................................................... 152
2.3.2 Colegiado ............................................................................................................... 152
2.4 Espaço Físico do Campus de Vitória da Conquista..................................................... 153
2.5 Equipamentos Necessários ao funcionamento do curso .............................................. 156
2.6 Biblioteca Central ........................................................................................................... 156
3 CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ........................................................................... 157
3.1 Ato de Autorização do Curso ........................................................................................ 157
3.2 Concepção, Finalidade e Perfil Profissiográfico .......................................................... 157
3.3 Campo de Atuação ......................................................................................................... 158
3.4 Missão do Curso de Ciências Contábeis ....................................................................... 160
3.5 Currículo Atual, vigente na época do reconhecimento ............................................... 161
3.6 Ementas por disciplina ................................................................................................... 164
3.6.1 Disciplinas do Currículo Normal ........................................................................... 164
14
4
144
APRESENTAÇÃO
A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) apresenta, o projeto de
renovação de reconhecimento do Curso de Graduação em Ciências Contábeis, ao Conselho
Estadual de Educação (CEE), com o objetivo de ser apreciado e analisado.
As informações estão de acordo com as orientações da Resolução CEE nº 17/2001,
que fixa normas para Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento de cursos superiores
de Instituições Públicas do Sistema Estadual de Ensino.
A Parte 1 do documento reúne informações gerais sobre a UESB, o perfil institucional,
seus aspectos jurídicos, missão da Instituição, a vocação interna e atendimento às demandas
regionais, organização acadêmico-administrativa.
A Parte 2 trata do projeto pedagógico do Curso de Ciências Contábeis, sua concepção,
perfil do egresso, organização curricular, regime de matrícula, vagas semestrais, formas de
acesso, turno de funcionamento, período de integralização, biblioteca, laboratórios,
edificações e equipamentos necessários para o funcionamento do curso.
14
5
145
1 INTRODUÇÃO
O projeto de renovação de reconhecimento do curso de Ciências Contábeis da UESB
apresenta, no período de dezembro de 1999 até o momento, as principais ações desenvolvidas
visando o aprimoramento constante do curso diante das exigências cada vez maiores do
mercado de trabalho, onde estarão atuando os profissionais formados por esta instituição.
A primeira grande ação realizada pela UESB foi a qualificação docente da área de
Ciências Contábeis, atendendo a recomendação do Parecer de Reconhecimento do Curso.
Nesse sentido, a UESB firmou convênio com a Fundação Visconde de Cairú, em Salvador –
BA, para a realização de curso de Mestrado em Contabilidade. Atualmente sete professores já
concluíram o curso. Recentemente, através de outras parcerias da UESB junto a Universidade
Federal da Bahia (UFBA) e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), em
programas de mestrado interinstitucional (MINTER), mais outros quatro professores estarão
iniciando seus cursos de mestrado neste ano de 2007.
A política de incentivo a qualificação docente refletiu positivamente, possibilitando o
maior atendimento às demandas das atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. Observa-se
que o desempenho do curso no Exame Nacional de Cursos – Provão – foi altamente positivo,
resultando em “B” no ano de 2002 e “A” no ano de 2003.
Outras ações somaram-se a esta ação inicial, tais como a realização de seminários e eventos voltados tanto para a comunidade interna
quanto para a comunidade externa, estreitando as relações entre a Universidade e a Sociedade, no sentido de desenvolver ações que
permitam a formação profissional continuada, sendo esta uma exigência do sistema representativo da Classe Contábil (CRC /CFC).
Além disso, podemos destacar ainda a realização do Seminário de comemoração dos
dez anos de implantação do Curso de Ciências Contábeis e da 1ª, 2ª e 3ª Semana de
Contabilidade do Sudoeste da Bahia, com a participação de várias autoridades no assunto.
O Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas, implantado em 2002, atende aos cursos
de Administração, Ciências Contábeis, Direito e Economia, contribuindo significativamente
para a formação do aluno, conforme previsto nas Diretrizes Curriculares do curso.
O estágio supervisionado é realizado em empresas e escritórios de contabilidade da
cidade, observando-se assim a consolidação do desempenho profissional desejado, inerente ao
perfil do formando.
Ressalte-se, também, a melhoria substancial do acervo bibliográfico nas áreas
específicas do curso, neste período.
14
6
146
A partir destas informações iniciais, pretende-se apresentar ao Conselho Estadual de
Educação, as principais ações realizadas no período estabelecido pelo reconhecimento do
curso, levando em consideração a missão do curso, em formar profissionais críticos, aptos ao
desempenho da profissão Contábil no que pese a todo processo socioeconômico, no qual estão
inseridas as entidades detentoras de patrimônio publico ou privado, que detém na região de
sua atuação, importante papel.
Para tanto, apresenta-se este documento, o qual reúne as informações necessárias a
uma nova avaliação do Curso de Ciências Contábeis, por esse Conselho, com vistas à
renovação de seu reconhecimento.
14
7
147
2 1 DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
2.1 1.1 PERFIL INSTITUCIONAL
2.1.1 1.1.1 Condição jurídica
A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), instituída pela Lei Delegada
nº 12, de 30 de dezembro de 1980, foi autorizada pelo Decreto Federal nº 94.250, de 22 de
abril de 1987 e credenciada através do Decreto Estadual nº 7.344, de 27 de maio de 1998 e
recredenciada em 2006 por mais 8 anos através do Decreto Estadual nº 9.996, de 2 de maio de
2006. Sua estrutura administrativa foi alterada pela Lei 7.176, de 10 de setembro de 1997 e
Decreto nº 7.329, de 07 de maio de 1998, que aprova o novo regulamento da Universidade. É
uma Instituição Autárquica, de Direito Público e Regime Especial de Ensino, Pesquisa e
Extensão, de caráter multicampi, com sede administrativa e foro na cidade de Vitória da
Conquista, Estado da Bahia, vinculada à Secretaria da Educação do Estado da Bahia, com
autonomia didático-científica, administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar, conforme a
Constituição Federal de 1988 e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96.
Integram a UESB, os campi de Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga, localizados nos
endereços, abaixo, relacionados:
CAMPUS DE VITÓRIA DA CONQUISTA – BA: Estrada do Bem Querer,
Km – 4, Bairro Universitário, Caixa Postal: 95, CEP: 45.083-900 Vitória da Conquista –
BA;
CAMPUS DE JEQUIÉ – BA: Rua José Moreira Sobrinho, s/n – Bairro
Jequiezinho, CEP: 45.200-000 Jequié – BA;
CAMPUS DE ITAPETINGA – BA: BR – 415, Km 03, s/n, CEP: 45.700-
000 Itapetinga – BA.
14
8
148
2.1.2 1.1.2 Atos legais
Criação da Fundação que manterá uma universidade no Sudoeste da Bahia Lei Estadual nº 3.799, de 23/05/80
Criação da Fundação Educacional do Sudoeste Decreto Estadual nº 27.450, de
12/08/80
Criação da Autarquia Universidade do Sudoeste Lei Delegada nº 12, de 30/12/80
Aprovação do Regulamento de implantação da Autarquia Universidade do
Sudoeste, que substitui a Fundação Educacional do Sudoeste
Decreto Estadual nº 28.169, de
25/08/81
Autorização de Funcionamento da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Parecer CEE nº 119/87, 23/02/87
Decreto Federal nº 94.250, de
22/04/87
Aprovação do Estatuto da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Decreto Estadual nº 1.931, de
11/11/88
Reestruturação das Universidades Estaduais da Bahia Lei Estadual nº 7.176, de 10/09/97
Concessão do Credenciamento da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia
Parecer CEE nº 008/98, de
25/05/98
Decreto Estadual nº 7.344, de
27/05/98
Aprovação do Novo Regulamento da UESB
Resolução CONSAD nº 1/98, de
06/04/98
Decreto Estadual nº 7.329, de
07/05/98
Quadro 1 – Legislação em ordem cronológica.
2.1.3
2.1.4 1.1.3 Missão
Produzir, sistematizar e socializar conhecimentos para a formação de
profissionais e cidadãos, visando à promoção do desenvolvimento e a melhoria da
qualidade da vida.
2.1.5
2.1.6
2.1.7 1.1.4 A Vocação interna e o atendimento às demandas regionais
Concebida como Instituição Social, a UESB tem a sociedade como princípio e
referência. É possível visualizar, no contorno histórico das suas atividades de ensino,
pesquisa, extensão e prestação de serviços, tendência para a produção de conhecimentos que,
além de criar novas necessidades no contexto em que a Universidade está inserida,
14
9
149
possibilitem atender também às demandas regionais, especialmente, no âmbito das áreas de
Ciências da Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Agrárias,
Ciências Biológicas e Ciências da Saúde.
No que diz respeito ao Ensino, a UESB envida esforços por uma prática fundada nos
princípios de formação, reflexão, criação e crítica, de modo a consolidar sua vocação interna,
dirigida para produção e revitalização permanente do conhecimento, a fim de responder às
demandas do mercado regional, com profissionais dotados de competência técnica,
capacidade crítica e criativa, em condições de exercer seu papel na sociedade.
Os efeitos dessa proposta de trabalho são notáveis na sensível diferença percebida na
qualificação dos profissionais de ensino que atuam na Educação Básica do Sudoeste da Bahia
e pelo número significativo de seus ex-alunos, profissionais de outras áreas, inseridos no
mercado de trabalho regional.
Destaca-se, também, o número considerável de ex-alunos, hoje professores do quadro
permanente da Instituição que, comprometidos com o seu aperfeiçoamento e atualização, se
encontram cursando ou pleiteando vagas em cursos de pós-graduação, tanto na própria UESB
como em outras Universidades do país. Os ex-alunos atestam que o trabalho da Universidade
os motivou, na busca constante de subsídios para a sua realização pessoal / profissional e para
melhor servirem à comunidade.
Gráfico 1 – Ex-alunos atuando na Universidade.
Quanto às atividades de pesquisa, os resultados revelam uma instituição em
processo de amadurecimento, sendo possível registrar projetos de pesquisa longitudinal,
pesquisa de campo, pesquisa experimental, pesquisa participante, fomentados por
financiamento interno e externo. Já estão se formando centros de estudos; grupos de
pesquisa cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico
0 %
2 0 %
4 0 %
6 0 %
8 0 %
1 0 0 %
E x -a lu n o s D e o u t ra s
in s t itu iç ô e s
V itó ria d a
C o n q u is ta
Je q u ié
Ita p e t in g a
15
0
150
(CNPq), gerando aumento da demanda por bolsas do Programa Institucional de Iniciação
Científica (PIBIC); e projetos interdepartamentais e interinstitucionais. Tudo isso, é
resultado da construção coletiva dos segmentos que compõem a UESB.
No que se refere à extensão universitária, a UESB demonstra uma experiência
profícua, que vem se consolidando ao longo do tempo, o que pode ser demonstrado pelo
número de projetos de ação continuada, esporádica, ou emergencial. São programas de
acompanhamento, cursos, feiras culturais, seminários, encontros, fóruns e debates que
possibilitam a socialização de conhecimentos e experiências, nas diversas áreas de saber.
A prestação de serviços na UESB se caracteriza pela existência de atividades diversas
como: concursos públicos, cursos de aperfeiçoamento profissional, programas de assistência
técnica, consultorias, desenvolvidas em convênios com outras instituições ou mediante
contratos com empresas particulares.
Pode-se concluir que a UESB, comprometida com seus princípios fundamentais, vem
cumprindo sua função social, produzindo e socializando conhecimentos, buscando atender às
demandas do contexto social, cultural e econômico em que se insere.
15
1
151
3 2 ORGANIZAÇÃO ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA
3.1 2.1 ORGANIZAÇÃO BÁSICA
Conselho Universitário (CONSU) – órgão máximo de deliberação a quem compete
formular, com prioridade, a política universitária, definir as práticas gerais das áreas
acadêmica e administrativa e funcionar como instância revisora, em grau de recurso, das
deliberações relativas ao âmbito da sua competência.
Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) – órgão consultivo
e deliberativo, a quem compete definir a organização e funcionamento da área acadêmica nos
aspectos didáticos e científicos, com funções indissociáveis nas áreas de ensino, pesquisa e
extensão, em conjunto com os órgãos de administração superior e setorial da Universidade.
Conselho de Administração (CONSAD) – órgão colegiado de administração e
fiscalização econômico-financeira da Universidade, incumbido de assegurar e regular o
funcionamento da entidade.
Reitoria – é o órgão executivo da administração superior responsável pelo
planejamento, coordenação, supervisão, avaliação e controle da Universidade, tendo como
auxiliares de direção superior os seguintes órgãos: Gabinete do Reitor; Vice-Reitoria;
Procuradoria Jurídica; Assessoria Técnica; Unidade de Desenvolvimento Organizacional;
Pró-Reitoria de Administração e Recursos Humanos; Pró-Reitoria de Graduação; Pró-Reitoria
de Pesquisa e Pós-Graduação; Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários.
3.2 2.2 ÓRGÃOS SUPLEMENTARES
São suplementares os órgãos destinados a auxiliar as atividades de ensino, pesquisa,
extensão e execução de programas aprovados pela Reitoria, ou pelos Departamentos, para
toda a Universidade. São os seguintes órgãos: Biblioteca Central e Setoriais; Centro de
Aperfeiçoamento Profissional (CAP); Diretoria do Campo Agropecuário (DICAP); Diretoria
Técnica Operacional em Recursos Audiovisuais (DITORA); Editora Universitária; Gráfica
15
2
152
Universitária; Museu Regional; Prefeituras dos campi; Produtora Universitária de Vídeo
(PROVÍDEO); Serviço Médico Odontológico e Social.
3.3 2.3 ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO SETORIAL
3.3.1 2.3.1 Departamento
Departamento é o órgão responsável pelo planejamento, execução e avaliação das
atividades didático-científica e administrativa, com competências definidas no Regimento
Geral. Atualmente, a UESB tem 15 departamentos, distribuídos conforme o Quadro 2.
DEPARTAMENTO CAMPUS
Estudos Básicos e Instrumentais (DEBI) Itapetinga
Tecnologia Rural e Animal (DTRA) Itapetinga
Ciências Biológicas (DCB) Jequié
Ciências Humanas e Letras (DCHL) Jequié
Química e Exatas (DQE) Jequié
Saúde (DS) Jequié
Ciências Exatas (DCE) Vitória da Conquista
Ciências Naturais (DCN) Vitória da Conquista
Ciências Sociais Aplicadas (DCSA) Vitória da Conquista
Engenharia Agrícola e Solos (DEAS) Vitória da Conquista
Estudos Lingüísticos e Literários (DELL) Vitória da Conquista
Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) Vitória da Conquista
Fitotecnia e Zootecnia (DFZ) Vitória da Conquista
Geografia (DG) Vitória da Conquista
História (DH) Vitória da Conquista
Quadro 2 – Departamentos por campus
Fonte: Projeto de Re-credenciamento da UESB – 2002.
3.3.1.1
3.3.1.2
3.3.2 2.3.2 Colegiado
Colegiado de Curso é o órgão de coordenação didático-pedagógica dos cursos de
graduação e pós-graduação, com competências definidas no Regimento Geral. Atualmente a
UESB possui 23 colegiados, distribuídos, por campus, conforme o Quadro 3.
15
3
153
COLEGIADOS CAMPUS
Ciências Biologias (Licenciatura Plena) Itapetinga
Engenharia Ambiental (Bacharelado) Itapetinga
Engenharia de Alimentos (Bacharelado) Itapetinga
Pedagogia (Licenciatura Plena) Itapetinga
Química (Licenciatura Plena) Itapetinga
Zootecnia (Bacharelado) Itapetinga
Ciências Biológicas (Bacharelado com ênfase em Genética e
Ecologia de Águas Continentais e Licenciatura Plena)
Jequié
Educação Física (Licenciatura Plena) Jequié
Enfermagem (Bacharelado) Jequié
Fisioterapia (Bacharelado) Jequié
Letras (Licenciaturas Plenas em: Línguas Vernáculos e Letras
Modernas)
Jequié
Matemática com infoque em Informática (Licenciatura Plena) Jequié
Odontologia (Bacharelado) Jequié
Pedagogia (Licenciatura Plena) Jequié
Química (Licenciatura e Bacharelado) Jequié
Sistemas de Informação (Bacharelado) Jequié
Administração (Bacharelado) Vitória da Conquista
Agronomia (Bacharelado) Vitória da Conquista
Ciência da Computação (Bacharelado) Vitória da Conquista
Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) Vitória da Conquista
Ciências Contábeis (Bacharelado) Vitória da Conquista
Comunicação (Bacharelado) Vitória da Conquista
Direito (Bacharelado) Vitória da Conquista
Economia (Bacharelado) Vitória da Conquista
Engenharia Florestal (Bacharelado) Vitória da Conquista
Física (Licenciatura Plena) Vitória da Conquista
Geografia (Licenciatura Plena) Vitória da Conquista
História (Licenciatura Plena) Vitória da Conquista
Letras (Licenciaturas Plenas em: Línguas Vernáculos e Letras
Modernas)
Vitória da Conquista
Matemática (Licenciatura Plena) Vitória da Conquista
Medicina (Bacharelado) Vitória da Conquista
Pedagogia (Licenciatura Plena) Vitória da Conquista
Quadro 3 – Colegiados por campus.
Fonte: MANUAL DO CANDIDATO VESTIBULAR 2007.
3.4 2.4 ESPAÇO FÍSICO DO CAMPUS DE VITÓRIA DA CONQUISTA
Tabela 1 – Evolução da área construída campus de Vitória da Conquista – Ano Base 1998.
ANO 1998 1999 2000 2001 2002
Área construída em m² 19.649 20.031 22.311 22.755 23.805
Fonte: Projeto de Re-credenciamento da UESB – 2002.
Neste contexto evolutivo a UESB, no ano de 2003, constrói várias unidades, tais
como: Restaurante Universitário, Biofábrica, laboratório de Comunicação etc. e em 2004
iniciou-se a construção do módulo de sala de aulas e laboratórios para o curso de Medicina,
15
4
154
sendo inaugurado em março de 2006, ampliando ainda mais seu espaço construído e
proporcionando maior conforto para todos que utilizam o Campus.
Outras construções foram realizadas ou estão em andamento nos Campus de Jequié e
Itapetinga, para abrigar, respectivamente, os cursos de Odontologia e Engenharia Ambiental.
Dentre os vários módulos existentes, destaque para aqueles em que funciona o curso
de Ciências Contábeis, podendo ser citados o módulo acadêmico onde estão presentes o
Departamento de Ciências Sociais Aplicadas, em que o curso está hospedado, e o Colegiado
de Curso com as seguintes características, quanto ao espaço físico:
Tabela 2 – Outras Áreas campus de Vitória da Conquista
LOCAL Nº ORDEM DISCRIMINAÇÃO
ÁREA
(m²)
Módulo Acadêmico
Pavimento Térreo 1 Departamento de Ciências Sociais Aplicadas 37,85
2 Departamento de Estudos Lingüísticos e Literários 37,85
3 Departamento de História 37,85
4 Departamento de Geografia 37,85
5 Departamento de Filosofia e Ciências Humanas 37,85
6 Departamento de Fitotecnia e Zootecnia 37,85
7 Departamento de Engenharia Agrícola e Solos 37,85
8 Departamento de Ciências Naturais 37,85
9 Departamento de Ciências Exatas 37,85
TOTAL 340,65
1 Colegiado do Curso de Matemática e Colegiado
do Curso de Ciências da Computação
37,85
Colegiado do Curso de Ciências Contábeis 32,49
2 Colegiado do Curso de Administração 32,49
3 Colegiado do Curso de Agronomia 32,49
4 Colegiado do Curso de História 32,49
5 Colegiado do Curso de Letras 32,49
6 Colegiado do Curso de Geografia 32,49
7 Colegiado do Curso de Direito e Economia 37,85
8 Colegiado do Curso de Biologia e Colegiado do
Curso de Comunicação
37,85
9 Colegiado do Curso de Pedagogia 32,49
10 Colegiado do Curso de Física 37,85
11
12 TOTAL 378,83
Módulo Acadêmico Secretaria Geral de Cursos 156
Coordenação de Pós-Graduação em Agronomia 18,92
15
5
155
Sala de Reuniões 1 70
Sala de Atividades Docentes 66
Sala 1 e 2 para usuários de Computação 65
Sala de Projetos – PIBIC 24,65
Sala de apoio à Extensão 32,49
Módulo III 757,66
Sala de Seminários 1 158
Sala de Seminários 2 158
CAP
Sala de Seminários 3 268
Módulo II
Sala do Tribunal do Júri e Cartório 180
Biblioteca Central
Biblioteca 1.422,00
Áreas Diversas Teatro Glauber Rocha 590
Administração Central da UESB 1.225,00
Administração Colateral – PAV. 2 659
Centro de Aperfeiçoamento Profissional – CAP 637
Creche (módulos 1 e 2) 255
Escola do Bem Querer (1ºgrau) 553
Gráfica Universitária (módulo inicial) 101
Posto Médico 45
Estação Meteorológica 243
Pavilhão de Artes 288
Núcleo de Estudos Interdisciplinares (em
instalação)
800
Ginásio de esportes 961
Quadra Poliesportiva aberta 760
Centro de Convivência (em instalação) 850
Módulo Odontológico 232,5
Módulo da Prefeitura de Campus 360
Unidade de Informática 238
Campo
Agropecuário
Livraria 49
Polo Apícola (Módulo inicial) 154
Aprisco 64
Casas de Vegetação 215
Viveiro 423
Galpão de Implementos Agrícolas 352
Oficina de Máquinas e Motores 288
Fonte: Projeto de Recredenciamento da UESB – 2002.
15
6
156
Os módulos de ensino e pesquisa incluem: salas de aulas, apoio acadêmico, auditório e
laboratórios, com destaque para os Módulos: Antonio Luís dos Santos (salas de aulas, apoio
acadêmico e auditórios), discriminado em Módulo III e Módulo IV: Laboratórios.
Fonte: Projeto de Re-credenciamento da UESB – 2002.
3.5 2.5 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS AO FUNCIONAMENTO DO CURSO
A UESB, disponibiliza aos cursos de Graduação diversos equipamentos eletro-
eletrônicos ou não, amplamente utilizados pelos professores que ministram aulas no Curso de
Ciências Contábeis. Estes equipamentos são administrados e disponibilizados pela Diretoria
Técnica Operacional em Recursos Áudio-Visuais (DITORA), através da subunidades
presentes nos Módulos de Sala de Aula e Laboratórios, sendo estes:
Quadro branco e pincel atômico;
Aparelho Retroprojetor;
Equipamentos de som e imagem – televisão, vídeo-cassete, transcoder,
microcomputador e aparelhos de som;
Microcomputador laptop e equipamento Data Show;
Álbum seriado;
Videoteca – disponível na Biblioteca Central;
Laboratório de Informática;
Etc.
3.6 2.6 BIBLIOTECA CENTRAL
A Biblioteca Central da UESB, notadamente campus de Vitória da Conquista esta
instalada em área de 1.422 m2 juntamente com espaço do Teatro Glauber Rocha, área de 590
m2 e capacidade suficiente para abrigar aproximadamente 300 (trezentos) pessoas sentadas.
No espaço da biblioteca, consta diversos livros, monografias, periódicos e videoteca,
necessários ao bom funcionamento do Curso de Ciências Contábeis. Estes títulos são
15
7
157
atualizados periodicamente conforme a disponibilidade financeira da UESB, sendo que sua
relação completa de títulos encontra-se em poder do Colegiado de Curso.
4 CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
4.1 3.1 ATO DE AUTORIZAÇÃO DO CURSO
O Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em
nível de Bacharelado, obteve autorização para funcionamento emitida pelo Conselho Estadual
de Educação, Parecer CEE 042/90, exarado no Processo CEE 590-B/86 em 26 de março 1990
(ANEXO A). Foi posteriormente referendado pelo Decreto s/n de 20 de abril de 1992 do
Presidente da República e publicado no Diário Oficial da União em 22 de abril de 1992
(ANEXO B).
Em 09 de novembro de 1999 foi reconhecido através do Parecer do Conselho Estadual
de Educação nº 218/99, exarado no Processo CEE 090/99 e publicado no Diário Oficial do
Estado da Bahia em 14 de dezembro de 1999 (ANEXOS C e D). O atual reconhecimento teve
validade expirada em dezembro de 2004, conforme explicita o ato de reconhecimento do
curso de Ciências Contábeis informado acima.
No mês de outubro de 2006, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia recebeu
visita da comissão do Conselho Estadual de Educação para o processo de Renovação de
Reconhecimento do Curso de Ciências Contábeis. A comissão procedeu a todas as
verificações que lhes é peculiar, desde a avaliação das condições físicas de funcionamento do
curso, salas de aula, equipamentos e acervos bibliográficos, como as condições relacionadas
ao corpo docente, carga horária de trabalho e titulação. Por fim, foi feita uma análise
minuciosa da estrutura curricular, sendo apontadas algumas sugestões que, inclusive, foram
recepcionadas na nova grade curricular que está sendo analisada pela Câmara de Graduação
do CONSEPE.
No momento, o Curso de Ciências Contábeis aguarda o parecer final da comissão
quanto à renovação de reconhecimento de seu curso.
4.2 3.2 CONCEPÇÃO, FINALIDADE E PERFIL PROFISSIOGRÁFICO
15
8
158
Proporcionar a todos que ingressam no curso de Ciências Contábeis, conhecimentos
teóricos e práticos a cerca do desempenho da profissão Contábil, bem como, enfatizar a
evolução da Ciência objeto de estudo, por meio de pesquisas, artigos e processos diversos,
que aproxima o aluno da educação continuada, como forma de contemplar as exigências desta
Ciência que está em constante evolução.
Do Bacharel em Ciências Contábeis se exige procedimentos técnico-profissionais com
o máximo de lisura e correção, uma vez que os conhecimentos que lhe foram ministrados, são
capazes de dotá-lo das virtudes indispensáveis e desejáveis para o bom desempenho de sua
profissão. A observância aos Princípios Fundamentais de Contabilidade (Resolução 750/93 do
CFC) e ao Código de Ética do Profissional de Contabilidade (Resolução 803/96), que dispõe
sobre as atitudes perante a entidade para qual trabalha, bem como, sua interação com a
comunidade, o Estado e a Nação, exigindo-lhe responsabilidade no cumprimento de todas
suas ações.
4.3 3.3 CAMPO DE ATUAÇÃO
A realidade do mercado, hoje, tem exigido cada vez mais profissionais que
detenham conhecimentos amplos na área de finanças e gestão e que, acima de tudo, seja
conhecedor das características regionais em que empresa ou organismo onde desenvolverá
suas atividades está inserida.
A cidade de Vitória da Conquista, assim como todo o sudoeste baiano, já vive esta
realidade. Desta forma, amplia-se o campo de atuação dos profissionais das Ciências
Contábeis, e desta forma, o Curso de Ciências Contábeis da UESB deve se preocupar em
preparar o profissional para esses campos. A nova matriz curricular do curso que está
sendo sugerida, tenta abordar esses campos de atuação fazendo que o egresso do curso
possa crescer do ponto de vista profissional e auxiliar o desenvolvimento de nossa região.
Segundo o art. 3º da Resolução 560 de 28 de outubro de 1983, do Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), são atribuições privativas do profissional da Contabilidade:
Art. 3º - São atribuições privativas dos profissionais da contabilidade:
1. Avaliação de acervos patrimoniais e verificação de haveres e obrigações, para quaisquer
finalidades de natureza fiscal;
2. Avaliação dos fundos de comércio;
3. Apuração do valor patrimonial de participações, quotas ou ações;
15
9
159
4. Reavaliações e medição dos efeitos das variações do poder aquisitivo da moeda sobre o
patrimônio e o resultado periódico de quaisquer entidades;
5. Apuração de haveres e avaliações de direitos e obrigações, do acervo patrimonial de
quaisquer entidades, em vista de liquidação, fusão, cisão, expropriação no interesse público,
transformação ou incorporação dessas entidades, bem como em razão de entrada, retirada,
exclusão ou falecimento de sócios, quotistas ou acionistas;
6. Concepção dos planos de determinação das taxas de depreciação e exaustão dos bens
materiais e dos de amortização dos valores imateriais, inclusive de valores diferidos;
7. Implantação e aplicação dos planos de depreciação, amortização e diferimento, bem como
de correções monetárias e reavaliações;
8. Regulações judiciais ou extrajudiciais, de avarias grossas ou comuns;
9. Escrituração regular, oficial ou não de todos os fatos relativos aos patrimônios e às variações
patrimoniais das entidades, por quaisquer métodos,técnicos ou processos;
10. Classificação dos fatos para registros contábeis, por qualquer processo, inclusive
computação eletrônica, e respectiva validação dos registros e demonstrações;
11. Abertura e encerramento de escritas contábeis;
12. Execução dos serviços de escrituração em todas as modalidades específicas, conhecidas
por denominações que informam sobre o ramos de atividade, como contabilidade bancária,
contabilidade comercial, contabilidade de condomínio, contabilidade industrial, contabilidade
imobiliária, contabilidade macroeconômica, contabilidade hospitalar, contabilidade agrícola,
contabilidade pastoril, contabilidade das entidades de fins ideais, contabilidade de transportes,
e outras;
13. Controle de formalização, guarda, manutenção ou destruição de livros e outros meios de
registro contábil, bem como os documentos relativos à vida patrimonial;
14. Elaboração de balancetes e de demonstrações de movimento por contas ou grupos de
contas, de forma analítica ou sintética;
15. Levantamento de balanços de qualquer tipo ou natureza e para quaisquer finalidades, como
balanços patrimoniais, balanços de resultados, balanços de resultados acumulados, balanços de
origens e aplicações de recursos, balanços de fundos, balanços financeiros, balanços de
capitais e outros;
16. Tradução em moeda nacional, das demonstrações contábeis originalmente em moeda
estrangeira e vice-versa;
17. Integração de balanços, inclusive consolidações, também de subsidiárias do exterior;
18. Apuração, cálculo e registro de custos, em qualquer sistema ou concepção; custeio por
absorção ou global, total ou parcial; custeio direto, marginal ou variável; custeio por centro de
responsabilidade com valores reais, normalizados ou padronizados, históricos ou projetados,
com registro em partidas dobradas ou simples, fichas, mapas, planilhas, folhas simples ou
formulários contínuos, com processamento manual, mecânico, computadorizado ou outro
qualquer, para todas as finalidades, desde a avaliação de estoques até a tomada de decisão
sobre a forma mais econômica sobre como, onde, quando e o que produzir e vender.
19. Análise de custos e despesas, em qualquer modalidade, em relação a quaisquer funções
com a produção, administração, distribuição, transporte, comercialização, exportação,
publicidade e outras, bem como a análise com vistas à racionalização das operações e do uso
de equipamentos e materiais, e ainda a otimização do resultado diante do grau de ocupação ou
do volume de operações;
20. Controle, avaliação e estudo da gestão econômica, financeira e patrimonial das empresas e
demais entidades;
21. Análise de custos com vistas ao estabelecimento dos preços de venda de mercadorias,
produtos ou serviços, bem como de tarifas nos serviços públicos, e a comprovação dos reflexos
dos aumentos de custos nos preços de venda, diante de órgãos governamentais;
22. Análise de balanços;
23. Análise do comportamento das receitas;
24. Avaliação do desempenho das entidades e exames das causas de insolvência ou
incapacidade de geração de resultado;
25. Estudo sobre a destinação do resultado e cálculo do lucro por ação ou outra unidade de
capital investido;
26. Determinação de capacidade econômico-financeira das entidades, inclusive nos conflitos
trabalhistas e de tarifa;
16
0
160
27. Elaboração de orçamentos de qualquer tipo, tais como econômicos, financeiros,
patrimoniais e de investimentos;
28. Programação orçamentária e financeira, e acompanhamento da execução de orçamentos-
programa, tanto na parte física quanto na monetária;
29. Análise das variações orçamentárias;
30. Conciliações de contas;
31. Organização dos processos de prestação de contas das entidades e órgãos da administração
pública federal, estadual, municipal, dos territórios federais e do Distrito Federal, das
autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações de direito público, a
serem julgadas pelos Tribunais, Conselhos de Contas ou órgãos similares;
32. Revisões de balanços, contas ou quaisquer demonstrações ou registros contábeis;
33. Auditoria interna e operacional; 34. Auditoria externa independente;
35. Perícias contábeis, judiciais e extrajudiciais;
36. Fiscalização tributária que requeira exame ou interpretação de peças contábeis de qualquer
natureza;
37. Organização dos serviços contábeis quanto à concepção, planejamento e estrutura material,
bem como o estabelecimento de fluxograma de processamento, cronogramas, organogramas,
modelos e formulários e similares;
38. Planificação das contas, com a descrição das suas funções e do funcionamento dos serviços
contábeis;
39. Organização e operação dos sistemas de controle interno;
40. Organização e operação dos sistemas de controle patrimonial, inclusive quando a
existência e localização física dos bens;
41. Organização e operação dos sistemas de controle de materiais, matérias-primas,
mercadorias e produtos semifabricados e prontos, bem como dos serviços em andamento;
42. Assistência aos conselhos fiscais das entidades, notadamente das sociedades por ações;
43. Assistência aos comissários nas concordatas, aos síndicos nas falências, e aos liquidantes
de qualquer massa ou acervo patrimonial;
44. Magistério das disciplinas compreendidas na Contabilidade, em qualquer nível, inclusive
no de pós-graduação;
45. Participação em bancas de exame e em comissões julgadoras de concurso, onde sejam
aferidos conhecimentos relativos à Contabilidade;
46. Estabelecimento dos princípios e normas técnicas de Contabilidade;
47. Declaração de Imposto de Renda , pessoa jurídica;
48. Demais atividades inerentes às Ciências Contábeis e suas aplicações.
4.4 3.4 MISSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Formar profissionais aptos a compreender as questões científicas, técnicas, sociais,
econômicas e financeiras, em âmbito nacional e internacional e nos diferentes modelos de
organização; a apresentar pleno domínio das responsabilidades funcionais envolvendo
apurações, auditorias, perícias, arbitragens, noções de atividades atuariais e de quantificações
de informações financeiras, patrimoniais e governamentais, com a plena utilização de
inovações tecnológicas e revelar capacidade crítico analítica de avaliação, quanto às
implicações organizacionais com o advento da tecnologia da informação.
16
1
161
CURRÍCULO ATUAL, VIGENTE NA ÉPOCA DO RECONHECIMENTO
O Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia possui
a seguinte matriz curricular aprovada no ano de 1999 e que entrou em funcionamento a partir
de 1997. Esta grade curricular que se apresenta a seguir é a atualmente adotada no curso. É
importante ressaltar, que tal matriz curricular está em processo de renovação, atendendo as
novas diretrizes curriculares impostas pela Resolução 10/2004 do Conselho Nacional de
Educação e que aguarda análise e aprovação do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e
Extensão (CONSEPE) para efetiva implantação no primeiro período letivo de 2007.
Informações Importantes (Currículo Pleno):
Total de Créditos: 174 Créditos;
Carga Horária Total: 3.000 Horas;
Integralização Mínima: 10 Semestres;
Integralização Média: 12 Semestres;
Integralização Máxima: 16 Semestres.
I SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
FCH 002 Introdução à Sociologia 60 4 -
FCH 001 Introdução à Filosofia 60 4 -
CSA 128 Legislação e Ética Profissional 30 2 -
CSA 448 Contabilidade Geral 60 4 -
ELL 001 Português Instrumental 75 3 -
TOTAL 285 17
II SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
CE 008 Matemática IV 60 3 -
CSA 117 Instituições do Direito Público e Privado –
IDPP 60 4
Introdução a Sociologia e
Introdução a Filosofia
CSA 001 Introdução à Economia 60 4 -
CSA 100 Introdução a Administração 60 4 -
CSA 139 Contabilidade Comercial I 60 4 Contabilidade Geral
TOTAL 300 19
III SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
CE 105 Matemática Comercial e Financeira 60 3 Matemática IV
16
2
162
CSA 302 Direito Comercial 60 4 IDPP
CSA 129 Teoria Econômica 60 4 Introdução a Economia
CSA 140 Contabilidade Comercial II 60 4 Contabilidade Comercial I
FCH 156 Psicologia Aplicada a Contabilidade 60 4 -
TOTAL 300 19
IV SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
CSA 234 Contabilidade de Custos I 60 4 Contabilidade Comercial II
CSA 326 Direito Administrativo 60 4 IDPP
CSA 343 Orçamento Público 60 4 Contabilidade Geral
CSA 341 Contabilidade Bancária e Financeira 60 4 Contabilidade Geral
CE 325 Tópicos de Informática Aplicada à
Contabilidade 60 2 -
TOTAL 300 18
V SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
CE 004 Estatística Aplicada 60 3 Matemática Comercial e
Financeira
CSA 122 Direito Tributário 60 4 IDPP
CSA 235 Contabilidade de Custos II 60 3 Contabilidade de Custos I
CSA 318 Contabilidade Pública 60 4 Orçamento Público
CSA 342 Contabilidade Industrial 60 4 Contabilidade de Custos I
TOTAL 300 18
VI SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
FCH 010 Metodologia da Pesquisa Científica 60 4 -
CSA 010 Estrutura e Análise de Balanço I 60 3 Contabilidade de Custos II e
Contabilidade Industrial
CSA 232 Contabilidade Tributária I 60 4
Contabilidade de Custos II,
Contabilidade Industria, e
Direito Tributário
CSA 313 Administração de Materiais 60 4 Introdução a Administração
CSA 017 Estrutura e Análise das Organizações
Contábeis I 60 4
Contabilidade de Custos II e
Contabilidade Industrial
TOTAL 300 19
VII SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
FCH 009 Métodos e Técnicas de Pesquisa 60 2 Metodologia da Pesquisa
Científica
CSA 011 Estrutura e Análise de Balanço II 60 3 Estrutura e Análise de
Balanços I
CSA 233 Contabilidade Tributária II 60 4 Contabilidade Tributária I
CSA 018 Estrutura e Análise das Organizações
Contábeis II 60 4
Estrutura e Análise das
Organizações Contábeis I
TOTAL 240 13
VIII SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO PRÉ-REQUISITO
16
3
163
S
CSA 123 Legislação Social e Direito do Trabalho 60 4 IDPP
CSA 451 Organização, Sistemas e Métodos 60 4 -
CSA 137 Auditoria I 60 4
Contabilidade Tributária II,
Est. e Análise de Balanços II
e Est. e Análise das Org.
Contábeis II
CSA 231 Controladoria 60 4
Contabilidade Tributária II,
Estrutura e Análise de
Balanços II e Estrutura e
Análise das Organizações
Contábeis II
Optativa 60 4 -
TOTAL 300 20
IX SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
CSA 228 Estágio Supervisionado I 60 3 Auditoria I
CSA 304 Elaboração e Análise de Projetos 60 3 Métodos e Técnicas de
Pesquisa
CSA 138 Auditoria II 60 3 Auditoria I
CSA 340 Orçamento Empresarial 60 4 Introdução a Administração
Optativa 60 4 -
TOTAL 300 17
X SEMESTRE
CÓDIGO DISCIPLINA CH CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
CSA 229 Estágio Supervisionado II 180 4 Estágio Supervisionado I,
Controladoria, Auditoria II
CSA 245 Teoria da Contabilidade 75 5 -
CSA 310 Análise Quantitativa e Processo Decisório 60 2 Auditoria II
CSA 346 Perícia Contábil 60 3 Auditoria II
TOTAL 375 14
DICIPLINAS OPTATIVAS
CÓDIGO DISCIPLINA C
H
CREDITO
S PRÉ-REQUISITO
CSA 418 Contabilidade da Construção Civil 60 4 Contabilidade Comercial II e
Contabilidade Industrial
CSA 419 Contabilidade da Pecuária 60 4 -
CSA 430 Contabilidade das Cooperativas 60 4 Contabilidade Comercial II
CSA 441 Contabilidade Nacional 60 4 Contabilidade Pública
CSA 442 Contabilidade de Seguros 60 4 Contabilidade Comercial II
CSA 443 Contabilidade dos Transportes 60 4 Contabilidade Comercial II
CSA 444 Contabilidade das Fundações 60 4 Contabilidade Comercial II
CSA 471 Comércio Exterior 60 4 -
CSA 473 Contabilidade Rural 60 4 -
CSA 474 Sistema de Informações Gerenciais 60 4 -
CSA 472 Contabilidade Hospitalar 60 4 -
16
4
164
4.5 3.6 EMENTAS POR DISCIPLINA
No ANEXO E encontraremos todos os planos de curso por semestre.
4.5.1 3.6.1 Disciplinas do Currículo Normal
1 Administração de Materiais – CSA 313 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisitos: Introdução à Administração – CSA 100.
Ementa: Estudo de aspectos e instrumentos relacionados com problemas de compra guarda e
distribuição de material nas organizações públicas e privadas.
2 Análise Quantitativa e Processo Decisório – CSA 310 - (0.2.0)2, 60h.
Pré-requisito: Auditoria II – CSA 138.
Ementa: Introdução às decisões administrativas. Elementos de decisão aplicados à
Administração, baseados hardware e software. Problemas simples e complexos de
distribuição. Métodos de Solução de Problemas simples e complexos de distribuição. Métodos
de Solução de Problemas (MASP e outros). Base estatística de processo decisório. Teoria dos
jogos, simulações e MAP.
3 Auditoria I – CSA 137 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisitos: Estrutura e Análise de Balanço II – CSA 011; Estrutura e Análise das
Organizações Contábeis II – CSA 018 e Contabilidade Tributária II – CSA 233.
Ementa: Desenvolver conceitos básicos sobre auditoria, atentando para a natureza e utilidade
da contabilidade e avaliação de suas limitações e deficiências. Conhecimentos de técnicas
básicas de verificação, especialmente suas possibilidades de aplicação e utilidade. Finalidades
da auditoria.
4 Auditoria II – CSA 138 - (2.1. 0)3, 60h.
Pré-Requisito: Auditoria I – CSA 137.
Ementa: Atribuições e responsabilidades do auditor. Desempenho, normas, métodos e fases
da auditoria. Classificação. Auditoria interna e externa. Auditoria de balanços. Processo
executivo. Planejamento. Procedimento interno. Programa de auditoria. Relatórios e
pareceres.
5 Contabilidade Bancária e Financeira – CSA 341 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisito: Contabilidade Geral – CSA 448.
Ementa: Estrutura do Sistema Financeiro. Estudo Analítico das Instituições Financeiras:
Conselho Monetário Nacional, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Bancos de
Investimentos, Bancos Comerciais. Plano de Contas Padrão. Análise e Contabilização das
Principais Operações Ativas e Passivas. Apuração de Resultados. Relação Administrativa e
Contábil entre Matriz e Filiais. Noções Elementares de Custo Bancário.
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6 Contabilidade Comercial I – CSA 139 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisitos: Contabilidade Geral – CSA 448.
Ementa: A empresa comercial, conceito, funções e classificação. Plano de contas. Operações
sobre mercadoria e serviço. Contabilização do ICMS. Escrituração dos livros fiscais. Registro
e avaliação dos estoques. Correção monetária. Depreciação. Amortização. Reavaliação.
7 Contabilidade Comercial II – CSA 140 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisito: Contabilidade Comercial I – CSA 139.
Ementa: Empresa com filiais. Compatibilização, balancete de verificação. Apuração de
exercício. Demonstrações contábeis. Balanço consolidado. A contabilidade comercial e a
informática. Monografia de uma empresa comercial.
8 Contabilidade de Custos I – CSA 234 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisito: Contabilidade Comercial II – CSA 140.
Ementa: Natureza da Contabilidade de Custos e Conceitos Básicos. Sistema de Custeamento
por Processo. Sistema de Custeamento por Ordem de Produção. Custeio dos Produtos
conjuntos e de Subprodutos. Métodos de Custeio. Aspectos Técnicos e Práticos de Sistema de
Custos.
9 Contabilidade de Custos II – CSA 235 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: Contabilidade de Custos I – CSA 234.
Ementa: Contabilidade de Custos por Processo. Orçamento Flexível. Sistema de Custo
Estimado. Custo Padrão. PRT-CPM. Custeamento pelo Sistema ABC. Análise e Controle,
Custos de Distribuição do Lucro Bruto, de Equilíbrio, do Lucro volume do Custo Diferencial
e Comparativo. Relatórios.
10 Contabilidade Geral – CSA 448 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisito: não tem.
Ementa: Evolução e importância da Contabilidade no mundo moderno. Conceitos
fundamentais da Contabilidade: bens, direitos, obrigações, ativo, passivo, despesa, receita,
inventários, fatos contábeis administrativos, escrituração e lançamentos. Métodos de
contabilidade das escolas italiana e americana: análise comparativa.
11 Contabilidade Industrial – CSA 342 - (4.0. 0)4,60h.
Pré-Requisitos: Contabilidade de Custos I – CSA 234.
Ementa: A Empresa, Investimentos e Financiamentos na Indústria. Ciclos Operacionais.
Crédito Industrial e Comercial. Plano, fundações e fluxograma das contas. Instalações e
Imobilizações. Fabricação das contas Integrais (Patrimoniais) e diferenciais (Resultados).
Balanço.
12 Contabilidade Pública – CSA 318 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisitos: Orçamento Público – CSA 343.
Ementa: Contabilidade pública e o campo de sua atuação. Organização administrativa e
contábil da União dos Estados e Municípios. Orçamento. Receita pública. Despesas públicas.
Patrimônio público. Inventário. Licitações. Depósitos Planos de contas. Classificação.
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Lançamento. Balanço financeiro. Balanço Patrimonial e orçamentário do exercício. Prestação
de contas do poder legislativo. A contabilidade pública e a informática.
13 Contabilidade Tributária I – CSA 232 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisitos: Direito Tributário – CSA 122; Contabilidade Industrial – CSA 342 e
Contabilidade de Custos II – CSA 235.
Ementa: A contabilidade tributária e o campo de atuação. A importância da escrituração
comercial e fiscal. Planejamento Tributário. Impostos Diretos. Impostos Indiretos e
Contribuições no âmbito Federal, Estadual e Municipal. A Contabilidade Tributária e a
Informática.
14 Contabilidade Tributária II – CSA 233 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-Requisitos: Contabilidade Tributária I – CSA 232.
Ementa: Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas e Pessoas Físicas. Contribuição Social
sobre o Lucro das Pessoas Jurídicas. A Legislação da obrigatoriedade e da Isenção. Incentivos
Fiscais. Períodos de Apuração. Formas de Pagamento. Formulários e anexos. A Informação
dos Procedimentos.
15 Controladoria – CSA 231 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Estrutura e Análise de Balanço II – CSA 011; Estrutura e Análise das
Organizações Contábeis II – CSA 018 e Contabilidade Tributária II – CSA 233.
Ementa: Sistemas de Controle. Acompanhamento ou manutenção. Controle econômico e
financeiro. Controle operacional. Controle Orçamentário. Informações Contábeis para
decisões especiais: o controller em face da descontinuidade. Qualidade tecnológica e
administração da produção.
16 Direito Administrativo – CSA 326 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Instituições do Direito Público e Privado – CSA 117.
Ementa: Apresentação do Direito Administrativo. Pessoas Jurídicas de Direito Público:
Administração Direta e Indireta: Estrutura e Atividades. Atos Administrativos. Licitação Lei
8.666/93. Lei 4.320/64 e Decreto-lei 200/67, Institutos normatizadores da Organização
Financeira e Administração Financeira e Administração do Estado.
17 Direito Comercial – CSA 302 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Instituições do Direito Público e Privado – CSA 117.
Ementa: Introdução ao Direito Comercial. Proteção do consumidor. Sociedades Comerciais.
Títulos de créditos. Falência e Concordata. Contratos comerciais.
18 Direito Tributário – CSA 122 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Instituições do Direito Público e Privado – CSA 117.
Ementa: Estudo do Direito Tributário: o objeto, as espécies tributárias, o sistema tributário
nacional. A discriminação constitucional das rendas. Os impostos sobre a exportação e a
importação. Os impostos sobre o patrimônio e a renda. Os impostos sobre a produção e a
circulação. O processo tributário.
19 Elaboração e Análise de Projetos – CSA 304 - (2.1.0)3, 60h.
Pré-requisitos: Métodos e Técnicas de Pesquisa – FCH 009.
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Ementa: Técnicas de elaboração e análise de projetos. Projeto econômico e projeto
administrativo: diferença. Elaboração de projeto administrativo para criação de um negocio
pessoal.
20 Estágio Supervisionado I – CSA 228 - (2.1.0)3, 60h.
Pré-requisitos: Auditoria I – CSA 137.
Planejamento Organizacional. Fluxo de documentação, organograma, formulários e manual
de procedimentos da entidade.
21 Estágio Supervisionado II – CSA 229 - (0.0.4)4, 180h.
Pré-requisitos: Estágio Supervisionado I – CSA 228; Auditoria II – CSA 138 e Controladoria
– CSA 231.
Ementa: Exercício profissional supervisionado, precedido de planejamento, a ser praticado em
empresa previamente habilitada ou em formação. Aplicação e desenvolvimento dos
conhecimentos adquiridos durante o Curso. Elaboração do relatório de atividades
desenvolvidas.
22 Estatística Aplicada – CE 004 - (2.1.0)3, 60h.
Pré-requisitos: Matemática Comercial e Financeira – CE 105.
Ementa: Natureza da Estatística. Séries Estatísticas. Distribuição de Freqüência. Apresentação
Gráfica e Tabular. Medidas de dispersão. Medidas de tendência central. Noções de
probabilidade. Teoria da Amostragem. Assimetria e Curtose. Números índices. Deflação de
dados. Ajustamento. Análise de séries temporais.
23 Estrutura e Análise de Balanço I – CSA 010 - (2.1.0)3, 60h.
Pré-Requisitos: Contabilidade de Custos II – CSA 235 e Contabilidade Industrial – CSA 342.
Ementa: Conceitos de circulante. Longo prazo, permanente, resultados de exercícios futuros e
patrimônio liquido. Contas de resultados. Valorização e desvalorização. Classificação e
reclassificação. Materialidade das contas. Os índices. Tipos de análises: vertical, por índices e
por quocientes. Análise comparativa.
24 Estrutura e Análise de Balanço II – CSA 011 (2.1.0)3, 60h.
Pré-requisitos: Estrutura e Análise de Balanço II – CSA 010.
Ementa: A contabilidade voltada ao aspecto gerencial. Estrutura, análise e interpretação de
balanços. Procedimentos anteriores à análise. Resultados obtidos após comparação com
entidades de mesmo setor de atuação. Aspectos financeiros e econômicos. Análise por grupo
empresarial.
25 Estrutura e Análise das Organizações Contábeis I – CSA 017 – (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Contabilidade de Custos II – CSA 235 e Contabilidade Industrial – CSA 342.
Ementa: Fundamentação teórica sobre o conhecimento e a organização contábil. Princípios
Fundamentais de Contabilidade na organização contábil. Sistemas de Informação Contábil:
seus objetivos e seu papel como fonte de informações dentro de uma organização empresarial.
Aspectos operacionais, administrativos, financeiros, econômicos e patrimoniais de um sistema
de informação contábil. Interações do sistema de informação contábil com os demais sistemas
de uma entidade. A organização contábil e sua adequação à legislação e regulamentações
vigentes no Brasil. Serviços especializados em Contabilidade.
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26 Estrutura e Análise das Organizações Contábeis II – CSA 018 – (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: Estrutura e Análise das Organizações Contábeis I – CSA 017.
O Comportamento do profissional de Contabilidade e sua atuação no mercado empresarial. A
organização contábil como empresa e prestadora de serviços. A organização contábil como
empresa: estrutura, rotinas de trabalho e sistema de informação. A utilidade das informações e
dos serviços contábeis no processo de tomadas de decisão. A organização contábil e a gestão
empresarial. Pesquisa diagnostica em Contabilidade.
27 Introdução à Administração – CSA 100 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Conceitos básicos de administração. Esquema de classificação das atividades
administrativas. Funções de administração geral e de administração específica.
28 Introdução à Economia – CSA 001 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Abordagem marxista e marginalista da natureza e métodos da Economia. Teorias do
valor. Fatores de produção. Sistemas econômicos. Medição do processo econômico.
Determinação de preço e estrutura de mercado. Desenvolvimento econômico.
29 Introdução à Filosofia – FCH 001 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Filosofia, lógica, epistemologia e métodos, nos diversos períodos da História da
Filosofia. Filosofia clássica: os pré-socráticos, os sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles.
Filosofia Medieval: São Tomás de Aquino. Filosofia Moderna: Racionalismo, Empirismo,
Idealismo e Materialismo histórico e dialético. Filosofia contemporânea: Fenomenologia,
Existencialismo e Estruturalismo.
30 Introdução à Sociologia – FCH 002 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: A sociologia como ciência. Paradigmas sociológicos. Estrutura social. Estrutura de
classes e estratificação social. Mudança social.
31 Instituições do Direito Público e Privado – CSA 117 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Introdução à Filosofia – FCH 001 e Introdução à Sociologia – FCH 002.
Ementa: Teoria geral do Direito: conceito de Direito e norma jurídica; sujeitos do Direito,
fatos e atos jurídicos; ordenamento jurídico; fontes do Direito; hermenêutica e aplicação do
Direito; enciclopédia jurídica. Instituições de Direito Público: Estado; direitos e garantias
institucionais; o tratamento constitucional da ordem econômica; sistema tributário; atos e
contratos administrativos. Instituições de Direito Privado: Direito das obrigações; direitos
reais; direitos das sucessões; atos de comércio; comerciantes; sociedade comercial; título de
crédito; falência e concordata.
32 Legislação e Ética Profissional – CSA 128 - (2.0.0)2, 30h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Introdução: Ética. O que é Ética? Ética Moral. Relações de Direito e Deveres face a
Constituição. Objeto prescrito na forma da Lei. Atos: Nulo e Anulável. Código de Ética
Profissional. Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade. Normas do IBRACON.
Responsabilidade e Co-responsabilidade. Atributos desejáveis e necessários para o
Profissional.
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33 Legislação Social e Direito do Trabalho – CSA 123 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Instituições do Direito Público e Privado – CSA 117.
Ementa: Origem e evolução da legislação social. Relação de emprego e contrato individual de
trabalho. Jornada de trabalho. Repouso remunerado. Salário e remuneração. Rescisão do
contrato de trabalho e suas conseqüências. Estabilidade. Lei do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço. Acidentes de trabalho. Legislação previdenciária. Administração da Previdência
Social. Organização Sindical.
34 Matemática IV – CE 008 - (2.1.0)3, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Conjuntos numéricos. Operações com expressões. Algébricas. Equação do 1º e 2º grau.
Sistema de equações. Inequação. Logaritmo. Progressões. Funções elementares. Limites.
Derivadas.
35 Matemática Comercial e Financeira – CE 105 - (2.1.0)3, 60h.
Pré-requisito: Matemática IV – CE 008.
Ementa: Regra de sociedade. Juros simples. Desconto simples. Equivalência de capitais. Juros
compostos. Tipos de taxa. Desconto composto. Rendas: antecipadas, imediatas e diferidas.
Amortização. Depreciação. Inflação. Correção monetária.
36 Metodologia da Pesquisa Científica – FCH 010 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Questões gerais de lógica e epistemologia. Principais métodos do conhecimento. O
processo de pesquisa. Instrumentos de pesquisa.
37 Métodos e Técnicas de Pesquisa – FCH 009 - (0.2.0)2, 60h.
Pré-requisitos: Metodologia da Pesquisa Científica – FCH 010.
Ementa: O processo de investigação científica: elaboração de projeto de pesquisa; quadro de
referência teórico; coleta de dados; registro e sistematização de dados; relatório final.
38 Orçamento Empresarial – CSA 340 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Introdução à Administração – CSA 100.
Ementa: Orçamento Empresarial - Conceito e finalidade. As Técnicas para elaboração de um
orçamento. Estimativas e Previsões. As etapas pré-orçamentárias. Comissão Orçamentária.
Parâmetros para um bom Orçamento. Elementos de Custos, Despesas e Receitas. Centros de
Custo e Centros de Produção. Unidades Geradoras de Receitas, Custos e Despesas. Unidades
Administrativas. Orçamento Geral e Orçamentos Específicos. Orçamento de Caixa.
Orçamento de Vendas. Orçamento de Contas a Receber. Orçamento de Despesas. Orçamento
de Custos Fixos. Orçamento de Custos Variáveis. Orçamento de Compras e Consumo de
Matérias Primas. Fatores Comparativos. Balanço Financeiro Projetado. Controle
Orçamentário e Reajustamento.
39 Orçamento Público – CSA 343 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Contabilidade Geral – CSA 448.
Ementa: Fundamentação teórica do processo de orçamento: conceito e evolução. Matéria
Constitucional: Plano Plurianual, Lei de diretrizes orçamentárias e orçamento anual.
Princípios orçamentários. Fases do orçamento. Complexo financeiro-orçamentário. Execução
orçamentária.
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40 Organização, Sistemas e Métodos – CSA 451 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Conceitos, fundamentos, objetivos e importância da Organização, Sistemas e
Métodos. Sistemas e métodos administrativos. Processo de organização e reorganização
administrativa. Análise de estrutura organizacional e administrativa. Elaboração de manuais e
regulamentos. Métodos de trabalho. Distribuição, seqüência e ambiente de trabalho.
Fluxogramação e formulários. Estudos de novas tendências de organização do trabalho.
41 Perícia Contábil – CSA 346 - (2.1.0)3, 60h.
Pré-requisito: Auditoria II – CSA 138.
Ementa: A Perícia como prova judicial. O Perito como auxiliar da Justiça. O Perito-Contador
e o Assistente Técnico e seus campos de atividade. A inserção da Perícia no Código do
Processo Civil e na Legislação Pertinente. Formulação de Quesitos, Laudo, Prazos e
Documentação para suporte das perícias. Honorários. Ética profissional.
42 Português Instrumental – ELL 001 - (1.2.0)3, 75h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Interpretação de textos científicos: idéia principal, secundária e circunstância;
seqüência, hierarquização e relacionamento das idéias; fato hipótese, inferência, opinião;
argumento, conclusão, síntese. Expressão escrita: seleção, organização e integração de idéias;
estruturação de períodos, parágrafos e textos; esquema, resumo, descrição, narração,
dissertação; uso dos processos de coordenação e subordinação; propriedade de linguagem e de
vocabulário; correção de linguagem.
43 Psicologia Aplicada à Contabilidade – FCH 156 - (4.0.0.)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Psicologia Geral e Aplicada: Conceitos e aplicações. Conceito de sistema.
Organização como sistema aberto. O indivíduo na organização: personalidade, frustração,
conflitos sócio-psicológicos. Seleção e treinamento. Comunicação. Avaliação de desempenho.
Motivação na empresa. Poder e autoridade. O homem na era tecnológica: automação e
burocracia. Engenharia humana. Publicidade e psicologia do consumidor.
44 Teoria da Contabilidade – CSA 245 - (5.0.0)5, 75h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Objetivos e metodologia em Contabilidade. As diversas abordagens. Postulados,
Princípios e Convenções Contábeis. Evidenciação. O núcleo Fundamental da Teoria Contábil.
Ativos e Passivos - Mensuração. Ganhos, Perdas, Receitas e Despesas. O Patrimônio Líquido.
Considerações sobre os grupos do Balanço. A Correção Monetária e as Variações de Preços.
Ativos e Passivos Monetários. Influência das Variações do Poder Aquisitivo da Moeda.
Avaliação das Disposições da Lei das Sociedades Anônimas.
45 Teoria Econômica – CSA 129 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: Introdução à Economia – CSA 001.
Ementa: Teorias: Clássica, Keynesiana e Monetarista. Agregados macroeconômicos. Renda
nacional, emprego e crescimento econômico. Políticas monetárias e fiscal. Comércio
internacional.
46 Tópicos de Informática Aplicados à Contabilidade – CE 325 - (0.2.0)2, 60h.
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Pré-requisito: não tem.
Ementa: O computador na Sociedade, nas Instituições e no uso Pessoal. Fundamentos de
Hardware (equipamentos). Principais unidades funcionais dos computadores. Fundamentos de
Software (programas). Principais Software Básicos. Principais Software Aplicativos. Estudo
de um Processador de Texto. Estudo de uma Planilha Eletrônica.
OPTATIVAS
1 Contabilidade da Construção Civil – CSA 418 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Contabilidade Comercial II – CSA 140 e Contabilidade Industrial – CSA 342.
Ementa: Organização, Legislação e estrutura do plano de contas. Implantação de plano de
contas. Padrão, Elaboração das demonstrativas contábeis. Controles internos.
2 Contabilidade da Pecuária – CSA 419 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Atividade de pecuária. Funções e classificações. Formação e manutenção dos
estoques. Patrimônio da empresa com atividade pecuária. Investimento e origens. Custos,
ingressos e resultado. Orçamento de instalação e orçamento de exercício. Plano de Contas.
Escrituração. Resultado. Balanços.
3 Contabilidade das Cooperativas – CSA 430 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: Contabilidade Comercial II – CSA 140.
Ementa: Conceito de cooperativas. Tipos de cooperativas. Finalidades, Legislação. Estrutura
Organogênica. O plano de contas. Relatórios contábeis. Controles internos.
4 Contabilidade Nacional – CSA 441 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: Contabilidade Pública – CSA 318.
Ementa: Conceituação de agregados. Sistemas contábeis. As contas nacionais. Modelos de
insumo produto. Preços constantes. Produto mal. Balanço de pagamentos.
5 Contabilidade de Seguros – CSA 442 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: Contabilidade Comercial II – CSA 140.
Ementa: O Sistema Monetário. O Ministério da Indústria e Comércio. A Legislação. O IRB.
A SUSEP. Formas de seguro. Cosseeguro. Retrocessão. Limites técnicos e de operações.
6 Contabilidade dos Transportes – CSA 443 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Contabilidade Comercial II - CSA 140.
Ementa: Noções gerais sobre transportes. A contabilidade de transportes e o seu campo de
atuação. Patrimônios das empresas de transportes. Plano de contas. Escrituração. Balancete de
verificação. Encerramento das contas. O balanço consolidado. Demais demonstrações
contábeis. A informática e a contabilidade de transportes.
7 Contabilidade das Fundações – CSA 444 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: Contabilidade Comercial II – CSA 140.
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Ementa: Estrutura e Legislação; Plano de contas. Implantação do plano de contas. Papéis de
controle e demonstrativos contábeis. Órgãos e competências.
8 Comércio Exterior – CSA 471 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Objetivos. A Legislação Específica - Regulamento Aduaneiro. Procedimentos na
Importação e Exportação. O despacho Aduaneiro. Funcionamento de SISCOMEX. Impostos
incidentes. Contratação e Liquidação de Contratos de Câmbio. Incentivos. Relacionamento
com a Secretaria da Receita Federal. Atos Complementares.
9 Contabilidade Hospitalar – CSA 472 - (4.0.0)4. 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: Organização e Contabilidade Hospitalar. Plano de Contas e Legislação específica
sobre Hospitais. Livros de escrituração e Legais. Documentos. Registros de revelação
Contábil, de gestão. Apuração de Custos. Apuração de Resultados e encerramento de
exercício. Balanços. Relatórios.
10 Contabilidade Rural – CSA 473 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisitos: não tem.
Ementa: A empresa Agrícola, função, classificação e contabilidade. Patrimônio. Fontes de
Financiamento e Custos. Orçamento. Plano de Contas. Lançamentos. Exploração pecuária e
agro-industrial. Despesas e o custo industrial. Resultado Agrícola e Mercantil. Balanço
Patrimonial.
11 Sistema de Informações Gerenciais – CSA 474 - (4.0.0)4, 60h.
Pré-requisito: não tem.
Ementa: A empresa como sistema. Sistemas e subsistemas modelos. Tipos e meios de informação. Planejamento do sistema de informação empresarial. Implantação do sistema de informação. Controle e avaliação do desempenho do sistema de informações. Programação linear como instrumento de planejamento e informação gerencial.