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  • 7/21/2019 Poltica Pblica Em Sade Mental Da Incluso Familiar Do Portador de Transtorno Mental Ao Provimento de Cuidados

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    POLTICA PBLICA EM SADE MENTAL: DA INCLUSO FAMILIAR DOPORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL AO PROVIMENTO DE CUIDADOS.

    Simone Ferreira da Silva1Janeide Anto Diniz

    Benedita Solange Pereira dos Santos

    RESUMO

    O artigo destina-se em avaliarmos a poltica publica em sade mental a partir da incluso dosportadores de sofrimento mental no mbito familiar, diante das necessidades de provimentos

    de cuidados. A pesquisa baseia-se na reviso bibliogrfica fundamentada em dados cientficosno mbito dos alicerces da Assistncia Psiquitrica Brasileira, cujo objetivo tem comocritrio: identificar os principais conflitos nas relaes familiares que interferem sobre asnecessidades do provimento de cuidados oferecidos ao portador de transtorno mental,descrever quais so os mecanismos assistenciais realizados pelos familiares a cerda doprocesso do cuidar, avaliar os recursos teraputicos predisponentes pelos familiares diante doprocesso de reabilitao do usurio. Considerando as novas prticas institucionais que buscamdesmistificar a relao de distanciamento existente entre a famlia e o usurio.

    Palavras - chave: Poltica Pblica, Sade Menta, Excluso, Famlia.

    ABSTRACT

    The appropriation in assessing the mental health publishes policy from the inclusion of peoplewith mental suffering under familiar face needs has been providing care. The search is basedon bibliographical based on scientific data within the framework of Public mental healthPolicy in Brazil, whose purpose is criterion: identify key conflicts in family relationships thatinterfere on the needs of providing care offered bearer of mental disorder, describe what arethe mechanisms of social assistance made by family caregiving process cerda, assess the

    therapeutic resources by family predisposing before the rehabilitation process. Consideringthe new institutional practices that seek to demystify the relationship existing between thefamily estrangement and the user.

    Keywords Public Policy, Menta Health, Exclusion, Family.

    1Assistente Social pela Universidade Estadual da Paraba - UEPB. Especialista em Sade da Famlia pela FaculdadesIntegradas de Patos - FIP/PB e Especialista em Sade Mental - FIP/PB. E-mail: [email protected]. Psicloga Clnica pela Faculdade de Filosofia do Recife - FAFIRE e Ps-Graduada em Sade Mental pela FaculdadesIntegradas de Patos - FIP/PB. E-mail: [email protected].

    Assistente Social pela Universidade Estadual da Paraba - UEPB. Especialista em Auditoria pela Faculdades Integradas dePatos- FIP/[email protected].

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    SUMRIO

    1.0 INTRODUO...................................................................................................062.0 DESENVOLVIMENTO......................................................................................08

    2.1 A Segregao Institucionalizada.....................................................................09

    2.2 Famlia e Incluso Social.................................................................................11

    2.3 O Doente Mental e o Processo de Cuidar........................................................13

    3.0 CONSIDERAES FINAIS.................................................................................18

    REFERNCIAS...........................................................................................................19

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    1.0INTRODUO

    O presente artigo de pesquisa objetiva realizar uma reflexo sobre os aspectos

    condicionantes da Poltica Pblica em Sade Mental: Da Incluso Familiar do Portador de

    Transtorno Mental ao Provimento de Cuidados tendo como eixo norteador o alicerce scio-

    histrico da Reforma Psiquitrica pela Luta Antimanicomial, que permeia o processo de

    desistitucionalizao do portador de sofrimento mental.

    O Tema da pesquisa em particular, sugere uma anlise histrica e conceitual no mbito

    da sade mental, diante das necessidades de compreendermos os principais agravos do

    processo do adoecimento psquico do portador de sofrimento mental, e o que o adoecimento

    tende a interferir sobre a dinmica familiar, dando nfase aos aspectos que dificultam as

    prticas teraputicas midiatizados na demanda de provimentos de cuidados.

    Considerando a importncia da famlia sendo partcipe do tratamento e do processo de

    reabilitao nos servios de ateno primria sade, ao passo de entendermos, que discutir a

    sade mental no se refere unicamente em questionarmos os modelos atuais de cuidado, mais

    de compreend-la a partir de seu contexto scio-histrico, poltico, social e cultural, em

    decorrncia da desconstruo da concepo preliminar da loucura, para a concepo do

    adoecimento psquico.

    Por conseguinte percebe-se uma busca por novos caminhos para a reabilitao

    psicossocial, muito embora objetivando desconstruir um modelo de assistncia cronificante

    implicando sobre um novo modelo de ateno psicossocial a partir da assistncia na famlia.

    Assevera Bisneto: A loucura passa a ter como referncia a base social e cultural, e

    no apenas a base biolgica. (BISNETO, 2009, p.174). Se eventualmente aceitamos

    diferentes culturas, grupos e padres de comportamentos distintos, o que tende interferir em

    aceitarmos ou admitirmos essas diferenas representadas em determinado grupo social em

    nossa sociedade?.

    (...) preciso enxergar na diversidade no apenas os pontos defragilidade, mas tambm a riqueza das respostas possveis encontradaspelos grupos familiares, dentro de sua cultura, para as suas necessidades eprojetos (AFONSO E FIGUEIRAS, 1995).

    O traado metodolgico embasou-se na reviso bibliogrfica documental sobre dados

    e estudos cientficos no mbito da Poltica Pblica em Sade Mental Brasileira, estes

    catalogados: em livros, legislaes e publicao de artigos disponveis em sites da internet.Concomitantemente o referente estudo tem como contribuio, realizar um diagnstico a

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    cerca dos principais mecanismos de cuidados familiares realizados com pessoas portadoras de

    sofrimento psquico no mbito domstico, atravs de prticas teraputicas em sade mental

    considerando a adoo de estratgias que venham abranger os familiares como

    co-responsveis no processo teraputico.

    Dentre os objetivos buscaremos: Identificar os principais conflitos nas relaes

    familiares que interferem sobre as necessidades do provimento de cuidados oferecidos ao

    portador de transtorno mental, descrever quais so os mecanismos assistenciais realizados

    pelos familiares a cerda do processo do cuidar, avaliar os recursos teraputicos predisponentes

    pelos familiares diante do processo de reabilitao do usurio.

    O Referente artigo encontra-se embasado sobre os discursos e conceitos tericos do

    autor: Paulo Amarantes, ao considerarmos sua anlise histrica significativa, em ter exercido

    uma forte e decisiva influncia sobre a perspectiva da Trajetria da Reforma Psiquitrica no

    Brasil nos anos 70, em presena aos anseios e iniciativas pela reforma da assistncia

    psiquitrica nacional. Marco este, que culminava com a Luta Antimanicomial em decorrncia

    do modelo assistencial cronificante, privatizante e hospitalocentrico da poca, o que

    preponderantemente influenciaram e motivaram a trajetria das polticas pblicas em sade

    mental no pas.

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    2.0 DESENVOLVIMENTO

    Em meados da dcada de 1960, o saber psiquitrico foi convulsionado pelo

    surgimento da Corrente Antipsiquitrica, questionando a psiquiatria convencional enquantoconhecimento cientfico, propondo serem frgeis as prprias bases que fundamentam a

    existncia da doena mental. Segundo Phillipe Pinel (1793) a loucura deixa de ser, uma

    questo meramente moral para tornar-se um ramo da cincia, especificamente da psiquiatria,

    cuja mesma foi dada com algumas alternativas de compreender o adoecimento psquico.

    Uma das propostas mais avanadas, do ponto de vista democrtico, a experincia

    Italiana de Reforma Psiquitrica, que surgiu em 1961, a partir da experincia de Franco

    Basaglia objetivando romper com o paradigma clnico e psiquitrico enquanto um Aparelho

    Ideolgico do Estado na concepo Althusseriana do termo, que desloca o objeto da

    psiquiatria e da doena mental a existncia do sofrimento do sujeito, compreendendo-o em

    sua totalidade complexa e assim questionando o saber psiquitrico, sustentando, que ao ser

    classificado como doente mental, o indivduo perderia suas referncias sociais e culturais.

    Segundo os tericos da poca, a loucura no doena, mas um reflexo do

    desequilbrio social e familiar do meio onde o individuo se encontra inserido.

    (MACEDO, 2006), devendo o empenho em sua cura se localizar nestas causas, excluindo as

    disfunes orgnicas to propagadas anteriormente.

    A internao de pessoas portadoras de transtorno mentais no Brasil, remonta metade

    do Sculo XIX. Desde ento, a ateno aos portadores de transtornos mentais, tornaram-se

    quase sinnimo de internao em hospitais psiquitricos especializados. As ofertas dos

    atendimentos hospitalares concentravam-se nos centros de maior desenvolvimento econmico

    do pas, deixando vastas regies carentes de qualquer recurso de assistncia em sade mental.

    A realidade brasileira vivenciou o processo da reforma psiquitrica a partir da dcada

    de 1970, com crescentes manifestaes de vrios setores da sociedade no sentido de reduzir o

    cerceamento da liberdade individual, na forma de manicmios, buscando-se um enfoque no

    modelo assistencial, atravs da promoo da sade mental, ao invs de direcionar a ao

    apenas ao desequilbrio psquico j instalado.

    A influncia dos movimentos de crtica psiquiatria foi notada no contexto brasileiro,

    principalmente a partir da dcada de 1980, diante da forte influncia do perodo da Ditadura

    Militar e a aguda crise econmica que caracterizaram o perodo. As fortes inquietaes das

    correntes democrticas e das reivindicaes dos movimentos sociais criticando a situaovigente em que se encontravam a assistncia psiquitrica brasileira nessa poca, marcavam a

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    falncia de um modelo privatizante que havia se instalado no setor de sade do Pas.

    Os hospitais psiquitricos centralizavam a assistncia e sendo praticamente nicos na oferta

    de servios psiquitricos no contexto nacional, sobre as condies internas de maus-tratos aos

    internados desnudados denunciadas no processo social brasileiro de abertura democrtica.

    No final dos anos 80, surgia o Movimento dos Trabalhadores em Sade Mental,

    lanando o lema Por uma sociedade sem manicmiose estimulando a produo legislativa

    de vrios estados no sentido de proceder desistitucionalizao. Tomando por modelo a Lei

    Basglia Italiana, e promulgada no Brasil, em 06 de abril de 2001, a Lei 10.612, a qual

    Dispe sobre a proteo e os direitos das pessoas portadoras de transtorno mentais que

    redireciona o modelo assistencial em sade mental.

    Catorze anos depois do projeto original da reforma manicomial ter sido proposto pelo

    Deputado Federal Paulo Delgado do (PT - MG). O projeto de Paulo Delgado prope uma

    mudana radical no sistema: seriam proibidas a partir de sua aprovao, novas internaes em

    hospitais psiquitricos e toda rede de hospitais do tipo seria extinta em cinco anos

    20% ao ano. Procedendo a tratamentos alternativos e a interferncia de uma autoridade

    judiciria que decidisse ou no pela internao dos usurios caso fosse solicitado pelo

    paciente. (Revista Conscincia),

    2.1

    A SEGREGAO INSTITUCIONALIZADA

    No Brasil, a poltica de assistncia sade mental foi marcada tradicionalmente pelo

    paradigma hegemnico centralizado no saber mdico, em aes individuais, curativas e

    medicamentosas, no favorecendo o desenvolvimento de aes direcionadas para grupos

    especficos, como a comunidade e a prpria famlia. A Ateno em Sade Mental transferida

    para o modelo hospitalocntrico vinha sendo questionado por uma nova forma de cuidado ao

    indivduo portador de sofrimento psquico, substituindo o modelo excludente e inadequado decuidado que promovia o abandono e a marginalizao, por uma rede de ateno sade

    mental que correspondesse em favorecer a integrao e a incluso social dos portadores de

    sofrimento psquicos.

    Com o surgimento dos movimentos polticos situados a partir da dcada de 1980, estes

    centrados no Movimento Sanitrio, as propostas, advindas desse perodo resultaram na

    promulgao da Constituio Federal de 1988, sendo aprovada a Lei da criao do Sistema

    nico de Sade - (SUS), reafirmando as mudanas no mbito da descentralizao,

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    hierarquizao dos servios e universalizao do direito sade, fundamentadas em

    princpios como: universalidade, eqidade, integralidade, regionalizao e controle social.

    A excluso do doente mental um processo scio-histrico, que se configura pela

    repercusso em todas as esferas da vida do sujeito, onde o processo foi efetivado atravs da

    hospitalizao em asilos e pelo surgimento da psiquiatria, ao considerar os doentes mentais

    incapazes do convvio social, tomando-os sob tutela.

    No caso da loucura, Szazz (1978)

    Analisa que o processo de excluso foi efetivado pela hospitalizao emasilos; pelo surgimento da psiquiatria e dos psiquiatras, os quais passarama ser os tutores dos considerados insanos e incapazes de convvio social. importante ressaltar que isso ocorreu num clima de necessidade deproduo exigido pelo sistema capitalista, que enfatiza a normalidade e aprodutividade. (SZAZZ, 1978 Apud MACIEL 2008, p.116).

    acomtento reconhecermos que a excluso estivera sempre presente na vida das

    pessoas acometidas de sofrimento psquico, onde durante sculos o saber psiquitrico isolou o

    doente mental da famlia e da sociedade, colocando-o em instituio especializada, com o

    discurso, que o isolamento era necessrio para sua proteo, e da prpria sociedade.

    Eminentemente a excluso social prpria do ser humano onde sempre estivera presente em

    toda a histria da humanidade.

    As pessoas acometidas de sofrimento psquico acabaram sendo abandonadas,discriminadas e segregadas em hospcios e hospitais psiquitricos encontradas em condies

    subumanas, consideradas como indivduos anormais, de alta periculosidade ou mesmo uma

    sria ameaa para a sociedade, estas considerados como seres insanos, incapazes de convvio

    social.

    (...) nossa sociedade no quer reconhecer-se no doente que ela persegueou que encerra; no instante mesmo em que ela diagnostica a doena,exclui o doente. (FOUCAULT, 1984, p.74).

    A concepo da doena mental tornara-se eminentemente restrita aos aspectos

    exteriores da loucura, especialmente quando estes se configuravam como obstculos para a

    vida em famlia e em comunidade. Concebidos como seres, inteis, perigosos ou insanos,

    acabaram sendo rotulados sofrendo toda forma de crueldade, maus - tratos e negligncias,

    sobre prticas autoritrias e de poder, atravs de atos de violncia fsica e psicolgica, sendo

    estigmatizados, marginalizados e cronificados socialmente.

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    O conceito de poder supe processo de imposio da vontade de algummesmo contra a resistncia do outro. O poder no possudo por algum,mas antes uma relao fluida (FOUCAULT, 1979 apud CARVALHO(org), 2003 p. 80)

    A excluso do louco assim chamado de doente mental se perpetuou no tempo, de talmodo que ainda hoje, o tratamento se faz pelos sintomas a base de medicamentos e pela

    manuteno do doente em instituies psiquitricas; retirando-o da famlia, do mercado de

    trabalho, dos vnculos sociais, excluindo-o totalmente da vida em sociedade. Se na histria a

    loucura se constituiu enquanto doena mental, na histria mesmo ela pode ganhar outro

    estatuto (AMARANTES, 1995, p.76 apud BISNETO, 2009).

    Concomitantemente, Michel Foucault em sua obra Histria da Loucura, traa um

    perfil da loucura em sua especificidade, ou seja, no como algo imutvel, estanque.

    A essncia da loucura est ligada, segundo ele, aos contextos histricos, culturais e

    econmicos. Para os desprovidos de razo houve sempre a excluso do convvio social, isso

    desde a Idade Clssica e podemos dizer at os nossos dias. (CIENCIA E VIDA, 2010, p.13).

    2.2 FAMLIA E INCLUSO SOCIAL

    Diante do conceito de incluso, a famlia uma instituio social que vem se

    modificando historicamente, no entanto, nica em seu predominante desenvolvimento da

    sociabilidade, da afetividade e do bem - estar fsico dos seus seres, sobretudo durante a

    infncia e adolescncia. A famlia no um simples fenmeno natural. Ela uma instituio

    social variando atravs da histria. (PRADO, 1981).

    Muito embora a famlia seja capaz de produzir cuidados relacionais de pertencimento,

    capazes de promover melhor qualidade de vida aos seus membros e efetiva incluso social na

    comunidade e sociedade em que vivem, no entanto, estas expectativas so possibilidades e

    no garantias.

    a famlia, da forma como vem se modificando e estruturando nosltimos tempos, impossibilita identific-la como um modelo nicoou ideal. Pelo contrrio, ela se manifesta como um conjunto detrajetrias individuais que se expressam em arranjos diversificadose em espaos e organizaes domiciliares peculiares (SILVIO,2002, p. 14).

    Desvincularem o indivduo do meio em que vive, o mesmo que separar a doena do

    contexto familiar e por ser um elemento to imprescindvel, a famlia deve ser compreendida

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    como uma aliada do tratamento, atuando na promoo de prticas de cuidado, investindo na

    recuperao e ou reabilitao do usurio, tanto para a preveno primria, quanto para o

    diagnstico e tratamentos eficazes. os familiares e usurios devem desenvolver um papel

    mais incisivo que a simples representao formal, voltada para a defesa das necessidades de

    uma categoria. (VENTURINI, 1995 p.15 apud AMARANTES, 1995).

    A assistncia ao usurio no mbito familiar busca reabrir sua comunicao com a

    famlia e com o ambiente social, trazendo-lhe um sentido mais significativo de existncia,

    tornando-se imprescindvel a participao familiar sobre o processo de readaptao do usurio

    fora da instituio hospitalar. Por sua vez, tornando-se imprescindvel que a famlia seja

    apoiada e orientada; tendo esclarecimento das condies de convvio adequado com pessoas

    que sofrem psiquicamente, intensificando sua importncia para o processo de

    desistitucionalizao.

    O tratamento de cuidados e de reabilitao do usurio, no depende unicamente sobre

    os aspectos que interferem sobre a dinmica familiar, mais da adeso da famlia sobre o

    tratamento, diante das necessidades de provimentos de cuidados predisponentes ao portador

    de transtorno mental. Dando nfase aprendizagem de habilidades e mudanas contextuais no

    modo de funcionamento da dinmica familiar. Assevera Amarantes (1996. p.46.) (...) nada

    pode ser modificado se vidas no forem modificadas.

    Respectivamente a famlia um suporte bsico para a vida de qualquer pessoa, mas

    para os doentes com transtornos mentais, elas possuem especial importncia, diante da

    ocorrncia dos doentes necessitarem de cuidados e de acompanhamento dos membros do

    grupo familiar, reconhecendo a funo que a doena assume na famlia, elucidando o seu

    papel na reabilitao e incluso do portador de sofrimento psquico, a partir do processo

    (sade doena). a famlia o lugar onde se forma a estrutura psquica e onde a experincia

    se caracteriza, em primeiro lugar, por padres emocionais. (POSTER, 1979, apud REIS,

    p.104).Em detrimento do modelo de famlia, percebe-se que na maioria dos ncleos

    familiares, as dificuldades encontradas referem-se ao relacionamento conflituoso com o

    doente, muito embora por apresentarem pouca compreenso e entendimento a cerca da doena

    mental e do seu diagnstico, ou mesmo em decorrncia das psicopatologias propriamente

    apresentadas o que vem interferir diretamente sobre as mudanas e alteraes estruturais da

    organizao familiar sobre o processo de adoecimento.

    O processo de incluso social busca sugerir a intensificao integral da ateno aoportador com transtorno mental sua convivncia familiar. Aja visto a grande diversidade de

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    formas de famlias e de ncleos domsticos que tornou-se uma caracterstica cotidiana de

    nossos tempos. (ANTHONY, 2005, p.01).

    O acometimento da doena mental tende a desencadear na famlia uma realidade

    permeada por sofrimento, dor e sentimento de culpabilizao, embora associada a situaes

    atpicas, causando: desgaste, tenses emocionais e conflitos conseqentes por um ente

    familiar mentalmente perturbado. Extremamente vivenciados por situaes de excluso e

    discriminao pela sociedade, por serem familiares de pessoas acometidas de sofrimento

    mental, ou quando no obstante, compactuando com o processo de excluso.

    2.3O DOENTE MENTAL E O PROCESSO DO CUIDAR

    Torna-se pertinente reconhecermos que ainda existam famlias que contribuemdiante

    da manuteno do processo de adoecimento psquico do usurio, estas compartilhadas por

    circunstncias comportamentais imprevisveis. A convivncia com o doente mental tende a

    desencadear ansiedade, frustrao, desgaste fsico e sensaes de perda de controle,

    manifestada sobre tenses emocionais, diante da imprevisibilidade do doente mental que

    debilita as expectativas sociais, originando incerteza e insegurana em seus entes familiares.

    Contudo evidenciam tambm a necessidade de estratgias de envolvimento da famlia para

    que o tratamento ou o processo teraputico obtenha xito. (MELMAN, 1998 apud SILVA,

    p. 207).

    Embora os discursos atuais corroborem para enaltecer as famlias como necessria

    para o tratamento do doente mental, tambm tendem a responsabiliz-las quando existe a

    quebra da reinsero do usurio no mbito familiar mediante a falta de compromisso e de

    responsabilidade dos familiares no mbito domstico sobre o processo do cuidar.

    As atitudes e comportamentos resilintes, que interferem sobre as expectativas

    familiares provocados pelo transtorno mental, intervm pela necessidade e demandas deprovimentos de cuidados com pessoas em condies crnicas, manifestando a exigncia para

    um novo processo adaptativo da famlia com o portador de transtorno mental. HAWLEY E

    DEHANN (1996, p.293), propem a seguinte definio:

    (...) Famlias resilintes respondem positivamente a estas condies deuma maneira singular, dependendo do contexto, do nvel dedesenvolvimento, da interao resultante da combinao entre fatores derisco, de proteo e de esquemas compartilhados

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    Diante dos mecanismos assistenciais realizados pelos familiares a cerda do processo

    do cuidar, os recursos predisponentes no mbito das abordagens teraputicas, tem

    demonstrado que mesmo diante das dificuldades encontradas no mbito familiar, onde so

    estabelecidas posturas de transferncia de responsabilidades, a famlia vem tentando recorrer

    para estratgias de atuao, capazes de estabelecer padres mnimos de qualidade assistencial.

    A insero da famlia um elemento indispensvel para a reforma psiquitrica, quando se

    pensa o redirecionamento da assistncia em sade mental. A reabilitao psicossocial no se

    limita unicamente ao uso de frmacos e eventuais internaes, mais sim preponderantemente

    a avaliao de aes e procedimentos que visem no somente reintegrao familiar e social,

    mas a melhoria na qualidade de vida do doente e do familiar. Assevera AMARANTES

    (2006. p, 30).

    A desistitucionalizao um processo prtico de desconstruo e,simultaneamente, um processo de inveno de novas realidades. E se hojepodemos assumir que a realidade construda, podemos admitir ainda quepode ser desmontada para ser(permanentemente)reconstruda sobre novasbases.

    O provimento de cuidados e as relaes sociais interpessoais familiares na maioria das

    vezes tornam-se consignadas a partir da construo social da questo de gnero, no sendo

    apenas exclusividade da mulher, muito embora seja remetida a mesma, a funo e o papel do

    cuidar em decorrncia da posio que a mulher ocupa em relao ao portador de sofrimento

    mental. O cuidado majoritariamente um encargo da famlia como um todo, embora

    causando uma sobrecarga no provimento de cuidados sobre um nico ente familiar, que tende

    a ser o nico cuidador no grupo, lidando diretamente com os conflitos de papis.

    Uma famlia no s um tecido fundamental de relaes, mas tambm um conjunto de

    papis socialmente definidos. (PRADO, 1981, p.23).

    A inverso do modelo assistencial no mbito familiar exige novas posturas que

    perpassam por modelos de cuidado, implicando na participao dos diversos atoresenvolvidos, no apenas como alvos de intervenes, mas como sujeitos ativos na produo de

    sade. Onde a nfase do modelo atual de cuidado em sade mental visto a partir do

    tratamento do portador de sofrimento psquico no seio da famlia, passando a mesma a ser

    inserida no processo teraputico contribuindo com a reabilitao psicossocial do usurio,

    dimenso de uma nova poltica de cuidado.

    Segundo Wanderley (1998, p.12), o resgate e a valorizao do papel da famlia,

    podem servir, para ampliao da discusso cerca de aes que possam desencadear novasformas de suporte pblico ao cuidado domiciliar.

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    acomtento considerarmos que cuidado no se restringe unicamente ao usurio

    enfermo, mais a famlia de maneira em geral, favorecendo sua insero dentro do servio, aja

    visto o somatrio de responsabilidades que lhe so depositadas na promoo e manuteno de

    cuidados. Nessa perspectiva, faz-se necessrio que os familiares saiam da condio de objetos

    de interveno e de construes tericas, para assumirem uma condio de atores, construindo

    e experimentando novos sentidos no lidar com a loucura.

    Entretanto poder ajud-los a sair da rigidez que o congelamento da identidade de

    famlia produz, para que possam explorar formas inusitadas de estar no mundo. (MELMAN,

    2001, p.145).

    A reforma psiquitrica vem propor a desistitucionalizao que vai muito alm da

    desospitalizao, ou seja: a no institucionalizao do sujeito, a no classificao de louco,

    que precisa de alguma forma estar vinculado a instituies asilares.

    O processo de desistitucionalizao no apenas tcnico, administrativo, jurdico,

    legislativo ou poltico; acima de tudo, um processo tico, de reconhecimento de uma prtica

    que introduz novos sujeitos de direito e novos direitos para os sujeitos. Nesse sentido, o

    processo de desistitucionalizao, vem mostrar a falncia das instituies totais: (manicmios,

    prises, asilos, orfanatos) buscando intensificar propostas alternativas que assegurem direitos

    a grupos especficos da populao e valorizem os servios abertos e comunitrios. Dando

    meno a famlia como parceira, como mediadora entre seus membros e a sociedade. Na

    realidade, a famlia o primeiro refgio em que o indivduo se protege durante os perodos de

    enfraquecimento do Estado. (DUBY, 1953. apud ARIS, 2006. p.143).

    Nos ltimos dez anos, varias portarias e resolues do Ministrio da Sade, Leis

    Estaduais e a Lei Federal n 10.216, de 06/04/2001, apontam firmemente a necessidade de que

    a ateno ao portador de sofrimento mental deve ser oferecida, prioritariamente, em servios

    no hospitalares, que privilegiam a no internao do portador de sofrimento mental em

    hospitais psiquitricos.Contudo o desenvolvimento de problemas psiquitricos influenciando pelas

    particularidades do indivduo e de sua interao com a famlia, onde o indivduo continua

    sendo visto como doente onde a interveno centrada no adoecimento psquico, no

    existindo a aproximao da famlia no tratamento, nem reconhecendo o sujeito como

    participante no tratamento teraputico.

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    De acordo com FAUSTO, 1982 apud ROSA 2008. O Impacto que o transtorno

    mental provoca no grupo familiar est estreitamente relacionado posio que o PTM 2ocupa

    na famlia. Torna-se considervel reconhecermos que a incluso social das pessoas

    portadoras de transtornos psquicos, tem como objetivo torn-las participantes da vida social e

    familiar, de maneira a assegurar-lhes o respeito aos seus direitos no mbito da Sociedade, do

    Estado e do Poder Pblico. S dentro de uma sociedade inclusiva, que respeita o indivduo,

    dando - lhe o direito de ser diferente, que se podem ter condies de exercer a cidadania.

    (CRESPO, 2000 apud FEIJO p.61).

    Atualmente estima-se, que 12% da populao necessitam hoje de alguma forma de

    atendimento, que ao longo da vida das pessoas vo precisar, de uma forma ou de outra, de

    algum atendimento em sade mental (CONSELHO SADE, 12/11/2009).

    Nesse contexto da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquitrica Brasileira na

    construo do processo de desistitucionalizao e os tratamentos oferecidos aos portadores de

    transtorno mentais vem sendo configurados atravs da produo dos novos servios

    substitutivos no contexto do Sistema nico de Sade SUS, que se configuram como um dos

    mais importantes desafios aos princpios da Reforma Psiquitrica. possvel examinar a

    estrutura da assistncia psiquitrica como forma de controle repressivo (BASAGLIA, 1985,

    p. 255).

    Na anlise os Centros de Ateno Psicossocial CAPS implantados em maro de

    1986 surgiram enquanto resposta para um novo modelo de ateno ao portador de transtorno

    psquico, ganhando densidade terica e prtica para uma assistncia mais adequada e

    humanizada, caracterizando-se por serem servios de atendimento comunitrio ambulatorial

    centrado no acolhimento e no vnculo com o usurio.

    Entretanto, comprometidos com a construo dos projetos de insero social, equidade

    e integralidade, tendo em vista os princpios de cidadania, objetivando minimizar o estigma e

    o preconceito sobre o doente mental. Os servios substitutivos enquanto modelo assistencialbusca promover no somente a melhor qualidade de vida aos usurios portadores de

    sofrimento psquico no mbito social e comunitrio mais tambm no mbito familiar.

    2PTM - Portador de Transtorno Psquico.

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    3.0 CONSIDERAES FINAIS

    Ao pesquisarmos sobre o tema: Poltica Publica em Sade Mental: Da Incluso

    Familiar do Portador de Transtorno Mental ao Provimento de Cuidados, buscamos

    intensificar a trajetria da poltica de Sade mental sobre as bases do alicerce scio-histrico

    da Reforma Psiquitrica pela Luta Antimanicomial, diante do processo de

    desistitucionalizao do portador de sofrimento mental e dos modos de sociabilidade

    existentes, sobre o mbito dos cuidados no mbito familiar.

    Os discursos que mermeiam o envolvimento dos familiares no tratamento sobre o

    processo do cuidar, muito embora existente sobre a anulao do olhar diagnosticador de

    sintomas culpabilizadores, busca compartilhar pesares e saberes, na construo para novos

    dispositivos de cuidados; no entendimento de percebermos que os familiares necessitam de

    assistncia de cuidados de acolhimento e tratamento, to quanto o portador acometido da

    doena mental.

    A doena j instalada acaba representando mais do que um conjunto de sinais e

    sintomas, mais uma representao de ordem simblica, moral, social ou psicolgica para o

    doente e a famlia, demonstrando a necessidade dos familiares conhecerem a doena a partir

    de seus sintomas e efeitos, enfrentando o cotidiano da doena com mais segurana e menos

    sofrimento.

    A desistitucionalizao atribui um novo olhar sobre a famlia, intensificando seu papel

    sobre o tratamento do familiar com o portador de sofrimento psquico, reconhecendo sua

    principal importncia atravs da aplicabilidade por novas prticas teraputicas, que busque

    desmistificar o isolamento teraputico diante do distanciamento existente entre a famlia e o

    usurio.

    A princpio tornando-se perceptvel, que as famlias acabam sendo includa no circuito

    teraputico, somente enquanto uma condio determinante de sociabilidade. Muito emboraresponsabilizada e culpabilizada pela manifestao do transtorno propriamente dito.

    Proeminentemente, embora a normalizao possa ser explicada como um mecanismo de

    defesa familiar, as famlias acabam reproduzindo e reforando atitudes estigmatizadoras,

    quando no alterando a viso do prprio lugar espacial e afetivo que o portador de transtorno

    mental ocupa na mesma. Sobre este aspecto as famlias acabam se auto-renunciando diante

    das necessidades de manuteno no provimento de cuidados, e da posio assumida pelo

    portador de transtorno mental no ncleo familiar, onde o transtorno mental corrobora na perdadas expectativas das relaes afetivas, ao passo de entendermos que o doente ou a doena

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    no esto sendo negadas como existncia, mais sim: as formas e maneiras de se lidar com a

    loucura.

    acontento considerarmos a necessidade pela adeso e pactuao entre o Estado e a

    Sociedade, sobre a legitimidade da ateno das Polticas Pblicas em Sade Mental, estes

    destinados a segmentos e grupos em situaes de risco social. A oferta por novos programas e

    servios no respeito diversidade das demandas e necessidades apresentadas em sade

    mental, reacende o ativismo discusso a cerca do processo de reestruturao da assistncia

    em sade mental no interior do movimento da reforma psiquitrica brasileira, intensificando a

    manuteno por um novo olhar de cuidados em sade mental no mbito familiar enquanto

    substituio das estruturas asilares cronificantes ainda existentes em nosso pas.

    Muito embora tonra-se perceptvel que as polticas sociais sejam subordinadas s

    reformas estruturais residuais, restritas a aes emergenciais de carter assistencialista,

    fragmentadas, seletivas e privatizantes, sem assegurar direitos de cidadania, contrariando os

    preceitos que regem a Constituio Federal de 1988, que estabelece a universalidade e a

    igualdade como principio da Seguridade Social. contento considerarmos a importncia do

    sistema de proteo social universalizante focado no controle social e na participao popular

    que reconhea a partir de aes integralizadas em sade; organizar e manter uma infra-

    estrutura de cuidados assistenciais, que permita o retorno do paciente ao convvio social

    (Ministrio da Sade, 1994b).

    Diante do processo de desistitucionalizao percebe-se a necessidade da aproximao

    da famlia com a poltica de Sade Mental numa perspectiva de integrao com as demais

    polticas setoriais, inserindo a famlia em aes de ateno integral Sade Mental enquanto

    medidas preventivas que intensifique a consolidao do modelo assistencial para os servios

    de base comunitria e aberto, com a interveno do Estado. Todavia reconhecendo a

    importncia da assistncia ao portador de transtorno mental em mbito familiar e em parceria

    com os novos servios substitutivos, ao seres desconsiderados as internaes psiquitricasasilares prolongadas muito embora na maioria das vezes desnecessrias.

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