politica nacional de promoção á saúde 2006

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VOLUME 7 Política Nacional de Promoção da Saúde

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  • POL

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    V O L U M E 7

    9 7 9 8 5 3 3 4 1 1 9 8 1

    ISBN 853341198 -7

    Poltica Nacional dePromoo da Sade

    Disque Sade

    0800 61 1997

    www.saude.gov.br/svs

    www.saude.gov.br/bvs

    www.saude.gov.br/dab

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  • PACTOSS R I E

    2006PELA SADE

    Poltica Nacional dePromoo da Sade

    V O L U M E 7

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  • 2006 Ministrio da Sade.Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada afonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea tcnica.A coleo institucional do Ministrio da pode ser acessada, na ntegra, na Biblioteca Virtual em doMinistrio da http://www.saude.gov.bvs

    Srie B. Textos Bsicos de SadeTiragem: 1 edio 2006 20.000 exemplares

    Elaborao, edio e distribuioMINISTRIO DA SADESecretaria de Vigilncia em Sade / Departamento de Anlise de Situao e SadeProduo: Ncleo de ComunicaoSecretaria de Ateno Sade / Departamento de Ateno Bsica

    Endereos

    Secretaria de Vigilncia em SadeEsplanada dos Ministrios, Bloco G, Edifcio Sede, sobreloja, sala 134, CEP: 70058-900, Braslia DFE-mail: [email protected] Internet: http://www.saude.gov.br/svs

    Secretaria de Ateno SadeEsplanada dos Ministrios, Bloco G, Edifcio Sede, 6 andar, sala 655, CEP: 70058-900, Braslia DFInternet: http://www.saude.gov.br/dab

    Produo editorial

    ElaboraoOtaliba Morais Neto, Deborah Carvalho Malta, Adriana Miranda de Castro, Cristiane Scolari Gosch,Dais Gonalves Rocha, Marta Maria Alves da Silva, Luis Fernando Rolim Sampaio, Carmem Lucia deSimoni, Gisele Bahia e Beatriz Figueiredo Dobashi.

    RevisoLilian Assuno e ngela Nogueira

    Capa, projeto grfico e diagramaoGilberto Tom

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Ficha Catalogrfica

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Poltica nacional de promoo dasade / Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade. Braslia: Ministrio da Sade, 2006.

    60 p. (Srie B. Textos Bsicos de Sade)ISBN 85-334-1198-71. Promoo da 2. Qualidade de vida. 3. SUS (BR). I. Ttulo. II. Srie.

    NLM WA 590_______________________________________________________________________________________________Catalogao na fonte Coordenao-Geral de Documentao e Informao Editora MS OS 2006/0692

    Ttulos para indexao:Em ingls: National Policy of Health PromotionEm espanhol: Poltica Nacional de Promocin de la Salud

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  • Apresentao

    Historicamente, a ateno sade no Brasil tem investido na formu-lao, implementao e concretizao de polticas de promoo, pro-teo e recuperao da sade. H, pois, um grande esforo na cons-truo de um modelo de ateno sade que priorize aes de me-lhoria da qualidade de vida dos sujeitos e coletivos.

    O Ministrio da Sade, em setembro de 2005, definiu a Agenda deCompromisso pela Sade que agrega trs eixos: O Pacto em Defesado Sistema nico de Sade (SUS), o Pacto em Defesa da Vida e oPacto de Gesto. Destaca-se aqui o Pacto pela Vida que constituium conjunto de compromissos sanitrios que devero se tornar pri-oridades inequvocas dos trs entes federativos, com definio dasresponsabilidades de cada um.

    Entre as macroprioridades do Pacto em Defesa da Vida, possui espe-cial relevncia o aprimoramento do acesso e da qualidade dos servi-os prestados no SUS, com a nfase no fortalecimento e na qualifica-o estratgica da Sade da Famlia; a promoo, informao e edu-cao em sade com nfase na promoo de atividade fsica, napromoo de hbitos saudveis de alimentao e vida, controle dotabagismo; controle do uso abusivo de bebida alcolica; e cuidadosespeciais voltados ao processo de envelhecimento.

    Nessa direo, o desafio colocado para o gestor federal do SUS con-siste em propor uma poltica transversal, integrada e intersetorial,que faa dialogar as diversas reas do setor sanitrio, os outros seto-res do Governo, os setores privados e no-governamental e a socie-dade, compondo redes de compromisso e co-responsabilidade quanto qualidade de vida da populao em que todos sejam partcipes nocuidado com a sade.

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  • A publicao da Poltica Nacional de Promoo da Sade ratifica ocompromisso da atual gesto do Ministrio da Sade na ampliao equalificao das aes de promoo da sade nos servios e na ges-to do Sistema nico de Sade.

    JOS AGENOR LVARES DA SILVAMinistro de Estado da Sade

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  • Sumrio

    07 Portaria n 687 MS/GM, de 30 de maro de 2006

    09 Introduo

    17 Objetivo geral

    17 Objetivos especficos

    19 Diretrizes

    20 Estratgias de implementao

    23 Responsabilidades das esferas de gesto23 Gestor federal

    24 Gestor estadual

    25 Gestor municipal

    29 Aes especficas29 Divulgao e implementao da Poltica Nacional de Promoo da

    Sade

    29 Alimentao saudvel

    33 Prtica corporal/atividade fsica

    35 Preveno e controle do tabagismo

    37 Reduo da morbimortalidade em decorrncia do uso abusivo delcool e outras drogas

    37 Reduo da morbimortalidade por acidentes de trnsito

    37 Preveno da violncia e estmulo cultura de paz

    38 Promoo do desenvolvimento sustentvel

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  • 639 Referncias Bibliogrficas

    41 Anexos

    42 Anexo APortaria n 1.190, de 14 de julho de 2005

    45 Anexo BPortaria n 2.608, de 28 de dezembro de 2005

    51 Anexo CPortaria Interministerial n 1.010, de 8 de maio de 2006

    56 Anexo DPortaria n 23, de 18 de maio de 2006

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  • 9Introduo

    As mudanas econmicas, polticas, sociais e culturais, que ocorreramno mundo desde o sculo XIX e que se intensificaram no sculo passado,produziram alteraes significativas para a vida em sociedade.

    Ao mesmo tempo, tem-se a criao de tecnologias cada vez maisprecisas e sofisticadas em todas as atividades humanas e o aumentodos desafios e dos impasses colocados ao viver.

    A sade, sendo uma esfera da vida de homens e mulheres em todasua diversidade e singularidade, no permaneceu fora do desenrolardas mudanas da sociedade nesse perodo. O processo de transfor-mao da sociedade tambm o processo de transformao da sa-de e dos problemas sanitrios.

    Nas ltimas dcadas, tornou-se mais e mais importante cuidar davida de modo que se reduzisse a vulnerabilidade ao adoecer e aschances de que ele seja produtor de incapacidade, de sofrimentocrnico e de morte prematura de indivduos e populao.

    Alm disso, a anlise do processo sade-adoecimento evidenciou quea sade resultado dos modos de organizao da produo, do tra-balho e da sociedade em determinado contexto histrico e o apara-to biomdico no consegue modificar os condicionantes nem deter-minantes mais amplos desse processo, operando um modelo de aten-o e cuidado marcado, na maior parte das vezes, pela centralidadedos sintomas.

    No Brasil, pensar outros caminhos para garantir a sade da popula-o significou pensar a redemocratizao do Pas e a constituio deum sistema de sade inclusivo.

    Em 1986, a 8 Conferncia Nacional de Sade (CNS) tinha comotema Democracia Sade e constituiu-se em frum de luta peladescentralizao do sistema de sade e pela implantao de polti-cas sociais que defendessem e cuidassem da vida (Conferncia Naci-

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  • 10

    onal de Sade, 1986). Era um momento chave do movimento daReforma Sanitria brasileira e da afirmao da indissociabilidade en-tre a garantia da sade como direito social irrevogvel e a garantiados demais direitos humanos e de cidadania. O relatrio final da 8CNS lanou os fundamentos da proposta do SUS (BRASIL, 1990a).

    Na base do processo de criao do SUS encontram-se: o conceitoampliado de sade, a necessidade de criar polticas pblicas para pro-mov-la, o imperativo da participao social na construo do sistemae das polticas de sade e a impossibilidade do setor sanitrio respon-der sozinho transformao dos determinantes e condicionantes paragarantir opes saudveis para a populao. Nesse sentido, o SUS,como poltica do estado brasileiro pela melhoria da qualidade de vidae pela afirmao do direito vida e sade, dialoga com as reflexese os movimentos no mbito da promoo da sade.

    A promoo da sade, como uma das estratgias de produo desade, ou seja, como um modo de pensar e de operar articulado sdemais polticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de sadebrasileiro, contribui na construo de aes que possibilitam respon-der s necessidades sociais em sade.

    No SUS, a estratgia de promoo da sade retomada como umapossibilidade de enfocar os aspectos que determinam o processosade-adoecimento em nosso Pas como, por exemplo: violncia,desemprego, subemprego, falta de saneamento bsico, habitaoinadequada e/ou ausente, dificuldade de acesso educao, fome,urbanizao desordenada, qualidade do ar e da gua ameaada edeteriorada; e potencializam formas mais amplas de intervir emsade.

    Tradicionalmente, os modos de viver tm sido abordados numa pers-pectiva individualizante e fragmentria, e colocam os sujeitos e ascomunidades como os responsveis nicos pelas vrias mudanas/arranjos ocorridos no processo sade-adoecimento ao longo da vida.Contudo, na perspectiva ampliada de sade, como definida no m-bito do movimento da Reforma Sanitria brasileira, do SUS e dasCartas de Promoo da Sade, os modos de viver no se referem

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  • 11

    apenas ao exerccio da vontade e/ou liberdade individual e comuni-tria. Ao contrrio, os modos como sujeitos e coletividades elegemdeterminadas opes de viver como desejveis, organizam suas es-colhas e criam novas possibilidades para satisfazer suas necessida-des, desejos e interesses pertencentes ordem coletiva, uma vezque seu processo de construo se d no contexto da prpria vida.

    Prope-se, ento, que as intervenes em sade ampliem seu esco-po, tomando como objeto os problemas e as necessidades de sadee seus determinantes e condicionantes, de modo que a organizaoda ateno e do cuidado envolva, ao mesmo tempo, as aes e osservios que operem sobre os efeitos do adoecer e aqueles que vi-sem ao espao para alm dos muros das unidades de sade e dosistema de sade, incidindo sobre as condies de vida e favorecen-do a ampliao de escolhas saudveis por parte dos sujeitos e dascoletividades no territrio onde vivem e trabalham.

    Nesta direo, a promoo da sade estreita sua relao com a vigi-lncia em sade, numa articulao que refora a exigncia de ummovimento integrador na construo de consensos e sinergias, e naexecuo das agendas governamentais a fim de que as polticas p-blicas sejam cada vez mais favorveis sade e vida, e estimulem efortaleam o protagonismo dos cidados em sua elaborao e im-plementao, ratificando os preceitos constitucionais de participa-o social.

    O exerccio da cidadania, assim, vai alm dos modos institucionaliza-dos de controle social, implicando, por meio da criatividade e doesprito inovador, a criao de mecanismos de mobilizao e partici-pao como os vrios movimentos e grupos sociais, organizando-seem rede.

    O trabalho em rede, com a sociedade civil organizada, exige que oplanejamento das aes em sade esteja mais vinculado s necessi-dades percebidas e vivenciadas pela populao nos diferentes terri-trios e, concomitantemente, garante a sustentabilidade dos pro-cessos de interveno nos determinantes e condicionantes de sade.

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  • 12

    A sade, como produo social de determinao mltipla e comple-xa, exige a participao ativa de todos os sujeitos envolvidos em suaproduo usurios, movimentos sociais, trabalhadores da Sade,gestores do setor sanitrio e de outros setores , na anlise e naformulao de aes que visem melhoria da qualidade de vida. Oparadigma promocional vem colocar a necessidade de que o proces-so de produo do conhecimento e das prticas no campo da Sadee, mais ainda, no campo das polticas pblicas faa-se por meio daconstruo e da gesto compartilhadas.

    Desta forma, o agir sanitrio envolve fundamentalmente o estabele-cimento de uma rede de compromissos e co-responsabilidades emfavor da vida e da criao das estratgias necessrias para que elaexista. A um s tempo, comprometer-se e co-responsabilizar-se peloviver e por suas condies so marcas e aes prprias da clnica, dasade coletiva, da ateno e da gesto, ratificando-se a indissociabi-lidade entre esses planos de atuao.

    Entende-se, portanto, que a promoo da sade uma estratgia dearticulao transversal na qual se confere visibilidade aos fatores quecolocam a sade da populao em risco e s diferenas entre neces-sidades, territrios e culturas presentes no nosso Pas, visando cria-o de mecanismos que reduzam as situaes de vulnerabilidade,defendam radicalmente a eqidade e incorporem a participao e ocontrole sociais na gesto das polticas pblicas.

    Na Constituio Federal de 1988, o estado brasileiro assume comoseus objetivos precpuos a reduo das desigualdades sociais e regi-onais, a promoo do bem de todos e a construo de uma socieda-de solidria sem quaisquer formas de discriminao. Tais objetivosmarcam o modo de conceber os direitos de cidadania e os deveresdo estado no Pas, entre os quais a sade (BRASIL, 1988).

    Neste contexto, a garantia da sade implica assegurar o acesso uni-versal e igualitrio dos cidados aos servios de sade, como tam-bm formulao de polticas sociais e econmicas que operem nareduo dos riscos de adoecer.

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  • 13

    No texto constitucional tem-se ainda que o sistema sanitrio brasilei-ro encontra-se comprometido com a integralidade da ateno sa-de, quando suas aes e servios so instados a trabalhar pela pro-moo, proteo e recuperao da sade, com a descentralizao ecom a participao social.

    No entanto, ao longo dos anos, o entendimento da integralidadepassou a abranger outras dimenses, aumentando a responsabilida-de do sistema de sade com a qualidade da ateno e do cuidado. Aintegralidade implica, alm da articulao e sintonia entre as estrat-gias de produo da sade, na ampliao da escuta dos trabalhado-res e servios de sade na relao com os usurios, quer individual e/ou coletivamente, de modo a deslocar a ateno da perspectiva es-trita do seu adoecimento e dos seus sintomas para o acolhimento desua histria, de suas condies de vida e de suas necessidades emsade, respeitando e considerando suas especificidades e suas po-tencialidades na construo dos projetos e da organizao do traba-lho sanitrio.

    A ampliao do comprometimento e da co-responsabilidade entretrabalhadores da Sade, usurios e territrio em que se localizamaltera os modos de ateno e de gesto dos servios de sade, umavez que a produo de sade torna-se indissocivel da produo desubjetividades mais ativas, crticas, envolvidas e solidrias e, simulta-neamente, exige a mobilizao de recursos polticos, humanos efinanceiros que extrapolam o mbito da sade. Assim, coloca-se aosetor Sade o desafio de construir a intersetorialidade.

    Compreende-se a intersetorialidade como uma articulao das pos-sibilidades dos distintos setores de pensar a questo complexa dasade, de co-responsabilizar-se pela garantia da sade como direitohumano e de cidadania, e de mobilizar-se na formulao de inter-venes que a propiciem.

    O processo de construo de aes intersetoriais implica na troca ena construo coletiva de saberes, linguagens e prticas entre osdiversos setores envolvidos na tentativa de equacionar determinada

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  • 14

    questo sanitria, de modo que nele torna-se possvel produzir solu-es inovadoras quanto melhoria da qualidade de vida. Tal proces-so propicia a cada setor a ampliao de sua capacidade de analisar ede transformar seu modo de operar a partir do convvio com aperspectiva dos outros setores, abrindo caminho para que os esfor-os de todos sejam mais efetivos e eficazes.

    O compromisso do setor Sade na articulao intersetorial tornarcada vez mais visvel que o processo sade-adoecimento efeito demltiplos aspectos, sendo pertinente a todos os setores da socieda-de e devendo compor suas agendas. Dessa maneira, tarefa do se-tor Sade nas vrias esferas de deciso convocar os outros setores aconsiderar a avaliao e os parmetros sanitrios quanto melhoriada qualidade de vida da populao quando forem construir suaspolticas especficas.

    Ao se retomar as estratgias de ao propostas pela Carta de Otta-wa (BRASIL, 1996) e analisar a literatura na rea, observa-se que, ato momento, o desenvolvimento de estudos e evidncias aconteceu,em grande parte, vinculado s iniciativas ligadas ao comportamentoe aos hbitos dos sujeitos. Nesta linha de interveno j possvelencontrar um acmulo de evidncias convincentes, que so aquelasbaseadas em estudos epidemiolgicos demonstrativos de associa-es convincentes entre exposio e doena a partir de pesquisasobservacionais prospectivas e, quando necessrio, ensaios clnicosrandomizados com tamanho, durao e qualidade suficientes (BRA-SIL, 2004a).

    Entretanto, persiste o desafio de organizar estudos e pesquisas paraidentificao, anlise e avaliao de aes de promoo da sadeque operem nas estratgias mais amplas que foram definidas emOttawa (BRASIL, 1996) e que estejam mais associadas s diretrizespropostas pelo Ministrio da Sade na Poltica Nacional de Promo-o da Sade, a saber: integralidade, eqidade, responsabilidadesanitria, mobilizao e participao social, intersetorialidade, infor-mao, educao e comunicao, e sustentabilidade.

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  • 15

    A partir das definies constitucionais, da legislao que regulamen-ta o SUS, das deliberaes das conferncias nacionais de sade e doPlano Nacional de Sade (2004-2007) (BRASIL, 2004b), o Ministrioda Sade prope a Poltica Nacional de Promoo da Sade numesforo para o enfrentamento dos desafios de produo da sadenum cenrio scio-histrico cada vez mais complexo e que exige areflexo e qualificao contnua das prticas sanitrias e do sistemade sade.

    Entende-se que a promoo da sade apresenta-se como um meca-nismo de fortalecimento e implantao de uma poltica transversal,integrada e intersetorial, que faa dialogar as diversas reas do setorsanitrio, os outros setores do Governo, o setor privado e no-governamental, e a sociedade, compondo redes de compromisso eco-responsabilidade quanto qualidade de vida da populao emque todos sejam partcipes na proteo e no cuidado com a vida.

    V-se, portanto, que a promoo da sade realiza-se na articulaosujeito/coletivo, pblico/privado, estado/sociedade, clnica/poltica,setor sanitrio/outros setores, visando romper com a excessiva frag-mentao na abordagem do processo sade-adoecimento e reduzira vulnerabilidade, os riscos e os danos que nele se produzem.

    No esforo por garantir os princpios do SUS e a constante melhoriados servios por ele prestados, e por melhorar a qualidade de vida desujeitos e coletividades, entende-se que urgente superar a culturaadministrativa fragmentada e desfocada dos interesses e das neces-sidades da sociedade, evitando o desperdcio de recursos pblicos,reduzindo a superposio de aes e, conseqentemente, aumen-tando a eficincia e a efetividade das polticas pblicas existentes.

    Nesse sentido, a elaborao da Poltica Nacional de Promoo daSade oportuna, posto que seu processo de construo e de im-plantao/implementao nas vrias esferas de gesto do SUS e nainterao entre o setor sanitrio e os demais setores das polticaspblicas e da sociedade provoca a mudana no modo de organi-zar, planejar, realizar, analisar e avaliar o trabalho em sade.

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  • 16

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  • 17

    Objetivo geral

    Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos sade relacionados aos seus determinantes e condicionantes mo-dos de viver, condies de trabalho, habitao, ambiente, educao,lazer, cultura, acesso a bens e servios essenciais.

    Objetivos especficos

    I Incorporar e implementar aes de promoo da sade, comnfase na ateno bsica;

    II Ampliar a autonomia e a co-responsabilidade de sujeitos ecoletividades, inclusive o poder pblico, no cuidado integral sade e minimizar e/ou extinguir as desigualdades de toda equalquer ordem (tnica, racial, social, regional, de gnero, deorientao/opo sexual, entre outras);

    III Promover o entendimento da concepo ampliada de sade,entre os trabalhadores de sade, tanto das atividades-meio, comoos da atividades-fim;

    IV Contribuir para o aumento da resolubilidade do Sistema, garan-tindo qualidade, eficcia, eficincia e segurana das aes depromoo da sade;

    V Estimular alternativas inovadoras e socialmente inclusivas/contri-butivas no mbito das aes de promoo da sade;

    VI Valorizar e otimizar o uso dos espaos pblicos de convivncia ede produo de sade para o desenvolvimento das aes depromoo da sade;

    VII Favorecer a preservao do meio ambiente e a promoo deambientes mais seguros e saudveis;

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  • 18

    VIII Contribuir para elaborao e implementao de polticas pbli-cas integradas que visem melhoria da qualidade de vida noplanejamento de espaos urbanos e rurais;

    IX Ampliar os processos de integrao baseados na cooperao,solidariedade e gesto democrtica;

    X Prevenir fatores determinantes e/ou condicionantes de doenase agravos sade;

    XI Estimular a adoo de modos de viver no-violentos e o desen-volvimento de uma cultura de paz no Pas; e

    XII Valorizar e ampliar a cooperao do setor Sade com outrasreas de governos, setores e atores sociais para a gesto de po-lticas pblicas e a criao e/ou o fortalecimento de iniciativasque signifiquem reduo das situaes de desigualdade.

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  • 19

    Diretrizes

    I Reconhecer na promoo da sade uma parte fundamental dabusca da eqidade, da melhoria da qualidade de vida e de sade;

    II Estimular as aes intersetoriais, buscando parcerias que propiciemo desenvolvimento integral das aes de promoo da sade;

    III Fortalecer a participao social como fundamental na consecu-o de resultados de promoo da sade, em especial a eqida-de e o empoderamento individual e comunitrio;

    IV Promover mudanas na cultura organizacional, com vistas ado-o de prticas horizontais de gesto e estabelecimento de re-des de cooperao intersetoriais;

    V Incentivar a pesquisa em promoo da sade, avaliando eficincia,eficcia, efetividade e segurana das aes prestadas; e

    VI Divulgar e informar das iniciativas voltadas para a promoo dasade para profissionais de sade, gestores e usurios do SUS,considerando metodologias participativas e o saber popular etradicional.

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    Estratgias de implementao

    De acordo com as responsabilidades de cada esfera de gesto doSUS Ministrio da Sade, estados e municpios, destacamos as es-tratgias preconizadas para implementao da Poltica Nacional dePromoo da Sade.

    I Estruturao e fortalecimento das aes de promoo da sadeno Sistema nico de Sade, privilegiando as prticas de sadesensveis realidade do Brasil;

    II Estmulo insero de aes de promoo da sade em todosos nveis de ateno, com nfase na ateno bsica, voltadas saes de cuidado com o corpo e a sade; alimentao saudvele preveno, e controle ao tabagismo;

    III Desenvolvimento de estratgias de qualificao em aes depromoo da sade para profissionais de sade inseridos no Sis-tema nico de Sade;

    IV Apoio tcnico e/ou financeiro a projetos de qualificao de pro-fissionais para atuao na rea de informao, comunicao eeducao popular referentes promoo da sade que atuemna Estratgia Sade da Famlia e Programa de Agentes Comuni-trios de Sade:

    a) estmulo incluso nas capacitaes do SUS de temasligados promoo da sade; e

    b) apoio tcnico a estados e municpios para incluso nascapacitaes do Sistema nico de Sade de temas ligados promoo da sade.

    V Apoio a estados e municpios que desenvolvam aes voltadaspara a implementao da Estratgia Global, vigilncia e preven-o de doenas e agravos no transmissveis;

    VI Apoio criao de Observatrios de Experincias Locais referen-tes Promoo da Sade;

    VII Estmulo criao de Rede Nacional de Experincias Exitosas naadeso e no desenvolvimento da estratgia de municpios sau-dveis:

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  • 21

    a) identificao e apoio a iniciativas referentes s EscolasPromotoras da Sade com foco em aes de alimentaosaudvel; prticas corporais/atividades fsicas e ambientelivre de tabaco;

    b) identificao e desenvolvimento de parceria com estadose municpios para a divulgao das experincias exitosasrelativas a instituies saudveis e ambientes saudveis;

    c) favorecimento da articulao entre os setores da sade,meio ambiente, saneamento e planejamento urbano afim de prevenir e/ou reduzir os danos provocados sa-de e ao meio ambiente, por meio do manejo adequadode mananciais hdricos e resduos slidos, uso racionaldas fontes de energia, produo de fontes de energiaalternativas e menos poluentes;

    d) desenvolvimento de iniciativas de modificao arquitet-nicas e no mobilirio urbano que objetivem a garantia deacesso s pessoas portadoras de deficincia e idosas; e

    e) divulgao de informaes e definio de mecanismosde incentivo para a promoo de ambientes de trabalhosaudveis com nfase na reduo dos riscos de acidentesde trabalho.

    VIII Criao e divulgao da Rede de Cooperao Tcnica para Pro-moo da Sade;

    IX Incluso das aes de promoo da sade na agenda de ativida-des da comunicao social do SUS:

    a) apoio e fortalecimento de aes de promoo da sadeinovadoras utilizando diferentes linguagens culturais, taiscomo jogral, hip hop, teatro, canes, literatura de cor-del e outras formas de manifestao;

    X Incluso da sade e de seus mltiplos determinantes e condicio-nantes na formulao dos instrumentos ordenadores do plane-jamento urbano e/ou agrrio (planos diretores, agendas 21 lo-cais, entre outros);

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  • 22

    XI Estmulo articulao entre municpios, estados e Governo Fe-deral valorizando e potencializando o saber e as prticas exis-tentes no mbito da promoo da sade:

    a) apoio s iniciativas das secretarias estaduais e municipaisno sentido da construo de parcerias que estimulem eviabilizem polticas pblicas saudveis;

    XII Apoio ao desenvolvimento de estudos referentes ao impacto nasituao de sade considerando aes de promoo da sade:

    a) apoio construo de indicadores relativos as aes pri-orizadas para a Escola Promotora de Sade: alimentaosaudvel; prticas corporais/atividade fsica e ambientelivre de tabaco; e

    XIII Estabelecimento de intercmbio tcnico-cientfico visando aoconhecimento e troca de informaes decorrentes das experi-ncias no campo da ateno sade, formao, educao per-manente e pesquisa com unidades federativas e pases onde asaes de promoo da sade estejam integradas ao servio p-blico de sade:

    a) criao da Rede Virtual de Promoo da Sade.

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  • 23

    Responsabilidades das esferasde gesto

    Gestor federalI Divulgar a Poltica Nacional de Promoo da Sade;II Promover a articulao com os estados para apoio implantao e

    superviso das aes referentes s aes de promoo da sade;III Pactuar e alocar recursos oramentrios e financeiros para a imple-

    mentao desta Poltica, considerando a composio tripartite;IV Desenvolvimento de aes de acompanhamento e avaliao das

    aes de promoo da sade para instrumentalizao de pro-cessos de gesto;

    V Definir e apoiar as diretrizes capacitao e educao permanenteem consonncia com as realidades locorregionais;

    VI Viabilizar linhas de financiamento para a promoo da sadedentro da poltica de educao permanente, bem como proporinstrumentos de avaliao de desempenho;

    VII Adotar o processo de avaliao como parte do planejamento eda implementao das iniciativas de promoo da sade, garan-tindo tecnologias adequadas;

    VIII Estabelecer instrumentos e indicadores para o acompanhamentoe avaliao do impacto da implantao/implementao da Pol-tica de Promoo da Sade;

    IX Articular com os sistemas de informao existentes a inserode aes voltadas a promoo da sade no mbito do SUS;

    X Buscar parcerias governamentais e no-governamentais parapotencializar a implementao das aes de promoo da sadeno mbito do SUS;

    XI Definir aes de promoo da sade intersetoriais e pluriinstitu-cionais de abrangncia nacional que possam impactar positiva-mente nos indicadores de sade da populao;

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  • 24

    XII Elaborao de materiais de divulgao visando socializao dainformao e divulgao das aes de promoo da sade;

    XIII Identificao, articulao e apoio a experincias de educaopopular, informao e comunicao, referentes s aes de pro-moo da sade;

    XIV Promoo de cooperao nacional e internacional referentess experincias de promoo da sade nos campos da ateno,da educao permanente e da pesquisa em sade; e

    XV Divulgao sistemtica dos resultados do processo avaliativodas aes de promoo da sade.

    Gestor estadualI Divulgar a Poltica Nacional de Promoo da Sade;II Implementar as diretrizes da Poltica de Promoo da Sade em

    consonncia com as diretrizes definidas no mbito nacional e asrealidades loco-regionais;

    III Pactuar e alocar recursos oramentrios e financeiros para a im-plementao da Poltica, considerando a composio bipartite;

    IV Criar uma referncia e/ou grupos matriciais responsveis peloplanejamento, articulao e monitoramento e avaliao das aesde promoo da sade nas secretarias estaduais de sade;

    V Manter articulao com municpios para apoio implantao esuperviso das aes de promoo da sade;

    VI Desenvolvimento de aes de acompanhamento e avaliao dasaes de promoo da sade para instrumentalizao de pro-cessos de gesto;

    VII Adotar o processo de avaliao como parte do planejamento eimplementao das iniciativas de promoo da sade, garantin-do tecnologias adequadas;

    VIII Estabelecer instrumentos e indicadores para o acompanhamentoe a avaliao do impacto da implantao/implementao destaPoltica;

    IX Implementar as diretrizes de capacitao e educao perma-nente em consonncia com as realidades loco-regionais;

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  • 25

    X Viabilizar linha de financiamento para promoo da sade den-tro da poltica de educao permanente, bem como propor ins-trumento de avaliao de desempenho, no mbito estadual;

    XI Promover articulao intersetorial para a efetivao da Polticade Promoo da Sade;

    XII Buscar parcerias governamentais e no-governamentais parapotencializar a implementao das aes de promoo da sadeno mbito do SUS;

    XIII Identificao, articulao e apoio a experincias de educaopopular, informao e comunicao, referentes s aes de pro-moo da sade;

    XIV Elaborao de materiais de divulgao visando socializaoda informao e divulgao das aes de promoo da sade;

    XV Promoo de cooperao referente s experincias de promo-o da sade nos campos da ateno, da educao permanentee da pesquisa em sade; e

    XVI Divulgao sistemtica dos resultados do processo avaliativodas aes de promoo da sade.

    Gestor municipalI Divulgar a Poltica Nacional de Promoo da Sade;II Implementar as diretrizes da Poltica de Promoo da Sade em

    consonncia com as diretrizes definidas no mbito nacional e asrealidades locais;

    III Pactuar e alocar recursos oramentrios e financeiros para a im-plementao da Poltica de Promoo da Sade;

    IV Criar uma referncia e/ou grupos matriciais responsveis peloplanejamento, implementao, articulao e monitoramento, eavaliao das aes de promoo da sade nas secretarias demunicipais de sade;

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  • 26

    V Adotar o processo de avaliao como parte do planejamento eda implementao das iniciativas de promoo da sade, garan-tindo tecnologias adequadas;

    VI Participao efetiva nas iniciativas dos gestores federal e estadu-al no que diz respeito execuo das aes locais de promooda sade e produo de dados e informaes fidedignas quequalifiquem a pesquisas nessa rea;

    VII Estabelecer instrumentos de gesto e indicadores para o acom-panhamento e avaliao do impacto da implantao/implemen-tao da Poltica;

    VIII Implantar estruturas adequadas para monitoramento e avalia-o das iniciativas de promoo da sade;

    IX Implementar as diretrizes de capacitao e educao permanen-te em consonncia com as realidades locais;

    X Viabilizar linha de financiamento para promoo da sade den-tro da poltica de educao permanente, bem como propor ins-trumento de avaliao de desempenho, no mbito municipal;

    XI Estabelecer mecanismos para a qualificao dos profissionais dosistema local de sade para desenvolver as aes de promooda sade;

    XII Realizao de oficinas de capacitao, envolvendo equipes multi-profissionais, prioritariamente as que atuam na ateno bsica;

    XIII Promover articulao intersetorial para a efetivao da Polticade Promoo da Sade;

    XIV Buscar parcerias governamentais e no-governamentais parapotencializar a implementao das aes de promoo da sadeno mbito do SUS;

    XV nfase ao planejamento participativo envolvendo todos os se-tores do governo municipal e representantes da sociedade civil,no qual os determinantes e condicionantes da sade sejam ins-trumentos para formulao das aes de interveno;

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  • 27

    XVI Reforo da ao comunitria, por meio do respeito s diversasidentidades culturais nos canais efetivos de participao no pro-cesso decisrio;

    XVII Identificao, articulao e apoio a experincias de educaopopular, informao e comunicao, referentes s aes de pro-moo da sade;

    XVIII Elaborao de materiais de divulgao visando socializaoda informao e divulgao das aes de promoo da sade; e

    XIX Divulgao sistemtica dos resultados do processo avaliativodas aes de promoo da sade.

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  • 28

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  • 29

    Aes especficas

    Para o binio 2006-2007, foram priorizadas as aes voltadas a:

    Divulgao e implementao da Poltica Nacional de Promooda Sade

    I Promover seminrios internos no Ministrio da Sade destinados divulgao da PNPS, com adoo de seu carter transversal;

    II Convocar uma mobilizao nacional de sensibilizao para odesenvolvimento das aes de promoo da sade, com estmu-lo adeso de estados e municpios;

    III Discutir nos espaos de formao e educao permanente deprofissionais de sade a proposta da PNPS e estimular a inclusodo tema nas grades curriculares; e

    IV Avaliar o processo de implantao da PNPS em fruns de com-posio tripartite.

    Alimentao saudvelI Promover aes relativas alimentao saudvel visando promo-

    o da sade e segurana alimentar e nutricional, contribuindocom as aes e metas de reduo da pobreza, a incluso social e ocumprimento do direito humano alimentao adequada;

    II Promover articulao intra e intersetorial visando implementa-o da Poltica Nacional de Promoo da Sade por meio doreforo implementao das diretrizes da Poltica Nacional deAlimentao e Nutrio e da Estratgia Global:

    a) com a formulao, implementao e avaliao de polti-cas pblicas que garantam o acesso alimentao saud-vel, considerando as especificidades culturais, regionais elocais;

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  • 30

    b) mobilizao de instituies pblicas, privadas e de seto-res da sociedade civil organizada visando ratificar a im-plementao de aes de combate fome e de aumentodo acesso ao alimento saudvel pelas comunidades e pelosgrupos populacionais mais pobres;

    c) articulao intersetorial no mbito dos conselhos de se-gurana alimentar, para que o crdito e o financiamentoda agricultura familiar incorpore aes de fomento produo de frutas, legumes e verduras visando ao au-mento da oferta e ao conseqente aumento do consu-mo destes alimentos no pas, de forma segura e susten-tvel, associado s aes de gerao de renda;

    d) firmar agenda/pacto/compromisso social com diferentessetores (Poder Legislativo, setor produtivo, rgos gover-namentais e no-governamentais, organismos internacio-nais, setor de comunicao e outros), definindo os com-promissos e as responsabilidades sociais de cada setor,com o objetivo de favorecer/garantir hbitos alimentaresmais saudveis na populao, possibilitando a reduo eo controle das taxas das DCNT no Brasil;

    e) articulao e mobilizao dos setores pblico e privadopara a adoo de ambientes que favoream a alimentaosaudvel, o que inclui: espaos propcios amamentaopelas nutrizes trabalhadoras, oferta de refeies saud-veis nos locais de trabalho, nas escolas e para as popula-es institucionalizadas; e

    f) articulao e mobilizao intersetorial para a proposioe elaborao de medidas regulatrias que visem promo-ver a alimentao saudvel e reduzir o risco do DCNT,com especial nfase para a regulamentao da propa-ganda e publicidade de alimentos.

    III Disseminar a cultura da alimentao saudvel em consonnciacom os atributos e princpios do Guia Alimentar da PopulaoBrasileira:

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  • 31

    a) divulgao ampla do Guia Alimentar da Populao Brasi-leira para todos os setores da sociedade;

    b) produo e distribuio de material educativo (Guia Ali-mentar da Populao Brasileira, 10 Passos para uma Ali-mentao Saudvel para Diabticos e Hipertensos, Ca-dernos de Ateno Bsica sobre Preveno e Tratamentoda Obesidade e Orientaes para a Alimentao Saud-vel dos Idosos);

    c) desenvolvimento de campanhas na grande mdia paraorientar e sensibilizar a populao sobre os benefcios deuma alimentao saudvel;

    d) estimular aes que promovam escolhas alimentares sau-dveis por parte dos beneficirios dos programas de trans-ferncia de renda;

    e) estimular aes de empoderamento do consumidor parao entendimento e uso prtico da rotulagem geral e nutri-cional dos alimentos;

    f) produo e distribuio de material educativo e desen-volvimento de campanhas na grande mdia para orientare sensibilizar a populao sobre os benefcios da ama-mentao;

    g) sensibilizao dos trabalhadores em sade quanto im-portncia e aos benefcios da amamentao;

    h) incentivo para a implantao de bancos de leite humanonos servios de sade; e

    i) sensibilizao e educao permanente dos trabalhadoresde sade no sentido de orientar as gestantes HIV positivoquanto s especificidades da amamentao (utilizao debanco de leite humano e de frmula infantil).

    IV Desenvolver aes para a promoo da alimentao saudvel noambiente escolar:

    a) fortalecimento das parcerias com a SGTES, Anvisa/MS,Ministrio da Educao e FNDE/MEC para promover aalimentao saudvel nas escolas;

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  • 32

    b) divulgao de iniciativas que favoream o acesso ali-mentao saudvel nas escolas pblicas e privadas;

    c) implementao de aes de promoo da alimentaosaudvel no ambiente escolar;

    d) produo e distribuio do material sobre alimentaosaudvel para insero de forma transversal no contedoprogramtico das escolas em parceria com as secretariasestaduais e municipais de sade e educao;

    e) lanamento do guia 10 Passos da Alimentao Saudvelna Escola;

    f) sensibilizao e mobilizao dos gestores estaduais e mu-nicipais de sade e de educao, e as respectivas instnciasde controle social para a implementao das aes depromoo da alimentao saudvel no ambiente escolar,com a adoo dos dez passos; e

    g) produo e distribuio de vdeos e materiais instrucionaissobre a promoo da alimentao saudvel nas escolas.

    V Implementar as aes de vigilncia alimentar e nutricional paraa preveno e controle dos agravos e doenas decorrentes dam alimentao:

    a) implementao do Sisvan como sistema nacional obriga-trio vinculado s transferncias de recursos do PAB;

    b) envio de informaes referentes ao Sisvan para o Relatriode Anlise de Doenas No Transmissveis e Violncias;

    c) realizao de inquritos populacionais para o monitora-mento do consumo alimentar e do estado nutricional dapopulao brasileira, a cada cinco anos, de acordo com aPoltica Nacional de Alimentao e Nutrio;

    d) preveno das carncias nutricionais por deficincia demicronutrientes (suplementao universal de ferro medi-camentoso para gestantes e crianas e administrao demegadoses de vitamina A para puerperais e crianas emreas endmicas);

    e) realizao de inquritos de fatores de risco para as DCNTda populao em geral a cada cinco anos e para escola-

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  • 33

    res a cada dois anos, conforme previsto na Agenda Nacio-nal de Vigilncia de Doenas e Agravos No Transmiss-veis, do Ministrio da Sade;

    f) monitoramento do teor de sdio dos produtos processa-dos, em parceria com a Anvisa e os rgos da vigilnciasanitria em estados e municpios; e

    g) fortalecimento dos mecanismos de regulamentao, con-trole e reduo do uso de substncias agrotxicas e deoutros modos de contaminao dos alimentos.

    VI Reorientao dos servios de sade com nfase na ateno bsica:a) mobilizao e capacitao dos profissionais de sade da

    ateno bsica para a promoo da alimentao saud-vel nas visitas domiciliares, atividades de grupo e nosatendimentos individuais;

    b) incorporao do componente alimentar no Sistema deVigilncia Alimentar e Nutricional de forma a permitir odiagnstico e o desenvolvimento de aes para a promo-o da alimentao saudvel; e

    c) reforo da implantao do Sisvan como instrumento deavaliao e de subsdio para o planejamento de aesque promovam a segurana alimentar e nutricional emnvel local.

    Prtica corporal/atividade fsicaI Aes na rede bsica de sade e na comunidade:

    a) mapear e apoiar as aes de prticas corporais/atividadefsica existentes nos servios de ateno bsica e na Es-tratgia de Sade da Famlia, e inserir naqueles em queno h aes;

    b) ofertar prticas corporais/atividade fsica como caminha-das, prescrio de exerccios, prticas ldicas, esportivase de lazer, na rede bsica de sade, voltadas tanto paraa comunidade como um todo quanto para grupos vul-nerveis;

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  • 34

    c) capacitar os trabalhadores de sade em contedos depromoo sade e prticas corporais/atividade fsica nalgica da educao permanente, incluindo a avaliaocomo parte do processo;

    d) estimular a incluso de pessoas com deficincias em pro-jetos de prticas corporaisatividades fsicas;

    e) pactuar com os gestores do SUS e outros setores nos trsnveis de gesto a importncia de aes voltadas paramelhorias ambientais com o objetivo de aumentar osnveis populacionais de atividade fsica;

    f) constituir mecanismos de sustentabilidade e continuida-de das aes do Pratique Sade no SUS (rea fsicaadequada e equipamentos, equipe capacitada, articula-o com a rede de ateno); e

    g) incentivar articulaes intersetoriais para a melhoria dascondies dos espaos pblicos para a realizao de pr-ticas corporais/atividades fsicas (urbanizao dos espa-os pblicos; criao de ciclovias e pistas de caminhadas;segurana, outros).

    II Aes de aconselhamento/divulgao:a) organizar os servios de sade de forma a desenvolver

    aes de aconselhamento junto populao, sobre osbenefcios de estilos de vida saudveis; e

    b) desenvolver campanhas de divulgao, estimulando mo-dos de viver saudveis e objetivando reduzir fatores derisco para doenas no transmissveis.

    III Aes de intersetorialidade e mobilizao de parceiros:a) pactuar com os gestores do SUS e outros setores nos trs

    nveis de gesto a importncia de desenvolver aes vol-tadas para estilos de vida saudveis, mobilizando recur-sos existentes;

    b) estimular a formao de redes horizontais de troca deexperincias entre municpios;

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  • 35

    c) estimular a insero e o fortalecimento de aes j exis-tentes no campo das prticas corporais em sade na co-munidade;

    d) resgatar as prticas corporais/atividades fsicas de for-ma regular nas escolas, universidades e demais espaospblicos; e

    e) articular parcerias estimulando prticas corporais/atividadefsica no ambiente de trabalho.

    IV Aes de monitoramento e avaliao:a) desenvolver estudos e formular metodologias capazes de

    produzir evidncias e comprovar a efetividade de estra-tgias de prticas corporais/atividades fsicas no controlee na preveno das doenas crnicas no transmissveis;

    b) estimular a articulao com instituies de ensino e pes-quisa para monitoramento e avaliao das aes no cam-po das prticas corporais/atividade fsica; e

    c) consolidar a Pesquisa de Sade dos Escolares (SVS/MS)como forma de monitoramento de prticas corporais/ati-vidade fsica de adolescentes.

    Preveno e controle do tabagismoI Sistematizar aes educativas e mobilizar aes legislativas e

    econmicas, de forma a criar um contexto que:a) reduza a aceitao social do tabagismo;b) reduza os estmulos para que os jovens comecem a fumar

    e os que dificultam os fumantes a deixarem de fumar;c) proteja a populao dos riscos da exposio poluio

    tabagstica ambiental;d) reduza o acesso aos derivados do tabaco;e) aumente o acesso dos fumantes ao apoio para cessao

    de fumar;f) controle e monitore todos os aspectos relacionados aos

    produtos de tabaco comercializados, desde seus contedose emisses at as estratgias de comercializao e de di-vulgao de suas caractersticas para o consumidor.

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  • 36

    II Realizar aes educativas de sensibilizao da populao para apromoo de comunidades livres de tabaco, divulgando aesrelacionadas ao tabagismo e seus diferentes aspectos:

    a) Dia a Mundial sem Tabaco (31 de maio); eb) Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto);

    III Fazer articulaes com a mdia para divulgao de aes e defatos que contribuam para o controle do tabagismo em todo oterritrio nacional;

    IV Mobilizar e incentivar as aes contnuas por meio de canaiscomunitrios (unidades de sade, escolas e ambientes de traba-lho) capazes de manter um fluxo contnuo de informaes sobreo tabagismo, seus riscos para quem fuma e os riscos da poluiotabagstica ambiental para todos que convivem com ela;

    V Investir na promoo de ambientes de trabalho livres de tabaco:a) realizando aes educativas, normativas e organizacionais

    que visem estimular mudanas na cultura organizacionalque levem reduo do tabagismo entre trabalhadores; e

    b) atuando junto a profissionais da rea de sade ocupacio-nal e outros atores-chave das organizaes/instituiespara a disseminao contnua de informaes sobre osriscos do tabagismo e do tabagismo passivo, a implemen-tao de normas para restringir o fumo nas dependnci-as dos ambientes de trabalho, a sinalizao relativa srestries ao consumo nas mesmas e a capacitao deprofissionais de sade ocupacional para apoiar a cessa-o de fumar de funcionrios.

    VI Articular com o MEC/secretarias estaduais e municipais de edu-cao o estmulo iniciativa de promoo da sade no ambien-te escolar; e

    VII Aumentar o acesso do fumante aos mtodos eficazes para ces-sao de fumar, e assim atender a uma crescente demanda defumantes que buscam algum tipo de apoio para esse fim.

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    Reduo da morbimortalidade em decorrncia do uso abusivode lcool e outras drogas

    I Investimento em aes educativas e sensibilizadoras para crian-as e adolescentes quanto ao uso abusivo de lcool e suas con-seqncias;

    II Produzir e distribuir material educativo para orientar e sensibilizara populao sobre os malefcios do uso abusivo do lcool.

    III Promover campanhas municipais em interao com as agnciasde trnsito no alerta quanto s conseqncias da direo alco-olizada;

    IV Desenvolvimento de iniciativas de reduo de danos pelo consu-mo de lcool e outras drogas que envolvam a co-responsabiliza-o e autonomia da populao;

    V Investimento no aumento de informaes veiculadas pela mdiaquanto aos riscos e danos envolvidos na associao entre o usoabusivo de lcool e outras drogas e acidentes/violncias; e

    VI Apoio restrio de acesso a bebidas alcolicas de acordo com operfil epidemiolgico de dado territrio, protegendo segmentosvulnerveis e priorizando situaes de violncia e danos sociais.

    Reduo da morbimortalidade por acidentes de trnsitoI Promoo de discusses intersetoriais que incorporem aes

    educativas grade curricular de todos os nveis de formao;II Articulao de agendas e instrumentos de planejamento, pro-

    gramao e avaliao, dos setores diretamente relacionados aoproblema; e

    III Apoio s campanhas de divulgao em massa dos dados refe-rentes s mortes e seqelas provocadas por acidentes de trnsito.

    Preveno da violncia e estmulo cultura de pazI Ampliao e fortalecimento da Rede Nacional de Preveno da

    Violncia e Promoo da Sade;II Investimento na sensibilizao e capacitao dos gestores e pro-

    fissionais de sade na identificao e encaminhamento adequa-do de situaes de violncia intrafamiliar e sexual;

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  • 38

    III Estmulo articulao intersetorial que envolva a reduo e ocontrole de situaes de abuso, explorao e turismo sexual;

    IV Implementao da ficha de notificao de violncia interpessoal;V Incentivo ao desenvolvimento de Planos Estaduais e Municipais

    de Preveno da Violncia;VI Monitoramento e avaliao do desenvolvimento dos Planos Es-

    taduais e Municipais de Preveno da Violncia mediante a rea-lizao de coleta, sistematizao, anlise e disseminao de in-formaes; e

    VII Implantao de Servios Sentinela, que sero responsveis pelanotificao dos casos de violncias.

    Promoo do desenvolvimento sustentvelI Apoio aos diversos centros colaboradores existentes no Pas que

    desenvolvem iniciativas promotoras do desenvolvimento susten-tvel;

    II Apoio elaborao de planos de ao estaduais e locais,incorporados aos Planos Diretores das Cidades;

    III Fortalecimento de instncias decisrias intersetoriais com o obje-tivo de formular polticas pblicas integradas voltadas ao desen-volvimento sustentvel;

    IV Apoio ao envolvimento da esfera no-governamental (empre-sas, escolas, igrejas e associaes vrias) no desenvolvimento depolticas pblicas de promoo da sade, em especial no que serefere ao movimento por ambientes saudveis;

    V Reorientao das prticas de sade de modo a permitir a intera-o sade, meio ambiente e desenvolvimento sustentvel;

    VI Estmulo produo de conhecimento e desenvolvimento decapacidades em desenvolvimento sustentvel; e

    VII Promoo do uso de metodologias de reconhecimento do terri-trio, em todas as suas dimenses demogrfica, epidemiolgi-ca, administrativa, poltica, tecnolgica, social e cultural, comoinstrumento de organizao dos servios de sade.

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    Referncias bibliogrficas

    BRASIL. Constituio da Repblica Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outu-bro de 1988: atualizada at a Emenda Constitucional n 39, de 2001. Braslia, DF:Senado Federal, 1988. Disponvel em: . Acesso em: 05 maio 2005.

    BRASIL. Lei n 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispe sobre as condies para apromoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dosservios correspondentes e d outras providncias. Dirio Oficial da Unio, PoderExecutivo, Braslia, DF, 19 set. 1990a.

    BRASIL. Lei n 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispe sobre a participao dacomunidade na gesto do Sistema nico de Sade (SUS) e sobre as transfernciasintergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade e d outras providn-cias. Dirio Oficial da Unio, Poder Executivo, Braslia, DF, 31 dez. 1990b.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Anlise da estratgia global da OMS para alimentaosaudvel, atividade fsica e sade: documento realizado pelo grupo tcnico assessorinstitudo pela Portaria do Ministrio da Sade n 596, de 8 de abril de 2004. Braslia,2004a.

    BRASIL. Ministrio da Sade. Plano nacional de sade 2004-2007. Braslia, DF, 2004b.

    BRASIL. Ministrio da Sade/Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz). Promoo da sade:Cartas de Ottawa, Adelaide, Sundsvall e Santa F de Bogot. Braslia, DF: Ministrioda Sade/IEC, 1996.

    CONFERNCIA NACIONAL DE SADE, 8., 1986, Braslia. Relatrio final. Braslia:Conselho Nacional de Sade, 1986.

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  • 40

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  • 41

    Anexos

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  • 42

    Anexo A

    Portaria n 1.190, de 14 de julho de 2005Institui Comit Gestor da Poltica Nacional de

    Promoo da Sade, e d outras providncias.

    O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, no uso de suas atribuies, e

    Considerando a necessidade de desenvolver, fortalecer e implementarpolticas e planos de ao em mbito nacional, estadual e municipal queconsolidem o componente da promoo da sade no SUS;

    Considerando a promoo da sade como uma estratgia de articula-o transversal capaz de criar mecanismos que reduzam as situaes de vul-nerabilidade e os riscos sade da populao, defendam a eqidade e incor-porem a participao e o controle sociais na gesto das polticas pblicas;

    Considerando o propsito da Poltica Nacional de Promoo da Sadede contribuir para a mudana do modelo de ateno do sistema atravs daampliao e qualificao das aes de promoo da sade e da construode uma agenda estratgica integrada; e

    Considerando as diretrizes da Poltica Nacional de Promoo da Sadeembasadas na integralidade, eqidade, responsabilidade sanitria, mobiliza-o e participao social, intersetorialidade, informao, educao e comu-nicao, e sustentabilidade, resolve:

    Art. 1 Instituir o Comit Gestor da Poltica Nacional de Promoo da Sa-de CGPNPS, com as seguintes atribuies:

    I consolidar a proposta da Poltica Nacional de Promooda Sade;

    II consolidar a Agenda Nacional de Promoo da Sade2005-2007 em consonncia com as polticas, prioridadese recursos de cada uma das secretarias do Ministrio daSade e com o Plano Nacional de Sade;

    III articular e integrar as aes de promoo da sade nombito do SUS;

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5442

  • 43

    IV coordenar a implantao da Poltica Nacional de Promo-o da Sade no SUS e em sua articulao com os de-mais setores governamentais e no governamentais;

    V incentivar a elaborao, por parte dos estados, DistritoFederal e municpios, de Planos de Promoo da Sade,que considerem as diretrizes da Poltica Nacional de Pro-moo da Sade e a Agenda Nacional de Promoo daSade; e

    IV monitorar e avaliar as estratgias de implantao/imple-mentao da Poltica Nacional de Promoo da Sade eseu impacto na melhoria da qualidade de vida de sujeitose coletividades.

    Art. 2 O CGPNPS ter a seguinte composio:

    I trs representantes da Secretaria de Vigilncia em Sade SVS;

    II trs representantes da Secretaria de Ateno Sade SAS;

    III um representante da Secretaria de Gesto Participativa SGP;

    IV um representante da Secretaria de Gesto do Trabalho eda Educao na Sade SGTES;

    V um representante da Secretaria de Cincia, Tecnologia eInsumos Estratgicos SCTIE;

    VI um representante da Fundao Nacional de Sade Fu-nasa;

    VII um representante da Fundao Oswaldo Cruz Fiocruz;VIII um representante da Agncia Nacional de Vigilncia

    Sanitria Anvisa;IX um representante da Agncia Nacional de Sade Suple-

    mentar ANS; eX um representante do Instituto Nacional do Cncer Inca.

    1 Cada membro titular do Comit Gestor da Poltica Nacionalde Promoo da Sade indicar um representante suplente.

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5443

  • 44

    2 Os membros titular e suplente do CGPNPS sero nomeadospor Portaria da Secretaria de Vigilncia em Sade.

    3 Os membros devero declarar a inexistncia de conflito deinteresses com suas atividades no debate dos temas pertinentes aoComit, sendo que, na eventualidade de existncia de conflito deinteresses, os mesmos devero abster-se de participar da discussoe deliberao sobre o tema.

    Art. 3 O CGPNPS contar com uma Secretaria-Executiva, vinculada Se-cretaria de Vigilncia em Sade, que o coordenar.

    Art. 4 Compete Secretaria de Vigilncia em Sade a adoo das medi-das e procedimentos necessrios para o pleno funcionamento eefetividade do disposto nesta Portaria.

    Art. 5 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    SARAIVA FELIPE

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5444

  • 45

    Anexo B

    Portaria n 2.608, de 28 de dezembro de 2005Define recursos financeiros do Teto Financeiro deVigilncia em Sade, para incentivar estruturaode aes de Vigilncia e Preveno de Doenas e

    Agravos No Transmissveis por parte das Secretari-as Estaduais e Secretarias Municipais de Sade das

    capitais.

    O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, no uso de suas atribuies, e

    Considerando a Portaria n 1.172/GM, de 15 de junho de 2004;

    Considerando a Portaria Conjunta n 8/SE/SVS, de 29 de junho de2004; e

    Considerando a necessidade de desenvolver polticas pblicas de vigi-lncia e preveno das doenas e agravos no transmissveis, reduzindo osseus fatores de risco relacionados ao sedentarismo, ao consumo inadequadode alimentos e tabagismo, em conformidade com as recomendaesEstratgia Global Alimentao, Atividade Fsica e Sade EG e da Conven-o Quadro do Controle do Tabaco, propostas pela Organizao Mundial deSade (OMS), resolve:

    Art. 1 Definir recursos financeiros do Teto Financeiro de Vigilncia emSade, para incentivar estruturao de aes de Vigilncia e Pre-veno de Doenas e Agravos No Transmissveis por parte dasSecretarias Estaduais e Secretarias Municipais de Sade das capi-tais.

    Pargrafo nico. Os recursos de que trata o caput deste Artigosero em parcela nica, conforme disposto nos anexos I e II, emdezembro de 2005.

    Art. 2 Determinar que o incentivo financeiro ser transferido a estados emunicpios de Capitais para a adoo de aes em Vigilncia e

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5445

  • 46

    Preveno de Doenas e Agravos No Transmissveis, que conside-rem, entre outras:

    I fomento a ambientes livres do tabaco;II incentivo s aes de estmulo a uma alimentao sau-

    dvel e incentivo prtica de atividade fsica;III participao no inqurito de fatores de risco e de prote-

    o em escolares nas capitais;IV implementao da vigilncia de sade por meio de ins-

    trumentos de monitoramento, preveno e vigilncia damorbimortalidade e dos fatores de risco relativos s do-enas e agravos no transmissveis, utilizando os siste-mas de informao existentes na anlise da situao desade e no planejamento das aes de promoo da sa-de e preveno das doenas e agravos no transmiss-veis; e

    V produo de relatrio de anlise de situao em sadeno que se refere s doenas e agravos no transmissveise seus fatores de risco.

    Art. 3 As aes de Vigilncia e Preveno de Doenas e Agravos NoTransmissveis para os anos de 2005 e 2006 sero ser desenvolvidase monitoradas por indicadores do pacto de Vigilncia em Sade.

    I com objetivo geral de fortalecer o cumprimento a Lei n9.294/96, que probe fumar em ambientes pblicos fe-chados, em todos os estados da federao e os seguintesobjetivos especficos:

    a) preparar a rede nacional de Vigilncia Sanitria Estaduale Municipal por meio de treinamentos para fiscalizao eaplicao das penalidades;

    b) implantar aes relativas aos ambientes livres de tabaco; ec) avaliar o impacto deste treinamento em termos de regula-

    mentaes estaduais e municipais da Lei n 9.294/96 as-sim como da adeso ao cumprimento Lei em questo.

    II com o objetivo de estimular a implementao da Estrat-gia Global de Alimentao, Atividade Fsica nas 27 capi-

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5446

  • 47

    tais brasileiras, o Ministrio da Sade, por meio do TetoFinanceiro de Vigilncia em Sade (TFVS), repassar re-cursos para as 27 capitais do pas que visam apoiar proje-tos locais de incentivo a essas aes:

    a) a Secretaria de Vigilncia em Sade buscar desenvolverestudos e formular metodologias capazes de produzirevidncias e comprovar a efetividade de estratgias dealimentao saudvel e atividades fsicas no controle epreveno das doenas crnicas no transmissveis, bemcomo definir e pactuar com gestores indicadores de mo-nitoramento das mesmas.

    Art. 4 Compete Secretaria de Vigilncia em Sade, como gestora nacional:

    I repassar os recursos financeiros para estados, conformedisposto no Anexo I desta Portaria, com a finalidade derealizar o processo de capacitao da Vigilncia SanitriaEstadual e Vigilncia Sanitria dos municpios, para a im-plementao dos ambientes livres de tabaco;

    II repassar os recursos financeiros para as 27 capitais, con-forme disposto no Anexo II desta Portaria, para estimulare orientar a prtica de aes voltadas para a alimentaosaudvel e a prtica de atividades fsicas;

    III avaliao e acompanhamento da efetividade das aesde promoo da sade implantadas em parceria com asdiversas reas do Ministrio da Sade; e

    IV financiar a realizao do inqurito de fatores de risco emescolares nas 27 capitais.

    Art. 5 Compete ao gestor estadual:

    I realizar capacitao para Vigilncia Sanitria Estadual eVigilncia Sanitria dos municpios, bem como produzirmaterial de divulgao no que se refere implementa-o de ambientes livres de tabaco;

    II apoiar municpios na implementao de aes em Vigiln-cia e Preveno de Doenas e Agravos No Transmissveis;

    III avaliar e acompanhar a efetividade das aes implantadas;

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5447

  • 48

    IV prestar suporte tcnico e operacional s instituies exe-cutoras de inqurito de fatores de risco e de proteo emescolares;

    V utilizar os dados produzidos para o planejamento das aese a implantao da vigilncia de sade dos escolares;

    VI implementar aes de Vigilncia e Preveno de Doenase Agravos No Transmissveis; e

    VII produzir relatrio anual de anlise de situao em sadeno que se refere s doenas e agravos no transmissveise seus fatores de risco.

    Art. 6 Compete ao gestor municipal das capitais:

    I implantar e/ou fortalecer as iniciativas no campo da ativi-dade fsica, lazer e sade de modo que os usurios sejamestimulados e orientados a realizao de prticas deatividade fsica;

    II implementar Aes em Vigilncia e Preveno de Doen-as e Agravos No Transmissveis;

    III avaliar e acompanhar a efetividade das aes implanta-das;

    IV prestar/oferecer suporte tcnico e operacional institui-o que executar o trabalho de campo do inqurito defatores de risco e de proteo em escolares;

    V utilizar os dados produzidos para o planejamento das aese a implantao da vigilncia de sade dos escolares;

    VI implantar aes de Vigilncia e Preveno de Doenas eAgravos No Transmissveis; e

    VII produzir relatrio anual de anlise de situao em sadeno que se refere s doenas e agravos no transmissveise seus fatores de risco.

    Art. 7 Nos casos em que municpios optarem pela no implantao des-tas aes, poder ocorrer o remanejamento dos recursoscorrespondentes para outro municpio, da mesma unidade federadae escolhido, preferencialmente, dentre aqueles de maior porte po-

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5448

  • 49

    pulacional, atravs de pactuao na respectiva Comisso Interges-tores Bipartite.

    Art. 8 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    SARAIVA FELIPE

    Anexo IValores por estados conforme porte populacional

    Porte populacional Estados Valor por Valor total para estadosestado (R$) conforme porte

    populacional (R$)

    < 2,3 milhes hab. Roraima; Amap; 50.000,00 350.000,00Acre; Tocantins;Rondnia; Sergipe;Mato Grosso do Sul

    2,3 milhes a Distrito Federal; 70.000,00 630.000,00< 5 milhes hab. Mato Grosso;

    Rio Grande do Norte;Piau; Alagoas; Amazonas;Esprito Santo; Paraba

    5 milhes a Gois; Santa Catarina; 120.000,00 720.000,00 10 milhes hab. Paran; 150.000,00 900.000,00Rio Grande do Sul; Bahia;Rio de Janeiro;Minas Gerais; So Paulo

    Total 2.600.000,00

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5449

  • 50

    Anexo IIValores por estados conforme porte populacional

    Porte populacional Capitais Repasse por Total do repasse porcapital (R$) porte populacional

    de capital (R$)

    < 500 mil hab. Porto Velho; Palmas; 96.855,00 774.840,00Rio Branco; Boa Vista;Macap; Aracaju;Vitria; Florianpolis.

    500 mil Teresina; So Lus; Natal; 135.597,00 949.179,001 milho hab. Joo Pessoa; Macei;

    Campo Grande; Cuiab.

    1 milho Manaus; Belm; Recife; 193.710,00 1.162.260,002 milhes hab. Goinia; Curitiba;

    Porto Alegre.

    > 2 milhes hab. Fortaleza; Salvador; 290.565,00 1.743.390,00Braslia; Belo Horizonte;Rio de Janeiro; So Paulo.

    Total 27 capitais 4.629.669,00

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5450

  • 51

    Anexo C

    Portaria Interministerial n 1.010, de 8 de maio de2006 / Gabinete do Ministro

    Institui as diretrizes para a promoo daalimentao saudvel nas escolas de educao

    infantil, fundamental e nvel mdio das redespblicas e privadas, em mbito nacional.

    O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, INTERINO, E O MINISTRO DE ESTADODA EDUCAO, no uso de suas atribuies, e

    Considerando a dupla carga de doenas a que esto submetidos ospases onde a desigualdade social continua a gerar desnutrio entre crianase adultos, agravando assim o quadro de prevalncia de doenas infecciosas;

    Considerando a mudana no perfil epidemiolgico da populao bra-sileira com o aumento das doenas crnicas no transmissveis, com nfaseno excesso de peso e obesidade, assumindo propores alarmantes, especi-almente entre crianas e adolescentes;

    Considerando que as doenas crnicas no transmissveis so pass-veis de serem prevenidas, a partir de mudanas nos padres de alimentao,tabagismo e atividade fsica;

    Considerando que no padro alimentar do brasileiro encontra-se apredominncia de uma alimentao densamente calrica, rica em acar egordura animal e reduzida em carboidratos complexos e fibras;

    Considerando as recomendaes da Estratgia Global para Alimen-tao Saudvel, Atividade Fsica e Sade da Organizao Mundial da Sade(OMS) quanto necessidade de fomentar mudanas scio-ambientais, emnvel coletivo, para favorecer as escolhas saudveis no nvel individual;

    Considerando que as aes de Promoo da Sade estruturadas nombito do Ministrio da Sade ratificam o compromisso brasileiro com asdiretrizes da Estratgia Global;

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5451

  • 52

    Considerando que a Poltica Nacional de Alimentao e Nutrio (PNAN)insere-se na perspectiva do Direito Humano Alimentao adequada e queentre suas diretrizes destacam-se a promoo da alimentao saudvel, nocontexto de modos de vida saudveis e o monitoramento da situao ali-mentar e nutricional da populao brasileira;

    Considerando a recomendao da Estratgia Global para a Seguranados Alimentos da OMS, para que a inocuidade de alimentos seja inseridacomo uma prioridade na agenda da sade pblica, destacando as crianas ejovens como os grupos de maior risco;

    Considerando os objetivos e dimenses do Programa Nacional de Ali-mentao Escolar ao priorizar o respeito aos hbitos alimentares regionais e vocao agrcola do municpio, por meio do fomento ao desenvolvimentoda economia local;

    Considerando que os Parmetros Curriculares Nacionais orientam so-bre a necessidade de que as concepes sobre sade ou sobre o que sau-dvel, valorizao de hbitos e estilos de vida, atitudes perante as diferentesquestes relativas sade perpassem todas as reas de estudo, possam pro-cessar-se regularmente e de modo contextualizado no cotidiano da experi-ncia escolar;

    Considerando o grande desafio de incorporar o tema da alimentaoe nutrio no contexto escolar, com nfase na alimentao saudvel e napromoo da sade, reconhecendo a escola como um espao propcio formao de hbitos saudveis e construo da cidadania;

    Considerando o carter intersetorial da promoo da sade e a impor-tncia assumida pelo setor Educao com os esforos de mudanas das con-dies educacionais e sociais que podem afetar o risco sade de crianas ejovens;

    Considerando, ainda, que a responsabilidade compartilhada entre so-ciedade, setor produtivo e setor pblico o caminho para a construo demodos de vida que tenham como objetivo central a promoo da sade e apreveno das doenas;

    Considerando que a alimentao no se reduz questo puramentenutricional, mas um ato social, inserido em um contexto cultural; e

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5452

  • 53

    Considerando que a alimentao no ambiente escolar pode e deve terfuno pedaggica, devendo estar inserida no contexto curricular, resolvem:

    Art. 1 Instituir as diretrizes para a Promoo da Alimentao Saudvelnas Escolas de educao infantil, fundamental e nvel mdio dasredes pblica e privada, em mbito nacional, favorecendo odesenvolvimento de aes que promovam e garantam a adoode prticas alimentares mais saudveis no ambiente escolar.

    Art. 2 Reconhecer que a alimentao saudvel deve ser entendida comodireito humano, compreendendo um padro alimentar adequados necessidades biolgicas, sociais e culturais dos indivduos, de acordocom as fases do curso da vida e com base em prticas alimentaresque assumam os significados scio-culturais dos alimentos.

    Art. 3 Definir a promoo da alimentao saudvel nas escolas com basenos seguintes eixos prioritrios:

    I aes de educao alimentar e nutricional, considerandoos hbitos alimentares como expresso de manifestaesculturais regionais e nacionais;

    II estmulo produo de hortas escolares para a realizaode atividades com os alunos e a utilizao dos alimentosproduzidos na alimentao ofertada na escola;

    III estmulo implantao de boas prticas de manipulaode alimentos nos locais de produo e fornecimento deservios de alimentao do ambiente escolar;

    IV restrio ao comrcio e promoo comercial no ambi-ente escolar de alimentos e preparaes com altos teoresde gordura saturada, gordura trans, acar livre e sal eincentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras; e

    V monitoramento da situao nutricional dos escolares.Art. 4 Definir que os locais de produo e fornecimento de alimentos, de

    que trata esta Portaria, incluam refeitrios, restaurantes, cantinase lanchonetes que devem estar adequados s boas prticas para osservios de alimentao, conforme definido nos regulamentos vi-gentes sobre boas prticas para servios de alimentao, como for-ma de garantir a segurana sanitria dos alimentos e das refeies.

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5453

  • 54

    Pargrafo nico. Esses locais devem redimensionar as aes de-senvolvidas no cotidiano escolar, valorizando a alimentao comoestratgia de promoo da sade.

    Art. 5 Para alcanar uma alimentao saudvel no ambiente escolar, de-vem-se implementar as seguintes aes:

    I definir estratgias, em conjunto com a comunidade es-colar, para favorecer escolhas saudveis;

    II sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos comalimentao na escola para produzir e oferecer alimen-tos mais saudveis;

    III desenvolver estratgias de informao s famlias, enfati-zando sua co-responsabilidade e a importncia de suaparticipao neste processo;

    IV conhecer, fomentar e criar condies para a adequaodos locais de produo e fornecimento de refeies sboas prticas para servios de alimentao, consideran-do a importncia do uso da gua potvel para consumo;

    V restringir a oferta e a venda de alimentos com alto teor degordura, gordura saturada, gordura trans, acar livre esal e desenvolver opes de alimentos e refeies saud-veis na escola;

    VI aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, le-gumes e verduras;

    VII estimular e auxiliar os servios de alimentao da escolana divulgao de opes saudveis e no desenvolvimen-to de estratgias que possibilitem essas escolhas;

    VIII divulgar a experincia da alimentao saudvel paraoutras escolas, trocando informaes e vivncias;

    IX desenvolver um programa contnuo de promoo dehbitos alimentares saudveis, considerando o monito-ramento do estado nutricional das crianas, com nfaseno desenvolvimento de aes de preveno e controledos distrbios nutricionais e educao nutricional; e

    X incorporar o tema alimentao saudvel no projeto pol-tico pedaggico da escola, perpassando todas as reas

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5454

  • 55

    de estudo e propiciando experincias no cotidiano dasatividades escolares.

    Art. 6 Determinar que as responsabilidades inerentes ao processo de im-plementao de alimentao saudvel nas escolas sejam comparti-lhadas entre o Ministrio da Sade/Agncia Nacional de VigilnciaSanitria e o Ministrio da Educao/Fundo Nacional de Desenvol-vimento da Educao.

    Art. 7 Estabelecer que as competncias das Secretarias Estaduais e Muni-cipais de Sade e de Educao, dos Conselhos Municipais e Esta-duais de Sade, Educao e Alimentao Escolar sejam pactuadasem fruns locais de acordo com as especificidades identificadas.

    Art. 8 Definir que os Centros Colaboradores em Alimentao e Nutrio,Instituies e Entidades de Ensino e Pesquisa possam prestar apoiotcnico e operacional aos estados e municpios na implementaoda alimentao saudvel nas escolas, incluindo a capacitao deprofissionais de sade e de educao, merendeiras, cantineiros, con-selheiros de alimentao escolar e outros profissionais interessados.

    Pargrafo nico. Para fins deste artigo, os rgos envolvidos pode-ro celebrar convnio com as referidas instituies de ensino e pes-quisa.

    Art. 9 Definir que a avaliao de impacto da alimentao saudvel noambiente escolar deva contemplar a anlise de seus efeitos a cur-to, mdio e longo prazos e dever observar os indicadores pactua-dos no pacto de gesto da sade.

    Art. 10 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    JOS AGENOR LVARES DA SILVAMinistro de Estado da Sade Interino

    FERNANDO HADDADMinistro Estado da Educao

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5455

  • 56

    Anexo D

    Portaria n 23, de 18 de maio de 2006O SECRETRIO DE VIGILNCIA EM SADE, no uso das atribuies que lheconfere o Art. 37, do Decreto n 5.678, de 18 de janeiro de 2006 e conside-rando,

    O disposto no 2, Art. 2 da Portaria/GM n 1.190, de 14 de julho de2005, que institui o Comit Gestor da Poltica Nacional de Promoo daSade;

    A Portaria/GM n 687, de 30 de maro de 2006, que institui a PolticaNacional de Promoo da Sade, resolve:

    Art. 1 Constituir o Comit Gestor da Poltica Nacional de Promoo daSade CGPNPS, de que trata a Portaria/GM n 1.190, de 14 dejulho de 2005.

    Art. 2 Estabelecer que o Comit Gestor da Poltica Nacional de Promooda Sade ser composto pelos seguintes membros titulares e su-plentes:

    I Otaliba Libnio Morais Dasis/SVS/MSSuplente: Deborah Carvalho Malta CGDANT/Dasis/SVS/MSII Adriana Miranda de Castro CGDANT/Dasis/SVS/MSSuplente: Cristiane Scollari Gosch CGDANT/Dasis/SVS/MSIII Anamaria Testa Tambellini CGVAM/SVS/MSSuplente: Marta Helena Paiva Dantas CGVAM/SVS/MSIV Carmen de Simoni DAB/SAS/MSSuplente: Antonio Dercy Silveira Filho DAB/SAS/MSV Maria Cristina Boaretto Dape/SAS/MSSuplente: Jos Luis Telles Dape/SAS/MSVI Ana Ceclia Silveira Lins Sucupira Dape/SAS/MSSuplente: Sueza Abadia de Souza Dape/SVS/MSVII Ena Arajo Galvo SGTES/MS

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5456

  • 57

    Suplente: Cludia Maria da Silva Marques SGTES/MSVIII Jos Luiz Riani Costa SGP/MSSuplente: M Natividade Gomes da Silva Teixeira Santana SGP/MSIX Pubenza Castellanos SCTIE/MSSuplente: Antonia ngulo Tuesta SCTIE/MSX Roberta Soares Nascimento Funasa/MSSuplente: Irnia Maria da Silva Ferreira Marques Funasa/MSXI Antonio Ivo de Carvalho Fiocruz/MSSuplente: Lenira Fracasso Zancan Fiocruz/MSXII Gulnar Azevedo e Silva Mendona Inca/MSSuplente: Cludio Pompeiano Noronha Inca/MSXIII Afonso Teixeira dos Reis ANS/MSSuplente: Martha Regina de Oliveira ANS/MS

    Pargrafo nico. Os membros do CGPNPS tero com mandato dedois anos, podendo ser reconduzidos por determinao do Secre-trio de Vigilncia em Sade.

    Art. 3 O CGPNPS ser coordenado pelo Diretor do Departamento de An-lise de Situao de Sade Dasis/SVS/MS e/ou seu suplente, queter as seguintes competncias:

    I Convocar e coordenar as reunies do comit assessor;II Indicar um tcnico do Dasis/SVS/MS para desenvolver ati-

    vidades necessrias ao funcionamento do comit; eIII Encaminhar atas, relatrios e recomendaes para apreci-

    ao e aprovao do Secretrio de Vigilncia em Sade.

    Art. 4 Os membros do CGPNPS tero as seguintes competncias:I Participar das reunies ordinrias e extraordinrias do

    CGPNPS;II Apresentar temas, bem como discutir e deliberar as ma-

    trias submetidas a CGPNPS; eIII Compor grupos tcnicos para analisar temas especficos

    no mbito da Poltica Nacional de Promoo da Sade,quando indicados pela plenria ou quando solicitado pelocoordenador.

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5457

  • 58

    Art. 5 A CGPNPS reunir-se- ordinariamente ou extraordinariamente quan-do convocado pelo seu Coordenador, sendo que as mesmas serorealizadas somente com a presena de, no mnimo, cinqenta porcento mais um dos seus membros.

    Art. 6 As reunies ordinrias e extraordinrias sero realizadas em Bras-lia ou em local a ser de.nido por deciso do Secretrio de Vigilnciaem Sade.

    Art. 7 A participao no CGPNPS ser considerada servio pblico rele-vante, no ensejando qualquer remunerao.

    Art. 8 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    JARBAS BARBOSA DA SILVA JNIOR

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  • 59

    promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:5459

  • Esta publicao foi editorada comas fontes Frutiger 45 e Frutiger 95.A capa e o miolo foram impressosno papel Reciclato, em outubro de2006.

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  • POL

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    V O L U M E 7

    9 7 9 8 5 3 3 4 1 1 9 8 1

    ISBN 853341198 -7

    Poltica Nacional dePromoo da Sade

    Disque Sade

    0800 61 1997

    www.saude.gov.br/svs

    www.saude.gov.br/bvs

    www.saude.gov.br/dab

    capa_promocao 08.pmd 21/11/2006, 17:281