poder judiciÁrio exemplo - academiadoconcurso.com.br · 121, §2º -os juízes dos tribunais...

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DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. FÁBIO RAMOS Email: [email protected] 1 PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO – arts. 92 a 126 arts. 92 a 126 É o conjunto dos órgãos públicos aos quais a CF atribui a função típica jurisdicional JURISDIÇÃO = juris (Direito) + dictionis (ação de dizer) = DIZER O DIREITO. Jurisdição é poder, função e atividade do Estado de aplicar o Direito ao fato concreto para solucionar os conflitos existentes. Surgiu da necessidade jurídica de se impedir que a prática desarrazoada da autodefesa, por parte de indivíduos que se vissem envolvidos em um conflito, levasse a sociedade à desordem oriunda da inevitável parcialidade da justiça feita com as próprias mãos. PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO – arts. 92 a 126 arts. 92 a 126 EXEMPLO DE CONFLITO E DO EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO ANTES ...DEPOIS “Meu bem” pra cá, “meu bem” pra lá! “Meus bens” pra cá, “meus bens” pra lá! PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO – arts. 92 a 126 arts. 92 a 126 A JURISDIÇÃO JURISDIÇÃO está está sujeita sujeita a alguns alguns PRINCÍPIOS, PRINCÍPIOS, como como: Princípio Princípio da da Inafastabilidade Inafastabilidade ou ou Indeclinabilidade Indeclinabilidade : CF, CF, Art Art. 5º, º, XXXV XXXV - a lei lei não não excluirá excluirá da da apreciação apreciação do do Poder Poder Judiciário Judiciário lesão lesão ou ou ameaça ameaça a direito direito; CPC, CPC, Art Art. 126 126 - O juiz juiz não não se se exime exime de de sentenciar sentenciar ou ou despachar despachar alegando alegando lacuna lacuna ou ou obscuridade obscuridade da da lei lei. No No julgamento julgamento da da lide lide caber caber-lhe lhe-á aplicar aplicar as as normas normas legais legais; não não as as havendo, havendo, recorrerá recorrerá à analogia, analogia, aos aos costumes costumes e aos aos princípios princípios gerais gerais de de direito direito. Princípio Princípio do do Juiz Juiz Natural Natural : Só pode pode exercer exercer a jurisdição jurisdição em em determinada determinada causa causa aquele aquele órgão órgão a que que a Constituição Constituição atribui atribui a competência competência; Assegura Assegura o julgamento julgamento por por juiz/tribunal juiz/tribunal independente independente e imparcial imparcial; A Constituição Constituição proíbe proíbe os os chamados chamados tribunais tribunais de de exceção exceção para para o julgamento julgamento de de determinadas determinadas pessoas pessoas e determinados determinados casos casos (art (art. 5º, º, XXXVII XXXVII c/c c/c LIII, LIII, CF) CF).

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DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. FÁBIO RAMOS

Email: [email protected] 1

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

� É o conjunto dos órgãos públicos aos quais a CF atribui a função típica jurisdicional

� JURISDIÇÃO = juris (Direito) + dictionis (ação de dizer) =DIZER O DIREITO.

Jurisdição é poder, função e atividade do Estado de aplicar oDireito ao fato concreto para solucionar os conflitosexistentes. Surgiu da necessidade jurídica de se impedir quea prática desarrazoada da autodefesa, por parte deindivíduos que se vissem envolvidos em um conflito, levassea sociedade à desordem oriunda da inevitável parcialidade dajustiça feita com as próprias mãos.

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

EXEMPLODE

CONFLITOE DO EXERCÍCIO DA

JURISDIÇÃO

ANTES ...DEPOIS

“Meu bem” pra cá, “meu bem” pra lá!

“Meus bens” pra cá, “meus bens” pra lá!

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

�� AA JURISDIÇÃOJURISDIÇÃO estáestá sujeitasujeita aa algunsalguns PRINCÍPIOS,PRINCÍPIOS, comocomo::

�� PrincípioPrincípio dada InafastabilidadeInafastabilidade ouou IndeclinabilidadeIndeclinabilidade::

CF,CF, ArtArt.. 55º,º, XXXVXXXV -- aa leilei nãonão excluiráexcluirá dada apreciaçãoapreciação dodo PoderPoderJudiciárioJudiciário lesãolesão ouou ameaçaameaça aa direitodireito;;

CPC,CPC, ArtArt.. 126126 -- OO juizjuiz nãonão sese eximeexime dede sentenciarsentenciar ouou despachardespacharalegandoalegando lacunalacuna ouou obscuridadeobscuridade dada leilei.. NoNo julgamentojulgamento dada lidelidecabercaber--lhelhe--áá aplicaraplicar asas normasnormas legaislegais;; nãonão asas havendo,havendo, recorrerárecorrerá ààanalogia,analogia, aosaos costumescostumes ee aosaos princípiosprincípios geraisgerais dede direitodireito..

�� PrincípioPrincípio dodo JuizJuiz NaturalNatural:SóSó podepode exercerexercer aa jurisdiçãojurisdição emem determinadadeterminada causacausa aqueleaquele órgãoórgão aaqueque aa ConstituiçãoConstituição atribuiatribui aa competênciacompetência;;

AsseguraAssegura oo julgamentojulgamento porpor juiz/tribunaljuiz/tribunal independenteindependente ee imparcialimparcial;;

AA ConstituiçãoConstituição proíbeproíbe osos chamadoschamados tribunaistribunais dede exceçãoexceção parapara oojulgamentojulgamento dede determinadasdeterminadas pessoaspessoas ee determinadosdeterminados casoscasos (art(art.. 55º,º,XXXVIIXXXVII c/cc/c LIII,LIII, CF)CF)..

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Email: [email protected] 2

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

Art. 92 – ÓRGÃOS:Art. 92 – ÓRGÃOS:

1º grau(1ª instância)

Tribunaisde 2º grau(2ª instância)

TribunaisSuperiores

Justiça Estadual / DFT

O STF, o CNJ e os Trib. Sup. têm sede na Capital Federal. O STF, o CNJ e os Trib. Sup. têm sede na Capital Federal. O STF e os Trib. Sup. têm jurisdição em todo o território nacional. O STF e os Trib. Sup. têm jurisdição em todo o território nacional.

controle interno

Justiça Federal

Justiça Trabalhista

Justiça Eleitoral

Justiça Militar Federal

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

Art. 92 – ÓRGÃOS:Art. 92 – ÓRGÃOS:

STF = Supremo Tribunal Federal

CNJ = Conselho Nacional de Justiça

STJ = Superior Tribunal de Justiça

TST = Tribunal Superior do Trabalho

TSE = Tribunal Superior Eleitoral

STM = Superior Tribunal Militar

TJs = Tribunais de Justiça dos Estados e do DF e Territórios

TRFs = Tribunais Regionais Federais

TRTs = Tribunais Regionais do Trabalho

TREs = Tribunais Regionais Eleitorais

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS DO JUDICIÁRIO:

�CF/1988:

- EXTINGUIU O TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS (TFR) ECRIOU O STJ E OS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

�EC 24/1999:

- EXTINGUIU OS CARGOS DE JUÍZES CLASSISTAS, QUEINTEGRAVAM OS TRTs E O TST

�EC 45/2004:

- EXTINGUIU OS TRIBUNAIS DE ALÇADA

- CRIOU O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

ATENÇÃO!

� ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

� MINISTÉRIO PÚBLICO

� PROCURADORIAS (ESTADOS, DF E MUNICIPIOS)

� DEFENSORIA PÚBLICA

� TRIBUNAL DE CONTAS

� TRIBUNAL MARÍTIMO

� JUSTIÇA DESPORTIVA

� JUSTIÇA ARBITRAL ...

NÃO SÃO ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO!!!

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

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Email: [email protected] 3

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

1º grau(1ª instância)

2º grau(2ª instância)

TribunaisSuperiores

�Os membros do STF, dos Trib. Sup. e do CNJ e são nomeados pelo Pres. da Rep.,depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal.

�Os membros do STF, dos Tribunais Superiores e do CNJ são todos INDICADOS.

�O “quinto constitucional” está presente nos TJs, TRFs, TRTs e no TST.

11 15

≥ 33 27 ≥ 7

7≥ 7≥ 7

15

??

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

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Email: [email protected] 4

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

Nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

Nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

Nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

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DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. FÁBIO RAMOS

Email: [email protected] 5

121, §2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos (...).

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

121, §2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos (...).

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– ESTRUTURAESTRUTURA

Nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal

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Email: [email protected] 6

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇACONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA -- art. 103art. 103--BB

do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes

��NATUREZANATUREZA:: órgão de natureza exclusivamente administrativa, sem natureza órgão de natureza exclusivamente administrativa, sem natureza jurisdicional, de controle interno do Poder Judiciário.jurisdicional, de controle interno do Poder Judiciário.

CONTROLECONTROLEda atuação

administrativa e financeira

do Poder Judiciário

��COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA:(art. 103-B, § 4º)

mandato: 2 anos (admitida uma recondução)

nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal (exceto o Pres. do STF)

��ESTRUTURAESTRUTURA::

15 MEMBROS(conselheiros)

��ORIGEM DOS MEMBROS:ORIGEM DOS MEMBROS:

9 do Poder Judiciário

STF

STJ TST TSE STM

TJs TRFs TRTs TREs TMs

JD JF JT JE JM

��ORIGEM DOS MEMBROS:ORIGEM DOS MEMBROS:

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇACONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA -- art. 103art. 103--BB

2 de advogados

2 do MP

2 de cidadãos

�indicados pelo Conselho Federal da OAB

1 do MPU ���� indicado pelo PGR; 1 do MPE ���� escolhido pelo PGR dentre os indicados pelo órgão

competente de cada instituição estadual;

1 indicado pela Câmara dos Deputados 1 indicado pelo Senado Federal

notável saber jur.reputação ilibada

� Não efetuadas, no prazo legal, as indicações, caberá a escolha ao STF.

��Presidente do CNJPresidente do CNJ : Presidente do STF e, nas suas ausências e impedimentos, oVice-Presidente do STF (EC 61/09)

��MinistroMinistro--CorregedorCorregedor: Min. do STJ (fica excluído da distribuição de processos no STJ)

� Junto ao CNJ oficiarão o PGR e o Presidente do Conselho Federal da OAB.

� A União, inclusive no DF e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça,competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessadocontra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviçosauxiliares, representando diretamente ao CNJ.

��QUEM CONTROLA OS ATOS DO CNJ?QUEM CONTROLA OS ATOS DO CNJ?

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇACONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA -- art. 103art. 103--BB

�Prevê o art. 102, I, “r” que compete ao STF julgar as ações contra o CNJ.

��EE OO PRÓPRIOPRÓPRIO STFSTF ESTÁESTÁ SUJEITOSUJEITO AOAO CONTROLECONTROLE DODO CNJ?CNJ?

�Não. O STF e seus Ministros não estão sujeitos a nenhum controle pelo CNJ

“Conselho Nacional de Justiça. (...) Competência relativa apenas aos órgãos e juízes situados,hierarquicamente, abaixo do STF. Preeminência deste, como órgão máximo do PoderJudiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estão sujeitos a seu controle jurisdicional.Inteligência dos art. 102, caput, inc. I, letra "r", e § 4º, da CF. O CNJ não tem nenhumacompetência sobre o STF e seus ministros, sendo esse o órgão máximo do Poder Judiciárionacional, a que aquele está sujeito” (STF, ADI 3.367, Rel. Min. Cezar Peluso, em 13-4-05)

��OSOS ESTADOSESTADOS PODEMPODEM CRIARCRIAR SEUSSEUS CONSELHOSCONSELHOS DEDE JUSTIÇA?JUSTIÇA?

�Não. Só a Constituição Federal pode instituir órgãos do Poder Judiciário.

“PODER JUDICIÁRIO. Caráter nacional. Regime orgânico unitário. Controle administrativo,financeiro e disciplinar. Órgão interno ou externo. Conselho de Justiça. Criação por Estadomembro. Inadmissibilidade. Falta de competência constitucional. Os Estados membroscarecem de competência constitucional para instituir, como órgão interno ou externo doJudiciário, conselho destinado ao controle da atividade administrativa, financeira oudisciplinar da respectiva Justiça” (STF, ADI 3.367, Rel. Min. Cezar Peluso, em 13-4-05).

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇACONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA -- art. 103art. 103--BB

§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa efinanceira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveresfuncionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lheforem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento doEstatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, noâmbito de sua competência, ou recomendar providências;

II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou medianteprovocação, a legalidade dos atos administrativos praticados pormembros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los,revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessáriasao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunalde Contas da União;

COMPETÊNCIASCOMPETÊNCIAS::(art. 103(art. 103--B, B, §§ 4º)4º)

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Email: [email protected] 7

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇACONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA -- art. 103art. 103--BB

III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos doPoder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias eórgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem pordelegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo dacompetência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocarprocessos disciplinares em curso e determinar a remoção, adisponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventosproporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sançõesadministrativas, assegurada ampla defesa;

IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra aadministração pública ou de abuso de autoridade;

V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinaresde juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano;

COMPETÊNCIASCOMPETÊNCIAS::(art. 103(art. 103--B, B, §§ 4º)4º)

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇACONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA -- art. 103art. 103--BB

VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos esentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãosdo Poder Judiciário;

VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgarnecessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e asatividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidentedo Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional,por ocasião da abertura da sessão legislativa.

��CompeteCompete aoao MinistroMinistro--Corregedor,Corregedor, alémalém dasdas atribuiçõesatribuições queque lhelhe foremforemconferidasconferidas pelopelo EstatutoEstatuto dada Magistratura,Magistratura, asas seguintesseguintes (Art(Art.. 103103--BB §§ 55ºº))::

I - receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;

II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;

III - requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, DF e Territórios.

COMPETÊNCIASCOMPETÊNCIAS::(art. 103(art. 103--B, B, §§ 4º)4º)

Lei complementar, de iniciativa do STF, disporá sobre o ESTATUTO DA MAGISTRATURAESTATUTO DA MAGISTRATURA,

observados os princípios do art. 93 da CF/88

ESTATUTO DA MAGISTRATURA – art. 93ESTATUTO DA MAGISTRATURA – art. 93

INGRESSO NA CARREIRA – art. 93, IINGRESSO NA CARREIRA – art. 93, I

�CARGO INICIAL: Juiz Substituto

�FORMA DE INGRESSO: concurso público de provas ee títulos,c/ a participação da OAB em todastodas as fases

�REQUISITOS: bacharel em direito com, no mínino, 3 anos deatividade jurídica*

*STF: o tempo deve ser comprovado na inscrição do concurso

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126 PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

�FORMA DE PROMOÇÃO: de entrância para entrância

�CRITÉRIO: alternadamente por antigüidade e por merecimento

�������� PROMOÇÃOPROMOÇÃO PORPOR ANTIGÜIDADEANTIGÜIDADE –– artart.. 9393,, II,II, “d”“d” ee “e”“e”

�Será promovido o juiz mais antigo, salvo se o Tribunalrecusá-lo por voto fundamentado de 2/3 dos seus membros,assegurada ampla defesa.

�������� PROMOÇÃOPROMOÇÃO PORPOR MERECIMENTOMERECIMENTO –– artart.. 9393,, II,II, “b”,“b”, “c”“c” “a”“a” ee “e”“e”

�Pressupostos: (salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite a vaga)

• 2 anos de exercício na respectiva entrância;

• integrar a 1ª quinta parte da lista de antigüidade da entrância.

�Aferição do merecimento: conforme o desempenho e peloscritérios objetivos de produtividade e presteza no exercício dajurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiaisou reconhecidos de aperfeiçoamento.

PROMOÇÃO DOS MAGISTRADOS – art. 93, IIPROMOÇÃO DOS MAGISTRADOS – art. 93, II

Comarca da Capital

C. do Interior ���� + de 1 Vara

C. do Interior ���� Vara Única

Classificação dos Juízes:Classificação dos Juízes:

Juiz de Entrância Especial

Juiz de Entrância do Interior

Juiz Substituto

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Email: [email protected] 8

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

Classificação dos Juízes:Classificação dos Juízes:

Juiz de Entrância Especial

Juiz de Entrância do Interior

Juiz Substituto

Classificação de Comarcas:Classificação de Comarcas:

Entrância Especial

Segunda Entrância

Primeira Entrância

Comarcasdo interior

Comarcada capital

�������� PROMOÇÃOPROMOÇÃO PORPOR MERECIMENTOMERECIMENTO (continuação)(continuação)

�O Tribunal formará lista tríplice de merecimento dentre os juízesque cumprirem os pressupostos e requisitos constitucionais,votando e escolhendo um deles para a promoção por merecimento

�Com o fim de evitar que o Tribunal abuse da prerrogativa deescolha de um dos nomes da lista de merecimento, por exemplo,desprezando sempre um determinado juiz, a Constituição trouxeuma garantia aos magistrados:

O Tribunal será obrigado a promover o juiz que figure O Tribunal será obrigado a promover o juiz que figure por por 33 vezes consecutivas ou vezes consecutivas ou 55 alternadas na lista merecimentoalternadas na lista merecimento

�������� VEDAÇÃO À PROMOÇÃOVEDAÇÃO À PROMOÇÃO –– art. 93, II, “e”art. 93, II, “e”�É vedada a promoção (tanto por merecimento quanto por

antigüidade) do juiz que, injustificadamente, retiver os autos doprocesso em seu poder além do prazo legal

PROMOÇÃO DOS MAGISTRADOS – art. 93, IIPROMOÇÃO DOS MAGISTRADOS – art. 93, II

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

� FORMA: promoção por antigüidade e merecimento, alternadamente,apurados na última ou única entrância

ACESSO AOS TRIBUNAIS DE 2º GRAU – art. 93, IIIACESSO AOS TRIBUNAIS DE 2º GRAU – art. 93, III

� previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento epromoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória doprocesso de vitaliciamento a participação em curso oficial oureconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento demagistrados;

PREVISÃO DE CURSOS – art. 93, IVPREVISÃO DE CURSOS – art. 93, IV

Min. Tribunais Superiores ���� 95% dos Min. STF ( STF ���� art. 48, XV)

Demais magistrados ���� 95% dos Min. Tribunais Superiores(fixados em lei) (90,25% dos Min. STF)

≠ entre ascategorias

SUBSÍDIO DOS MAGISTRADOS – art. 93, VSUBSÍDIO DOS MAGISTRADOS – art. 93, V

não+ 10%– 5%

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126 PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

� a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentesobservarão o disposto no art. 40;

APOSENTADORIA DOS MAGISTRADOS – art. 93, VIAPOSENTADORIA DOS MAGISTRADOS – art. 93, VI

� o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvosalvo autorização dotribunal;

RESIDÊNCIA DOS MAGISTRADOS – art. 93, VIIRESIDÊNCIA DOS MAGISTRADOS – art. 93, VII

� o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, porporinteresseinteresse públicopúblico, fundar-se-á em decisão por voto da maioriamaioriaabsolutaabsoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça,assegurada ampla defesa;

REMOÇÃO, DISPONIBILIDADE E APOSENTADORIAPOR INTERESSE PÚBLICO – art. 93, VIIIREMOÇÃO, DISPONIBILIDADE E APOSENTADORIAPOR INTERESSE PÚBLICO – art. 93, VIII

� a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igualentrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e doinciso II; (regras da promoção por merecimento)

REMOÇÃO A PEDIDO OU PERMUTA – art. 93, VIII-AREMOÇÃO A PEDIDO OU PERMUTA – art. 93, VIII-A

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DIREITO CONSTITUCIONAL - PROF. FÁBIO RAMOS

Email: [email protected] 9

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

�� todostodos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicospúblicos,e fundamentadasfundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendopodendoaa leilei limitarlimitar aa presençapresença, em determinados atos, às próprias partes e aseus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais apreservação do direito à intimidade do interessado no sigilo nãonãoprejudiqueprejudique oo interesseinteresse públicopúblico àà informaçãoinformação;

�Obs.: Art. 5º, LX - a leilei só poderá restringirrestringir aa publicidadepublicidade dos atos

processuais quando a defesadefesa dada intimidadeintimidade ou o interesseinteresse socialsocial o

exigirem;

PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE E PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS – art. 93, IXPRINCÍPIO DA PUBLICIDADE E PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS – art. 93, IX

� as decisõesdecisões administrativasadministrativas dos tribunais serão motivadasmotivadas e emsessãosessão públicapública, sendo as disciplinaresdisciplinares tomadastomadas pelopelo votovoto dada maioriamaioriaabsolutaabsoluta de seus membros;

PRINC. DA PUBLICIDADE E PRINC. DA MOTIVAÇÃODAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS – art. 93, XPRINC. DA PUBLICIDADE E PRINC. DA MOTIVAÇÃODAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS – art. 93, X

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

� nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá serconstituído órgão especial, com o mínimo de 11 e o máximo de 25membros, para o exercício das atribuições administrativas ejurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleiçãopelo tribunal pleno;

ÓRGÃO ESPECIAL – art. 93, XIÓRGÃO ESPECIAL – art. 93, XI

� a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado fériascoletivas nos juízos e tribunais de 2º grau, funcionando, nos dias emque não houver expediente forense normal, juízes em plantãopermanente;

OBRIGATORIEDADE DO PLANTÃO JUDICIÁRIO eFIM DAS FÉRIAS COLETIVAS – art. 93, XIIOBRIGATORIEDADE DO PLANTÃO JUDICIÁRIO eFIM DAS FÉRIAS COLETIVAS – art. 93, XII

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

� os servidores receberão delegação para a prática de atos de

administração e atos de mero expediente sem caráter decisório;

DELEGAÇÃO INTERNA – art. 93, XIVDELEGAÇÃO INTERNA – art. 93, XIV

� a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de

jurisdição.

DISTRIBUIÇÃO IMEDIATA – art. 93, XVDISTRIBUIÇÃO IMEDIATA – art. 93, XV

� o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à

efetiva demanda judicial e à respectiva população;

NÚMERO DE JUÍZES NA COMARCA – art. 93, XIIINÚMERO DE JUÍZES NA COMARCA – art. 93, XIII

TRF

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

escolhe um e nomeia

TJ

notório saber jurídico

reputação ilibada

+ 10 anos de efetiva atividade prof.

+ de 10 anos de carreira

QUINTO CONSTITUCIONAL – art. 94QUINTO CONSTITUCIONAL – art. 94

1/51/5ADVOGADOS

MEMBROS DO MIN. PÚBLICO

��PROCEDIMENTO DE INDICAÇÃO PARA CADA VAGAPROCEDIMENTO DE INDICAÇÃO PARA CADA VAGA::

TRF

Poder Executivo

20 dias

TJ

LISTALISTA SÊXTUPLASÊXTUPLA

LISTALISTA SÊXTUPLASÊXTUPLAÓrgãos de representação

das classes LISTALISTA TRÍPLICETRÍPLICE

LISTALISTA TRÍPLICETRÍPLICE

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PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

� INSTITUCIONAIS:

� FUNCIONAIS

autonomia(arts. 96 e 99)

de independência(art. 95, I, II e III)

de imparcialidade(art. 95, par. único)

funcional

administrativa

financeira

vitaliciedade

inamovibilidade

irredutibilidadede subsídio

vedações

GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIOGARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

AUTONOMIA FUNCIONAL, ADM. E FINANCEIRA AUTONOMIA FUNCIONAL, ADM. E FINANCEIRA

Art. 96. Compete privativamente:

I I -- aos tribunais:aos tribunais:

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos,com observância das normas de processo e das garantias processuais daspartes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivosórgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos quelhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicionalrespectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz decarreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;

e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos,obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários àadministração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros eaos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

Art. 96. Compete privativamente:

(...)

IIII -- aoao SupremoSupremo TribunalTribunal Federal,Federal, aosaos TribunaisTribunais SuperioresSuperiores ee aosaosTribunaisTribunais dede JustiçaJustiça proporpropor aoao PoderPoder LegislativoLegislativo respectivo,respectivo, observadoobservado oodispostodisposto nono artart.. 169169::

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviçosauxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação dosubsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores,onde houver;

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

IIIIII -- aosaos TribunaisTribunais dede JustiçaJustiça julgarjulgar osos juízesjuízes estaduaisestaduais ee dodo DistritoDistritoFederalFederal ee Territórios,Territórios, bembem comocomo osos membrosmembros dodo MinistérioMinistério Público,Público, nosnoscrimescrimes comunscomuns ee dede responsabilidade,responsabilidade, ressalvadaressalvada aa competênciacompetência dada JustiçaJustiçaEleitoralEleitoral..

AUTONOMIA FUNCIONAL, ADM. E FINANCEIRA AUTONOMIA FUNCIONAL, ADM. E FINANCEIRA

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa efinanceira.

§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro doslimites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei dediretrizes orçamentárias.

§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunaisinteressados, compete:

I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal edos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;

II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aosPresidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivostribunais.

§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivaspropostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizesorçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação daproposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentáriavigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1ºdeste artigo.

AUTONOMIA FUNCIONAL, ADM. E FINANCEIRA AUTONOMIA FUNCIONAL, ADM. E FINANCEIRA

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PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa efinanceira.

(...)

§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem

encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o

Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de

consolidação da proposta orçamentária anual.

§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a

realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os

limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se

previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou

especiais.

AUTONOMIA FUNCIONAL, ADM. E FINANCEIRA AUTONOMIA FUNCIONAL, ADM. E FINANCEIRA

GARANTIAS DE INDEPENDÊNCIAGARANTIAS DE INDEPENDÊNCIA�VITALICIEDADE:�VITALICIEDADE:

no 1º grau: o juiz adquire a vitaliciedade após 2 anos deefetivo exercício (processo de vitaliciamento);

nos tribunais: o juiz adquire a vitaliciedade com a posse.

do juiz não-vitalício: depende de decisão (administrativa) dotribunal a que o juiz estiver vinculado;

do juiz vitalício: depende de sentença judicial definitiva.

�INAMOVIBILIDADE:�INAMOVIBILIDADE:

�IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS�IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS

Os membros do judiciário não poderão ser removidos compulsoriamentesalvo por interesse público, em decisão por voto da maioria absoluta dorespectivo tribunal ou do CNJ, assegurada ampla defesa.

(do valor nominal, não do valor real)(do valor nominal, não do valor real)

Exceções:Exceções: arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

AQUISIÇÃOAQUISIÇÃO

PERDA DO CARGO

PERDA DO CARGO

Obs.: A vitaliciedade dos juízes não se confunde com a estabilidade, inerente aosservidores ocupantes de cargos públicos efetivos.

GARANTIAS DE IMPARCIALIDADEGARANTIAS DE IMPARCIALIDADE

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

b) exercer a advocacia;Vedação implícita: exercer advocacia

§6º - IDEM

V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Quarentena)

f) IDEM

IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

e) EQUIVALENTEIII - dedicar-se à atividade político-partidária.

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

d) EQUIVALENTEI - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

MINISTÉRIO PÚBLICO MINISTÉRIO PÚBLICO -- Art. 128, Art. 128, §§5º, II5º, IIPODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO -- Art. 95, par. únicoArt. 95, par. único

VEDAÇÕES VEDAÇÕES –– QUADRO COMPARATIVOQUADRO COMPARATIVOArt. 98. A União, no DF e nos Territórios, e os Estados criarão:

I – JUIZADOS ESPECIAIS, providos por juízes togados, ou togados e leigos,

competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis

de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo,

mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses

previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes

de primeiro grau;(...)

§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de JUIZADOS ESPECIAIS no âmbito da

Justiça Federal.

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

STF

STJ

TJs TRFs

JD JFJuízes Togados (JT) ou JT e J. leigos (JL)

Juizado Especial - E/DFT

Turmas Recursais(JD de 1º grau)

Juízes Togados (JT) ou JT e J. leigos (JL)

Turmas Recursais(JF de 1º grau)

Juizado Especial Federal

RE – art. 102, IIIRE – art. 102, III

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Observações importantes quanto às Observações importantes quanto às competências dos Juizados Especiais:competências dos Juizados Especiais:

�Não cabe recurso das Turmas Recursais para o STJ (Súm. 203, STJ);

�É cabível recurso extraordinário ao STF contra decisão das Turmas

Recursais dos Juizados Especiais (Súm. 640, STF);

�Compete ao TJ/TRF julgar HC contra ato de Turma Recursal de

Juizado Especial (HC 86.834/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, 23-8-06, Inf. 437, STF);

�Cabe exclusivamente às Turmas Recursais conhecer e julgar o MS e

o HC impetrados em face de atos judiciais oriundos dos Juizados

Especiais. (Enunciado nº 62 do VX Encontro Nacional de Coordenadores

de Juizados Especiais do Brasil – 26 a 28-5-2004, Florianópolis – SC).

PODER JUDICIÁRIO PODER JUDICIÁRIO –– arts. 92 a 126arts. 92 a 126

Art. 98. A União, no DF e nos Territórios, e os Estados criarão:

II – JUSTIÇA DE PAZ,

� remunerada,

�composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto,

�com mandato de 4 anos e

�competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de

ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de

habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter

jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

(...)

§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio

dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (EC 45/04)

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Cláusula de Reserva de Plenário – art. 97, CF:

Qualquer juiz ou tribunal do Poder Judiciário poderá declarar,incidentalmente, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do PoderPúblico. O juiz, por ser um órgão singular, poderá declará-la por atoexclusivo seu. Já nos tribunais, como se tratam de órgãos colegiados, adeclaração da inconstitucionalidade deve se dar pela maioria absoluta

dos seus membros ou dos membros do órgão especial, e não por um juizou órgão fracionário do tribunal. Trata-se do chamado Princípio daReserva de Plenário.

Ressalte-se que essa regra só é exigida para declarar uma normainconstitucional e não para declará-la constitucional, já que a suaconstitucionalidade é presumida.

Se for argüida a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo doPoder Público a órgão fracionário de um tribunal (turma, câmara ouseção) e este rejeitar a argüição, prosseguirá o julgamento. Entretanto, seentender que a lei ou o ato é inconstitucional, submeterá a questão àapreciação do tribunal pleno ou do órgão especial e, só após opronunciamento deste, prosseguirá o julgamento.

PODER JUDICIÁRIOPODER JUDICIÁRIO

Cláusula de Reserva de Plenário – art. 97, CF:

�Cisão funcional:

No controle incidental realizado perante tribunal, opera-se a cisão funcionalda competência, pela qual o pleno (ou o órgão especial) decide a questãoconstitucional e o órgão fracionário julga o caso concreto, fundado napremissa estabelecida no julgamento da questão prejudicial.

�Súmula Vinculante 10:

Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão

fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a

inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua

incidência, no todo ou em parte.

�Exceção à Reserva de Plenário: art. 481, parágrafo único, do CPC.

Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao

órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver

pronunciamento destes ou do plenário do STF sobre a questão.

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� A Súmula da Jurisprudência Predominante do STF é um repositóriooficial da jurisprudência assentada pelo Tribunal.

� Trata-se de instrumento que visa dar publicidade, de maneirasintetizada e organizada numericamente, aos entendimentosassentados pelo STF, abreviando o julgamento dos casos análogos, jáque a citação da Súmula pelo número correspondente dispensará,perante o Tribunal, a referência a outros julgados no mesmo sentido.

� A inclusão de enunciados na Súmula, bem como a sua alteração oucancelamento, em regra, serão decididos por maioria absoluta dosMinistros.

� A Súmula, aprovada pelo procedimento comum, supracitado,previsto no Regimento Interno do STF, não vincula nenhuma pessoa,órgão ou entidade, apenas servindo como orientação.

Ex.: Verbete de Súmula nº 722 - São da competência legislativa da União adefinição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivasnormas de processo e julgamento.

SÚMULASÚMULA

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A EC nº 45/04 trouxe importante inovação para reduzir amultiplicação de processos sobre questão idêntica e garantirmaior segurança jurídica: a possibilidade de aprovação deenunciados de SÚMULAS VINCULANTES pelo STF.

Assim, o STF poderá, de ofício ou por provocação, mediantedecisão de 2/3 dos seus membros, após reiteradas decisõessobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir desua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante emrelação aos demais órgãos do Poder Judiciário e àadministração pública direta e indireta, nas esferas federal,estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão oucancelamento, na forma estabelecida em lei (art. 103-A).

SÚMULA VINCULANTE – art. 103-ASÚMULA VINCULANTE – art. 103-A

PODER JUDICIÁRIOPODER JUDICIÁRIO

Podem propor a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula

os mesmos legitimados a propositura de uma ADI (art. 103).

A Lei nº 11.417/06, em seu art. 3º, que estendeu a legitimidade

para provocar a aprovação, revisão ou cancelamento de

enunciado de súmula vinculante para:

� o Defensor Público-Geral da União;

� os Tribunais Superiores e os Tribunais de Segundo Grau;

� o Município (apenas incidentalmente no curso de processoem que seja parte).

PODER JUDICIÁRIOPODER JUDICIÁRIO

SÚMULA VINCULANTE – art. 103-ASÚMULA VINCULANTE – art. 103-A

§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e aeficácia de normas determinadas, acerca das quais hajacontrovérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e aadministração pública que acarrete grave insegurançajurídica e relevante multiplicação de processos sobre questãoidêntica.

§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar asúmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberáreclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-aprocedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisãojudicial reclamada, e determinará que outra seja proferidacom ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

PODER JUDICIÁRIOPODER JUDICIÁRIO

SÚMULA VINCULANTE – art. 103-ASÚMULA VINCULANTE – art. 103-A