poemas vencedores 2014-2015

7/23/2019 Poemas Vencedores 2014-2015

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Agrupamento de Escolas Sebastião da GamaEscola Secundária Sebastião da Gama

Concurso de Poesia Sebastião da Gama2014-2015

Poemas premiados



Ensino Básico - 3ºCiclo

1ºLugar

Poeta

Poeta só consegue desabafar

Escrevendo palavras que lhe aparecem sem esperar.É um ser curioso por aprender

Palavras que são difíceis de perceberPara manter

Um pequeno mistério enquanto se lê.Poeta é imaginar.

É especial e original.

Polícia do tempoLadrão de sentimento

Comerciante de palavrasPirata do papel

Tinta inesgotávelSede incessanteMãos mágicas

E agricultor de palavras.

Vento suaveÁgua transparente

Fogo ardenteTerra verde.

Poucos são os poetasMuitos são os imitadores.

Minha mãe chama-me poeta… Não sei se é para fazer as palavras rimar

Ou por se identificar.

Não me considero poetaMas por agora quero estar coberta

Pela imensidão de versosNo monitor do meu computador

A escrever palavras que sigam a minha dor.

Catarina Pardete Vilhena – 9ºC



Ensino Básico - 3ºCiclo

2ºLugar

Sentimento

O sentimento é algo profundoQue ninguém consegue explicar

Parece um poço sem fundoSem água para puxar.

Pode ser um sentimento bomComo o desembrulhar de um bombom

Ou um sentimento mau

Como o naufrágio de uma nauPorque é que temos sentimentos

Se por vezes eles provocam-nos dor,Angustia, desespero como um doce sem sabor

Fazem-nos relembrar, pensar e reviverO passado, o presente e o futuro

Para conseguirmos ser um fruto maduro

Não existe explicaçãoPara o porque desta afirmação

Apenas á uma respostaQue está por desvendar

Lá bem longe por detrás das redondezasOnde exista inúmeras riquezas

Que nos vão despertar

Joana Mota -9ºC



Ensino Secundário – 10º Ano

1ºLugar

Uma alma vaga e rígida

Uma alma vaga e rígidaCuja única função

É de separar os homens que falharam na vidaDe um mundo que se encontra em profunda exaustão

Essa alma viu vários homens subirMas também os viu, justamente, cair.

Através de suas representaçõesE poucas das suas aparições

Após tanto sofrimentoÁs mãos desses homens endiabrados

Em seu redor olhouE para sua surpresaUma lágrima chorou

Pois nunca vira crianças cheias de alegriaA brincar na rua numa profunda euforia

Uma época de trevas terminouE uma nova brisa inspirouEram ventos de mudança

Emílio Barreiros, 10ºB




2ºLugar

Homem leal

Morreste e desamparada me deixasteNem um pedaço de ti restou

A minha felicidade, contigo levasteAssim como tudo em ti, o fogo ardente queimou.

Ninguém esperava a tua partidaHomem leal, o país tu representasteNa guerra, a paz parecia sumida

Mas tu, homem leal, a reinventaste.

Orgulho tenho na pessoa que te tornasteArriscaste a tua pele pelo teu país

Alguns inimigos mataste

Mas um homem leal, Português de raiz.

Palavras não chegam para descrever esta tristezaFamília e amigos a tua falta sentem

No caixão, é observada na tua cara a friezaAfeto é representado pelas lágrimas, pois afinal, olhos não mentem.

Por mim, vais ter de esperarPois uma vida tenho, inteira pela frenteUm dia, no céu vou-te reencontrar

E nesse dia, a minha felicidade será radiante.

Maria Ribeiro, 10ºB




1ºLugar

Primavera

É tempo de fazerO que o tempo nos deixou esquecer

É tempo de aprenderO que o tempo nos deixou esquecer

É tempo de colher

Os frutos que o sol viu nascerem.

Pássaros que comem frutosPerfumes que nos deixam de pé

Não há primavera sem cucosA não ser a primavera que nos deixou a ré*.

Aos poucos as folhas nascemE as pétalas começam a florir

Sem a água que as deixa frescasEstas nunca poderiam abrir.

A primavera é uma mistura de versos,

De palavras, de prosas e tantos diversosSem ela não haveria alegria,A palavra que torna tão forte a poesia.

*que nos deixou para trás.

Maria Teresa Sousa 11º C




1ºLugar (Ex équo)

Tempo

Há tempo para tudoMenos para aquilo queremos

Há tempo para tudoMenos para aquilo que precisemos

O tempo vaiO tempo vem

Menos para aquele,Que não o tem.

Se o tempo é escasso,

Porque o deixamos ir?Somos estúpidos e palermas

Ou o problema é dormir?

Se um dia vamosE não voltamos

O problema é do tempo

Ou de quem nos deixou ir?

Maria Teresa Sousa 11ºC




1ºLugar

Caravela do Graal

Cruzaste águas e oceanosErgueste as velas da coragem

És a lenda que perdurará por longos anosÉs a força e o poder que Deus tem!

Ó Portugal, ouve o teu FilhoO Rei que regressou do nevoeiro,

O que devolverá o áureo brilho,O Divino e Justo Guerreiro.

Navego e sinto-me em mimSinto a missão á vista e a chegar

A noite que chega ao fimA voz da Rosa de Portugal a clamar.

Vem, minha amada Mãe DeusaHeroína lusa do Graal

Já não estás mais presaÉs a universalidade de Portugal!

Sou Cálice SagradoE em mim acende-se o fogo imaterial.

Descubro que fui abençoadoE sempre tive em mim o Santo Graal.

Em mim tenho um Verão invencível

O perfume da Primavera que me inspiraO Inverno fresco que me acorda, inesquecível

E o Outono, ar morto que respira



E me reergue num novo renascerA luz que eu sou brilha,

Tenho em mim um sol que ofusca o verDeixei a etérea e sonhadora ilha.

E regressei.

Sou a luz douradaE a espada abençoadaErgue-se no meu Ser.

O Paraíso na minha menteQue se projecta indefinidamente

Arde e rasga o coraçãoÉ a alegria da vida que me guarda, são.

Finda o NevoeiroE o Rei não é lei

É Portugal e o UniversoO amor que vos une, amados

Que perdoa e vos abraçaQue vos ampara e cura

O Amor Eterno e IncondicionalDa Mãe que vos ama, Deusa de Portugal.

Sou Santo e vivo em pazO Encoberto que se desvela

E a vós, o Santo Graal vos traz.

Miguel Martins 12º H



A Professora Bibliotecária

Helena Ferreira

29 de maio de 2015

poemas vencedores 2014-2015

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