política e sociedade na grécia antiga

Upload: alexandre-camargo

Post on 03-Jun-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    1/132

    Poltica e sociedade na Grcia

    Arcaica e Clssica (700-404 a. C.)

    Prof. Guilherme MoerbeckFaculdades Bagozzi - 2008

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    2/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    3/132

    O mundo aps a queda dos

    palcios micnicosMonarquiaHereditria

    sancionadapela religio

    Poderes na guerra,justia, poltica ereligio

    Na luta entre o rei e os nobres,aquele gradualmente perde

    poder pela assimilao a um

    grupo maior de famliasaristocrticas

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    4/132

    Gnos

    Cl - Grupo social composto por famlias que alegam

    descender de um ancestral nico. Ognosera lideradopelas famlias mais proeminentes e exercia um papelproeminente como grupo poltico no Perodo Arcaico. Opoder e a influncia dosgene recrudesceu no PerodoClssico, mas continuou a conferir prestigio social aosmembros das famlias.

    In: POMEROY, S. et alii. Ancient Greece: A political, social and culturalHistory. Oxford: Oxford University Press, 1999, p. 480.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    5/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    6/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    7/132

    O Processo de Colonizao VIII-VI

    A colonizao era um meio de dar terras queles

    que, por diversas razes, no tinham acesso a ela na

    metrpole. Mas isto no invalida que, em relao escolha do stio, haja a existncia de outraspreocupaes...

    MOSS, Claude e SCHNAPP-GOURBEILLON, Annie. Sntese deHistria grega. Trad: Carlos Carreto. Lisboa: ASA, 1994, p. 171.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    8/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    9/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    10/132

    F d j t d Ci Libi (Fi d l VII C )

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    11/132

    Fundao-juramento de Cirene, Libia (Fins do sculo VII a. C.)Inscrio de Cirene contendo o juramento feito pelos Theraens e os

    colonos de Cirene.Resolvido pela assemblia. Desde que, espontaneamente, Apolo disse a Battus e aos Theraens para fundar umacolnia em Cirene, os Theraens decidiram enviarBattus como fundador eBasileus da colnia. Os Theraens deveriam

    partir como seus companheiros. Eles deveriam partir em termos iguais; e um filho de cada famlia deveria serinscrito. Aqueles que partirem devero ser adultos e qualquer homem livre dos Theraens, que desejar, tambm podempartir.

    Se os colonos assegurarem o povoado, qualquer colono que for mais tarde a Lbia, dever partilhar a cidadania ehonras. Ele tambm dever receber um lote de terra. Mas, se eles no fizerem o povoado seguro, e os Theraens no

    puderem vir ajud-los e eles sofrerem perturbaes por cinco anos, os colonos devero retornar sem medo a Thera.Eles devero voltar para as suas prprias propriedades e se tornar cidados de Thera.

    Se algum est relutante a partir quando mandado pela cidade, deixe-o ser alvo da pena de morte e deixe suapropriedade ser confiscada. Quem quer que receba ou proteja esta pessoamesmo que um pai a seu filho ou irmo aseu irmo dever sofrer a mesma punio que a pessoa que se recusou a partir. Nestes termos juramentos foram

    proferidos por aqueles que restaram em Thera e aqueles que partiram para fundar a colnia. Eles tambmamaldioaram aqueles que transgrediram estas condies e no acataram a eles, tanto aqueles assentados na Lbia eos que permaneceram aqui.

    Eles formaram imagens de cera e as queimaram enquanto proferiam essas maldies, todos juntos, homens emulheres, meninos e meninas. A pessoa que no acata esses julgamentos, mas os transgride, derreter e escorrercomo estas imagens, ele e seus descendentes e sua propriedade. Mas, haver muitas coisas boas, muitos bens, quelesque acataram estes julgamentos, tanto aqueles que partiram para a Lbia quanto aqueles que permaneceram em Thera,

    para eles prprios e seus descendentes.

    Supplementum Epigraphicum Graecum 9.3; In: POMEROY, S. et alii. Ancient Greece: A political, social and culturalHistory. Oxford: Oxford University Press, 1999, p. 92.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    12/132

    As Conseqncias da colonizao

    Nucratis

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    13/132

    A colonizao e o mar

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    14/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    15/132

    Os perigos do mar

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    16/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    17/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    18/132

    Krater

    geomtrico

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    19/132

    Alabastro da Magna Grcia

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    20/132

    Rhyton De

    Apuleia

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    21/132

    Pithos cretense

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    22/132

    Kyathos

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    23/132

    Kantharos

    Geomrico

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    24/132

    Kylix

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    25/132

    Arte geomtrica (900-700 a. C.)

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    26/132

    Arte do Perodo Arcaico

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    27/132

    O Clssico

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    28/132

    Moedas do Mediterrneo

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    29/132

    As relaes entre as cidades

    Evolues divergentes

    Anfictionias

    Simaquias: Liga do Peloponeso

    Liga Pan-Helnica de Corinto

    Liga de Delos

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    30/132

    Anfictionias

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    31/132

    As principais Simaquias

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    32/132

    A crise da sociedade aristocrtica

    A crise agrriaA revoluo/reformahopltica

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    33/132

    A Falange Hopltica

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    34/132

    As reformas de Slon

    Eu dei ao dmos tanto privilgio quanto suficiente paraeles, nem adicionando nem tirando; e para aqueles quetinham poder e eram admirados por sua riqueza, eutambm provi para que eles no sofressem males em

    demasia. Eu permaneci com escudo forte jogado em ambasas partes, no permitindo que um prevalecesseinjustamente sobre o outro.

    Citado em Plutarco, Slon 18.4. In: POMEROY, S. et alii.Ancient Greece: Apolitical, social and cultural History. Oxford: Oxford University Press, 1999,p. 166.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    35/132

    Elementos da reforma de Slon:

    Seisachteia.

    Regressos da escravido fora da tica.

    Criao da Boul400 participantes.

    Limitao da extenso das terras.

    Incentivo produo artesanal.

    Proibio da exportao de produtos

    essenciais.

    Grupos sociais antes da reforma de

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    36/132

    Grupos sociais antes da reforma deSlon

    Eupatrides Georgs Demiourgo Ths (Tetes)Nobresbemnascidos.

    Proprietrios degrande glebasumaminoria queocupava a planciefrtil.

    Detentores detodas as altasmagistraturas

    (Arcontes, juzes,sacerdotes e assentono conselho doArepago).

    Pequenoscamponesestinham assento naEclsia e poderiamvotar.

    Artesosaptos ater assento e voto naassemblia.

    Trabalhadoreslivres sem-terra esem especializao.

    No possuamdireitos polticos.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    37/132

    A timocracia de Slon

    Pentacosiomedimnos Hippes Zeugtas ThsAqueles cujas

    propriedades podiamproduzir 500medidas (medimnoi)

    por ano de gros ouequivalentes.Podiam ocupar:Arcontados -tesouraria;

    Arepago; Boul e aEclsia.

    Aqueles cujaspropriedadespodiam produzir300 medidas decereais ouequivalentes.Possuamriqueza suficiente

    para compor a

    cavalaria.Podiam ocupar:Magistraturasmenores; Boul ea Eclsia.

    Aqueles cujaspropriedadespodiam produzir200 medidas decereais ouequivalentes.Deviam atuar naguerra comohoplitas.

    Podiam ocupar:Magistraturasmenores; Boul ea Eclsia.

    Aqueles cujaspropriedadespodiam produzirmenos de 200medidas decereais ouequivalentes; oumesmo no

    possuam terras.

    Participavamapenas daEclsia.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    38/132

    A Tirania em AtenasTendo por essa maneira, recuperado a soberania, Pisstrato desposou a filha de

    Megacles, segundo o compromisso firmado entre ambos; mas, como j possua filhoscrescidos e como os Alcmenidas passavam por atingidos de maldio, no querendofilhos de nova mulher, teve com ela apenas contatos contra a natureza. A princpio, a

    jovem esposa suportou em silncio tal ultraje, mas depois o revelou prpria me,espontaneamente ou premida pela perguntas desta. A me comunicou o caso a

    Megacles, seu esposo, que, indignado com a afronta do genro, reconciliou-se, na suaclera, com a faco oposta.

    Informado do que se tramava contra ele, Pisstrato abandonou a tica, dirigindo-se paraa Eritria, onde pediu conselhos a seu filho Hpias. Este aconselhou-o a recuperar otrono, sendo o alvitre aceito. As cidades s quais Pisstrato tinha prestado outrora algum

    servio cumularam-no de presentes. Vrias deram-lhe somas considerveis, mas foramos Tebanos os que mais se distinguiram pela sua liberalidade. Pouco mais tarde, tudoestava pronto para o regresso do tirano. Do Peloponeso foram enviadas tropas rgiasmercenrias, e um nxio de nome Ligdmis acorreu cheio de zelo, com homens edinheiro para a empresa.

    Herdoto. Histria. Livro I, 1.61.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    39/132

    O alargamento da democracia

    as reformas de Clstenes

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    40/132

    As divisesna tica

    feitas porClstenes.

    As tribos de

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    41/132

    As tribos de

    Clstenes

    Cada Tribo:Tinha um altar e umsacerdote.

    Tinha uma assemblia,

    tesouro e magistradoslocais.

    Tinha que prover homenspara compor o exrcito eum estrategogeneral.

    Era responsvel pelasliturgias nas ocasies emque havia festivais

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    42/132

    As instituies de Atenas

    O colgio dos arcontes

    Rei

    Polemarca

    Epnimo

    Tesmtetas

    Arepago

    BoulConselhodos 400/500

    Eclsia

    ...[Clstenes modifica] as estruturas da

    sociedade ateniense, remodelando o

    espao cvico para dar uma base

    concreta igualdade jurdica [isonomia]

    dos cidados.[1] I segor ia e I sonomia[1]MOSS, Claude. O cidado na Grcia Antiga.Lisboa: Edies 70, 1999. p. 25

    Estratego

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    43/132

    O funcionamento das instituies

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    44/132

    As Reformas de Efialtes e

    PriclesEfialtes 462 a. C Reduz o poder do Arepago

    Pricles 460429 a. C

    Restringe a cidadania a filhos de pai e meatenienses.

    Cria a mistoforia.

    Arcontado aberto aos pequenos camponeses e

    tambm aos tetes.Transferiu o tesouro da Liga de Delos paraAtenas.

    Fomentou a fundao de aproximadamente

    6000 clerquias.

    A muralha de Atenas ao Pireu

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    45/132

    A muralha de Atenas ao Pireu

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    46/132

    A escravido no mundo grego

    Exerccio de comparao. O que um escravo?

    Momentos do escravo. O trabalho agrcola.

    Pelo trabalho os homens constroem abundncia e riqueza nos rebanhos,

    E trabalhando eles se tornam mais bem quistos pelos deuses.

    O trabalho no nenhuma desgraa; a preguia a desgraa.

    E se voc trabalhar, o homem preguioso, em breve, invejar-te-

    Assim que voc enriquecer, porque a fama e o renome seguem aprosperidade.

    Hesodo. Works and days.(308-313) In: POMEROY, S. et alii.Ancient Greece: A political, socialand cultural History. Oxford: Oxford University Press, 1999, p. 101.

    Duas palavrinhas:

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    47/132

    p

    "...nesse sistema social e mental, o homem age quando

    utiliza as coisas e no quando as fabrica. O ideal do

    homem livre, do homem ativo, ser universalmente

    usurio, nunca produtor. E o verdadeiro problema da

    ao, pelo menos para as relaes do homem com a

    natureza, do bom emprego das coisas e no o de sua

    transformao em trabalho."[1]

    [1]VERNANT, Jean-Pierre e NAQUET-VIDAL, Pierre. 1989, op. cit. pp.41.

    "A condio do Homem livre que ele no vive sob a

    coao de outro". Aristteles. Retrica (1367a32)

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    48/132

    Yvon Garlan

    Servidointercomunitria

    ServidoIntracomunitria

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    49/132

    Jos Antonio Dabdab-Trabulsi

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    50/132

    Jos to o abdab abu s

    [...] mais importante do que discutir se o cidado existiria sem o escravo de um

    ponto de vista fisiolgicoo que na minha opinio evidente reconhecer que o

    tipo social e psicolgico em que se constitui o cidado s existe em relao ao mundo

    da dependncia, se preferirmos falar de forma mais abrangente. Toda tica do mundo

    antigo se funda nisso.[1]

    [1]DABDAB-TRABULSI. 2001, op cit. pp. 134.

    O escravo o caso limite, quando analisamos o problema da excluso, mas devemos

    ter em vista que existiam diferentes nveis de excluso, no caso da mulher, do meteco,

    do jovem e etc.. A ideologia presente em toda poca clssica divide aqueles que tm o

    direito de participar daqueles no o possuem. O fato de esta ideologia ser

    constantemente reiterada, significa que no era algo aceito como natural, podemos

    concluir que o status de cidado e os excludos deste deviam, por vezes causar tenso,isto , resistncia a esse sistema. A mobilizao poltica no um fim em si, age-se em

    funo de obter algum resultado[1]

    [1]DABDAB-TRABULSI, Jos Antnio.Ensaio Sobre a mobilizao poltica na Grcia Antiga.

    Belo Horizonte: UFMG, 2001. pp. 119

    A guerra na Grcia: Aspectos

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    51/132

    A guerra na Grcia: Aspectostericos

    Advertncia Inicial [...]o que a maioria dos homens chama de paz apenas uma aparncia; na realidade, todas ascidades vivem, por natureza, em permanenteestado de guerra no declarada contra todas asoutras cidades. (Plato: Leis 626A)

    Outra advertncia [...]pode-se demonstrar que somente Atenasesteve em guerra por, em mdia, mais de dois emcada trs anos, entre as guerras persas e a vitriade Filipe da Macednia em Queronia em 338 a.

    C., e que nunca usufruiu dez anos consecutivos depaz em todo esse perodo.[1]

    [1]FINLEY, Moses.Histria Antiga: Testemunhos emodelos. So Paulo: Martins Fontes, 1994, p. 90.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    52/132

    Ernst Gellner

    Contingente e opcional.

    Obrigatria e normativa.

    Opcional,contraproducente e fatal.

    A guerra nas sociedades

    riqueza poderia ser adquirida

    mais rapidamente por meio daatividade predatria do que pela

    produo.[1]

    [1]

    GELLNER, Ernest.Antropologia e poltica:Revolues no bosque do sagrado.Rio deJaneiro: Jorge Zahar, 1997. p.167.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    53/132

    Torre de pedra

    erguida junto

    muralha de Jeric.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    54/132

    A i b

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    55/132

    As vises sobre a guerra

    Yvon Garlan [...]no a guerra como tal, mas seusmalefcios ou seus excessos, ou mais

    simplesmente sua inoportunidade, que so assim

    denunciados.[1]

    [1]GARLAN, Yvon. op. cit. p. 10.

    Dois tipos bsicosde guerra:

    Plemos

    Stsis

    A t ti

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    56/132

    As questes ticas

    O Mundo de Homero:

    Faanhas individuais

    Busca da glria pessoal

    Furor belicoso

    A bela morte

    Hippeis

    O Mundo Arcaico e Clssico:

    Falange hopltica

    Coeso para a vitria

    Os isoi

    Sophrosyne

    Zeugitas

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    57/132

    Jean-Pierre Vernant

    Chega a um momento em que a cidade rejeita as atitudes

    tradicionais da aristocracia tendentes a exaltar o prestgio, areforar o poder dos indivduos e dosgene, a eleva-los acima docomum. So assim condenados como descomedimento, comohbrisdo mesmo modo que o furor guerreiro e a busca de umaglria puramente particulara ostentao da riqueza, o luxo dasvestimentas, a suntuosidade dos funerais, as manifestaes

    excessivas da dor em caso de luto, um comportamento muitoostensivo das mulheres, ou o comportamento demasiado seguro,demasiado audacioso da juventude nobre.[1]

    [1]VERNANT, Jean-Pierre.As origens do pensamento grego. Trad. sis Borges

    B. Da Fonseca. Rio de Janeiro: Difel, 2003, p. 68-69.

    A G Mdi

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    58/132

    As Guerras Mdicas

    A expanso do Imprio Persa

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    59/132

    Dario e a 1

    expedio contraAtenas

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    60/132

    Persian

    Achaemenid

    Coin: Gold Daric,

    circa 490BC.

    O mundo persa

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    61/132

    O mundo persa

    A b t lh d M t

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    62/132

    A batalha de Maratona

    Memrias da batalha de

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    63/132

    Memrias da batalha deMaratona

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    64/132

    A cidadania dos mais pobres

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    65/132

    A cidadania dos mais pobres

    CANFORA, Luciano. O cidado in: VERNANT, Jean-Pierre (org). O Homem grego.Trad. Maria

    Jorge Vilar de Figueiredo. Lisboa: Editorial presena, 1994. p. 103-30.

    A 2 Guerra Mdica

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    66/132

    A 2 Guerra Mdica

    A batalha das termpilas

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    67/132

    A batalha das termpilas

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    68/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    69/132

    A batalha de Salamina na viso de squilo

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    70/132

    q

    MENSAGEIRO( Rainha)Quando a claridade do sol se extinguiu e a noite

    sobreveio, todos os mestres do remadores foram para bordo, assim como os

    comandantes dos soldados. Nos seus postos, os homens encorajavam-se unsaos outros por todo navio, e cada um destes vogava na ala que lhe fora

    designada.[...]logo que o dia com seus brancos corcis encheu toda a terra de

    uma claridade resplandecente, ecoou do lado dos gregos um ribombante

    clamor semelhante a um canto e cujo estrpido repercutiu pela ilha rochosa. O

    temor assaltou ento todos os brbaros enganados na sua espera; pis na era

    para fugir que os gregos entoavam aquele canto solene, mas para se lanarem

    ao combate, plenos de coragem e de audcia, enquanto a trombeta abrasava

    com os seus toques todo o exrcito. Pouco depois, batendo em seus remos

    ruidosos em unssono, ferindo as guas profundas cadenciadamente, vmo-lossair a toda a velocidade e aparecer diante de ns. A ala direita avanava

    frente em boa ordem, seguida pela restante frota; de repente, e

    simultaneamente, ouviu-se um grande grito: Ide, filhos dos gregos, libertai a

    vossa ptria, libertai os vossos filhos e as vossas mulheres, os santurios dos

    deuses dos vossos pais e as tumbas dos vossos antepassados; por todos os

    Do nosso lado, respondeu-se em lngua persa: enfim , chegou a altura. Logo

    aps navio contra navio as proas revestidas de bronze chocaram O primeiro

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    71/132

    aps, navio contra navio, as proas revestidas de bronze chocaram. O primeiro

    ataque partiu de um navio grego, que destruiu toda a armadura de uma

    embarcao fencia; depois cada um por si abalroou um adversrio. A torrente

    da armada persa avanou, porm, dado o grande nmero dos nossos navios e

    como o espao de manobra era exguo, em vez de auxiliarem entre si como

    pretendiam, chocavam e com os espores de bronze quebravam os remos uns

    aos outros. Ento, os navios gregos, navegando velozmente volta dos nossos,

    comearam a abalroar-nos. No tardou que muitos se virassem, e o mar

    depressa desapareceu sob uma amlgama de destroos e cadveres sangrentos;os rochedos da costa encheram-se de mortos e toda a frota dos brbaros fugiu

    desordenadamente fora dos remos, enquanto os gregos acabavam conosco,

    como se fssemos atuns ou outros peixes presos ao anzol, quebrando-nos aos

    flancos com bocados de remos e fragmentos de destroos. Gemidos e soluos

    ouviram-se em toda a extenso do mar at hora em que a escura face da noiteos ocultou do vencedor. Levaria bem dez dias para falar em pormenor acerca

    do nmero das nossas perdas, e no o conseguiria. Nunca uma tal quantidade

    de homens pereceu num s dia.[1]

    SQUILO. Os Persas. Trad.: Virglio Martinho. Lisboa: Editorial estampa, 1975.

    As foras na Guerra do Peloponeso

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    72/132

    A opinio de Tucdides

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    73/132

    A opinio de TucdidesNa minha opinio, a explicao mais correta, ainda que menos

    difundida, era a que os atenienses, tornando-se grandes e instilandomedo nos espartanos, compeliram-nos guerra; mas os motivosabertamente expressos pelos quais os dois lados quebraram a trguae declararam guerra so os seguintes.[...] Os espartanos votaram

    que o tratado fora quebrado e que a guerra deveria ser declarada,no tanto por eles terem sido influenciados pelos discursos de seusaliados como por temerem o novo crescimento do poder ateniense,

    percebendo, como o fizeram, que grande parte dos helenos estava

    sob o controle de Atenas.[1]

    [1]TUCDIDES. The Peloponnesian War. 1,23,6 e 1,88. In: FERGUSON, John e CHISHOLM,Kitty.Political an social life in the great age of Athens. London: The Open University, 1978. p.62.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    74/132

    O medo da derrota em Os sete contra Tebas

    CORO-Ah, deuses todo-poderosos! Ah,deuses e deusas tornados guardies das

    muralhas de Tebas, nossa cidade

    sucumbe ao esforo das lanas: no aentregueis a um exrcito que fala uma

    outra lngua![1](Linhas 166-170)

    [1]ESCHYLE.Les Sept contre Thbes. Trad. Paul Mazon.Introduo e notas de Jean Alaux. Paris: Les Belles Lettres,1997, pp. 12-3.

    A importncia econmica da

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    75/132

    A importncia econmica daguerra naIlada.

    AQUILES (a sua me, Ttis)- Tu o sabes. Porque, se conheces tudo isto, te deveria contar?Fomos a Tebas, a cidade santa de Etion; tendo-asaqueado, trouxemos para c todo o butim. Osfilhos dos aqueus [gregos] dividiram todo eleentre si, eqitativamente, aps ter separado, parao filho de Atreu (Agammnon), Criseis de belorosto. (...) e h pouco, de minha tenda, os arautos

    levaram a jovem Briseis, que os filhos dosaqueus me haviam dado.[1]

    [1]HOMRE.LIliade. Introduo, traduo e notas de E.Lasserre. Paris: Garnier-Flammarion, 1965, p. 32.

    Um possvel concluso

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    76/132

    Um possvel concluso...Com sua muralha destruda e destituda de suas principais fontes de

    renda, como ophoros da Liga de Delos, ficou demasiadamente difcilque a cidade de Pricles, outrora grandiosa, retomasse seus antigos

    poderio e opulncia. A Guerra do Peloponeso fez emergir uma novagerao de polticos, refletir uma gerao de escritores e marcou uma

    gerao de cidados. Em contraste com o pan-helenismo baseado emelementos selecionados, existente no tempo de squilo, quando oinimigo falava a lngua brbara, vemos agora uma viso menos positivados prprios helenos. Nos ltimos tempos da Liga de Delos j no havia

    pan-helenismo, mas to somente os aliados sob tutela e presso

    ateniense. A guerra era to suscetvel s contingncias e casusticasquanto a frgil noo de pan-helenismo, idealizada mediante a utilizaode signos culturais e sustentada por bases demasiadamente dbeis.

    MOERBECK, Guilherme.A forma, o discurso e a poltica: as geraes da tragdia grega nosculo V a. C.Dissertao de MestradoNiteri: UFF, 2007, p. 120

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    77/132

    A Religio na Atenas Clssica

    O Historiador da religio grega; portanto, deve navegar

    entre dois escolhos. Precisa abster-se de cristianizar areligio que ele estuda; interpretando o pensamento, ascondutas, os sentimentos do grego os sentimentos do grego

    exercendo sua piedade no contexto da religio cvica tendopor modelo o crente de hoje, que assegura a sua salvaopessoal, nesta vida e na outra, no seio de uma igreja que anica habilitada a conferir-lhe os sacramentos que fazem

    dele um fiel.[1][1]VERNANT, Jean-Pierre.Mito e religio na Grcia Antiga.So Paulo:Martins fontes, 2006, p. 3.

    H alguns elementos que se deve

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    78/132

    H alguns elementos que se deveguardar:

    No h porque pensar que as religies antigas so menoscomplexas e organizadas.Deve-se identificar o que a religio grega tem de especfico.O divino no politesmo no implica: onipotncia, oniscincia

    e a noo de absoluto.No h revelao, nem livro sagrado na religio grega e nemdogmas.No h um grupo de intrpretes especializados.

    H uma crena generalizada de que no mundo sempre houveuma convivncia entre deuses e homens.O equivalente de grego para f, j que no existe essa

    palavra, Nomizein Tous Theos-> Honrar a divindade.

    A Teogonia

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    79/132

    A Teogonia

    Caos

    Noite

    Dia

    Escuro

    Aither (Cu

    brilhante do

    dia)

    Gaia

    Uranos

    MontanhasMar

    Uranos

    Tits:OceanoTtis Cronos----Ria

    Novo captulo da Teogonia

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    80/132

    Novo captulo da Teogonia

    ZeusHstiaDemterHeraPodeidon - Hades

    Zeus

    O panteo e seus doze deuses

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    81/132

    O panteo e seus doze deuses

    AtenaFilha de Zeus.

    Simboliza o valor masculino

    que deve ser partilhado pela

    mulher.

    Depositria da inteligncia

    prtica dos arteso e da

    tecelagem feminina.Deusa tutelar de Atenas

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    82/132

    ZeusPrincpio dasoberania legal e da

    justia.

    Garantidor daordem do mundo eda sociedade.

    Deus maispoderoso doOlimpo.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    83/132

    HeraMantenedora domatrimnio regular e da

    descendncia legtima.Mantm a coeso dafamlia.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    84/132

    PoseidonDivindade de origem

    micnica.

    Deus dos mares eprotetor dosnavegantes.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    85/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    86/132

    DionisoDeus do vinho, daembriaguez dodelrio e da loucura.

    Domina a zonalimtrofe que liga oshomens aos animaise natureza.

    Patrono do teatro.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    87/132

    rtemisDeusa virgem.

    Ligada ao campo, acaa e aos rituais de

    passagens das moas.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    88/132

    AfroditeDeusa associada aodesejo ertico e s

    paixes

    avassaladoras.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    89/132

    DemterLigada fertilidade da

    terra, aos ciclosda natureza e aocultivo doscereais.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    90/132

    HermesPersonifica a figura domensageiro, do viajante emespaos abertos.

    Simboliza a passagem domundo dos vivos aos dosmortos, j que tem a tarefade conduzir os mortos aohades.

    Ligado tambm arte dacomunicao e a ocomrcio.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    91/132

    HefestoDivindadeartesanal ligadaa espaosfechados.

    Conhecimentotcnico,sobretudo queleligado

    metalurgia.

    Deus dosartesos do fogo.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    92/132

    AresDeus da guerra,ligado ao furor

    belicoso.

    Amante de Afrodite,que por sinal casadacom Hefesto.....

    A LricaPndaro e Baqulides.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    93/132

    As odes de Pndaro e de Baqulides que celebram

    as vitrias nestes jogos apresentam ao vencedor a

    imagem do heri ideal, que se reflete nos mitosparadigmticos narrados pelo poeta. A vitriareflete a excelncia inata do atleta, a sua disciplina,a habilidade por ele demonstrada, a disponibilidade

    para o risco, a moderao na alegria do sucesso[1].

    [1]VEGETTI, Mario. O homem e os deuses in: O Homem grego.Jean-Pierre Vernant (org.). Lisboa: Editorial Presena, 1994, p. 178

    q

    As teorias do mito -O

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    94/132

    As teorias do mito Omito no sculo XIX

    Escola de

    mitologia

    comparada

    Max Muller

    Escola Antropolgica

    Inglesa

    E. B. Tylor eAndrew Lang

    Escola Histrica AlemOtto Gruppe eWilamowitz

    A crtica de Jean-Pierre Vernant

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    95/132

    [nas trs perspectivas] ainda na aparece a idia de que a religio

    e os mitos formem um sistema organizado cuja coerncia e asmltiplas articulaes preciso aprender. [...] O mito tratado porreduo. Em vez de se ver nele uma lngua a decifrar, reduzido

    ora a um acidente, um contra-senso no desenvolvimento dalinguagem, ora a uma prtica ritual, ora a um acontecimentohistrico. [...] Encerrado nessa moldura, o estudo do pensamentomtico dos gregos oscila entre dois plos extremos: ou se tenta

    faz-lo reentrar numa mentalidade primitiva [...] ou se aplicamnele as nossas prprias categorias.[1]

    [1]VERNANT, Jean Pierre.Mito e sociedade na Grcia Antiga.2. Edio.Trad.Myriam Campello. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1999, p. 198-9.

    O Mito ontem e Hoje

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    96/132

    j

    Simbolismo Freud

    Carl Jung, Karl Kerenyi

    e Mircea Eliade(Fenomenologia)

    Funcionalismo

    Malinovski

    A abordagem novaMarcel Mauss, Louis

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    97/132

    g ,

    Gernet, Georges Dumzil e Claude Lvi-Strauss.

    "(...) as verdadeiras unidades constitutivas do mito no so asrelaes isoladas, mas feixe de relaes, e que somente sob aforma de combinao de tais feixes que as unidadesconstitutivas adquirem uma funo significante"[1]

    [1]LVI-STRAUSS, Claude.Antropologia Estrutural. Trad.: Chaim Samuel Katze Eginardo Pires. Rio de Janeiro: tempo Brasileiro, 1996, p. 244.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    98/132

    O q e portanto o mito?

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    99/132

    O que , portanto, o mito?

    Um mito como os da Grcia no um dogma cuja

    forma deve ser fixada de uma vez por todas demaneira rigorosa porque serve de fundamento a umacrena obrigatria. O mito, como dissemos, uma

    tela sobre a qual esto bordadas a narrao oral e aliteratura escrita; e esto bordadas uma e outra comliberdade suficiente para que as divergncias nastradies, nas inovaes trazidas por certos autores

    no constituam escndalo nem problemas d pontode vista da conscincia religiosa.[1]

    [1]VERNANT, Jean Pierre.Mito e sociedade na Grcia Antiga.2.Edio. Trad.Myriam Campello. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1999,

    op. cit. p. 189-90.

    A li i C i VI IV C

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    100/132

    A religio CvicaVIIV a. C.

    O religioso est includo no social; oindivduo no ocupa um lugar central,no participa do culto por razespessoais. Na verdade, o indivduo exerceno culto o papel que seu estatuto sociallhe atribui.

    Toda magistratura tem um carter sagrado, mas todo

    sacerdcio tem algo de autoridade poltica.[1]

    [1]VERNANT, Jean-Pierre.Mito e religio na Grcia Antiga.So Paulo:

    Martins fontes, 2006 p. 09.

    Na religio h dois movimentos:

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    101/132

    1) O da particularizaoTornar particular e estreita a relao decertos deuses com a cidade e com diferentes grupos. Surgimentosdos deuses tutelares de novos deuses como Dike de diferenasinclusive entre a astye a chra.

    2) O da generalizao - Surge uma literatura pica, desligada deuma raiz local, que fala pelos helenos como um todo.

    Surgem santurios, jogos e panegricas pan-helnicas. Apolo emDelfos e Os jogos Olmpicos em Olmpia.

    3) Surgimento do templobem comum aos cidados. Maior

    importncia da koinonia politik sobre o oikos.

    Sacrifcio: elemento central da religio cvica

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    102/132

    g

    O termo Hierein, que designa um animal como vitima sacrificial,

    qualifica-o tambm como animal de corte, prprio para o consumo.Como os gregos s comem carne por ocasio dos sacrifcios e conformeas regras sacrificiais, a thysia (local onde ocorre o sacrifcio) ,simultaneamente, um cerimonial religioso em que uma piedosa oferenda,

    com freqncia acompanhada de orao, endereada aos deuses; umacozinha ritualizada segundo as normas alimentares que os deuses exigemdos humanos; e um ato de comunho social que, pelo consumo das partesde uma mesma vtima, refora os vnculos que devem unir os cidados e

    torn-los iguais entre si.[1]

    [1] VERNANT, Jean-Pierre. Mito e religio na Grcia Clssica. SoPaulo: Martins Fontes, 2006, p. 58.

    O sacrifcio propiciatrio

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    103/132

    A invaso do espao do sagrado

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    104/132

    (Hiros) e a purificao

    Matar o suplicante de um templo.

    Reduzir escravido um sacerdote.

    Miasmacontaminao com sangue sobre um homem oumesmo uma comunidade.

    PharmaksRitual de esconjuro em que um membro dacomunidade, geralmente com deformidades fsicas e/ ou

    mentais expulso. -> dipo Rei.Limpeza com gua lustral -> Nos locais onde ocorreu sexo,morte, nascimento.

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    105/132

    Olmpia

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    106/132

    Olmpia

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    107/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    108/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    109/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    110/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    111/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    112/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    113/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    114/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    115/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    116/132

    O misticismo grego

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    117/132

    Tentativa de um contato mais direto, mais ntimo e maispessoal com os deuses.

    Busca de uma imortalidade bem-aventurada que poderia ser

    concedida pelos deuses.

    Busca de um estilo de vida considerado mais puro.

    Fenmenos que em maior ou menor grau divergem do culto

    pblico.

    Os Mistrios de Elusis: O Dionisismo:

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    118/132

    Embora fosse reconhecido pelacidade e organizado sob o controlee tutela desta, a organizao internade tal mistrio ficava a margem docontrole do Estado devido a seucarter inicitico e secreto.

    No contradiz a religiopolade,mas a complementa com uma novadimenso.

    Baseado na relao entre Demtere o rapto de sua filhaPersfonepor Hades.

    O culto, assim como os Mistrios

    de Elusis comportam, teleta(iniciaes) e rgia(ritos secretos)que apenas podem ser conhecidos

    pelas bkchoi (bacantes).

    Ciclo dionisaco: Oscofrias,Dionsias rurais e urbanas, Leniase Antestrias.

    O menadismoDionso o maisterrvel e o mais doce- Eurpides

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    119/132

    Orfismo e pitagorismoC i d d t i di d d H d

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    120/132

    Criadores de novas teogonias que divergem da de Hesodo.

    HesodoO universo divino se organiza segundo um progresso linearque conduz da desordem ordem, de um estado inicial de confusoindistinta para um mundo diferenciado e hierarquizado sob a autoridadede Zeus.

    rficosH um ovo primordial que exprime unidade perfeita, aplenitude de uma totalidade fechada. O Ser se degrada, a unidade sedesmancha para que apaream indivduos separados. O ciclo dereintegrao tem o seu advento com o Dioniso rfico.

    Assume uma forma doutrinria que se ope tanto aos mistrios quantoao dionisismo e religio polade.

    Segundo Empdocle: A cada corpo mortal est ligada uma psykh-daimon de origem divida, mas expulsa de sua morada celeste. A vida

    terrena seria uma forma de expiao de uma culpa

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    121/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    122/132

    O teatroAntigo

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    123/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    124/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    125/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    126/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    127/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    128/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    129/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    130/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    131/132

  • 8/12/2019 Poltica e Sociedade Na Grcia Antiga

    132/132