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Políticas Públicas e o direito à qualificação na educação profissional técnica de nível médio no Estado de Mato Grosso do Sul (MS). Elizabete Paniagua Benites¹ 1 UCDB E-mail:[email protected] Valdivina Alves Ferreira² 2 UCDB E-mail:[email protected] 3. Políticas Públicas e Direitos Humanos. Resumo Este artigo tem o objetivo de proporcionar uma reflexão sobre as políticas públicas para ensino médio integrado e sua relação com vistas a qualificação de formação técnica e/ou para continuidade dos estudos do jovem sul-mato-grossense. Essa reflexão se evidencia através dos curso técnico integrado ao ensino médio implementado no estado de Mato Grosso do Sul (MS) a partir do Decreto nº 5.154/04.Tem como foco as orientações contidas na Constituição Federal de 1988 e a LDB/96 no que tange a educação profissional técnica de nível médio é a Legislação do MS que estabelece normas dessa modalidade de ensino na educação básica do Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Os resultados parciais da pesquisa indicam que o Estado de Mato Grosso do Sul, aos poucos está implementando políticas que apontam a integração dessa modalidade de ensino no segmento público estadual. Palavras Chave: Educação Profissional Técnica; Ensino Médio Integrado; Políticas Públicas. Introdução Este artigo tem o objetivo de proporcionar uma reflexão sobre as políticas públicas para ensino médio integrado e sua relação com vistas a qualificação de formação técnica e/ou para continuidade dos estudos do jovem sul-mato-grossense. 1 Pedagoga, pós graduada em Psicopedagogia e Educação Especial Inclusiva, mestranda em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco- UCDB-. E-mail: [email protected] 2 Doutora em Educação pela PUC Goiás, Docente do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB. E-mail: [email protected]

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Políticas Públicas e o direito à qualificação na educação profissional técnica de nível

médio no Estado de Mato Grosso do Sul (MS).

Elizabete Paniagua Benites¹1 UCDB

E-mail:[email protected]

Valdivina Alves Ferreira²2 UCDB

E-mail:[email protected]

3. Políticas Públicas e Direitos Humanos.

Resumo

Este artigo tem o objetivo de proporcionar uma reflexão sobre as políticas públicas para ensino

médio integrado e sua relação com vistas a qualificação de formação técnica e/ou para

continuidade dos estudos do jovem sul-mato-grossense. Essa reflexão se evidencia através dos

curso técnico integrado ao ensino médio implementado no estado de Mato Grosso do Sul (MS)

a partir do Decreto nº 5.154/04.Tem como foco as orientações contidas na Constituição Federal

de 1988 e a LDB/96 no que tange a educação profissional técnica de nível médio é a Legislação

do MS que estabelece normas dessa modalidade de ensino na educação básica do Sistema

Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Os resultados parciais da pesquisa indicam que o

Estado de Mato Grosso do Sul, aos poucos está implementando políticas que apontam a

integração dessa modalidade de ensino no segmento público estadual.

Palavras Chave: Educação Profissional Técnica; Ensino Médio Integrado; Políticas Públicas.

Introdução

Este artigo tem o objetivo de proporcionar uma reflexão sobre as políticas públicas

para ensino médio integrado e sua relação com vistas a qualificação de formação técnica e/ou

para continuidade dos estudos do jovem sul-mato-grossense.

1 Pedagoga, pós graduada em Psicopedagogia e Educação Especial Inclusiva, mestranda em Educação pela

Universidade Católica Dom Bosco- UCDB-. E-mail: [email protected]

2 Doutora em Educação pela PUC Goiás, Docente do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade

Católica Dom Bosco - UCDB. E-mail: [email protected]

Essa reflexão se evidencia através dos cursos técnico integrado ao ensino médio

implementado no estado de MS a partir do decreto nº 5.154/04. Tem como foco as orientações

contidas na Constituição Federal de 1988, bem como a Lei de Diretrizes e Base de 1996 que

trata da educação profissional técnica de nível médio é Legislação do Estado de Mato Grosso

do Sul que estabelece as normas dessa modalidade de ensino.

A metodologia utilizada na realização da pesquisa foi a pesquisa bibliográfica e

documental com revisão de literatura dialogando com autores que debatem a temática da

educação profissional como Frigotto (2012), Ciavata (2005), Frigoto, Ciavata, Ramos (2012),

Kuenzer e Grabowski (2006), e Grabowski (2006).

Os resultados parciais da pesquisa indicam que o Estado de Mato Grosso do Sul, aos

poucos está implementando políticas que apontam a integração dessa modalidade de ensino no

segmento público estadual.

Políticas Públicas do Ensino Médio

Com a promulgação da Constituição Federal (CF) de 1988, em seu capítulo III, na

seção I que trata da educação, a mesma informa em seu Art. 205 que todo cidadão tem direito

a qualificação para o trabalho, sendo:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e

incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho

(BRASIL, 1988).

No art. 208 da CF/88 afirma que “O dever do Estado com a educação será efetivado

mediante a garantia de: “II - progressiva universalização do ensino médio gratuito”. Há uma

estratégia articulada para que essa qualificação ocorra geralmente na última etapa da educação

básica sendo portanto gratuito a todos que quiserem fazer jus desse direito a educação

profissional, garantido pela LDB nº 9.394/96.

A Constituição Federal de 1988 ainda acrescenta em seu Art. 214, no item “IV -

formação para o trabalho”, onde prescreve que essa é a nova modalidade de ensino que está

sendo oferecido para os jovens na faixa etária de 14 a 17 anos de idade, e que visa uma formação

que, além de ter acesso gratuito à educação os mesmos precisam estar qualificados, preparados

para atender ao mercado de trabalho.

A respeito da qualificação para o trabalho, Grabowski (2006, p. 6) ao analisar “os

dados de emprego e desemprego no país, evidencia-se [...] a dificuldade de participação dos

jovens neste mercado”. O autor em suas análises constatou que proporcionalmente os jovens

representam:

A categoria com maior índice de desemprego ou empregos precários, mediante

prestação de serviços temporários e sem direitos trabalhistas. Sem trabalho e renda, o

acesso à educação tem sido um grande obstáculo e, sem educação e qualificação, o

mercado torna-se inacessível, quando, não raramente, exige-se experiência para quem

está em formação e/ou iniciando uma atividade produtiva (GRABOWSKI, 2006, p.

6).

Já na Lei de Diretrizes e Bases de 1996 no Art. 2º, o texto informa sobre a qualificação

para o trabalho como sendo os principais responsáveis a família e o Estado:

A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos

ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do

educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho

(BRASIL, 1996).

O artigo 3º da LDB/96 ressalta que o ensino será ministrado com base nos seguintes

princípios: “IX - garantia de padrão de qualidade e no item XI, trata sobre a vinculação entre a

educação escolar, o trabalho e as práticas sociais,” esse item sugere e informa que é necessário

que esses jovens consigam se sobressair em uma sociedade que não é igualitária em relação as

oportunidades trabalhistas e educacionais.

Kuenzer e Grabowski (2006, p. 300) entendem essas relações como sendo o resultado

do “desenvolvimento das forças produtivas, à medida que vai avançando em razão das

mudanças na base técnica, vai trazendo novas demandas para a educação”, o que no modo de

produção capitalista responde às necessidades decorrentes da valorização do capital em nossa

sociedade.

No que se refere ao Ensino Médio, na seção IV da LDB/96 em seu Art. 35 que

prescreve que “O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três

anos, terá como finalidades”:

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino

fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar

aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições

de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores (BRASIL, 1996).

Entende-se, assim que a escola é o local que vem historicamente legitimando a

materialização dessas ideias que estão prescritas nas políticas públicas educacionais e corrobora

com a ideologia do modo de produção do capital. Observa-se que o documento legal, a LDB nº

9.394/96 ao prescrever a finalidade do ensino médio, não garante, por outro lado, a materialização

desse direito.

Frigotto (2012, p. 76) diz que o ensino médio, “concebido com a educação básica e

articulada ao mundo do trabalho, da cultura e da ciência, constituindo-se em direito social e

subjetivo e, portanto, vinculado a todas as esferas e dimensões da vida”, o teórico continua o

seu discurso ao afirmar que “trata se de uma base para o entendimento critico de como funciona

e se constitui a sociedade humana em suas relações sociais e como funciona o mundo da

natureza, da qual fazemos parte”.

O ensino médio no Brasil é marcado pela dualidade que historicamente caracteriza

essa etapa de ensino, na educação básica. Essa dualidade se refere a formação para o mundo do

trabalho e a preparação para a continuidade dos estudos. Assim, essa dualidade pode ser

entendida, ao observar a forma de desenvolvimento da educação técnica de nível médio, se

atendida a formação geral do educando que pode ser ofertada da seguinte maneira:

I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental,

sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica

de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para

cada aluno; II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o

estejam cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso (BRASIL, 1996).

Ressalta-se que após a aprovação do Decreto3 nº 5.154/04 e da lei 11.741 de 16 de

julho de 2008 que “ Altera dispositivos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que

estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para redimensionar, institucionalizar e

³ Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as

diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências.

integrar as ações da educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e

adultos e da educação profissional e tecnológica”, e incluída na LDB/96 a Seção IV-A Da

Educação Profissional Técnica de Nível Médio onde se acrescenta no artigo 36 os itens 36A,

36B,36C e 36D a qual passa a ser tratada como da Educação Profissional e Tecnológica.

Nestes artigos estão descritos como ocorre esse modalidade de ensino. No artigo 36

muda se a fala de uma educação voltada somente para o trabalho mas como uma educação

voltado de acordo com o do disposto na Seção IV deste Capítulo. Pode-se constatar na Seção

IV deste Capítulo 36-A que trata sobre o ensino médio como:

O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o

exercício de profissões técnicas. Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação

profissional poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino

médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação profissional

(BRASIL, 2008).

A possibilidade de formação geral do educando em um curso técnico de nível médio

ou continuidade de estudo ocorreu através do Parecer do Conselho Nacional de Educação e

Câmara de Educação Básica- CNE/CEB nº 39/2004. Este Parecer analisa o I relatório da

aplicação do decreto nº 5.154/2004 na Educação profissional Técnica de nível médio e no

Ensino Médio que em seu a § 1º do Artigo 4º, sugere as formas que ocorrerá essa articulação4

sendo uma delas a:

1. Integrada (inciso I do § 1º do Artigo 4º): “oferecida somente a quem já tenha

concluído o Ensino Fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno

à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino,

contando com matrícula única para cada aluno”. A instituição de ensino, porém,

deverá, “ampliar a carga horária total do curso, a fim de assegurar, simultaneamente,

o cumprimento das finalidades estabelecidas para a formação geral e as condições de

preparação para o exercício de profissões técnicas” (§ 2º do art. 4º), (BRASIL 2004,

p. 401).

O parecer sugere ainda que:

4 O termo “articulação” indica a conexão entre partes, nesse caso, a educação profissional e os níveis da educação

nacional (BRASIL 2007, p. 7).

Na hipótese do estabelecimento de ensino utilizar a forma integrada, o mesmo deverá

assegurar, simultaneamente, o cumprimento das finalidades estabelecidas para a

formação geral e as condições de preparação para o exercício de profissões técnicas

(BRASIL 2004, p. 403).

O Decreto nº 5.154/04 em seu Art. 4º cita em seu § 2 como será desenvolvida essa

articulação com o ensino médio sendo observado que para haver essa integração faz se

necessário:

Ampliar a carga horária total do curso, a fim de assegurar, simultaneamente, o

cumprimento das finalidades estabelecidas para a formação geral e as condições de

preparação para o exercício das profissões técnicas”. O conteúdo do Ensino Médio é

pré-requisito para a obtenção do diploma de técnico e pode ser ministrado

“simultaneamente” com os conteúdos do ensino técnico. Entretanto, um não pode

tomar o lugar do outro. São de natureza diversa. Uma tende a objetivos de

consolidação da Educação Básica, em termos de “formação geral do educando para o

trabalho” e outro objetiva a preparação “para o exercício de profissões técnicas”.

Neste sentido, são intercomplementares e devem ser tratados de forma integrada,

“relacionando teoria e prática no ensino de cada disciplina (BRASIL 2004, p. 405).

Ciavata (2005), comenta essa integração no caso da formação integrada ou do ensino

médio integrado ao ensino técnico, considerando que:

A educação geral se torne uma parte inseparável da educação profissional em todos

os campos onde se dá a preparação para o trabalho: seja nos processos produtivos,

seja nos processos educativos de formação inicial como ensino técnico, tecnológico

ou superior (2012, p. 82).

O teórico Grabowski (2006) ao discutir a proposta prevista e regulamentada através

do decreto nº5.154/04 e do Parecer CEB/CNE nº 39/04 -, que revogou e substituiu o Decreto n.

2.208/97 analisa que o atual decreto:

Recoloca a possibilidade da oferta de educação profissional técnica de nível médio e

o Ensino Médio de forma integrada, num mesmo curso, com currículo próprio,

articulado organicamente e estruturado enquanto uma proposta de totalidade de

proposta de formação (GRABOWSKI 2006, p. 3).

No que se refere ao ensino médio integrado ao ensino técnico, o que se observa é a

concepção de educação integrada, onde a educação geral se torne parte inseparável da educação

profissional em todos os campos onde se dá a preparação para o trabalho: seja nos processos

produtivos, seja nos processos educativos como a formação inicial, como o ensino técnico,

tecnológico ou superior. Significa que buscamos focalizar o trabalho como princípio educativo,

“no sentido de superar a dicotomia trabalho manual e trabalho intelectual, de incorporar a

dimensão intelectual ao trabalho produtivo, de formar trabalhadores capazes de atuar como

dirigentes e cidadãos” (BRASIL/Doc. Base Ed. Profissional 2007, p. 41).

De acordo com Lodi5 (2008) “A oferta do Ensino Médio integrado à Educação

Profissional deverá contribuir com a melhoria da qualidade dessa etapa final da educação

básica”, afirma ainda que aos:

Alunos será dada a oportunidade de concluir o Ensino Médio e, ao mesmo tempo,

adquirir uma formação específica para sua inclusão no mundo do trabalho. O Ensino

Médio integrado proporcionará melhores condições de cidadania, de trabalho e de

inclusão social aos jovens e adultos em busca de uma formação profissional de

qualidade e de novos horizontes para suas vidas (2008, p. 4).

O teórico Grabowski (2006), ao realizar uma análise da relação entre ensino médio e

educação profissional, assinala que:

Uma política educacional e um projeto de desenvolvimento nacional necessitam

articular-se e definir a identidade tanto da educação básica como da qualificação e

formação profissional, na perspectiva global, soberana, humana, enquanto direito

público e subjetivo, portanto, de responsabilidade política e dever do Estado, porém,

sempre em conjunto com a sociedade, principalmente com a participação da classe

que vive do trabalho (2006, p. 9).

Ainda de acordo com o Parecer CNE/CEB nº 39/2004 com essa possibilidade de

formação integral ao ensino médio “Este deve garantir os conhecimentos básicos para uma

Educação Profissional de qualidade” (p. 406). Analisa-se ainda que o curso de Educação

Profissional Técnica de nível médio realizado na forma integrada com o ensino Médio deve:

Ser considerado como um curso único desde a sua concepção plenamente integrada e

ser desenvolvido como tal, desde o primeiro dia de aula até o último. Todos os seus

componentes curriculares devem receber tratamento integrado, nos termos do projeto

pedagógico da instituição de ensino (BRASIL 2004, p. 406).

Como se observa o documento expressa que faz se necessário elaborar um catálogo

com os cursos técnicos e seus eixos tecnológicos que serão oferecidos aos jovens do ensino

médio ofertando a eles a oportunidade de uma formação integral.

Com a aprovação do Decreto Federal nº 5.154/04, o Senhor Ministro da Educação

protocolou, no Conselho Nacional de Educação, o Oficio GM/MEC nº 203/2007,

5 Nota- Diretora do Departamento de Políticas do Ensino Médio – Ministério da Educação.

encaminhando, para apreciação da Câmara de Educação Básica, a proposta de instituição de

Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio. Um dos termos para a elaboração do

catálogo foi que:

A partir dos dados constantes do Cadastro Nacional dos Cursos Técnicos – CNCT

verificou-se uma quantidade excessiva de nomenclaturas, aproximadamente 2.700

denominações distintas para os 7.940 cursos técnicos de nível médio em oferta em

2005, de acordo com o Censo Escolar MEC/INEP. Tal cenário revela uma dispersão

de títulos, além de dificuldade na orientação e informação aos usuários e à sociedade,

bem como para a formulação de políticas, planejamento avaliação dessa modalidade

de educação profissional (BRASIL, 2007).

Neste mesmo Parecer observou-se que “numa mesma área, uma multiplicação de

títulos que não se justificam como cursos técnicos e sim como especializações ou qualificações

intermediárias,” entendia se que a presença, [...] do técnico de nível médio torna-se cada vez

mais necessária e relevante no mundo do trabalho, sobretudo em função do crescente aumento

das inovações tecnológicas e dos novos modos de organização da produção. Desse modo, o

Catálogo objetivava, ainda, induzir a oferta de cursos técnicos de nível médio em áreas

insuficientemente atendidas (BRASIL, 2007).

Através do Parecer entende-se que seria:

Essencial a implementação do proposto Catálogo, organizado em função da estrutura

sócio ocupacional e tecnológica, como determina o Decreto nº 5.154/2004. Este

Catálogo proporcionará um adequado mapeamento da oferta da educação profissional

técnica de nível médio, desde a implantação das diretrizes curriculares nacionais, e

possibilitará a correção de distorções, bem como fornecerá importantes subsídios para

a formulação de políticas públicas respectivas (BRASIL, 2007).

Junto com o Parecer em anexo ao Ofício GM/MEC nº 203/2007, o Senhor Ministro da

Educação encaminhou a descrição de doze eixos tecnológicos, destinados a substituir os

quadros das áreas profissionais e respectivas caracterizações integrantes do Anexo da

Resolução CNE/CEB nº 4/99” (BRASIL, 2008). Esta Resolução Institui as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.

Após o processo de elaboração e apreciação, o parecer foi aprovado por unanimidade

pela Câmara de Educação Básica em 12 de junho de 2008. Assim o referido catálogo foi

colocado em:

Regime de Consulta Pública Nacional, no Portal do MEC, por um período de noventa

dias, prorrogado depois por mais trinta dias, até o dia 12 de março do corrente ano,

recebendo um total de 504 sugestões e contribuições de 168 proponentes, entre

instituições educacionais e educadores da área de Educação Profissional, sendo 239

propostas de inclusão e 265 propostas de alteração. Todas essas proposições foram

atentamente analisadas pela equipe técnica da SETEC – Secretaria de Educação

Profissional e Tecnológica do MEC, a qual contou com a inestimável colaboração de

mais de uma centena de profissionais que atuam na área da Educação Profissional

Técnica de Nível Médio (BRASIL, 2007, p.242).

Neste mesmo ano de acordo com o Conselho Nacional de Educação e da Câmara de

Educação Básica através da Resolução nº 3, de 9 de julho de 2008 que Dispõe sobre a instituição

e implantação do Catálogo Nacional de Cursos técnicos de Nível Médio em seu Art. 11 resolve

que:

Uma vez editado o primeiro Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio,

cabe ao CNE, por proposta do MEC, proceder às alterações que se fizerem

necessárias, no âmbito de quaisquer dos eixos tecnológicos definidos e respectivos

cursos, de modo a atender às exigências da evolução do conhecimento científico e

tecnológico., bem como contemplar a diversidade da oferta dos cursos técnicos de

nível médio (BRASIL, 2008).

O primeiro Catálogo Nacional de Curso Técnico de Nível Médio “agrupa os cursos

conforme suas características científicas e tecnológicas em 12 eixos tecnológicos que somam

ao todo 185 possibilidades de oferta de cursos técnicos” (2008, p. 8). Diante da aprovação do

primeiro catalogo faz-se necessário analisar como ocorreu a implementação dessa política no

estado de Mato Grosso do Sul e verificando como a qualificação de formação técnica e/ou para

continuidade dos estudos do jovem sul-mato-grossense é ofertada.

O direito à qualificação na educação profissional técnica de nível médio no Estado de

Mato Grosso do Sul (MS).

No Estado de Mato Grosso do Sul (MS) a educação profissional técnica de nível médio

foi implantada seguindo as orientações do Decreto Federal nº 5.154/04 e do Parecer CNE/CEB

nº 11/2008 que de acordo com orientações da Câmara de Educação Básica do Conselho

Nacional de Educação recomenda ao Ministério de Educação a criação de uma:

Comissão Executiva Nacional para acompanhar e avaliar a implantação do Catálogo

Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio, a qual poderia contar com três

representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica; um da Câmara

de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação; cinco do Fórum Nacional de

Conselhos Estaduais de Educação, sendo um representante de cada região

administrativa (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul); um do CONSED –

Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação, e cinco profissionais

escolhidos pelo MEC, segundo critério de notório saber e comprovada experiência na

área da Educação Profissional (BRASIL, 2008, p.245).

O Conselho Estadual de Educação do Estado de MS seguindo as orientações de

legislações maiores constitui, através do primeiro relatório com a Indicação sob o nº 055/2008,

do dia 01/08/2008, “a Comissão de Estudos com vistas à proposição de normas para a

implantação do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio - CNCT no Sistema

Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul” (CEE/MS 2008).

O catálogo tem o objetivo de oferecer aos jovens sul-mato-grossense um:

Guia de escolha profissional para auxiliá-los na visualização de um itinerário

formativo, e propiciar ao setor produtivo maior clareza entre a oferta educativa e sua

relação com os postos de trabalho. O Catálogo visa, ainda, disponibilizar para a

sociedade brasileira um instrumento que relaciona, para cada curso técnico,

importantes informações, tais como: atividades principais desempenhadas pelo

técnico (o que faz), destaques em sua formação (o que estuda), possibilidades de locais

de atuação (onde trabalha), infraestrutura recomendada e carga horária mínima,

subsídios fundamentais para o exercício da cidadania no acompanhamento dos cursos

(CEE/MS, 2008).

O Parecer CNE/CEB nº 11/2008 do Ministério da Educação e do Conselho Nacional

de Educação informa ainda que o Catálogo é um instrumento que:

Define referências mínimas no sentido de balizar a concepção dos cursos e as opções

dos estudantes, cabendo à instituição ofertante ir além, atentando para a características

que os perfis profissionais precisam ter segundo o documento das Diretrizes

Curriculares Nacionais para os cursos técnicos de nível médio, sem fugir daquelas

básicas que conferem identidade ao curso (BRASIL, 2008).

De acordo com o I relatório do Estado de MS sob a indicação nº 055/2008, o

documento faz citação que o catálogo de cursos técnicos para os Conselhos Estaduais de

Educação será:

O Catálogo será uma referência para análise dos projetos de cursos, no que diz respeito

à garantia de parâmetros de qualidade, da infraestrutura recomendada, da definição do

perfil profissional proposto e da viabilidade de atuação no setor produtivo (CEE/MS,

2008).

A Indicação do CEE/MS nº 055/2008, aprovada na Sessão Plenária Extraordinária de

1ºde agosto de 2008, que aprova a Deliberação CEE/MS nº 8.830, de 1º de agosto de 2008

dispõe sobre a implantação do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio – CNCT

no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Em seu Art. 1 delibera que:

O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio - CNCT, que organiza os

cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio por eixos tecnológicos e

apresenta as denominações dos cursos com todas as suas exigências, será implantado

no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, em conformidade com o

disposto nesta Deliberação (CEE/MS, 2008).

Já a Deliberação do CEE/MS nº 9.195, de 30 de novembro de 2009 que “Fixa normas

para a oferta da educação profissional técnica de nível médio no Sistema Estadual de Ensino de

Mato Grosso do Sul” delibera em seu Art. 1 que a educação profissional e tecnológica, no

“cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e

modalidades de educação e as dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, abrangendo

cursos e programas” e, de acordo com o item II, recomenda que a [...] “Educação profissional

técnica de nível médio, destinada a proporcionar habilitação profissional a estudantes egressos

do ensino fundamental e a estudantes matriculados ou egressos do ensino médio, será oferecida

de acordo com o disposto nesta Deliberação” (CEE/MS, 2009).

No Capítulo II que trata da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, em seu

Art. 2º, ressalta que a educação profissional técnica de nível médio compreende as habilitações

profissionais técnicas de nível médio, as correspondentes qualificações profissionais e os cursos

complementares de especialização técnica.

Ainda de acordo com Art. 4º da referida Deliberação: “A oferta da educação

profissional técnica de nível médio deverá atender as Diretrizes Curriculares Nacionais, o

Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e demais normas pertinentes e observar”:

II – as demandas dos cidadãos, do mercado e da sociedade, em sintonia com as

exigências do desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional; IV – o

perfil profissional do egresso do curso, em função das demandas identificadas em

coerência com as políticas de promoção do desenvolvimento sustentável da região

(CEE/MS, 2009).

Neste sentido, Frigotto, Ciavatta e Ramos (2012) analisam que a “necessidade de as

políticas públicas de formação profissional superarem o viés de assistencialista/compensatório

e promover a inclusão social”. É prosseguem em seus discursos ao afirmar que, [...] “assim,

elas devem estar necessariamente articuladas às políticas de desenvolvimento econômico

locais, regionais e nacional, ao sistema público de emprego, trabalho e renda, sem o que não é

possível oferecer perspectivas de melhorias da qualidade de vida e possibilidades de a

população prover seus próprios meios de existências” (2012, p. 39.).

Para tentar superar esse viés, um dos cursos oferecidos na rede estadual de ensino no

estado de MS é o Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio– Eixo

Tecnológico: Informação e Comunicação – Educação Profissional Técnica de nível médio, tem

uma estrutura curricular a ser desenvolvida em 03 (três) anos, com carga horária de 3500 (três

mil e quinhentas) horas teórico-práticas. De acordo com o projeto do curso a articulação entre

a Educação Profissional e o Ensino Médio dar-se-á de forma integrada (SED/MS, 2008).

Os teóricos (as) Frigotto, Ciavatta e Ramos (2012), analisam que essa característica do

ensino médio de ser “atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício

de profissões técnicas”, essa articulação estará:

Associada à realidade econômica e social brasileira, especialmente em relação aos

jovens das classes trabalhadores, remete a um compromisso ético da política

educacional em possibilitar a preparação desses jovens para o exercício de profissões

técnicas que, mesmo não garantindo o ingresso no mercado de trabalho, aproxima-o

do “mundo do trabalho” com maior autonomia (2012, p. 37).

Partindo dessas premissas, a organização curricular definida no projeto desse curso

foi organizada e está sendo desenvolvida de forma a alcançar os objetivos propostos para uma

educação profissional técnica atual, de modo a responder às mudanças econômicas,

tecnológicas e sociais atuais proporcionado a qualidade tanto na qualificação na educação

profissional técnica quanto a continuidade dos estudos no ensino superior do jovem sul-mato-

grossense.

Considerações Finais

Os resultados iniciais obtidos a partir dessa pesquisa indicam que o Estado de Mato

Grosso do Sul, aos poucos está implementando políticas que apontam o processo de integração

dessa modalidade de ensino onde o jovem tem a oportunidade a uma formação integral no

segmento público estadual.

O Catalogo Nacional de Cursos Técnico de Nível Médio e o mesmo que foi implantado

no Sistema Estadual de Ensino no Estado de MS continua vigente no estado, através dele são

oferecidos aos estudantes várias opções de curso. As várias opções que os estudantes tem

apresentam possibilita aos mesmos a escolha de formas e maneiras de se qualificar, além de

buscar a formação integral. A formação dos jovens por meio dos cursos de ensino médio, na

forma integrada (ensino médio e educação profissional técnica) na Rede Estadual de Ensino de

MS viabiliza condições para o exercício nas atividades de trabalho e até mesmo a continuidade

de seus estudos através do ensino médio integrado.

Portando a educação profissional técnica no Estado de Mato Grosso do Sul, vem

assegurando a todo os jovens sul-mato-grossense que tenham terminado o ensino fundamental

e queiram cursar o ensino médio integrado a oportunidade de se matricular em um desses cursos

proporcionando-lhes, o direito ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida

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