pontifÍcia universidade catÓlica do paranÁ ......2013/11/26  · 1.4 projeto hamstad 4 1.5 anexo...

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ Marluz Fernando Jönsson Estudo Comparativo entre Modelos de Simulação de Transferência de Calor e Umidade CURITIBA Abril2008

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  • PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

    Marluz Fernando Jönsson

    Estudo Comparativo entre Modelos de Simulação de

    Transferência de Calor e Umidade

    CURITIBA

    Abril– 2008

  • PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

    Marluz Fernando Jönsson

    Estudo Comparativo entre Modelos de Simulação de

    Transferência de Calor e Umidade

    Dissertação apresentada como requisito

    parcial à obtenção do grau de Mestre em

    Engenharia Mecânica, Curso de Pós-

    Graduação em Engenharia Mecânica,

    Departamento de Ciências Exatas e de

    Tecnologia, Pontifícia Universidade Católica

    do Paraná.

    Orientador: Prof. Dr. Nathan Mendes

    CURITIBA

    Abril– 2008

  • iii

    APROVAÇÃO

    Nome: Marluz Fernando Jönsson

    Titulação: Mestre em Engenharia Mecânica

    Dissertação: Estudo Comparativo entre Modelos de Simulação

    de Transferência de Calor e Umidade

    Banca Examinadora:

    Prof. Dr. Paulo Smith Schneider

    Universidade Federal d Rio Grande do Sul - UFRGS

    Prof. Dr. Marc Olivier Abadie

    Universidade de La Rochelle - França

    Prof.ª Dr. Luís Mauro Moura

    Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUCPR

    Prof. Dr. Nathan Mendes (Orientador)

    Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUCPR

  • Resumo iv

    Resumo

    A redução de problemas relacionados a consumo de energia em

    edificações, conforto térmico e qualidade de ar é uma necessidade global.

    Neste sentido, este trabalho vem desenvolver os primeiros passos da criação

    do projeto HAM-BR cujo intuito é de criar uma plataforma computacional

    com diferentes modelos de transferência de calor, ar e umidade através de

    elementos porosos comumente presentes em edificações. Para isto, apresenta-

    se um estudo inicial comparativo usando-se o modelo do projeto Hamstad

    desenvolvido pela comunidade européia e o modelo e software desenvolvidos

    no Laboratório de Sistemas Térmicos (LST) da PUCPR – Umidus, que tem

    por base o modelo clássico de Philip e De Vries. Ambos os modelos são

    discretizados utilizando o método de volumes finitos com diferenças centrais e

    formulação totalmente implícita. Para a solução das equações algébricas

    resultantes dos dois modelos, utilizou-se o método de solução MTDMA –

    Multi-TriDiagonal Matrix Algorithm, para que os campos de variáveis

    interdependentes fossem resolvidos simultaneamente. A comparação é feita

    primeiramente para um modelo físico de parede com propriedades bem

    definidas e solução analítica. Posteriormente, apresentam-se resultados da

    comparação com um experimento realizado no LST. Ambos os modelos

    apresentaram resultados satisfatórios. A vantagem do modelo Hamstad

    reside na grande gama de dados disponíveis na literatura, levantados por

    laboratórios europeus. No entanto, o modelo Umidus apresenta resultados

    comparativos ligeiramente melhores.

  • v

    Abstract

    The reduction of problems related to building energy consumption,

    thermal comfort and indoor air quality is a global need. In this way, this

    work provides a first step towards the creation of a project called HAM-BR,

    which goal is the establishment of a computer platform with different heat,

    air and moisture transfer models applied to common porous elements present

    in buildings. In this context, a comparative study is carried out between the

    so-called Hamstad project, developed by the European community - and the

    model and software developed at the Thermal Systems Laboratory (LST). at

    PUCPR – Umidus, which is based on the classical model of Philip and De

    Vries. Both models are discretized using the finite-volume method with

    central differences and a fully implicit scheme. The solution of the algebraic

    equations for the two models has been provided by using MTDMA - Multi-

    Tridiagonal Matrix Algorithm - in order to simultaneously solve both fields of

    inter-dependent variables. The comparison is firstly made for a monolithic

    wall physical model with well-defined properties and analytical solution.

    Then, comparative results are presented for an experiment carried out at the

    LST. Both models have shown good agreement in both cases. The advantage

    of the Hamstad model mainly lies in the available database provided by

    European laboratories. However, Umidus presented slightly better

    comparative results.

  • vi

    Agradecimentos

    A toda a minha família, que garantiu uma boa infra-estrutura emocional e

    monetária para que eu chegasse até aqui. Valeu Pai, Mãe e irmãs.

    A todos no laboratório de sistemas e simulações térmicas, sem exceção e

    principalmente:

    Profº. Nathan Mendes, meu orientador e conselheiro.

    Profª. Kátia Cordeiro Mendonça, amiga e agora Professora.

    Profº. Marc Abadie, pelos diversos conhecimentos transmitidos.

    Profº. Luís Mauro Moura, pelas conversas no laboratório e pelas aulas.

    Profº. Gerson Henrique dos Santos, pelas diversas explicações e conselhos.

    Mestre e aluno de Doutorado Roberto Zanetti Freire, grande parceiro nas

    disciplinas e no laboratório.

    Ao também mestrando José Walter Meissner, grande parceiro na

    remontagem do laboratório.

    Ao Colega Walter Mazurowicz, companheiro do árduo trabalho de

    programação.

    A você Rosa, pelo incentivo e apoio emocional.

    A Capes pelo suporte financeiro.

  • vii

    “The process of scientific discovery is, in effect, a

    continual flight from wonder”.

    Albert Einstein

  • viii

    Sumário

    Aprovação iii

    Resumo iv

    Abstract v

    Sumário viii

    Lista de Símbolos x

    Lista de Figuras xiii

    Tabelas xvii

    Capítulo 1 Introdução 1

    1.1 Método Glaser 2

    1.2 Anexo 14 3

    1.3 Anexo 24 3

    1.4 Projeto Hamstad 4

    1.5 Anexo 32 5

    1.6 Anexo 41 6

    1.7 Presente Trabalho 7

    Capítulo 2 Modelos Matemáticos para Estudo de Transferência de Calor

    e de Massa 9

    2.1 Modelo Hamstad 10

    2.1.1 Modelo Matemático .................................................................................... 10

    2.2 Modelo Umidus 12

    2.3 Modelo TRNSYS 13

    2.4 Condições de Contorno 15

    2.4.1 Modelo Hamstad ......................................................................................... 16

    2.4.2 Modelo Umidus ........................................................................................... 17

  • ix

    Capítulo 3 Métodos Numéricos para solução dos Modelos de

    Transferência de Calor e de Umidade 20

    3.1 Algoritmo de Solução de Equações 20

    3.2 Método de Discretização 22

    3.3 Modelo Numérico HAMSTAD 23

    3.4 Modelo Numérico Umidus 28

    Capítulo 4 Experimento com solo em Laboratório 31

    Capítulo 5 Resultados 35

    5.1 Análise Comparativa entre Três métodos de Transferência de Calor e

    Umidade 36

    5.1.1 Transferência de calor Pura através de um Envoltório ............................ 36

    5.1.2 Transferência de umidade através de um Envoltório ............................... 50

    5.2 Benchmark: Secagem de Parede Homogênea 57

    5.2.1 Condições de Contorno ............................................................................... 58

    5.2.2 Condições Iniciais ....................................................................................... 58

    5.2.3 Resultados ................................................................................................... 59

    5.3 Experimento com Solo Aluvião Arenoso 60

    5.3.1 Condições de Contorno ............................................................................... 61

    5.3.2 Condições Iniciais ....................................................................................... 61

    5.3.3 Resultados ................................................................................................... 61

    Capítulo 6 Conclusões 63

    Referências Bibliográficas 65

    Anexo A Tabela para Propriedades do Solo 68

    Anexo B Soluções Analíticas 71

  • x

    Lista de Símbolos

    Número de Biot [-]

    m Coeficiente mássico de transmissão de vapor de água [kg/m2sPa]

    c Calor específico médio a pressão constante do material [J/kg K]

    cp Calor específico a pressão constante do material [J/kg K]

    cp.a Calor específico a pressão constante do ar [J/kg K]

    DT Coeficiente de transporte de massa associado ao gradiente

    de temperatura [m2/s K]

    Dθ Coeficiente de transporte de massa associado ao gradiente

    de conteúdo volumétrico de umidade [m2/s]

    DTl Coeficiente de transporte na fase líquida associado ao

    gradiente de temperatura [m2/s K]

    DTv Coeficiente de transporte na fase vapor associado ao

    gradiente de temperatura [m2/s K]

    Dθl Coeficiente de transporte na fase líquida associado ao

    gradiente de conteúdo volumétrico de umidade [m2/s]

    Dθv Coeficiente de transporte na fase vapor associado ao

    gradiente de conteúdo volumétrico de umidade [m2/s]

    Fo Número de Fourier [-]

    jv Fluxo de vapor [kg/s m2]

    j Fluxo total [kg/s m2]

    K Condutividade Hidráulica [m/s]

  • xi

    Mω Massa molar da água [kg/mol]

    llv Calor latente de vaporização [J/kg]

    Pv Pressão parcial de vapor [Pa]

    Psuc Pressão sucção de líquido [Pa]

    qr Radiação global na face externa [W/m2]

    r Vazão de ar volumétrica [m3/s]

    R Resistência total térmica da parede [m2 K/W]

    R Constante universal dos gases [J/kg K]

    Rv Constante do vapor de água [J/kg K]

    Rol Radiação de onda longa [W/m2]

    t Tempo [s]

    T Temperatura absoluta [K]

    Símbolos Gregos

    α Absortividade de radiação global [-]

    β Coeficiente de transferência mássico de vapor de água [kg/m2sPa]

    ε Emissividade de radiação longa [-]

    Conteúdo volumétrico de umidade [m3 /m3]

    ω Conteúdo mássico de umidade [kg/ m3]

    p Coeficiente de difusão de vapor de água [kg/msPa]

    λ Condutividade Térmica [W/m K]

    ρa Densidade do ar [kg/m3]

    ρl Densidade da água líquida [kg/m3]

    ρw Densidade da água líquida [kg/m3]

  • xii

    ρo Densidade do material seco [kg/m3]

    Δ Variação de uma grandeza [-]

    τ Período de tempo [s]

    ζ Capacidade de umidificação do material [kg/m3]

    Índices

    a Ar

    amp Amplitude

    E Ponto no Centro do Volume de Controle a Leste do ponto P

    ext Externa

    fi Face Interna

    int Interna

    P Ponto no Centro de Volume de Controle

    par Parede

    W Ponto no Centro de Volume de Controle a Oeste do Ponto

    P

  • xiii

    Lista de Figuras

    Figura 2.1: Condições de contorno nas superfícies e fluxos nas diversas

    camadas do Envoltório(IEA Annex 41 – SubTask 1

    Report)Erro! Indicador não definido.. 14

    Figura 3.1: Volume de Controle para análise de fluxo de calor. ar.

    umidade em parede 1-D.......................................... 21

    Figura 4.1: Foto do experimento na câmara do calorímetro.........

    Erro! Indicador não definido.

    Figura 4.2: Condições de contorno e inicial para simulaçõesErro!

    Indicador não definido........... 32

    Figura 4.3: Taxa de evaporação do solo em experimento na câmaraErro!

    Indicador não definido. 33

    Figura 5.1: Parede homogênea................................................. 36

    Figura 5.2: Gráfico de Resultados para Benchmark 2 do modelo Hamstad

    e modelo Umidus............................................................ 36

    Figura 5.3: Gráfico de Resultados para Benchmark Experimental. tendo a

    curva experimental e as curvas para o modelo Umidus e

    modelo Hamstad...................................................... 37

    Figura 5.4: Gráfico de Resultados para Benchmark Experimental. tendo a

    curva experimental e as curvas para o modelo Umidus e

    modelo Hamstad........................................................... 38

  • xiv

    Figura 5.5: Resultado do envoltório de concreto de 0,25 m com faceinterna

    do envoltório adiabática e face externa do envoltório com

    perturbação constante ........................................................... 38

    Figura 5.6: Resultado do envoltório isolante de 0,25 m com face interna do

    envoltório adiabática e e face externa do envoltório com

    perturbação constante...................................................... 39

    Figura 5.7: Resultado do envoltório de isolante de 0,04 m com face interna

    do envoltório adiabática e e face externa do envoltório com

    perturbação constante...................................................... 40

    Figura 5.8: Resultado do envoltório de isolante de 0,04 m com face interna

    do envoltório adiabática e face externa do envoltório com

    perturbação constante...................................................... 40

    Figura 5.9: Evolução dos resultados obtidos pelo TRNSYS para diversos

    passos de tempo com face interna do envoltório adiabática e

    face externa do envoltório com perturbação constante........41

    Figura 5.10: Evolução dos resultados obtidos pelo Umidus para diversos

    passos de tempo com face interna do envoltório adiabática e

    face externa do envoltório com perturbação constante....... 42

    Figura 5.11: Evolução dos resultados obtidos pelo Hamstad para diversos

    passos de tempo com face interna do envoltório adiabática e

    face externa do envoltório com perturbação constante....... 42

    Figura 5.12: Condições de Contorno para as zonas internas e externas do

    envoltório do caso 2............................................................ 43

    Figura 5.13: Resultado do envoltório de concreto de 0.25 m com zona

    interna com temperatura constante e zona externa com

    perturbação constante........................................................ 43

  • xv

    Figura 5.14: Resultado do envoltório isolante de 0.25 m com zona interna

    com temperatura constante e zona externa com perturbação

    constante........................................................................... 44

    Figura 5.15: Resultado do envoltório de concreto de 0.04 m com zona

    interna com temperatura constante e zona externa com

    perturbação constante....................................................... 45

    Figura 5.16: Resultado do envoltório isolante de 0.04 m com zona interna

    com temperatura constante e zona externa com perturbação

    constante............................................................................ 45

    Figura 5.17: Evolução do modelo TRNSYS ao longo de diversos passos de

    tempo para a face interna do envoltório........................... 46

    Figura 5.18: Evolução do modelo Umidus ao longo de diversos passos de

    tempo para a face interna do envoltório.............................. 47

    Figura 5.19: Evolução do modelo Hamstad ao longo de diversos passos de

    tempo para a face interna do envoltório............................... 47

    Figura 5.20: Condições de Contorno para as zonas internas e externas do

    envoltório do caso 3............................................................. 48

    Figura 5.21: Resultado do envoltório de concreto de 0.25 m com zona

    interna com temperatura constante e zona externa com

    perturbação senoidal......................................................... .48

    Figura 5.22: Resultado do envoltório de isolante de 0.25 m com zona

    interna com temperatura constante e zona externa com

    perturbação senoidal........................................................... 49

    Figura 5.23: Resultado do envoltório de concreto de 0.04 m com zona

    interna com temperatura constante e zona externa com

    perturbação senoidal......................................................... 50

  • xvi

    Figura 5.24: Resultado do envoltório de isolante de 0.04 m com zona

    interna com temperatura constante e zona externa com

    perturbação senoidal......................................................... 50

    Figura 5.25: Evolução do modelo Hamstad com passo de tempo de 60 min

    até 15 min em comparação com solução analítca e modelo

    TRNSYS............................................................................. 51

    Figura 5.26: Condições de Contorno para as zonas internas e externas do

    envoltório do caso 1............................................................ 52

    Figura 5.27: Resultado do envoltório de concreto de 0.15 m para a face

    interna. com zona interna com perturbação constante e zona

    externa impermeável........................................................ 52

    Figura 5.28: Evolução do modelo Hamstad para o envoltório de concreto

    de 0,15 m para diversos números de nós................................53

    Figura 5.29: Condições de Contorno para as zonas internas e externas do

    envoltório do caso 2............................................................. 54

    Figura 5.30: Evolução da umidade relativa para a zona interna sem a

    troca de umidade com a parede........................................... 55

    Figura 5.31: Evolução da umidade relativa com a troca de umidade

    relativa com a parede para os três primeiros dias na zona

    interna..................................................................................... 55

    Figura 5.32: Evolução da umidade relativa com a troca de umidade

    relativa com a parede para os três primeiros dias na face

    interna............................................................................. 56

    Figura 5.33: Primeiras 24 h do regime permanente da evolução do ganho

    de umidade relativa na zona interna............................... 58

    Figura 5.34: Primeiras 24 h do regime permanente da evolução do ganho

    de umidade relativa na face interna....................................... 60

  • xvii

  • xviii

    Tabelas

    Tabela 5.1: Propriedades Térmicas do material da parede. ............................ 36

    Tabela 5.2: Resultados comparativos para Benchmark 2 ................................ 59

  • 1

    Capítulo 1

    Introdução

    Devido à crise do petróleo em 1973 foi referenciada pela Organização

    para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD), em 1974, a Agência

    Internacional de Energia (IEA), que nesta época procurou através dos seus 21

    membros participantes incentivarem o desenvolvimento de fontes

    alternativas de energia. No Brasil, nesta linha de energia alternativa, foi

    criado o Pró–álcool, programa de implantação e desenvolvimento de uma

    nova matriz energética, usando o etanol destilado da cana de açúcar como

    combustível de motores de combustão interna, principalmente de ciclo Otto.

    A geração de energia para edificações na Europa é feita através de

    termoelétricas, com o consumo de petróleo e carvão, e energia nuclear,

    conforme sítio da IEA (Eletricidade e Calor, 2004). Hoje, além da questão

    energética, existe o problema do efeito estufa gerado pela emissão de CO2, o

    que vem reforçar a necessidade de aperfeiçoar o consumo de energia.

    Observa-se, também, que a matriz energética brasileira é diferente da

    Européia, sendo quase toda ela hidroelétrica, conforme sítio da IEA

    (Eletricidade e Calor. 2004) não havendo, portanto muita geração de CO2 por

    este motivo. Neste sentido, nota-se que a questão do efeito estufa para o

    projeto de edificações no Brasil não seria considerado, porém, deve-se

    ressaltar a importância do controle do consumo de energia em edificações com

    sistemas de climatização que deve ser feito para aumentar a eficiência

    energética destas como um todo. Nesse contexto, destaca-se o esforço nacional

    da Eletrobrás, através de seu Programa PROCEL, que vem incentivando

  • 2

    universidades e fabricantes de eletrodomésticos a desenvolverem produtos

    com baixo consumo de energia.

    A maneira como se consome energia é uma área correlata à linha geral

    do projeto principal da IEA, sendo que em 1991, 11 países, dos quais 10 são

    países membros da IEA e 1 agregado, uniram-se para desenvolver pesquisa e

    desenvolvimento (P&D) nesta área. Através do Programa de Sistemas

    Comunitários e Conservação de Energia em Edificações (EXCO), hoje 24

    países com seus laboratórios governamentais e Universidades desenvolvem

    diversos anexos sobre o Programa Geral de Energia desenvolvido pela IEA.

    Dos anexos concluídos, ressaltam-se três na linha do presente trabalho:

    Anexo 14 sobre condensação e energia, concluído em 1984, o anexo 24

    (HAMTIE) sobre Calor, Ar e Umidade em envoltórios de isolantes de

    baixíssima condutividade térmica, concluído em 1995 e o anexo 32, sobre

    cálculos de rendimento de envoltórios integrais de construção, concluído em

    1999.

    Dos anexos ainda em conclusão, ressalta-se o Anexo 41 sobre

    Transferência de Calor, Ar e Umidade em toda a Edificação.

    A seguir, apresentam-se alguns métodos e projetos de cunho

    internacional realizados nesta linha de transferência acoplada de calor e de

    umidade em elementos porosos de edificações.

    1.1 Método Glaser

    É um método que usa transferência de calor por condução em regime

    permanente, bem como a difusão de vapor de água. É um método não

    acoplado calculando a temperatura para cada perfil, ou seja, para cada passo

    de comprimento, e após calcula-se a pressão de vapor. Compara-se esta

    pressão com a pressão de vapor saturada calculada e verifica-se a existência

    de taxa de água acumulada. Este método foi originalmente usado

    extensivamente por meio de gráficos, sendo recentemente passado para o

  • 3

    computador. Devido o método adotar a hipótese de regime permanente,

    aparece diversos problemas de condensação nas diversas camadas analisadas,

    conforme ASHRAE (2005). Segundo Pedersen (1995), as condições de

    contorno são bastante simplificadas, a radiação solar não é considerada bem

    como a capacidade de adsorção e dessorção dos materiais. Dada limitação do

    método Glaser originou-se os anexos da IEA como relatados abaixo.

    1.2 Anexo 14

    O Anexo 14 foi dividido em seis capítulos (Introdução, Bolor, Aspectos

    Higrotérmicos, Transporte de Calor, Ar e Umidade (HAM), Condições de

    Contorno) no sentido de estudar o transporte de Calor, Ar e Umidade tanto

    através de envoltórios estruturais, como para controle da umidade para que

    não haja proliferação de fungos, bem como por via aérea, ou seja, a dispersão

    dos microorganismos em ambientes.

    Os diversos capítulos apresentam aspectos conceituais, definindo as

    propriedades básicas para o desenvolvimento de estudos e apresenta exercício

    de casos nos diversos assuntos.

    1.3 Anexo 24

    Foram dois os objetivos principais deste anexo:

    1º) Estudo da Física do Transporte de Calor. Ar e Umidade de partes de

    envoltórios altamente isolados;

    2°) Análise do desempenho do envoltório nas condições iniciais e de

    contorno;

    O Trabalho foi dividido em cinco subtarefas com cinco grupos de

    pesquisas gerenciando-as:

    Modelagem;

    Condições do Meio Ambiente (interno e externo);

  • 4

    Propriedades do Material;

    Verificação experimental;

    Desempenho do envoltório.

    1.4 Projeto Hamstad

    A partir dos Anexos 14 e 24, em 2001 a comunidade européia resolveu

    desenvolver o projeto HAMSTAD (Heat, Air, Moisture, Standards

    Development) que visou a padronização de códigos computacionais livres

    sobre transferência de Calor. Ar e Umidade através de elementos porosos em

    edificações e de propriedades termofísicas de materiais para edificações,

    visando o bem estar dos ocupantes em relação à ambiente interno das

    edificações e qualidade de ar em relação a riscos para a saúde.

    A seguinte metodologia vem ao encontro à necessidade de aprimorar os

    projetos de construção civil para diversos tipos de envoltórios estruturais e

    que exista um melhor desempenho na transferência de calor, ar e umidade

    para que o consumo de energia seja otimizado e que exista uma qualidade de

    ar adequada no ambiente não havendo crescimento e propagação de fungos e

    bolor, e a caracterização dos diversos materiais.

    Dentro das duas linhas do projeto, consumo de energia e caracterização

    de material tem-se:

    1ª) Uso de benchmark exercise dos anexos 14, 24, 32 para assegurar a

    qualidade do projeto e desempenho de códigos computacionais produzidos por

    diferentes instituições de pesquisa.

    2ª) Utilização de técnicas não destrutivas de determinação de perfis de

    conteúdo de umidade.

    Foram escolhidos dois materiais: tijolo de cerâmica e reboco (silicato de

    cálcio) para teste em comparação interlaboratoriais, ou seja, amostra de um

    mesmo lote de materiais os quais são enviados aos participantes do Projeto

  • 5

    Hamstad. Devido ao avanço tecnológico ocorrido em ensaios experimentais,

    pois antigamente apenas se determinava a massa de material seco e

    saturado. As técnicas experimentais utilizadas para a determinação dos

    perfis de umidades são:

    Técnica de atenuação de raios Gama

    Método de projeção de raios X

    Técnica de ressonância magnética

    Técnica - MRI

    Método da Capacitância

    Técnica TDR (Time Domain Reflectometry)

    Depois de realizados os experimentos, as diversas técnicas são

    comparadas em gráficos através de uma transformada de Boltzmann

    (Carmeliet et al).

    1.5 Anexo 32

    Este anexo foi projetado para ter uma visão holística de um projeto de

    envoltório no que trata do transporte de calor, ar e umidade e a qualidade do

    ar do ambiente utilizado.

    Esta visão holística tem como objetivo unir todas as necessidades sob o

    ponto de vista do ocupante, que estará neste ambiente e receberá um ar com

    qualidade e também terá que assumir o resultado do consumo de energia; sob

    o aspecto do projetista e suas necessidades de desempenho; sob aspecto do

    construtor, criando novas técnicas construtivas e sob aspectos da sociedade,

    em relação a reduzir economicamente investimentos em sistemas de geração

    e sistemas de transmissão de energia, ou seja, reduzindo o custo energético.

    É descrito um grande sistema de qualidade, utilizando relatório e

    questionários como fontes de informação para aperfeiçoar o processo de

  • 6

    projeto, construção e utilização do ambiente.

    Após a construção, o anexo estimula testes para verificar o desempenho

    dos envoltórios, bem como a dispersão de microorganismos no ambiente.

    1.6 Anexo 41

    Dando Continuidade aos Anexos 14, 24, e 32, o Anexo 41 surgiu para

    explorar os fenômenos físicos na transferência de calor, ar e umidade nas

    edificações. Esta meta inclui trabalhos computacionais e suas respectivas

    modelagens, trabalhos experimentais, análise de conforto, durabilidade dos

    materiais do envoltório e consumo de energia.

    O trabalho foi dividido em quatro subtarefas:

    Subtarefa 1: Teoria dos modelos e exercícios de validação.

    Subtarefa 2: Investigações experimentais.

    Subtarefa 3: Condições de contorno.

    Subtarefa 4: Performance de longo prazo e transferência de tecnologia.

    Estas subtarefas têm sido realizados por diversos grupos das 39

    instituições participantes de 19 países.

    O Brasil vem participando sistematicamente do Anexo 41 por meio de

    um grupo formado por pesquisadores do Laboratório de Sistemas Térmicos

    (LST) do Curso de Engenharia Mecânica da Pontifícia Universidade Católica

    do Paraná (PUCPR). O LST vem desenvolvendo o trabalho de validação de

    cinco exercícios da subtarefa 1:

    CE0: Whole building energy modeling.

    CE01: Whole building heat and moisture analysis.

    CE01 0A e 0B: Whole building heat and moisture analysis – Simplified

    boundary conditions,

  • 7

    CE3: Whole building heat moisture analysis – Two real exposure rooms at

    FhG.

    CE4: Moisture management for reducing energy consumption.

    1.7 Presente Trabalho

    Seguindo a linha desses projetos de cunho internacional descritos

    acima, este trabalho surge no sentido de dar os primeiros passos na criação

    do HAM-BR, originando um programa computacional adaptado a equações de

    balanço de massa e de energia desenvolvidas pelo projeto HAMSTAD WP2

    (2001) e dados de propriedades termofísicas disponíveis na literatura

    existente.

    Este programa, HAM-BR, tem como objetivo contribuir paralelamente

    com o desenvolvimento de modelos e de software realizado no Laboratório de

    Sistemas Térmicos da PUCPR tais como Umidus (Mendes et al., 1999), Solum

    (Santos et al.,2003), SimSpark (Mora et al., 2003) e PowerDomus (Mendes et

    al., 2003 e 2005).

    Para isto, serão feitas comparações entre o modelo numérico proposto e

    o modelo de transferência de calor e de umidade disponível no programa

    Umidus, além de comparações experimentais a partir de medições de massa e

    de perfis de temperatura e de umidade em uma amostra de solo do tipo

    aluvião arenoso.

    Assim, este trabalho é dividido em 6 capítulos. O capítulo 2 apresenta

    uma descrição dos modelos matemáticos com suas respectivas condições de

    contorno. O Capítulo 3 apresenta a discretização e método numérico,

    enquanto o Capítulo 4 descreve o experimento realizado. No Capítulo 5,

    descrevem-se os estudos comparativos entre os métodos de transferência de

    calor e umidade. O primeiro dedicado a uma verificação com o modelo

    Umidus e um dos casos do Benchmark do projeto europeu HAMSTAD,

    enquanto no segundo estudo, faz-se uma validação experimental. Na análise

  • 8

    comparativa, apresentam-se, do anexo 41 (CE01 0B), três casos de

    transferência de calor pura transiente, e dois casos para transferência de

    umidade pura. Por fim, apresentam-se as considerações finais desta

    dissertação de mestrado.

  • 9

    Capítulo 2

    Modelos Matemáticos para Estudo

    de Transferência de Calor e de

    Massa

    Apresentam-se neste capítulo três modelos matemáticos para o estudo

    de transferência de calor e de umidade através de elementos porosos de

    edificações. O primeiro modelo foi descrito no projeto europeu HAMSTAD e

    será desenvolvido neste trabalho utilizando-se o algoritmo MTDMA (Mendes

    e Philippi. 2004), tendo como potenciais motrizes para os fluxos de calor e de

    umidade, os gradientes de temperatura e de pressão parcial de vapor. O

    segundo modelo, baseado no modelo de Philip e De Vries (1957) e utilizado no

    código fonte do programa Umidus, também utiliza o algoritmo MTDMA, mas

    como potenciais motrizes os gradientes de temperatura e de conteúdo de

    umidade, com uma linearização na condição de contorno que transforma a

    diferença de concentração de vapor em diferença de temperatura e de

    conteúdo de umidade, o que deixa a solução mais robusta (Mendes et al..

    2002). Para contornar o problema da descontinuidade utilizando o gradiente

    de conteúdo de umidade como potencial, Mendes e Philippi (2005)

    propuseram um modelo alternativo a ser aplicado nas interfaces. O terceiro

    modelo é o TRNSYS desenvolvido através do método de Stephenson e Mitalas

    (1971).

  • 10

    2.1 Modelo Hamstad

    2.1.1 Modelo Matemático

    Segundo Hagentoft [1] em seu documento básico sobre o HAMSTAD WP2,

    tem-se a seguinte equação para o balanço de energia:

    t

    Tc

    xrl

    x

    pl

    xx

    Tcr

    x

    T

    x

    valv

    vplvapaa

    0, )(

    (2.1)

    Considerando o vapor como gás perfeito, tem-se:

    RT

    MPvv (2.2)

    E derivando-se pela regra da cadeia ,tem-se

    TT

    Pp

    vv

    v

    vv

    (2.3)

    sendo,

    v

    v

    p

    =

    RT

    M e

    2RT

    MP

    T

    vv

    (2.4)

    Considera-se ainda a variação da massa específica do vapor d’água sendo

    pequena em relação à temperatura - TT

    v

    (Mendes. 1997).

    Assim, tem-se o balanço de energia na forma:

    t

    Tc

    x

    P

    TR

    lr

    x

    Pl

    xx

    Tcr

    x

    T

    x

    V

    v

    lvavplvapaa

    0, )( (2.5)

  • 11

    Onde:

    x

    T

    x é o fluxo líquido de calor devido a condução térmica no meio;

    -x

    Tcr apaa

    , é a perda advectiva do fluxo de calor devido ao transporte através

    do meio poroso do envoltório;

    )(

    x

    Pl

    x

    vpiv é o fluxo líquido de calor devido a mudança de fase

    líquido/vapor no transporte difusivo;

    x

    P

    TR

    lr v

    v

    iva

    é o fluxo líquido de calor devido a mudança de fase líquido/vapor no

    transporte convectivo;

    t

    Tc

    0 é o termo transiente de energia térmica contida na matriz porosa do

    envoltório..

    Sendo a a condutividade térmica. T a temperatura, ar a vazão de ar

    volumétrica, a a massa específica do ar, apc , o calor específico do ar a pressão

    constante., lvl o calor latente de vaporização, p a pressão parcial de vapor, v ,

    massa específica do vapor, c o calor específico do material úmido, 0 , massa

    específica do material seco, vR é a constante de Clapeyron para o vapor de

    água.

    Para o balanço de massa. Hangentoft [1] apresenta a seguinte equação de

    conservação:

    t

    w

    x

    PK

    xx

    P

    TR

    r

    x

    P

    x

    sucv

    v

    avp

    )( (2.6)

  • 12

    Onde:

    x

    P

    x

    vp é o fluxo líquido difusivo de vapor d’agua no meio poroso

    representado lei de Fick;

    x

    P

    TR

    r v

    v

    a

    é o fluxo líquido convectivo de vapor d’agua;

    )(x

    PK

    x

    suc

    é o fluxo de líquido de água na fase líquida representado pela lei

    de Darcy.

    Sendo K a condutividade hidráulica, sucP a pressão de sucção, w o conteúdo de

    umidade em massa, p a permeabilidade do material e t o tempo.

    2.2 Modelo Umidus

    Este modelo tem por base o modelo descrito por Philip e de Vries

    (1957), o qual utiliza potenciais de temperatura e de conteúdo de umidade.

    As equações parciais diferenciais para modelagem de transferência de

    calor e de massa em meios porosos podem ser escritas na forma

    unidimensional como:

    vlv jx

    lxxt

    c

    ,,0 (2.7)

    l

    j

    xt

    (2.8)

    onde 0 é a massa específica da matriz sólida ; cm, o calor específico médio; T,

    temperatura; t, tempo; , condutividade térmica; llv o calor latente de

    vaporização; o conteúdo de umidade volumétrico; jv o vazão de vapor; j o

    vazão total de vapor, o qual é a soma da vazão de vapor e da vazão de líquido.

    jl e jv ; l a densidade de água.

  • 13

    A equação para o fluxo mássico de vapor é escrita:

    x

    TDx

    TD

    jvTv

    l

    v

    ,, (2.9)

    Enquanto, a equação do fluxo mássico total tem-se:

    x

    Dx

    TD

    jT

    l

    ,, (2.10)

    Com vTl DDD e vl DDD , onde lD é o coeficiente de transporte da

    fase líquida associado ao gradiente de temperatura, vD é o coeficiente de

    transporte da fase vapor associado ao gradiente de temperatura, lD é o

    coeficiente transporte a fase líquida associado ao gradiente de conteúdo de

    umidade, vD é o coeficiente transporte a fase vapor associado ao gradiente

    de conteúdo de umidade, D é o coeficiente transporte de massa associado ao

    gradiente de temperatura e D é o coeficiente transporte de massa associado

    ao gradiente de temperatura .

    2.3 Modelo TRNSYS

    Este modelo tem como base o método da função de transferência

    desenvolvido por Stephenson e Mitalas (1971), que combina as equações

    diferenciais parciais de transferência de calor pura unidimensional com a

    equação parcial da conservação de massa:

    2

    2

    x

    T

    t

    T

    (2.11)

    Onde é a difusividade térmica, T a temperatura, t o tempo e x à distância.

    2

    2

    xa

    t

    wc

    w

    (2.12)

    Onde w é a massa específica de vapor de água, t é o tempo, x é à distância,

    ca é a difusividade da umidade para massa específica de vapor de água.

    Há diversas formas de resolver estas equações diferenciais parciais

  • 14

    sendo que a utilizada por Carslaw e Jaeger (1959) foi através da

    transformada de Laplace, onde a equação no domínio do tempo é

    transformada para um espaço imaginário. e então manipulada e resolvida

    algebricamente, sendo a solução transformada novamente para o domínio do

    tempo.

    As equações resolvidas de Mitalas e Arseneault (1971) usadas em

    TRNSYS para condução de calor são:

    dcb n

    j

    j

    si

    jn

    j

    j

    si

    jn

    j

    j

    so

    j

    si qdTcTbq000

    (2.13)

    dba n

    j

    j

    so

    j

    n

    j

    j

    si

    j

    n

    j

    j

    so

    j

    so qdTbTaq000

    (2.14)

    Onde j refere-se ao termo da série do tempo, os coeficientes a, b, c, d. são

    determinados pelas propriedades do meio analisado usando-se a função z-

    transfer presente em Mitalas e Arseneault (1971).

    As equações utilizadas por Abadie e Mendes (2007) para o transporte

    de umidade são:

    )()(),( surpprofprof

    surpinsurp

    surp

    surpsurpdt

    dwfM (2.15)

    )(),( profsurpprofprof

    profprofdt

    dwfM (2.16)

    onde é a derivada da isoterma de adsorção do material, é o coeficiente

    de troca de umidade entre as duas regiões e a zona de ar, M é a massa de

    material e ),( f é o fator de correção da umidade relativa e taxa

    umidificação.

  • 15

    A principal característica do fator resposta é a predeterminação da

    resposta do meio ou sistema analisado a uma unidade de excitação, o qual

    dará uma função de unidade resposta (FUR), que é um sistema de equações

    invariantes.

    O número de FUR`s irá depender do número de funções excitações

    aonde através do teorema da convolução chega-se a FUR equivalente, ou seja,

    0

    )()()(m

    mtEmRFtR (2.17)

    Onde )(tR é a resposta no tempo t. RF é o fator resposta do meio no tempo

    m (m é a interação a e o passo de tempo) e )( mtE é a excitação no meio.

    2.4 Condições de Contorno

    A Fig. 2.1 ilustra um modelo físico para representar as condições de

    contorno em um envoltório de uma edificação. As condições de contorno são

    detalhadas a seguir para cada um dos dois modelos.

    Figura 2.1:Condições de contorno nas superfícies e fluxos nas diversas camadas do

    Envoltório (IEA Annex 41 – SubTask 1 Report).

    Radiação Direta

    Radiação difusa

    onda curta

    Convecção

    Radiação absorvida

    Condução

    Ar

    Migração

    capilar

    Difusão de

    vapor

  • 16

    2.4.1 Modelo Hamstad

    Utilizando a condição de contorno de 3ª espécie - fluxo convectivo - tem-se

    então para as superfícies externa e interna as seguintes equações de balanço

    de energia:

    extvlvextlpliqextapaaoLrxc

    x

    glTcgTcrRqTThx

    T,,,0

    0

    )(

    (2.18)

    e

    - )(

    TTh

    x

    Tlxc

    lx

    + ,intint,''

    vlvapaaoLr glTcrRq (2.19)

    Onde )( fc TTh é o fluxo convectivo, ou seja, a troca de calor entre a

    superfície a oeste e leste respectivamente do volume de controle e o ar e ch é

    coeficiente de transferência de calor por convecção, , absortividade, rq ,

    fluxo de calor por radiação de onda curta, , emissividade, oLR , radiação de

    onda longa, liqg , massa de água líquida devido a chuva e Tcr apaa , é o calor

    transmitido pela vazão de ar na face externa e interna

    Para o balanço de massa tem-se:

    extvextV

    axvextvextx

    vpextv P

    TR

    rPP

    x

    Pg ,0,,0, )()(

    (2.20)

    surfsurfV

    avlxvlx

    vpv P

    TR

    rPP

    x

    Pg

    )()( int,,intint, (2.21)

    liqxsuc gx

    PK

    0)( e 0)(

    lx

    suc

    x

    PK (2.22)

    Onde extvg , é o fluxo de vapor e ar que entra na estrutura, int,vg é o fluxo de

    vapor e ar que sai da estrutura, ext é o coeficiente de transferência de vapor

  • 17

    de água para zona externa, int é o coeficiente de transferência de vapor de

    água da zona interna, VR é a constante de Clapeyron para o vapor.

    2.4.2 Modelo Umidus

    Equação da conservação da energia:

    - Face externa (x=0):

    , . 0,,,0,00

    xvextvextmolrxextextcxv

    x

    LhRqTThLjx

    T

    (2.23)

    Onde os termos do lado direito da igualdade acima têm a seguinte

    correspondência sendo ))0(TT(h extext,c a transferência por convecção, rq é a

    radiação solar global absorvida, em x=0, Rol é a radiação de onda longa e

    0x,vext,vext,mLh é a mudança de fase.

    - Face interna (x=l):

    , . 0,,,0,00

    xvextvextmolrxextextcxv

    x

    LhRqTThLjx

    T

    (2.24)

    Onde os termos do lado direito da igualdade acima têm a seguinte

    correspondência, sendo )T)n(T(h intint,c a transferência por convecção,

    lxvvextmLh ,int,, é a mudança de fase. A parcela intR , correspondente ao calor

    trocado por radiação com as superfícies que integram o ambiente interno,

  • 18

    pode ser estimada através de simulações em um software termo energético de

    apoio.

    Equação da conservação da massa:

    A face externa e interna, da parede é submetida a trocas de massa por

    convecção:

    - Face externa (x=0):

    )()( 0,,

    0 xextvl

    extmxT

    h

    x

    TD

    xD

    (2.25)

    - Face interna (x=l):

    )()( int,int,

    lxv

    l

    m

    lxT

    h

    x

    TD

    xD

    (2.26)

    O Modelo Umidus que utiliza a equação clássica de PHILIP e DE VRIES

    considera na equação de conservação de energia a mudança de estado líquido

    e vapor (vapor – líquido) bem como a transferência por condução

    representada pela lei de Fourier. A Equação de conservação da massa

    considera a transferência de massa líquida e de vapor.

    O modelo Hamstad considera na equação de conservação de energia também

    a transferência de calor por condução através da equação de Fourier, bem

    como a transferência de calor pela mudança de fase líquido vapor no

    transporte difusivo e convectivo. No balanço de massa temos a transferência

  • 19

    de massa difusiva representada pela lei de Fick, bem como o fluxo convectivo

    de vapor dágua e transferência de água liquidam no meio poroso

    reperesentado pela lei de Darcy.

    Basicamente verifica-se que o modelo Hamstad apresenta como diferencial

    em relação ao Modelo Umidus para o balanço de energia, a perda advectiva

    através do meio poroso e a transferência de calor devido a mudança de fase

    líquido vapor no transporte convectivo. No balanço de massa verifica-se que o

    Modelo Hamstad apresenta a migração capilar de água líquida através do

    meio poroso como diferencial.

  • 20

    Capítulo 3

    Métodos Numéricos para Solução

    dos Modelos de Transferência de

    Calor e de Umidade

    Neste capítulo, apresentam-se as técnicas de solução dos três modelos de

    equações diferencias apresentados no Capítulo 2.

    3.1 Algoritmo de Solução de Equações

    O Algoritmo a solucionar o conjunto de equações que será discretizado

    denomina-se MTDMA (Multi-TriDiagonal Matrix Algorithm) apresentado por

    Mendes (1997) e Mendes e Philippi (2003).

    A criação de um algoritmo generalizado, para a solução de sistemas de

    equações algébricas acopladas, adveio da necessidade de calcular

    simultaneamente os perfis térmico e hídrico, reduzindo o efeito de

    retardamento e de divergência numérica gerados por termos acoplados

    avaliados em função da última iteração. Desta forma, o método se torna

    estável, embutindo um maior fundamento físico no método de solução

    numérica.

    A discretização das equações de conservação no domínio do problema,

    resulta em equações algébricas do tipo:

    ~~.

    ~.

    ~. 11 iiiiiii DXCXBXA

    (3.1)

  • 21

    Onde X é o vetor que contém as grandezas de estado. Para o modelo Umidus

    ele é definido como:

    TX i

    ~ (3.2)

    Ou para o modelo HAMSTAD, ao substituir o conteúdo de umidade pela

    pressão parcial de vapor.

    T

    PX

    vi

    ~ (3.3)

    Analogamente ao desenvolvimento do algoritmo TDMA de Thomas. fez-se:

    ~~.

    ~1 iiii QXPX

    (3.4)

    e

    ~~.

    ~111

    iiii QXPX . (3.5)

    Substituindo a equação (3.4) em (3.5), obteve-se:

    ~~~..

    ~.

    ~. 111 iiiiiiiii DQXPCXBXA

    (3.6)

    Pode-se, portanto, reescrever a equação (3.6) como:

    ~~.

    ~.

    ~.. 111 iiiiiiiii DQCXBXPCA

    (3.7)

    Escrevendo-se a equação (3.7) de forma explícita para Xi, tem-se:

    ~~

    ..~

    ...~

    1

    1

    11

    1

    1 iiiiiiiiiiii DQCPCAXBPCAX (3.8)

    Finalmente, extraem-se as fórmulas de recorrência:

  • 22

    iiiii BPCAP ..

    1

    1 (3.9)

    e

    ~~

    ..~

    1

    1

    1 iiiiiii DQCPCAQ (3.10)

    Diferentemente do tradicional TDMA, os coeficientes do método passam a ser

    matrizes-coeficientes cujas linhas relacionam-se às equações governantes.

    3.2 Método de Discretização

    Utilizou-se neste trabalho o método de volumes finitos com diferenças

    centrais e formulação totalmente implícita, seguindo a notação apresentada

    por Patankar e o método de solução MTDMA, mostrado acima.

    .

    Figura 3.1:Volume de Controle para análise de fluxo de calor, ar, umidade em parede 1-D.

    W P E

    Fluxo de Entrada

    Oeste (w)

    Fluxo de Saída

    Leste (e)

  • 23

    3.3 Modelo Numérico HAMSTAD

    Para transformar as equações (5) e (6) em um sistema linear, necessitam-se

    das seguintes transformações:

    1) a derivada t

    w

    em

    t

    Pv

    e

    t

    T

    utilizando-se a regra da cadeia:

    onde t

    T

    T

    w

    t

    P

    P

    w

    t

    w

    p

    v

    vT

    .

    )(

    1

    TPP sv

    e

    T

    w

    é a derivada da curva

    de isoterma de equilíbrio do material

    2) transformar o gradiente de Pressão de Sucção em gradientes de pressão

    parcial de vapor e de temperatura.

    Conforme descrito por Hangentoft (2001). o gradiente de pressão de sucção

    capilar pode ser descrito por:

    P

    P

    TT

    T

    P

    P

    T

    P

    P

    M

    RP s

    ss

    v

    w

    wsuc ln

    (3.11)

    Sendo que w é massa específica da água. wM , massa molar da água, R,

    constante universal dos gases (constante de Clapeyron), , umidade relativa.

    sP , pressão de saturação do vapor, T, temperatura e Pv, pressão de vapor.

    Desta forma, obtêm-se as novas formas diferenciais do modelo HAMSTAD

    para os balanços de energia e de massa de água:

    t

    Tc

    x

    P

    TR

    lr

    x

    P

    xl

    x

    Tcr

    x

    T

    x

    v

    v

    ivavpivapaa

    0, )( (3.12)

    x

    P

    x

    vp -

    x

    P

    TR

    r v

    v

    a

    x

    P

    P

    T

    x

    T

    T

    P

    P

    T

    P

    P

    M

    RK vs

    ss

    v

    w

    w ln

    =

    t

    T

    T

    w

    t

    P

    P

    w

    p

    v

    vT

    (3.13)

    Por outro lado, para os pontos internos (P) da parede tem-se:

  • 24

    00

    ,,

    ,,

    ,0

    ][

    ])([]2

    )[(

    ]2

    )([]2

    )[(

    )]()([])()[(

    p

    v

    lvaep

    lvEvapaae

    E

    v

    lvawp

    lvWvapaaw

    W

    wp

    lvep

    lvpvew

    p

    Tt

    cx

    TR

    lr

    xlP

    cr

    xT

    TR

    lr

    xlP

    cr

    xT

    xl

    xlP

    t

    cx

    xxT

    (3.14)

    0,

    ,

    ,

    )]([

    ]2

    )[()])(ln([

    ]2

    [}]){ln([

    )]([

    }]){ln(}){ln([

    Pv

    v

    a

    w

    wwwp

    Wvs

    ssv

    w

    w

    www

    V

    a

    vw

    weep

    Es

    ssv

    v

    w

    weE

    vw

    ww

    vw

    wewpep

    pv

    s

    ss

    v

    w

    wes

    ss

    v

    w

    wwp

    Pt

    x

    p

    w

    TR

    r

    P

    T

    xM

    RK

    xP

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RKT

    TR

    r

    P

    T

    xM

    RK

    xP

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RKT

    t

    x

    p

    w

    P

    T

    xM

    RK

    P

    T

    xM

    RK

    xxP

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RK

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RKT

    (3.15)

    Abaixo, apresenta-se as equações linearizadas, dos balanços de energia

    e de massa, para a superfície externa da parede (x = 0):

    extv

    extv

    TR

    P

    alvextlpliqoLrlvextextvP

    extcapaaextv

    lvaep

    lvEvapaae

    E

    extlvv

    lvaep

    lvpvapaa

    extce

    p

    rlTcgRqlPTt

    cx

    hcrTTR

    lr

    xlP

    cr

    xT

    lTR

    lr

    xlP

    t

    xccrh

    xT

    ,

    ,',00

    ,,,,

    ,0,

    .

    ][]2

    [

    ][]2

    )([]2

    )[(

    ]2

    )([]22

    [(

    (3.16)

    extvext

    liqext

    w

    v

    w

    e

    extvw

    eev

    w

    e

    PT

    vR

    ar

    gPv

    Pt

    x

    p

    wextv

    P

    Tv

    R

    ar

    P

    T

    xMw

    Re

    K

    x

    ep

    EvP

    dT

    sdP

    sP

    T

    sP

    P

    xMw

    RK

    ET

    t

    x

    p

    w

    Tv

    R

    ar

    P

    T

    xMw

    RK

    x

    p

    pvP

    dT

    sdP

    sP

    T

    sP

    P

    xMw

    RK

    pT

    ,0,

    ]2

    [][,

    ]2

    [,

    }]){ln([

    )]2

    (2

    [,

    }]){ln([

    (3.17)

    E para a superfície interna(x=L) :

  • 25

    olrlvvPc

    v

    lvawlvWv

    apaawW

    v

    lvalv

    plvpv

    apaac

    wp

    RqlPTt

    cxhT

    TR

    lr

    xlP

    cr

    xT

    TR

    lrl

    xlP

    crh

    t

    xc

    xT

    ''][]2

    [][

    ]2

    )2

    ([]2

    )[(

    ]2

    )([]22

    )[(

    intint,00

    int,int

    ,,

    int,,

    int,0

    (3.18)

    ][)]2

    ([

    ]2

    [])(ln([

    )]2

    (2

    [

    ]})(ln({[

    intint0

    int,

    mP

    v

    a

    w

    wtwwp

    Ws

    ss

    v

    w

    wwW

    v

    am

    vw

    wwp

    pv

    s

    ss

    v

    w

    wtwp

    BPPt

    x

    p

    w

    TR

    r

    P

    T

    xM

    RK

    xP

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RKT

    t

    x

    p

    w

    TR

    rB

    P

    T

    xM

    RK

    xP

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RKT

    w

    (3.19)

    Desta forma, podem ser definidos os coeficientes do MTDMA para os pontos e,

    intermediário, externa e interna.

    Para pontos intermediários das diversas camadas, tem-se:

    A (i) =

    t

    cx

    xxl

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RKK

    t

    x

    p

    w

    P

    T

    xM

    RKK

    x

    wewpep

    lv

    s

    ss

    v

    w

    wwe

    vw

    wwewpep

    0)()(

    ))(ln()(

    )()(

    (3.20)

    B(i) =

    2)(

    2)(

    ))(ln(2

    ,apaae

    v

    lvaep

    lv

    s

    ss

    v

    w

    we

    v

    a

    vwt

    wteep

    cr

    xTR

    lr

    xl

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RK

    TR

    r

    P

    T

    xM

    RK

    x

    (3.21)

  • 26

    C(i) =

    2)(

    2)(

    ))(ln(2

    ,apaaw

    v

    lvawp

    lv

    s

    ss

    v

    w

    ww

    v

    a

    vw

    wwwp

    cr

    xTR

    lr

    xl

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RK

    TR

    r

    P

    T

    xM

    RK

    x

    (3.22) D(i) =

    00

    0,

    ][

    )]([

    p

    Pv

    Tt

    cx

    Pt

    x

    p

    w

    (3.23)

    Para o ponto na superfície exterior da parede (x = 0). tem-se:

    A (0) =

    2)(

    2)(

    ))(ln()2

    (2

    ,0,

    apaa

    extce

    extlvv

    lvaep

    lv

    s

    ss

    v

    wt

    wte

    vv

    aext

    vw

    weep

    cr

    t

    cxh

    xl

    TR

    lr

    xl

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RK

    t

    x

    P

    w

    TR

    r

    P

    T

    xM

    RK

    x

    (3.24)

    B(0)=

    2)(

    2)(

    )(ln(2

    ,apaae

    v

    lvaep

    lv

    s

    ss

    v

    w

    we

    v

    a

    vwt

    wteep

    cr

    xTR

    lr

    xl

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RK

    TR

    r

    P

    T

    xM

    RK

    x

    (3.25)

    C(0)=

    00

    00 (3.26)

  • 27

    D(0) =

    extlpliqolrapaacextextlvextvp

    extvv

    lvaextextvliqPv

    TcgRqcrhTlPTt

    cx

    PTR

    lrPgP

    t

    x

    p

    w

    ,,,00

    ,,0,

    ][][]2

    [

    2][)]

    2([

    (3.27)

    E para o ponto na superfície interna da parede (x = L). tem-se:

    A(n) =

    2)(

    2)(

    ))(ln()2

    (

    ,0int,int

    int

    apaac

    wlv

    v

    lvawp

    lv

    s

    ss

    v

    wt

    wtw

    vwt

    wtwwp

    cr

    t

    cxh

    xl

    TR

    lr

    xl

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RK

    t

    x

    p

    w

    P

    T

    xM

    RK

    x

    (3.28)

    B(n)=

    00

    00 (3.29)

    C(n) =

    2)(

    2)(

    ))(ln(2

    ,apaaw

    v

    lvawp

    lv

    s

    ss

    v

    wt

    wtw

    v

    a

    vwt

    wtwwp

    cr

    xTR

    lr

    xl

    dT

    dP

    P

    T

    P

    P

    xM

    RK

    TR

    r

    P

    T

    xM

    RK

    x

    (3.30)

    D(n) =

    olrclvvp

    vPv

    RqhTlPTt

    cx

    PPt

    x

    p

    w

    ''][]2

    [

    ][)]2

    ([

    int,intintint,00

    intint,0,

    (3.31)

  • 28

    3.4 Modelo Numérico Umidus

    Os coeficientes abaixo, com índice i, referem-se aos pontos

    intermediários, ou seja, da 2ª camada até penúltima camada:

    A (i) =

    t

    xc

    x

    LD

    xx

    LD

    xx

    D

    x

    DL

    x

    D

    x

    D

    x

    D

    x

    D

    t

    x

    mw

    TVw

    w

    w

    e

    TVe

    e

    e

    w

    Vw

    e

    Vel

    w

    Tw

    e

    Te

    w

    w

    e

    e

    0

    (3.32)

    B (i) =

    e

    TVe

    e

    e

    e

    Vel

    e

    Te

    e

    e

    x

    LD

    xx

    DL

    x

    D

    x

    D

    (3.33)

    C (i) =

    w

    TVw

    w

    w

    w

    Vwl

    w

    Tw

    w

    w

    x

    LD

    xx

    DL

    x

    D

    x

    D

    (3.34)

    D (i) =

    00

    0

    Pm

    P

    Tt

    xc

    t

    x

    (3.35)

  • 29

    Os coeficientes abaixo, com índice 0, referem-se ao lado oeste, ou seja,

    da 1ª camada:

    A (0) =

    extm,ext1,extextm,ext2,

    extm,ext1,

    extm,ext2,

    hLMhhLM

    hM

    hM

    2..0

    2

    e

    TVel

    e

    e

    e

    Vel

    le

    Te

    le

    e

    x

    DL

    xx

    DL

    x

    D

    x

    D

    t

    xmc

    t

    x

    (3.36)

    B (0) =

    e

    TVel

    e

    e

    e

    Vel

    e

    Te

    e

    e

    x

    DL

    xx

    DL

    x

    D

    x

    D

    .... (3.37)

    C(0) =

    00

    00 (3.38)

    D (0) =

    )0(..2

    ..MMM..

    )0(2

    MMM

    00xt3,xtxt2,xtxt1,xt,xtxt

    0xt3,xtxt2,xtxt1,

    ,

    Tt

    xcThLRqTh

    t

    xT

    h

    meeeeeemolree

    eeeeel

    extm

    (3.39)

  • 30

    Os coeficientes abaixo, com índice n, referem-se ao lado leste, ou seja,

    da última camada:

    A (n) =

    intm,int1,intintm,int2,

    intm,int1,

    intm,int2,

    hLMhhLM

    hM

    hM

    20

    2

    w

    TVwl

    w

    w

    w

    Vwl

    lw

    Tw

    lw

    w

    x

    DL

    xx

    DL

    x

    D

    x

    D

    t

    xmc

    t

    x

    (3.40)

    B(n) =

    00

    00 (3.41)

    C (n) =

    w

    TVwl

    w

    w

    w

    Vwl

    w

    Tw

    w

    w

    x

    DL

    xx

    DL

    x

    D

    x

    D

    .... (3.42)

    D (n) =

    )(..2

    ..MMM..

    )(2

    MMM

    00int3,intint2,intint1,int,intint

    0int3,intint2,intint1,

    int,

    nTt

    xcThLTh

    nt

    xT

    h

    mm

    l

    m

    (3.43)

  • 31

    Capítulo 4

    Experimento com solo em

    Laboratório

    Evaporação é um dos componentes do ciclo hidrológico e permanece o

    desafio em quantificar. A taxa de movimento da água para superfície em

    particular tempo é determinado pela condutividade hidráulica do solo,

    potencial para a evaporação superficial e temperatura do solo e água. Neste

    sentido, foi realizado no Laboratório de Sistemas Térmicos (LST) um

    experimento para determinar a taxa de evaporação bem como o decréscimo de

    conteúdo de umidade na profundidade de 10 mm., usando-se sensores de

    conteúdo de umidade e de temperatura.

    O solo utilizado em experimento de laboratório foi retirado da região do

    Horizonte A, área de Boa Vista na cidade de Campo Largo, região

    metropolitana de Curitiba, Paraná. Utilizou-se este solo num tubo de

    Policloreto de Vinila (PVC) com 300 mm. de comprimento e 70 mm. de

    diâmetro, fechando-se a parte inferior com tampa do mesmo material e

    realizando uma furação na parte de cima do tubo na posição de 10 mm. para

    inserção de um sensor de conteúdo de umidade, enquanto, no lado oposto do

    tubo, outro furo foi feito na mesma posição e um Termopar do tipo-T é

    introduzido alcançando o centro do tubo. Da mesma forma, foram feitos

    outros três furos para inserção de sensores nas as profundidades de 100 mm.,

    180 mm. e 260 mm..

    Utilizou-se o sensor de umidade EC-5 Decagon Aquameter que é um

    sensor capacitivo de medição de conteúdo de água volumétrico com dimensões

    de 5 cm x 2 cm com uma precisão de ±3%. A freqüência de medição foi

    programada para ser de 1 hora.

  • 32

    O solo seco do tipo aluvião arenoso foi passado em uma peneira de 2

    mm, encharcado em um container com água e deixado por algumas horas

    para secar até atingir um determinado conteúdo de umidade. A amostra de

    solo foi então cuidadosamente embalada no tubo até sua parte superior. O

    sensor foi conectado em um aparelho EM-50 para realizar a aquisição

    continua dos dados. O tubo foi colocado verticalmente e montado sobre uma

    balança de pesagem Geada BK4000 e programado pelo computador usando o

    software Labview para contínuas pesagens do tubo. O dispositivo foi

    posicionado na câmara do calorímetro do Laboratório de Sistemas Térmicos

    na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, no local que o set-up da

    câmara permanece em 50% (± 3º %) de umidade relativa e 20ºC (± 2º C)

    temperatura durante a medição de 48 horas.

    Figura 4.1:Foto do experimento na câmara do calorímetro.

  • 33

    As condições de contorno e inicial para umidade relativa e temperatura são

    apresentadas através do gráfico abaixo, apresentando a umidade relativa e

    temperatura da câmara para 48 horas de ensaio. Estes dados foram medidos

    com um sensor RHT-DN Marca Novus, também mostrados na Figura 4.1, ao

    lado da balança. Na Figura 4.2, apresenta-se a temperatura medida por um

    termopar na superfície superior do solo, mostrando a pequena variação de

    temperatura entre ar e esta superfície.

    Figura 4.2: Condições de contorno e inicial para simulações.

    Verifica-se na Figura 4.3 que a taxa de evaporação alcança o seu maior

    pico nas primeiras horas, devido à grande quantidade de umidade existente

    no solo e também devido às condições constantes de temperatura e de

    umidade relativa existente na câmara. Após as primeiras 4 horas vê-se uma

    diminuição no patamar da taxa de evaporação até as 36 horas onde ocorre

    uma nova queda de patamar. Ocorre após as 36 horas de ensaio uma secagem

    do solo na superfície diminuindo provavelmente os valores de condutividade

    hidráulica e aumentando a permeabilidade do vapor de água através da

    superfície do solo.

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    0 3 6 9 12 14 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48

    Tempo (h)

    Te

    mp

    era

    tura

    (°C

    )

    46

    47

    48

    49

    50

    51

    52

    53

    54

    Um

    ida

    de

    Re

    lativ

    a (%

    )

    Tsurf Tar U.R.

  • 34

    Figura 4.3:Taxa de evaporação do solo em experimento na câmara.

    0.0E+00

    5.0E-07

    1.0E-06

    1.5E-06

    2.0E-06

    2.5E-06

    3.0E-06

    0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48

    Tempo (h)

    Tax

    a d

    e E

    vap

    ora

    çã

    o (

    kg

    m-2s

    -1)

  • 35

    Capítulo 5

    Resultados

    Os resultados apresentados nesta seção seguem uma série progressiva de

    comparações entre os modelos Hamstad, Umidus e TRNSYS e soluções analíticas.

    Por fim, uma comparação com experimento de transferência de calor e de

    umidade em laboratório é apresentada. A subseção 5.1 apresenta um comparativo

    entre os três modelos numéricos para a transferência de calor pura (subseção 5.1.1)

    e para transferência isotérmica de umidade (subseção 5.1.2).

    Na subseção 5.2, ilustra-se um processo de secagem isotérmica com dados da

    literatura obtidos por diversas instituições de pesquisa e, por último, compara-se

    com um processo de secagem do solo testado no LST (Laboratório de Sistemas

    Térmicos) com propriedades altamente dependentes do conteúdo de umidade. Para

    esses dois casos não foi possível simular com o TRNSYS devido à variabilidade das

    propriedades.

  • 36

    5.1 Análise Comparativa entre Três Métodos de

    Transferência de Calor e Umidade

    5.1.1 Transferência de calor Pura através de um Envoltório

    Nos casos 1, 2 e 3, dois materiais são analisados nestes exercícios

    conforme Tabela 5.2. Não existe variação das propriedades do material com a

    temperatura e a pressão, o que induziria a variação do conteúdo de umidade,

    não se podendo levar em conta nos exercícios de transferência Térmica pura

    (Casos 1, 2, 3). As condições de contorno são baseadas no ASHRAE Test Suíte

    (2001). As dimensões de 0,04 m. e 0,25 m. são escolhidas para testar a faixa

    de inércia térmica encontrada em edificações. Como parâmetro de simulação

    foi utilizado o passo de tempo de 60 s e o comprimento do volume de controle

    de 0,1mm.

    Caso 1

    Neste caso de condução transiente aparece como condição de contorno a zona

    interna adiabática e a zona externa com uma perturbação como mostrada na Figura

    5.4. A temperatura inicial no envoltório e zona externa é de T0 = 20 ºC e a

    perturbação no instante t0=0 é de T1= 35 ºC . O coeficiente de convecção na face

    externa é de 24,7 W m-2 K-1.

    Tabela 5.1: Propriedades Térmicas do material da parede.

    Material λ (W m-1 K-1 ) ρ (Kg m-3) c ( J kg-1 K-1)

    Concreto 1.13 1400 1000

    Isolante 0.04 10 1400

  • 37

    Figura 5.1: Condições de Contorno para as faces internas e externas do envoltório o caso 1.

    Resultados Caso 1

    As Figuras 5.5 e 5.6 apresentam resultados de simulação de transferência

    de calor para o concreto e para o isolante. Nota-se uma boa concordância

    entre os três modelos numéricos e a solução analítica, tanto para a face

    interna (TSI) como externa (TSO). No entanto, o modelo Hamstad apresentou

    leve divergência na face interna da parede do isolante. Comparando-se os

    tempos de simulação para estabelecer o regime permanente, evidencia-se a

    grande diferença da inércia térmica entre os dois materiais.

    Concreto: L = 0.25m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 8 16 24 32 40 48

    Tempo (h)

    Te

    mp

    era

    tura

    (°C

    ) TSI -Sol.AnalíticaTSI -TRNSYS

    TSI - Umidus

    TSI - Hamstad

    TSO - Sol. Analítica

    TSO - TRNSYS

    TSO - Umidus

    TSO - Hamstad

    Figura 5.2: Resultado do envoltório de concreto de 0,25 m. com face interna do envoltório

    adiabática e face externa do envoltório com perturbação constante.

    h

    h

    Interna Externa

    0 L x

    TSI

    TSO

    Text

    T1

    T0

    0 t0

    t (h)

  • 38

    Isolante: L = 0.25m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 2 4 6 8 10 12

    Tempo (h)

    Tem

    pera

    tura

    (°C

    ) TSI - Sol.Analítica

    TSI - TRNSYS

    TSI - Umidus

    TSI - Hamstad

    TSO - Sol.Analítica

    TSO - TRNSYS

    TSO - Umidus

    TSO - Hamstad

    Figura 5.3: Resultado do envoltório isolante de 0,25 m. com face interna do envoltório

    adiabática e face externa do envoltório com perturbação constante

    Os resultados apresentados para espessura de 0,04 m. para a parede de

    concreto encontram-se na Figura 5.4, onde nota-se um melhor desempenho do

    modelo Hamstad tanto para face interna (TSI) como para face externa (TSO).

    Para o isolante (Figura 5.5) de espessura 0,04 m., podemos perceber um

    melhor desempenho do modelo Umidus que segue a proposta analítica tendo

    em seguida o modelo TRNSYS e Hamstad um desempenho muito próximo. No

    caso da espessura de 0,04 m., observa-se que a inércia térmica diminui entre

    a face interna e externa, existindo uma pequena diferença no envoltório de

    concreto e nenhuma no envoltório de isolante.

  • 39

    Concreto: L = 0.04m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 1 2 3 4 5 6

    Tempo (h)

    Te

    mp

    era

    tura

    (°C

    ) TSI - Sol.Analítica

    TSI - TRNSYS

    TSI - Umidus

    TSI - Hamstad

    TSO - Sol.Analítica

    TSO -TRNSYS

    TSO - Umidus

    TSO - Hamstad

    Figura 5.4: Resultado do envoltório de isolante de 0,04 m. com face interna do envoltório

    adiabática e face externa do envoltório com perturbação constante.

    Isolante: L = 0.04m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 1 2 3 4 5 6

    Time (h)

    Te

    mp

    era

    ture

    (°C

    ) TSI - Sol.Analítica

    TSI - TRNSYS

    TSI - Umidus

    TSI - HAMSTAD

    TSO - Sol.Analítica

    TSO - TRNSYS

    TSO - Umidus

    TSO - Hamstad

    Figura 5.5: Resultado do envoltório de isolante de 0,04 m. com face interna do envoltório

    adiabática e face externa do envoltório com perturbação constante.

  • 40

    Nas figuras 5.6 até 5.8, observa-se que a desempenho de cada modelo

    segundo os passos de tempo de 3, 15, 30 e 60 min.. O modelo Umidus

    apresenta um desempenho mais apurada e convergindo exatamente ao longo

    da diminuição do tempo para a solução analítica. Os outros dois modelos

    apresentam uma boa convergência para a solução analítica com a diminuição

    do passo do tempo.

    Concreto: L = 0.04m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 1 2 3 4 5 6

    Time (h)

    Te

    mp

    era

    ture

    (°C

    )

    TSI - PT=03min - Sol. Analítica

    TSI - PT=60 min - TRNSYS

    TSI - PT=30 min - TRNSYS

    TSI - PT=15 min - TRNSYS

    TSI - PT=03 min - TRNSYS

    Figura 5.6: Evolução dos resultados obtidos pelo TRNSYS para diversos passos de tempo com

    face interna do envoltório adiabática e face externa do envoltório com perturbação constante.

  • 41

    Concreto: L = 0.04m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 1 2 3 4 5 6

    Time (h)

    Tem

    pera

    ture

    (°C

    )

    TSI - PT=03 min - Sol. Analítica

    TSI - PT=60 min - Umidus

    TSI - PT=30 min - Umidus

    TSI - PT=15 min - Umidus

    TSI - PT=03 min - Umidus

    Figura 5.7: Evolução dos resultados obtidos pelo Umidus para diversos passos de tempo com

    face interna do envoltório adiabática e face externa do envoltório com perturbação constante.

    Concreto: L = 0.04m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 1 2 3 4 5 6

    Tempo (h)

    Te

    mp

    era

    tura

    (°C

    )

    TSI - PT=03 min - Sol. Analítica

    TSI - PT=60 min - Hamstad

    TSI - PT=30 min - Hamstad

    TSI - PT=15 min - Hamstad

    TSI - PT=03 min - Hamstad

    Figura 5.8: Evolução dos resultados obtidos pelo Hamstad para diversos passos de tempo

    com face interna do envoltório adiabática e face externa do envoltório com perturbação

    constante.

  • 42

    Caso 2

    Neste caso de condução transiente, utiliza-se na Figura 5.10, como

    condição de contorno a zona interna com temperatura constante T0 = 20ºC,

    coeficiente de convecção de 3,2 W m-2 K-1, e a zona externa com uma

    perturbação como mostrada na Figura 5.12. A temperatura inicial na zona

    externa, interna e no envoltório é de T0 = 20ºC e a perturbação no instante

    t00 é de T1= 35 ºC. O coeficiente de convecção na zona externa é de 24,7 W

    m-2 K-1

    Figura 5.9: Condições de Contorno para as zonas internas e externas do envoltório do caso 2.

    Resultados do Caso 2

    Para o envoltório de concreto de 0,25 m, verifica-se na Figura 5.10

    como no caso 1, que os três modelos seguem a solução analítica tanto para a

    face do envoltório interna (TSI) como a externa (TSO), podendo-se dizer o

    mesmo para o isolante de 0,25m.. Verifica-se também o efeito da inércia

    térmica e o efeito da convecção na zona interna, devido a diminuição da

    Temperatura (TSI) em relação ao caso 1.

    h

    hext

    Interna Externa

    0 L x

    TSI TSO

    Tex

    t T1

    T0

    0 t0

    t (h)

    h

    hint

    Tint= T0

  • 43

    Concreto: L = 0.25m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 8 16 24 32 40 48

    Tempo (h)

    Tem

    pera

    tura

    (°C

    ) TSI - Sol. AnalíticaTSI - TRNSYS

    TSI - Umidus

    TSI - Hamstad

    TSO - Sol. Analítica

    TSO - TRNSYS

    TSO - Umidus

    TSO - Hamstad

    Figura 5.10: Resultado do envoltório de concreto de 0,25 m. com zona interna com

    temperatura constante e zona externa com perturbação constante.

    Conforme Figura 5.11, verifica-se uma evolução da temperatura no isolante

    igual para os três modelos, tanto para a face interna (TSI), como para a face

    externa (TSO).

    Isolante: L = 0.25m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 2 4 6 8 10 12

    Tempo (h)

    Tem

    pera

    tura

    (°C

    ) TSI - Sol. AnalíticaTSI - TRNSYS

    TSI - Umidus

    TSI - Hamstad

    TSO - Sol. Analítica

    TSO - TRNSYS

    TSO - Umidus

    TSO - Hamstad

    Figura 5.11: Resultado do envoltório isolante de 0.25 m com zona interna com temperatura

    constante e zona externa com perturbação constante.

  • 44

    Para o concreto de 0,04 m. Figura 5.12, tem-se que o modelo Hamstad

    apresenta uma evolução melhor que os dois outros modelos, tanto para a face

    externa (TSO) como para a face interna (TSI). Para o isolante. Figura 5.16,

    todos os modelos seguem a solução analítica, tanto para a face externa (TSO)

    quanto para a face interna (TSI)

    Concreto: L = 0.04m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 1 2 3 4 5 6

    Tempo (h)

    Tem

    per

    atu

    ra (

    °C) TSI - Sol.Analítica

    TSI - TRNSYS

    TSI - UMIDUS

    TSI - Hamstad

    TSO - Sol.Analítica

    TSO - TRNSYS

    TSO - UmIdus

    TSO - Hamstad

    Figura 5.12: Resultado do envoltório de concreto de 0.04 m com zona interna com

    temperatura constante e zona externa com perturbação constante.

    Isolante: L = 0.04m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 1 2 3 4 5 6

    Tempo (h)

    Tem

    per

    atu

    ra (

    °C) TSI - Sol.Analítica

    TSI - TRNSYS

    TSI - Umidus

    TSI - Hamstad

    TSO - Sol.Analítica

    TSO - TRNSYS

    TSO - Umidus

    TSO - Hamstad

    Figura 5.13: Resultado do envoltório isolante de 0.04 m com zona interna com temperatura

    constante e zona externa com perturbação constante.

  • 45

    Nas Figuras 5.14, 5.15, e 5.16 apresentam-se a evolução de temperatura

    com cada modelo conforme a diminuição do passo de tempo de 60 min. até 3

    min., para o concreto de 0,04 m. Todos os modelos convergem para a solução

    analítica de passo de tempo 3 min. cuja temperatura de regime é em torno de

    32º C.

    Concreto: L = 0.04m

    20

    22

    24

    26

    28

    30

    32

    34

    36

    0 1 2 3 4 5 6

    Tempo (h)

    Te

    mp

    era

    tura

    (°C

    )

    TSI - TS=03 min Sol. Analítica

    TSI - TS=60 min - TRNSYS

    TSI - TS=30 min - TRNSYS

    TSI - TS=15